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Apresentação no âmbito da rede Imaginar os Centros Co-Financiamento DATAS DA DIGRESSÃO 21 Janeiro - Teatro-Cine de Torres Vedras 22 Janeiro - Teatro Virgínia, Torres Novas 25 Janeiro - Teatro A. de Gil Vicente, Coimbra 28 Janeiro - Teatro Aveirense, Aveiro Grupo Dançando com a Diferença Apoios Institucionais da AAAIDD Residência do GDD DIRECÇÃO ARTÍSTICA Henrique Amoedo Clara Andermatt e Rui Horta 22 Janeiro . sábado 21h30 Teatro Virgínia. Torres Novas 2011

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Page 1: Grupo Apoios Institucionais da AAAIDD Dançando com a · PDF filezorn / Ennio Morricone; Eurythmics (arranjo de Tiago Cerqueira) FiguRinOs E DEsEnHO DE Luz Rui Horta COSTUREIRA Fátima

Apresentação no âmbito da rede Imaginar os Centros

Co-Financiamento

DATAS DA DIGRESSÃO

21 Janeiro - Teatro-Cine de Torres Vedras

22 Janeiro - Teatro Virgínia, Torres Novas

25 Janeiro - Teatro A. de Gil Vicente, Coimbra

28 Janeiro - Teatro Aveirense, Aveiro

Grupo Dançando com a Diferença

Apoios Institucionais da AAAIDD

Residência do GDD

DIRECçÃO ARTíSTICA Henrique Amoedo

Clara Andermatt e Rui Horta

22 Janeiro . sábado 21h30Teatro Virgínia. Torres Novas 2011

Page 2: Grupo Apoios Institucionais da AAAIDD Dançando com a · PDF filezorn / Ennio Morricone; Eurythmics (arranjo de Tiago Cerqueira) FiguRinOs E DEsEnHO DE Luz Rui Horta COSTUREIRA Fátima

SOBRE O PROJECTO

Dançando com a Diferença

A arte da dança como um instrumento para

ultrapassar as barreiras dos preconceitos em

relação a deficiência. Partindo deste pressupos-

to e da certeza das contribuições desta forma

de arte para o desenvolvimento global dos seres

humanos, inicia-se em Setembro de 2001, na

Ilha da Madeira, o “Projecto Dançando com a

Diferença” na DREER – Direcção Regional de

Educação Especial e Reabilitação.

Desde Junho de 2007, esta iniciativa da re-

sponsabilidade de Henrique Amoedo, desen-

volve-se através da AAAIDD – Associação dos

Amigos da Arte Inclusiva – Dançando com a

Diferença.

Este amplo projecto com acções educaciona-

is, de apoio terapêutico e principalmente artísti-

cas atende directamente a aproximadamente 50

pessoas, entre crianças, jovens, adultos e menos

jovens e pretendemos que continue a crescer,

ampliando a sua participação e competitividade

no “mercado da dança”.

A inovação e a ousadia, entre tantas outras,

são características da Arte Contemporânea e

consequentemente, estão presentes neste tra-

balho. Não de forma gratuita e inconsequente,

mas sim com uma postura de que só poderemos

contribuir para a modificação da imagem social

das pessoas com deficiência se soubermos aliá-

las e apresentá-las para o público, de forma a

confrontá-lo com esta realidade.

Estas mesmas características foram capazes

de abrir as portas para que diferentes protocolos

de colaboração fossem estabelecidos entre nós

e outras instituições. Destacam-se o protocolo

de residência no Centro das Artes Casa das Mu-

das estabelecido com a Sociedade de Desenvol-

vimento Ponta do Oeste e a criação de grupos

de dança para a população menos jovem, num

protocolo estabelecido com a Câmara Municipal

do Funchal.

No “Projecto Dançando com a Diferença” os

conceitos de Inclusão Social e da Dança Con-

temporânea fundem-se com o objectivo de

demonstrar que bailarinos, independentemente

de possuírem ou não algum tipo de deficiência,

podem produzir espectáculos de dança com ex-

celência artística.

Temporariamente nomeamos o nosso tra-

balho de “Dança Inclusiva”, que para nós são

aqueles trabalhos que incluem pessoas com

e sem deficiência, onde os focos terapêuticos

e educacionais não são desprezados, mas

a ênfase encontra-se em toda a elaboração e

criação artística numa vertente contemporânea.

Todo este processo deve levar em consideração

a possibilidade de mudança da imagem social e

inclusão destas pessoas na sociedade, através

da arte de dançar, uma necessidade premente

em vários países onde este tipo de trabalho ex-

iste, em Portugal inclusive.

Para terminar, gostávamos de ressalvar que

quando bailarinos com corpos diferentes forem

aceites em todas as companhias de dança por

suas qualidades artísticas e esta diferença não

for mais alvo de tantos estudos, atitudes incrédu-

las e/ou de condescendência dúbia pensamos

que teremos cumprido o nosso papel em busca

de uma real inclusão destas pessoas no univer-

so da dança, e nesse momento, o termo “Dança

Inclusiva” poderá ser desprezado, ficando so-

mente para os registos históricos – sintoma de

plena aceitação da unicidade na diversidade

pois, de bailarinos se trata, que dançam com o

corpo e não “apesar do corpo”.

Henrique Amoedo

Director Artístico do Grupo DANçANDO COM A DIFERENçA

GRUPO DANçANDO COM A DIFERENçA

Com o compromisso de elevar constantemente

a qualidade artística do repertório do GRUPO

DANçANDO COM A DIFERENçA, Henrique

Amoedo, director artístico desta companhia,

reúne num mesmo espectáculo criações de dois

grandes coreógrafos portugueses da actuali-

dade, Clara Andermatt e Rui Horta.

• “Levanta os Braços como Antenas para o Céu”,

de Clara Andermatt, para 12 intérpretes (aprox.

35 min.) Intervalo (20 min.)

• “Beautiful People”, de Rui Horta,

para 8 intérpretes (aprox. 40 min.)

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Levanta os Braços como Antenas para o CéuUma coreografia de Clara Andermatt

“Levanta Os Braços Como Antenas Para O Céu”,

de Clara Andermatt, teve a sua estreia no dia 28

de Julho de 2005 no Centro das Artes Casa das

Mudas. Após 3 anos em palco, e verificado o seu

grande sucesso, Clara Andermatt regressou à Ma-

deira para a remontagem desta peça que voltou

a cena numa temporada que realizou-se entre os

dia 17 e 19 de Outubro de 2008, igualmente no

Centro das Artes Casa das Mudas – Madeira.

“Fugir ao padrão do ser funcional dos 20 aos 50.

Trabalhar com corpos sem esconder as suas difer-

enças e dificuldades. Explorá-las. Desmanchar o

medo e confrontar os limites, os deles e os meus.

É como pegar numa equação e mudar-lhe o sinal.

É descobrir o ponto de cruzamento que existe en-

tre tudo e todos. É perceber melhor o espectáculo

inteiro do mundo.”

Clara Andermatt

FICHA ARTíSTICA

EstREiA ABsOLutA 28/07/2005 - Centro das Artes

Casa das Mudas - Calheta

COREOGRAFIA Clara Andermatt

MúsiCA ORiginAL Vítor Rua

FIGURINOS Clara Andermatt em colaboração com

Maurício Freitas

COSTUREIRAS Florinda Basílio, Clarinda Martins,

ivone Berimbau e Fernanda nunes

DEsEnHO DE Luz Clara Andermatt em

colaboração com Maurício Freitas

AssistEntEs DE PALCO Fátima Trindade

OPERAçãO DE Luz Maurício Freitas

OPERAçÃO DE SOM Henrique Amoedo

INTÉRPRETES António José Freitas, Bárbara

Matos, Elsa Freitas, Joana Caetano, José Manuel

Figueira, Juliana Andrade, Luísa Aguiar, Ricardo

Mendes, Sofia Marote, Sónia Gouveia, Telmo

Ferreira e Sara Anjo

CO-PRODUCçÃO (2005) DREER e Companhia

Clara Andermatt estrutura financiada pelo

Ministério da Cultura e Direcção-Geral das Artes

PRODUçÃO 2008 AAAIDD-Associação dos Amigos

da Arte Inclusiva - Dançando com a Diferença

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Beautiful PeopleUma coreografia de Rui Horta

A 14 de Junho de 2008 o Grupo Dançando com

a Diferença estreou “Beautiful People”, de Rui Hor-

ta. No programa de apresentação desta peça, o

escritor, professor universitário e crítico de dança,

Daniel Tércio, escreveu “Um homem encontra-se

na memória da sua visão, enquanto as estrelas

abandonam lentamente o palco. Uma mulher

aproxima-se da boca de cena e diz convictamente:

“eu quero ser uma bailarina famosa e reconhecida

internacionalmente”. A declaração do desejo é um

direito que habitualmente reconhecemos uns aos

outros. A proposta de Rui Horta para o Grupo Dan-

çando com a Diferença devolve-nos esse desejo e

leva-nos a reflectir até que ponto estamos prepara-

dos para aceitar os desejos dos outros corpos. Na

verdade, talvez estejamos dispostos a reconhecê-

los mais nuns corpos do que noutros. Não se trata

pois simplesmente de aceitar a diferença, mas an-

tes a de lidar e conviver com as vontades que nos

chegam do lado de lá do espelho.

O que vemos do outro lado do espelho?

O que vê cada espectador do lado de lá do palco?

Beautiful People não esconde a deficiência,

nem a embrulha em sentimentos de piedade. De

certo modo, aquilo que o coreógrafo faz é tornar

mais visível a brutalidade e a injustiça com que

a sociedade trata a pessoa com deficiência. Fá-lo

a partir das pequenas histórias de vida, algumas

delas ficcionadas e outras simples episódios per-

formativos. Alguns gestos parecerão chocantes,

como o corpo que é cruelmente lançado fora da

cadeira de rodas, outros ridiculamente competiti-

vos, como a disputa pelo microfone, outros ainda

na fronteira do conflito, como o combate ao ral-

enti. Um megafone esquecido no centro do palco

sinalizará a cantilena do pedinte, do excluído, mas

também o grito de revolta tantas vezes adiado. Um

corpo embrulhado em luzinhas de natal porá a nu

as pequenas e falsas caridades que admitimos e

promovemos em datas precisas. Outro corpo em-

brulhado em fita-cola revelará a rugosidade das

coisas que não seguem como desejaríamos.

Quando os intérpretes se aproximam da boca

de cena, com minhocas na cabeça, o espectador

sentirá talvez a incomodidade do olhar, uma es-

pécie de nó dissonante no centro do seu próprio

cérebro. Mas será sobretudo no coração que en-

contrará a fórmula para desatar esse nó. Desco-

brirá então o sentido desta peça construída com

fragmentos, desta peça simultaneamente pertur-

badora e sensível. No final, tal como os intérpret-

es, ficará talvez com um emaranhado de estrelas

entre as mãos... E dirá: eis beautiful people.”

FICHA ARTíSTICA

EstREiA ABsOLutA 14/06/2008 - Centro das Artes

Casa das Mudas - Calheta

CONCEPçÃO, TExTOS E COREOGRAFIA Rui Horta

BAnDA sOnORA Tiago Cerqueira; Nick Cave; John

zorn / Ennio Morricone; Eurythmics (arranjo de

Tiago Cerqueira)

FiguRinOs E DEsEnHO DE Luz Rui Horta

COSTUREIRA Fátima Trindade

ENSAIADOR Vanessa Amaral

NOTAçÃO COREOGRáFICA Luísa Aguiar

AssistEntEs DE PALCO Fátima Trindade

e Telmo Ferreira

EnsAiOs DE VOz (APOiO) Lidiane Duailibi

OPERAçãO DE Luz Maurício Freitas

OPERAçÃO DE SOM Luísa Aguiar

INTÉRPRETES António José Freitas, Bárbara

Matos, Elsa Freitas, José Manuel Figueira,

Juliana Andrade, Ricardo Mendes, Sofia Marote,

Joana Caetano e Sónia Gouveia

PRODUçÃO AAAIDD-Associação dos Amigos

da Arte Inclusiva - Dançando com a Diferença

com o apoio da Empresa Funchal 500 Anos