Água: economia circular · abordagem metodológica sobre o carbono sequestrado como indicador de...
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Água: economia circular
ENTREVISTA Jaime Melo BaptistaALTERAÇÕES CLIMÁTICAS Escolhas intertemporais
ÁGUA Engenharia HumanitáriaSOLOS O Litoral e as Alterações Climáticas
VOZES ATIVAS Prospeção de Lítio
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DIRETORA Leonor Amaralnúmero 118 · setembro/outubro 2019publicação bimestral6.90 €
9 771645 178003
ISSN 1645-1783
1INDÚSTRIA E AMBIENTE 118 SETEMBRO/OUTUBRO 2019
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Editorial, por Leonor AmaralLet’s Make It Happen!
Água: economia circular, por Arménio Figueiredo
Entrevista Jaime Melo Baptista
Dossier “Água: economia circular” Recuperação de materiais de ETAR com técnicas de baixo carbono – JOÃO M. RIBEIRO, DANIEL DIAS, NILAY SAYI UÇAR, JORGE SANTOS E ADRIAN OEHMEN
A economia circular. A situação no sector da água em Portugal – AMÍLCAR AMBRÓSIO
Plano de ação para a economia circular no setor das águas – JOSÉ PIMENTA MACHADO
Gestão de ativos no contexto da economia circular – ANA MARGARIDA LUÍS
Especial ENEG 2019A água em Portugal na próxima década | Roteiro para 2030 – JOSÉ MARTINS SOARES
Mercado
AtualidadeÁguaA Engenharia Humanitária e o Saneamento – JOSÉ SALDANHA MATOS
EnergiaAlterações ClimáticasA Cimeira de Ação Climática das Nações Unidas, as decisões intertemporais, a taxa de desconto temporal e a preocupação crescente com a crise climática – FILIPE DUARTE SANTOS RecursosAbordagem metodológica sobre o carbono sequestrado como indicador de conteúdo ecológico – LUÍS GIL, PAULO MARTINS, ISABEL CABRITA
SolosSolos na zona litoral e alterações climáticas – PAULA F. DA SILVA
Eventos
Decisões Judiciais e AmbienteRejeição de águas residuais degradadas – prova – ISABEL ROCHA
Vozes AtivasQuais os prós e os contras da prospecção de lítio, no caso particular de Portugal? – ALEXANDRE LIMA E ANA MARIA ANTÃO
NortadaDo outro lado do espelho – CARLOS PEDRO FERREIRA
FICHA TÉCNICA
NÚMERO 118 | SETEMBRO/OUTUBRO 2019
Diretora Leonor Amaral
Diretora Executiva Carla Santos Silva
Conselho Editorial António Guerreiro de Brito (ISA)
Carlos Pedro Ferreira Fernando Castro (UM)
Isabel Rocha José Saldanha Matos (UL)
Correspondente em BruxelasAna Malheiro
RedaçãoCátia Vilaça
Marketing e Publicidade Daniel Soares
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Assinaturas Tel. 225 899 625
Redação e Edição Engenho e Média, Lda. – Grupo Publindústria
Escritório/Morada de Correspondência: Rua de Santos Pousada, 441, Sala 110
4000-486 Porto Tel. 225 899 625
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Impressão Lidergraf Sustainable Printing
Rua do Galhano, 15 4480-089 Árvore
Publicação bimestral Registo na ERC n.o 117 075
ISSN 1645-1783
Depósito Legal 165 277/01
Tiragem 3000 exemplares
O estatuto editorial da revista está disponível em www.industriaeambiente.pt/sobre/revista/
Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.
A Indústria e Ambiente adotou na sua redação o novo acordo ortográfico.
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Gestão Florestal Responsável.
Capa © D.R. SUMÁRIO
DOSSIER › Resíduos e ecodesign
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DOSSIER ÁGUA: ECONOMIA CIRCULAR
INDÚSTRIA E AMBIENTE 118 SETEMBRO/OUTUBRO 2019
6. Sem prejuízo do que, de relevante, se tem
vindo a publicar e a promover entre nós sobre
economia circular, o certo é que em Portugal
nem sequer a reutilização da água atingiu, em
termos de concretizações, aspectos visíveis.
Numa época em que o conceito de economia
circular ainda não era tido em conta no nosso
País, vários estudos foram feitos, e de relevo,
entre os quais os seguintes, indicando-se as
datas dos respectivos termos:
– LISTRATA
Reutilização em Usos Compatíveis dos
Efluentes Líquidos Depurados das Três
ETAR de Lisboa
Estudo de Fundamentação Técnica e de Via-
bilidade Económica
Agosto de 1998
– ÁGUAS DO ALGARVE
Aplicação de Águas Residuais Depuradas
em Usos Compatíveis em Sete Cidades do
Algarve
Estudo Técnico-Económico
Fevereiro de 2006
– ÁGUAS DO OESTE
Aplicação de Águas Residuais Depuradas
em Usos Compatíveis na Região do Oeste
Concelhos de Alcobaça, Arruda dos Vinhos,
Lourinhã, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte
Agraço e Torres Vedras
Estudo Técnico-Económico
Dezembro de 2007
Não obstante as apreciações positivas e cor-
respondentes aprovações, nenhum dos estu-
dos referidos deu lugar a qualquer concretiza-
ção; e, apesar de no PEAASAR II (2007-2013)
se ter assumido para 2013 a ”(...) percentagem
de reutilização de águas residuais tratadas
(...)” ter como ”(...) valor de referência: ≥ 10%
(...)” dos efluentes líquidos das ETAR, o facto é
que, de acordo com o RASARP 2014, em 2013
ter-se-ão utilizado, pelas únicas 33 entidades
gestoras que reutilizaram água, apenas 1,34%
de 1 141,8 x 106 m3 de águas residuais de-
puradas, tendo sido 1,13% aplicados em usos
próprios e os remanescentes 0,21% destina-
dos a terceiros.
Se quanto à reutilização da água o panorama
que persiste não nos proporciona um míni-
mo de satisfação, muito menos reconfortan-
te é a nossa situação quanto ao conjunto de
aplicações da economia circular no sector da
água.
Instâncias do Governo, instituições do Estado
e entidades gestoras ainda não se revelaram
capazes do lançamento de um movimen-
to entre nós que se constitua promotor de
uma estratégia holística de opções pela eco-
nomia circular no sector da água, em par-
ticular no ciclo urbano da água. Em prol do
País, esperemos que tal venha a suceder em
breve.
Amílcar Ambrósio escreve de acordo com a antiga ortografia.
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