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Habilidade 16- Figuras de linguagem Paulo Monteiro

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Page 1: Habilidade 16 figuras de linguagem

Habilidade 16- Figuras de linguagem

Paulo Monteiro

Page 2: Habilidade 16 figuras de linguagem

AS FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras de linguagem constituem os ornamentos dodiscurso. A figura se opõe à linguagem simples. Ela desvia oselementos da linguagem comum do seu uso nomal, criandouma linguagem nova, qualificada às vezes de florida.[...]

Pode-se se estabelecer uma classificação ainda maisoperatória dessas figuras. Assim,distinguem-se:

As figuras fônicas ou gráficas, que agem sobre asonoridade ou grafia das palavras: aliteração, paronomásia,rimas, assonância, trocadilhos, anagramas,escrita fonética(escrever como se fala),modificações ortográficaspropositadas(“prolooongar”).

Page 3: Habilidade 16 figuras de linguagem

As figuras sintáticas que agem sobre a sintaxe da frase(anacoluto, elipse, enumeração, inversão).

As figuras semânticas, que agem sobre o sentido daspalavras,o qual se desloca ou se transforma (metáfora,metonímia).

As figuras lógicas que agem sobre o valor lógico dafrase, sobre sua ordem habitual ou sobre a estrutura deconjunto do enunciado, entendendo-se que estenormalmene se apresenta seguindo uma ordem ou umprogressão “lógica” (litotes, hipérboles, repetição,pleonasmo).

(VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicasnaprodução oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1987, p.49-50)

Page 4: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 01

EPITÁFIO

Devia ter complicado menosTrabalhado menosTer visto o sol se pôrDevia ter me importado menosCom problemas pequenosTer morrido de amor...Queria ter aceitadoA vida como ela éA cada um cabem alegriasE a tristeza que vier...

BRITTO, Sérgio. Epitáfio. In: A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001, 1CD.

Page 5: Habilidade 16 figuras de linguagem

Observam-se, nos versos destacados, na letra dessa música, as

seguintes figuras de linguagem:

A) Zeugma – hipérbole - antítese.

B) Prosopopeia – gradação – catacrese.

C) Gradação – zeugma – eufemismo.

D) Catacrese – hipérbole – prosopopeia.

E) Metáfora – antítese – ironia.

Page 6: Habilidade 16 figuras de linguagem

Observam-se, nos versos destacados, na letra dessa música, as

seguintes figuras de linguagem:

A) Zeugma – hipérbole - antítese.

B) Prosopopeia – gradação – catacrese.

C) Gradação – zeugma – eufemismo.

D) Catacrese – hipérbole – prosopopeia.

E) Metáfora – antítese – ironia.

Há, nos versos 2 e 3, a ausência da expressão “Devia”, jáexpressa, implicando zeugma; a ideia de morrer de amor é umexagero, uma hipérbole; existe uma oposição de ideias nosdois últimos versos: alegria x tristeza.

Page 7: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 02

O MUNDO É GRANDE

O mundo é grande e cabeNesta janela sobre o mar.O mar é grande e cabeNa cama e no colchão de amar.O amor é grande e cabeNo breve espaço do beijar.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.1043)

Page 8: Habilidade 16 figuras de linguagem

Nesse poema, os versos estabelecem entre si relações de sentido,alicerçadas em:

a) Comparações implícitas, implicando o uso de metáfora: associam-seo mundo a uma janela sobre o mar; o mar a uma cama; e o amor aobeijo.

b) Sinestesia, uma vez que as ideias de “janela” , de “mar”, de “cama”, de “colchão” e de “grande” traduzem um apelo denatureza visual.

c) Antítese, pois, cada conjunto de dois versos é ligado por meio damesma conjunção – E – , e esta equivale a “porém”, marcandooposição de ideias.

d) Prosopopeia: ness sentido, tanto o amor quanto o mar tornam-seseres vivos, capazes da capacidade de escolha em relação ao tempoe ao espaço.

e) Ironia: o eu lírico, a rigor, afirma o contrário do que diz: se o“mundo é grande “, evidentemente não poderia caber no espaçode uma janela.

Page 9: Habilidade 16 figuras de linguagem

Nesse poema, os versos estabelecem entre si relações de sentido,alicerçadas em:

a) Comparações implícitas, implicando o uso de metáfora: associam-seo mundo a uma janela sobre o mar; o mar a uma cama; e o amor aobeijo.

b) Sinestesia, uma vez que as ideias de “janela” , de “mar”, de “cama”, de “colchão” e de “grande” traduzem um apelo denatureza visual.

c) Antítese, pois, cada conjunto de dois versos é ligado por meio damesma conjunção – E – , e esta equivale a “porém”, marcandooposição de ideias.

d) Prosopopeia: ness sentido, tanto o amor quanto o mar tornam-seseres vivos, capazes da capacidade de escolha em relação ao tempoe ao espaço.

e) Ironia: o eu lírico, a rigor, afirma o contrário do que diz: se o“mundo é grande “, evidentemente não poderia caber no espaçode uma janela.

A conjunção E, nos três momentos do poema, tem o valor de “mas”,implicando oposição de ideias: o amor é grande, mas cabe no brevebeijo”

Page 10: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 03

De raio e chumboE chuva radioativaSerá a raiva rubaQue, radiantes, Não veremos?

O medo mudaO manto dos mortosE move os mitos.O medo manteráOu mudaráO manto do mundo?

( MELO, Alberto da Cunha. O cão de olhos amarelos. São Paulo: A Girafa, 2996, p.166.)

Page 11: Habilidade 16 figuras de linguagem

Entre os recursos expressivos empregados nesse texto, destaca-se:

a) Metonímia: substituição de um termo por outro, quando há entreeles uma relação de sentido, como parte pelo todo.

b) Metáfora: comparação implícita, o sentido natural de uma palavra ésubstituído por outro, numa nova relação.

c) Aliteração: o ritmo do poema é posto em relevo a partir darepetição de fonemas de natureza consonantal.

d) Prosopopeia: a palavra-chave do poema – Medo – é personificada,agindo como um ser vivo, de tons humanos.

e) Catacrese: há um predomínio de impropriedades linguísiticas – oque pode ser constatato em termos como “mito”.

Page 12: Habilidade 16 figuras de linguagem

Entre os recursos expressivos empregados nesse texto, destaca-se:

a) Metonímia: substituição de um termo por outro, quando há entreeles uma relação de sentido, como parte pelo todo.

b) Metáfora: comparação implícita, o sentido natural de uma palavra ésubstituído por outro, numa nova relação.

c) Aliteração: o ritmo do poema é posto em relevo a partir darepetição de fonemas de natureza consonantal.

d) Prosopopeia: a palavra-chave do poema – Medo – é personificada,agindo como um ser vivo, de tons humanos.

e) Catacrese: há um predomínio de impropriedades linguísiticas – oque pode ser constatato em termos como “mito”.

Há uma sequência de palavras iniciadas por M

Page 13: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 04

MAPA

Almas desesperadas, eu vos amo. Almas insatisfeitas, ardentes.Destesto os que tapeiam,Os que brincam de cobra-cega com a vida, os homens práticos...Viva São Francisco e vários suicidas e amantes suicidas,E os soldados que perderam a batalha, as mães bem mães,As fêmeas bem fêmeas, os doidos bem doidos.Vivam os transfigurados, ou porque eram perfeitos ou porque jejuavam

muito...Viva eu, que inauguro no mundo o estado de bagunça transcendente.

Page 14: Habilidade 16 figuras de linguagem

Sou a presa do homem que fui há vinte anos passados,Dos amores raros que tive,Vida de planos ardentes, desertos vibrando sob os dedos do amor,Tudo é ritmo no cérebro do poeta. Não me escrevo em nenhuma

teoria,Estou no ar,Na alma dos criminosos, dos amantes desesperados,No meu quarto modesto da Praia de Botafogo,No pensamento dos homens que movem o mundo,Nem triste nem alegre, chama com dois olhos andando,Sempre em trasformação.

(MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p.117)

Page 15: Habilidade 16 figuras de linguagem

A metonímia implica a substituição entre palavras queapresentam relação constante: parte pelo todo, abstrato peloconcreto, continente pelo conteúdo etc. Esse recurso deconstrução textual está na opção:

a) “Nem triste nem alegre...”

b) “Vida de planos ardentes...”

c) “Sob os dedos do amor”

d) “Estou no ar...”

e) “Almas desesperadas ...”

Page 16: Habilidade 16 figuras de linguagem

A metonímia implica a substituição entre palavras queapresentam relação constante: parte pelo todo, abstrato peloconcreto, continente pelo conteúdo etc. Esse recurso deconstrução textual está na opção:

a) “Nem triste nem alegre...”

b) “Vida de planos ardentes...”

c) “Sob os dedos do amor”

d) “Estou no ar...”

e) “Almas desesperadas ...”

O termo “almas” substitui “ pessoas”

Page 17: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 05

Levando-se ainda em conta a leitura desse poema, na passagem “vida de planos ardentes”, o poeta emprega uma sinestesia, isto é, atribui a um elemento abstrato “planos” um sensação tátil: “ardente”. O mesmo procedimento ocorre em:

(HILST, Hilda. Do desejo. São Paulo: Globo, 2001. )

a) “Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo, / tomas-me o corpo”. (p.17)b) “Costuro o infinito sobre o peito. / E no entanto sou água fugidia...” (p.36)c) “Também são cruas e duras as palavras antes de nos sentarmos à mesa”

(p;100)d) “Eu sou Medo. Estertor. / Tu, meu Deus, um cavalo de ferro.” (p.85)e) “Vem dos vales a voz. Do poço. / Dos penhascos. Vem funda e fria “ (p.31)

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Questão 05

Levando-se ainda em conta a leitura desse poema, na passagem “vida de planos ardentes”, o poeta emprega uma sinestesia, isto é, atribui a um elemento abstrato “planos” um sensação tátil: “ardente”. O mesmo procedimento ocorre em:

(HILST, Hilda. Do desejo. São Paulo: Globo, 2001. )

a) “Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo, / tomas-me o corpo”. (p.17)b) “Costuro o infinito sobre o peito. / E no entanto sou água fugidia...” (p.36)c) “Também são cruas e duras as palavras antes de nos sentarmos à mesa”

(p;100)d) “Eu sou Medo. Estertor. / Tu, meu Deus, um cavalo de ferro.” (p.85)e) “Vem dos vales a voz. Do poço. / Dos penhascos. Vem funda e fria “ (p.31)

O termo “palavras”, abstrato, passa a ser percebido pelo tato.

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Questão 06

CERTIDÃO DE INFÂNCIA

Minha existência rural,Tudo é memóriaDe borboletas de palha.A palmatória,Madeira em flor, o arabescoDos claros galos,Vermelhos de ostentação.Nos intervalosDa aula, o pó-de-arroz e a laudaSem cor de outrora.Gosto azul de mel na falaDa professora.O escarlate do sorrisoDo Bispo, a malha

De algodão, a naftalinaPara a mortalha.Flor dos meus sapatos em fuga,O adeus que dói.A morte ronda em vermelho,Póstumo boi.Minha existência rural,Tudo é lembrançaDuns olhos em correntezaFeito criança.

(CARVALHO, Francisco. Os mortos azuis. Fortaleza: Imprensa Universitária da UFC , 1971, p.41)

Page 20: Habilidade 16 figuras de linguagem

Em passagens como “borboletas de palha”, há uma comparaçãoimplícita; em “a morte em vermelho”, há uma sensaçãosensorial, constituindo, respectivamente, o emprego demetáfora e de sinestesia. A mesma sequência dessas figuras delinguagem está em:

a) “Olhos em correnteza”; “O adeus que dói”

b) “Madeira em flor” ; “Gosto azul de mel na fala”

c) “O pó de arroz e a lauda”; “Tudo é lembrança”

d) “Póstumo boi”; “Minha existência rural”

e) “A naftalina para a mortalha”; “O sorriso escarlate”

Page 21: Habilidade 16 figuras de linguagem

Em passagens como “borboletas de palha”, há uma comparaçãoimplícita; em “a morte em vermelho”, há uma sensaçãosensorial, constituindo, respectivamente, o emprego demetáfora e de sinestesia. A mesma sequência dessas figuras delinguagem está em:

a) “Olhos em correnteza”; “O adeus que dói”

b) “Madeira em flor” ; “Gosto azul de mel na fala”

c) “O pó de arroz e a lauda”; “Tudo é lembrança”

d) “Póstumo boi”; “Minha existência rural”

e) “A naftalina para a mortalha”; “O sorriso escarlate”

Em “madeira em flor” , há uma associação; em “gosto azul de mel”, sensações sensoriais.

Page 22: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 07

A tropa pegara Pascoal Italiano e fora com ele a um banho defacão. O tenente tinha sabido que o mascate fazia serviço deespia para o bandido e dá com ele na cadeia do Espírito Santo.O tenente estava disposto a pegar o cangaceiro de qualquerjeito. Um negro fora preso também para interrogatório. Econtaram que saíra da cadeia com as mãos inchadas de bolos.O mestre José Amaro ia sabendo dessas coisas com ódioviolento contra a tropa. Enquanto isto, correra a notícia de umencontro de Antonio Silvino no Ingá com a força da polícia.Aquela notícia aliviara o povo da várzea.

(REGO, José Lins do. Ficcão completa – vol. II. Rio de Janeiro:Nova Aguilar, 1987, p.530)

Page 23: Habilidade 16 figuras de linguagem

Para a construção desse excerto do romance “Fogo Morto”, José Lins doRego optou pela substituição entre palavras que estabelecem entre sirelações de sentido – o que caracteriza o recurso da metonímia.Marcar a opção em que essa figura de linguagem esteja presente:

a) “A velha minha sogra meteu a cabeça entre a porta, adelgaçou oslábios num sorriso e anunciou alvissareira: - Um menino !” (MoreiraCampos)

b) “No corpo, a serpente / de cabeça dourada / expõe o vaso de veneno”(Barros Pinho)

c) “Feito um cão solto / súbito o sol / salta janela / adentro do quarto”(Adriano Espínola)

d) “Não posso viver comigo / não posso fugir de mim” (Sá de Miranda)

e) “Amor é fogo que arde sem se ver” (Luis Vaz de Camões)

Page 24: Habilidade 16 figuras de linguagem

Para a construção desse excerto do romance “Fogo Morto”, José Lins doRego optou pela substituição entre palavras que estabelecem entre sirelações de sentido – o que caracteriza o recurso da metonímia.Marcar a opção em que essa figura de linguagem esteja presente:

a) “A velha minha sogra meteu a cabeça entre a porta, adelgaçou oslábios num sorriso e anunciou alvissareira: - Um menino !” (MoreiraCampos)

b) “No corpo, a serpente / de cabeça dourada / expõe o vaso de veneno”(Barros Pinho)

c) “Feito um cão solto / súbito o sol / salta janela / adentro do quarto”(Adriano Espínola)

d) “Não posso viver comigo / não posso fugir de mim” (Sá de Miranda)

e) “Amor é fogo que arde sem se ver” (Luis Vaz de Camões)

A expressão “ minha sogra” substitui o nome da mulher.

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Questão 08

Ler o poema a seguir:

EXPLICAÇÃO DE POESIA SEM NINGUÉM PEDIR

Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia.Atravessou minha vida,Virou só sentimento.

(PRADO, Adélia. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991, p.48)

Page 26: Habilidade 16 figuras de linguagem

A expressão “trem-de-ferro” passa, nesse poema, de denotativa a conotativa; com isso, aponta a presença de:

a) Catacrese

b) Hipérbole

c) Metáfora

d) Prosopopeia

e) Ironia

Page 27: Habilidade 16 figuras de linguagem

A expressão “trem-de-ferro” passa, nesse poema, de denotativa a conotativa; com isso, aponta a presença de:

a) Catacrese

b) Hipérbole

c) Metáfora

d) Prosopopeia

e) Ironia

O verbo atravessar passa a traduzir a ideia de acompanhar, isto é, o trem, como lembrança, é como se atavessasse a existência do eu lírico.

Page 28: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 09. Ler o que se segue:

UMA CARTA

Em outra carta, de antes, já não contei? Xavinha falou em Delmiro, cada vez mais aluado e escondido. E parecia muito doente, magros, os pés inchados. O povo dizia que ele acabou mudo, de tanto não falar com ninguém.Isso, a seu tempo, tinha me deixado numa grande calma. E eu revia o velho, na sua meiaágua de telha, botando xerém de milho para os passarinhos. E aquele sorriso curto quando me via, e os presentes que me dava. E a marreca-viuvinha morta, ainda quente na mão.

(QUEIROZ, Rachel. Dôra, Doralina.Rio de Janeiro: José Olumpio, 1979, p. 110)

Page 29: Habilidade 16 figuras de linguagem

Nas passagens “O povo dizia que ele acabou mudo...” ; e “E eu revia o velho...”, há o mesmo procedimento de construção textual, a partir do uso de:

a) Metáfora

b) Metonímia

c) Hipérbole

d) Ironia

e) Antonomásia

Page 30: Habilidade 16 figuras de linguagem

Nas passagens “O povo dizia que ele acabou mudo...” ; e “E eu revia o velho...”, há o mesmo procedimento de construção textual, a partir do uso de:

a) Metáfora

b) Metonímia

c) Hipérbole

d) Ironia

e) Antonomásia

Os termos “povo” e “velho” substituem “ os habitantes do lugar” e “Delmiro”, respectivamente.

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Questão 10Observar o fragmento de um romance:

DIAS E DIAS

Há dias e dias, sinto o meu coração como um sabiá na gaiola com a porta aberta, tenho vontade de girar, girar até ficar tonta e cair no chão, como eu fazia quando era menina. Trago nas minhas mãos os versos que Antonio escreveu para meus olhos, quantos anos, mesmo, tínhamos? Eu doze, e ele treze, pois isso se deu em 1836. A poesia fala em olhos verdes, e naquele momento, quando a li pela primeira vez, acreditei que fossem os meus olhos, mas meus olhos não chegam a ser verdes, têm mais a cor da folha quase seca da palmeira, ou talvez a cor da água da baía de São Marcos, uma água suja de lama e areia dos moventes baixios, revolvida pelas dimensões da lua, pelo percorrer incessante dos saveiros de pesca, esta água que agora vejo ao sol da manhã.

(MIRANDA, Ana. Dias e dias. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 15)

Page 32: Habilidade 16 figuras de linguagem

Na construção desse texto, a autora primou pelo recursoda substituição entre palavras que apresentam relaçõesde sentido, daí o predomínio de:

a) Metáfora

b) Sinestesia

c) Hipérbole

d) Prosopopeia

e) Metonímia

Page 33: Habilidade 16 figuras de linguagem

Na construção desse texto, a autora primou pelo recursoda substituição entre palavras que apresentam relaçõesde sentido, daí o predomínio de:

a) Metáfora

b) Sinestesia

c) Hipérbole

d) Prosopopeia

e) Metonímia

Termos como “coração” , “mãos”, “versos” etc sãoexemplos de metonímia, processo de substituição deuma palavra por outra – se há entre elas relação desentido.

Page 34: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 11

A MULHER NUNCA SE CANSA DE SE CANSAR DELA MESMA

No fundo, são todas iguais, porque o que querem mesmo é ser diferentesumas das outras, sem perceber que a única mulher diferente, no duro, é aque quer ser igual - mas isso é dificílimo de conseguir, porque nenhumamulher é igual nem a ela mesma, pois muda de cinco em cinco minutos.Querem uma prova? Reparem: a mulher acorda, e a primeira coisa que faz,antes mesmo de escovar os dentes e tomar banho, é correr para o espelhopara ver se está com boa aparência. Fica horas experimentando os cabelospara cima, para baixo, para a esquerda, para a direita, e finalmente decidejogá-los para trás. Escova os dentes, toma banho, volta para o espelho, sentetédio de sua fisionomia: afinal de contas, ver aquela mesma cara todo o diaenjoa qualquer um. Desmancha novamente os cabelos, inventa um penteadodiferente, desses que agradam os homens e desagradam as mulheres – que éque ela pode querer mais?

(ELIACHAR, Leon. O homem ao quadrado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977,p.143)

Page 35: Habilidade 16 figuras de linguagem

Predomina no texto o recurso expressivo de jogos:

A. Eufemísticos

B. Hiperbólicos

C. Metafóricos

D. Antitéticos

E. Irônicos

Page 36: Habilidade 16 figuras de linguagem

Predomina no texto o recurso expressivo de jogos:

A. Eufemísticos

B. Hiperbólicos

C. Metafóricos

D. Antitéticos

E. Irônicos

Nos dois parágrafos, o texto se desenvolve a partir de oposição de ideias.

Page 37: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 12

. Ainda acerca do texto anterior, na passagem “...desmancha os cabelos...”, há:

A. Metáfora

B. Hipérbole

C. Símile

D. Catacrese

E. Eufemismo

Page 38: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 12

. Ainda acerca do texto anterior, na passagem “...desmancha os cabelos...”, há:

A. Metáfora

B. Hipérbole

C. Símile

D. Catacrese

E. Eufemismo

O verbo desmanchar está empregado em sentido conotativo.

Page 39: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 13Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.)Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é:

a) “Dos dois contemplo rigor e fixidez.Passado e sentimentome contemplam” (p. 91).

b) “De sol e luaDe fogo e ventoTe enlaço” (p. 101).

c) “Areia, vou sorvendoA água do teu rio” (p. 93).

d) “Ritualiza a matançade quem só te deu vida.E me deixa vivernessa que morre” (p. 62).

e) “O bisturi e o verso.Dois instrumentosentre as minhas mãos” (p. 95).

Page 40: Habilidade 16 figuras de linguagem

Questão 13Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.)Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é:

a) “Dos dois contemplo rigor e fixidez.Passado e sentimentome contemplam” (p. 91).

b) “De sol e luaDe fogo e ventoTe enlaço” (p. 101).

c) “Areia, vou sorvendoA água do teu rio” (p. 93).

d) “Ritualiza a matançade quem só te deu vida.E me deixa vivernessa que morre” (p. 62).

e) “O bisturi e o verso.Dois instrumentosentre as minhas mãos” (p. 95)

Viver no que morre são termos que semanticamente se excluem