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Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
Código de Verificação:
Órgão 2ª Turma Criminal Processo N. Habeas Corpus 20120020101663HBC Impetrante(s) PAULO VICTOR NUNES DE MELO Paciente MARINALVA DE OLIVEIRA E OUTROS Relator Desembargador SOUZA E AVILA Acórdão Nº 592.604
E M E N T A
HABEAS CORPUS. CUMPRIMENTO DE MANDADO DE PRISÃO.
INGRESSO EM RESIDÊNCIA DURANTE O DIA. CONHECIMENTO. CRIME
PERMANENTE. FLAGRANTE. LICITUDE DA ATUAÇÃO POLICIAL.
LEGALIDADE DAS APREENSÕES REALIZADAS.
A atuação para cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido
contra um dos pacientes legitimou o ingresso dos policiais civis durante o dia
no interior da residência, mesmo sem o consentimento da moradora.
O conhecimento da execução de crime permanente, em consequência do
ingresso na residência dos pacientes, legitima as apreensões e a prisão em
flagrante. Não há, por conseguinte, ilegalidade para se corrigir.
A presença de justa causa para a ação penal inviabiliza o deferimento do
pedido de trancamento do inquérito policial já encerrado ou da ação penal, que
foi instaurada com o recebimento da denúncia.
Habeas corpus denegado.
HABEAS CORPUS 2012 00 2 010166-3 HBC
Código de Verificação: HG73.2012.QILH.V6CA.2EDX.E4EWHG73.2012.QILH.V6CA.2EDX.E4EW
GABINETE DO DESEMBARGADOR SOUZA E AVILA 2
A C Ó R D Ã O Acordam os Senhores Desembargadores da 2ª Turma Criminal do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, SOUZA E AVILA - Relator, ROBERVAL CASEMIRO BELINATI - Vogal, JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA - Vogal, sob a Presidência do Senhor Desembargador JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA, em proferir a seguinte decisão: DENEGAR A ORDEM. UNÂNIME, de acordo com a ata do julgamento e notas taquigráficas.
Brasília (DF), 31 de maio de 2012
Certificado nº: 44 36 64 3C
04/06/2012 - 15:46 Desembargador SOUZA E AVILA
Relator
HABEAS CORPUS 2012 00 2 010166-3 HBC
Código de Verificação: HG73.2012.QILH.V6CA.2EDX.E4EWHG73.2012.QILH.V6CA.2EDX.E4EW
GABINETE DO DESEMBARGADOR SOUZA E AVILA 3
R E L A T Ó R I O
Trata-se de habeas corpus impetrado pelo advogado Paulo Victor
Nunes de Melo, inscrito na OAB/DF com o nº 25.561 em favor de MARINALVA
DE OLIVEIRA, LINDOMAR DIVINO ALVES DE AMORIM e ANTONIO MARCIO
NERIS MIRANDA, contra decisão proferida pelo Juiz da 3ª Vara Criminal de
Taguatinga.
Narra que a residência da primeira paciente (MARINALVA DE
OLIVEIRA) foi invadida por policiais civis sob pretexto de cumprimento de
mandado de prisão do segundo paciente (LINDOMAR DIVINO ALVES DE
AMORIM). Destaca que este segundo paciente e o terceiro (ANTONIO MARCIO
NERIS MIRANDA) não estavam em casa, mas também foram indiciados pela
autoridade policial.
Afirma que eles vasculharam o interior da casa e apreenderam
diversos bens pertencentes aos habitantes da casa (economia da família,
videogame, televisor, veículos, ferro de passar, cesto de roupa suja, facão,
compressor de ar, iscas de pesca, fotografias da família, filmadora e documentos
do imóvel) e da empresa individual LINDOMAR DIVINO ALVES DE AMORIM ME
(estoque, capital de giro e utensílios) sem exibição de mandado de busca e
apreensão e sem autorização da proprietária do imóvel para ingresso.
Ressalta que a importância de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)
apreendida pelos policiais da 1ª Delegacia de Polícia não foi entregue à
autoridade policial. Acrescenta que o fato foi comunicado ao Juiz e ao Promotor
atuante no caso, mas nada fizeram. Por isso, o impetrante tem acompanhado o
caso perante a Corregedoria da Polícia Civil e o Núcleo de Controle Externo da
Atividade Policial do MPDFT.
Informa que a primeira paciente foi presa em flagrante e coagida
a confessar a prática do delito tipificado no artigo 184, §§ 1º e 2º do Código
Penal, mas a prisão foi revogada pela autoridade impetrada em 6/10/2011.
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Sustenta a nulidade das provas coligidas com a invasão do
domicílio da paciente (art. 150 do CP), com fundamento no artigo 5º, incisos LVI
e LXI da Constituição Federal; artigos 9 e 11 do Pacto de São José da Costa
Rica e artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, doutrina e
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Acrescenta que não houve determinação judicial para ingresso
no domicílio da primeira paciente. Esta situação apenas reforça a alegação de
que as provas coligidas com a invasão devem ser consideradas nulas.
Pede a concessão da ordem para anulação da prisão em
flagrante da primeira paciente (MARINALVA DE OLIVEIRA) e o trancamento da
ação penal nº 2011.07.1.030007-5 ou do Inquérito Policial nº 617/2011 – 1ª DP
(fls. 2/11).
A autoridade impetrada informou ter recebido em 9/5/2012
denúncia oferecida contra os três pacientes pela possível prática do crime
tipificado no artigo 184, §§ 1º e 2º do Código Penal (fls. 167/172).
A Procuradoria de Justiça oficiou pela denegação da ordem (fls.
174/177).
É o relatório.
V O T O S
O Senhor Desembargador SOUZA E AVILA - Relator
Admito o processamento do habeas corpus, porquanto os
pressupostos legais estão atendidos.
A discussão gira em torno da suposta nulidade do flagrante e da
prova do possível crime de violação de direito autoral tipificado no artigo 184, § 1º
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e 2º do Código Penal pelos pacientes em 23/9/2011 na Colônia Agrícola
Samambaia, Chácara 55, Lote 3 em Taguatinga/DF.
Consta do APF nº 617/2011 – 1ª DP que, a propósito de
cumprimento de mandado de prisão expedido contra o segundo paciente
(LINDOMAR DIVINO ALVES DE AMORIM, vinculado ao IP nº 41/2002), policiais
civis da 1ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal realizaram campanas
naquele local, para localizar e prendê-lo. Isso porque o lugar era indicado como
residência dele.
A ordem de prisão do segundo paciente legitimou o ingresso dos
policiais civis durante o horário diurno (por volta das sete horas) no imóvel
situado no Lote 3, Chácara 55, Colônia Agrícola Samambaia em Taguatinga/DF.
Não se pode considerar arbitrária a atuação dos agentes de polícia.
É irrelevante o consentimento da primeira paciente (MARINALVA)
para legitimar a entrada deles na residência, porquanto a atuação policial ocorria
a propósito do mandado de prisão, e não por suspeita da autoridade policial
durante investigação de algum fato caracterizador de crime.
Neste sentido, é que se compreende a disposição contida no
artigo 5º, inciso XI e artigo 283, caput e § 2º do Código de Processo Penal (com a
redação da Lei nº 12.403, de 4/5/20111), para reconhecer como legítimo o
ingresso dos policiais civis no interior da residência para cumprimento do
mandado de prisão do segundo paciente (LINDOMAR).
Acrescente-se que a descoberta da atividade ilícita de
reprodução de CDs e DVDs pelos pacientes no interior da residência também
1 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes do País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança,
à propriedade, nos termos seguintes:
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou , durante o dia, por determinação
judicial.
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no
curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva.
§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à
inviolabilidade do domicílio.
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legitima a atuação policial. Isso, porque o crime é permanente, de sorte que a
situação de flagrância se protrai no tempo durante a execução do crime.
Nesta perspectiva, é de nenhuma importância a alegação do
impetrante de que a primeira paciente não consentiu com o ingresso dos policiais
civis no interior da residência ou não houve ordenação de busca e apreensão
pelo juízo criminal.
Trago à colação os seguintes julgados deste Tribunal:
HABEAS CORPUS - TRÁFICO DE DROGAS - CONVERSÃO DA
PRISÃO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA - LEGALIDADE -
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO - ORDEM DENEGADA.
1. O Paciente foi preso em flagrante pela suposta prática do
crime previsto no artigo 33, "caput", da Lei n.º 11.343/2006.
2. Rejeita-se a alegação de ausência de situação flagrancial
quando se trata de crime permanente eis que sua consumação se protrai no
tempo e possibilita a prisão em flagrante a qualquer momento, por conseguinte,
dispensável o mandado de busca e apreensão ou o consentimento de seu
morador para ingresso na residência, podendo-se realizar a apreensão sem que
se fale em ilicitude das provas obtidas ou em violação de domicílio. Precedentes.
3. É firme a orientação jurisprudencial no sentido de que a
vedação expressa da liberdade provisória nos crimes de tráfico ilícito de
entorpecentes é, por si só, motivo suficiente para vedar a concessão da benesse
ao réu preso em flagrante por crime hediondo ou equiparado (art. 5.º, inciso XLIII,
da Constituição Federal).
4. Inadequação, na espécie, de qualquer das medidas cautelares
diversas da prisão, previstas no artigo 319 do Código de Processo Civil.
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5. Presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva
previstos no art. 312 do CPP, não se verifica o alegado constrangimento ilegal.
6. Ordem denegada. (Acórdão n. 581517, 20120020065832HBC,
Relator HUMBERTO ADJUTO ULHÔA, 3ª Turma Criminal, julgado em
19/04/2012, DJ 26/04/2012 p. 248)
HABEAS CORPUS - TRÁFICO DE DROGAS - FLAGRANTE
CONVERTIDO EM PRISÃO PREVENTIVA - EXCEPCIONALIDADE DA
SEGREGAÇÃO - INDÍCIOS DE AUTORIA E MATERIALIDADE - GARANTIA DA
ORDEM E SAÚDE PÚBLICAS - LEI 12.403/2011 - MEDIDAS CAUTELARES
DIVERSAS À PRISÃO - RESPOSTA AQUÉM À GRAVIDADE DO CASO.
I. O direito fundamental de inviolabilidade de domicílio (CF, art.5º,
inc.XI) comporta exceções, inclusive quanto à dispensabilidade de mandado
judicial no caso de flagrante delito. O crime de tráfico de drogas é permanente e a
flagrância prolonga-se no tempo, diante do que o princípio da inviolabilidade de
domicílio fica mitigado.
II. A vedação legal de liberdade provisória veiculada no art. 44 da
Lei 11.343/06 deve ser vista com reservas. Entendimento da Relatora.
III. Mantém-se a prisão quando presentes indícios da autoria e
materialidade do crime, bem como a necessidade de garantia da saúde e ordem
públicas.
IV. A Lei 12.403/2011 deu novos contornos à admissão da prisão
preventiva. O julgador poderá optar pela aplicação do art. 319 do CPP, que
contém alternativas ao cárcere, considerado medida extrema. Na hipótese, não é
suficiente, nem adequada, a substituição da prisão preventiva por uma medida
cautelar.
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V. Ordem denegada. (Acórdão n. 538567, 20110020172040HBC,
Relator SANDRA DE SANTIS, 1ª Turma Criminal, julgado em 29/09/2011, DJ
05/10/2011 p. 134)
CONSTITUCIONAL - PROCESSUAL PENAL - PENAL -
TRÁFICO DE DROGAS - CRIME DE NATUREZA PERMANENTE. RÉU PRESO
E AUTUADO EM FLAGRANTE QUANDO SE ENCONTRAVA NO INTERIOR DE
DOMICÍLIO DA GENITORA DE SEUS FILHOS. VIOLAÇÃO A DOMICÍLIO.
INEXISTÊNCIA. LEGALIDADE DA PRISÃO. 1. O crime de tráfico de
entorpecente é de natureza permanente, protraindo seus efeitos no tempo. 2. "O
homem mais pobre desafia em sua casa todas as forças da Coroa; sua cabana
pode ser muito frágil, seu teto pode tremer, o vento pode soprar entre as portas
mal ajustadas, a tormenta pode nela penetrar, mas o Rei da Inglaterra não pode
nela entrar". 2.1 Todavia, não há ilegalidade alguma e nem tampouco maltrato à
norma constitucional da inviolabilidade do domicílio, a ação policial que prende e
autua em flagrante delito, no interior de residência, aquele que portava e trazia
consigo considerável quantidade de entorpecente (cocaína) e uma balança de
precisão. 3. Precedentes do C. STJ. 3.1 "A garantia constitucional da
inviolabilidade do domicílio cede espaço nos casos de flagrante delito (CF, art. 5º,
XI), não merecendo censura a ação policial intentada com o objetivo de efetuar
prisão no interior de residência, após constatar em campana a realização de
comércio ilícito de entorpecente. - Recurso ordinário desprovido. RHC 7749 / MG,
DJ 28.09.1998 p. 120)". 3.2 "Omissis. Sendo o delito de tráfico de entorpecente
crime permanente, resta configurado o flagrante, consoante o disposto no art. 5º,
inciso XI, da Constituição Federal, apto a ensejar a ação dos policiais, com a
entrada no recinto onde o ilícito esteja sendo praticado,independentemente da
expedição de mandado judicial. Ordem denegada. HC35642/SP, Ministro Gilson
Dipp, DJ 07.03.2005). 4. Sentença mantida por seus próprios
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fundamentos.(Acórdão n. 377212, 20060111143455APR, Relator JOÃO
EGMONT, 1ª Turma Criminal, julgado em 14/05/2009, DJ 30/09/2009 p. 107)
Não se revela, portanto, ilícita a apreensão de coisas e a prisão
em flagrante da primeira paciente (MARINALVA) pela suposta prática do crime
tipificado no artigo 184, §§ 1º e 2º do Código Penal. A concessão de liberdade
mediante fiança (fls. 127/131 e 140/142) e a colocação dele em liberdade
provisória afasta a alegação de constrangimento ilegal.
Os bens apreendidos consoante os termos de fls. 52/59, em
princípio, guardam relação com os fatos imputados aos pacientes. Não se pode
considerar lícita a apreensão, quando a atuação policial decorreu de
desdobramento de diligência inicial, com o conhecimento do crime de violação de
direito autoral em execução.
A restituição das coisas apreendidas será decidida futuramente
pelo Juiz, desde que seja possível a devolução. Isso porque os instrumentos e
produto do crime serão perdidos para o Estado, no caso de sentença
condenatória.
Há, portanto, justa causa para a ação penal, consoante a
manifestação da Procuradoria de Justiça. Há prova da existência do fato e
indícios de autoria, a conduta imputada aos pacientes é típica e não incide causa
de extinção de punibilidade.
É importante destacar que a investigação realizada por meio do
inquérito policial aparelha a denúncia, a qual já foi oferecida e recebida pela
autoridade impetrada. Em conseqüência disso, como há presença de justa causa,
mostra-se inviável o pedido de trancamento do inquérito policial ou da ação
penal.
A alegação de que parte do dinheiro apreendido não foi
apresentada à autoridade policial é fática e não há como ser apreciada nesta via
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GABINETE DO DESEMBARGADOR SOUZA E AVILA 10
processual. Como ressaltado pelo impetrante, a questão já foi submetida ao
órgão correcional da Polícia Civil e de controle externo do Ministério Público, de
sorte que o fato está em apuração.
Ante o exposto, denego a ordem.
É como voto.
O Senhor Desembargador ROBERVAL CASEMIRO BELINATI - Vogal
Com o Relator.
O Senhor Desembargador JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA - Vogal
Com o Relator.
D E C I S Ã O
DENEGAR A ORDEM. UNÂNIME.