guia de referencia sistema enochiano

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GUIA DE CONSULTA PARA MAGIA ENOQUIANA (ENOCHIAN MAGICK REFERENCE) De Benjamin Rowe Tradução Frater Baal Origens: Os Diários de Dee Os sistemas de magia agora conhecidos como magia Enoquiana derivam do trabalho do estudioso Elizabetano Dr. John Dee e do vidente Edward Kelley. Dee tinha uma paixão por descobrir conhecimento perdido e verdades espirituais; em particular quis recuperar a sabedoria que ele acreditou estar nos livros perdidos de tempos antigos. Entre estes o então lendário Livro de Enoch, que ele aparentemente concebeu como sendo um livro que descrevia o sistema magico usado por aquele patriarca. Dee concluiu que esforços mundanos não conduziriam à sabedoria desejada, e decidiu então se aplicar para contatar ele mesmo as fontes divinas. Durante os anos de 1581 à 1585, executou uma série longa de operações magicas com esta intenção. Kelley uniu-se a ele em março de 1582, e foi seu assistente exclusivo durante o remanescente do trabalho. O método empregado para estes trabalhos era padrão para a época. Dee agiria como o orador e dirigiria preces fervorosas à Deus e para os arcanjos durante um espaço de tempo que duraria de quinze minutos a uma hora. Então uma bola de cristal seria 1

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Guia de consulta para magia enoquiana

(Enochian Magick Reference)

De Benjamin Rowe

Traduo Frater Baal

Origens: Os Dirios de Dee

Os sistemas de magia agora conhecidos como magia Enoquiana derivam do trabalho do estudioso Elizabetano Dr. John Dee e do vidente Edward Kelley. Dee tinha uma paixo por descobrir conhecimento perdido e verdades espirituais; em particular quis recuperar a sabedoria que ele acreditou estar nos livros perdidos de tempos antigos. Entre estes o ento lendrio Livro de Enoch, que ele aparentemente concebeu como sendo um livro que descrevia o sistema magico usado por aquele patriarca. Dee concluiu que esforos mundanos no conduziriam sabedoria desejada, e decidiu ento se aplicar para contatar ele mesmo as fontes divinas. Durante os anos de 1581 1585, executou uma srie longa de operaes magicas com esta inteno. Kelley uniu-se a ele em maro de 1582, e foi seu assistente exclusivo durante o remanescente do trabalho.

O mtodo empregado para estes trabalhos era padro para a poca. Dee agiria como o orador e dirigiria preces fervorosas Deus e para os arcanjos durante um espao de tempo que duraria de quinze minutos a uma hora. Ento uma bola de cristal seria colocada em uma mesa previamente preparada, e os anjos seriam chamados para manifestar uma forma visvel em seu interior. Kelley faria o trabalho de scrying com ela e relataria tudo que viu e ouviu; Dee se sentaria a outra mesa perto e registraria tudo o que aconteceu.

Dee fez mltiplas cpias destes registros. Uma poro deles relativo s Chamadas Angelicais, Tbuas e o Liber Scientiae, foram adquiridos com o restante da biblioteca de Dee por Robert Cotton. Esta parte foi publicada no Casaubon's A Time and Faithful Relation. As pores mais recentes relativas a Heptarchy e Liber Loagaeth vieram iluminar por meios indiretos.

Em anos mais recentes de sua vida, Dee aparentemente decidiu esconder seus registros mgicos dentro de um compartimento secreto em um grande ba de cedro que ele possua. Depois de sua morte o ba foi comprado e passou por vrios donos. Os documentos escondidos no foram descobertos at por volta de 1662, e encontrou seu caminho nas mos de Elias Ashmole em 1672. A coleo do Sr. Ashmole passou eventualmente para a Biblioteca Britnica.

De acordo com Ashmole, aproximadamente metade dos registros ocultos foram acidentalmente destrudos pela empregada do descobridor antes que esforos para preservao pudessem ser feitos. Apesar disto, os registros das operaes de 1581-1585 aparecem quase que completamente intactos.

O registro destas operaes muito detalhado; tanto assim que leva ao um estudo cuidadoso para separar o 'joio do trigo'. Boa parte das comunicaes eram importantes dentro do contexto das operaes, mas no tem relao direta nos sistemas de magia que apresentado. De resto, h perodos longos de comunicaes que, em retrospecto, parece no ter nenhum propsito alm de manter a ateno dos magistas em dar continuidade s operaes. Durante estes perodos os anjos apresentavam vises coloridas, profecias portentosas, e fofoca angelical, mas pouqussima informao slida. Adicionalmente, o leitor tem que lidar com excurses paralelas em religio apocalptica, poltica, problemas pessoais entre Dee e Kelley, e vrias questes irrelevantes que Dee teimou em inserir no trabalho.

Cronologicamente, o trabalho de Dee e Kelley divide-se em trs perodos altamente produtivos separados por meses nos quais nada de valor especial foi recebido. O material recebido em cada perodo geralmente sustenta-se por si mesmo, e sutilmente relacionado com os outros perodos. Na interpretao mais rgida, apenas o material do terceiro perodo qualifica-se como "Magia Enoquiana", mas o termo freqentemente aplicado ao trabalho como um todo.

Perodo um: A Heptarchia Mystica

O primeiro sistema de magia dado a Dee foi a Heptarchia Mystica. Um sistema auto-suficiente e moderadamente complexo de magia anglica planetria, semelhante em estilo (mas no em contedo) aos vrios "grimoires Salomnicos". O registro completo de sua apresentao pode ser encontrada no Mysteriorum Libri Quinti de Dee; um grimoire de trabalho. Um composto com extratos deste mesmo registro, conhecido como De Heptarchia Mystica.

A apresentao deste sistema magico de notvel seqncia e ordem, comparada s partes mais recentes do trabalho. O equipamento fsico necessrio foi descrito em detalhes, seguido por uma hierarquia de 49 "Anjos Bons", e mais adiante informaes relativas aos Reis e Prncipes da hierarquia, e seus ministros. A parte principal da informao foi dada durante 1582; correes significantes para o esboo do equipamento foi determinado na primavera do o ano seguinte, depois de um hiato no trabalho e a apresentao do Liber Loagaeth.

Equipamento: Anel, Lamen, e Mesa Santa

Figura: Anel

Os anjos afirmaram que o anel que eles esboaram para Dee era o mesmo que Salomo usava para controlar demnios. Ele tinha uma parte plana na qual era fixo uma pequena chapa retangular. As letras PELE (letras Latinas para "Ele operar maravilhas") eram escritas nos quatro cantos deste retngulo. No centro do retngulo havia um crculo dividido por uma linha horizontal, com a letra "V" acima da linha e a letra "L" abaixo desta.

Foram dados dois lamens diferentes a Dee. O primeiro destes apresentava uma semelhana genrica com vrios sigilos goticos, sendo um sortimento de linhas de forma livre e letras estranhamente colocadas. O ser que o entregou, instruiu que o lamen deveria ser feito em ouro e usado em todas as vezes e lugares com fins de proteo.

No ano seguinte, Dee e Kelley so avisados que este era um falso lamen, dado por um "esprito ludibriador". Eles lhe forneceram um novo desenho formado por uma matriz 7x12 pelos nomes dos Reis e Prncipes Heptarcais; o novo lamen era composto totalmente de letras e arranjadas em padres retilneos. Ao contrrio o primeiro lamen, o propsito do segundo, era somente "dignificar" o magista, mostrar o seu mrito para executar a magia Heptarcal.

Figura: 2 verses do lamen

A Mesa Santa ou Mesa de Conveno era a pea central da Magia Heptarquica. Seu propsito era ser um "instrumento de conciliao"; ou seja, o meio pelo qual os poderes que esta simbolizava, eram trazidos junto ao magista. Como no caso do lamen, Dee foi informado que a verso inicial da mesa estava incorreta, e um desenho novo foi providenciado.

A mesa deveria ser quadrada com lado medindo dois cbitos (algo entre 90 a 110 cm) e dois cbitos de altura. As pernas terminaram em ps com formato de taas invertidas, debaixo dos quais cpias pequenas do Sigillum dei Aemeth eram colocados. Tinha uma margem interna de uma polegada (2,54 cm), nas quais certas letras eram desenhadas (21 em cada lado da mesa). Dentro deste limite uma Estrela de David era desenhada, e no centro da estrela um quadrado de 6 polegadas de lado (15 cm aproximadamente) dividido em uma matriz 3x4 onde outras letras seriam desenhadas. Em cima da mesa eram colocados sete talisms planetrios, chamados "Insgnias da Criao". No centro, era colocado uma verso grande do Sigillum dei Aemeth. Quando em uso, a mesa, Sigillum, e talisms eram cobertos com uma toalha de seda vermelha. A bola de cristal era ento colocada em cima da toalha, diretamente sobre o Sigillum.

As letras ao redor da extremidade da mesa, e no quadrado central, foram tirados da mesma matriz 7x12 que formava o lamen. A inteno seria de que eles "dignificavam" a mesa - consagrando-a para o trabalho com a Heptarquia - da mesma maneira que o lamen dignifica o magista. No h nenhuma indicao no registro, a idia de que elas eram palavras que transmitiam algum tipo de significado, como Gerald Schueler alegou.

Muitos magistas assimilaram a idia de que a Mesa Santa tambm necessria s operaes que envolvem as Chamadas e Tbuas Angelicais dados a Dee e Kelley em 1584. verdade que eles fizeram uso da mesa para operaes que obtiveram todo aquele material. Porm, a mesa projetada especificamente para o uso com os poderes da Heptarquia; parece improvvel que ela seria satisfatria para a natureza quase elementar dos poderes das Tbuas.

Figura: Mesa Santa

Equipamento: O Sigillum dei Aemeth

O Sigillum dei Aemeth ou Sigillum Dei um disco grande de cera, no qual so inscritos vrios nomes de Deus e de anjos, dentro um desenho formado por heptgonos e heptagramas. Este sigilo deveria ser colocado no centro da Mesa Santa, debaixo da bola de cristal. Verses menores seriam colocadas debaixo dos ps da mesa (que possuam forma de taas invertidas), aparentemente para separar a mesa de influncias terrestres.

O Sigilo a nica parte do trabalho de Dee que tem uma direta correspondncia com sistemas de magia anteriores; verses deste aparecem no Liber Juratis e no Heodious Aegypticus, entre outros volumes. Dee foi orientado para copiar inicialmente o sigilo de um livro de sua biblioteca, mas encontrou verses conflitantes e no pde decidir entre eles. Questionando os anjos, estes lhe deram o projeto para uma verso nova e mais detalhada. O sigilo resultante substancialmente diferente das verses anteriores, compartilhando com eles s a forma geomtrica geral.

Enquanto a maioria dos nomes no Sigilo no so imediatamente reconhecveis, quase que todos eles so derivados de dois conjuntos de nomes angelicais familiares. O primeiro conjunto da lista dos anjos de Agrippa como os "sete que esto na presena de Deus". Os nomes divinos fora do hexagrama no Sigilo so formados por transposio das letras destes nomes, seguindo um elaborado mas consistente mtodo. O segundo conjunto so os Arcanjos planetrios cujos nomes so mostrados no centro do Sigilo. Estes so usados para formar os quatro grupos de sete nomes angelicais dentro do hexagrama, chamados de "Filhos de Luz", "Filhas de Luz", "Filhos dos Filhos", e "Filhas das Filhas". interessante notar que os nomes derivados eram primeiro determinados, e s depois eram mostrados os meios de derivao.

Equipamento: As Insgnias da Criao

Imediatamente seguindo a apresentao do Sigillum dei Aemeth, os anjos proveram sete sigilos complexos intitulados "Insgnias da Criao". Estes seriam gravados em folhas de estanho purificada, e arranjadas sobre a superfcie da Mesa Santa formando um anel contnuo ao redor do Sigillum dei Aemeth, ou dispostos diretamente na frente do magista. Como uma alternativa, os anjos permitiram que os sigilos fossem pintados diretamente na mesa. Durante a as correes ocorridas na Primavera de 1583, os anjos especificaram que as letras nas insgnias deveriam ser convertidas para o alfabeto angelical, mas isto aparentemente nunca foi feito.

Como a prpria mesa, as bandeiras eram intencionalmente utilizadas como instrumentos de conciliao entre o magista e o poder Heptarquico. Cada insgnia era associada a um Rei da Heptarquia, com um planeta especfico bem como um dia da semana.

Duas mais recentes verses das bandeiras circularam em publicaes modernas. A primeira destas foi criada pelo pseudnimo "Dr. Rudd", mais ou menos um sculo aps a poca de John Dee. A verso de Rudd apresenta os nomes de vrios demnios tradicionais escritos na Insgnia. A idia de Rudd era que as letras representavam os nomes destes demnios, e o nmero de vezes que a letra aparecia significava o nmero de vezes que o demnio seria invocado.

A verso das Insgnias foi publicada no Zalewski's Golden Dawn Enochian Magick no qual erroneamente troca todas as letras "b" minsculas nas Insgnias por nmeros seis. Esta verso aparenta ser mais uma recente inveno, aparecendo impressa nos anos 60. Mas como pode ser visto nas ilustraes do apndice, os nmeros seis e letras "b" nas insgnias so desenhadas de uma maneira consistente e distinta.

Nenhuma destas verses posteriores tem alguma justificao nos dirios de Dee. H um lgica por detrais dos smbolos nas Insgnias, que no explicada em nenhum lugar dos registros.

A Hierarquia Heptarquica: Os 49 Anjos Bons

Os 49 Anjos Bons so os primeiros poderes angelicais "mundanos" apresentados neste sistema. Esses listados no Sigillum dei Aemeth esto aparentemente de algum modo acima dos mundos no qual os homens vivem, assim como esto as Insgnias. Tendo apresentado as Insgnias, o arcanjo Michael apresenta os 49 anjos dizendo: "Agora voc toca o mundo, e as aes na terra. Agora ns lhe mostraremos o mundo mais baixo: Os Governadores que trabalham e regem abaixo de Deus".

Dee e Kelley foram apresentados a 7 talisms (7x7). Cada quadrado de cada talism continha uma letra e um nmero de 1 a 49. Pela reunio das letras com o mesmo nmero numa certa seqncia, foram produzidos os nomes dos anjos. A lista dos nomes, divididas em grupos de sete, foi chamada de Tabula Collecta. Dee organizou estes nomes em uma tabela circular a qual chamou de Tabula Bonorum, dividindo os anjos em grupos de sete, com um Rei e um Prncipe encabeando cada grupo.

Figura: Tabula Bonorum

Cada um destes sete talisms originais foi associado a um poder sobre um aspecto particular da existncia; segue o nome de cada anjo que controla alguma parte de cada desses aspectos. Os poderes designados a cada talism ou letra so:

1. Graa e sabedoria

2. A exaltao e governo dos Prncipes

3. Prevalecendo em deliberao, e em cima da nobreza

4. Ganho e comrcio de mercadoria. (Dee depois mudou para gua, sem nenhuma razo clara.)

5. As qualidades da Terra, e da gua

6. Conhecimento do Ar e dos seres que movimentam-se por este elemento

7. Domnio do fogo.

Desta lista de poderes ele demonstraria que, ao longo de pelo menos uma dimenso, a magia Heptarquica no de natureza completamente planetria. Os poderes se ajustariam mais na concepo de um mundo elementar qudruplo regida por um esprito de manifestao tripla, como nas mais baixas sete Sephiroth da cabala.

Retroativamente, Dee nomeara um atributo planetrio a cada grupo de sete anjos, baseado nas conexes entre o Os Reis e os dias da semana. Depois estudantes tm interpolado um sistema de atributos duais, baseado no fato, que o Prncipe de um determinado dia aparece em um grupo diferente do Rei do dia.

Os Reis, Prncipes, e seus ministros

Seguindo a apresentao dos 49 anjos, h um buraco no registro de cerca de seis meses; aparentemente nenhuma operao fora executada neste perodo. Ashmole especula aquele Dee e Kelley tiveram uma discordncia em continuar o trabalho. Isto parece uma suposio razovel. O registro pr hiato termina com Kelley expressando antipatia e descrena nos espritos por sugerirem que ele no entra em ao em acordo com sua natureza. O registro ps hiato comea com a nota: "Aps a reconciliao com Kelley".

O material desta seo mais confuso que das anteriores. A fala dos anjos mais elaborada e bombstica, o aspecto visual caracterizado por uma qualidade do equipamento. Talvez a contnua hostilidade de Kelley para com os anjos foi responsvel pela mudana.

Primeiramente, so apresentados os poderes dos Prncipes, seguidos pelos seus sigilos. Os Reis Heptarquicos aparecem em seguida. Eles descrevem os seus poderes, e cada um dos seus 42 ministros. Os ministros a seu tempo apresentam seus nomes, em duas formas: uma tabela de seis linhas por sete colunas, cada uma contendo uma letra; e um talism com seus nomes escritos sobre uma circunferncia.

Os poderes designados aos Reis aparentam manter uma relao maior com uma natureza planetria do que esses poderes associados a letras individuais dos seus nomes. Porm, h algumas instncias para onde os poderes aparentam serem imprprios para o planeta associado, e outros onde o poder do Prncipe no outorgue com o do Rei.

PlanetaReiPoder do ReiPrncipePoder do Prncipe

SolBobogelSabedoria, CinciaBornogoMetais, alterao da natureza

MarteBabalelguas, batalhaBefafesMares

JpiterByneporVida de todas as coisasButmonoTerra

MercrioBnaspolTerra e seus componentesBlisdonVida

SaturnoBnapsenExpulso de espritos mausBrogesFogo

VnusBaligonPoderes do arBagenolNo mostrado

LuaBlumazaNo mensionadoBralgesAr, espritos invisveis

Os 42 ministros nomeados para cada Rei so divididos em seis grupos cujos sete membros tm nomes formados pelas mesmas letras. Cada grupo rege uma seo de um quatro de hora do dia, comeando meia-noite. O primeiro grupo tipicamente representado como expressando uma mais pura forma do poder do Rei que os cinco grupos remanescentes.

Como no caso do lamen e da mesa santa, os nomes de os ministros so derivados da tabela dos 49 anjos. Para os ministros, um mtodo diferente foi usado para extrair os nomes para o conjunto de cada Rei. Tambm como previamente, os nomes foram dado aos magistas antes do mtodo de extrao ser explicado.

Partes perdidas

Em vrios trechos dos registros, so feitas referncias a respeito de um "Grande Globo", aparentemente um diagrama de algum tipo que no est entre os documentos que foram publicados at o momento. Neste contexto, parece que poderia ser uma variao adicional da Tabula Bonorum, ou dos 7 talisms dos quais a Bonorum foi feita. Como Dee descreve-o: "...H letras importantes abaixo dos nomes do Rei e caracteres: e tambm h outras letras com nmeros: ... e alm destas letras, algumas so versas e outras reversas". Aparentemente Kelley recebeu este diagrama em algum momento quando Dee no estava presente; Dee se refere a eles como tendo sido trazido a ele atravs de Kelley. Os anjos afirmaram todavia que ele era importante para o uso da magia.

Esta tabela seria usada na criao de talisms para invocaes dos anjos da Heptarquia. Um exemplo de tal talism mostra o sigilo de um dos Filhos da Luz em seu centro, com o nome de um Rei Heptarquico em um crculo ao redor dele. Um crculo exterior na parte reversa e letras normais forma a circunferncia do talism perdido.

Mtodo de uso

Nas sesses da primavera de 1583, os anjos indicaram que numa delas foi planejado que instrues detalhadas seriam dadas para o uso do sistema magico da Heptarquia. Se esta sesso aconteceu, no est nos registros sobreviventes, mas alguma idia do tcnica geral pode ser recolhida de comentrios de outras partes do registro.

O magista seria assentado mesa santa usando o anel e o lamen. A Insgnia do Rei a ser invocado seria colocada na mesa antes dele. Ele seguraria um talism apropriado do Rei Heptarquico em uma mo, com um talism dos nomes dos ministros do Rei colocados debaixo de seus ps. O magista chamaria o Rei ento atravs de petio e orao, seguida pela exortao ao Prncipe dele, e invocaes dos seis ministros principais. Eles apareceriam na Bola de Cristal, ao que o mgico os encarregaria a executar a tarefa por ele desejada.

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