guia ambiental do empresário catarinense 2015 - low_nov15
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Guia ambiental para empresários.TRANSCRIPT
ERNESTO JOÃO RECKPresidente
JONNY ZULAUFVice Presidente
JOSÉ MÁRIO GOMES RIBEIROVice Presidente de Meio Ambiente
GILSON ZIMMERMANNDiretor Executivo
Organização
Guilherme DallacostaAdvogado OAB/SC 17.965Consultor do Programa de
Sustentabilidade Ambiental da FACISC
Alini MassonAdvogada OAB/SC 38.145
DIRETORIA FACISC - Gestão 2015 – 2017
Presidente: Ernesto João Reck – São Lourenço do Oeste1º. Vice-Presidente: Jonny Zulauf – São Bento do Sul
2º. Vice-Presidente: André Armin Odebrecht – Rio do Sul 1º. Diretor Financeiro: Doreni Isaias Caramori Junior – Florianópolis
2º. Diretor Financeiro: Leandro Porto da Rosa - Palhoça1º. Diretor Secretário: Olvacir José Bez Fontana – Criciúma2º. Diretor Secretário: Gilson José Pedrassani – Canoinhas
V.P. Indústria: André Gaidzinski – FlorianópolisV.P. Comércio: Ivan Luiz Tridapalli - Brusque
V.P. Prestação de Serviço: Evanio Vicente Baschirotto - OrleansV.P. Agronegócio: Vincenzo Francesco Mastrogiacomo - Chapecó
V.P. Turismo: Magda Bez - Balneário CamboriúV.P. Micro e Pequenas Empresas: Ivan Kuczkowski – MassarandubaV.P. Infraestrutura: Marcos Antônio Cardoso de Souza - São José
V.P. Mulher Empresária: Janelise Royer - LagesV.P. Jovens Empreendedores: Ricardo Schramm - Gaspar
V.P. Soluções Empresariais: Marcelo André Destri Noronha – Jaraguá do SulV.P. Empreender: Amândio Joao da Silva Junior - Rio do Sul
V.P. Técnico: Ciro José Cerutti - Rio do SulV.P. Relações Internacionais: Milvo Zancanaro - ItáV.P. Comercio Exterior: Ido José Steiner - Blumenau
V.P. Meio Ambiente: José Mario Gomes Ribeiro - JoinvilleV.P. Responsabilidade Sócio Empresarial: Mário Sergio Zilli Bacic - Rio Negrinho
V.P. Educação Empreendedora: Neiva Dreger Kieling - FlorianópolisV.P. Inovação e Tecnologia: Marcus Rocha - FlorianópolisV.P. Soluções Financeiras: Uwe Stortz - São Bento do Sul
V.P. Integração: Alberto Stringhini - ConcórdiaV.P. Assuntos Jurídicos: Liandra Nazário Nobrega - Florianópolis
V.P. Assuntos Tributários: Célio Armando Janczescki – São Lourenço do OesteV.P. Marketing: Gabriel Martins da Rosa - Palhoça
V.P. Administrativo: Gilson Lucas Bugs - PinhalzinhoV.P. Assuntos do DEL: Alexandre Engel Ruscheinsky - Iporã do Oeste
CONSELHO FISCALTitulares
Elson Otto – PalmitosLuiz Dário Rocha – Imbituba
Carlos Vanderley Porfirio – Dionísio CerqueiraSuplentes
Ricardo Harger Martins – São JoséJosé Carlos de Souza - Tijucas
Ulysses Gaboardi Filho – Curitibanos
VICE-PRESIDENTES REGIONAISGrande Florianópolis: Robson Rodrigo Carvalho - Biguaçú
Sul: Carlos Becker Fornazza – Braço do NorteExtremo Sul: Joi Luiz Daniel - Içara
Vale do Itajaí: Maria Izabel Pinheiro Sandri - ItajaíAlto Vale: Evair Sievers - Agrolândia
Norte: Eluisa Hertel Maiochi - GuaramirimPlanlato Norte: Adelino Denk – São Bento do Sul
Meio-Oeste: Auri Marcel Baú – CaçadorOeste: Joice Ternus Wathier – São Carlos
Noroeste: Allan Edgard Kreutz – Dionísio CerqueiraExtremo Oeste: Afonso Niehues - Itapiranga
GUIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO EMPRESÁRIO CATARINENSE
SUMÁRIO
Apresentação 07
Introdução 08
A localização do empreendimento 09
O licenciamento ambiental 13
O que é a licença ambiental e por que é preciso obtê-la? 13Existe uma previsão legal que obriga o empresário aobter o licenciamento ambiental? 14Que atividades estão sujeitas ao licenciamento ambiental? 15
Sistema de Licenciamento do Estado de Santa Catarina 23
Qual o Órgão Ambiental competente para expedir a Licença Ambiental? 23Fases do Licenciamento Ambiental e Prazos 24Passo a passo para o licenciamento 27Quais os problemas enfrentados para as atividades que atuam sem licença ambiental? 29Recomendações após a obtenção da licença ambiental 30Licenciamento Ambiental Municipal 31A Lei Complementar 140/2011 32Resolução CONSEMA nº 52/2014 – Licenciamento Municipal 33
Referência Bibliográfica 35
Este Guia Ambiental tem como objetivo auxiliar o empresário no momento da aquisição ou da renovação da licença ambiental de seu
empreendimento, esclarecendo e sintetizando os principais passos a serem dados durante o processo. É um guia prático e fundamental para
qualquer atividade em funcionamento ou que sedeseje instalar no Estado de Santa Catarina.
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APRESENTAÇÃO
O licenciamento ambiental é de suma importância para o desenvolvimento econômico sustentável. Direta ou indiretamente este instrumento afeta a todos e cada vez mais o mundo exige responsabilidade socioambiental das empresas e para ser competitivo é preciso estar adequado às normas ambientais.
Como maior entidade empresarial voluntária do Estado, a FACISC tem a responsabilidade de disseminar conhecimentos como este para que as empresas catarinenses possam crescer de maneira sustentável e regularizada.
Por esta razão, esta nova edição do Guia Ambiental vem para conscientizar e informar aliando o crescimento econômico ao desenvolvimento sustentável, pois acreditamos que é possível crescer respeitando o meio ambiente.
Ernesto João ReckPresidente da FACISC
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INTRODUÇÃO
Por mais que nos esforcemos para entender os aspectos legais que implicam em tornar uma atividade viável, sentimos uma grande dificuldade no momento de implantá-las. O guia Ambiental do Empresário Catarinense é uma leitura simples, mas consistente, que permite ao empresário em poucos minutos uma visão dos tramites necessários para que legalmente viabilize qualquer atividade geradora de riqueza.
Os caminhos aqui pautados permitem com que o empresário conheça melhor a legislação e possa reconhecer os quesitos necessários para uma gestão ambientalmente correta de seu empreendimento.
José Mário Gomes RibeiroVice-presidente de Meio Ambiente
FACISC
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A LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Um dos primeiros passos a ser dado na busca de iniciar uma atividade com a plena regularização está na questão da área de instalação do empreendimento. Muitos problemas podem ser evitados quando dispensada uma pequena parcela de atenção para o local adequado a ser instalada a atividade.
A importância da Correta Localização do Empreendimento
Toda empresa ou indústria que procura algum lugar para fixar sua atividade acaba estando compreendida dentro dos limites de um Município. Este, por sua vez, possui regras legais sobre o ordenamento urbano, tal como é o Plano Diretor ou Lei de Uso e Ocupação do Solo. Assim, para se instalar uma determinada atividade no Município é preciso saber se aquela área comporta a atividade pretendida. Ex: Não é possível instalar uma indústria de alimentos em uma área estritamente residencial. Há restrições de ordem urbanística a serem observadas.
O que é o Plano Diretor?
O Plano Diretor passou a ser exigido para todos os Municípios que possuem mais de 20.000 mil habitantes. O Plano Diretor é um instrumento legal de planejamento municipal, pelo qual se busca a melhoria e adequação da política de desenvolvimento e expansão urbana. Sua instituição visa delimitar diferentes áreas de parcelamento, edificação e ocupação do solo urbano. Assim, para se construir em determinado local é preciso antes de tudo ver o que dispõe a Lei Municipal (Plano Diretor) para aquela determinada área.
Consulta de Viabilidade
Esta consulta é realizada na Prefeitura Municipal ou órgão de planejamento urbano municipal a fim de demonstrar a viabilidade técnica e legal do empreendimento que se quer realizar sobre determinada área. Basicamente, declara se aquela área é adequada para aquele tipo de empreendimento. Neste documento o Município analisa, de acordo com o Plano Diretor, o tipo de zoneamento da área, as espécies de empreendimentos
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que podem se instalar naquele determinado local, ressalvando os limites de ocupação da área.
Os documentos básicos necessários para se requerer a consulta de viabilidade de instalação junto ao Poder Público geralmente são: a) talão de Habite-se ou escritura ou certidão do registro do imóveis com a edificação averbada; b) contrato de locação, se for o caso; c) espelho do IPTU (nome, endereço, inscrição imobiliária).
Análise da Planta de Localização do Imóvel
Na própria consulta de viabilidade é indispensável a apresentação da planta de localização do imóvel com todas as informações necessárias, tais como, a existência de cursos d´água, limites, topografia, cobertura vegetal, características do entorno, etc. Isto facilitará a conclusão técnica sobre o aproveitamento da área em questão, evitando assim, transtornos na implantação de uma atividade empresarial em uma área imprópria ou com restrições.
Importância da Consulta perante o Município
A informação perante os órgãos municipais é de suma importância para a instalação do empreendimento. O próprio processo de licenciamento ambiental deve fazer constar a certidão da Prefeitura Municipal declarando que o local e tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso de água.
Adquirindo o Imóvel
Antes de adquirir o imóvel é importante primeiramente realizar um inventário da área. Com a planta e descrição completa do imóvel, a consulta de viabilidade é o primeiro passo para a garantia de aquisição de uma boa área. Porém, para aquele que já possui o imóvel, os procedimentos serão os mesmos, sendo que a viabilidade será declarada de acordo com a área.
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Assim, antes de adquirir um imóvel deve-se tomar cuidado com o tipo de vegetação existente nele, a predominância de cursos d´água, o zoneamento municipal e a regularização da área perante os Cartórios de Registros de Títulos e Documentos. Para que isso se dê da melhor forma é preciso consultar profissionais especializados em suas áreas, tais como advogados, engenheiros, biólogos, geógrafos, e outros, a fim de munir o empresário de todas as informações precisas para estabelecer sua atividade.
Início do Empreendimento
Declarada a viabilidade da área para o fim que se pretende, o empresário não está apto ainda a começar sua instalação. É preciso atentar para o licenciamento ambiental perante o órgão ambiental competente, independentemente de outras licenças específicas que determinadas atividades exigem.
O licenciamento ambiental, quando exigido para a atividade, é o próximo passo para a regularização da atividade.
DICA! Antes de locar um galpão industrial, o empreendedor deve se atentar para as exigências legais necessárias à correta execução de sua atividade, como alvarás de funcionamento. O alvará é uma licença que permite o funcionamento de empresas comerciais, industriais, agrícolas e prestadoras de serviços, bem como de sociedade e associações de qualquer natureza. Este documento deve ser solicitado à prefeitura ou à administração regional de cada município. Para a concessão do alvará é necessário que a atividade possa ser exercida no endereço da empresa, em conformidade com o Código de Posturas do município. Conforme a natureza de cada atividade, a concessão do alvará de funcionamento pode exigir licenças do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária, do Meio Ambiente e outros órgãos de segurança e fiscalização.
Se a atividade a ser instalada utilizar água de rios, córregos, lagos, poços artesianos localizados no Estado de Santa Catarina, seja por captação de águas, extração ou despejo de efluentes, o usuário, ou seja, indústrias, agricultores, irrigantes, piscicultores, mineradores, hidroelétricas, companhias de saneamento, devem realizar o cadastro de usuários de água. Esse regime é determinado pela Lei Federal n° 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que determina
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que todo uso de água deve ser autorizado pelo Poder Público, e que aqueles usuários que não possuírem a autorização de direito de uso, estarão sujeitos às penalidades previstas na Lei.
Entretanto, determinados usos de água independem de outorgas do Poder Público, são eles: Ÿ o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos
núcleos populacionais, distribuídos no meio rural;Ÿ as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;Ÿ os acúmulos de volumes de água consideradas insignificantes.
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O LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O que é a Licença Ambiental e por que é preciso obtê-la?
O Licenciamento Ambiental é um instrumento pelo qual o Poder Público exerce o controle ambiental da atividade potencialmente poluidora ou causadora de significativa degradação ambiental. Este sistema começou a ser implantado com a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei 6.938/81, que previu como instrumento necessário para realização de uma Política Ambiental, o licenciamento e a revisão de atividades efetiva
oou potencialmente poluidoras (art. 9 , IV, da Lei 6.938/81).
A Lei Complementar 140/2011, no seu art. 2º, I, define o licenciamento ambiental como sendo o “procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental”.
O art. 1º, I, da Resolução n. 237, de dezembro de 1997, do CONAMA, disciplina o licenciamento ambiental como sendo “procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.”
O licenciamento ambiental pode ser entendido como uma sucessão itinerária e encadeada de atos administrativos que tendem a um resultado final e conclusivo, no caso, a licença ambiental.
O Código do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (Lei 14.675/2009) trata sobre o licenciamento ambiental, através do Capítulo I, Seções I, II e III, arts. 29 a 51.
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LICENCIAMENTO AMBIENTALProcedimento administrativo destinado a l icenciar atividades ou empreendimentos util izadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental
LICENÇA AMBIENTALAto administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental
Existe uma previsão legal que obriga o empresário a obter o licenciamento ambiental?
A exigência de licença ambiental decorre de expressa determinação legal, por meio do art. 10 da Lei 6.938/81, determinando que “a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental”.
Deste modo, toda e qualquer atividade considerada efetiva ou potencialmente poluidora deverá ser submetida ao processo de licenciamento ambiental prévio para a regularização completa da atividade.
Essa licença representa a anuência da autoridade ambiental competente, depois de verificado que a construção ou funcionamento da atividade atendeu às condicionantes constitucionais e legais para sua localização, instalação e operação.
Além do mais, segundo expressamente dispõe os §§1º e 2º, do art. 31, do Código Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina, o empreendedor deverá:
Ÿ Avaliar a possibilidade de intervenções no processo produtivo, visando minimizar a geração de efluentes líquidos, de efluentes atmosféricos, de
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resíduos sólidos, da poluição térmica e sonora, bem como a otimização da utilização dos recursos ambientais
Ÿ Promover a conscientização, o comprometimento e o treinamento do pessoal da área operacional, no que diz respeito às questões ambientais, com o objetivo de atingir os melhores resultados possíveis com a implementação dos programas de controle ambiental.
Quais atividades estão sujeitas ao Licenciamento Ambiental?
Não são todas as atividades que estão sujeitas ao licenciamento ambiental, mas tão somente aquelas determinadas como efetivas e potencialmente poluidoras de acordo com a Resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente - CONSEMA, conforme prevê o art. 29, do Código Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina (Lei nº 14.675/2009).
Particularmente, no Estado de Santa Catarina, a listagem das atividades consideradas potencialmente poluidoras ou causadoras de significativa degradação ambiental encontra-se atualmente prevista na Resolução CONSEMA 13/2012, sendo que, as atividades ali elencadas dependerão de licenciamento ambiental a ser expedido pelo órgão ambiental competente.
Podemos exemplificar algumas das atividades sujeitas ao licenciamento ambiental no Estado de Santa Catarina
Extração e tratamento de mineraisŸ pesquisa mineral com guia de utilizaçãoŸ lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamentoŸ lavra subterrânea com ou sem beneficiamentoŸ lavra garimpeiraŸ perfuração de poços e produção de petróleo e gás naturalŸ Indústria de produtos minerais não metálicosŸ beneficiamento de minerais não metálicos, não associados à extraçãoŸ fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção
de material cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros.
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Indústria metalúrgicaŸ fabricação de aço e de produtos siderúrgicosŸ produção de fundidos de ferro e aço / forjados / arames / relaminados com ou
sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastiaŸ metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias,
inclusive ouroŸ produção de laminados / ligas / artefatos de metais não-ferrosos com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastiaŸ relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligasŸ produção de soldas e anodosŸ metalurgia de metais preciososŸ metalurgia do pó, inclusive peças moldadasŸ fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície,
inclusive galvanoplastiaŸ fabricação de artefatos de ferro / aço e de metais não-ferrosos com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície
Indústria mecânicaŸ fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem
tratamento térmico e/ou de superfícieŸ Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicaçõesŸ fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladoresŸ fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação
e informáticaŸ fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos
Indústria de material de transporteŸ fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e
acessóriosŸ fabricação e montagem de aeronavesŸ fabricação e reparo de embarcações e estruturas fl utuantes
Indústria de madeiraŸ serraria e desdobramento de madeiraŸ preservação de madeira
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Ÿ fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensadaŸ fabricação de estruturas de madeira e de móveis
Indústria de papel e celuloseŸ fabricação de celulose e pasta mecânicaŸ fabricação de papel e papelãoŸ fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensadaŸ
Indústria de borrachaŸ beneficiamento de borracha naturalŸ fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de pneumáticosŸ fabricação de laminados e fios de borrachaŸ fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha ,
inclusive látex
Indústria de couros e pelesŸ secagem e salga de couros e pelesŸ curtimento e outras preparações de couros e pelesŸ fabricação de artefatos diversos de couros e pelesŸ fabricação de cola animal
Indústria químicaŸ produção de substâncias e fabricação de produtos químicosŸ fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas
betuminosas e da madeiraŸ fabricação de combustíveis não derivados de petróleoŸ produção de óleos /gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais vegetais e
outros produtos da destilação da madeiraŸ fabricação de resinas e de fi bras e fi os artifi ciais e sintéticos e de borracha e
látex sintéticosŸ fabricação de pólvora/explosivos/detonantes/munição para caça-desporto,
fósforo de segurança e artigos pirotécnicosŸ recuperação e refi no de solventes, óleos minerais, vegetais e animaisŸ fabricação de concentrados aromáticos naturais, artifi ciais e sintéticosŸ fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas,
germicidas e fungicidasŸ fabricação de tintas, esmaltes, lacas , vernizes, impermeabilizantes, solventes e
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secantesŸ fabricação de fertilizantes e agroquímicosŸ fabricação de produtos farmacêuticos e veterináriosŸ fabricação de sabões, detergentes e velasŸ fabricação de perfumarias e cosméticosŸ produção de álcool etílico, metanol e similares
Indústria de produtos de matéria plásticaŸ fabricação de laminados plásticosŸ fabricação de artefatos de material plástico
Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidosŸ beneficiamento de fi bras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticosŸ fabricação e acabamento de fios e tecidosŸ tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigos
diversos de tecidosŸ fabricação de calçados e componentes para calçados
Indústria de produtos alimentares e bebidasŸ beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentaresŸ matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem
animalŸ fabricação de conservasŸ preparação de pescados e fabricação de conservas de pescadosŸ preparação, beneficiamento e industrialização de leite e derivadosŸ fabricação e refinação de açúcarŸ refino / preparação de óleo e gorduras vegetaisŸ produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentaçãoŸ fabricação de fermentos e levedurasŸ fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animaisŸ fabricação de vinhos e vinagreŸ fabricação de cervejas, chopes e maltesŸ fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação
de águas mineraisŸ fabricação de bebidas alcoólicas
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Indústria de fumoŸ fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas e outras atividades de benefi
ciamento do fumo
Indústrias diversasŸ usinas de produção de concretoŸ usinas de asfaltoŸ serviços de galvanoplastia
Obras civisŸ rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanosŸ barragens e diquesŸ canais para drenagemŸ retificação de curso de águaŸ abertura de barras, embocaduras e canaisŸ transposição de bacias hidrográfi casŸ outras obras de arte
Serviços de utilidadeŸ produção de energia termoelétricaŸ transmissão de energia elétricaŸ estações de tratamento de águaŸ interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitárioŸ tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos )Ÿ tratamento/ disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas
embalagens usadas e de serviço de saúde, entre outrosŸ tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles
provenientes de fossasŸ dragagem e derrocamentos em corpos d'águaŸ recuperação de áreas contaminadas ou degradadas
Transporte, terminais e depósitosŸ transporte de cargas perigosasŸ transporte por dutosŸ marinas, portos e aeroportosŸ terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicosŸ depósitos de produtos químicos e produtos perigosos
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TurismoŸ complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos
Atividades diversasŸ parcelamento do soloŸ distrito e pólo industrial
Atividades agropecuáriasŸ projeto agrícolaŸ criação de animaisŸ projetos de assentamentos e de colonização
Uso de recursos naturaisŸ silviculturaŸ exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos fl orestaisŸ atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestreŸ utilização do patrimônio genético naturalŸ manejo de recursos aquáticos vivosŸ introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modifi cadasŸ uso da diversidade biológica pela biotecnologia
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SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE SANTA CATARINA
Breve histórico do licenciamento ambiental
Em meados da década de 1970, o licenciamento ambiental era considerado o reino da discricionariedade administrativa, com a falta de normas claras, que definiam o procedimento, etapas, meios de punir e fiscalizar, o licenciamento se tornou absolutamente discricionário, assim, os órgãos ambientais atuavam de maneira desordenada, causando insegurança jurídica.
Por outro lado havia a inexistência de um processo de avaliação ambiental estratégico, que considerasse as demandas de infraestrutura e crescimento do país, e as melhores opções para mitigar seus danos ambientais e econômicos.
A Lei nº. 6938/81, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente, criou políticas públicas capazes de garantir o equilíbrio ambiental, aliado ao desenvolvimento econômico:
Art. 4º. A Política Nacional de Meio Ambiente visará:I – à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;III – Ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.
O Art. 9º, da referida lei, ampliou o licenciamento ambiental, tornando-o obrigatório para atividades e empreendimentos capazes de afetar a qualidade do meio ambiente.
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Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente:IV – o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
Assim sendo, a legislação tem o escopo de transformar o licenciamento ambiental em uma política de desenvolvimento sustentável. A atividade administrativa deve ser guiada por um primado de desenvolvimento, amoldando o licenciamento ambiental pelo princípio da sustentabilidade, eliminando-se, mitigando-se, e compensando-se os riscos ambientais negativos.
Qual o Órgão Ambiental competente para expedir a Licença Ambiental?
Uma das grandes dúvidas para o empresário preocupado em ter sua atividade regularizada perante os órgãos ambientais é a questão de quem deve licenciar a sua atividade. A competência para exercer o licenciamento ambiental é comum aos entes da Federação. União, Estados e Municípios possuem competência para licenciar atividades potencialmente poluidoras. O sistema de licenciamento ambiental deve se dar em um único nível de competência.
Atualmente, a Lei Complementar 140/2011 é quem determina as atividades ou empreendimentos que cada órgão detém competência para licenciar:
Órgão AmbientalCompetente
IBAMA
DanoPotencial
Impacto ambiental significativo,de âmbito nacional ou regional
Ÿ localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;
Ÿ localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva;
Ÿ localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;
Ÿ localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
OutrosRequisitos
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FATMA
ÓRGÃOMUNICIPAL
Impactos ambientais diretosultrapassam os limites territoriais
de um ou mais municípios
Impacto ambientallocal
Ÿ localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;
Ÿ de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999;
Ÿ destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou
Ÿ que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;
Ÿ todas as atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais que não estejam enquadradas como de competência da União ou Municípios (art. 8º, XIV, da LC 140/2011);
Ÿ que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade;
Ÿ localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs)
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Fases do Licenciamento Ambiental e Prazos
No Estado de Santa Catarina, o licenciamento ambiental é efetuado por meio da emissão de quatro espécies de licença. A Licença Ambiental Prévia (LAP), a Licença Ambiental de Instalação (LAI), a Licença Ambiental de Operação (LAO) e a Licença Ambiental por Compromisso (LAC).
O art. 36, da Lei 14.675/09, estabelece prazos de análise diferenciados para cada modalidade de licença. Para a LAP o ordenamento jurídico prevê o prazo máximo de 3 meses a contar do protocolo de requerimento, salvo em casos que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de 4 meses. Para a concessão da LAI o prazo é de 3 meses, e para a concessão da LAO o prazo é de 2 meses.
Além do mais, o art. 37 do Código Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina, informa que nos casos de atividades ou empreendimentos potencialmente causadores de pequeno impacto ambiental, assim definido pela resolução do CONSEMA, será adotado o licenciamento ambiental simplificado, por meio da emissão de Autorização Ambiental – AuA.
A supressão de vegetação, nos casos legalmente admitidos, será licenciada por meio da expedição de Autorização de Corte de Vegetação – AuC. Entretanto, nos casos em que o pedido de autorização de corte de vegetação estiver vinculado a uma atividade licenciável, a AuC será analisada com a LAP e expedida juntamente com a LAI ou AuA da atividade (art. 38, caput e parágrafo único do Código Estadual do Meio Ambiente).
Contudo, o legislador previu a possibilidade dos responsáveis de atividades ou empreendimentos licenciáveis solicitarem um procedimento unificado que resulte no licenciamento ambiental coletivo de empreendimentos e atividades, cuja proximidade e localização recomendem ações coletivas integradas, voltadas à mitigação de impactos ambientais, sistematizados no formato de um plano, sujeito à prévia autorização pelo órgão ambiental, observados os requisitos de ordem legal e institucional, definida a responsabilidade legal pelo conjunto de atividades/empreendimentos e os condicionantes técnicos indispensáveis, que devem ser regulamentados pelo CONSEMA (art. 39, da Lei Estadual n° 14.675/09).
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Fique atento! De acordo com o art. 40, §4º, da Lei 14.675/09, a renovação da LAO de uma atividade ou empreendimento deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença. Excepcionalmente, nos termos do art. 41, da Lei 14.675/09, dependendo das peculiaridades da atividade ou empreendimento, é possível a renovação ser dispensada pelo órgão licenciador da LAO, nas seguintes hipóteses:Ÿ Encerramento da atividade;Ÿ Parcelamento do solo;Ÿ Fase final de plano de recuperação de área degradada; eŸ Outros casos devidamente justificados.
Observações:
Ÿ A contagem do prazo será suspensa durante a elaboração dos estudos ambientais complementares ou preparação de esclarecimentos pelo empreendedor.
Ÿ É o órgão ambiental que estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença, especificando-os no respectivo documento, levando em consideração os aspectos do plano de controle ambiental e os limites estabelecidos pela legislação.
Ÿ A Licença Ambiental Prévia – LAP e a Licença Ambiental de Instalação – LAI poderão ter os prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos.
Ÿ Na renovação da Licença Ambiental de Operação – LAO de uma atividade ou empreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento no período de vigência anterior.
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Passo a passo para o Licenciamento
Para cada tipo de empreendimento há uma documentação básica a ser apresentada. Algumas atividades possuem uma Instrução Normativa e um formulário específico a ser preenchido.
Cada etapa do processo de licenciamento requer o atendimento de uma documentação específica. A fase de licença ambiental prévia (LAP) avalia os títulos de propriedade do imóvel, viabilidade da área, projetos básicos, croquis, equipe técnica, estudo ambiental competente com a identificação das medidas mitigadoras e compensatórias do empreendimento, etc.
Na fase de licença de instalação (LAI) a análise se concentra na implantação de projetos e planos de controle ambiental e monitoramento.
Na fase de licença ambiental de operação (LAO), apresenta-se o atendimento das condicionantes anteriores, laudos de análises e planos de controle e monitoramento das atividades.
Importante destacar que antes de iniciar qualquer atividade, principalmente as inerentes ao setor imobiliário, deve-se atentar para as características ambientais do imóvel onde se pretender desenvolver o projeto.
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Quais os problemas enfrentados para as atividades que atuam sem licença ambiental?
A falta de licenciamento implica em ilegalidade da atividade porque pressupõe que a mesma está operando em desconformidade com as normas ambientais.
Sua ausência é considerada como infração administrativa e crime ambiental previsto na Lei de Crimes Ambientais. Por isso, a melhor alternativa é sempre buscar a regularização antes mesmo de se iniciar a implantação da atividade.
Para determinados empreendimentos que já estão em funcionamento e não possuem licença, não há o que temer. Procure o órgão ambiental competente e se licencie. Com isto se estará evitando consequências desastrosas para o seu patrimônio e para sua empresa.
Desta forma, o procedimento adequado é a licença ambiental corretiva, a qual será emitida após análise e apresentação de Estudo de Conformidade Ambiental (ECA), conforme art. 32, da Lei 14.675/09. O órgão ambiental fará uma análise para checar se a atividade atende os requisitos ambientais exigidos e se ela está em conformidade com a instrução das normas técnicas exigidas. O processo de regularização segue o rito normal das fases do licenciamento e depende de estudos ambientais e documentação básica.
Crime Ambiental(Lei 9.605/98)
Infração Ambiental(Decreto 6.514/2008)
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:
Art. 66. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos, atividades, obras ou serviços utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, em desacordo com a licença obtida ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes:ormas legais e regulamentares pertinentes:
Pena: detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).
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Lembre-se! É através do licenciamento ambiental que a Administração Pública visa compatibilizar o desenvolvimento econômico com a preservação do equilíbrio ecológico. Por isso, empreendedor, não veja o licenciamento ambiental como um óbice ao desenvolvimento, mas como garantia de que se está realizando um empreendimento em conformidade legal e que observa as normas urbanístico-ambientais da sua região.
Importante observar que qualquer alteração no empreendimento deve ser submetida a uma revisão no licenciamento, com a solicitação/revisão da ampliação da licença ambiental já concedida.
A solicitação de qualquer uma das licenças deve estar de acordo com a fase em que se encontra a atividade ou o empreendimento: concepção, obra, operação ou ampliação, mesmo que não tenha obtido anteriormente a Licença prevista em Lei. Isso decorre pelo fato do licenciamento ambiental ser um procedimento único, porém subdividido em fases. Sendo assim, a licença anterior não é garantia de que a próxima licença seja concedida.
Recomendações após a obtenção da licença ambiental
Após a publicação, o empreendimento ou atividade estarão devidamente licenciados.É importante atentar às questões abaixo, para que a licença seja mantida:
1. As condições (condicionantes) listadas na licença ambiental devem ser observadas e seguidas. O não cumprimento pode resultar no cancelamento da licença.
2. O prazo de validade deve ser acompanhado para que o empreendedor não deixe desolicitar sua renovação com a antecedência devida (120 dias).
3. Qualquer ampliação ou modificação no processo industrial deve ser previamentecomunicada ao órgão licenciador.
4. É importante manter a licença ambiental visível no local onde a atividade está sendo exercida, para fins de fiscalização.
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5. A licença ambiental pode ser cancelada pelo órgão ambiental, caso seja verificada ocorrência de irregularidade.
Licenciamento Ambiental Municipal
O licenciamento ambiental é um instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente pelo qual o Poder Público, federal, estadual ou municipal, por meio de procedimento administrativo, exige dos interessados em desenvolver atividade potencialmente poluidora ou causadora de significativo impacto ambiental, a elaboração de estudos de impacto ambiental, planos e programas de controle e monitoramento ambientais que definem os impactos que a atividade pode causar. Assim, o ente licenciador pode estabelecer medidas que permitem o controle da poluição e menor impacto da atividade.
Porém, com o advento da Resolução CONAMA n. 237/97, detalhou-se com maior clareza a possibilidade dos Municípios exercerem a competência para licenciarem atividades de impacto local. O Estado de Santa Catarina, por meio do Decreto n. 620/2003, que tratou da descentralização das ações relativas ao meio ambienta já sinalizava a iniciativa de transferir aos Municípios o exercício do poder administrativo de licenciar atividades de impacto local, possibilitando assim, um melhor exercício e celeridade na análise e emissão das licenças ambientais competentes. Desta forma, o Conselho Estadual de Meio Ambiente - CONSEMA, em 2005 deliberou sobre o assunto elaborando a Resolução 001/2005, que tratava da listagem das atividades potencialmente poluidoras. No mesmo texto da Resolução, fez-se a previsão da possibilidade dos Municípios licenciarem determinadas atividades que fossem consideradas de pequeno porte, porém, mediante a condição expressa da realização de instrumento de convênio firmado entre o Município licenciador e o Estado de Santa Catarina.
Já, no ano de 2006, o CONSEMA novamente deliberou sobre a possibilidade do exercício do licenciamento pelos entes Municipais e aprovou a Resolução 002/2006, revogando as disposições em contrário, tal como a Resolução 001/2004 e 001/2005. Referida Resolução tratou de definir as atividades de impacto ambiental local para fins do exercício da competência do licenciamento ambiental municipal, assim como os critérios necessários para o exercício pleno deste direito.
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A Lei Complementar 140/2011
Com o advento da Constituição Federal de 1988, sobrevieram as competências comuns em matéria ambiental, cabendo à União, Estados, Municípios e Distrito Federal relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora. O art. 23, par. único, trata das formas de cooperação a serem realizadas entre os entes federativos para o desenvolvimento de ações administrativas de proteção e preservação ambiental. Para detalhar a forma de cooperação foi editada a Lei Complementar 140, de 08 de dezembro de 2011. Esta Lei Complementar alterou a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei 6.938/81, limando a obrigatoriedade de anuência supletiva em matéria de licenciamento. Passa-se a ter exclusivamente uma única análise e um único ente detentor de competência exclusiva para exercer o licenciamento ambiental.
O art. 9º da Lei Complementar 140/2011 determina a competência dos Municípios da seguinte forma:
Art. 9º - São ações administrativas dos Municípios:XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou
Assim sendo, a competência plena para o licenciamento ambiental municipal está mais do que determinada, cabendo ao Município a sua preparação e capacitação para o desenvolvimento dos serviços públicos na área ambiental.
Outro fator importante apresentado pela Lei Complementar 140/2011 é a participação dos Consórcios Públicos Municipais como verdadeiros fomentadores da gestão ambiental. Através desta figura jurídica a organização do sistema de licenciamento pode propiciar maior facilidades de implementação das estruturas e órgão de licenciamento nos municípios.
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Art. 4º - Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes instrumentos de cooperação institucional:I - consórcios públicos, nos termos da legislação em vigor;II - convênios, acordos de cooperação técnica e outros instrumentos similares com órgãos e entidades do Poder Público, respeitado o art. 241 da Constituição Federal;
Resolução CONSEMA nº 52/2014 – Licenciamento Municipal
O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina, CONSEMA, publicou em janeiro de 2015 a Resolução nº 52/2014 que estabelece critérios gerais para exercício do licenciamento ambiental municipal de atividades, obras e empreendimentos que causam ou possam causar impacto de âmbito local. A proposta da resolução visa compatibilizar a nova dinâmica de licenciamento ambiental determinada pela Lei Complementar 140/2011.
Com a vigência da Lei, o princípio da cooperação dos entes federativos em matéria ambiental, em especial nas competências para atuação no licenciamento, sobrevieram com mais ênfase, estabelecendo-se de forma mais clara a quem compete licenciar o que. Assim sendo, o CONSEMA buscou estabelecer uma norma de caráter orientativo para que os Municípios possam adequar suas estruturas administrativas básicas, a fim de proporcionar maior apoio na descentralização.
A Resolução traz importantes conceitos, tal como órgão ambiental capacitado, quadro técnico municipal habilitado, equipe técnica de suporte e análise. Também tratou de estabelecer requisitos básicos para a caracterização das estruturas Municipais de licenciamento, tal como o funcionamento e operação dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente.
Outro fator de grande contribuição trazido pela resolução foi a criação de uma matriz de correlação entre os níveis de complexidade do licenciamento e o grau de atividade econômica desempenhado pelo Município, resultando então numa parametrização do número mínimo de técnicos que devem compor as estruturas técnicas de referência. Por exemplo, um Município com PIB (Produto Interno Bruto) inferior a R$ 3 bi e adoção de nível de complexidade III de licenciamento, deveria possuir o mínimo de 4 técnicos em
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seu quadro. Isto deve ajudar os Municípios a estruturar seus órgãos ambientais, sem que dependam de um vasto corpo técnico que venha a onerar demasiadamente o orçamento municipal.
Além disso, a Resolução nº 52/2014, em sintonia com a Lei Complementar 140/2011, buscou fortalecer os instrumentos de cooperação, a exemplo dos consórcios públicos intermunicipais, como tratou por diversas vezes sobre o exercício do licenciamento de forma consorciada. A partir daí, os consórcios públicos de Santa Catarina podem buscar formas de estruturar sua atuação no licenciamento ambiental, permitindo com que os municípios consorciados atuem em conjunto, adotando unidades de gestão territorial ou por bacias hidrográficas, resultando numa prestação de serviços eficaz e com custo compartilhado.
Por fim, permanece ainda algum desafio decorrente da descentralização do licenciamento ambiental aos municípios, tal como a organização de sistemas municipais de informação ambiental que estejam interligados a uma base de dados Estadual, bem como o efetivo controle das atividades licenciadas, através da fiscalização e exercício do poder de polícia em matéria ambiental. Cabe aos Municípios e gestores compreenderem que o licenciamento ambiental de atividades de impacto local ultrapassa os limites da facultatividade, mostrando que a gestão ambiental local é necessária e imperativa para que os Municípios cada vez mais alcancem um grau de sustentabilidade ambiental satisfatório.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 7ª ed. rev., ampl. e atual. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2011.
FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin de. A propriedade no direito ambiental. 3ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2008.
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. MORITA, Dioni Mari. FERREIRA, Paulo. Licenciamento Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2011.
MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 7ª ed. São Paulo:Malheiros, 1998.
Manual de Licenciamento Ambiental – Manual de Procedimentos da FATMA, 2011. Disponível em: <http://www.fatma.sc.gov.br/> Acesso em: 19 mar. 2013.
MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Malheiros, 2010.
MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: A gestão ambiental em foco: doutra, jurisprudência, glossário. 7ª Ed. ver., atual. e reform. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
LEGISLAÇÃO CONSULTADA
Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988.
Decreto n. 6.514, de 22 de julho de 2008. Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências.
Lei Complementar n. 140, de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à
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preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Lei Federal n. 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis n. 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória n. 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Lei Federal n. 6.838, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei Federal n. 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.
Lei Federal n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
Lei Federal n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Lei Estadual n. 14.675 e alterações, de 13 de abril de 2009. Institui o Código Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina e dá outras providências.
Decreto Estadual n. 2.955, de 20 de janeiro de 2010. Estabelece os procedimentos para o licenciamento ambiental a ser seguido pela Fundação do Meio Ambiente - FATMA, inclusive suas Coordenadorias Regionais – CODAM's, e estabelece outras providências.
CONAMA. Resolução n. 001, de 08 de março de 1990. Dispõe sobre o Controle da Poluição do Meio Ambiente, referente aos níveis excessivos de ruído.
Resolução CONAMA n. 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos d'água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
Resolução CONSEMA n. 13, de dezembro de 2012. Aprova a Listagem das Atividades Consideradas Potencialmente Causadoras de Degradação Ambiental passíveis de licenciamento ambiental pela Fundação do Meio Ambiente – FATMA e a indicação do competente estudo ambiental para fins de licenciamento.
GUIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO EMPRESÁRIO CATARINENSE
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Resolução CONSEMA n. 14, de dezembro de 2012. Aprova a Listagem das Atividades Consideradas Potencialmente Causadoras de Degradação Ambiental de Impacto local e seus níveis.
Resolução CONSEMA n. 52, de 05 dezembro de 2014. Estabelece critérios gerais para exercício do licenciamento ambiental municipal de atividades, obras e empreendimentos que causem ou possam causar impacto de âmbito local em todo o Estado de Santa Catarina.
Resolução CONAMA n. 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre a revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente.
GUIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO EMPRESÁRIO CATARINENSE
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