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DA PESSOA IDOSA CEDDIPI 2018 GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E DO FUNDO MUNICIPAL

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DA PESSOA IDOSA

CEDDIPI 2018

GUIA DE ORIENTAÇÕES

PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS

MUNICIPAIS DOS

DIREITOS DA PESSOA

IDOSA E DO FUNDO

MUNICIPAL

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Governador do Estado do Espírito Santo

Paulo César Hartung Gomes

Vice Governador do Estado

César Roberto Colnaghi

Secretário de Estado de Direitos Humanos

Leonardo Oggioni Cavalcanti de Miranda

Subsecretário para Assuntos Administrativos

Alessandro Luciani Bozano Comper

COMPOSIÇÃO DA MESA DIRETORA

Presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

Augusta Isabel Scárdua

Vice-Presidente Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

Maria José Marcondes

Secretária – Geral Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

Marta Nunes do Nascimento

Secretária Executiva Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa

Idosa

Sirley de Souza Ramos

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

CONSELHO ESTADUAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA – CEDDIPI

A) REPRESENTANTES DO GOVERNO ESTADUAL

I. Secretaria de Estado de Direitos Humanos – SEDH

Titular: José Roberto Santos Neves

Suplente: Helenice Nicchio Mendes

II. Secretaria de Estado da Saúde - SESA

Titular: Janaina Alvarenga Rocha Ayres

Suplente: Lucimar Ventorin Hamsi

III. Secretaria de Estado da Cultura - SECULT

Titular: Lilia Célia Pereira Mascarenhas.

Suplente: Martinho dos Santos.

IV. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social - SESP

Titular: Gracimeri Vieira Soeiro de Castro Gaviorno

Suplente: Fernanda Carvalho de Souza Braumer

V. Secretaria de Estado da Educação - SEDU

Titular: Augusta Isabel Scardua

Suplente: Danieli Spagnol Oliveira Correia

VI. Secretaria de Estado de Economia e Planejamento - SEP

Titular: Luciana Azevedo Taliuli.

Suplente: Patrícia Valeria Dórico Couto

VII. Secretaria de Estado de Turismo - SETUR

Titular: Odyr Cesar Vargas.

Suplente: Igor Gonçalves Calhau.

VIII. Secretaria de Estado de Esporte e Lazer- SESPORT

Titular: Evandro Boldrine

Suplente: Fernando Antônio Couto de Barros.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

B) REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL

1 - Movimentos Organizados da População Idosa:

1.1 Associação dos Idosos de Cariacica – AIC

Titular: Marta Nunes do Nascimento

Suplente: Esther Andrade Nogueira

1.2 Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos

Seccional de base do Espírito Santo – SINTAPI

Titular: Marildes Gomes da Silva

Suplente: Erandi Barbosa de Castro.

1.3 Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical-

SINDINAPI/ES - Titular: Manoel de Moura Soares

Suplente: Antônio de Castro Reis

1.4 Instituição Asilar:

Entidade Titular: Fundação Social Monsenhor Guilherme Schmitz

Representante: Mariana Medeiros Mota Tessarolo

1.5 Entidade Suplente: Organização de Amparo a Idosos - SOU FELIZ.

Representante: Daiana Espindula Lampier.

2 - Entidades de Estudo e Pesquisa Voltadas para a População Idosa:

2.1 Entidade Titular: Universidade Aberta da Terceira Idade – UFES/UNATI

Representante: Monique Simões Cordeiro

2.2 Entidade Suplente: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seção Espírito

Santo - SBGG/ES.

Representante: Liliana Pereira Coelho

2.3 Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH

Centro de Defesa dos Direitos Humanos – CDDH Serra

Titular: Ana Maria Caracoche Suplente: Marta Falqueto

2.4 Igreja que contemple propostas sociais ligadas aos idosos

Mitra Arquidiocena de Vitória-Pastoral da Pessoa Idosa

Titular: Adriana Nunes Oliveira

Suplente: Josvaldo dos Anjos

2.5 Clubes de Serviços que contemplem Propostas Sociais Ligadas aos Idosos.

Entidade Titular: Associação de Participantes Assistidos e Beneficiários da Fundação

BANESTES de Seguridade Social

Representante: Maria José Marcondes Pimenta

2.6 Entidade Suplente: Conselho Regional de Psicologia - CRP 16ª Região

Representante: Patrícia Lopes Cordeiro.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

SUMÁRIO

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS......................................................................................... 8

APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 10

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 13

2. CONSELHOS DE DIREITOS........................................................................... 19

2.1 O que são Conselhos de Direitos........................................................... 19

2.2 Por que criar um Conselho de Direitos.................................................. 19

2.3 Principais objetivos dos Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa........ 20

3. CONSELHOS MUNICIPAIS DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA......24

3.1 Finalidade .................................................................................................. 24

3.2 Composição ............................................................................................. 24

3.3 Estrutura ...................................................................................................... 24

3.4 Funções ...................................................................................................... 24

3.5 Competências .......................................................................................... 24

3.6 O que se faz necessário para se criar um Conselho de Direitos ?..... 26

3.7 Algumas questões importantes sobre o Conselho Municipal de Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa.............................................................................. 27

3.8 Regimento Interno........................................................................ ............... 30

3.9 Proteção à Pessoa Idosa e a Constituição Federal de 1988 ............... 30

3.9.1 Constituição Federal ............................................................................... 30

3.10 Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa .............................. 32

4. FUNDO ESPECIAL............................................................................................ 35

4.1 Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa ....................................... 36

4.1.1 De que recursos o Fundo se compõe?................................................. 37

4.1.2 O que é financiado com os recursos do Fundo dos Direitos da Pessoa

Idosa?.................................................................................................................... 37

4.1.3 Cabe ao Conselho da Pessoa Idosa em relação ao Fundo, sem

prejuízo das demais atribuições........................................................................ 37

4.2 Etapas para Criação e Funcionamento do Fundo Público.................... 39

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

5. PROCESSO PARA OPERACIONALIZAÇÃO E REPASSE DOS RECURSOS DO

FUNDO MUNICIPAL.............................................................................................. 41

5.1 Limites para Implantação do Fundo ........................................................ 41

5.2 Pontos Positivos na Implantação do Fundo............................................... 41

5.3 Destinação do Fundo e o Imposto de Renda ......................................... 42

5.4 Pessoa Física ................................................................................................. 42

5.5 Pessoa Jurídica ............................................................................................. 43

5.6 Do Controle e da Fiscalização ................................................................... 44

5.7 Das Disposições Finais................................................................................... 44

REFERÊNCIAS........................................................................................................ 46

ANEXOS................................................................................................................ 48

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

AGRADECIMENTOS

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

AGRADECIMENTOS

À Secretaria de Estado do Turismo:

Nas pessoas do Gerente de Negócios Turísticos, Sr. Rafael

Granvilla Oliveira e de seu estagiário João Vitor Silveira Passos,

os quais colaboraram para dar início à elaboração gráfica

deste trabalho;

Nas pessoas de Gerente de Marketing Turístico, Sra. Carla

Rezende Bastos e da Assessora Especial (Imprensa), Sra.

Tatiana Negris e de seu Estagiário João Giry, o qual foi

fundamental para dar continuidade e conclusão à

elaboração gráfica deste Guia de Orientações.

Ao Conselheiro Sr. Odyr C. Vargas pela revisão, orientação e

acompanhamento à execução gráfica.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

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APRESENTAÇÃO

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa

Idosa – CEDDIPI/ES apresenta este Guia de Orientação

aos Municípios, em atendimento à deliberação da

Plenária do 1º Fórum Estadual Permanente de Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa, realizado nos dias 29 e 30

de novembro de 2017, no SESC de Aracruz/ES, para

subsidiar os municípios, no tocante:

a) Projeto de Lei de Criação do Conselho Municipal

de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e do Fundo

Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

b) Decreto de Nomeação dos Conselheiros.

c) Termo de Posse dos Conselheiros.

d) Regimento Interno.

e) Modelo de Resolução.

f) Inscrição dos Conselheiros.

g) Sugestão de Comprovante Inscrição da Entidade

no Conselho Municipal.

h) Cadastro

Este documento, centrado na proposta constitucional

de democracia participativa, tem por objetivo fornecer

orientações para a criação e o funcionamento dos

Conselhos Municipais de Defesa dos Direitos da Pessoa

Idosa e dos Fundos Municipais dos Direitos da Pessoa

Idosa nos municípios do Espírito Santo.

O novo paradigma legal inaugurado e selado em 1988

com a promulgação da Constituição Federal Brasileira,

estabeleceu como princípios a descentralização e a

municipalização das políticas públicas, bem como a

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

participação dos segmentos envolvidos na sua

formulação e controle. Assim, a criação de um

colegiado, denominado conselho, passa a ser exigência

legal a ser implantado no campo público, como

instância do exercício de experiência de democracia

direta e fortalecimento do Estado de direito.

(Colato&Nascimento, 2010, p.58)

Segundo Gomes (2000), os Conselhos de Direitos e de

Políticas são considerados espaços de participação social

institucionalmente reconhecidos, com competências

definidas em estatuto legal, realizando o controle social das

políticas públicas setoriais ou de defesa de direitos de

segmentos específicos. A função destes conselhos é garantir

a participação da sociedade civil nos processos decisórios,

definindo e operacionalizando as políticas públicas, conforme

decorrentes da Constituição de 88. Portanto, tanto os

Conselhos de Direitos, quanto os Conselhos de Políticas “[...]

são instrumentos criados para atender e cumprir o dispositivo

constitucional no que tange o ao controle social dos atos e

decisões” (GOMES, 2000, p.167).

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CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

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INTRODUÇÃO

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CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

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1. INTRODUÇÃO

O papel do controle social nas políticas públicas para

idosos no Brasil

Amarilis Maria Muscari Riani Costa

Magali das Graças Machado

Rafael de Oliveira Tavares

Ruth Gelehrter da

Costa Lopes

Um dos marcos do controle social nas políticas públicas

no Brasil foi a Constituição Federal de 1988, processo de

elaboração marcado pela intensa participação da

sociedade civil organizada. No Art. 1º, a Constituição

brasileira estabelece que:

Todo o poder emana do povo, que o exerce

por meio de representantes eleitos ou

diretamente [...], sinalizando a ideia da

democracia direta ou participativa. Ao

longo do texto constitucional a expressão

“participação”, no sentido de controle

social, aparece em diversos pontos, como

nos Artigos 10, 194,198 e 204 (BRASIL, 1988).

Em relação ao controle social nas políticas públicas para

idosos, merecem destaque a Lei 8.842, de 4 de janeiro

de 1994, que instituiu a Política Nacional do Idoso - PNI

(BRASIL, 1994), e a Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003,

mais conhecida como Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003).

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Quanto à Lei 8.842/94, o inciso II do Artigo 4º inclui

como uma das diretrizes da PNI a “participação do

idoso, através de suas organizações representativas,

na formulação, implementação e avaliação das

políticas, planos, programas e projetos a serem

desenvolvidos”.

Essa diretriz é detalhada no Art. 6º que prescreve que

“os conselhos Nacional, Estaduais, Distrito Federal e

Municipais da Pessoa idosa” serão órgãos

permanentes, paritários e deliberativos, compostos por

igual número de representantes dos órgãos e entidades

públicas e de organizações representativas da

sociedade civil ligadas à área” (BRASIL, 1994).

A redação atual do Art. 7º da Lei 8.842/94, após a

alteração promovida pelo Estatuto do Idoso, diz que

compete aos conselhos “a supervisão, o

acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da

Política Nacional do Idoso, no âmbito das respectivas

instâncias político-administrativas” (BRASIL, 2003).

O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), no Art. 7º, reafirmou

a importância dos conselhos e estabeleceu que estes,

em todas as esferas de gestão, zelarão pelo

cumprimento dos direitos dos idosos ali definidos

(BRASIL, 2003).

O CONTROLE SOCIAL

O conceito de controle social, no sentido em que hoje é

empregado, refere-se à participação de setores

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

organizados da sociedade na formulação e efetivação

de políticas públicas, desde a elaboração dos planos,

programas e projetos, até o acompanhamento e

avaliação. Na compreensão atual, insere-se na relação

Estado-sociedade, onde à sociedade cabe estabelecer

práticas de vigilância e controle sobre o Estado

(CARVALHO, 1997).

A participação social promove transparência na

deliberação e visibilidade das ações, democratizando o

sistema de tomada de decisões. As principais formas de

exercício do controle social são os conselhos e

conferências.

Os Conselhos são instâncias colegiadas permanentes,

que se reúnem periodicamente, geralmente uma vez ao

mês e de caráter deliberativo, ou seja, decidem sobre as

políticas relativas à sua área de abrangência, cabendo

aos gestores a implementação de suas resoluções.

Os conselhos, em geral, têm composição paritária entre

os representantes dos setores organizados da sociedade

civil e dos órgãos governamentais. A paridade é definida

diferentemente no caso dos conselhos de saúde, que

são formados por 50% de representantes de usuários do

SUS; 25% de representantes de trabalhadores da saúde e

25% de representantes de gestores e prestadores de

serviços de saúde, incluindo os conveniados ou

contratados.

As Conferências ocorrem a cada dois ou quatro anos,

dependendo da definição de cada esfera de governo,

com o objetivo de avaliar a implementação das

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

políticas públicas e propor diretrizes para o período

seguinte.

Deve haver uma estreita relação entre a atuação dos

conselhos com suas respectivas conferências e, antes da

realização de uma conferência, o conselho deve

tomar a iniciativa de convoca-la ou participar desta

convocação, quando feita pelo gestor do setor ou da

esfera de governo.

Outra ação relevante do conselho é envolver-se

ativamente na mobilização da sociedade para que a

participação seja representativa e qualificada. Durante

as conferências, os conselheiros desempenham um

papel importante em todos os momentos até a plenária

final, quando as propostas aprovadas passam a ser

denominadas deliberações.

Após o encerramento das conferências e o

encaminhamento das deliberações, cabe aos conselhos

a fiscalização da implementação das mesmas e o

acompanhamento das medidas necessárias para sua

efetivação. Essa é parte mais importante do processo,

mas também a mais frágil.

As conferências e os conselhos, nas três esferas de

gestão, devem formar uma rede de atores capaz de

influenciar a formulação das políticas públicas e sua

implementação (SATO et al., 2003).

Dada a importância da Política do Idoso, para garantir

os direitos dessa população, esta deve ser entendida

como uma Política de Estado e não uma Política de

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Governo. Ou seja, as ações voltadas à população idosa

não podem estar sujeitas a modificações bruscas a

cada mudança do grupo político eleito para comandar

os interesses do Estado em um dado período. Além da

obrigação de trabalhar de acordo com a lei e a serviço

do povo, o poder público deve ser fiscalizado e cobrado

pela população.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

2. CONSELHOS

DE DIREITOS

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

2. CONSELHOS DE DIREITOS

Os Conselhos de Direitos retratam um modo de

descentralizar as atividades sociais do Estado. A

comprovação disso pode ser observada na aplicação

do Artigo 204 da Constituição Federal, o qual prevê o

princípio da descentralização político-administrativa

(inciso I), aliado à participação da população (inc. II),

por meio de organizações representativas, para a

elaboração de políticas e o controle das ações de

implementação nas três esferas administrativas.

2.1. O Que são Conselhos de Direitos?

São órgãos ou instâncias de deliberação

colegiada, de caráter permanente e composição

paritária entre Governo e Sociedade Civil, os quais

visam à defesa e a fiscalização dos direitos de

determinado grupo social.

Sua organização, composição e competência são

fixadas em lei, possibilitando a gestão

democrática da Política e o exercício do Controle

Social.

No caso específico de um Conselho Municipal de

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, este integra a

estrutura básica da Secretaria responsável pela

Política de Atendimento à Pessoa Idosa no seu

município.

2.2. Por que criar um Conselho de Direitos?

• O envelhecimento populacional é um fenômeno

mundial e requer reflexões e a adoção de políticas

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

de defesa de direitos, os quais, os Conselhos de

Direitos das Pessoas Idosas devem ter um papel

ativo.

• Projeções das Nações Unidas indicam que uma

em cada nove pessoas no mundo tem 60 anos ou

mais. O estudo aponta, ainda, que em 2050, pela

primeira vez, haverá mais pessoas idosas que

crianças menores de 15 anos.

• O segmento de Pessoas Idosas deve ser

protagonista de seu próprio destino, e lutar cada

vez mais por seus direitos na sociedade.

2.3. Principais objetivos dos Conselhos de Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa

Os principais objetivos dos Conselhos de Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa segundo Pereira (2005, p. 30),

devem ser:

a)defender os direitos da pessoa idosa previstos em lei.

b) exercer o controle democrático das ações e omissões

do poder público e da sociedade referentes aos direitos

e bem-estar das pessoas idosas.

c) zelar pelo cumprimento dos princípios da

descentralização político-administrativa e da

participação popular, bem como pela realização

efetiva do comando único das ações governamentais e

não governamentais, na área das pessoas idosas, em

todas as Unidades da Federação.

d) exercer intermediação estratégica entre os demais

mecanismos de participação democrática com os quais

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

compõe a cadeia gestora da política e dos planos de

ação para as pessoas idosas.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

CONSELHOS

MUNICIPAIS DE DEFESA

DOS DIREITOS DA

PESSOA IDOSA

3.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

3. CONSELHOS MUNICIPAIS DE DEFESA DOS DIREITOS DA

PESSOA IDOSA

3.1. Finalidade

Congregar e conjugar esforços dos órgãos públicos, das

entidades privadas e das próprias pessoas idosas para

tornar efetiva a Política da Pessoa Idosa no Município.

3.2. Composição

O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa

Idosa é composto por igual número de representantes,

respectivamente, do Governo Municipal e da Sociedade

Civil.

3.3. Estrutura

O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa

Idosa, concebido como parte integrante da

Organização Administrativa do Governo Municipal,

poderá ter a seguinte estrutura:

a) Conselho Deliberativo: Órgão de deliberação

máxima do CMPI, com mandato de dois anos, ou

mais, dependendo da Lei de Criação, constituído de

forma paritária por representantes titulares e

suplentes dos órgãos governamentais e entidades

não governamentais (Sociedade Civil).

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

b) Secretaria Executiva: com função de apoio

técnico-administrativo ao Conselho.

c) Mesa Diretora: com função coordenadora,

composta por Presidente, Vice-Presidente e

Secretário Geral, eleitos dentre os integrantes do

Conselho Municipal.

d) Comissões Permanentes: criadas de acordo com

as necessidades internas do Conselho, devendo

constar no Regimento Interno.

Para seu funcionamento adequado, os Conselhos

Municipais de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

devem possuir uma estrutura básica que contemple

Mesa Diretora, composta de Presidente, Vice-Presidente

e Secretário Geral, que deverá ser auxiliada

tecnicamente por uma Secretária Executiva.

Em respeito à democracia participativa, todas as

decisões do Conselho devem ser submetidas à

apreciação do seu plenário. Esse procedimento

respalda-se no princípio da transparência administrativa

e no direito à informação, essenciais ao exercício da

democracia.

3.4. Funções

São funções do Conselho Municipal:

Controlar: os Conselhos possuem autoridade para

acompanhar, supervisionar, fiscalizar e avaliar a

execução da Política Municipal da Pessoa Idosa.

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CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Zelar: é função dos Conselhos zelar pelo cumprimento

dos direitos da pessoa idosa.

Decidir: cabe aos Conselhos deliberar sobre a Política

da Pessoa Idosa, propondo a adequação dos

programas e serviços às exigências da realidade

municipal. Não cabe ao conselho a execução dos

programas e serviços.

Coordenar: é atribuição dos Conselhos articular os

Órgãos Públicos e Entidades Não-governamentais,

criando canais permanentes de comunicação entre

Estado Sociedade, com vistas à concretização da

Política Pública da Pessoa Idosa.

3.5. Competências

Aos Conselhos Municipais, órgãos deliberativos e não

executores da Política da Pessoa Idosa, compete:

Definir Diretrizes para a Política Municipal da

Pessoa Idosa, embasadas nas deliberações das

Conferências.

Deliberar, supervisionar, acompanhar, fiscalizar e

avaliar a execução da Política Municipal da

Pessoa Idosa, estabelecendo prioridades,

editando normas gerais e fiscalizando as ações

definidas (Estatuto do Idoso, artigos 34 §2º, 48 §

único, 52 e 53).

Propor medidas para aperfeiçoamento da

organização e funcionamento dos serviços

prestados à Pessoa idosa.

Zelar pelo cumprimento dos direitos da pessoa

idosa (Estatuto do Idoso, Artigo 7º).

Receber denúncias sobre violações dos Direitos da

Pessoa Idosa, efetuando o encaminhamento

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

destas aos órgãos e entidades responsáveis,

acompanhando sua apuração e resolução.

Estimular e apoiar entidades privadas e órgãos

públicos na qualificação de equipes

interdisciplinares para execução de seus

programas.

Manter constante articulação e interface com os

Conselhos de Direitos e de Políticas Setoriais.

Acompanhar a execução do Orçamento do

Município no que se refere às ações voltadas ao

atendimento e à promoção da pessoa idosa.

Convocar ordinariamente a cada dois anos, ou

extraordinariamente, por maioria absoluta de seus

membros, a Conferência Municipal dos Direitos da

Pessoa Idosa juntamente com o órgão ao qual se

vincula.

Convocar o Fórum de Representantes de

Entidades Não-governamentais para eleição dos

representantes no Conselho Municipal de Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa.

Elaborar e aprovar seu Regimento Interno, etc..

3.6. O que se faz necessário para se criar um Conselho

de Direitos?

Os municípios devem criar seus Conselhos a partir de

iniciativa local e autônoma. Para sua instalação,

recomendam-se os seguintes passos:

1) Conhecer no município as Entidades não –

Governamentais e identificar a ação que realizam

voltada às pessoas idosas;

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

2) O Governo Municipal, mobiliza a sociedade civil

organizada, para participar de Reunião Ampliada, a fim

de discutir a proposta de criação do Conselho Municipal

de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e elaborar o

Projeto de Lei de criação;

3) O Prefeito Municipal encaminha à Câmara de

Vereadores o Projeto de Lei com a finalidade de ser

analisado e aprovado, sendo após sancionado;

4) A indicação dos representantes de cada entidade,

titulares e suplentes, deve se dar da seguinte forma: 50%

governamentais – serão indicados pelos órgãos da

Administração Pública Municipal e 50% não

governamentais serão indicados pelas Entidades

escolhidas em Assembleia ou Fórum Municipal,

especialmente convocados para este fim;

5) Indicados os Conselheiros, o Prefeito Municipal os

nomeia através de Decreto e, estabelece uma data

para instalação do Conselho Municipal de Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa;

6) O mandato dos Conselheiros deve ter a duração de

dois anos;

7) O Conselho na primeira Reunião Ordinária, na plenária

fará a eleição da Mesa Diretora;

8) Instalado o Conselho, é criada uma comissão a fim de

elaborar o Regimento Interno, que conterá normas para

seu funcionamento, e que deverá ser aprovado pela

Plenária do Conselho Municipal.

3.7. Algumas questões importantes sobre o Conselho

Municipal do Idoso.

a) Quando o Conselho deve ser instalado?

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

A data para a instalação do Conselho deve ser

marcada pelo Secretário ou Dirigente do Órgão Gestor,

após a designação de todos os Conselheiros, Titulares e

suplentes, com a maior brevidade possível.

b) Existe limite para o número de membros do Conselho?

NÃO. Entretanto, recomenda-se que não seja

excessivamente grande para evitar a dispersão e

problemas na operacionalização e funcionamento. O

que definirá o seu tamanho será a capacidade

representativa da sociedade civil, ou seja, o número de

entidades existentes.

c) Representantes de diferentes esferas de Governo

podem integrar o Conselho Municipal?

NÃO. Somente os representantes da esfera municipal de

governo.

d) Na Composição do Conselho pode haver

representante das três esferas de Governo?

NÃO. Os Conselhos são Órgãos de Assessoramento

de cada esfera de governo. Portanto, devem ser

compostos por representantes dessa esfera de

Governo, como forma de respeitar a autonomia de

cada nível de decisão.

e) Qual o tempo ideal para o mandato dos

Conselheiros?

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Sugere-se que o mandato tenha duração de dois

anos, com possibilidade de recondução para mais

um período.

Os membros do Conselho não receberão qualquer

tipo de renumeração, sendo o exercício da função

de Conselheiro considerado de interesse público

relevante. Fica assegurado o ressarcimento das

despesas com passagem, transporte, estadia e

alimentação aos Conselheiros Titulares ou Suplentes

em Reuniões Plenárias ou em Comissões de

Trabalho.

f) Os Conselheiros podem ser substituídos antes do

término de seu mandato?

Quaisquer das entidades do Conselho Municipal de

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa podem substituir

o seu representante, por motivos que não cabe aos

demais Conselheiros discutir.

g) Qual o local para a instalação do Conselho?

Cabe ao órgão, ao qual o Conselho está vinculado

e que consta na Lei de Criação, destinar espaço

físico para seu funcionamento.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

3.8. Regimento Interno

É um documento de caráter normativo, que rege ou

regula a estrutura, o funcionamento e os procedimentos

internos de cada Conselho.

Sua referência máxima é a lei de Criação do Conselho,

não podendo conter matéria não prevista na referida lei.

O Regimento Interno deve ser elaborado, após a

constituição do Conselho, pelos próprios Conselheiros. É

este que irá disciplinar e oferecer solução às questões do

dia-a-dia do Colegiado.

O Regimento Interno, como todo ato administrativo, não

pode exceder os limites da Lei de Criação do Conselho.

Deve contemplar todos os mecanismos que garantem o

pleno funcionamento do Conselho.

Deve ser publicado observando a regra adotada aos

demais atos administrativos.

A alteração do Regimento Interno dar-se-á conforme

processo previsto no próprio regimento.

3.9 Proteção à Pessoa Idosa e a Constituição Federal

de 1988.

A Constituição Federal Brasileira, logo em seu Artigo 1º

declara que são princípios fundamentais da República

Federal do Brasil, a cidadania e a dignidade humana

(incisos I e II).

De acordo com a Constituição Federal, um dos objetivos

fundamentais da República é o de promover o bem de

todos, sem preconceito ou discriminação em face da

idade do cidadão, bem como da origem, raça, sexo,

cor e quaisquer outras formas de discriminação (artigo

3º, inciso IV).

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

O Artigo 5º da Constituição Federal diz que todos

são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do

direito:

I - à vida;

II - à liberdade;

III - à igualdade;

IV - à segurança; e

V - à propriedade.

3.9.1. Constituição Federal de 1988

Art. 203 - A Assistência Social será prestada a quem

dela necessitar, independentemente de

contribuição à seguridade social e tem por

objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância,

à adolescência e à velhice.

Art. 204 - As ações governamentais na área da

Assistência Social serão realizadas com recursos do

orçamento da seguridade social, previstos no Art.

195, além de outras fontes, e organizadas com base

nas seguintes diretrizes:

I- Descentralização Político-administrativa, cabendo

a coordenação e as normas gerais à Esfera Federal

e a coordenação e a execução dos respectivos

programas às Esferas Estadual e Municipal, bem

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

como, às Entidades Beneficentes e de Assistência

Social.

II- Participação da População, por meio de

Organizações Representativas, na formulação das

políticas e no controle das ações em todos os níveis.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado tem o dever

de amparar as pessoas idosas, assegurando sua

participação na comunidade, defendendo sua

dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

Os Conselhos, as Conferências, os Fundos e os Fóruns são

importantes mecanismos e instrumentos de gestão da

Política Pública, representando um grande avanço na

organização do Estado para o efetivo exercício do

controle social e da garantia dos direitos.

3.10 Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

É uma instância pública, essencialmente

colegiada, possui natureza de órgão estatal

especial, atuando como órgão deliberativo,

assegurando a participação popular paritária, por

meio de organizações representativas;

Tem por finalidade congregar e conjugar esforços

dos Órgãos Públicos, Entidades Governamentais,

Não Governamentais e Comunitárias,

estabelecendo diretrizes de políticas sociais para a

pessoa idosa;

É articulador, propositivo, consultivo, fiscalizador e

normativo em relação às Políticas Públicas

destinadas a promover e garantir os direitos dos

idosos, deliberando sobre a política de promoção

dos direitos da pessoa idosa, exercendo o controle

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

das ações nas políticas de atendimento e

assistência social voltadas à pessoa idosa em

todos os níveis;

É também o Gestor do Fundo para a Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa;

Integra a Estrutura Básica do Poder Executivo e

ainda coordena com total autonomia as Ações

Governamentais e Não Governamentais,

inscrevendo Programas de Organizações da

Sociedade Civil sediados em sua base territorial,

que prestem atendimento à pessoa idosa.

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DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

4. FUNDO ESPECIAL

4. FUNDO

ESPECIAL

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

4 FUNDO ESPECIAL

Trata – se de fundo de natureza especial, conforme

rezam os artigos 71 a 74, da Lei nº. 4.320 de 17 de março

de 1964, vinculado à realização de determinados

objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas

peculiares de aplicação.

É de responsabilidade de um Ente da Administração

Pública, mantendo um tipo de gestão financeira sobre

um conjunto de recursos alocados à sua

responsabilidade, com vistas ao cumprimento da Política

de Atendimento à Pessoa Idosa.

As receitas do Fundo para a Defesa dos Direitos da

Pessoa Idosa são especificas, instituídas em Lei

Orçamentária, vinculadas à realização de objetivos ou

serviços, observando-se a realização de Programas de

Assistência Social, voltados à defesa e garantia de

direitos da pessoa Idosa, sendo sua aplicação vinculada

às Resoluções elaboradas pelo Conselho de Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa.

Por ser um fundo especial, tem uma forma de gestão

que se diferencia da Gestão por Caixa Único na

Administração Pública, à qual restringe um conjunto de

valores voltados para o atendimento a determinados

objetivos específicos, evitando que os recursos fiquem

parados em determinadas contas.

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CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

4.1. Fundo para Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

Vinculado ao Conselho de Defesa dos Direitos da

Pessoa Idosa, órgão formulador, deliberativo e

controlador das ações de implementação da

Política dos Direitos da Pessoa Idosa, responsável

por gerir o fundo, fixando critérios de utilização e o

Plano de Aplicação dos seus recursos.

Não possui personalidade jurídica própria.

Possui número de inscrição no Cadastro Nacional

da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Tem status orçamentário, administrativo e contábil

diferenciado do Órgão ao qual se encontra

vinculado, constitui unidade orçamentária própria

e é parte integrante do orçamento público.

O Poder Executivo Municipal designa os servidores

públicos que atuarão como gestor e/ou

ordenador de despesas do Fundo para a Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa, autoridade de cujos

atos resultarão emissão de Nota de Empenho,

autorização de pagamento, suprimento ou

dispêndio de recursos do Fundo. Também é

responsável pela abertura, em estabelecimento

oficial de crédito, de contas específicas

destinadas à movimentação das receitas e das

despesas do Fundo.

A destinação dos recursos do Fundo para a

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, em qualquer

caso, depende de prévia deliberação da Plenária

do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa

Idosa, devendo a resolução ou ato administrativo

equivalente que a materializar, ser anexada à

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

documentação respectiva, para fins de controle

de legalidade e prestação de contas.

4.1.1 De que recursos o Fundo se compõe?

O Fundo compõe-se de recursos públicos que lhe forem

destinados, consignados no Orçamento da União, dos

Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, conforme a

situação envolvida.

Poderá ter como fontes:

Contribuições de governos e organismos nacionais

e internacionais;

Doações de Pessoas Físicas e Jurídicas dedutíveis

do Imposto de Renda.

4.1.2 O que é financiado com os recursos do Fundo dos

Direitos da Pessoa Idosa?

Preferencialmente o Fundo objetiva:

1) Apoio ao desenvolvimento das ações priorizadas

na Política da Pessoa Idosa.

2) Apoio aos programas e projetos de pesquisa,

estudos e capacitação de recursos humanos.

3) Apoio a programas e projetos de publicidade,

propaganda, campanha ou divulgação às causas

em benefício da Pessoa Idosa;

4.1.3 Cabe ao Conselho da Pessoa Idosa em relação

ao Fundo, sem prejuízo das demais atribuições:

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Cabe aos Conselhos formular, deliberar e controlar

a implementação das ações da Política da Pessoa

Idosa, assim como gerir o Fundo, fixando critérios

de utilização e o Plano de Aplicação dos Recursos.

Desenvolver atividades relacionadas à ampliação

da captação de recursos para o Fundo.

Mobilizar a sociedade para participar no processo

de elaboração e implementação da Política de

Promoção, Proteção, Defesa e Atendimento dos

Direitos da Pessoa Idosa, bem como na

Fiscalização da Aplicação dos Recursos do Fundo

para a Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

Para o desempenho de suas atribuições, o Poder

Executivo deverá garantir ao Conselho de Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa o suficiente e

necessário suporte organizacional, estrutura física,

recursos humanos e financeiros.

Elaborar Planos de Ação Anuais ou Plurianuais,

contendo os programas a serem implementados

no âmbito da Política de Promoção, Proteção,

Defesa e Atendimento aos Direitos da Pessoa

Idosa, e as respectivas metas, considerando os

resultados dos diagnósticos realizados e

observando os prazos legais do ciclo

orçamentário.

Acompanhar a elaboração anual do Plano de

Aplicação dos Recursos do Fundo, considerando

as metas estabelecidas para o período, em

conformidade com o Plano de Ação.

Os recursos do Fundo serão movimentados através

de conta específica.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

A movimentação dos recursos do Fundo

dependerá de prévia e expressa autorização do

Conselho.

O Fundo é instituído por Lei do Poder Legislativo.

Ao Poder Executivo cabe regulamentar seu

funcionamento por decreto.

É necessária a previsão dos recursos do Fundo na

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei

Orçamentária Anual (LOA).

4.2. Etapas para Criação e Funcionamento do Fundo dos

Direitos da Pessoa Idosa

• Lei de Criação;

• Decreto de Regulamentação;

• Nomeação do Gestor;

• Elaboração pelo Conselho do Plano de Ação;

• Montagem do Plano de Aplicação;

• Inclusão do Plano de Aplicação no Plano

Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na

Lei Orçamentária Anual;

• Abertura de Conta Bancária;

• Execução Orçamentária;

• Recebimento das doações e outras receitas

(Fontes relacionadas na Lei de Criação e Decreto

de Regulamentação).

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DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

• Repasse dos Recursos.

5. PROCESSO PARA OPERACIONALIZAÇÃO E

REPASSE DOS RECURSOS DO

FUNDO MUNICIPAL

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CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

5. PROCESSO PARA OPERACIONALIZAÇÃO E REPASSE DOS

RECURSOS DO FUNDO MUNICIPAL

• Escolha dos eixos temáticos.

• Publicação do Edital.

• Recebimento dos projetos.

• Exame e seleção dos projetos.

• Conveniamento.

• Monitoramento e avaliação.

• Prestação de contas.

• Tomada Especial de Contas.

• Saneamento.

• Aprovação final.

5.1. Limites para Implantação do Fundo

• Falta de vontade política.

• Cultura de administração centralizadora.

• Informações financeiras não democratizadas.

• Paternalismo e clientelismo ainda presentes.

• Falta de conhecimento de Incentivos Fiscais

disponíveis.

• Estrutura complexa e tecnicista dos orçamentos.

• Experiência negativa de alguns Fundos mal

administrados.

• Objetivos desvirtuados.

5.2. Pontos Positivos na Implantação do Fundo

• Ferramenta disponível para a captação de

doações dedutíveis do Imposto de Renda junto a

pessoas físicas e jurídicas.

• Meio de financiamento de projetos.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

• Possibilidade de parceria participativa (Governo,

Sociedade Civil e Investidor Social).

• Transparência na aplicação dos recursos públicos.

• Instrumento de Descentralização Político -

Administrativa e Municipalização do Atendimento.

5.3. Destinações do Fundo e o Imposto de Renda

“Não são dedutíveis do Imposto de Renda as doações

efetuadas diretamente às Entidades Assistenciais,

somente aquelas feitas diretamente aos Fundos

Municipais, Estaduais e Nacional, controlados pelos

Conselhos de Direitos“.

5.4. Pessoa Física

As Pessoas Físicas podem, atendido o limite global

estabelecido no Artigo 28, deduzir do Imposto de Renda

Devido, na Declaração de Ajuste Anual, as doações

feitas no ano-calendário anterior aos Fundos para a

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Municipais,

Estaduais, Distrital ou Nacional).

As importâncias deduzidas a título de doações sujeitam-

se à comprovação, por meio de documentos emitidos

pelas Entidades beneficiadas.

A soma das deduções previstas em Instrução Normativa

da SRFB está limitada a 6% (seis por cento) do Imposto

de Renda Devido, apurado na Declaração de Ajuste

Anual.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

O valor que ultrapassar o limite de dedutibilidade

acima mencionado não pode ser deduzido nas

declarações posteriores, inclusive no caso de

Projetos Culturais de Execução Plurianual.

5.5. Pessoa Jurídica

A Pessoa Jurídica poderá deduzir do Imposto de

Renda Devido em cada período de apuração, o

total das doações efetuadas aos Fundos para a

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Municipais,

Estaduais, Distrital ou Nacional), devidamente

comprovadas vedada a dedução como Despesa

Operacional.

A dedução está limitada a 1% (um por cento) do

Imposto Devido em cada período de apuração.

Para fins de comprovação, a Pessoa Jurídica

deverá registrar em sua escrituração os valores

doados, bem como, manter em boa guarda a

documentação correspondente às doações.

Os Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional de

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, controladores

dos fundos beneficiados pelas doações, deverão

emitir comprovante em favor do doador que

especifique o nome, o número de inscrição no

Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do

doador, a data e o valor efetivamente recebido.

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CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

5.6. Do Controle e da Fiscalização

Os recursos do Fundo, utilizados para o

financiamento total ou parcial de projetos

desenvolvidos por Entidades Governamentais ou

Não-governamentais, devem estar sujeitos à

Prestação de Contas de Gestão aos Órgãos de

Controle Interno do Poder Executivo, ao Conselho

de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, bem como

ao Controle Externo por parte do Poder Legislativo,

do Tribunal de Contas e do Ministério Público.

O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa

Idosa, diante de indícios de irregularidades,

ilegalidades ou improbidades em relação ao

Fundo ou suas dotações nas leis orçamentárias,

dos quais tenha ciência, deve apresentar

representação junto ao Ministério Público para as

medidas cabíveis.

5.7. Das Disposições Finais

A celebração de convênios com os recursos do

Fundo para a execução de projetos ou a

realização de eventos deve se sujeitar às

exigências da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993,

Lei 13.019/2014 e legislação que regulamenta a

formalização de convênios no âmbito da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

REFERÊNCIAS

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição [da] Republica

Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Estatuto do Idoso: Lei Federal nº 10.741, de 01 de

outubro de 2003. Brasília, DF: Secretaria Especial dos

Direitos Humanos, 2004.

Link acesso artigo:

http://www.portaldoenvelhecimento.com/revista-

nova/index.php/revistaportal/article/viewFile/476/515

COLATTO, Daniela Alcantara, NASCIMENTO, Marta Nunes

do, 2004 - ESTRELAS DA PARTICIPAÇÃO: Um Estudo sobre

a participação dos idosos nas instâncias de controle

social no Estado do Espírito Santo.

Monografia apresentada no Programa de Pós-

Graduação em Gerontologia Social do Centro de

Ciências Jurídicas e Econômicas, Departamento de

Serviço Social da Universidade Federal do Espírito Santo.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

ANEXOS

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

ANEXOS

1. MODELO DE PROJETO DE LEI DE CRIAÇÃO DO CONSELHO

MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA.

( OBS: O MUNICÍPIO DEVERÁ INSERIR A LOGOMARCA

DA MUNICIPALIDADE NA PARTE SUPERIOR DA FOLHA ) .

PREFEITURA MUNICIPAL DE.........................

CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA

PESSOA IDOSA

PROJETO DE Lei de Criação do Conselho Municipal de

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e do Fundo

Municipal da Pessoa Idosa

LEI N.º______DE DE DE 20....

Dispõe sobre a Criação do CONSELHO MUNICIPAL DE

DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA e o FUNDO

MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA e dá outras

providências.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

O Prefeito Municipal de ------------- , Estado de

Espírito Santo, faço saber que a Câmara Municipal

de.........................................................aprovou e eu

sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DO CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DOS

DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Art. 1º Fica criado o Conselho Municipal de Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa, como órgão

permanente, paritário normativo, deliberativo de

promoção, proteção e defesa dos direitos da

pessoa idosa, com observância dos princípios e

diretrizes estabelecidas pela Lei Federal N.º 8.842 de

04 de janeiro de 1994, e a Lei Nº. 10.741 - Estatuto do

Idoso de 01 de outubro de 2003.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Conselho Municipal de

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa é vinculado a

Secretaria Municipal de

............................................................

Art. 2º O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos

da Pessoa Idosa reger-se-á pelo disposto nesta Lei,

pelo que dispuser o seu Regimento Interno, e pelas

outras disposições legais que lhe forem aplicáveis.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Seção I

DA COMPETÊNCIA

Art. 3º Compete ao Conselho Municipal de Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa:

I – Acompanhar a política de promoção, proteção e

defesa dos direitos da pessoa idosa, bem como

supervisionar e fiscalizar a sua execução;

II - Acompanhar e avaliar a proposta orçamentária do

município, no que se refere ao atendimento dos direitos

da pessoa idosa, indicando modificações necessárias;

III - Estabelecer prioridades de atuação e critérios para a

utilização dos recursos, programas e ações de

assistência à pessoa idosa;

IV - Acompanhar a concessão de auxílios e subvenções

a entidades particulares, atuantes no atendimento a

pessoa idosa;

V - Zelar pela efetivação da descentralização político-

administrativa e da participação popular, por meio de

organizações representativas, nos planos e programas

de atendimento aos direitos da pessoa idosa;

VI - Propiciar apoio técnico a órgãos municipais e

entidades não-governamentais, no sentido de tornar

efetivos os princípios, as diretrizes e os direitos que

venham a ser estabelecidos no Estatuto do Idoso;

VII - Promover proteção jurídico-social da pessoa idosa;

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

VIII - Oferecer subsídios ou fazer proposições ao

Prefeito objetivando aperfeiçoar a legislação

pertinente à política da pessoa idosa;

IX - Promover campanhas de formação da opinião

pública sobre os direitos assegurados a pessoa

idosa, bem como incentivar e apoiar a realização

de eventos, estudos e pesquisas no campo da

pessoa idosa;

X - Receber, apreciar e manifestar-se sobre as

denúncias e queixas formuladas a respeito dos

direitos da pessoa idosa;

XI - Elaborar e aprovar o seu Regimento Interno;

XII - Aprovar, de acordo com os critérios

estabelecidos em seu Regimento Interno, o

cadastramento de entidades de defesa ou de

atendimento aos direitos da pessoa idosa;

XIII - Exercer outras atividades regulares que

objetivem a promoção, proteção e defesa dos

direitos da pessoa idosa.

Art. 4º O Conselho Municipal dos Direitos de Defesa

da Pessoa Idosa será integrado por membros

titulares, e respectivos suplentes, compreendendo

representantes dos seguintes órgãos e entidades:

I - De Órgãos ou Entidades Governamentais:

a) 01 (um) representante da Secretaria de Ação

Social ou órgão equivalente;

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

b) 01 (um) representante da Secretaria da Educação;

c) 01 (um) representante da Secretaria de Saúde;

d) 01 (um) representante da Secretaria de Cultura/ou

e) e outras Secretarias.

II - De Órgãos ou Entidades Não Governamentais

(Mesmo N.º de representantes do governo).

a) representante de entidades, escolhidos por voto

direto, pelo Fórum da Pessoa Idosa, dentre aquelas

reconhecidas no âmbito municipal pelo trabalho que

vêm desenvolvendo em defesa dos direitos da pessoa

idosa.

Art. 5º Os Membros titulares do Conselho Municipal de

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, e respectivos

suplentes, serão indicados ao Secretário

Municipal........................, e nomeados pelo Prefeito do

Município, devendo a indicação observar a seguinte

forma:

I - pelos titulares dos respectivos órgãos, de livre escolha

no caso dos órgãos e entidades governamentais;

II - pelos Presidentes ou titulares das entidades não-

governamentais, após livre escolha pela respectiva

entidade.

PARÁGRAFO ÚNICO - A indicação dos membros do

Conselho, a que se refere este artigo, deverá ser

efetuada até o décimo dia útil do mês subsequente ao

da publicação desta lei.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Art. 6º Os Conselheiros titulares e os suplentes

representantes dos órgãos e entidades

governamentais serão nomeados para um

mandato que não poderá ser superior a 02 (dois)

anos consecutivos, podendo, no entanto, ser

destituídos a qualquer tempo.

Art. 7º Os Conselheiros titulares e os suplentes

representantes das entidades não-governamentais

serão nomeados para um mandato que não

poderá ser superior a 02 (dois) anos, permitida uma

recondução por igual período.

Art. 8º A Presidência e Vice-Presidência do Conselho

Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

caberão aos membros que forem escolhidos pelos

seus integrantes, por maioria absoluta de votos,

para um mandato de 02 (dois) anos, podendo ser

reconduzidos por igual período.

Art. 9º O desempenho da função de membros do

Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da

Pessoa Idosa será considerado como serviço

relevante prestado ao município e não terá

qualquer tipo de remuneração.

Art. 10 O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos

da Pessoa Idosa contará com uma Secretaria

Executiva, que desenvolverá as atividades técnicas

e administrativas.

Art. 11 As normas de funcionamento e atuação do

Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa

Idosa, e da sua Secretaria Executiva, serão disciplinadas

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

em seu Regimento Interno, que deverá ser aprovado por

Resolução do Conselho, no prazo de 90 (noventa) dias.

Art. 12 As atividades de apoio administrativo, necessárias

ao desempenho dos trabalhos, relativos ao

funcionamento e atuação do Conselho Municipal de

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, e da sua Secretaria

Executiva, serão prestadas pela Secretaria Municipal de

Ação Social ou congênere.

Art.13 Os recursos financeiros para implantação e

manutenção do Conselho Municipal de Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa serão previstos nas peças

orçamentárias do Município, possuindo dotações

próprias.

CAPÍTULO II

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Art. 14 Fica criado o Fundo Municipal dos Direitos da

Pessoa Idosa, destinado a gerir recursos e financiar as

atividades do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos

da Pessoa Idosa, que terá como receita:

I – Dotações orçamentárias que lhe forem consignadas;

II – Recursos provenientes de órgãos da União ou dos

Estados vinculados à Política Nacional da Pessoa Idosa;

III – Transferências do Município;

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

IV – Contribuições, subvenções e auxílios de

entidades públicas e privadas;

V – Recursos provenientes de acordos, convênios ou

contratos realizados com entidades particulares e

públicas, nacionais, estrangeiras ou internacionais,

de acordo com a lei;

VI – Rendimentos oriundos de participação de

fundos especiais e de aplicação de recursos;

VII – Emolumentos;

VIII – Doações e legados;

IX – Quaisquer outros recursos lícitos que lhe forem

destinados.

Art. 15 O Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa

Idosa ficará vinculado diretamente à Secretaria

Municipal de..............................., tendo sua

destinação liberada através de projetos, programas

e atividades aprovados pelo Conselho Municipal de

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

CAPÍTULO III

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 16 Para a primeira instalação do Conselho

Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, o

Prefeito Municipal e/ou Secretaria Municipal

de...................... convocará, por meio de edital,

os integrantes da sociedade civil organizada

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

atuantes no campo da promoção e da defesa dos

direitos da pessoa idosa, que serão escolhidos em

fórum especialmente realizado para este fim, no

prazo de 30(trinta) dias após a publicação do

referido edital, cabendo as convocações seguintes

à Presidência do Conselho Municipal.

Art.17 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no

prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de

sua publicação.

Art.18 Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação.

Art. 19 Revogam-se as disposições em contrário.

__________________________,

____de___________________de___________.

___________________________________

(Nome do Prefeito)

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

2. MODELO DE DECRETO DE NOMEAÇÃO DE

CONSELHEIRO MUNICIPAL DO IDOSO.

( OBS: O MUNICÍPIO DEVERÁ INSERIR A

LOGOMARCA DA MUNICIPALIDADE NA PARTE

SUPERIOR DA FOLHA)

DECRETO DE NOMEAÇÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE

____________________________

DECRETO N.º _________

De _______ de ________________ de ______

O Prefeito Municipal de

_________________________, do Estado do Espírito Santo

_________________, no uso de suas atribuições legais,

assegurado pela Lei Orgânica Municipal Resolve:

Art. 1º - Ficam nomeados como membros

titulares e suplentes do Conselho Municipal de Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa, os representantes das

Entidades Governamentais abaixo mencionados:

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

(Nomes dos Representantes e das entidades

governamentais)

Art. 2º - Ficam nomeados como membros

titulares e suplentes do Conselho Municipal de Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa, os representantes das

Entidades Não-Governamentais abaixo mencionados:

(Nomes dos Representantes e das entidades

não governamentais)

Art. 3º - As nomeações acima referidas terão

vigência pelo prazo de 02 (dois) anos, contados da data

de assinatura deste Decreto.

Art. 4º - Este Decreto entrará em vigor na

data de sua publicação, revogando todas as

disposições em contrário.

Cumpra-se, Publique-se.

_________________________________

Nome do Prefeito Municipal

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

3. MODELO DE DECRETO DE DESIGNAÇÃO DE

REPRESENTANTE DE SECRETARIA NO CONSELHO MUNICIPAL

DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

( OBS: O MUNICÍPIO DEVERÁ INSERIR A LOGOMARCA

DA MUNICIPALIDADE NA PARTE SUPERIOR DA FOLHA )

DESIGNAÇÃO CONSELHEIRO DE SECRETÁRIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE ____________________________

DECRETO N.º _________

Designar

Representante do

Conselho

Municipal de

Defesa dos Direitos

da Pessoa Idosa.

O PREFEITO MUNICIPAL DE _________________________,

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso de suas

atribuições legais resolve:

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

DESIGNAR

______________________________________, para

exercer como titular, a função de Membro do

Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da

Pessoa Idosa na qualidade de representante

da Secretaria

________________________________, pelo prazo

de 02 (dois) anos no município

________________________________________.

Gabinete do Prefeito, ______ de

_________________ de _______.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

4. MODELO DE TERMO DE POSSE NO CONSELHO

MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

(OBS: O MUNICÍPIO DEVERÁ INSERIR A LOGOMARCA

DA MUNICIPALIDADE NA PARTE SUPERIOR DA FOLHA)

TERMO DE POSSE

Termo de Posse que presta o(a)

________________________________

como abaixo se declara.

Aos __________________ dias do mês de

_________ de _________________ nesta cidade de

_________________________, Estado Do ESPÍRITO SANTO, à

rua ______________________, sede do Conselho Municipal

de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa presente a

Secretaria de Ação Social do Município, Senhora

_____________________________________, compareceu o

senhor ________________________________________ a fim

de tomar posse no cargo de membro efetivo do

Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa

Idosa, designado que fora pelo Decreto Nº____________

datado de _________________, publicado no Diário Oficial

do Estado do Espírito Santo, para o que firma o presente

termo.

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

E, para constar, Eu

_____________________________, servindo de Secretária

Executiva do Conselho, lavrei este termo que vai

devidamente assinado pelo empossado.

_________________, ______ de ______________ de _______.

_____________________________________________________

Nome do Prefeito Municipal

______________________________________________________

Nome do Município e Data

(Nome do Presidente do Conselho Municipal de Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa)

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

5. MODELO PARA ELABORAÇÃO DE RESOLUÇÃO EM

CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA

PESSOA IDOSA

(OBS: O CONSELHO DEVERÁ INSERIR A SUA

LOGOMARCA NA PARTE SUPERIOR DA FOLHA)

CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA

PESSOA IDOSA

RESOLUÇÃO N.º _________

De _______ de ________________ de ______

(Assunto Referente)

O (a) Presidente do Conselho Municipal

Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, do Município de

..............., Estado do Espírito Santo, no exercício de suas

atribuições, que lhe são conferidas na Lei n.º __________

de _____ de _____________ .

RESOLVE:

Art. 1º -

Art. 2º -

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor nesta

data.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em

contrário.

_______________________________________________________

Nome do município e data

______________________________________________________

Nome do Presidente

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

(S U G E S T Ã O)

6. FICHA DE INSCRIÇÃO DE CONSELHEIROS NO

CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA

PESSOA IDOSA.

( OBS: O CONSELHO MUNICIPAL DEVERÁ INSERIR A SUA

LOGOMARCA NA PARTE SUPERIOR DA FOLHA)

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO-CONSELHO MUNICIPAL DE

DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

(Informações sobre os Conselheiros)

1 - Dados Pessoais:

Nome do Conselheiro:_________________________________

Titular ( ) Suplente ( )

Endereço: _____________________________________________

_______________________________________________________

Cidade: _________________________ Estado: ______________

CEP: __________-_____ Tel: ( ) ________________________

Fax: ( ) _________________ ( ) _____________________

Celular: ( ) __________________________________________

2 - Dados Profissionais:

Órgão/Entidade que representa:

_______________________________________________________

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Cargo que exerce:

_______________________________________________________

Endereço:

_______________________________________________________

_______________________________________________________

Cidade: ______________________ Estado: ________________

CEP: __________-_____Tel.: ( ) _____________________

Fax: ( ) _________________________

3º - Outros

Assinatura:

__________________________________________________

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

7. MODELO DE REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO

MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

( OBS: O CONSELHO DEVERÁ INSERIR A SUA

LOGOMARCA NA PARTE SUPERIOR DA FOLHA)

CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA

PESSOA IDOSA

REGIMENTO INTERNO

CAPÍTULO I

DA COMPOSIÇÃO

Art. 1º - O Conselho Municipal de Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa é constituído de membros

titulares e suplentes, nomeados pelo Prefeito Municipal,

com observância às exigências contidas na Lei.

CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA

Art. 2º - Compete ao Conselho Municipal de Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa:

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

I - Acompanhar a política de promoção, proteção e

defesa dos direitos do idoso, bem como supervisionar,

controlar e fiscalizar a sua execução;

II - acompanhar e avaliar a proposta orçamentária do

Município, no que se refere ao atendimento dos direitos

da Pessoa Idoso;

III - estabelecer prioridade de atuação e critérios para a

utilização dos recursos, programas e ações de

assistência a pessoa idosa, bem como fiscalizar a sua

aplicação;

IV - acompanhar a concessão de auxílio e subvenções a

entidades particulares;

V - zelar pela efetivação da descentralização político-

administrativa e da participação popular, por meio de

organizações representativas, nos planos e programas;

VI - propiciar apoio técnico e entidades não-

governamentais, no sentido de tornar efetivos os

princípios, as diretrizes e os direitos que venham a ser

estabelecidos no Estatuto do Idoso;

VII - prover proteção jurídico-social a Pessoa Idosa;

VIII - oferecer subsídios ao Governo objetivando

aperfeiçoar a legislação pertinente à política da pessoa

idosa;

IX - promover campanha de formação da opinião

pública sobre os direitos da pessoa idosa, e apoiar a

realização de eventos, estudos e pesquisas no campo

da população idosa;

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

X - receber, e manifestar-se sobre as denúncias

formuladas a respeito da pessoa idosa;

XI - elaborar e aprovar o seu Regimento Interno;

XII - aprovar, de acordo com os critérios estabelecidos

em seu Regimento Interno, o cadastramento de

entidades de defesa ou de atendimento aos direitos da

Pessoa Idosa.

CAPÍTULO III

DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO

Art. 3º - O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da

Pessoa Idosa compõe-se dos seguintes órgãos:

I - Plenário;

II - Presidência;

III - Comissões; e

IV - Secretaria

Executiva.

SEÇÃO I

DO PLENÁRIO

Art. 4º - O Conselho reunir-se-á em Sessão Plenária:

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE

CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E

DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

I - Ordinariamente, às ________ horas, na

___________________ de cada mês, uma só vez.

II - Extraordinariamente, quando convocado pelo

Presidente ou pela maioria dos seus membros:

Art. 5º - As Sessões Plenárias serão abertas com a

presença de, no mínimo, _________ conselheiros,

exigindo-se maioria de voto dos presentes para

aprovação das deliberações.

Art. 6º - Havendo número legal é declarada aberta a

sessão, os trabalhos obedecerão à seguinte ordem:

I - Apreciação e aprovação da ata da sessão

anterior, que será lida, se não tiver sido distribuída

com quarenta e oito (48) horas de antecedência.

II - Expediente, que compreenderá:

a) Comunicações da Presidência.

b) Leitura ou comunicação resumida da

correspondência recebida ou expedida.

c) Comunicações, registros e apresentação

de propostas por parte dos Conselheiros, o

qual terá o uso da palavra, uma única vez,

III - Ordem do dia, com a seguinte sequência:

a) Deliberação para constituição de

Comissões Especiais que emitirão pareceres

sobre propostas já apresentadas;

b) Aprovação do cadastramento de

entidade de defesa ou de atendimento aos

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direitos das pessoas idosas, já requeridos e

colocados em pauta;

c) O que ocorrer.

Art. 7º - Salvo disposição especial, nas deliberações será

observado:

I - O relator do processo procederá à leitura do

parecer.

II - Será dispensada a leitura do parecer, cujas

cópias tenham sido distribuídas.

III - Durante a discussão, o relator ausente será

substituído por um membro do Conselho.

IV - Relatado o processo será iniciada a discussão,

facultando-se a palavra a cada um dos

Conselheiros, sempre por dez (10) minutos.

V - Poderão ser convidados a comparecer à

reunião do Plenário, ou das comissões,

autoridades, técnicos ou servidores a fim de

prestar esclarecimento sobre a matéria em

discussão.

Art. 8º - Na discussão de qualquer matéria, poderão ser

apresentadas emendas substitutivas ou modificativas.

§ 1º - Na votação, as emendas terão

preferência sobre a proposição a que se referiram.

§ 2º - A matéria com discussão adiada terá

preferência a qualquer outra, salvo

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decisão em contrário da maioria dos

Conselheiros presentes.

Art. 9º - Antes de iniciar-se a votação, qualquer

Conselheiro poderá até a sessão seguinte, pedir vista,

que só será indeferida se, a juízo do Plenário, de demora

resultar a ineficácia da deliberação.

Art. 10 - As questões de ordem poderão ser levantadas a

qualquer tempo.

§ 1º - O Presidente, antes de conceder a

palavra para formação, solicitará ao

Conselho que indique o dispositivo legal

ou regimental em que se apoia, e cortará

a palavra do orador ao verificar o

descabimento da questão.

§ 2º - A questão de ordem deverá ser argüida

e fundamentada em dois (2) minutos.

§ 3º - Devolver-se-á, ao Conselheiro, o tempo

consumido pela questão de ordem.

Art. 11 - Das decisões do Presidente, na Direção dos

trabalhos, caberá recursos para o Plenário.

SEÇÃO II

DA PRESIDÊNCIA

Art. 12 - A Presidência, órgão diretor do Conselho, será

exercida pelo Presidente, ou, nas suas faltas e

impedimentos, pelo Vice-Presidente.

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Parágrafo Único - Na ausência do Presidente e do Vice-

Presidente assumirá a Presidência o (a) Conselheiro (a)

mais idoso (a).

Art. 13 - O Presidente e o Vice-Presidente serão eleitos de

conformidade com o que dispõe o Art. ------- da Lei N.º --

--------, considerando-se empossados na mesma sessão

em que se realizar a eleição.

§ 1º - Se não for constatada a maioria absoluta ou

ocorrendo empate na votação em primeiro

escrutínio, proceder-se-á a nova votação entre os

dois mais votados para cada cargo.

§ 2º - Verificando-se a vacância da Presidência

e/ou da Vice-Presidência, haverá eleições do

respectivo substituto para completar o mandato,

obedecendo a alternância do cargo e mandato.

Art. 14 - Compete ao Presidente, conferidas por Lei:

I - representar o Conselho em juízo e fora dele,

podendo delegar representações;

II - presidir as sessões plenárias;

III - dar posse aos Conselheiros e aos suplentes;

IV - convocar sessões extraordinárias;

V - exercer o direito de voto, inclusive o de

qualidade nos casos de empate;

VI - dirigir as discussões e coordenar os debates;

VII - autorizar as despesas próprias do Conselho;

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VIII - solicitar serviços públicos a serem colocados à

disposição do Conselho;

IX - baixar resoluções com base em deliberação

do Conselho;

X - apresentar ao Conselho a proposta

orçamentária para o exercício financeiro

subsequente;

XI - apresentar na primeira sessão ordinária do

exercício subsequente, o Relatório Anual das

Atividades do Conselho;

XII - assinar a correspondência oficial e baixar

portarias e outros atos necessários à organização e

execução administrativa interna; e

XIII - deliberar sobre os casos omissos no

Regimento, “ad referendum” do Plenário.

Art. 15 - Compete ao Vice – Presidente, além de

substituir o Presidente, auxiliar este no desempenho de

suas atribuições.

SEÇÃO III

DAS COMISSÕES

Art. 16 - Funcionarão no Conselho, Comissões Especiais,

de natureza permanente ou temporária.

§ 1º - A Presidência da Comissão e demais

membros serão designados pelo Presidente do

Conselho, mediante indicação no Plenário.

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Art. 17 - As Comissões Especiais serão organizadas por

deliberação do Plenário.

§ 1º - Cada Comissão será constituída de três (3)

ou cinco (5) membros, podendo ser assessorada

por pessoas de reconhecido saber e experiência

na matéria a que se destina.

§ 2º - As Comissões Especiais de caráter temporário

dissolvem-se, automaticamente, com a votação

do seu parecer ao trabalho para o qual foi

constituída.

Art. 18 - As Comissões Especiais Permanentes, são em

número de quatro (4).

Art. 19 - Compete à Comissão de Legislação e

Normas:

I - Estabelecer prioridade de atuação e critérios

para a utilização dos recursos, programas e ações

de assistência a pessoa idosa;

II - Oferecer subsídio ou fazer proposições ao

Governo objetivando aperfeiçoar a legislação

pertinente à política de atendimento aos direitos

da pessoa idosa;

III - Elaborar critérios para o cadastramento de

entidades de defesa ou atendimento aos direitos

da pessoa idosa;

IV - Acompanhar e avaliar a proposta

orçamentária do Município, no que se refere ao

atendimento dos direitos da pessoa idosa,

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sugerindo modificações necessárias à consecução

da respectiva política.

V - Elaborar legislação específica sobre a criação

do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa.

Art. 20 - Compete a Comissão de Supervisão e

Assessoramento Técnico:

I - Controlar e fiscalizar a execução da política de

promoção, proteção dos direitos da pessoa idosa;

II - Fiscalizar a utilização dos recursos nos

programas e ações de assistência a pessoa idosa,

no âmbito governamental e não-governamental,

visando a adequada utilização dos recursos

concedidos;

III - Analisar e aprovar, de acordo com os critérios

estabelecidos, o cadastramento de entidades de

defesa, ou atendimento aos direitos da pessoa

idosa, resguardando a aprovação final para a

Presidência do Conselho.

Art. 21 - Compete à Comissão de Municipalização:

I - Zelar pela efetiva descentralização política-

administrativa e pela participação popular, por

meio de organizações representativas, nos planos

e programas de atendimento dos direitos da

pessoa idosa;

II - Propiciar apoio técnico, órgãos Municipais e

Entidades Não-Governamentais, no sentido de

tornar efetivos os princípios, as diretrizes e os

direitos.

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III – Propiciar Criação de conselhos

Art. 22 - Compete à Comissão de Mobilização e

Divulgação:

I - Promover campanha de formação da opinião

pública sobre os direitos assegurados a pessoa

idosa;

II - Incentivar e apoiar a realização de eventos,

estudos e pesquisas no campo de promoção,

proteção e defesa da pessoa idosa;

III - Elaborar o material de divulgação a ser

veiculado nos meios de comunicação, com

finalidade de divulgar o trabalho realizado com a

pessoa idosa;

SEÇÃO IV

DA SECRETARIA EXECUTIVA

Art. 23 - A Secretaria Executiva, órgão executivo do

Conselho, diretamente subordinada à Presidência,

compete à coordenação dos serviços administrativos do

colegiado.

Parágrafo Único - O cargo de Secretário Executivo será

exercido por pessoa que tenha concluído o curso

superior.

Art. 24 - Os serviços administrativos pertinentes à

Secretaria Executiva serão executados por funcionários

públicos postos à disposição do Conselho.

Art. 25 - Compete à Secretaria Executiva:

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I - Planejar, organizar e fazer executar as atividades

administrativas do Conselho e suas Comissões;

II - Determinar providências para a plena

instalação e realização das sessões do Conselho,

submetendo a respectiva pauta à aprovação da

Presidência;

III - Elaborar instruções para o desenvolvimento dos

trabalhos administrativos afetos à Secretaria

Executiva;

IV - Despachar com o Presidente do Conselho,

dando-lhe conhecimento dos trabalhos e

providências administrativas;

V - Comparecer às reuniões plenárias e lavrar as

respectivas atas;

VI - Proceder à devolução de documentos e

passar certidões visadas pelo Presidente;

VII - Elaborar a proposta orçamentária anual do

Conselho;

VIII - Apresentar, anualmente, ao Presidente o

relatório com os dados referentes ao

funcionamento dos serviços administrativos;

IX - Fazer a prestação de contas nos prazos fixados

e manter em dia o controle da despesa;

X - Preparar a correspondência oficial, o

expediente e outros.

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CAPÍTULO IV

DOS CONSELHEIROS

Art. 26 - O desempenho da função de membro do

Conselho Municipal de Defesa dos Direitos a Pessoa

Idosa será considerado como relevante serviço prestado

ao Município e não terá qualquer tipo de remuneração.

Parágrafo Único - Os funcionários públicos municipais

que exercem as funções de Conselheiros terão

abonadas as suas faltas durante o período das reuniões

e a serviço do Conselho.

Art. 27 - Publicado o ato para o exercício do mandato

de membro do Conselho Municipal de Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa, o Conselheiro tomará posse no

prazo de trinta (30) dias, em Sessão Plenária ou perante

o Presidente do Conselho, entrando em exercício

imediato do respectivo mandato.

Parágrafo Único - Os suplentes nomeados tomarão posse

perante o Presidente do Conselho, e serão substitutos

imediatos dos seus titulares nas suas ausências e

impedimentos inclusive nas Comissões.

Art. 28 - Os Conselheiros titulares e os suplentes

representantes dos órgãos e entidades governamentais

serão nomeados para um mandato que não poderá ser

superior a quatro (4) anos consecutivos, podendo, no

entanto, ser destituídos a qualquer tempo.

Art. 29 - Os Conselheiros titulares e suplentes

representantes das entidades não-governamentais serão

nomeados para um mandato que não poderá ser

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superior a dois (2) anos, permitida uma recondução por

igual período.

Art. 30 - O Conselho poderá conceder licença, até o

prazo de noventa (90) dias prorrogável por igual período,

ao Conselheiro que a requerer.

§ 1º - A licença a que se refere este artigo, não

poderá ser concedida por prazo superior a cento

e oitenta (180) dias durante o mandato, salvo

afastamento para fins de estudo fora do Estado,

quando poderá ser prorrogado por mais cento e

oitenta (180) dias.

§ 2º - As licenças até trinta (30) dias serão

concedidas pelo Presidente do Conselho.

§ 3º - É permitido ao Conselheiro desistir da licença

em qualquer tempo, devendo comunicar o fato

ao Presidente do Conselho ou à Secretaria

Executiva, com antecedência mínima de

quarenta e oito (48) horas da sessão em que for

reassumir as atividades.

Art. 31 - Perderá o mandato o Conselheiro que, sem

motivo justificado, ausentar-se por mais de três (03)

reuniões consecutivas ou seis (06) intercaladas durante o

ano civil.

CAPÍTULO V

DO CADASTRAMENTO DE ENTIDADES DE DEFESA

OU DE ATENDIMENTO A PESSOA IDOSA

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Art. 32 - A Secretaria Executiva manterá um livro de

protocolo e um de registro, destinados a protocolar os

pedidos de cadastramento e a registrar os atos

constituídos.

Art. 33 - O pedido de cadastramento será feito por

escrito ao Presidente do Conselho, devidamente

acompanhado de, todo instrumento legal, administrativo

e técnico.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34 - O presente Regimento poderá ser alterado no

todo ou em parte, à qualquer tempo, por proposição da

Presidência e acato da maioria absoluta, ou por

requerimento de 2/3 dos demais participantes do

Conselho, presentes a reunião em que for efetivada a

proposta de alteração.

Art. 35 - Este Regimento entrará em vigor no dia seguinte

à sua aprovação.

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8. SUGESTÃO DE COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO NO

CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA

PESSOA IDOSA

(O CONSELHO DEVERÁ INSERIR A SUA LOGOMARCA

NA PARTE SUPERIOR DA FOLHA)

SECRETARIA MUNICIPAL DE AÇÃO SOCIAL

CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA

PESSOA IDOSA

COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO NO CONSELHO

N.º _______ Ano: ______

Entidade: _________________________________________________________

Endereço:_________________________________________________________

Município: _____________________________________________ Estado: ES

Responsável: ______________________________ Função: ______________

Declaro que a entidade acima citada foi

cadastrada no Conselho Municipal de Defesa dos Direitos

da Pessoa Idosa, sob o nº............

VITÓRIA, ________________________

________________________________

Presidente

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9. SUGESTÃO DE CADASTRO DE ORGANIZAÇÕES DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL À PESSOA IDOSA NO MUNICÍPIO

(O CONSELHO DEVERÁ INSERIR A SUA LOGOMARCA NA PARTE

SUPERIOR DA FOLHA)

CADASTRO DE ORGANIZAÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL A PESSOA

IDOSA

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_______________________ ______ de ______ de_________

ASSINATURA