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Eficiência energética

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  • GUIA PARA A EFICINCIA ENERGTICAE A QUALIDADE DO AR INTERIOR NA ESCOLA

    Elaborao, Coordenao e EdioAREAMAgncia Regional da Energia e Ambiente da Regio Autnoma da Madeira

    Design e Paginao FEPdesign

    Tiragem300 exemplares

    Data de publicaoMaio de 2013

  • UTILIZA A ENERGIA COM EFICINCIA NA ESCOLA

    REDUZ CUSTOS E CUIDA DO AMBIENTE

    APRENDEPOUPAGANHA

    guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 4

    1. INTRODUO 03

    2. EFICINCIA ENERGTICA NA ESCOLA 04

    2.1. ILUMINAO 05

    2.2. EQUIPAMENTOS INFORMTICOS, AUDIOVISUAIS E DE TELECOMUNICAES 08

    2.3. EQUIPAMENTOS DAS COZINHAS E BARES 10

    2.4. PRODUO E UTILIZAO DE GUA QUENTE 14

    2.5. CLIMATIZAO E VENTILAO 18

    2.6. GESTO E MONITORIZAO DE CONSUMOS E CUSTOS 22

    3. QUALIDADE DO AR INTERIOR NA ESCOLA 24

    4. CLUBE ESCOLAR PARA A EFICINCIA ENERGTICA E A QUALIDADE DO AR INTERIOR 29

    4.1. DIAGNSTICOS ENERGTICOS E QUALIDADE DO AR INTERIOR 30

    4.2. OFICINAS TEMTICAS 33

    4.2.1. RELGIO DE SOL HORIZONTAL 33

    4.2.2. FORNO SOLAR 35

    4.2.3. COLETOR SOLAR TRMICO 36

    4.2.4. SECADOR SOLAR 37

    4.2.5. TURBINA ELICA 38

    4.2.6. TURBINA HIDRULICA 39

    4.3. AES DE INFORMAO E DE SENSIBILIZAO 40

    4.4. MATERIAIS INFORMATIVOS E DE SENSIBILIZAO 41

    4.5. DIAS TEMTICOS 43

    4.6. VISITAS DE ESTUDO 44

    4.7. REPORTAGENS E ARTIGOS 44

    ndice

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola5 |

    1. INTRODUOO presente guia foi desenvolvido pela AREAM - Agncia Regional da Energia e Ambiente da Regio Autnoma da Madeira, em parceria com a SRE - Secretaria Regional da Educao e Recursos Humanos da Regio Autnoma da Madeira, no mbito do projeto EEQAI-Escolas Ao Tcnica e Didtica para a Eficincia Energtica e a Qualidade do Ar Interior nas Escolas da RAM, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional no mbito do Programa Intervir+.

    Este trabalho surge no seguimento da realizao de aes de sensibilizao e de informao em vrias escolas da Madeira e do Porto Santo, bem como da realizao de auditorias energticas e qualidade do ar interior em 35 estabelecimentos de ensino da Regio Autnoma da Madeira.

    O guia tem por objetivo dotar a comunidade escolar de conhecimentos e ferramentas para poder assumir um papel proativo na melhoria da eficincia energtica e da qualidade do ar interior nas suas escolas, contribuindo para a reduo dos consumos e dos custos com a energia, para a minimizao dos impactes ambientais associados, bem como para a preveno de doenas que derivam da qualidade do ar interior.

    Para alm disso, o guia contm propostas de atividades para desenvolver na escola, que visam sensibilizar a comunidade escolar para a necessidade de reduzir o consumo de energia e a emisso de poluentes, ensinando como utilizar a energia de forma eficiente em situaes reais e promovendo a transmisso dos conhecimentos adquiridos para a sociedade em geral.

    A consulta deste guia no dispensa a pesquisa de informao complementar sobre conceitos e terminologia, e sobre outras medidas e solues no descritas neste documento que contribuam para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 6

    A eficincia energtica nas escolas fundamental para garantir um futuro mais sustentvel a nvel global e permite reduzir os seus custos operacionais.

    Numa escola, os principais consumos de energia esto associados iluminao, utilizao de equipamentos informticos e audiovisuais, produo de gua quente, utilizao de equipamentos de cozinha e bares e climatizao dos espaos. Por isso, as sugestes apresentadas focam-se essencialmente na melhoria da eficincia energtica nestas reas de consumo.

    A melhoria da eficincia energtica passa por intervenes que envolvem investimentos, os quais so da responsabilidade da Direo da escola, Autarquia local ou do Governo Regional, mas tambm pela adoo de boas prticas a nvel comportamental, que so da responsabilidade de todos os utilizadores das escolas, em particular dos alunos, os quais podem ter um papel ativo e primordial no combate ao desperdcio. Desta forma, o aluno pode tornar-se mais sustentvel e contribuir para a melhoria da qualidade da escola, para a reduo dos custos e das emisses de CO2 para a atmosfera, com benefcios no desempenho e na qualidade de vida de toda a comunidade escolar.

    As recomendaes apresentadas neste guia podem ser desenvolvidas pelo Clube da Energia da escola, grupos de trabalho criados para o efeito, ou durante as aulas, sob a coordenao e acompanhamento dos professores.

    2. EFICINCIA ENERGTICA NA ESCOLA

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola7 |

    2.1 ILUMINAOA iluminao numa escola essencial para as aulas e todas as outras atividades. Alm de ser o princi-pal setor consumidor de energia eltrica, devido elevada quantidade de equipamentos e s horas de funcionamento, uma das reas onde mais fcil implementar solues para melhorar a eficincia energtica e reduzir os consumos de energia.

    escolao que os responsveis podem fazer

    lmpadas

    Nos espaos interiores, e de acordo com as luminrias e espaos a iluminar, usar preferencialmente lmpadas fluorescentes tubulares, fluorescentes compactas, leds e iodetos metlicos de alta eficincia.

    Nos espaos exteriores, e de acordo com as luminrias e espaos a iluminar, usar preferencialmente lmpadas de vapor de sdio, iodetos metlicos de alta eficincia, fluorescentes compactas e leds.

    Escolher lmpadas adequadas aos usos, com certificados de qualidade emitidos por organismos idneos e de fabricantes com boa reputao no mercado, tendo em ateno a classe energtica, o tempo de vida til, o ndice de restituio de cor e a temperatura de cor da luz (2 700 K luz branca-amarelada; 4 000 K luz branca).

    Substituir as lmpadas quando atingirem o limite de vida til e no esperar que avariem, pois o custo da energia desperdiada pode ser superior ao custo da antecipao da substituio.

    eficincia energtica na escolailuminao

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 8

    alunoso que podem fazer

    Aproveitar a luz natural sempre que possvel.

    Desligar a iluminao quando os espaos esto desocupados, inclusive durante os intervalos entre aulas.

    Ligar apenas a iluminao necessria para o desenvolvimento da atividade, de acordo com a sua ocupao e tendo em ateno a disponibilidade de luz natural junto das janelas.

    Designar inspetores da iluminao eficiente e organizar rotinas peridicas, durante os intervalos e ao final do dia, para desligar a iluminao desnecessria e identificar oportunidades de melhoria.

    Utilizar reguladores de fluxo luminoso para ajustar a iluminao s necessidades.

    Utilizar interruptores horrios programveis para reduzir ou desligar a iluminao em determinados perodos.

    Instalar sensores de movimento ou de presena em zonas de utilizao no contnua, como zonas de circulao, instalaes sanitrias, estacionamentos e elevadores.

    Utilizar sensores crepusculares na iluminao exterior e espaos interiores com luz natural.

    Utilizar circuitos independentes para sistemas de iluminao com necessidades distintas, de modo a poder control-los, individualmente, de acordo com as necessidades.

    sistemas de controlo e regulao

    e ainda

    Desligar ou reduzir, de forma manual ou automtica, a iluminao de emergncia, de presena e exterior durante a noite, fins de semana, feriados, frias e outros perodos de interrupo letiva.

    Optar por cores claras nas paredes e tetos da escola aproveita-se melhor a luz natural e reduz a necessidade de iluminao artificial.

    eficincia energtica na escolailuminao

    luminrias e balastrosOptar por luminrias eficientes com refletores, sem difusores ou com difusores de vidro transparente, e com ngulos de abertura adequados aos espaos e superfcies a iluminar.

    Manter as luminrias e as superfcies refletoras limpas, e substituir os difusores e refletores degradados.

    Optar por balastros eletrnicos de alta eficincia e substituir os balastros ferromagnticos de baixa eficincia.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola9 |

    Medir os consumos de energia de diferentes tipos de lmpadas e elaborar uma tabela para comparao entre tecnologias e com a informao dos fabricantes montar um suporte para lmpadas com ficha e utilizar medidores de tomada.

    Medir a intensidade de iluminao (iluminncia) nas salas para diferentes cenrios (por exemplo, com mais ou menos lmpadas ligadas, para diferentes tecnologias, com e sem iluminao natural, para salas com cores claras e salas com cores mais escuras) e elaborar uma tabela para comparao entre os diferentes cenrios, conferindo com os nveis de luminosidade aconselhados para cada tipo de atividade, de forma a verificar a adequao da iluminao existente utilizar luxmetros para medir a intensidade de iluminao.

    Elaborar uma tabela para cada espao com informao sobre as tecnologias de iluminao existentes, com os seus consumos e a intensidade de iluminao, entre outras caractersticas, para diferentes cenrios, com iluminao artificial totalmente ou parcialmente ligada ou totalmente desligada, por exemplo, e ainda o consumo de energia, o custo e as emisses de CO2 derivadas do consumo, por aula, ou por dia, ou por ms. Colocar as tabelas nos respetivos espaos e atualizar sempre que houver alteraes.

    aprender experimentandoatividades ldicas e pedaggicaspara aprender mais

    eficincia energtica na escolailuminao

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 10

    2.2 EQUIPAMENTOS INFORMTICOS, AUDIOVISUAIS E DE TELECOMUNICAES Os equipamentos informticos, audiovisuais e de telecomunicaes so

    utilizados sobretudo nas salas de aula, salas de informtica e de multimdia, sala dos professores, direo das escolas, servios administrativos, bibliotecas, salas de sesses e auditrios, e utilizam exclusivamente a energia eltrica.

    escolao que os responsveis podem fazer

    Adquirir equipamentos com sistemas de poupana de energia (etiqueta Energy Star) e com classe energtica A ou superior.

    Utilizar fichas mltiplas com interruptor on/off, de preferncia sem lmpada torna-se mais fcil e cmodo desligar todos os aparelhos que estejam em utilizao simultnea.

    Dar preferncia ao uso de computadores portteis eficientes em detrimento dos computadores de secretria.

    Instalar programadores automticos para desligar os equipamentos durante a noite e fins de semana garante que todos os aparelhos so desligados quando no so necessrios.

    eficincia energtica na escolaequipamentos informticos, audiovisuais e de telecomunicaes

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola11 |

    alunoso que podem fazer

    Utilizar os equipamentos de forma racional, desligando-os quando no so necessrios.

    Colocar os computadores em modo de suspenso e desligar o ecr em interrupes de curta durao.

    Ligar a impressora e outros equipamentos de utilizao pontual, apenas quando so necessrios.

    Eliminar o standby dos equipamentos desligando-os no boto, na ficha ou recorrendo a tomadas que desligam o circuito no caso dos equipamentos com baterias, como computadores portteis e telemveis, deve-se desligar sempre da ficha.

    Verificar se os equipamentos ficam desligados quando a sala abandonada.

    Designar inspetores dos equipamentos informticos e audiovisuais, e organizar rotinas peridicas, durante os intervalos e ao final do dia, para desligar todos os equipamentos que no esto a ser utilizados e identificar oportunidades de melhoria.

    Medir os consumos de energia de cada equipamento, por exemplo, televisores, computadores, ecrs, computadores portteis, impressoras, fotocopiadoras, entre outros, em funcionamento normal e em standby, e elaborar uma tabela com toda a informao recolhida para comparao entre tecnologias e com a informao dos fabricantes utilizar medidores de tomada.

    aprender experimentandoatividades ldicas e pedaggicaspara aprender mais

    eficincia energtica na escolaequipamentos informticos, audiovisuais e de telecomunicaes

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 12

    No caso dos computadores, medir os consumos de energia para diferentes tipos de utilizao, como por exemplo, com mais ou menos brilho no ecr, com o fundo mais escuro, mais claro ou com fotos, e elaborar uma tabela com a informao recolhida.

    Elaborar uma tabela para cada espao com informao sobre as tecnologias informticas e audiovisuais existentes, com os seus consumos em funcionamento normal e em standby, entre outras caractersticas, e ainda o consumo de energia, o custo e as emisses de CO2 derivadas do consumo, por aula, ou por dia, ou por ms. Colocar as tabelas nos respetivos espaos e atualizar sempre que houver alteraes.

    2.3 EQUIPAMENTOS DAS COZINHAS E BARES

    Nas cozinhas e bares das escolas, utiliza-se preferencialmente a energia eltrica e o gs. O gs utilizado essencialmente nos fornos, foges e no aquecimento de gua, enquanto a eletricidade utilizada na preparao e refrigerao de alimentos e bebidas, nos ventiladores dos sistemas de exausto e no aquecimento de gua. A biomassa pode ser usada no aquecimento de gua e na preparao de refeies, e a energia solar trmica pode ser utilizada no aquecimento de gua.

    eficincia energtica na escolaequipamentos das cozinhas e bares

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola13 |

    escolao que os responsveis podem fazer

    confeo e preparao de alimentos

    Adquirir equipamentos de cozinha eficientes e com capacidade adequada s necessidades.

    Utilizar a fonte de calor (chama ou disco eltrico) adequada ao tamanho das bases das panelas.

    Manter as panelas tapadas durante a cozedura e baixar a potncia ao mnimo necessrio depois de atingir a fervura manter potncias elevadas aumenta a evaporao da gua, mas no reduz o tempo de cozedura.

    Ligar os equipamentos apenas quando so necessrios e deslig-los no final da sua utilizao.

    Aproveitar o calor do forno para cozedura final, desligando um pouco antes de terminar a cozedura.

    Evitar abrir o forno e outros equipamentos enquanto esto a cozinhar.

    Manter sempre os equipamentos limpos por exemplo, restos de comida no forno aumenta o consumo de energia.

    No deixar os equipamentos em standby, como as mquinas de caf, chaleiras, torradeiras e outros desligar no boto ou diretamente na ficha.

    Fazer a manuteno peridica dos equipamentos para manter a sua eficincia.

    Algumas das recomendaes tm carter comportamental e devem ser aplicadas pelos utilizadores dos equipamentos, ou seja, pelos funcionrios das cozinhas, cantinas e bares.

    eficincia energtica na escolaequipamentos das cozinhas e bares

    conservao de alimentos (frigorficos, cmaras frigorficas, vitrinas e arcas congeladoras)

    Adquirir equipamentos eficientes (classe A ou superior) e com capacidade adequada s necessidades.

    No encher demasiado os frigorficos, cmaras frigorficas e arcas congeladoras.

    Evitar a abertura frequente dos frigorficos, cmaras frigorficas, vitrinas e arcas congeladoras tirar tudo o que necessrio de uma s vez e no deixar as portas abertas durante muito tempo.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 14

    conservao de alimentos (frigorficos, cmaras frigorficas, vitrinas e arcas congeladoras)

    Remover o gelo acumulado no interior, porque dificulta a transferncia de calor.

    Manter as grelhas exteriores limpas e afastadas da parede, sem obstculos circulao do ar.

    Verificar se as portas vedam corretamente substituir as borrachas vedantes estragadas e corrigir as portas desalinhadas.

    Afastar os equipamentos de refrigerao de fontes de calor como foges, fornos, marmitas, banhos-maria e do sol.

    Descongelar os alimentos no frigorfico o frio da descongelao ajuda a arrefecer o frigorfico, poupando energia.

    As temperaturas recomendadas so de 5C para o frigorfico e -15C para o congelador.

    lavagem de loua

    e ainda

    Lavar a loua mo quando em pouca quantidade, utilizando um recipiente com gua e detergente em vez de utilizar gua corrente durante a lavagem.

    Adquirir mquinas de lavar loua eficientes (classe A ou superior) e com capacidades adequadas s necessidades.

    Utilizar as mquinas somente quando estiverem cheias.

    Utilizar detergentes para lavagem a baixa temperatura e escolher programas mais econmicos (com temperatura mais baixa).

    Ao passar a loua por gua antes de colocar na mquina, utilizar gua fria e uma escova para retirar os restos de comida.

    Utilizar sal e abrilhantador e limpar regularmente os filtros das mquinas.

    Se a escola tiver painis solares trmicos para aquecimento de gua, as mquinas de lavar loua devem ser ligadas rede de gua quente.

    Promover aes de informao e de sensibilizao aos funcionrios sobre a utilizao racional de energia.

    Desligar os equipamentos quando no so necessrios, no interruptor ou na ficha, para eliminar o standby.

    Instalar programadores automticos para desligar os equipamentos durante a noite, fins de semana, feriados e frias garante que todos os equipamentos so desligados quando no so necessrios.

    eficincia energtica na escolaequipamentos das cozinhas e bares

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola15 |

    alunoso que podem fazer

    Designar inspetores dos equipamentos de cozinhas e bares, e organizar rotinas peridicas ao final do dia para desligar todos aqueles equipamentos que no esto a ser utilizados e identificar oportunidades de melhoria.

    eficincia energtica na escolaequipamentos das cozinhas e bares

    Medir os consumos de energia de cada equipamento, por exemplo, frigorficos, mquinas de caf, chaleiras, descascador de batata, mquina de lavar loua, entre outros, em funcionamento normal e em standby, e elaborar uma tabela com toda a informao recolhida para comparao entre tecnologias e confrontar com a informao dos fabricantes utilizar medidores de tomada.

    Elaborar uma tabela para cada espao com informao sobre os equipamentos existentes, com os seus consumos em funcionamento normal e em standby, entre outras caractersticas, e ainda o consumo de energia, o custo e as emisses de CO2 derivadas do consumo por dia, por ms ou por refeio. Colocar as tabelas nos respetivos espaos e atualizar sempre que houver alteraes.

    aprender experimentandoatividades ldicas e pedaggicaspara aprender mais

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 16

    2.4 PRODUO E UTILIZAO DE GUA QUENTE O aquecimento de guas sanitrias efetuado por equipamentos que utilizam gs, eletricidade

    ou energia solar, mas tambm pode ser atravs da biomassa. A gua quente sanitria (AQS) consumida sobretudo nos balnerios, cozinhas, bares e outras instalaes.

    Algumas escolas tambm dispem de piscina com gua quente, em que a gua pode ser aquecida atravs de caldeiras a gs, bombas de calor eltricas, sistemas solares trmicos e caldeiras a biomassa.

    escolao que os responsveis podem fazer

    guas quentes sanitrias para banhos, cozinhas e bares

    Instalar sistemas solares trmicos ou caldeiras a biomassa, tendo em ateno o dimensionamento, a integrao com os restantes sistemas de produo de gua quente, a certificao dos equipamentos, as qualificaes do autor do projeto e do instalador, e os prazos de garantia.

    Aplicar isolamento trmico adequado nas tubagens, termoacumuladores e acessrios.

    Usar a temperatura de servio mais baixa admissvel no sistema de guas quentes sanitrias (normalmente 60C).

    Optar por torneiras termostticas nos duches e torneiras de monocomando com a posio normal na gua fria para os lavatrios.

    eficincia energtica na escolaproduo e utilizao de gua quente

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola17 | eficincia energtica na escola

    produo e utilizao de gua quente

    piscinas aquecidas

    economia de gua

    e ainda

    Colocar uma cobertura sobre o plano de gua das piscinas aquecidas quando no estiverem em utilizao reduz as perdas de calor por evaporao e a humidade dos recintos.

    Reduzir a temperatura da gua para o mnimo aceitvel por cada 3C de aumento de temperatura, duplica o consumo de energia.

    A temperatura do recinto da piscina deve ser pelo menos 2C superior temperatura da piscina desta forma pode reduzir a temperatura da gua sem prejudicar o conforto e minimiza as perdas por evaporao.

    Optar por torneiras e chuveiros com redutores de caudal.

    Utilizar sensores nas torneiras de lavatrios e urinis de zonas comuns.

    Na cozinha, optar por torneiras com sensor ou pedal, dotadas de redutor de caudal.

    Optar por autoclismos eficientes com sistemas de dupla descarga.

    Aproveitar as guas pluviais na rega de jardins e lavagem de pavimentos.

    Optar por sistemas de rega automtica, preferencialmente gota a gota, associados a sensores de humidade do solo.

    Regar os jardins durante a noite, de preferncia nos horrios em que o tarifrio da eletricidade mais favorvel, reduzindo os custos da energia para bombagem e as necessidades de gua.

    Instalar reguladores de temperatura com termstato nas torneiras dos duches para evitar o desperdcio de gua quente.

    Verificar periodicamente os autoclismos, torneiras, chuveiros e tubagens, para deteo de fugas ou outras anomalias.

    Verificar periodicamente se os acumuladores e as tubagens de distribuio de gua quente esto bem isolados.

    Escolher termoacumuladores com maior espessura de isolamento trmico e com a capacidade adequada s necessidades.

    Verificar periodicamente os painis solares trmicos e mant-los limpos.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 18

    alunoso que podem fazer

    Fechar as torneiras e chuveiros quando no esto a ser utilizados.

    Designar inspetores da gua quente e organizar rotinas peridicas durante os intervalos e ao final do dia para verificar derrames e identificar oportunidades de melhoria.

    eficincia energtica na escolaproduo e utilizao de gua quente

    conhecer o consumo de gua quente por banho, por aula, por dia, por semana ou por ms

    1. Medir o caudal do chuveiro (litros/minuto) deixar a gua do chuveiro correr para um recipiente durante 1 minuto e depois medir quantos litros de gua tem o recipiente.2. Medir o tempo mdio gasto por duche (minutos).3. Identificar o nmero mdio de banhos por aula, por dia, por semana ou por ms.4. Calcular o consumo de gua quente por aula (litros/aula) = caudal dos chuveiros (litros/minuto) x durao mdia de cada banho (minutos) x nmero de banhos por aula.

    aprender experimentandoatividades ldicas e pedaggicaspara aprender mais

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola19 | eficincia energtica na escola

    produo e utilizao de gua quente

    conhecer a energia necessria para aquecer a gua dos banhos (energia til)

    1. Medir a temperatura da gua fria antes do aquecimento (C).2. Medir a temperatura da gua quente sada do chuveiro (C). 3. Calcular a diferena de temperatura (C) = temperatura final da gua quente (C) - temperatura inicial da gua fria (C).4. Determinar a massa de gua quente utilizada por aula (kg/aula), considerando que 1 litro de gua equivalente a 1 kg de gua.5. Conhecer o calor especfico da gua (kcal/kg.C) pode ser considerado: 1 kcal/kg.C.6. Calcular a energia til para aquecer a gua necessria para uma aula (kcal/aula) = quantidade de gua quente consumida (litros/aula) x calor especfico da gua (1 kcal/kg.C) x diferena de temperatura entre a gua fria e a gua quente (C).7. Converter as unidades da energia til para aquecer a gua necessria para uma aula (kWh/aula) = energia til (kcal/aula) x 4,186 kJ/kcal / 3 600 kWh/kJ.

    conhecer a energia consumida no aquecimento da gua (energia final)

    1. Identificar os equipamentos usados no aquecimento de gua (caldeira a gs, esquentador a gs, termoacumulador eltrico, bomba de calor, sistema solar trmico, caldeira a biomassa, etc.).2. Identificar o rendimento dos equipamentos (%) atravs da pesquisa de dados de fabricantes - rendimentos tpicos: caldeira a gs: 80%; esquentador a gs: 50%; termoacumulador eltrico: 90%; bomba de calor: 300%; sistema solar trmico: 100%; caldeira a biomassa: 70%.3. Calcular o consumo de energia final (kWh/aula) = energia til (kWh/aula) / rendimento do equipamento (%) equivalncias: 1 kg de gs propano = 13 kWh; 1 kg de lenha seca = 3,5 kWh.4. Calcular os custos da energia e as emisses de CO2 que derivam do aquecimento de gua para os banhos pesquisar preos da energia dos fornecedores e fatores de emisso de CO2.5. Estimar a reduo de custos e emisses de CO2 com a diminuio dos consumos ou utilizao de energias renovveis.

    Elaborar um cartaz com informao sobre a gua consumida por banho (por aula, por dia, por semana ou por ms), a energia consumida, os custos, as emisses de CO2, e reduo de custos e emisses de CO2 com a diminuio dos consumos ou utilizao de energias renovveis. Divulgar esta informao nos locais de consumo de gua quente e nas instalaes tcnicas onde efetuado o aquecimento da gua.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 20eficincia energtica na escolaclimatizao e ventilao

    2.5. CLIMATIZAO E VENTILAO

    A climatizao representa, em algumas tipologias de edifcios de servios, um elevado consumo de energia. Contudo, grande parte das escolas da Regio Autnoma da Madeira no dispe de sistemas de climatizao e, quando existem, predominam os equipamentos de pequena dimenso, dedicados a alguns espaos especficos, como auditrios, servios administrativos e direo, bem como alguns laboratrios e zonas tcnicas. Esta utilizao pouco expressiva de sistemas de climatizao nas escolas , na maioria das vezes, justificada pelas reduzidas necessidades de aquecimento e arrefecimento.

    Para arrefecimento e renovao do ar, recorre-se normalmente ventilao natural atravs de portas, janelas e grelhas colocadas nas fachadas, o que nem sempre suficiente para garantir o conforto trmico e uma boa qualidade do ar interior. Os sistemas de aquecimento so escassos e normalmente limitam-se a radiadores eltricos e bombas de calor, mas tambm possvel utilizar caldeiras a biomassa, salamandras e recuperadores de calor.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola21 | eficincia energtica na escola

    climatizao e ventilao

    escolao que os responsveis podem fazer

    comportamento trmico do edifcio

    equipamentos de aquecimento

    Aplicar isolamento trmico apropriado nas fachadas e coberturas o isolamento trmico pelo exterior mais eficiente e pode ser aplicado em edifcios novos e na reabilitao de edifcios existentes.

    Optar por caixilharia com corte trmico e vidros duplos com caixa-de-ar de 15 mm e com caractersticas trmicas e fator solar adequados.

    Utilizar tcnicas passivas para aquecer os espaos com a radiao solar no inverno.

    Assegurar solues de ventilao para remover as cargas trmicas no vero.

    Utilizar dispositivos mveis ou fixos de sombreamento para proteger os vos envidraados no vero, recorrendo a tapassis, estores exteriores, palas superiores ou laterais, ou vegetao.

    Para envidraados existentes com grande exposio solar e sem viabilidade de sombreamento, colocar pelculas refletoras para reduzir os ganhos trmicos no vero.

    Optar por cores claras nas fachadas, coberturas, paredes interiores, tetos, estores e cortinados.

    Utilizar equipamentos de aquecimento a biomassa (caldeiras a biomassa, salamandras e recuperadores de calor).

    Utilizar equipamentos de elevada eficincia e dimensionados de acordo com as necessidades.

    Utilizar recuperadores de calor para aproveitar o calor rejeitado no ar de exausto de espaos aquecidos.

    Assegurar o isolamento trmico adequado e em boas condies nas tubagens e acessrios.

    Utilizar termstatos programveis com limitadores de temperatura nos radiadores e ventiloconvetores.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 22eficincia energtica na escolaclimatizao e ventilao

    renovao de ar

    e ainda

    Promover a ventilao natural atravs das janelas, portas e claraboias, quando as condies exteriores forem favorveis.

    Utilizar ventiladores de elevada eficincia e sistemas de controlo com sensores de CO2 e variadores de velocidade para ajustar s necessidades.

    Efetuar operaes de manuteno peridica aos componentes das unidades de tratamento de ar (UTA), quando aplicvel, incluindo filtros, correias de ventiladores e sistemas de controlo.

    Nos dias mais quentes, fechar os tapassis ou estores para reduzir a entrada de calor, mantendo os envidraados abertos para circulao de ar.

    Nos dias mais frios, abrir os tapassis ou estores e manter os envidraados fechados para aproveitar e manter o calor do sol.

    Evitar o aquecimento e arrefecimento excessivo, no selecionando temperaturas inferiores a 22C no vero, nem superiores a 20C no inverno.

    Optar por sistemas de climatizao centralizados com possibilidade de controlo individualizado, de modo a permitir uma gesto adequada para as diferentes necessidades dos vrios espaos.

    Utilizar dispositivos para desligar a climatizao quando as portas ou janelas forem abertas ou o espao estiver desocupado.

    equipamentos de arrefecimento

    Optar por equipamentos de elevada eficincia e dimensionados de acordo com as necessidades.

    Adotar sistemas free cooling para utilizar sempre que as condies exteriores sejam favorveis.

    Instalar bancos de gelo para armazenamento de frio, de forma a otimizar as condies de funcionamento do chiller, quando aplicvel, e o tarifrio da energia eltrica.

    Utilizar termstatos programveis com limitadores de temperatura nos ventiloconvetores.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola23 |

    alunoso que podem fazer

    Nos dias mais quentes, fechar os tapassis ou estores para reduzir a entrada de calor, mantendo os envidraados abertos para circulao de ar.

    Nos dias mais frios, abrir os tapassis ou estores e manter os envidraados fechados para aproveitar e manter o calor do sol.

    Designar inspetores da climatizao e organizar rotinas peridicas durante os intervalos e ao final do dia para desligar a climatizao de espaos no utilizados e identificar oportunidades de melhoria.

    Designar inspetores da ventilao e organizar rotinas peridicas durante os intervalos para providenciar a abertura franca das portas e janelas de modo a promover a renovao do ar nas salas.

    eficincia energtica na escolaclimatizao e ventilao

    experimentar e comparar o comportamento dos isolamentos trmicos

    1. Juntar vrios recipientes idnticos (embalagens de carto, garrafas de plstico ou latas). 2. Revestir cada recipiente com um material de isolamento diferente ou com diferentes espessuras, ficando um sem isolamento para servir de referncia. 3. Colocar um lquido quente ou frio com a mesma temperatura em todos os recipientes.4. Medir a temperatura de 15 em 15 minutos no interior de cada um dos recipientes, mergulhando o termmetro at ao fundo.5. Anotar as temperaturas medidas numa tabela e comparar os resultados obtidos para cada um dos materiais de isolamento e para as diferentes espessuras.

    aprender experimentandoatividades ldicas e pedaggicaspara aprender mais

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 24eficincia energtica na escolagesto e monitorizao de consumos e custos

    2.6. GESTO E MONITORIZAO DE CONSUMOS E CUSTOS

    Uma gesto adequada e uma monitorizao contnua dos consumos de energia nas escolas permitem identificar o modo de utilizao das vrias formas de energia nos diferentes tipos e zonas de consumo, detetar eventuais desvios ou anomalias e atuar atempadamente no sentido de evitar desperdcios de energia e melhorar a eficincia energtica.

    escolao que os responsveis podem fazer

    Criar a funo de gestor de energia e designar recursos humanos internos com conhecimentos e formao adequada.

    Instalar sistemas centralizados de monitorizao e gesto de energia ou, pelo menos, instalar contadores de energia setoriais, para melhor identificao dos consumos por rea e detetar eventuais desvios ou alteraes.

    Fazer leituras peridicas dos contadores de energia eltrica, gs e gua e comparar com as faturas.

    Identificar desperdcios de energia e consumos que podem ser reduzidos ou eliminados.

    Instalar baterias de condensadores para minimizar ou eliminar a energia reativa na energia eltrica.

    Promover a manuteno preventiva e peridica dos equipamentos por tcnicos ou empresas qualificadas.

    Providenciar a realizao de diagnsticos energticos peridicos por tcnicos qualificados.

    Implementar planos de ao de gesto de energia para a escola.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola25 | eficincia energtica na escola

    gesto e monitorizao de consumos e custos

    alunoso que podem fazer

    Fazer a leitura peridica (diria, semanal ou mensal) dos consumos de eletricidade, gs e gua nos respetivos contadores. Elaborar tabelas e grficos com a evoluo dos consumos e relacionar com os custos e as emisses de CO2. Esta informao pode ser divulgada junto dos contadores e em locais onde a restante comunidade escolar possa ter acesso.

    Fazer o levantamento das faturas de eletricidade, gs e gua, e fazer a anlise dos consumos e dos custos, por ms e por ano, e comparar com os consumos de perodos anteriores.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 26

    Estudos indicam que a maioria das escolas, por todo o mundo, tem problemas de qualidade do ar interior (QAI). A exposio a determinados poluentes pode resultar imediatamente em desconforto olfativo (odores desagradveis) e queixas sobre o facto de o ar estar viciado, bafiento ou seco. Em muitos casos, os contaminantes do ar interior so a causa da m qualidade do ar percecionada pelos utilizadores.

    Alguns dos efeitos que podem surgir aps a exposio a alguns contaminantes podem ser: Irritaodosolhos(olhosvermelhos). Gargantairritada. Narizentupidooudefluxonasal. Doresdecabeaetonturas. Fadigainjustificada,faltadeconcentrao. Baixadaprodutividade.

    Dependendo dos poluentes, das concentraes, do tempo de exposio e da vulnerabilidade das pessoas expostas, a qualidade do ar pode causar problemas de sade mais ou menos severos, tais como: Infeesfrequentes,comogripeeconstipaes. Ataquesdeasma. Alergias(emparticularempessoascom tendncia para estas doenas). InfeespelabactriadaLegionella (doena do legionrio), como resultado da exposio a aerossis infetados no ar, como por exemplo, nos chuveiros dos balnerios. Intoxicaopormonxidodecarbono.

    No caso de um estabelecimento de ensino, vrios estudos demonstram que os alunos tm um menor desempenho e menor capacidade de aprendizagem em salas com m qualidade do ar.

    Uma QAI aceitvel pode ser definida como ar onde no existem contaminantes conhecidos em concentraes perigosas, de acordo com o determinado pelas autoridades reconhecidas e onde a maioria dos ocupantes (80% ou mais) no expressem insatisfao (ASHRAE 2007c).

    De seguida, apresenta-se os principais poluentes a ter em conta na avaliao da QAI, assim como as suas origens.

    3. QUALIDADE DO AR INTERIOR NA ESCOLA

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola27 | qualidade do ar interior na escola

    poluentes

    POLUENTES ORIGEM

    dixido de carbono (CO2)

    monxido de carbono (CO)

    compostos orgnicos volteis (COV)

    ozono (O3)

    rado

    contaminantes biolgicos

    partculas suspensas no ar (PM)

    Gerado pela respirao humana, pela combusto em cozinhas e sistemas de aquecimento, e pelo trfego automvel.

    Produzido pela combusto incompleta em cozinhas e sistemas de aquecimento, pela queima de tabaco em zonas de fumadores e pelo trfego automvel.

    Emitido pelos materiais de construo e mobilirio, devido aplicao de solventes, colas, tintas e vernizes, bem como pelo metabolismo humano (bioefluentes). O formaldedo (HCHO) o COV considerado mais perigoso, em relao qualidade do ar em edifcios, porque, mesmo em baixas concentraes, cancergeno, podendo ser emitido pelo mobilirio, colas, tintas e produtos de beleza. Quanto mais elevada for a temperatura ambiente e a humidade, mais elevadas sero as emisses de formaldedo.

    Emitido nos ambientes interiores por campos eletromagnticos fortes ou fontes de luz ultravioleta, como fotocopiadoras, impressoras laser e alguns tipos de filtros dos sistemas de ar condicionado.

    Trata-se de um gs radioativo contido naturalmente no solo e nas rochas de zonas granticas. extremamente perigoso porque est provado ser cancergeno, no entanto, a Regio Autnoma da Madeira no uma zona de risco da presena deste gs no solo.

    So os micro-organismos que podem estar contidos no ar, como fungos, bactrias, vrus fungais, caros, esporos e plen. Dos contaminantes biolgicos, destaca-se a bactria Legionella pneumophila, que pode causar a legionelose (doena do legionrio).

    So partculas em suspenso no ar com dimetro inferior a 10 m, que podem penetrar profundamente no sistema respiratrio. As partculas, para alm de estarem na origem de problemas respiratrios, podem conter outras substncias nocivas sade, como exemplo as partculas contidas no fumo do tabaco, com efeitos cancergenos.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 28

    Cancro.

    Alergias; irritao da pele, olhos e vias respiratrias; cancro; nuseas; alteraes de ordem cardaca; alteraes neurolgicas (dores de cabea, fadiga, depresso).

    Irritao da garganta; dores de cabea; distrbios visuais; leucemia.

    Em pequenas concentraes: problemas respiratrios; dores de cabea; fadiga.

    Em grandes concentraes: nuseas, vmitos, tonturas.

    Dores de cabea; nuseas; sonolncia; perda de concentrao; perda de viso; asfixia; morte.

    Irritao das vias respiratrias, olhos e pele; dores de cabea; tonturas; tosse; problemas no corao; fibrose pulmonar.

    Irritao das vias respiratrias, olhos e pele; cancro; bronquite; asma; transmisso de doenas.

    Alergias; sinusite; irritao dos olhos e pele; asma; rinite alrgica; bronquite; tuberculose.

    Fase inicial: dores de cabea, dores musculares, febres altas e calafrios associados a transpirao.

    Fases avanadas: tosse seca, pulmes congestionados e possvel afetao dos rins e do fgado.

    (A infeo humana s possvel pela inalao de aerossis com elevadas concentraes de Legionella).

    POLUENTES PRINCIPAIS EFEITOS NA SADE

    rado

    formaldedo (HCHO)

    compostos orgnicos volteis (COV)

    dixido de carbono (CO2)

    monxido de carbono (CO)

    ozono (O3)

    partculas e fibras

    microrganismos (fungos e bactrias)

    Legionella

    concentraes elevadas destes poluentes podem ter efeitos nefastos na sade dos humanos

    qualidade do ar interior na escolapoluentes

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola29 | qualidade do ar interior na escola

    poluentes

    alunoso que podem fazer

    escolao que os responsveis podem fazer

    Instalar grelhas de admisso de ar autorregulveis nas fachadas ou vos envidraados para assegurar o caudal mnimo de renovao de ar de acordo com o nmero de ocupantes.

    Abrir as janelas e as portas durante os intervalos para providenciar a circulao de ar novo nas salas.

    Reorganizar as turmas pelas salas para otimizar a ocupao face ventilao das salas.

    Verificar periodicamente o estado de limpeza das condutas, grelhas e zonas de admisso de ar no exterior.

    Providenciar a limpeza de superfcies com bolores, eliminar zonas hmidas e desinfetar locais com maior risco de contaminao, para reduzir a ocorrncia e desenvolvimento de fungos e bactrias.

    Instalar equipamentos de esterilizao do ar nas salas e aparelhos desumidificadores, em zonas problemticas.

    Verificar o estado e as condies de funcionamento dos sistemas de extrao de gases de combusto, para evitar a contaminao com CO e partculas.

    Instalar alarmes de CO2 para alerta dos docentes, funcionrios e alunos, para abertura manual de janelas e portas para promover o arejamento dos espaos.

    Registar e analisar as queixas de alunos, professores e funcionrios que estejam relacionados com a m qualidade do ar interior.

    Realizar a avaliao peridica da qualidade do ar interior por tcnicos qualificados e identificar as fontes de contaminao internas e externas.

    Promover a ventilao natural das salas e restantes espaos, atravs da abertura das janelas e portas em simultneo quando as salas no esto a ser usadas, para reduzir as concentraes de COV, formaldedo, CO2, CO, bactrias e fungos.

    Designar inspetores da qualidade do ar interior e organizar rotinas peridicas durante os intervalos para verificar as prticas de ventilao natural, sinais de humidade e bolores, problemas de limpeza ou higienizao, e odores estranhos. As anomalias detetadas devem ser anotadas e comunicadas aos responsveis da escola.

    Elaborar materiais informativos sobre boas prticas para melhorar a qualidade do ar interior.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 30

    observar a evoluo das concentraes de CO2 numa sala de aulas

    1. Medir a concentrao de CO2 no exterior.2. Medir a concentrao de CO2 numa sala sem ocupao .3. Medir a concentrao de CO2 numa sala com ocupao normal e com as janelas e portas fechadas, de 15 em 15 minutos, durante uma aula.4. Medir a concentrao de CO2 numa sala com ocupao normal e com as janelas e portas abertas, de 15 em 15 minutos, durante uma aula.

    divulgar a informao e as concluses da anlise efetuada

    Se a escola no dispuser de instrumentos de medio, deve estabelecer contactos com entidades que possam apoiar os alunos nestas atividades.

    Elaborar tabelas ou grficos com a informao recolhida e comparar as diferentes situaes.

    aprender experimentandoatividades ldicas e pedaggicaspara aprender mais

    qualidade do ar interior na escolapoluentes

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola31 |

    O Clube para a Eficincia Energtica e a Qualidade do Ar Interior tem como principal objetivo dinamizar aes que visem sensibilizar a comunidade escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior, envolvendo, tanto quanto possvel, os alunos, as direes, o pessoal docente, o pessoal no docente, os encarregados de educao e outros atores locais com interveno direta ou indireta na ao educativa, contribuindo para a melhoria contnua da eficincia energtica e da qualidade do ar interior, para a reduo da fatura energtica e minimizao dos impactes ambientais associados utilizao de energia nas escolas.

    Os objetivos do clube devem ser escolhidos tendo por base as necessidades e interesses de cada escola e a motivao das partes envolvidas. A ttulo de exemplo, podem ser criados clubes dedicados energia, qualidade do ar interior e mobilidade.

    A composio e a organizao do clube so livres, sendo recomendvel a incluso de alunos de turmas e anos diferentes, professores de reas de ensino distintas, assim como representantes do pessoal no docente e dos encarregados de educao.

    Cada clube deve ter uma designao que o identifique e deve possuir uma estrutura organizativa e funcional, com atribuio de responsabilidades e funes.

    4. CLUBE ESCOLAR PARA A EFICINCIA ENERGTICA E A QUALIDADE DO AR INTERIOR

    objetivos

    composio e organizao

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 32

    A primeira atividade proposta prende-se com a realizao de diagnsticos energticos e qualidade do ar interior escola, para se conhecer quanta energia se consome, que tipos de energia so utilizados, onde se consome mais energia e quais as caratersticas da qualidade do ar interior.

    As atividades a desenvolver podem tomar diversas formas, incluindo aes para a escola, para a comunidade escolar ou para a sociedade em geral, de acordo com os objetivos, as competncias das partes envolvidas e os recursos disponveis.

    Alm das aes do clube, sugere-se, tambm, a partilha de atividades e de informao com clubes de outras reas da mesma escola e com os clubes ou grupos de trabalho de outros estabelecimentos de ensino, promovendo a cooperao, a cidadania e o enriquecimento comum.

    atividades

    4.1. DIAGNSTICOS ENERGTICOS E QUALIDADE DO AR INTERIOR

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interiordiagnsticos energticos e qualidade do ar interior

    De seguida, so apresentadas algumas propostas de atividades que podem ser integradas no plano de ao dos clubes.

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola33 |

    Organizarosgruposdetrabalhoedefinirfunes.Identificarotipodedadosarecolherefontesdeinformaoparapesquisa.Elaborarquestionriosparaalunos,pessoaldocente,pessoalnodocentee encarregados de educao sobre o consumo de energia.Identificarindicadoresdedesempenhoenergtico(kWh/ms;kWh/ano;kWh/aluno, etc.), econmico (/ms; /ano; /aluno, etc.) e ambientais (kgCO2/ms; kgCO2/ano; kgCO2/aluno, etc.).Desenvolverferramentasinformticasparaorganizarainformaoecalcularconsumos e indicadores (folhas de clculo, por exemplo), ou pesquisar ferramentas existentes.Recolherfaturasdeenergia(eletricidade,gs,etc.)de12meses.Identificaroscontadoresdeenergia.Recolherasplantasarquitetnicasedasespecialidadesdaescola.Identificarasvriaszonasereasconsumidorasdeenergiadaescola.Identificarpontosouzonasparaavaliaraqualidadedoarinterior.Fazerolevantamentodoperfildeutilizaodaescola(horrios,perodosletivos, nmero de alunos, nmero de docentes, etc.).Etc.

    Recolherinformaosobreosequipamentosconsumidoresdeenergia,porzonaepor forma de energia, e identificar o consumo de energia (potncia e nmero de horas de funcionamento).Fazeraleituradosconsumosdeenergianoscontadores.Medirosconsumosdeeletricidade.Mediratemperaturadoareahumidaderelativa.Mediratemperaturadaguadosbanhosedapiscina.Determinaroconsumodeguaquentenosbanhos,nacozinhaenapiscina.MedirasconcentraesdeCO2.Realizarquestionrioscomunidadeescolar.Etc.

    Inserirosdadosrecolhidosduranteostrabalhosdecampo(faturas,contadores, equipamentos) nas ferramentas para tratamento da informao.Determinarosconsumosdeenergiaportipoeporsetores.Determinarosindicadoresdedesempenhoenergtico(kWh/ms;kWh/ano;kWh/aluno, etc.), econmico (/ms; /ano; /aluno, etc.) e ambientais (kgCO2/ms; kgCO2/ano; kgCO2/aluno, etc.).Analisarosindicadoresdequalidadedoarinterioratravsdainformaorecolhidaem medies, questionrios ou atravs de queixas dos utilizadores da escola.Determinarapegadaenergticaeecolgicadaescola.Converterosresultadosemimagens,tabelasegrficosparafacilitaraanliseda informao, a comunicao e a divulgao.

    fase 1 preparao

    fase 2 trabalho de campo

    fase 3 tratamento e anlise de dados

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interiordiagnsticos energticos e qualidade do ar interior

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 34

    fase 4 aes de melhoria de eficincia energtica e da qualidade do ar interior

    fase 5 monitorizao dos consumos de energia e da qualidade do ar interior

    fase 6 divulgao dos trabalhos e resultados

    Criarequipasresponsveispelaimplementaoeverificaodasaesdemelhoriada eficincia energtica e da qualidade do ar interior. Identificareestudarmedidasquecontribuamparamelhoraraeficinciaenergticada escola, reduzir os custos de energia e minimizar os impactes ambientais.Estabelecermetaseobjetivosdemelhoriadaeficinciaenergtica(porexemplo,reduzir o indicador de consumo de energia por aluno em 10% em 12 meses).Identificareestudarmedidasparamelhoraraqualidadedoarinteriornaescola.Estabelecermetaseobjetivosdemelhoriadaqualidadedoarinteriornaescola(por exemplo, reduzir o nmero de queixas por parte dos utilizadores da escola em relao a odores, etc.).Implementarasmedidasesoluesparareduzirosconsumosdeenergia,oscustoseas emisses de gases com efeito de estufa, e cumprir com as metas e objetivos definidos.Implementarasmedidasesoluesparacorrigiremelhoraraqualidadedoarinterior,e cumprir com as metas e objetivos definidos.

    Avaliaraimplementaodasmedidaseosresultadosobtidos.Atualizarosindicadoreseavaliarosucessoemrelaosmetaseaosobjetivosdefinidos.Identificaroutrasmedidasdemelhoriacomplementares,deformaacontribuirparaa melhoria contnua dos indicadores de desempenho energtico, econmico, ambiental e da qualidade do ar interior.

    Elaborarcartazes,brochuras,apresentaesevdeosparadivulgarinformaosobreos consumos de energia, custos, impactes ambientais e qualidade do ar interior junto da comunidade escolar e outros atores locais.Divulgarostrabalhoseosresultadosnapginadainternetdaescolaenasredessociais.

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interiordiagnsticos energticos e qualidade do ar interior

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    A realizao de oficinas desperta, normalmente, grande interesse nos alunos e nos professores, devido oportunidade de criar, experimentar, compreender melhor e aplicar conceitos relacionados com algumas disciplinas, como a matemtica, a fsica, a geografia, a geologia, a biologia e a qumica, entre outras.

    Os trabalhos elaborados em contexto oficinal podem funcionar como um complemento s aulas tericas e devem, sempre que possvel, constituir utilidade para as aulas ou para a escola.Uma forma de cativar e envolver mais e melhor os alunos e os professores nestas oficinas, criar exposies e concursos escolares, valorizando e premiando os trabalhos e os respetivos autores. Os materiais utilizados na construo dos modelos devem ser, sempre que possvel, reutilizados e de fcil acesso.

    Para cada um destes e outros temas de seguida sugeridos, os alunos devem pesquisar informao sobre os materiais, os conceitos e as tcnicas a usar.

    A construo de relgios solares permite trabalhar temas como a latitude, inclinao, rosa-dos-ventos, geometria, trigonometria e astronomia, entre outros.No relgio de sol horizontal, o mostrador est na horizontal e o gnmon faz um ngulo igual latitude do local.

    4.2. OFICINAS TEMTICAS

    RELGIO DE SOL HORIZONTAL

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interioroficinas temticas

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    12 12 11 10

    9

    8

    7

    66A

    s

    C

    N b C

    F

    E

    F

    G

    D

    B

    5

    4

    3

    construo1. Traar uma margem de 2 cm em cada um dos lados do carto e definir o lado superior do mostrador como sendo o segmento de reta AB.2. No segmento de reta AB, marcar o ponto mdio C e traar uma perpendicular. Ao ponto de interseo do ltimo segmento com a margem j construda atribuir a letra D.3. A partir do segmento AC, marcar o ngulo complementar da latitude, , com o transferidor, do lugar onde se vai implantar o relgio e traar um segmento de reta com origem no ponto C. Assinalar um ponto E que diste 4 cm de C. 4. A partir do ponto E traar uma perpendicular a CE, que v ao encontro do segmento CD. Chamar F ao ponto de interseco deste novo segmento com o segmento CD.5. Traar uma reta s paralela ao segmento AB e que passe por F.6. Construir uma circunferncia de centro em F e raio igual medida do segmento EF. Assinalar com a letra G o ponto de interseco da circunferncia com o segmento CD.7. Construir uma semicircunferncia de centro em G e marcar sobre esta os ngulos de 15 em 15 a partir do segmento CD. Traar todos os segmentos que unam o ponto G reta s e que passem pelas marcas entretanto assinaladas.8. Com os pontos obtidos na reta s, traar todos os segmentos que vo ao encontro do ponto C e que intersectam na outra extremidade as margens do mostrador. Estes segmentos vo representar as linhas horrias do relgio de sol.9. Com o pedao de cartolina construir o gnmon com base no esquema apresentado.10. Dobrar a pea no segmento FN e colar os dois tringulos um ao outro.11. Com o x-ato fazer uma inciso no carto ao longo do segmento CF.12. Enfiar o gnmon na inciso feita no mostrador, de modo a que as letras C e F fiquem coincidentes, e colar as patilhas na parte anterior do mostrador. O gnmon dever ficar perpendicular ao mostrador.

    utilizao Colocarorelgiodesolnolocaldesejado.OvrticeCdever ficar apontado a Sul. Fazeraleituradahorasolare,depois,compararcomahorado relgio.

    materiais e ferramentas

    1Quadradodecarto com 20 cm de lado 1Quadradodecartolina com 10 cm de lado Rgua Transferidor Compasso Lpis TesouraouX-ato Cola

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interioroficinas temticas

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    A construo de fornos solares permite trabalhar temas como o efeito de estufa, os efeitos da radiao solar e o comportamento de diferentes materiais e cores face radiao solar e temperatura. O forno solar tem por finalidade concentrar os raios de sol e reter o calor para aquecer os alimentos e cozinhar.

    FORNO SOLAR

    materiais e ferramentas

    Caixadecarto Folhasdepapeldejornal (para isolamento) Folhasdealumnio(decozinha) Pelculatransparente (de cozinha) ou folhas de acetato Cartolinapreta(outintapreta) Umrecipienteemalumnio (de preferncia preto) Colaefita-cola X-atoe/outesoura

    construo1. Dobrar vrias folhas de jornal e coloc-las no interior da caixa, sobre a base e os lados.2. Cortar a cartolina preta com a dimenso interior da caixa e coloc-la sobre as folhas de jornal na base da caixa.3. Unir a tampa caixa de forma a ser possvel inclinar de acordo com a posio do sol.4. Cortar a folha de alumnio com as dimenses das partes laterais da caixa e da tampa.5. Colar a folha de alumnio nas partes laterais da caixa e da tampa, pelo interior.

    utilizao Colocarosalimentosnointeriordorecipientedealumnio. Cobrirorecipientecomapelculatransparenteoucoma respetiva tampa. Colocarorecipientenacaixa. Cobriracaixacompelculatransparente. Orientarofornoparaosol. Orientaratampadofornopararefletiraradiaoeconseguira maior concentrao de energia no recipiente. Deslocarofornoconformeaorientaodosol,aolongoda confeo dos alimentos.

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interioroficinas temticas

    1. folha de alumnio2. folha de alumnio3. pelcula transparente4. folhas de papel de jornal5. cartolina preta

    1

    2

    3

    45

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 38

    construoPara o coletor1. Introduzir os quatro tubos nas garrafas de plstico, colocar as unies T e L nas extremidades e juntar as unies com segmentos de tubo, de modo a completar um circuito com uma entrada de gua fria e uma sada para a gua quente.2. Revestir o fundo da caixa com material refletor e montar a estrutura dos tubos na caixa.3. Colocar a caixa com o coletor inclinada, com cerca de 30 a 45 graus em relao horizontal, de modo a que os 4 tubos fiquem tambm inclinados.Para o depsito1. Fazer dois furos no garrafo ficando um prximo do fundo e outro 2 cm abaixo do nvel da gua, de forma a ficar sempre submerso.2. Ligar os tubos do coletor ao depsito de gua com a mangueira flexvel. O tubo da gua fria liga o furo inferior do depsito parte inferior do coletor e o tubo da gua quente liga a parte superior do coletor ao furo superior do depsito.3. Envolver o depsito de gua com isolamento trmico.4. Fazer uma base para apoiar o depsito de gua, pelo menos 10 cm acima da parte superior do coletor.

    utilizao Encher o sistema com gua, garantindo que o ar integralmente removido dos tubos e da mangueira. Colocarocoletoraosol,orientandodeformaacaptaromximo da radiao solar. Monitorizaratemperaturaentradaesadadocoletoreno depsito.

    A construo de coletores solares permite trabalhar temas como o efeito de estufa, a mecnica, a hidrulica, os efeitos da radiao solar, o efeito termossifo, o comportamento de diferentes materiais e cores face radiao solar e temperatura. O coletor solar trmico converte a radiao solar em energia trmica (calor), para aquecimento de gua.

    COLETOR SOLAR TRMICO

    materiais e ferramentas

    Umgarrafoedozegarrafas pequenas de plstico. Doismetrosdemangueira flexvel. Quatrotubosdeplsticopreto com 40 cm e oito segmentos de tubo com cerca de 5 cm para ligaes. OitouniesTeduasuniesL para ligao dos tubos de plstico preto. Caixaretangular(com dimenses aproximadas: 40 cm x 50 cm x 20 cm) para montagem dos tubos do coletor. Isolamentotrmicopara envolver o depsito. Materialrefletor(folhade alumnio, chapa metlica). Suportesdemadeirapara manter a caixa do coletor solar inclinada e para apoiar o depsito de gua. Pistolaecolatrmicapara plstico. Pregospequenosemartelo. Serraparaostubosdeplsticoe para madeira.

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interioroficinas temticas

    1. depsito2. isolamento trmico3. refletor4. garrafas pequenas de plstico5. tubo de plstico preto6. caixa retangular7. mangueira transparente

    7

    1

    2

    3 4

    5

    6

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola39 |

    9 cm

    13 cm

    3,5 cm

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interioroficinas temticas

    A construo de secadores solares permite trabalhar temas como o efeito de estufa, os efeitos da radiao solar e o comportamento de diferentes materiais e cores face radiao solar e temperatura. O secador solar aumenta a temperatura num espao arejado para promover a evaporao da gua e secar frutos, legumes, ervas aromticas, peixe ou carne.

    SECADORSOLAR

    materiais e ferramentas

    Umacaixademadeiracom 100 cm de comprimento, 25 cm de largura e 25 cm de altura. Placadeisolamentotrmico de 3 cm de espessura com 99 cm de comprimento e 24 cm de largura. Umachapametlicapintada de preto de 1 a 2 mm de espessura com as dimenses da placa de isolamento trmico. Umaplacadeacrlicoou material plstico transparente, resistente aos raios ultravioleta, com a dimenso da caixa para a tampa do secador. Berbequimcombrocade madeira de 8 mm.

    construo1. Colocar a placa de isolamento trmico no fundo da caixa.2. Colocar a chapa metlica pintada de preto sobre o isolamento.3. Fazer vrios orifcios com o berbequim em duas laterais opostas da caixa para promover a circulao de ar dentro da caixa. Os orifcios devem estar mais baixos numa das laterais e mais altos na outra.4. Colocar a tampa transparente sobre a caixa.

    utilizao Testarosecadorcomervasaromticas,frutosoulegumes, dispondo-as no interior da caixa, e colocar ao sol com a tampa fechada.

    1. orifcios de entrada de ar2. orifcios de sada de ar

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  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 40clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interioroficinas temticas

    A construo de turbinas elicas permite trabalhar temas como o movimento, a energia cintica, a aerodinmica, o atrito e a resistncia dos materiais. A turbina elica converte a energia do vento em movimento rotativo, que pode ser aproveitado para trabalho mecnico ou produo de eletricidade.

    TURBINAELICA

    materiais e ferramentas

    Umacartolinaparadesenhare recortar o molde de uma p. Umagarrafagrandede plstico (PET), de preferncia lisa, sem nervuras, para recortar e fazer as ps. Duasgarrafaspequenasde plstico (PET) com tampa para fixar o veio da turbina. Umarolhadecortiagrande para encastrar as ps da turbina. Umavaretametlicargidade 2 mm de dimetro com 30 cm de comprimento para o veio da turbina. Cabodevassouraparafixara turbina. Tesourapararecortarasps.

    construo1. Desenhar uma p com aproximadamente 10 cm de comprimento e 3 cm de largura mxima em cartolina e recortar para fazer o molde.2. Usar o molde de cartolina para recortar trs ps numa garrafa grande de plstico.3. Introduzir a vareta metlica (veio da turbina) no centro da rolha de cortia at esta ficar solidria.4. Marcar trs pontos equidistantes no permetro da rolha e fazer um entalhe oblquo para encastrar as ps.5. Encastrar as ps nos entalhes feitos na cortia, de modo a que as ps fiquem com ngulo idntico em relao ao eixo.6. Furar o fundo de uma garrafa pequena de plstico e a tampa para fixar o veio da turbina, na horizontal. 7. Introduzir o veio na garrafa de plstico e fix-lo de forma a no se soltar. Para reduzir o atrito, pode ser colocada uma pequena anilha, entre a rolha e a tampa da garrafa, recortada a partir do fundo de uma garrafa ou de uma tampa. 8. Fixar a garrafa com a turbina na horizontal sobre outra garrafa na vertical para encastrar no cabo de vassoura.

    utilizao Colocaraturbinanumlocalcomvento,orientadanadireo mais favorvel em relao vento, de modo a fazer rodar as ps.

    1. rolha2. veio da turbina3. ps da turbina4. garrafas pequenas de plstico5. cabo de vassoura

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    Rolha

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interioroficinas temticas

    A construo de turbinas hidrulicas permite trabalhar temas como o movimento, a energia potencial, a energia cintica, a hidrodinmica, o atrito e a resistncia dos materiais. A turbina hidrulica converte a energia potencial da queda da gua em movimento rotativo, que pode ser aproveitado para trabalho mecnico ou produo de eletricidade.

    TURBINAHIDRULICA

    materiais e ferramentas

    Seisouoitocolherespequenas em plstico para fazer as ps da turbina. Umarolhadecortiagrande para encastrar as ps da turbina. Umavaretametlicargidade 2 mm de dimetro com 10 cm de comprimento para o veio da turbina. Umabasecomsuportesem madeira ou plstico para apoiar o veio da turbina.

    construo1. Introduzir a vareta metlica (veio da turbina) no centro da rolha de cortia at a atravessar, ficando as duas pontas idnticas, para apoiar nos suportes.2. Marcar seis ou oito pontos equidistantes no permetro da rolha e fazer um entalhe para encastrar as ps.3. Encastrar os cabos das colheres nos entalhes feitos na cortia, de modo a que as conchas das colheres fiquem todas orientadas na mesma direo.4. Apoiar o veio da turbina na base com os suportes de modo a permitir o movimento rotativo da turbina.

    utilizao Incidirumjatodeguadeumatorneirasobreasps,demodoa fazer rodar a turbina.

    1. colheres de plstico2. vareta metlica (veio da turbina)3. rolha4. suporte5. base de suporte

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  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 42clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interioraes de informao e de sensibilizao

    As aes de informao e de sensibilizao proporcionam o conhecimento e estimulam a participao e o debate sobre estas questes de interesse comum. tambm uma oportunidade para a escola convidar pessoas ou entidades que se dedicam a estes temas e que podem contribuir para melhorar a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola.

    As aes devem ser realizadas periodicamente, abordando diversos assuntos relacionados com a energia e a qualidade do ar interior, e ser destinadas aos alunos, ao pessoal docente, ao pessoal no docente e aos encarregados de educao.

    Alm das aes de informao e de sensibilizao, sugere-se a realizao de debates que promovam a participao da comunidade escolar na discusso e na resoluo de assuntos relacionados com a energia e a qualidade do ar interior da escola.

    4.3. AES DE INFORMAO E DE SENSIBILIZAO

    Comoreduzirafaturadeenergiaemcasa.

    Tcnicasebenefciosdaeco-conduo.

    Mobilidadesustentvel.

    Eficinciaenergticanailuminao.

    Eficinciaenergticanosedifcios.

    Eficinciaenergticanoseletrodomsticos.

    Comoeliminaroconsumoemstandby.

    Asenergiasrenovveisemcasa.

    Asenergiasrenovveisnaescola.

    Aqualidadedoarinterioremcasa.

    Aqualidadedoarinteriornaescola.

    Acertificaoenergticaedaqualidade do ar interior nos edifcios.

    EXEMPLOSDE AES DE INFORMAO E DE SENSIBILIZAO A REALIZAR

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola43 |

    A preparao e o desenvolvimento dos materiais de informao e sensibilizao requerem pesquisa e conhecimento das matrias por parte de quem o faz e a sua divulgao transmite esses conhecimentos restante comunidade escolar. Assim, em contexto escolar, os materiais informativos e de sensibilizao proporcionam mais-valias para quem os elabora e para os destinatrios.

    Os meios de divulgao devem ser selecionados de acordo com o objetivo e pblico-alvo. Os autocolantes devem ser colocados de acordo com as mensagens a transmitir, os cartazes devem estar expostos em locais onde o pblico-alvo tenha oportunidade para ler, as brochuras devem ser apelativas e entregues em mo com uma breve apresentao. Todos estes e outros materiais podem ser publicados nas redes sociais e na pgina da internet da escola ou do clube.

    Alm dos autocolantes, brochuras e cartazes, podem ser desenvolvidos outros materiais, como vdeos, fotos, entre outros, que podem ser divulgados atravs dos mais variados meios disponveis e adequados para o fim a que se destinam.

    As redes sociais e as pginas de internet devem ser usadas para estes fins, atendendo capacidade e facilidade de utilizao e de transmisso de informao. O prprio clube pode criar uma conta nas redes sociais, onde pode comunicar e disponibilizar informao til para a restante comunidade escolar.

    4.4. MATERIAIS INFORMATIVOS E DE SENSIBILIZAO

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interiormateriais informativos e de sensibilizao

  • guia para a eficincia energtica e a qualidade do ar interior na escola | 44

    EXEMPLOSDE INFORMAO A CONSIDERARPARA MATERIAISOU MEIOS DEINFORMAO E DE SENSIBILIZAO

    Mensagenssobreboasprticasdeutilizaoda energia (por exemplo: desligar a iluminao e os equipamentos quando no esto a ser utilizados, desligar os equipamentos no boto ou na ficha para eliminar o standby, etc.).

    Mensagenssobreboasprticasateremcontapara melhorar a qualidade do ar interior (por exemplo: abrir as portas e as janelas durante uns minutos para circular ar novo nas salas, tomar banho aps as aulas de educao fsica, etc.).

    Mensagenssobreboasprticasateremcontanas deslocaes casa-escola-casa (por exemplo: se moras perto da escola, desloca-te a p ou de bicicleta, etc.).

    Informaosobreaproduodeenergianaescola atravs de fontes de energia renovveis.

    Informaosobreapegadaenergticaeapegada ecolgica da escola.

    Vdeossobreboasprticasdeutilizaodeenergia.

    Vdeossobrecomomelhoraraqualidadedo ar interior.

    Apresentaodosindicadoresdedesempenho energtico, econmico e ambiental antes e depois da implementao das medidas de melhoria.

    Apresentaodosindicadoresdequalidadedo ar interior antes e depois da implementao das medidas de melhoria.

    Apresentaodemetaseobjetivosdaescolapara a eficincia energtica e para a qualidade do ar interior.

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interiormateriais informativos e de sensibilizao

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    Durante o ano letivo, e em consonncia com as matrias escolares, o clube pode organizar dias ou semanas temticas, onde determinados temas so debatidos mediante a realizao de atividades que envolvam a comunidade escolar e entidades convidadas.

    4.5. DIASTEMTICOS

    O clube pode dedicar um dia ou uma semana ao tema e as atividades a promover podem ser, por exemplo: aes de sensibilizao e de informao, apresentao do plano de ao para a eficincia energtica da escola, exposio de trabalhos elaborados pelos alunos, oficinas abertas comunidade escolar, jogos, visitas de estudo, entre outras.

    Como a qualidade do ar interior no tem dia oficial, o clube pode escolher uma data para este tema.Exemplo de atividade a desenvolver no mbito da qualidade do ar interior: aes de informao e de sensibilizao, divulgao dos efeitos das tintas, vernizes e colas na qualidade do ar interior, efeitos do dixido de carbono no desempenho escolar, entre outras.

    Uma vez que esta data coincide com o incio das aulas, o tema pode ser comemorado noutra altura do ano. Contudo, o clube e a escola devem aproveitar e participar nas atividades promovidas pelas autarquias locais que aderem ao Dia Europeu sem carros.Exemplos de atividades a desenvolver no mbito da semana ou dia da mobilidade: provas de orientao, peddy papers, aes de informao e de sensibilizao, exposies de trabalhos elaborados pelos alunos, entre outras.

    dia da energia 29/05

    qualidade do ar interior

    dia europeu sem carros 22/09

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interiordias temticos

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    O clube poder promover, em conjunto com os professores, visitas de estudo regulares a instalaes de produo de energia, como centrais trmicas, parques elicos, parques fotovoltaicos, centrais hdricas, centrais de biomassa, entre outras, bem como visitas a exposies e museus, como o Museu Casa da Luz, no Funchal, o Centro Cincia Viva, no Porto Moniz, e os moinhos de vento no Porto Santo.

    O clube, em parceria com outros clubes ou grupos escolares dedicados ao jornalismo e informao, podem trabalhar sobre temas de interesse para a escola e desenvolver um conjunto de reportagens e artigos sobre energia e qualidade do ar interior para publicao interna, em jornais escolares, redes sociais, pginas da Internet e at na comunicao social local.

    4.6. VISITAS DE ESTUDO

    4.7. REPORTAGENS E ARTIGOS

    Comopouparenergiaemcasaenaescola. Comopouparenergianasdeslocaesdirias. Pegadaenergticaepegadaecolgica. Quaisosimpactesdeumaconcentraodedixido de carbono elevada dentro de uma sala de aula. Etiquetaenergticanailuminao, eletrodomsticos e televisores. Emissesatmosfricasealteraesclimticas. Asenergiasrenovveisnaescola. Asenergiasrenovveisemcasa. Aqualidadedoarinteriornodesempenhoescolare na sade. Comoreduzirafaturadeenergia. AenergianaRegio. Aenergia:quefuturo? Visitasdeestudo.

    EXEMPLOSDE TEMAS A ABORDAR

    clube escolar para a eficincia energtica e a qualidade do ar interiorvisitas de estudoreportagens e artigos