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Edição 13 | Ano 3 | Dezembro/2015

Direção geral: Sérgio FernandesCoordenação editorial: Luiz Guilherme Martins

Consultor Eclesiástico: Pe. José Alem Revisão: Marcus Facciollo

Projeto gráfico: Agência Minha ParóquiaDiagramação: Renan Trevisan

Assistente de arte: João Vitor Pereira FaustinoDesenvolvimento Web: Matheus Moreira

Atendimento: Bárbara SilvaComercial: Adriana Franco

Projetos: Elen Bechelli de OliveiraBanco de imagens: Shutterstock

A revista digital Sou Catequista é uma publicação da agência Minha Paróquia, disponível gratuitamente para smartphones

e tablets nas plataformas IOS e Android. Os conteúdos publicados são de responsabilidade de seus autores e não

expressam necessariamente a visão da agência Minha Paróquia. É permitida a reprodução dos mesmos desde que citada a fonte. O conteúdo dos anúncios é de total

responsabilidade dos anunciantes.

facebook.com/soucatequistawww.soucatequista.com.br

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós. (Jo 8, 32).

Catequista, leitor(a), seja mais que bem-vindo à 13ª edição da revista Sou Catequista!

Este número, que compreende os meses de novembro e dezembro, podendo ser considerado o último de 2015, quer ser companhia e luz para todos os mensageiros do Evangelho em uma das épocas mais importantes do ano para nós, católicos: a da celebração do Advento e do Natal de Jesus Cristo.

Nesta edição você entenderá por que se faz urgente que os cristãos do mundo inteiro tomem cuidado com as armadilhas distribuídas pelo mundo para ocultar o verdadeiro significado natalino: o nascimento do Salvador.

Também terá a oportunidade de ler mensagens como a do Papa Francisco para o Natal, preparando seu espírito e sua fé para celebrar de maneira ímpar a chegada do Filho de Deus, que quer estar conosco todos os dias, iluminando nosso caminho e guiando nossos passos.

Em nome de toda a equipe da revista Sou Catequista, espero que Jesus seja uma presença constante em sua vida, abençoando você e toda a sua família rumo a uma conduta pacífica, fraterna e combatente no que tange as injustiças deste mundo.

Tenha uma ótima leitura e até a próxima edição! ;)

Luiz Guilherme Martins, Coordenador editorial

Editorial

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NESTA EDIÇÃOPARA LER A REVISTA, DESLIZE PARA AS

PRÓXIMAS PÁGINAS OU TOQUE NOS ITENS DO ÍNDICE.

308

18

28

4626

10

42

52

54

44

NOSSOS LEITORES

VOZ DA IGREJA

CARTINHAS MISSIONÁRIAS

BIOMETRIA

CATECINEUM FURACÃO DE ENCONTRO AO OUTRO

DICAS DE LEITURA

O CATECISMO RESPONDE

MENSAGEMDO PAPA

DICA DE APP

Jin Hee Kim e Ângela Rocha

Erivandra Marques

Márcio Oliveira Elias

DE CATEQUISTA PARA CATEQUISTA

TEATRO

ATUALIDADE

MATÉRIA DE CAPA

O NATAL NOSSO DE CADA DIA

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curta a nossa fanpage e divulgue este trabalho ao máximo de

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Nossa equipe tem se dedicado bastante para trazer de presente a você uma revista tão caprichada.

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A revista Sou Catequista é ótima! Auxilia o catequista

com testemunhos abençoados!

Douglas Monteiro

O material Sou Catequista me ajuda muito na catequese!

Apesar de ser gratuito, o trabalho desenvolvido é

excelente!Gisele Gatti

As edições estão cada vez mais bonitas e interativas. Deus abençoe a todos que fazem parte desse projeto!

Rômulo Gonçalves

A revista tem compromisso com o bom conteúdo.

O download do app é recomendadíssimo!

Emanuel

Todo católico deveria ler. Ótima revista!

Janete Letícia

No ambiente católico, um projeto inovador e que merece

ser compartilhado.Paolo Henrique Cruz

8NOSSOS LEITORES

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Só posso agradecer os desenvolvedores e colaboradores do aplicativo e da revista. Deus abençoe ricamente a vida de vocês! Conteúdo muito bom, interativo e bonito, produzido com muito amor!Aline Santana

Sou muito ativa em minha comunidade, em tudo que posso ajudar. Quero agradecer a oportunidade que vocês me deram, com esse site e revista, a aprimorar meus conhecimentos sobre tudo que envolve catequese. Vou fazer com que, o que eu aprendo aqui com vocês, seja passado a outras pessoas e principalmente, ao meus catequizandos. Quero agradecer mais uma vez, e dizer que estou ansiosa pela proxima edição.Karine Fonseca

NOSSOS NÚMEROS

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10VOZ DA IGREJA

Milagres Existempor Padre João Carlos Almeida, SCJ

No dia 24 de maio de 2013 o Papa Francisco escreveu no Twitter:

Os milagres existem, mas é necessária a oração! Uma oração corajosa que luta e que persevera; não uma oração de circunstância.

A frase é breve e provocante. Inicia com uma profissão de fé no Deus que continua fazendo milagres. Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre. Para aqueles que transformaram o jovem de Nazaré em uma lenda presa ao passado ou num ícone que decora as paredes de uma igreja o Papa recorda que curas, milagres e prodígios continuam acontecendo. Quando perguntaram a Jesus se ele era o messias que deveria vir a este mundo, Ele simplesmente respondeu: “os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, o Evangelho é anunciado aos pobres”

(Mt 11,5). Os milagres atestam a presença de Deus em seus

gestos e palavras.

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Porém a frase do Papa não estaciona no tremendo e fascinante mundo dos milagres. No meio da frase existe um “mas”. Francisco lembra que é necessário esperar a solução do céu em oração. Rezar já é uma forma de ação. Deus espera de nós que façamos a nossa parte. Rezar é abrir o coração para receber o milagre que Deus tem preparado para cada dia. O próprio Jesus ensinou esta dinâmica da espera ativa quando disse: “Pedi e recebereis, batei e será aberto, buscai e achareis”. (Mt 7,7)

A oração é o canteiro fecundo para receber a ajuda do alto. Pode ser oração de louvor, de clamor, de súplica, de ação de graças. O importante é rezar. Não basta falar sobre Deus. É preciso falar com Deus, ainda que só tenhamos reclamações e lágrimas. Ele sempre está disposto a nos escutar. A oração não é somente importante. Ela é necessária, diz o Papa. Mas se lembre que não somos nós que rezamos. Rezar é deixar que o Espírito Santo atue em nós a voz do Filho que clama “Abba, Pai” (Gl 4,6). Portanto, a própria oração já é um milagre. É Jesus rezando por meio da nossa voz.

O Papa Francisco ainda deu três características desta oração cristã:

1) Oração corajosa: rezamos a nossa realidade. Falamos para Deus que estamos vivendo naquele momento, sem rodeios. Rezar é abrir o coração e não apenas repetir fórmulas decoradas. Às vezes a melhor oração é contemplar silenciosamente o sacrário e não dizer nada. Deus entenderá o nosso olhar.

2) Oração comprometida: a prece nasce da vida e volta para ela sob a forma de compromisso com os irmãos. Quem reza de verdade vê o céu e quer que ele aconteça todos os dias na vida de alguém. Não se conforma que na terra haja tantos infernos. Rezar nos leva a uma santa indignação que move para a transformação da realidade. Se não acontecer isso a oração é alienada e serve apenas como remédio para nossas dores de cabeça. É um analgésico que não tem nada a ver com aquilo que ensinou Jesus.

3) Oração perseverante: não rezamos somente quando “a coisa aperta”. É preciso “rezar sem cessar” ou “em todas as circunstâncias”, como ensinava o apóstolo Paulo e não apenas em certas circunstâncias, como adverte Francisco. A oração deve se tornar um hábito que perpassa todo o nosso dia. Acordamos e fazemos o sinal da cruz. Elevamos um pensamento a Deus. Quem sabe você possa até mesmo ler o evangelho do dia e meditar alguns minutos. Assim a oração invadirá toda a sua existência. E ao deitar, eleve seu último pensamento ao Criador agradecendo pelo milagre de mais um dia!

A oração é o canteiro fecundo para receber a ajuda do alto. Pode ser oração de louvor,

de clamor, de súplica, de ação de graças. O importante é rezar.

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Uma luz em nosso caminho

por Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro

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D entro do tempo do Natal, uma bela festa que em outras culturas é celebrada com muita solenidade é a Epifania do Senhor. É festa da universalidade da salvação. Jesus nasceu para todos! O nome Jesus significa “Deus salva”. O menino nascido da Virgem

Maria é chamado “Jesus”, “porque salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1, 21); não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos”(At 4,12).

A Solenidade da Epifania é mistério de luz, indicada pela estrela que guiou a viagem dos Magos. Mas a verdadeira fonte luminosa, “que das alturas nos visita como sol nascente” (Lc 1,78), é Cristo. No mistério do Natal, a luz de Cristo irradia-se sobre a terra. Ele é a luz do mundo!

A Virgem Maria e José são iluminados pela presença divina do Menino Jesus. A luz do Redentor manifesta-se depois aos pastores de Belém, os quais, avisados pelo anjo, vão imediatamente à gruta e nela encontram o “sinal” que lhes fora preanunciado: um menino envolvido em panos e colocado numa manjedoura (cf. Lc 2,12).

Os pastores, juntamente com Maria e José, representam aquele “resto de Israel”, os pobres, aos quais é anunciada a Boa Nova. O esplendor de Cristo, por fim, atinge os Magos, que constituem as primícias dos povos pagãos. Permanecem na penumbra os palácios do poder de Jerusalém, onde a notícia do nascimento do Messias é levada paradoxalmente pelos Magos, e não suscita alegria, mas temor e reações hostis. Misterioso desígnio divino: “a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3, 1).

Anunciar e manifestar Cristo ao mundo é o grande desafio para todos os batizados. Muitos ainda não conheceram a Cristo e a milhares de milhares Cristo ainda não foi manifestado. Assim como somos guiados pela luz de uma estrela que Deus coloca em nosso caminho, também somos chamados a refletir esta luz para tantos irmãos e irmãs que necessitam ter suas vidas iluminadas.

Celebramos, assim, a manifestação de Cristo aos Magos, acontecimento a que Mateus dá grande relevo (cf. Mt 2, 1-12). O Evangelista São Mateus narra no seu Evangelho que alguns “Magos” chegaram a Jerusalém guiados por uma “estrela”.

O Rei Herodes permaneceu muito perturbado com a notícia e concebeu o trágico desígnio do “massacre dos inocentes” para eliminar o rival acabado de nascer.

Os Magos, ao contrário, confiaram nas Sagradas Escrituras, sobretudo na Profecia de Miquéias, segundo a qual o Messias teria nascido em Belém, a cidade de David, situada a cerca de dez quilômetros ao sul de Jerusalém (cf. Mq 5, 1). Tendo partido naquela direção, viram de novo a estrela e, cheios de alegria, seguiram-na até quando ela parou sobre uma cabana.

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Entraram e encontraram o Menino com Maria; prostraram-se diante d’Ele e, como homenagem à sua dignidade real, ofereceram-lhe ouro, incenso e mirra.

Esta narrativa real da Epifania é magnificamente importante porque neste fato é anunciado o chamado a todos os povos à fé em Cristo, segundo a promessa feita por Deus a Abraão, sobre a qual se refere o Livro do Gênesis: “Todas as famílias da Terra serão em ti abençoadas” (Gn 12, 3).

Portanto, se Maria, José e os pastores de Belém representam o povo de Israel que acolheu o Senhor, os Magos são as primícias das Nações, chamadas também elas a fazer parte da Igreja, novo povo de Deus, baseado unicamente na fé comum em Jesus, Filho de Deus. A Epifania de Cristo é ao mesmo tempo Epifania da Igreja, isto é, manifestação da sua vocação e missão universal, ou seja, católica.

A festa da Epifania nos convida a seguir o exemplo dos reis Magos, que, guiados pela estrela, seguiram à procura do Menino, Salvador da humanidade. Agora, Este mesmo Jesus está se revelando para cada um de nós.

O poder e a realeza de Deus estavam presentes no mundo através de uma criança aparentemente frágil, porém toda poderosa. E os reis Magos sabiam disso.

Hoje nós somos convidados a oferecer o que temos de mais precioso: a nossa fé para que Cristo seja testemunhado, vivido e manifestado ao mundo. Não tenhamos medo de abrir nossos corações para Cristo. Sejamos, portanto, discípulos-missionários a testemunhar Jesus Cristo, com a vida e nossa ação pastoral, no mundo em que vivemos.

A Solenidade da Epifania é mistério

de luz, indicada pela estrela que guiou a viagem dos Magos. Mas a verdadeira

fonte luminosa, “que das alturas nos visita como sol nascente” (Lc 1,78), é Cristo.

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Na última edição do Desafio Sou Catequista, a editora Ave-Maria, em parceria com a gente, sorteou o livro “Deus não se cansa de perdoar”, escrito por Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco.

Desta vez, o ganhador será premiado com os três primeiros tempos da coleção Sementes, “uma catequese completa para a experiência do encontro com Cristo”!

Para receber os produtos em casa, você precisará responder a questão-chave deste desafio: de que maneira devemos viver e celebrar o Advento e o Natal de Jesus Cristo?

A sua resposta deve ser publicada como comentário dentro da página de promoção do desafio, disponível em nosso site oficial (goo.gl/NB5URG), lembrando que os textos escritos em nossa página no Facebook serão invalidados.

Nossa equipe de conteúdo analisará todas as respostas e o resultado será anunciado no dia 10/1, através do Facebook, estando disponível também no site. Portanto, fique atento à data, capriche e, é claro, que Deus te abençoe!

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Cartinhas Missionárias

18DE CATEQUISTA PARA CATEQUISTA

Conheça

o projeto

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E u sou Jin Hee Kim, catequista na Paróquia São Judas Tadeu, Região Belém, e do

Setor Tatuapé, na Arquidiocese de São Paulo, capital. Sou catequista há três anos e o Projeto Cartinhas Missionárias veio para mim por meio do grupo Catequistas em Formação, há dois anos.

Uma ideia inspiradora que nos dá uma dimensão do que é ser discípulo e missionário na Igreja! Trata-se da troca de cartinhas entre catequizandos de várias partes do país para comemorar a vida missionária.

E são literalmente cartas, daquelas escritas a mão e enviadas pelo correio!

somosdiscípulosmissionários

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O projeto funciona assim: o Grupo Catequistas em Formação possui quase dois mil catequistas cadastrados (espalhados por paróquias de todo país e até do exterior), reunidos num grupo do Facebook. Então, mais ou menos no mês de julho, lança-se um convite aos catequistas para participar e se cadastrar no projeto, informando, entre outras coisas, quantidade de catequizandos, faixa etária e etapa da catequese (Crisma, Perseverança, Eucaristia).

E a agitação é grande! As crianças escrevem suas cartinhas e aguardam ansiosamente as respostas.

Esses catequistas são reunidos num grupo à parte, chamado de Cartinhas Missionárias, onde conversam, trocam dados de seus catequizandos e turmas e notícias das cartas ao longo do projeto, que vai, normalmente, de julho a novembro.

A administração do grupo separa os catequistas por equipes de duas ou até três turmas, tentando deixar as crianças da mesma faixa etária e etapa num mesmo grupo. Assim, uma catequista de Eucaristia do Paraná, por exemplo, pode incentivar seus catequizandos a escrever para crianças de Minas Gerais, de outra catequista também cadastrada.

Toque aqui para acessar o blogCatequistas em Formação

As crianças escrevem as cartas durante os encontros catequéticos, com o tema “ser missionário” ou outro pertinente, que fale da missão de alcançar as pessoas, mesmo estando longe de nós, em outra cidade, Estado e até país.

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As cartas são reunidas e enviadas, todas juntas, para o endereço da outra catequista, que se encarrega de entregá-las e publicar as respostas.

Normalmente há um sorteio para ver quem vai escrever primeiro e quem vai responder. Os catequizandos ficam tão animados que até pedem para continuarem trocando correspondências!

Este ano fiquei a cargo de organizar as equipes para a troca de cartas. Não tendo a mínima experiência em coordenar um grupo, achei difícil lidar com todas as informações no começo. Separar os catequistas que tivessem as mesmas afinidades de turmas não foi fácil!

Mas, como sempre temos anjos na nossa vida, as administradoras do grupo estavam sempre por perto para me auxiliar.

é oiníciode grandesamizades!

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Para entender melhor a dimensão deste projeto, vou lhe passar alguns números:

Os números impressionam, mas o mais divertido é a animação que tomou conta de cada pessoa que participou, esse alvoroço que nos faz querer mais um pouquinho.

1 2 34CLIQUE NOS NÚMEROS

PARA VER OS DADOS DO PROJETO

SUCESSO!

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Amei estar à frente da coordenação do projeto neste ano, porque vi em cada carta o amor.

O amor que Jesus tanto difundiu e nos pediu para espalhar!

CLIQUE NO BALÃO LARANJA PARA VER MAIS FOTOS

Catequista da 1ª Eucaristia da Paróquia São Judas Tadeu,

São Paulo-SP

Catequista idealizadora do projeto.

Jin Hee Kim

Ângela Rocha

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Um furacão de encontro

ao outroComo o Patrícia se dissipou

em questão de horas sem levar uma vida sequer, no México?

Texto: AleteiaRevisão: Revista Sou Catequista

26ATUALIDADE

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M onstruoso, catastrófico, o pior da história do planeta. Essa foi a descrição do furacão Patrícia enquanto ele se dirigia à costa mexicana do Pacífico. E não eram ignorantes alarmistas que diziam, mas os maiores especialistas do assunto

no mundo inteiro, os funcionários do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos e os da Organização Meteorológica Mundial.

De fato, segundo a escala Saffir-Simpson, a capacidade máxima de destruição de um furacão é atingida quando o fenômeno alcança a categoria 5, que prevê ventos superiores a 240 quilômetros por hora e potencial para arrancar árvores inteiras, despedaçar casas e fazer veículos voarem.

Os ventos do Patrícia ultrapassavam os 300 quilômetros por hora e suas rajadas iam além dos 400!

Se existisse uma categoria 6, o furacão que atingiu os mexicanos possivelmente seria enquadrado nela. A única comparação que pode ser feita é entre ele e o tufão Haiyan, que matou mais de 6 mil pessoas nas Filipinas, em 2013.

A proximidade desse monstro fez o México se preparar para o pior, acionando todos os protocolos de emergência e atraindo os olhares do mundo inteiro para os meios de comunicação, a fim de acompanhar o avanço intimidador de um fenômeno meteorológico descomunal.

Mas muita gente não se limitou à observação: foi impressionante a rapidez com que se multiplicaram pelas redes sociais as mensagens de solidariedade e as ofertas e pedidos de oração pelo México – e não só em páginas católicas mexicanas e internacionais, mas em muitas páginas laicas e de outras crenças que até publicavam orações especialmente escritas para suplicar a poderosa intervenção de Deus e a intercessão de Santa Maria de Guadalupe.

Foi um furacão de orações ainda mais intenso que o histórico Patrícia! Um furacão ouvido por Deus.

O Patrícia foi desviado o suficiente para não atingir nenhuma região densamente povoada e topou com montanhas que o enfraqueceram até tirar dele todo o inédito potencial destruidor.

Na véspera de sua chegada ao México, os especialistas se declararam muito surpresos pelo fato de o fenômeno natural ter alcançado em questão de poucas horas a categoria 5. Depois, se declararam ainda mais espantados ao ver que, em menos tempo ainda, o furacão mais terrível de todos os tempos havia deixado a categoria 5, tornando-se “apenas” uma tempestade tropical.

Foi, sim, como se uma mão invisível tivesse freado os efeitos sem precedentes que estavam prestes a atingir o México. Uma mão que dissipou o furacão Patrícia sem que ele pudesse cessar uma vida sequer.

Recordamos o que Deus disse ao mar: “Chegarás até aqui e não mais. Aqui se romperá o orgulho das tuas ondas!” (Jó 38, 11).

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por Erivandra Marques

“Porque nunca conseguiremos medir o amor exclusivo que Deus tem por cada um nós”

Toque aqui para ler a peça “Biometria”

BIOMETRIA

28TEATRO

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A partir deste último mês missionário, Deus nos deu a oportunidade de apresentar a pequena peça Biometria. É a breve história do desafio de Lucinha: convencer sua amiga

Eugênia e os demais de que ninguém reencarna. Também é missão de cada católico denunciar o engano em que caem tantos cristãos ao pensar que é possível ser católico e espírita.

A morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo são marcos definidores da nossa fé, que professa:

Ao contrário do que muitas novelas televisivas da atualidade insistem em pregar, não daria para viver eternamente unido a Deus se fosse necessário “viver novas vidas em outros corpos”.

É como se Deus tivesse limitação em Sua capacidade criadora ou tivesse Se aposentado, por exemplo. Acreditar em reencarnação é absolutamente absurdo para os que conhecem Jesus Cristo, que jamais seria apenas “um espírito iluminado”, mas é o próprio Deus com o Pai e o Espírito Santo.

Tenhamos na vida real a mesma coragem de Lucinha para denunciar as obras das trevas que querem se expandir, desde as festas de Halloween, publicação de horóscopos e outras práticas estranhas ao Evangelho, mesmo que sejamos os únicos a crer nisso no meio em que vivemos!

É o Espírito Santo quem opera as conversões, a partir da nossa disponibilidade profética que deve sempre insistir: Deus é poderoso para criar tudo do nada e nos ama de forma singular. Por isso, mesmo que alguém tenha seu nome e sobrenome, ou até mesmo um rosto idêntico ao seu, não será você!

(...) creio na ressurreição da carne e na vida eterna, amém!

Toque paraampliar!

Catequista de Primeira Comunhão Paróquia Senhor do Bonfim - Maceió, AL

Erivandra Marques

“Pois Deus só usa uma forma por vez...”

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30MATÉRIA DE CAPA

O cristão precisa assumir uma postura contrária à interpretação midiática do nascimento de Jesus

por Márcio Oliveira Elias

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As comemorações natalinas estão começando a acontecer e é perceptível a constatação de que se trata de uma tradição cultural orgânica, que ultrapassa as barreiras ideológicas, pois a sua celebração acontece entre católicos, protestantes, evangélicos, espíritas, bem como por outras matizes doutrinárias que não estão filiadas à religiosidade cristã. Mesmo em países de religião predominantemente não cristã celebra-se a festa de Natal, a exemplo de nações árabes e asiáticas.

Nessa primeira perspectiva que abordamos nos referenciamos à festividade comum estendida pelo mundo, numa época de enfeites nas portas das casas, nos prédios, nas ruas e nos ambientes comerciais. Decorações nas cidades com bolas coloridas, árvores de tons e cores variadas, em que a expectativa da ceia nas famílias mais afortunadas se revela no cardápio calórico de perus recheados, leitões assados, muitas castanhas, passas, nozes, que são inundadas pela mais variada carta de vinhos, champanhes, etc. Mas mesmo em residências mais humildes não falta um vistoso franguinho na farofa, adornado com salpicão de arroz e sidra.

Toque e veja alguns exemplos de enfeites de Natal espalhados

pelo mundo.

Ao redor da mesa festiva acontece a tão esperada troca de presentes, que muitas vezes extrapola o orçamento e gera dívidas que serão pagas em suaves prestações no decorrer do ano vindouro. Afinal de contas, dar e receber presentes é quase uma obrigação nesse tempo idílico, mesmo quando não se pode adquiri-los para si mesmo. Para os pobres e miseráveis é um tempo de tentação, pois se veem rodeados das imagens de produtos e guloseimas variadas, expostos dia e noite nas vitrines e mídias, porém, inalcançáveis ao bolso. Mas, certamente, as esmolas expiatórias também aumentam nesse período, pois é o tempo de Natal, quando se deve ser bonzinho, esquecendo as dificuldades e os problemas, alegrando-nos com a família e os amigos, desejando um incessante jargão de boas festas.

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As cores, os papais noéis, as renas, a neve, os pinheiros, todo esse manancial de figuras inunda os shoppings, as casas e as ruas das cidades. Contudo, os símbolos cristãos da festa estão sendo cada vez mais afastados, ou simplesmente estão sendo abandonados por nós, católicos. Com o fenômeno de laicização do Natal, a sua celebração está perdendo o aspecto religioso e assumindo outros papéis dentro da sociedade moderna e da nossa própria espiritualidade.

Interessante notar que no ambiente natalino contemporâneo, notadamente nos shoppings e centros comerciais, os temas de decoração são os mais diversificados: desde a tradicional “Terra de Papai Noel”, passando pelo “Reino Encantado da Barbie”, pelo confronto “Batman vs. Superman”, até chegar ao cosmológico de “Star Wars, o Despertar da Força”. Há uma profusão de ursos polares, renas, duendes, príncipes, princesas, vilões mascarados, alienígenas e naves intergalácticas e nós cristãos nem notamos a ausência do casal José e Maria, do Anjo, dos Reis Magos, das ovelhas, de bois e vacas; não encontramos a manjedoura. Enfim, nós não percebemos que nessas festividades natalinas não há Natal.

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A história nos orienta que, na Antiguidade, as festividades do final de ano não eram originalmente cristãs; contudo, a Revelação Messiânica trouxe à humanidade a comemoração cristã do Natal, acompanhada de toda a simbologia salvífica que a permeia e que pertence à nossa tradição religiosa. Em tempos de globalização, as mudanças culturais e o culto consumista levaram os símbolos natalinos cristãos a se perder, sendo substituídos por personalidades distantes da realidade mística do Advento, em que o fenômeno e o espírito do Natal não estão mais evidentes.

O Natal da pós-modernidade se revela uma verdadeira armadilha midiática, em que tudo conspira para que as pessoas sejam tomadas pelo “espírito natalino”, que se converte no desejo de um consumismo desenfreado, em que o ter se sobrepõe ao ser. Mesmo que não se queira participar dessa profusão consumista, a pessoa se vê obrigada a seguir o fluxo das multidões de pais e mães, que não desejam ver seus filhos traumatizados por não ganhar presentes do Papai Noel, que eles esperam ansiosamente debaixo daquela lapônica roupa vermelha, típica do inverno glacial escandinavo, em pleno verão tropical nativo.

A festa religiosa cristã mais importante se torna, assim, para um número cada vez maior de católicos ingênuos, uma celebração ao hedonismo capitalista, resumindo seus objetivos em gastar muito dinheiro, comer e beber desenfreadamente, contrariando o anúncio evangélico que proclama exatamente o oposto: a humildade e o comedimento. Imaginamos assim quando foi que o Menino-Deus, Jesus Cristo, deixou de ser protagonista de sua própria festa natalícia, substituído por um nórdico barbudo e seu séquito de renas, além de um esquadrão de heróis e heroínas das mais variadas matizes mercadológicas. Não se trata aqui de um desprezo às manifestações multiculturais, mas de resguardar o verdadeiro sentido místico do cristianismo a seus fiéis.

Mas, por outro lado, não podemos desconsiderar a conveniência dessa situação em diversas igrejas, pois o mundo financeiro nunca foi exatamente um incômodo para muitos líderes religiosos, tendo em vista que pode render polpudos donativos para as suas obras. Tampouco parece ser um obstáculo para um número significativo de fiéis, que gastam todas as suas economias se endividando nas compras natalinas, posteriormente engrossando o mutirão dos que procuram os padroeiros dos endividados, em busca de conforto para o bolso e não para a alma.

Para viver a completude do Natal em Jesus Cristo, nós católicos devemos sentir esse tempo em todos os tempos do nosso viver.

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É fácil a percepção de que há igrejas que se aproveitam da vertente consumista, ofertando aos crédulos a superação de suas dívidas e a prosperidade econômica, mediante uma barganha com seu Deus. Não lhes convêm abrir os olhos dos fiéis e proclamar que o Natal não é sinônimo de consumismo, pois logo adiante essa legião de endividados irá lotar seus templos para negociar suas dívidas, alavancando a arrecadação de ofertas e dízimos em troca da promessa de fartura e riqueza.

Seria também uma leviandade não reconhecer que há uma religiosidade viva e significativa do natalício cristão, mantida por fiéis comprometidos com os valores evangélicos e a proclamação do Reino da Vida. Apesar de ter se tornado uma festa comercial, existem as celebrações próprias nessa data e toda a diversidade de fiéis católicos as frequenta, pois o seu caráter religioso é mantido aquecido nessas comunidades, bravamente resistindo ao apelo midiático insurgente, com pessoas que frequentam a igreja e celebram o Natal como o nascimento do Menino-Deus, Jesus, o rosto humano do Eterno.

Em tempos “politicamente corretos”, teóricos da intelectualidade afirmam que essa expressão religiosa é cristã e do ponto de vista dos cristãos que a celebram como tal, portanto, não se pode obrigar as outras pessoas que não têm a mesma crença a aceitá-la desse modo. Para esses pensadores da pós-modernidade seria uma tentativa de impor uma verdade aos outros, tornando-se assim um movimento religioso fundamentalista.

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Há uma profusão de ursos polares, renas, duendes, príncipes, princesas, vilões mascarados, alienígenas e naves intergalácticas e nós cristãos nem notamos a ausência do casal José e Maria, do Anjo, dos Reis Magos, das ovelhas, de bois e vacas; não encontramos a manjedoura. Enfim, nós não percebemos que nessas festividades natalinas não há Natal

Diante do corrente discurso da liberdade de opinião e expressão, que valoriza a pessoa humana e a sua complexidade, consideramos importante lembrar os aspectos humanizantes desse tempo especial que, mesmo sem enfatizar o seu caráter religioso, ou socorrendo-nos as bases filosóficas da história humana, certamente demonstra às pessoas a necessidade do exercício de suas virtudes, do pensar além das individualidades, do agir com benevolência e generosidade, percebendo no outro a empatia e a sabedoria do encontro fraterno, visto que o Natal é a celebração da humanidade de Deus e da divindade da pessoa humana.

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O Papa Francisco, em sua Mensagem de Natal do ano de 2014, nos afirma:

“São as pessoas humildes, cheias de esperança na bondade de Deus, que acolhem Jesus e O reconhecem. Assim o Espírito Santo iluminou os pastores de Belém, que acorreram à gruta e adoraram o Menino. E mais tarde o Espírito guiou até ao templo de Jerusalém Simeão e Ana, humildes anciãos, e eles reconheceram em Jesus o Messias. ‘Meus olhos viram a salvação – exclama Simeão – que ofereceste a todos os povos’ (Lc 2,30-31)”.

Nós, cristãos católicos, devemos celebrar o Natal de Jesus Cristo como oferta redentora do Senhor, numa reverência plena em Espírito e Verdade, buscando materializar a vontade salvífica que está impregnada em todo o Evangelho. Nossa prece e reflexão devem ser acompanhadas de uma análise crítica interior, para que possamos mensurar se os compromissos assumidos na missão estão sendo cumpridos, pois o sentido da existência é edificar em nós uma consciência do Bem Maior e do Amor Servir.

Para viver a completude do Natal em Jesus Cristo, nós católicos devemos sentir esse tempo em todos os tempos do nosso viver, aceitando de forma pessoal e intransferível um amor criativo; um amor que cria possibilidades infindas de construir relações positivas com nossos semelhantes. O nosso espírito aspira essencialmente a uma relação viva com o Eterno, para o conforto da luz e da esperança, pois a vida significa movimento e ação, em que o ser humano é criatura de Deus, criado de forma livre para exercer a sua liberdade em profunda intimidade com o próximo, fazendo com que o amor criativo de Cristo seja o referencial de suas atitudes e escolhas de vida.

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O natalício do Verbo de Deus nos propõe o desafio de ser pessoa nova, segundo ensina o Apóstolo Paulo: “Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4,23-24). O cristão católico deve assim compreender a sua responsabilidade com a vida criada, que se traduz em suas relações diárias concretas, buscando a transformação social e a defesa da dignidade humana e da natureza, pela qual fomos nominados cuidadores. Nossa missão catequizante é servir e vir a ser sempre um pouco mais da presença de Cristo na vida do outro, no encontro que devemos provocar com o mundo.

Nós acreditamos que viver o Natal em Cristo é sermos fraternos uns com os outros todos os dias e sendo assim de todos sermos mutuamente necessários, pois recebemos a graça na medida dos dons que fluem da nossa fé, para o cuidado comum, visto que “Há diversidade de dons, mas um só Espírito; os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum” (1Cor 12,4-7).

O Menino-Deus nasce a cada conversão sincera e aguda na alma humana, como seta que dispara a graça divina, tecendo relacionamentos de amor, de acolhimento e de perdão. Essa atitude requer, de cada um, um exercício constante de empatia, de escuta aos apelos do outro, construindo um Natal nosso para cada dia de nossa existência, experimentado sob o compromisso de nos conhecermos melhor, conformando a nossa vida com a vontade de Deus, de nos reformarmos intimamente e nos tornarmos pessoas verdadeiramente humanizadas e humanizantes.

Que o Deus Amor e Criador abençoe o Natal nosso de cada dia e de cada momento das nossas vidas.

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Advogado, professor de teologia pastoral. Atua na formação permanente de agentes pastorais e fiéis leigos na Diocese de

Cachoeiro de Itapemirim-ES, sendo coordenador do Instituto de Ciências Humanas Evangelii Gaudium, instituição formativa de

denominação católica, que tem por objetivo precípuo produzir e difundir o conhecimento da doutrina cristã.

Márcio Oliveira Elias

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O que é o Natal?Instituto Ayrton Senna

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MINISTÉRIO DA COORDENAÇÃO NA CATEQUESEIrmã Mary Donzellini, editora Paulus

Coordenar é fazer com que as ações e atividades catequéticas tenham começo, meio e fim para que haja crescimento do grupo. Não há receitas prontas, mas é preciso seguir por métodos e princípios orientadores, treinar a coordenação na vivência. Ministério da coordenação na catequese pretende auxiliar os catequistas no trabalho em equipe e na edificação comunitária. Não quer ser a última palavra sobre o assunto, mas procura dar sua contribuição, baseada na experiência, na prática e no estudo.

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42DICAS DE LEITURA

HOMILIAS DA MANHÃ - NA CAPELA DA DOMUS SANCTAE MARTHAE, VOL. IIIda Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

As homilias diárias do Papa Francisco nascem da familiaridade e aproximação da palavra “com o coração dócil e orante” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 149). Com o recolhimento e a publicação dos relatórios das Homilias da Manhã do Papa Francisco, que foram aparecendo no L’Osservatore Romano, agora é possível, também àqueles que não os tinham presentes, ler trechos amplos e conhecer melhor toda a substância das mensagens do pontífice.

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MADRE TERESA DE CALCUTÁ - UMA SANTA PARA O SÉCULO XXIde Diác. Fernando José Bondan, editora Ave-Maria

Batizada como Agnes, Irmã Maria Teresa recebe o nome religioso em honra a Santa Teresa de Lisieux. Após anos de vivência missionária, passou a ser conhecida como Madre Teresa de Calcutá. A vida e obra dessa santa para o nosso século é sinônimo dos verdadeiros ensinamentos de Jesus Cristo. Neste livro, reunimos uma breve biografia de Madre Teresa, seu resumo cronológico e uma rica seleção de textos extraídos de várias cartas, as quais apresentam o que esta importante mulher pensa sobre temas de grande reflexão no nosso século. Seu exemplo de vida e caridade servirão de valiosa inspiração a todos os leitores.

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O The Pope App é a forma mais rápida e simples de se informar a respeito de todas as novidades sobre o Papa

Francisco e o Vaticano.

Com publicações do News.va, o veículo de comunicação oficial da Santa Sé, o aplicativo permite que você acompanhe ao vivo as celebrações presididas pelo pontífice, além de notificar os eventos mais importantes na tela do seu smartphone ou tablet.

Com vantagens como o acesso a fotos, vídeos, tuítes e calendário de eventos de Francisco e links para todas as mídias vaticanas, é possível fazer visitas virtuais gratuitas ao Vaticano, graças às tele câmeras instaladas no espaço da Praça de São Pedro.

O conteúdo do aplicativo está disponível em italiano, inglês, espanhol, português, francês e pode ser arquivado para ser lido a qualquer hora do dia.

The Pope App e News.va são serviços oferecidos pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais (www.pccs.va), em colaboração com as Mídias da Santa Sé – a Agência Fides, o Osservatore Romano, a Sala de Imprensa Vaticana, o Centro Televisivo Vaticano (CTV), a Rádio Vaticana e o serviço de Internet da Santa Sé.

Fique por dentro das principais notícias sobre o Papa Francisco e as mídias vaticanas

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O LONGA CONTA A HISTÓRIA DE JAMES DONOVAN (TOM HANKS), UM ADVOGADO DO BROOKLYN QUE, DURANTE A GUERRA FRIA, É

ENVIADO, A PEDIDO DA CIA, PARA NEGOCIAR O RESGATE DE UM PILOTO AMERICANO. OS ROTEIRISTAS MATT CHARMAN E OS IRMÃOS ETHAN E JOEL COEN TRANSFORMARAM ESSA EXPERIÊNCIA DE DONOVAN

EM UMA HISTÓRIA INSPIRADA EM EVENTOS REAIS, QUE CAPTURA A ESSÊNCIA DE UM HOMEM QUE ARRISCOU TUDO NESSA JORNADA.

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A ntes de tudo, é importante dizer que o filme não foi feito para destacar os Estados Unidos como o grande herói,

salvador do mundo e colocar a União Soviética como a vilã da história. Desde o início, já se vê a rivalidade política entre os países sendo injetada na mente dos norte-americanos desde a infância e, no decorrer do filme, há a clara demonstração de quais eram as preocupações do governo yankee em relação aos seus peões neste jogo de xadrez. Quando falamos em jogo de espiões é difícil dizer quem é o certo e quem é o errado.

Se alguém quiser utilizar este filme para sustentar qualquer lado, seja direita (capitalismo) ou esquerda (comunismo), poderá enfrentar um grande problema para convencer qualquer espectador: o advogado James Donovan, personagem principal, não é de direita e nem de esquerda. Ele segue o que é certo, independentemente do que este ou aquele governo quer, e acaba atuando como a ponte entre os governos e espiões.

Este advogado foi escolhido para defender um espião russo preso nos Estados Unidos, e mesmo sabendo que ele já estava condenado, sem mesmo passar por um julgamento, tenta, de todas as formas, apresentar uma defesa digna a seu cliente. Ali ele estava exercendo seu trabalho, tentando fazer o que era certo pela pessoa que estava defendendo, e não desviou deste caminho mesmo quando lhe foi solicitado (pelo governo) que andasse fora da linha.

Os cristãos são chamados a atuar como estas pontes que agem certo em prol do bem comum, a serem luz em um meio tão sujo como está a política. O Papa Francisco (diálogo com jovens, em 2013) já nos alertou sobre essa necessidade de atuação dos leigos:

Para o cristão, é uma obrigação envolver-se na política. Nós, cristãos, não podemos “jogar a fazer o Pilatos”, lavar as mãos. Não podemos! Devemos envolver-nos na política, pois a

OS CRISTÃOS SÃO CHAMADOS A ATUAR COMO ESTAS PONTES

QUE AGEM CERTO EM PROL DO BEM COMUM

“PONTE DOS ESPIÕES” COLOCA NOVAMENTE NA TELA A DUPLA STEVEN SPIELBERG E TOM HANKS, COM UM FILME QUE JÁ É UM DOS COTADOS A CONCORRER AO OSCAR.

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política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum. E os leigos cristãos devem trabalhar na política. Dir-me-ás: “Não é fácil!” Também não é fácil tornar-se padre. Não há coisas fáceis na vida. Não é fácil; a política está muito suja; e ponho-me a pergunta: Mas está suja, porquê? Não será porque os cristãos se envolveram na política sem espírito evangélico? Deixo-te esta pergunta: É fácil dizer que “a culpa é de fulano”, mas eu que faço? É um dever! Trabalhar para o bem comum é um dever do cristão! E, muitas vezes, a opção de trabalho é a política. Há outras estradas: professor, por exemplo, é outra estrada. Mas a atividade política em prol do bem comum é uma das estradas. Isto é claro.

Somos chamados a fazer a diferença, a não sermos omissos e jogarmos a culpa nas costas dos outros. O Papa Francisco tem atuado como esta ponte, como fez com o caso Estados Unidos – Cuba. Outros papas já tiveram grande atuação política na história, como foi o caso de São João Paulo II que, além de ter sido ponte, também foi instrumento para que um o Muro de Berlim caísse.

Ocorre que este trabalho não é apenas para os papas. Este filme é baseado em fatos reais, o que significa que é possível tomar estas atitudes, mesmo no meio de uma disputa política internacional. E lembre-se: “O errado é errado, mesmo que todo mundo esteja fazendo. O certo é certo mesmo que ninguém esteja fazendo.” Portanto, siga no caminho correto e busque ser a ponte que muitos precisam.

O filme é ótimo como a imensa maioria das produções de Steven Spielberg. Vale ser visto pelo contexto histórico, pela postura inspiradora de James Donovan, pelo enredo, pela direção e pela atuação de Tom Hanks. É um daqueles para depois comprar e ter na sua coleção.

Texto: André Brandalise, da Comunidade Católica Shalom

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5252O CATECISMO RESPONDE

74 Deus “quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4), isto é, de Jesus Cristo[fca1]. É preciso, pois, que Cristo seja anunciado a todos os povos e a todos os homens, e que desta forma a Revelação chegue até as extremidades do mundo:

A transmissão da Revelação

DIVINA

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Deus dispôs com suma benignidade que aquelas coisas que revelara para a salvação de todos os povos permanecessem sempre íntegras e fossem transmitidas a todas as gerações.

1. A TRADIÇÃO APOSTÓLICA

75 “Cristo Senhor, em quem se consuma a revelação do Sumo Deus, ordenou aos Apóstolos que o Evangelho, prometido antes pelos profetas, completado por ele e por sua própria boca promulgado, fosse por eles pregado a todos os homens como fonte de toda a verdade salvífica e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes os dons divinos.”

A PREGAÇÃO APOSTÓLICA...

76 A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, fez-se de duas maneiras:

Oralmente - “pelos apóstolos, que na pregação oral, por exemplos e instituições, transmitiram aquelas coisas que ou receberam das palavras, da convivência e das obras de Cristo ou aprenderam das sugestões do Espírito Santo”;

Por escrito - “como também por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob inspiração do mesmo Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem da salvação[fca6]”.

...CONTINUADA NA SUCESSÃO APOSTÓLICA

77 “Para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na Igreja, os apóstolos deixaram como sucessores os bispos, a eles ‘transmitindo seu próprio encargo de Magistério.” Com efeito, “a pregação apostólica, que é expressa de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se por uma sucessão contínua até a consumação dos tempos”.

78 Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, é chamada de Tradição enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora intimamente ligada a ela. Por meio da Tradição, “a Igreja, em sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo o que ela é, tudo o que crê”. “O ensinamento dos Santos Padres testemunha a presença vivificante desta Tradição, cujas riquezas se transfundem na praxe e na vida da Igreja crente e orante”.

79 Assim, a comunicação que o Pai fez de si mesmo por seu Verbo no Espírito Santo permanece presente e atuante na Igreja: “O Deus que outrora falou mantém um permanente diálogo com a esposa de seu dileto Filho, e o Espírito Santo, pelo qual a voz viva do Evangelho ressoa na Igreja e através dela no mundo, leva os crentes à verdade toda e faz habitar neles abundantemente a palavra de Cristo”.

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54MENSAGEM DO PAPA

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Q ueridos irmãos e irmãs, Jesus, o Filho de Deus, o Salvador do mundo, nasceu para nós. Nasceu em Belém de uma virgem, dando cumprimento às profecias antigas. A virgem chama-se Maria; o seu esposo, José.

São as pessoas humildes, cheias de esperança na bondade de Deus, que acolhem Jesus e O reconhecem. Assim o Espírito Santo iluminou os pastores de Belém, que acorreram à gruta e adoraram o Menino. E mais tarde o Espírito guiou até ao templo de Jerusalém Simeão e Ana, humildes anciãos, e eles reconheceram em Jesus o Messias. «Meus olhos viram a salvação – exclama Simeão – que ofereceste a todos os povos» (Lc 2, 30-31).

Sim, irmãos, Jesus é a salvação para cada pessoa e para cada povo!

A Ele, Salvador do mundo, peço hoje que olhe para os nossos irmãos e irmãs do Iraque e da Síria que há tanto tempo sofrem os efeitos do conflito em curso e, juntamente com os membros de outros grupos étnicos e religiosos, padecem uma perseguição brutal. Que o Natal lhes dê esperança, como aos inúmeros desalojados, deslocados e refugiados, crianças, adultos e idosos, da Região e do mundo inteiro; mude a indiferença em proximidade e a rejeição em acolhimento, para que todos aqueles que agora estão na provação possam receber a ajuda humanitária necessária para sobreviver à rigidez do inverno, retornar aos seus países e viver com dignidade. Que o Senhor abra os corações à confiança e dê a sua paz a todo o Médio Oriente, a começar pela Terra abençoada do seu nascimento, sustentando os esforços daqueles que estão ativamente empenhados no diálogo entre Israelitas e Palestinianos.

Jesus, Salvador do mundo, olhe para quantos sofrem na Ucrânia e conceda àquela amada terra a graça de superar as tensões, vencer o ódio e a violência e embarcar um caminho novo de fraternidade e reconciliação.

Cristo Salvador dê paz à Nigéria, onde – mesmo nestas horas – mais sangue foi derramado e muitas pessoas se encontram injustamente subtraídas aos seus entes queridos e mantidas reféns ou massacradas. Invoco paz também para outras partes do continente africano. Penso de modo particular na Líbia, no Sudão do Sul, na República Centro-Africana e nas várias regiões da República Democrática do Congo; e peço a quantos têm responsabilidades políticas que se empenhem, através do diálogo, a superar os contrastes e construir uma convivência fraterna duradoura.

Jesus salve as inúmeras crianças vítimas de violência, feitas objeto de comércio ilícito e tráfico de pessoas, ou forçadas a tornar-se soldados; crianças, tantas crianças vítimas de abuso. Dê conforto às famílias das crianças que, na semana passada, foram assassinadas no Paquistão. Acompanhe todos os que sofrem pelas doenças, especialmente as vítimas da epidemia de Ebola, sobretudo na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Ao mesmo tempo que do íntimo do coração agradeço àqueles que estão trabalhando corajosamente para assistir os doentes e os seus familiares, renovo um premente apelo a que sejam garantidas a assistência e as terapias necessárias.

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Jesus Menino. Penso em todas as crianças assassinadas e maltratadas hoje, seja naquelas que o são antes de ver a luz, privadas do amor generoso dos seus pais e sepultadas no egoísmo duma cultura que não ama a vida; seja nas crianças desalojadas devido às guerras e perseguições, abusadas e exploradas sob os nossos olhos e o nosso silêncio cúmplice; seja ainda nas crianças massacradas nos bombardeamentos, inclusive onde o Filho de Deus nasceu. Ainda hoje o seu silêncio impotente grita sob a espada de tantos Herodes. Sobre o seu sangue, estende-se hoje a sombra dos Herodes do nosso tempo. Verdadeiramente há tantas lágrimas neste Natal que se juntam às lágrimas de Jesus Menino!

Queridos irmãos e irmãs, que hoje o Espírito Santo ilumine os nossos corações, para podermos reconhecer no Menino Jesus, nascido em Belém da Virgem Maria, a salvação oferecida por Deus a cada um de nós, a todo o ser humano e a todos os povos da terra. Que o poder de Cristo, que é libertação e serviço, se faça sentir a tantos corações que sofrem guerras, perseguições, escravidão. Que este poder divino tire, com a sua mansidão, a dureza dos corações de tantos homens e mulheres imersos no mundanismo e na indiferença, na globalização da indiferença. Que a sua força redentora transforme as armas em arados, a destruição em criatividade, o ódio em amor e ternura. Assim poderemos dizer com alegria: «Os nossos olhos viram a vossa salvação».

Com estes pensamentos, a todos bom Natal!

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Assista à homilia de Natal do Papa Francisco, em 2014

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