guia de apoio ao professor

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G U I A  DE  APOIO  A O  P ROFESSOR ENSINAR ALUNOS COM NECE SSIDA DES EDUC ATIVAS ESPECIAIS Ministério da Educação - Moçambique, 2014

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Em anexo o guiao do professor

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7/17/2019 Guia de Apoio Ao Professor

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GUIA  DE  APOIO  AO  PROFESSOR

ENSINAR ALUNOS COM

NECESSIDADES EDUCATIVAS

ESPECIAIS

Ministério da Educação - Moçambique, 2014

7/17/2019 Guia de Apoio Ao Professor

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Educação Inclusiva 

Ficha Técnica

Titulo: Educação Inclusiva: uia de !"oio ao #ro$essor -  Ensinar Alunos com

 Necessidades Educativas Especiais

!utores:   Carlos António Manhiça, #sic%lo&o e Mestre em Educação de !dultos

− !ssistente 'niversitario - 'EM

 José dos Santos Videira Uqueio, #sico"eda&o&o, Mestre em Educação

()sica e #%s-&raduado em !dministração #*blica

− !ssistente 'niversitario + 'EMIlustraçao da a"a: onte: .tt"://de$iciencianocomunidadesnet/ 

#ro"riedade: e"artamento de Educação Es"ecial/ Ministerio de Educação +  

Moçambique

inanciador da Edição: 3ave T.e .ildren International - Moçambique

!no: 2014

 ___________________ ¥ ___________________________ 

! "rodução deste uiao contou com a colaboração da equi"a técnica do e"artamento de Educação

Es"ecial do Ministério da Educação, "ro$essores das Escolas #rim)rias om"letas de #almeiras e

Mun&une, de ormadores de #ro$essores do I# de .ibututune e da Equi"a do #ro5ecto de Educação

Inclusiva da Save The Children International + Moçambique

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7/17/2019 Guia de Apoio Ao Professor

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Educação Inclusiva 

ÍDI!E

! !#6E3E7T!89 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

0;

( I7T6'9 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

0< M#ET=7I!3 ! E3E7>?>E6 --------------------------------------------------------------------------- 10

>I39 E6!? 3 TEM!3 'I! --------------------------------------------------------------------------- 10

'7I!E TEM@TI! 1: Educação Inclusiva: o que éA ---------------------------------------------------------------- 12

11 EvidBncias requeridas --------------------------------------------------------------------------------------12

12 Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

12

1C onceito de Educação Inclusiva --------------------------------------------------------------------------- 12

14 onceito de necessidades educativas es"eciais- ---------------------------------------------------------------- 1D

1D 6elação entre necessidades educativas es"eciais, di$iculdades de a"rendia&em e de$iciBncia 1F

1F #otencialidades dos alunos com necessidades educativas es"eciais -------------------------------------------1;

1; !ctividades de auto-avaliação --------------------------------------------------------------------------------------1G

'7I!E TEM@TI! 2: 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com i$iculdades de !"rendia&em 1<

21 EvidBncias requeridas --------------------------------------------------------------------------------------1<

22 Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1<

2C onceito de di$iculdades de a"rendia&em ---------------------------------------------------------------- 1<

24 7ecessidades educativas es"eciais de alunos com di$iculdades de a"rendia&em --------------------- 20

2D Estraté&ias de orientação escolar --------------------------------------------------------------------------- 21

2F !ctividades de auto-avaliação --------------------------------------------------------------------------------------2C

'7I!E TEM@TI! C: 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com e$iciBncia >isual --------------------- 24

C1 EvidBncias requeridas --------------------------------------------------------------------------------------24

C2 Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

24

CC onceito de de$iciBncia visual --------------------------------------------------------------------------------------24

C4 7ecessidades educativas es"eciais de alunos com de$iciBncia visual --------------------------------2D

CD Estraté&ias de orientação escolar --------------------------------------------------------------------------- 2<CF !ctividades de auto-avaliação --------------------------------------------------------------------------------------C1

'7I!E TEM@TI! 4: 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com e$iciBncia !uditiva ---------- C2

41 EvidBncias requeridas --------------------------------------------------------------------------------------C2

42 Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

C2

4C onceito de de$iciBncia auditiva --------------------------------------------------------------------------- C2

44 7ecessidades educativas es"eciais de alunos com de$iciBncia auditiva -------------------------------- CC

4D Estraté&ias de orientação escolar --------------------------------------------------------------------------- CF

4F !ctividades de auto-avaliação --------------------------------------------------------------------------------------CG

'7I!E TEM@TI! D: 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com e$iciBncia Mental ---------- C<

D1 EvidBncias requeridas --------------------------------------------------------------------------------------C<

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Educação Inclusiva 

D2 Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

C<

DC onceito de de$iciBncia mental --------------------------------------------------------------------------- C<

D4 7ecessidades educativas es"eciais de alunos com de$iciBncia mental -------------------------------- 40

DD Estraté&ias de orientação escolar --------------------------------------------------------------------------- 42

DF !ctividades de auto-avaliação --------------------------------------------------------------------------- 4C

'7I!E TEM@TI! F: 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com e$iciBncia sico-Motora ---------- 4D

F1 EvidBncias requeridas --------------------------------------------------------------------------------------4D

F2 Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

4D

FC onceito de de$iciBncia $sico-motora --------------------------------------------------------------------------- 4D

F4 7ecessidades educativas es"eciais de alunos com de$iciBncia $sico-motora -------------------------------- 4F

FD Estraté&ias de orientação escolar --------------------------------------------------------------------------- 4G

FF !ctividades de auto-avaliação --------------------------------------------------------------------------------------D0'7I!E TEM@TI! ;: 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com Transtornos de !tenção ---------- D2

;1 EvidBncias requeridas --------------------------------------------------------------------------------------D0

;2 Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

D0

;C onceito de transtorno de atenção --------------------------------------------------------------------------- D2

;4 7ecessidades educativas es"eciais de alunos com transtornos de atenção -------------------------------- D4

;D Estraté&ias de orientação escolar --------------------------------------------------------------------------- D4

;F !ctividades de auto-avaliação --------------------------------------------------------------------------------------D;

'7I!E TEM@TI! G: 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos 3u"erdotados ou com !ltas Habilidades D<

G1 EvidBncias requeridas --------------------------------------------------------------------------------------D<

G2 Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

D<

GC onceito de su"erdotação ou altas .abilidades ------------------------------------------------------

D<

G4 7ecessidades educativas es"eciais de alunos su"erdotados ou com altas .abilidades --------------------- F1

GD Estraté&ias de orientação escolar --------------------------------------------------------------------------- F2

GF !ctividades de auto-avaliação --------------------------------------------------------------------------- F4

6EME7!8E3 E6!I3 #!6! 3 #6E336E3 ------------------------------------------------------

FD

?33@6I ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- FF

6EE6=7I!3 (I(?I6@I!3 -------------------------------------------------------------------------------------- F<

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  4

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Educação Inclusiva 

"ISTA DE #UADROS

Juadro 01: >isão &eral dos temas do uião $%

Juadro 02: e"oimento de um "ro$essor sobre envolvimento do aluno com necessidadeseducativas es"eciais

$&

Juadro 0C: !l&umas atitudes e com"ortamentos t"icos de alunos com di$iculdades de

a"rendia&em, identi$ic)veis na sala de aula inclusiva'(

Juadro 04: !l&umas su&estKes metodolo&ias de ensino-a"rendia&em a"lic)veis na sala de

aula inclusiva, "ara alunos com necessidades educativas es"eciais resultantes das

di$iculdades de a"rendia&em

'(

Juadro 0D: aso LN )$

Juadro 0F: EOem"los de Material (raille )*

Juadro 0;: (reve (io&ra$ia de ?ouis (raille )+

Juadro 0G: !l&umas atitudes e com"ortamentos t"icos de alunos com de$iciBncia visual

identi$ic)veis na sala de aula inclusiva)&

Juadro 0<: 3u&estKes metodol%&icas a"lic)veis em alunos com necessidades educativas

es"eciais de naturea visual ),

Juadro 10: aso Pubaida 6a5) )%

Juadro 11: raus, ?imiares e Habilidades "ara uvir e alar -'

Juadro 12: !l$abeto Manual -)

Juadro 1C: !l&umas atitudes e com"ortamentos t"icos identi$ic)veis na sala de aula

inclusiva, em alunos com de$iciBncia auditiva--

Juadro 14: 3u&estKes metodol%&icas de ensino-a"rendia&em a"lic)veis na sala de aula

inclusiva, a alunos com de$iciBncia auditiva-*

Juadro 1D: aso arlota -+

Juadro 1F: !l&umas .abilidades t"icas de alunos com necessidades educativas es"eciais de

car)cter mental

-&

Juadro 1;: !l&umas atitudes e com"ortamentos t"icos em alunos com necessidades

educativas es"eciais de naturea mental, identi$ic)veis na sala de aula inclusiva*$

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Educação Inclusiva 

Juadro 1G: 3u&estKes metodol%&icas de ensino-a"rendia&em a"lic)veis na sala de aula

inclusiva "ara alunos com de$iciBncia mental*'

Juadro 1<: aso L N *'

Juadro 20: aso L6TN *)

Juadro 21: !l&umas atitudes e com"ortamentos t"icos identi$ic)veis na sala de aula

inclusiva em alunos com de$iciBncia $sico-motora*&

Juadro 22: 3u&estKes metodol%&icas de ensino-a"rendia&em a"lic)veis a alunos com

e"ile"sia*,

Juadro 2C: aso LN *%

Juadro 24: aso LMN *(

Juadro 2F: 3u&estKes metodol%&icas de ensino-a"rendia&em a"lic)veis na sala de aula

inclusiva "ara a educação de alunos com transtornos de atenção+*

Juadro 2;: asos L>N e L!?N ++

Juadro 2G: !l&umas atitudes e com"ortamentos t"icos identi$ic)veis na sala de aula

inclusiva em alunos su"erdotados ou com altas .abilidades+(

Juadro 2<: 3u&estKes metodol%&icas de ensino-a"rendia&em a"lic)veis na sala de aulainclusiva "ara alunos su"erdotados ou com altas .abilidades

&$

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Educação Inclusiva 

anal$abetismo, $acultar o domnio da ciBncia e da técnica e &arantir a $ormação moral e cvica dos

cidadãos R!rti&o 2G

 7o Wmbito da a"licação destes "rinci"ios, ao lo&o dos *ltimos anos $oram a"rovados em Moçambique,

diversos dis"ositivos que tBm em vista &arantir i&ualdade de direitos Qs crianças com 7EE e/ou com

de$iciBncia, com destaque "ara os se&uintes:

• ! Convenço da !uta Contra a "iscriminaço no Campo de Ensino RX,

• ! !ei do Sistema Nacional de Educaço R1<<4, no "onto 2, !rti&o 1G, declara ser ob5ectivo do

Educação Es"ecial, "ro"orcionar uma $ormação que "ermita a inte&ração de crianças e 5ovens

com de$iciBncias $sicas, mentais, sensoriais, com di$iculdade de enquadramento social e na vida

laboral

• ! #ol$tica para a #essoa com "e%ici&ncia, a"rovada "elo onsel.o de Ministros em 1<<<

• ! "artici"ação de Moçambique na a"rovação da  #rimeira "écada A%ricana da #essoa com

 "e%ici&ncia  R1<<< - 200< "elos .e$es de Estados !$ricanos E Moçambique $oi um dos D

 "ases escol.idos "ara a sua im"lementação Entretanto, devido a "oucos avanços veri$icados em

@$rica, $oi declarada uma se&unda écada que vai até 201<, de modo a "ermitir que os "ases

!$ricanos inte&rem nas suas a&endas as questKes da e$iciBncia como "arte inte&rante nas suas

 "olticas, estraté&ias e "lanos de acção

•  #lano Nacional na 'rea da "e%ici&ncia, a"rovado "elo onsel.o de Ministros em !bril de

200F

• ! rati$icação "ela !ssembleia da 6e"ublica de dis"ositivos que consa&ram o direito Q educação,

nomeadamente, a Convenço dos "ireitos Espec$%icos das #essoas com "e%ici&ncia, em Março

de 200; e a Convenço (nternacional dos "ireitos da Criança, em utubro de 2010

Estes dados sintentiam o es$orço do overno em asse&urar a i&ualdade de direitos Q Educação a todasas crianças e 5ovens, cu5a &arantia é a eOtensão da Educação Inclusiva a todas as escolas do #as

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Educação Inclusiva 

4. In25odução

aro "ro$essor, o "resente L)uia de Apoio ao #ro%essor : ensinar alunos com necessidades educativas

es"eciaisN, como o "r%"rio nome re$ere, contém um con5unto de in$ormaçKes através das quais se es"era

que aumente suas com"etBncias no trabal.o com os alunos, "articularmente aqueles que tBmnecessidades educativas es"eciais R7EE Es"era-se também que ele ven.a a ser um instrumento de

a"oio valioso na realiação das ada"taçKes curriculares de "equeno "orte, que são da tua inteira

res"onsabilidade

on$orme >alente R2004 i3no56ncia e 751conc1i2o marcam, de $acto, a "erce"ção que a maioria dos

 "ro$essores tem em relação Qs crianças e 5ovens com necessidades educativas es"eciais, se5am elas

advindas das de$iciBncias $sicas, sensoriais, mentais ou outros $actores que inter$erem ne&ativamente na

aquisição da a"rendia&em

mesmo autor adianta o se&uinte:

 Ignorância por no conhecerem adequadamente as caracter$sticas desse tipo de clientela *os

anti+amente denominados ,de%icientes,- e  preconceito  por reprodu.irem a percepço

estereotipada de que se trata de ,+ente di%erente,/ ,doentes,/ ,inadaptados,/ ,de%eituosos, e

outras e0press1es i+ualmente equivocadas/ alimentada por mitos ou representaç1es equivocadas

 so2re a nature.a do pro2lema dos portadores de necessidades especiais

ois ob5ectivos de lon&o termo es"era-se que se5am alcançados com a a"licação deste uia "or ti e teus

cole&as, de modo que se sintam: Ri sensibiliados "ara a vossa mudança de atitude em relação aos

vossos alunos com necessidades educativas es"eciais "ois, "ossuem caractersticas "essoais e

necessidades de a"rendia&em que l.es são "eculiares, como ocorre com os seus demais cole&as de

turmaY Rii mobiliados "ara terem "r)ticas educativo-"eda&%&icas re$leOivas, e$icaes e de sucesso "ara

todos os vossos alunos, su"ortadas "elos "rinc"ios de i&ualdade, coo"eração, tolerWncia e res"eito

m*tuo, na sala de aula inclusiva

3ão in*meras as maneiras de como levar alunos com necessidades educativas es"eciais a a"renderem

com qualidade e de maneira con$ort)vel 7este uia são a"resentadas al&umas ideias de como lidar com

eles numa sala de aulas inclusiva, mas muito lon&e de consider)-las *nicas e absolutas !li)s, tratando-

se de estraté&ias e metodolo&ias de ensino-a"rendia&em, não eOistem re&ras soberanas Todas elas são

 "ossibilidades ou tentativas mais estudadas, cienti$icamente

 7o &eral, o com"ortamento .umano tem causalidade m*lti"la devido Q sua naturea biosociocultural

das "essoas com necessidades educativas es"eciais é ainda mais indiscritvel "or ser t"ico Qs suascaractersticas individuais na aquisição da a"rendia&em, ou se5a, "r%"rio de quem ten.a de$iciBncias

visual, auditiva, mental e $sico-motora, transtornos de atenção e su"erdotação ou altas .abilidades

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Educação Inclusiva 

 7o "resente uia, em cada um dos oito ca"tulos que o cor"oriam, são discutidos os se&uintes temas-

c.ave: Ri Educação Inclusiva: o que éAY Rii 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com

i$iculdades de !"rendia&emY Riii 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com e$iciBncia

>isualY Riv 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com e$iciBncia !uditivaY Rv 7ecessidades

Educativas Es"eciais de !lunos com e$iciBncia MentalY Rvi 7ecessidades Educativas Es"eciais de

!lunos com e$iciBncia sico-MotoraY Rvii 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos com

Transtornos de !tençãoY e Rviii 7ecessidades Educativas Es"eciais de !lunos 3u"erdotados ou com

!ltas Habilidades

Em cada 'nidade Tem)tica do uia, "ara além de se indicar as evidBncias requeridas e $aer-se a sua

introdução, são desenvolvidos outros quatro t%"icos-c.ave, nomeadamente: Ri de esclarecimento

conceitual: Rii de descrição das necessidades educativas es"eciais t"icasY Riii de indicação das

estraté&ias a"ro"riadas de orientação escolarY e Riv de a"resentação das actividades de auto-avaliação

 7a "arte $inal do uia são a"resentadas: Ri al&umas recomendaçKes que devem ser observadas "or 

vocBs "ro$essores ao se relacionarem com alunos com necessidades educativas es"eciais, se5am elas de

que naturea $oremY Rii o &loss)rio, associado aos conceitos-c.ave e ao vocabul)rio usados no decurso

de cada 'nidadeY e Riii a re$erBncia biblio&r)$ica dos livros e arti&os cient$icos que serviram de

instrumento de trabal.o "ara a sua elaboração

!. !o07128ncias 9:sicas a d1s1nvolv15omo resultado da a"licação do uia o "ro$essor dever) desenvolver com"etBncias de modo que:

a Identi$ique na sala de aula alunos com necessidades educativas es"eciaisY b 6econ.eça a Educação Inclusiva como aborda&em necess)ria "ara o desenvolvimento da escola

no seu todo, onde todos os alunos a"rendem 5untos sem nen.um ti"o de discriminaçãoc 6elacione a su"eração das di$iculdades de a"rendia&em com a a"licação de estraté&ias

a"ro"riadas Q satis$ação das necessidades de desenvolvimento e $ormação de cada alunoY e,d !da"te os conte*dos curriculares nacionais "ara satis$aer as necessidades de a"rendia&em dos

alunos com necessidades educativas es"eciais

D. ;isão 315al dos 210as do Guia 

3uadro 45

RViso +eral dos temas do )uio

Unidad1 T10:2ica !on21<dos

I Educação InclusivaY o que éA

11 onceito de Educação InclusivaY12 onceito de 7ecessidades Educativas Es"eciais R7EEsY

1C 6elação entre 7EEs e as di$iculdades de a"rendia&em e asde$iciBnciasY e14 !ctividades de auto-avaliação

II i$iculdades de !"rendia&em 21 onceito de di$iculdades de a"rendia&emY22 7EEs de alunos com di$iculdades de a"rendia&emY

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Educação Inclusiva 

2C Estraté&ias de orientação escolarY e24 !ctividades de auto-avaliação

III 7ecessidades Educativas Es"eciais de!lunos com e$iciBncia >isual

C1 onceito de de$iciBncia visualYC2 7EEs de alunos com de$iciBncia visualYCC Estraté&ias de orientação escolarYC4 !ctividades de auto-avaliação

I;  7ecessidades Educativas Es"eciais de!lunos com e$iciBncia !uditiva

41 onceito de de$iciBncia auditivaY42 7EEs de alunos com de$iciBncia auditivaY4C Estraté&ias de orientação escolarY e44 !ctividades de auto-avaliação

; 7ecessidades Educativas Es"eciais de!lunos com e$iciBncia Mental

D1 onceito de de$iciBncia mentalYD2 7EEs de alunos com de$iciBncia mentalYDC Estraté&ias de orientação escolar D4 !ctividades de auto-avaliação

;I 7ecessidades Educativas Es"eciais de!lunos com e$iciBncia sico-Motora

F1 onceito de de$iciBncia $sico-motoraYF2 7EEs de alunos com de$iciBncia $sico-motoraYFC Estraté&ias de orientação escolarY eF4 !ctividades de auto-avaliação

;II  7ecessidades Educativas Es"eciais de!lunos com Transtornos de !tenção

;1 onceito de transtornos de atençãoY

;2 7EEs de alunos com transtornos de atençãoY;C Estraté&ias de orientação escolarY e;4 !ctividades de auto-avaliação

;III 7ecessidades Educativas Es"eciais de!lunos 3u"erdotados ou com !ltasHabilidades

G1 onceito de su"erdotação ou altas .abilidadesYG2 7EEs de alunos com transtornos de atençãoYGC Estraté&ias de orientação escolarY eG4 !ctividades de auto-avaliação

Os Au2o51s

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Educação Inclusiva 

UIDADE TE=>TI!A '? Educação Inclusiva? o @u1 é

'.'. Evid8ncias 51@u15idas

 7o $inal desta unidade o "ro$essor:

a onceitua a Educação InclusivaY

 b istin&ue a Educação Inclusiva da Educação Es"ecialY

c 6elaciona as necessidades educativas es"eciais com as di$iculdades de a"rendia&em e as

de$iciBnciasY e

d 6econ.ece as "otencialidades dos alunos com necessidades educativas es"eciais na aquisição da

a"rendia&em

'.). In25odução

 7esta 'nidade inicial, os t%"icos "ro"ostos "ara leitura re$erem-se aos conceitos de educação inclusiva,

educação es"ecial, necessidades educativas es"eciais, di$iculdades de a"rendia&em e de$iciBncias

 "ro"%sito é clari$icar as caractersticas e o Wmbito de cada um deles e des$aer a con$usão que

.abitualmente é $eita na aborda&em dos mesmos

#ara uma breve ilustração de situaçKes que revelam necessidades educativas es"eciais em nossas

escolas, descreve-se no quadro a se&uir um caso de vivBncias de "ro$essores de duas escolas "rim)riasdo istrito de Man.iça, #rovncia de Ma"uto, a"resentadas durante semin)rios de re$leOão sobre

Educação Inclusiva Entretanto, v)rios outros casos são descritos ao lon&o do &uião como "arte de

actividades de auto-re$leOao

3uadro 46

*"epoimento de um pro%essor so2re envolvimento do aluno com necessidades educativas especiais-

A.; tem F anos e $requenta a 1Z lasse V um aluno bastante entusiasmado e "artici"ativo nas aulas 7o

entanto, ele a"resenta "roblemas na escrita, devido a uma de$iciBncia $sica nas mãos + os dedos estão

encon.idos !ssim, ele tem di$iculdades "ara se&urar o l)"is e"ois de muitas tentativas o "ro$essor 

conse&uiu a5ud)-lo a encaiOar o l)"is entre os dedos "ole&ar, anelar e o mnimo radualmente, !> 5)

conse&ue escrever al&umas letras e "alavras

'.-. !onc1i2o d1 Educação Inclusiva

578757Educaço (nclusiva

! Educação Inclusiva re$ere-se a um est)&io avançado de escolariação de crianças, 5ovens e adultos

nos estabelecimento de ensino re&ular onde todos, inde"endentemente das suas caractersticas e

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  12

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Educação Inclusiva 

di$erenças individuais, estudam e a"rendem 5untos #ara que este envolvimento total aconteça é

necess)rio que a escola, no seu todo, este5a administrativa e "eda&o&icamente or&aniada, de modo a se

$acilitar o acesso escolar e satis$aer com sucesso as necessidades de a"rendia&em de todos os alunos

3e&undo a '7E3 R1<<4: 0F,

LX as escolas se devem a5ustar a todas as crianças, inde"endentemente das suas condiçKes $sicas,

sociais, lin&usticas ou outras RX, crianças com de$iciBncia ou sobredotadas, crianças da rua ou

crianças que trabal.am, crianças de "o"ulaçKes remotas ou n%madas, crianças de minorias

lin&usticas, étnicas ou culturais e crianças de )reas ou &ru"os des$avorecidos ou mar&inaisN

578767Escola (nclusiva

! 1scola inclusiva é uma instituição de ensino aberta a toda a comunidade em que as suas "r)ticas

 "eda&%&icas, administrativas e or&aniacionais estimulam o desenvolvimento .umano inte&ral de todosos a"rendentes, inde"endentemente das suas caractersticas "essoais e di$erenças individuais, baseadas

no &énero, raça, etnia, ln&ua, cultura, estado $sico-mental, condição social, reli&ião, $iliação "artid)ria,

residBncia, local de nascimento e outros $actores de vulnerabilidade .umana e de discriminação social

ensino o$erecido na escola inclusiva deve ser de qualidade e si&ni$icativo s "ro$essores devem $aer 

uso de uma lin&ua&em clara, de métodos ou estraté&ias "artici"ativos e de materiais did)cticos que

 "ossam $acilitar a com"reensão e a a"rendia&em dos conte*dos curriculares

Ter uma Escola Inclusiva im"lica:

a arantir a acessibilidade escolar de todos Rcrianças, 5ovens e adultos, "ara que "ossam usu$ruir 

dos bene$cios da educação que é um dos direitos $undamentais da "essoa .umana, constante na

eclaração 'niversal dos ireitos Humanos R'7I-6io, 2000Y

 b #romover entre todos os cidadãos a universalidade e a i&ualdade de direitos "erante a lei

Ronstituição da 6e"*blica, 2004Y

c !sse&urar que se5am satis$eitas as necessidades b)sicas de a"rendia&em e as educativas es"eciaisde cada um e de todos os alunos, se&undo o recomendado na eclaração Mundial 3obre Educação

#ara Todos R'7E3, 1<<G e na eclaração de 3alamanca e Enquadramento da !cção

R'7E3, 1<<4Y e

d #rovidenciar "r)ticas "eda&%&icas orientadas "ara a satis$ação das necessidades de a"rendia&em

es"ec$icas a cada aluno, através das ada"taçKes curriculares R!ran.a, 2000

'ma escola inclusiva é ami&a de todos os seus inte&rantes, em "articular de todas as crianças com

necessidades educativas es"eciais 7ela os relacionamentos de i&ualdade entre todos ocorrem através da

aceitação, do res"eito e da tolerWncia "elo outro di$erente

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Educação Inclusiva 

578787"i%erenças entre Educaço (nclusiva e Educaço Especial 

! "r)tica da Educação Inclusiva se $a numa escola re&ular "ara todos, que aceita e res"eita a

diversidade dos seus usu)rios e as di$erenças de a"rendia&em que os caracteriam

! Educação Es"ecial é "romovida de $orma se&re&ada ou se"arada em escolas es"eciais concebidasa"enas e es"eci$icamente "ara crianças e 5ovens que tBm de$iciBncias t"icas, ou se5a, com de$iciBncia

visual, de$iciBncia auditiva, de$iciBncia mental, dist*rbios de com"ortamento e outras

! ttulo de eOem"lo, em Moçambique eOistem as se&uintes escolas es"eciais:

a TrBs "ara alunos com d1Bici8ncia audi2iva, sendo uma em 3an&ariveira Rno Munic"io de

Juelimane + Pambéia, outra no Munic"io da (eira R3o$ala e mais outra, no istrito

[aM"$umu, no Munic"io da idade de Ma"utoY

 b 'ma "ara alunos com d1Bici8ncia 01n2al, no istrito [aM"$umu, no Munic"io da idade de

Ma"utoY

c 'ma "ara alunos com d1Bici8ncia visual, no Munic"io da (eiraY e

d Escola omunitaria da !EM, no istrito [aMaOaquene, no Munic"io da idade de Ma"uto

Em todo o mundo, durante séculos, as escolas es"eciais $uncionaram como um sistema de ensino

di$erente e "aralelo ao das escolas re&ulares, destinadas Qs crianças e aos 5ovens que não tivessem

qualquer ti"o de de$iciBncia, considerados como sendo LnormaisN !ctualmente, os dois ti"os de ensino

 buscam uma estraté&ia comum de $uncionamento em que as Les"eciaisN devam "assar a ser centros de

recurso "ara o desenvolvimento das Lre&ularesN

rianças e 5ovens com de$iciBncias "ara além de $requentarem escolas es"eciais "odem também ser 

inte&rados em turmas es"eciais e comuns nas escolas re&ulares, como ocorre"or eOem"lo, em al&umas

escolas "rim)rias, secund)rias e técnico-"ro$issionais, ao nvel do #as

#ara além das escolas es"eciais acima indicadas eOistem no "as, trBs !1n25os d1 R1cu5sos d1Educação Inclusiva R6EI, situados nos munic"ios da Macia Rna "rovncia de aa, de 7am"ula

R7am"ula e de Tete RTete Estes centros, através da $ormação de "ro$essores, visam desenvolver 

com"etBncias e o uso tecnolo&ias educativas "ara que se5a elevado o ensino de crianças e 5ovens com

necessidades educativas es"eciais nas escolas re&ulares, no Wmbito do incremento das escolas inclusivas

Isto im"lica que em todos os conteOtos de inclusão escolar as necessidades educativas es"eciais devem

ser abordadas "elos "ro$essores e outros educadores de $orma "ro$issional nos domnios da a$ectividade,

da ética, da criatividade e do com"rometimento

'.*. !onc1i2o d1 1c1ssidad1s Educa2ivas Es71ciais

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Educação Inclusiva 

 7a conceituação das necessidades educativas es"eciais, são destacados a de$inição, os di$erentes ti"os e

as causas que os caracteriam

579757Necessidades Educativas Especiais

orreia R1<<< di que .) n1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciais quando no conteOto escolar se re&ista um "roblema de naturea sensorial Rvisual e auditivo, intelectual, $sico, emocional e social ou uma

qualquer combinação deles, que a$ecta a "essoa, ne&ativamente, na aquisição da a"rendia&em escolar

!ssim, .aver) necessidade de serem mobiliados recursos de a"oio es"ec$ico "ara que a "essoa que as

 "ossui "ossa a"render com raoabilidade e qualidade

!s necessidades educativas es"eciais estão intrinsecamente relacionadas com as di$iculdades de

a"rendia&em Juer isto dier que tem-nas toda e qualquer "essoa que estando em "rocesso de

escolariação ou eOcluda dele eO"erimenta di$iculdades "ara a"render 7este sentido, suas re$erBnciasdevem ser $eitas sobre:

• a satis$ação das necessidades de a"rendia&emY e,

• a mobiliação de recursos e a"oios "ara a satis$ação dessas necessidades de a"rendia&em

Inde"endentemente da eOistBncia ou não de recursos tecnol%&icos, convencionais ou não, cabe aos

 "ro$essores desenvolverem atitudes $avor)veis Q escolariação de quaisquer crianças e 5ovens com

necessidades educativas es"eciais

579767Tipos de necessidades educativas especiais

!s necessidades educativas es"eciais "odem ser classi$icadas em "ermanentes ou tem"or)rias

a- Necessidades educativas especiais permanentes

EOce"tuando os casos de su"erdotação ou altas .abilidades, as necessidades educativas es"eciais

 "ermanentes estão directamente relacionadas com as de$iciBncias ou doenças cr%nicas #odem ser 

.eredit)rias/ con&Bnitas ou adquiridas a"%s o nascimento quadro evolutivo delas é irreversvel, "or toda a vida

3ão eOem"los de alunos com necessidades educativas es"eciais "ermenantes aqueles que "recisam

de a"oio escolar "ermanente "ara "oderem a"render como é o caso dos ce&os, surdos e aqueles

que tBm de$iciBncia mental

2- Necessidades educativas especiais tempor:rias

!s necessidades educativas es"eciais tem"or)rias ou transit%rias resultam de $actores ambientais,

adquiridas ao lon&o da vida ! maior "arte delas é sol*vel a "artir do uso de estraté&ias de ensino

a5ust)veis aos estilos, ritmos e necessidades de a"rendia&em de quem as tem

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Educação Inclusiva 

TBm necessidades educativas es"eciais tem"or)rias aqueles alunos que "or al&um $actor $amiliar,

de sa*de, "eda&%&ico, "obrea ou outros, baiOaram de rendimento escolar durante al&um "erodo

de tem"o ! recu"eração deles s% "ode ser $eita a "artir de a"oios "eda&%&icos es"ec$icos e

 "ersonaliados

3ão eOem"los de alunos com necessidades educativas es"eciais tem"or)rias aqueles que "or terem

 "erdido um ente querido R"ai, mãe, irmão ou qualquer outro $amiliar muito "r%Oimo baiOaram de

rendimento escolar Juer isto dier que o luto "ode ter uma inter$erBncia ne&ativa e directa no

desem"en.o escolar de qualquer "essoa utro eOem"lo é daquelas crianças em idade escolar que,

 "or v)rios motivos, não tBm acesso Q escola, isto é, não "odem eOercer o seu direito $undamental

de terem uma educação escolar b)sica

579787Causas das necessidades educativas especiaise maneira &enérica as necessidades educativas es"eciais tBm causas m*lti"las e combinadas, muitas

vees de di$cil dia&n%stico eralmente, são as de$iciBncias, doenças, violBncia R&uerras, acidentes,

abuso seOual e outros maus tratos, "obrea, mi&raçKes, "rivação s%cio-a$ectiva, %bitos Rluto, se"aração

dos "ro&enitores, di$erenças de &énero, raça, reli&ião, cultura, etnia e ln&ua e muitas outras situaçKes

traum)ticas e de vulnerabilidade social, que "odem ser indicados como $actores causadores do

sur&imento e da evolução das necessidades educativas es"eciais

'.+. R1lação 1n251 n1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciaisC diBiculdad1s d1 a751ndia310 1 d1Bici8ncias.

! eO"ressão necessidades educativas es"eciais é de domnio educacional #or um lado, é atribuda

Qquelas crianças e 5ovens que tBm di$iculdades de a"rendia&em e todos os outros que não tBm acesso Q

escola #or outro, seu "rinci"al en$oque est) relacionado com as de$iciBncias e a eOclusão "or serem

$undamentais na eO"licação das suas causas

 7a "ers"ectiva da educação inclusiva as de$iciBncias devem ser abordadas como causadoras dasnecessidades educativas es"eciais e não como $oco de estudo em crianças e 5ovens com di$iculdades de

a"rendia&em

 7em todas as crianças e 5ovens com de$iciBncias tBm necessidades educativas es"eciais "orque, mesmo

as "ossuindo, "odem a"render sem "recisarem de recursos ou a"oios adicionais Todas as di$iculdades

de a"rendia&em são "otencialmente transversais em todos os ti"os de de$iciBncias e,

consequentemente, em todas as necessidades educativas es"eciais

'.&. Po21ncialidad1s dos alunos co0 n1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciais

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Educação Inclusiva 

Jualquer aluno com necessidades educativas es"eciais, "ossui "otencialidades "ara a"render conte*dos

escolares e sociais actores eO%&enos de naturea cultural, econ%mica, administrativa, "eda&%&ica e

$amiliar, associados aos end%&enos, de desenvolvimento "essoal, como os biol%&icos RseOo, idade,

de$iciBncia e de "ersonalidade determinam as "ossibilidades do a"render

Em todas as situaçKes de orientação socioescolar é im"rescindvel que se5am res"eitadas as

es"eci$icidades do a"render de cada aluno, relacionadas com o ritmo, o estilo, o interesse, as

necessidades, as motivaçKes, o momento e o conteOto, que caracteriam as suas necessidades educativas

es"eciais !ssim, "ara cada aluno, o "ro$essor, &uiado "or "rocedimentos a$ectivos, criativos, éticos e de

com"rometimento "ro$issionais, deve considerar o se&uinte:

a Todo aluno "ode a"render desde que l.e se5am o$erecidas o"ortunidades e ambiente "ara talY

 b ! a"rendia&em torna-se mais e$ica e a&rad)vel quando ocorre na comunidade do alunoY

c s alunos a"rendem mel.or 5untos, servindo-se de modelo um do outro, "ara o alcance do sucesso

escolarY

d Todo e qualquer aluno a"rende com "raer e com sucesso num ambiente a$ectivo carin.o é a

c.ave da a"rendia&em "ara qualquer a"rendente, em qualquer nvel de ensino e qualquer que se5a

a sua caractersticaY

e 7en.um aluno inicia e termina o ano sem ter a"rendido al&o #ode não alcançar as com"etBncias

requeidas, "articularmente as co&nitivas mas, "ode absorver um vasto leque de .abilidades

socioescolares "ara a vida di)ria, v)lidas "ara si, sua $amlia e sua comunidadeY e$ Mesmo os alunos com necessidades educativas es"eciais de naturea mental, com a$ectação severa

ou "ro$unda, a"rendem que se requer deles é que se5am .abilitados "ara que se tornem,

socialmente, o mais aut%nomo "ossvel E, como todo e qualquer aluno, tBm o direito de receceber 

essas com"etBncias da escola

#ara que se5am satis$eitas as necessidades de a"rendia&em de alunos com necessidades educativas

es"eciais é im"rescindvel que o "ro$essor $aça as ada"taçKes curriculares em $unção das "otencialidades que cada um "ossui "ara a"render e, 7'7!, "elo que não sabe, não é ca"a, não "ode

e não conse&ue $aer

 7os ca"tulos se&uintes são descritas as necessidades educativas es"eciais de crianças e 5ovens,

resultantes das di$iculdades de a"rendia&em, das de$iciBncias visual, auditiva, mental e $sico-motora,

dos dist*rbios de atenção e da su"erdotação ou altas .abilidades

'.,. Ac2ividad1s d1 au2oavaliação

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Educação Inclusiva 

aro "ro$essor/"ro$essora, c.e&ado ao $inal desta "rimeira unidade tem)tica, est) convidadoRa a $aer 

um "equeno eOerccio de consolidação dos assuntos a"rendidos:

a Elabore uma lista de $actores ou ideias que l.e $aem ac.ar que a Educação inclusiva é uma

realidade na tua escola

 b Elabore uma outra lista de $actores ou ideias que te $aem ac.ar qua a Educação Inclusiva é uma

uto"ia na tua escola

c 6e&iste o que ac.a que deve mudar ou ser mel.orado na tua escola "ara que a Educação Inclusiva

se5a, de $acto, uma realidade

d iscuta as suas ideias com os seus cole&as

e Tire conclusKes da discussão que vocB teve com os cole&as

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Educação Inclusiva 

UIDADE TE=>TI!A )? 1c1ssidad1s Educa2ivas Es71ciais d1 Alunosco0 DiBiculdad1s d1 A751ndia310

).'. Evid8nncias 51@u15idas

 7o $inal desta unidade o "ro$essor:a onceitua as di$iculdades de a"rendia&emY

 b Identi$ica alunos com necessidades educativas es"eciais decorrentes das di$iculdades de

a"rendia&emY

c EO"lica as necessidades es"eciais relacionadas com as di$iculdades de a"rendia&emY e,

d !"lica estraté&ias de orientação escolar de alunos com necessidades educativas es"eciais

decorrentes das di$iculdades de a"rendia&em

).). In25odução

! se&uir, a aborda&em das di$iculdades de a"rendia&em é $eita através da sua conceituação,

descrevendo-se a sua de$inição e as suas causas 3ão a"resentadas também as necessidades educativas

es"eciais "rovenientes delas assim como a indicação de "ro"ostas de estraté&ias "ara se lidar com elas e

su"er)-las na sala de aula inclusiva

).-. !onc1i2o d1 diBiculdad1s d1 a751ndia310

678757"i%iculdades de aprendi.a+em

!s diBiculdad1s d1 a751ndia310 diem res"eito aos transtornos ou "roblemas que uma "essoa

a"resenta "ara a"render conte*dos escolares através da "erce"ção, escuta, $ala, leitura, escrita,

raciocnio e c)lculo R3te$anini \ ru, 200F

Inde"endentemente da idade, seOo, ori&em cultural, condição social e outras caractersticas "essoais, as

di$iculdades de a"rendia&em são uma "reocu"ação sem"re "resente no "ercurso escolar de qualquer 

a"rendente !li)s, no meio escolar, toda a mobiliação de recursos "eda&%&icos em termos de

metodolo&ias, estraté&ias, materiais, $ormação docente e outros em torno dos conte*dos curriculares,

tem em vista "revenir, sanar e saber lidar com as di$iculdades de a"rendia&em

!s "essoas que tBm di$iculdades de a"rendia&em, mesmo não "ossuindo qualquer ti"o de de$iciBncia,

mas com nveis médio ou su"erior de inteli&Bncia, a"resentam ndices de desem"en.o escolar abaiOo do

es"erado "elos $amiliares, educadores e outros, com"arados com os alcançados "or outros a"rendentesda mesma idade, seOo e nvel de escolaridade

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Educação Inclusiva 

s transtornos eO"erimentados no a"render matérias escolares são "essoais e mani$estam-se no

momento em que o aluno deve demonstrar as suas com"etBncias nos domnios da $ormação de ideias e

 5ul&amentos, da "erce"ção, da abstracção, da concentração, da coordenação motora, da orientação

es"acial, da tomada de decisKes e outros

678767Causas das di%iculdades de aprendi.a+em

Em muitos casos, re&ista-se uma relação directa entre de$iciBncias e di$iculdades de a"rendia&em Juer 

isto dier que muitos dos que "ossuem de$iciBncias como a visual, auditiva, mental e outros dist*rbios,

a"resentam limitaçKes "essoais "ara "oderem a"render 7outras "essoas esta limitação é nula ou

mnima, de"endendo do conteOto socioambiental em que estiverem inseridas, como "or eOem"lo,

aquelas que tBm de$iciBncia $sico-motora

!s di$iculdades de a"rendia&em não tBm uma causa *nica #ara além das de$iciBncias e outrosdist*rbios or&Wnicos, eOiste uma multi"licidade de $actores ambientais causadores delas como os de

naturea $amiliar, escolar, cultural, socioecon%mica e outras ! remoção delas "ode ser total ou "arcial,

de"endendo das estraté&ias que $orem ado"tadas 'ma aborda&em inadequada de intervenção "ode

resultar no a&ravamento das "ossibilidades "ara qualquer "essoa a"render

).*. 1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciais d1 alunos co0 diBiculdad1s d1 a751ndia310

Teles R2004, oel.o Rs/d e Pori \ iasca R200G e 200<, re$erem que os ti"os mais comuns de

di$iculdades de a"rendia&em, entendidas como necessidades educativas es"eciais, que os alunos

a"resentam na sala de aula são quatro 6elacionam-se com a aquisição e utiliação da $ala, da leitura, da

escrita e do c)lculo, como abaiOo é eO"licado:

a- "i%iculdades na %ala

i$iculdades na $ala, re$erem-se aos erros que o aluno comete ao articular, "ronunciar, trocar,

omitir, imitar e inverter letras ou "alavras durante a a"rendia&em ou no em"re&o delas

2- "i%iculdades na leitura

!s di$iculdades de a"rendia&em na leitura estão relacionadas com a baiOa com"etBncia que o

aluno a"resenta "ara ler e com"reender "alavras e $rases sim"les

c- "i%iculdades na escrita

!s di$iculdades de escrita diem res"eito Q m) qualidade da &ra$ia e ao cometimento de erros

orto&r)$icos que o aluno a"resenta ao ridi&ir e construir "alavras ou $rases sim"les ou narealiação de actividades escolares

d- "i%iculdades no c:lculoG U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  

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Educação Inclusiva 

Tem di$iculdades de calcular aquele que "ossui com"etBncias muito baiOas "ara com"reender e

mani"ular n*meros e realiar o"eraçKes matem)ticas: somar, subtrair, multi"licar e dividir

Embora "ossuam "adrKes médios e su"erior de inteli&Bncia, alunos com di$iculdades de a"rendia&em

cometem erros de "ron*ncia, &ra$ia e orto&ra$ia como, "or eOem"lo, nas se&uintes situaçKes:

a TBm di$iculdades "ara distin&uir letras que ten.am som ou &ra$ia similares:  0;ch *0arope < 

chavena-= ss;ç *posso < poço-= >;+ *>o+o < +elo-= s;. *casa < re.a e l:pis ; lu.-= 0;s *e0cluso < 

escola-Y c-s Rceta + seda e cesta + seOtaY q-c Rquota + colaY e O- ReOame + aarY

 b aem con$usão na articulação e "ron*ncia de letras semel.antes: d-b Rdolo + boloY d-t Rdedo + 

tetoY %;v *%ala < vala-= p;2 *pata < 2ata-= e m;n *meta < neta-Y

c Invertem letras com &ra$ia "arecida: n;u *nua < una-= p;2 *parco < 2arco- e %;t *%aca < vaca-=

d mitem e trocam letras e "alavras: co2ra;co2a= casa;ca.a= 2ola;2ota= e caro;carro= e

e 7a escrita: Ri cometem erros orto&r)$icos Rescrevem mal as "alavrasY Rii a"resentam ideias

desconeOas "or não obedecerem, con$undirem e não saberem $aer uso das re&ras de "ontuaçãoY e

RiiiY elaboram $rases mal estruturadasY

Em todos os casos acima descritos, "ara se entender se estamos "erante necessidades educativas

es"eciais, os resultados do desem"en.o escolar de cada aluno devem ser com"arados aos de qualquer 

outro da mesma $aiOa et)ria, nvel escolar e &énero

).+. Estraté&ias de orientação escolar 

3ão aqui "ro"ostos "rocedimentos de identi$icação de atitudes e com"ortamentos es"ec$icos e

su&estKes metodol%&icas de ensino-a"rendia&em "ara a orientação escolar de crianças e 5ovens com

necessidades educativas es"eciais resultantes das di$iculdades de a"rendia&em

67?757(denti%icaço de atitudes e comportamentos t$picos na sala de aula inclusiva7

 7a sala de aulas inclusiva "odem ser identi$icados al&uns eOem"los de atitudes e com"ortamentos

t"icos de alunos com necessidades educativas es"eciais resultantes das di$iculdades de a"rendia&em,

como os a"resentados no Juadro 0C, a se&uir:

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Educação Inclusiva 

3uadro 48

*Al+umas atitudes e comportamentos t$picos de alunos com di%iculdades de aprendi.a+em/ identi%ic:veis na sala

de aula inclusiva-

!lunos com di$iculdades de a"rendia&em:

a emonstram inse&urança e auto-estima baiOa no que $aem e na relação com os outrosY

 b 3ão ansiosos e tBm medo de $racassarY

c !"resentam di$iculdades na com"reensão e memoriação de conceitos matem)ticosY

d TBm a"rendia&em lenta em relação aos demais cole&asY

e aem con$usão na orientação es")cio-tem"oral e na coordenação motora $ina e &rossaY e

$ TBm altos ndices de absentismo escolar

Teles *6449-/ Coelho *s@d- e or.i B Ciasca *644 e 644D-

67?767Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em aplic:veis na sala de aula inclusiva7

Embora não eOistam re&ras *nicas e v)lidas "ara todos, as su&estKes metodol%&icas de ensino-

a"rendia&em abaiOo a"resentadas devem ser a"licadas de maneira criativa, tendo em conta,

essencialmente, a eO"loração das "otencialidades de cada aluno "ara a"render

3uadro 49

*Al+umas su+est1es metodolo+ias de ensino;aprendi.a+em aplic:veis na sala de aula inclusiva para

alunos com necessidades educativas especiais resultantes das di%iculdades de aprendi.a+em -

 7uma sala de aula inclusiva o/a "ro$essor/"ro$essora deve "rocurar:

a aer com que o aluno "erceba a im"ortWncia do domnio dos conte*dos escolares aos nveis da $ala,

leitura, escrita e c)lculo "ara a sua vida actual e $uturaY

 b ornecer ao aluno actividades escolares "r)ticas, realsticas e si&ni$icativas "ara a sua vida a "artir de

eOem"los de sucesso de outras "essoas que 5) tiveram $racasso escolar e socialY

c $erecer aos alunos actividades l*dicas ou )udio-visuais "ara o a"rimoramento das suascom"etBncias na orientação es")cio-tem"oral, na coordenação motora $ina e &rossa, na "erce"ção dos

$en%menos do meio circundante e na discriminação dos estmulos visuais, auditivos, t)cteis,

ol$activos e &ustativosY

d Enriquecer o vocabul)rio dos alunos, através da estimulação da leitura, da escrita, do c)lculo e da

eOercitação $sica

e orri&ir os erros dos alunos através de eOerccios de mani"ulação de letras e $onemas semel.antes, da

articulação/"ron*ncia, omissão/adição, inversão/troca, união/se"aração, com"aração/imitação,

 "ontuação/acentuação

$ Elo&iar sem"re os es$orços e os acertos que o aluno demonstra na realiação de actividades de $ala,

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Educação Inclusiva 

leitura, escrita e c)lculo e outras associadasY

& olocar os alunos com mais di$iculdades sentados, o mais "r%Oimo "ossvel, do "ro$essorY

. Estimular a a"rendia&em coo"erativa entre "ares de alunos com a"rendia&em r)"ida e lentaY

i >aloriar o erro como "onto de "artida "ara se alcançar o sucesso escolarY

 5 7ão $orçar ou insistir de $orma .umil.ante "ara que o aluno $aça o que não sabe "erante os cole&as,

$amiliares ou mesmo "essoas estran.asY

] Estimular o a"er$eiçoamento das .abilidades de escrita através da "intura, desen.o e modela&emY

l rientar a a"rendia&em da di$erenciação de letras e ob5ectos "elo taman.o, $orma, inclinação e

 "osição RQ $rente/Q tr)s, ao lado, Q esquerda/Q direita, em baiOo/em cima, "erto/lon&eY e

m Estar "ermanentemente aberdo "ara a a"rendia&em e a"licação de novas estraté&ias que "ossibilitem

a "revenção e a eliminação das di$iculdades de a"rendia&em

Teles *6449-/ Coelho *s@d- e or.i B Ciasca *644 e 644D-

).+. Ac2ividad1s d1 au2oavaliação

aro "ro$essor/"ro$essora, c.e&ado ao $inal desta se&unda unidade tem)tica, est) convidadoRa a $aer o

se&uinte eOerccio de consolidação dos assuntos a"rendidos:

om a "artici"ação dos cole&as analise o caso constante no Juadro 0D abaiOo transcrito e re$lictam

sobre as questKes que se&uem:

3uadro 4?

R aso LN

Eu tive um aluno c.amado om < anos $requentava a CZ lasse Tin.a "roblemas "ara se

concentrar nas actividades da aula Era muito a&itado e quando eu dava uma tare$a Q classe, ele

era o ultimo a a"resentar o resultado e, "or vees, não tin.a nada escrito #ara mel.or controlar o

com"ortamento tive que ter uma conversa com os "ais elimente, eles colaboravam comi&o

sem"re que os convidasse e $alasse sobre a situação do menino

a aça um levantamento dos erros mais comuns que teus alunos cometem quando $alam, leBm,

escrevem e calculam ou $aem contasY

 b !nalise as caractersticas de cada ti"o de erro identi$icadoY

c Tire conclusKes do que investi&ouY

d iscuta com os teus cole&as as conclusKes que elaboraste sobre os erros dos teus alunosY e

e Elaborem uma lista de "rocedimentos que tevem considerar a "artir de a&ora "ara eliminarem os

erros dos vossos alunos

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  23

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Educação Inclusiva 

UIDADE TE=>TI!A -? 1c1ssidad1s Educa2ivas Es71ciais d1 Alunosco0 D1Bici8ncia ;isual

-.' Evid8nncias 51@u15idas?

 7o $inal desta unidade o "ro$essor:a onceitua a de$iciBncia visualY

 b escreve as caractersticas do 3istema railleY

c Identi$ica alunos com necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia visualY

d EO"lica as necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia visualY e

e !"lica estraté&ias de orientação escolar de alunos com necessidades educativas es"eciais de

naturea visual

-.). In25odução

 7este ca"tulo as necessidades educativas es"eciais de naturea visual são discutidas em torno dos

conceitos de visão, de$iciBncia visual e suas causas, da descrição das di$iculdades de a"rendia&em

resultantes da de$iciBncia e das estraté&ias "ara a sua orientação escolar om"lementarmente, é

a"resentada uma breve bio&ra$ia de !ouis raille, criador do 3istema raille

-.-. !onc1i2o d1 d1Bici8ncia visual

878757A viso

! visão é um dos cinco sentidos do ser .umano, Q semel.ança da audição, do tacto, do ol$acto e do

 "aladar 3e&undo a rande Enciclo"édia !aurose Cultural  R1<<0: F0G<, a visão X

Fé uma %unço asse+urada pelos olhos e pelo cére2ro *F- que in%orma ao indiv$duo a distGncia/

a %orma/ a cHr e o movimento dos o2>ectos colocados em seu campo visual e0posto I lu.

om a ca"acidade visual que "ossui, o .omem "ode ver, absorver e "erceber todos os estmulos doambiente socio$sico que o rodeia 7o entanto, nem todos estão dotados desse "oder de a"reciar tudo o

que ocorre Q sua volta devido Qs anomalias que o ol.o "ossa ter Tais anomalias são con.ecidas "or 

de$iciBncia visual

878767A de%ici&ncia visual 

#ara il R2000: 0F, a d1Bici8ncia visual re$ere-se Q redução total ou "arcial da ca"acidade que a "essoa

tem "ara "oder ver e "erceber de manneira ntida, com os dois ol.os, as $ormas, as cores, o taman.o, a

 "osição e o movimento RdinWmica dos seres e ob5ectos do ambiente socio$sico em que se encontra

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Educação Inclusiva 

eralmente, a de$iciBncia visual, se5a ela con&énita ou adquirida, tem tratamento irreversvel Juer isto

dier que são raros os casos de recu"eração total ou "arcial da visão

i$erentemente das "essoas com visão, as que "ossuem de$iciBncia $aem a construção da realidade de

maneira "eculiar !"esar desta "articularidade, que l.es coloca desvanta&ens no desem"en.o de "a"éis

sociais, tBm direitos e deveres como todos os demais no acesso Q educação, aos cuidados de sa*de, ao

em"re&o, ao trans"orte, ao laer, Q 5ustiça e a outras necessidades b)sicas do dia-a-dia, ao lon&o da vida

#ara usu$ruirem destes bene$cios, e "or não os alcançarem de $orma totalmente aut%noma, as "essoas

com de$iciBncia visual "recisam de a"oios .umanos e tecnol%&icos es"eciais

878787Causas da de%ici&ncia visual 

omo todas as outras a de$iciBncia visual tem causas m*lti"las, "odendo ser sim"li$icadas em biol%&icas

e ambientais:

a- Causas 2ioló+icas

!s causas biol%&icas re$erem-se Qs .eredit)rias ou con&énitas como a m) $ormação ocular, a

catarata, a diabetes, a &laucoma, a mio"ia e outras

2- Causas am2ientais

!s causas ambientais são as adquiridas ao lon&o da vida, a"%s o nascimento, destacando-se as

se&uintes: trauma ocular, catarata, diabetes, in$ecçKes e outras

-.*. 1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciais d1 alunos co0 d1Bici8ncia visual

!s necessidades educativas es"eciais de alunos com de$iciBncia visual "odem ser analisadas em dois

nveis: Ri daqueles que são ce&os ou tBm ce&ueira R"erda total da visãoY e Rii dos que tBm baiOa visão

R"erda "arcial da visão

879757A ce+ueira

3e&undo 3), am"os e 3ilva R200;: 1D, a c13u1i5a

X é uma alteraço +rave ou total de uma ou mais das %unç1es elementares da viso que a%eta de

modo irremedi:vel a capacidade de perce2er cor/ tamanho/ distGncia/ %orma/ posiço ou

movimento em um campo mais ou menos a2ran+ente

 7a ce&ueira os residuais de visão são muito baiOos o que $a com que a "essoa não ten.a nen.uma

ca"acidade ou "ossibilidade "ara ver os ob5ectos do seu meio s%cio-escolar ! "essoa é ce&a Esta é uma

das caractersticas que determinam as necessidades educativas es"eciais da "essoa com de$iciBncia

visual

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! $alta de visão num s% ol.o Rvisão monocular não a$ecta si&ni$icativamente o cam"o e a acuidade

visuais Juer isto dier que o ol.o o"eracional assume toda a $unção visual sem nen.um

com"romentimento relevante

cam"o visual é o raio ou eOtensão em que os ob5ectos do ambiente circundante "odem ser vistos Q lu

solar ) a acuidade visual, est) relacionada com a ca"acidade de uma "essoa ver com intensidade e

nitide os ob5ectos de um "onto ao outro, numa lin.a recta

879767A 2ai0a viso

#ara além da ce&ueira, a baiOa visão é outra condição .umana que caractera as necessidades

educativas es"eciais da "essoa com de$iciBncia visual

3e&undo il R2000, 0F, a 9aia visão é de$inida como sendo a alteraço da capacidade %uncional 

decorrente de %actores como re2ai0amento si+ni%icativo da acuidade visual/ reduço importante do

campo visual e da sensi2ilidade aos constrastes e limitaço de outras capacidades

s nveis de redução da visão são v)rios e incom"ar)veis de "essoa "ara "essoa o que leva com que

cada caso se5a di$erente de todos os outros no tratamento, na orientação e em outras $ormas de redução

dos dados causados "ela de$iciBncia

879787Apoio Is necessidades educativas especiais

s a"oios Q escolariação de alunos com necessidades educativas es"eciais de naturea visual sãoo$erecidos de acordo com o nvel de com"rometimento da de$iciBncia !ssim, são determinados a"oios

tecnol%&icos "ara aqueles que são ce&os e "ara os que tBm baiOa visão R3), am"os e 3ilva, 200;, Tais

a"oios são $eitos através de a"arel.os ou instrumentos usados "ara a $acilitação da a"rendia&em ao se

identi$icar, ler e escrever letras, n*meros e outros smbolos &r)$icos

a- Apoio tecnoló+ico para alunos ce+os

a"oio tecnol%&ico que o aluno ce&o necessita "ara a a"rendia&em escolar est) relacionado com

o uso do 3istema raille que o levar) Q iniciação e Q $ormação escolares "ara toda a vida

3istema raille, considerado "or outros es"ecialistas como c%di&o ou método, é um con5unto de

recursos e "rocedimentos técnico-metodol%&icos, convencionados universalmente, que "ermitem

que um aluno ce&o o use "ara "oder ler, escrever, contar, calcular e comunicar-se de maneira

com"etente e e$ica, na aquisição das a"rendia&ens social e escolar

3istema (raille, criado "or  !ouis raille, inte&ra: a élula  raille, o !l$abeto  raille, a

 7umeração  raille, a M)quina raille, o #a"el raille, o ?ivro raille, a 6e&lete e a #unção,ilustradas no 3uadro 4 a2ai0o, como eOem"los de material 2raille

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Educação Inclusiva 

3uadro 4 

*E0emplos de Material raille-

=:@uina 45aill1 "u7as R13l121 1 Punção

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3uadro 4K 

*reve 2io+ra%ia de !ouis raille-

 Louis Braille

L Sistema raille possui o nome do seu criador/ o %ranc&s !ouis raille *54D<5?6-7 Nasceu no in$cio

do século (/ a 49 de Janeiro de 54D/ em Coupvra/ distrito que dista de #aris a 9? Om7 Aos tr&s anos de idade !ouis raille so%reu um acidente quando me0ia numa %erramenta na o%icina do

 pai/ Simon Pené/ que era celeiro e preparador de couro7 L o2>ecto que !ouis usava soltou;se atin+indo;

lhe a vista esquerda e per%urando;a7 Al+um tempo depois o %erimento %icou in%ectado atin+indo o outro

olho o que lhe causou ce+ueira total/ em 5567

 "otado de inteli+&ncia rara/ !ouis começou a %requentar uma escola re+ular na pequena cidade onde

nasceu7 Sendo ce+o/ no meio de crianças com viso/ o seu desempenho escolar esteve acima do esperado

considerando a sua de%ici&ncia7

Com 54 anos de idade/ em 55D/ seu pai inscreveu;o no (nstituto Peal Jovens Ce+os7 Sua participaço

escolar %oi considerada alta e acima dos padr1es dos alunos da sua idade7 Sendo um aluno talentoso/

aprendeu mQsica/ tornando;se pianista e or+anista7 Além disso/ através do tacto/ aprendeu a ler e a

escrever 6 letras do al%a2eto7 Al+um tempo depois/ !ouis tornou;se pro%essor nesta instituiço7

Certo dia/ !ouis sou2e da e0ist&ncia de um método de leitura e escrita usado pelo e0ército em am2ientes

nocturnos7 L modelo %oi adaptado e adoptado pela escola como método au0iliar de ensino7 Contudo/ %oi

considerado di%$cil e complicado para a aprendi.a+em dos alunos7

 A partir do método usado pelo e0ército/ en+enhosamente/ aos 5? anos de idade/ !ouis inventou um

 sistema de leitura e escrita mais simples e e%ica. correspondente ao al%a2eto convencional/ que passou a

 ser denominado Al%a2eto raille/ como é conhecido até aos dias de ho>e7

 !ouis apresentou o seu método ao (nstituto que o aprovou e o aplicou com sucesso na aprendi.a+em dos

alunos em 'l+e2ra/ )ram:tica/ )eo+ra%ia e MQsica7 L sistema se e0pandiu pela Europa e pelo mundo7

 Em 5?4/ aos 95 anos de idade e >: so%rendo de tu2erculose/ !ouis raille pediu demisso do

 pro%essorado e veio a %alecer em 5?67 No anivers:rio do centen:rio da sua morte/ em 5D?6/ o )overno

 Rranc&s prestou;lhe homena+em pelos seus %eitos para o pa$s e para o mundo7

 !da"tado do teOto de Marina R2000 

2- Apoio tecnoló+ico para alunos com 2ai0a viso

 7o meio escolar muitas $ormas são usadas "ara que as qualidades do cam"o e da acuidade visuais

se5am mel.oradas "ara a a"rendia&em e"endendo da es"eci$icidade da lesão visual são usados

di$erentes recursos ou acess%rios visuais que "odem ser %"ticos, não-%"ticos e electr%nicos

•  Pecursos ópticos

3ão materiais $ormados "or lentes, lu"as e %culos de di$erente "otBncia que servem "ara a"rimorar 

a ca"acidade e a qualidade visuais #odem ser "ara lon&e ou "ara "erto !s lentes "ara lon&e

am"liam as ima&ens "ara auOiliarem a leitura "ara lon&e !s lentes "ara "erto, "ermitem a leitura

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Educação Inclusiva 

de material im"resso uso destes recursos s% "ode ser $eito mediante "rescrição de um médico

o$talmolo&ista

•  Pecursos no;ópticos

Esssencialmente, estes recursos estão relacionados com as ada"taçKes do ambiente da sala deaulas ao desem"en.o visual e Qs condiçKes de a"rendia&em do aluno Tais ada"taçKes "odem ser 

$eitas na iluminação, na qualidade do material did)ctico Rl)"is C( e F(, livros com caracteres

am"liados, c.a"éus ou bonés, canetas e outros

•  Pecursos electrónicos

Estes recursos são usados "ara am"liar o taman.o e o contraste dos ob5ectos, letras e n*meros de

modo a terem maior visibilidade 'sualmente, usam-se com"utadores, calculadoras, tele$ones

celulares, a"arel.os de televisão e outros

correcto uso dos recursos electr%nicos vai de"ender das necessidades de visualiação de cada aluno

'ns "odem "recisar de a"enas um mas, outros, "odem $aer a combinação de dois ou mais

instrumentos

-.+. Es25a2é3ias d1 o5i1n2ação 1scola5

eralmente, "ara a orientação de crianças e 5ovens com necessidades educativas es"eciais decorrentes

da de$iciBncia visual são usadas as se&uintes estraté&ias:

87?757(denti%icaço de atitudes e comportamentos t$picos na sala de aula inclusiva7

 7em sem"re é "ossvel descrever as atitudes e os com"ortamentos de alunos com necessidades

educativas es"eciais advindas da de$iciBncia visual 7o Juadro 0G, são a"resentados al&uns eOem"los

identi$ic)veis na sala de aula inclusiva

3uadro 4

*Al+umas atitudes e comportamentos t$picos de alunos com de%ici&ncia visual 

 identi%ic:veis na sala de aula inclusiva-

a Irritação constante nos ol.osY

 b !"roOimação do rosto no "a"el, ao escrever e ao lerY

c i$iculdade "ara co"iar Q distWncia o escrito no quadroY

d l.os $ranidos "ara ler o que est) escrito no quadroY

e abeça inclinada "ara ler ou escrever, como se "rocurasse um Wn&ulo "ara ver mel.orY

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Educação Inclusiva 

$ Tro"eços $req^entes "or não ver "equenos obst)culos no c.ãoY

& Estrabismo Rol.ar tortoY

. 7ista&mo Rol.o trBmuloY e

i i$iculdade "ara ver em ambientes muito claros ou escuros

)il *6444- e S:/ Campos e Silva *644K-

87?787 Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em aplic:veis na sala de aula inclusiva7

!l&umas su&estKes a"resentadas abaiOo, visam a5udar o "ro$essor na elevação das com"etBncias de

a"rendia&em dos seus alunos com necessidades educativas es"eciais de car)cter visual:

3uadro 4D*Al+umas su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em aplic:veis a alunos com necessidades educativas especiais de

car:cter visual/ na sala de aula inclusiva-

 7uma sala de aula inclusiva o/a "ro$essor/"ro$essora deve "rocurar:

a olocar o aluno sentado "r%Oimo ou a$astado do quadro, no centro da sala de aulas, caso se

 5usti$iqueY b Evitar que os raios solares incidam no rosto do alunoYc Estimular o uso de %culos, mediante recomendação médicaYd olocar a carteira do aluno num local onde não .a5a re$leOo luminar sobre o quadro "retoY

e #osicionar a carteira de modo que o aluno não se5a estorvado "ela sombra ao escreverY$ !da"tar o ambiente de a"rendia&em e as actividades do aluno Q sua condição visualY& onceder mais tem"o ao aluno "ara concluir as suas actividades, sem"re que se 5ul&ar necess)rioY. Ter certea de que o aluno vB as "alavras e as ilustraçKes mostradas, durante o "rocesso de ensino-

a"rendia&emYi olocar o aluno em lu&ares com sombra, caso ten.a di$iculdades de ver em ambientes com muita lu

R$oto$obiaY 5 Evitar iluminação eOcessiva na sala de aulaY] bservar a qualidade e nitide do material utiliado "elo aluno: letras, n*meros, traços, $i&uras,

mar&ens, desen.os com bom contraste $i&ura/$undoY

l bservar o es"açamento adequado entre letras, "alavras e lin.asYm 'tiliar "a"el $osco, "ara não re$lectir a claridadeY en EO"licar com clarea e sim"licidade as tare$as que devem ser realiadas "elo aluno

)il *6444- e S:/ Campos e Silva *644K-

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Educação Inclusiva 

-.&. Ac2ividad1s d1 au2oavaliação

aro "ro$essor/"ro$essora, c.e&ado ao $inal desta terceira unidade tem)tica, est) convidadoRa a $aer 

mais um eOerccio de consolidação dos assuntos a"rendidos:

- Individualmente e em &ru"os de cole&as analisem o caso da "ro$essora Pubaida 6a5), abaiOo transcrito

e discutam com base nas questKes que constam a se&uir ao quadro 10

 3uadro 54

  RCaso u2aida Pa>:W

3ou Pubaida 6a5) 7este ano estou a ensinar uma turma da 2Z lasse Ten.o uma aluna de 12 anos de

idade que se c.ama 67 V ce&a de nascença e muito inteli&ente, mas re"rovou na 1Z lasse e a&ora est) a

re"etir a 2Z V muito assdua, uma ve que neste ano nunca $altou Qs aulas ala muito bem o 6on&a e o

#ortu&uBs com"arando-a com outros meninos e meninas da sua idade ou mais vel.os, .abitantes daqui da

 "ovoação s "ais são cam"oneses, com "oucos estudos mas, acom"an.am atentamente a vida escolar da$il.a 7o ano "assado ela $oi aluna de uma outra "ro$essora que $oi trans$erida Todos n%s tn.amos uma

admiração "or ela, "ela cora&em de ensinar uma ce&a 7unca tin.a ima&inado que um dia ela "oderia ser 

min.a aluna, também omo a outra "ro$essora, &an.ei cora&em e estou a com a menina omo diia a

min.a cole&a, ela é carin.osa, não se movimenta e não incomoda os cole&as na sala de aulas Todos

&ostam dela e a5udam-na no que $or necess)rio 7as aulas est) sem"re atenta e muito "artici"ativa !té

conta coisas que acontecem no "as e no mundo Em casa escuta muito a r)dio e os notici)rios 7a turma é

con.ecida como La menina das notciasN Tem as matérias bem &uardadas na mem%ria, "rinci"almente as

de #ortu&uBs !"esar de tudo, ela tem "roblemas: não escreveY $a tudo oralmente V muito $raca naMatem)tica a"esar de ter raciocnio r)"ito #or causa disso $requenta uma classe em cada dois anos,

con$orme recomendou o 3ector #eda&%&ico da Escola e o istrito, "orque estamos a $aer Educação

Inclusiva Tudo o que est) a acontecer com a menina me inquieta e sem"re me "er&unto: ser) que todos os

ce&os como, "or eOem"lo, o e"utado da !ssembleira da 6e"*blia, $aem cada classe em dois anosA Mas

ele é 5ovem e diem que é outor_ omo conse&uiu c.e&ar l)A 3er) que a 67 um dia ser) outoraA

!5udem-me cole&as_

a Jue medidas devem ser tomadas na escola da "ro$essora Pubaida 6a5) "ara que a aluna 67 nãovolte a re"rovar de classe, sistematicamenteA

 b 7a sua escola que as"ectos devem ser mel.orados "ara que alunos ce&os "ossam $requent)-laA

c Jue as"ectos eOistem na sua escola, $avor)veis Q $requBncia escolar de alunos ce&osA

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Educação Inclusiva 

UIDADE TE=>TI!A *? 1c1ssidad1s Educa2ivas Es71ciais d1 Alunosco0 D1Bici8ncia Audi2iva

*.'. Evid8ncias 51@u15idas

 7o $inal desta unidade o "ro$essor:a onceitua a de$iciBncia auditivaY

 b EO"lica as caractericas da ?in&ua de 3inais de Moçambique

c Identi$ica alunos com necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia auditivaY

d EO"lica as necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia auditivaY e

e !"lica estraté&ias de orientação escolar de alunos com necessidades educativas es"eciais de

naturea auditiva

*.). In25odução

estudo das necessidades educativas es"eciais de car)cter auditivo é aqui $eito em trBs momentos

distintos 7o "rimeiro é a"resentado o teOto de leituras b)sicas relacionadas com o conceito de

de$iciBncia auditiva que enquadra a audição, a de$iciBncia auditica e suas causas 7o se&undo são

eO"licadas as necessidades educativas es"eciais de alunos com de$iciBncia auditiva inalmente, são

 "ro"ostas estraté&ias de orientação escolar "ara esses alunos

*.-. !onc1i2o d1 d1Bici8ncia audi2iva

978757A audiço

! audição é um dos cinco sentidos da es"écie .umana e outros animais, "ossuindo a ca"acidade de

ca"tar voes, sons e outros runos do meio ambiente até uma determinada distWncia, de"endendo da

intensidade e da "ressão sonora im"rimida "or eles

978767"e%ici&ncia auditiva#ara 6edondo e arval.o R2000, a d1Bici8ncia audi2iva é a "erda total ou "arcial da ca"acidade de uma

 "essoa "oder escutar voes, sons e quaisquer outros rudos do ambiente "r%Oimo ou distante

978787Causas da de%ici&ncia auditiva

! de$iciBncia auditiva tem causas biol%&icas ou ambientais como abaiOo é eO"licado

a- Causas 2ioló+icas

!s causas biol%&icas da de$iciBncia auditiva são con&énitas, "odendo ser ainda .eredit)ria ou&enéticas e ocorrem usualmente nos "erodos "ré ou "eri-natais, como a transmissão de "ais "ara

$il.os, a m) $ormação dos &enes, lesKes ocorridas durante o nascimento e muitas outras situaçKes

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  32

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Educação Inclusiva 

2- Causas am2ientais

!s causas ambientais são adquiridas e ocorrem a"%s o nascimento e ao lon&o de toda a vida

devido a acidentes, doenças, eO"osição "rolon&ada a rudos altos, consumo de dro&as e outros

$actores

*.*. 1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciais d1 alunos co0 d1Bici8ncia audi2iva

!s necessidades educativas es"eciais de crianças e 5ovens com de$iciBncia auditiva "odem ser 

mani$estadas de maneira es"ec$ica em "essoas com surde ou surdas e naquelas que tBm baiOa audição

3uas es"eci$icidades estão intrinsecamente relacionadas com o quadro classi$icat%rio da de$iciBncia

auditiva Juer isto dier que cada necessidade é determinada "elo &rau de com"remetimento da

ca"acidade auditiva e das "ossibilidades de seu uso e eO"loração na escola V neste *ltimo "ro"%sito que

toda a acção educativa deve ser direccionada no sentido de se elevar e se mel.orar a com"etBncia

auditiva da "essoa com de$iciBncia auditiva !ssim, deverão ser mobiliados recursos a"ro"riados ou

es"ec$icos "ara a a"rendia&em dos alunos surdos ou com baiOa audição

979757Surde.

6edondo e arval.o R2000 consideram que a su5d1  di res"eito Q inca"acidade "ermanente e

irreversvel da "essoa ouvir voes e outros rudos do seu meio ambientee modo &eral, a comunicação das "essoas surdas entre elas e outros ouvintes, ocorre através do uso da

?n&ua de 3inais de Moçambique e de outros recursos, essencialmente viso-&estuais

979767ai0a audiço

!s necessidades educativas es"eciais da "essoa com 9aia audição ou hi7oacusia caracteriam-se "elo

$acto dela a"resentar "erda auditiva de$initiva ou tem"or)ria Isto ocorre quando ela não "ossuir 

ca"acidade ou com"etBncia satis$at%ria, em um ou em ambos ouvidos, "ara escutar voes, sons e

quaisquer outros rudos do seu meio ambiente socioescolar Juer isto dier que a "essoa tem resduos

auditivos que o "ermitem comunicar-se oralmente com al&uma aceitabilidade ou recorrendo-se ao uso

de acess%rios auditivos e meios viso-&estuais

! ca"acidade auditiva ou o residual auditivo de qualquer "essoa com baiOa audição s% "ode ser 

determinado "or um médico otorrinolarin&olo&ista ou outra "essoa tecnicamente autoriada, mediante o

uso de um audometro

om o audometro é "ossvel medir a ca"acidade autitiva de qualquer "essoa cu5os &raus "odem ser leve, moderado, severo ou "ro$undo, como é ilustrado no Juadro 11

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  33

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3uadro 55

*)raus/ !imiares e Xa2ilidades para Luvir e Ralar-

G5au d1 P15daAudi2iva

"i0ia5 Audi2ivoH10 d1ci9éis d4J

Ka9ilidad1s 7a5a Ouvi5 1 Fala5

$'  7ormal 00 + 2D 3em di$iculdade a"arente

$) ?eve 2F + 40i$iculdade em ouvir a $ala e conversas com intensidade$raca, es"ecialmente em ambientes ruidosos, mas

 "erce"tveis em outros silenciosos

$- Moderado 41 + ;0

i$iculdade em entender a $ala, es"ecialmente na "resença

de rudo de $undo V necess)rio aumentar o volume "ara se

entender a T> ou a r)dio ! $ala tem que ser alta e tem-se

di$iculdades "ara conversar em &ru"o

$* 3evero ;1 + <0

ala normal não é audvel H) di$iculdades "ara se

entender mesmo $alando-se num volume alto eralmente,

a "erce"ção auditiva s% é "ossvel &ritando

$+ #ro$undo !cima de <1

Mesmo a $ala am"li$icada é di$cil de ser entendida ou

ouvida 3em acess%rio auditivo a comunicação não é

 "ossvel

*Adaptado dos sites da #honaO !i%e (s Ln *s@d- e da Siemens *s@d--

979787Apoio Is necessidades educativas especiais

!lunos com necessidades educativas es"eciais de naturea auditiva "ossuem nen.um ou baiOo

desem"en.o escolar "ara ouvir e $alar, "ermanente ou transitoriamente

 7a sala de aulas, ocorrem duas "ossibilidades "ara se mel.orar a ca"acidade de a"rendia&em destes

alunos: Ri a "rimeira relaciona-se com o uso da ?n&ua de 3inais e outros recursos viso-&estuais, "ara

alunos surdosY e Rii a se&unda, re$ere-se ao uso de recursos ou acess%rios auditivos, "ara aqueles que

tBm baiOa audição

a- Apoio para alunos surdos

Em Moçambique, a educação escolar dos surdos é $eita, "rimordialmente, através do uso da

?n&ua de 3inais de Moçambique Ela é um veculo de comunicação viso-&estual com estrutura

&ramatical "r%"ria, mundialmente convencionado como ln&ua materna ou natural da "essoa ou

comunidade surda 3ua a"licação "ode ser combinada com outras $ormas comunicativas como

&estos, smbolos, sinais lumin%sos, sons, eO"ressKes $aciais, eO"ressKes cor"orais, ima&ens e

muitas outras $ormas "ictorscas e não-verbais

! "resença de intér"retes em ln&ua de sinais tem sido uma estraté&ia valiosa na elevação dosnveis de comunicabilidade entre "essoas surdas e ouvintes nos conteOtos escolar, "ro$issional e

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social este modo, na $i&ura abaiOo é a"resentado o !l$abeto Manual que cor"oria a ?n&ua de

3inais de Moçambique, cu5a con$i&uração da mão corres"onde ao !l$abeto #ortu&uBs

3uadro 56

*Al%a2eto Manual-

i$erentes modalidades de ensino tBm sido ado"tadas "ara se escolariar alunos surdos: Ri na

escola es"ecial, s% "ara surdosY Rii na turma es"ecial, em uma escola re&ularY e Riii na turma

comum, em uma escola re&ular, sendo esta a estraté&ia mais dese5)vel

2- Apoio para alunos com 2ai0a audiço

'ma &rande variedade de materiais ou acess%rios auditivos são usados "ara a a"rendia&em de

alunos de"ois de dia&nosticados como tendo baiOa audição, "elo médico otorrinolarin&olo&ista ou

 "or um técnico devidamente credenciado !ssim, determinam-se os nveis de "erda e "otenciação

auditivas do a"rendente, visando a mel.oria da sua "artici"ação escolar

#or eOem"lo, a ca"acidade de escuta na a"rendia&em de alunos com baiOa audição mel.oramuito quando são usados meios did)cticos diversi$icados como "roteses auditivas, smbolos,

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sinais luminosos, sons de di$erentes tmbres, eO"ressKes $)cio-cor"orais, ima&ens e outras $ormas

 "ictorscas e não-verbais ! "resença de intér"retes de ln&ua de sinais é também recomend)vel

*.+. Es25a2é3ias d1 o5i1n2ação 1scola5

!lunos com necessidades educativas es"eciais de car)cter auditivo "recisam de estraté&ias a"ro"riadas

 "ara "oderem a"ender e"endendo da eO"eriBncia e com"etBncia "ro$issionais do "ro$essor v)rias

estraté&ias "odem ser a"licadas durante o "rocesso de escolariação !baiOo, são "ro"ostas al&umas

97?757(denti%icaço de atitudes e comportamentos t$picos na sala de aulas inclusiva7

!l&uns eOem"los de atitudes e com"ortamentos identi$ic)veis na sala de aulas "or alunos com

necessidades educativas es"eciais de naturea auditiva são a"resentados no Juadro 1C, abaiOo:

3uadro 58

*Al+umas atitudes e comportamentos t$picos identi%ic:veis na sala de aula inclusiva em

alunos com de%ici&ncia auditiva-

Em alunos com necessidades educativas es"eciais de naturea auditiva "ode observar-se:

a alta de reacção na "resença de um rudo alto Rtele$one, cam"ain.a, buina e outros a"arel.os

sonorosY

 b 7ão direcionamento da cabeça "ara o lado de onde "rovBm um determinado somY

c 7ão emissão de "alavras dentro da idade socialmente es"eradaY

d 7ão mani$estação de qualquer com"ortamento $ace a um c.amamentoY

e Mani$estação de al&uma di$iculdade "ara "erceber "alavras, conversas, sons e rudosY

$ Emissão de vo alta em ambientes ou momentos que não 5usti$icam tal atitudeY

& TendBncia "ara escuta de r)dio, T> e outros a"arel.os sonoros com o volume altoY

. i$iculdade em escutar sussurros de um ou de ambos ouvidosY

i i$iculdades em escutar conversas em locais "ouco barul.entosY

 5 3olicitação constante "ara que as "essoas re"itam o que disseram antesY

] amiliares e outras "essoas "r%Oimas a$irmam que "ossuem "roblemas auditivosY

l i$iculdades em acom"an.ar, escutar e "erceber letras de uma m*sica que este5a a ser tocadaY

m ores em um ou em ambos ouvidosY e

n !"arecimento de lquido claro ou "us num dos ouvidos ou em ambos

 Pedondo e Carvalho *6444-

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97?767Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em aplic:veis na sala de aula inclusiva7

!os "ro$essores de alunos com necessidades educativas es"eciais de car)cter auditivo são su&eridas as

se&uintes estrtaté&ias de ensino-a"rendia&em:

3uadro 59

*Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em aplic:veis na sala de aula inclusiva/ a alunos com de%ici&ncia auditiva-

a E$ectuar ada"taçKes curriculares 5usti$ic)veis e a5ustadas Qs necessidades de a"rendia&em dos

alunos surdos ou com baiOa audição a "artir do currculo do ensino re&ularY

 b rientar a a"rendia&em dos conte*dos curriculares, utiliando sistemas de comunicação

alternativos, como a ?n&ua de 3inais, a mmica, a comunicação total, o desen.o, a eO"ressão

cor"oral e muitos outros recursos visuaisY

c 'tiliar técnicas, "rocedimentos e instrumentos de avaliação com"atveis com as necessidades do

aluno, sem alterar, substancialmente, os ob5etivos da avaliaçãoY

d olocar o aluno sem"re na "rimeira $ila na sala de aulasY

e 'sar um recurso auditivo caso a "erda auditiva o eOi5aY

$ alar o mais claramente "ossvel, evitando virar as costas ao aluno durante o di)lo&oY

& ornecer uma c%"ia dos teOtos em estudo com antecedBncia, assim como uma lista da terminolo&ia

técnica utiliada na disci"lina, "ara o aluno tomar con.ecimento das "alavras e do conte*do da aula a

ser lecionada

. 3olicitar a colaboração de um intér"rete que use a ?n&ua de 3inais de MoçambiqueYi onsiderar que o aluno "ode necessitar de tem"o eOtra "ara res"onder aos testesY

 5 alar com naturalidade e clarea, não eOa&erando no tom de voY

] Evitar $icar em $rente, Q 5anela ou debaiOo de outras $ontes de lu, "ois o re$leOo "ode di$icultar o

aluno de visualiar a sua articulação l)bio-$acial, os seus &estos e a "ostura do seu cor"o na

articulação da ?n&ua de 3inaisY

l 7ão colocar a mão diante da boca enquanto estiver a $alar "ara os alunosY

m EO"or o material did)ctico que vai ser usado durante a aula, eO"licando o seu ti"o, $unção, utilidade,

dentro e $ora da sala de aulasYn 'sar o quadro e outros materiais audio-visuais antes ou de"ois de eO"licar os conte*dos e não

simultaneamenteY

o 6e"itir as "er&untas, res"ostas e coment)rios das discussKes ou conversas ocorridas na aulaY

 " Escrever no quadro ou no caderno do aluno datas e in$ormaçKes im"ortantes, "ara se asse&urar que

$oram entendidasY

q 6etirar, nos teOtos narrativos, momentos de "ausa e ada"t)-los de modo que se5a usada uma

lin&ua&em denotativa sim"les e ob5ectivaY

r Elaborar teOtos curtos, sim"les e si&ni$icativosY

s 3ublin.ar as $ormas verbais "ara que se5a $acilitada a sua memoriaçãoY

t Incentivar a "rodução de teOtos escritos Rredacção/com"osiçKes e ditados em ln&ua de sinaisY

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u ramatiar as aulas de sistematiação dos conte*dos

 Pedondo e Carvalho *6444-

*.+. Ac2ividad1s d1 au2oavaliação

aro "ro$essor/"ro$essora, c.e&ado ao $inal desta Juarta 'nidade Tem)tica, est) convidadoRa a $aer 

mais um eOerccio de consolidação dos assuntos a"rendidos

om a "artici"ação dos cole&as analise o caso abaiOo transcrito, res"ondendo Qs questKes que a"arecem

de se&uida:

3uadro 5?

*Caso CarlotaW-

.amo-me arlota Tive um aluno com de$iciBncia auditiva + surde Ele tin.a um com"ortamento di$cil,

muito irrequieto, nervoso e nunca "restava atenção nas aulas Eu es$orçava-me "or tentar comunicar-me

com ele através de &estos #ara mel.or control)-lo e a"oi)-lo, colocava-o numa das carteiras da $rente da

sala urante as actividades da aula eu sentava ao lado dele, tentando a5ud)-lo #ara $acilitar a "erce"ção

dele nas contas RMatematica eu recorria a "auin.os 7a disci"lina de #ortu&ues era um "ouco mais

sim"les "ara a escrita de letras "ois, era a"enas $aer v)rios movimentos no ar, na carteira ou no c.ão e ele

 "ercebia Juando "rocurava "elos "ais deste menino "ara saber a situação dele em casa, a"enas diiam

que ele tin.a o mesmo com"ortamento, ou se5a, não res"eitava a nin&uém e "ediam a mim "ara a5udar-

l.es a mel.orar o com"ortamento do $il.o

a omo inter"reta este caso tendo em conta o que leu nesta unidadeA

 b Jue su&estKes daria ao "ro$essor "ara a5udar o seu aluno a mel.orar o desem"en.o escolarA

c Jue eO"eriBncias vivenciou de casos de alunos com necessidades educativas es"eciais similares ao

acima a"resentadoA

d Juais $oram as suas atitudes ao de"arar-se com alunos com necessidades educativas es"eciais na

sala de aulaA

e Jue medidas deve tomar na sua sala de aula "ara que alunos com necessidades educativas

es"eciais de car)cter auditivo não $iquem mar&inaliados e "artici"em activamenteA

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Educação Inclusiva 

UIDADE TE=>TI!A +? 1c1ssidad1s Educa2ivas Es71ciais d1 Alunosco0 D1Bici8ncia =1n2al

+.'. Evid8ncias 51@u15idas

 7o $inal desta 'nidade o "ro$essor:a onceitua a de$iciBncia mentalY

 b Identi$ica alunos com necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia mentalY

c EO"licar as necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia mentalY e

d !"lica estraté&ias de orientação escolar "ara alunos com necessidades educativas es"eciais

decorrentes da de$iciBncia mental

+.). In25odução

#ara o desenvolvimento desta 'nidade Tem)tica os t%"icos-c.ave seleccionados $oram a conceituação

da de$iciBncia mental, a descrição das suas necessidades educativas es"eciais t"icas e a indicação das

estraté&ias de orientação escolar "ara os alunos que as "ossuem

+.-. !onc1i2o d1 d1Bici8ncia 01n2al

?78757A mente humana

termo 01n21 hu0ana  re$ere-se a uma "arte do or&anismo .umano res"ons)vel "ela activação

contnua dos "rocessos mentais como a con&ição R"erce"ção, "ensamento, mem%ria, a"rendia&em,

criatividade, recordar, a emoção Rale&ria, tristea, medo, sur"resa, ci*me, ver&on.a, cul"a e a conação

RconsciBncia, motivação, vontade, intenção, dese5o

s "rocessos mentais "odem ser conscientes ou inconscientes e são identi$ic)veis através dos

com"ortamentos que o .omem mani$esta na sua relação di)ria com os outros e com o meio ambiente

?78767"e%ici&ncia mental 

aendo re$erBncia Q !ssociação !mericana de 6etardo Mental, !lmeida R2004: 4C, de$ine a

d1Bici8ncia 01n2al como

X uma incapacidade caracteri.ada por limitaç1es si+ni%icativas em am2os/ %uncionamento

intelectual e comportamento adaptativo e est: e0presso nas ha2ilidades sociais/ conceituais

e pr:ticas7 A incapacidade se ori+ina entes da idade de 5 anos

! "rinci"al caracterstica da de$iciBncia ou retardo mental é a redução da ca"acidade intelectual de um

indivduo, situada abaiOo dos "adrKes considerados normais "ara a sua idade e conteOto de vida,

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  39

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Educação Inclusiva 

acom"an.ada de limitaçKes no com"ortamento ada"tativo em "elo menos duas ou mais das se&uintes

.abilidades: comunicação, auto-cuidados, vida doméstica, .abilidades sociais, relacionamento

inter"essoal, uso de recursos comunit)rios, auto-su$iciBncia, .abilidades académicas, trabal.o, laer,

sa*de e se&urança

?78787Causas da de%ici&ncia mental 

! de$iciBncia mental tem tratamento irreverssvel 3uas causas "odem ser biol%&icas ou ambientais !s

 "rimeiras estão relacionadas com as doenças de naturea con&énita, .eredit)ria ou &enética !s

se&undas, $undamentalmente, tBm ori&em no com"ortamento .umano de risco como nos casos de

acidentes, consumo de dro&as, violBncia, m) nutrição, doenças e outras e de acidentes naturais

+.*. 1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciais d1 alunos co0 d1Bici8ncia 01n2al

!s necessidades educativas es"eciais no conteOto da de$iciBncia mental são determinadas "or cada um

dos nveis ou ca"acidades de inteli&Bncia, o c.amado quociente de inteli&Bncia RJI que caracteria a

com"etBncia co&nitiva do aluno, associada a outras .abilidade de com"ortamento ada"tativo

! equação vul&armente usada "ara se determinar o JI de qualquer "essoa e consequentemente o seu

&rau de inteli&Bncia ou com"rometimento intelectual é a se&uinte:

! Idade Mental di res"eito Q do amadurecimento mental s% `mensur)vel a "artir da a"licação de um

teste "sicol%&ico a"ro"riado ! Idade rinol%&ica re$ere-se ao tem"o actual de vida da "essoa, ou se5a,

os anos de vida que ela tem

! corres"ondBncia entre o est)&io de inteli&Bncia, o JI e as com"etBncias individuais "odem ser observadas no Juadro 1F, obtido a "artir das ada"taçKes $eitas em !lmeida R2004 e erreira R2011:

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3uadro 5 

*Al+umas ha2ilidades t$picas de alunos com necessidades educativas especiais de car:cter mental-

Es2:3ioL Mv1ld1 AB1c2ação

Mv1is do #I D1sc5ição das Ka9ilidad1s Es71cMBicas

$' ?imtro$e FG + GD

aluno não a"resenta "roblemas claros de de$iciBncia Tem al&uma

com"etBncia académica que Qs vees é "erturbada "or al&um atraso

na a"rendia&em ori&inado "or $actores s%cio-culturais

des$avorecidos, baiOa a$ectividade e outros TBm al&uma autonomia

na realiação de tare$as escolares

$) ?i&eiro D2 + F;

Enquadram-se neste nvel aqueles alunos que, sem terem de$iciBncia

mental, a"resentam mais di$iculdades de a"rendia&em devido a uma

leve dis$unção cerebral TBm ada"tação e a"rendia&em s%cio-

$amiliar re&ulares ou normais V na escola onde eO"erimentam al&um

descon$orto ao demonstrarem as suas com"etBncias co&nitivas

#recisam de al&um a"oio do "ro$essor e cole&as na realiação de

al&umas tare$as escolares

$- Moderado CF + D1

 7este &ru"o os alunos a"resentam al&uns com"ortamentos

caractersticos de de$iciBncia 7ecessitam da a5uda do "ro$essor 

embora não se5am totalmente de"endentes no desem"en.o de

al&umas tare$as b)sicas de leitura, escrita, c)lculo e resolução de

 "roblemas escolares e de naturea social

$* 3evero 20 + CD

 7este est)&io os alunos "recisam de a5uda substancial na escola e na

$amlia TBm autonomia mnima na realiação de al&umas

actividades escolares e sociais mas sob vi&ilWncia "ermanente

#odem ser orientados "ara mel.orarem a sua autonomia na

realiação de al&umas tare$as s%cio-escolres sim"les

$+ #ro$undo !baiOo de 20!qui os alunos são totalmente de"endentes nos domnios escolar esocial, ou se5a, tBm muitas limitaçKes "ara realiarem actividades da

vida di)ria

 Almeida *6449- e Rerreira *6455-

Embora os alunos com necessidades educativas es"eciais de car)cter mental re&istem uma redução

 "ro&ressiva no desem"en.o de com"etBncias co&nitivas, do nvel dese5ado "ara o "ro$undo, as

.abilidades de com"ortamento ada"tativo devem ser eO"loradas o m)Oimo "ossvel "ara se "ermitir queeles se5am o mais aut%nomo "ossvel na realiação de actividades da vida di)ria 7esta "ers"ectiva, a

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Educação Inclusiva 

avaliação escolar do aluno não deve ser determinada a"enas "elas suas ca"acidades intelectuais mas de

$orma .olstica considerando todas as outras suas dimensKes .umanas

+.+. Es25a2é3ias d1 o5i1n2ação 1scola5

!s su&estKes de "rocedimentos de identi$icação e de metodolo&ias "ara a educação de alunos com

necessidades educativas es"eciais resultantes da de$iciBncia mental são abaiOo a"resentadas:

?7?757(denti%icaço de atitudes e comportamentos t$picos na sala de aulas inclusiva

!l&umas atitudes e com"ortamentos comuns identi$ic)veis em alunos com necessidades educativas

es"eciais de naturea mental são os se&uintes:

3uadro 5K 

*Al+umas atitudes e comportamentos t$picos em alunos com necessidades educativas especiais de nature.a

mental/ identi%ic:veis na sala de aula inclusiva-

Em alunos com necessidades educativas es"eciais de naturea mental observa-se:

a ?entidão na com"reensão e realiação de tare$as escolares e sociaisY

 b Estilos di$erentes "ara a"render e eOecutar tare$as escolares e sociaisY

c i$iculdades "ara:

identi$icar cores, ler, contar, calcular, escrever e $alar com assertividadeY• com"reender e eOecutar instruçKes sim"lesY

•  "rocessar in$ormaçKes e outros estmulos do meioY

•  "restar atenção, memoriarY

• inter"retar a realidade socialY

• cuidar da .i&iene "essoalY

d #erturbaçKes de "ersonalidadeY

e !trasos evolutivos em situaçKes de 5o&o, laer e trabal.oY$ (aiOa motivação e $alta de interesse "ara realiar actividades corriqueiras

 Almeida *6449- e Rerreira *6455-

?7?767Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em na sala de aula inclusiva

 7o Juadro 1G são a"resentadas al&umas su&estKes metodol%&icas de ensino-a"rendia&em "ara "ro$essores de

alunos com necessidades educativas es"eciais de naturea mental:

Y

3uadro 5

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Educação Inclusiva 

*Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em aplic:veis na sala de aula inclusiva para alunos com

de%ici&ncia mental-

 7uma sala de aula inclusiva o/a "ro$essor/"ro$essora deve "rocurar:

a r&aniar o "rocesso de a"rendia&em ado"tando a mesma "ro"osta curricular do ensino re&ular,mas com al&umas ada"taçKes que "ossibilitem aos alunos a"render com seu ritmo intelectualY

 b !"licar métodos activos/ "artici"ativos, ou se5a, aulas que envolvem muitas actividades dos alunos,

como $orma de envolver mais os alunos com necessidades educativas es"eciais na )rea mentalY

c rientar o ensino de $orma "ersonaliada, criativa, "aciente, a$ectiva, com"rometida e ética, ou se5a,

 "rocurar "re"arar al&umas actividades es"eci$icas direcionadas Qs .abilidades "ara a vida di)ria de

alunos com necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia mentalY

d Estimular a mem%ria, a atenção e a or&aniação da in$ormação, da resolução de "roblemas e dos

 "rocessos de socialiação dos alunos com necessidades educativas es"eciais na )rea mental, através

de actividades escolares "r)ticas, l*dicas e com recurso aos meios audio-visuaisY

e rientar a educação do aluno de modo a torn)-lo cada ve mais aut%nomo na realiação de tare$as

escolares e sociais

$ Em caso de aluno que a"resenta "roblemas mais severos, aconsel.ar os "ais a levar a criança "ara

uma consulta medica, sem que a escola deiOe de continuar a trabal.ar com a mesma

 Almeida *6449- e Rerreira *6455-

+.&. Ac2ividad1s d1 au2oavaliação

om a "artici"ação dos cole&as analise o Laso N e o Laso 6TN, abaiOo transcritos, res"ondendo

Qs questKes que se se&uem:

3uadro 5D

*Casos J7C7W-

.!, tin.a < !nos Era aluno da CZ lasse Ele tin.a muitos "roblemas na sala de aulas #arecia ter 

 "roblemas de atraso mental 7ão mani$estava interesse "elas aulas icava o tem"o todo a ol.ar "ara

todos os lados, ou a brincar com os cole&as 7ão conse&uia ler e mal "odia-se ler o que escrevia Ele vivia

a"enas com a mãe que nunca tin.a tem"o de ir Q escola "ara conversar com o "ro$essor devido a trabal.os

na mac.amba

a #artil.a da mesma o"inião do "ro$essor em relação ao caso do aluno A

 b o seu "onto de vista, qual é a situação do e que medidas deveriam ser tomadasA

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  43

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Educação Inclusiva 

3uadro 64

*Caso P7T7W-

Em 200D tive uma aluna, de nome R.T., de 14 anos, na CZ lasse Era uma menina muito a&itada na sala#ouco "ercebia a matéria, mas era a "rimeira a levantar a mão "ara res"onder Qs min.as "er&untas

 7al&umas vees levantava-se e saltitava em "lena sala de aula e diia que estava a tirar sono Entretanto,

 5) no ano se&uinte, com um outro "ro$essor, a situação da aluna "iorou Ela batia nos cole&as e

abandonava as aulas a qualquer altura Ela sai da sala "ela 5anela ale&ando que ia "ara casa brincar

a omo caracteria o caso do aluno 6T considerando a idade e a classe em que est)A E, no seu

 "onto de vista, que ti"o de "roblema ou di$iculdade a"resenta este alunoA

 b que $aer "erante situação idBntica Q da 6TAc aça uma lista&em de casos de alunos com com"ortamentos Lnão normaisN que ten.a tido,

descreva cada caso e qual a evolução de cada aluno

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  44

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Educação Inclusiva 

UIDADE TE=>TI!A &? 1c1ssidad1s Educa2ivas Es71ciais d1 Alunosco0 D1Bici8ncia FMsico=o2o5a

&.'. Evid8ncias 51@u15idas

 7o $inal desta 'nidade o "ro$essor:a onceitua a de$iciBncia $isico-motoraY

 b Identi$ica alunos com necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia $sico-motoraY

c escreve as necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia $sico-motoraY

d !"lica estraté&ias de orientação escolar "ara alunos com necessidades educativas es"eciais

decorrentes da de$iciBncia $sico-motora

&.). In25odução conceito de de$iciBncia $sico-motora, a descrição das necessidades educativas es"eciais decorrentes

dela e a indicação de estraté&ias "ara a orientação escolar dos alunos que as "ossuem são os t%"icos

 "ro"ostos "ara an)lise nesta 'nidade Tem)tica

&.-. !onc1i2o d1 d1Bici8ncia BMsico0o2o5a

conceito de de$iciBncia $sico-motora é aqui a"resentado considerando a sua de$inição e as suas

di$erentes causas

78757"e%ici&ncia %$sico;motora

! d1Bici8ncia BMsico0o2o5a, também denominada L$sica e motoraN ou a"enas L$sicaN, é de$inida "or 

Maciel R1<<G: D2 comoX

Fuma desvanta+em/ resultante de um comprometimento ou de uma incapacidade/ que

limita ou impede o desempenho motor de determinada pessoa7

!inda se&undo Maciel R1<<G, são consideradas "essoas com de$iciBncia $sico-motora, aquelas quea"resentam al&um com"rometimento na ca"acidade motora a "artir de "adrKes considerados normais na

 "essoa .umana !ssim, .) de$iciBncia quando a "essoa a"resenta alteração com"leta ou "arcial em um

ou mais se&mentos do cor"o com"rometendo suas $unçKes $sica e motora

#or eOem"lo, tem de$iciBncia $sico-motora qualquer "essoa que tiver um ou ambos membros Rin$eriores

ou su"eriores am"utados ou "aralisados ou ainda "arte do cor"o mutilado que "ossa "re5udicar a sua

mobilidade e a realiação de $unçKes b)sicas do dia-a-dia, em com"aração com os outros semel.antes

78767Causas da de%ici&ncia %$sico;motora

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  45

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Educação Inclusiva 

Maciel R1<<G a"resenta trBs causas essenciais da de$iciBncia $sico-motora que "ode ser de car)cter 

con&énito Ro individuo nasce com ela ou adquirido Rresultante de al&um acidente ao lon&o da vida:

a- Causas pré;natais

6e$erem-se Qs com"licaçKes que ocorrem durante a &estação resultantes da in&estão de remédios "ela mãe, do aborto $rustrado, de emorra&ias contnuas, da .i"ertensão e de "roblemas &enéticos

2- Causas peri;natais

Estão relacionadas com os "roblemas res"irat%rios do bebé, sur&idos durante o nascimento, a sua

 "rematuridade, o seu so$rimento durante o "arto e outras com"licaçKes da decorrentes

c- Causas pós;natais

iem res"eito Qs "aradas cardacas, Qs in$ecçKes .os"italares, Q menin&ite e outras doençasin$ecto-conta&iosas, Q incom"atibilidade san&unea entre bebé e mãe, aos traumatismos cranianos

e outras situaçKes malé$icas

&.*. 1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciais d1 alunos co0 d1Bici8ncia BMsico0o2o5a

! "essoa com de$iciBncia $sico-motora a"resenta desvanta&ens "ara realiar certas tare$as "odendo

necessitar de a"oios a5ustados Q sua condição nos meios $amiliar, escolar, "ro$issional e social #ara tal,

tBm sido desenvolvidos métodos e recursos tecnol%&icos e did)cticos Rmateriais, equi"amentos e "r%teses "ara se $acilitar a sua "artici"ação s%cio-escolar

V em $unção das limitaçKes do meio que ocorrem as necessidades educativas es"eciais EOiste uma

variedade de cate&orias ou ti"os que caracteriam a de$iciBncia $sico-motora Rorreia, 1<<<

#ara as $inalidades deste uia são aqui a"resentados al&uns eOem"los de necessidades educativas

es"eciais relacionadas com a de$iciBncia $sico-motora tais como: a am"utação, a "aralisia, a distro$ia e

a e"ile"sia, as que mais se veri$icam em muitas escolas moçambicanas sem, no entento, ne&li&enciar a

eOistBncia de outras:a- Amputaço

! am"utação, se&undo .ini \ (oemer R200;, é a retirada total ou "arcial de um membro ou

 "arte dele, como $orma de tratamento de uma doença ou de reconstituição cor"oral

evido Q am"utação a "essoa "erde uma "arte de si, do seu cor"o, que $ica "ro$undamente

alterado, causando desvanta&ens "ermanentes "ara se locomover e realiar de $orma con$ort)vel e

aut%noma al&umas tare$as s%cio-escolares "rocesso de restauração

2- #aralisia

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  46

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Educação Inclusiva 

#aralisia é a "erda com"leta da $unção do m*sculo "ara um ou mais &ru"os musculares #aralisia

 "ode causar "erda de sensação ou "erda de mobilidade na )rea a$ectada Ela caracteria-se

 "rinci"almente "ela "aralisação tem"or)ria ou de$initiva dos membros ou "artes do cor"o,

&eralmente causada "or danos no sistema nervoso RlesKes da medula es"in.al #odemos destacar 

trBs modos de "aralisia, nomeadamente:

•  #araple+ia, quando a "essoa "erde o movimento e a sensibilidade do cor"o, a "artir da

cintura até Q totalidade dos membros in$erioresY

• Tetraple+ia, relacionada com a insensibilidade e a ausBncia de movimentos cor"orais, desde

o "escoço até aos membros in$eriores e su"erioresY e

•  Xemiple+ia, que é a "aralisação do lado esquerdo ou direito do cor"o, a$ectando ao mesmo

tem"o os membros in$erior e su"erior do mesmo lado

c- #aralisia cere2ral 

! 7a5al1sia c15195al, se&undo !ran.a R200F, re$ere-se a um con5unto com"leOo de dist*rbios da

motricidade volunt)ria ou do controlo dos movimentos devido a uma a$ectação neuro-cerebral

6e&ra &eral ela resulta de uma lesão cerebral "roduida durante a &ravide, na altura do "arto,

de"ois do nascimento, ou antes, dos D anos

Estudos mostram que a "aralisia cerebral não é uma doença e também não é "ro&ressiva !s "artes

do cérebro que controlam os movimentos musculares são "articularmente vulner)veis Q lesão nos

 bebés "rematuros e nos muito "equenos ! "aralisia cerebral a$ecta 1 ou 2 em cada 1000 bebés,

mas é 10 vees mais $requente nos bebés "rematuros e, es"ecialmente, nos de "ouco "eso

d- "istro%ia muscular 

! dis25oBia 0uscula5 é uma doença &enética caracteriada "ela de&eneração "ro&ressiva dos

m*sculos Ela "ode a$ectar "essoas de qualquer idade, sendo mais comum em crianças R7ielsen,

1<<<

e- Epilepsia

! e"ile"sia, sem ser necessariamente uma de$iciBncia $sico-motora, de"endendo das suas

caractersticas evolutivas, da intesidade da a$ectação cerebral e da duração das suas mani$estaçKes,

 "ode a"resentar-se como tal, de maneira transit%ria ou "ermenente

! maior "arte dos alunos com de$iciBncia $sico-motora não "ossui necessidades educativas es"eciais

Elas s% "oderão se mani$estar quando as condiçKes do meio associadas Q de$iciBncia e aos $actores

culturais inter$erem ne&ativamente no acesso e na aquisição da a"rendia&em escolar, de $orma directa

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  47

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Educação Inclusiva 

ou indirecta !ssim, serão necess)rios recursos e a"oios es"eciais "ara ter acesso a uma educação de

qualidade que l.es &aranta sucesso escolar e social

&.+. Es25a2é3ias d1 o5i1n2ação 1scola5

 7a sala de aula inclusiva, "ara se lidar bem com alunos que ten.am necessidades educativas es"eciais

de car)cter $sico-motor devem ser identi$icados as atitudes e os com"ortamentos que os caracteriam

e a"licadas metodolo&ias a"ro"riadas "ara a satis$ação das suas necessidades de a"rendia&em, como

é su&erido abaiOo

7?757 (denti%icaço de atitudes e comportamentos t$picos na sala de aulas inclusiva

In*meros e de lista&em ines&ot)veis são as atitudes e os com"ortamentos t"icos de "essoas com

necessidades educativas es"eciais decorrentes da de$iciBncia $sico-motora 7o Juadro 21 são

a"resentados al&uns dos eOem"los &enéricos e mais comuns identi$ic)veis na sala de aula inclusiva

3uadro 65

*Al+umas atitudes e comportamentos t$picos identi%ic:veis na sala de aula inclusiva em

alunos com de%ici&ncia %$sico;motora-

Em alunos com de$iciencia $sico-motora "ode observar-se:

a Mani$estação de "adrKes de inteli&Bncia média e altaY

 b Movimento cor"oral r&ido ou $l)cido e descoordenado com as suas demais "artesY

c #ostura cor"oral desa5ustada total ou "arcialmente no sentar ou na realiação de movimentosY

d ?entidão no andar e na realiação de al&uns movimentos cor"orais

e 'so de meios de $acilitação da locomoção: cadeira de rodas, ben&ala, muletas e outrosY e

$ Movimentos da cabeça involunt)rios e r&idos

& !"resentação de &estos $aciais involunt)rios e incomuns RcaretasY

. (aiOa autoestima associada a momentos de irritação e isolamento

i !ndar torto, desequilibrado, incerto, inse&uro e desordenadoY

 5 3e&urar o l)"is e outros ob5ectos com muita ou "ouca $orçaY e

] Mãos trémulas, r&idas e dedos dobradosY

l Mani$estação de dist*rbios nos cam"os da audição, da comunicação oral, escrita e não-verbal

R&estual, da res"iração e da orientação es"acialY

m Membros in$eriores tortos, r&idos e em $orma de tesouraY

n corrBncia de desequilbrios cor"orais e quedas $requentes:

o i$iculdade no controlo dos movimentos dos membros in$eriores e su"erioresY

 " i$iculdades na realiação de actividades que eOi5am coordenação motora $inaY

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Educação Inclusiva 

q i$iculdades "ara se sentar, se levantar e subir de&rausY

r ores %sseas, articulares e muscularesY

s 3istema $onoaudiol%&ico a$ectado o que di$iculta a $ala na articulação de certas "alavrasY

t !l&uma $alta de autonomia na realiação de al&uns movimentos cor"orais

u Momentos em que a "essoa tem um ol.ar $iOo ou em que a"resenta "erodos de ausBncia

ineO"lic)veisY

v #erca de consciBncia acom"an.ada de incontinBncia ou di$iculdades em controlar os es$nteresY

#rodução de sons estran.osY

O istorção a nvel das "erce"çKes e ineO"lic)veis sensaçKes de medoY

al.as tem"or)rias e totais da mem%ria e da consciBnciaY e

Estados de con$usão no cam"o da mem%ria

 Aranha *644-/ Nielsen *5DDD-/ Lrdonha *6458-

7?767 Lrientaç1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em na sala de aula inclusiva

! escola é im"ortante "ara qualquer criança, em "articular "ara aquela que tem necessidades educativas

es"eciais V na escola onde ela adquire con$iança em si mesma e nos outros !ssim, é recomend)vel que

o "ro$essor na sala de aula:

• #rocure trabal.ar com cada aluno de acordo com a necessidade educativa es"ec$ica que

a"resenta Mas, de um modo &eral, estes alunos "recisam de estar sentados num local a "artir do

qual o "ro$essor "ode acom"an.ar seus movimentos e "restar a5uda sem"re que necess)rio

• 3ensibilie os demais alunos "ara ter em atenção os casos de cole&as que, "or al&uma de$iciBncia

motora necessitem de a"oio, como, "or eOem"lo, na entrada ou sada da sala de aula, ida a casa

de ban.o, etc

• !ssuma e transmita aos demais alunos que, aqueles alunos que a"resentam de$iciBncias $sicas

ou motoras não devem ser vistos como LcoitadosN "ois, muitos até "ossuem nvel intelectual

acima da média, a"enas a"resentando "roblemas de locomoção, ou outros

 7o caso es"ec$ico de alunos co0 17il17sia, 7ielsen R1<<< su&ere al&umas estraté&ias que "odem ser 

a"licadas "elo "ro$essor caso um dos seus a"rendentes entre em crise:

3uadro 66

*Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em aplic:veis a alunos com epilepsia-

#ara casos de umRa alunoRa com ataque de E"ile"sia, o/a "ro$essor/"ro$essora deve "rocurar:

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Educação Inclusiva 

a Manter a calma e não tentar reanimar o alunoY

 b olocar o aluno no c.ão e "r al&o suave Rca"ulana, etc, "or baiOo da sua cabeçaY

c >irar o aluno de barri&a "ara cima, a $im de se manter as vias res"irat%rias desim"edidasY

d #ermitir que o $luido eOistente na boca "ossa ser drenadoY

e 6emover da )rea mais "r%Oima os ob5ectos duros, com arestas ou quentesY$ 7ão tentar restrin&ir qualquer movimento do alunoY

& !liviar a "ressão da rou"a desa"ertando-aY

. 7ão dar nada a beber ou a en&olir durante a criseY

i 7ão $orçar a boca do aluno "ara que esta se manten.a aberta, nem introduir nela qualquer ob5ectoY

 5 7ão travar a ln&ua do aluno "orque ele não a en&olir)Y

] 3e o aluno camin.a sem destino durante a crise, remover da )rea quaisquer ob5ectos "otencialmente

 "eri&ososY e

l aer com que o aluno não se a"roOime de riac.os, "iscinas, "raias, $o&ueiras e outros locais

 "otencialmente "eri&osos no momento de ter crises e"ilé"ticas

 Aranha *644-/ Nielsen *5DDD-/ Lrdonha *6458-

&.&. Ac2ividad1s d1 au2oavaliação

omo $orma de consolidação do a"rendiado da 3eOta 'nidade Tematica, o "ro$essor/"ro$essora, est)

convidadoRa a realiar as se&uintes actividades:

onsidere os casos que se a"resentam abaiOo e analise-os com base nas questKes que se se&uem:

3uadro 68

RCasoW"W

, de 1G anos de idade, a $requentar a DZ lasse, é um 5ovem com d1Bici8ncia 0o2o5a + "aralisia nos

membros in$eriores Ele desloca-se de c%coras "orque não "ossui um meio de locomoção !"esar de

ser um aluno re"etente, não conse&ue $aer c%"ia !"resenta di$iculdades na escrita, leitura e

articulação de "alavras #or outro lado ele não assimila os conte*dos tratados nas aulas Este aluno que

vive a cerca de um quil%metro de distancia da escola, é bastante dedicado e nunca $alta Q aulas, .a5a

c.uva ou vento "ro$essor di-se muito "reocu"ado com a situação deste aluno a quem tem mandado

$aer muitas c%"ias "ara mel.orar a escrita

3uadro 69

RCaso WMW

M de < !nos, na CZ lasse, tin.a "roblema de E"le"sia e quando tin.a crises caia e $icava inconsciente

! "ro$essora recomendava aos cole&as "ara não se a"roOimar Ela tin.a di$iculdades de escrever e de

ler requentes vees M não vin.a Q escola #or $im ela "erdeu o ano 7o ano se&uinte não retornou Q

escola e os "ais vieram in$ormar que ela deveria $icar em casa "ara els acom"an.ar a situação da sa*de

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Educação Inclusiva 

dela

a onsidera correcta a atitude da "ro$essora da M "erante o ocorridoA E, no caso do aluno A

 b Entretanto, observa-se que "rovavelmente, nem a "ro$essora, nem a escola, "rocurou intera&ir com

os "ais da M "ara a5udar a $aer $ace a este "roblema que acabou ditando a deseitencia escolar

onsidera correcto o "rocedimento .avidoA iscuta com cole&as e undamentem

c Jue casos de de$iciBncia $sico-motora 5) identi$icou na sua escolaA 3er) que tem .avido o devido

acom"an.amentoA 7o caso do aluno , que medidas "odiam ser tomadasA

d Jue medidas devem ser tomadas na escola "ara que casos como a da aluna M não voltem a

acontecerA

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UIDADE TE=>TI!A ,? 1c1ssidad1s Educa2ivas Es71ciais d1 Alunosco0 T5ans2o5nos d1 A21nção

,.'. Evid8ncias 51@u15idas

!té ao $im da 'nidade o "ro$essor:a onceitua os transtornos de atençãoY

 b Identi$ica alunos com necessidades educativas es"eciais decorrentes dos transtornos de atençãoY

c EO"lica as necessidades educativas es"eciais decorrentes dos transtornos de atençãoY

d !"lica estraté&ias de orientação escolar "ara alunos com necessidades educativas es"eciais

relacionadas com os transtornos de atenção

,.). In25odução 7esta 'nidade abordam-se al&uns $enmenos que ocorrem em crianças e adolescentes que "odem ser 

vistos como transtornos de atenção a, al&umas vees re&istam-se situaçKes di$ceis em al&uns alunos

que a$ectam os seus relacionamentos normais com os cole&as, "ro$essores e "ais ou encarre&ados de

educação

,.-. !onc1i2o d1 25ans2o5no d1 a21nção

#ara mel.or se entender as caractersticas dos alunos com necessidades educativas es"eciais resultantesdos transtornos de atenção im"orta, em "rimeiro lu&ar, clari$icar o conceito de atenção

K78757A atenço

! a21nção é uma .abilidade mental que "ermite Q "essoa orientar-se de acordo com o meio em que se

encontra om esta ca"acidade ela conse&ue "erceber o que est) Q sua volta e rea&ir adequadamente em

relação ao que vB, ouve, c.eira, a"al"a e saboreia !ssim, Tana]a R200;: FC de$ine a atenção como

sendo LX o estado de concentração da atividade mental sobre determinado ob5etoN Juer isto dier que

a "essoa est) com atenção ou atenta quando sua concentração est) orientada "ara um ob5ecto ou

estmulo es"e$$ico do meio Ela "ode ser volunt)ria ou involunt)ria:

a- Tipos de atenço

Tana]a R200; a"resenta dois ti"os de atenção: a atenção volunt)ria e a atenção involunt)ria

•  Atenço volunt:ria

! atenção volunt)ria re$ere-se ao tem"o e nveis de concentração que a "essoa d) a um

determinado estmulo do meio que o rodeia #or eOem"lo, quando al&uém assiste um $ilme,

$a uma leitura, escuta al&uém e se encontra num "rocesso de a"rendia&em, est) em

atenção volunt)ria V através deste ti"o de atenção que se re&ista o maior volume da

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Educação Inclusiva 

a"rendia&em escolar na medida em que o aluno é orientado "elo "ro$essor "ara que se

concentre num determino tema em estudo, que deve ser do seu domnio actualmente e ao

lon&o da vida

•  Atenço involunt:ria

! atenção involunt)ria é aquela em que a "essoa res"onde de maneira inconsciente ou

autom)tica aos estmulos do meio, anteriormente a"rendidos 3ão eOem"los deste ti"o de

atenção quando a "essoa rea&e ao toque de uma buina, ao c.amamento do seu mone e

outras situaçKes do dia-a-dia

EOistem em determinadas "essoas al&umas anomalias que a$ectam a ca"acidade de atenção e,

consequentemente, di$icultam a a"rendia&em 3ão os casos dos transtornos de atenção

K78767Transtornos de atenço

3e&undo esidério e Miaa]i R200;, o termo transtorno ou dist*rbio de atenção é utiliado,

consistentemente, "ara denominar crianças que a"resentam com"ortamentos caracteriados "or 

desatenção, im"ulsividade e .i"eratividade acima do es"erado "ara o seOo, a $aiOa et)ria e o est)&io de

desenvolvimento em que se encontram Este termo também "ode ser em"re&ue "ara caracteriar aquelas

crianças que são inca"aes de "restar atenção "or um determinado "erodo de tem"o ou manterem-se

concentradas numa tare$a até a conclurem

K78787Causas do transtorno de atenço

(autista R1<<; a"onta quatro $actores-c.ave causadores dos transtornos de atenção, nomeadamente:

a- Ractores 2ioló+icos

!$ectam o sistema neurol%&ico do indivduo em di$erentes momentos ao lon&o da vida e "odendo

ocorreu nas se&uintes situaçKes:

• urante a &ravide R"ré-natais, tendo como causas, "or eOem"lo, o alcoolismo materno, as.emorra&ias cerebrais, etcY

• urante o "arto R"eri-natais, "odendo estar associados ao nascimento "rematuro ou a "artos

traum)ticosY e

•  7a contração de doenças in$ecciosas e traumatismos crWneo-ence$)licos

2- Ractores am2ientais

correm durante a in$Wncia e ao lon&o da vida 3ão relacionados "or v)rios determinantes como

clima $amiliar, eOi&Bncias educacionais e nvel s%cio-economico associado a condiçKes ou estilosde vida "rec)ria ou inadequados

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,.*. 1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciais d1 alunos co0 25ans2o5nos d1 a21nção

! atenção é a base "ara a aquisição da a"rendia&em #ara que ela ocorra com sucesso eOi&e-se do aluno

concentração no que estiver a ser dito ou a ser $eito na sala de aula 6equere-se, "rinci"almente, que ele

saiba di$erenciar os estmulos do meio com os conte*dos curriculares que deve reter

esatenção, im"ulsividade e .i"eratividade são dimensKes dos transtornos de atenção e é em $unção

delas que ocorrem as necessidades educativas es"eciais ! satis$ação das necessidades de a"rendia&em

de qualquer aluno que ten.a um dos dist*rbios ocorre através da identi$icação das suas caractersticas e

da a"licação de estraté&ias "eda&%&icas a"ro""riadas "ara cada caso

,.+. Es25a2é3ias d1 o5i1n2ação 1scola5

!s su&estKes de "rocedimentos de identi$icação e de metodolo&ias "ara a educação de alunos com

necessidades educativas es"eciais resultantes dos transtornos de atenção são abaiOo a"resentadas:

K7?757 (denti%icaço de atitudes e comportamentos t$picos na sala de aula inclusiva

s transtornos de atenção inter$erem ne&ativamente no "rocesso de escolariação de qualquer criança

$aendo com que não a"renda con$orme as suas necessidades de desenvolvimento

esatenção, im"ulsividade e .i"eratividade são identi$ic)veis na sala de aulas em crianças com

necessidades educativas es"eciais através da mani$estação de atitudes e com"ortamentos descritos em

se&uida, no Juadro 22

3uadro 6?

*Al+umas atitudes e comportamentos t$picos de alunos com transtornos de atenço

 identi%ic:veis na sala de aula inclusiva-

D1sa21nçãoa TBm di$iculdades "erceber e "restar atenção nos detal.es das coisas que veBm e $aemY

 b ometem erros na realiação de actividades escolares, l*dicas e outras de eOi&Bncia socialY

c istraiem-se com $acilidade no momento em que l.es são diri&idas "alavrasY

d 7ão cum"rem com as instruçKes recomendadas ou eOi&idas na realiação de al&uma tare$aY

e 7ão concluem as tare$as que l.es diem res"eitoY

$ TBm di$iculdades em se or&aniar e se "ro&ramar "ara realiarem tare$as di)riasY

& requentemente "erdem os ob5ectos ou materiais necess)rios "ara realiarem as suas tare$asY. acilmente se esquecem de realiar tare$as que l.es cabem no dia-a-diaY

i istraiem-se "or causa de estmulos al.eios Qs suas tare$asY

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  54

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Educação Inclusiva 

 5 requentemente cometem erros "or $alta de cuidadoY

] 6aramente or&aniam os seus materiaisY

l Evitam ou não &ostam de realiar tare$as que eOi&em es$orço mental "rolon&adoY e

m requentemente distraiem-se e esquecem-se de realiar tare$as di)rias

I07ulsividad1

a #reci"itam-se em darem res"onstas antes das "er&untas terem sido concludasY

 b 7ão es"eram "ela sua ve ou o"ortunidade "ara $aerem al&oY

c Metem-se em assuntos que não l.es diem res"eitoY

d Interrom"em ou "erturbam os a$aeres dos outrosY

e Mani$estam inquietação "ermanente: meOem as mãos e os "és, remeOem-se na cadeira, tBm

di$iculdades em "ermanecerem sentados, correrem sem direcção e sem destino, sobem nos

m%veis ou murosY

$ TBm di$iculdades de, silenciosamente, en&a5ar-se numa actividadeY

& alam eOcessivamenteY e

. Interrom"em ou intrometem-se em assuntos que este5am a ser discutidos

Ki715a2ividad1

a !&itam as mãos e os "és ou se remeOem na carteiraY b !bandonam seus lu&ares ou outros que requerem estar-se quieto, concentração, silBncio e

tranquilidadeY

c orrem, "ulam, meOem-se e rebolam em lu&ares onde devem "ermanecer sentadosY

d TBm di$iculdades em se envolver em actividades que eOi5am silBncio e concentraçãoY e

e requentemente desarrumam, quebram e su5am os lu&ares onde "ossam estar

 Amorim *6455-/ Pohde/ ar2osa/ Tramontina B #olanc.O *6444- e Seno *6458-

In$elimente tem sido muito $requente, "ro$essores e "ais ou encarre&ados de educação con$undirem

transtornos de atenção com casos de indisci"lina, "re&uiça ou invençKes do aluno "ara não estudar 

como se l.e é eOi&ido

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  55

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Educação Inclusiva 

K7?767 Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em na sala de aula inclusiva

3uadro 6 

*Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em aplic:veis na sala de aula inclusiva para alunos

com transtornos de atenço-

 7uma sala de aula inclusiva em que eOistem !lunos com Transtornos de !tenção, o/a

 "ro$essor/"ro$essora deve "rocurar:

a !da"tar quantidades de tare$as em sala de aula Q ca"acidade de atenção da criançaY

 b Modi$icar o estilo de ensino e currculo 3i&ni$ica isso que o curriculo, ou se5a, o "ro&rama

de ensino e as actividades de a"rendia&em, não "odem ser realiadas no mesmo ritmo que

est) "revisto "ara alunos que não tBm "roblemas de a"rendia&emY

c 'tiliar re&ras eOternas, ou se5a, introduir elementos novos no ensino que a5udem o aluno

com necessidades educativas es"eciais a com"reender ou realiar tare$as escolares mais

$acilmente ReO: posters/ auto;visuali.aç1es/ FY

d ornecer retroalimentação a"ro"riada a"%s a avaliação de qualquer actividade realiadaY

e emonstrar as consequBncias imediatas de qualquer com"ortamento eOibidoY

$ Encora5ar ou estimular as acçKes ou com"ortamentos dese5)veisY

& Estabelecer limite de tem"o "ara a conclusão de tare$as, tendo em atenção aqueles que tBmmais di$iculdades ou ritmo mais lentoY

. Estabelecer "arcerias com os "ais "ara a su"eração dos com"ortamentos indese5)veis

re"etitivos, buscando as mel.ores $ormas de a"oio Q criançaY

i oordenar as estraté&ias utiliadas na escola com aquelas utiliadas "elos "ais em casaY e

 5 ontrolar o "r%"rio stress e $rustração ao lidar com a criança

 arOle *5DD-/ citado por "esidério e Mia.aOi *6444-

,.&. Ac2ividad1s d1 au2oavaliação

EOistem muitos erros na identi$icação de crianças com necessidades educativas es"eciais advindas dos

transtornos de atenção !ssim, vocB e convidado, caro "ro$essor a $aer al&uns eOerccios, 5untamente

com seus cole&as, tendo como base o caso abaiOo transcrito

3uadro 6K 

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Educação Inclusiva 

*Casos RV e A!-

F; é um aluno de 10 anos, que $requenta a 4Z lasse Ele tem "roblemas de com"reensão da

matéria Esquece em "ouco tem"o o que a"rende Tem, também, "roblemas na escrita Mas $alta

muito Qs aulas

A" é um aluno inteli&ente mas muito irriquieto a barul.o na sala e a&ita os cole&as com o seu

com"ortamento ostuma $ormar &ru"in.os "ara distrair os outros durante as actividades na sala Ele

quer ser sem"re o centro das atençKes Tem o .)bito de dar carolo aos cole&as e de"ois $un&ir 7a

tentativa de o controlar, o "ro$essor coloca-o soin.o numa carteira da $rente, im"edindo-o de

estabelecer contacto com os cole&as 3em"re é o "rimeiro a res"onder quando o "ro$essor $a

 "er&untas aos alunos 'ma $orma que o "ro$essor usa "ara reduir o com"ortamento di$cil do !? é

atribuir-l.e tare$as, como res"ons)vel da lim"ea, c.e$e do &ru"o, etc

a Jual dos dois casos considera constituir transtorno de atençãoA

 b escreva as caractersticas com"ortamentais do aluno que com"rovam ser as de uma criança com

transtornos de atenção

c iscuta o caso com os teus cole&as e "rocurem identi$icar situaçKes concretos de alunos da vossa

escola que, a vosso ver, "odem ter transtornos de atenção

d Elaborem uma lista de consel.os a serem dados aos "ro$essores "ara "oderem lidar 

adequadamente com alunos com necessidades educativas es"eciais resultantes dos transtornos de

atenção

e 3u&iram ao irector #eda&%&ico da escola, as maneiras de a"licação dos consel.os elaborados

tendo em atenção as necessidades de a"rendia&em de cada aluno, em es"ecial daqueles que

necessitam de uma atenção es"ecial

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  57

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Educação Inclusiva 

UIDADE TE=>TI!A %? 1c1ssidad1s Educa2ivas Es71ciais d1 AlunosSu715do2ados ou co0 Al2as Ka9ilidad1s

%.'. Evid8ncias 51@u15idas

!té ao $im da 'nidade o "ro$essor:a onceitua a su"erdotação ou altas .abilidadesY

 b Identi$ica alunos com necessidades educativas es"eciaisY

c EO"lica as necessidades educativas es"eciais decorrentes da su"erdotação ou altas .abilidadesY

d !"lica estraté&ias de orientação escolar "ara alunos com necessidades educativas es"eciais

relacionadas com a su"erdotação ou altas .abilidades

%.). In25odução 7esta 'nidade Tem)rica a su"erdotação ou altas .abilidades é abordada através do desenvolvimento dos

se&uintes t%"icos, conceito de su"erdotação ou altas .abilidades, necessidades educativas es"eciais de

alunos su"erdotados ou com altas .abilidades e estraté&ias de orientação escolar, com"lementados "elas

actividades de auto-avaliação

%.-. !onc1i2o d1 su715do2ação ou al2as ha9ilidad1s

! conceitualiação da su"erdotação ou altas .abilidades ) aqui $eita da sua de$inição e da descriças dostraços de "ersonalidade de quem assim o é, ou se5a, su"erdotado ou talentoso

78757#essoas superdotadas ou com altas ha2ilidades

#ara o onsel.o (rasileiro "ara 3u"erdotados, citado "or !ndrés R2010, "essoas su"erdotadas,

talentosas ou com altas .abilidades são aquelas que, quando com"aradas com a "o"ulação &eral,

a"resentam .abilidades si&ni$icativamente su"eriores em uma ou mais )reas de con.ecimento, com

maior destaque nas se&uintes: académica, criativa, de liderança, artstica, "sicomotora e motivacional

Em cada uma das )reas acima descritas a su"erdotação mani$esta-se do se&uinte modo, 3e&undo !ndrés

R2010 e !ran.a R200F: 12:

a 7a )rea intelectual s su"erdotados são $leOveis e $luentes no "ensamento #ossuem mem%ria e

abstração elevadas "ara a "rodução de ideias e "ara lidar e resolver "roblemas com"leOos

 b 7a )rea académica indivduo tem alta ca"acidade de atenção, concentração, &osto e motivação

 "elas disci"linas de seu interesse !valia, sintetia e or&ania o con.ecimento com $acilidade V

 "ro$cuo na "rodução académica Tem $acilidade "ara se abstrair, memoriar e a"render com

ra"ide conte*dos escolares #ossui "ensamento, com"reensão e mem%ria elevadas "ara resolver 

 "roblemas com"leOosYG U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  

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Educação Inclusiva 

c 7a )rea da criatividade emonstra incomuns "rocessos ima&inativos e ori&inalidade na "rodução

inovadora 3ensvel aos "roblemas .umanit)rios e ambientais associados Q mani$estação de ideias

 bril.antes e a um alto sentido de .umor

d 7a )rea da liderança !"resenta atitudes e com"ortamentos invul&ares de coo"eraçãoY iniciativa,

sociabilidade eO"ressiva, "erce"ção acurada das situaçKes de &ru"o, alto "oder de "ersuasão e

relacionamento inter"essoal

e 7a )rea artstica EO"ressa com bril.antismo seus sentimentos, "ensamentos e ideias nos cam"os

do .umor, dança, teatro, m*sica, literatura, "intura, mani$estaçKes culturais e outras actividades de

alto desem"en.o

$ 7a )rea "sicomotora emonstra ser su"er .abilidoso na "r)tica des"ortiva e noutras que

requerem o uso do cor"o e da coordenação "sicomotora

& 7a )rea motivacional Envolve-se Lde cor"o e almaN nas actividades que são de seu interesse,

sem"re buscando o "er$eccionismo no que $a etesta estar envolvido em tare$as rotineiras, de

$)cil realiação e "ouco desa$iadoras

78767Traços de personalidade de alunos superdotados ou com altas ha2ilidades

!ndrés R2010 e leit. Rs/d, $aendo uso do Modelo dos TrBs !néis de 6enulli, descrevem os traços de

 "ersonalidade de alunos su"erdotados ou talentosos da se&uinte maneira:

a #ossuem .abilidades su"eriores Q média, em al&umas )reas do con.ecimento R"rocessamento dein$ormação, ca"acidade de "ensamento abstracto e ca"acidade de inte&ração de novas

eO"eriBnciasY

 b TBm um elevado envolvimento nas tare$as que realiam no dia-a-dia, com elevados ndices de

motivação, vontade, "ersistBncia, concentração e "erseverançaY e

c 3ão altamente criativos na base do cultivo do "ensamento diver&ente, do uso do mesmo conceito

em conteOtos di$erentes e da atribuição de si&ni$icados di$erentes Qs ideias, ob5ectos e demais

$en%menos

!lencar R1<GG, a"resenta também os se&uintes traços caractersticos dos su"erdotados:

a 3ão autonomos e autocon$iantes na $ormação de ideias e na tomada de decisKesY

 b Estão abertos "ara vivenciar novas a"rendia&ens e eO"eriBncias de vidaY

c 3ão $leOveis "ara re$ormular 5ul&amentos e soluçKesY

d 3ão "ersistentes no alcance dos seus ob5ectivos, mesmo que "ara tal ten.am que correr riscosY

e 3ão sensveis em relação ao que acontece ao redor deles, o que os leva a serem solid)rios com as

ale&rias e as tristeas dos outrosY e

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  59

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Educação Inclusiva 

$ TBm autoestima "ositiva na medida em que valoria as suas ideias, os seus actos, as suas decisKes

os seus 5ul&amentos e a maneira de ser e estar com os outros

! elevação do "otencial criador do aluno su"erdotado de"ende da estimulação das suas ca"acidades na

$amlia e na escola #ois, as suas "roduçKes são consideradas *nicas, ori&inais, incomuns, inovadoras e

de utilidade social

%.*. 1c1ssidad1s 1duca2ivas 1s71ciais d1 alunos su715do2ados ou co0 al2as ha9ilidad1s

Tal como em qualquer outro ti"o de necessidades educativas es"eciais, alunos su"erdotados ou

talentosos "roveBm de toda e qualquer camada social, isto é, de $amlias "obres, com al&uma "osse,

ricas, do norte, do sul, do centro, "odem ser man.ambanas, mandaus, macuas, marron&as, de qualquer 

etnia, reli&ião, raça e de qualquer outro meio s%siocultural Eles são tão .umanos como qualquer outra

 "essoa mas, estão dotados de ca"acidades co&nitivas, "sicomotoras e atitudinais su"eriores de todos os

outros que os rodeiam

3ão in*meros os as"ectos que caracteriam um aluno su"erdotado ou com altas .abilidades e que $aem

dele ter necessidades educativas es"eciais #or eOem"lo, !ran.a R200F:1D indica que as caractersticas

do su"erdotado relacionam-se com a/o:

a 7ecessidade de se autodi$inirY

 b a"acidade de desenvolver interesses ou .abilidades es"ec$icasYc Interesse no convvio com "essoas de nvel intelectual similarYd 6esolução r)"ida de di$iculdades "essoaisYe !borrecimento $)cil com a rotinaY$ (usca de ori&inalidade e autenticidadeY& a"acidade de rede$inição e de eOtra"olaçãoY. Es"rito crtico, ca"acidade de an)lise e snteseYi ese5o "elo a"er$eiçoamento "essoal e não aceitação de im"er$eiçKes no trabal.oY

 5 6e5eição de autoridade eOcessivaY] raco interesse "or re&ulamentos e normasY

l 3enso de .umor altamente desenvolvidoYm !lta-eOi&Bncia "essoal e em relação aos outrosYn #ersistBncia em satis$aer seus interesses e questKesYo 3ensibilidade Qs in5ustiças, tanto em nvel "essoal como socialY

 " osto "ela investi&ação e "ela "ro"osição de muitas "er&untasYq om"ortamento irrequieto, "erturbador e im"ortunoYr escuido na escrita e de$iciBncia na orto&ra$iaYs Im"aciBncia com detal.es e com a"rendia&em que requer treinamentoY et escuido no com"letar ou entre&ar tare$as quando desinteressado

re$orço e a eO"loração socioescolar destas caracterrsticas ou a sua banaliação e desconsideração,vãoi de"ender muito da "ostura dos "ais, "ro$essores e outros educadores ou &estores esucacionais mais

 "r%Oimos destes alunos real ou "otencialmente talentosos

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  60

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Educação Inclusiva 

%.+. Es25a2é3ias d1 o5i1n2ação 1scola5

! $amlia e, "rinci"almente a escola tBm res"onsabilidades es"eciais "ara criarem ambientes

socioescolar saud)veis e estimuladores das "otencialidades de alunos su"erdotados ou com altas

.abilidades 7este sentido, eOistem "rocedimentos "r%"rios "ara serem identi$icados e orientados com

sucesso nos meios $ailiar, escolar e comunit)rio que em se&uida são demonstrados

7?757(denti%icaço de atitudes e comportamentos t$picos na sala de aula inclus

!través de atitudes e com"ortamentos eOibidos em qualquer conteOto de vida alunos su"erdotados ou

talentosos são identi$ic)veis a "artir de v)rias mani$estaçKes "essoais das quais !ran.a R200F destaca as

indicadas abaiOo:

3uadro 6*Al+umas atitudes e comportamentos t$picos identi%ic:veis na sala de aula inclusiva em alunos

 superdotados ou com altas ha2ilidades-

Em alunos su"erdotados ou com altas .abilidades são caractersticos:

a luBncia verbal e/ ou vocabul)rio eOtensoY b Envolvimento ou $oco de atenção direcionado a al&uma actividade em es"ecialYc esem"en.o elevado qualitativamente nas atividades escolaresYd Jualidade das relaçKes sociais do aluno, em diversas situaçKesYe uriosidade acentuadaY

$ acilidade "ara a a"rendia&emY& ri&inalidade na resolução de "roblemas ou na $ormulação de res"ostasY. !titudes com"ortamentais de eOcesso "ara a "rodução ou "lane5amentoYi Habilidades es"ec$icas de destaque R)reas: artes "l)sticas, musicais, artes cBnicas e "sicomotora,

de liderança, etc 5 3enso de .umorY] (aiOo limiar de $rustraçãoYl 3enso crticoYm e$esa de suas idéias e "onto de vistaYn Im"aciBncia com actividades rotineiras e re"etitivasY

o #er$eccionismoY " is"ersão ou desatençãoYq 6esistBncia em se&uir re&rasYr esenvolvimento su"erior at"ico em relação a "essoas de i&ual $aiOa et)rias ri&inalidade e idéias inusitadas e di$erentes

 Alencar *5D-/ Andrés *6454-/ Aranha *644- e Rleith *s@d-

7?767Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em na sala de aula inclusiva

!lmeida \ a"ellini R200D: DC "ro"Kem al&umas técnicas que os "ro$essores "odem usar na orientação

do "rocesso de ensino-a"rendia&em de seus alunos su"erdotados, inte&rados na sala de aula inclusiva:

3uadro 6D

*Su+est1es metodoló+icas de ensino;aprendi.a+em aplic:veis na sala de aula inclusiva para

G U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  61

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Educação Inclusiva 

alunos superdotados ou com altas ha2ilidade-

 7uma sala de aula inclusiva com alunos su"erdotados ou com altas .abilidades o/a

 "ro$essor/"ro$essora deve ter em conta as se&uintes técnicas ou as"ectos:

a  Enriquecimento curricular  onsiste na diversi$icação de actividades escolares "ara se

aumentar e se a"ro$undar os con.ecimentos do aluno em )reas de seu interesse, o que "ode ser 

$eito individualmente ou em &ru"os sem se sair do conteOto curricular em estudo

 b  Aceleraço ! técnica é usada "ara aqueles alunos que a"resentam um talento muito su"erior 

ao dos seus cole&as de classe "ara quem são a"licados "ro&ramas curriculares mais avançados,

das classes imediatamente su"eriores #or eOem"lo, mesmo que a criança ten.a F anos,

estando na 1Z lasse que é normal e o$icialmente de re$erBncia, "ode ser cuidadosamente

enquadrada na CZ "or demonstrar com"etBncia escolar "ara esse nvel

c  A+rupamento especial  Trata-se de uma estraté&ia de se a&ru"ar crianças talentosas com

interesses comuns "ara em con5unto desenvolverem a ima&inação e realiarem actividades

criativas "ara a "rodução de al&o ori&inal, incomum e *til Estes &ru"os "odem su$ionar na

turma re&ular, em ambientes devidamente "re"arados e em .or)ris normais ou eOtra

d  Atendimento espec$%ico "ara o desenvolvimento de talentos entro ou $ora da sala ou .or)rio

comuns esta estraté&ia é a"licada Qqueles alunos que demonstram talentos es"ec$icos,

desenvolvendo "ara eles "ro&ramas educativos individualiados "ara as )reas de seu alto

domnio e interesse, como "or eOem"lo na matem)tica, nas artes e outros domniose  Atendimento interescolar  6e$ere-se ao envolvimento do aluno su"erdotado em um "ro&rama

socioescolar que este5a a ser a"licado em di$erentes escolas #or eOem"lo, duas ou mais

escolas "odem or&aniar um "ro&rama de mobilidade de estudantes talentosos "ara

trabal.arem em &ru"os de interesse que elas ten.am

$  Aprendi.a+em di%erenciada Trata-se de um atendimento escolar individualiado orientado

 "elo "ro$essor na sala de aula comum "ara aqueles alunos com talento evidente, "ara a

elevação das suas ca"acidades e .abilidades incomuns ! "artir de uma "lani$icação cuidadosaeste "ro&rama "ode ser estendido aos demais alunos da turma

& Lrientaço individual ou +rupal  Esta técnica a"lica-se nos casos em que não .avendo

condiçKes "ara se "roceder a um acom"an.amento individualiado, o"ta-se "elo &ru"al

visando o mel.oramento do a"roveitamento escolar, a $aciliação da escol.a "ro$issional e o

maior envolvimento de alunos di$erentes num relacionamento inter"essoal, res"eitoso,

tolerante e coo"erativoY

. Utili.aço de centros de recursos did:cticos Envolver os estudantes talentosos no

con.ecimento e eO"loração de serviços e recursos tecnol%&icos o$erecidos "elos di$erentes

or&anismos comunit)rios nos quais o "ro$essor "oder) treinar e avaliar as .abilidades

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Educação Inclusiva 

socioescolares dos seus alunos

i  #rotótipo Trata-se de redimencionar todas as técnicas 5) a"resentadas envolvendo o aluno em

todas elas na "ers"ectiva de se mel.orar cada ve mais a sua inte&ração escolar tendo em conta

a .etero&eneidade dos ti"os de su"erdotação recorendo ao uso de recuros tecnol%&icos

a"ro"riados

 Alencar *5D-/ Andrés *6454-/ Aranha *644- e Rleith *s@d-

%.&. Ac2ividad1s d1 au2oavaliação

6e$lita com os teus cole&as sobre os se&uintes as"ectos considerando a vossa eO"eriBncia em educação

com crianças su"erdotadas ou talentosas:

a onta a eO"eriBncia que teve ou tem de ensinar um aluno su"erdotadas, $aendo re$erBncia aos

talentos "or ele mani$estados

 b EO"lica que di$iculdades ou sucessos obteve na orientação escolar desse aluno

c os casos narrados ac.am que todos os alunos $oram devidamente orientados em $unção dos seus

talentosA

d que deve ser mel.orado na tua escola "ara que os alunos su"erdotados "ossam tem um maior 

enquadramento socioescolarA

e aça uma lista de consel.os que daria aos "ro$essores do "as que tBm nas suas salas de aulas

alunos su"erdotados ou talentosos

$ !valiem a actividade que realiaram

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Educação Inclusiva 

R1co01ndaçN1s G15ais 7a5a os P5oB1sso51s

!o escolariar toda e qualquer criança que ten.a ou não necessidades educativas es"eciais cada

 "ro$essor deve considerar de $orma re$leOiva e criativa os se&uintes as"ectos:

a !ceite toda a criança tal como ela é "orque as di$erenças individuais e a .etero&eneidade da turma

são virtudes da naturea .umanaY

 b 3e5a carin.oso "ara com os teus alunos carin.o é a c.ave do sucesso em qualquer conteOto de

ensino-a"rendia&emY

c 'se todos os métodos e estraté&ias de ensino-a"rendia&em ao teu alcance e "rocure a"render 

outros através da troca de eO"eriBncias com os teus cole&as, da "artici"ação de cursos de

ca"acitação contnuaY

d Todos os métodos e estraté&ias são v)lidos e a"lic)veis a todas as crianças, ten.am elas ou não

necessidades educativas es"eciais de qualquer ti"o

e 7ão eOite nen.um método *nico, m)&ico e mila&roso sucesso da a"rendia&em de"ende da tua

arte de escol.a e a"licação dos mesmos no teu ambiente de ensino

$ Embora todos os métodos se5am v)lidos no enriquecimento da a"rendia&em, os "artici"ativos ou

activos são os mais recomend)veis "or através deles se "romoverem os "rinc"ios did)ctico-

metodol%&icos da a"rendia&em centrada no estudanteY

& aça uso eOtensivo da tua criatividade "orque ensinar "ara além de ser um acto cient$ico é

também artsticoY

. 3inta-se com"rometido "ro$issionalmente com a tua "ro$issão "orque ensinar é um acto éticoY

i #esquise casos de alunos com necessidades educativas es"eciais através de leituras, consultas,

observação e di)lo&o com "ais/ encarre&ados de educação, cole&as, educadores, "esquisadores e

outras "essoas de re$erBncia no cam"o da educaçãoY

 5 (usque "arcerias e inter-a5uda nos com "ais/ encarre&ados de educação e noutros "ro$essores "ara

quaisquer casos que l.e "areçam de di$cil solução e resultantes das necessidades educativas

es"eciais dos teus alunosY

] 6e&iste a evolução da a"rendia&em dos teus alunos com ou sem necessidades educativas

es"eciais em qualquer um dos domnios do desenvolvimento "essoal e &ru"al

l Todos alunos com neccessidades educativas es"eciais devem es"erar de si atitudes e

com"ortamentos o mais natural "ossvel, sem indi$erença e sem su"er "rotecção

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Educação Inclusiva 

Gloss:5io

• Ac1ssi9ilidad1 + qualidade do que é acessvelY "ermitir que "essoas com de$iciBncia "artici"em

em actividades sociais e de eOerccio da cidadaniaY

Acla5a5 + tornar claroY esclarecerY eO"licarY elucidarY tornar "erce"tvelY desanuviarY "uri$icarYa"urarY descobrirY evidenciarY iluminarY

• Ac2ividad1s l<dicas + são todas aquelas técnicas orientadas "elo "ro$essor que levam a criança a

a"render conte*dos escolares através de 5o&os, brincadeiras e outras actividades recreativasY

• !da"taçKes curriculares de "equeno "orte ou não si&ni$icativas + são da inteira e eOclusiva

res"onsabilidade do "ro$essor 6e$erem-se Qs modi$icaçKes que ele $a no currculo nacional "ara

satis$aer as necessidades individuais de a"rendia&em daqueles alunos que tBm necessidades

educativas es"eciais 3ão im"lementadas aos nveis: Ri dos ob5ectivosY Rii dos conte*dosY Riii dosmétodos e estraté&iasY Riv da avaliaçãoY Rv da tem"oralidadeY e Rvi da or&aniação da sala de

aulaY

• !da"taçKes curriculares de "equeno "orte ou si&ni$icativas + são aquelas que requerem mudanças

substanciais nas escolas, a nvel "oltico, administrativo, $inanceiro e burocr)tico, "ara que os

alunos com necessidades educativas es"eciais "ossam ter acesso livre ao currculo Estão $ora do

domnio do "ro$essor 3ão da com"etBncia dos %r&ãos de administaração e &estão educacional

local, "rovincial e nacional ontudo, a "lani$icação delas de"ende das in$ormaçKes e "reocu"açKes que o "ro$essor eO"erimenta na im"lementação das ada"taçKes de "equeno "orteY

• Ado7ção + acto de ado"tar, de "rote&er, de assumir ou de aceitar al&uém, uma ideia ou al&uma

coisaY

• Adv15sidad1  + aborrecimentoY contrariedadeY in$elicidadeY in$ort*nioY revésY calamidadeY

contratem"oY contradiçãoY o"osiçãoY m)-sorteY desastreY

• A5@ui21c2nico + relacionado com a arquitetura ou com o desen.o de edi$cios, ruas e outros

ob5ectosY• !a7acidad1 + a"tidãoY com"etBnciaY .abilidadeY $aculdadeY inteli&BnciaY

• !ausalidad1 0<l2i7la  + al&o ori&inado "or muitas causasY variedade de causas de um

com"ortamentoY

• !i5cunsc5i2o + demardadoY restritoY delimitadoY

• !onc17ção + criaçãoY ima&inaçãoY &eraçãoY

• !o3nição + con.ecimentoY $aculdade de con.ecerY "erce"çãoY con5unto dos "rocessos mentaisY

• !onc1i2o + re"resentação ou descrição de al&o através do "ensamentoY $ormação de ideias através

da "alavraY o"iniãoY entendimentoY "receitoY sentençaY de$iniçãoY caracteriaçãoY

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Educação Inclusiva 

• !5i2é5io + 5ul&amentoY a"reciaçãoY discernimentoY maneira de a"reciar ou classi$icar as "essoas e

as coisasY

• D1751ssão + abatimento moral ou $sicoY diminuição de $orçaY en$raquecimentoY aborrecimento

• D1s251as + a&ilidadeY .abilidadeY a"tidãoY

• D1su0ano + cruelY b)rbaroY que não é .umanoY desnaturadoY

• Ecol3ico + que é da ecolo&ia ou do ambienteY relacionado com a "arte da biolo&ia que estuda o

ambienteY relacionado com o es"açoY

• E07:2ico + ter ca"acidade "ara com"reender ou sentir a dor, o so$rimento, as necessidades e

dese5os do outroY ter ca"acidade de se identi$icar emocionalmente com a outra "essoaY ter 

a$inidade com al&uémY estar dentro da "ele do outroY

Es2:3io + "erodoY eta"aY $aseY• Evid8ncia + que se evidenciaY que sobressaiY certeaY clareaY not)velY

• E71c2a2iva + es"erançaY "robabilidadeY "romessaY

• Foco + centroY baseY Wma&oY c.amaY luY "onto de onde "artem os raios luminososY "onto de

atençãoY

• F5a215nidad1 + irmandadeY .armoniaY convivBnciaY "aY conc%rdiaY

• Gén15o + classeY es"écieY caractersticaY ti"oY maneiraY modaY estiloY

• G1s2ão + &erBnciaY administraçãoY controloY

• Ka50onia  + con$ormidadeY consonWnciaY acordoY cadBnciaY coerBnciaY concordWnciaY

entendimentoY uniãoY ordemY

• "id15ança + es"rito de c.e$iaY ca"acidade de liderarY ca"acidade de in$luenciar os outros "ara

obedecerem as suas ordens ou se&uirem o seu eOem"loY

• I071li5 + activarY dis"ararY eOcitarY incitarY re"elirY

Insuc1sso + $racassoY mau resultado $alta de BOitoY• In215a3i5 + estar em interacçãoY a&ir mutuamente ou 5untosY estar em contacto com uma ou mais

 "essoasY interactuarY

• I551v15sMv1l + que não "ode voltar ao seu estado anteriorY que não é "ossvel inverter o seu curso

ou a sua direcçãoY que ocorre numa s% direcçãoY

• =a2u5ação + amadurecimentoY crescimentoY desenvolvimentoY evoluçãoY a"er$eiçoamentoY• =é2odos ac2ivos ou 7a52ici7a2ivos  + re$erem-se a uma diversidade de técnicas a"licadas "elo

 "ro$essor na sala de aulas, orientadas "ara o desenvolvimento de uma a"rendia&em centrada no

estudanteY• =<l2i7lo + que abran&e muitas coisasY que não é sim"les ou *nicoY "roduto de um n*mero inteiro

 "or outroYG U I Ã O   D E   A P O I O   A O   P R O F E S S O R  

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Educação Inclusiva 

• =u2ilado + com de$iciBnciaY que não tem al&um membro ou al&uma "arte do cor"oY

• 15voso + relativo ou "r%"rio dos nervosY neuralY

• Pa5c15ia  + &ru"o de duas ou mais "essoas que $aem al&o em comum ou com"lementar 

com"an.iaY

• P1culia5 + "r%"rio de uma "essoa ou coisaY "articularY es"ecialY caractersticoY "r%"rioY

• P15sis21n21 + constanteY duradoiroY dur)velY $irmeY "ermanenteY tenaY

• P15sonalidad1 + o que a "essoa éY maneira de ser e de estar de cada umY qualidade do que é

 "essoalY "essoaY individualidadeY celebridadeY

• P15s71c2iva + es"erançaY "anoramaY "revisãoY "robalidadeY vistaY

• P51conc1i2o  + o"inião $ormada anteci"adamente sobre al&uém e sem "onderaçãoY $also

con.ecimento sobre al&uémY

• P5oac2ivo + que toma atitudes "ara resolver "roblemas antes que eles aconteçamY ser ca"a de

antever os "roblemas e evitar que eles ocorramY

• R1B158ncia + alusãoY insinuaçãoY

• Sis2é0ico + que a$ecta todo o cor"o ou todas as "artes de al&oY &eneraliadoY relacionado com a

totalidadeY

• Sus21n2:v1l + est)velY aut%nomoY que se "ode manterY inde"endenteY

• Tol156ncia + ca"acidade de aceitar al&uém, a"esar das suas di$erençasY ser ca"a de aceitar a

maneira de ser e de estar do outro que é di$erenteY

• T5au0:2ico + que so$reu trauma, $erida ou lesão $sica ou "sicol%&icaY e

• U21n21 + usu)rioY aquele que usa ou des$ruta de al&oY utiliador

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Educação Inclusiva 

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Educação Inclusiva 

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