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ISS, I.P. – Departamento/Gabinete Pág. 1/37 GUIA PRÁTICO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

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  • ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pg. 1/37

    GUIA PRTICO SUBSDIO DE DESEMPREGO INSTITUTO DA SEGURANA SOCIAL, I.P

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 2/37

    FICHA TCNICA

    TTULO

    Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    (6001 v4.31)

    PROPRIEDADE

    Instituto da Segurana Social, I.P.

    AUTOR

    Instituto da Segurana Social, I.P.

    PAGINAO

    Gabinete de Comunicao

    CONTACTOS

    Telefone: 808 266 266 (n. azul), dias teis das 08h00 s 20h00.

    Estrangeiro: (+351) 272 345 313

    Site: www.seg-social.pt, consulte a Segurana Social Direta.

    DATA DE PUBLICAO

    16 de abril de 2012

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 3/37

    NDICE

    A O que ? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4

    B1 Quem tem direito? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4

    B2 Qual a relao desta prestao com outras que j recebo ou posso vir a receber? ----------------------- 7

    C Como posso pedir? Que formulrios e documentos tenho de entregar?------------------------------------- 9

    D1 Como funciona esta prestao? Quanto e quando vou receber? -------------------------------------------14

    D2 Como posso receber? -----------------------------------------------------------------------------------------------------17

    D3 Quais as minhas obrigaes? -------------------------------------------------------------------------------------------19

    D4 Por que razes termina?--------------------------------------------------------------------------------------------------23

    E Outra Informao E1 Legislao Aplicvel --------------------------------------------------------------------------26

    E2 Glossrio ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------27

    Perguntas Frequentes ------------------------------------------------------------------------------------------------------------31

    A informao contida neste guia prtico no dispens a a consulta da lei.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pg. 4/37

    A O que ?

    O subsdio de desemprego um valor em dinheiro que pago em cada ms a quem perdeu o

    emprego de forma involuntria, e que se encontre inscrito para emprego no centro de emprego.

    O subsdio de desemprego destina-se a compensar a perda das remuneraes de trabalho.

    Ateno : O subsdio de desemprego tem novas regras de atribuio a partir de 1 de abril de

    2012.

    B1 Quem tem direito?

    Quem tem direito ao subsdio de desemprego

    Quem no tem direito ao subsdio de desemprego

    Quais as condies necessrias para ter acesso ao s ubsdio de desemprego

    Qual o prazo de garantia

    O que conta para o prazo de garantia

    No contam para o prazo de garantia

    Quem tem direito ao subsdio de desemprego?

    Trabalhadores que tiveram um contrato de trabalho e que descontaram para a Segurana

    Social (ou que tenham o contrato suspenso por salrios em atraso).

    Pensionistas de invalidez desempregados que passem a ser considerados aptos para o

    trabalho.

    Trabalhadores do servio domstico desde que:

    o Sejam contratados ao ms em regime de tempo inteiro e tenham celebrado um

    acordo por escrito com o empregador para descontarem sobre o salrio real;

    o O acordo tenha sido entregue no competente servio de segurana social e se

    verifiquem as condies para ser considerada como base de incidncia de

    contribuies a remunerao efetiva.

    Trabalhadores agrcolas, inscritos na Segurana Social a partir de 1 de janeiro de 2011.

    Trabalhadores agrcolas indiferenciados, inscritos na Segurana Social at 31 de dezembro

    de 2010, desde que:

    o Sejam contratados sem termo e a tempo inteiro e tenham celebrado um acordo

    escrito com o seu empregador, antes de terem completado 60 anos de idade, para

    descontarem sobre o salrio real ;

    o O acordo tenha sido entregue no Centro Distrital de Segurana Social competente;

    o O valor do salrio no seja inferior ao salrio mnimo nacional.

    Trabalhadores nomeados para cargos de gesto desde que, data da nomeao,

    pertencessem ao quadro da prpria empresa como trabalhadores contratados h pelo menos

    um ano e enquadrados no regime geral de segurana social dos trabalhadores por conta de

    outrem;

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 5/37

    Trabalhadores contratados que, cumulativamente, so gerentes (scios ou no) numa

    entidade sem fins lucrativos (ex: uma sociedade recreativa sem fins lucrativos), desde que

    no recebam pelo exerccio dessas funes qualquer tipo de remunerao;

    Professores do ensino bsico e secundrio;

    Trabalhadores do setor aduaneiro (em condies especficas ver Perguntas frequentes);

    Ex-militares em regime de contrato e em regime de voluntariado (ver Perguntas frequentes).

    Quem no tem direito ao subsdio de desemprego?

    Trabalhadores independentes (a recibos verdes ou empresrios em nome individual)

    Nota: Os trabalhadores independentes que prestem servio maioritariamente a uma entidade

    contratante e da qual dependem economicamente, ou seja, desde que 80% ou mais do valor

    total anual dos rendimentos da atividade independente seja obtido dessa entidade, passam a

    ter apoio no desemprego a partir de 2013 desde que satisfaam as condies de atribuio

    Administradores, diretores e gerentes de empresas (ver excees nas Perguntas frequentes)

    Trabalhadores contratados e que sejam gerentes noutra empresa com fins lucrativos, onde

    exercem as funes de gerente, mesmo que no sejam remunerados pelo exerccio dessa

    atividade;

    Obs : Nos termos do Cdigo das Sociedade Comerciais, a gerncia presume-se remunerada.

    Por outro lado, constitui contraordenao o exerccio de atividade normalmente remunerada

    durante o perodo de concesso das prestaes de desemprego, ainda que no se prove o

    pagamento de retribuio.

    Trabalhadores no domcilio.

    Pensionistas de invalidez e velhice

    Quem, data do desemprego, j puder pedir a Penso de Velhice

    Quais as condies necessrias para ter acesso ao s ubsdio de desemprego?

    1. Ser residente em Portugal

    2. Se for estrangeiro, ter ttulo vlido de residncia ou outra autorizao que lhe permita ter um

    contrato de trabalho.

    3. Se for refugiado ou aptrida, ter um ttulo vlido de proteo temporria.

    4. Ter tido um emprego com contrato de trabalho.

    5. Ter ficado desempregado por razes alheias sua vontade (desemprego involuntrio).

    6. No estar a trabalhar (se trabalhar a tempo parcial como trabalhador por conta de outrem

    (TCO) ou como independente (TI), poder ter direito ao subsdio de desemprego parcial

    desde que a retribuio do trabalho por conta de outrem ou o rendimento relevante da

    atividade independente seja inferior ao valor do subsdio de desemprego).

    7. Estar inscrito, procura de emprego, no Centro de Emprego da rea onde vive.

    8. Ter pedido o subsdio no prazo de 90 dias a contar da data de desemprego (ver situaes em

    que o prazo de 90 dias pode ser alargado)

    9. Cumprir o prazo de garantia.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 6/37

    Qual o prazo de garantia?

    Para ter direito ao subsdio de desemprego tem de ter trabalhado como contratado e

    descontado para a Segurana Social ou para outro regime obrigatrio de proteo social

    durante pelo menos 450 dias nos 24 meses imediatamente anteriores da ta em que

    ficou desempregado

    Obs: A partir de 1 de julho de 2012, para ter acesso ao subsdio de desemprego tem de ter

    trabalhado como contratado e descontado para a Segurana Social durante pelo menos 360

    dias, nos 24 meses imediatamente anteriores data em que ficou desempregado.

    Este novo prazo de garantia s se aplica aos requerimentos apresentados a partir de 01-07-

    2012, ainda que o desemprego tenha ocorrido em data anterior.

    Se tiver trabalhado menos dias, pode ter direito ao Subsdio Social de Desemprego.

    O que conta para o prazo de garantia?

    Contam para o prazo de garantia:

    todos os dias que trabalhou como contratado;

    os dias que trabalhou no ms em que foi despedido;

    os dias de frias a que tinha direito e que foram pagos mas que no foram gozados;

    os dias em que esteve a receber subsdio da segurana social no mbito da proteo

    na doena e na parentalidade, com exceo dos subsdios sociais parentais.

    os dias que trabalhou num pas da Unio Europeia ou Suia (ter de apresentar o

    formulrio U1, preenchido pela segurana social do pas onde trabalhou);

    os dias que trabalhou, na Islndia, Noruega ou Listenstaina (ter de apresentar o

    formulrio E- 301, preenchido pela segurana social do pas onde trabalhou);

    os dias que trabalhou em pases com os quais Portugal tenha acordos de segurana

    social, que permitam contabilizar o perodo de descontos nesses pases para ter

    acesso ao subsdio de desemprego portugus (ter de apresentar o formulrio

    respeitante a cada pas preenchido pela segurana social do pas onde trabalhou);

    at 120 dias em que esteve receber um subsdio da Segurana Social de doena ou

    maternidade que tenha determinado o registo de remuneraes por equivalncia, se

    for trabalhador domstico ou agrcola.

    No contam para o prazo de garantia:

    os dias em que esteve a receber prestaes de desemprego;

    os dias em que trabalhou com contrato a tempo parcial (part-time), ou exerceu

    atividade independente e recebeu simultaneamente Subsdio de Desemprego

    Parcial.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 7/37

    B2 Qual a relao desta prestao com outras que j recebo ou posso vir a receber?

    No pode acumular com...

    Pode acumular com...

    Penso de Velhice (antecipada por desemprego de lon ga durao)

    Subsdio Social de Desemprego

    Subsdio de Desemprego Parcial

    Pagamento do montante nico das prestaes de desem prego

    No pode acumular com:

    Penso da Segurana Social ou de outro sistema de proteo social obrigatrio (incluindo a

    funo pblica e sistemas de segurana social estrangeiros).

    Pr-reforma.

    Pagamentos regulares feitos pelos empregadores por ter terminado o contrato de trabalho.

    Outros subsdios que compensem a perda de remunerao do trabalho (Subsdio de Doena,

    Subsdio parental inicial ou por adoo, etc.).

    Pode acumular com:

    Indemnizaes e penses por riscos profissionais (doenas profissionais e acidentes de

    trabalho) e equiparadas (deficientes das Foras Armadas).

    Bolsa complementar por realizar trabalho socialmente necessrio (quem fizer trabalho

    socialmente necessrio promovido pelo Centro de Emprego tem direito a receber mais 20%

    do valor do indexante dos apoios socias.

    Penso de Velhice antecipada por desemprego de long a durao

    Se for desempregado de longa durao e tiver esgotado o perodo inicial do subsdio de desemprego

    ou social de desemprego, pode pedir para receber a Penso de Velhice antecipada.

    Pode pedir a Penso de Velhice aos: Se tiver:

    Se pediu o subsdio de desemprego at 3 de agosto de 2005

    58 anos

    55 anos ou mais na data em que ficou desempregado Pelo menos 30 anos de descontos para a Segurana Social aos 55 anos Esgotado 30 meses de subsdio de desemprego

    Se pediu o subsdio de desemprego at 31 de dezembro de 2006

    55 anos Na data em que ficou desempregado:

    50 anos ou mais Pelo menos 20 anos de descontos para a Segurana Social

    60 anos 55 anos ou mais na data em que ficou desempregado Tem prazo de garantia para pedir a Penso de Velhice

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 8/37

    Pode pedir a Penso de Velhice aos: Se tiver:

    Se pediu o subsdio de desemprego a partir de 1 de j aneiro de 2007

    57 anos Na data em que ficou desempregado:

    52 anos ou mais Pelo menos 22 anos de descontos para a Segurana Social

    62 anos 57 anos ou mais na data em que ficou desempregado Tem prazo de garantia para pedir a Penso de Velhice

    Subsdio Social de Desemprego

    Se no cumprir as condies para receber o Subsdio de Desemprego pode ter direito ao Subsdio

    Social de Desemprego Inicial.

    Se j recebeu todo o Subsdio de Desemprego a que tinha direito e continua desempregado, pode ter

    direito ao Subsdio Social de Desemprego Subsequente.

    Subsdio de Desemprego Parcial

    Se na data em que cessou o contrato de trabalho, que determina a concesso do subsdio de

    desemprego, tambm tem outro emprego por conta de outrem a tempo parcial ou exerce uma

    atividade independente pode ter direito ao subsdio de desemprego parcial desde que a retribuio do

    trabalho por conta de outrem ou o rendimento relevante da atividade independente seja inferior ao

    valor do subsdio de desemprego.

    Se est a receber subsdio de desemprego e comear a trabalhar como trabalhador por conta de

    outrem (TCO) a tempo parcial ou como independente (TI), e se a retribuio do trabalho por conta de

    outrem ou o rendimento relevante da atividade independente for inferior ao valor do subsdio de

    desemprego, pode receber Subsdio de Desemprego Parcial. (ver Guia/Guio Subsdio de

    Desemprego Parcial).

    Ateno: o exerccio da atividade no pode, em qualquer caso, ser feito na empresa que efetuou o

    despedimento do trabalhador e que determinou a atribuio do respetivo subsdio de desemprego ou

    em empresa ou grupo empresarial que tenha uma relao de domnio ou de grupo com aquela.

    Pagamento do montante nico das prestaes de desem prego

    O subsdio de desemprego pode ser pago antecipadamente de uma s vez, na totalidade ou

    parcialmente, caso apresente no Centro de Emprego do Instituto de Emprego e Formao

    Profissional, I.P. (IEFP) um projeto de criao do seu prprio emprego e este seja aprovado (Ver

    Prestaes de Desemprego Montante nico ou em:

    http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/CriacaoEmpregoEmpresa/Paginas/Apoios_Criacao_Proprio_Em

    prego_Beneficiarios_Prestacoes_Desemprego.aspx)

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 9/37

    C Como posso pedir? Que formulrios e documento s tenho de entregar?

    Formulrios

    Documentos necessrios

    Situaes em que necessrio apresentar outros doc umentos:

    Se o empregador terminar o contrato por justa causa

    Se o trabalhador terminar o contrato por justa caus a

    Se o trabalhador suspender o contrato por salrios em atraso

    Trabalhadores migrantes da Unio Europeia, Suia ou Islndia, Noruega e Listenstaina

    Que residem em Portugal e onde vm requerer as pres taes

    A receber prestaes de desemprego na Islndia, Nor uega ou Listenstaina que vm

    procurar trabalho em Portugal

    Beneficirios que esto a receber prestaes de des emprego em Portugal e pretendem

    ausentar-se do territrio nacional para procurar tr abalho, mantendo o direito s prestaes

    de desemprego

    Se for procurar trabalho para um pas da Unio Euro peia ou Suia deve

    Se for procurar trabalho para a Islndia, Noruega o u Listenstaina, deve

    Ex-militares em regime de contrato (menos de 6 anos )

    Apresentao do requerimento por um representante

    Onde se pede

    At quando se pode pedir

    Formulrios

    Modelo RP5000 Requerimento de Prestaes de Desemprego (preenchido online pelo

    funcionrio do Centro de Emprego).

    Nota: Por motivos tcnicos, no possvel a apresentao do requerimento na Segurana Social

    Direta, podendo apenas ser apresentado no centro de emprego.

    Modelo RP5044 Declarao de situao de desemprego passada pela entidade empregadora

    ou pela Autoridade para as Condies de Trabalho (se a entidade empregadora se recusar/no

    puder faz-lo)

    Modelo GD 018 Declarao de salrios em atraso passada pela entidade empregadora ou pela

    Autoridade para as Condies de Trabalho (quando o contrato suspenso por salrios em

    atraso).

    Modelo RP 5059 Majorao do Montante do Subsdio de Desemprego (disponvel em www.seg-

    social.pt)

    Obs: O requerimento deve ser apresentado, preferencialmente na Segurana Social Direta em

    www.seg-social.pt.

    Pode, ainda, ser entregue em qualquer Servio de Atendimento da Segurana Social ou enviado

    pelo correio para o Centro Distrital de Segurana Social da rea da residncia do beneficirio.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 10/37

    Documentos necessrios

    Deve identificar-se com um documento de identificao: Bilhete de Identidade ou Carto do Cidado

    para os cidados portugueses, Autorizao para viver e trabalhar em Portugal para cidados de

    pases terceiros e Bilhete de Identidade ou passaporte vlido para cidados da Unio Europeia e

    Carto de Contribuinte Fiscal.

    Declarao da entidade empregadora que comprova o desemprego e indica a data da ltima

    remunerao (Modelo RP5044). Pode ser entregue:

    diretamente pela entidade empregadora atravs da Segurana Social Direta (s com

    autorizao do trabalhador, devendo o empregador entregar uma cpia ao trabalhador)

    em papel pelo trabalhador no Centro de Emprego.

    Se a entidade empregadora se recusar ou no puder entregar a declarao comprovativa do

    desemprego, nomeadamente, por falecimento do empregador, ser a Autoridade para as Condies

    de Trabalho (antiga Inspeo-Geral do Trabalho) a pass-la, no prazo de 30 dias a partir da data em

    que o trabalhador a pede.

    Ateno: Tem de inscrever-se no Centro de Emprego da zona onde vive antes de pedir o Subsdio

    de Desemprego.

    Situaes em que necessrio apresentar outros doc umentos:

    Se o empregador terminar o contrato com justa causa

    Prova de ao judicial do trabalhador contra a entidade empregadora.

    Se o trabalhador terminar o contrato com justa causa

    S necessria a apresentao da prova de ao judicial contra a entidade empregadora

    quando o beneficirio invoca justa causa de despedimento e o empregador, na

    declarao Modelo RP5044, indica motivo diferente do invocado pelo trabalhador e que

    caracterize o desemprego como voluntrio, nomeadamente o motivo de denncia do

    contrato de trabalho/demisso por iniciativa do trabalhador.

    Se o trabalhador suspender o contrato por salrios em atraso

    Formulrio GD 018, devidamente preenchido (nestes casos no apresentada a

    declarao de situao de desemprego Modelo RP5044-DGSS).

    Prova da comunicao entidade empregadora e Autoridade para as Condies de

    Trabalho (antiga Inspeo-Geral do Trabalho)

    Trabalhadores migrantes da Unio Europeia, Suia, Islndia, Noruega e Listenstaina

    a. Que residem em Portugal e onde vm requerer as p restaes

    o Documento porttil U1 (desempregados da Unio Europeia e da Suia)

    o Formulrio E301 (desempregados da Islndia, Noruega e Listenstaina)

    b. A receber prestaes de desemprego na Islndia, Noruega e Listenstaina que vm

    procurar trabalho em Portugal

    o Formulrio E303 (desempregados da Islndia, Noruega e Listenstaina procura de

    trabalho em Portugal, para que a instituio de segurana social portuguesa continue

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 11/37

    a pagar, por conta do outro pas, o subsdio de desemprego que estava a ser pago

    pela Segurana Social do pas onde ocorreu a situao de desemprego).

    Nota 1: Os trabalhadores migrantes devem inscrever-se, para emprego, no centro de emprego,

    onde lhes entregue uma declarao que prova a inscrio no centro de emprego, devendo

    posteriormente dirigir-se ao servio de segurana social competente com a referida declarao e

    com o documento porttil U1, ou os formulrios E301 ou E303, consoante o caso, para a

    requererem as prestaes de desemprego.

    Nota 2: Nas situaes em que os beneficirios (portugueses ou cidados de um pas da Unio

    Europeia ou da Suia) esto a receber prestaes de desemprego num pas da Unio Europeia ou

    na Suia e vm procura de trabalho em Portugal acompanhados do documento porttil U2,

    apenas devem proceder sua inscrio no competente centro de emprego e ficarem sujeitos ao

    controlo organizado pelo centro de emprego.

    Beneficirios que esto a receber prestaes de des emprego em Portugal e pretendem

    ausentar-se do territrio nacional para procurar tr abalho, mantendo o direito s prestaes de

    desemprego

    Se for procurar trabalho para um pas da Unio Euro peia ou na Suia deve:

    - Informar o centro de emprego de que se vai ausentar do territrio nacional para procurar

    trabalho;

    - Solicitar ao competente servio de segurana social o documento porttil U2 ;

    - Inscrever-se como candidato a emprego nos servios de emprego do Estado-Membro da

    Unio Europeia ou da Suia onde vai procurar trabalho, no prazo de 7 dias, devendo a

    apresentar o documento porttil U2. (Caso a inscrio seja feita aps o referido prazo, as

    prestaes de desemprego s lhe so pagas a partir da data da inscrio no servio de

    emprego do Estado-Membro da Unio Europeia ou da Suia para onde se deslocou).

    Importante : As prestaes de desemprego podem ser pagas por um perodo de trs meses a contar

    da data em que o desempregado deixou de estar disposio do centro de emprego da

    rea da sua residncia em Portugal, podendo ser solicitada a sua prorrogao por mais 3

    meses. Neste caso, o requerimento dever ser devidamente fundamentado

    (designadamente na perspetiva da promoo da empregabilidade do beneficirio) e

    entregue at 30 dias antes do termo do perodo inicial.

    As prestaes so concedidas pelo centro distrital de segurana social e a seu cargo, nos

    termos da legislao portuguesa e pagas diretamente ao beneficirio enquanto procura

    emprego no outro Estado-Membro da Unio Europeia ou da Suia.

    O beneficirio fica sujeito ao controlo que organizado pelo servio de emprego desse

    Estado-Membro da Unio Europeia ou da Suia, que o informa das suas obrigaes,

    devendo o mesmo respeitar as condies estabelecidas pela legislao daquele Estado-

    Membro da Unio Europeia ou da Suia.

    O servio de emprego do Estado-Membro da Unio Europeia ou da Suia para onde o

    desempregado se deslocou envia imediatamente ao competente centro distrital de

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 12/37

    segurana social um documento (formulrio U009) do qual constem a data de inscrio

    do desempregado nos servios de emprego e o seu novo endereo.

    Se, durante o perodo em que o desempregado tiver direito manuteno das

    prestaes, ocorrer algum facto suscetvel de modificar esse direito, o servio de

    emprego do Estado-Membro da Unio Europeia ou da Suia para onde o desempregado

    se deslocou transmite de imediato instituio portuguesa competente e ao interessado

    um documento do qual constem as informaes pertinentes.

    Se o desempregado no encontrar emprego no Estado-Membro da Unio Europeia ou da

    Suia para onde se deslocou e regressar a Portugal antes do termo do perodo de 3

    meses, para continuar a receber as prestaes de desemprego ter de se inscrever no

    centro de emprego da sua rea de residncia.

    Se no regressar a Portugal e no se inscrever no centro de emprego at ao termo do

    perodo de 3 ou, no caso de prorrogao, 6 meses, perde o direito s prestaes que lhe

    estavam a ser pagas pela instituio portuguesa, salvo se provar, atravs do documento

    porttil U1, que esteve a trabalhar.

    Se for procurar trabalho para a Islndia, Noruega o u Listenstaina, deve:

    - Informar o centro de emprego de que se vai ausentar do territrio nacional para procurar

    trabalho;

    - Solicitar ao competente servio de segurana social o formulrio E303 , devendo ter estado

    inscrito como candidato a um emprego e ter permanecido disposio dos servios de

    emprego da sua rea de residncia durante pelo menos quatro semanas aps o incio do

    desemprego, salvo se o servio de segurana social competente autorizar a sua partida

    antes do termo daquele prazo;

    - Inscrever-se como candidato a emprego nos servios de emprego do pas onde vai procurar

    trabalho e submeter-se ao controlo a organizado, no prazo de 7 dias, devendo a

    apresentar o formulrio E303. (Caso a inscrio seja feita aps o referido prazo, as

    prestaes de desemprego s lhe so pagas a partir da data da inscrio no servio de

    emprego do pas para onde se deslocou).

    Importante : As prestaes de desemprego so pagas pela instituio do pas onde procura

    emprego, mas por conta da instituio portuguesa, por um perodo de trs meses a

    contar da data em que o desempregado deixou de estar disposio do centro de

    emprego da rea da sua residncia em Portugal.

    O beneficirio fica sujeito ao controlo que organizado pelo servio de emprego desse

    pas, que o informa das suas obrigaes.

    Se o desempregado no encontrar emprego no pas para onde se deslocou e regressar a

    Portugal antes do termo do perodo de 3 meses, para continuar a receber as prestaes

    de desemprego ter de se inscrever no centro de emprego da sua rea de residncia.

    Se no regressar a Portugal at ao termo do perodo de 3 meses ou no se inscrever no

    centro de emprego at ao termo desse perodo, perde o direito s prestaes que lhe

    estavam a ser pagas pela instituio portuguesa, salvo se provar, atravs do formulrio

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 13/37

    E301, que esteve a trabalhar.

    Ex-militares em regime de contrato (menos de 6 anos )

    Declarao do empregador que comprove que o trabalhador pediu a renovao do contrato e

    que esta no lhe foi dada se for assinalado o n. 18 do ponto 2.3 da declarao de situao

    de desemprego (DSD) Modelo RP 5044-DGSS (Nestes casos o desemprego considerado

    involuntrio).

    Nos casos em que o trabalhador no pediu a renovao do contrato deve ser assinalado o n.

    9 do ponto 2.3 da DSD, no sendo necessria qualquer declarao adicional, mas nestes

    casos o desemprego considerado voluntrio.

    Apresentao do requerimento por um representante

    O requerimento das prestaes de desemprego pode ser apresentado por um representante nos

    casos em que os beneficirios adoeam aps a data do desemprego e fiquem impedidos de se

    deslocarem ao centro de emprego, devendo o representante fazer prova do impedimento do

    beneficirio atravs do atestado (CIT) emitido por mdico dos servios competentes do Servio

    Nacional de Sade.

    Caso a situao de doena se prolongue para alm da data inicialmente prevista, os beneficirios

    devem remeter ao ao centro de emprego da rea da sua residncia a respetiva certificao mdica

    (CIT) no prazo de 5 dias teis.

    Aps o termo do perodo de incapacidade temporria para o trabalho, os beneficirios devem

    atualizar a respetiva inscrio no centro de emprego da rea da sua residncia no prazo de 5 dias

    teis.

    O incumprimento dos prazos de remessa do CIT ou de atualizao da inscrio no centro de

    emprego pode determinar a reduo do perodo de concesso.

    Onde se pede?

    No Centro de Emprego da zona onde vive

    At quando se pode pedir?

    At 90 dias depois da data do desemprego no entanto, apenas tem direito a receber a partir da data

    de entrega do pedido.

    Se entregar o requerimento aps o prazo de 90 dias, os dias correspondentes ao atraso sero

    descontados no perodo de concesso das prestaes de desemprego.

    A contagem dos 90 dias fica suspensa enquanto o trabalhador estiver numa destas situaes:

    Baixa por doena (se a baixa se prolongar por mais de 30 dias, tem de ser comunicada

    Segurana Social e confirmada pelo Sistema de Verificao de Incapacidades; caso

    contrrio, retoma-se a contagem dos 90 dias do prazo a partir do 31. dia de doena)

    A receber subsdio por risco clnico durante a gravidez, subsdio por interrupo da gravidez,

    subsdio parental (subsdio parental inicial, subsdio parental inicial exclusivo do pai, subsdio

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 14/37

    parental inicial exclusivo da me e subsdio parental inicial a gozar por um progenitor em caso

    de impossibilidade do outro) e subsdio por adoo;

    A desempenhar funes de manifesto interesse pblico;

    Detido em estabelecimento prisional e outras medidas de coao privativas da liberdade;

    espera que a Autoridade para as Condies de Trabalho (antiga Inspeo-Geral do

    Trabalho) passe a declarao de situao de desemprego (quando a entidade empregadora

    se recusa ou no pode faz-lo).

    D1 Como funciona esta prestao? Quanto e quand o vou receber?

    Quanto se recebe?

    Valor mnimo e mximo

    Majorao do montante do subsdio de desemprego

    Reduo do montante do subsdio de desemprego

    Como se calcula o valor do subsdio

    Durante quanto tempo se recebe?

    A partir de quando se tem direito a receber?

    Quanto se recebe?

    Recebe 65% da remunerao de referncia. Ver excepes em Valor mnimo e mximo.

    Se for ex-pensionista de invalidez considerado apto para o trabalho, recebe 335,38 por ms (se

    viver sozinho) ou 419,22 por ms (se viver com familiares). Se este valor ultrapassar o valor da

    penso de invalidez que estava a receber antes, recebe apenas o valor da penso.

    Ateno:

    O montante mensal do subsdio de desemprego no pode, em qualquer caso , ser superior ao

    valor lquido da remunerao de referncia que serviu de base de clculo ao subsdio de

    desemprego.

    Limites mximos ao montante do subsdio de desempre go

    1. O valor mensal do subsdio de desemprego no pode ser superior a duas vezes e

    meia do valor do IAS ( 1.048,05). Este limite mximo s se aplica aos os subsdios

    requeridos a partir de 01-04-2012.

    2. O valor mensal do subsdio de desemprego no pode ser superior a 75% da

    remunerao lquida de referncia que serviu de base de clculo ao subsdio de

    desemprego.

    3. No caso dos ex-pensionistas de invalidez, o valor mximo do subsdio de

    desemprego o valor da penso de invalidez que estavam a receber.

    Limite mnimo ao montante do subsdio de desemprego

    O valor do subsdio de desemprego no pode ser inferior ao IAS.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 15/37

    Porm, nos casos em que 75% do valor lquido da remunerao de referncia seja inferior ao

    IAS, o valor do subsdio de desemprego igual ao menor dos seguintes valores: IAS ou valor

    lquido da remunerao de referncia.

    Majorao do montante do subsdio de desemprego

    a) Nos casos em que no mesmo agregado familiar ambos os cnjuges ou pessoas que

    vivam em unio de facto se encontram a receber prestaes de desemprego e tenham

    filhos ou equiparados a cargo titulares de abono de famlia (incluindo o escalo 4) ou

    caso no sejam titulares de abono mas cumpram os requisitos para serem titulares, o

    montante do subsdio de desemprego majorado em 10% do seu montante para cada

    titular da prestao;

    b) Tratando-se de um agregado monoparental, o montante do subsdio de desemprego

    majorado em 10% se o titular das prestaes de desemprego for o nico adulto a viver

    com a(s) criana(s) titular(es) de abono de famlia e desde que no receba penso de

    alimentos decretada ou aprovada pelo tribunal.

    Beneficiam da majorao do subsdio de desemprego todos os beneficirios que em 1 de

    abril de 2012 j tenham requerido ou se encontrem a receber subsdio de desemprego e

    todos os que requeiram o subsdio de desemprego at 31-12-2012.

    Esta medida estar em vigor at 31/12/2012.

    Reduo do montante do subsdio de desemprego

    Ao fim de 180 dias seguidos de concesso, o valor dirio do subsdio de desemprego

    reduzido em 10%.

    Esta reduo s se aplica aos subsdios requeridos a partir do dia 1 de abril de 2012.

    Como se calcula o valor do subsdio

    1. Somam-se todas as remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 (a

    contar do ms anterior quele em que ficou desempregado). Por exemplo, se ficou

    desempregado a 7 de janeiro 2011, somar as remuneraes de 1 de novembro de 2009

    a 31 outubro de 2010.

    2. Ao valor anterior soma-se o valor dos subsdios de frias e de Natal declarados e devidos

    durante estes 12 meses (no mximo, um subsdio de frias e um subsdio de Natal).

    3. Divide-se o total da soma por 12. Este valor a remunerao de referncia (R/12).

    4. Multiplica-se o valor obtido por 0,65 e obtm o montante mensal do subsdio de

    desemprego.

    5. Calcula-se o valor lquido da remunerao de referncia, ou seja, desconta-se ao valor

    ilquido da remunerao de referncia os valores correspondentes taxa de IRS e taxa

    contributiva aplicvel ao beneficirio.

    6. Multiplica-se o valor lquido da remunerao de referncia por 0,75.

    7. Sem prejuzo da considerao dos valores mnimos e mximos acima referidos, o valor

    do subsdio de desemprego igual a 65% da remunerao de referncia ou a 75% do

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 16/37

    valor lquido da remunerao de referncia quando aquele valor for superior a este, no

    podendo, em caso algum, ser superior ao valor lquido da remunerao de referncia.

    Nota: O montante mensal do subsdio de desemprego est sujeito a um limite mnimo e

    mximo (ver, no fim, exemplos de clculo), nunca podendo ser superior ao valor lquido

    da remunerao de referncia que lhe serviu de base de clculo.

    O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao

    de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do

    trabalhador e da taxa de reteno do IRS.

    Durante quanto tempo se recebe?

    Depende da idade que tiver e do nmero de meses com descontos para a Segurana Social, desde a

    ltima vez que esteve desempregado com direito a subsdio.

    Para a contagem dos meses com descontos conta, alm do tempo que trabalhou com contrato ou a

    recibos verdes, o tempo em que esteve a receber subsdio de doena ou subsdios no mbito da

    proteco na parentalidade, concedidos aps o fim do perodo de concesso das prestaes devidas

    pela ltima situao de desemprego.

    No conta o tempo que esteve a receber subsdio de desemprego.

    Os beneficirios que, em 31 de Maro de 2012, j tm garantido, nos termos do quadro seguinte,

    determinado perodo de concesso do subsdio, tendo em conta a idade e o perodo de descontos

    naquela data, mantm esse perodo de concesso do subsdio na primeira situao de desemprego

    subsidiado ocorrida aps 01-04-2012:

    Durante quanto tempo recebe Idade do Beneficirio

    N. de meses com descontos para a SS N. de dias Acrscimo

    24 ou menos 270 Menos de 30 anos Mais de 24 360 +30 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes

    48 ou menos 360 Igual ou superior a 30 anos e inferior a 40 anos Mais de 48 540 +30 dias por cada 5 anos com registo de

    remuneraes nos ltimos 20 anos

    60 ou menos 540 Igual ou superior a 40 anos e inferior a 45 anos Mais de 60 720 +30 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes nos ltimos 20 anos

    72 ou menos 720

    Mais de 45 anos

    Mais de 72 900 + 60 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes nos ltimos 20 anos

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 17/37

    Os beneficirios que fiquem desempregados a partir de 01-04-2012 e que, em 31-03-2012, no

    tinham prazo de garantia para aceder ao subsdio de desemprego, os perodos de durao do

    subsdio so os referidos no quadro seguinte:

    Durante quanto tempo recebe Idade do Beneficirio

    N. de meses com descontos para a SS N. de dias Acrscimo

    Menos de 15 150

    Igual ou superior a 15 e inferior a 24 210

    Menos de 30 anos

    Igual ou superior a 24 330

    +30 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes nos ltimos 20 anos

    Menos de 15 180

    Igual ou superior a 15 e inferior a 24 330

    Igual ou superior a 30 anos e

    inferior a 40 anos Igual ou superior a 24 420

    +30 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes nos ltimos 20 anos

    Menos de 15 210

    Igual ou superior a 15 e inferior a 24

    360 Igual ou superior

    a 40 anos e inferior a 50 anos

    Igual ou superior a 24 540

    +45 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes nos ltimos 20 anos

    Menos de 15 270

    Igual ou superior a 15 e inferior a 24 480

    Mais de 50 anos

    Igual ou superior a 24 540

    + 60 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes nos ltimos 20 anos

    Nota: Um beneficirio que esteja a receber subsdio de desemprego se for trabalhar no decurso dos

    primeiros seis meses de atribuio daquele subsdio, o perodo de registo de salrios que contou para

    atribuio do subsdio de desemprego que estava a receber, tambm conta para a determinao do

    perodo de concesso e acrscimos numa posterior situao de desemprego, mas no conta para

    prazo de garantia.

    A partir de quando se tem direito a receber?

    Desde o dia em que pede o subsdio.

    No caso dos ex-pensionistas de invalidez, a partir do dia 1 do ms seguinte quele em que lhe foi

    comunicada a deciso de aptido para o trabalho.

    D2 Como posso receber?

    Transferncia bancria.

    Cheque no ordem.

    Nota Importante

    Os cheques emitidos pela Segurana Social para pagamento de prestaes so sempre cheques

    "no ordem" .

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 18/37

    O cheque "no ordem":

    No pode ser endossado (passado ou transmitido) a terceiros (qualquer pessoa diferente

    do prprio beneficirio);

    S pode ser levantado pelo prprio ou depositado numa conta do prprio.

    Para saber mais sobre cheques "no ordem" consulte os Cadernos do Banco de Portugal

    (Caderno n. 3: Cheques - Regras Gerais) em http://www.bportugal.pt

    Para maior comodidade e segurana adira ao pagament o dos subsdios por transferncia

    bancria.

    O dinheiro entra diretamente na sua conta bancria e fica disponvel de imediato.

    A Segurana Social garante um pagamento mais rpido, mais seguro, sem atrasos e extravios.

    Como aderir ao pagamento por transferncia bancria

    Pela Internet, no servio Segurana Social Direta:

    o Aceda ao site da Segurana Social em www.seg-social.pt;

    o Clique em: Segurana Social Direta Aceda aqui

    o Digite o NISS (Nmero de Identificao de Segurana Social) e a Palavra-Chave;

    o No menu Servios Disponveis, clique em Alterao de NIB

    o Indique o seu NIB

    Preenchendo o modelo RP 5046DGSS, disponvel para impresso na Internet em www.seg-

    social.pt, Formulrios, selecionar Pagamento de Prestaes por Depsito em Conta Bancria,

    clicar em Ver (link direto em: http://www.seg-social.pt/preview_formularios.asp?r=2233&m=PDF

    ).

    1. Junte um dos seguintes documentos comprovativos do seu NIB

    Declarao bancria onde conste o seu NIB;

    Fotocpia da primeira folha da caderneta bancria;

    Fotocpia de um cheque em branco.

    2. Junte tambm fotocpia de documento de identificao civil vlido que tenha a sua

    assinatura (carto de cidado, bilhete de identidade, passaporte) para se verificar a

    autenticidade da assinatura.

    3. Envie o formulrio e os documentos (NIB e identificao) pelo correio para o Centro

    Distrital da Segurana Social da sua rea de residncia ou entregue-os diretamente

    num dos Servios de Atendimento ao pblico. Em www.seg-social.pt/atendimentos,

    consulte o mapa da rede de servios de atendimento pblico.

    Pode tambm obter o formulrio nos Servios de Atendimento da Segurana Social.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 19/37

    D3 Quais as minhas obrigaes?

    Obrigaes para com a Segurana Social

    O que acontece se no cumprir

    Obrigaes para com o Centro de Emprego

    Pode ser dispensado de algumas destas obrigaes

    Pode beneficiar do Estatuto do Trabalhador Estudant e

    O que so diligncias de procura ativa de emprego

    Como se comprova as diligncias de procura ativa de emprego

    O que acontece se no cumprir

    Obrigaes para com a Segurana Social

    1. Comunicar Segurana Social, no prazo de 5 dias teis, a contar da data em que toma

    conhecimento:

    Qualquer situao que leve suspenso ou ao fim das prestaes do Subsdio de

    Desemprego

    A deciso judicial em relao ao processo contra a entidade empregadora (quando o

    trabalhador terminou o contrato com justa causa e a entidade empregadora no concordou ou

    vice-versa).

    Nota : Os beneficirios das prestaes de desemprego podem utilizar os seguintes meios para

    procederem s respectivas comunicaes:

    a. VIA SEGURANA SOCIAL

    808 266 266, dias teis das 8h00 s 20h00

    Estrangeiro: +351 272 345 313

    b. Servios de atendimento da Segurana Social,

    c. Por correio, para o centro distrital de segurana social da rea da residncia do beneficirio.

    2. Devolver o Subsdio de Desemprego, se lhe tiver sido pago sem ter direito a ele.

    O que acontece se no cumprir

    Situao Consequncia

    Se no cumprir os deveres para com a Segurana Social

    Multa de 100,00 a 700,00

    Se trabalhar enquanto est a receber subsdio de desemprego (mesmo que no se prove que recebeu um salrio)

    Multa de 250,00 a 1.000,00

    Se no comunicar Segurana Social

    que comeou a trabalhar a contrato ou

    a recibo verde (para que lhe seja

    suspenso o subsdio de desemprego)

    Pode ficar at 2 anos impedido de

    receber subsdio de desemprego e/ou

    subsdio social de desemprego.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 20/37

    Obrigaes para com o Centro de Emprego, desde a da ta de apresentao do requerimento

    das prestaes de desemprego.

    1. Aceitar e cumprir o Plano Pessoal de Emprego

    2. Aceitar emprego conveniente, trabalho socialmente necessrio, formao profissional e

    outras medidas activas de emprego em vigor.

    3. Procurar activamente emprego, de acordo com o plano pessoal de emprego, e demonstrar ao

    Centro de Emprego que o faz

    4. Apresentar-se quinzenalmente no Centro de Emprego (ou a outro local que lhe seja

    indicado). Os intervalos entre as apresentaes nunca podem ser superiores a 15 dias.

    5. Sujeitar-se a medidas de avaliao, acompanhamento e controlo, nomeadamente:

    - Comparecer nas datas e locais determinados pelo Centro de Emprego.

    6. Alm disso, deve avisar o Centro de Emprego, no prazo de 5 dias teis, a contar da data do

    conhecimento do facto, se:

    Mudar de morada

    Viajar para fora do pas; deve comunicar quanto tempo vai estar ausente

    Iniciar ou terminar situaes de proteco na parentalidade: subsdio por risco clnico

    durante a gravidez, subsdio por interrupo da gravidez, subsdio parental inicial,

    subsdio parental inicial exclusivo do pai, subsdio parental inicial exclusivo da me, e

    subsdio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de impossibilidade do outro e

    subsdio por adopo.

    Ficar doente, mediante apresentao do Certificado de Incapacidade Temporria para o

    Trabalho por estado de doena (CIT) emitido pelo Servio Nacional de Sade inicial e

    respetivos prolongamentos.

    Ficar na situao de incapacidade temporria para assistncia inadivel e imprescindvel

    em caso de doena ou acidente, a filhos, adotados ou a enteados menores de 10 anos ou

    a deficientes, mediante apresentao do Certificado de Incapacidade Temporria para o

    Trabalho por estado de doena (CIT) emitido pelo Servio Nacional de Sade, inicial e

    respetivos prolongamentos.

    Cessar a incapacidade que permitiu a sua inscrio em situao de incapacidade

    temporria por motivo de doena, para atualizar a inscrio no centro de emprego.

    Ateno: As situaes de doena tm que ser comunicadas ao Centro de Emprego, no

    prazo de 5 dias teis a contar da data do seu incio. No entanto, se o beneficirio for

    convocado pelo Centro de Emprego mas, entretanto, ficar doente e por esse motivo no

    puder comparecer convocatria, para justificar a falta, deve apresentar o respectivo

    CIT, no prazo de cinco dias seguidos a contar do dia imediato falta de comparncia.

    Os cidados estrangeiros devem manter o ttulo vli do de residncia ou permanncia

    que habilitou inscrio no centro de emprego, sob pena da sua inscrio para

    emprego ser anulada.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 21/37

    Pode ser dispensado de algumas destas obrigaes

    Em cada ano, pode ser dispensado de cumprir as obrigaes 1 a 5 durante 30 dias seguidos.

    Para isso tem de comunicar ao Centro de Emprego, com a antecedncia de 30 dias seguidos,

    qual o perodo em que pretende ter a referida dispensa.

    Caso no comunique com a antecedncia referida, no pode invocar que o

    incumprimento de qualquer dever ou obrigao foi ef etuado em perodo de dispensado

    anual.

    Pode beneficiar do Estatuto do Trabalhador Estudant e

    Os trabalhadores desempregados que data da cessao do contrato de trabalho, se

    encontrem abrangidos pelo Estatuto do Trabalhador Estudante, devem fazer prova do facto,

    no momento da apresentao do requerimento das prestaes de desemprego, para que,

    perante eventuais incumprimentos, as justificaes possam ser aceites.

    No fazendo prova que estava a beneficiar do Estatuto de Trabalhador Estudante no

    momento da apresentao do requerimento das prestaes de desemprego no pode invocar

    posteriormente esse mesmo Estatuto.

    O que so diligncias de procura ativa de emprego

    Respostas escritas a anncios de emprego;

    Respostas ou comparncias a ofertas de emprego divulgadas pelo Centro de Emprego

    ou pelos meios de comunicao social, ou divulgadas por qualquer outro meio;

    Apresentao de candidaturas espontneas;

    Diligncias para a criao do prprio emprego ou para a criao de uma nova iniciativa

    empresarial;

    Respostas a ofertas disponveis na Internet;

    Registos do curriculum vitae em stios da Internet;

    Comparncia em entrevistas de emprego ou seleo;

    Inscrio em empresas de recrutamento, seleo, Empresas de Trabalho Temporrio e

    Agncias Privadas de Colocao.

    Como se comprova as diligncias de procura ativa de emprego

    a) Comprovativo do envio de candidatura espontnea, nomeadamente mediante a

    exibio de cpia de cartas, do registo das remessas eletrnicas, atravs da exibio

    dos originais das respostas das empresas s candidaturas ou qualquer outra prova que

    o Centro de Emprego considere vlida. A declarao sob compromisso de honra pode

    ser igualmente considerada, a ttulo excecional;

    b) Comprovativo de resposta a anncios, nomeadamente mediante a exibio de cpias

    de anncios (com meno ao dia de publicao, ainda que manuscrita) e ainda das

    cpias das cartas e anexos remetidos, devidamente datados, ou atravs da exibio

    dos originais das respostas das empresas s candidaturas formuladas. A declarao

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 22/37

    sob compromisso de honra bem como qualquer outra prova que o Centro de Emprego

    considere vlida pode ser igualmente considerada em como as diligncias foram

    efetuadas;

    c) Comprovativo da comparncia nas entrevistas de emprego, mediante a exibio de

    declarao de comparncia emitida por representante ou trabalhador da entidade,

    validada por aposio da respetiva assinatura;

    Na impossibilidade da obteno de uma declarao da empresa em que tenha ocorrido

    a entrevista e desde que a mesma no resulte de convocatria do Centro de Emprego,

    poder ser considerado como comprovativo a declarao sob compromisso de honra,

    desde que nesta conste uma meno expressa entidade e indicao de contacto

    pessoal para eventual confirmao por parte do Centro de Emprego, ainda que

    promovida aleatoriamente;

    d) Comprovativo das iniciativas desencadeadas tendo em vista a criao do prprio

    emprego ou empresa, quando no houver qualquer apoio por parte do IEFP, IP,

    mediante a exibio do original ou cpia da candidatura j apresentado ou dos

    procedimentos ulteriores promovidos at ao deferimento, nomeadamente a inscrio de

    inicio de atividade na Repartio de Finanas, e/ou documento de constituio de

    empresa na hora;

    e) Comprovativo da participao em aes de aproximao ao mercado de emprego,

    mediante apresentao de um documento que a respetiva organizao promotora da

    ao possa emitir, identificando-se, bem como ao momento e o local da ao e ainda o

    respetivo participante;

    f) Comprovativo da participao em aes de formao promovidas por entidades

    externas ao IEFP, IP, atravs da exibio de um documento da inscrio ou de

    frequncia;

    g) Respostas recebidas de entidades empregadoras;

    h) Comprovativo dos contactos estabelecidos com entidades empregadoras;

    i) Cpia dos anncios colocados, tendo visvel a data e o local onde foram colocados;

    O que acontece se no cumprir

    A inscrio no Centro de Emprego anulada e perde o direito ao Subsdio de

    Desemprego se, injustificadamente:

    Recusar emprego conveniente

    Recusar o Plano Pessoal de Emprego

    Recusar, desistir (sem justificao) ou for expulso (com justificao) de:

    o medidas ligadas ao seu Plano Pessoal de Emprego

    o trabalho socialmente necessrio

    o formao profissional

    Faltar a uma convocatria do Centro de Emprego

    No se apresentar noutra entidade para onde tenha sido encaminhado pelo Centro de

    Emprego (por exemplo, para uma entrevista).

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 23/37

    O Centro de Emprego verificar por duas vezes o no cumprimento da apresentao

    quinzenal

    No cumprir por duas vezes a procura activa de emprego

    Nota: Tem at 5 dias seguidos para justificar todos os incumprimentos e situaes de

    doena.

    Se a inscrio no Centro de Emprego for anulada, s poder voltar a inscrever-se 90 dias

    depois.

    D4 Por que razes termina?

    O pagamento do subsdio de desemprego suspenso se

    O que preciso fazer para reiniciar o pagamento

    Casos em que perde o direito ao subsdio (e no pod e haver reincio do pagamento)

    O subsdio de desemprego termina definitivamente se

    O pagamento do subsdio de desemprego suspenso se :

    For atribudo subsdio por risco clnico durante a gravidez, subsdio por interrupo da

    gravidez, subsdio parental inicial, subsdio parental inicial exclusivo do pai, subsdio parental

    inicial exclusivo da me, subsdio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de

    impossibilidade do outro e subsdio por adoo.

    Comear a trabalhar a recibos verdes ou com contrato.

    Nota : Se durante o perodo de atribuio do subsdio de desemprego o beneficirio comear

    a trabalhar como contratado (TCO) ou como independente (TI), mesmo que receba pela

    atividade exercida menos do que o valor do subsdio de desemprego, h sempre lugar

    suspenso do subsdo de desemprego. No entanto, poder ter direito ao subsdio de

    desemprego parcial, caso se encontrem reunidas as condies para atribuio do mesmo e

    faa prova dessas condies.

    Estiver a frequentar um curso de formao profissional pelo qual lhe seja paga uma bolsa. Se

    o valor que lhe pagam pelo curso for mais baixo do que a prestao do subsdio de

    desemprego, continua a receber o subsdio mas o valor que lhe pagam pelo curso

    descontado (Ver exemplo nas perguntas frequentes).

    O seu ex-empregador declarar Segurana Social o pagamento de frias no gozadas (o

    subsdio de desemprego fica suspenso pelo nmero de dias de frias no gozadas que lhe

    forem pagos).

    Sair do pas, exceto no perodo anual de dispensa ou tratamentos mdicos cuja necessidade

    seja atestada nos termos estabelecidos no mbito do Servio Nacional de Sade (deve

    comunicar ao Centro de Emprego que se vai ausentar).

    Se sair do pas em misso de voluntariado devidamente comprovada, durante o perodo de

    durao da misso, at ao mximo de cinco anos a contar da data do requerimento do

    subsdio de desemprego.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 24/37

    Se sair do pas na qualidade de bolseiro ao abrigo de programa comunitrio ou promovido por

    outra instituio internacional ou como bolseiro de investigao, durante o perodo de

    durao da bolsa, at ao mximo de cinco anos a contar da data do requerimento do subsdio

    de desemprego.

    Estiver detido em estabelecimento prisional ou sujeito a outras medidas de coao privativas

    da liberdade.

    For praticado um ato isolado (para efeitos fiscais) por exerccio de atividade independente, e

    pelo perodo de durao da atividade se o beneficirio comunicar esse facto.

    Caso o beneficirio no comunique o exerccio de atividade, o nmero de dias de suspenso

    do pagamento das prestaes corresponde ao valor resultante da diviso do montante

    declarado a ttulo de ato isolado pelo valor dirio da remunerao de referncia.

    Ex: Um beneficirio que tenha praticado um ato isolado no valor de 900,00 e cuja

    remunerao de referncia diria, para o clculo do subsdio de desemprego era de 15,00,

    ter o subsdio de desemprego suspenso por 60 dias.

    O que preciso fazer para reiniciar o pagamento

    1. Fazer a reinscrio no Centro de Emprego

    Se o subsdio de desemprego foi interrompido por estar a receber subsdio por risco

    clnico durante a gravidez, subsdio por interrupo da gravidez, subsdio parental inicial,

    subsdio parental inicial exclusivo do pai, subsdio parental inicial exclusivo da me e

    subsdio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de impossibilidade do outro e

    subsdio por adoo, no precisa de voltar a inscrever-se no Centro de Emprego, mas

    tem que comunicar o incio e fim das referidas situaes.

    2. Provar que j no est a trabalhar

    Se esteve a trabalhar com contrato

    Apresente no Centro de Emprego a declarao de situao de desemprego passada pelo

    empregador (que comprova que j no trabalha e que o desemprego foi involuntrio).

    Se esteve a trabalhar a recibos verdes

    Apresente no Centro de Emprego a prova de que cessou atividade como trabalhador

    independente nas Finanas.

    Se esteve a trabalhar no estrangeiro

    Apresente na Segurana Social:

    Declarao de inscrio no Centro de Emprego

    Documento porttil U1, se esteve a trabalhar em algum pas pertencente Unio

    Europeia ou na Suia;

    Formulrio E301 ou E303, se esteve a trabalhar na Islndia, Noruega ou

    Listenstaina;

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 25/37

    Prova de que trabalhou no estrangeiro, autenticada pelo consulado portugus

    desse pas (se esteve a trabalhar fora da Unio Europeia, Suia, Islndia,

    Noruega ou Listenstaina).

    Se esteve em misso de voluntariado ou como bolseir o no estrangeiro

    Prova de que esteve em misso de voluntariado ou como bolseiro, consoante o

    caso.

    Casos em que perde o direito ao subsdio cujo pagam ento est suspenso (e no pode haver

    reincio do pagamento)

    Se estiver a trabalhar a recibos verdes ou com contrato h 3 anos seguidos ou mais.

    Se lhe for atribudo um novo subsdio de desemprego.

    No entanto, se este for mais baixo que o subsdio anterior, o beneficirio informado por

    escrito dos dias que ainda tinha a receber pelo valor original e os restantes dias pelo novo

    valor, sendo-lhe sempre atribudo pela segurana social o regime mais favorvel.

    Caso o beneficirio entenda que a prestao que lhe foi concedida no a mais favorvel

    para a sua situao concreta, pode, no prazo de 60 dias aps atribuio do subsdio, pedir o

    reincio da anterior.

    Por exemplo: quando suspendeu o subsdio de desemprego ainda lhe restavam 500 dias a

    11,00; o novo subsdio a que tem direito so 540 dias a 10,00. Neste caso, vai receber 500

    dias a 11,00 e 40 dias a 10,00.

    Se se ausentar do pas por mais de 3 meses, sem apresentar nenhum comprovativo de ter

    estado a trabalhar,

    Se no regressar ao pas no fim do perodo da misso de voluntariado (para as situaes

    devidamente comprovadas)

    Se no regressar ao pas no fim do perodo de durao da bolsa (nas situaes de ausncia

    do pas como bolseiro ao abrigo de programa comunitrio ou promovido por outra instituio

    internacional ou como bolseiro de investigao).

    Se tiverem passado 5 anos ou mais desde a data em que inicialmente pediu o subsdio.

    O subsdio de desemprego termina definitivamente se :

    Terminar o perodo durante o qual tinha direito ao subsdio.

    Passar situao de pensionista por invalidez.

    Atingir a idade para pedir a Penso por Velhice (65 anos) e tiver cumprido o prazo de garantia

    para acesso penso de velhice.

    A inscrio para emprego no Centro de Emprego tiver sido anulada por incumprimento dos

    deveres.

    Tiver dado informaes falsas, omitido informaes ou usado meios fraudulentos para obter o

    subsdio ou influenciar o montante das prestaes a receber.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 26/37

    E Outra Informao E1 Legislao Aplicvel

    Deciso n. 1/2012, de 31 de maro.

    Acordo entre os Estados-Membros da Comunidade Europeia e a Confederao Sua, sobre a livre

    circulao de pessoas

    Decreto-Lei n. 64/2012, de 15 de maro. Altera o D ecreto-Lei 220/2006, de 03 de novembro,

    republicado pelo Decreto-Lei n. 72/2010, de 18 de Junho

    Regime geral de proteo social no desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

    Lei n. 64-B/2011, de 30 de dezembro

    Oramento do Estado para 2012 (art. 79.), que mantm o valor do Indexante de Apoios Sociais

    (IAS) para o ano de 2012 em 419,22.

    Regulamento (CE) n. 883/2004 e Regulamento (CE) n. 987/2009

    Portaria n. 128/2009, de 30 de janeiro, alterada p elas Portarias n.s 294/2010 e 164/2011, de 31

    de maio e 18 de abril, respetivamente

    Regula o trabalho socialmente necessrio desenvolvido por desempregados subsidiados.

    Portaria n.1301/2007, de 3 de outubro

    Cria a Comisso de Recursos de decises de anulao de inscrio no Centro de Emprego.

    Portaria n. 8-B/2007, de 03 de janeiro

    Regulamenta o Decreto-Lei n. 220/2006, de 3 de novembro, sobre a proteo no desemprego.

    Lei n. 53-B/2006, de 29 de dezembro

    Indexante dos Apoios Sociais (IAS), regras da sua atualizao e das penses e outras prestaes

    sociais do sistema de segurana social.

    Decreto-Lei 220/2006, de 03 de novembro, alterado p elo Decreto-Lei n. 68/2009, de 20 de

    maro, pela Lei n. 5/2010, de 5 de maio, e pelo De creto-Lei n. 72/2010, de 18 de junho, que

    procedeu sua republicao.

    Regime geral de proteo social no desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

    Lei n. 105/2009, de 14 de setembro [art. 1. aln ea f) e artigo 25.]

    Direito a prestaes de desemprego por suspenso do contrato de trabalho por retribuies em mora

    (salrios em atraso).

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 27/37

    Decreto-Lei n. 320-A/2000, de 15 de dezembro, alte rado e republicado pelo Decreto-Lei n.

    320/2007, de 27 de setembro, posteriormente alterad o pela Lei n. 55-A/201, de 31 de dezembro.

    Regulamento de Incentivos Prestao de Servio Militar nos Regimes de Contrato (RC) e de

    Voluntariado (RV);

    Decreto-Lei n. 67/2000, de 26 de abril

    Alarga a proteo no desemprego aos docentes contratados dos estabelecimentos de educao e

    ensino pblicos.

    Despacho n. 4001/99, publicado no D.R., 2 Srie, de 25 de fevereiro

    Proteo no desemprego dos trabalhadores em comisso de servio.

    Decreto-Lei n. 93/98, de 5 fevereiro

    Proteo no Desemprego dos ex-trabalhadores do setor aduaneiro.

    Despacho n. 332/97, publicado no D.R., 2 Srie, d e 13 de maio

    Alarga o regime estabelecido no Despacho 8/SESS/86 aos deficientes militares que recebam

    penses de invalidez atribudas em consequncia da reduo ou perda da capacidade de ganho

    ocorrida no cumprimento do servio militar obrigatrio.

    Despacho n. 8/SESS/96

    Equipara a penso de aposentao por incapacidade dos deficientes das Foras Armadas penso

    de acidente de trabalho.

    Decreto-Lei n. 46/93, de 20 de fevereiro

    Proteo no desemprego nas situaes em que o beneficirio tambm trabalhou no estrangeiro.

    Regulamento (CEE) n. 1408/71 (art.s 67 a 71) e Regulamento (CEE) n. 574/72 (art.s 80 a

    84)

    Legislao comunitria sobre proteo no desemprego (ainda aplicveis aos beneficirios que

    trabalham na Islndia, Noruega e Listenstaina).

    E2 Glossrio

    Agregado monoparental

    Abono de famlia para crianas e jovens

    Aquele que composto por crianas e jovens com direito ao abono e um nico adulto (parente ou

    afim em linha reta ascendente at ao 3 grau, ou em linha colateral, maior at ao 3 grau, adotante,

    tutor ou pessoa a quem o requerente esteja confiado por deciso judicial ou administrativa).

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 28/37

    Ex: pai, me, av, av, bisav, bisav, irmo, irm, tio, tia, sobrinho ou sobrinha, cunhado ou

    cunhada, madrasta ou padrasto).

    Data do desemprego

    Dia imediatamente a seguir quele em que o contrato de trabalho terminou.

    Desemprego involuntrio

    Situao de fim do contrato de trabalho por:

    Iniciativa do empregador

    Fim do contrato quando no implica que o trabalhador passe a receber uma penso

    Fim do contrato por justa causa por iniciativa do trabalhador

    Acordo de revogao (cessao do contrato por mtuo acordo) entre a empresa e o

    trabalhador, por motivo de reestruturao, viabilizao ou recuperao da empresa ou por

    esta se encontrar em situao econmica difcil.

    Quando o trabalhador foi reformado por invalidez, mas considerado apto para o trabalho

    nos exames de reviso da incapacidade.

    Desempregado de longa durao

    Pessoa que est inscrita no Centro de Emprego h mais de 12 meses, como desempregado.

    Emprego conveniente

    o emprego que, cumulativamente:

    Cumpre as remuneraes mnimas e outras condies previstas na lei;

    Consiste em tarefas que possam ser realizadas pelo beneficirio, tendo em conta as suas

    aptides fsicas, nvel de escolaridade e formao profissional. Pode ser num setor de

    atividade diferente do anterior emprego do trabalhador;

    Garante uma remunerao ilquida (antes dos descontos) igual ou superior ao valor da

    prestao de desemprego.

    Se a oferta de emprego for feita: A remunerao oferecida, antes dos descontos, deve ser igual ou superior ao:

    Durante os primeiros doze meses de concesso do subsdio Subsdio de desemprego + 10%

    A partir do 13. ms de concesso do subsdio Subsdio de desemprego

    Nota : sempre considerado emprego conveniente aquele que garanta uma remunerao

    ilquida (antes dos descontos) igual ou superior ao valor quela que recebia no emprego

    imediatamente anterior.

    Assegure que o valor das despesas de deslocao entre a sua casa e o local de emprego

    (nos transportes coletivos) cumpra uma das seguintes condies:

    No sejam superiores a 10% da sua remunerao mensal ilquida a auferir (por

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 29/37

    exemplo, se vai ganhar 700,00, no pode gastar mais de 70,00 em deslocaes)

    ou

    No ultrapasse as despesas de deslocao que tinha no anterior emprego, desde que

    a remunerao ilquida oferecida seja igual ou superior auferida no emprego

    imediatamente anterior

    ou

    O empregador suporte as despesas com a deslocao ou assegure gratuitamente o

    transporte.

    Garanta que o tempo mdio de deslocao de casa ao emprego

    No seja maior do que 25% das horas de trabalho dirio (por exemplo, se trabalhar 8

    horas no pode demorar mais de 2 horas para ir e vir do emprego).

    No seja maior do que 20% das horas de trabalho dirio quando tem filhos menores

    ou outros dependentes a cargo (por exemplo, se trabalhar 8 horas no pode demorar

    mais de 1h36m para ir e vir do emprego).

    Se for maior do que 25% das horas de trabalho dirio, tem de ser igual ou inferior ao

    do emprego anterior.

    Plano Pessoal de Emprego

    Plano definido pelo beneficirio e o Centro de Emprego em que se estabelece:

    as aes para a procura de emprego

    as exigncias mnimas na procura ativa de emprego

    outras aes de acompanhamento e avaliao

    Tem incio quando o beneficirio aceita e assina o Plano juntamente com o Centro de Emprego.

    Pode ser reformulado por iniciativa do Centro de Emprego.

    Termina quando:

    o beneficirio encontra emprego

    a inscrio no centro de emprego anulada.

    Prazo de garantia

    o perodo mnimo de trabalho com descontos para a Segurana Social que necessrio para ter

    acesso a um subsdio.

    Remunerao de referncia

    Neste caso, quanto a entidade empregadora declarou Segurana Social que lhe pagou em mdia

    por dia nos primeiros 12 meses dos ltimos 14 (a contar do ms anterior quele em que ficou

    desemprego).

    Trabalho socialmente necessrio

    Atividades com fins sociais e de interesse coletivo promovidas por entidades sem fins lucrativos.

    As pessoas que esto a receber subsdio de desemprego podem ser chamadas pelo Centro de

    Emprego para realizar este tipo de trabalho.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 30/37

    Valor lquido da remunerao de referncia

    Remunerao de referncia menos os descontos para a Segurana Social e o IRS.

    Cessao por mtuo acordo.

    Consideram-se como desemprego involuntrio as situaes de cessao do contrato de

    trabalho por mtuo acordo que se integrem num processo de reduo de trabalhadores, quer por

    motivo de reestruturao, viabilizao ou recuperao da empresa, quer ainda por a empresa se

    encontrar em situao econmica difcil, independentemente da sua dimenso.

    Neste mbito, consideram-se as cessaes de contrat os de trabalho por acordo promovidas

    por empresas:

    Em processo especial de recuperao, previsto no Cdigo da Insolvncia e Recuperao da

    Empresa ou em procedimento extrajudicial de conciliao;

    Declaradas em situao econmica difcil nos termos do D.L. 353-H/77, de 29-08;

    Em reestruturao, em setor assim declarado em diploma prprio, nos termos do D.L. 251/86,

    de 25-08, e n. 1 do art. 5. do D.L. 206/87, de 16-05;

    Em reestruturao assim declaradas por Despacho do Ministro responsvel pela rea do

    emprego;

    Com fundamento em motivos que permitam o recurso ao despedimento coletivo ou extino

    do posto de trabalho, tendo em conta a dimenso da empresa e o nmero de trabalhadores

    abrangidos.

    Qual o nmero de despedimentos permitidos (quotas d efinidas) por mtuo acordo

    Em cada trinio, s so consideradas para efeitos de proteo no desemprego as situaes de

    cessao do contrato de trabalho por acordo, com fundamento em motivos que permitam o recurso

    ao despedimento coletivo ou extino do posto de trabalho, nos seguintes termos e com observncia

    do critrio mais favorvel:

    At trs trabalhadores ou at 25% do quadro de pessoal - Nas empresas que empreguem at

    250 trabalhadores;

    At 62 trabalhadores ou at 20% do quadro de pessoal, com um limite mximo de 80

    trabalhadores - Nas empresas que empreguem mais de 250 trabalhadores.

    Os limites referidos so aferidos por referncia aos trs ltimos anos, cuja contagem se inicia na data

    da cessao do contrato, e pelo nmero de trabalhadores da empresa no ms anterior ao da data do

    incio do trinio.

    Os trinios so mveis e no fixos. A data fim do trinio coincide com a data em que ocorre a

    cessao do contrato de trabalho e a data incio do trinio fixada contando trs anos para trs da

    data fim do trinio (ver Circular n. 1/2007, da DGSS no seguinte endereo:

    http://www.seg-social.pt/preview_documentos.asp?r=14875&m=PDF)

    Exemplo : Uma empresa efetua despedimentos, no mbito de uma reestruturao, em 18-12-2009.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 31/37

    A data em que ocorrem as cessaes dos contratos de trabalho por acordo sempre contabilizada

    como a data fim do trinio.

    Assim, na situao referida, a data fim do trinio 18-12-2009 e a data incio 19-12-2006, pelo que

    as quotas so calculadas com base no nmero de trabalhadores da empresa no ms de novembro de

    2006, que o ms anterior ao do incio do trinio.

    Como se trata de trinios mveis, basta que a cessao de um novo contrato ocorra, por exemplo,

    em 18-01-2010 para que a data fim do trinio seja 18-01-2010 e a data de incio do trinio seja 19-01-

    2007, pelo que o ms relevante para apuramento das quotas dezembro de 2006 que o ms

    anterior data de incio do trinio.

    Perguntas Frequentes

    1. O que que os militares em regime de contrato ( RC) ou em regime de voluntariado

    (RV) tm de fazer para terem direito ao subsdio de desemprego?

    2. Um gerente tem direito ao subsdio de desemprego ?

    3. Se receber subsdio de desemprego durante um cur so de formao profissional, tenho

    direito a menos dias de subsdio de desemprego?

    4. Os dias de subsdio de desemprego, contam como d ias em que descontei para a

    Segurana Social?

    5. Quando h cessao de um contrato de trabalho, q uais so as obrigaes da entidade

    empregadora e o que acontece se no cumprir?

    6. O perodo em que estou a receber subsdio de doe na conta para o clculo do subsdio

    de desemprego?

    7. O que acontece se o contrato terminar por mtuo acordo mas a entidade empregadora

    ultrapassar o nmero de despedimentos permitidos (a s quotas definidas)?

    8. Quando o despedimento por extino do posto de trabalho o que que as empresas

    tm de fazer para o trabalhador ter direito ao subs dio de desemprego?

    9. Os valores que recebo da Segurana Social a ttu lo de subsdio de desemprego devem

    ser declarados para efeitos de IRS?

    10. Se um dos cnjuges estiver desempregado e o out ro a trabalhar mas entretanto este

    tambm venha a ficar desempregado, tm direito ma jorao do subsdio de

    desemprego?

    11. Exemplos de como se calcula o valor do subsdio de desemprego.

    1. O que que os militares em regime de contrato ( RC) ou em regime de voluntariado (RV)

    tm de fazer para terem direito ao subsdio de dese mprego?

    Inscrever-se no centro de emprego da rea onde vive

    Pedir (no Centro de Emprego ou pela Segurana Social Direta) o subsdio de desemprego, no

    prazo de 90 dias a contar do dia em que ficou desempregado.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 32/37

    Se foi contratado em RC e o contrato tiver durado menos de 6 anos, deve provar que pediu para

    lhe renovarem o contrato e este no foi renovado, caso a entidade empregadora tenha assinalado

    o n. 18 do ponto 2.3 da declarao de situao de desemprego Modelo RP5044.

    Os militares tm direito s prestaes de desemprego - subsdio de desemprego ou subsdio social

    de desemprego inicial - por um perodo igual ao da durao do servio militar, at ao mximo de 30

    meses.

    2. Um gerente tem direito ao subsdio de desemprego ?

    R: No. No entanto se data da nomeao, j pertencia ao quadro da empresa onde foi nomeado

    gerente como trabalhador contratado h pelo menos um ano e enquadrado no regime geral de

    segurana social dos trabalhadores por conta de outrem pode ter direito ao subsdio de desemprego

    se renunciar gerncia ou for destitudo dessas funes e, posteriormente, o contrato de trabalho

    cessar de forma involuntria e se satisfizer as demais condies de atribuio.

    Se foi, desde o incio, gerente (scio ou no), no tem direito ao subsdio de desemprego.

    Estas regras aplicam-se aos administradores, direto res e gerentes das empresas (os

    chamados membros dos rgos estatutrios).

    3. Se receber subsdio de desemprego durante um cur so de formao profissional, tenho

    direito a menos dias de subsdio de desemprego?

    R: Podemos considerar 3 hipteses

    Hiptese 1:

    Se durante o curso de formao no receber qualquer valor a ttulo de bolsa de formao continua a

    receber o subsdio de desemprego durante o perodo de durao do curso, no havendo alterao do

    perodo de concesso do subsdio de desemprego.

    Hiptese 2:

    Se receber uma bolsa de formao e o valor da bolsa for igual ou superior ao valor do subsdio, h

    lugar suspenso total do valor do subsdio de desemprego durante o perodo de durao do curso

    de formao, retomando o subsdio de desemprego aps o termo do curso de formao e pelo

    perodo que faltava aquando do incio do curso.

    Hiptese 3:

    Se o valor da bolsa de formao for inferior ao valor do subsdio de desemprego, h lugar

    suspenso parcial do subsdio de desemprego, ou seja, o beneficirio, durante o perodo de durao

    do curso de formao, recebe a diferena entre o valor do subsdio e o valor da bolsa.

    O perodo de concesso do subsdio de desemprego a que o beneficirio teria direito aps o termo do

    curso de formao reduzido em funo dos valores das prestaes parciais de desemprego pagas

    durante a frequncia do curso.

    Por exemplo: Um beneficirio, que recebia 20 euros dirios de subsdio de desemprego, passou a

    receber 5 euros dirios de subsdio por ter ido frequentar um curso de formao profissional, durante

    120 dias, em que lhe foi paga uma bolsa com o valor dirio de 15 euros. Assim, dado que durante o

    perodo de durao do curso de formao recebeu 600 euros (120x5) de subsdio de desemprego,

    cujo valor corresponde a 30 dias de subsdio (600:20=30), aps o termo do curso de formao so

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 33/37

    descontados 30 dias no perodo de durao do subsdio que faltava aquando do incio do curso de

    formao.

    4. Os dias de subsdio de desemprego contam como di as em que descontei para a Segurana

    Social?

    R: Sim. Os dias em que est a receber subsdio de desemprego tambm contam como dias em que

    descontou para a Segurana Social. Durante esse perodo, assume-se que os seus rendimentos so

    iguais ao valor da remunerao de referncia.

    No caso dos ex-pensionistas de invalidez, assume-se que os seus rendimentos so iguais ao valor do

    subsdio de desemprego.

    No caso de estar a frequentar um curso de formao profissional cuja bolsa inferior ao valor da

    remunerao de referncia, assume-se que os rendimentos so iguais remunerao de referncia

    menos o valor da bolsa.

    Ateno: Estes perodos de registo de remuneraes por equivalncia entrada de

    contribuies quando est a receber subsdio de desemprego no contam para o prazo de garantia

    quando pedir novo subsdio de desemprego.

    5. Quando h cessao de um contrato de trabalho, q uais so as obrigaes da entidade

    empregadora e o que acontece se no cumprir?

    R: Ao terminar o contrato de trabalho, tem de entregar ao trabalhador a declarao comprovativa da

    situao de desemprego devidamente preenchida (no prazo de 5 dias a contar da data em que o

    trabalhador as pedir).

    Se no cumprir esta obrigao, pode pagar uma multa de 250,00 a 2.000,00 (ou metade destes

    valores se for uma empresa com 5 ou menos trabalhadores).

    6. O perodo em que estou a receber subsdio de doe na conta para o clculo do subsdio de

    desemprego?

    R: Os dias em que est a receber subsdio de doena tambm contam como dias em que descontou

    para a Segurana Social. Durante esse perodo, assume-se que os seus rendimentos so iguais ao

    valor da remunerao de referncia.

    No entanto, se a baixa se verificar durante o contrato de trabalho e se entretanto ocorreu uma

    situao de desemprego e a baixa se prolongar por mais de 30 dias, tem de ser comunicada

    Segurana Social e confirmada pelo Sistema de Verificao de Incapacidades para que lhe seja

    suspenso o prazo de 90 dias que tm para requerer o subsdio de desemprego, caso contrrio,

    retoma-se a contagem dos 90 dias do prazo a partir do 31. dia de doena.

    7. O que acontece se o contrato terminar por mtuo acordo mas a entidade empregadora

    ultrapassar o nmero de despedimentos permitidos (a s quotas definidas)?

    R: O trabalhador tem mesma direito ao subsdio de desemprego (ou ao subsdio social de

    desemprego inicial) mas a entidade empregadora obrigada a pagar Segurana Social o valor total

    do subsdio referente ao perodo inicial da prestao de desemprego.

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 34/37

    8. Quando o despedimento por extino do posto de trabalho o que que as empresas tm

    de fazer para o trabalhador ter direito ao subsdio de desemprego?

    R: As empresas, depois de cumpridos os procedimentos previstos no Cdigo de Trabalho, devem

    tambm preencher a Declarao de Situao de Desemprego (DSD) - (RP5044), e no ponto 2.3.

    Motivos de cessao do contrato de trabalho, da Iniciativa do empregador assinalar o campo 3.

    Caso o empregador no efetue as comunicaes previstas no artigo 369. do Cdigo do Trabalho, o

    despedimento ilcito (art. 384. do Cdigo do Trabalho), pelo que o trabalhador deve apresentar

    prova de que intentou ao judicial contra o empregador para que lhe seja atribudo o subsdio.

    9. Os valores que recebo da Segurana Social a ttu lo de subsdio de desemprego devem ser

    declarados para efeitos de IRS?

    R: No, no necessita de declarar, para efeito de IRS, os valores recebidos a ttulo de subsdio de

    desemprego

    10. Se um dos cnjuges estiver desempregado e o out ro a trabalhar mas entretanto este

    tambm venha a ficar desempregado, tm direito ma jorao do subsdio de desemprego

    desde 1 de Abril de 2012?

    R: No. A majorao do subsdio de desemprego s devida desde a data em que se verificam

    as condies, ou seja, se ambos os beneficirios j so titulares do subsdio de desemprego em

    1 de abril e tm filhos titulares de abono de famlia, a majorao devida desde 1 de abril.

    Porm, se, um dos beneficirios j est a receber subsdio de desemprego em 1 de abril e o outro

    s comeou a receber subsdio de desemprego em 1 de agosto, a majorao devida desde 1

    de agosto se ambos nessa data estiverem a receber subsdio de desemprego e tiverem filhos

    titulares de abono de famlia e desde que o requerimento desde que seja apresentado at 31-12-

    2012.

    11. Exemplos de como se calcula o valor do subsdio de desemprego.

    Para se encontrar o valor do Subsdio de Desemprego necessrio fazer os clculo em

    duas fases distintas:

    1. Fase

    1. Passo

    Encontrar o total de remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 a

    contar do ms anterior quele em que o beneficirio ficou desempregado, acrescido dos

    subsdios de frias e de Natal declarados e devidos durante estes 12 meses (no mximo, um

    subsdio de frias e um subsdio de Natal).

    2. Passo

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 35/37

    Encontrar a remunerao de referncia que vai servi r de base para clculo do Subsdio

    de Desemprego

    RR= R/12

    3. Passo

    Calcular valor mensal do Subsdio de Desemprego

    A regra geral para clculo do Subsdio de Desemprego 65% da RR [n. 1 do art. 28. do

    Dec. Lei 220/2006], sendo calculado na base de 30 dias por ms, logo:

    Valor do subsdio de Desemprego = 65% X RR

    4. Passo

    Calcular o valor lquido da remunerao de refernc ia

    VLRR = O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo

    remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a

    cargo do trabalhador e da taxa de reteno do IRS.

    5. Passo

    Calcular 75% do valor lquido da remunerao de ref erncia

    0,75 X VLRR.

    2. Fase

    Verificar os limites ao valor do Subsdio de Desemp rego

    O valor do subsdio de desemprego, relativamente aos requerimentos apresentados a partir

    de 01-04-2012, no pode:

    1. Ser superior a duas vezes e meia do valor do IAS ( 1.048,05), nem inferior ao IAS (

    419,22);

    2. Ser superior a 75% da remunerao lquida de referncia que lhe serviu de clculo, sem

    prejuzo da garantia do montante mnimo do IAS ou do valor lquido da remunerao de

    referncia se esta remunerao for inferior ao IAS;

    3. Em nenhuma circunstncia, ser superior ao valor lquido da remunerao de referncia

    que lhe serviu de clculo;

    Exemplos de clculos

    Exemplo 1

    Um beneficirio com retribuio mensal de 300,00 (tempo parcial)

    Um beneficirio com uma retribuio mensal de 300,00 (tempo parcial), correspondendo a uma RR

    de 350,00 [( 300,00 X 14) : 12], e no pressuposto de que solteiro sem filhos (para efeitos de

    aplicao da tabela de IRS para clculo do valor lquido da RR), temos:

    Valor do IAS = 419,22

    Valor do Subsdio de Desemprego (SD) = 350,00 X 0,65 = 227,50

    Valor Lquido Remunerao Referncia (VLRR) = 350,00 - 38,50 = 311,50

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 36/37

    75% do Valor Lquido Remunerao Referncia = 311,50 X 0,75 = 233,63

    Neste caso, o beneficirio tem direito a uma prestao de desemprego no valor mensal de 311,50

    Exemplo 2

    Um beneficirio com retribuio mensal de 475,00

    Um beneficirio com uma retribuio mensal de 475,00 correspondendo a uma RR de 554,17 [(

    475,00 X 14) : 12], e no pressuposto de que solteiro sem filhos (para efeitos de aplicao da tabela

    de IRS para clculo do valor lquido da RR), temos:

    Valor do IAS = 419,22

    Valor do Subsdio de Desemprego (SD) = 554,17 X 0,65 = 360,21

    Valor Lquido Remunerao Referncia (VLRR) = 554,17 - 60,96 = 493,21

    75% do Valor Lquido Remunerao Referncia = 493,21 X 0,75 = 369,21

    Neste caso, o beneficirio tem direito a uma prestao de desemprego no valor mensal de 419,22

    (IAS).

    Exemplo 3

    Um beneficirio com retribuio mensal de 550,00

    Um beneficirio com uma retribuio mensal de 550,00 correspondendo a uma RR de 641, 67 [(

    550,00 X 14) : 12], e no pressuposto de que solteiro sem filhos (para efeitos de aplicao da tabela

    de IRS para clculo do valor lquido da RR), temos:

    Valor do IAS = 419,22

    Valor do Subsdio de Desemprego (SD) = 641,67 X 0,65 = 417,10

    Valor Lquido Remunerao Referncia (VLRR) = 641,67 ( 25,67 + 70,58) = 545,42

    75% do Valor Lquido Remunerao Referncia = 545,42 X 0,75 = 409,10

    Neste caso, o beneficirio tem direito a uma prestao de desemprego no valor mensal de 419,22

    (IAS).

    Exemplo 4

    Um beneficirio com retribuio mensal de 800,00

    Um beneficirio com uma retribuio mensal de 800,00 correspondendo a uma RR de 933,33 [(

    800,00 X 14) : 12], e no pressuposto de que solteiro sem filhos (para efeitos de aplicao da tabela

    de IRS para clculo do valor lquido da RR), temos:

    Valor do IAS = 419,22

    Valor do Subsdio de Desemprego (SD) = 933,33 X 0,65 = 606,66

    Valor Lquido Remunerao Referncia (VLRR) = 933,33 ( 74,67 + 102,67) = 756,00

    75% do Valor Lquido Remunerao Referncia = 756,00 X 0,75 = 567,00

    Neste caso, o beneficirio tem direito a uma prestao de desemprego no valor mensal de 567,00.

    Exemplo 5

    Um beneficirio com retribuio mensal de 1.500,0 0

  • Guia Prtico Subsdio de Desemprego

    ISS, I.P. Pg. 37/37

    Um beneficirio com uma retribuio mensal de 1.500,00 correspondendo a uma RR de 1.750,00

    [( 1.500,00 X 14) : 12], e no pressuposto de que solteiro sem filhos (para efeitos de aplicao da

    tabela de IRS para clculo do valor lquido da RR), temos:

    Valor do IAS = 419,22

    Valor do Subsdio de Desemprego (SD) = 1.750,00 X 0,65 = 1.137,50

    Valor Lquido Remunerao Referncia (VLRR) = 1.750,00 ( 192,50 + 262,50) =

    1.295,00

    75% do Valor Lquido Remunerao Referncia = 1.295,00 X 0,75 = 971,25

    Neste caso, o beneficirio tem direito a uma prestao de desemprego no valor mensal de 971,25.

    Exemplo 6

    Um beneficirio com retribuio mensal de 2.400,0 0

    Um beneficirio com uma retribuio mensal de 2.400,00 correspondendo a uma RR de 2.800,00

    [( 2.400,00 X 14) : 12], e no pressuposto de que solteiro sem filhos (para efeitos de aplicao da

    tabela de IRS para clculo do valor lquido da RR), temos:

    Valor do IAS = 419,22

    Valor do Subsdio de Desemprego (SD) = 2.800,00 X 0,65 = 1.820,00

    Valor Lquido Remunerao Referncia (VLRR) = 2.800,00 ( 308,00+ 644,00 ) =

    1.848,00

    75% do Valor Lquido Remunerao Referncia = 1.848,00 X 0,75 = 1.386,00

    Neste caso, como tanto o valor lquido da remunerao de referncia como 75% desse valor so

    superiores a 2,5 IAS (valor mximo de subsdio de desemprego), o beneficirio tem direito a

    1.048,05. (2,5 do IAS), de subsdio de desemprego.