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Guia de Direitos Autorais Para Escolas e Universidades Realização:

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Guia de Direitos Autorais Para Escolas

e Universidades

Realização:

Guia de Direitos Autorais - 2014

Rua Vergueiro, 2087, cj 101 – Vila Mariana – CEP 04101‐000 – São Paulo/SP‐ tel. 11 5087‐8850 – [email protected] www.sleiman.com.br

APRESENTAÇÃO

Cris�na Sleiman Sociedade de advogados é um escritório especializado em Direito Digital, Asssessoria jurídica para Governança de TI, Direito do Trabalho Empresarial, Propriedade Intelectual, Segurança da Informação e Direito Aeronáu�co. Atua nas diversas áreas do direito, vez que a tecnologia é inerente à nova sociedade digital.

Além da atuação no âmbito jurídico, principalmente no que se refere à prevenção de risco nas empresas e ins�tuições de ensino. Sua sócia, cuja o escritório leva seu nome, é formada em pedagogia há mais de vinte anos e atua em pro da Educação Digital junto à grandes escolas de São Paulo, além de palestras de conscien�zação pelo Brasil por dez anos.

A tecnologia mudou muito o cenário de relacionamento entre pessoas, não apenas no âmbito pessoal, mas também acadêmico e profissional e acreditamos que somente através da educação será possível trabalhar valores é�cos e de responsabilidade bem como entendimento das Leis que regem o nosso país.

Nossas áreas de atuação:

• GOVERNANÇA JURÍDICA DE TI

• CONTRATOS

• APOIO AO RH

• PROTEÇÃO JURÍDICA DE PORTAIS / ECOMMERCE

• CONTENCIOSO

• PROPRIEDADE INTELECTUAL

• SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

• REGULATÓRIO DA AVIAÇÃO CIVIL E CONTENCIOSO

• GESTÃO ELETRÔNICA DE DOCUMENTOS

• PROJETOS EDUCACIONAIS (É�ca e Cidadania)

• CAPACITAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO

• DESV. DE CONTEÚDOS E‐LEARNING

OAB/SP 11.866www.sleiman.com.br

www.facebook.com.br/DireitoDigitalBrasil

Rua Vergueiro, 2087, cj 101 – Vila Mariana – CEP 04101‐000 – São Paulo/SP‐ tel. 11 5087‐8850 – [email protected] www.sleiman.com.br

Cristina Sleiman Educacional é uma empresa de Consultoria, treinamentos e desenvolvimento de Conteúdos e Projetos Educacionais.

Atendemos não apenas escolas, mas treinamentos corporativos em geral, relacionados à Direito Digital e Segurança da Informação.

Nossa equipe é formada por educadores, advogados e psicologas, ocorrendo a participação de cada profissional, conforme a demanda de trabalho e projeto a ser desenvolvido.

Conduta Digital é um projeto educacional que trabalha Educação Digital de forma didática e divertida para alunos e professores. Todo e qualquer planejamento para processo de ensino aprendizagem com foco no uso das tecnologias, ainda que esta seja apenas um meio ou mediador deste processo, deve prever o ensino de ética e cidadania digital.

Não basta ensinar a utilizar o recurso, faz parte da missão educacional de toda instituição preparar seu educando para a vida, e neste contexto, cabe o preparo para a cidadania digital.

Portanto, ajudamos as instituições a blindar a própria casa, com analise do cenário atual e elaboração de suas politicas e normas, bem como no desenvolvimento de projetos educacionais que proporcionem situações que auxiliem no desenvolvimento das competências necessárias para o desafio de tomar decisões corretas e mais seguras possíveis ao se deparar com questões de riscos no uso das tecnologias.

A Dra. Cristina Sleiman é pedagoga há mais de 20 anos

é também advogada. Mestre em sistemas eletrônicos pela

Escola Politécnica da USP. Curso de extensão em Direito

da Tecnologia pela FGV/RJ,

Extensão Educador Virtual pelo Senac São Paulo em

parceria com Simon Fraser University.

Sócia do escritório que leva seu nome e professora

de Pós Graduação na Faculdade Impacta de Tecnologia.

www.condutadigital.com.br https://www.facebook.com/condutadigital

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SUMÁRIO

Introdução ao Guia ................................................................................................................. 05

PARTE I ‐ O QUE DIZ A LEI?

1. O que é direito autoral? ...................................................................................................... 07

2. O que é contrafação e quais suas consequências? ............................................................. 07

3. Quais as obras que precisam de autorização para o uso? .................................................. 08

4. Por quanto tempo perdura a proteção conferida por lei? ................................................... 11

5. Existe o chamado Uso Justo no Brasil? ............................................................................... 12

PARTE II ‐ E, AGORA? COMO APLICAR?

1. Filmes do Youtube ............................................................................................................. 14

2. Downloads de filmes e músicas ......................................................................................... 14

3. Uso de trechos de áudios e/ou vídeos ............................................................................... 15

4. Uso de imagens da internet ............................................................................................... 15

5. Digitalização e distribuição de livros .................................................................................. 16

6. Dicas prá�cas ......................................................................................................................16

7. Crea�ve Commons ............................................................................................................. 17

Guia de Direitos Autorais - 2014

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GUIA DE DIREITOS AUTORAIS PARA ESCOLAS E UNIVERSIDADES

O advento das tecnologias, entre elas a internet, trouxe um poder de disseminação nunca visto. Neste cenário, muitas pessoas se sen�ram mo�vadas a criar conteúdos, obras ar�s�cas, bem como a apresentar seus trabalhos de diversas maneiras.

Pode‐se observar que a criação do espírito é inerente ao ambiente educacional e, nesta esfera cada vez mais conectada, é preciso agir preven�vamente para não cometermos infrações que, aos olhos da Lei, podem ser graves, ainda que por desconhecimento.

Neste sen�do, este material tem por obje�vo apresentar um norte aos educadores para que possam criar uma cultura é�ca e segura para o desenvolvimento e criação de seus materiais, como apos�las e apresentações.

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O QUE DIZ A LEI?

PARTE I

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1. O que é Direito Autoral?

É a proteção conferida por Lei às obras do espírito, ou seja, à criação provinda de seu intelecto, no momento de sua exteriorização.

Está previsto na Lei 8.910/98 e garante aos autores o direito de dispor de sua obra da forma que bem

entender, ou seja, somente o �tular autoriza sua reprodução, comercialização e edição.

2. O que é contrafação e quais suas consequências?

Contrafação é a cópia não autorizada de uma determinada obra e pode acarretar consequências penais e cíveis (indenização).

Não é necessário o intuito de lucro para que se caracterize o crime, se este ocorrer, poderá acarretar em aumento da pena.

O infrator também pode sofrer consequências na esfera civil, de forma que poderá acarretar em pagamento de indenização.

Art. 184 ‐ Violar direitos de autor e os que lhe são conexos.

Pena ‐ detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

O que diz a lei?

§ 1º ‐ Se a violação consis�r em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do ar�sta intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente (...)

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3. Quais as obras que precisam de autorização para o uso?

No art. 7º da Lei de Direitos Autorais, podem‐se encontrar quais as obras que recebem proteção da Lei, dentre elas,

os textos de obras literárias, ar�s�cas ou cien�ficas, conferências, obras audiovisuais, fotográficas, desenhos,

pinturas, e muito mais.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a a�vidade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Pena ‐ reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),

causar dano a outrem, fica obrigado a repará‐lo.

O que diz a lei?

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Direitos Autorais

Lei 9.610/98

Software

Lei 9.609/98

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Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:

I ‐ os textos de obras literárias, ar�s�cas ou cien�ficas;

II ‐ as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza;

III ‐ as obras dramá�cas e dramá�co‐musicais;

IV ‐ as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma;

V ‐ as composições musicais, tenham ou não letra;

VI ‐ as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;

VII ‐ as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia;

VIII ‐ as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte ciné�ca;

IX ‐ as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;

X ‐ os projetos, esboços e obras plás�cas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;

XI ‐ as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova;

XII ‐ os programas de computador;

XIII ‐ as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, cons�tuam uma criação intelectual.

§ 1º Os programas de computador são objeto de legislação específica, observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis.

§ 2º A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados ou materiais em si mesmos e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais con�dos nas obras.

§ 3º No domínio das ciências, a proteção recairá sobre a forma literária ou ar�s�ca, não abrangendo o seu conteúdo cien�fico ou técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da propriedade imaterial.

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8A Lei apresenta, também, no art. 29 os casos em que há necessidade de autorização, como a reprodução parcial ou integral, a edição, adaptação, tradução, a u�lização direta ou indireta da obra, bem como a inclusão em base de dados, o armazenamento em computador, a microfilmagem, as demais formas de arquivamento do gênero e quaisquer outras modalidades de u�lização existentes ou que venham a ser inventadas.

Portanto, sempre é preciso pedir autorização. Lembre‐se que a tecnologia facilita também a comunicação, não custa nada mandar um e‐mail solicitando autorização de uso ‐ dificilmente alguém nega para fins educacionais.

Exemplos prá�cos: imagens disponíveis na internet, músicas e vídeos. Sempre devemos buscar as informações de direitos autorais e, em nome da boa pra�ca, como autores devemos também indicar o que

permi�mos que seja feito com nossa obra.

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Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata esta Lei:

I ‐ as ideias, procedimentos norma�vos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemá�cos como tais;

II ‐ os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios;

III ‐ os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer �po de informação, cien�fica ou não, e suas instruções;

IV ‐ os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;

V ‐ as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou legendas;

VI ‐ os nomes e �tulos isolados;

VII ‐ o aproveitamento industrial ou comercial das ideias con�das nas obras.

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rt. 41. Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subseqüente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil.

Parágrafo único. Aplica‐se às obras póstumas o prazo de proteção a que alude o caput deste ar�go.

Art. 42. Quando a obra literária, ar�s�ca ou cien�fica realizada em co‐autoria for indivisível, o prazo previsto no ar�go anterior será contado da morte do úl�mo dos co‐autores sobreviventes.

Parágrafo único. Acrescer‐se‐ão aos dos sobreviventes os direitos do co‐autor que falecer sem sucessores.

Art. 43. Será de setenta anos o prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre as obras anônimas ou pseudônimas, contado de 1° de janeiro do ano imediatamente posterior ao da primeira publicação.

Parágrafo único. Aplicar‐se‐á o disposto no art. 41 e seu parágrafo único, sempre que o autor se der a conhecer antes do termo do prazo previsto no caput deste ar�go.

Art. 44. O prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras audiovisuais e fotográficas será de setenta anos, a contar de 1° de janeiro do ano subseqüente ao de sua divulgação.

4. Por quanto tempo perdura a proteção conferida por Lei?

O período de proteção preceituado por Lei é de 70 anos a par�r de primeiro de janeiro do ano subsequente a morte do autor. Quando se tratar de obra em coautoria e indivisível, o prazo tem início com a morte do úl�mo co‐autor.Para obras audiovisuais e fotográficas será de setenta anos, a contar de 1° de janeiro do ano subsequente ao de sua divulgação.Por fim, pertencem ao domínio público as obras que decorreram o prazo acima e aquelas cujos autores falecidos não tenham deixado sucessores ou de autor desconhecido.

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Art. 46. Não cons�tui ofensa aos direitos autorais:

II ‐ a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;

III ‐ a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crí�ca ou polêmica, na medida jus�ficada para o fim a a�ngir, indicando‐se o nome do autor e a origem da obra;

IV ‐ o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;

(...)

VI ‐ a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didá�cos, nos estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro

VII ‐ a u�lização de obras literárias, ar�s�cas ou cien�ficas para produzir prova judiciária ou administra�va;

VIII ‐ a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plás�cas, sempre que a reprodução em si não seja o obje�vo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injus�ficado aos legí�mos interesses dos autores.

5. Existe o chamado Uso Justo no Brasil?

Muitas pessoas já ouviram falar em “Uso Justo”. Trata‐se de uma jus�fica�va u�lizada nos Estados Unidos embasada por Lei, originalmente chamada de Fair Use, ou seja, a lei entende pelo uso jus�ficado para determinado fim de forma a não ser necessário nenhum pagamento.

O ordenamento jurídico brasileiro não recepcionou tal conceito, exis�ndo apenas as exclusões do art. 46, que por sua vez deve ser atendido com muita cautela.

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PARTE II

E, AGORA? COMO APLICAR?

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1. Posso u�lizar filmes do Youtube para elaborar material didá�co?

Neste caso, não se aplica a premissa de pequenos trechos, pois a cópia de vídeos publicados no Youtube não é permi�da pelo próprio serviço prestado. O termo de uso do site diz claramente que “Você não poderá baixar qualquer conteúdo...”, a única forma de não infringir o termo de uso e a legislação brasileira é apresentar o vídeo pelo próprio link.

Cabe ressaltar que a Lei não quan�fica pequenos trechos. Ainda que sem amparo legal, nossa recomendação é de que nunca ultrapasse de 10% a 15%, sendo que o mais importante é que não seja um fragmento substancial.

2. Fazer download de filmes e músicas não autorizados é pirataria?

Sim, é a chamada pirataria virtual. As músicas, assim como vídeos, devem ser devidamente autorizadas. A cópia ilícita traz penalidades que não vale a pena enfrentar.

Se a cópia de músicas ou vídeos não autorizados for pega nas máquinas ou servidores da ins�tuição, todos poderão sofrer consequências legais, ou seja, aquele que fez o download e a própria ins�tuição.O autor do ato (pessoa �sica) poderá sofrer processo penal e civil, enquanto a ins�tuição poderá sofrer processo civil. Ressalta‐se que existe uma tendência à responsabilização do gestor na esfera penal, quando este assume o risco ou autoriza sua u�lização.

Alertamos para repositórios e gravações de DVDs nas escolas e universidades!

Mas, e se eu comprei o CD/ DVD?Ao comprar um CD ou DVD, você paga pela mídia e

o direito de escutar e/ou assis�r as músicas e vídeos

con�dos nessa mídia, de forma que para qualquer

outro uso é preciso autorização expressa.

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3. Posso fazer a junção de diversos trechos seja de áudio ou vídeos e u�lizar em sala de aula?

Não. A junção de diversos trechos acaba sendo uma edição de todas as obras, ou seja, você estará infringindo os direitos de diversos autores.

Lembramos que ao u�lizar peqeunos trechos individuais, a Lei não quan�fica em porcentagem da obra. Ainda que sem amparo legal, nossa recomendação é de que nunca ultrapasse de 10% a 15%, sendo que o mais importante é que não seja um fragmento substancial.

4. Posso u�lizar qualquer imagem da internet para fazer uma campanha publicitária ou apresentações para os alunos?

No caso de apresentação para os alunos, a menos que seja uma imagem essencial ao conteúdo do dia e que o mesmo seja u�lizado para fins de ilustrar exemplos e/ou crí�cas à obra, recomenda‐se que faça uso do banco de imagens pago ou gratuito.

Em sala de aulaUse trechos de vídeos em a�vidades separadas e

no máximo uns 15 segundos cada. Cuidado, pois

ao unir diversos trechos de um mesmo vídeo

temos uma edição.

DicaDica

Procure por banco de imagensOs bancos de imagens disponibilizam muito

material gratuito e de boa qualidade. Nunca copie

as imagens quando não forem gratuitas sem o

devido pagamento e muito menos re�re sua marca

d'água!

DicaDica

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85. Posso digitalizar um livro e distribuir a meus alunos?

Digitalizar um livro é a mesma coisa que �rar xerox e distribuí‐lo para os alunos, mesmo que seja em ambiente virtual fechado (uso de senha). Portanto, cons�tui infração ao direito de autor.

6. Quais os cuidados que o professor ou um “conteudista” deve ter ao elaborar uma apos�la ou conteúdo para cursos EAD?

Com base no que foi exposto neste guia, o resumo das dicas prá�cas são:

a. U�lize imagens autorizadas ‐ uma dica é a procura em banco de imagens; b. A Ins�tuição de Ensino pode comprar algumas imagens e disponibilizar um repositório; c. Cite a fonte e autoria de todo e qualquer material que u�lizar; d. Quando se tratar de fonte da internet, além de indicar o site como fonte, coloque a data de

acesso; e. Ao escrever seu texto, se precisar integrar com trabalho de terceiros, use apenas pequenos

trechos, fazendo as devidas indicações de autoria; f. Fique a vontade para usar imagens e textos quando estes forem o objeto de discussão, estudo e

crí�cas;

No caso de campanha publicitária, não há discussão, deve‐se u�lizar apenas imagens autorizadas, podendo estas ser por encomenda ou provenientes de banco de imagens devidamente autorizados.

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7. Crea�ve Commons

A fim de facilitar e ajudar os autores de obras diversas, foi desenvolvido uma forma de atribuição de licença ou

autorização de uso com parâmetros intui�vos, ou seja, de fácil manuseio e que não precisa de conhecimento

jurídico, por meio do qual o autor, ao responder algumas perguntas, poderá ter como resultado final o texto da

licença a ser aplicada a sua obra.

De forma resumida, trata‐se de uma forma padronizada de atribuir autorizações de direito de autor e de direitos conexos aos seus trabalhos cria�vos ‐ https://creativecommons.org .

Além do texto legal, o Portal apresenta um resumo da licença, de forma a sumarizar o conteúdo para fácil entendimento sem perder o caráter informa�vo, mas que, no entanto, não exime os usuários da responsabilidade de conhecer o conteúdo detalhado da licença.

Ao final, são disponibilizados seis �pos de licenças, que podem ser facilmente dis�nguidas na página oficial: ht .tp://www.creativecommons.org.br/as-licencas/

Lutamos por uma cultura é�ca e nós educadores devemos ser exemplos. Ao criar sua obra, iden�fique claramente e

no próprio documento quais as permissões ali con�das. Como dica para quem não é advogado, a licença Crea�ve

Commons é muito ú�l!

Fonte (27/10/2014): http://www.creativecommons.org.br/as-licencas/

Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem ou criem obras derivadas, mesmo que para uso com fins comerciais, contanto que seja dado crédito pela criação original. Esta é a licença menos restri�va de todas as oferecidas, em termos de quais usos outras pessoas podem fazer de sua obra.

Esta licença permite que outros remixem, adaptem, e criem obras derivadas ainda que para fins comerciais, contanto que o crédito seja atribuído ao autor e que essas obras sejam licenciadas sob os mesmos termos. Esta licença é geralmente comparada a licenças de so�ware livre. Todas as obras derivadas devem ser licenciadas sob os mesmos termos desta. Dessa forma, as obras derivadas também poderão ser usadas para fins comerciais.

Esta licença permite a redistribuição e o uso para fins comerciais e não comerciais, contanto que a obra seja redistribuída sem modificações e completa, e que os créditos sejam atribuídos ao autor.

Esta licença permite que outros remixem, adaptem, e criem obras derivadas sobre a obra licenciada, sendo vedado o uso com fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao autor nos créditos e também não podem ser usadas com fins comerciais, porém as obras derivadas não precisam ser licenciadas sob os mesmos termos desta licença.

Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadas sobre a obra original, desde que com fins não comerciais e contanto que atribuam crédito ao autor e licenciem as novas criações sob os mesmos parâmetros. Outros podem fazer o download ou redistribuir a obra da mesma forma que na licença anterior, mas eles também podem traduzir, fazer remixes e elaborar novas histórias com base na obra original. Toda nova obra feita a par�r desta deverá ser licenciada com a mesma licença, de modo que qualquer obra derivada, por natureza, não poderá ser usada para fins comerciais.

Esta licença é a mais restri�va dentre as nossas seis licenças principais, permi�ndo redistribuição. Ela é comumente chamada “propaganda grá�s” pois permite que outros façam download das obras licenciadas e as compar�lhem, contanto que mencionem o autor, mas sem poder modificar a obra de nenhuma forma, nem u�lizá‐la para fins comerciais.

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Guia de Direitos Autorais - 2014 - Parte II

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88. Informações de Autoria

Título: GUIA DE DIREITOS AUTORAIS PARA ESCOLAS E UNIVERSIDADES

Direitos Autorais: Cris�na Sleiman Sociedade de Advogados

Atualização: outubro de 2014

Atribuição‐Sem Derivações ‐ CC BY‐NC‐ ND

Esta licença permite a redistribuição sem alterações, para fins não comerciais e com atribuição de crédito.

Conheça mais: h�p://crea�vecommons.org/licenses/by‐nc‐nd/4.0/

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Conteúdo Informativo e Gratuíto

Produzido por Cristina Sleiman Sociedade de Advogados