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Guia Prático Sobre Drogas

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PORQUE AS PESSOASUSAM DROGAS?

As drogas têm um efeito prazeroso. Elas provocam, na cabeça das pessoas, uma sensação, por alguns minutos ou algumas horas, de uma realidade diferente.

Os usuários se sentem mais a vontade, mais soltos, mais felizes. O contato social fica mais fácil e as angústias ficam diminuídas.

O problema é que algumas pessoas vão gostar tanto do efeito que passam a usar a droga cada vez mais e acabam criando um quadro de dependência.

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DEPENDÊNCIA É MALANDRAGEM?

No passado, a dependência química era tratadacomo desvio moral, fraqueza do indivíduo,malandragem. Era, basicamente, um caso depolícia.

Hoje o enfoque entre os especialistas étotalmente outro. A Organização Mundial daSaúde (OMS) considera a dependência químicauma doença e classifica a compulsão pelasdrogas no capítulo referente aos transtornosmentais e comportamentais.

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Mude o vocabulário!

Termos como “vício”, “viciado” ou “drogado”, foramexcluídos do vocabulário médico nos anos 90 porestarem impregnados de preconceito.

Especialistas e grupos de auto-ajuda falam agoraem adicto, adicção e dependência química.

Muitos preferem o termo alcoolista ao termoalcoólatra por entenderem que a palavra alcoolistareforça a noção de que o abuso de bebidas é umadoença.

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QUAIS OS MOTIVOS DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

Ninguém que usa drogas pela primeira vez quer se tornarum dependente ou imagina que possa criar vínculosprofundos com a substância.

A maioria das pessoas que experimentam drogas não secasa com elas.

Muitos conseguem fazer um consumo controlado erecreacional, usando-as de forma esporádica ou seminterferência no trabalho e na vida familiar.

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Quem fica dependente?

A ciência não conseguiu desenvolver até agora um

método eficaz para identificar quais pessoas podem

fazer o uso controlado de determinadas substância e

quais tendem a se vincularem a elas.

Sabe-se, no entanto, que o abuso de substâncias

psicoativas é provocado por um conjunto de fatores

psicológicos, sócio-ambientais e biológicos.

Em alguns casos, a dependência é provocada pela

própria força da droga.

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Fatores psicológicos

Algumas pessoas buscam nas drogas um analgésicopara aliviar angústias, traumas, ansiedade, raiva edepressão ou um meio de superar as própriaslimitações.

Entre os fatores psicológicos que podem desencadeara dependência estão instabilidade emocionalacentuada, baixa auto-estima, sentimentos crônicos devazio e tédio, incapacidade de lidar com frustrações ecríticas, insegurança, medo de rejeição, necessidadede imitar ou de se exibir e dificuldade de aceitar osaspectos imutáveis da realidade.

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Fatores psicológicos

Estudos mostram que os deprimidos se tornamdependentes do álcool e da cocaína com muitafacilidade.

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Fatores sócio-ambientais

O meio de um indivíduo pode estimular e facilitar o usode drogas e a dependência.

O uso excessivo de remédios em nossa sociedadefaz com que as pessoas considerem natural o uso desubstâncias químicas para o alívio de todos os males,inclusive para os estados afetivos dolorosos.

O uso indiscriminado de medicamentos dá às pessoasa impressão de que, para qualquer problema, hásempre uma solução analgésica, rápida, que nãorequer muito esforço.

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ATENÇÃO!

Pais que abusam do álcool, que sãodependentes do tabaco ou que recorrem aanalgésicos e calmantes para enfrentarqualquer problema fazem com que a criançacresça num ambiente de intimidade com assubstâncias químicas.

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As campanhas publicitárias que associam drogas

lícitas, como álcool e o tabaco, ao prazer e ao

sucesso também estimulam o consumo.

E não se pode esquecer da influência do grupo

sobre o indivíduo. Muitos adolescentes são levados a

experimentar drogas por pressão dos colegas,

temendo serem considerados infantis e caretas. Nessa

fase de transição, o adolescente tende a substituir a

família pelos amigos, que podem exercer sobre ele

uma influência muito mais poderosa que a familiar.

ATENÇÃO!

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ATENÇÃO!

Um ambiente que não proporciona lazer e oportunidades para o desenvolvimento da criatividade da criança também abre espaço para o uso de drogas.

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E o ambiente familiar?

Segundo os especialistas, a dependência

não está, necessariamente, associada à

família, mas há comportamentos e situações

familiares que podem facilitar o uso de

drogas:

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Não ensinar os filhos a lidar com limitações e frustrações.

Falta de limites e valores geram crianças inseguras e sujeitas a uma influência maior por parte do grupo.

Falta de respeito entre os pais.

O divórcio é apontado, muitas vezes, como um fator de desorganização que leva o adolescente às drogas. Os especialistas observam, no entanto, que não é a separação em si que desorganiza a criança, mas a pressão provocada pela falta de respeito entre os pais e pelos abusos verbais e físicos.

E o ambiente familiar?

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Fatores biológicos

Há evidências cada vez maiores de que algumas

pessoas têm predisposição genética para a

dependência química. Estudos científicos

mostram que filhos de pais dependentes de

álcool e outras drogas apresentam risco quatros

vezes maior de se tornarem dependentes.

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De pai para filho...

Pesquisadores encontraram em filhos de alcoólatras um alto nível de ansiedade provocado por baixos níveis do neurotransmissor GABA, regulador da ansiedade. A ingestão de álcool aumenta o nível de GABA nesses indivíduos, aliviando o estado de tensão. E isso, segundo os especialistas, torna os filhos de alcoólatras mais susceptíveis à dependência da substância.

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Estudos também mostram que algumas pessoas sãomais propensas biologicamente a fazer um casamentocom a droga porque seus organismos mais resistentesaos efeitos desagradáveis das substâncias químicas,como náusea, tonturas e taquicardia. Elas sentemapenas os efeitos prazerosos. Já as pessoassensíveis aos efeitos desagradáveis tendem a nãorepetir a experiência.

Propensão

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Fatores químicos

Algumas drogas são desencadeadoras de dependência.

O crack e os opióides podem gerar dependência física

em questão de semanas mesmo em pessoas que tem um

aparelho psico-social e biológico competente para resistir

à sedução das drogas. Tanto o crack como a heroína

produzem, em curto tempo, um desejo incontrolável de

consumo.

Essas drogas não permitem um uso controlado, como

ocorre com outras substâncias psicoativas.

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CARACTERÍSTICAS DA

DEPENDÊNCIA

Existem três tipos de usuário de drogas:

ocasional: só usa quando a droga está disponível.

habitual: faz uso freqüente de substâncias

psicoativas.

dependente: não tem controle sobre o uso e organiza

a sua vida em torno da droga.

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Atenção na hora deidentificar a dependência:

O diagnóstico da dependência não é realizado pela quantidade ou freqüência do consumo de álcool ou drogas.

Não é o número de doses de uísque ou de cigarros de maconha consumidos por dia que caracteriza a dependência, mas a interferência da droga na vida do usuário, no seu trabalho, nos estudos, nos seus relacionamentos.

Page 30: Guia Prático Sobre Drogas

Ser dependente é....

Querer diminuir ou controlar o uso e não conseguir

Continuar a usar a droga apesar dos danos que ela causa a sua

vida

Aumentar a dose para obter o mesmo efeito produzido antes por

menor quantidade

Usar droga não pelo prazer, mas para aliviar o desconforto da

falta dela.

Falar muito em drogas e só andar com quem as usa.

Ter como única ou principal forma de lazer o uso de drogas

Gastar uma boa parte do dia pensando em drogas, tentando

obter a substância ou se recuperando dos efeitos dela

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SINAIS DE ALERTA

Mudança de atitude em relação a familiares e amigos, isolamento,

substituição de velhos amigos por companhias suspeitas;

Mudança de humor: apatia, comportamento contemplativo,

períodos de depressão, angústia sem motivo aparente,

agressividade, inquietação impaciência, irritabilidade;

Risos imotivados, fala arrastada, euforia, agitação motora

Falta ou excesso de sono;

Perda ou aumento do apetite, redução do peso;

Gastos excessivos, pedidos incessantes de dinheiro, pedidos de

empréstimo, dívidas, desaparecimento de objetos da família;

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Comportamento incompatível com o padrão moral: mentiras, roubos,

chantagens, atitudes irresponsáveis

Desinteresse pelo estudo, falta de atenção, dificuldade de

concentração e memorização;

Desinteresse pelo trabalho, perda do emprego;

Descuido com a higiene pessoal e com a aparência física;

Alterações significativas na rotina diária: atrasos no trabalho,

mudanças de horário, substituição do dia pela noite, sumiço por

alguns dias;

Odores de cola, éter ou erva queimada, presença de cigarros

estranhos, papel de seda para enrolar cigarros, vidrinhos de remédio,

seringas, colírios ou comprimidos entre seus pertences;

Olhos avermelhados, pupilas dilatadas, desconforto nasal (fungação),

marcas de injeção nos braços ou pelo corpo;

SINAIS DE ALERTA

Page 33: Guia Prático Sobre Drogas

Tome cuidado!

Mudanças repentinas nos hábitos de um adolescente ou de um adulto podem indicar a presença de drogas.

Mas essas mudanças devem ser analisadas em seu conjunto porque podem estar relacionadas a outros problemas não relacionados ao uso de substâncias psicoativas, como depressão e dificuldades de relacionamento.

Só se pode chegar a uma conclusão sobre o abuso ou não de drogas após uma conversa franca com o familiar em questão.

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Page 35: Guia Prático Sobre Drogas

Dependência químicatem cura?

A dependência química é uma doença incurável.

Pode ser controlada, estacionada, mas jamais

curada.

O dependente jamais poderá voltar a fazer uso,

mesmo que social ou recreativo, de qualquer tipo de

droga.

Page 36: Guia Prático Sobre Drogas

Dependente em recuperação pode tomar uma cervejinha?

Na opinião da maioria dos médicos, um dependente em

recuperação não deve jamais por uma gota de álcool na

boca.

O álcool abre a porta da censura, amortece os mecanismos

de auto-controle e faz com que o dependente em

recuperação ceda à vontade de usar novamente a droga.

Há relatos de vários casos de pais que decidiram

comemorar a recuperação do filho com uma cervejinha e

tiveram, mais tarde, de buscar o filho numa boca de fumo.

Page 37: Guia Prático Sobre Drogas

A dependência não tem cura mas tem tratamento!

A doença pode ser tratada. Só que o sucesso dessetratamento depende exclusivamente dodependente.

Não adianta querer interná-lo a força ou obrigá-lo afazer terapia.

A experiência mostra que o tratamento só dá certoquando o dependente percebe e reconhece anecessidade de largar as drogas.

Page 38: Guia Prático Sobre Drogas

É por isso que os programas de prevenção são tão

importantes.

Se o problema das drogas for atacado antes do

agravamento da dependência, as chances de

reabilitação são maiores.

A dependência não tem cura mas tem tratamento!

Page 39: Guia Prático Sobre Drogas

As estatísticas mundiais mostram que apenas cerca

de 30% a 40% dos dependentes que procuram

tratamento conseguem manter a sobriedade.

Esses números são baixos, mas não devem

desanimar o familiar interessado na recuperação de

seu dependente.

As chances de recuperação de um adicto sobem para

até 70% quando ele recebe tratamento adequado,

conta com o apoio da família e encontra motivação

no trabalho ou em outras atividades.

A dependência não tem cura mas tem tratamento!

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Page 41: Guia Prático Sobre Drogas

FORMAS DE TRATAMENTO

As formas de tratamento variam de acordo com a

personalidade do dependente, o tipo de droga que

ele usa e o grau de envolvimento com ela.

A melhor forma de tratamento deve ser discutida

pela família e o dependente com a ajuda de um

especialista.

Page 42: Guia Prático Sobre Drogas

Internação hospitalar

É indicada apenas para dependentes que precisam

de desintoxicação e cuidado médico intensivo.

O hospital cuida de problemas como uma overdose

ou uma cirrose. Após a alta, o dependente precisa

procurar outras formas de atendimento para lidar com

a dependência.

Page 43: Guia Prático Sobre Drogas

Internação de curta duração em clínicas especializadas

A internação por longo período em hospitais psiquiátricos está sendo substituída por tratamentos de menor duração - de 15 a 45 dias - em clínicas que oferecem, cuidados médicos, psicoterapia e terapia em grupo.

É recomendado para dependentes fragilizados que precisam dar um ponta pé inicial no processo de recuperação.

As clínicas recebem pacientes com intoxicação moderada. Em casos de intoxicação aguda, o paciente é encaminhado para atendimento hospitalar e só inicia o tratamento após a desintoxicação.

Page 44: Guia Prático Sobre Drogas

ATENÇÃO!

A internação de curta duração é apenas umempurrão para o tratamento. Para permanecersóbrio, o dependente, ao deixar a clínica,precisa dar continuidade ao processo derecuperação, participando de sessões deterapia individual ou em grupo ou freqüentandogrupos de mútua-ajuda.

Page 45: Guia Prático Sobre Drogas

Internação de longa duração em comunidades terapêuticas

Oferecem tratamento de três a nove meses

àqueles adictos com uma compulsão incontrolável e

que não conseguem evitar a droga no ambiente em

que vivem.

O dependente é isolado para que, num local mais

tranqüilo, possa fazer uma reflexão sobre sua vida e

o uso de drogas.

Nessas comunidades, não há uso de

medicamentos.

Page 46: Guia Prático Sobre Drogas

As comunidades terapêuticas geralmente estão

localizadas em sítios ou fazendas.

Oferecem tratamento terapêutico, orientação

espiritual e atividades como trabalhos caseiros,

artesanato, plantio.

O foco do tratamento é o resgate de valores e da

auto-estima.

Após a internação, o dependente precisa continuar

o tratamento por meio de alguma forma de terapia

individual ou grupal ou da participação em grupos

de mútua-ajuda.

Internação de longa duração em comunidades terapêuticas

Page 47: Guia Prático Sobre Drogas

Atendimento ambulatorial

Alguns hospitais, centros universitários e secretarias

municipais de saúde, oferecem atendimento gratuito a

dependentes químicos.

O serviço inclui sessões semanais de terapia

individual e de grupo. Os médicos também receitam

medicamentos, quando necessário.

Page 48: Guia Prático Sobre Drogas

Atendimento ambulatorial

É indicado para dependentes que desejam se tratar e

se comprometem a não usar mais a droga. Muitos

especialistas preferem essa abordagem à internação

porque o dependente é obrigado, desde o começo do

tratamento, a conviver com a realidade e a enfrentar a

doença em seu próprio meio, sem a proteção das

clínicas

Page 49: Guia Prático Sobre Drogas

Terapia individual

Ajuda o adicto a compreender suas limitações e angústias e a lidar melhor com elas.

Para dar bons resultados, o processo terapêutico geralmente é acompanhado de outras ações que ajudem o dependente a se manter longe das drogas.

Psiquiatras, psicólogos e psicanalistas geralmente aconselham os dependentes a participar de grupos de mútua-ajuda, como NA (Narcóticos Anônimos) e AA (Alcoólicos Anônimos), ou a desenvolver alguma terapia ocupacional, como dança, música, teatro, marcenaria etc...

Page 50: Guia Prático Sobre Drogas

Alcoólicos eNarcóticos Anônimos

Os Alcoólicos e Narcóticos Anônimos se autodefinemcomo uma irmandade ou associação sem fins lucrativosde homens e mulheres para quem as drogas se tornaramum problema muito grave.

São adictos em recuperação que se reúnemregularmente em escolas, igrejas, clubes ou prédiospúblicos para trocar experiências relativas ao uso dedrogas e ao processo de recuperação, além de palavrasde incentivo.

Os A.A.s e N.A.s adotam um programa de abstinênciatotal e exigem apenas um requisito de seus membros: odesejo de largar as drogas.

Page 51: Guia Prático Sobre Drogas

Nas reuniões, os adictos sentem-se acolhidos e a troca

de experiência com pessoas que viveram ou vivem o

mesmo drama os ajudam a ter referências e a reconstruir

a identidade.

Para estimular o dependente a manter o programa, o

grupo se propõe a trabalhar a abstinência dia após dia,

usando o lema “só por hoje, um passo de cada vez”.

Alcoólicos eNarcóticos Anônimos

Page 52: Guia Prático Sobre Drogas

Os especialistas reconhecem a contribuiçãodos A.A.s e N.A.s na recuperação de milharesde dependentes químicos no mundo inteiro.Eles recomendam que os dependentes emrecuperação visitem esses grupos e participemativamente deles.

Alcoólicos eNarcóticos Anônimos

Page 53: Guia Prático Sobre Drogas

ATENÇÃO!

Ao deixar uma clínica ou uma comunidade

terapêutica, o dependente químico apenas

interrompeu o uso da droga.

A vontade de usá-la continuará por um bom tempo, e

os problemas que desencadearam a dependência

precisam ser resolvidos para que o adicto reaja à

sedução química.

O vazio provocado pela ausência da substância, as

dificuldades emocionais, as barreiras enfrentadas no

dia-a-dia podem empurrá-lo a uma nova fuga.

Page 54: Guia Prático Sobre Drogas
Page 55: Guia Prático Sobre Drogas

Como agir diante da recaída?

Com calma, fé e esperança. Converse com odependente, estimule-o a retomar o programa deabstinência.

Discuta com um especialista novas abordagens para otratamento. Veja se é o caso de uma nova internaçãoou de incluir ou aumentar sessões de psicoterapia.

Apóie o dependente e ajude-o a levantar-se outra vez.Encare cada tentativa como um passo para fazer deseu familiar uma pessoa saudável.

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Page 57: Guia Prático Sobre Drogas

O familiar também precisade ajuda!

A recuperação de um dependente químico depende da

própria vontade dele - de sua conscientização em

relação ao problema - e não da vontade da família.

Mas a família tem um papel fundamental nesse

processo de recuperação, criando uma atmosfera

familiar que não incentive o uso de drogas e

superando situações que possam ter gerado

ansiedade e levado à dependência.

Page 58: Guia Prático Sobre Drogas

Não adianta o dependente químico mudar se a família

não mudar. Uma terapia familiar pode desvendar

problemas e ajudar a construir uma atmosfera mais sadia

dentro de casa, reduzindo a ansiedade e a tensão que

estão na base do consumo de drogas.

Um apoio que tem se revelado barato e eficaz é o

oferecido por grupos de mútua-ajuda para familiares de

dependentes químicos. Esses grupos, espalhados por

todo o Brasil, ajudam os familiares a enfrentar o

problema, fortalecendo-os emocionalmente para lidar

melhor com o dependente e ajudá-lo no processo de

recuperação.

O familiar também precisade ajuda!

Page 59: Guia Prático Sobre Drogas
Page 60: Guia Prático Sobre Drogas

MÚTUA-AJUDA PARA PARENTES E AMIGOS

Nar-Anon:

Parte do princípio que o familiar de um dependente

químico também adoece emocionalmente e precisa de

apoio e recuperação para conviver melhor com o usuário

de drogas.

Há troca de experiência e de informações sobre

substâncias psicoativas e tratamentos, além do

fortalecimento dos valores espirituais.

O grupo reflete sobre a possível contribuição da família

como provocadora ou facilitadora do abuso de drogas,

mas tenta livrar os familiares do sentimento de culpa .

Page 61: Guia Prático Sobre Drogas

Amor Exigente:

Promove troca de experiências e fornece informaçõessobre o uso de drogas e sobre as dificuldades edesafios enfrentados pelos dependentes, familiares eeducadores.

O grupo também desenvolve a espiritualidade.

Diferencia-se do Nar-Anon por encorajar mais os paisa adotar uma postura dura em relação ao dependentee a impor limites e privações ao filho com o objetivode pressioná-lo a largar as drogas. O método tem semostrado eficaz na recuperação de adolescentes.

MÚTUA-AJUDA PARA PARENTES E AMIGOS