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Grêmio Estudantil UNIDADE 2

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Grêmio Estudantil

UNIDADE 2

GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE FORMAÇÃO CONTINUADA EM REDE

AS INTÂNCIAS COLEGIADAS E A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA

Conselho Escolar e Grêmio Estudantil

Professoras PDE:

ARIANE ANDRADE BIANCO / NRE GUARAPUAVA

Temática: GRÊMIO ESTUDANTIL

RITA JOSEANE DA LUZ ZIEGEMANN / NRE PITANGA

Temática: CONSELHO ESCOLAR

Disciplina:

GESTÃO ESCOLAR

Professor Orientador:

Professor Mestre RAIMUNDO NONATO JÚNIOR

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE – UNICENTRO

Desenhos1

Arte gráfica2

GUARAPUAVA

2008

1 Todas as gravuras que se seguem neste caderno são de autoria de Amanda Ziegemann e Natália

Tomen Zeschotko e f oram gentilmente cedidas para a construção deste material.

2 Todo trabalho de arte gráfica usado para a digitalização das gravuras foram realizados por Duo –

Markting e Propaganda e gentilmente cedidas para a elaboração deste material.

A denúncia de tudo quanto mutila a espécie

humana e impede sua felicidade nasce da

confiança no homem (...) agora, quando se

imagina que a ciência nos ajudou a vencer o

terror do desconhecido na Natureza, somos

escravos das pressões sociais que essa mesma

ciência criou. Quando nos convidam a agir

independentemente, pedimos modelos, sistemas,

autoridades. Se quisermos verdadeiramente

emancipar o homem do medo e da dor, então a

denúncia do que hoje se chama razão e ciência é

o melhor serviço que a razão pode prestar.

Horkheimer

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO......................................... 07

UNIDADE I

Conselho Escolar.....................................

12

• Módulo 1 Conselho Escolar o que é? Histórico e

Legislação. Gestão Democrática e sua relação

com o Conselho...............................

14

• Módulo 2 O Papel do Conselho Escolar e o

Estatuto.....................................

26

• Módulo 3 Quem sou eu Conselheiro? O que posso

fazer?.......................................

35

• Módulo 4 Conselho Escolar trabalho que requer

conhecimento e formação continuada...........

45

• Módulo 5 Conselho Escolar, Projeto Político Pedagógico

e Planejamento Participativo.................

53

• Módulo 6 Relação do Conselho Escolar com a

Comunidade...................................

64

UNIDADE II

Grêmio Estudantil ...................................

69

• Módulo 1 Quem Somos Nós e o Que Queremos?.............

76

• Módulo 2 Juventude e Educação ........................

87

• Módulo 3 Democracia e Participação Política...........

99

• Módulo 4

Administração do Espaço Pedagógico

estudantil...................................

108

• Módulo 5 O Grêmio Estudantil, o Projeto Político

Pedagógico e o Projeto Participativo.........

125

• Módulo 6 O Grêmio Estudantil e sua Relação com a

Comunidade Escolar...........................

134

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................. 139

REFERÊNCIAS.......................................... 141

Apêndice............................................. 144

Anexo................................................

• Lista de Anexos..............................

148

149

LISTA DE TABELAS

TABELA 01. Atividade de sensibilização 01.............. 24

TABELA 02. Atividade de sensibilização 02.............. 25

TABELA 03. Estudo do Estatuto do Conselho Escolar...... 33

TABELA 04. Teia de relações............................ 34

TABELA 05. Análise de imagens.......................... 42

TABELA 06. Diagnóstico com a comunidade................ 44

TABELA 07. Teatro imagem – Conselho Escolar............ 52

TABELA 08. Construindo o Plano de Ação................. 62

TABELA 09. Atividade de socialização................... 68

TABELA 10. Atividade de Integração 1................... 77

TABELA 11. Atividade de Integração 2................... 85

TABELA 12. O Jovem na TV............................... 88

TABELA 13. O Jovem e suas Tribos....................... 92

TABELA 14. Ver além do óbvio........................... 95

TABELA 15. Escola Informativa.......................... 96

TABELA 16. O Papel do Jovem na Sociedade............... 98

TABELA 17. Eu também posso participar.................. 101

TABELA 18. Teatro Imagem............................... 106

TABELA 19. Usando o Estatuto........................... 113

TABELA 20. Exercitando a Organização................... 124

Apêndice

TABELA 21. Socializando o Trabalho.....................

145

APRESENTAÇÃO

“Criticar é fazer falar o silêncio”

(CHAUÍ, 2006)

Caros Colegas Profissionais da Educação, Membros da

Comunidade, Queridos Alunos e Senhores Pais;

Durante nossa caminhada profissional, enquanto

professoras da rede pública do Estado do Paraná, trilhamos

vários caminhos em busca dos muitos processos de ensino-

aprendizagem que atravessam a Educação. Enquanto instância

interdisciplinar, o espaço pedagógico constrói identidades,

subjetividades e paradigmas a partir dos quais analisados e

compreendemos a realidade.

A escola como peça importante no atual cenário social

é a responsável não apenas pela aquisição e construção do

conhecimento elaborado, mas também é o espaço no qual se

estabelecem as relações afetivas e sociais entre os

sujeitos que dela fazem parte.

Neste contexto, nos deparamos freqüentemente com

contradições que nos inquietam, tais como: uma gestão

democrática ainda a ser consolidada; a necessidade de uma

maior participação da comunidade nas decisões efetivas da

escola; práticas pedagógicas pouco condizentes com a

realidade social; o desejo de priorizar a organização

pedagógica em detrimento da mera burocracia e administração

financeira, dentre outras.

A procura por possíveis soluções é constante por parte

dos profissionais que atuam nesse sistema. Entretanto,

como todo processo educacional, essa é uma tarefa árdua e

contínua que requer estudo, trabalho coletivo e

socialização dos conhecimentos adquiridos. Visando

contribuir com a efetivação de uma educação emancipadora,

elaboramos este Caderno Pedagógico.

O presente material didático faz parte do Projeto de

Intervenção Pedagógica, pensado a partir da realidade da

escola pública, como atividade inerente ao Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE, proposto pela Secretaria

de Estado da Educação do Paraná.

O Caderno Pedagógico – Instâncias Colegiadas e a

Gestão Democrática da Escola Pública – pretende discorrer

informações e reflexões sobre a Gestão Democrática, por

meio da atuação das Instâncias Colegiadas.

As Instâncias Colegiadas presentes na escola tem a

função de contribuir para a melhoria da qualidade do

processo educativo, por meio do trabalho coletivo de todos

aqueles que dela fazem parte. São Instâncias Colegiadas na

Escola Pública: Conselho Escolar, Conselho de Classe,

Associação de Pais Mestres e Funcionários e Grêmio

Estudantil.

Abordaremos no decorrer dessa produção, o Conselho

Escolar e o Grêmio Estudantil, desde seu surgimento,

passando por sua história e importância para a educação.

Pretendemos também, levantar a discussão sobre a

participação e otimização dessas Instâncias Colegiadas nos

trabalhos efetivados nas unidades escolares.

O enfoque dessa produção se detém nos mecanismos

presentes na Legislação vigente e no Projeto Político

Pedagógico das escolas, assim como na reflexão da cultura

de participação política da comunidade escolar. Essas

discussões visam o fortalecimento do processo de

democratização da escola pública.

O material foi construído com base no Método da

Pesquisa-Ação, desenvolvido por intermédio de pesquisas

bibliográficas e oficinas didáticas com aplicação de

técnicas inspiradas no Método Sociopoético.

O Caderno Pedagógico foi dividido em duas unidades, a

primeira tratando do Conselho Escolar e a segunda a

respeito do Grêmio Estudantil. Cada unidade está dividida

em seis módulos. Estes, por sua vez, serão aplicados no

decorrer das oficinas do primeiro semestre de 2009, podendo

também ser utilizados por quaisquer educadores que se

interessem em debater estas temáticas na sua escola.

A primeira unidade – Conselho Escolar – aborda as

seguintes situações:

• Módulo I – Trata do conceito de Conselho Escolar,

por meio de seu Histórico e Legislação abordando também a

relação do Conselho Escolar com a Gestão Democrática na

Escola Pública.

• Módulo II – Aborda o papel do Conselho Escolar

segundo o Estatuto proposto pela Secretaria da Educação do

Estado do Paraná.

• Módulo III – Discorre sobre a figura do

conselheiro, como ele pode agir e contribuir com o processo

educacional.

• Módulo IV – Destaca a importância do conhecimento

e da formação continuada para a atuação do colegiado.

• Módulo V – Relaciona o Conselho Escolar, o

Projeto Político Pedagógico e o Planejamento Participativo,

na busca de nortear as ações da instância.

• Módulo VI – Destaca a relação do Conselho Escolar

com a comunidade, por meio da socialização das atividades

pensadas pelo colegiado, no decorrer das oficinas.

A segunda unidade - Grêmio Estudantil – reflete sobre

as seguintes temáticas:

• Módulo I – Trata do conceito de Grêmio

Estudantil, sua função na escola e importância para os

alunos. Também faz-se um resgate histórico da legislação e

do movimento estudantil brasileiro.

• Módulo II – Trata sobre o papel da juventude na

sociedade, sua atuação política e seus conflitos sociais e

emocionais e sua relação com a educação/escola e as

políticas públicas voltadas aos jovens.

• Módulo III – Traz a reflexão o processo

democrático na escola e os espaços existentes para

participação e atuação política.

• Modulo IV – Sugerem-se algumas ferramentas

necessárias ao processo de organização do espaço pedagógico

estudantil.

• Módulo V – Destaca-se a importância de planejar

ações coletivamente e exercitar a construção do

planejamento participativo em consonância com o Projeto

Político Pedagógico da escola.

• Módulo VI – Organiza-se espaço para apresentar as

ações/atividades propostas no plano de ação anual do Grêmio

Estudantil junto à comunidade escolar.

Cada um dos módulos apresenta sugestões de atividades

referentes às temáticas nele trabalhadas. Sua finalidade é

levantar dados sobre a compreensão do grupo analisado a

respeito dos conceitos debatidos. Acreditamos na riqueza

dos dados coletados por ocasião do desenvolvimento das

oficinas, por contar com pessoas de diferentes saberes,

objetivando a valorização da vivência social de cada

participante.

Como fechamento do trabalho com as Instâncias

Colegiadas, será proposto aos participantes a socialização

dos materiais produzidos nas oficinas.

Almejamos, por meio do Caderno Pedagógico, contribuir

com o fortalecimento dos Conselhos Escolares e dos Grêmios

Estudantis, ao compartilhar nossas inquietações e

expectativas com aqueles que se preocupam com a

consolidação de uma Gestão Democrática. Não pretendemos

esgotar, por meio deste material, as questões apresentadas

e sim aflorar maiores reflexões sobre os temas propostos.

Então, convidamos vocês educadores, pais, alunos,

funcionários e membros da comunidade a trilhar conosco os

desafios e caminhos das Instâncias Colegiadas, apresentados

ao longo deste material. Vamos juntos construir uma

Educação mais democrática e participativa!

Grêmiorêmiorêmiorêmio EstudantilEstudantilEstudantilEstudantil

Professor, nessa escola já

teve um Grêmio Estudantil?

Sim, há alguns anos atrás.

E por que não

existe mais?

O que é o Grêmio

Estudantil,

Professor?

Quem dessa classe sabe o que é Grêmio

Estudantil? Bem, então vamos conhecer

um pouco sobre o Grêmio.

GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil é uma organização dos estudantes

com o objetivo de exercer a cidadania, é nesse espaço que

os alunos aprendem a desempenhar seu papel político quando

reivindicam situações do cotidiano escolar como: melhoria

do relacionamento professor-aluno, melhoria da qualidade de

ensino, mais espaços para as atividades culturais e

esportivas, dentre outras situações. Essa atuação política

dos estudantes que ocorre por meio da sua

representatividade e caracterizada pelo espírito de união e

luta inerentes aos jovens é chamada de Movimento Estudantil

e visa à conscientização e a organização dos mesmos para um

maior envolvimento com as causas que buscam melhor

qualidade na formação escolar.

A história dos Grêmios Estudantis se confunde com a do

Movimento Estudantil Brasileiro e é marcada pela

participação na vida política do Brasil.

A juventude sempre teve um papel importante na

história brasileira, contribuindo para a construção de um

país melhor. Podemos destacar figuras como Rui Barbosa e

Olavo Bilac entre outros pioneiros, a desencadear no

período republicano a organização dos estudantes.

Em 1937, formou-se a União Brasileira dos Estudantes –

UNE, num processo nacional de organização do movimento

estudantil, sendo que somente em 1948, com muito esforço

dos estudantes secundaristas foi realizado o primeiro

congresso nacional e em 25 de julho, nasceu a União

Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES, instituição

que representa os alunos do Ensino Fundamental, Médio,

Técnico, Profissionalizante e Pré-Vestibular do Brasil

reunindo em torno de si todos os Grêmios Estudantis das

escolas públicas e particulares. À partir daí, os

estudantes se mobilizaram para que a

educação também fosse mais acessível

reivindicando mais bolsas de estudos,

material didático e melhores condições

para os alunos carentes e no início da

década de 60 ainda integraram a Frente

de Mobilização Popular, a qual

envolvia outros movimentos sociais.

Assim, o movimento estudantil se

posicionou contra o golpe militar de

1964 e enfrentou o Ato Institucional

nº 5 em 1968, que foi um processo de

desarticulação política e extinção dos

canais representativos da sociedade

civil: sindicatos, partidos políticos

e entidades estudantis.

(www.une.org.br)

Somente na década de 80, com o

início da redemocratização é que o

movimento estudantil reaparece, com o

movimento/campanha das “Diretas Já”, a

promulgação da Constituição Federal de

1988, a eleição direta para Presidente

da República em 1989 e o

movimento/campanha “Caras Pintadas –

Fora Collor” em 1992. Nesse contexto

histórico, o então presidente da

república, José Sarney, sanciona a Lei

Federal nº 7.397 de 04 de novembro de

1985, que assegura a formação dos

Grêmios Estudantis em todas as

escolas.

RELEMBRANDO

ALGUNS MOMENTOS

HISTÓRICOS

Em março de 1964, o

Presidente João Goulart é

deposto por um Golpe de

Estado, articulado por uma

aliança entre militares e

civis.

AI5 – cassou a liberdade

individual e suspendeu o

direito de Habeas Corpus da

população.

As Diretas Já foi um

movimento civil ocorrido

em 1984, no final do

governo de João Figueiredo

que buscou por meio da

legalidade, a volta das

eleições gerais diretas. Com

o aumento das

manifestações e da pressão

popular, ocorre ainda de

forma indireta a eleição de

Tancredo Neves que falece

em seguida, assumindo seu

Vice-Presidente José

Sarney. As eleições pelo

voto direto acontece em

1989 e Fernando Collor de

Mello, assume o cargo em

1990.

Caras Pintadas – Fora

Collor Manifestações nas

ruas contra a corrupção no

governo, resultando no

Impeachment do

Presidente da República,

Fernando Collor

COMEMORAMOS A VOLTA DA DEMOCRACIA NO COMEMORAMOS A VOLTA DA DEMOCRACIA NO COMEMORAMOS A VOLTA DA DEMOCRACIA NO COMEMORAMOS A VOLTA DA DEMOCRACIA NO

BRASIL!!!BRASIL!!!BRASIL!!!BRASIL!!!

ENQUANTO ISSOENQUANTO ISSOENQUANTO ISSOENQUANTO ISSO............

NOVAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS SE NOVAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS SE NOVAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS SE NOVAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS SE

ESTESTESTESTABELECERAMABELECERAMABELECERAMABELECERAM

Nesse período de abertura política e promulgação de

políticas neoliberais a educação escolar é submetida a um

processo de privatização, sob a orientação de organismos

internacionais como o Banco Mundial, que estabelece a

Educação Básica como prioritária e responsabiliza os

setores da sociedade pela manutenção da educação, exigindo

a presença da participação da comunidade na escola por meio

de instâncias colegiadas como o Grêmio Estudantil, a

Associação de Pais e Mestres e o Conselho Escolar,

caracterizando a Gestão Democrática na Escola Pública.

Na década de 90, com a eleição presidencial de

Fernando Henrique Cardoso é que se consolida o processo

neoliberal na educação por meio do Plano Decenal de

Educação, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

9.394/96, Parâmetros Curriculares Nacionais, assim o Grêmio

Estudantil passou a perder sua identidade de atuação

política para exercer uma participação voluntária em

atividades orientadas pela direção da escola.

O Grêmio Estudantil que desde suas primeiras raízes

até o período de ditadura militar, colaborava na formação

dos estudantes ao permitir uma atuação política que

possibilitaria o desenvolvimento do pensamento crítico, com

atitudes de participação, tornando os jovens sujeitos de

sua história de vida, passou a desempenhar um papel

voluntário, colaborativo e solidário com as causas sociais

que afetam a escola sem que houvesse uma discussão sobre as

origens dos problemas, desenvolvendo no jovem um

comportamento passivo visando adaptação social, dando a

falsa sensação de que a realidade não poderia ser

modificada.

E NO PARANÁ, COMO FOI?E NO PARANÁ, COMO FOI?E NO PARANÁ, COMO FOI?E NO PARANÁ, COMO FOI?

No Paraná, no período de 1995 a 2002, a lógica imposta

pelo poder econômico e que definiu as políticas

educacionais, não foi diferente, pois o estado obedeceu à

ordem ditada pelos organismos internacionais que

influenciaram na organização escolar e pedagógica, atuando

diretamente na formação dos estudantes.

Porém, à partir de 2003 a Secretaria de Estado da

Educação vem procurando mudar essa realidade por meio de

incentivos à organização e fortalecimento das instâncias

colegiadas nas escolas públicas visando à consolidação da

Gestão Democrática. A partir daí, tem-se procurado

incentivar a formação dos Grêmios Estudantis que são as

representações dos estudantes. Também, enseja-se que seu

papel seja, aos poucos, resgatado como espaço para a

organização coletiva e formação política dos alunos.

Trabalho que se torna árduo e difícil em função da formação

dos profissionais de educação se transformar de uma

educação autoritária para uma educação liberal,

individualista, baseada na lógica do mercado.

A Secretaria de Estado da Educação, procurando ofertar

uma formação pedagógica mais completa aos estudantes,

estimula o desenvolvimento de atividades científicas e

culturais por meio de programas específicos para os mesmos,

como FERA e COM CIÊNCIA, disponibiliza um espaço para

interação entre os estudantes no portal dia a dia educação,

contendo informações sobre o Grêmio

Estudantil, bem como lança uma

Cartilha contendo todos os passos

para a organização do grêmio

estudantil na escola. Assim, foi

dado o “pontapé inicial” para a

formação política, já esquecida.

FERA – Festival de Arte da

Rede Estudantil, oferece

espetáculos artísticos e

oficinas de arte para

professores e alunos é um

programa da Diretoria de

Políticas Públicas Educacionais

da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná.

COM CIÊNCIA – proporciona

espaço para exposição de

trabalhos científicos realizados

pelos estudantes de cada

região e oficinas de ciências

para professores e alunos é um

programa da Diretoria de

Políticas Públicas Educacionais

da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná.

Consultado em 18/06/08 ver:

www.diaadiaeducacao.pr.gov.

br/alunos

Módulo 1

QUEM SOMOS NÓS E O QUE QUEREMOSQUEM SOMOS NÓS E O QUE QUEREMOSQUEM SOMOS NÓS E O QUE QUEREMOSQUEM SOMOS NÓS E O QUE QUEREMOS

Entrei de gaiato num navio,

Entrei, entrei, entrei por engano.

Entrei de gaiato num navio,

Entrei, entrei, entrei pelo cano.

Trecho da música “Melô do Marinheiro” - Paralamas do Sucesso

(Bi Ribeiro - João Barone)

Atividade de sensibilização: Vamos nos conhecer melhor?

Objetivo

Estimular os participantes a refletir e expor

sua identidade e expectativas futuras em

relação ao Grêmio Estudantil.

Materiais

• Material de expediente: pincéis atômicos,

lápis de cor, giz de cera, canetinhas,

lápis, canetas e folhas de papel sulfite.

• Aparelho de som, CD.

Desenvolvimento

• Primeiramente, deve-se organizar o grupo

em duplas.

• Após, solicita-se que cada elemento da

dupla se apresente a seu colega usando

como referência, seu nome, idade, série

em que estuda, o gosta de fazer, o que

gostaria de ser profissionalmente no

futuro e o que espera do Grêmio

Estudantil. Para essa parte da atividade

utilizaremos 5 minutos.

• Depois da apresentação feita, cada

participante deverá desenhar pintar,

escrever uma palavra ou uma frase, na

folha de papel sulfite disponibilizada a

todos. Para a produção devem-se

considerar as questões levantadas durante

diálogo das duplas. Distribuir pela sala

cada uma das produções feitas e pedir a

todos que façam um passeio pela sala e

observem cada desenho/frase/palavra.

Tempo necessário será de 15 minutos.

Tabela 01 – Atividade de integração 1.

AFINAL DE CONTAS, O QUE É O GREMIO AFINAL DE CONTAS, O QUE É O GREMIO AFINAL DE CONTAS, O QUE É O GREMIO AFINAL DE CONTAS, O QUE É O GREMIO ESTUDANTIL?ESTUDANTIL?ESTUDANTIL?ESTUDANTIL?

O Grêmio Estudantil é a representação dos estudantes

na escola, por isso é chamado de Instância Colegiada que

compõe a Gestão Escolar Democrática. O Grêmio é o espaço

que possibilita aos alunos suas realizações, suas

aspirações e reivindicações, contribuindo para o

aprimoramento do processo educacional propiciando aos

estudantes um espaço democrático que permite exercitar seus

conhecimentos para uma participação organizada, solidária,

articulada e consciente tanto no ambiente escolar como na

sociedade.

A importância dessa instância colegiada está em

contribuir para aumentar a participação dos alunos nas

atividades propostas pelo Grêmio e pela escola integrando-

os entre si e com toda a comunidade.

O Grêmio deve ter como objetivo principal a melhoria

da qualidade de ensino ofertada pela escola e para tanto,

as atividades a serem desenvolvidas por esta organização

devem atender às opiniões dos alunos, professores,

pedagogos, funcionários, diretores, pais e comunidade.

Tais atividades também devem levar em consideração as

diretrizes contidas no Projeto Político Pedagógico da

escola, assumindo assim um caráter pedagógico.

AGORA, AGORA, AGORA, AGORA, VAMOS CONHECER VAMOS CONHECER VAMOS CONHECER VAMOS CONHECER ALGUMALGUMALGUMALGUMAS AS AS AS DATAS E DATAS E DATAS E DATAS E EVENTOSEVENTOSEVENTOSEVENTOS QUE CONTARAM COM A PARTICIPAÇÃO QUE CONTARAM COM A PARTICIPAÇÃO QUE CONTARAM COM A PARTICIPAÇÃO QUE CONTARAM COM A PARTICIPAÇÃO

DOS DOS DOS DOS GRÊMIOS ESTUDANTISGRÊMIOS ESTUDANTISGRÊMIOS ESTUDANTISGRÊMIOS ESTUDANTIS

Essa organização é diretamente ligada à União

Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que surgiu

em 1948. O movimento estudantil, por seu caráter político,

se posicionou contra o golpe militar em 1964. Com a

promulgação do Ato Institucional n.º 5 em 1968

(www.une.org.br), todas as ações estudantis foram postas na

ilegalidade, como uma forma de desarticulação política.

Em substituição aos Grêmios Estudantis foram criados

os Centros Cívicos que não podiam realizar atividades com

fins políticos, criando nos estudantes uma cultura de

participação pouco engajada, pois neste período a escola

era considerada apenas o local para estudar e não para

fazer política. O retorno do movimento estudantil, e com

ele o direito da organização autônoma dos estudantes em

Grêmio Estudantis nas escolas, só ocorreu na década de 80

com o início do processo de redemocratização.

Vale destacar que no decorrer da história do Brasil a

juventude estudantil registrou lutas importantes que se

iniciam com os movimentos abolicionistas e vão até os dias

atuais, buscando a justiça, a liberdade, a democracia

sempre em defesa dos direitos humanos.

Vejamos alguns acontecimentos que tiveram a participação dos

estudantes na história do Brasil:

� 1786 – Estudantes fundaram um clube secreto para lutar pela Independência

do Brasil, participando da Inconfidência Mineira.

� 1827 – Fundada a primeira faculdade brasileira, iniciaram-se movimentos dos

estudantes para a Abolição da Escravatura e Proclamação da República.

� 1901 – Fundação da Federação dos Estudantes Brasileiros.

� 1914 – Participação dos estudantes na Campanha Civilista de Rui Barbosa e na

Campanha Nacionalista de Olavo Bilac.

� 1932 – A morte de quatro estudantes resultou na Revolução

Constitucionalista.

� 1937 – Criação da UNE (União Nacional dos Estudantes).

� Década de 30 e 40 – Surgiram nos grêmios dos antigos colégios estaduais –

chamados LICEUS, grupos de discussões e debates para a transformação da educação no

Brasil.

� 1948 – Nasce a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), com a

realização do primeiro Congresso Nacional dos Estudantes Secundaristas, no Rio de Janeiro e

com a oficialização de termo de colaboração entre a UNE e a UBES.

� 1954 – Fim da era Vargas e com a ameaça de golpe no país os estudantes

lutaram pela democracia e pela realização de eleições.

� Década de 60 – Estudantes lutaram por melhores condições para os alunos

carentes e integraram a Frente de Mobilização Popular.

� 1964 – Golpe de Estado: instalou-se a Ditadura Militar no Brasil. A sede da UNE

e da UBES, que funcionavam no mesmo prédio no Rio de Janeiro, foi atacada e incendiada. As

lideranças estudantis foram perseguidas e presas. O movimento continuou dentro dos

Grêmios nas escolas principalmente contra a intervenção norte americano na educação

brasileira.

� 1968 – Ato Institucional nº5 (AI5), todas as atividades estudantis foram postas

na ilegalidade. Durante uma manifestação no Rio de Janeiro resultou na morte do estudante

Edson Luís Lima Souto, de 16 anos, tornando-se um símbolo da resistência.

� 1977 – Início da reconstrução por meio da atuação de alguns centros cívicos e

reaparecimentos de alguns grêmios com movimento nacional para o renascimento da UBES.

� 1981 – Acontece com muito esforço dos estudantes a consolidação da UBES,

em Curitiba.

� 1984 – A UBES participou da campanha “Diretas Já” e apoiou a eleição de

Tancredo Neves.

� 1992 – Estudantes de caras pintadas foram protagonistas das manifestações

ocorridas contra a corrupção no Brasil e exigiam o Impeachment do Presidente da República

Fernando Collor de Mello.

� De 1995 a 2002 – Os estudantes secundaristas se posicionaram contra a

política neoliberal instalada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, quando

defenderam um ensino público de qualidade e passe livre para os estudantes.

� A partir de 2003 – Desde o início do governo Lula, a UBES defende mudanças

na política econômica e mais recursos para educação e cultura. As lutas dos estudantes hoje

são pelo Passe Livre Estudantil, pelo combate a evasão escolar e pela obrigatoriedade do

ensino de sociologia e filosofia no Ensino Médio. Defende também a reserva de vagas nas

universidades públicas para alunos da rede pública, hoje conquistada por meio do Pró-Uni.

Impeachment é a cassação do

mandato de cargo executivo por

razões de conduta em desacordo

com a lei – neste caso o mandato

cassado foi o do Presidente da

República.

Para saber mais acesse o site:

www.ubes.org.br

VAMOS CONHECER AS LEIS QUE GARANTEM A VAMOS CONHECER AS LEIS QUE GARANTEM A VAMOS CONHECER AS LEIS QUE GARANTEM A VAMOS CONHECER AS LEIS QUE GARANTEM A

ORGANIZAÇÃO DOS GRÊMIOSORGANIZAÇÃO DOS GRÊMIOSORGANIZAÇÃO DOS GRÊMIOSORGANIZAÇÃO DOS GRÊMIOS ESTUDANTIS NAS ESTUDANTIS NAS ESTUDANTIS NAS ESTUDANTIS NAS

ESCOLASESCOLASESCOLASESCOLAS

Com o processo de abertura

política bem avançado e atendendo a

uma pressão do congresso, o então

Presidente da República José Sarney,

no dia 4 de novembro de 1985,

sancionou a Lei 7.398 – Lei do Grêmio

Livre, com a iniciativa do Deputado

Aldo Arantes, o qual atendia uma

reivindicação da UBES, e que voltou a

permitir a formação de grêmios livres. A Lei Federal

7.398/85, que dispõe sobre a organização de entidades

representativas aos estudantes e é composta de três

artigos.

A organização dos estudantes também está assegurada no

inciso IV do artigo nº 53 da Lei Nº 8.069 de julho de 1990

– Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que dá

“direito de organização e participação em entidades

estudantis”. (BRASIL, 1990)

A legislação também regulamenta o direito a obtenção

de descontos aos estudantes, para compra de ingressos em

estabelecimentos de diversão e eventos culturais,

esportivos e de lazer, por meio da Medida Provisória Nº

2.208 de 17 de agosto de 2001. (BRASIL, 2001)

A Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que

estabelece as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional,

garante a Gestão Democrática na escola pública com a

Grêmios Livres, termo

utilizado devido à

organização desta instância

colegiada estar assegurada

em forma de Lei, não mais

atuando na

ilegalidade/clandestinidade.

organização de instâncias colegiadas na escola dentre elas

o grêmio estudantil. (BRASIL, 1996).

Para o Estado do Paraná, duas leis regulamentam o

funcionamento e organização dos grêmios estudantis são elas

a Lei Nº 10.054, de 16 de julho de 1992, que permite que as

cantinas das escolas sejam exploradas pelo Grêmio

Estudantil e/ou Associação de Pais e Mestres (PARANÁ, 1992)

e, a Lei Nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995, que assegura

a livre organização dos Grêmios Estudantis, nos

estabelecimentos públicos ou privados, bem como estabelece

responsabilidade as unidades escolares de garantir espaço

para divulgação das atividades e das reuniões do grêmio.

(PARANÁ, 1995).

Consulte a legislação dos Grêmios Estudantis na

integra, anexo.

Atividade de Fixação: Onde queremos chegar?

Objetivo Analisar o material produzido pelo grupo,

considerando sua diversidade.

Materiais • Material (desenhos, frases, palavras)

produzido pelo grupo na atividade de

sensibilização.

• Aparelho de som, CD.

• Música: Melô do marinheiro - Paralamas do

Sucesso.

Desenvolvimento • Iniciar a atividade solicitando aos

participantes para que indiquem dentre as

produções expostas, quais chamaram sua

atenção.

• Pedir que expliquem qual relação poderá

ser feita entre a produção escolhida e o

Grêmio Estudantil.

• Solicitar que todos recolham sua produção

e observem que no verso de seu trabalho

consta parte de um desenho.

• Exercitar a coletividade juntando as

partes do desenho até formar a figura em

exposição, neste caso um barco.

• Cuidar para sempre sobrar peças, de modo

que o desenho não seja preenchido

totalmente, apresentando lacunas.

Comentários Concluir a atividade fazendo a reflexão entre a

diversidade de idéias e pessoas que pertencem

ao mesmo grupo e, no entanto, é necessário o

exercício da coletividade para que o barco

possa chegar ao seu destino. Considerar que

sempre haverá lacunas e que estas deverão ser

preenchidas constantemente seja por meio de

pessoas (profissionais da educação, pais,

estudantes) ou de ferramentas e instrumentos

que colaborem para atingir o objetivo da

instância colegiada.

Tabela 02 – Atividade de Integração 2.

Módulo 2

JUVENTUDE E EDUCAÇÃOJUVENTUDE E EDUCAÇÃOJUVENTUDE E EDUCAÇÃOJUVENTUDE E EDUCAÇÃO

“Eu vejo na TV

O que eles falam sobre o jovem

Não é sério

O Jovem no Brasil

Nunca é levado a sério”

Trecho da música “Não é Sério” – Charlie Brown Jr.

(Música: Chorão/Pelado/Champignon – Letra: Chorão)

Atividade de Sensibilização: O Jovem na TV

Objetivo Levantar aspectos inerentes a juventude e como

a sociedade a vê.

Materiais • Fotos e manchetes sobre os jovens na

sociedade.

• TV pendrive.

Desenvolvimento • Apresentação das fotos.

• Apresentação de trecho da música Não é

Sério (Charlie Brown Jr).

• Pedir aos participantes que discutam em

grupos as questões: 1) O que é ser jovem?

2) Como a sociedade vê o jovem?

• Apresentar ao grande grupo o resultado da

discussão.

Comentários • Concluir analisando as diversas

possibilidades de atuação dos jovens na

sociedade e a aceitação ou reprovação

desta sociedade para com essas formas de

atuação.

Tabela 03 – Atividade atuação dos jovens na sociedade

SOMOS SOMOS SOMOS SOMOS CRIANÇCRIANÇCRIANÇCRIANÇAS OU ADOLESCENTES?AS OU ADOLESCENTES?AS OU ADOLESCENTES?AS OU ADOLESCENTES?

SOMOS SOMOS SOMOS SOMOS ADOLESCENTES OU JOVENS?ADOLESCENTES OU JOVENS?ADOLESCENTES OU JOVENS?ADOLESCENTES OU JOVENS?

A juventude é um rico tema de estudos, no entanto

apenas nos últimos anos este assunto tem ganhado seu lugar

nas pesquisas no Brasil. Observamos que - no campo da mídia

- os jovens já são alvos de atenção há bastante tempo.

Ocorre um aumento de espaços destinados a esse público por

meio de programas culturais, educativos, comportamentais,

de tendências da moda e aconselhamentos, com o objetivo de

exploração de seu grande potencial consumidor, uma vez que

nos intervalos desses programas encontra-se

intencionalmente o anúncio de produtos a serem adquiridos.

Por outro lado, a mídia também se refere aos jovens

negativamente, ao relacioná-los a problemas sociais, como a

drogadição, a violência, a exploração sexual e o crime,

como também se preocupa em apresentar medidas para combater

esses problemas.

Para os educadores, a juventude vem sendo objeto de

estudos e reflexões no campo da organização e funcionamento

das instituições e sistemas que interferem no

desenvolvimento dos jovens como a família e a escola.

Poucas pesquisas referem-se ao comportamento dos jovens,

sua atuação e suas experiências vividas diante dos

problemas sociais.

A juventude é um período delicado, pois é dedicado a

vivências experimentais em que se procura ser reconhecido

nos mais diversos meios: família, escola, colegas,

atividades esportivas, de lazer, culturais e até meios

políticos. Percebe-se que alguns meios são mais

excludentes que outros, por exemplo: em alguns esportes

muitos jovens são excluídos por não apresentarem

características físicas e habilidades, em contrapartida a

inclusão é mais abrangente em um meio cultural, pois

permite aos jovens o uso do espaço e do tempo para as

experiências necessárias em sua formação como sujeitos

sociais, haja visto os movimentos funk e rap.

Nesse sentido é importante, pensar a juventude como

uma “categoria social” Marques (1997, p. 65) e compreender

como se dá a construção de sua identidade, por meio das

relações que se formam com a família, com a escola, com a

cultura, com o trabalho e com o lazer.

Iniciaremos nossa discussão na relação estabelecida

entre a família e o jovem, é nesse espaço que devem formar

as primeiras noções entre o coletivo e a individualidade, é

na relação familiar que as crianças aprendem a administrar

os primeiros conflitos, sejam eles de ordem emocional ou

social. Essas experiências acabam sendo reforçadas na

relação jovem-escola. É no espaço escolar que os jovens

aprendem a conviver com a diversidade e ao ter acesso ao

conhecimento científico e cultural, começam a compreender a

dinâmica social e seus conflitos e assim, muitas vezes como

forma de protesto ou rebeldia com a situação estabelecida

ao seu entorno, passa a eleger uma manifestação cultural

que proporcione a eles um sentimento de pertencimento ao

grupo e que ao mesmo tempo os diferencie dos demais, assim

construindo sua identidade.

Embasando esta idéia, Mancini (2006, p. 62),

Há de se considerar, então, que os jovens

inseridos no espaço escolar têm suas vivências e

experiências nesse espaço e é nele que também

terão, ao menos em parte, sua subjetividade

constituída a partir das e nas relações que aí

estabelece com seus pares – os colegas,

professores, coordenadores; enfim, é nessa rede

de relações mantidas com os outros sujeitos que

ele se constituirá como sujeito social, bem como

construirá sua singularidade.

Dinâmica de Grupo: Os Jovens e suas Tribos

Objetivo Demonstrar a tendência dos jovens de se

organizar em grupos, destacando a Escola,

aglutinadora compulsória que é, como

reprodutora de espaços de socialização ou

exclusão.

Desenvolvimento • Escolher três participantes entre o grupo,

considerando os seguintes aspectos para

cada um: força e comunicação; timidez; e

delicadeza.

• Solicitar aos demais que formem um círculo

fechado abraçando uns aos outros pela

cintura, de forma que não deve permitir a

entrada de outro participante.

• Os três escolhidos devem tentar ao máximo

entrar no círculo, começando pelo mais

comunicativo e forte, depois o tímido e

por último a mais delicada. Cada um tem 1

minuto para executar a tarefa.

Comentários Relacionar a maneira como os grupos sociais se

formam e suas formas de socialização e

exclusão.

Tabela 04 – Organização em grupos.

Verificamos que em geral no Brasil a escola tem sido

praticamente o único espaço destinado aos jovens de classe

social menos privilegiada, para que estes possam ter acesso

ao conhecimento cultural e científico. Para Sposito &

Carrano (2003, p.16) essa situação se dá em função de não

existir uma tradição em nosso país para a criação de

políticas voltadas para as crianças e jovens. Se voltarmos

à história por muito tempo a única política estabelecida

foi o acesso à educação formal, somente em 1990 com muita

dificuldade foi aprovada a Lei Federal nº 8.069/90 – ECA.

Apenas recentemente, em virtude de diversos conflitos

apresentados por jovens, é que os responsáveis por formular

políticas públicas têm apresentado interesse e preocupação

com a situação apresentada pela sociedade.

Outro fator importante encontra-se nos objetivos

propostos pelas políticas públicas destinadas aos jovens de

uma forma geral, pois todas são pensadas para um jovem

imaginário que não aquele que vivencia todos os dias os

problemas sociais. São políticas sociais destinadas aos

jovens em situação de risco, com o objetivo retirar esses

adolescentes das ruas e do acesso às drogas, ao tráfico, a

exploração sexual, delinqüência, etc., por meio de

programas ocupacionais como oficinas de arte e esportes ou

por programas para encaminhamento ao mercado de trabalho

por meio de cursos profissionalizantes que nem sempre

garantem qualificação.

Segundo Abramo (1997, p.26), apesar das políticas

públicas apresentarem-se desarticuladas todas são

carregadas de boa intenção e procuram o enfrentamento dos

problemas sociais que afetam os jovens, no entanto, poucas

políticas destinadas aos jovens apresentam caráter

educativo emancipador, visando sua atuação em sociedade por

meio de ações voluntárias e solidárias, muito menos de

forma articulada, engajada e politizada que procura colocar

o jovem a desenvolver ações nas quais ele atue como

colaborador e participante de seu processo educativo.

No campo educacional, as políticas estão pensadas para

a formação integral do sujeito como prevê a Lei 9.394/96,

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, o

artigo 35, que trata do aprofundamento de conhecimentos, a

preparação para o trabalho e cidadania, formação ética e

desenvolvimento do pensamento crítico. Assim considera-se

que a instituição escolar sendo a responsável pelo processo

de formação educacional consiga formar o sujeito seguindo

essas orientações legais.

Segundo Libâneo (2007, p. 73),

Educa-se para que os indivíduos repitam os

comportamentos sociais esperados pelos adultos,

de modo que se formem à imagem e semelhança da

sociedade em que vivem e crescem.

É por meio da educação que ocorre a transmissão de

saberes culturais e modos de vida de grupos sociais, bem

como é pelo domínio do saber que se estabelecem as relações

de exercício de poder e controle social.

Entretanto, verificamos que nos últimos tempos os

sistemas educacionais têm apresentado crescimento em função

da absorção de outras demandas sociais, que não somente a

de formação do sujeito capaz de atuar na sociedade, todavia

constata-se que a estrutura das escolas e as práticas

pedagógicas não acompanharam esse processo e com isso a

escola vem perdendo o foco de seu trabalho. A escola, por

ser uma instituição organizada e que ainda, apesar das

dificuldades, consegue aglutinar os jovens considerando

suas diversas manifestações sendo sociais, étnicas,

culturais, religiosas etc., é chamada à responsabilidade

para desempenhar mais essa função, que é a de efetivar as

políticas públicas de cunho social, que muitas vezes é

pensada por outras esferas que não a educação.

Nesse contexto, o tempo possível na escola para

desenvolver atividades que visam à participação dos alunos

acaba ficando em segundo plano e a formação educacional

acontece apenas no campo da transmissão de conhecimentos

científicos. O exercício da prática desse conhecimento nas

situações sociais, fornecendo ferramentas aos sujeitos para

uma formação mais completa não acontece fragilizando o

processo educativo. A Educação hoje ofertada, que obedece a

ordem de um sistema econômico, que tem a intenção de não

proporcionar aos alunos o espaço necessário à organização

coletiva, vem dificultando nos jovens o desenvolvimento da

sensibilidade que possibilite enxergar as dificuldades

reais, ouvir além dos sons das palavras e articular ações

que visem à coletividade, a solidariedade, como também o

exercício do direito de protestar quando necessário.

Atividade: Ver além do óbvio

Objetivo Estimular a percepção através da visualização de

gravuras.

Materiais • Gravuras que apresentam diversas figuras.

• TV pendrive.

Procedimentos • Apresentação das gravuras.

• Solicitar a todos que indiquem o que estão

vendo.

• Apresentar as diversas figuras presentes nas

gravuras.

Considerações

Finais

• Concluir analisando os diversos pontos de

vista e as várias possibilidades de atuação

para análise de problemas.

Tabela 05 – Atividade estimulando a percepção.

Somente por meio de um processo educativo emancipador

livre de interferências impostas pelo poder econômico é que

será possível fornecer aos jovens ferramentas necessárias

para que todos possam dar as mãos e o primeiro passo para

uma caminhada com vistas à transformação social.

Atividade: Escola Informativa

Objetivo Demonstrar a organização escolar visando a

uniformização da educação por meio da

disciplina, não permitindo as diferentes

manifestações.

Materiais • Vídeo The Wall

• TV pendrive.

Desenvolvimento • Apresentação do vídeo.

Comentários Analisar as diversas possibilidades de atuação

dos jovens na sociedade e como a escola pode ou

não contribuir para uma formação diferenciada.

Tabela 06 – Atividade Escola Informativa.

Nessa lacuna existente entre o conhecimento científico

e a prática social, observa-se o aparecimento de

organizações não governamentais (ONGs) que pretendem nesse

cenário - ao preencher esse espaço vazio - estimular a

organização dos jovens para a atuação na sociedade. Algumas

organizações apenas oferecem oficinas profissionais, outras

promovem capacitações instrumentalizando os jovens para uma

melhor atuação em sociedade. Este é o espaço educacional

reservado ao processo de educação não formal, que aparece

para suprir uma demanda da juventude que de uma forma geral

aparece pela ausência de políticas públicas para os jovens.

O papel da Educação, mais especificamente a Escola não

deveria simplesmente ficar no campo de cumprimentos de

direitos previstos em legislação e sim ir além da espera de

políticas sociais para a juventude. Para que a escola

consiga diminuir a distância entre a condição de aluno “na

cultura escolar e o mundo dos jovens” (SPOSITO, 2000, p.

90).

Ao permitir aos jovens ultrapassar a sua capacidade de

participação, partindo para a transformação da sociedade,

faz-se necessário dar novo sentido ao trabalho pedagógico,

no qual o profissional da educação veja o aluno como ele é

e não como deveria ser. A escola precisa realmente

acreditar que o jovem possa aprender e venha aplicar o

conhecimento elaborado na sua vivência de experiências para

que finalmente venha transformar o espaço escolar em

espaços propícios para o desenvolvimento de sujeitos de sua

própria história de vida.

Atividade: O papel do jovem na sociedade e a contribuição

da educação

Objetivo Estimular os jovens a imaginar a escola como

espaço ideal para o desenvolvimento da cultura

de participação.

Materiais • Aparelho de som, CD.

• Músicas que permitam a reflexão.

• Papel bobina.

• Fita adesiva.

• Tinta guache ou spray para pichação.

Desenvolvimento • Pedir aos participantes que se posicionem

confortavelmente na sala e fechem os

olhos.

• Colocar uma música que induza a imaginação

procurando os espaços que poderiam ser

organizados na escola para a participação

de todos.

• Terminado o passeio pelo imaginário, pedir

aos participantes que se dirijam ao espaço

destinado ao painel, formado pelo papel

bobina e desenhem o espaço ideal.

Comentários Analisar os diversos desenhos e discutir com

todos sobre as reais possibilidades de organizar

esses espaços dentro da escola, transformando a

escola em um espaço para a formação educacional

emancipadora.

Tabela 07 – Papel do jovem na sociedade

Módulo 3

DEMOCRACIADEMOCRACIADEMOCRACIADEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO E PARTICIPAÇÃO E PARTICIPAÇÃO E PARTICIPAÇÃO

POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA

Nessa terra de gigantes

Que trocam vidas por diamantes

A juventude é uma banda

Numa propaganda de refrigerantes

Trecho da música “Terra de Gigantes” – Engenheiros do Hawaii

(Humberto Gessinger)

Atividade de Sensibilização: Eu também posso participar

Objetivo Demonstrar as possibilidades de participação dos

jovens.

Materiais • Vídeo – Show da Banda U2

• TV pendrive.

Desenvolvimento • Apresentação do vídeo.

Comentários Analisar as diversas possibilidades de atuação

dos jovens na sociedade e como por meio de

simples ações a poderá ocorrer grandes

transformações.

Tabela 08 – Possibilidades de participação

Ao falar da organização estudantil, faz-se necessário

responder a algumas perguntas. Como surgiu essa organização

dentro da escola? Houve incentivos por parte do corpo

docente e direção da escola? Foi uma demanda espontânea dos

alunos? Foi um mero cumprimento da legislação ou da

orientação da mantenedora?

Bem, para analisarmos as questões propostas é

importante lembrar-se do conceito de Gestão Democrática,

que é o tipo de gestão escolar indicada pela legislação

educacional a ser aplicada nas instituições escolares.

Gestão Democrática é aquela que pressupõe a

participação de todos os sujeitos que compõem a organização

escolar, os profissionais da educação e usuários, apresenta

uma concepção transformadora, descentralizadora e

participativa.

Neste tipo de gestão ocorre uma divisão de

responsabilidades entre todos aqueles que participam da

escola pública, sendo os profissionais da educação

(professores, direção e funcionários), pais, alunos e

comunidade. Todos têm direito a participar, em todas as

etapas das decisões, desde o planejamento das ações até na

aplicação de recursos e prestação de contas, sendo medidas

administrativas, pedagógicas e financeiras.

Para que uma boa gestão democrática se efetive na

prática é necessário que os vários setores da comunidade

escolar se façam representar por meio de Instâncias

Colegiadas que são elas: Conselho Escolar, Conselho de

Classe, Associação de Pais, Mestres e Funcionários e

Grêmios Estudantis.

Bem, agora poderemos retornar à nossa discussão

inicial. Torna-se importante entender como se dá a

organização das diversas instâncias colegiadas dentro da

escola, principalmente aquela que representa a voz e a vez

dos estudantes. Pois se estas organizações forem

simplesmente uma medida administrativa para o cumprimento

legal, logo a gestão escolar não é democrática, porque não

pressupõe uma participação que vem da vontade dos elementos

da escola.

Nesse sentido torna-se necessário

rever mais um conceito que é o

conceito de DEMOCRACIA.

Assim, Chaui (2006, p. 148),

remete-nos ao pensamento democrático

tradicional,

(...) democracia significa: a) igualdade, b)

soberania popular, c) preenchimento das

exigências constitucionais, d) reconhecimento da

maioria e dos direitos da minoria, e) liberdade

(...)

Quando nos referimos à democracia, logo pensamos em

igualdade de direitos, em participação, em liberdade de

escolha. Mas como acontece esse estado de direitos na

prática? Bem, é importante ver como essa situação pode ou

não ocorrer dentro da escola nas atividades do cotidiano

escolar.

Quando o professor chega à sala para ministrar sua

aula, procura repassar os conhecimentos científicos

adquiridos por ele durante seus anos de estudo. Os

conteúdos elencados e planejados por ele devem ter a

intencionalidade de instrumentalizar os alunos, para que

estes possam vir a entender que muitas situações da prática

social são explicadas e possivelmente solucionadas pelo

conhecimento adquirido. Bem, aos alunos cabe receber,

discutir, refletir e analisar os conhecimentos recebidos,

pois somente após a detenção do saber é que se torna

possível a participação e a intervenção do aluno nas

atividades do cotidiano tanto da escola como da vida.

Falamos da possibilidade de participação por meio da

aquisição de conhecimentos, porém essa só ocorre

efetivamente se for um desejo livre e voluntário, tanto da

DEMOCRACIA vem

do grego, Krathós = poder;

Demos = povo.

parte dos alunos como dos professores e direção da escola,

no sentido de permitir essa participação. Bem, vejamos a

participação por meio da obrigatoriedade em se cumprir uma

legislação, nesse caso não demanda domínio de

conhecimentos, pois na verdade a participação é algo que

vem suprir uma necessidade externa, um cumprimento

administrativo, então essa participação torna-se um

processo de voluntariado apático e que permite que a

relação de poder se estabeleça em que alguém manda e outro

obedece.

Ao compreendermos em que medida acontece as

organizações estudantis no interior dos estabelecimentos

escolares torna-se necessário avaliar qual o tipo de

atuação dessa organização, se é uma atuação engajada,

politizada ou simplesmente uma atuação para o cumprimento

de tarefas como o desenvolvimento de atividades esportivas,

culturais, de lazer, de campanhas ou serviços voluntários,

ou mesmo, se não existe o espaço para atuação.

Assim é importante destacar que a participação

espontânea dos alunos se dá na medida em que a escola prevê

esse tipo de formação no seu documento maior que é o

Projeto Político Pedagógico, aí se encontra o norte para o

desenvolvimento de todas as ações da escola. Essa

participação ativa dos estudantes só é possível se a

prática docente estiver pensada nessa linha, que é de

transmitir o conhecimento e permitir a reflexão dos alunos

para a atuação na prática social.

Por outro lado, muitas pesquisas apontam a preocupação

social devido a ausência da participação de jovens nos

diversos setores da sociedade, situação que demonstra a

fragilidade em que se encontra o sistema educacional no

sentido da formação do jovem para sua atuação na sociedade.

No campo da atuação política a situação é mais preocupante

ainda, pois se percebe um distanciamento do jovem das

esferas políticas, o que é decorrente da situação geral das

questões sociais que reforçam o individualismo, somados a

desilusão causada pela atuação política de alguns líderes

políticos que apresentaram desvios de conduta e ética.

Entretanto, mais do que nunca é necessário estimular o

jovem para o desenvolvimento de uma cultura de participação

política, para isso é necessário criar mais espaços na

sociedade e principalmente na escola para que através das

expressões, sejam artísticas, culturais, sociais ou

políticas, esses jovens tenham a possibilidade de expressar

suas manifestações.

“Quando a democracia for capaz de garantir um espaço

para que as vozes juvenis sejam ouvidas, a separação será

menos provável e movimentos juvenis poderão tornar-se

importantes atores na inovação política e social da

sociedade contemporânea” MELUCCI (1997, p. 14).

E NA ESCOLA, QUAL É O ESPAÇO DE E NA ESCOLA, QUAL É O ESPAÇO DE E NA ESCOLA, QUAL É O ESPAÇO DE E NA ESCOLA, QUAL É O ESPAÇO DE

PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS?PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS?PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS?PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS?

O GRÊMIO ESTUDANTIL PODE SER ESSE ESPAÇO.O GRÊMIO ESTUDANTIL PODE SER ESSE ESPAÇO.O GRÊMIO ESTUDANTIL PODE SER ESSE ESPAÇO.O GRÊMIO ESTUDANTIL PODE SER ESSE ESPAÇO.

A organização estudantil pode agregar os jovens na

escola, desenvolver a ação coletiva e constituir-se numa

forma de experimentar a sua representatividade com vistas à

questão escolar. Pode contribuir, também para a

ressignificação da qualidade do trabalho pedagógico, bem

como, permitir aos jovens reconhecer sua capacidade de

construção e transformação da escola por meio do

conhecimento, da informação e da cultura.

O Grêmio é o espaço apropriado para a aprendizagem do

por que, para quê, como e com quem na participação social,

sendo o local de desenvolvimento da consciência crítica que

permite refletir sobre os erros e acertos nas relações

sociais, políticas, educacionais e de poder que se

estabelecem dentro das escolas é experimentando o uso da

voz e da vez e a respeitar os outros, que se efetiva a

participação, sendo condição necessária ao processo de

democracia.

Todo esse processo não acontece sem os conflitos

necessários ao crescimento de todos os envolvidos no

universo escolar, enfrentam-se resistências dos

professores, funcionários, diretores, pais etc., é nessa

medida de forças entre todos os integrantes da escola que

se abrem as portas para o diálogo que permite “pensar a

escola como mais um dentre os espaços propícios à

constituição de sujeitos que tentam compreender sua

presença no mundo e buscam construir projetos em condições

desafiadoras e adversas impostas pela sociedade atual”

SPOSITO (2000, p.90).

Atividade: Teatro Imagem

Objetivo Estimular a expressão de sentimentos por meio da

expressão corporal e facial.

Materiais • Expressão Corporal

Procedimentos • Organizar uma peça de teatro onde todos os

participantes demonstrem como se sentem

diante de situações autoritárias, liberais,

democráticas...

Considerações

Finais

Relacionar os diversos momentos do cotidiano com

atitudes democráticas ou não, por parte de todos

os elementos da escola.

Tabela 09 – Teatro Imagem Grêmio.

Módulo 4Módulo 4Módulo 4Módulo 4

ADMINISTRAADMINISTRAADMINISTRAADMINISTRAÇÃO DÇÃO DÇÃO DÇÃO DO O O O ESPAÇO ESPAÇO ESPAÇO ESPAÇO

PEDAGÓGICO ESTUDANTILPEDAGÓGICO ESTUDANTILPEDAGÓGICO ESTUDANTILPEDAGÓGICO ESTUDANTIL

E agora, José?

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, José?

(Poesia “José” - Carlos Drumond de Andrade)

UFA, FORMAMOS O GRÊMIO!!!UFA, FORMAMOS O GRÊMIO!!!UFA, FORMAMOS O GRÊMIO!!!UFA, FORMAMOS O GRÊMIO!!!

E AGORA???E AGORA???E AGORA???E AGORA???

Após a formação do grêmio na escola é necessária uma

série de providências que deverão ser tomadas para que esta

organização desempenhe seu papel a contento, afinal de

contas houve uma eleição para a escolha dos representantes

dos alunos, assim como, existe uma proposta que deverá ser

colocada em prática. Como pensar e organizar todas as

atividades levando em conta todos os desafios que vem pela

frente.

Bem, se todas as ações previstas pela chapa eleita

para a direção do Grêmio foram pensadas e analisadas em

conjunto com a equipe pedagógica e direção da escola e

também estão de acordo com as concepções e ações previstas

no Projeto Político Pedagógico da escola, boa parte das

dificuldades já poderão ser consideradas superadas. É

necessário também levar em consideração que as atividades

administrativas desempenhadas pelos alunos ajudam na

formação educacional, pois permitem a eles o exercício do

compromisso, quando estabelecem uma proposta a ser

executada. Possibilitando ainda o exercício da ética

durante a gestão e o exercício da responsabilidade ao

prestar contas de ordens administrativas, pedagógicas e

financeiras ao final da gestão.

Para que esses objetivos pedagógicos se efetivem,

pensamos em algumas possibilidades de atividades que possam

contribuir para uma boa organização do Grêmio e para que as

atividades administrativas não se tornem uma dificuldade

que venha a impedir uma boa gestão do grêmio estudantil.

O QUE DIZ O ESTATUTOO QUE DIZ O ESTATUTOO QUE DIZ O ESTATUTOO QUE DIZ O ESTATUTO

Bem, é importante começarmos pela apreciação do

estatuto do grêmio, pois este é o documento que apresenta

os objetivos, orienta as ações e regulamenta o

funcionamento do grêmio, fala sobre quantos e quais

integrantes são necessários para fazer parte do grêmio bem

como suas respectivas funções. Também

esclarece sobre o tipo de atividades

que poderão ser organizadas e o

estabelecimento de parcerias. O

estatuto é o local em que estão

escritas todas as possibilidades e limites de atuação dessa

instância colegiada. Faremos uma análise no modelo de

estatuto proposto na cartilha do grêmio encaminhada pela

SEED.

Quanto aos objetivos propostos, estão:

• Representar e defender os interesses dos estudantes;

• Incentivar a cultura literária, cultural, artística e

desportiva;

• Promover o espírito de cooperação dentre os membros da

escola;

• Realizar intercâmbio entre as entidades

representativas dos estudantes em nível municipal,

estadual e nacional;

• Promover a participação dos alunos nas atividades

escolares.

Se todos esses objetivos forem realmente atingidos é

possível aos alunos o exercício da participação necessário

ao processo democrático dentro da escola.

Para a organização do grêmio são necessárias três

instâncias deliberativas sendo:

• Assembléia Geral dos Estudantes – órgão máximo de

deliberação e composto por todos os sócios do grêmio;

SEED – Secretaria de Estado da

Educação do Paraná.

• Conselho de Representantes de Turmas (CRT) – instância

intermediária de deliberação constituída somente pelos

representantes de turmas;

• Diretoria do Grêmio – composta por 11 cargos, sendo:

Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, 1º

Secretário, Tesoureiro-Geral, 1º Tesoureiro, Diretor

Social, Diretor de Imprensa, Diretor de Esportes,

Diretor de Cultura e Diretor de Saúde e Meio Ambiente.

Cada uma dessas instâncias desempenha funções

específicas sendo que cabe à Assembléia Geral e ao Conselho

de Representantes de Turmas quando convocados analisar e

aprovar o Estatuto e todas as ações do grêmio. À Diretoria

cabe elaborar um plano de trabalho e colocar à apreciação

das outras instâncias, por em prática o plano aprovado, bem

como divulgar a programação das ações executadas e

aplicação de recursos financeiros, convocar reuniões e

tomar medidas emergenciais não previstas no Estatuto e

submetê-las ao Conselho de Representantes de Turmas.

O desempenho de funções diferenciadas garante aos

alunos aprender por meio de outros pontos de vista,

oportunizando aos membros do grêmio pesquisas nas diversas

áreas, o que propiciam o exercício da iniciativa e de suas

limitações bem como desenvolve em todos, a necessidade

organizacional e o respeito às hierarquias.

Quando o Estatuto refere-se aos Direitos, onde todos

os associados podem participar de todas as atividades,

votar e ser votado, encaminhar moções e sugestões como

também propor mudanças no Estatuto e, como Deveres,

conhecer e fazer cumprir o Estatuto, informando qualquer

violação cometida e manter a luta pelo fortalecimento do

Grêmio. Também o Estatuto estabelece as normas para o

processo eleitoral.

Assim, os estudantes - ao ter a oportunidade de

estudar, executar e garantir o cumprimento desse documento

- estarão praticando a ética, a responsabilidade e a

liderança necessárias ao processo de exercício da

Democracia. Isto é imprescindível à formação educacional

mais completa, permitindo aos jovens uma maior facilidade

de atuar na sociedade, efetivando a concepção de sujeito

que consta no Projeto Político Pedagógico da Escola.

Atividade de sensibilização: Usando o Estatuto

Objetivo Estimular o uso da legislação interna para

resolver situações de conflito dentro da escola.

Materiais • Estatuto do Grêmio

Desenvolvimento • Apresentar uma situação problema que causa

conflitos dentro da escola;

• Fazer a leitura do estatuto e verificar se

a situação proposta poderá ser resolvida

tendo como base o cumprimento da

legislação maior do Grêmio.

Comentários Demonstrar aos alunos que muitas situações

consideradas como problemas podem e devem ser

resolvidas a luz da legislação que rege o

funcionamento do Grêmio.

Tabela 10 – Usando o Estatuto.

Vamos Preparar uma ReuniãoVamos Preparar uma ReuniãoVamos Preparar uma ReuniãoVamos Preparar uma Reunião????

Uma das situações que exige certa organização para que

se alcancem os objetivos é o preparo de reuniões para o

grêmio. Nem sempre os alunos participantes da Diretoria

Geral têm conhecimento e até mesmo maturidade suficiente

para organizar-se e muitas vezes acabam por ficar à mercê

de si mesmos tornando a administração dessa organização

algo difícil, com grandes possibilidades de decisões

atrapalhadas, perdendo seus objetivos. Para isso o Grêmio

muitas vezes pode contar com a orientação do Conselheiro

que é o profissional de educação da escola escolhido pelos

alunos, mas nem sempre é possível contar com esse

profissional, e considerando essas situações pensamos em

algumas orientações que poderão ser úteis para a

organização dessa instância colegiada.

Essas reuniões ou eventos podem ser mais simples, com

poucos participantes como as realizadas entre os membros da

diretoria ou mais complexas como, por exemplo, as

Assembléias Gerais. Ambas precisam ser bem preparadas e

organizadas e com o objetivo claro para que não fujam ao

seu propósito, não demorem além do necessário e

principalmente que todos os participantes saiam do evento

satisfeitos com propósito da reunião.

Algumas providências a serem tomadas antes da reunião:

1) Data, local e horário:

• É importante definir a data das reuniões,

principalmente se ocorrer fora da programação

normal, existe o risco de algumas pessoas não

comparecerem alegando outro compromisso;

• O local deve ser pensado considerando o número

de pessoas convidadas a participar da reunião

de modo que todos fiquem bem acomodados;

• Quanto ao horário é importante lembrar que as

reuniões do grêmio não podem ser marcadas em

período de turno escolar, porém deve ser

cumprido rigorosamente, a reunião deverá

começar no horário estipulado com quem estiver

presente, para não correr o risco de atrasar o

seu término.

2) Comunicação: é importante comunicar a reunião e o

assunto por escrito, de preferência o secretário

deve providenciar uma lista de convidados e

confirmar que todos receberam o comunicado.

3) Anotações: sempre informar a todos para levar

material para anotações (cadernos, blocos, lápis,

canetas etc) e a diretoria deve providenciar alguns

desses materiais, caso alguém precise. É importante

que todos façam suas anotações.

4) Materiais: dependendo do local escolhido para a

reunião verificar a necessidade de providenciar

equipamentos de áudio e vídeo (retroprojetor,

projetor multimídia e aparelho de som) e tela para

projeção.

5) Distribuição de lugares: o presidente do grêmio

deverá tomar o seu lugar na reunião de modo que,

veja a todos, e, seja visto por todos os

participantes. Também é importante distribuir os

lugares de forma que os colegas não fiquem muito

perto um do outro, assim evitará conversas

paralelas que possam atrapalhar o andamento da

reunião.

6) Lista de presença: o secretário deverá providenciar

a lista de presenças antes da reunião, para que

esteja disponível a todos para assinatura na

chegada da reunião. A lista de presenças é

necessária, pois junto com a Ata são os documentos

da reunião.

7) Pauta ou agenda: a pauta ou agenda deve ser

preparada com antecedência por parte de seus

organizadores constando os assuntos a serem

tratados durante a reunião e deve ser seguida

rigorosamente.

Outros cuidados devem ser tomados durante a reunião:

1) Objetivo: é necessário que no início da reunião seja

esclarecido qual o objetivo de sua realização, pois

desperta maior interesse dos participantes.

2) Interrupções: é importante evitar interrupções

durante a reunião, para isso faz-se necessário

combinar com todos antes de sua realização.

3) Saber ouvir: prestar muita atenção nas informações e

sugestões de todos, pois esse é o momento mais

enriquecedor da reunião, porém muito cuidado para as

intervenções repetitivas, isso compromete seu tempo

de realização.

4) Ata: é o documento mais importante da reunião, deve

conter a data, o local, a hora de início e término,

os assuntos tratados, quem e o que falou, os

assuntos que ficaram pendentes e as conclusões,

enfim deve ser um documento bem minucioso da memória

da reunião. O secretário é o responsável por

escrever a ata e ao final da reunião deve fazer a

leitura do documento, bem como coletar as

assinaturas dos participantes.

Ao final da reunião devem ser bem esclarecidos os

pontos tratados para que não ocorram dúvidas posteriores.

1) Decisões: o resultado da reunião deve sempre conter

as decisões tomadas considerando sempre três pontos

fundamentais: O que deve ser feito? Quem deve fazer?

Quando deve ser feito?

E quanE quanE quanE quando queremos o organizar um do queremos o organizar um do queremos o organizar um do queremos o organizar um

evento, o que devemos fazer?evento, o que devemos fazer?evento, o que devemos fazer?evento, o que devemos fazer?

É importante decidir o tipo de evento a ser realizado,

podendo ser:

1) Interno: quando é dirigido apenas aos alunos e

profissionais da escola;

2) Externo: quando é dirigido aos alunos e profissionais

da escola e pais, familiares, convidados e comunidade.

A realização dos eventos poderá acontecer tanto no

espaço interno da escola como em outro ambiente que não a

escola. Isso irá depender da natureza do evento e do número

de pessoas envolvidas, por exemplo: Festival de Teatro,

depende de um auditório e se a escola não possuir espaço

propício deve-se procurar um local adequado a esse tipo de

evento.

Existem muitos tipos de eventos, vamos ver alguns

exemplos que podem ser promovidos pelo Grêmio Estudantil da

escola: Exposições Artísticas, Feiras de Ciências, Mostras

Culturais, Conferências, Fórum de debates, Jornadas ou

Encontros entre Grêmios e Oficinas Esportivas, Culturais,

Científicas etc.

Da mesma forma que acontece ao preparar uma reunião,

devem-se tomar algumas providências antes, durante e após o

evento. Vamos ver quais são?

1) Reunião: para decidir com os demais integrantes qual o

tipo de evento, quando e onde será realizado, quantas

e quais pessoas participarão, se o evento visa

obtenção de recursos e distribuir as

tarefas/providências dentre os integrantes do Grêmio.

2) Local: a escolha do local deve atender ao tipo de

evento a ser realizado.

3) Atividades: é importante organizar um cronograma com

as atividades a serem realizadas e decidir a

programação do evento.

4) Convidados: fazer uma listagem dos convidados, cuidar

para não esquecer pessoas importantes ou autoridades,

como também pessoas da comunidade que contribuem com a

escola.

5) Convites: preparar correspondências para todos os

convidados, ofício/convite para as autoridades ou

palestrantes e correspondências especiais para

solicitações como: apresentações artísticas,

atendimento médico etc..

6) Materiais: verificar o tipo e a quantidade de

materiais necessários ao evento, como: pastas, blocos,

canetas, crachás, papel, envelopes, certificados de

participação, programação, folhetos para divulgação do

evento, faixas de identificação, faixas de boas

vindas, placas de sinalização do evento etc.

7) Transporte: verificar a necessidade e quem poderá

fazer o transporte de materiais ou pessoas antes,

durante e depois do evento.

8) Recursos físicos: verificar se o local escolhido

comporta espaços para as refeições (quando

necessário), sala para a imprensa, secretaria geral,

informações, estacionamento, pronto socorro,

banheiros, copa/cozinha.

9) Recursos Humanos: em alguns eventos são necessárias

pessoas para desempenhar algumas funções como

coordenadores (geral e de área), recepcionistas,

secretárias, pessoal para manutenção, pessoal para

limpeza, pessoal de apoio, imprensa, operadores de

som/luz/computadores, médicos e enfermeiras, pessoal

de copa e cozinha, pessoal de segurança,

fotógrafos/filmadores e mestre de cerimônia.

10) Recursos Materiais: Deve-se prever os materiais a

serem utilizado para o evento.

• Equipamentos para projeção (slides,

retroprojetor, telões, filmes, computador,

videocassete, DVD);

• Equipamentos para sonorização (microfones,

amplificadores, aparelhos de som, gravadores, CD,

CD para gravação);

• Equipamentos esportivos: bolas, redes, uniformes

para jogadores e árbitros, apito;

• Para secretaria: computador, máquina xerocadora,

fax, telefone, internet, quadro branco, mural,

pincéis para quadro branco, pincéis atômicos,

pranchetas, flip-chart, mastros, bandeiras,

palco, material de copa, uniforme, água e

serviços de recados.

Se Se Se Se nnnno evento for necessário cerimonial?o evento for necessário cerimonial?o evento for necessário cerimonial?o evento for necessário cerimonial?

Alguns eventos, contam com a participação de

autoridades e convidados importantes, nesse caso sempre

necessitam da organização de cerimonial e este deve sempre

observar alguns protocolos.

1) Mesa: deve ter toalhas brancas, água, cadeiras e copos

(de acordo com o número de autoridades).

2) Lista de convidados: que deve ser disponibilizada para

o mestre de cerimônia.

3) Livro de presenças: deve estar disponibilizado aos

convidados e participantes na entrada do evento.

4) Lista de confirmações: é importante confirmar com

antecedência a presença das autoridades.

5) Reserva e distribuição de lugares: reservar e

distribuir os lugares dos convidados importantes,

autoridades e artistas a se apresentar.

6) Cartões de citações: mestre de cerimônias deve ter em

mãos cartões contendo nomes, cargos/funções de

autoridades presentes no evento, a fim de que possa

nominá-los e agradecê-los pela presença.

7) Ordem do dia: procurar seguir a programação ou pauta

do evento, respeitando o horário e seqüência

estabelecida.

8) Bandeiras: as Bandeiras Nacional (Brasil), Estadual

(Paraná) e do Município devem ser colocadas em mastros

no lado direito do palco, e seguir rigorosamente a

seguinte disposição: Bandeira do Brasil ao centro,

Bandeira do Estado ao lado direito da Bandeira do

Brasil, Bandeira do Município ao lado esquerdo da

Bandeira do Brasil.

9) Hino Nacional: é importante que seja executado o Hino

Nacional, logo após a formação da mesa de autoridades.

Após o evento:

1) Prestação de contas: em geral é feito por meio de

planilhas contendo os resultados financeiros (receitas

e gastos) do evento.

2) Ofícios de agradecimento: é necessário encaminhar

correspondências agradecendo a todos os que

colaboraram e se envolveram com o evento (convidados,

autoridades, pessoas da comunidade etc.)

3) Álbum de fotografias: é importante que se faça uma

memória do evento com fotos que documentem todas as

etapas do evento.

4) Edição de Vídeo: se houve filmagem das atividades

executadas é necessário que se faça uma edição

contendo apenas os momentos mais importantes do

evento.

5) Recortes de Jornais: deve ser feita uma pesquisa em

diversos jornais para recortar todas as reportagens

sobre o evento.

6) Relatório Final: o relatório é feito pelo secretário

contendo todos os dados coletados desde o planejamento

do evento até a prestação de contas, apresentando

dados positivos e negativos com o objetivo de avaliar

o evento.

RealizouRealizouRealizouRealizou----se o Eventose o Eventose o Eventose o Evento

Como Como Como Como mostrar resultados e mostrar resultados e mostrar resultados e mostrar resultados e fazer a fazer a fazer a fazer a

prestação de cprestação de cprestação de cprestação de contasontasontasontas????

Bem, após a realização do evento, sempre devemos

apresentar os resultados ao grande grupo, sendo estes

positivos ou negativos.

A apresentação dos resultados é a etapa final da ação

proposta. É por meio desta avaliação do grupo da diretoria

e após levando a apreciação dos demais integrantes da

instância colegiada que o grêmio terá argumentos para

propor novas ações ou direcioná-las para obter melhores

resultados.

Quando o evento tem por objetivo arrecadar fundos para

a compra de algum bem para o grêmio, a apresentação dos

resultados se faz considerando a eficiência do tipo de

evento escolhido e se todos participaram colaborando para o

melhor resultado e também é necessária a apresentação de

planilhas demonstrativas constando dados referentes aos

gastos para a organização e execução do evento e recebidos

com resultado do evento.

Atividade de sensibilização: Vamos exercitar a organização

PRESTAÇÃO DE CONTAS

ENTRADAS/RECEITAS Orçamento

Proposto

Data

ENTRADAS TOTAIS

SAÍDAS/DESPESAS Orçamento

Proposto

Data

SAÍDAS TOTAIS

LUCRO ou PREJUIZO

Objetivo Demonstrar que por meio da organização muitas

dificuldades poderão ser superadas mais

facilmente.

Materiais • Planilhas organizacionais.

Desenvolvimento • Dividir o grupo em três sub-grupos.

• Solicitar a cada um dos sub-grupos que

desempenhem as seguintes funções: 1)

Preparar uma reunião; 2) Preparar um

evento para arrecadar fundos; 3)

Apresentar a planilha de prestação de

contas.

Comentários Relacionar os pontos que poderão ser

responsáveis para o sucesso ou o fracasso dos

eventos.

Tabela 11 – Exercitando a organização.

Módulo 5Módulo 5Módulo 5Módulo 5

O GRÊMIO ESTUDANTIL, O PROJETO O GRÊMIO ESTUDANTIL, O PROJETO O GRÊMIO ESTUDANTIL, O PROJETO O GRÊMIO ESTUDANTIL, O PROJETO

POLÍTICO PEDAGÓGICO E O POLÍTICO PEDAGÓGICO E O POLÍTICO PEDAGÓGICO E O POLÍTICO PEDAGÓGICO E O

PLANEJAMENTO PARTICIPATIVOPLANEJAMENTO PARTICIPATIVOPLANEJAMENTO PARTICIPATIVOPLANEJAMENTO PARTICIPATIVO

Eu acredito é na rapaziada

Que segue em frente e segura o rojão

Eu ponho fé é na fé da moçada

Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou à luta com essa juventude

Que não corre da raia a troco de nada

Eu vou no bloco dessa mocidade

Que não tá na saudade e constrói

A manhã desejada

Trecho da música “Acredito na Rapaziada” – Gonzaguinha

(Gonzaguinha)

Projeto Político Pedagógico

PPP

Qualidade

Educacional

Representatividade

Ações Programadas e

Executadas

GRÊMIO

ESTUDANTIL

Analisando o esquema percebemos que a função político-

pedagógica do Grêmio Estudantil, deve estar intimamente

ligada ao compromisso com a representatividade dos demais

estudantes e visar à qualidade educacional ofertada pela

escola. Todas as ações e participações do Grêmio na

dinâmica escolar devem estar em harmonia com o Projeto

Político Pedagógico da Escola desde a sua construção, seu

enriquecimento e a sua implementação.

Para tanto, durante o processo de escolarização dos

alunos, se faz necessário garantir o espaço de participação

em todas essas etapas, para que o PPP não seja imposto pela

direção e corpo docente como uma “caixa de sonhos

coloridos” que vise atender um aluno ideal e não o aluno

real e não contemplem seu contexto de vida com suas

experiências e expectativas.

Para Veiga (1995) o Projeto Político Pedagógico é

planejamento do trabalho pedagógico da escola. É um

documento formal que retrata o cotidiano e as expectativas

daqueles que fazem parte da escola visando a formação dos

sujeitos.

Libâneo (2004, p. 266) coloca que o projeto

pedagógico-curricular é um documento que contém ações,

intenções, objetivos e procedimentos fundamentais para o

processo de escolarização de todos os educandos. “É a

concretização das etapas do processo de planejamento” da

escola.

É pela construção do Projeto Político Pedagógico que

se torna possível fazer uma ampla análise sobre a

organização da escola considerando suas estruturas e o real

funcionamento das regras, relações e valores estabelecidos,

sendo possível proporcionar descentralização das decisões

visando uma melhor organização das ações as quais geram

autonomia e atitudes democráticas. “Ele representa um

desafio em busca de novas trilhas para a escola” Veiga

(2001, p. 45). Logo, sua intencionalidade e seu caráter

político devem comprometer-se com a formação do cidadão.

Quando a escola decide por meio do consenso de todos

aqueles que dela fazem parte, qual o tipo de sujeito quer

formar e qual educação quer proporcionar a sua comunidade,

estabelece também os objetivos de seu planejamento. Essa

organização é necessária ao trabalho escolar e devem

abranger além das ações administrativas e financeiras

também as pedagógicas as quais definem os conteúdos do

currículo, a metodologia utilizada e as formas de avaliação

de aprendizagem.

Para Gardin (1994, p. 57) o planejamento participativo

é a construção em conjunto que acontece entre todos os

sujeitos que fazem parte do processo, em pé de igualdade,

onde os diferentes saberes se complementam organizando as

idéias e propondo ações que contemplem as diferentes

necessidades. “Todos crescem juntos, transformam a

realidade, criam o novo, em proveito de todos e com o

trabalho coordenado”.

São as propostas de futuro para a escola que se

planeja, articulando as idéias, as ações, do operacional ao

estratégico num processo de ação-reflexão-ação.

PPPPLANEJAMENLANEJAMENLANEJAMENLANEJAMENTO PARTICIPATIVOTO PARTICIPATIVOTO PARTICIPATIVOTO PARTICIPATIVO

O planejamento participativo nasce do anseio de

mudança da realidade, a fim de ultrapassar obstáculos, onde

todos podem apresentar os diferentes pontos de vista e

considerar as melhores decisões. Para organizar esse

documento devemos considerar alguns pontos. São eles:

a) Diagnóstico:

É o primeiro passo de um planejamento. É a busca da

realidade, conhecer o contexto. É analisar a situação

em que a escola se encontra, quem são seus alunos,

professores, quais são seus problemas, o que tem dado

certo ou não. A partir dele é que surgem as idéias

para as ações necessárias.

b) Objetivos:

É aonde se quer chegar, o que se deseja. Eles apontam

à direção do trabalho do grupo e precisam ser claros.

c) Justificativa:

Consiste na apresentação clara e direta das razões

(onde chegar/ quem vai atender) que justificam a

realização do planejamento.

d) Metodologia:

É o como fazer, é a operacionalização para alcançar os

objetivos propostos. É onde se define os passos a

serem seguidos e as técnicas utilizadas nas ações.

e) Recursos:

É o levantamento de tudo o que é necessário para a

realização do trabalho. Os recursos podem ser humanos

(pessoas envolvidas, parcerias), materiais (TV, tinta,

filmadora,...), físicos (condições do local) e

financeiros (valores necessários).

f) Cronograma:

Aqui é definido o tempo disponível para a realização

das várias etapas do plano, que podem ser dispostas em

atividades específicas. É importante atrelar aqui as

pessoas responsáveis pela ação.

g) Avaliação:

Análise dos resultados da ação ou ações implementadas,

assim como de todo o processo de execução, verificando

e discutindo pontos positivos e negativos.

FICHA DIAGNÓSTICO – GRÊMIO ESTUDANTIL

Colégio/escola:________________________________________________

Segmento representado:_________________________________________

Integrantes do Grêmio:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Os representantes dos diferentes segmentos, junto aos seus

pares, buscarão informações sobre os principais problemas que a

escola apresenta ou sobre situações que merecem atenção para a

maior efetivação do processo ensino-aprendizagem.

Este diagnóstico deverá ser entregue no próximo encontro a fim

de embasar as discussões sobre o plano de ação Grêmio

Estudantil.

♦ QUESTÕES EM QUE GRÊMIO ESTUDANTIL PODE ATUAR, A FIM DE

CONTRIBUIR COM O PROCESSO EDUCACIONAL NA ESCOLA.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Data: ___/___/_____

PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO – ANO ___________

Nome da Escola: _________________________________________________________ Instância Colegiada: ______________________________________________________ Presidente/Responsável: __________________________________________________

Atividades:_____________________________________________________________________________________________________________________________________

1) O quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Por quê? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) Como? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) Quando? __________________________________________________________________________________________________________________________________

5) Com quem? __________________________________________________________________________________________________________________________________

6) O que utilizar e quanto custa? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7) O que funcionou e o que precisa mudar? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8) O que lemos? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Assinaturas: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________

Data: _______/__________/___________.

Módulo 6Módulo 6Módulo 6Módulo 6

O O O O GRÊMIO ESTUDANTILGRÊMIO ESTUDANTILGRÊMIO ESTUDANTILGRÊMIO ESTUDANTIL E SUA E SUA E SUA E SUA

RELAÇÃO COM A COMUNIRELAÇÃO COM A COMUNIRELAÇÃO COM A COMUNIRELAÇÃO COM A COMUNIDADE DADE DADE DADE

ESCOLARESCOLARESCOLARESCOLAR

VAMOS SOCIALIZAR O NOSSO VAMOS SOCIALIZAR O NOSSO VAMOS SOCIALIZAR O NOSSO VAMOS SOCIALIZAR O NOSSO

TRABALHO?TRABALHO?TRABALHO?TRABALHO?

A Escola ao proporcionar a organização da

representação dos estudantes por meio dos Grêmios

Estudantis e permitir sua participação em todas as ações e

decisões voltadas à garantia do processo de ensino-

aprendizagem, assegura o processo democrático necessário a

uma Gestão Democrática. Porém, a democracia só se efetiva

quando todos se envolvem e participam das decisões tomadas

por seus representantes.

As decisões e as idéias pensadas e executadas

necessariamente devem passar pela apreciação dos alunos e

comunidade escolar para que esses segmentos possam sentir-

se “fazendo parte do processo” efetivando a participação.

Para tanto, faz-se necessário a socialização do trabalho.

Aí se percebe mais um desafio que é o de encontrar um

espaço na dinâmica da escola que permita essa socialização.

Vamos discutir e organizar esse espaço.

Atividade de sensibilização: Preparando a Socialização

Objetivo Socializar toda a comunidade escolar e local o

papel do Grêmio Estudantil na escola pública,

como representação dos estudantes.

Materiais • Cartolinas, folhas de flip-chart, papel

sulfite;

• Pincel atômico, giz de cera, lápis, tinta

guache, canetas coloridas;

• Tesoura, cola;

• Revistas usadas, gravuras, papéis

coloridos.

Desenvolvimento • Dividir o grande grupo em grupos menores

(de 4 a 6 pessoas).

• Cada grupo escolhe uma linguagem artística

retratando um dos assuntos trabalhados

durante as oficinas para apresentar à

comunidade escolar;

• organizar as apresentações e exposição do

material produzido de modo que todos os

participantes se envolvam;

• definir o dia, o horário e o local

apropriado da reunião a ser realizada na

escola com a presença da comunidade;

• divulgar o evento junto a comunidade por

meio de convites.

Tabela 12 – Preparando a socialização.

A operacionalização desta atividade está descrita em forma

conjunta no apêndice deste caderno.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitos foram os caminhos percorridos para entendermos

um pouco mais sobre as Instâncias Colegiadas que compõem o

ambiente escolar. Descobrir novas potencialidades da escola

é sempre um processo de auto-descobrimento, de auto-

realização e de evidenciar novos desafios a serem

trabalhos.

Tanto o Grêmio Estudantil como o Conselho Escolar

demonstram muita capacidade de criação e produção humana,

mas precisam ser descobertos pelos gestores de cada unidade

escolar e, principalmente, serem vistos e compreendidos

pelos múltiplos sujeitos que compõem o espaço social e

filosófico da Educação.

Ao final dos estudos realizados para a construção

desse Caderno Pedagógico, percebemos a grande

responsabilidade dos educadores quanto à necessidade de

proporcionar espaços de participação na escola.

Como ponto inicial, verificamos que existem lacunas no

processo de democratização no interior das escolas

necessitando de melhor direcionamento, uma vez que se busca

a organização da Gestão Democrática na Escola Pública,

conforme previsto em Legislação. Nesse sentido, apontamos

a figura do Diretor como fator preponderante para que a

Gestão Democrática se efetive, uma vez que pela própria

posição que ocupa na instituição pode facilitar ou

dificultar a participação da comunidade escolar.

Outro ponto pode ser identificado quando analisamos a

cultura de participação que é precária em nossa sociedade.

Isso acontece por diversos fatores como a ausência de

vivência democrática, a falta de percepção quanto à

importância da participação e a pouca disponibilidade de

tempo para a concreta atuação nas Instâncias Colegiadas.

Para Pescuma (1990, p. 127) “o processo participativo, nos

diversos níveis, torna-se difícil, porque quem nunca foi

participante deverá aprender a sê-lo e quem nunca permitiu

a participação terá de aprender a aceitá-la.”

Este material foi pensado como uma forma de

proporcionar espaços de participação na escola por meio de

metodologias que provoquem discussões e debates

fortalecendo o diálogo entre todos os sujeitos,

considerando os diferentes saberes para a construção

coletiva do conhecimento.

Freire (1987 p. 87) ”O nosso papel não é falar ao povo

sobre a nossa visão do mundo, ou tentar impô-la a ele e sim

adotar uma postura de respeito mútuo e de troca entre

saberes intelectuais e populares”.

Esperamos que o presente material colabore para o

fortalecimento do processo contínuo de democratização da

Escola Pública, visto que, a participação se dá por meio de

conquistas e retrocessos com menor ou maior grau de

envolvimento. Entretanto, a Gestão Democrática se faz com

participação de professores, funcionários, alunos, pais e

comunidade.

Pela participação é que se conhecem a dinâmica da

organização escolar, das relações com a comunidade e os

objetivos propostos para a qualidade da educação ofertada.

É experimentando formas não autoritárias de poder, é

decidindo coletivamente que se democratiza a escola, “pois

democracia não se concede, se realiza (...)”. (PARO, 2008,

p. 19).

APÊNDICE

EXERCITANDO A SOCIALIZAÇÃO

Atividade de sensibilização: O Grande Dia

Objetivo O objetivo desta atividade é reunir a comunidade

escolar para a integração e socialização do que

foi trabalhado durante as oficinas com o Grêmio

Estudantil e ou Conselho Escolar. Durante essa

reunião com pais, professores, alunos e

funcionários o grupo vai expressar, por meio das

diversas linguagens artísticas a função das

Instâncias Colegiadas na escola, sua relação com

o Projeto Político Pedagógico e seu Plano de

Ação.

Materiais • Todas as produções das oficinas

• Barbante, fita adesiva, cavaletes;

• Tesoura,cola;

• Palco, microfone, sistema de som e imagem.

• Cenário, mural.

Desenvolvimento • Explanação do projeto como um todo pelo

professor PDE e Diretor da Escola;

• Apresentação das linguagens artísticas,

organizadas pelo grupo participante das

oficinas;

• Apresentação do plano de ação elaborado

pelos alunos participantes do Grêmio

Estudantil da escola;

• Visitação à exposição do material

produzido durante as oficinas;

• Tribuna Aberta - registro escrito ou

falado das opiniões do público com relação

ao papel desempenhado pela Instância

Colegiada;

Comentários

Este momento é grandioso! A participação de

todos: professores, pais, alunos e funcionários

fortalecem a intenção do grupo, assim como

estimulam-no a continuar desenvolvendo o

trabalho em prol da escola pública.

O grupo, expressando por meio das linguagens

artísticas a função do Conselho Escolar na

escola, sua relação com o PPP e seu Plano de

Ação, cria laços de compromisso com a

comunidade.

A plenária, além de trabalhar a comunicação e

socialização de idéias, tem o objetivo de ouvir

a voz dos outros membros da escola, os quais não

fazem parte do conselho, oportunizando a

participação e ampliando, desta forma, o

processo de democratização.

Tabela 13 – Socializando o trabalho.

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