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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes 1 Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral 2015 Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes - Métodos, critérios e regras Revisão efetuada em abril 2018

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

1

Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral

2015

Guia do Procedimento Concursal: comum e

dirigentes - Métodos, critérios e regras

Revisão efetuada em abril 2018

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

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Índice INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................5 CAPÍTULO I - DO PROCEDIMENTO CONCURSAL .......................................................................................8

1. Noções ..................................................................................................................................... 8 2. Mapas de pessoal..................................................................................................................... 9 3. Âmbito do recrutamento ....................................................................................................... 11 4. Requisitos/Condições de candidatura ................................................................................... 11 5. Modalidades do Procedimento Concursal ............................................................................. 13 6. Procedimento Concursal Comum .......................................................................................... 13 6.1. Atos preparatórios da competência dos serviços .............................................................. 13 6.1.1. Despacho de abertura ....................................................................................................... 14 6.1.2. Elaboração do Aviso de Abertura ...................................................................................... 15 6.2. Atos preparatórios da competência do Júri ...................................................................... 15 7. Tramitação do Procedimento ................................................................................................ 16 7.1. Publicitação ....................................................................................................................... 16 7.2. Forma de apresentação das candidaturas ......................................................................... 16 7.3. Documentos que acompanham a candidatura ................................................................. 17 7.4. Apreciação das candidaturas ............................................................................................. 18 7.5. Audiência dos interessados ............................................................................................... 18 7.6. Aplicação dos métodos de seleção .................................................................................... 19 7.7. Publicitação dos resultados dos métodos de seleção intercalares ................................... 19 7.8. Ordenação final dos candidatos ........................................................................................ 20 7.9. Audiência dos interessados e garantias dos candidatos ................................................... 21 8. Recrutamento ........................................................................................................................ 22 8.1. Ordem do recrutamento ................................................................................................... 22 8.2. Determinação do posicionamento remuneratório............................................................ 22 8.3. Causas impeditivas do recrutamento ................................................................................ 23 9. Cessação do procedimento concursal ................................................................................... 24 10. Constituição de reservas de recrutamento no próprio órgão ou serviço .............................. 24

CAPÍTULO II - DOS MÉTODOS DE SELEÇÃO ........................................................................................... 25 11. Métodos de Seleção Obrigatórios.......................................................................................... 25 11.1. Ponderação ........................................................................................................................ 26 11.2. Aplicação de um único Método de Seleção Obrigatório ................................................... 26 12. Métodos de Seleção Facultativos ou Complementares ......................................................... 27 13. Utilização faseada dos métodos de seleção .......................................................................... 28 14. Valoração dos diversos métodos de seleção ......................................................................... 29

CAPÍTULO III - DO JÚRI .......................................................................................................................... 30 15. Designação, Composição, Competências e Funcionamento ................................................. 30 15.1. Designação do júri ............................................................................................................. 30 15.2. Composição do júri ............................................................................................................ 30 15.3. Competência do júri .......................................................................................................... 31 15.4. Funcionamento do júri ...................................................................................................... 33 15.5. Prevalência das funções de júri ......................................................................................... 33 16. Quadro síntese sobre a marcha do procedimento concursal ................................................ 34

CAPÍTULO IV - PROCEDIMENTO CONCUSAL PARA DIRIGENTES ............................................................ 37 17. Especificidade ........................................................................................................................ 37 17.1. Recrutamento para cargos de direção superior ................................................................ 37 17.2. Recrutamento para cargos de direção intermédia ............................................................ 38 18. Tramitação do Procedimento Concursal para Recrutamento de Cargos de Direção Intermédia 39 18.1. Publicitação ....................................................................................................................... 39 18.2. Júri ..................................................................................................................................... 39 18.3. Provimento ........................................................................................................................ 40

Anexo - Fases do procedimento concursal comum .............................................................................. 42

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GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

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INTRODUÇÃO

Recrutar e selecionar recursos humanos para a Administração Pública portuguesa é um aspeto

da gestão pública que tem vindo a sofrer profundas alterações, como forma de responder aos

desafios lançados por uma sociedade em que o desenvolvimento do conhecimento e a

consciência de cidadania exigem uma maior transparência e celeridade dos procedimentos.

O procedimento concursal para ocupação de postos de trabalho, constitucionalmente exigido,

desempenha um papel fulcral na gestão do pessoal que exerce ou pretenda exercer funções

na Administração Pública.

A Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, alterada e republicada pela Portaria n.º

145-A/2011, de 6 de abril, regulamenta o procedimento concursal, quer na vertente da

ocupação imediata de postos de trabalho, quer na da constituição de reservas de

recrutamento.

Com a entrada em vigor da Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada em

anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, a mencionada Portaria mantém-se em vigor, nos

termos do n.º 2 do artigo 42.º da citada Lei n.º 35/2014, em articulação com o n.º 2 do artigo

37.º da LTFP.

O Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) tem desenvolvido diversas

diligências no sentido de dotar os seus serviços com os recursos humanos necessários para a

prossecução das suas atribuições, designadamente através de procedimentos concursais

comuns e para constituição de reservas de recrutamento.

No que respeita ao procedimento concursal para dirigentes, o mesmo encontra-se consagrado

na Lei n.º 2/2004, de 15 de janeiro, na sua redação atual, pelo que importa abordar este

assunto através de um capítulo único.

Nesta conformidade, o presente “Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes”

insere-se na lógica da celeridade e da simplificação de procedimentos sobre o modo de

organizar e conduzir todo o processo de recrutamento e seleção na Administração Pública,

sendo o seu principal objetivo apoiar os dirigentes e trabalhadores do GPP, com vista a uma

harmonização de procedimentos nesta matéria.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

Cabe referir que, de acordo com o n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 25/2017, de 30 de maio1, “as

referências a «requalificação» constantes da LTFP e de outros diplomas legais entendem-se

feitas para o regime da valorização profissional.”.

Refira-se, por último, que a utilização deste Guia não dispensa a consulta da legislação acima

referenciada.

1 Diploma que aprovou o regime da valorização profissional dos trabalhadores com vínculo de emprego público, procede à segunda alteração

à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, e à quarta alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, e revoga a Lei n.º 80/2013, de 28 de novembro.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

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Siglas utilizadas no presente “Guia”

BEP – Bolsa de Emprego Público

CPA – Código do Procedimento Administrativo

CReSAP – Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública

ECCRC – Entidade Centralizada para Constituição de Reservas de Recrutamento

EPD – Estatuto do Pessoal Dirigente

GPP – Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral

LOE – Lei do Orçamento do Estado

LTFP – Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas

QUAR – Quadro de Avaliação e Responsabilização

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8 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

CAPÍTULO I - DO PROCEDIMENTO CONCURSAL

1. Noções

(art.º 2.º da Portaria2)

Para efeitos do presente “Guia”, entende-se por:

a) «Recrutamento» o conjunto de procedimentos que visa atrair candidatos

potencialmente qualificados, capazes de satisfazer as necessidades de pessoal de

uma entidade empregadora pública ou de constituir reservas para satisfação de

necessidades futuras;

b) «Procedimento concursal» o conjunto de operações que visa a ocupação de postos

de trabalho necessários ao desenvolvimento das atividades e à prossecução dos

objetivos de órgãos ou serviços;

c) «Seleção de pessoal» o conjunto de operações, enquadrado no processo de

recrutamento, que, mediante a utilização de métodos e técnicas adequadas,

permite avaliar e classificar os candidatos de acordo com as competências

indispensáveis à execução das atividades inerentes ao posto de trabalho a ocupar3;

d) «Métodos de seleção» as técnicas específicas de avaliação da adequação dos

candidatos às exigências de um determinado posto de trabalho, tendo como

referência um perfil de competências previamente definido;

e) «Perfil de competências» o elenco de competências e dos comportamentos que

estão diretamente associados ao posto de trabalho, identificados como os mais

relevantes para um desempenho de qualidade, com base na análise da função e do

contexto profissional em que a mesma se insere;

f) «Posição remuneratória de referência» a posição remuneratória de determinada

carreira e ou categoria que, havendo lugar à negociação do posicionamento

2 Sempre que não seja feita referência ao diploma legal, todos os artigos mencionados são da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro,

alterada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de abril. 3 Só se pode recrutar no âmbito de uma formação académica específica, caso esta esteja prevista no respetivo mapa de pessoal.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

remuneratório, o dirigente máximo do órgão ou serviço pondera vir a oferecer aos

trabalhadores a recrutar, determinada em função das disponibilidades

orçamentais, sem prejuízo da possibilidade de, fundamentadamente, poder vir a

oferecer posição diferente, nos termos e com observância dos limites legalmente

definidos, em especial no artigo 38.º da LTFP.

2. Mapas de pessoal

(art.ºs 29.º, 30.º e 31.º da LTFP)

Os mapas de pessoal traduzem a necessidade de garantir, no plano da organização do

trabalho, uma adequada resposta às necessidades impostas pela lei e pelas orientações

estratégicas e operacionais superiormente tomadas e consubstanciadas no QUAR – Quadro

de Avaliação e Responsabilização e no Plano de Atividades.

Por tal motivo, os mapas de pessoal contêm a indicação do número de postos de trabalho

de que o órgão ou serviço carece para o desenvolvimento das respetivas atividades,

caracterizados em função:

Da atribuição, competência ou atividade que o seu ocupante se destina a cumprir

ou a executar;

Do cargo ou da carreira e/ou categoria, que lhe correspondam;

Dentro de cada carreira e/ou categoria quando imprescindível, da área de formação

académica ou profissional de que o seu ocupante deva ser titular;

Do perfil de competências transversais da respetiva carreira ou categoria,

regulamentado por portaria do membro do Governo responsável pela área da

Administração Pública e complementado com as competências associadas à

especificidade do posto de trabalho.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

10 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

Em função do mapa de pessoal, o serviço verifica se se encontram em funções

trabalhadores em número suficiente, insuficiente ou excessivo para o desenvolvimento das

respetivas atividades.

Se esse número for insuficiente e o orçamento do serviço prever a existência de verbas

específicas para o efeito, o dirigente máximo pode promover o recrutamento dos

trabalhadores necessários à ocupação dos postos de trabalho previstos e não ocupados no

mapa de pessoal, desde que observados previamente todos os procedimentos legais, de

acordo com o que mais à frente se descreve.

As alterações ao mapa de pessoal que impliquem um aumento de postos de trabalho

carecem de autorização prévia fundamentada do membro do Governo de que dependa o

órgão ou serviço, desde que devidamente comprovado o seu cabimento orçamental, e do

reconhecimento da sua sustentabilidade futura pelo membro do Governo responsável pela

área das finanças, sem prejuízo do direito de ocupação de posto de trabalho no órgão ou

serviço pelo trabalhador que, nos termos legais, a estes deva regressar.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

3. Âmbito do recrutamento

(art.º 5.º da Portaria e art.º 30.º da LTFP)

Recrutamento para atividades de natureza permanente: opera com recurso à constituição de relações jurídicas de emprego público por tempo indeterminado (nomeação ou contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado)

A quem se destina?

Regra

Trabalhadores com relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado previamente estabelecida, quer estejam em exercício de funções ou no regime da valorização profissional.

Exceção

Em caso de impossibilidade de ocupação de todos ou de alguns postos de trabalho por recurso a trabalhadores com relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado previamente estabelecida poderá proceder-se ao recrutamento de trabalhadores com e sem vínculo, mediante parecer favorável dos membros do Governo responsáveis pelas finanças e pela Administração Pública.

Recrutamento para atividades de natureza temporária: opera-se com recurso à constituição de relações jurídicas de emprego público por tempo determinado ou determinável (contrato de trabalho a termo resolutivo, certo ou incerto)

A quem se destina?

Regra

Trabalhadores que não pretendam conservar a qualidade de sujeitos de relações jurídicas de emprego público constituídas por tempo indeterminado;

Trabalhadores que se encontram no regime da valorização profissional.

Exceção

Em caso de impossibilidade de ocupação de todos ou de alguns postos de trabalho por recurso a trabalhadores com relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado previamente estabelecida poderá proceder-se ao recrutamento de trabalhadores com e sem vínculo, mediante parecer favorável dos membros do Governo responsáveis pelas finanças e pela Administração Pública.

4. Requisitos/Condições de candidatura

(art.ºs 17.º, 34.º. 35.º e 86.º da LTFP e art.º 27.º da Portaria)

Gerais:

A apresentação dos documentos comprovativos relativos aos requisitos previstos no artigo

17.º da LTFP apenas é exigida na constituição do vínculo de emprego público, pelo

empregador público, bastando instruir o processo de candidatura com a “menção de que

o candidato declara serem verdadeiros os factos constantes da candidatura” após indicar

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

12 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

obrigatoriamente a sua situação perante cada um dos requisitos de admissão exigidos,

conforme referem a alínea d), subalínea i), e alínea f) do n.º 1 do artigo 27.º da Portaria.

Habilitacionais:

Regra: os trabalhadores devem ser titulares do nível habilitacional ou da área de

formação exigida, nos termos da LTFP e do Aviso.

Exceção: a habilitação académica pode, nos termos legais, ser substituída por

formação ou experiência profissional, devendo esta possibilidade constar

obrigatoriamente do aviso.

Outros requisitos:

a) No caso de se tratar de carreiras unicategorias (técnico superior) ou da categoria

inferior de carreiras pluricategoriais (assistente técnico e assistente operacional),

podem candidatar-se ao procedimento:

Trabalhadores integrados na mesma carreira, a cumprir ou a executar diferente

atribuição, competência ou atividade, do órgão ou serviço em causa4;

Trabalhadores integrados na mesma carreira, a cumprir ou a executar qualquer

atribuição, competência ou atividade, de outro órgão ou serviço ou que se

encontrem no regime da valorização profissional;

Trabalhadores integrados em outras carreiras;

Trabalhadores que exerçam os respetivos cargos em comissão de serviço ou

que sejam sujeitos de outros vínculos de emprego público a termo e indivíduos

sem vínculo de emprego público previamente constituído.

b) Podem ainda candidatar-se a procedimento destinado ao recrutamento para

categorias superiores de carreiras pluricategorias, salvo lei especial em contrário:

4 Ao contrário e em conformidade com o disposto na alínea l) do n.º 3 do artigo 19.º da Portaria, não podem ser admitidos candidatos

que, cumulativamente, se encontrem integrados na carreira, sejam titulares da categoria e, não se encontrando em mobilidade, ocupem postos de trabalho previstos no mapa de pessoal do próprio órgão ou serviço, idênticos aos postos de trabalho para cuja ocupação se publicita o procedimento.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

Trabalhadores integrados na mesma carreira, em diferente categoria, do órgão

ou serviço em causa, que se encontrem a cumprir ou a executar idêntica

competência ou atividade.

5. Modalidades do Procedimento Concursal

(art.º 3.º da Portaria)

O procedimento concursal pode revestir as seguintes modalidades:

Comum - sempre que se destine ao imediato recrutamento para ocupação de

postos de trabalho previstos, e não ocupados, nos mapas de pessoal dos órgãos ou

serviços;

Para constituição de reservas de recrutamento - sempre que se destine à

constituição de reservas de pessoal para satisfação de necessidades futuras da

entidade empregadora pública ou de um conjunto de entidades empregadoras

públicas.

6. Procedimento Concursal Comum

6.1. Atos preparatórios da competência dos serviços

(art.º 4.º e 47.º da Portaria e n.º 1 do art.º 33.º da LTFP)

Identificar a necessidade de recrutamento em função do mapa de pessoal;

Cabimentar a despesa no orçamento do serviço;

Consultar a reserva constituída no próprio órgão ou serviço (a partir dos candidatos

aprovados em procedimento anterior e utilizável no prazo de 18 meses contados da

homologação da lista de ordenação final) no sentido de confirmar a existência ou não

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

14 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

de candidatos que permitam satisfazer as características dos postos de trabalho a

ocupar.

Existindo candidatos em reserva no próprio serviço:

Não existindo candidatos em reserva, no próprio serviço, com o perfil adequado ao posto de trabalho:

Os mesmos são convocados para a negociação;

O procedimento concursal cessa com a ocupação dos postos de trabalho ou quando os mesmos não possam ser totalmente ocupados por inexistência ou insuficiência de candidatos, ou falta de acordo na negociação.

O dirigente máximo consulta a ECCRC.

Existindo candidatos em reserva na entidade centralizada para constituição de reservas de recrutamento (ECCRC):

Não existindo candidatos em reserva na ECCRC:

É comunicada por esta entidade a lista unitária de ordenação final que se encontre atualizada no termo do mês em que se realiza a consulta. A comunicação é publicitada pela ECCRC através de aviso afixado em local visível e público das suas instalações e disponibilizada na sua página eletrónica;

A entidade empregadora pública finaliza o procedimento através da realização de uma entrevista profissional de seleção e comunica à ECCRC o recrutamento efetuado.

O dirigente máximo do órgão ou serviço pode determinar a abertura do procedimento concursal comum5.

6.1.1. Despacho de abertura

(art.ºs 17.º, 30.º, 33.º e 36.º da LTFP e art.º 26.º da Portaria)

O despacho de abertura deve mencionar, designadamente:

A menção ao(s) posto(s) de trabalho a ocupar previsto(s) e não ocupado(s) no mapa

de pessoal do serviço;

Os métodos de seleção a adotar, bem como, se for o caso, a sua utilização faseada;

A identificação, fundamentada, do requisito cuja verificação em concreto conduzirá

à aplicação de um único método de seleção obrigatório, ao abrigo do n.º 5 do artigo

36.º da LTFP;

5 N.º 1 do art.º 33.º da LTFP.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

O prazo de apresentação das candidaturas, que deve ser fixado entre um mínimo

de 10 dias úteis e um máximo de 15 dias úteis contados da data da publicação em

Diário da República;

A designação do júri, incluindo o elemento que substitui o presidente nas suas faltas

e impedimentos, os vogais efetivos e os vogais suplentes.

6.1.2. Elaboração do Aviso de Abertura

O aviso de abertura (publicação integral) do procedimento concursal deve conter os

elementos constantes do n.º 3 do artigo 19.º da Portaria.

6.2. Atos preparatórios da competência do Júri

(alínea c) do n.º 2 e n.º 3 do art.º 22.º da Portaria)

Após a sua designação, e em momento anterior à publicação do aviso na 2.ª série do Diário

da República, o júri elabora a ata em que são fixados os parâmetros de avaliação, a sua

ponderação, a grelha classificativa e o sistema de valoração final de cada método de

seleção.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

16 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

7. Tramitação do Procedimento

7.1. Publicitação

(n.ºs 1 e 2 do art.º 19.º da Portaria)

O procedimento concursal é publicitado pelos seguintes meios:

Na 2.ª série do Diário da República, por publicação integral;

Na bolsa de emprego público (www.bep.gov.pt), através do preenchimento de

formulário próprio, devendo estar disponível para consulta no 1.º dia útil seguinte

à publicação do aviso em Diário da República;

Na página eletrónica do serviço, por extrato disponível para consulta a partir da

data da publicação do aviso em Diário da República;

Em jornal de expansão nacional, por extrato, no prazo máximo de três dias úteis

contados da data da publicação do aviso em Diário da República;

Outros meios de divulgação (facultativo).

7.2. Forma de apresentação da candidatura

(art.º 27.º da Portaria)

A forma de apresentação da candidatura deve constar, obrigatoriamente, do aviso de

abertura do procedimento. Assim:

A candidatura deve ser efetuada em suporte de papel ou eletrónico, através do

preenchimento de formulário tipo, em ambos os casos, de utilização obrigatória,

aprovado pelo Despacho n.º 11321/2009, do Ministro de Estado e das Finanças6;

A apresentação da candidatura em suporte de papel é efetuada pessoalmente ou

através de correio registado, com aviso de receção, para o endereço postal do órgão

ou serviço, até à data limite fixada na publicação;

6 Publicado no Diário da República, 2.ª Série, n.º 89, de 8 de maio de 2009.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

No ato de receção da candidatura efetuada pessoalmente é obrigatória a passagem

de recibo;

Na apresentação da candidatura ou de documentos através de correio registo com

aviso de receção atende-se à data do respetivo registo;

Quando estiver expressamente prevista na publicação a possibilidade de

apresentação da candidatura por via eletrónica, a validação eletrónica deve ser feita

por submissão do formulário disponibilizado para esse efeito, acompanhado do

respetivo currículo e de outros documentos, sempre que exigidos, devendo o

candidato guardar o comprovativo.

7.3. Documentos que acompanham a candidatura

(art.º 28.º da Portaria)

A titularidade dos requisitos legalmente exigidos para o recrutamento é comprovada

através de documentos apresentados aquando da candidatura ou da constituição da

relação jurídica de emprego público, de acordo com o aviso de abertura. Assim:

A não apresentação dos documentos comprovativos da reunião dos requisitos

legalmente exigidos determina a exclusão do candidato do procedimento, quando

a falta desses documentos impossibilite a sua admissão ou a avaliação;

O júri pode, por sua iniciativa ou a requerimento do candidato, conceder um prazo

suplementar razoável para apresentação dos documentos exigidos quando seja de

admitir que a sua não apresentação atempada se tenha devido a causas não

imputáveis a dolo ou negligência do candidato;

A concessão do prazo suplementar é obrigatório no caso de trabalhadores

colocados no regime da valorização profissional, cuja candidatura tenha sido

apresentada pela entidade gestora da mobilidade;

A apresentação de documento falso dá lugar a procedimento disciplinar e ou penal,

consoante os casos.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

18 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

7.4. Apreciação das candidaturas

(art.º 29.º da Portaria)

Terminado o prazo para apresentação de candidaturas, o júri procede, nos 10 dias úteis

seguintes, à verificação dos elementos apresentados pelos candidatos, designadamente

dos requisitos exigidos e a apresentação dos documentos essenciais à admissão ou

avaliação, notificando, quando for o caso, os candidatos para o suprimento de deficiências

detetadas no seu processo de candidatura desde que as mesmas não sejam devidas a

causas que lhes sejam imputáveis a título de dolo ou negligência.

7.5. Audiência dos interessados

(art.ºs 30.º e 31.º da Portaria e art.ºs 121.º e 122.º do CPA7)

No caso de haver candidatos a excluir:

Audiência dos

interessados

Nos cinco dias úteis seguintes ao termo do prazo para a apreciação das candidaturas, o júri notifica os candidatos da intenção de exclusão com vista à realização da audiência dos interessados nos termos do CPA. A notificação aos candidatos é efetuada por uma das seguintes formas: E-mail, com recibo de entrega da notificação; Ofício registado; Notificação pessoal; Aviso, publicado na 2.ª série do Diário da República informando da afixação em local

visível e público das instalações do serviço e da disponibilização na sua página eletrónica.

Pronúncia dos

interessados

do ato da

exclusão

Os interessados dispõem de um prazo não inferior a 10 dias úteis para se pronunciarem, o qual é contado, consoante o caso: Da data do recibo de entrega do e-mail; Da data do registo do ofício, respeitada a dilação de três dias do correio; Da data da notificação pessoal; Da data da publicação do aviso na 2.ª série do Diário da República.

As alegações a apresentar pelos candidatos devem ser feitas em formulário tipo de utilização obrigatória, aprovado pelo Despacho n.º 11321/2009, do Ministro de Estado e das Finanças.

Apreciação

das alegações

e deliberação

do Júri

O júri aprecia as questões suscitadas no prazo de 10 ou 20 dias úteis, após a realização da audiência, consoante os interessados ouvidos sejam em número inferior ou superior a 100. Findo o prazo acima referido sem que tenha sido proferida deliberação, o júri justifica, por escrito, a razão excecional dessa omissão e tem-se por definitivamente adotado o projeto de deliberação. Os candidatos excluídos definitivamente são notificados por uma das formas anteriormente referidas aquando da audiência dos interessados. Da exclusão pode ser interposto recurso hierárquico ou tutelar, o qual é meramente facultativo (art.º 39.º da Portaria), isto é não suspende a marcha do procedimento.

7 O Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro, aprovou, em anexo, o Código do Procedimento Administrativo.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

7.6. Aplicação dos métodos de seleção

(art.º 32.º da Portaria e art.º 36.º da LTFP)

Aplicação de método de seleção que exija a

presença dos candidatos Aplicação de método de seleção que não

exija a presença dos candidatos

Candidatos

Admitidos

Nos cinco dias úteis seguintes ao termo do prazo para a apreciação das candidaturas ou da conclusão do processo da audiência dos interessados (quando exista), o júri convoca os candidatos admitidos para a realização do 1.º método de seleção com indicação do local, data e horário em que a mesma deva ter lugar.

O júri, nos cinco dias úteis seguintes ao termo do prazo para a apreciação das candidaturas ou da conclusão da audiência dos interessados (quando exista), inicia os procedimentos relativos à aplicação dos métodos que não exijam a presença dos candidatos

Procedimento a

adotar pelo Júri, no

caso de deliberar

admitir candidatos

que não possuam o

nível habilitacional

exigido8

Nos cinco dias úteis seguintes ao termo do prazo para a apreciação das candidaturas ou da conclusão da audiência dos interessados (quando exista), o júri: Notifica os candidatos da deliberação relativa

a esta admissão enviando, para o efeito, a respetiva ata, acompanhada do teor integral da sua fundamentação;

Convoca todos os candidatos admitidos para a realização do 1.º método de seleção com indicação do local, data e horário em que o mesmo deva ter lugar.

Nos cinco dias úteis seguintes ao termo do prazo para a apreciação das candidaturas ou da conclusão da audiência dos interessados (quando exista), o júri: Notifica os candidatos da deliberação

relativa a esta admissão enviando, para o efeito, a respetiva ata, acompanhada do teor integral da sua fundamentação;

Inicia os procedimentos relativos à aplicação dos métodos que não exijam a presença dos candidatos.

7.7. Publicitação dos resultados dos métodos de seleção intercalares

(art.º 33.º da Portaria)

A publicitação dos resultados obtidos em cada método de seleção intercalar é efetuada

através de lista, ordenada alfabeticamente, afixada em local visível e público das

instalações do serviço e disponibilizada na sua página eletrónica.

Os candidatos aprovados em cada método são convocados, no prazo de cinco dias úteis,

para a realização do método seguinte, através de uma das seguintes formas:

E-mail com recibo de entrega da notificação;

Ofício registado;

Notificação pessoal;

8 De acordo com o disposto na alínea e) do art.º 22 da Portaria, e desde que os candidatos disponham de formação e/ou experiência

profissional necessária e suficiente para a substituição do nível habilitacional, observado o disposto nos n.ºs 2 a 5 do art.º 34 da LTFP. Esta possibilidade deve constar obrigatoriamente do aviso de abertura do procedimento.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

20 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

Aviso publicado na 2.ª série do Diário da República informando da afixação em local

visível e público das instalações do serviço e da disponibilização na sua página

eletrónica.

7.8. Ordenação final dos candidatos

(art.ºs 34.º e 35.º da Portaria e alínea c) do n.º 1 do art.º 37.º da LTFP)

No prazo de 10 dias úteis após a aplicação do último método de seleção, o júri elabora a

lista de ordenação final dos candidatos:

De acordo com a classificação final individual obtida em resultado da aplicação dos

métodos de seleção em conformidade com os critérios definidos na ata n.º 1.

A ordenação final dos candidatos que completem o procedimento, com aprovação em

todos os métodos de seleção aplicados, é efetuada de acordo com a escala

classificativa de 0 a 20 valores, em resultado da média aritmética ponderada das

classificações quantitativas obtidas em cada método de seleção.

A lista de ordenação final dos candidatos aprovados é unitária, ainda que, no mesmo

procedimento, lhes tenham sido aplicados diferentes métodos de seleção.

Em situações de igualdade de valoração, tem preferência na ordenação final os

candidatos que se encontrem nas seguintes situações:

i. Trabalhador contratado a termo que se candidate, nos termos legais, a

procedimento concursal de recrutamento publicitado durante a execução do

contrato ou até 90 dias após a cessação do mesmo, para ocupação de posto de

trabalho com características idênticas as daquele para que foi contratado;

ii. Se encontrem em outras situações configuradas pela lei como preferenciais.

A ordenação dos candidatos que se encontrem em igualdade de valoração e em

situação não configurado pela lei como preferencial é efetuada, de forma decrescente:

i. Em função da valoração obtida no primeiro método utilizado;

ii. Subsistindo o empate, pela valoração sucessivamente obtida nos métodos

seguintes, quando outra forma de desempate não tenha sido fixada na

publicitação do procedimento.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

7.9. Audiência dos interessados e garantias dos candidatos

(art.ºs 36.º e 39.º da Portaria)

Elaborada a lista unitária de ordenação final dos candidatos aprovados, e realizada a

audiência dos interessados9 nos seguintes termos:

Candidatos aprovados Candidatos excluídos no decurso da aplicação dos

métodos de seleção

No prazo de cinco dias úteis, o júri notifica-os10, para se pronunciarem em sede de audiência dos interessados;

Os candidatos têm um prazo não inferior a dez dias úteis para se pronunciarem, querendo, sobre o projeto de lista de ordenação final.

No prazo de cinco dias úteis, o júri notifica-os8, para se pronunciarem em sede de audiência dos interessados;

Os candidatos têm um prazo não inferior a dez dias úteis para se pronunciarem, querendo, sobre a sua exclusão do procedimento.

Deliberação do júri no âmbito da audiência dos interessados e envio para a entidade competente da lista unitária de ordenação final: No prazo de cinco dias úteis, após a conclusão do processo da audiência dos interessados, o júri aprecia as alegações

e, caso mantenha a decisão, submete a homologação do dirigente máximo do órgão ou serviço a lista unitária de ordenação final dos candidatos aprovados, acompanhada das restantes deliberações, incluindo as relativas à admissão e exclusão de candidatos;

Se o júri considerar procedentes as alegações de alguns candidatos, proferidas em sede de audiência dos interessados, procede a retificação da lista unitária de ordenação final e submete-a a homologação, nos termos acima referidos.

Nota: Para apresentação das alegações pelos candidatos e apreciação das mesmas pelo júri é obrigatória a utilização do formulário tipo, aprovado pelo Despacho n.º 11321/2009, do Ministro de Estado e das Finanças11.

Homologação da lista unitária de ordenação final:

Regra Geral: pelo dirigente máximo do órgão ou serviço, ou

Exceção: pelo membro do Governo, quando o dirigente máximo seja membro do júri ou quando sejam candidatos ao procedimento titulares de cargos de direção superior de 1.º ou 2.º graus do órgão ou serviço que realiza o procedimento.

Todos os candidatos – aprovados e excluídos no decurso da aplicação dos métodos de seleção – são notificados do ato de homologação da lista de ordenação final. A lista unitária de ordenação final, devidamente homologada, é publicada na 2.ª série do Diário da República e afixada em local visível e público das instalações do serviço e disponibilizada na sua página eletrónica.

Recurso hierárquico ou tutelar (facultativo): Não suspende o procedimento Da homologação da lista de ordenação final e da exclusão do candidato do procedimento no decurso da aplicação dos métodos de seleção, pode ser interposto recurso hierárquico ou tutelar, dentro do prazo estabelecido para interposição de recursos contencioso do ato em causa12.

Decisão sobre a exclusão do procedimento favorável ao recorrente:

O recorrente/candidato tem o direito de completar o procedimento.

Decisão sobre a ordenação na lista dos candidatos aprovados, favorável ao recorrente: A lista é alterada e o recorrente/candidato tem direito

a ser ordenado corretamente e, se, for o caso, à ocupação de posto de trabalho, nos termos da lei.

9 Segunda audiência dos interessados aplicável aos candidatos aprovados e aos excluídos durante a aplicação dos métodos de seleção. 10 Nos termos da Portaria (art.ºs 30.º e 31.º) e do CPA (art.ºs 121.º e 122.º). 11 Formulários que devem estar disponíveis na página eletrónica dos serviços. 12 Art.ºs 39.º da Portaria e n.º 2 do art.º 198.º do CPA.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

22 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

8. Recrutamento

8.1. Ordem do recrutamento

(n.º 1 do art.º 37.º da Portaria e alínea d) do n.º 1 do art.º 37.º da LTFP)

Relativamente aos candidatos classificados com nota igual ou superior a 9,5 valores na lista

unitária de ordenação final, o recrutamento é feito respeitando a ordem decrescente de

classificação e observados, prioritariamente, os seguintes universos:

1.º Candidatos colocados no regime da valorização profissional;

2.º Esgotados estes, os restantes candidatos.

8.2. Determinação do posicionamento remuneratório

(art.º 38.º da LTFP)

A determinação da posição remuneratória é efetuada, imediatamente, após o termo do

procedimento concursal, por negociação, nos seguintes termos:

A negociação com os candidatos colocados no regime da valorização profissional

antecede a que tenha lugar com os restantes candidatos;

A negociação obedece à ordem prevista para o recrutamento e, sem prejuízo, de

contactos informais que tenham lugar, efetua-se por escrito;

Em casos excecionais, devidamente fundamentados, designadamente quando o

número de candidatos seja de tal modo elevado que a negociação se torne

impraticável, a entidade empregadora pública pode tomar a iniciativa de a

consubstanciar numa proposta de adesão a um determinado posicionamento

remuneratório a enviar a todos os candidatos;

A falta de acordo com determinado candidato determina a negociação com o

candidato seguinte não podendo ser-lhe proposto posicionamento remuneratório

superior ao máximo que tenha sido proposto e não aceite por qualquer dos

candidatos que o antecedam na ordenação;

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

O acordo obtido ou a proposta de adesão são objeto de fundamentação escrita pela

entidade empregadora pública que, após o encerramento do processo negocial, a

documentação relativa ao respetivo processo negocial é pública e de livre acesso.

Nota

De acordo com o artigo 20.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2018), são prorrogados os efeitos do artigo 42.º da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, ou seja, mantém-se a impossibilidade de se negociar a posição remuneratória na sequência de procedimento concursal.

8.3. Causas impeditivas do recrutamento

(n.ºs 2 e 3 do art.º 37.º da Portaria)

Não podem ser recrutados, sendo retirados da lista unitária de ordenação final, os

candidatos que, apesar de aprovados, se encontrem nas seguintes situações:

Recusem o recrutamento;

Recusem o acordo ou a proposta de adesão a um determinado posicionamento

remuneratório proposto pela entidade empregadora pública;

Apresentem documentos inadequados, falsos ou inválidos que não comprovem as

condições necessárias para a constituição da relação jurídica de emprego público;

Apresentem os documentos obrigatoriamente exigidos fora do prazo que lhes seja

fixada pela entidade empregadora pública;

Não compareçam à outorga do contrato ou à aceitação, no prazo legal, por motivos

que lhes sejam imputáveis.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

24 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

9. Cessação do procedimento concursal

(art.º 38.º da Portaria)

O procedimento concursal cessa com a ocupação dos postos de trabalho constantes da

publicitação ou, quando estes não possam ser totalmente ocupados, devido a:

Inexistência ou insuficiência de candidatos à prossecução do procedimento;

Falta de acordo na negociação do posicionamento remuneratório entre a entidade

empregadora pública e os candidatos constantes da lista unitária de ordenação

final.

Exceção: o procedimento concursal pode, ainda, cessar por ato devidamente

fundamentado da entidade responsável pela sua realização, homologado pelo respetivo

membro do Governo, desde que não se tenha ainda procedido à notificação da lista de

ordenação final aos candidatos, no âmbito da audiência dos interessados.

10. Constituição de reservas de recrutamento no próprio órgão ou serviço

(art.º 40.º da Portaria)

Na sequência de procedimento concursal comum, se a lista de ordenação final,

devidamente homologada, contiver um número de candidatos aprovados superior ao

dos postos de trabalho a ocupar, é sempre constituída uma reserva de recrutamento

interna, a qual é utilizada no prazo máximo de 18 meses contados da data da

homologação da lista de ordenação final, quando haja necessidade de ocupação de

idênticos postos de trabalho;

No caso de não existirem reservas de recrutamento internas, na sequência de

procedimento concursal comum, nem candidatos em reserva constituída pela ECCRC,

o órgão ou serviço pode publicitar procedimento concursal exclusivamente destinado

à constituição de reservas de recrutamento, aplicando-se, com as necessárias

adaptações, a tramitação do procedimento concursal comum, atrás descrito.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

CAPÍTULO II - DOS MÉTODOS DE SELEÇÃO

11. Métodos de Seleção Obrigatórios

Os métodos de seleção são aplicados tendo em atenção as características dos candidatos

e a abrangência do procedimento concursal. Assim, tratando-se de:

Procedimento concursal destinado à constituição de vínculos de emprego público por tempo indeterminado, quando se trate de:

Procedimento aberto a candidatos não

detentores de prévio vínculo de emprego público por tempo

indeterminado

São aplicáveis, obrigatoriamente, os métodos de seleção provas de conhecimentos e avaliação psicológica, exceto se existirem candidatos que estejam a cumprir ou a executar (ou o tenham feito imediatamente antes da situação da valorização profissional) a atribuição, competência ou atividade caracterizadoras do posto de trabalho em causa, caso em que a estes são aplicáveis a avaliação curricular e a entrevista de avaliação das competências.

Procedimento aberto apenas a candidatos detentores de prévio vínculo de emprego público por tempo

indeterminado

Caso não haja lei especial em contrário, é aplicável, obrigatoriamente, o método de seleção de provas de conhecimentos, exceto se existirem candidatos que estejam a cumprir ou a executar (ou o tenham feito imediatamente antes da situação da valorização profissional) a atribuição, competência ou atividade caracterizadoras do posto de trabalho em causa, caso em que a estes é aplicável o método de seleção avaliação curricular.

Nota

Os métodos de seleção avaliação curricular e entrevista de avaliação das competências podem ser afastados pelos candidatos aos quais são aplicáveis, mediante declaração escrita, caso em que ficam sujeitos aos métodos aplicáveis aos restantes candidatos13.

Procedimento concursal destinado à constituição de vínculos de emprego público a termo (certo ou incerto)

Nestes procedimentos concursais são aplicáveis os métodos avaliação curricular e entrevista de avaliação das competências14.

Nota Porém, o empregador público pode optar por aplicar, apenas, o método de seleção avaliação curricular15.

13 Cfr. artigo 36.º, n.ºs 1 a 3 e n.º 5, da LTFP. 14 Cfr. alínea b) do n.º 1 do artigo 6.º da Portaria e n.º 2 do artigo 36.º da LTFP. 15 Cfr. n.º 6 do artigo 36.º da LTFP).

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

26 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

11.1. Ponderação

(n.ºs 4 e 5 do art.º 6.º da Portaria)

A ponderação, para a valoração final das provas de conhecimentos ou da avaliação

curricular não pode ser inferior a 30% e a da avaliação psicológica ou da entrevista de

avaliação de competências não pode ser inferior a 25%.

No caso de utilização de um único método de seleção obrigatório a sua ponderação não

pode ser inferior a 55%.

11.2. Aplicação de um único Método de Seleção Obrigatório

(n.º 2 do art.º 6.º da Portaria e n.º 5 do art.º 36.º da LTFP)

Sem prejuízo da adoção facultativa de outros métodos de seleção, a entidade empregadora

pública pode limitar-se a utilizar um único método obrigatório (provas de conhecimentos

ou avaliação curricular), nos seguintes termos:

a) Provas de conhecimentos:

Candidatos detentores de relação jurídica de emprego público por tempo

indeterminado, e que não sejam titulares da carreira/categoria ou não se

encontrem a exercer a atividade caraterizadora do posto de trabalho para cuja

ocupação foi aberto o procedimento;

Candidatos que se encontrem no regime da valorização profissional e que são

titulares de carreira/categoria para a qual é aberto o procedimento, e não tenham,

por último, exercido a atividade caraterizadora do posto de trabalho.

b) Avaliação curricular:

Candidatos titulares da carreira/categoria para a qual é aberto o procedimento e se

encontrem a cumprir a atividade que carateriza o respetivo posto de trabalho;

Candidatos que se encontrem no regime da valorização profissional e que são

titulares de carreira/categoria para a qual é aberto o procedimento, e se tenham,

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

por último, encontrado a cumprir ou a executar a atividade que carateriza o

respetivo posto de trabalho.

12. Métodos de Seleção Facultativos ou Complementares

(art.ºs 7.º, 13.º, 14.º, 15.º, 16.º e 17.º da Portaria)

Complementarmente aos métodos obrigatórios referidos podem ainda ser utilizados em

todos os procedimentos, um ou mais métodos facultativos, de entre os seguintes:

Métodos Caracterização

Entrevista Profissional de Seleção

É realizada pelo júri ou por técnicos credenciados de uma entidade especializada pública ou, quando fundamentadamente se torne inviável, privada;

Tem carácter público;

É elaborada uma ficha individual contendo o resumo dos termos abordados, os parâmetros de avaliação e a classificação obtida em cada um deles, devidamente fundamentada.

Avaliação de Competências por Portfolio

Confirma a experiência e conhecimentos em áreas técnicas específicas, através da análise de uma coleção organizada de trabalhos feitos pelo candidato;

É obrigatoriamente efetuada por um técnico com formação na atividade inerente ao posto de trabalho a ocupar;

Se o candidato estiver presente é de natureza pública.

Provas físicas

Avalia as aptidões físicas dos candidatos necessários à execução das atividades inerentes aos postos de trabalho a ocupar;

Podem comportar uma ou mais fases;

As condições específicas de realização e os parâmetros de avaliação das provas constam obrigatoriamente da publicitação do procedimento concursal.

Exame médico

Só é exigível nas condições previstas na lei;

Avalia as condições de saúde física e psíquica dos candidatos exigidas para o exercício da função;

É garantida a privacidade do exame médico, sendo o resultado transmitido ao júri do procedimento sob a forma de apreciação global;

A quebra do dever de sigilo sobre a avaliação efetuada responsabiliza disciplinarmente o infrator.

Curso de Formação Específica

Tem como objetivo promover o desenvolvimento de competências do candidato através da aprendizagem de conteúdos e temáticas direcionada para o exercício da função;

Os conteúdos do curso, bem como o sistema de avaliação, constam de regulamento próprio do órgão ou serviço que é identificado na publicitação do procedimento concursal.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

28 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

13. Utilização faseada dos métodos de seleção

(art.º 8.º da Portaria)

No caso de recrutamentos urgentes ou de admissão de 100 ou mais candidatos a utilização

dos métodos de seleção pode ser faseada, ou seja, aplica-se, num primeiro momento, à

totalidade dos candidatos, apenas o primeiro método obrigatório.

O segundo método e os métodos seguintes apenas se aplicam a parte dos candidatos

aprovados no método imediatamente anterior, a convocar por tranches sucessivas, por

ordem decrescente de classificação, respeitando a prioridade legal da sua situação jurídico-

funcional, até a satisfação das necessidades.

A opção pela utilização faseada dos métodos de seleção pode ter lugar até ao início da sua

publicação.

A fundamentação da opção pela utilização faseada dos métodos de seleção, quando ocorra

depois de publicitado o procedimento é publicitado pelos meios em que o tenha sido o

procedimento concursal.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

14. Valoração dos diversos métodos de seleção

(art.º 18.º da Portaria)

Na valoração dos métodos de seleção são adotadas as seguintes escalas de classificação:

Prova de Conhecimentos 0 a 20 valores, considerando-se a valoração até às centésimas.

Avaliação Psicológica

Apto e Não apto – em cada fase intermédia do método;

Elevado, Bom, Suficiente, Reduzido e Insuficiente, aos quais correspondem, respetivamente, as classificações de 20, 16, 12, 8 e 4 valores – na última fase do método, para os candidatos que o tenham completado.

Avaliação Curricular 0 a 20 valores, com valoração até às centésimas, sendo a classificação obtida

através da média aritmética simples ou ponderada das classificações dos elementos a avaliar.

Entrevista de Avaliação de Competências

Elevado, Bom, Suficiente, Reduzido e Insuficiente, aos quais correspondem, respetivamente, as classificações de 20, 16, 12, 8 e 4 valores.

Entrevista Profissional de Seleção

Elevado, Bom, Suficiente, Reduzido e Insuficiente, aos quais correspondem, respetivamente, as classificações de 20, 16, 12, 8 e 4 valores;

Sempre que a entrevista profissional de seleção seja realizada pelo júri, a classificação a atribuir a cada parâmetro de avaliação resulta de votação nominal e por maioria, sendo o resultado final obtido através da média aritmética simples das classificações dos parâmetros a avaliar.

Avaliação de Competências por Portfolio

0 a 20 valores, considerando-se a valoração até às centésimas.

Provas Físicas Apto e Não Apto.

Exame Médicos Apto e Não Apto.

Curso de Formação Específica 0 a 20 valores, com valoração até às centésimas, de acordo com o

aproveitamento obtido pelo candidato nas matérias ministradas e o nível de competências por ele alcançado.

Cada um dos métodos de seleção, bem como cada uma das fases que comportem, é

eliminatório pela ordem enunciada na lei, quanto aos obrigatórios, e pela ordem constante

na publicação, quanto aos facultativos.

Não obstante, a adoção de diferentes escalas de classificação, de acordo com a

especificidade de cada método, os resultados são sempre convertidos para a escala de 0 a

20 valores, sendo excluído do procedimento o candidato que tenha obtido uma valoração

inferior a 9,5 valores num dos métodos ou fases, não lhe sendo aplicado o método ou fase

seguintes.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

30 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

CAPÍTULO III - DO JÚRI

15. Designação, Composição, Competências e Funcionamento

15.1. Designação do júri

(art.º 20.º da Portaria)

Compete ao dirigente máximo do órgão ou serviço a designação do júri, bem como a

identificação do membro do júri que substitui o presidente nas suas ausências e

impedimentos, e os suplentes dos vogais efetivos.

15.2. Composição do júri

(art.º 21.º da Portaria)

O júri é composto por um presidente e dois vogais, trabalhadores da entidade que

realiza o procedimento e ou de outro órgão ou serviço, sendo que o presidente e um

dos outros membros do júri devem possuir formação ou experiência na atividade

inerente ao posto de trabalho a ocupar;

A composição do júri deve, sempre que possível, garantir que um dos membros

exerça funções ou possua experiência na área de gestão de recursos humanos;

Os membros do júri não podem estar integrados em carreira ou categoria com grau

de complexidade funcional inferior ao correspondente o posto de trabalho a que se

refere a publicitação, exceto quando exerçam cargos de direção superior;

Um dos membros do júri pode ser oriundo de entidade privada, sempre que a área

de formação caracterizadora do posto de trabalho revele fundamentadamente a sua

conveniência e deve dispor de reconhecida competência em tal área, tendo direito a

receber, por cada reunião em que efetivamente participe, uma senha de presença de

valor a fixar por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das

finanças e da Administração Pública;

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

O júri é obrigatoriamente externo ao serviço, quando sejam candidatos ao

procedimento titulares de cargos de direção superior de 1.º ou de 2.º graus do órgão

ou serviço que realiza o procedimento;

A composição do júri pode ser alterada, por motivos de força maior, devidamente

fundamentados, designadamente em caso de falta de quórum, sendo a identificação

do novo júri (que dará continuidade e assumirá integralmente todas as operações do

procedimento já efetuadas) publicitada pelos meios em que o tenha sido o

procedimento concursal, exceto a publicação em jornal de expansão nacional.

15.3. Competência do júri

(art.º 22.º da Portaria)

O júri assegura a tramitação do procedimento concursal desde a data da sua designação

até à elaboração da lista de ordenação final, ainda que, por iniciativa ou decisão do

dirigente máximo, o procedimento possa ser parcialmente realizado por entidade

especializada pública ou, quando fundamentadamente se torne inviável, privada,

designadamente no que se refere à aplicação de métodos de seleção.

Ao júri compete, designadamente, os seguintes atos:

Decidir das fases que comportam os métodos de seleção, obrigatoriamente ouvidas as

entidades que os vão aplicar;

Selecionar os temas a abordar nas provas de conhecimentos;

Fixar os parâmetros de avaliação, a sua ponderação, a grelha classificativa e o sistema

de valoração final de cada método de seleção, em momento anterior à publicitação do

procedimento;

Requerer ao órgão ou serviço onde o candidato tenha exercido ou exerça funções, ou

ao próprio candidato, as informações profissionais e ou habilitacionais que considere

relevantes para o procedimento;

Deliberar e fundamentar, por escrito, sobre a admissão dos candidatos que, não sendo

titulares do nível habilitacional exigido, apresentem a candidatura ao procedimento,

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

32 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

bem como notifica-los, e aos restantes candidatos, dessa deliberação, nos termos dos

n.ºs 2 a 5 do artigo 34.º da LTFP;

Admitir e excluir candidatos do procedimento, fundamentando por escrito as

respetivas deliberações;

Notificar os candidatos, sempre que tal seja exigido, por uma das seguintes vias: e-

mail, ofício registado, notificação pessoal ou aviso publicado na 2.ª série do Diário da

República16;

Solicitar, se for caso disso, ao dirigente máximo do órgão ou serviço que realiza o

procedimento a colaboração de entidades especializadas públicas ou, quando

fundamentadamente se torne inviável, privadas, para a realização de parte do

procedimento;

Dirigir a tramitação do procedimento concursal, em articulação e cooperação com as

entidades envolvidas, designadamente no que respeita à verificação dos resultados

dos métodos de seleção por elas aplicados;

Garantir aos candidatos o acesso às atas e aos documentos e a emissão de certidões

ou reproduções autenticadas, no prazo de três dias úteis contados da data da entrada,

por escrito, do pedido;

Submeter a homologação do dirigente máximo do órgão ou serviço a lista unitária de

ordenação final dos candidatos aprovados e demais deliberações do júri ou da

entidade responsável pela realização do procedimento.

A calendarização a que o júri se propõe obedecer para o cumprimento dos prazos

estabelecidos na Portaria é definida, obrigatoriamente, nos 10 dias úteis subsequentes à

data limite de apresentação de candidaturas.

16 Nos termos do n.º do artigo 30.º da Portaria.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

15.4. Funcionamento do júri

(art.º 23.º da Portaria)

O júri delibera com a participação efetiva e presencial de todos os seus membros,

devendo as respetivas deliberações ser tomadas por maioria e sempre por votação

nominal;

As deliberações do júri devem ser fundamentadas e registadas por escrito, podendo

os candidatos ter acesso, nos termos da lei, às atas e aos documentos em que elas

assentam;

Em caso de impugnação, as deliberações escritas são facultadas à entidade que sobre

ela tenha que decidir;

O júri pode ser secretariado por pessoa a designar para esse efeito pelo dirigente

máximo do órgão ou serviço.

15.5. Prevalência das funções de júri

(art.º 24.º da Portaria)

O procedimento concursal é urgente, devendo as funções próprias de júri

prevalecer sobre todas as outras;

Os membros do júri incorrem em responsabilidade disciplinar quando,

injustificadamente, não cumpram os prazos previstos na Portaria e os que venham

a calendarizar.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

34 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

16. Quadro síntese sobre a marcha do procedimento concursal

Fase 1

Atos preparatórios

LTFP: art.ºs 30.º e 33.º

Portaria: art.ºs 4.º e alínea c) do n.º 2 e n.º 3 do art.º

22.º

Serviços: Identificação da necessidade de recrutamento face ao mapa de pessoal; Elaboração da proposta para abertura do procedimento; Cabimento prévio; Consulta da reserva de recrutamento no serviço (se existir); Consulta à ECCRC (se não existir reserva no serviço); Obtenção de parecer favorável dos membros do Governo responsáveis pelas finanças e pela

Administração Pública, com vista ao recrutamento de trabalhadores com vínculo de emprego público a termo ou sem vínculo de emprego previamente público, caso não existam candidatos em reserva e desde que reunidos os pressupostos no n.º 5 do art.º 30.º da LTFP;

Despacho de abertura (não existindo candidatos em reserva determina-se a abertura de procedimento concursal comum ou para constituição de reservas de recrutamento, consoante o que se pretenda).

Júri: Elaboração da ata de definição de critérios.

Fase 2

Publicitação

Portaria: n.ºs 1 e 2 do art.º 19.º

Serviços: Publicitação do aviso:

Integral: Envio do aviso para publicação na 2.ª série do Diário da República; Colocação na BEP.

Por extrato: Disponibilização na página eletrónica do serviço; Anúncio em jornal de expansão nacional; Outros (facultativo).

Fase 3

Candidaturas

Portaria: art.ºs 27.º e 28.º

Candidatos: Apresentação das candidaturas e dos documentos – dentro do prazo mencionado no aviso, o

qual não pode ser inferior a 10 nem superior a 15 dias, contado da data da publicação do aviso no Diário da República.

Serviços: Receção das candidaturas e remessa imediata para o presidente do Júri.

Fase 4

Apreciação das

candidaturas

e

Audiência dos

interessados

Portaria: art.ºs 29.º, 30.º e 31.º

CPA: art.º 121.º e ss.

Júri: Apreciação das candidaturas nos 10 dias úteis seguintes ao termo do prazo para apresentação

das candidaturas; Havendo candidatos a excluir do procedimento – notificação dos candidatos no âmbito da

audiência dos interessados, nos cinco dias úteis seguintes ao termo do prazo para apreciação das candidaturas.

Candidatos: Pronúncia dos candidatos – em prazo não inferior a 10 dias úteis a contar, consoante os casos:

Da data do recibo de entrega do e-mail; Da data do registo do ofício, respeitada a dilação dos três dias do correio; Da data da notificação pessoal; Da data da publicação do aviso na 2.ª série do Diário da República.

Júri: Apreciação pelo júri das questões suscitadas na pronúncia e deliberação final sobre se mantém

ou não a exclusão: No prazo de 10 dias úteis, finda a realização da audiência dos interessados; ou No prazo de 20 dias, se os interessados ouvidos forem em número superior a 100; Da data da notificação pessoal;

Notificação da deliberação de exclusão/não admissão (caso se mantenha).

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

Candidatos: Recurso hierárquico ou tutelar da deliberação de exclusão/não admissão (facultativo).

Júri: Não havendo candidatos a excluir:

Convocação dos candidatos admitidos para a realização do 1.º método de seleção – nos cinco dias úteis seguintes ao termo do prazo para apreciação das candidaturas – ou início, no mesmo prazo, da realização dos métodos de seleção que não exijam a presença dos candidatos.

Fase 5

Aplicação dos

métodos de seleção

(inicial e intercalares)

Portaria: art.ºs 6.º a 18.º, 32.º e 33.º

LTFP: art.º 36.º

Júri: No prazo de cinco dias úteis após o termo do prazo para apreciação das candidaturas – no caso de todos os candidatos serem admitidos – ou da deliberação final sobre a exclusão, no caso de haver candidatos excluídos – o júri inicia a aplicação dos métodos de seleção, procedendo da seguinte forma: Em caso de admissão de candidatos que não possuam o nível habilitacional17 procede-se à

notificação dos restantes candidatos; Convocação dos candidatos admitidos, indicando a data, hora, horário e local para realização

do 1.º método de seleção, quando este exija a presença dos candidatos (ex. prova de conhecimentos);

Realização dos procedimentos relativos à aplicação dos métodos de seleção que não exijam a presença dos candidatos (ex. avaliação curricular);

Convocação dos candidatos aprovados para realização do método de seleção seguinte. Nota: Em cada método de seleção intercalar é sempre feita a publicitação dos resultados obtidos através de lista ordenada alfabeticamente, a qual é afixada em local visível do serviço e disponibilizada na sua página eletrónica.

Fase 6

Lista unitária de

ordenação final

e

Audiência dos

interessados

Portaria: art.ºs 34.º, 35.º e 36.º

LTFP: alínea c) do n.º 1 do art.º 37.º

CPA: art.ºs 121.º e ss.

Júri: Elaboração da lista unitária de ordenação final – no prazo de 10 dias úteis após a aplicação do

último método de seleção; Notificação dos candidatos aprovados e candidatos excluídos no decurso da aplicação dos

métodos de seleção para a audiência dos interessados – nos cinco dias úteis seguintes após a elaboração da lista unitária de ordenação final dos candidatos aprovados.

Candidatos: Pronúncia dos candidatos – em prazo não inferior a 10 dias, nos termos do CPA.

Júri: Apreciação das questões suscitadas na pronúncia e deliberação final sobre a exclusão – no

prazo de 10 ou 20 dias úteis contado após o termo do prazo para os interessados se pronunciarem, consoante os candidatos ouvidos sejam em número inferior ou superior a 100;

Envio para a entidade competente da lista unitária de ordenação final dos candidatos aprovados e restantes deliberações para efeitos de homologação – no prazo de cinco dias úteis após a conclusão da audiência dos interessados.

Fase 7

Homologação

e

Recurso hierárquico

Portaria: art.ºs 36.ºe 39.º

Homologação, pelo dirigente máximo do órgão ou serviço, da lista unitária de ordenação final O ato de homologação é notificado a todos os candidatos (admitidos e excluídos no

decurso da aplicação dos métodos de seleção).

Publicação da lista homologada: Na 2.ª série do Diário da República; Na página eletrónica do serviço.

Afixação nas instalações do serviço. Do ato de homologação cabe recurso hierárquico ou tutelar facultativo, o qual não suspende

os procedimentos subsequentes.

17 Desde que prevista na abertura do procedimento tal possibilidade, nos termos do art.º 34.º da LTFP.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

36 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

Fase 8

Recrutamento e

negociação da

posição

remuneratória

Portaria: art.º 37.º LTFP: n.º 1 do art.º 37.º e

art.º 38.º

Recrutamento: O recrutamento efetua-se pela ordem decrescente da ordenação final dos candidatos, nos

seguintes termos: 1.º Candidatos que se encontrem no regime da valorização profissional e, esgotados estes; 2.º Candidatos com relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado

previamente constituída; 3.º Restantes candidatos, no caso do procedimento ter sido aberto nos termos do n.º 5 do

art.º 30.º da LTFP.

Negociação18: A negociação obedece à ordem prevista para o recrutamento e é feita por escrito; Recusada a proposta não pode ser oferecida posição remuneratória superior aos restantes; A documentação da negociação é pública; Há, em casos excecionais, devidamente fundamentados, a possibilidade de substituir a

negociação individual por proposta de adesão.

Fase 9

Cessação do

procedimento

concursal

Portaria: art.º 38.º

Regra geral o procedimento concursal cessa: Por ocupação dos postos de trabalho; Por inexistência ou insuficiência de candidatos; Por falta de acordo na negociação com os candidatos constantes da lista de ordenação final.

Excecionalmente o procedimento concursal pode cessar: Por ato devidamente fundamentado da entidade responsável pela sua realização, desde que,

cumulativamente: No tal ato seja homologado pelo respetivo membro do Governo, e Não se tenha ainda procedido à ordenação final dos candidatos.

18 De acordo com o artigo 20.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2018), são prorrogados os

efeitos do artigo 42.º da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, ou seja, mantém-se a impossibilidade de se negociar a posição remuneratória na sequência de procedimento concursal.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

CAPÍTULO IV - PROCEDIMENTO CONCUSAL PARA DIRIGENTES

17. Especificidade

O recrutamento e seleção do pessoal dirigente prossegue o disposto no Estatuto do Pessoal

Dirigente da Administração Pública, aprovado pela Lei n.º 2/2004, de 15 de janeiro19, na

sua redação atual, referido doravante como EPD.

O EPD insere-se numa cultura de mérito e de exigência transversal a toda a Administração

Publica, visando que a atuação dos titulares de cargos dirigentes seja orientada para

critérios de qualidade, responsabilidade, eficácia e eficiência, integrada numa gestão por

objetivos e orientada para a obtenção de resultados.

Sobre o que não constar no EPD o júri estabelecerá regras específicas, tendo em conta o

CPA e as orientações plasmadas no presente documento.

17.1. Recrutamento para cargos de direção superior

(art.º 18.º do EPD)

Os titulares dos cargos de direção superior são recrutados, por procedimento concursal, de

entre indivíduos com licenciatura concluída à data da abertura do concurso, há pelo menos,

10 ou oito anos, consoante se trate de cargos de direção superior de 1.º ou 2.º grau,

vinculados ou não à Administração Pública, que possuam competência técnica, aptidão,

experiência profissional e formação adequadas ao exercício das respetivas funções.

O procedimento concursal está a cargo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a

Administração Pública (CReSAP).

A iniciativa do procedimento concursal de recrutamento e seleção cabe ao membro do

Governo com poder de direção ou superintendência e tutela sobre serviço ou órgão em

que se integra o cargo a preencher.

19 Aprova o estatuto do pessoal dirigente dos serviços e órgãos da administração central, regional e local do Estado.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

38 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

O procedimento tem de ser publicitado no Diário da República, por extrato e, depois, pelo

período de 10 dias úteis, nos seguintes meios:

Na BEP;

No portal do Governo;

Na plataforma eletrónica da CReSAP, por publicação integral;

Noutra outra plataforma de emprego.

17.2. Recrutamento para cargos de direção intermédia

(art.º 20.º do EPD)

Os titulares dos cargos de direção intermédia são recrutados, por procedimento concursal,

de entre trabalhadores em funções públicas contratados ou designados por tempo

indeterminado, licenciados, dotados de competência técnica e aptidão para o exercício de

funções de direção, coordenação e controlo que reúnam seis ou quatro anos de experiência

profissional em funções, cargos, carreiras ou categorias para cujo exercício ou provimento

seja exigível uma licenciatura, consoante se trate de cargos de direção intermédia de 1.º

ou 2.º grau, respetivamente.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

18. Tramitação do Procedimento Concursal para Recrutamento de Cargos de Direção Intermédia

(art.º 21.º do EDP)

18.1. Publicitação

O procedimento concursal é publicitado na BEP20 durante 10 dias, com a indicação dos

requisitos formais de provimento, do perfil exigido, tal qual se encontra caracterizado no

mapa de pessoal e no regulamento interno, da composição do júri e dos métodos de

seleção, que incluem, necessariamente, a realização de uma fase final de entrevistas

públicas.

A referida publicitação é precedida de aviso a publicar em órgão de imprensa de expansão

nacional e na 2.ª série do Diário da República, em local especialmente dedicado a concursos

para cargos dirigentes, com a indicação do cargo a prover e do dia daquela publicação.

18.2. Júri

O júri é constituído:

a) Pelo titular do cargo de direção superior de 1.º grau do serviço ou órgão em cujo

mapa de pessoal se encontre o cargo a prover, ou por quem ele designe, que

preside;

b) Por dirigente de nível e grau igual ou superior ao do cargo a prover em exercício de

funções em diferente serviço ou órgão, designado pelo respetivo dirigente máximo;

e

c) Por indivíduo de reconhecida competência na área funcional respetiva, designado

por estabelecimento de ensino de nível superior ou por associação pública

representativa de profissão correspondente.

20 A publicação na BEP deverá ser promovida até ao 2.º dia útil posterior ao das publicações no Diário da República e em órgão de

imprensa de expansão nacional, conforme prevê o n.º 5 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 78/2003, de 23 de abril (diploma que criou a BEP), na redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 40/2008, de 10 de março.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

40 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

Ao elemento do júri21 que não seja vinculado à Administração Pública é devida

remuneração nos termos fixados pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas das

finanças e da Administração Pública22.

A pedido do organismo interessado, o procedimento concursal pode ser assegurado por

entidade pública competente, integrada em diferente ministério, com dispensa de

constituição de júri, mas com intervenção do indivíduo de reconhecida competência na

área funcional respetiva, designado por estabelecimento de ensino superior ou por

associação pública representativa de profissão correspondente, sendo, nesse cado,

aplicável, com as devidas adaptações, o disposto nos n.ºs 1, 2, 4, 5 e 6 do artigo 21.º.

O júri deve elaborar atas de todas as deliberações tomadas, designadamente da definição

dos critérios de apreciação e ponderação da avaliação curricular e da entrevista profissional

de seleção, bem como do sistema de classificação final.

A escolha deverá recair no candidato que melhor corresponda ao perfil pretendido,

podendo o júri considerar que nenhum dos candidatos reúne condições para ser

designado.

Findo o procedimento concursal, o júri elabora a proposta de designação, com a indicação

das razões da escolha do candidato proposto, abstendo-se de ordenar os restantes

candidatos.

18.3. Provimento

Os titulares dos cargos de direção intermédia são providos por despacho do dirigente

máximo do serviço ou órgão, em comissão de serviço, pelo período de três anos, renováveis

por iguais períodos de tempo.

O provimento nos cargos de direção intermédia produz efeitos à data do despacho de

designação, salvo se outra data for expressamente fixada.

21 Referido na alínea c) do n.º 3 do artigo 21.º. 22 Cfr. Despacho n.º 26901/2005, de 14-12-2005, do Ministro de Estado e das Finanças.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

O despacho de designação, devidamente fundamentado, é publicado no Diário da

República, juntamente com uma nota relativa ao currículo académico e profissional do

designado.

A designação dispensa a autorização do serviço ou órgão de origem do designado.

O procedimento concursal é considerado urgente e de interesse público, não havendo lugar

a audiência de interessados.

Não existe efeito suspensivo do recurso administrativo interposto do despacho de

designação ou de qualquer outro ato praticado no decurso do procedimento.

A propositura de providência cautelar de suspensão da eficácia de um ato administrativo

praticado no procedimento não tem por efeito a proibição da execução desse ato.

Em caso de suspensão judicial da eficácia do despacho de designação, o cargo respetivo

deverá ser exercido em regime de substituição.

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

42 GABINETE DE PLANEAMENTO, POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO GERAL

Anexo - Fases do procedimento concursal comum

Fase Procedime

nto Descrição

De

cisã

o

1 Manifestação de necessidade de recrutamento pela unidade orgânica

2 Elaboração da proposta para abertura do procedimento

3 Verificação de disponibilização orçamental

4 Consulta de reserva de recrutamento no serviço

5 Consulta de reservas de recrutamento e trabalhadores colocados no regime da valorização profissional

6 Despacho de abertura

7 Definição de critérios de seleção

Pu

blic

itaç

ão

1 Redação do aviso

2 Publicação integral do procedimento concursal na 2.ª série do Diário da República

3 Publicação na BEP, através do preenchimento de formulário próprio

4 Publicação na página eletrónica da entidade, por extrato

5 Publicação em jornal de expansão nacional, por extrato

Sele

ção

1 Apresentação das candidaturas em formulário próprio

2 Apreciação das candidaturas

3 Notificação dos candidatos

4 Pronúncia dos interessados

5 Apreciação das alegações e deliberações do júri

6 Aplicação dos métodos de seleção

7 Publicação dos resultados dos métodos de seleção intercalar

8 Ordenação final dos candidatos

9 Audiência dos interessados

Co

ntr

ataç

ão

1 Ordem do recrutamento

2 Negociação da posição remuneratória e celebração do contrato

3 Cessação do procedimento concursal

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Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

FICHA TÉCNICA

Título:

Guia do Procedimento Concursal: comum e dirigentes

Propriedade:

Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral

Coordenação:

Fátima Costa Ferreira

Diretora de Serviços de Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional

Elisabete Costa

Chefe de Divisão de Recursos Humanos

Direção de Serviços de Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional

Compilação e elaboração:

Ana Lazarim

Ana Maria Correia

Técnicas Superiores da Divisão de Recursos Humanos

Direção de Serviços de Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional

Capa:

Divisão de Acompanhamento de Políticas e Comunicação

Direção de Serviços de Comunicação e Informática

Elaborado em dezembro de 2015

Revisto em abril de 2018