governo lança reforma do ensino médio

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Governo lança reforma do ensino médio; veja destaques Conteúdo obrigatório básico deve ter metade da carga horária total. Apesar de já estar em vigor, MP precisa ser discutida e votada no Congresso em até 120 dias. Por G1 22/09/2016 às 15:16 · Atualizado há 18 minutos O governo federal apresentou nesta quinta-feira (22) a medida provisória (MP) sobre a reforma do ensino médio. As mudanças afetam conteúdo e formato das aulas, e também a elaboração dos vestibulares e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A proposta terá de ser aprovada em até 120 dias pela Câmara e pelo Senado, caso contrário, perderá o efeito. Baixe o aplicativo G1 Enem A previsão do Ministério da Educação (MEC) é que turmas iniciadas em 2018 já possam se beneficiar das mudanças. Até lá, as redes estaduais poderão fazer adaptações preliminares, já que o Ministério da Educação condiciona a implementação de pontos da reforma à conclusão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O ministro disse que a BNCC só deve ser concluída em "meados" de 2017.

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Page 1: Governo lança reforma do ensino médio

Governo lança reforma do ensino médio; veja destaques

Conteúdo obrigatório básico deve ter metade da carga horária total. Apesar de já estar em vigor, MP precisa ser discutida e votada no Congresso em até 120 dias.

Por G122/09/2016 às 15:16 · Atualizado há 18 minutos

O governo federal apresentou nesta quinta-feira (22) a medida provisória (MP) sobre

a reforma do ensino médio. As mudanças afetam conteúdo e formato das aulas, e

também a elaboração dos vestibulares e do Exame Nacional do Ensino Médio

(Enem). A proposta terá de ser aprovada em até 120 dias pela Câmara e pelo

Senado, caso contrário, perderá o efeito.

Baixe o aplicativo G1 Enem

A previsão do Ministério da Educação (MEC) é que turmas iniciadas em 2018 já

possam se beneficiar das mudanças. Até lá, as redes estaduais poderão fazer

adaptações preliminares, já que o Ministério da Educação condiciona a

implementação de pontos da reforma à conclusão da Base Nacional Comum

Curricular (BNCC). O ministro disse que a BNCC só deve ser concluída em "meados"

de 2017.

Rossielli diz que enquanto não houver base cada sistema de ensino que faz suas adaptações

A primeira mudança importante determinada pela medida provisória é

que o conteúdo obrigatório será diminuído para privilegiar cinco áreas de

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concentração: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências

humanas e formação técnica e profissional.

O objetivo do governo federal é incentivar que as redes de ensino

ofereçam ao aluno a chance de dar ênfase em alguma dessas cinco áreas.

Já entre os conteúdos que deixam de ser obrigatórios nesta fase de ensino

estão artes, educação física, filosofia e sociologia. Entretanto, o conteúdo

dessas disciplinas não será propriamente eliminado, mas o que será

ensinado de cada uma delas dependerá do que estiver dentro do

conteúdo obrigatório previsto na futura Base Nacional Comum Curricular

(BNCC).

O segundo destaque da reforma será o aumento da carga horária. Ela

deve ser ampliada progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais.

Atualmente, o total é de 800, de acordo com o MEC. Com a medida, a

intenção do Ministério da Educação é incentivar o ensino em tempo

integral, e para isso prevêprograma específico com R$ 1,5 bilhão para

incentivar que escolas adotem o ensino em tempo integral.

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O que muda com a reforma do ensino médio (Foto: Arte/G1)

Aspecto legal

A medida provisória apresentada nesta tarde altera artigos da Lei nº 9.394,

de 20 de dezembro de 1996, que é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB) e da Lei nº 11.494, de junho de 2007, que é a Lei do Fundeb.

Além disso, institui a Política de Fomento à Implementação de Escola de

Ensino Médio em Tempo Integral.

Por ser uma medida provisória, a proposta passa a entrar em vigor

imediatamente após a sua edição pelo Executivo. Mas, para virar lei em

definitivo, precisa ser analisada em uma comissão especial do Congresso

e depois aprovada pela Câmara e pelo Senado em até 120 dias para não

perder a validade.Ministro da Educação diz que princípio da mudança do ensino médio é a flexibilidade

VEJA ABAIXO OS DESTAQUES DA REFORMA

Áreas e ensino técnico

A medida provisória prevê que o currículo do ensino médio será definido

pela Base Nacional Comum Curricular. A reforma dá opção para que as

escolas ofereçam aos alunos cinco possibilidades de áreas nas quais

queiram empregar mais tempo. São os chamados "itinerários formativos":

linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e

formação técnica e profissional.

Entretanto, vale a ressalva de que a medida provisória não dá diretamente

ao aluno a chance de escolher sua área de concentração. Isso vai

depender de como cada sistema de ensino (escolas estaduais ou da rede

Page 5: Governo lança reforma do ensino médio

privada) vai elaborar seu próprio currículo. Por exemplo, pode ser que o

aluno queira optar por concluir o ensino médio com ênfase na formação

técnica e profissional, mas dependerá de a rede estadual oferecer essa

formação.

Quando entra em vigor?

Maria Helena Guimarães, secretária executiva do MEC, diz que a primeira

turma ingressando no novo modelo poderia ser em 2018. O ministro da

Educação, Mendonça Filho, diz que não há um prazo máximo para que

todos os estados estejam no novo modelo, e diz que espera que haja uma

demanda dos próprios estados para acelerar o processo.

Apesar de depender da aprovação da BNCC, o MEC ainda faz a ressalva de

que a MP já terá valor de lei e que escolas privadas e redes estaduais já

podem fazer adaptações seguindo os seus currículos já em vigor.

Aumento da carga horária

A carga horária mínima deve ser progressivamente ampliada para 1.400

horas. Antes, a LDB estabelecia em 800 horas anuais, distribuídas em um

mínimo de 200 dias letivos. A MP não estabelece o mínimo de dias letivos.

Além disso, o texto não especifica prazos para que essa ampliação da

carga horária aconteça. Em outro artigo, a MP ainda limita em 1.200 horas

a carga horária total (dos três anos do ensino médio) que as escolas

devem dedicar ao ensino do currículo definido pela Base.

Segundo Maria Helena Guimarães, secretária-executiva do MEC, metade

da carga horária de todo o ensino médio deverá ser usada no conteúdo

obrigatório que será determinado pela Base Nacional.

Page 6: Governo lança reforma do ensino médio

Inglês passa a ser obrigatório

O ensino da língua inglesa passa a ser obrigatória a partir do sexto ano.

Antes, era obrigatória a inclusão de uma língua estrangeira moderna a

partir do quinto ano. A escolha do idioma, até então, era de

responsabilidade da "comunidade escolar". O ensino de um segundo

idioma, preferencialmente o espanhol, deverá ser optativo.

Módulos

A MP determina que o ensino médio poderá ser organizado em módulos e

adotar o sistema de créditos ou disciplinas.

Vestibulares - processo seletivo

A MP inclui um parágrafo no artigo que regulamenta o ensino superior

para, especificamente, determinar o que deve ser referência no conteúdo

dos processos seletivos, os famosos vestibulares. Os vestibulares deverão

cobrar apenas o que for determinado pela Base Nacional Comum

Curricular. "(O processo seletivo) considerará exclusivamente as

competências, as habilidades e as expectativas de aprendizagem das

áreas de conhecimento definidas na Base Nacional Comum Curricular",

afirma o texto da MP.

Professores sem diploma específico

A MP vai permitir que profissionais com notório saber, que seja

reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino, possam dar aulas de

conteúdos de áreas afins à sua formação.

Artes, educação física, filosofia e sociologia fora do ensino médio

Na versão anterior da LDB, o ensino de artes e de educação física estava

previsto em todas as etapas da educação básica (infantil, fundamental e

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médio). Agora, a MP prevê que o ensino dessas duas disciplinas será

obrigatório apenas nos ensinos infantil e fundamental.

Ou seja, no ensino médio, ele será apenas opcional. O mesmo acontece

com as disciplinas de filosofia e sociologia: um inciso da lei indicava que o

ensino delas era obrigatório nos três anos do ensino médio. A MP derrubou

esse inciso.

Prazos

O MEC ressaltou que a previsão é que as primeiras turmas a adotarem o

novo modelo sejam as que ingressarem em 2018.

Além disso, a MP dá o prazo de dois anos, após a publicação do texto, para

que os currículos dos cursos de formação de professores tenham por

referência Base Nacional Comum Curricular. 

A MP estipula que a carga horária destinada ao cumprimento da Base

Nacional Comum Curricular não poderá ser superior a mil e duzentas horas

da carga horária total do ensino médio. Essa mudança deve ser

implementada no segundo ano letivo após a data de publicação da Base.

Incentivo ao ensino médio integral

O documento institui uma política de incentivo financeiro às escolas de

ensino médio em tempo integral que forem implementadas a partir da

medida provisória. O Ministério da Educação transferirá recursos para os

Estados e para o Distrito Federal, anualmente, por no máximo quatro anos

para cada escola. O objetivo é que os colégios possam bancar as despesas

– é permitido, também, investir na expansão da merenda escolar.

Page 8: Governo lança reforma do ensino médio

Os valores serão repassados por meio do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (FNDE). De acordo com a MP, ainda não foi

definida a quantia que será transferida às escolas. Ela vai variar de acordo

com o número de alunos que estudam na instituição de ensino

beneficiada. Os colégios serão obrigados a comprovar, sempre que

pedido, como estão administrando o dinheiro recebido.

VEJA ABAIXO ARTIGOS ALTERADOS NA LDB E NA LEI DO FUNDEB

ARTIGOS DA LDB ALTERADOS

Artigo 24 da LDB

Alterado o inciso I:

COMO ERA

"I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por

um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo

reservado aos exames finais, quando houver;"

COMO FICOU

"Parágrafo único. A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do

caput deverá ser progressivamente ampliada, no ensino médio, para mil e

quatrocentas horas, observadas as normas do respectivo sistema de

ensino e de acordo com as diretrizes, os objetivos, as metas e as

estratégias de implementação estabelecidos no Plano Nacional de

Educação.” (NR)"

Artigo 26 da LDB

Alterado os parágrafos 1º, 2º, 3º e 7º, incluindo ainda um décimo

parágrafo no artigo

Page 9: Governo lança reforma do ensino médio

COMO ERA

"§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger,

obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o

conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política,

especialmente do Brasil.

§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,

constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da

educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos

alunos. (Redação dada pela Lei nº 12.287, de 2010)

§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é

componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática

facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

§ 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a

partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira

moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das

possibilidades da instituição.

§ 7o Os currículos do ensino fundamental e médio devem incluir os

princípios da proteção e defesa civil e a educação ambiental de forma

integrada aos conteúdos obrigatórios. (Incluído pela Lei nº 12.608, de

2012)"

COMO FICOU

"1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger,

obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o

conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política,

Page 10: Governo lança reforma do ensino médio

especialmente da República Federativa do Brasil, observado, na educação

infantil, o disposto no art. 31, no ensino fundamental, o disposto no art. 32,

e no ensino médio, o disposto no art. 36.

§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,

constituirá componente curricular obrigatório da educação infantil e do

ensino fundamental, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos

alunos.

§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é

componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino

fundamental, sendo sua prática facultativa ao aluno:

§ 5º No currículo do ensino fundamental, será ofertada a língua inglesa a

partir do sexto ano.

§ 7º A Base Nacional Comum Curricular disporá sobre os temas

transversais que poderão ser incluídos nos currículos de que trata o caput.

§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório

na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho

Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro da Educação,

ouvidos o Conselho Nacional de Secretários de Educação - Consed e a

União Nacional de Dirigentes de Educação - Undime.” (NR)

Artigo 36 da LDB

COMO ERA

"Art. 36 - O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I

deste Capítulo e as seguintes diretrizes:

Page 11: Governo lança reforma do ensino médio

I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado

da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação

da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de

comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;

II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a

iniciativa dos estudantes;

III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina

obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em

caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.

IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias

em todas as séries do ensino médio. (Incluído pela Lei nº 11.684, de 2008)

COMO FICOU

"“Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional

Comum Curricular e por itinerários formativos específicos, a serem

definidos pelos sistemas de ensino, com ênfase nas seguintes áreas de

conhecimento ou de atuação profissional:

I - linguagens;

II - matemática;

III - ciências da natureza;

IV - ciências humanas; e

V - formação técnica e profissional.

§ 1º Os sistemas de ensino poderão compor os seus currículos com base

em mais de uma área prevista nos incisos I a V do caput.

§ 2º A organização das áreas de que trata o caput e das respectivas

competências, habilidades e expectativas de aprendizagem, definidas na

Page 12: Governo lança reforma do ensino médio

Base Nacional Comum Curricular, será feita de acordo com critérios

estabelecidos em cada sistema de ensino.

§ 3º Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral

do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de

seu projeto de vida e para a sua formação nos aspectos cognitivos e

socioemocionais, conforme diretrizes definidas pelo Ministério da

Educação.

§ 4º A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum

Curricular não poderá ser superior a mil e duzentas horas da carga horária

total do ensino médio, de acordo com a definição dos sistemas de ensinos.

§ 5º A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26,

definida em cada sistema de ensino, deverá estar integrada à Base

Nacional Comum Curricular e ser articulada a partir do contexto histórico,

econômico, social, ambiental e cultural.

§ 6º Os currículos de ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da

língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter

optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade

de oferta, locais e horários definidos pelos sistemas de ensino.

§ 7º O ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três

anos do ensino médio.

§ 8º Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede,

possibilitarão ao aluno concluinte do ensino médio cursar, no ano letivo

subsequente ao da conclusão, outro itinerário formativo de que trata o

caput.

Page 13: Governo lança reforma do ensino médio

§ 9º A critério dos sistemas de ensino, a oferta de formação a que se refere

o inciso V do caput considerará:

I - a inclusão de experiência prática de trabalho no setor produtivo ou em

ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando

aplicável, de instrumentos estabelecidos pela legislação sobre

aprendizagem profissional; e

II - a possibilidade de concessão de certificados intermediários de

qualificação para o trabalho, quando a formação for estruturada e

organizada em etapas com terminalidade.

§ 10. A oferta de formações experimentais em áreas que não constem do

Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos dependerá, para sua continuidade,

do reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de Educação, no

prazo de três anos, e da inserção no Catálogo Nacional dos Cursos

Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da data de oferta inicial da

formação.

§ 11. Os conteúdos cursados durante o ensino médio poderão ser

convalidados para aproveitamento de créditos no ensino superior, após

normatização do Conselho Nacional de Educação e homologação pelo

Ministro da Educação.

§ 12. A União, em colaboração com os Estados e o Distrito Federal,

estabelecerá os padrões de desempenho esperados para o ensino médio,

que serão referência nos processos nacionais de avaliação, considerada a

Base Nacional Comum Curricular.

§ 13. Ao concluir o ensino médio, as instituições de ensino emitirão

diploma com validade nacional que habilitará o diplomado ao

Page 14: Governo lança reforma do ensino médio

prosseguimento dos estudos em nível superior e demais cursos ou

formações que pressuponham o ensino médio.

§ 14. Além das formas de organização previstas no art. 23, o ensino médio

poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos ou

disciplinas com terminalidade específica, observada a Base Nacional

Comum Curricular, a fim de estimular o prosseguimento dos estudos.

§ 15. Para efeito de cumprimento de exigências curriculares do ensino

médio, os sistemas de ensino poderão reconhecer, mediante

regulamentação própria, conhecimentos, saberes, habilidades e

competências, mediante diferentes formas de comprovação, como:

I - demonstração prática;

II - experiência de trabalho supervisionado ou outra experiência adquirida

fora do ambiente escolar;

III - atividades de educação técnica oferecidas em outras instituições de

ensino;

IV - cursos oferecidos por centros ou programas ocupacionais;

V - estudos realizados em instituições de ensino nacionais ou estrangeiras;

e

VI - educação a distância ou educação presencial mediada por

tecnologias.” (NR)"

Artigo 44 da LDB

Um parágrafo foi incluído:

O QUE FOI ACRESCENTADO:

"§ 3º O processo seletivo referido no inciso II do caput considerará

Page 15: Governo lança reforma do ensino médio

exclusivamente as competências, as habilidades e as expectativas de

aprendizagem das áreas de conhecimento definidas na Base Nacional

Comum Curricular, observado o disposto nos incisos I a IV do caput do art.

36.” (NR)"

Artigo 61 da LDB

Um inciso foi alterado e outro foi acrescentado

COMO ERA

"III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico

ou superior em área pedagógica ou afim. (Incluído pela Lei nº 12.014, de

2009)"

COMO FICOU

"III - trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico

ou superior em área pedagógica ou afim; e 

IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos

sistemas de ensino para ministrar conteúdos de áreas afins à sua

formação para atender o disposto no inciso V do caput do art. 36."

Artigo 62 da LDB

Teve um parágrafo incluído:

"§ 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por

referência a Base Nacional Comum Curricular.” (NR)"

Alterações na Lei nº 11.494, que regulamenta o Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação - FUNDEB

Page 16: Governo lança reforma do ensino médio

ARTIGO 10

COMO ERA

"A distribuição proporcional de recursos dos Fundos levará em conta as

seguintes diferenças entre etapas, modalidades e tipos de

estabelecimento de ensino da educação básica: (...)

XV - educação indígena e quilombola;

XVI - educação de jovens e adultos com avaliação no processo;

XVII - educação de jovens e adultos integrada à educação profissional de

nível médio, com avaliação no processo."

COMO FICOU

"A distribuição proporcional de recursos dos Fundos levará em conta as

seguintes diferenças entre etapas, modalidades e tipos de

estabelecimento de ensino da educação básica:

XIV - formação técnica e profissional prevista no inciso V do caput do art.

36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

XV - segunda opção formativa de ensino médio, nos termos do § 9º do

caput do art. 36 da Lei nº 9.394, de 1996;

XVI - educação especial;

XVII - educação indígena e quilombola;

XVIII - educação de jovens e adultos com avaliação no processo; e

XIX - educação de jovens e adultos integrada à educação profissional de

nível médio, com avaliação no processo." ENEM