grãos de pólen alergógenos no mês de setembro, canoas,...

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Grãos de P Grãos de P ó ó len len alerg alerg ó ó genos no mês de genos no mês de setembro, Canoas, RS setembro, Canoas, RS Sabrina Castelo Branco Fuchs Sabrina Castelo Branco Fuchs Soraia Girardi Bauermann Soraia Girardi Bauermann (orientadora) (orientadora) TCC I TCC I – dezembro 2007 dezembro 2007

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Grãos de PGrãos de Póólen len alergalergóógenos no mês de genos no mês de setembro, Canoas, RSsetembro, Canoas, RS

Sabrina Castelo Branco FuchsSabrina Castelo Branco FuchsSoraia Girardi Bauermann Soraia Girardi Bauermann (orientadora)(orientadora)

TCC I TCC I –– dezembro 2007dezembro 2007

Fonte: Inside Midia, 2005

INTRODUINTRODUÇÇÃOÃO

O termo “alergia” vem do grego “allos”, que significa alterações do estado original.

Alergia: Situação na qual o organismo apresenta resposta imunológica diferente da resposta protetora esperada, causando alterações indesejáveis.

A Polinose ou “febre do feno” (hay fever) éuma doença alérgica das vias respiratórias.

É causada por inalação de grãos de pólen atmosférico.

A crescente presença de tipos polínicos aeroalergógenos deve-se principalmente às alterações ocorrentes na cobertura vegetal original do estado do RS.

OBJETIVO DO TRABALHOOBJETIVO DO TRABALHO

O objetivo desse trabalho foi conhecer alguns tipos polínicos ocorrentes no Campus da Ulbra durante o mês de setembro, buscando botanicamente a sua correlação como potencial agente alergógeno.

SINTOMATOLOGIASINTOMATOLOGIA A polinose pode ocorrer durante todo o

ano, porém é exacerbada na primavera.

Fator etiológico principal: grãos de pólensde plantas alergógenas que se depositam nas mucosas, produzindo reação alérgica inflamatória.

A doença polínica é conhecida em várias partes do mundo, possuindo elevada incidência em determinadas regiões da Europa e dos Estados Unidos.

O sistema imunológico de uma pessoa alérgica encara a proteína de alguns tipos de pólen como ameaça, com isso o corpo reage, produzindo anticorpos chamados de IgE (imunoglobulina E). Esses anticorpos se fixam nos mastócitos, esses por sua vez liberam uma substância chamada histamina em quantidades excessivas, fazendo com que os vasos sanguíneos se dilatem e fiquem mais permeáveis.

Para amenizar os sintomas, o médico pode recomendar anti-histamínicos para combater ou prevenir, descongestionantes para tratar a congestão nasal, e/ou spraynasal contendo corticosteróides ou substâncias para prevenir a sintomatologia.

Outra opção para combater os sintomas é a imunoterapia, comumente chamada de “vacina”, onde extratos alergênicos são injetados gradualmente em pequenas doses para reduzir a sensibilidade.

A polinose pode ser rigorosa a ponto de ocorrer comprometimento ocular, levando a um maior ou menor lacrimejamento, fotofobia, prurido ocular e sensação de queimadura conjuntiva.

Esse quadro clínico de alta sensibilização pode se agravar ainda mais, causando febres, dermatites, urticárias e edema.

MATERIAIS E MMATERIAIS E MÉÉTODOSTODOS

Coletor

RESULTADOSRESULTADOS

Analisou-se 3295 grãos de pólen.

Foram encontrados 19 tipos polínicos diferentes.

Classificados conforme a possibilidade em família, gênero ou espécie.

135 grãos não puderam ser identificados e foram classificados como indeterminados.

Alguns tipos polínicos encontrados foram considerados como potencial alergógenos,

tais como:

MyrtaceaeMyrtaceae PoaceaePoaceae

AsteraceaeAsteraceae

PinusPinus

MoraceaeMoraceae

Durante o período de coleta dos grãos de pólen a temperatura mínima foi 4,2°C na semana 4 e a máxima foi 33,6°C na semana 1.

As semanas 3 e 4 tiveram a maior ocorrência de ventos destacando-se a semana 4.

O índice pluviométrico para o mês de setembro ficou entre 100 e 200 mm de precipitação (CPTEC, 2007).

DADOS METEOROLÓGICOS SETEMBRO / 2007

81,4 94,190,484,1Umidade Relativa %

12,1 151818,3Temperatura Min. (°C)

20,2 19,825,827,1Temperatura Máx. (°C)

3,903,502,312,02Velocidade do Vento (m/s)

LSE SESEDireção do Vento

SEMANA 4SEMANA 3SEMANA 2SEMANA 1

32956301030812823TOTAL SEMANAL

13552452315Indeterminados

6776000Symplocos

11000Sebastiania

50005Pyrus

10001Prunus

367157958629Poaceae

6205525Piper

7005118596368Pinus

102720443033657Myrtaceae

20040120355Moraceae

147111510615Mimosa cf bimucronata

2820800Malvaceae

37111452304Malpighiaceae

30300Fragaria

82374320Faramea

40004Ericaceae

31200Bauhinia

591552415Asteraceae

3232000Anacardiaceae

11000Alnus

TOTAL 24.09/01.1017.09/24.0910.09/17.0903.09/10.09TIPOS POLÍNICOS

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

TOTAL MENSAL POR TIPO POLÍNICO

QU

AN

TID

AD

E EM

PER

CEN

TUA

LMyrtaceae

Pinus

Malpighiaceae

Poaceae

Moraceae

Mimosa cfbimucronata

Indeterminados

Faramea

Symplocos

Piper

Asteraceae

Anacardiaceae

Malvaceae

Condições geográficas e topográficas do local, densidade populacional, nível de industrialização e fatores climáticos como temperatura, umidade, grau de insolação e velocidade dos ventos, influenciam a quantidade de grãos de pólen no ar.

Apesar da alta umidade relativa do ar, a quantidade de grãos de pólen é significativa e aproximadamente 2353 grãos são considerados alergógenos no mês de setembro no Campus da ULBRA.

CONCLUSÃO E DISCUSSÃOCONCLUSÃO E DISCUSSÃO

O conhecimento do conteúdo polínico no Campus fornece perspectivas básicas para que seja desenvolvido estudos sobre polinose.

Sugere-se que seja fomentado trabalhos de alergologia com grãos de pólen junto àárea médica do Campus.

Conselhos para evitar crises alérgicas:

Não cortar grama, e nem caminhar em grandes espaços relvados;

Não dirigir moto, se for inevitável deve-se proteger olhos, boca e nariz;

Procurar não sair de casa em dias com vento forte e/ou quente e seco;

Não secar a roupa ao ar livre.

AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS

Profa. Dra. Soraia Girardi Bauermann;

Bióloga Pesquisadora Andreia Evaldt;

Colegas do laboratório de Palinologia;

Estação Meteorológica da ULBRA;

Divisão de Engenharia e Arquitetura da ULBRA;

Prefeitura do Campus e Setor de Manutenção.