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PROCESSO DE ESCOLHA EM DATA UNIFICADA DOS MEMBROS DOS CONSELHOS TUTELARES G U I A D E O R I E N T A Ç Õ E S Secretaria de Direitos Humanos

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A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República vem trabalhando intensamente para promover o fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes no país. Destaca-se, em especial, as iniciativas para apoiar e dar melhores condições para a atuação dos conselheiros tutelares de todo o Brasil.

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  • PROCESSO DE ESCOLHA EM DATA UNIFICADA

    DOS MEMBROS DOS CONSELHOS TUTELARES

    Braslia - 2015

    GUIA DE ORIENTAES

    Secretaria deDireitos Humanos

  • PROCESSO DE ESCOLHA EM DATA UNIFICADA

    DOS MEMBROS DOS CONSELHOS TUTELARES

    Braslia - 2015

    GUIA DE ORIENTAES

    Secretaria deDireitos Humanos

  • Dilma RousseffPresidente da Repblica Federativa do Brasil

    Michel TemerVice-presidente da Repblica Federativa do Brasil

    Ideli SalvattiMinistra de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

    Carlos Augusto AbicalilSecretrio Executivo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

    Anglica GoulartSecretria Nacional de Promoo dos Direitos da Criana e do Adolescente

    Rodrigo TorresDiretor do Departamento de Polticas Temticas dos Direitos da Criana e do Adolescente

    Marcelo NascimentoCoordenador Geral da Poltica de Fortalecimento de Conselhos

    Secretaria deDireitos Humanos

  • Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica - SDH/PRSecretaria Nacional de Promoo dos Direitos da Criana e do AdolescenteSCS-B, Qd. 9, Lote C. Edifcio Parque Cidade Corporate Torre A, 8 andar(61) 2027-3336/3854 - [email protected] de segunda a sexta-feira, das 8h s [email protected]/DHumanosBrasilfacebook.com/direitoshumanosbrasil

    COLABORADORES Verena Martins de Carvalho, Mariana Peccinini Alvarado Cuenca, Edson Francisco de Santana, Eulgio Neto, Fernanda Gomes Carneiro, Helyzabeth Kelen Tavares Campos, Higor Cataldo Antnio, Vivianni Patricia Coelho Acosta.

    GRUPO DE TRABALHO NACIONAL- Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica: Marcelo Nascimento, Denise Chaves Lopes Feres, Alexandre Avelino Pereira, Helio Veneroso, Marinete Mers, Aline Albuquerque- Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente: Maria Izabel da Silva, Francisco Siqueira e Antnio Jorge dos Santos- Frum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares: George Luis e Ivan Nilo Pinheiro Marques - Frum Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente: Srgio Marques - Conselho Nacional do Ministrio Pblico: Antnio Carlos Ozrio Nunes e Valesca de Morais Monte - Comisso Permanente da Infncia e da Juventude: Renato Baro Varalda - Comisso de Direitos Humanos e Minorias da Cmara dos Deputados: Assis Miguel do Couto e Marina Lacerda- Comisso de Direitos Humanos e Legislao Participativa do Senado Federal: Marcio Sanchez - Casa Civil: Magaly Marques - Tribunal Superior Eleitoral: Elmano Amancio de S Alves

    COORDENAO GERAL DE DIVULGAO E PROMOODA TEMTICA DOS DIREITOS HUMANOSDayane Nunes

    Projeto Grfico, Diagramao e CapaCleber Mariano PintoDenilda Ucha

  • SUMRIO

    Apresentao ................................................................................................................. 09Introduo ........................................................................................................................ 1 1Orientaes para o primeiro processo de escolha em data unificada de Conselheiros Tutelares ................................................................................................. 14 Lei Municipal ...................................................................................................... 14Atribuies do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente ................................................................................................................... 15Candidatura a membro do Conselho Tutelar ............................................... 15 Podero participar do processo de escolha: ................................ 15 No podero participar do processo de escolha: ...................... 16Atribuies da Comisso Especial ................................................................... 17Edital ................................................................................................................................. 17Etapas para realizao do processo de escolha ......................................... 17Recomendaes/Observaes Gerais .............................................................. 18 Perguntas Frequentes ................................................................................................. 19Anexos ................................................................................................................................ 23 Anexo 01 - Lei 12.696/2012 ........................................................................ 24 Anexo 02 - Recomentao do Grupo de Trabalho Nacional ..... 26 Anexo 03 - Resoluo 170/2014 ............................................................... 28 Anexo 04 - Resoluo 113/2006 .............................................................. 50 Anexo 05 - Resoluo 152/2012 .............................................................. 68 Anexo 06 - Modelo de Edital .................................................................... 71

    Secretaria deDireitos Humanos

  • APRESENTAO

    A Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica vem trabalhando intensamente para promover o fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos de Crianas e Adolescentes no pas. Destaca-se, em especial, as iniciativas para apoiar e dar melhores condies para a atuao dos conselheiros tutelares de todo o Brasil.

    O apoio implantao da Escola de Conselhos para formao continuada de Conselheiros de Direitos e Conselheiros Tutelares, a distribuio de conjuntos de equipagem para conselhos tutelares de mais de 1.837 municpios, a disponibilizao e apoio construo de projetos de Conselhos Tutelares Modelo Meu Lugar na Cidade e o esforo para o estabelecimento de parmetros e fluxos de atendimento para os Conselhos Tutelares, em conjunto, representam o reconhecimento da importncia do papel dessa rede para o pas. A Secretaria de Direitos Humanos no tem medido esforos para garantir que todos os Conselhos Tutelares tenham plenas condies para sua atuao visando garantia de direitos de crianas e adolescentes.

    Em sintonia com essas iniciativas, a SDH/PR tambm tem apoiado Estados e Municpios para a realizao de uma grande misso: o processo de escolha em data unificada dos Conselheiros Tutelares brasileiros. Em 2012, a Lei n 12.696/2012 estabeleceu a necessidade de um processo de escolha em data unificada nos municpios brasileiros, e o Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente CONANDA apoiou essa iniciativa.

    Para subsidiar o planejamento e estabelecer parmetros comuns, respeitando a diversidade de cada regio, foi institudo, no mbito da SDH/PR, um Grupo de Trabalho Nacional que tem como objetivo discutir as orientaes para realizao do Processo, que ocorrer no dia 4 de outubro de 2015. Esse Grupo formado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica (SDH/PR), pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente

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    (CONANDA), pela Comisso de Direitos Humanos e Minorias da Cmara dos Deputados, pela Comisso de Direitos Humanos e Legislao Participativa do Senado Federal, pelo Frum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares, pelo Frum Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente, pelo Conselho Nacional de Justia (CNJ), pelo Conselho Nacional do Ministrio Pblico (CNMP), pela Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica (SRI/PR), pela Casa Civil da Presidncia da Repblica e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    O presente Guia de Orientaes foi elaborado a partir de intensas discusses do Grupo Trabalho Nacional, assim como de oficinas nacionais com a participao de Conselheiros e Conselheiras Tutelares de todo o pas. Esse Guia tem como propsito servir de referncia e apoio para todos os municpios brasileiros, auxiliando os Conselhos Municipais dos Direitos da Criana e do Adolescente e as prefeituras na realizao dessa grande misso que o Processo de Escolha em Data Unificada.

    Assim, convido todos os Estados e Municpios a se juntarem SDH/PR nesse desafio, para alcanarmos, em 4 de outubro de 2015, um processo de escolha democrtico, participativo e que resulte na eleio de Conselheiros e Conselheiras Tutelares atuantes e engajados na garantia de direitos de nossas crianas e nossos adolescentes.

    Ideli Salvatti

    Ministra de Estado Chefe daSecretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

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    INTRODUO

    O Estatuto da Criana e do Adolescente estabelece um sistema integrado para a garantia dos direitos de crianas e adolescentes, envolvendo Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judicirio, Defensorias Pblicas, Ministrio Pblico e sociedade civil.

    Alm desses atores, destacam-se os Conselhos Tutelares e os Conselhos de Direitos da Criana e do Adolescente. Os Conselhos de Direitos so formados por representantes da sociedade civil e do governo, de forma paritria, e so responsveis por deliberar e monitorar as polticas pblicas a serem implementadas pelo Poder Pblico, nos mais diversos nveis, para plena efetivao dos direitos assegurados pela lei e pela Constituio Federal populao infanto-juvenil, zelando pela observncia do princpio constitucional da prioridade absoluta criana e ao adolescente, em toda amplitude preconizada pelo art. 4, caput e pargrafo nico, da Lei n 8.069/90.

    Os Conselhos Tutelares, por sua vez, so rgos permanentes e autnomos, no jurisdicionais, encarregados pela sociedade de zelar pela garantia e defesa dos direitos da criana e do adolescente por parte da famlia, da comunidade em geral e, acima de tudo, do Poder Pblico, notadamente em mbito municipal (por fora do disposto no art. 88, inciso I, da Lei n 8.069/90), fiscalizando a atuao dos rgos pblicos e entidades governamentais e no governamentais de atendimento a crianas, adolescentes e famlias. Presente em 99,89% dos 5.565 municpios brasileiros, o Conselho Tutelar formado por 5 membros eleitos pela populao local, que atuam em colegiado, de acordo com as atribuies estabelecidas no artigo 136 do Estatuto da Criana e do Adolescente. Um municpio pode ter mais de um Conselho Tutelar de acordo com a sua populao, conforme previsto na Resoluo 170/2014 do Conselho Nacional dos Diretios da Criana e do Adolescente CONANDA.

    Em julho de 2012 foi sancionada a Lei Federal n 12.696/2012, pela Presidncia da Repblica, que alm de assegurar os direitos sociais dos membros do Conselho Tutelar, estabeleceu a necessidade de um processo de escolha em

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    data unificada em todas as cidades do pas. Esta lei tambm modificou as regras para a organizao dos Conselhos Tutelares, por meio da alterao dos arts. 132, 134, 135 e 139 da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criana e do Adolescente.

    Ainda de acordo com a Lei n 12.696/2012, o mandato dos membros do Conselho Tutelar foi ampliado de trs para quatro anos, e estes passaram a ter direito de receber, alm da remunerao a ser definida pelo municpio, licenas maternidade e paternidade, cobertura previdenciria, gozo de frias anuais remuneradas acrescidas de um tero do salrio e gratificao natalina.

    J o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar acontecer em data unificada, em todo o territrio nacional, a cada 4ww (quatro) anos, no primeiro domingo do ms de outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial, com a posse dos eleitos prevista para o dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.

    Atualmente, os municpios realizam suas eleies individualmente, adequando-as a sua realidade particular em datas e formatos diversos. Com o objetivo de estabelecer as diretrizes para a transio at o primeiro processo de escolha unificado, o CONANDA expediu, em agosto de 2012, a Resoluo n 152.

    Em 08 de abril de 2014 foi publicada a Portaria n 241 que institui, no mbito da SDH, o Grupo de Trabalho Nacional destinado a realizar estudos e elaborar proposta de diretrizes e orientaes para o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, com a seguinte composio:

    - Secretaria Executiva da SDH/PR;

    - Secretaria de Gesto de Poltica de Direitos Humanos da SDH/PR;

    - Secretaria Nacional de Promoo dos Direitos da Criana e do Adolescente da SDH/PR;

    - Assessoria Jurdica da SDH/PR;

    - Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente CONANDA;

    - Comisso de Direitos Humanos e Minorias da Cmara dos

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    Deputados;

    - Comisso de Direitos Humanos e Legislao Participativa do Senado Federal;

    - Frum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares;

    - Frum Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente;

    - Conselho Nacional de Justia CNJ;

    - Conselho Nacional do Ministrio Pblico CNMP;

    - Subchefia de Assuntos Federativos da Secretaria de Relaes Institucionais;

    - Subchefia de Anlise e Acompanhamento de Polticas Governamentais da Casa Civil da Presidncia da Repblica;

    - Tribunal Superior Eleitoral

    O Grupo de Trabalho Nacional foi institudo com as seguintes competncias:

    - Estabelecer Plano de Trabalho e metodologia correlata;

    - Realizar estudos e levantamentos necessrios ao desenvolvimento de proposta de diretrizes e orientaes que estabelecero parmetros do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar;

    - Proceder a anlise das prticas anteriormente adotadas no processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar e propor procedimentos que garantam o aperfeioamento do processo.

    O primeiro documento elaborado pelo Grupo de Trabalho Nacional para auxiliar os municpios na realizao do Processo de Escolha foi uma recomendao conjunta, assinada pela Secretaria de Direitos Humanos, o Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente CONANDA e o Conselho Nacional do Ministrio Pblico CNMP que trata dos recursos a serem utilizados no Processo de Escolha (Anexo 02).

    Como um segundo documento elaborado a partir das definies do Grupo de Trabalho Nacional, esse guia tem por objetivo subsidiar os municpos no planejamento e na execuo das aes para o Processo de Escolha em data unificada dos Conselheiros e Conselheiras tutelares, que ocorrer no dia 4 de outubro de 2015.

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    ORIENTAES PARA O PRIMEIRO PROCESSO DE ESCOLHA EM DATA UNIFICADA DE CONSELHEIROS E CONSELHEIRAS TUTELARES

    Para que o Processo de Escolha ocorra com xito, fundamental que o municpio conhea todas as etapas do processo, desde o planejamento at a sua execuo final. A primeira providncia conhecer os atos normativos que tratam do Processo de Escolha:

    1. Lei 8.069/90 Estatuto da Criana e do Adolescente.

    2. Lei 12.696/2012 Altera os arts. 132, 134, 135 e 139 da Lei 8.069/1990 para dispor sobre os Conselhos Tutelares.

    3. Lei Municipal que dispe sobre os Conselhos Tutelares

    4. Resoluo CONANDA n 170/2014, que subsititui a resoluo n 139/2010 (Anexo 03).

    5. Resoluo CONANDA n 113/2006 (Anexo 04).

    6. Resoluo CONANDA n 152/2012 (Anexo 05).

    De acordo com essa legislao, todos os municpios devem participar desse Processo, mobilizando o Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, assim como o Sistema de Garantia de Direitos e toda populao do municpio.

    Lei Municipal

    Conforme previsto no art. 139, da Lei n 8.069/90, o processo de escolha dos membros de cada Conselho Tutelar dever ser definido em lei municipal e ser realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, com acompanhamento e fiscalizao do Ministrio Pblico, conforme art. 139, do ECA.

    Os membros do Conselho Tutelar sero escolhidos pela populao local, que precisa ser informada e mobilizada a participar do processo.

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    ATRIBUIES DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    Aps a aprovao da lei municipal e, instituio do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, este ter a responsabilidade de publicar a Resoluo Regulamentadora na qual institui a criao e composio da Comisso Especial do Processo de Escolha em data Unificada, que ir regulamentar e coordenar o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar observadas as disposies estabelecidas no ECA e na Resoluo n 139/2010 e alteraes advindas pela Resoluo n 170/2014, do CONANDA.

    A Resoluo do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente que ir regulamentar o processo de escolha em data unificada dever prever dentre outras disposies:

    Calendriocomasdataseosprazospararegistrodecandidaturas,impugnaes, recursos e outras fases do certame, de forma que o processo de escolha se inicie no mnimo 06 (seis) meses antes do pleito;

    Adocumentaoa serexigidadoscandidatos, como formadecomprovar o preenchimento dos requisitos previstos no art. 133 da Lei n 8.069/90;

    As regras de campanha, contendo as condutas permitidas evedadas aos candidatos, com as respectivas sanes, e

    A criao e composiodeComissoEspecial encarregadaderealizar o Primeiro Processo de Escolha em Data Unificada, conforme previsto no art. 7, da Resoluo n 170/2014 do CONANDA.

    CANDIDATURA A MEMBRO DO CONSELHO TUTELAR

    Considerando s disposies previstas na Lei n 12.696/2012 e na Resoluo n 152/2012, publicada pelo CONANDA, definiu-se a regulamentao de quem poder se candidatar a conselheiro tutelar.

    Podero participar do Processo de Escolha:

    1. Todas as pessoas da comunidade local, maiores de 21 anos de idade, que possuam domiclio eleitoral no municpio, e que preencham as exigncias previstas na Lei Federal n 8.069, de 1990 e na Lei Municipal de criao do Conselho Tutelar.

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    2. Todas as pessoas que j tenham exercido a funo de conselheiro tutelar e que ficaram fora do conselho durante o ltimo mandato, ainda que este mandato tenha tido sua durao prejudicada ou estendida.

    3. Os conselheiros e as Conselheiras tutelares que esto no exerccio do primeiro mandato, cuja durao tenha sido prejudicada.

    4. Os conselheiros e as conselheiras tutelares que j tinham exercido o primeiro mandato, e que foram, consecutivamente, empossados a partir de 11 de janeiro de 2013, cuja durao do mandato de 03 (trs) anos ficou prejudicada.

    5. Os conselheiros e as conselheiras tutelares empossados em 2010, e escolhidos novamente em 2013, cuja durao do mandato de 03 (trs) anos tenha ficado prejudicado, conforme previsto na Resoluo n 152, de 2012, publicada pelo CONANDA.

    6. Os conselheiros e as conselheiras tutelares que esto no exerccio do primeiro mandato e que tiveram o mandato estendido/prorrogado, conforme previsto na Resoluo n 152, de 2012, publicada pelo CONANDA.

    No podero participar do Processo de Escolha:

    1. Aqueles que no preencham as exigncias previstas na Lei Federal n 8.069 de 1990 e na Lei Municipal de criao do Conselho Tutelar.

    2. Conselheiros e Conselheiras Tutelares que esto no segundo mandato consecutivo, exceto queles que foram empossados em 2013, cuja durao do mandato tenha ficado prejudicada, conforme previsto na Resoluo n 152 de 2012, publicada pelo CONANDA.

    3. Conselheiros e Conselheiras Tutelares que exerceram a funo por dois mandatos consecutivos e que tiveram o mandato estendido/prorrogado.

    4. Conselheiros e Conselheiras Tutelares que j tinham exercido o primeiro mandato e que foram empossados para exercer um segundo mandato, nos anos de 2011 e 2012, conforme previsto na Resoluo n 152, de 2012, publicada pelo CONANDA.

    5. Para fim de candidatura os mandatos dos Conselheiros e Conselheiras Tutelares anteriores ao Processo de Escolha em Data Unificada sero considerados com base na norma que orientou o seu processo de escolha.

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    ATRIBUIES DA COMISSO ESPECIAL

    A Comisso Especial tem composio paritria e sua atribuio principal a realizao do Processo de Escolha que compreende: realizar reunies, analisar os pedidos de registro de candidatura, e dar publicidade relao de inscritos, elaborar calendrio prevendo etapas, cronograma, regulamentos,infraestrutura e todas as providncias necessrias para sua execuo. A Comisso ter seu trabalho encerrado aps a divulgao no Dirio Oficial ou em meio equivalente, do nome dos cinco conselheiros tutelares titulares escolhidos e suplentes em ordem decrescente de votao.

    MODELO DE EDITAL

    O modelo de Edital (anexo 06) o resultado dos estudos realizados pelo GT Nacional nos editais das 26 capitais e do Distrito Federal onde ocorreram eleies para Conselheiros e Conselheiras tutelares, no havendo na poca definio de data unificada. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica SDH/PR disponibiliza e autoriza a sua utilizao parcial e/ou integral, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Direitos da Criana e do Adolescente.Ressalta-se que todos os prazos e datas devem ser adequados de acordo com a realidade do municpio, observando o dia do pleito.

    ETAPAS PARA REALIZAO DO PROCESSO DE ESCOLHA

    Para realizao do Processo de Escolha algumas etapas devem ser cumpridas: Primeira Etapa Inscries e entrega de documentos: o incio da participao dar-se- pela inscrio pessoalmente e/ou por meio digital, conforme orientao do Edital.

    Segunda Etapa Anlise da documentao exigida: a Comisso Especial proceder a anlise da documentao exigida que deve constar no Edital.

    Terceira Etapa Exame de conhecimento especfico: essa etapa ser aplicada no municpio que indicar essa exigncia em sua Lei Municipal e no seu no Edital.

    Quarta Etapa Dia do Processo de Escolha em Data Unificada: o Processo de Escolha em Data Unificada realizar-se- no dia 04 de outubro de 2015, das 08h s 17h, em local pblico que dever ser divulgado por meio de instrumentos de comunicao.

    Quinta Etapa Formao inicial: as diretrizes e parmetros para a formao devero ser apresentadas aos candidatos pelo Conselho

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    Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente , aps a realizao do Processo de Escolha1.

    Sexta Etapa Diplomao e Posse: a posse dos Conselheiros e Conselheiras tutelares dar-se- pelo Senhor Prefeito Municipal ou por pessoa por ele designada no dia 10 de janeiro de 2016, conforme previsto no pargrafo 2 do Art. 139 do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA).

    RECOMENDAES/OBSERVAES GERAIS

    As atribuies do Conselho Tutelar esto previstas no Estatuto da Criana e do Adolescente, no podendo ser institudas novas atribuies em Regimento Interno, Lei Municipal ou em atos administrativos semelhantes de quaisquer outras autoridades, conforme previsto no art. 11, da Resoluo n 113/2006 do CONANDA.

    de inteira responsabilidade do candidato acompanhar a publicao de todos os atos, editais e comunicados referentes ao processo de escolha em data unificada dos Conselheiros e Conselheiras tutelares.

    recomendvel a oferta de cursos de informtica aos Conselheiros e Conselheiras Tutelares.

    Observa-se o art. 23 da Resoluo n 170/2014: Cabe ao Poder Executivo Municipal ou do Distrito Federal fornecer ao Conselho Tutelar os meios necessrios para sistematizao de informaes relativas s demandas e deficincias na estrutura de atendimento populao de crianas e adolescentes, tendo como base o Sistema de Informao para a Infncia e Adolescncia SIPIA, ou sistema equivalente.

    Logo aps a entrada em vigncia da Lei n 12.696/2012 o CONANDA, rgo nacional encarregado de estabelecer diretrizes e normas gerais da poltica de atendimento criana e ao adolescente, publicou a Resoluo n 152/2012, dispondo sobre as diretrizes de transio para o primeiro processo de escolha em data unificada dos Conselheiros e Conselheiras tutelares em todo territrio nacional, principalmente quanto transio dos mandados de 3 para 4 anos.

    _______________________________________1 A Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica auxiliar a definio das diretrizes e parmetros por parte dos Municpios;

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    PERGUNTAS FREQUENTES

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    PERGUNTAS FREQUENTES

    1. Quais so os requisitos bsicos exigidos dos pretendentes a funo de conselheiro tutelar?

    De acordo com o art. 133, inciso I, II e III., do ECA, sero exigidos: reconhecida idoneidade moral; idade superior a vinte e um anos; e residir no municpio. Cabe ressaltar que a Lei Municipal de criao do Conselho Tutelar poder agregar outras exigncias.

    2. Em quantos candidatos o eleitor poder votar?

    O nmero de candidatos para voto ser determinado de acordo com a Legislao Municipal vigente.

    3. Como ser a candidatura?

    De acordo com o inciso II do Art. 5 da Resoluo n 170/2014, publicada pelo CONANDA, a candidatura dever ser individual, no sendo admitida a composio de chapas.

    4. O Processo de Escolha em Data Unificada ser obrigatria?

    Sim, nos termos do art. 139 do pargrafo 1, da lei federal, 8.069/90 (ECA), das Resolues 152 e 170 do Conselho Nacional dos Direitos das Crianas e Adeolescentes.

    5. No Processo de Escolha em Data Unificada quem pode votar?

    O processo de escolha se dar mediante sufrgio universal e direto, pelo voto facultativo e secreto dos eleitores (pessoas maiores de 16 anos, com ttulo de eleitor) do respectivo Municpio ou Distrito Federal, em data unificada em todo territrio nacional, a cada quatro anos, no primeiro domingo do ms de outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial, em processo estabelecido em lei municipal e sob responsabilidade do Conselho Municipal ou Distrital dos Direitos da Criana e do Adolescente. O Processo de Escolha dos Membros dos Conselhos Tutelares ocorrer em data unificada em todo territrio nacional a cada quatro anos, no primeiro domingo do ms de

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    outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial.

    6. O Municpio ter liberdade de exigir o nvel de escolaridade dos pretendentes a funo de Conselheiro Tutelar em Lei Municipal?

    Sim. A exigncia do nvel de escolaridade dever ter previso em Lei Municipal. No entanto, a Resoluo n 170/2014 do CONANDA recomenda que seja exigida dos pretendentes funo de membro do Conselho Tutelar a comprovao de concluso do ensino mdio.

    7. obrigatrio o candidato ter carteira nacional de habilitao para participar do Processo de Escolha dos pretendentes a funo de Conselheiro Tutelar?

    No. A exigncia da CNH reveste-se na criao de nova atribuio ao membro do Conselho Tutelar, o papel de motorista. Nesse sentido, cabe destacar que o Conselho Tutelar dever ter disposio um profissional para exercer a funo de motorista. (ver Art. 11 da Resoluo n 113/2006, CONANDA). A exigncia de CNH pode ser considerada discriminatria e, por conseguinte, inconstitucional, por exemplo, caso um deficiente visual (ou uma pessoa com outra deficincia fsica que o impedisse de conduzir veculo) ficasse impossibilitado, sem qualquer justificativa, de se candidatar funo de conselheiro tutelar.

    8. O Conselheiro Tutelar que est no efetivo exerccio da funo poder ser reconduzido?

    Logo aps a entrada em vigncia da Lei n 12.696/2012, que alterou e acrescentou disposies ao ECA, o CONANDA publicou a Resoluo 152/2012, que dispe sobre as hipteses ensejadoras de participao ou no no processo escolha unificado que vai ocorrer em 2015.

    9. H obrigatoriedade de realizao de exame de conhecimento especfico?

    No h obrigatoriedade estabelecida em Lei Federal. Observar se h previso em legislao municipal.

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    10. A data do Processo de Escolha a pretendentes a funo de membro do Conselho Tutelar ser unificada?

    Sim, de acordo com Lei 12.696/2012, foram institudos os critrios para esse Processo. A partir 2015, o processo ocorrer no primeiro domingo do ms de outubro de 2015 e a posse dos membros do Conselho Tutelar se dar em 10 de janeiro de 2016. da responsabilidade de cada Conselho Municipal dos Direitos da Criana e Adolescente organizar o processo de escolha em data unificada.

    11. Quais as atribuies da Comisso Especial?

    A Comisso encarregada de analisar os pedidos de registro de candidatura e dar ampla publicidade relao dos pretendentes inscritos; notificar os candidatos impugnados, concedendo-lhes prazo para apresentao de defesa; realizar reunies para decidir acerca da impugnao da candidatura;

    estimular e facilitar o encaminhamento de notcias de fatos que constituam violao das regras de campanha por parte dos candidatos ou sua ordem; divulgar, imediatamente aps a apurao, o resultado oficial da votao, entre outras atribuies que garantam o bom andamento do processo.

    12. Ainda tenho dvidas sobre o Processo de Escolha em data unificada, aonde posso buscar mais informaes?

    Para maiores informaes entre em contato pelos telefones (61) 2027-3336/3854, o atendimento de segunda a sexta-feira, das 9h s 18h, ou envie um e-mail para [email protected].

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    ANEXOS

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    ANEXO 01 - Lei 12.696/2012

    LEI N 12.696, DE 25 DE JULHO DE 2012.

    Altera os arts. 132, 134, 135 e 139 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente), para dispor sobre os Conselhos Tutelares.

    O VICEPRESIDENTE DA REPBLICA, no exerccio do cargo de PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o Os arts. 132, 134, 135 e 139 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente), passam a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 132. Em cada Municpio e em cada Regio Administrativa do Distrito Federal haver, no mnimo, 1 (um) Conselho Tutelar como rgo integrante da administrao pblica local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela populao local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) reconduo, mediante novo processo de escolha. (NR)

    Art. 134. Lei municipal ou distrital dispor sobre o local, dia e horrio de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto remunerao dos respectivos membros, aos quais assegurado o direito a:

    I - cobertura previdenciria;

    II - gozo de frias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um tero) do valor da remunerao mensal;

    III - licena-maternidade;

    IV - licena-paternidade;

    V - gratificao natalina.

    Pargrafo nico. Constar da lei oramentria municipal e da do Distrito Federal previso dos recursos necessrios ao funcionamento do Conselho Tutelar e remunerao e formao continuada dos conselheiros tutelares. (NR)

    Art. 135. O exerccio efetivo da funo de conselheiro constituir servio pblico relevante e estabelecer presuno de idoneidade moral. (NR)

    Art. 139. ....................................................................

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    1 O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrer em data unificada em todo o territrio nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do ms de outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial.

    2o A posse dos Conselheiros e Conselheiras tutelares ocorrer no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.

    3o No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor. (NR)

    Art. 2o (VETADO).

    Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 25 de julho de 2012; 191o da Independncia e 124o da Repblica.

    MICHEL TEMER

    Jos Eduardo Cardozo

    Gilberto Carvalho

    Luis Incio Lucena Adams

    Patrcia Barcelos

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 26.7.2012

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    ANEXOS 02 RECOMENTAO DO GRUPO DE TRABALHO NACIONAL

    PRESIDNCIA DA REPBLICASECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS

    SECRETARIA NACIONAL DE PROMOO DOS DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    SCS Bloco B Quadra 09 Lote C Edifcio Parque Cidade Corporate Torre A 8 andarCEP: 70.308-200 Braslia / DF Telefone: (61) 2027-3225

    Ofcio- Circular n 61/2014 SNPDCA/SDH/PR

    Braslia-DF, 29 de setembro de 2014.

    Sua Excelncia o(a) Senhor(a)

    Prefeito (a) Municipal

    Assunto: Recomendao Conjunta para previso de recursos necessrios para realizao do processo de escolha em data unificada em todo territrio nacional dos membros do conselho tutelar, conforme disposto na Lei 12.696, de 2012.

    Senhor(a) Prefeito (a),

    1. A Lei Federal n 12.696, de 2012, alterou e acrescentou disposies ao Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) para estabelecer que, no ano de 2015, dever ocorrer o primeiro processo de escolha unificado em todo territrio nacional dos pretendentes a membros do conselho tutelar, rgo permanente e autnomo encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criana e do adolescente.

    2. Nos termos dispostos na referida Lei, foi unificada a data para processo de escolha dos Conselheiros e Conselheiras tutelares no primeiro domingo do ms de outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial (Art. 139, 1) e a durao do mandato foi ampliada para 4 (quatro) anos a partir do primeiro processo unificado que dever ocorrer em 04 outubro de

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    2015.

    3. O Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente Conanda, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica SDH/PR, e o Conselho Nacional do Ministrio Pblico CNMP recomendam, a partir de orientaes pactuadas no Grupo de Trabalho Nacional (institudo por meio da Portaria n 241/14), que haja previso oramentria, no mbito dos municpios e do Distrito Federal, conforme previsto no 5 do Art. 7 da Resoluo 139 de 2010, publicada pelo Conanda, para realizao do Processo de Escolha Unificado dos Conselheiros Tutelares, que ocorrer em 04 de outubro de 2015, conforme previsto na Lei n 12.696, de 2012.

    4. Informamos, por fim, que posteriormente sero enviadas novas orientaes sobre o referido processo.

    ANGELICA MOURA GOULART

    Secretria Nacional de Promoo dos Direitos da Criana e do Adolescente SDH/PR

    MIRIAM MARIA JOS DOS SANTOS

    Presidenta do Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente Conanda

    PROF. DR. LUIZ MOREIRA GOMES JNIOR

    Presidente da Comisso da Infncia e Juventude CNMP

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    ANEXO 03 - Resoluo 170/2014

    RESOLUO N 170, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2014

    Altera a Resoluo n 139, de 17 de maro de 2010 para dispor sobre o processo de escolha em data unificada em todo o territrio nacional dos membros do Conselho Tutelar.

    O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE - CONANDA, no uso de suas atribuies estabelecidas no art. 2 da Lei n 8.242, de 12 de outubro de 1991 e no art. 2 do Decreto n 5.089, de 20 de maio de 2004, em cumprimento aos artigos 28 a 31 do seu Regimento Interno e s deliberaes da 182 Assembleia Ordinria, realizada no dia 17 de maro de 2010,

    Considerando que o Conselho Tutelar constitui-se em rgo essencial do Sistema de Garantia dos Direitos (Resoluo n 113 do CONANDA), concebido pela Lei n 8.069, de 13 de julho 1990;

    Considerando que o Conselho Tutelar e os Conselhos dos Direitos da Criana e do Adolescente so resultado de intensa mobilizao da sociedade brasileira no contexto de luta pela democracia participativa, que busca efetivar a consolidao do Sistema de Garantia dos Direitos da Criana e do Adolescente e a implementao das polticas pblicas em mbito local;

    Considerando a necessidade de fortalecimento dos princpios constitucionais da descentralizao poltico-administrativa na consolidao da proteo integral infanto-juvenil em mbito municipal e do Distrito Federal;

    Considerando os princpios fundamentais da Repblica Federativa do Brasil, em especial a prevalncia dos direitos humanos, o respeito diversidade e dignidade da pessoa humana;

    Considerando a atribuio do CONANDA de estabelecer diretrizes e normas gerais quanto poltica de atendimento criana e ao adolescente;

    Considerando a necessidade de atualizao da Resoluo n 139, de 17 de maro de 2010, do CONANDA, que dispe sobre os parmetros de criao e funcionamento dos Conselhos Tutelares no Brasil, resolve:

    Art. 1 Alterar a Resoluo n 139, de 17 de maro de 2010, para dispor

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    quanto ao processo de escolha em data unificada em todo o territrio nacional dos membros do Conselho tutelar.

    Captulo I

    DA CRIAO E DA MANUTENO DOS CONSELHOS TUTELARES

    Art. 2 O Conselho Tutelar o rgo municipal ou do Distrito Federal de defesa dos direitos da criana e do adolescente, conforme previsto na Lei n 8.069/1990.

    Art. 3 Em cada municpio e no Distrito Federal haver, no mnimo, um Conselho Tutelar como rgo integrante da administrao pblica local, em cumprimento ao disposto no art. 132 do Estatuto da Criana e do Adolescente.

    1 Para assegurar a equidade de acesso, caber aos municpios e ao Distrito Federal criar e manter Conselhos Tutelares, observada, preferencialmente, a proporo mnima de um Conselho para cada cem mil habitantes.

    2 Quando houver mais de um Conselho Tutelar em um municpio ou no Distrito Federal, caber gesto municipal e /ou do Distrito Federal distribu-los conforme a configurao geogrfica e administrativa da localidade, a populao de crianas e adolescentes e a incidncia de violaes de direitos, assim como os indicadores sociais.

    3 Cabe legislao local a definio da rea de atuao de cada Conselho Tutelar, devendo ser, preferencialmente, criado um Conselho Tutelar para cada regio, circunscrio administrativa ou microrregio, observados os parmetros indicados no 1 e no 2.

    Art.4 A Lei Oramentria Municipal ou do Distrito Federal dever estabelecer, preferencialmente, dotao especfica para implantao, manuteno, funcionamento dos Conselhos Tutelares, bem como para o processo de escolha dos Conselheiros e Conselheiras tutelares, custeio com remunerao, formao continuada e execuo de suas atividades.

    1 Para a finalidade do caput, devem ser consideradas as seguintes despesas:

    a) custeio com mobilirio, gua, luz, telefone fixo e mvel, internet,

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    computadores, fax, entre outros necessrios ao bom funcionamento dos Conselhos Tutelares;

    b) formao continuada para os membros do Conselho Tutelar;

    c) custeio de despesas dos conselheiros inerentes ao exerccio de suas atribuies, inclusive dirias e transporte, quando necessrio deslocamento para outro municpio;

    d) espao adequado para a sede do Conselho Tutelar, seja por meio de aquisio, seja por locao, bem como sua manuteno;

    e) transporte adequado, permanente e exclusivo para o exerccio da funo, incluindo sua manuteno e segurana da sede e de todo o seu patrimnio; e

    f) processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar.

    2 Na hiptese de inexistncia de lei local que atenda os fins do caput ou de seu descumprimento, o Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente, o Conselho Tutelar ou qualquer cidado poder requerer aos Poderes Executivo e Legislativo, assim como ao Ministrio Pblico competente, a adoo das medidas administrativas e judiciais cabveis.

    3 A gesto oramentria e administrativa do Conselho Tutelar ficar, preferencialmente, a cargo do Gabinete do Prefeito ou ao Governador, no caso do Distrito Federal.

    4 Cabe ao Poder Executivo garantir quadro de equipe administrativa permanente, com perfil adequado s especificidades das atribuies do Conselho Tutelar.

    5 O Conselho Tutelar requisitar os servios nas reas de educao, sade, assistncia social, entre outras, com a devida urgncia, de forma a atender ao disposto no artigo 4, pargrafo nico, e no artigo 136, inciso III, alnea a, da Lei n 8.069, de 1990.

    6 Fica vedado o uso dos recursos do Fundo Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente para quaisquer fins que no sejam destinados formao e qualificao funcional dos Conselheiros Tutelares.

    Captulo II

    DO PROCESSO DE ESCOLHA DOS MEMBROS DO CONSELHO TUTELAR

    Art. 5 O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar

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    dever, preferencialmente, observar as seguintes diretrizes:

    I - Processo de escolha mediante sufrgio universal e direto, pelo voto facultativo e secreto dos eleitores do respectivo municpio ou do Distrito Federal, realizado em data unificada em todo territrio nacional, a cada quatro anos, no primeiro domingo do ms de outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial, sendo estabelecido em lei municipal ou do Distrito Federal, sob a responsabilidade do Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente;

    II - candidatura individual, no sendo admitida a composio de chapas;

    III - fiscalizao pelo Ministrio Pblico; e

    IV - a posse dos conselheiros tutelares ocorrer no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.

    Art. 6 Os 5 (cinco) candidatos mais votados sero nomeados e empossados pelo Chefe do Poder Executivo municipal ou do Distrito Federal e os demais candidatos seguintes sero considerados suplentes, seguindo-se a ordem decrescente de votao.

    1 O mandato ser de 4 (quatro) anos, permitida uma reconduo, mediante novo processo de escolha.

    2 O conselheiro tutelar titular que tiver exercido o cargo por perodo consecutivo superior a um mandato e meio no poder participar do processo de escolha subsequente.

    Art. 7 Caber ao Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente, com a antecedncia de no mnimo 06 (seis) meses, publicar o edital do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, observadas as disposies contidas na Lei n 8.069, de 1990, e na legislao local referente ao Conselho Tutelar.

    1 O edital do processo de escolha dever prever, entre outras disposies:

    a) o calendrio com as datas e os prazos para registro de candidaturas, impugnaes, recursos e outras fases do certame, de forma que o processo de escolha se inicie com no mnimo 6 (seis) meses antes do dia estabelecido para o certame;

    b) a documentao a ser exigida dos candidatos, como forma de

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    comprovar o preenchimento dos requisitos previstos no art. 133 da Lei n 8.069, de 1990;

    c) as regras de divulgao do processo de escolha, contendo as condutas permitidas e vedadas aos candidatos, com as respectivas sanes previstas em Lei Municipal ou do Distrito Federal de criao dos Conselhos Tutelares;

    d) criao e composio de comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha; e

    e) formao dos candidatos escolhidos como titulares e dos 5 (cinco) primeiros candidatos suplentes.

    2 O Edital do processo de escolha para o Conselho Tutelar no poder estabelecer outros requisitos alm daqueles exigidos dos candidatos pela Lei n 8.069, de 1990, e pela legislao local correlata.

    Art. 8 A relao de condutas ilcitas e vedadas seguir o disposto na legislao local com a aplicao de sanes de modo a evitar o abuso do poder poltico, econmico, religioso, institucional e dos meios de comunicao, dentre outros.

    Art. 9 Caber ao Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente conferir ampla publicidade ao processo de escolha dos membros para o Conselho Tutelar, mediante publicao de Edital de Convocao do pleito no dirio oficial do Municpio, do Distrito Federal, ou meio equivalente, afixao em locais de amplo acesso ao pblico, chamadas na rdio, jornais e outros meios de divulgao.

    1 A divulgao do processo de escolha dever ser acompanhada de informaes sobre as atribuies do Conselho Tutelar e sobre a importncia da participao de todos os cidados, na condio de candidatos ou eleitores, servindo de instrumento de mobilizao popular em torno da causa da infncia e da juventude, conforme dispe o art. 88, inciso VII, da Lei n 8.069, de 1990.

    2 Obter junto Justia Eleitoral o emprstimo de urnas eletrnicas, bem como elaborar o software respectivo, observadas as disposies das resolues aplicveis expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral e Tribunal Regional Eleitoral da localidade.

    3 Em caso de impossibilidade de obteno de urnas eletrnicas, obter junto Justia Eleitoral o emprstimo de urnas comuns e o fornecimento

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    das listas de eleitores a fim de que votao seja feita manualmente.

    Art. 10 Compete Lei Municipal ou do Distrito Federal que institui o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar dispor sobre as seguintes providncias para a realizao do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar:

    Pargrafo nico. Garantir que o processo de escolha seja realizado em locais pblicos de fcil acesso, observando os requisitos essenciais de acessibilidade.

    Art. 11. O Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente dever delegar a conduo do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar local a uma comisso especial, a qual dever ser constituda por composio paritria entre conselheiros representantes do governo e da sociedade civil, observados os mesmos impedimentos legais previstos no art. 14 desta Resoluo.

    1 A composio, assim como as atribuies da comisso referida no caput deste artigo, devem constar na resoluo regulamentadora do processo de escolha.

    2 A comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha dever analisar os pedidos de registro de candidatura e dar ampla publicidade relao dos pretendentes inscritos, facultando a qualquer cidado impugnar, no prazo de 5 (cinco) dias contados da publicao, candidatos que no atendam os requisitos exigidos, indicando os elementos probatrios.

    3 Diante da impugnao de candidatos ao Conselho Tutelar em razo do no preenchimento dos requisitos legais ou da prtica de condutas ilcitas ou vedadas, cabe comisso especial eleitoral:

    I - notificar os candidatos, concedendo-lhes prazo para apresentao de defesa; e

    II - realizar reunio para decidir acerca da impugnao da candidatura, podendo, se necessrio, ouvir testemunhas eventualmente arroladas, determinar a juntada de documentos e a realizao de outras diligncias.

    4 Das decises da comisso especial eleitoral caber recurso plenria do Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente, que se reunir, em carter extraordinrio, para deciso com o mximo de celeridade.

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    5 Esgotada a fase recursal, a comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha far publicar a relao dos candidatos habilitados, com cpia ao Ministrio Pblico.

    6 Cabe ainda comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha:

    I - realizar reunio destinada a dar conhecimento formal das regras do processo de escolha aos candidatos considerados habilitados, que firmaro compromisso de respeit-las, sob pena de imposio das sanes previstas na legislao local;

    II - estimular e facilitar o encaminhamento de notificao de fatos que constituam violao das regras de divulgao do processo de escolha por parte dos candidatos ou sua ordem;

    III - analisar e decidir, em primeira instncia administrativa, os pedidos de impugnao e outros incidentes ocorridos no dia da votao;

    IV - providenciar a confeco das cdulas, conforme modelo a ser aprovado;

    V - escolher e divulgar os locais do processo de escolha;

    VI - selecionar, preferencialmente junto aos rgos pblicos municipais, os mesrios e escrutinadores, bem como, seus respectivos suplentes, que sero previamente orientados sobre como proceder no dia do processo de escolha, na forma da resoluo regulamentadora do pleito;

    VII - solicitar, junto ao comando da Polcia Militar ou Guarda Municipal local, a designao de efetivo para garantir a ordem e segurana dos locais do processo de escolha e apurao;

    VIII - divulgar, imediatamente aps a apurao, o resultado oficial do processo de escolha; e

    IX - resolver os casos omissos.

    7 O Ministrio Pblico ser notificado, com a antecedncia mnima de 72 (setenta e duas) horas, de todas as reunies deliberativas a serem realizadas pela comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha e pelo Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente, bem como de todas as decises nelas proferidas e de todos os incidentes verificados.

    Art. 12. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar sero exigidos os critrios do art. 133 da Lei n 8.069, de 1990, alm de outros

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    requisitos expressos na legislao local especfica.

    1 Os requisitos adicionais devem ser compatveis com as atribuies do Conselho Tutelar, observada a Lei n 8.069, de1990 e a legislao municipal ou do Distrito Federal.

    2 Entre os requisitos adicionais para candidatura a membro do Conselho Tutelar a serem exigidos pela legislao local, devem ser consideradas:

    I - a experincia na promoo, proteo e defesa dos direitos da criana e do adolescente;

    II - comprovao de, no mnimo, concluso de ensino mdio.

    3 Havendo previso na legislao local admissvel aplicao de prova de conhecimento sobre o direito da criana e do adolescente, de carter eliminatrio, a ser formulada por uma comisso examinadora designada pelo Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente, assegurado prazo para interposio de recurso junto comisso especial eleitoral, a partir da data da publicao dos resultados no Dirio Oficial do Municpio, do Distrito Federal ou meio equivalente.

    Art. 13. O processo de escolha para o Conselho Tutelar ocorrer com o nmero mnimo de 10 (dez) pretendentes devidamente habilitados.

    1 Caso o nmero de pretendentes habilitados seja inferior a 10 (dez), o Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente poder suspender o trmite do processo de escolha e reabrir prazo para inscrio de novas candidaturas, sem prejuzo da garantia de posse dos novos conselheiros ao trmino do mandato em curso.

    2 Em qualquer caso, o Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente dever envidar esforos para que o nmero de candidatos seja o maior possvel, de modo a ampliar as opes de escolha pelos eleitores e obter um nmero maior de suplentes.

    Art. 14. O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrer em data unificada em todo o territrio nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do ms de outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial.

    1 O resultado do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar dever ser publicado no Dirio Oficial do Municpio, do Distrito

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    Federal, ou meio equivalente.

    2 A posse dos conselheiros tutelares ocorrer no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.

    Art. 15. So impedidos de servir no mesmo Conselho Tutelar os cnjuges, companheiros, mesmo que em unio homoafetiva, ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive.

    Pargrafo nico. Estende-se o impedimento do caput ao conselheiro tutelar em relao autoridade judiciria e ao representante do Ministrio Pblico com atuao na Justia da Infncia e da Juventude da mesma comarca estadual ou do Distrito Federal.

    Art. 16. Ocorrendo vacncia ou afastamento de quaisquer dos membros titulares do Conselho Tutelar, o Poder Executivo Municipal ou do Distrito Federal convocar imediatamente o suplente para o preenchimento da vaga.

    1 Os Conselheiros Tutelares suplentes sero convocados de acordo com a ordem de votao e recebero remunerao proporcional aos dias que atuarem no rgo, sem prejuzo da remunerao dos titulares quando em gozo de licenas e frias regulamentares.

    2 No caso da inexistncia de suplentes, caber ao Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente realizar processo de escolha suplementar para o preenchimento das vagas.

    3 A homologao da candidatura de membros do Conselho Tutelar a cargos eletivos dever implicar em afastamento do mandato, por incompatibilidade com o exerccio da funo.

    Captulo III

    DO FUNCIONAMENTO DO CONSELHO TUTELAR

    Art. 17. O Conselho Tutelar funcionar em local de fcil acesso, preferencialmente j constitudo como referncia de atendimento populao.

    1 A sede do Conselho Tutelar dever oferecer espao fsico e

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    instalaes que permitam o adequado desempenho das atribuies e competncias dos conselheiros e o acolhimento digno ao pblico, contendo, no mnimo:

    I - placa indicativa da sede do Conselho;

    II - sala reservada para o atendimento e recepo ao pblico;

    III - sala reservada para o atendimento dos casos;

    IV - sala reservada para os servios administrativos; e

    V - sala reservada para os Conselheiros Tutelares.

    2 O nmero de salas dever atender a demanda, de modo a possibilitar atendimentos simultneos, evitando prejuzos imagem e intimidade das crianas e adolescentes atendidos.

    Art. 18. Observados os parmetros e normas definidas pela Lei n 8.069, de1990 e pela legislao local, compete ao Conselho Tutelar a elaborao e aprovao do seu Regimento.

    1 A proposta do Regimento Interno dever ser encaminhada ao Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente para apreciao, sendo lhes facultado, o envio de propostas de alterao.

    2 Uma vez aprovado, o Regimento Interno do Conselho Tutelar ser publicado, afixado em local visvel na sede do rgo e encaminhado ao Poder Judicirio e ao Ministrio Pblico.

    Art. 19. O Conselho Tutelar estar aberto ao pblico nos moldes estabelecidos pela Lei Municipal ou do Distrito Federal que o criou, sem prejuzo do atendimento ininterrupto populao.

    Pargrafo nico. Cabe legislao local definir a forma de fiscalizao do cumprimento do horrio de funcionamento do Conselho Tutelar e da jornada de trabalho de seus membros.

    Art. 20. Todos os membros do Conselho Tutelar sero submetidos mesma carga horria semanal de trabalho, bem como aos mesmos perodos de planto ou sobreaviso, sendo vedado qualquer tratamento desigual.

    Pargrafo nico. O disposto no caput no impede a diviso de tarefas entre os conselheiros, para fins de realizao de diligncias, atendimento

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    descentralizado em comunidades distantes da sede, fiscalizao de entidades, programas e outras atividades externas, sem prejuzo do carter colegiado das decises tomadas pelo Conselho.

    Art. 21. As decises do Conselho Tutelar sero tomadas pelo seu colegiado, conforme dispuser o Regimento Interno.

    1 As medidas de carter emergencial, tomadas durante os plantes, sero comunicadas ao colegiado no primeiro dia til subsequente, para ratificao ou retificao.

    2 As decises sero motivadas e comunicadas formalmente aos interessados, mediante documento escrito, no prazo mximo de quarenta e oito horas, sem prejuzo de seu registro em arquivo prprio, na sede do Conselho.

    3 Se no localizado, o interessado ser intimado atravs de publicao do extrato da deciso na sede do Conselho Tutelar, admitindo-se outras formas de publicao, de acordo com o disposto na legislao local.

    4 garantido ao Ministrio Pblico e autoridade judiciria o acesso irrestrito aos registros do Conselho Tutelar, resguardado o sigilo perante terceiros.

    5 Os demais interessados ou procuradores legalmente constitudos tero acesso s atas das sesses deliberativas e registros do Conselho Tutelar que lhes digam respeito, ressalvadas as informaes que coloquem em risco a imagem ou a integridade fsica ou psquica da criana ou adolescente, bem como a segurana de terceiros.

    6 Para os efeitos deste artigo, so considerados interessados os pais ou responsvel legal da criana ou adolescente atendido, bem como os destinatrios das medidas aplicadas e das requisies de servio efetuadas.

    Art. 22. vedado ao Conselho Tutelar executar servios e programas de atendimento, os quais devem ser requisitados aos rgos encarregados da execuo de polticas pblicas.

    Art. 23. Cabe ao Poder Executivo Municipal ou do Distrito Federal fornecer ao Conselho Tutelar os meios necessrios para sistematizao de informaes relativas s demandas e deficincias na estrutura de

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    atendimento populao de crianas e adolescentes, tendo como base o Sistema de Informao para a Infncia e Adolescncia SIPIA, ou sistema equivalente.

    1 O Conselho Tutelar encaminhar relatrio trimestral ao Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e Adolescente, ao Ministrio Pblico e ao juiz da Vara da Infncia e da Juventude, contendo a sntese dos dados referentes ao exerccio de suas atribuies, bem como as demandas e deficincias na implementao das polticas pblicas, de modo que sejam definidas estratgias e deliberadas providncias necessrias para solucionar os problemas existentes.

    2 Cabe aos rgos pblicos responsveis pelo atendimento de crianas e adolescentes com atuao no municpio, auxiliar o Conselho Tutelar na coleta de dados e no encaminhamento das informaes relativas s demandas e deficincias das polticas pblicas ao Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente.

    3 Cabe ao Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente a definio do plano de implantao do SIPIA para o Conselho Tutelar.

    Captulo IV

    DA AUTONOMIA DO CONSELHO TUTELAR E SUA ARTICULAO COM OS DEMAIS RGOS NA GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    Art. 24. A autoridade do Conselho Tutelar para tomar providncias e aplicar medidas de proteo, e/ou pertinentes aos pais e responsveis, decorrentes da lei, sendo efetivada em nome da sociedade para que cesse a ameaa ou violao dos direitos da criana e do adolescente.

    Art. 25. O Conselho Tutelar exercer exclusivamente as atribuies previstas na Lei n 8.069, de 1990, no podendo ser criadas novas atribuies por ato de quaisquer outras autoridades do Poder Judicirio, Ministrio Pblico, do Poder Legislativo ou do Poder Executivo municipal, estadual ou do Distrito Federal.

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    Art. 26. A atuao do Conselho Tutelar deve ser voltada soluo efetiva e definitiva dos casos atendidos, com o objetivo de desjudicializar, desburocratizar e agilizar o atendimento das crianas e dos adolescentes, ressalvado as disposies previstas na Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990.

    Pargrafo nico. O carter resolutivo da interveno do Conselho Tutelar no impede que o Poder Judicirio seja informado das providncias tomadas ou acionado, sempre que necessrio.

    Art. 27. As decises do Conselho Tutelar proferidas no mbito de suas atribuies e obedecidas as formalidades legais, tm eficcia plena e so passveis de execuo imediata.

    1 Cabe ao destinatrio da deciso, em caso de discordncia, ou a qualquer interessado requerer ao Poder Judicirio sua reviso, na forma prevista pelo art. 137, da Lei n 8.069, de1990.

    2 Enquanto no suspensa ou revista pelo Poder Judicirio, a deciso proferida pelo Conselho Tutelar deve ser imediata e integralmente cumprida pelo seu destinatrio, sob pena da prtica da infrao administrativa prevista no art. 249, da Lei n 8.069, de 1990.

    Art. 28. vedado o exerccio das atribuies inerentes ao Conselho Tutelar por pessoas estranhas ao rgo ou que no tenham sido escolhidas pela comunidade no processo democrtico a que alude o Captulo II desta Resoluo, sendo nulos os atos por elas praticados

    Art. 29. O Conselho Tutelar articular aes para o estrito cumprimento de suas atribuies de modo a agilizar o atendimento junto aos rgos governamentais e no governamentais encarregados da execuo das polticas de atendimento de crianas, adolescentes e suas respectivas famlias.

    Pargrafo nico. Articulao similar ser tambm efetuada junto s Polcias Civil e Militar, Ministrio Pblico, Judicirio e Conselho dos Direitos da Criana e do Adolescente, de modo que seu acionamento seja efetuado com o mximo de urgncia, sempre que necessrio.

    Art. 30. No exerccio de suas atribuies, o Conselho Tutelar no se subordina ao Conselho Municipal ou do Distrito Federal de Direitos da Criana

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    e do Adolescente, com o qual deve manter uma relao de parceria, essencial ao trabalho conjunto dessas duas instncias de promoo, proteo, defesa e garantia dos direitos das crianas e dos adolescentes.

    1 Na hiptese de atentado autonomia do Conselho Tutelar, dever o rgo noticiar s autoridades responsveis para apurao da conduta do agente violador para conhecimento e adoo das medidas cabveis.

    2 Os Conselhos Estadual, Municipal e do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente tambm sero comunicados na hiptese de atentado autonomia do Conselho Tutelar, para acompanhar a apurao dos fatos.

    Art. 31. O exerccio da autonomia do Conselho Tutelar no isenta seu membro de responder pelas obrigaes funcionais e administrativas junto ao rgo ao qual est vinculado, conforme previso legal.

    Captulo V

    DOS PRINCPIOS E CAUTELAS A SEREM OBSERVADOS NO ATENDIMENTO PELO CONSELHO TUTELAR

    Art. 32. No exerccio de suas atribuies, o Conselho Tutelar dever observar as normas e princpios contidos na Constituio, na Lei n 8.069, de 1990, na Conveno das Naes Unidas sobre os Direitos da Criana, promulgada pelo Decreto n 99.710, de 21 de novembro de 1990, bem como nas Resolues do CONANDA, especialmente:

    I - condio da criana e do adolescente como sujeitos de direitos;

    II - proteo integral e prioritria dos direitos da criana e do adolescente;

    III - responsabilidade da famlia, da comunidade da sociedade em geral, e do Poder Pblico pela plena efetivao dos direitos assegurados a crianas e adolescentes;

    IV - municipalizao da poltica de atendimento a crianas e adolescentes;

    V - respeito intimidade, e imagem da criana e do adolescente;

    VI - interveno precoce, logo que a situao de perigo seja

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    conhecida;

    VII - interveno mnima das autoridades e instituies na promoo e proteo dos direitos da criana e do adolescente;

    VIII - proporcionalidade e atualidade da interveno tutelar;

    IX - interveno tutelar que incentive a responsabilidade parental com a criana e o adolescente;

    X - prevalncia das medidas que mantenham ou reintegrem a criana e o adolescente na sua famlia natural ou extensa ou, se isto no for possvel, em famlia substituta;

    XI - obrigatoriedade da informao criana e ao adolescente, respeitada sua idade e capacidade de compreenso, assim como aos seus pais ou responsvel, acerca dos seus direitos, dos motivos que determinaram a interveno e da forma como se processa; e

    XII - oitiva obrigatria e participao da criana e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, responsvel ou de pessoa por si indicada, nos atos e na definio da medida de promoo dos direitos e de proteo, de modo que sua opinio seja devidamente considerada pelo Conselho Tutelar.

    Art. 33. No caso de atendimento de crianas e adolescentes de comunidades remanescentes de quilombo e outras comunidades tradicionais, o Conselho Tutelar dever:

    I - submeter o caso anlise de organizaes sociais reconhecidas por essas comunidades, bem como os representantes de rgos pblicos especializados, quando couber; e

    II - considerar e respeitar, na aplicao das medidas de proteo, a identidade sociocultural, costumes, tradies e lideranas, bem como suas instituies, desde que no sejam incompatveis com os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituio e pela Lei n 8.069, de 1990.

    Art. 34. No exerccio da atribuio prevista no art. 95, da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990, constatando a existncia de irregularidade na entidade fiscalizada ou no programa de atendimento executado, o Conselho Tutelar comunicar o fato ao Conselho Municipal ou Do Distrito Federal de Direitos

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    da Criana e do Adolescente e ao Ministrio Pblico, na forma do art. 191 da mesma lei.

    Art. 35. Para o exerccio de suas atribuies, o membro do Conselho Tutelar poder ingressar e transitar livremente:

    I - nas salas de sesses do Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente;

    II - nas salas e dependncias das delegacias e demais rgos de segurana pblica;

    III - nas entidades de atendimento nas quais se encontrem crianas e adolescentes; e

    IV - em qualquer recinto pblico ou privado no qual se encontrem crianas e adolescentes, ressalvada a garantia constitucional de inviolabilidade de domiclio.

    Pargrafo nico. Sempre que necessrio o integrante do Conselho Tutelar poder requisitar o auxlio dos rgos locais de segurana pblica, observados os princpios constitucionais da proteo integral e da prioridade absoluta criana e ao adolescente.

    Art. 36. Em qualquer caso, dever ser preservada a identidade da criana ou adolescente atendido pelo Conselho Tutelar.

    1 O membro do Conselho Tutelar poder se abster de pronunciar publicamente acerca dos casos atendidos pelo rgo.

    2 O membro do Conselho Tutelar ser responsvel pelo uso indevido das informaes e documentos que requisitar.

    3 A responsabilidade pelo uso e divulgao indevidos de informaes referentes ao atendimento de crianas e adolescentes se estende aos funcionrios e auxiliares a disposio do Conselho Tutelar.

    Art. 37. As requisies efetuadas pelo Conselho Tutelar s autoridades, rgos e entidades da Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional, dos Poderes Legislativo e Executivo Municipal ou do Distrito Federal sero cumpridas de forma gratuita e prioritria, respeitando-se os princpios da razoabilidade e legalidade.

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    Captulo VI

    DA FUNO, QUALIFICAO E DIREITOS DOS MEMBROS DO CONSELHO TUTELAR

    Art. 38. A funo de membro do Conselho Tutelar exige dedicao exclusiva, vedado o exerccio concomitante de qualquer outra atividade pblica ou privada.

    Art. 39. A funo de Conselheiro Tutelar ser remunerada, de acordo com o disposto em legislao local.

    1 A remunerao deve ser proporcional relevncia e complexidade da atividade desenvolvida, e sua reviso far-se- na forma estabelecida pela legislao local.

    Captulo VII

    DOS DEVERES E VEDAES DOS MEMBROS DO CONSELHO TUTELAR

    Art. 40. Sem prejuzo das disposies especficas contidas na legislao municipal ou do Distrito Federal, so deveres dos membros do Conselho Tutelar:

    I - manter conduta pblica e particular ilibada;

    II - zelar pelo prestgio da instituio;

    III - indicar os fundamentos de seus pronunciamentos administrativos, submetendo sua manifestao deliberao do colegiado;

    IV - obedecer aos prazos regimentais para suas manifestaes e exerccio das demais atribuies;

    V - comparecer s sesses deliberativas do Conselho Tutelar e do Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente, conforme dispuser o Regimento Interno;

    VI - desempenhar suas funes com zelo, presteza e dedicao;

    VII - declarar-se suspeitos ou impedidos, nos termos desta Resoluo;

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    VIII - adotar, nos limites de suas atribuies, as medidas cabveis em face de irregularidade no atendimento a crianas, adolescentes e famlias;

    IX - tratar com urbanidade os interessados, testemunhas, funcionrios e auxiliares do Conselho Tutelar e dos demais integrantes de rgos de defesa ia dos direitos da criana e do adolescente;

    X - residir no Municpio;

    XI - prestar as informaes solicitadas pelas autoridades pblicas e pelas pessoas que tenham legtimo interesse ou seus procuradores legalmente constitudos;

    XII - identificar-se em suas manifestaes funcionais; e

    XIII - atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos urgentes.

    Pargrafo nico. Em qualquer caso, a atuao do membro do Conselho Tutelar ser voltada defesa dos direitos fundamentais das crianas e adolescentes, cabendo-lhe, com o apoio do colegiado, tomar as medidas necessrias proteo integral que lhes devida.

    Art. 41. Cabe legislao local definir as condutas vedadas aos membros do Conselho Tutelar, bem como, as sanes a elas cominadas, conforme preconiza a legislao local que rege os demais servidores.

    Pargrafo nico. Sem prejuzo das disposies especficas contidas na legislao local, vedado aos membros do Conselho Tutelar:

    I - receber, a qualquer ttulo e sob qualquer pretexto, vantagem pessoal de qualquer natureza;

    II - exercer atividade no horrio fixado na lei municipal ou do Distrito Federal para o funcionamento do Conselho Tutelar;

    III - utilizar-se do Conselho Tutelar para o exerccio de propaganda e atividade poltico-partidria;

    IV - ausentar-se da sede do Conselho Tutelar durante o expediente, salvo quando em diligncias ou por necessidade do servio;

    V - opor resistncia injustificada ao andamento do servio;

    VI - delegar a pessoa que no seja membro do Conselho Tutelar o

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    desempenho da atribuio que seja de sua responsabilidade;

    VII - valer-se da funo para lograr proveito pessoal ou de outrem;

    VIII - receber comisses, presentes ou vantagens de qualquer espcie, em razo de suas atribuies;

    IX - proceder de forma desidiosa;

    X - exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio da funo e com o horrio de trabalho;

    XI - exceder no exerccio da funo, abusando de suas atribuies especficas, nos termos previstos na Lei n 4.898, de 9 de dezembro de 1965;

    XII - deixar de submeter ao Colegiado as decises individuais referentes a aplicao de medidas protetivas a crianas, adolescentes, pais ou responsveis previstas nos arts. 101 e 129 da Lei n 8.069, de 1990; e

    XIII - descumprir os deveres funcionais mencionados no art.38 desta Resoluo e na legislao local relativa ao Conselho Tutelar.

    Art. 42. O membro do Conselho Tutelar ser declarado impedido de analisar o caso quando:

    I - a situao atendida envolver cnjuge, companheiro, ou parentes em linha reta colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive;

    II - for amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer dos interessados;

    III - algum dos interessados for credor ou devedor do membro do Conselho Tutelar, de seu cnjuge, companheiro, ainda que em unio homoafetiva, ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive;

    IV - tiver interesse na soluo do caso em favor de um dos interessados.

    1 O membro do Conselho Tutelar tambm poder declarar suspeio por motivo de foro ntimo.

    2 O interessado poder requerer ao Colegiado o afastamento do membro do Conselho Tutelar que considere impedido, nas hipteses desse artigo.

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    Captulo VIII

    DO PROCESSO DE CASSAO E VACNCIA DO MANDATO

    Art. 43. Dentre outras causas estabelecidas na legislao municipal ou do Distrito Federal, a vacncia da funo de membro do Conselho Tutelar decorrer de:

    I - renncia;

    II - posse e exerccio em outro cargo, emprego ou funo pblica ou privada;

    III - aplicao de sano administrativa de destituio da funo;

    IV - falecimento; ou

    V - condenao por sentena transitada em julgado pela prtica de crime que comprometa a sua idoneidade moral.

    Art. 44. Constituem penalidades administrativas passveis de serem aplicadas aos membros do Conselho Tutelar, dentre outras a serem previstas na legislao local:

    I - advertncia;

    II - suspenso do exerccio da funo; e

    III - destituio do mandato.

    Art. 45. Na aplicao das penalidades administrativas, devero ser consideradas a natureza e a gravidade da infrao cometida, os danos que dela provierem para a sociedade ou servio pblico, os antecedentes no exerccio da funo, assim como as circunstncias agravantes e atenuantes previstas no Cdigo Penal.

    Art. 46. As penalidades de suspenso do exerccio da funo e de destituio do mandato podero ser aplicadas ao Conselheiro Tutelar nos casos de descumprimento de suas atribuies, prtica de crimes que comprometam sua idoneidade moral ou conduta incompatvel com a confiana outorgada pela comunidade.

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    Pargrafo nico. De acordo com a gravidade da conduta ou para garantia da instruo do procedimento disciplinar, poder ser determinado o afastamento liminar do Conselheiro Tutelar at a concluso da investigao.

    Art. 47 Cabe legislao local estabelecer o regime disciplinar aplicvel aos membros do Conselho Tutelar. 1 Aplica-se aos membros do Conselho Tutelar, no que couber, o regime disciplinar correlato ao funcionalismo pblico municipal ou do Distrito Federal. 2 As situaes de afastamento ou cassao de mandato de Conselheiro Tutelar devero ser precedidas de sindicncia e processo administrativo, assegurando-se a imparcialidade dos responsveis pela apurao, e o direito ao contraditrio e ampla defesa. 3 Na omisso da legislao especfica relativa ao Conselho Tutelar, a apurao das infraes ticas e disciplinares de seus integrantes utilizar como parmetro o disposto na legislao local aplicvel aos demais servidores pblicos. 4 O processo administrativo para apurao das infraes ticas e disciplinares cometidas por membros do Conselho Tutelar dever ser realizado por membros do servio pblico municipal ou do Distrito Federal.

    Art. 48. Havendo indcios da prtica de crime por parte do Conselheiro Tutelar, o Conselho Municipal ou do Distrito Federal da Criana e do Adolescente ou o rgo responsvel pela apurao da infrao administrativa, comunicar o fato ao Ministrio Pblico para adoo das medidas legais.

    Captulo IX

    DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 49. Os Conselhos Municipais ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente, com apoio dos Conselhos Estaduais dos Direitos da Criana e do Adolescente e do CONANDA, devero estabelecer, em conjunto com o Conselho Tutelar, uma poltica de qualificao profissional permanente dos seus membros, voltada correta identificao e atendimento das demandas inerentes ao rgo. Pargrafo nico. A poltica referida no caput compreende o

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    estmulo e o fornecimento dos meios necessrios para adequada formao e atualizao funcional dos membros dos Conselhos e seus suplentes, o que inclui, dentre outros, a disponibilizao de material informativo, realizao de encontros com profissionais que atuam na rea da infncia e juventude e patrocnio de cursos e palestras sobre o tema.

    Art. 50. Qualquer cidado, o Conselho Tutelar e o Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente parte legtima para requerer aos Poderes Executivo e Legislativo, assim como ao Tribunal de Contas competente e ao Ministrio Pblico, a apurao do descumprimento das normas de garantia dos direitos das crianas e adolescentes, especialmente as contidas na Lei n 8.069, de1990 e nesta Resoluo, bem como requerer a implementao desses atos normativos por meio de medidas administrativas e judiciais.

    Art. 51. As deliberaes do CONANDA, no seu mbito de competncia para elaborar as normas gerais da poltica nacional de atendimento dos direitos da criana e do adolescente, so vinculantes e obrigatrias para a Administrao Pblica, respeitando-se os princpios constitucionais da preveno, prioridade absoluta, razoabilidade e legalidade.

    Art. 52. Os Conselhos Municipais ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente, em conjunto com os Conselhos Tutelares, devero promover ampla e permanente mobilizao da sociedade acerca da importncia e do papel do Conselho Tutelar.

    Art. 53. Para a criao, composio e funcionamento do Conselho Tutelar devero ser observadas as diversidades tnicas, culturais do pas, considerando as demandas das comunidades remanescentes de quilombo e outras comunidades tradicionais.

    Art. 54. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 55 Fica revogada a Resoluo n 139, de 17 de maro de 2010, do CONANDA.

    MIRIAM MARIA JOS DOS SANTOS

    Presidenta do Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente Conanda

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    ANEXO 04 - RESOLUO 113/2006

    RESOLUO N 113, DE 19 DE ABRIL DE 2006

    O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE - CONANDA, no uso das atribuies legais estabelecidas na Lei n. 8.242, de 12 de outubro de 1991 e no Decreto n 5.089 de 20 de maio de 2004, em cumprimento ao que estabelecem o art. 227 caput e 7 da Constituio Federal e os artigos 88, incisos II e III, 90, pargrafo nico, 91, 139, 260, 2 e 261,pargrafo nico, do Estatuto da Criana e do Adolescente - Lei Federal n 8.069/90, e a deliberao do Conanda, na Assemblia Ordinria n. 137, realizada nos dias 08 e 09 demaro de 2006, resolve aprovar os seguintes parmetros para a institucionalizao e fortalecimento do Sistema de Garanta dos Direitos da Criana e do Adolescente:

    CAPTULO I - DA CONFIGURAO DO SISTEMA DE GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    Art. 1 O Sistema de Garantia dos Direitos da Criana e do Adolescente constitui-se naarticulao e integrao das instncias pblicas governamentais e da sociedade civil, na aplicao de instrumentos normativos e no funcionamento dos mecanismos de promoo, defesa e controle para a efetivao dos direitos humanos da criana e do adolescente, nos nveis Federal, Estadual, Distrital e Municipal.

    1 Esse Sistema articular-se- com todos os sistemas nacionais de operacionalizao depolticas pblicas, especialmente nas reas da sade, educao, assistncia social, trabalho,segurana pblica, planejamento, oramentria, relaes exteriores e promoo daigualdade e valorizao da diversidade.

    2 Igualmente, articular-se-, na forma das normas nacionais e internacionais, com os sistemas congneres de promoo, defesa e controle da efetivao dos direitos humanos, denvel interamericano e internacional, buscando assistncia tcnico-financeira e respaldo poltico, junto s agncias e organismos que desenvolvem seus programas no pas.

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    Art. 2 Compete ao Sistema de Garantia dos Direitos da Criana e do Adolescente promover, defender e controlar a efetivao dos direitos civis, polticos, econmicos, sociais, culturais, coletivos e difusos, em sua integralidade, em favor de todas as crianas e adolescentes, de modo que sejam reconhecidos e respeitados como sujeitos de direitos e pessoas em condio peculiar de desenvolvimento; colocando-os a salvo de ameaas e violaes a quaisquer de seus direitos, alm de garantir a apurao e reparao dessas ameaas e violaes.

    1 O Sistema procurar enfrentar os atuais nveis de desigualdades e iniqidades, que semanifestam nas discriminaes, exploraes e violncias, baseadas em razes de classesocial, gnero, raa/etnia, orientao sexual, deficincia e localidade geogrfica, quedificultam significativamente a realizao plena dos direitos humanos de crianas e adolescentes, consagrados nos instrumentos normativos nacionais e internacionais,prprios.

    2 Este Sistema fomentar a integrao do princpio do interesse superior da criana e do adolescente nos processos de elaborao e execuo de atos legislativos, polticas, programas e aes pblicas, bem como nas decises judiciais e administrativas que afetem crianas e adolescentes.

    3 Este Sistema promover estudos e pesquisas, processos de formao de recursos humanos dirigidos aos operadores dele prprio, assim como a mobilizao do pblico em geral sobre a efetivao do princpio da prevalncia do melhor interesse da criana e do adolescente.

    4 O Sistema procurar assegurar que as opinies das crianas e dos adolescentes sejam levadas em devida considerao, em todos os processos que lhes digam respeito.

    Art. 3 A garantia dos direitos de crianas e adolescentes se far atravs das seguintes linhas estratgicas:

    I - efetivao dos instrumentos normativos prprios, especialmente da Constituio Federal,

    da Conveno sobre os Direitos da Criana e do Estatuto da Criana e do Adolescente;

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    II - implementao e fortalecimento das instncias pblicas responsveis por esse fim; e

    III- facilitao do acesso aos mecanismos de garantia de direitos, definidos em lei.

    CAPTULO II - DOS INSTRUMENTOS NORMATIVOS DE GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    Art. 4 Consideram-se instrumentos normativos de promoo, defesa e controle da efetivao dos direitos humanos da criana e do adolescente, para os efeitos desta Resoluo:

    I - Constituio Federal, com destaque para os artigos, 5, 6, 7, 24 - XV, 226, 204, 227 e 228;

    II - Tratados internacionais e interamericanos, referentes promoo e proteo de direitos humanos, ratificados pelo Brasil, enquanto normas constitucionais, nos termos da Emenda n 45 da Constituio Federal, com especial ateno para a Conveno sobre os Direitos da Criana e do Adolescente;

    III - Normas internacionais no-convencionais, aprovadas como Resolues da Assemblia Geral das Naes Unidas, a respeito da matria;

    IV - Lei Federal n 8.069 (Estatuto da Criana e do Adolescente), de 13 de julho de 1990;

    V - Leis federais, estaduais e municipais de proteo da infncia e da adolescncia;

    VI - Leis orgnicas referentes a determinadas polticas sociais, especialmente as da assistncia social, da educao e da sade;

    VII - Decretos que regulamentem as leis indicadas;

    VIII - Instrues normativas dos Tribunais de Contas e de outros rgos de controle e fiscalizao (Receita Federal, por exemplo);

    IX - Resolues e outros atos normativos dos conselhos dos direitos da criana e do adolescente, nos trs nveis de governo, que estabeleam principalmente parmetros, como normas operacionais bsicas, para regular o funcionamento do Sistema e para especificamente formular a poltica de promoo dos direitos humanos da criana e do adolescente, controlando as aes pblicas decorrentes; e

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    PROCESSO DE ESCOLHA EM DATA UNIFICADA DOS MEMBROS DOS CONSELHOS TUTELARES

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    X - Resolues e outros atos normativos dos conselhos setoriais nos trs nveis de governo,

    que estabeleam principalmente parmetros, como normas operacionais bsicas, para regular o funcionamento dos seus respectivos sistemas.

    CAPTULO III - DAS INSTNCIAS PBLICAS DE GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    Art. 5 Os rgos pblicos e as organizaes da sociedade civil, que integram esse Sistema, devero exercer suas funes, em rede, a partir de trs eixos estratgicos de ao:

    I - defesa dos direitos humanos;II - promoo dos direitos humanos; e

    III - controle da efetivao dos direitos humanos.

    Pargrafo nico. Os rgos pblicos e as organizaes da sociedade civil que integram o Sistema podem exercer funes em mais de um eixo.

    CAPTULO IV - DA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS

    Art. 6 O eixo da defesa dos direitos humanos de crianas e adolescentes caracteriza-se pela garantia do acesso justia, ou seja, pelo recurso s instncias pblicas e mecanismos jurdicos de proteo legal dos direitos humanos, gerais e especiais, da infncia e da adolescncia, para assegurar a impositividade deles e sua exigibilidade, em concreto.

    Art. 7 Neste eixo, situa-se a atuao dos seguintes rgos pblicos:

    I - judiciais, especialmente as varas da infncia e da juventude e suas equipes multiprofissionais, as varas criminais especializadas, os tribunais do jri, as comisses judiciais de adoo, os tribunais de justia, as corregedorias gerais de Justia;

    II - pblico-ministeriais, especialmente as promotorias de justia, os centros de apoio operacional, as procuradorias de justia, as procuradorias gerais de justia, as corregedorias gerais do Ministrio Publico;

    III - defensorias pblicas, servios de assessoramento jurdico e assistncia judiciria;

  • GUIA DE ORIENTAES

    PROCESSO DE ESCOLHA EM DATA UNIFICADA DOS MEMBROS DOS CONSELHOS TUTELARES

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    IV - advocacia geral da unio e as procuradorias gerais dos estados

    V - polcia civil judiciria, inclusive a polcia tcnica;

    VI - polcia militar;

    VII - conselhos tutelares; e

    VIII - ouvidorias.

    Pargrafo nico. Igualmente, situa-se neste eixo, a atuao das entidades sociais de defesa de direitos humanos, incumbidas de prestar proteo jurdico-social, nos termos do artigo 87, V do Estatuto da Criana e do Adolescente.

    Art. 8 Para os fins previstos no art. 7, assegurado o acesso justia de toda criana ou adolescente, na forma das normas processuais, atravs de qualquer dos rgos do Poder Judicirio, do Ministrio Publico e da Defensoria Pblica. 1 Ser prestada assessoria jurdica e assistncia judiciria gratuita a todas as crianas ou adolescentes e suas famlias, que necessitarem, preferencialmente