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Como montar ou rentabilizar os negócios usando tecnologias móveis através da telefonia celular no Brasil. Fazendo no Brasil

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O guia sobre o mercado mobile brasileiro da Pure Bros.

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Page 1: Guia Mobile Pure Bros

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Como montar ou rentabilizar os negócios usando tecnologias móveis através da telefonia celular no Brasil.

Fazendo

no Brasil

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Fazendo

no Brasil

COMPANIES PARTICIPATING IN THE PROJECT

Purebros, eleita a melhor integradora brasileira na área de SVA/VAS, tem como principal diferencial a homologação com todas as operadoras de telefonia móvel brasileira, o que otimiza a implementação dos projetos. Atua na área de integração de provedores de conteúdo nos modelos de assinatura ou downloads, interatividade, mobile marketing e WAP billing.

Com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre (Brasil), Roma (Itália) e Cidade do México (México), tem 5 anos de experiência, dispondo de uma equipe altamente qualificada.

Comunika atua no mercado de mobile business desde 2001, oferecendo soluções completas de envio e recebimento de mensagens para celulares de todo o Brasil. É uma ferramenta com monitoramento real time, que controla toda a base de dados e contatos, podendo integrar-se ao sistema da empresa.

F.Biz, como referência em mobile advertising no Brasil, está sempre em busca de novos inventários e oportunidades no mercado de mobile. Paralelamente a essa busca existe a preocupação em tornar esses canais de qualidade para os anunciantes e operadoras, por meio de inteligência analítica e foco em resultados.

CFLA Advogados é o escritório de advocacia resultante da fusão de dois escritórios de renome em São Paulo, tendo se especializado em Direito de Entretenimento, Mídia, Tecnologia e Internet. Sua atuação em diversas associações como MEF – Mobile Entertainment Forum, MMA – Mobile Marketing Association e AMPRO – Associação de Marketing Promocional lhe garantem destaque em questões jurídicas relacionadas a estes mercados.

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Vemos, principalmente os mais velhos, morrer um Brasil antigo e secreto. Um país de desigualda-des, de diferenças e de fronteiras imaginárias que começam a ser quebradas. Este Brasil desigual e desvalorizado fecha seu ciclo e passa para as pági-nas da história.

Se o governo do Presidente Fernando Henri-que Cardoso foi o que acertou a economia, o governo do Presidente Lula foi o que acertou a socialização das massas. Com esta combinação vimos e vivemos uma grande evolução socioeconômica neste país. Os que antes eram pobres, agora são clientes. Os

que antes eram oprimidos, agora são consumidores. Os crescentes resultados econômicos do país falam por si só. Em todas as áreas vemos a explosão positiva brasileira: vendas, empregos, oportunidades, negócios, viagens, turismo, telefo-nia, acessos digitais, exportações, etc.

O sucesso dos últimos anos permite ao país uma ambição que antes soaria ilusória: acabar com a pobreza é hoje um objetivo que podemos (e vamos) alcan-çar. O Brasil pode ser o primeiro país a se desenvolver de forma sustentável, sem depredar a natureza que possui e explorar bem sua rica biodiversidade. Um país que é a soma de sonhos, amores e criações que fazem desta nação um resultado incalculável de riquezas. O Brasil pode e será muito mais.

A telefonia móvel é hoje, com seus 217 milhões de linhas habilitadas, a me-lhor forma de acesso a este Brasil. Com seu crescimento médio de 16,6% ao ano consolida-se como a melhor forma de acesso rápido ao novo grupo de consumido-res com desejo de compra imediato. A Pure Bros, única empresa 100% nacional e conectada em todas as operadoras, integra o seu negócio a 97% dos aparelhos existentes no Brasil via SMS, viabilizando comunicações, vendas e negócios.

O Brasil passa por aqui. O Brasil também cresce aqui.

Não somos efêmeros em pensar que o futuro já chegou ou está garantido. Há muito a fazer para sustentar o crescimento e ter um futuro generoso a médio-lon-go prazo. Educação, infra-estrutura, segurança, desburocratização, equalização das regiões, entre outros temas são só pontos principais a trabalhar. E estamos trabalhando.

Não há, hoje, respostas concretas do que e como será o Brasil. O que há é uma nação com as perguntas certas e vontade de fazer.

Nós, brasileiros da Pure Bros, fazemos parte deste crescimento, acredita-mos no país e trabalharemos muito para integrar o seu negócio via telecomunica-ções. Fazemos isto por que somos brasileiros e este é o nosso negócio: acreditar no Brasil e viabilizar os sonhos.

Fernando Dias CEO Pure Bros

Para qualquer um dos 190 milhões

de brasileiros é um momento inédito na história do Brasil.

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Este documento tem como propósito apresentar um panorama geral do mercado de telefonia móvel brasileira para investidores estrangeiros que tenham interesse em conhecer o mercado Brasil.

Para tanto, o estudo foi dividido em quatro análises, que são: con-texto histórico da economia e da telefonia no Brasil, análise do mercado de telefonia móvel brasileira, análise do setor de Serviço de Valor Agre-gado (SVA/VAS) brasileiro e, por fim, regulamentações brasileiras no setor de SVA/VAS e orientações gerais de como abrir uma empresa no Brasil.

No contexto histórico, foi proposta uma análise do macroambiente brasileiro através de um breve panorama da economia atual do país, assim como uma análise do mercado de telecomunicações brasileiro, com uma breve contextualização histórica desde os anos 70 até os dias atuais.

Na análise do mercado de telefonia brasileira, mostrou-se um pa-norama da infraestrutura de telecomunicações brasileira, estatísticas da telefonia móvel, histórico do número de usuários de, market share das operadoras, receita bruta e ARPU, proporções de linhas pré-pagas e pós-pagas.

Já na análise do setor de SVA/VAS brasileiro, foi contextualizado o mercado ao analisaras práticas de entretenimento e interatividade mais populares entre os brasileiros, os modelos de negócios praticados no Brasil, os preços médios que os brasileiros estão dispostos a pagar pelos serviços e inovações e evoluções do mercado.

E, por fim, na análise das regulamentações legais do mercado de telecomunicações no Brasil, mostrou-se algumas iniciativas de regula-mentação do mercado de SVA/VAS e, um passo-a-passo para um in-vestidor estrangeiro abrir uma empresa no Brasil, desde o registro da pessoa jurídica, até as taxas e documentação necessária.

Introdução ao Doing Mobile

Bussiness Brasil

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MACROAMBIENTE BRASILA economia brasileira alcançou um crescimento de 7,5% em 2010.

Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 3,675 trilhões. O PIB (Produto Interno Bruto) per capita ficou em R$ 19.016 no ano passado, com alta de 6,5% sobre 2009 (R$ 16.634).

O Brasil foi considerado investment grade no dia 30 de abril de 2008 pela agência de avaliação Standard & Poor’s. O país estava situado na categoria de países com grau especulativo e sua nota era BB+. O Brasil passou de BB+ para BBB-, ou seja, saiu da nota máxima do grau espe-culativo para a nota mínima do grau de investimento.

No início da década de 90, o governo alterou sua estratégia relativa ao plano econômico brasileiro, ao lançar o Plano Real, o que em longo prazo trouxe ao país estabilidade e crescimento. Atualmente, o Brasil se encontra no melhor momento econômico das últimas décadas, viven-ciando uma inédita combinação de investimentos internos (incremento da parcela da Formação Bruta de Capital Fixo) e externos (investimento estrangeiro) na cadeia produtiva de bens de consumo unido ao aumento do consumo e melhoria da renda per capita da população.

O investimento brasileiro cresceu 21,6% em 2010 quando compara-do ao ano anterior, sendo este o melhor desempenho da série histórica iniciada com o Plano Real. Estes investimentos, por sua vez, são resul-tados da evolução do mercado consumidor para uma escala global, o que eventualmente acabou atraindo cada vez mais capital estrangeiro e contando com o maior mercado acionário emergente. Além de aumentar a capacidade produtiva de bens e serviços, a evolução dos investimentos garante a ampliação da malha industrial e um desenvolvimento econô-mico sustentável.

Em 2009, diante da crise econômica mundial, as medidas tomadas pelo governo como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industria-lizados), a diminuição do compulsório dos bancos e a queda da taxa de juros possibilitaram que o desempenho econômico brasileiro superasse a média dos países emergentes no período. No ano seguinte à crise, re-gistrou-se um aumento de 7,5% do PIB, sendo este o maior crescimento em 25 anos. Deste total, a maior parcela é correspondente ao consumo das famílias, as quais foram responsáveis por 60,6% da soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil. Dessa forma, portanto, observa-se que a crise não atingiu a maioria dos brasileiros – e, melhor, a parcela mais humilde da população segue em ascensão.

A mobilidade social está alterando significativamente o mercado in-terno brasileiro, devido à modificação do perfil do consumidor que visa

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desfrutar de confortos típicos da classe média. Em termos de crescimen-to econômico per capita brasileiro, é possível afirmar que desde 2002 cerca de 25 milhões de brasileiros deslocaram-se da base para o centro da pirâmide social – conhecida com Classe C. No período entre 2003 e 2009, a classe C passou de 42% para 53% da população brasileira, cor-respondente a cerca de 103 milhões de habitantes.

Ainda, percebe-se que a taxa de desemprego decresceu na última década. Entre 2000 e 2009, o número de empregos públicos e formais**

cresceu 57%, o que representa uma taxa média de incremento anual de 5,1%, passando de 26,2 milhões para 42,2 milhões de cidadãos. Devido a esses fatores, observa-se um acréscimo expressivo da renda do bra-sileiro que, por sua vez, aumenta o potencial de consumo das classes C e D. Este nicho representa um mercado de R$ 834 bilhões, segundo levantamento feito pelo Instituto Data Popular. Somente em 2010, a classe C consumiu 41,35% do total de bens e serviços nas áreas urbanas; enquanto que, em 2002, representava 25,8% do montante.

Os consumidores emergentes detêm 69% dos cartões de crédito emi-tidos e contam, também, com maior acesso aos empréstimos bancários. A ampliação de prazos e a queda da taxa de juros das operações, atrela-dos ao fortalecimento da economia brasileira, alavancaram a demanda por crédito, tanto no segmento de pessoas físicas quanto jurídicas.

Somente a concessão de crédito destinado ao consumidor final teve um incremento na ordem de 19,1%, com destaques para as operações que oferecem maiores garantias tangíveis para os credores: a aquisição de bens e leasing e o crédito pessoal. Atrelado a isso, a estabilidade econômica obtida através do cumprimento das metas de inflação, desde 1994, possibilita a previsibilidade de preços e a solidez do sistema finan-ceiro. Com este panorama, há um aumento da confiança da população e da atenção do cenário internacional para o Brasil. As perspectivas futuras são favoráveis e preveem o aumento do investimento e melhoria tecnológica, crescimento do produto potencial, geração de emprego e de produtividade.

*Empregos formais: a empresa contratante registra o funcionário junto ao governo e, além do salário, paga encargos sociais mensais de cerca de 68% do salário base do funcionário. Assim, o funcionário fica coberto pelos benefícios que rege a legislação trabalhista brasileira.

MOBILE TELECOM: MACROAMBIENTE

Histórico TelecomDiferente de outros países como os Estados Unidos, o Brasil iniciou

seu desenvolvimento na área de telefonia na década de 1970, quando o governo criou a Telebrás (Telecomunicações Brasileiras S/A) com o intuito de impulsionar a infraestrutura da telefonia brasileira. Sua constituição era através de política de sociedade mista, o que permitiu que empresas privadas também pudessem explorar o mercado e, em pa-ralelo, ajudar na implementação da política geral de telecomunicações estabelecida pelo Ministério das Comunicações.

Em meados dos anos 80, o Brasil lança seus primeiros satélites de comunicação, o BrasilSat I e BrasilSat II, possibilitando a integração total do território brasileiro, levando sinais de telefonia, telegrafia e te-levisão a todas as regiões do País. Nessa década, consolidou-se o pro-cesso de incor-poração das companhias telefônicas, ficando a Telebras responsável pela operação de mais de 95% dos terminais telefônicos em serviço e o restante por apenas 5 empresas de serviços telefôni-cos não pertencentes ao Sistema Telebras.

Nos anos 90, o governo brasileiro decidiu pela constituição da Agên-cia Nacional de Telecomunicações (ANATEL) para regulamentação de políticas de telecomunicações brasileira, como: telefonia móvel e fixa, emissoras de TV, radiofusão e demais serviços de telecomunicações. Este canal neutro tem por objetivo discutir as melhores políticas e leis para favorecimento do cidadão e melhoria de condições do mercado de telecomunicações. Nessa mesma década, o governo privatiza a Telebrás, abrindo o mercado de telefonia brasileiro para investimentos estrangei-ros. Chegam, assim, os telefones celulares ao Brasil. Logo, os aparelhos celulares tornaram-se populares, criando uma onda de consumo na te-lefonia móvel. O crescimento só não foi maior na época porque tanto o aparelho quanto a tarifação das chamadas tinham custos altíssimos para o padrão brasileiro.

Na primeira década de 2000, as operadoras de telefonia móvel iniciaram um processo de busca de alternativas para manter seu ARPU (Receita Média por Usuário) evoluindo constantemente. Nesse cenário favorável, as operadoras optaram pela diferenciação através do Serviço de Valor agregado (SVA/VAS), abrindo espaço para a entrada de empre-sas integradoras e provedores de conteúdo. O SVA/VAS abriu uma nova fatia de mercado, disponibilizando mais um canal de mídia para levar entretenimento e interatividade ao Brasil.

A partir de 2010, a ANATEL liberou a entrada de MVNO (Opera-

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dor Móvel Virtual) oportunizando novas formas de explorar o mercado de telefonia móvel. “O objetivo é ampliar a oferta de serviços no SMP (Serviço Móvel Pessoal); aumentar a competição e a diversidade de ser-viços” resume o presidente da ANATEL, Ronaldo Sardenberg.

Perspectivas futurasAtualmente, o mercado de telefonia está aquecido, dividido em sete

operadoras, o que cria uma concorrência forte e trás benefícios para os usuários de telefonia móvel. Tais benefícios como custo das ligações e oferta por novos serviços tendem a melhorar com o intuito de elevar a receita média por usuário (ARPU).

Segundo o Portal Mundo Móvel, grandes fusões entre operações de telefonia móvel e fixa serão efetuadas ao longo de 2011. Uma delas é a da Vivo com a Telefónica, e a outra, a consolidação das empresas da América Móvil no País (Claro, Embratel, Net), unificando a oferta de serviços em uma só companhia.

A Nextel está preparando a sua entrada no mercado de celulares (a empresa só opera hoje com rádiochamada), depois que a empresa venceu 11 dos 13 lotes da concessão de espectro de freqüência 3G na licitação da ANATEL, com uma oferta de US$ 707 milhões.

O portal Teletime anunciou que a Tim investirá R$ 8,5 bilhões no triênio 2011 a 2013, sendo 85% destinados à infraestrutura. Desse to-tal, cerca de R$ 2,4 bilhões seriam gastos em 2011. Segundo o portal, a ideia da Tim é ampliar em cerca de 130% da base instalada de TRX, equipamento responsável pelo aumento da capacidade de tráfego das antenas, e instalar 1,8 mil BTS (estações radiobase) elementos de rede responsáveis pela ampliação e melhoria da cobertura do sinal, além da substituição de 8,3 mil BTS por outras com tecnologia mais avançada.

INFRAESTRURA E TECNOLOGIA BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕESA infraestrutura brasileira de telecomunicações divide-se em ter-

restre e aérea abrangendo assim todo o território nacional. Ao longo dos anos, os investimentos na área de infraestrutura estão sendo fiscaliza-dos pela ANATEL que estipula metas para empresas exploradoras do serviço de telecomunicações no Brasil, o que contribui para uma ade-quação de demanda e oferta no setor.

Infraestrutura aéreaA infraestrutura áerea contempla telefonia móvel, rádio e televisão.

O sistema aéreo é constituído por todos os equipamentos para a correta

instalação de uma estação de rádio base (ERB): torre, antena, guia de ondas, conectores, sistema de pressurização e sistema de energia e ater-ramento, além de contar com o auxílio de satélites.

Segundo o relatório de 2010 da ANATEL, há atualmente 50,3 mil antenas (ERBs) número esse que vem crescendo devido a grandes in-vestimentos, principalmente no que tange à expansão do sinal 3G pelas operadoras até a Copa do Mundo de 2014 que será realizada no Brasil. **

Número de Estações Rádio Base no Brasil

Região* 2008 2009 2010 1T11 Mai/11

I 19.807 21.261 23.101 23.291 23.545II 12.809 13.485 14.355 14.533 14.677III 10.232 11.190 12.144 12.231 12.448

Total 42.848 45.936 49.600 50.055 50.670

Banda 2007 Abril/08 Maio/08 2T08

A 11.078 11.272 11.270 11.343B 9.339 9.587 9.625 9.646D 9.756 10.039 10.036 10.051E 6.009 6.098 6.154 6.190

Outras - - 89 262Total 36.182 36.996 37.085 37.230

Fonte: ANATEL

TecnologiaA adoção de novas tecnologias no setor de telefonia móvel e a extin-

ção de outras demonstram que o mercado brasileiro está se adequando para proporcionar uma comunicação com qualidade.

A tecnologia mais utilizada no Brasil pelas operadoras é a GSM com 87,76% dos acessos. Porém, de 2009 a 2010, houve um crescimento expressivo na utilização da tecnologia WCDMA, quase 5% a mais de 2009 até 2010. Essa evolução reflete, principalmente, o aumento do uso da internet móvel no Brasil. Confira no gráfico abaixo a distribuição de acessos por tecnologia.

* Região I: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão, Bahia, Sergipe, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas. Região II: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Rondônia e Acre. Região III: São Paulo.

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Distribuição de acessos por tecnologia

GSM 87,76%CDMA 2,06%Terminas exclusivamentede dados 2,97%WCDMA 7,20%TDMA 0,01%

GSM 90,01%CDMA 4,83%Terminas exclusivamentede dados 2,63%WCDMA 2,35%TDMA 0,18%

2009 2010

A tecnologia 3G já ultrapassou a internet fixa em usuários e à me-dida que o preço do serviço for diminuindo, mais brasileiros adotarão 3G. O número de usuários de smartphones cresce, mostrando que o bra-sileiro é adepto a novas tecnologias, principalmente as ligadas à mobi-lidade.

Acesso a internet no Brasil via móvelA soma do número de acessos à internet móvel de smartphones e

modems 3G passou de 8,7 milhões (em 2009) para 20,6 milhões no fim de 2010, aproximadamente 50% a mais que o número de conexões pela banda larga fixa. Em relação ao mercado, a participação dos aparelhos 3G chegou a 7,2% em dezembro 2010. Já os modems, responderam por 2,96% do market share*.

Um fator que contribui para a adoção da 3G pelo brasileiro é a dis-ponibilidade da tecnologia aos usuários, hoje a área de cobertura 3G (WCDMA) chega a 75,4% da população.

* Levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), que representa as operadoras de telefonia privadas.

População coberta com tecnologia 3G (WCDMA) no Brasil

Operadora 2008 2009 2010 1T11 2T11

Vivo 48,0% 60,7% 71,5% 73,4% 74,6%Claro 50,3% 54,5% 55,6% 55,9% 56,1%Tim 19,3% 27,3% 45,2% 46,5% 46,8%

Oi (com BrT) 27,3% 41,7% 43,9% 44,3% 44,3%CTBC 1,1% 1,2% 1,2% 1,3% 1,2%

Sercomtel 0% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3%Total 58,8% 64,6% 72,6% 74,1% 75,4%

Nota: a cobertura do mês de dezembro/2010 considera a população do Censo 2010 IBGE

Em 2007, foi firmado um acordo entre a ANATEL e as operado-rasque prevê que 100% dos municípios com mais de 100 mil e 200 mil habitantes terão de ser cobertos até abril de 2013. Esse acordo acelerou a chegada da banda larga aos usuários de telefonia móvel, contribuindp para uma maior aceitabilidade em relação à internet móvel por parte dos usuários, principalmente pelo controle de tráfego poder ser feito através de aplicativos. Além disso, há opção de planos pré-pagos de in-ternet móvel pelo celular.

Acesso 3G via aparelhosAo analisar o acesso a 3G, percebe-se que este segmento está muito

ligado à estratégia de mercado de cada operadora. A oferta de 3G via aparelhos no Brasil teve forte atuação da operadora Claro que, através de parcerias com fabricantes, oferecia aparelhos celulares com 3G por um preço competitivo e, consequentemente, os usuários que optassem pelo aparelho com um custo mais baixo assinavam contrato de fidelida-de com a operadora.

Market share de acessos 3G via aparelhos

2009

ClaroTIMOiCTBCSercomtel

2010 1º Trimestre/11 2º Trimestre/11 3º Trimestre/11 Out/11

Vivo

Font

e: T

elec

o

42,5%

29%

18,49% 24,83%

14,2%

0,57% 0,20%0,004% 0,004% 0,004% 0,005% 0,008% 0,009%0,18% 0,16% 0,14% 0,13%

13,93%4,32%

46,7%42,23% 42,96% 44,78%

30,28% 29,25% 31,06% 31,84% 31,51%

4,39%4,25%3,51% 3,96%

24,41%20,66% 19,62%

40,13%

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No gráfico da página anterior, percebe-se que a Claro liderou o market share de acessos 3G via aparelhos em 2010, garantindo a lide-rança absoluta nesse segmento durante esse ano. Porém, em 2011, teve que frear sua estratégia de ampliação de acessos a 3G, devido ao pouco investimento em infraestrutura, o que comprometeu a qualidade do si-nal. Por outro lado, em 2011 a Tim entrou com força nesse mercado ofe-recendo planos 3G via aparelhos no plano pré-pago e disponibilizando smartphones em versões anteriores às lançadas. Em paralelo a isso, a Tim tem investido em melhoria de infraestrutura para que a qualidade do sinal 3G acompanhe o crescimento da adoção dessa tecnologia.

ESTATÍSTICAS TELEFONIA MÓVEL

Dispositivos móveis (smartphones, celulares e tablets)Em todo o mundo, a procura por dispositivos móveis tem sido cres-

cente, isso deve-se principalmente à popularização da internet 3G e o fácil acesso aos eletrônicos.

No Brasil, segundo a Nielsen, em abril de 2010 o percentual de ce-lulares comuns vendidos era de 87% e o de smartphones era de 12,9%. Ao analisar o gráfico de crescimento abaixo, percebemos que no primei-ro semestre de 2010 há um crescimento potencial de smartphones no Brasil.

0,2 0,2 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1,1 1,5 1,5 1,8 1,81,6 2,4 3,6 5 5,2 6,2 8,2 7,4 7,9 9,4 9,8

Abr08

Mai08

Jun08

Jul08

Ago08

Set08

Out08

Nov08

Dez08

Abr09

Mai09

Jun09

Jan09

Fev09

Mar09

Abr10

Jan10

Fev10

Mar10

Jul09

Ago09

Set09

Out09

Nov09

Dez09

1,5 1,5 1,3 1,4 1,4 1,7 2,5 2,4 2,7 2,5 2,6 2,8 2,2 2,11,7 2,1 1,7 1,9 2,1 2,4 2,9 2,9 3,2 3,1 3,1

98,4

98,4

98,5

98,3

98,2

97,6

96,8

96,9

96,5

96,3

95,9

95,6 96 96,7

96,2

95,5

94,7

93,1

92,7

91,5

88,9

89,7

88,9

87,5 87

Celular comum Smartphone T2

Analisando por outro viés, a Gartner divulgou que a venda de smar-tphones em 2010 cresceu 279% no Brasil, tornando-se a categoria que obteve maior crescimento entre os dispositivos móveis. Esses dados des-pertam interesse nos fabricantes de smartphones, pois tais aparelhos possuem em preço médio 271% superior aos outros aparelhos celulares.

Ainda que o número de smartphones tenha crescido estrondosamen-te no Brasil, esses aparelhos compreendem apenas 10% dos usuários de telefonia móvel no Brasil. Portanto, as ações envolvendo tecnologias em smartphones atinge uma minoria da população, em contraponto, as ações via SMS contemplam a totalidade dos usuários de telefonia móvel.

Os tablets também começaram a aparecer no mercado brasileiro em 2010. Segundo o IDC, foram comercializados 100 mil tablets nesse ano, incluindo o percentual que foi importado ilegalmente ou trazidos do ex-terior. O baixo número de tablets no Brasil é um reflexo do alto preço do produto, o que acaba afastando o eletrônico do poder de consumo da maioria dos brasileiros.

A baixa penetração dos smartphones e tablets não parece influenciar o desempenho do mercado de telefonia móvel brasileira; segundo dados di-vulgados pela ANATEL, a densidade de acessos a SMP dobrou em 5 anos.

Relatório de acessos móveis em operação e densidade - Brasil

Mês/Ano Nº de Acessos em Operação

Densidade (acessos por 100 habitantes)(*)Brasil

Jan/2007 100.717.141 54,41Jan/2008 dados não liberados pela ANATELJan/2009 151.949.077 79,79Jan/2010 175.599.260 91,33Jan/2011 205.150.977 105,74Out/2011 231.633.520 118,62

Evolução dos acessos do serviço móvel pessoal (em milhões)

7,4 15,023,2 28,7 34,9 46,4

65,686,2

99,9120,9

150,6

173,9

202,9

1998 1999 2000 20091 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Hoje o mercado de telefonia móvel brasileiro é dividido entre 7 ope-radoras de telefonia: Vivo, Claro, Tim, Oi, CTB, Sercomtel e Aeiou. Em outubro de 2010, o Brasil ultrapassou a marca de mais de uma linha telefônica móvel por habitante. Em janeiro de 2011, segundo dados

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da ANATEL, as linhas móveis atingiram 210,5 milhões. Conforme o Portal Mundo Móvel, o Brasil é o sexto maior mercado de telefonia do mundo, sendo que a China ocupa o topo do ranking com 900,39 milhões de usuários.

Com o crescimento de usuários, aumenta também a concorrência entre as operadoras. Ao analisar seus market share, percebe-se, tam-bém, o reflexo dessa concorrência no mercado brasileiro.

Market Share das operadoras para SVA/VASO market share das operadoras reflete os benefícios que a com-

petitividade traz ao mercado, como melhoria na qualidade do serviço, atendimento e busca por inovações. Ao analisar o mercado brasileiro, percebemos o equilíbrio do market share das operadoras, o que exige novas estratégias de mercado. Esse cenário contribui para a redução dos custos do mercado de voz e o aumento do mercado de SVA/VAS como um diferencial competitivo.

O que contribuiu bastante para essa competitividade do mercado foi a lei da portabilidade. A partir de julho de 1997, a ANATEL sancio-nou a portabilidade de código de acesso, onde o usuário se tornava dono do número do telefone, podendo escolher qual operadora iria contratar.

Market Share das Operadoras (Pontos Percentuais) (dados preliminares)

Operadora 2008 2009 2010 1T11 2T11 3T11 Out/11

Vivo 29,84% 29,75% 29,71% 29,48% 29,47% 29,49% 29,61%Claro 24,17% 23,63% 25,14% 25,11% 25,55% 26,04% 26,00%TIM 25,71% 25,52% 25,44% 25,39% 25,55% 25,30% 25,20%Oi 19,91% 20,73% 19,35% 19,69% 19,10% 18,84% 18,86%

CTBC 0,30% 0,31% 0,30% 0,30% 0,30% 0,30% 0,29%Sercomtel 0,06% 0,05% 0,04% 0,04% 0,04% 0,03% 0,03%

Aeiou 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,00%* 0,00%* 0,00%*

Celulares 150.641 173.959 202.944 210.510 217.346 227.352 231.634

*Aeiou não divulgou o seu total na ANATEL

Market Share das Operadoras (Pontos Percentuais) (dados preliminares)

2007 2008 2009 2010

ClaroTIMOi

Fev/11

Vivo

Font

e: T

elec

o, D

ez/2

010

29,6%

25,5%25,2%

19,5%

42,5%

25,9%25%

17,9%

Com o market share equilibrado, visto como algo positivo para o mercado, necessita-se verificar o impacto da competitividade na receita bruta e ARPU das operadoras para confirmar se as o mercado está em evolução ou estagnado.

Estatísticas Receita Bruta e ARPUO mercado de telecomunicação brasileiro nos últimos três anos tem

mostrado um bom desempenho, mantendo a receita das operadoras em constante crescimento, mesmo com a forte competitividade, o que refle-te em um momento de evolução do mercado, proporcionando um ótimo momento para abertura de novas opções de negócios.

Nos gráficos abaixo percebe-se que apesar do ARPU das principais operadoras ter decrescido ao longo de 4 anos, a receita bruta das opera-doras tem aumentado. Para manter a receita em alta e tentar estabilizar ou aumentar o ARPU, as operadoras estão investindo em serviços com-plementares a voz, apontando o crescimento do mercado de SVA/VAS.

Receita bruta

Banda 2008 2009 2010

Vivo 22,212 23,068 25,717Tim 18,321 19,013 20,319Claro 16,363 15,789 não divulgadoOi 10,037 12,666 14,666

Fonte: Teleco

Page 11: Guia Mobile Pure Bros

2120

ARPU (R$)

BRL 1º Trimestre 2010

2º Trimestre 2010

3º Trimestre 2010

4º Trimestre 2010

1º Trimestre 2011

2º Trimestre 2011

3º Trimestre 2011

Vivo 24,8 25,0 25,3 25,9 24,6 25,1 26,2Claro 20,0 20,0 19,0 18,0 18,0 17,0 17,0TIM 24,0 24,2 23,5 23,3 20,8 21,6 21,2Oi 21,8 22,4 22,9 23,5 20,7 21,6 22,2

Nota: Receita média mensal por usuário (Average Revenue per User), obtida dividindo-se a receita líquida de serviços pelo número médio de celulares no período e pelo número de meses do período.

Panorama do crescimento do ARPU e receita:• A portabilidade deu liberdade de escolha aos usuários, então se o usu-

ário achar o melhor custo-benefício em outra operadora não hesitará em mudar.

• Preço da tarifação tende a diminuir, sendo assim, para atrair novos clientes e manter os que já estão nas operadoras a redução das tarifas vai ser essencial;

• O aumento de usuários de telefonia móvel ajudou a manter o cresci-mento da receita bruta das operadoras. Uma tendência que se nota no mercado brasileiro é a utilização de mais de uma linha de celular por pessoa, cada linha de uma operadora diferente, devido às promo-ções entre serviços da mesma operadora, o que reduz os gastos com telefonia.

• Programas de fidelidade em ascensão no Brasil, as operadoras estão fazendo parcerias com outros setores para oferecer benefícios aos seus clientes, setores esses, principalmente, de entretenimento, como cine-mas, restaurantes, viagens, etc.

• Um fator que impacta a receita das operadoras é a quantidade de linhas móveis e a proporção entre planos pré e pós-pagos, item esse que deve ser analisado para se ter uma visão mais ampla do mercado.

Proporção de linhas pré e pósPercebe-se que a maioria dos brasileiros prefere celulares pré-pagos,

principalmente os que adquirem a primeira linha de telefonia móvel e não têm um parâmetro de uso para se enquadrar nos planos pós-pagos, na maioria dos casos por querer ter um controle maior dos seus gastos.

Participação do pré-pago no total de celulares da Operadora

Operadora 2008 2009 2010 1T11 2T11 3T11 Out/11

Vivo 80,95% 81,09% 79,05% 78,54% 77,77% 77,09% 77,18%Claro 81,93% 84,28% 85,34% 85,43% 85,56% 85,39% 85,26%TIM 79,76% 80,47% 80,16% 79,55% 79,19% 79,01% 78,95%Oi 84,12% 85,50% 86,62% 87,18% 87,03% 87,40% 87,44%

CTBC 67,99% 64,59% 64,72% 64,79% 65,04% 64,53% 63,95%Sercomtel 78,46% 76,11% 74,36% 74,89% 75,62% 74,95% 74,96%

Aeiou 100% 100% 100% 100% 100% - -Celulares 81,47% 82,55% 82,34% 82,18% 81,85% 81,64% 81,62%

Participação do pós-pago no total de celulares da Operadora

Operadora 2008 2009 2010 1T11 2T11 3T11 Out/11

Vivo 19,05% 18,91% 20,95% 21,46% 22,23% 22,91% 22,82%Claro 20,24% 19,53% 19,84% 20,45% 20,81% 20,99% 14,74%TIM 18,07% 15,72% 14,66% 14,57% 14,44% 14,61% 21,05%Oi 15,88% 14,50% 13,38% 12,82% 12,97% 12,60% 12,56%

CTBC 32,01% 35,41% 35,28% 35,21% 34,96% 35,47% 36,05%Sercomtel 21,54% 23,89% 25,64% 25,11% 24,38% 25,05% 25,04%Celulares 18,53% 17,45% 17,66% 17,82% 18,15% 18,36% 18,38%

Para aumentar o ARPU, as operadoras criam oportunidades para transferir clientes pré-pagos para pós-pagos, estipulando regras que limitam o uso do plano pré-pago e, consequentemente, forçando uma passagem para o pós-pago. Entre as limitações encontram-se:

• Redução do período entre duas recargas, ficando em uma média de 60 dias, após esse prazo o serviço pode ser suspenso;

• Custo de chamada nos planos pré-pagos são maiores se comparado aos planos pós-pagos;

• Clientes pré-pagos não usufruem dos benefícios que os clientes pós-pagos possuem, como clube de benefícios, aparelhos sem custo para o usuário, etc.

Todavia, a maioria dos usuários de telefonia móvel brasileira uti-liza planos pré-pagos, em razão da renda per capta do brasileiro estar em torno de R$ 16.414,00 anuais, assim, prefere não se comprometer com mais um gasto fixo, optando pelo serviço pré-pago mesmo com as tarifas sendo bem mais caras que no plano pós-pago. Entretanto, com o

Page 12: Guia Mobile Pure Bros

2322

intuito de incentivar o uso dos serviços de telefonia móvel, há políticas de promoções que tangem os celulares pré-pagos em relação ao SMS grátis e ligações grátis entre celulares da mesma operadora, durante um período predeterminado. Isso ocorre com o propósito de incentivar cada vez mais o uso do celular e, consequentemente, migrar os usuários para os planos pós-pagos.

SVA/VAS BRASILEIRO: MACROAMBIENTE A busca das operadoras em aumentar o ARPU, oferecendo serviços

diferenciados aos usuários, trouxe oportunidade para o mercado de Ser-viço de Valor Agregado (SVA/VAS), com a finalidade de disponibilizar entretenimento e interatividade através do celular. O comportamento do usuário brasileiro de socialização e procura por entretenimento tam-bém motiva os investimentos nesse setor. Cada vez mais provedores de conteúdo estão percebendo a lucratividade do SVA/VAS e, em paralelo, as operadoras estão dando mais atenção a projetos nessa área.

O mercado de SVA/VAS contempla 3 partes envolvidas: a prove-dora de conteúdo, a integradora e a operadora. O trabalho entre as 3 empresas deve ser feito em conjunto através de troca de serviços, onde uma fornece suporte a à outra.

A convergência de mídias trouxe ao mercado a utilização de várias plataformas como forma de comunicação com os mais diversos segmen-tos. Logo, percebeu-se que a telefonia móvel poderia ser uma dessas plataformas, mas a operadora não teria estrutura para fornecer suporte a esse tipo de serviço, devido à baixa procura que surgia inicialmente. Ingressa assim, no mercado brasileiro, a empresa integradora que pas-sou a fornecer suporte e tecnologia para a utilização da plataforma da operadora, incluindo a telefonia como um canal de mídia.

No Brasil a principal integradora é a Pure Bros que possui homo-logação com todas as operadoras brasileiras e auxilia na aprovação dos projetos, observando as regulamentações da ANATEL e fornece diver-sos relatórios para acompanhamento do projeto. O principal papel da integradora é fornecer tecnologia para que os provedores de conteúdo consigam propagar e rentabilizar seus conteúdos.

Os provedores de conteúdo, por sua vez, são responsáveis por for-necer conteúdo às integradoras para que elas possam disponibilizar às operadoras que fornece aos usuários de telefonia celular. Entre os conte-údos oferecidos encontram-se canais de conteúdo, ringtones, wallpapers, social games, entre outros. Os provedores de conteúdo de maior destaque no Brasil são Playphone, Hanzo, Buongiorno. Arvato e Wireless Idea, há grandes veículos de comunicação que se tornam provedores, oferecendo

o seu conteúdo em diferentes formatos (impresso, televisivo, digital e via celular). Deve-se ter conhecimento que a exploração de conteúdo através de celular precisa ser aprovada pelas operadoras que são as responsá-veis, perante a ANATEL, pela veiculação.

Assim, as operadoras conseguiram criar um modelo de negócio rentável para ambas as partes, fornecendo a sua plataforma como um meio de con-vergência, sem se preocupar com o fornecimento de tecnologia e conteúdo.

Panorama do mercado de SVA/VAS

OfertaCampanha

UsuárioFinal

Operadoras Nacionais

Votação

News Channel

QUIZ

Downloads

Teletexto PIN Code

Pure content Purebros

MT

MOX-Filling

Menu

A receita de dados e SVA/VAS das operadoras de celular podem ser divididas em três componentes principais:

• SMS/MMS

• Acesso à Internet (pacotes de dados)

• Outros Serviços de Valor Adicionado

Em acesso à Internet estão incluídos os pacotes de dados para Smartphones, modems e outros tipos de terminais de dados, analisados no item infraestrutura e tecnologia.

Entre os outros serviços de valor adicionado que será analisado a seguir, nas operadoras não obteve-se dados precisos, por isso para se ter um panorama mais amplo, será analisado o tráfego de SMS das opera-doras através dos dados da Pure Bros.

Page 13: Guia Mobile Pure Bros

2524

SMS cresce no BrasilDentre os vários serviços disponíveis do mercado de SVA/VAS, o

SMS é o mais utilizado e o que possui a maior perspectiva de crescimen-to no Brasil.

Em estudo feito pela Acision em março de 2011, foi constatado que o envio médio de SMS ficou em torno de 41 mensagens por mês entre os brasileiros entrevistados. O número está bem abaixo de outros países na América Latina, como a Venezuela, cuja média mensal de SMS en-viados é de 200; no México, 130 e na Argentina, 100.

Analisando o gráfico abaixo, percebeu-se que é baixo o número de usuários que não utilizam o SMS, apenas 12% dos entrevistados. Ao serem questionados sobre o motivo pelo qual não usam o serviço, a jus-tificativa principal é o desinteresse, seguido pelo alto preço.

A mudança de cultura em relação ao uso do SMS pode ser institu-ída pela baixa do preço de envio de mensagem de texto. A perspectiva de crescimento nesse setor é grande, conforme gráfico 28, que aponta o interesse do usuário em aumentar a utilização do SMS como forma de comunicação.

SMS nos últimos três meses

Mais de um SMS por dia

Um SMS por dia

Quase não usou SMS

Sim88%

Não12%

78%

13%

Barreiras de adoção do SMS Frequência de utilização do SMS

9%35,63%

35,91%

28,46%

Não me interessa o serviço,prefiro fazer chamadas de vozO preço é a barreira

Outros

Base: os que quase não utilizame que não usam em absoluto

} }

A pesquisa da Acision mostra que há uma forte tendência para o crescimento do uso de SMS, visto que há uma intenção do usuário de utilizar mais o serviço. Se houver políticas de tarifação menores para esse serviço, ele pode inclusive se tornar um substituto dos chats via internet.

Uso futuro de SMS – Momentum

0

10

20

30

40

50

60

5,6%

12,1%

18,9%

52,5%

3,6% 3,9% 3,6%

Muito mais doque uso hoje

Mais do queuso hoje

Um pouco maisdo que uso hoje

Um pouco menosdo que uso hoje

Muito menosdo que uso hoje

Igual ao queuso hoje

Menos do queuso hoje

M o m e n t u m

Um exemplo prático disso aconteceu no norte do Brasil, em uma cidade do Amazonas. O SMS substituiu o chat via internet, graças à promoção de uma operadora que oferecia 10 mil mensagens SMS de graça por mês. Como a internet é instável e o sinal 3G, para conexão móvel, chegou apenas no final de 2010 ao município, o SMS foi a melhor forma encontrada pelos jovens para conversar com os amigos.*

Portanto, a utilização de SMS no mercado Brasil tem forte tendência ao crescimento, desde que sejam criadas políticas para incentivar a sua utilização. No primeiro trimestre de 2010, a Pure Bros, maior integra-dora de SMS do mercado, trafegou 495 milhões de mensagens de texto.

Tráfego de SMS por operadorasPara se ter um panorama geral sobre tráfego SMS no Brasil, foram

utilizados dados da Pure Bros, compreendendo o período de janeiro de 2010 até março de 2011. Essa pesquisa analisa somente tráfego SMS não consta percentual 3G.

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0

TIM Oi Claro Vivo Outras

jan/

10

fev/

10

mar

/10

abr/

10

mai

/10

jun/

10

jul/

10

ago/

10

set/

10

out/

10

nov/

10

dez/

10

jan/

11

fev/

11

mar

/11

*Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/05/no-viradao-torpedo-substitui-chat-internet-em-cidade-no-amazonas.html

Page 14: Guia Mobile Pure Bros

2726

No gráfico acima, nota-se que o tráfego entre as operadoras está mais heterogêneo. A Tim dominou praticamente metade do tráfego de SMS de janeiro a novembro de 2010, quando a Oi ingressou de maneira agressiva nesse mercado. A Claro se manteve estável com variação en-tre 15 e 20% do tráfego, enquanto a Vivo decaiu cerca de 10% no tráfego de setembro de 2010 a março de 2011, quando volta a disputar com a Claro a terceira posição.

Panorama do tráfego SMS• A Claro e a Vivo estão focadas no 3G, disponibilizando dados.

• A Tim e a Oi estão aumentando o seu ARPU através de iniciativas de SVA/VAS, através de SMS.

• Enquanto a Vivo e a Claro se focaram na expansão da 3G, a Tim sou-be explorar bem o mercado de entretenimento e interatividade, o que contribuiu para seu crescimento no tráfego no último ano, enquanto as outras operadoras caíram.

Conteúdos SMSA partir de 2006, o mercado SVA/VAS representava 7% do fatura-

mento das operadoras brasileiras, já configurando algumas iniciativas para incrementar esse mercado como: ringtones, vídeos dos gols do cam-peonato brasileiro, Orkut via SMS, ferramenta para pagamento através do celular, conteúdos sobre carnaval e campeonatos estaduais de fute-bol e alguns serviços de localização.

A partir de 2007, começaram as tentativas de quantificar os servi-ços do mercado SVA/VAS através do Guia SVA, iniciativa da Teletime, através dos dados desse material foi formatado o quadro abaixo que mostra os serviços que mais renderam tráfego tarifado às ope-radoras.

2007 2009 2009 e 1º semestre de 2010

Claro. Notícias Agora. Quiz. Ego. Cupido.. Messenger

Claro. Quiz. Ego. Cupido. Notícias. Messenger

Claro. Quiz. Notícias Agora. Ego. Cupido. Senhor da Guerra

2007 2009 2009 e 1º semestre de 2010

Brasil Telecom. Serviços bancários . Aplicação de bate-papo

Oi + Brasil Telecom. Chat. Notícias SMS. Oi Agenda. Messenger no chip. Oi FM Interatividade

Oi. Canais de notícia. Pegação. Quiz Prêmios. Bate-papo. Oi Agenda

TIM. Canal de assinatura. Chat Blah. Serviços bancários. Jogos. Quiz

TIM. SMS Channels. Chat Blah . Interatividade. Tim Agenda. Quiz

Tim – Canais SMS. Interatividade. Tim Agenda. Tim Esportes. Tim Café

Vivo. Interatividade. Leilões. Chat. Notícias

Vivo. Alerta SMS (SMS Alert). Assinatura para dowload de conteúdo

. Match Maker

. Quiz Promoções

. Chat

Vivo* não divulgou os dados

Analisando os serviços mais tarifados, percebe-se uma forte tendên-cia aos chats com cunho de paquera, canais de notícias, quiz promocio-nais e serviços como sincronização de agenda de contatos.

BREVE DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS MAIS TARIFADOS

ClaroQuiz: Quiz Prêmios é um jogo divertido de perguntas e respostas

por Torpedo em que os participantes concorrem a prêmios. São várias categorias para você escolher e jogar, com acesso fácil pelo Menu Claro, por Torpedo ou pelo Portal WAP. O ranking com as melhores posições, você confere no site da Claro.

Notícias Agora (Breaking News): canais de assinatura de notícias enviadas via SMS, você escolhe qual tipo de notícia gostaria de receber:

Page 15: Guia Mobile Pure Bros

2928

futebol, novelas, erótico, religião, últimas notícias dos principais jor-nais, horóscopo, variedade, dólar e bolsas, aeroportos, tempo e esportes.

Ego: Ego Premiado é um canal de bate-papo, paquera, namoro, es-portes, estudo e trabalho – tudo pelo celular, através de mensagens de texto (torpedo) ou menu do SIM Card GSM. Dentro do Ego, você envia mensagens com o que quer fazer: Comer? Trabalhar? Estudar? Namo-rar? Ir para a balada? É só você digitar a palavra “Comer”, por exemplo, e enviar para o número 346 ou escolher no menu e dar seqüência, fazen-do o que você tem vontade.

Messenger: é um serviço de troca de mensagens instantâneas entre clientes Claro, onde o usuário pode falar com qualquer amigo, onde quer que esteja, por celular ou pela Web. Se um contato da lista estiver off line ou não possuir o serviço, o usuário poderá enviar um SMS Claro Messenger e trocar mensagens normalmente, usando o serviço.

Cupido: é um serviço de relacionamento disponível para todos os celulares da Claro. É um sistema único para reunir pessoas (com pri-vacidade, isto é, sem a divulgação do número) dispostas a definir seu perfil, bem como definir o perfil que gostaria de encontrar. Uma vez cadastrado, o usuário pode procurar uma pessoa compatível com o seu perfil. São levadas em consideração informações como: Sexo (opção se-xual), Idade, Signo (extraído a partir da data de nascimento informada) e Região onde o usuário mora.

Senhor dos Jogos: o jogo de estratégia por mensagens de Torpedo. Neste jogo, o usuário é o líder de um exército e terá que elaborar as mais audaciosas estratégias para conquistar territórios. O usuário enfrenta seus amigos nas batalhas e ainda pode ganhar prêmios.

Brasil Telecom / OiBank Services: através de envio de SMS o usuário pode consultar

saldos e extratos do seu banco.

Chat application: o usuário envia um SMS com o comando de qual sala de bate-papo quer entrar e troca mensagens com outros usuários.

Notícias SMS (SMS News): são canais informativos que os usuários recebem diariamente no celular. O usuário opta quais canais irá as-sinar: piadas, música, dicas de sexo, moda e beleza, notícias bizarras, gospel, alerta de gols, fofocas, manchetes do dia e/ou horóscopo.

Oi Agenda: o usuário armazena a agenda do Oi Chip diretamente no site da Oi, recupera com facilidade toda agenda telefônica quando precisar e gerencia contatos através de uma área exclusiva, não precisa de cabos, nem download de programas.

Messenger no chip: a Oi disponibilizou em seu chip SIM acesso ao Windows Live Messenger por meio de qualquer celular. Para utilizar o aplicativo não era preciso instalá-lo, a conexão se dava direto pelo menu “Mundo Oi”, onde o dono do celular insere seu e-mail e senha.

Oi FM Interactivity: diversos canais para interagir com a rádio da Oi:

• Que música é essa: o usuário envia um SMS perguntando qual é a música que está tocando e recebe o nome do artista e da música na hora.

• Adoro e Odeio o usuário ajuda na programação da rádio, ao enviar um SMS com a palavra ADORO sempre que a sua mú-sica favorita estiver tocando, ou envia um SMS com a palavra ODEIO quando não quiser mais ouvir o som na rádio.

• Alerta de banda: o usuário envia um SMS para ser avisado quando sua banda favorita tocar na rádio. Sempre que ela tocar o usuário recebe uma mensagem de alerta.

• Alerta de programa: o usuário envia um SMS para ser avi-sado quando seu programa favorito estiver no ar. Sempre que o programa for começar o usuário recebe uma mensagem de alerta.

• Jogos Oi FM: o usuário envia um SMS para participar, esco-lhe o seu jogo preferido e responde as perguntas. A cada cinqüen-ta pontos acumulados, o usuário ganha um prêmio da OiFM.

• Alerta de música: o usuário envia um SMS para ser avisado quando sua música favorita tocar na rádio. Sempre que ela tocar o usuário recebe uma mensagem de alerta.

• Dedique: o usuário pode dedicar uma música a alguém. En-quanto o som estiver tocando é só enviar um torpedo do incluindo o nome do usuário e o celular da pessoa que será dedicada. Toda vez que essa música tocar, a oi manda uma mensagem pra ela ligar na OiFM e ouvir a música que o usuário dedicou.

Oi Pegação (Fooling Around): é um serviço de relacionamento, sendo um sistema único para reunir pessoas (com privacidade, isto é, sem a divulgação do número) dispostas a definir seu perfil, bem como definir o perfil que gostaria de encontrar.Uma vez cadastrado, o usuário pode procurar uma pessoa compatível com o seu perfil. São levados em consi-deração informações como: Sexo (opção sexual), Idade, Signo (extraído a partir da data de nascimento informada) e região onde o usuário mora.

Quiz: Quiz Prêmios (Quiz Prizes) is a fun text message-operated Q&A game in which participants can run for prizes. Several categories can be chosen, as they are easily accessible through Menu Claro, text messages or WAP Portal.

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TIMSignature channels: são canais informativos que o usuários recebem

diariamente no celular. O usuário opta quais canais irá assinar: Men-sagem do Papa, Bíblia, Futebol time, Futebol plantão, Classificação dos times, Fórmula 1, Tênis, Basquete, Vôlei, Esportes Outros, Cotação, Bolsa, Ativos, Evangélico, Babados, Piadas Leves e Piadas Picantes, Ho-róscopo, Dicas Profissionais, Pensamentos, Teen, Chic, Mundo Virtual, Novelas, Cultura, Cinema, Música e Trânsito SP.

Chat Blah: é um serviço de relacionamento, sendo um sistema único para reunir pessoas (com privacidade, isto é, sem a divulgação do núme-ro) dispostas a definir seu perfil, bem como definir o perfil que gostaria de encontrar.Uma vez cadastrado, o usuário pode procurar uma pessoa compatível com o seu perfil. São levados em consideração informações como: Sexo (opção sexual), Idade, Signo (extraído a partir da data de nascimento informada) e região onde o usuário mora.

Tim Agenda: o usuário armazena a agenda do Tim Chip diretamen-te no site da Tim, recupera com facilidade toda agenda telefônica quan-do precisar, gerencie contatos através de uma área exclusiva.

Quiz: o Quiz é um jogo divertido de perguntas e respostas por SMS em que os participantes concorrem a prêmios.

Tim Esportes (Tim Sports): o usuário assina o canal e recebe dia-riamente as notícias do seu time, e ainda recebe os vídeos dos gols ou acompanha seu esporte preferido

Tim Café: é uma rede de relacionamento. O usuário conhece pessoas e fica conectado a todo momento, direto do seu celular, através da Web, TIM Wap, via SMS ou Messenger TIMCafé. Acessando o TIMCafé, o usuário conversa através de mensagens ou pelo chat com vários canais para interagir. O usuário dispõe de uma página pessoal que poderá ser totalmente customizada com fotos, vídeos, textos, blogs.

VivoLeilão: o usuário dá lances de SMS a um produto e arremata quem

deu o de menor lance único. Esse serviço foi cancelado, devido à proibi-ção do ministério público federal.

Chat: é um serviço de relacionamento, sendo um sistema único para reunir pessoas (com privacidade, isto é, sem a divulgação do número) dispostas a definir seu perfil, bem como definir o perfil que gostaria de encontrar. Uma vez cadastrado, o usuário pode procurar uma pessoa compatível com o seu perfil. São levados em consideração informações como: Sexo (opção sexual), Idade, Signo (extraído a partir da data de nascimento informada) e região onde o usuário mora.

Notícias: são canais informativos que o usuários recebe diariamente no celular. O usuário opta quais canais irá assinar: Esportes, Notícias, Horóscopo, Economia, Saúde, Futebol, Religião, etc.

Alerta SMS: o usuário contrata o serviço para receber um alerta sempre que receber um e-mail.

MatchMaker: é um jogo que o usuário baixa no seu celular, o usuário solicita o download através de SMS e recebe um SMS enviando o link para baixar o jogo. Esse jogo consiste em comparar os perfis dos usuá-rios e se relacionar com outros usuários.

Quiz Promoções: o Quiz é um jogo divertido de perguntas e respos-tas por SMS em que os participantes concorrem a prêmios.

Preços médios para assinaturas de canais de conteúdoO mercado brasileiro de SVA/VAS conta com pacotes de assinatura

dos mais variados preços e conteúdos, assim como venda avulsa de ofer-tas. Há ingressantes no mercado brasileiro que estão ofertando serviços freemium, que dispõe de versões básicas free e versões mais completas na modalidade paga.

Para quesito de análise de qual faixa de preço há mais brasileiros adeptos, foram extraídos relatórios de assinaturas e renovações da base de dados da Pure Bros*. Os dados levam em consideração a totalidade do ano de 2010 até abril de 2011.

% Assinatura x Valor unitário

90,47%

O

R$ 1,99

R$ 2,99

R$ 3,40

R$ 3,99

R$ 4,00

R$ 4,99

R$ 14,990,04%1,05%

0,17%

0,09%

8,18%

Analisando o percentual de assinaturas, percebemos, portanto, que há uma forte preferência pelos conteúdos semanais, que geralmente são canais de conteúdo vendidos a R$ 4,99.

*Purebros é a empresa líder em integração, a maioria do tráfego na área de SMS/MMS passa por ela

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3332

% Renovações x Valor unitários

O

R$ 1,99

R$ 2,99

R$ 3,40

R$ 3,99

R$ 4,00

R$ 4,99

R$ 14,99

48,77%

9,58%

0,27%

4,81%36,58%

Já analisando o gráfico de renovações de assinaturas, percebe-se que há uma inversão muito grande nos preços de preferência do usuá-rio, os canais de conteúdo de R$2,99 são os que possuem maior índice de renovação, seguido de perto pelos canais de R$ 4,99.

Assim, pode-se concluir que os canais de conteúdo de R$4,99 cha-mam mais a atenção dos usuários brasileiros, porém devido a sua renda ser baixa, ele descontinua a utilização do serviço.

INTERATIVIDADEMobile Marketing O mobile marketing se caracteriza por ser uma mídia mais intera-

tiva, temporal, e independente de localização. Pesquisas mostram que a aceitabilidade do mobile marketing é grande por parte do consumidor. Essa mídia tem alto índice de leitura, é uma comunicação não invasiva, o custo é acessível e aplicável a todos os setores de atividades, princi-palmente para as empresas que precisam encaminhar informações para grupos de pessoas que não estão à frente do computador. A aceitabilidade dessa mídia pelos brasileiros é de 79%, conforme pesquisa da Acision, o que mostra o potencial de impacto na divulgação de produtos e serviços.

No Brasil, o mobile marketing é explorado nos seguintes serviços:

• Programas de relacionamento

• Promoções

• Interatividade (sorteios e concurso)

Como funciona esse modelo de negócio no BrasilEmpresas interessadas em fazer mobile marketing terão que con-

tratar um integrador e uma agência especializada que esteja ciente e

respeite as regulamentações da ANATEL. A empresa interessada em fazer mobile marketing deverá ter uma base de usuários com optin au-torizando o envio de mensagens e a possibilidade de cancelar o recebi-mento a qualquer momento.

Algumas campanhas que deram certo no BrasilSundown interage com o público em evento na praia

Em um evento de Reci-fe, a marca Sundown criou um sol artificial e um telão interativo que ficava aceso da meia-noite às 6 horas. Os participantes podiam enviar mensagens para o telão que estava instalado em uma área de grande visibilidade. Para participar, bastava en-viar mensagens gratuitamen-te através do Twitter usando a hashtag #maisveraosundown ou por SMS (SOL + frase) para 30120.

Após a interação por SMS, o usuário recebia a seguinte resposta: Mais Verão SUNDOWN: “Olá! Recebemos sua mensagem. Fique de olho no telão, a qualquer momento ela pode aparecer por lá. Aproveite!”

Votação reality show “A Fazenda” – Record

Os usuários votavam via SMS nos candidatos que gostariam de elimi-nar e concorriam a prêmios. Na segunda edição, ocorrida no ano de 2010, teve mais de 2 milhões de SMS trafegados durante os 88 dias do programa.

Twittadas

Buscando compartilhar entretenimento entre os usuários de telefo-nia, foi criado um canal de piadas, onde o usuário contrata o serviço e re-cebe SMS com piadas e participa de promoções enviando piadas ao canal.

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Entretenimento

Dentro de entretenimento, entram temáticas de música, ringtones, games, vídeos, redes sociais, etc.

RINGTONES

Segundo o portal da propaganda os ringtones mais baixados em 2010 foram:

• 1 - Halo - Beyoncé (Pop)

• 2 - Estrela Cadente - Victor & Leo (Sertanejo)

• 3 - Na Base Do Beijo - Ivete Sangalo (Axé)

• 4 - Bad Romance - Lady Gaga (Pop music)

• 5 - Rebolation - Parangolé (Axé)

• 6 - Fui - Exaltasamba (Pagode)

• 7 - Crazy In Love - Beyoncé (Pop)

• 8 - Samba do Celular - Ring Ring (Pagode)

• 9 - O Que Combina Comigo É Você - Zé Henrique & Gabriel (Sertane-jo)

• 10 - Selinho na Boca - Latino e Perlla (Funk)

Redes Sociais

Segundo pesquisa mobilize consumidor móvel 2011, o percentual de redes sociais utilizado via celular como é de:

48.7% Orkut pelo celular; 35.4% Facebook; 27.1% Twitter e 0.3% Linkedin.

O acesso às redes sociais através dos telefones comuns é feito atra-vés de SMS.

GamesSoccer Manager SMS

Soccer Manager é um jogo de RPG que simula a carreira de um treinador de futebol, no qualos comandos são enviados via SMS. O usu-ário escolhe o time que quer treinar, seleciona os jogadores, define as táticas e avança até se tornar treinador da seleção brasileira. O jogo foi oferecido para membros do programa de fidelidade do canal Esporte In-terativo. 42 mil pessoas participaram, com uma média de 5 mensagens envia-das por usuário.

Mobile AdvertisingNokia AD

O Nokia AD é uma possibilidade de mobile advertising que vem embarcada em celulares Nokia que não foram customizados pelas opera-doras. No browser de internet no celular os usu-ários encontram oito marcadores: Menu Princi-pal, Destaques, Diversão, Jogos, Música, Portais, Promoções e Vídeos.

Este formato de anúncio permite atingir mi-lhares de usuários que buscam algum tipo de conteúdo ligado aos marcadores. Em outubro de 2011, apenas o link de jogos obteve mais de 1 milhão de cliques no mês. E em outubro o total de cliques chegou perto de 5 milhões.

Nos últimos meses, o Nokia AD vem apre-sentando um alto índice de eficácia para os

anunciantes que optam por este formato de mídia. O volume de cliques vem aumentando e o seu custo por clique relativamente baixo atrai cada vez mais empresas interessadas em participar deste formato de publicidade.

O canal é vendido por CPC. A negociação acontece todo mês através de uma espécie de leilão, onde interessados podem dar um lance em cima do valor do CPC, sendo que o atual comprador tem a vantagem de cobrir a melhor proposta e manter a posição.

Canal Idéias

Clientes da Claro que optam por receber o con-teúdo do Canal Idéias recebem diversas mensagens de “pop-up” ao longo do dia (Broadcast), conforme imagem abaixo. A base está estimada em 25 mi-lhões de clientes ativados.

Os pop-ups são apenas visualizados pelo usuário quando o celular está em modo “idle”, ou seja, não está em uso e o visor está apagado. Caso o usuário não interaja com o seu celular dentro de um específico prazo de tempo, a mensagem de-saparece automaticamente.

Entre os mais diversos conteúdos enviados diretamente do Canal Idéias, os clientes também

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recebem alguns teasers de anúncios e ganham a oportunidade de saber mais informações com apenas um clique e consequentemente podem optar por assinar ou comprar o produto anunciado.

O canal é vendido por CPA e CPC, o qual varia de acordo com o ta-manho do investimento/comprometimento do anunciante.

Este formato de anúncio é extremamente interessante para as em-presas, pois ele atinge um grande número de celulares a cada broadcast realizado e a tarifação é somente em cima de cada conversão (modelo CPA). Portanto, as empresas só pagam por aqueles usuários que real-mente se tornaram clientes do seu produto.

Oi WAP

O WAP Oi oferece espa-ços para banner e destaques para serem anunciados no deck e páginas internas do WAP Oi. O canal é vendido através de CPC, que varia de acordo com a posição. Os preços podem receber des-contos conforme comprome-timento do agregador com o canal.

Ao lado está o deck do WAP Oi e suas respectivas posições. A F.Biz, apoiadora dessa publicação, vende espaços na Home Page, assim como nas páginas internas: Adulto, Imagens, Jogos, Vídeos e Música.

Claro WAP

O WAP Claro contém alguns links disponíveis nas páginas internas do deck: Adulto, Imagens, Jogos, Vídeos e Música – conforme imagem ao lado.

Ao clicar em uma dessas categorias na Home Page, o usuário é direcionado a uma página onde encontrará os links abaixo, com a oferta de cada agregador.

O espaço é vendido por preço fixo mensal, com desconto aos clientes que se comprometem por mais tempo.

Canal de Serviços Claro

É um serviço da Claro onde o usuário disca *555 para ouvir suas mensagens de voz, fazer recarga e outros serviços. Ao ligar, o cliente ouve um teaser de 10 segundos o qual apresenta a promoção do agre-gador. Se interessado, o cliente Claro disca zero para saber mais sobre o produto oferecido e então ouvir uma mensagem de 30 segundos. Ao ouvir os detalhes tem a escolha de assinar ou não o serviço.

O volume de chamadas diárias é um dos grandes diferenciais de-vido aos 3.200.000 acessos registrados por dia. Além disso, o serviço possibilita segmentação de acordo com o saldo do usuário, permitindo billing de praticamente 100% dos interessados. O serviço é vendido por CPA, que varia de acordo com o investimento realizado.

Oi Sim Card

O Sim Card é o canal mais recente da operadora Oi, lançado em parceria com a F.Biz. Como o próprio nome diz, no Sim Card serão ar-mazenados links de anunciantes e suas promoções. Ao clicar, o usuário poderá iniciar o processo de assinatura de um pacote e receber um SMS de confirmação, já que o processo tem duplo opt-in dentro da media.

O modelo de negócio é CPA e o valor depende do volume de inves-timento.

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SMS CORPORATIVO

Como funciona esse modelo de negócio no BrasilTem como característica dar valor à prestação de serviço, estreitar

relacionamento e proporcionar redução de custos para as empresas. O SMS corporativo pode ter várias aplicabilidades, como: nas empresas de automobilismo ao informar sobre um recall, nos consultórios médicos ao mandar um SMS para confirmar a consulta, no e-commerce ao enviar o rastreio do pedido via SMS, entre outros.

Para a utilização do SMS corporativo, o investidor deve contratar uma empresa que ofereça uma plataforma de envio de SMS homologada pelas operadoras de telefonia brasileira, o ComuniKa se encontra entre as empresas homologadas junto às operadoras de telefonia móvel brasileira.

Principais utilizações do SMS corporativo:

• Programas de relacionamento

• Informações ou prestação de serviços

Workshop do Banco Santander conta com telão interativo

Durante um workshop da MMC2, o Banco Santander ofereceu à au-diência do evento um telão interativo SMS como forma de comunicação entre platéia e palestrantes.

As pessoas enviavam suas perguntas gratuitamente para o número 30120, começando com a pa-lavra MMC2. As mensagens, selecionadas por um moderador, apareciam no telão para serem res-pondidas e dis-cutidas.

Essa é uma ferramenta cada vez mais usada em eventos, já que é possível receber um grande volume de mensagens e selecionar as me-lhores, além de proporcionar àqueles que são mais inibidosa exporem suas questões e opiniões de forma anônima.

Tigre utiliza SMS como canal de comunicação interno

A Tigre utiliza o SMS para enviar mensagens relativas às campa-nhas de endomarketing para equipe de vendas em todo o país.

Através do Web2SMS do ComuniKa, a Tigre envia mensagens em lote a partir da lista de contatos cadastrados na própria interface. O conteúdo é personalizado e agendado de acordo com o objetivo das ações.

Ipiranga: alertas de emergência serão enviados via SMS

A Ipiranga utiliza o SMS para enviar notificações de emergência em situações de risco.

Foram realizadas algumas customizações no serviço em função das necessidades do cliente e dos diferentes grupos que precisavam receber os SMS.

INOVAÇÕES E EVOLUÇÕESO mercado SVA/VAS brasileiro tem um potencial de crescimento

muito grande para os próximos anos. Faltam investidores potenciais para explorar e divulgar esse mercado, o que contribui para que o SVA/VAS seja pouco difundido no brasil. Ao analisarmos alguns indicadores, percebemos quais são as principais evoluções e inovações nesse setor.

Regulamentação de MVNOSEm novembro de 2010, a ANATEL regulamenta a entrada de

MVNO (Mobile Virtual Network Operator) no mercado brasileiro. A ANATEL permitiu dois modelos de atuação: autorizada e credenciada. A autorizada terá praticamente as mesmas obrigações de uma opera-dora de origem. Já a credenciada é vista como uma revenda ou uma representante da operadora, devendo apenas ter seu contrato homolo-gado pela ANATEL. Essa iniciativa aumenta ainda mais a concorrência entre operadoras, algumas operadoras brasileiras ainda não se posicio-naram em relação a MVNO, outras já estão fechando parcerias.

Em pesquisa desenvolvida pela E. Consultoria, há uma previsão que no Brasil em 2012 serão 3,5 milhões de usuários de MVNOs com um faturamento de R$ 67 milhões, chegando em 2015 a cerca de 15 milhões de usuários e um faturamento em torno de R$ 320 milhões.

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M-PaymentO setor de m-payment começa a se desenvolver no Brasil, no fi-

nal de 2010 a operadora Oi e a Cielo (uma das maiores redes em so-luções de meios eletrônicos de pagamentos no Brasil) anunciaram uma joint venture para explorar esse mercado. Segundo dados divul-gados pela Revista Exame (uma das maiores revistas de negócio do país), a joint venture inicia operações com 75.000 lojistas já cadastra-dos e 250.000 usuários advindos de um sistema de pagamento da Oi. O m-payment da Oi e da Cielo funcionará tanto em smartphones quan-to em celulares comuns.

Ainda há um trabalho de culturalização sobre a utilização dessa forma de pagamento, um desafio para as empresas ingressantes nesse mercado.

Social GamesDados da Folha de São Paulo, um dos maiores jornais do Brasil,

mostra que o país tem cerca de 25 milhões de jogadores de social games, o que reverteu em um movimento de R$ 200 milhões em 2010.

No Brasil, os games mais populares são FarmVille, Colheita Feliz e Rede do Crime, que são jogados através de Orkut e Facebook. O país tem atualmente 34 milhões de pessoas registradas em sites como Facebook, Orkut e Twitter, o que representa 85% do total de internautas locais.

Com o bom desempenho do social games na internet, os jogos atra-vés do celular também mostram que têm potencial. A área de social games está em franca ascensão no Brasil, há interesse dos usuários e empresas especializadas na formatação dessas ofertas no Brasil

Interatividade com a televisãoO uso da interatividade com TV via SMS ainda é pouco explorada

no Brasil, entranto há emissoras que já estão obtendo sucesso com essa prática. Um programa de esportes da TV brasileira projeta alcançar 3 milhões de assinantes dos seus canais que incluem participação ao vivo no programa, canais de conteúdo e links para vídeos de gols.

Outro caso interessante é de um programa de notícias diário com tom popular que recebe uma média de 6 a 7 mil SMS por dia, enquanto as mensagens são mostradas em uma barra na parte de baixo da tela da TV. Quando o apresentador leu as mensagens ao vivo em um programa sobre um assunto de grande repercussão no Brasil, o número de SMS subiu para 82 mil.

Através dos dados ilustrados acima, percebe-se que há um potencial a ser explorado, principalmente pelo fato de a TV ter um papel impor-

tante na cultura brasileira - em pesquisa do IBGE, realizada no final de 2009, 42,9% dos brasileiros passam mais de três horas em frente à TV e 29,6%, mais de três horas nos outros aparelhos, por dia. A pesquisa chama atenção para o fato de 58,2% das crianças de até 9 anos e 58,8% dos jovens entre 10 e 17 anos passarem mais de três horas assistindo televisão, sendo essas as faixas de idade com maior percentual de rea-lização da atividade.

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Limites legaise regulamentações

SERVIÇOS DE VALOR ADICIONADO E SEUS LIMITES LEGAISNa regulamentação estabelecida pela LGT em 1997, uma das re-

gras básicas é a de-finição, em termos expressos, de sua própria área de competência e os tipos de serviço sob o po-der da ANATEL de regular e fiscalizar. É este o ponto-chave para a compreensão do status dos ser--viços mobile no Brasil. Conforme disposto nos artigos 60 e 61 da LGT, serviço de telecomunicações é o conjunto de atividades que possibilita a oferta de telecomunicação aos usuários. Telecomuni-cação, por sua vez, é definida como a transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioele-tricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escri-tos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza.

Por outro lado, de acordo com a lei, Serviços de Valor Adicionado (os “SVA”) são atividades que acrescentam, a um serviço de telecomu-nicações que lhes dá suporte e com o qual não se confundem, novas utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, apresentação, mo--vimentação ou recuperação de informações. O mais importante é que, de acordo com o parágrafo primeiro do artigo 61 da LGT, SVA não são considerados serviços de telecomunicações, classifican-do-se seu prove-dor como usuário do serviço de telecomunicações que lhe dá suporte, com os di-reitos e deveres inerentes a essa condição.

Desta definição é possível extrair duas importantes conse-qüências legais:

(i) Primeiro, como usuários, os fornecedores de SVA têm o direito de acessar a rede móvel, o que garante que nenhuma operadora de telefonia móvel (“Operadora”) desconectará um fornecedor de SVA injustificadamente; e

(ii) Segundo, a ANATEL não tem poder para regulamentar o ambiente de SVA.

Como mencionado acima, os serviços de telecomunicações, no Bra-sil, são altamente regulados pelo governo através da ANATEL. Em tal regulamentação, há uma série de obrigações referentes à universali-zação dos serviços; como metas predefinidas de cobertura de rede dos ser-viços, mesmo em regiões onde não seria comercialmente rentável instalá-los. No processo de privatização, argumentou-se que em troca do direito de “explorar o ar”, ou seja, as freqüências de telecomunicações, as empresas deveriam contribuir e garantir que todos os brasileiros te-nham acesso à rede com padrões mínimos de qualidade. Estas metas são constantemente revistas pela ANATEL e, caso uma Operadora ve-

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nha a descumpri-las, ficará sujeita à processo administrativo e even-tuais penalidades que variam de multas a até mesmo a revogação dos direitos de exploração (o que salientamos que nunca ocorreu).

No entanto, é muito importante ressaltar uma mudança recente no cenário de SVA, ocorrida nos últimos meses. Até agora, era perfei-tamente claro que a ANATEL não possui compe-tência para regular ou fiscalizar os fornecedores de SVA no Brasil. Contudo, em julho de 2010, a ANATEL enviou às Operadoras de Telefonia Móvel um Ofício Circu-lar, comunicando que estas em-presas são solidariamente responsáveis pelos SVA fornecidos a seus usuários – e embora a ANA-TEL reconhe-ça expressamente que não possui competência para regular o ambien-te de SVA, po-deria supervisionar e multar as Operadoras. Assim, a ANATEL impôs regras para SVA. Desde 1º de setembro de 2010, antes do envio de qualquer SVA, é obrigatório o envio gratuito de SMS para o usuário final, indicando:

(i) A URL ou qualquer outro tipo de link para os Termos & Condições do SVA, para consulta pelo usuário;

(ii) Um número de protocolo de solicitação do SVA;

(iii) Os valores cobrados pelo SVA solicitado;

(iv) Informações sobre cancelamento do SVA.

No mesmo SMS, a Operadora deve solicitar ao usuário que respon-da, também por SMS gratuito, confirmando a contratação daquele ser-viço. Sem essa confirmação, não poderá ha-ver cobrança do serviço. Ou seja: passou a ser exigido no Brasil o chamado “duplo opt-in”. Muitas destas regras já eram cumpridas pela maioria dos fornecedores de SVA, devido às disposições dos Contratos de Integração das Operadoras (exce-to a informação referente a “número de protocolo de solicitação”). Após o recebimento deste Ofício, membros do Mobile Entertainment Forum no Brasil (MEF LATAM) reuniram-se com integrantes da ANATEL para esclarecer algumas dúvidas e apresentar-lhes a iniciativa do MEF LA-TAM de consolidar um Código de Conduta. Nesta reunião, a ANATEL informou que enviara outro Ofício, com mais disposições a respeito de SVA.

Esta é uma importante questão, uma vez que legalmente a ANA-TEL não possui quaisquer poderes sobre fornecedores de SVA, mas pode pressionar politicamente as Operadoras, que transferirão tal pres-são aos Integradores e Fornecedores. Algumas das reações a esta inter-ferência governamental são as iniciativas de autorregulamentação, que serão analisadas no próximo item.

Concluindo, devemos salientar que embora não haja legislação espe-

cífica que regu-le a atividade de fornecedores de SVA, todos os serviços estão sujeitos às disposições do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), que traz princípios gerais que devem ser observados. Aqui estão algumas das disposições que recomendamos a todos os fornecedores de SVA:

• Todas as ofertas devem ser claras e ostensivas; ou seja, o preço do SVA, sua natureza, periodicidade, etc. devem estar presentes em to-das as peças publicitárias;

• O ônus da prova, quando um usuário apresenta uma reclamação, é do fornecedor – é importante, portanto, manter todos os registros e comunicações com o usuário pelo prazo mínimo de 06 (seis) meses;

• Ao distribuir prêmios para os usuários, é importante verificar se a ferramen-ta de marketing utilizada está de acordo com a legislação brasileira referente a sorteios e concursos, uma vez que este mercado também é regulado por lei.

Além disso, ressaltamos que atualmente o Brasil possui um siste-ma judiciário destinado a pequenas causas, o Juizado Especial Cível (“JEC”), que não exige o pagamento de custas judiciais – o que aumen-tou o número de processos judiciais apresentados por consumidores. Hoje, não é incomum encontrar reclamações a respeito de serviços que custam R$ 50,00 (cinqüenta reais) ou menos. Isto, em conjunto com a legislação de proteção ao consumidor, deve ser considerado no forneci-mento de quaisquer tipos de serviço no Brasil.

INICIATIVAS DE AUTORREGULAMENTAÇÃO DOS MERCADOS MOBILEOutro ponto importante a ser levado em consideração quando se

trata do ambiente de negócios mobile brasileiro são as iniciativas das associações de mobile para definição de padrões e códigos de autorre-gulamentação. A meta declarada de tais associações (MEF LATAM e MMA LATAM) pode ser resumida como “o desenvolvimento de um Códi-go de Conduta que estabe-leça procedimentos para serviços de conteúdo mobile e sua publicidade no Brasil, reconhecidos pela indústria”* . Não obstante esta meta declarada, ambas as associações esperam não ape-nas estabelecer um ambiente de negócios saudável, mas também evitar a interferência governamental. Ao regular as práticas de negócios mo-bile, estas associações buscam cooperar e tornar inútil qualquer tipo de regulamentação imposta pelo governo.

Existe no Brasil um caso muito bem sucedido de práticas de autor-regulamentação, na área de publicidade. Há órgão privado, o Conselho

* Veja o Comitê de Políticas e Iniciativas da MEF LATAM em http://migre.me/1pSYU

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Nacional da Autorregulação Publicitária (o “CONAR’), que se encarre-ga de fiscalizar e impor sanções a anúncios que não estejam de acordo com as disposições do Código Brasileiro de Autorregulamentação Pu-blicitária. O CONAR foi criado por um grupo de publicitários, agências de marketing e mídia nos anos 1980 como uma resposta ao governo federal, que ameaçava estabelecer uma modalidade de censura prévia sobre a publicidade*. Depois de tanto tempo, o CONAR ainda desem-penha papel importante como o autoproclamado guardião da liberdade de propaganda e na ética na publicidade. Este papel é mantido dada a competência do CONAR para, em casos extremos, até mesmo suspen-der anúncios específicos – e suas decisões são plenamente eficazes, pois todas as empresas de mídia as observam, independente de quão econo-micamente poderoso é o anunciante.

Este é o modelo que as associações mobile buscam implementar: au-torregulamentação e autocumprimento, a fim de afastar qualquer influ-ência governamental. A MMA LATAM possui seu Código de Conduta, traduzido para o português desde julho de 2008, e pretende alterar tal documento para se alinhar ao mercado brasileiro. E, mais importante, a MEF LATAM começou a discutir seu próprio Código de Conduta para SVA, incluindo as maiores opera-doras de telefonia móvel brasileiras no processo. O Código de Conduta da MEF LATAM, conforme apontado acima, pretende estabelecer em um único documento as melhores prá-ticas já determi-nadas nos Contratos de Integração de SVA específicos. Após a aprovação e implementação deste Código pelas operadoras de telefonia móvel, os agentes do mercado mobile brasileiro deverão ob-servar um padrão único, o que evitará a atual confusão quanto a frase-ologia aceita para SMS, ciclo de cobrança, padrões para as páginas de destino, etc.

Listamos aqui algumas das principais regras trazidas pelo Código de Conduta da MEF LATAM:

• Duplo opt-in obrigatório para contratação de SVA;

• Para adesão através de Website, o Usuário deverá informar seu nú-mero de celular para recebimento de Pincode via SMS, gerado pelo Provedor ou pela Operadora, para confirmação da solicitação;

• A palavra “GRÁTIS” só pode ser utilizada quando o conteúdo ofertado gratuitamente não depende da solicitação de qualquer tipo de conte-údo pago;

• Para Assinaturas semanais, será permitida até 01 (uma) tentativa de tarifação a cada 02 (dois) dias, durante o máximo de 60 (sessenta) dias, com limite de 30 (trinta) tentativas. Após este período, caso não

* Como o Brasil se encontrava sob o regime militar, havia medidas de censura prévia de jornais, televisão e todos os tipos de mídia.

haja sucesso na cobrança, o usuário deverá ser retirado da base de dados e não ser mais tarifado;

• Para Assinaturas diárias, será permitida até 01 (uma) tentativa diá-ria de cobrança por até 60 (sessenta) dias. Após este período, caso não haja sucesso na cobrança, o Usuário deverá ser retirado da base de dados e não ser mais tarifado;

• O ciclo de cobrança é flexível, ou seja, caso não haja a tarifação na data de aniversário da Assinatura por falta de crédito do Usuário, a data base da Assinatura deverá ser alterada para o dia em que a tarifação aconteceu com sucesso;

• Para realizar o cancelamento de Assinatura de SVA, o Usuário pode-rá, a qualquer momento, enviar SMS para o LA utilizado para adesão ao SVA ou para o LA em que recebe os Conteúdos, com a palavra “SAIR” ou “CANCELAR”. Não poderá ser usado no processo de cance-lamento o formato “SA-IR+NOME DO CANAL”, ainda que haja mais de uma Assinatura sob o mesmo LA;

• Todos os provedores de SVA devem disponibilizar um meio através do qual o Usuário possa cancelar os serviços sem que seja necessário ter o aparelho celular em mãos;

• Provedores de SVA devem disponibilizar um canal de atendimento di-reto, preferencialmente via e-mail, chat ou comunicador instantâneo. O atendi-mento via telefone deve ser realizado, preferencialmente, pelas operadoras de telefonia móvel; e;

• Todas as peças publicitárias deverão observar as disposições do Códi-go de Defesa do Consumidor e do Código Brasileiro de Autorregula-mentação Publicitária – CBAP, especialmente quando a publicidade for dirigida ao público infantil, envolver conteúdo adulto ou produtos com venda controlada.

Este Código de Conduta entrou em vigor em maio de 2011 e atual-mente se discutem as penalizações em caso de infrações.

CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS DE CONTEÚDO MOBILE NO BRASIL – DIRETRIZESNão há, no Brasil, regulamentação específica para empresas de con-

teúdo mobile – a regulamentação é a mesma de qualquer prestador de serviços. Com isto em mente, as diretrizes a seguir possuem caráter ge-ral e destinam-se a empresas estrangeiras que desejam se estabelecer no Brasil.

Impostos. Deve-se levar em consideração que o Poder Judiciário já decidiu no sentido de que empresas de SVA não estão sujeitas ao paga-

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mento de ICMS. Uma súmula do Superior Tribunal de Justiça (STJ), emitida em 2006, definiu que provedores de internet não estão sujeitos ao pagamento de tal imposto*. Como provedores de internet são consi-derados empresas de SVA, esta súmula também é aplicável aos fornece-dores de conteúdo mobile.

Além disso, a legislação referente aos impostos municipais (ISSQN) não prevê a tributação de empresas prestadoras de SVA: tais empresas ou pagam os impostos municipais como se fossem empresas de software ou simplesmente não pagam imposto nenhum, evitando o pa-gamento de taxas de consumo de seus serviços.

No entanto, hoje é quase impossível evitar o pagamento de impos-tos, uma vez que as operadoras de telefonia móvel retêm os valores quando os usuários finais pagam pelos SVA. Principalmente devido a isto, tanto a MEF quanto a MMA possuem iniciativas para lutar pelo tratamento correto a prestadores de SVA, de forma a evitar sua tribu-tação indevida.

Para maiores informações sobre este ponto, favor consultar nossa apresentação acerca do ambiente de tributação de SVA no Brasil, anexo a este Memorando.

Concluindo este tópico, se um prestador de SVA não desenvolve ne-nhuma outra atividade além da prestação de serviços de valor adicio-nado, a empresa poderá requerer a não tributação de seus serviços. Até o momento, o Poder Judiciário somente garantiu a alguma empresas o direito de não serem tributadas, mediante provocação em processo judicial.

Direito Empresarial. A legislação brasileira diferencia sociedades que possuem personalidade jurídica (Sociedades Personificadas) daque-las que não a possuem (Sociedades Não-Personificadas) – um conceito semelhante ao de “corporations” da Common Law. No que diz respeito às Sociedades Personificadas, a legislação brasileira diferencia as so-ciedades comercialmente ativas (Sociedades Empresariais) e aquelas que não desenvolvem atividades empresariais (Sociedades Simples/Não-Empresariais).

É importante atentar para a impossibilidade, no Direito brasilei-ro, de constituição de uma sociedade unipessoal (com um único sócio). Assim, para constituir uma sociedade, é necessário que haja ao menos 02 (dois) sócios, mesmo que um deles possua apenas 0,1% da sociedade, por exemplo.

* STJ – Sum. 334: O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à Internet

O quadro de sócios pode ser composto por pessoas físicas ou jurí-dicas, não havendo uma composição obrigatória. Como regra geral, as pessoas físicas não precisam ser nascidas ou residentes no país e as pessoas jurídicas não precisam ter sede no país (há apenas algumas exceções a esta regra).

As formas jurídicas mais comuns para sociedades empresa-riais são:

1. Sociedades Limitadas (Ltda.), semelhantes às “limited liability compa-nies” norte-americanas e às “limited partnerships” do Reino Unido; e

2. Sociedades Anônimas (S.A.).

1. Sociedades Limitadas (Ltda.)Uma Sociedade Limitada é uma empresa que tem por finalidade a

obtenção de lucro que será distribuído entre seus sócios. A principal di-ferença entre este modelo e uma Sociedade Anônima é que, na Socieda-de Limitada as participações não podem ser emitidas como uma prova de propriedade, não sendo considerados valores mobiliários.

Formação. Uma Sociedade Limitada é regulada por seu Contrato Social, que é elaborado por seus sócios no processo de constituição da sociedade. A legislação brasileira considera que uma Sociedade Limi-tada é constituída após o registro de seu Contrato Social junto ao órgão competente, a Junta Comercial.

O Contrato Social deve conter:

• Razão Social, que deve descrever brevemente o objeto social;

• Prazo de duração da Sociedade;

• Objeto social;

• Diretrizes de administração;

• Endereço da sede e das filiais relevantes, se houver;

• Descrição detalhada de cada sócio (nome, estado civil, RG, CPF, pro-fissão, domicílio, etc.); e

• O montante do Capital Social e sua distribuição entre os Sócios.

Para realizar alterações no Contrato Social, a legislação brasileira determina a necessidade de uma maioria de 75% (setenta e cinco por cento) do Capital Social.

Capital Social. O Capital Social de uma Sociedade Limitada é di-vidido em quotas, que podem ser integralizadas com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens passíveis de avaliação em di-nheiro, não havendo um valor mínimo exigido. Uma vez integralizado o

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Capital, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de sua quo-ta, mas todos respondem solidariamente pela integralização do Capital.

As quotas devem ser registradas e não são fisicamente represen-tadas por valores mobiliários. Assim, o número de quotas e seus pro-prietários são estabelecidos no Contrato Social. Qualquer mudança no quadro de sócios e suas quotas deve ser formalizada por meio de uma alte-ração do Contrato Social. A legislação brasileira não estabelece um valor mínimo para o Capital Social. Uma Sociedade Limitada pode pos-suir Capital Social de apenas R$1.000,00 (mil reais), por exemplo.

Administração e órgãos da sociedades. Sociedades Limitadas podem ser administradas por um ou mais indivíduos, sócios ou não. O adminis-trador da sociedade deve ser indicado pelos sócios no Contrato Social ou em documento apartado.

A Assembléia Geral é o principal órgão decisório de uma Sociedade Limitada, convocada sempre que exigido em lei ou no Contrato Social. Caso o Contrato Social assim determine, pode ser constituído um Con-selho Fiscal.

Dependem da deliberação dos sócios, em Assembléia:

• A aprovação das contas da administração;

• A designação dos administradores e a determinação de sua remune-ração;

• A modificação do contrato social;

• A aprovação de incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade;

• A nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas

• contas; e

• A cessação do estado de liquidação e o pedido de concordata.

Distribuição dos Resultados. Lucros e dividendos da Sociedade Li-mitada devem ser distribuídos e pagos de proporcionalmente à parti-cipação de cada sócio no Capital Social. O lucros e dividendos também podem ser pagos de forma não proporcional, desde que haja previsão expressa no Contrato Social neste sentido. Nenhum dos sócios, entre-tanto, deve ficar proibido de receber dividendos.

Do mesmo modo, as eventuais perdas deverão ser suportadas por todos os sócios, de acordo com sua participação no Capital Social ou não, conforme o caso.

Requisitos para sócios e administradores. Como regra geral, não há requisitos específicos para que uma pessoa física ou jurídica seja só-cia de uma Sociedade Limitada – são exigidos os mesmos requisitos de capacidade necessários para a realização de quaisquer outros atos

jurídicos. Apenas em casos específicos a legislação brasileira proíbe es-trangeiros de possuírem quotas em certas atividades.

Para o exercício do cargo de administrador de uma Sociedade Li-mitada, entretanto, é necessário que o indivíduo seja cidadão brasileiro residente no país ou estrangeiro com visto permanente de trabalho.

Caso um estrangeiro sócio de uma Sociedade Limitada deseje in-dicar um estrangeiro como para administrar a sociedade e, portanto, residir no país, o administrador estrangeiro precisará de um visto per-manente de trabalho para que possa exercer seu cargo.

Para requerer tal visto, é necessário que:

(i) A Sociedade Limitada invista ao menos US$50.000,00 (cinqüen-ta mil dólares) no país. Neste caso, a empresa de compromete a contratar ao menos 10 (dez) novos empregados brasileiros ao longo dos próximos 02 (dois) anos;

Atenção: não recomendamos esta opção porque a concessão do vis-to sob estas condições está sujeito a um alto grau de discricionariedade das autoridades, não havendo nenhuma certeza de que será concedido. A concessão do visto está sujeita ao “interesse nacional”, um requisito bastante vago. De acordo com as experiências passadas, a concessão de tal visto, por “interesse nacional”, é bastante improvável. Além disso, ainda que o visto seja eventualmente concedido, não há como prever o prazo para sua concessão.

(ii) Sócios estrangeiros (considerados do mesmo grupo econômi-co) de uma Sociedade Limitada brasileira invistam ao menos US$200.000,00 (duzentos mil dólares) no país. Neste caso, o inves-timento deve ser registrado no Banco Central por meio do Registro Declaratório Eletrônico de Investimentos Externos Diretos (RDE-IED) e deve ser pago como um capital comum da sociedade. Impor-tante notar que para cada administrador estrangeiro indicado os sócios estrangeiros deverão ter investido ao menos US$200.000,00 (duzentos mil dólares) no país. Uma vez que a Sociedade Limitada tenha sido devi-damente constituída e esteja plenamente operan-te (tendo obtido, inclusive, todos os registros necessários perante as autoridades competente, inclusive perante o Banco Central) e após o registro do investimento de US$200.000,00 (duzentos mil dólares) o visto poderá ser solicitado, devendo ser emitido em cerca de 30 (trinta) dias úteis.

Assim, caso os sócios estrangeiros de uma Sociedade Limitada de-sejem indicar co-mo administrador um cidadão estrangeiro, recomenda-mos que realizem o investimento mínimo de US$200.000,00 (duzentos mil dólares) indicado acima.

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Caso o estrangeiro já possua visto permanente e permissão para trabalhar no país, como os casados com cidadãos brasileiros ou pais de crianças brasileiras, os requisitos acima não serão aplicáveis.

2. Sociedades Anônimas (S.A.)Formação. Uma Sociedade Anônima é regulada por seu Estatuto

Social, que é elaborado por seus sócios no processo de constituição da sociedade. A legislação brasileira diferencia as sociedades anônimas em abertas e fechadas, conforme os valores mobiliários de sua emissão es-tejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. Esta característica deve ser determinada no Estatuto Social, que deve conter, ainda:

• Razão Social, que deve descrever brevemente o objeto social;

• Prazo de duração da Sociedade;

• Objeto social;

• Diretrizes de administração;

• Endereço da sede e das filiais relevantes, se houver;

• O montante do Capital Social e sua distribuição entre os Sócios, inclu-sive o número de ações e suas características;

• Ao menos 02 (dois) Diretores, as formalidades para sua escolha, subs-tituição, termo de posse e deveres;

• Conselho Fiscal, que pode ser temporário ou permanente;

• Data de término do exercício social;

• Conselho de Administração e formalidades para sua escolha, subs-tituição termo de posse e deveres – apenas para sociedades abertas.

Há duas hipóteses de constituição de uma Sociedade Anônima:

• Subscrição Particular de capital em Assembléia Geral ou por escritu-ra públi-ca, caso em que todos os subscritores são considerados funda-dores. A empresa será uma Sociedade Anônima Fechada; e

• Subscrição Pública de capital em Assembléia Geral – neste caso, é necessário o registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que supervisiona-rá e autorizará todos os procedimentos para cons-tituição da sociedade e subscrição do capital. A empresa será uma Sociedade Anônima Aberta.

Para a constituição de uma Sociedade Anônima, é necessário que os acionistas fundadores depositem ao menos 10% (dez por cento) do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro no Banco do Brasil..

Capital social. O Capital Social de uma Sociedade Limitada é dividi-do em ações, que podem ser de diferentes classes e conferir a seus pro-

prietários direitos diversos, conforme estabelecido no Estatuto Social. Assim como na Sociedade Limitada, as ações podem ser integralizadas com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens passí-veis de avaliação em dinheiro, não havendo um valor mínimo exigido.

Administração e órgãos da sociedade. A Assembléia Geral é o princi-pal órgão decisório de uma Sociedade Anônima, que deverá atuar sem-pre no interesse da sociedade e no desenvolvimento de seus negócios.

O órgão competente para a administração cotidiana da sociedade é a Diretoria, que deve possuir ao menos 02 (dois) membros, cujos de-veres e limitações devem ser expressos no Estatuto Social, conforme mencionado acima. De acordo com a legislação brasileira, os diretores devem residir no país – como regra geral, não há proibição do exercício de cargos de diretoria por estrangeiros, exatamente como nas Socieda-des Limitadas.

É possível que haja também um Conselho de Administração, que deverá fixar a orientação geral dos negócios da sociedade, atuando sempre de acordo com o interesse social, res-peitando os interesses dos acionistas. Para ser administrador de uma Sociedade Anônima é neces--sário ser acionista, mas não é necessário residir no Brasil.

Competências exclusivas da Assembléia Geral. Assim como nas Sociedades Limitadas, há algumas matérias cuja deliberação é compe-tência exclusiva da Assembléia Geral, conforme disposto no art. 122 da Lei de Sociedades Anônimas:

• Reforma do Estatuto Social;

• Eleição ou destituição de diretores;

• Aprovação de demonstrativos financeiros;

• Autorização de emissão de debêntures e partes beneficiárias;

• Avaliação de bens com que acionistas desejam concorrer para a for-mação do Capital Social;

• Suspensão do exercício de direitos dos acionistas;

• Deliberações a respeito de transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua dissolução e liquidação,

• Autorização para que os administradores confessem falência e peçam concordata.

Distribuição dos Resultados. No que diz respeito à participação nos resultados, o Estatuto Social pode estabelecer diferentes classes de ações, com maior ou menor participação nos lucros da sociedade. Esta questão pode ser livremente acordada pelos acionistas, desde que, em-bora as participações sejam diferentes, todos os acionistas tenham algu-ma participação nos lucros, ainda que mínima.

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Registro de Sociedade Anônimas Abertas. Como regra geral, temos que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve autorizar o regis-tro de Sociedades Anônimas Abertas e a emissão de suas ações. Caso uma Sociedade Anônima Aberta emita ações sem autorização da CVM, o órgão poderá penalizar a sociedade e seus administradores, que serão responsabilizados nos âmbitos civil e penal.

3. RegistrosPara que uma empresa possa operar legalmente no Brasil é neces-

sária a obtenção de registros junto a diversos órgãos públicos. Lista-mos abaixo os mais importantes:

3.1. Junta Comercial Uma empresa é considerada devidamente constituída após o re-

gistro de seu Contrato ou Estatuto Social perante a Junta Comercial competente, ou seja, aquela com jurisdição sobre o Estado em que a sociedade tem sua sede.

Tal registro requer a apresentação dos seguintes documentos (há uma tabela detalhando tais documentos nos itens 4 e 5 abaixo):

• Contrato/Estatuto Social, devidamente assinado por todos os sócios/acionistas, 02 (duas) testemunhas e 01 (um) advogado;

• Cópias autenticadas de certos documentos pessoais dos sócios/acionis-tas e dos administradores da empresa (Carteira de Identidade, Nú-mero do INSS, CPF/MF e comprovante de residência);

• Procurações, se for o caso, como na hipótese de o Contrato/Estatuto Social ter sido assinado por representantes dos sócios/acionistas;

• Caso um dos sócios/acionistas seja uma pessoa jurídica estrangeira, documentos comprovando sua constituição no país de origem (notari-zados, con-sularizados e traduzidos para o português por um tradutor juramentado).

3.2. Cadastro Nacional de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda

Um número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda (CNPJ/MF) é necessário para que uma empresa possa funcionar na prática – abrir e movimentar uma conta bancária e identificar-se declarando seu número de inscrição no CNPJ/MF ao firmar contratos. Todas as empresas brasileiras devem estar cadastradas no CNPJ/MF. Para obtenção de tal registro é necessário apresentar:

• Cópias autenticadas do Contrato/Estatuto Social, devidamente regis-trado perante a Junta Comercial competente;

• DBE (Documento Básico de Entrada) assinado pela pessoa física res-ponsável perante a Receita Federal, preposto anteriormente indicado, ou procurador com firma reconhecida em cartório; e

• No caso de DBE assinado por procurador, cópia autenticada da pro-curação.

Não é necessário o pagamento de quaisquer taxas para obtenção do registro perante o CNPJ/MF, salvo as custas postais. Após a emissão do CNPJ/MF, a empresa poderá exercer to-dos os direitos de uma pessoa jurídica: abrir e movimentar conta bancária, firmar contratos e ini-ciar suas operações comerciais.

Entretanto, a empresa não estará habilitada a emitir notas fiscais pela prestação de seus serviços até que obtenha todas as licenças municipais exigidas, que costumam levar até 30 (trinta) dias para serem emitidas.

3.3 Prefeitura da Cidade de São Paulo (ISSQN)A inscrição de uma empresa na Prefeitura da Cidade de São Pau-

lo requer a apresentação dos documentos listados abaixo, além de todos aqueles apresentados à junta Comercial, descritos no item acima:

• Comprovante de inscrição no CNPJ/MF; e

• Cópias autenticadas de certos documentos pessoais dos sócios/acionis-tas e dos administradores da empresa (Carteira de Identidade, Nú-mero do INSS, CPF/MF e comprovante de residência).

Favor atentar para as regras gerais referentes a tributação de em-presas prestadoras de serviços de SVA e a incidência de ISSQN mencio-nadas neste Capítulo IV.

3.4 Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS)Para obter o registro de uma empresa perante o INSS são necessá-

rios os seguintes documentos:

• Contrato/Estatuto Social devidamente registrado pela Junta Comer-cial; e

• Comprovante de inscrição no CNPJ/MF.

3.5 Caixa Econômica Federal (“CEF”) Para obter o registro de uma empresa perante a CEF são

necessários os seguintes documentos:

• Contrato/Estatuto Social devidamente registrado pela Junta Comer-cial;

• Comprovante de inscrição no CNPJ/MF.

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• Cópias autenticadas de certos documentos pessoais dos sócios/acionis-tas e dos administradores da empresa (Carteira de Identidade, Nú-mero do INSS, CPF/MF e comprovante de residência); e

• Documentos emitidos pela CEF, devidamente preenchidos.

3.6. Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda (CPF/MF)

Caso pessoas físicas sejam sócias ou acionistas de uma empresa, é necessário que se inscrevam no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministé-rio da Fazenda (CPF/MF). Há procedimen-tos diferentes para indivídu-os residentes no Brasil e indivíduos residentes no exterior. Listamos abaixo o procedimento e a documentação exigida em cada caso:

Residentes no exterior

Interessado: pessoa física residente no exterior

Quem pode solicitar a inscrição: o próprio interessado, seu re-presentante legal ou procurador

Documentação exigida:• Formulário “Ficha Cadastral de Pessoa Física”, disponível no web-

site da re-ceita federal, devidamente preenchido;• Original ou cópia autenticada de documento de identificação que

comprove naturalidade e data de nascimento;• Caso o indivíduo a ser inscrito seja menor de 16 (dezesseis) anos ou

incapaz, original ou cópia autenticada de documento de identifica-ção de um dos pais, tutor, curador ou responsável pela guarda em virtude de decisão judicial; e

• Caso a solicitação seja feita por procurador, original ou cópia de seus docu-mentos de identificação e da procuração.

Observações importantes: • A solicitação de inscrição de menores de 16 anos, tutelados, curate-

lados e outras pessoas físicas sujeitas à guarda judicial deve ser feita pelos pais, tutores, curadores ou responsáveis pela guarda judicial;

• Os indivíduos não residentes no Brasil que estiverem no país no momento da solicitação de sua inscrição deverão solicitar o registro diretamente em uma unidade de atendimento da Receita Federal, apresentando, além dos documentos listados acima, passaporte ou certificado do Ministério da justi-ça/Polícia Federal que confirme o status de não residente;

• Os indivíduos não residentes no Brasil que estiverem no país no momento da solicitação também poderão realizar sua inscrição por procurador, consti-tuído no país de origem ou no Brasil, que deverá

comparecer a uma das en-tidades conveniadas à Receita Federal (Banco do Brasil, Caixa Econômica Fe-deral, Correios), que rea-lizarão os procedimentos preliminares, sendo que a conclusão da solicitação deverá ser feita em um posto de atendimento da Receita Federal.

• Todos os documentos exigidos, quando não estiverem em portu-guês, devem ser traduzidos por um tradutor juramentado.

• Não é necessária a comprovação de filiação dos estrangeiros.

Empregados estrangeiros de missões diplomáticas, consulados ou representantes de organizações internacionais que possuam imunida-des ou privilégios devem solicitar o CPF junto ao Ministério das Rela-ções Exteriores.

Estrangeiros residentes no Brasil

Interessado: pessoa física não brasileira, residente no Brasil

Quem pode solicitar a inscrição: o próprio interessado, seu re-presentante legal ou procurador

Documentação exigida:

• Original ou cópia autenticada de documento de identidade do inte-ressado (pode ser a carteira de identidade emitida no país de ori-gem ou documento expedido pela embaixada do país de origem) ou RNE - Registro Nacional de Estrangeiro ou Passaporte ou Protocolo RNE acompanhado de tela de consulta impressa do SINCRE (Sis-tema Nacional de Estrangeiros) em que cons-tem os dados cadas-trais. Os documentos quando não expressos no idioma nacional, deverão ser traduzidos por tradutor juramentado.

Atenção: a solicitação de CPF para estrangeiro que está no Brasil será concluída posteriormente em unidade da Receita Federal. O inte-ressado deverá aguardar correspondência com a convocação para o com-parecimento numa unidade da Receita, portando os documentos acima referidos e o Protocolo com o código de atendimento na conveniado.

Procurador: se o pedido for feito por procurador, apresentar cópia autenticada, ou cópia simples, acompanhada do original, de procuração particular com firma reconhecida ou de procuração pública. Deverão ser apresentados documentos, ou cópia simples para comprovação da assinatura.

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4. Tabela de documentos exigidos para o registro de uma Sociedade Limitada

Documentos Cópias

Requerimento (Capa de Processo) com assinatura do administrador, sócio, procurador, com poderes específicos, ou terceiro interessado. 1

Contrato Social, assinado pelos sócios ou seus procuradores ou Certidão de inteiro teor do contrato social, quando revestir a forma pública.

3

Declaração de desimpedimento para o exercício de administração de sociedade empresária, assinada pelo(s) administrador(es) designados no contrato, se essa não constar em cláusula própria.

1

Original ou cópia autenticada de procuração, com poderes específicos e se por instrumento particular, com firma reconhecida, quando o requerimento, o contrato social ou a declaração de que trata o item anterior for assinada por procurador.

1

Cópia autenticada da Carteira de Identidade dos administradores e do signatário do requerimento. 1

Aprovação prévia de órgão governamental, quando for o caso. 1

Ficha de Cadastro Nacional – disponível em http://fcn.desenvolvimento.gov.br/. 1

Comprovantes de pagamento das custas aplicáveis. 1

Quando houver participação societária de sociedade estrangeira:

Prova de existência legal da empresa e da legitimidade de sua representação (representante legal ou procurador). 1

Inteiro teor do contrato ou do estatuto. 1

Procuração estabelecendo representante no Brasil com poderes para receber citação. 1

Quando houver participação societária de pessoa física residente e domiciliada no exterior:

Procuração estabelecendo representante no Brasil com poderes para receber citação. 1

Atenção: todos os documentos estrangeiros devem ser notarizados, consulariza-dos e traduzidos por tradutor juramentado.

5. Tabela de documentos exigidos para o registro de uma Sociedade Anônima

5.1. Por Subscrição Particular de capital em Assembléia Geral

Documentos Cópias

Requerimento (Capa de Processo) com assinatura do administrador, sócio, procurador, com poderes específicos, ou terceiro interessado. 1

Ata da assembléia de constituição. 3

Estatuto social, salvo se transcrito na ata. 3

Relação completa dos subscritores do capital social (ou lista/ boletins/ cartas de subscrição). 3

Recibo de depósito bancário da parte do capital realizado em dinheiro e a autenticação da lista ou boletim individual de subscrição pela instituição financeira.

1

Folhas do Diário Oficial e do jornal de grande circulação que publicaram o anúncio convocatório da assembléia de constituição e das assembléias preliminares, se for o caso.

1

Original ou cópia autenticada de procuração, com poderes específicos e se por instrumento particular, com firma reconhecida, quando o requerimento, o contrato social ou a declaração de que trata o item anterior for assinada por procurador.

1

Cópia autenticada da Carteira de Identidade dos administradores e do signatário do requerimento. 1

Aprovação prévia do órgão governamental competente, quando for o caso. 1

Ficha de Cadastro Nacional – disponível em http://fcn.desenvolvimento.gov.br/. 1

Comprovantes de pagamento das custas aplicáveis. 1

5.2. Por Subscrição Particular de capital por escritura pública

Documentos Cópias

Requerimento (Capa de Processo) com assinatura do administrador, sócio, procurador, com poderes específicos, ou terceiro interessado. 1

Certidão de inteiro teor da escritura de constituição, com todas as informações necessárias. 3

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Documentos Cópias

Original ou cópia autenticada de procuração, com poderes específicos e se por instrumento particular, com firma reconhecida, quando o requerimento, o contrato social ou a declaração de que trata o item anterior for assinada por procurador.

1

Cópia autenticada da Carteira de Identidade dos administradores e do signatário do requerimento. 1

Aprovação prévia do órgão governamental competente, quando for o caso. 1

Ficha de Cadastro Nacional – disponível em http://fcn.desenvolvimento.gov.br/. 1

Comprovantes de pagamento das custas aplicáveis. 1

5.3. Por Subscrição Pública de capital em Assembléia Geral

Documentos Cópias

Requerimento (Capa de Processo) com assinatura do administrador, sócio, procurador, com poderes específicos, ou terceiro interessado. 1

Ata da assembléia de constituição. 3

Estatuto e prospecto, bem como original do jornal em que tiverem sido publicados. 3

Relação completa dos subscritores do capital social (ou lista/ boletins/ cartas de subscrição). 3

Recibo de depósito bancário da parte do capital realizado em dinheiro e a autenticação da lista ou boletim individual de subscrição pela instituição financeira.

1

Folhas do Diário Oficial e do jornal de grande circulacão que publicaram o anúncio convocatório da assembléia de constituição e das assembléias preliminares, se for o caso.

1

Original ou cópia autenticada de procuração, com poderes específicos e se por instrumento particular, com firma reconhecida, quando o requerimento, o contrato social ou a declaração de que trata o item anterior for assinada por procurador.

1

Ficha de Cadastro Nacional – disponível em http://fcn.desenvolvimento.gov.br/. 1

Comprovantes de pagamento das custas aplicáveis. 1

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