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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SEDU - SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

COMEC – COORDENAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ENGENHARIA DE DRENAGEM

PARQUE AMBIENTAL PALMITAL

VOLUME 1 – MEMORIAIS

PRODUTO PARCIAL IV

PROJETO EXECUTIVO

CONCRESOLO ENGENHARIA LTDA

CURITIBA

NOVEMBRO / 2013

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Concresolo Engenharia

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

MINISTÉRIO DAS CIDADES

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

COORDENAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

PRODUTO PARCIAL IV

PROJETO EXECUTIVO

VOLUME 1 – MEMORIAIS

ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ENGENHARIA DE DRENAGEM

PARQUE AMBIENTAL PALMITAL

CURITIBA

NOVEMBRO / 2013

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Concresolo Engenharia

Contratante: COMEC – Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba

Endereço: R. Máximo João Kopp, 274 – Bloco 3 – Santa Cândida

Curitiba/ PR

Contratada: CONCRESOLO ENGENHARIA LTDA.

Endereço Sede: R. Antônio Henrique de Noronha, 51A – São Cristóvão

Rio de Janeiro/ RJ

Endereço Filial: R. dos Palotinos, 129 – Cristo Rei

Curitiba/ PR

Contrato: nº 009/ 2012/ COMEC

Termo de compromisso: nº 351.256-01/2011

Data da assinatura: 30/11/2012

Data da publicação: 05/12/2012

Ordem de serviço: 07/12/2012

Data de término contratual: 04/04/2013

Data de término 1º aditivo: 24/09/2013

Data de término 2º aditivo: 24/09/2013

Data de vigência contratual: 24/05/2013

Data de vigência 1º aditivo: 21/09/2013

Data de vigência 2º aditivo: 30/12/2013

Prazo de conclusão: 120 dias consecutivos

Prazo de conclusão 1º aditivo: 293 dias consecutivos

Prazo de conclusão 2º aditivo: 293 dias consecutivos

Prazo de vigência contratual: 170 dias consecutivos

Prazo de vigência 1º aditivo: 290 dias consecutivos

Prazo de vigência 2º aditivo: 390 dias consecutivos

Valor contratual: R$ 104.311,56

Concresolo Engenharia Ltda. Elaboração do projeto de engenharia básico e executivo de

drenagem do Parque Ambiental Palmital: Produto Parcial IV – Projeto Executivo / Concresolo Engenharia Ltda. – 2013.

248 f. : il. color.; 29,7 cm Produto Parcial IV – Projeto Executivo – Volume 1 –

Memoriais – COMEC, Governo do Estado do Paraná, 2013. 1. Parque Ambiental Palmital. 2. AIERI. 3. Drenagem. I. COMEC. II. Governo do Estado do Paraná. III. PP IV.

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CARLOS ALBERTO RICHA

Governador do Estado

SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDU

CARLOS ROBERTO MASSA JÚNIOR

Secretário de Estado

COORDENAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - COMEC

RUI KIYOSHI HARA

Coordenador da RMC

JOSÉ ANTONIO CAMARGO

Diretor Presidente

SANDRO ALMIR SETIM

Diretor Técnico

CARLOS DO REGO ALMEIDA FILHO

Diretor de Transporte Metropolitano

ECOPARANÁ, IAP, INSTITUTO DAS ÁGUAS DO PARANÁ E MINEROPAR

Instituições Intervenientes - Termo de Cooperação 002/2009

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1

PLANO DO ESTUDO

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

RESUMO EXECUTIVO

INTRODUÇÃO

LEVANTAMENTOS DE CAMPO

PROJETO EXECUTIVO

REFERÊNCIAS

TERMO DE ENCERRAMENTO

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2

SUMÁRIO

PLANO DO ESTUDO................................................................................................................ 1

SUMÁRIO ................................................................................................................................. 2

APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 5

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................. 6

LISTA DE TABELAS ................................................................................................................ 8

LISTA DE MAPAS .................................................................................................................. 10

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................................. 11

RESUMO EXECUTIVO ........................................................................................................... 13

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 15

1.1 SITUAÇÃO .................................................................................................... 16

2 LEVANTAMENTOS DE CAMPO ..................................................................................... 24

2.1 LEVANTAMENTOS PLANIALTIMÉTRICOS E TOPOGRÁFICOS

COMPLEMENTARES .................................................................................... 24

2.2 SONDAGENS GEOTÉCNICAS SPT ............................................................. 26

3 PROJETO EXECUTIVO - MEMORIAIS ........................................................................... 37

3.1 SETOR I – HARAS DA POLÍCIA MILITAR .................................................... 38

3.1.1 Memorial Descritivo – Especificações técnicas .................................... 38

3.1.2 Desenhos ............................................................................................. 67

3.2 SETOR II – PARQUE PALMITAL DO ECOPARANÁ .................................... 67

3.2.1 Memorial Descritivo – Especificações Técnicas ................................... 70

3.2.2 Memorial de cálculo ........................................................................... 175

3.3 SETOR III – COMPLEMENTAÇÃO PAISAGÍSTICA ................................... 177

3.3.1 Paisagismo ......................................................................................... 177

3.3.2 Estudo Hidráulico ............................................................................... 188

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3

3.3.3 Expansão Futura ................................................................................ 192

3.4 SETOR IV – LAGOAS DE DETENÇÃO....................................................... 195

3.4.1 Rio Palmital ........................................................................................ 195

3.4.2 Lagoas de Detenção .......................................................................... 198

3.4.3 Drenagens Complementares ............................................................. 209

4 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 217

TERMO DE ENCERRAMENTO ............................................................................................ 220

ANEXO A – CADERNO DE VEGETAÇÃO ........................................................................... 221

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4

APRESENTAÇÃO

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5

APRESENTAÇÃO

A CONCRESOLO ENGENHARIA Ltda., em cumprimento ao Contrato

N°009/2012/COMEC para Elaboração de Projeto de Engenharia de Drenagem do

Parque Ambiental Palmital, situado no perímetro urbano de Pinhais, Região

Metropolitana de Curitiba, apresenta o Produto Parcial IV referente ao Projeto

Executivo.

O Produto Parcial IV apresenta o Projeto Executivo de Engenharia de Drenagem

para o Parque Ambiental Palmital, na Região Metropolitana de Curitiba, integrando as

soluções empregadas no Projeto de Engenharia de Drenagem para a Bacia do Alto

Iguaçu coordenado pela SUDERHSA, no ano de 2002 e no projeto do Parque Palmital,

coordenado pelo ECOPARANÁ (2009). Segue as diretrizes formuladas pelo Termo de

Referência elaborado pela COMEC, sob a orientação da Caixa Econômica Federal –

CEF e o Ministério das Cidades – MCidades, dentro do Programa de Aceleração do

Crescimento PAC 2 – Drenagem Urbana.

_________________________________________________ CONCRESOLO ENGENHARIA LTDA.

MARCELO JOSÉ LEAL GASINO Engenheiro Supervisor

Curitiba, 18 de novembro de 2013.

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6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Localização do parque na RMC ................................................................... 17

Figura 2 – Bacia do Alto Iguaçu e do Rio Palmital na RMC .......................................... 18

Figura 3 – Localização do Parque Ambiental Palmital .................................................. 19

Figura 4 – Parque Ambiental Palmital e AIERI .............................................................. 20

Figura 5 – Setorização do Parque Ambiental Palmital .................................................. 22

Figura 6 - Boletim de sondagem SP-01 ......................................................................... 30

Figura 7 - Boletim de sondagem SP-02 ......................................................................... 31

Figura 8 - Boletim de sondagem SP-04-A (1) ................................................................ 32

Figura 9 - Boletim de sondagem SP-04-A (2) ................................................................ 33

Figura 10 - Boletim de sondagem SP-05-A ................................................................... 34

Figura 11 - Boletim de sondagem SP-06 ....................................................................... 35

Figura 12 - Argila muito orgânica – solo superficial na baixada ................................... 106

Figura 13 - Escavação manual na baixada ................................................................. 106

Figura 14 - Transição do solo argiloso (encosta) para argila orgânica (baixada) ........ 106

Figura 15 - Solo argiloso, de baixa permeabilidade ..................................................... 107

Figura 16 - Sondagem na meia encosta – solos predominantemente argilosos ......... 107

Figura 17 – Sub bacias da área do Parque Ambiental Rio Palmital ............................ 117

Figura 18 - Rio Palmital junto à ponte da Estrada da Graciosa. .................................. 119

Figura 19 - Resíduos sólidos e assoreamento junto à ponte da Graciosa vizinha à área

do Parque. ................................................................................................ 119

Figura 20 - Nascente do Reservatório de Alphaville .................................................... 122

Figura 21 - Nível de água do reservatório do condomínio Alphaville em relação ao

extravasor ................................................................................................. 123

Figura 22 - Visão do reservatório do condomínio Alphaville ........................................ 123

Figura 23 - Outra visão do nível de água do reservatório do condomínio Alphaville em

relação ao extravasor ............................................................................... 123

Figura 24 - Galeria após o extravasor ......................................................................... 124

Figura 25 - Visão da galeria......................................................................................... 124

Figura 26 - Saída da Galeria ....................................................................................... 125

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7

Figura 27 - Visão interna da Galeria ............................................................................ 125

Figura 28 - Contribuição Ponto A ................................................................................ 126

Figura 29 - Alternativas hidrológicas para o suprimento do Parque ............................ 127

Figura 30 - Origem das águas do Lago existente 02 ................................................... 128

Figura 31 - Origem das águas do Lago existente 02 ................................................... 128

Figura 32 - Formação do Lago existente 02 ................................................................ 129

Figura 33 - Lago existente 01 ...................................................................................... 130

Figura 34 - Lago existente 02 ...................................................................................... 130

Figura 35 - Lago existente 02 ...................................................................................... 130

Figura 36 - Seção esquemática - intervenção Rio Palmital. ........................................ 196

Figura 37 - Curva de Descarga 1 - Rio Palmital. ......................................................... 197

Figura 38 - Curva de velocidades 1 - Rio Palmital. ...................................................... 197

Figura 39 - Curva de Descarga 2 - Rio Palmital. ......................................................... 198

Figura 40 - Curva de Velocidades 2 - Rio Palmital. ..................................................... 198

Figura 42 - Relação Cota x Volume - .......................................................................... 203

Figura 43 - Relação Cota x Volume - Lagoa 2. ............................................................ 203

Figura 44 - Relação Cota x Volume - Lagoa 3. ............................................................ 204

Figura 41 - Seção de entrada do canal ....................................................................... 205

Figura 45 - Altura x Vazões da Estrutura de Descarga 01. ......................................... 206

Figura 46 - Altura x Vazões da estrutura de descarga 02. .......................................... 207

Figura 47 - Altura x Vazões da estrutura de descarga 03. .......................................... 208

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8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Estruturas investigadas com coordenadas do ponto de sondagem e

profundidade atingida. ................................................................................ 26

Tabela 2 – Características das sondagens. .................................................................. 27

Tabela 3 – Tratamento superficial duplo: Granulometria e quantidades ....................... 54

Tabela 4 – Pontos de telefonia ...................................................................................... 63

Tabela 5 – Especificações materiais - centro de visitantes ........................................... 77

Tabela 6 – Especificações materiais - ANFITEATRO ................................................... 78

Tabela 7 – Especificações materiais - SANITÁRIOS .................................................... 78

Tabela 8 – Especificações materiais - CHURRASQUEIRA ........................................... 78

Tabela 9 – Especificações materiais - PRAÇAS ........................................................... 79

Tabela 10 – Composição aeradores .............................................................................. 89

Tabela 11 - Precipitações Mensais (mm) Estação SUDERHSA Prado Velho (PUC) .. 103

Tabela 12 - Estação IAPAR Pinhais ............................................................................ 105

Tabela 13 - Sondagens na área do Parque ................................................................. 108

Tabela 14 - Valores de C e de Alfa em Função da Declividade e do Tipo de Solo ..... 109

Tabela 15 - Quantidade de Água Disponível (mm H2O de solo) ................................. 110

Tabela 16 - Armazenamento de Água no Solo (AS) em Função da Evapotranspiração

Potencial Acumulada NEG (1 – EP) – Solo Argiloso ............................. 112

Tabela 17 – Balanço Hídrico ....................................................................................... 116

Tabela 18 – Vazão de recarga dos aquíferos em l/s por sub bacia na área do estudo

................................................................................................................. 117

Tabela 19 - Relação de Pontos Amostrados no Parque Ambiental Rio Palmital ......... 118

Tabela 20 – Análises Laboratoriais – parte 1 .............................................................. 120

Tabela 21 – Análises Laboratoriais – parte 2 .............................................................. 120

Tabela 22 – Informações adicionais ............................................................................ 135

Tabela 23 - Vazão de recarga nas sub-bacias do Parque Ambiental Rio Palmital ...... 137

Tabela 24 - Granulometria para Tratamento Superficial Triplo .................................... 159

Tabela 25 - Estacionamento ........................................................................................ 180

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9

Tabela 26 - Espécies recomendadas para adensamento da Área de Proteção

Permanente do Rio Palmital ..................................................................... 185

Tabela 27 - Espécies recomendadas para plantio ornamental. ................................... 186

Tabela 28 - Espécies recomendadas para formação de pomar .................................. 186

Tabela 29 - Espécies recomendadas para trepadeiras ............................................... 187

Tabela 30 - Espécies de herbáceas e forrações ......................................................... 187

Tabela 31 – Dimensionamento de galeria de águas pluviais ...................................... 190

Tabela 32 – Verificação do dimensionamento das galerias ........................................ 191

Tabela 33 – Bueiros no Parque Ambiental Palmital .................................................... 191

Tabela 34 - Parâmetros e características - Seção 1 - Rio Palmital. ............................ 196

Tabela 35 - Parâmetros e características - Seção 2 - Rio Palmital. ............................ 197

Tabela 36 – Elementos da locação das lagoas ........................................................... 200

Tabela 37 - Dados pluviométricos e vazões de projeto. .............................................. 201

Tabela 38 - Características das lagoas ....................................................................... 202

Tabela 39 - Relações de cota e volume dos reservatórios – Lagoa 1. ........................ 202

Tabela 40 – Relações de cota e volume dos reservatórios - Lagoa 2. ........................ 203

Tabela 41 - Relações de cota e volume dos reservatórios – Lagoa 3. ........................ 204

Tabela 42 – Dimensionamento da Estrutura de Descarga 1. ...................................... 206

Tabela 43 - Dimensionamento da estrutura de descarga 02. ...................................... 207

Tabela 44 - Dimensionamento da estrutura de descarga 03. ...................................... 208

Tabela 45 – Bueiros no Parque Ambiental Palmital .................................................... 210

Tabela 46 - Resultados do dimensionamento hidráulico das estruturas de lançamento

do lado direito ........................................................................................... 215

Tabela 47 - Resultados do dimensionamento hidráulico das estruturas de lançamento

do lado esquerdo ...................................................................................... 215

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10

LISTA DE MAPAS

Mapa 1 – Perímetro e dimensões .................................................................................. 21

Mapa 2 - Topografia ...................................................................................................... 25

Mapa 3 - Localização das sondagens ........................................................................... 29

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11

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AIERI – Área de Interesse Especial Regional do Iguaçu

BH – Bacia Hidrográfica

COHAPAR – Companhia de Habitação do Paraná

COMEC – Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba

ETA – Estação de Tratamento de Água

IAP – Instituto Ambiental do Paraná

PDD – Plano Diretor de Drenagem

PEI – Porcelain Enamel Institute ou Instituição Porcelana e Esmalte

PP II Vol 1 – Produto Parcial II – Volume 1 – Adequação do Estudo de Concepção

PVC – Policloreto de vinila

RMC – Região Metropolitana de Curitiba

SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná

SEOP – Secretaria de Estado de Obras Públicas

SPT – Standart Penetration Test ou Sondagem à Percussão

SUDERHSA - Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e

Saneamento Ambiental

TR – Termo de Referência

UTP – Unidade Territorial de Planejamento

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12

RESUMO EXECUTIVO

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13

RESUMO EXECUTIVO

O Projeto de Engenharia de Drenagem do Parque Ambiental Palmital se

constitui de 5 (cinco) partes, sendo elas: (i) Plano de Trabalho; (ii) Adequação do

Estudo de Concepção; (iii) Relatório Ambiental Prévio - RAP; (iv) Projeto Básico; e (v)

Projeto Executivo. Este Produto Parcial IV se refere à parte: (v) Projeto Executivo.

Com o objetivo de apresentar a etapa de projeto para a elaboração de Projeto de

Engenharia de Drenagem do Parque Ambiental Palmital, esta etapa apresenta o

Projeto Executivo, sendo a fase final de unificação do projeto da SUDERHSA e do

ECOPARANÁ. Este documento está em acordo com o Edital Tomada de Preço

03/2012, Anexo 4: Termo de Referência para Elaboração de Projeto de Engenharia de

Drenagem do Parque Ambiental Palmital.

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14

1. INTRODUÇÃO

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15

1 INTRODUÇÃO

O Projeto de Engenharia de Drenagem do Parque Ambiental Palmital

compreende o desenvolvimento de 5 (cinco) etapas de trabalho, devendo ser

apresentada uma proposta para a ampliação e melhoria do sistema de drenagem para

escoamento regular das águas pluviais e prevenção das inundações locais.

A proposta é dotar a área de infraestrutura que promova o manejo sustentável

das águas pluviais, priorizando dispositivos voltados para o amortecimento de cheias e

o aproveitamento das condições naturais do meio com a adoção de lagos, parque

linear e outros dispositivos, proporcionando lazer à população do entorno.

O futuro Parque Ambiental Palmital, situado em uma localidade denominada

Fazenda Palmital, perímetro urbano do município de Pinhais, está, segundo o Termo

de Referência (pg. 5), em uma porção de terras situada na margem esquerda da Bacia

do Rio Palmital, sendo esse manancial parte integrante da Bacia do Alto Iguaçu. A

bacia hidrográfica – BH do Rio Palmital abrange uma extensão territorial de cerca de 95

km², e localizam-se nela, na região de montante, parte do município de Colombo e na

região de jusante, parte do município de Pinhais. A delimitação da área pode ser

visualizada no mapa de situação, no próximo tópico.

Ainda segundo o TR (pg. 6), a bacia do Rio Palmital é considerada como de

interesse de abastecimento público, atualmente com captação de água efetuada

apenas no município de Colombo, na região das suas nascentes, conforme Decreto

Estadual nº 6194 de 15/10/12. O rio é afluente do Rio Iraí e está a montante da

captação de água bruta da SANEPAR, neste rio, pela adução à ETA (Estação de

Tratamento de Água) do Iguaçu. O que significa que, dependendo do esquema

operacional do sistema de captação de água bruta, a bacia do Rio Palmital poderá

constituir integralmente manancial abastecedor da RMC em épocas de estiagem

(COMEC - TR, pg.6).

Parte da bacia sofre pressão por ocupação urbana, sendo que na margem

direita, no município de Pinhais, verifica-se a presença de várias ocupações irregulares

e ocupações em áreas sujeitas a inundação. Diante disso, essa área foi definida

através de legislação estadual como Unidade Territorial de Planejamento de Pinhais –

UTP, conforme Decreto Estadual nº809/1999 (COMEC - TR, pg. 6). Destaca-se, ainda,

que não há presença de espaços livres destinados ao lazer da população nesse

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16

município, o que pretende ser sanado com a proposta de implantação de infraestrutura

e equipamentos adequados para esse fim.

1.1 SITUAÇÃO

A área do parque possui 1.241.600,00 m² em 2,2 km de comprimento por 0,8 km

de largura (Mapa 1), aproximadamente, e localiza-se no município de Pinhais, Região

Metropolitana de Curitiba – RMC (Figura 1 e 3) e abrange parte da bacia do Rio

Palmital, que integra a Bacia do Alto Iguaçu (Figura 2).

A área para implantação do futuro Parque Ambiental Palmital já se encontra

desapropriada pelo Estado do Paraná, conforme matrícula nº 00233 do Registro de

Imóveis da Comarca de Pinhais, do ano de 1998 (TR, pg. 11) e integra a Área de

Interesse Especial Regional do Iguaçu – AIERI (Figura 4), conforme Decreto Estadual

nº 3.742 de 12/11/2008.

Segundo o projeto do Parque Palmital, coordenado pelo ECOPARANÁ, a

proposta de utilização desta gleba compreende três usos distintos, descritos a seguir:

a) Área da cavalaria - Revitalização das antigas estruturas da Fazenda

Palmital adequando-a ao uso da Polícia Militar do Paraná - Setor de

Cavalaria.

b) Área de lazer - implantação de um parque de lazer que proporcione lazer

à população do entorno e preservação do meio ambiente.

c) Área de contenção de cheias - implantação de lagoas de detenção de

cheias em área concedida à extração de areia.

Esta divisão pode ser observada na Figura 5.

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17

Figura 1 – Localização do parque na RMC

Fonte: COMEC, 2012, adaptado por Concresolo, 2013.

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18

Figura 2 – Bacia do Alto Iguaçu e do Rio Palmital na RMC

Fonte: COMEC, 2012, adaptado por Concresolo, 2013.

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19

Figura 3 – Localização do Parque Ambiental Palmital

Fonte: COMEC, 2012, adaptado por Concresolo, 2013.

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20

Figura 4 – Parque Ambiental Palmital e AIERI

Fonte: COMEC, 2012, adaptado por Concresolo, 2013.

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21

Mapa 1 – Perímetro e dimensões

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22

Figura 5 – Setorização do Parque Ambiental Palmital

Fonte: COMEC, 2012, adaptado por Concresolo, 2013.

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23

2. LEVANTAMENTOS DE CAMPO

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24

2 LEVANTAMENTOS DE CAMPO

2.1 LEVANTAMENTOS PLANIALTIMÉTRICOS E TOPOGRÁFICOS

COMPLEMENTARES

A área em que está inserido o Parque Ambiental Palmital possui diversos

levantamentos topográficos e aerofotogramétricos executados em diferentes épocas,

entre os quais se destacam os produzidos pela COMEC e SUDERHSA.

Os elementos topográficos da área foram atualizados e complementados para o

presente trabalho através de levantamento das curvas de nível apresentado no Mapa

2.

A maior parte da área é caracterizada por terrenos com baixa declividade (0 a

5%) correspondendo à planície de inundação do Rio Palmital. Os terrenos mais

elevados, com declividade média da ordem de 20% que formam uma rampa de

transição para as porções mais elevadas, são encontrados no limite Leste do Parque e

correspondem às encostas da vertente ocidental do divisor de águas entre os Rios

Palmital e do Meio.

As cotas topográficas encontradas na área variam entre 879 e 892 m.

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25

Mapa 2 - Topografia

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26

2.2 SONDAGENS GEOTÉCNICAS SPT

Foram executadas 5 (cinco) sondagens percussivas com determinação de

índices penetrométricos (SPT) e coleta das amostras que objetivaram tanto o

conhecimento do substrato local quanto a obtenção de parâmetros geotécnicos que

possam subsidiar a implantação do futuro empreendimento.

Para este relatório não foi executada sondagem no ponto SP-03 devido à

dificuldade de acesso a este ponto, pois ocorreu desmoronamento da estrada de

acesso, impedindo a passagem dos equipamentos.

As sondagens executadas foram programadas considerando tanto as áreas de

implantação das estruturas necessárias como as condições de acesso aos locais

programados.

As sondagens totalizaram 75,15m lineares sondados, superando os 60m

solicitados no Edital Tomada de Preço 03/2012, Termo de Referência: Elaboração de

Projeto de Engenharia de Drenagem do Parque Ambiental Palmital.

Na Tabela 1 são apresentadas as estruturas investigadas assim como as

coordenadas do ponto sondado e a profundidade atingida.

Tabela 1 – Estruturas investigadas com coordenadas do ponto de sondagem e profundidade atingida.

SONDAGENS PROGRAMADAS E EXECUTADAS

SSP ESTRUTURA COORDENADA PROF. (m)

SUL LESTE

01 PONTE DE ACESSO 7.190.062 684.105 16,72

02 PONTE DE ACESSO 7.190.053 684.104 15,96

03 CAMINHO DE SERVIÇO sem acesso -

04 PASSAGEM LAGOAS 7.188.645 684.050 20,30

05 ESTRUTURA DE SAÍDA 7.188.831 684.971 14,30

06 ESTRUT. DE ENTRADA 7.190.097 683.733 7,87

Fonte: Concresolo, 2013.

As sondagens executadas evidenciam homogeneidade na constituição do

substrato ao longo da planície aluvionar, em que pese as modificações antrópicas e

irregularidades do possível topo rochoso.

As principais características obtidas através destas sondagens são

apresentadas na Tabela 2.

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Tabela 2 – Características das sondagens.

RESUMO DAS SONDAGENS PERCUSSIVAS EXECUTADAS

SONDAGEM Prof. atingida

(m)

Critério de paralização

Nível d´água

(m)

Profundidade da base da camada abaixo do terreno natural (m)

Aterro Sedimentos recentes Embasamento cristalino

Camada vegetal e

argila orgânica preta, de

consistência muito mole

a mole

Argila cinza, de

consistência muito mole

a mole

Areia fina, média e/ou

grossa, fofa a medianamente

compacta e compacta

Solos residuais com resquícios da rocha matriz

de consistência média a rija ou pouco a

muito compactos

SP 01 16,72

LAVAGEM

3,60 - 4,90 - 6,55 16,72

SP 02 15,96

LAVAGEM

4,70 - 5,50 - 13,70 15,96

SP 03 - - - - - - - -

SP 04 20,30

LIM. SONDAGEM

0,80 - 0,30 - 3,70 20,30

SP 05 14,30

LIM. SONDAGEM

2,35 1,00 - - 4,90 14,30

SP 06 7,87

LAVAGEM

0,80 - 1,20 2,60 3,70 7,87

Fonte: Concresolo, 2013.

Na faixa leste da área do Parque Ambiental Palmital, foram executadas 15

sondagens percussivas em 2009 pela empresa CJK Engenharia Civil LTDA para o

Serviço Social Autônomo ECOPARANÁ.

Nesta porção da área do Parque predominam sedimentos da formação

Guabirotuba e limitadas porções aluvionares.

As sondagens mais relevantes para o presente estudo são aquelas que se

localizam ao sul do destacamento da Policia Militar e paralelamente a divisa com o

Condomínio Residencial Alphaville Graciosa, correspondendo aos SP´s 08, 09, 10 e 11

daquela campanha.

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Estas sondagens, em que pese não se dispor das amostras e da interpretação

geológica, permite inferir a constituição da encosta leste da área do Parque, formadas

por sedimentos da formação Guabirotuba, com as seguintes características básicas:

nível de água da ordem de 4,00 m de profundidade;

solos residuais e/ou coluvionares argilosos vermelhos e variegados,

maduros a imaturos, de consistência mole à média, até profundidades

que variam de 6,60 a 7,95 m;

nível arenoso, possivelmente relacionado a arenito arcóseano, até

profundidades que variaram entre 9,00 e 12,50 m;

argila siltosa e/ou silte argiloso variegado a cinza, correspondente a

diferentes estágios de alteração do argilito da formação Guabirotuba, com

consistência dura a rija, até a profundidade sondada;

as sondagens atingiram entre 16,45 e 23,45m e todas foram paralisadas

por critério penetrométrico.

O Mapa 3 apresenta o posicionamento dos furos de sondagens, enquanto os

boletins de sondagem encontram-se nas Figuras 6 a 11.

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Mapa 3 - Localização das sondagens

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Figura 6 - Boletim de sondagem SP-01

Fonte: Concresolo, 2013.

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Figura 7 - Boletim de sondagem SP-02

Fonte: Concresolo, 2013.

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Figura 8 - Boletim de sondagem SP-04-A (1)

Fonte: Concresolo, 2013.

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Figura 9 - Boletim de sondagem SP-04-A (2)

Fonte: Concresolo, 2013.

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Figura 10 - Boletim de sondagem SP-05-A

Fonte: Concresolo, 2013.

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Figura 11 - Boletim de sondagem SP-06

Fonte: Concresolo, 2013.

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3. PROJETO EXECUTIVO - MEMORIAIS

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3 PROJETO EXECUTIVO - MEMORIAIS

Para efeitos de execução, o Parque Ambiental Palmital foi dividido em quatro

setores:

Setor I – Batalhão de Cavalaria da Polícia Militar (Haras);

Setor II – Projeto Palmital do ECOPARANÁ;

Setor III – Complementação Paisagística da Concresolo;

Setor IV – Lagoas de Detenção do Areal das Águas, adaptado pela

Concresolo.

Em face dos diferentes projetos ora definidos, a separação dos orçamentos

desses itens, possibilitará a contratação por lotes diferentes, caso seja necessário e a

critério da administração.

Vale ressaltar que os Setores III e IV devem ser executados em conjunto, pois

os acessos e vias de manutenção, bem como a infraestrutura básica de funcionamento

das lagoas está atrelada ao Setor III.

Em virtude da alteração dos acessos, o Setor II não pode ser executado

anteriormente ao Setor III.

A seguir serão detalhados os memoriais de cada setor. As pranchas com os

projetos e detalhamentos dos Setores I e II encontram-se no Volume 2 e dos Setores III

e IV no Volume 3. Os orçamentos estão no Volume 4.

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3.1 SETOR I – HARAS DA POLÍCIA MILITAR

O projeto do Batalhão de Cavalaria da Polícia Militar (Haras) foi mantido

conforme o projeto do ECOPARANÁ, realizado em 2004. A única alteração foi a

retirada do terreno que não pertence mais ao Parque Ambiental Palmital (vide PP II –

Adequação do Estudo de Concepção do Parque Ambiental Palmital).

3.1.1 MEMORIAL DESCRITIVO – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

a) Projeto Elétrico

O presente Memorial Descritivo fixa as diretrizes básicas para a execução das

instalações elétricas do 1º ESQUADRÃO DA POLÍCIA MONTADA PALMITAL, a ser

edificado na Estrada da Graciosa, em Pinhais - PR, bem como normaliza os materiais a

serem empregados na referida obra.

O projeto foi elaborado atendendo às recomendações das Normas Técnicas da

COPEL e Normas Brasileiras Registradas - NBR-5410. Procurou-se padronizar ao

máximo os materiais, equipamentos e acessórios utilizados, de forma a evitar custos

desnecessários de implantação e manutenção.

ENTRADA DE ENERGIA

A entrada de energia é existente, trifásica de 70 A, sendo aérea em baixa

tensão, 220/127 V, com a ampliação e reforma a entrada de energia passará para 03

entradas trifásicas de 200 A, conforme implantação, sendo a atual desativada.

A entrada de energia será subterrânea 220/127 V em baixa tensão, derivada do

poste da COPEL existente. No poste de derivação deverá ser executado descida em

baixa tensão, onde os cabos serão protegidos por eletroduto de FG de Ø3” até a caixa

de passagem 500x500x500 mm com dispositivo para lacre no base do poste, seguindo

em eletroduto de PVC rígido pesado classe “B” de Ø75 mm (3”), composto por 03

(três) condutores para fases de seção 120 mm² e 01 (um) condutor para o neutro de

seção 95 mm², tipo Pirastic Antiflan, com isolamento termoplástico para 0,6/1,0 kV

sintenax, interligando a caixa “GN” proteção geral, contendo 01(um) disjuntor

termomagnético tripolar para 200 A. Junto a caixa “GN” teremos a caixa “EN” para

instalação da medição e uma caixa para proteção parcial dos QD’s, conforme detalhe

em prancha.

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O aterramento será feito através de cabo de cobre nú de 50 mm², interligado a

haste de terra tipo COPPERWELD de Ø 19 x 3000mm, protegido por eletroduto de

PVC Ø 1” rígido pesado classe “B”, fab. TIGRE ou similar, instalada junto a mureta. O

neutro do ramal de entrada deverá ser aterrado num ponto único junto com a caixa

tipo “GN” e “EN”, a resistência de terra não deverá ser superior a 10 ohms em qualquer

época do ano.

RAMAL ALIMENTADOR DO QDG

Da saída do disjuntor tripolar de 200A, o alimentador do QDG será composto por

03 (três) condutores fase de 120 mm², 01 (um) condutor de seção 95 mm² para o

neutro, e 01 (um) condutor de seção 50 mm² para o terra, tipo PIRASTIC ANTIFLAN,

com isolamento termomagnético para 0,6/1,0 kV, fab. PIRELLI ou similar, todos

protegidos por eletroduto de PVC rígido pesado classe “B” de Ø 75 mm (3”).

RAMAL ALIMENTADOR DOS QD’S

Os ramais alimentadores foram dimensionados levando-se em conta a

capacidade de condução de corrente dos condutores e a máxima queda de tensão

admissível para o trecho, conforme quadro de cálculo de queda de tensão.

Toda tubulação subterrânea deverá ser instalada a uma profundidade mínima de

0,30m, e onde houver trânsito de veículos deverá receber envelope de concreto.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

Os quadros de distribuição estarão instalados em local de fácil acesso e com

iluminação satisfatória. Deverão ser confeccionados em chapa mínima nº 14USG, para

embutir em alvenaria, tratada adequadamente contra corrosão, completados com porta

e trinco para abertura frontal.

No interior dos quadros serão instalados barramentos de cobre eletrolítico e

disjuntores termomagnéticos, de acordo com os respectivos diagramas unifilares. Além

destes, será instalada uma barra de cobre (terra) para que todas as estruturas

metálicas normalmente não energizadas sejam aterradas. A barra de neutro deverá ser

isolada da carcaça nos QDLF's.

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40

ILUMINAÇÃO

Para iluminação interna deverão ser utilizadas luminárias com lâmpadas

incandescentes ou fluorescentes conforme indicado em planta. O comando da

iluminação deverá ser através de interruptores localizados nos próprios ambientes, ou

no interior dos quadros. A iluminação externa deverá ser composta por poste de 6,0m

de altura, com lâmpada a vapor de sódio 70W/220V e luminária tipo OVNI, conforme

projeto. O comando da iluminação será através de fotocélulas localizadas nos postes,

conforme implantação.

TOMADAS

As tomadas deverão ser do tipo 2P + T e universal 15A-125/250 V com placa da

PIAL ou similar. Deverão ser instaladas em caixas de passagem 2 x 4” a 0,30 m ou

1,10 m do piso, conforme convenções e planta específica

OUTRAS CONSIDERAÇÕES

-Toda fiação não especificada será Ø 2,5 mm² - 750 V;

-Toda tubulação não especificada será em: PVC rígido pesado Ø 3/4 classe “B”;

-Todos os diâmetros especificados são considerados diâmetros internos dos

eletrodutos;

-Toda tubulação subterrânea deverá ser instalada a uma profundidade mínima

de 0,30 m;

- Todas as partes metálicas não energizadas deverão ser aterradas;

- O disjuntor geral deverá ser adquirido de fabricante cadastrado na COPEL;

- O poste deverá ser adquirido de fabricante cadastrado na COPEL ou

construído observando-se prescrições da NTC 9-17100;

- O barramento do neutro deverá ser isolado da carcaça nos QD’s;

- Todos os reatores deverão ser de alto fator de potência, partida rápida 220

V/60 Hz e 127 V/60 Hz para a loja, da PHILIPS ou similar;

- Todas as terminações dos eletrodutos em caixas de passagem e quadros de

distribuição deverão ser através de bucha e arruela de alumínio, para maior proteção

do isolamento dos cabos;

- A resistência a terra não deverá ser superior a 10 ohms em qualquer época do

ano;

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- Todas as conexões a serem executadas nas caixas de passagem deverão ser

asseguradas por meio de conectores SPUT-BOLT e protegidas por fita de auto fusão e

isolante plástica;

- O condutor de aterramento deverá ser contínuo do neutro a haste;

- O neutro do ramal de entrada deverá ser aterrado num ponto único, junto com

as caixas “GN” e “EN”.

b) Projeto Para-raios

Em decorrência da utilização das instalações como Depósito / Trabalho, com

concentração de pessoas, de acordo com a NBR-5419 o Sistema de Proteção

contra Descargas Atmosféricas se enquadra no nível de proteção III. Em

complemento, pelo cálculo de área de exposição (Ae) e ponderações associadas, a

norma recomenda a utilização de SPDA.

O modelo de implementação de SPDA será através de gaiola de Faraday,

com a instalação de condutores de cobre nu 35 mm² dispostos sobre a cobertura

da edificação, sustentados através de suportes próprios com terminal aéreo (TAG)

e suporte guia (SGG) Gelcam. Tais condutores serão dispostos em malha,

formando quadrículas sobre a cobertura e um anel ao redor da mesma, compondo

o sub-sistema captor.

Este sub-sistema será por sua vez interligado à terra através de condutores

de cobre nu 35mm² de descida verticais, instalados junto às paredes da edificação.

Ao redor do conjunto de edificações deverá ser instalado um sub-sistema de

aterramento misto, formado por um condutor de cobre nu, seção mínima de 50

mm², enterrado a uma profundidade mínima de 50 cm, formando um anel de

aterramento e interligando diversas hastes de aterramento verticais, cravadas no

solo nos vértices da edificação. O condutor de cobre que forma o anel deve ser

instalado a uma distância mínima de um metro das fundações da edificação.

Deste modo o SPDA será composto pelo sub-sistema captor, condutores de

descida e sub-sistema de aterramento.

Os condutores de descida verticais, entre o sub-sistema captor e sub-

sistema de aterramento, serão também de cobre nu, seção mínima 35 mm²,

instalados junto à parede alvenaria.

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Entretanto desde o nível do solo até a altura mínima de 3,0 m os condutores

de descida serão protegidos por eletrodutos de PVC, diâmetro 1”, classe pesada,

os quais serão fixados na parede de alvenaria através de braçadeiras tipo cunha.

Todos os condutores de descida serão dotados de conectores de emenda

de inspeção apropriados, os quais permanecerão fechados, possibilitando no

entanto a abertura da interligação entre os sub-sistemas captor e de aterramento

para fins de inspeção e medição.

As interligações entre os diversos componentes condutores (cabos e

hastes), deverão ser executadas através de solda exotérmica, tanto as conexões

cabo-cabo como as cabo-haste. As conexões cabo-haste do sub-sistema de

aterramento deverão ser abrigadas em caixas de inspeção de dimensões mínimas

30 x 30 x 30 cm, para fins de inspeção de corrosão.

Os diversos suportes-guia e terminal aéreo do sub-sistema captor na

cobertura serão dotados de base (SGG) e colado na telha ondulada ou telha

metálica com fixador (FGG03) Gelcam. Na transição do sub-sistema captor aos

cabos de descida será utilizado suporte-guia reforçado com dois isoladores e

dotado de cantoneira para fixação no beiral.

O eletrodo de aterramento (cabo de cobre nu 50 mm²), que forma um anel

ao redor da edificação, deverá ser interligado ao anel de aterramento do próximo

bloco, sendo prevista a disposição final de um único anel ao redor dos diversos

blocos alinhados.

c) Projeto de Pavimentação – Anti-pó

Dimensionamento do pavimento

Veículos de projeto: carros de passeio e caminhões de três eixos.

VDM: 100 veículos /dia;

t: 1% - taxa de crescimento anual;

P: 10 anos – horizonte de projeto;

Pesquisa de tráfego:

- 95 % veículos de 2 eixos (carros de passeio) e

- 5% veículos de 3 eixos (eixo tandem duplo).

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Serviços preliminares

Verificação tátil e visual “in loco” do terreno a ser construído o pavimento e

análise do relatório de sondagem apresentado pela empresa CJK engenharia civil ltda.

fornecido pelo contratante com relatório de sondagem de simples reconhecimento à

percussão.

Essa sondagem teve objetivo de conhecer os tipos de solos através das

amostras retiradas de metro em metro, resistência do terreno e apontar o nível d’água.

Não foram feitos ensaios laboratoriais para identificação granulométrica do solo,

portanto o CBR do subleito foi adotado para dimensionamento por correlação dos furos

de sondagem, levando-se em conta o tipo de solo e sua resistência. O método utilizado

para o dimensionamento foi o Método DNER, manual do DNIT.

Os serviços a serem realizados pela contratada na execução do projeto, deverão

atender às necessidades de uso do pavimento, apresentação de análise do solo

através do ensaio de compactação para determinação do índice de expansão das

argilas, bem como às Normas Brasileiras vigentes e devem ser postos à apreciação da

Fiscalização, caso a expansão for acima do especificado haverá necessidade de

intervenção no subleito.

A fiscalização deverá prever um plano de manutenção corretiva e de plano de

revitalização e acioná-los sempre que identificados desgastes ou danos de qualquer

natureza ao pavimento.

Camadas da seção transversal

CAIXA DA PISTA: Largura variável conforme seção transversal.

SUBLEITO: CBR ≥ 4 %, devidamente regularizado e compactado;

esl= variável

Exp ≤ 1%

SUB-BASE: CBR ≥ 20 %, devidamente regularizado e compactado;

IG = 0

IP ≤ 12

LL ≤ 35%

Exp ≤ 1%

KS = 1

es = 40 cm

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BASE: CBR ≥ 60%, devidamente regularizado compactado;

IP ≤ 6

EA ≥ 30

Exp ≤ 0,5%

LL ≤ 25 Kb= 1

eb = 23 cm

REVESTIMENTO ANTI-PÓ

KR = 1,2

eR = 2cm

ESPESSURA TOTAL:

et= 65 cm

Serviços de base e sub-base

Definir os critérios que orientam a execução, aceitação e medição do serviço de

revestimento primário em obras rodoviárias. O revestimento primário compreende a

execução de camada granular, composta por agregados naturais ou artificiais, aplicada

sobre o reforço do subleito ou diretamente sobre o subleito compactado em rodovias

não pavimentadas, com a função de assegurar condições de rolamento e de aderência

do tráfego satisfatórias, mesmo sob condições climáticas adversas.

Materiais

Os materiais utilizados na execução do revestimento primário podem ser: saibro,

cascalho, rocha decomposta, seixo rolado ou não, pedregulho, areia, material sílico-

argilosos, subprodutos industriais, escórias, ou mistura de qualquer um deles,

obedecendo os seguintes requisitos:

- devem ser isentos de matéria orgânica, restos vegetais ou outras substâncias

prejudiciais;

- o diâmetro máximo do agregado deve ser menor ou igual a 25 mm;

- a fração retida na peneira nº 10, deve ser constituída de partículas duras e

duráveis, de difícil desagregação, resistente às ações de compactação e do próprio

tráfego;

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Valores de desgaste de abrasão Los Angeles, determinados conforme NBR NM

1, superiores a 55 são admitidos desde que se tenha conhecimento de desempenho

satisfatório de material semelhante, quando utilizado como revestimento primário;

- a fração que passa na peneira nº 10 deve ser constituída de areia natural;

- a fração que passa na peneira nº 40 deve apresentar limite de liquidez inferior

a 35% e o índice de plasticidade máximo de 7%.

Prevendo o aproveitamento do revestimento primário em pavimentação futura

como camada estrutural do pavimento, deve ser exigidos para o material CBR mínimo

de 20% e expansão máxima de 1 %, na energia intermediária ou na especificada em

projeto.

Existem algumas jazidas do tipo cascalheira de cavas que possuem em sua

composição proporções satisfatórias de materiais granulares e argila, no entanto

quando isto não ocorrer e houver necessidade de se produzir uma mistura adequada

de material granular com material argiloso, este último deve representar cerca de 20%

a 30% da mistura total.

Equipamentos

Antes do início dos serviços todo equipamento deve ser examinado e aprovado

pela fiscalização.

O equipamento básico para a execução do revestimento primário compreende

as seguintes unidades:

- caminhões basculantes;

- motoniveladora;

- trator agrícola com grade de discos ou pulvimisturador;

-caminhão-tanque distribuidor de água equipado com bomba e barra

distribuidora;

- rolo compactador estático ou vibratório do tipo liso e pé de carneiro.

Execução

A camada de revestimento primário só pode ser executada quando o subleito ou

camada de reforço do subleito estiver liberado quanto aos requisitos de aceitação de

materiais e execução. A superfície deve estar perfeitamente limpa, desempenada e

sem excessos de umidade antes da execução do revestimento primário.

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Durante todo o tempo de execução do revestimento primário, os materiais e os

serviços devem ser protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito

e de outros agentes que possam danificá-los. É obrigação da executante a

responsabilidade desta conservação

Não é permitida a execução dos serviços em dia de chuva.

Quando houver necessidade mistura de materiais, esta deve ser executada por

um dos procedimentos indicados abaixo:

Produção da mistura

i. Mistura prévia:

A mistura prévia é executada com base nos pesos secos dos materiais que a

compõe. A medida-padrão pode ser a concha da pá carregadeira utilizada no

carregamento do material.

Devem ser removidos os eventuais fragmentos de material granular com

diâmetro superior a 25 mm, raízes ou outros materiais estranhos.

Conhecidos os números da medida-padrão de cada material que melhor

reproduza a dosagem projetada, é iniciado o processo de mistura em local próximo a

uma das jazidas.

Depositam-se alternadamente os materiais, em lugar apropriado e na proporção

desejada. A mistura é então processada, revolvendo-se o monte formado com

evoluções da concha da pá carregadeira.

Para evitar erros na contagem do número de medidas-padrão dos materiais,

recomenda-se que a etapa descrita anteriormente, seja executada dosando-se um ciclo

da mistura por vez. Devem ser removidos os eventuais fragmentos de material granular

com diâmetro superior a 25 mm, raízes ou outros materiais estranhos. Após a mistura

prévia, o material é transportado, através de caminhões basculantes, depositando-se

sobre a pista em montes adequadamente espaçados. Segue-se o espalhamento pela

ação da motoniveladora.

i. Mistura na pista:

Inicialmente deve ser distribuído na pista o material que entra na composição da

mistura em maior quantidade. Segue-se o espalhamento do segundo material, em

quantidade que assegure o atendimento à dosagem e a espessura pretendidas. O

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material espalhado deve receber adequada conformação, de forma que a camada

apresente espessura constante.

Material sem mistura

Os materiais escavados devem ser transportados para local de aplicação,

descarregados e distribuídos em montes e leiras sobre o subleito. Devem ser

removidos os eventuais fragmentos de material granular com diâmetro superior a 25

mm, raízes ou outros materiais estranhos.

i. Espalhamento e homogeneização:

O material deve ser espalhado com motoniveladora de forma regular e uniforme

em toda a largura do leito, de forma tal que, após a compactação, sua espessura não

exceda 20 cm e nem seja inferior a 10 cm.

Deve-se adotar a umidade ótima para compactação, na pista e determinar

valores mínimos e máximos.

Caso o teor de umidade se apresente abaixo do limite mínimo, deve-se proceder

ao umedecimento e homogeneização do material, pela ação caminhão-tanque

distribuidor de água, grade de disco, ou escarificador da motoniveladora.

Se o teor de umidade de campo exceder ao limite superior, o material deve ser

aerado mediante ação conjunta da grade de discos ou da motoniveladora para que o

material atinja a umidade desejada.

O teor de umidade deve situar-se entre menos 2 e mais 1 ponto percentual da

umidade ótima de compactação do material.

Compactação

Na fase inicial da obra devem ser executados segmentos experimentais, com

formas diferentes de execução, na sequência operacional de utilização dos

equipamentos de modo a definir os procedimentos a serem obedecidos nos serviços de

compactação. Deve-se estabelecer o número de passadas necessárias dos

equipamentos de compactação para atingir o grau de compactação desejado. Deve ser

realizada nova determinação sempre que houver variação no material ou do

equipamento empregado.

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48

A compactação deve evoluir longitudinalmente, iniciando pelas bordas, tomando-

se o cuidado de que nas primeiras passadas o rolo compactador se apoie metade nos

acostamentos e metade na sub-base ou na base em construção. Nos trechos em

tangente, a compactação deve prosseguir das duas bordas para o centro, em

percursos equidistantes da linha base, eixo. Os percursos ou passadas do

equipamento utilizado devem distar entre si de forma tal que, em cada percurso, seja

coberta metade da faixa coberta no percurso anterior.

Nos trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação deve progredir da

borda mais baixa para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os

trechos em tangente.

Nas partes adjacentes ao início e ao fim da sub-base ou base em construção, a

compactação deve ser executada transversalmente à linha base, eixo. Nas partes

inacessíveis aos rolos compactadores, assim como nas partes em que seu uso não for

desejável, a compactação deve ser executada com rolo vibratório portátil ou sapos

mecânicos.

Durante a compactação, se necessário, pode ser promovido o umedecimento da

superfície da camada mediante emprego de carro-tanque distribuidor de água. Esta

operação é recomendada sempre que o teor de umidade estiver abaixo do limite

inferior do intervalo de umidade admitido para a compactação.

As operações de compactação devem prosseguir em toda a espessura da sub-

base ou base, até que se atinja grau de compactação mínimo de 95% em relação à

massa especifica aparente seca máxima ou o especificado em projeto, determinada no

ensaio de compactação, conforme NBR 7182, na energia normal.

Acabamento e abertura ao tráfego

O acabamento deve ser executado com motoniveladora, exclusivamente em

operação de corte, sendo vetada a correção de depressões por adição de material.

A camada deve ser aberta ao tráfego apenas após a conclusão dos serviços.

Controle

Controle dos materiais

Os materiais utilizados no revestimento primário devem ser submetidos aos

ensaios abaixo discriminados, na frequência de um ensaio a cada 1500 m² de pista.

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49

- na fração retida na peneira de nº 10, determinar a abrasão Los Angeles,

conforme NBR NM 51;

- CBR e expansão, conforme NBR 9895, na energia normal ou a especificada

em projeto, se houver previsão da utilização da camada em futura pavimentação;

- granulometria conforme NBR 7181; um ensaio a cada 1.500 m² de pista;

- determinação do limite de liquidez, conforme NBR 6459, e limite plasticidade

conforme a NBR 7180;

- na fração com diâmetro menor que 2,00 mm deve-se classificá-la de acordo

com a metodologia MCT, conforme DER/SP M 196, através dos ensaios de Mini-MCV.

Controle da execução

O controle da execução da camada deve ser realizado pelos seguintes

procedimentos:

- determinação do teor de umidade pelo método expedito da frigideira, a cada

1500 m² de pista, imediatamente antes do início da compactação; se a umidade estiver

compreendida no intervalo de –2,0 % a +1,0 % da umidade ótima, o material pode ser

liberado para compactação;

- determinação da massa específica aparente seca máxima e umidade ótima,

conforme NBR 7182, na energia de especificada, com amostras coletadas na pista; um

ensaio a cada 1500 m² de pista;

- determinação após o término da compactação da umidade e da massa

específica aparente seca in situ, de acordo com NBR 7185, e o respectivo grau de

compactação, em relação aos valores obtidos, em amostras retiradas na profundidade

de no mínimo 75% da espessura da camada; 1 determinação a cada 350 m² de pista

compactada.

Controle geométrico e de acabamento

i. Controle de espessura e cotas:

A espessura da camada e as diferenças de cotas devem ser determinadas pelo

nivelamento da seção transversal, a cada 20 m, conforme perfil no projeto.

A relocação e o nivelamento do eixo e das bordas devem ser executados a cada

20 m.

ii. Controle de Largura e Alinhamentos

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50

A largura da semi-plataforma acabada deve ser determinada por medidas à

trena, executadas pelo menos a cada 20 m.

iii. Controle do Acabamento da Superfície

O acabamento da superfície deve ser apreciado visualmente em toda a

plataforma, não se admitindo depressões que possibilitem o acúmulo de água.

Aceitação

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam

simultaneamente às exigências de materiais e de execução, estabelecidas nesta

especificação e discriminadas a seguir.

Materiais:

Os materiais são aceitos desde que:

- a fração retida na peneira de nº 10, apresente abrasão Los Angeles inferior a

55%, admitem-se valores de abrasão superiores a 55%, desde que comprovada o bom

desempenho de material semelhante em outros revestimentos primários;

- o diâmetro máximo do material seja menor ou igual a 25 mm;

- os resultados do limite de liquidez e índice de plasticidade analisados

estatisticamente para conjuntos de no mínimo 4 e no máximo 10 amostras, sejam

menores ou iguais a 35% e 7%, respectivamente;

- os resultados de CBR, calculados estatisticamente para conjuntos de no

mínimo 4 e no máximo 10 amostras, sejam maiores ou iguais a 20%;

- os resultados individuais de expansão sejam menores ou iguais a 1%.

Execução:

i. Grau de Compactação

O grau de compactação é aceito desde que os valores de grau de compactação,

analisados estatisticamente para conjuntos de no mínimo 4 e no máximo 10 amostras,

sejam iguais ou superiores a 95% ou atinjam o especificado em projeto.

ii. Geometria

Os serviços executados são aceitos, quanto à geometria, desde que:

- a variação individual de cotas e da espessura, no eixo longitudinal e das bordas

não seja superior a -2 cm a + 1,0 cm;

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51

- a variação máxima da semi-largura da plataforma admitida seja de + 0,10 m,

não se admitindo variações para menos;

- o abaulamento transversal esteja compreendido na faixa de ± 0,5 %, em

relação ao valor da inclinação de projeto.

Controle Ambiental

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos

d’água, da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os

cuidados e providências para proteção do meio ambiente, a serem observados no

decorrer da execução do revestimento primário.

Exploração de ocorrência de materiais

Devem ser observados os seguintes procedimentos na exploração das

ocorrências de materiais:

- para as áreas de apoio necessárias a execução dos serviços devem ser

observadas as normas ambientais vigentes no DENIT;

- na exploração de áreas de empréstimo, a contratada só poderá executar

escavações nas áreas previstas no projeto ou naquelas que tiverem sido projetadas e

especialmente aprovada pela fiscalização durante a construção. A exploração da área

de empréstimo somente pode ser iniciada após a obtenção da autorização ambiental,

qualquer alteração deve ser objeto de complementação;

- os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza devem ser feitos dentro

do limite da área autorizada; o material retirado deve ser estocado de forma que, após

sua exploração, o solo orgânico possa ser reutilizado na recuperação da área;

- caso seja necessário promover o corte de árvores, para instalação das

atividades, deverá ser obtida autorização dos órgãos ambientais competentes, sendo

que os serviços deverão considerar os critérios impostos pelos órgãos. Em hipótese

alguma será admitida a queima da vegetação como forma de supressão ou mesmo a

queima dos resíduos do corte: troncos e ramos;

- deve ser evitada a localização de áreas de apoio em áreas com restrições

ambientais como: reservas ecológicas ou florestais, áreas de preservação permanente,

de preservação cultural etc., ou mesmo em suas proximidades;

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- durante sua exploração, as áreas devem ser mantidas com drenagem

adequada, de modo a evitar o acúmulo de águas bem como processos erosivos;

- deve-se planejar adequadamente a exploração da área, de modo a minimizar

os impactos decorrentes e a facilitar a recuperação ambiental da área, que deve ser

executada tão logo esteja concluída a exploração.

Execução

Durante a execução devem ser conduzidos os seguintes procedimentos:

- deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as

normas pertinentes aos serviços;

- deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para

evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

- caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-

se proceder o cadastro de acordo com a legislação vigente;

- as áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser

devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de

lubrificantes ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas

devem ser recuperadas ao final das atividades;

Critérios de medição e pagamento

O serviço é medido em metros cúbicos de camada acabada, cujo volume é

calculado multiplicando-se as extensões obtidas a partir do estaqueamento pela área

da seção transversal de projeto.

O transporte dos materiais utilizados não é medido em separado, para fins de

pagamento, seu custo já se encontra incluso no preço unitário do revestimento

primário.

O serviço recebido e medido da forma descrita é pago conforme o respectivo

preço unitário contratual, no qual está incluso: o fornecimento de materiais, perdas,

carga e transporte até o local de aplicação, descarga, espalhamento, mistura,

umedecimento, homogeneização, compactação e acabamento, abrangendo inclusive a

mão de obra com encargos sociais, BDI e equipamentos necessários aos serviços,

executados de forma a atender ao projeto e às especificações técnicas.

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DESIGNAÇÃO UNIDADE

Revestimento Primário m³

i. Espalhamento e Homogeneização

O material deve ser espalhado com motoniveladora de forma regular e uniforme

em toda a largura do leito, de forma tal que, após a compactação, sua espessura não

exceda 20 cm e nem seja inferior a 10 cm.

Deve-se adotar a umidade ótima para compactação na pista e determinar

valores mínimos e máximos.

Caso o teor de umidade se apresente abaixo do limite mínimo, deve-se proceder

ao umedecimento e homogeneização do material, pela ação caminhão-tanque

distribuidor de água, grade de disco, ou escarificador da motoniveladora.

Se o teor de umidade de campo exceder ao limite superior, o material deve ser

aerado mediante ação conjunta da grade de discos ou da motoniveladora para que o

material atinja a umidade desejada.

O teor de umidade deve situar-se entre menos 2 e mais 1 ponto percentual da

umidade ótima de compactação do material.

Serviços de Anti-pó (TSD)

O tratamento anti-pó duplo compreende a execução de camada de material

compactada sobre a superfície de estradas não pavimentadas, com a aplicação de

emulsão derivada de xisto betuminoso recoberto por agregado miúdo, areia grossa ou

pó de pedra, formando uma capa selante.

Esta camada de rolamento tem como principais finalidades impermeabilizar a

base e evitar a geração de poeira e de lama. A técnica deve ser utilizada somente para

vias de baixo volume de tráfego.

Materiais

Materiais asfálticos:

Devem ser empregada emulsão asfáltica RR-1C e imprimação CM-30.

Tratamento superficial duplo para atender a espessura projetada.

Cimento asfáltico CAP 150/200

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Agregado:

Deve constituir-se por areia ou pó de pedra e pedrisco britado, apresentando

partículas sãs, limpas e duráveis, livres de torrões de argila e outras substâncias

nocivas. Deve atender aos seguintes requisitos:

- o material que originou-se o agregado miúdo deve apresentar desgaste

abrasão Los Angeles igual ou inferior a 50%, conforme NBR NM 51;

- o material que originou o agregado miúdo deve apresentar perdas inferiores a

12% na avaliação da durabilidade com sulfato de sódio em cinco ciclos, conforme

DNER ME 089;

- equivalente de areia do agregado miúdo superior a 5%, conforme NBR 12052;

- quando for utilizada a areia de origem natural, ou resultante de britagem de

rocha deve apresentar grãos que passem pela peneira de 4,8 mm e fiquem retidos na

peneira de 0,075 mm.

- atender a seguinte granulometria e quantidades (ver tabela abaixo).

Tabela 3 – Tratamento superficial duplo: Granulometria e quantidades

Peneiras #

Porcentagem que passa

(“) (mm) Agregado graúdo Agregado miúdo

1 ½ 38,1 100 -

1 25,4 90 – 100 -

¾ 19,1 30 – 60 100

½ 12,7 0 – 10 90 – 100

3/8 9,52 - 40 – 70

Nº 4 4,76 0 – 2 20 – 60

Nº 8 2,38 - 0 – 10

Nº 100 0,149 - 0 – 2

Quantidades: Agregado (kg/m²) Asfalto (l/m²)

1ª camada: 24 a 27 1,8 a 2,3

2ª camada: 12 a 13 1,9 a 2,1

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Equipamentos

Antes do início da execução dos serviços todos os equipamentos devem ser

examinados e aprovados pela fiscalização. Os equipamentos básicos para a execução

do tratamento anti-pó compreendem as unidades:

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- equipamento aspargidor, equipado com aspargidor manual e barras de

distribuição;

- caminhão irrigador, equipado com barra distribuidora;

- rolos compactadores;

- réguas de madeira ou metal, com arestas vivas de 3 m e 1,2 m de

comprimento;

- distribuidor de agregados autopropelido.

Execução

A superfície que irá receber o tratamento anti-pó deve ser previamente

regularizada, umedecida e compactada, de acordo com a especificação de preparo e

melhoria do subleito. A superfície deve se apresentar livre de materiais soltos e deve

receber prévia liberação da fiscalização para aplicação da emulsão. A declividade

transversal da pista deve estar entre 2% a 3% para permitir o perfeito escoamento

superficial.

Aplicação da emulsão:

Primeira aplicação da emulsão:

- a emulsão deve ser aplicada de uma vez, em toda a largura da faixa a ser

tratada, de modo uniforme;

- a primeira pintura de emulsão deve ser na taxa de 1,0 l/m² a 1,5 l/m²; a taxa de

aplicação da emulsão deve ser ajustada na obra em função do tipo de solo do subleito,

argiloso ou arenoso;

- durante a aplicação devem ser corrigidas, imediatamente, as falhas

decorrentes falta da emulsão.

i. Segunda aplicação da emulsão e distribuição de agregado:

- após o período de penetração da emulsão e cura, que é de máximo 4 horas,

deve ser aplicada a segunda pintura de emulsão, com taxas de 1,0 l/m² a 1,5 l/m²,

seguido da distribuição do agregado;

- a taxa de aplicação do agregado deve ser de 6 kg/m²;

- após a aplicação do agregado miúdo, deve-se verificar cuidadosamente a

homogeneidade de espalhamento, promovendo-se a correção das falhas eventuais,

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56

tanto de falta quanto de excesso de material; a aplicação do agregado deve ser

executada com equipamento apropriado;

- deve-se evitar o excesso de agregado miúdo durante a operação de

espalhamento.

Executar o mesmo procedimento para a segunda camada do tratamento

superficial duplo.

ii. Compactação da camada:

- em seguida deve-se proceder à rolagem da camada com a utilização exclusiva

do rolo pneumático;

- a compactação da camada deve ser executada no sentido longitudinal,

iniciando no lado mais baixo da seção transversal e progredindo no sentido do lado

mais alto;

- o percurso ou passadas do equipamento utilizado deve distar entre si de forma

tal que, em cada percurso, seja coberta metade de faixa do percurso anterior;

- deve-se aguardar o tempo de cura da emulsão na camada compactada durante

24 horas.

O acabamento final da camada deve estar em conformidade com o projeto, no

que diz respeito ao alinhamento e declividade transversal.

Abertura ao tráfego

O tráfego não deve ser permitido após a aplicação da emulsão ou do agregado.

Preferencialmente, o tráfego de veículos deve ser liberado 24 horas após a

conclusão dos serviços.

É proibida a liberação do tráfego nas primeiras 4 horas. Recomenda-se evitar a

liberação do tráfego nas 24 horas iniciais.

Controle

Controle dos materiais

i. Emulsão anti-pó

Todo carregamento de emulsão anti-pó que chegar à obra deve vir

acompanhado do certificado de qualidade do produto, identificando: responsável

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técnico, procedência, tipo de produto, quantidade e suas características conforme a

sua especificação.

ii. Agregado miúdo

O agregado miúdo utilizado no tratamento anti-pó deve ser submetido aos

ensaios abaixo discriminados, na frequência indicada:

- um ensaio de abrasão Los Angeles, conforme NBR NM 51, com o material que

deu origem ao agregado miúdo, no início dos trabalhos ou quando houver variação na

natureza do material, coletado na pedreira;

- um ensaio de durabilidade com sulfato de sódio em cinco ciclos, conforme

DNER ME 89, com o material que deu origem ao agregado miúdo no início dos

trabalhos ou quando houver variação na natureza do material, coletado na pedreira;

- um ensaio de equivalente de areia para cada carregamento que chegar à obra,

conforme NBR 12052;

- granulometria do agregado, conforme NBR NM 248; dois ensaios de

granulometria, conforme NBR NM 248 por jornada de 8 horas de trabalho, em amostras

coletadas na pista.

Controle da execução

i. Controle da aplicação da emulsão anti-pó

O controle da aplicação consiste em:

- controle visual da uniformidade da aplicação do ligante asfáltico;

- uma determinação da taxa da emulsão anti-pó, em l/m², para cada faixa de

espargimento, a cada 1500 m² de aplicação, mediante a colocação de bandejas cujo

peso e área sejam conhecidos na pista onde está sendo feita a aplicação; a tolerância

admitida na taxa de aplicação é de ± 0,2 l/m².

ii. Controle da aplicação do agregado mineral

Deve-se executar no mínimo uma determinação da taxa de agregado para cada

1500 m2, por intermédio de bandejas. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ±

1,5 kg/m².

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Controle geométrico e de acabamento

A verificação do eixo e das bordas deve ser feita durante os trabalhos de

locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação, a

cada 20 m.

i. Controle de largura e alinhamento

A verificação do eixo e das bordas deve ser feita durante os trabalhos de

locação nas diversas seções correspondentes das estacas. A largura da plataforma

acabada deve ser determinada por medidas à trena, executadas, pelo menos, a cada

20 m.

ii. Abaulamento transversal

O abaulamento transversal deve ser determinado pelo nivelamento da seção

transversal, a cada 20 m, conforme perfil de projeto.

iii. Controle do acabamento da superfície

As condições de acabamento geral da superfície devem ser apreciadas pela

fiscalização em bases visuais. Em cada estaca da locação, o controle de acabamento

da superfície deve ser feito com auxílio de duas réguas, uma de 3 m e outra de 1,2 m,

colocadas, respectivamente, em ângulo reto e paralelamente ao eixo da pista.

Aceitação

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam

simultaneamente as exigências de materiais e de execução, estabelecidas nesta

especificação e discriminadas a seguir.

Materiais

i. Emulsão anti-pó

A emulsão anti-pó é aceita se atender aos requisitos conforme a especificação

do produto utilizado fornecido pelo produtor antecipadamente.

ii. Agregados

Os agregados são aceitos desde que:

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- os resultados individuais de abrasão Los Angeles e durabilidade do agregado

que deu origem ao agregado miúdo atendam o estabelecido no item Materiais -

Agregado;

- os resultados individuais de granulometria do agregado se mantenham

constantes, e quando tratar-se areia atenda ao especificado no item Materiais -

Agregado.

Execução

i. Quantidade da emulsão anti-pó e quantidade de agregado mineral

A quantidade total da taxa de aplicação do material asfáltico, determinada

estatisticamente pelo controle bilateral, deve estar compreendida no intervalo de ± 0,2

l/m² em relação à de projeto.

A quantidade total do agregado mineral, determinada estatisticamente pelo

controle bilateral, deve situar-se no intervalo de ± 1,5 kg/m² em relação à taxa de

projeto.

O lote de cada sub-trecho analisado deve ser composto de no mínimo 4 e no

máximo 10 determinações.

Quando ocorrer variação para mais na taxa de agregado mineral, é necessário

que a quantidade de ligante também seja acrescida, em proporção equivalente.

ii. Geometria e acabamento

Os serviços executados são aceitos quanto à geometria e acabamento, desde

que atendidas as seguintes condições:

- quanto à largura da plataforma: não se admitem valores inferiores aos previstos

para a camada, permitindo-se a tolerância de ±10 cm;

- a variação da superfície entre dois pontos quaisquer, verificada com as duas

réguas, não deve exceder 0,5 cm;

- o abaulamento transversal deve estar compreendido na faixa de ± 0,5%, em

relação ao valor da inclinação de projeto, não se admitindo depressões que

possibilitem o acúmulo de água.

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Controle Ambiental

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos

d’água, da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os

cuidados e providências para proteção do meio ambiente, a serem observados no

decorrer da execução do tratamento anti-pó.

Exploração de ocorrência de materiais

Os seguintes procedimentos devem ser tomados na exploração das ocorrências

de materiais:

- para as áreas de apoio necessárias as execuções dos serviços devem ser

observadas as normas ambientais vigentes no DNIT/PR;

- o material somente será aceito após a executante apresentar a licença

ambiental de operação da pedreira e areal;

- não é permitida a localização da pedreira e das instalações de britagem em

área de preservação permanente ou de proteção ambiental;

- não é permitida a exploração de areal em área de preservação permanente ou

de proteção ambiental;

- deve-se planejar adequadamente a exploração dos materiais, de modo a

minimizar os impactos decorrentes da exploração e facilitar a recuperação ambiental

após o término das atividades exploratórias;

- caso seja necessário promover o corte de árvores, para instalação das

atividades, deve ser obtida autorização dos órgãos ambientais competentes; os

serviços devem ser executados em concordância com os critérios estipulados pelos

órgãos ambientais constante nos documentos de autorização. Em hipótese alguma,

será admitida a queima de vegetação ou mesmo dos resíduos do corte: troncos e

arvores.

- devem-se construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação

para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da

brita, evitando seu carreamento para cursos d’água;

- caso os agregados britados sejam fornecidos por terceiros, deve-se exigir

documentação que ateste a regularidade das instalações, assim como sua operação,

junto ao órgão ambiental competente;

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61

- instalar sistemas de controle de poluição do ar, dotar os depósitos de

estocagem de agregados de proteção lateral e cobertura para evitar dispersão de

partículas, dotar o misturador de sistema de proteção para evitar emissões de

partículas para a atmosfera.

Emulsão anti-pó

A estocagem da emulsão anti-pó e agregados deve ser feita em local pré-

estabelecido e controlado.

Caso seja necessária a instalação de canteiro de obras, este deve ser

cadastrado conforme a legislação vigente.

- os locais de estocagem e estacionamento de caminhões tanques devem ser

afastados de cursos d’água, vegetação nativa ou áreas ocupadas;

- no local de estacionamento e manutenção dos caminhões tanques devem ser

instalados dispositivos para retenção de pequenos vazamentos;

- os tanques de emulsão devem ser instalados dentro de tanques periféricos

para retenção do produto em casos de vazamentos;

- os silos de estocagem de agregados devem ser dotados de proteções laterais

para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento;

- manter em boas condições de operação todos os equipamentos do processo e

de controle;

- a área de estocagem, estacionamento, manutenção de equipamentos devem

ser recuperadas ambientalmente quando da desmobilização das atividades.

Execução

Durante a execução devem ser observados os seguintes procedimentos:

- deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as

normas pertinentes aos serviços;

- executar os serviços preferencialmente em dias secos, de modo a evitar o

arraste da emulsão ou cimento asfáltico pelas águas da chuva para cursos de água;

- deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para

evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

- caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-

se proceder o cadastro de acordo com a legislação vigente;

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62

- as áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser

devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de

lubrificantes ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas

devem ser recuperadas ao final das atividades;

- todos os resíduos de lubrificantes ou combustíveis utilizados pelos

equipamentos, seja na manutenção ou operação dos equipamentos, devem ser

recolhida em recipientes adequados e dada à destinação apropriada;

- é proibido à deposição irregular de sobras de materiais utilizado tratamento

anti-pó junto ao sistema de drenagem lateral, evitando seu assoreamento, bem como o

soterramento da vegetação;

- é obrigatório o uso de EPI’s - equipamentos de proteção individual, pelos

funcionários.

Critérios de medição e pagamento

O serviço é medido em metros quadrados de camada acabada, conforme

projeto.

O serviço recebido e medido da forma descrita é pago conforme o respectivo

preço unitário contratual, no qual está incluso: fornecimento, transporte e

armazenamento da emulsão anti-pó e agregado, transporte dos materiais até os locais

de aplicação, espalhamento, compactação e acabamento; abrangendo inclusive a mão

de obra com encargos sociais, BDI e equipamentos necessários aos serviços,

executados de forma a atender ao projeto e às especificações técnicas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

Tratamento Anti-pó m²

d) Projeto de Telefonia

O projeto procurou atender às recomendações de Normas Técnicas da

Concessionária de Energia Elétrica local e Normas Brasileiras Registradas -

NBR-5410. Além disso, procurou-se padronizar ao máximo os materiais,

equipamentos e acessórios a serem utilizados, de forma a evitar custos

desnecessários de implantação e manutenção, garantindo a confiabilidade no

sistema.

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Descrição geral do projeto

Está prevista a seguinte utilização dos pontos:

Tabela 4 – Pontos de telefonia

Guarita 3 pontos

Tribuna 9 pontos

Esquadrão 8 pontos

Depósito 3 pontos

Veterinária 3 pontos

Alojamento 4 pontos

Baia 1 4 pontos

Residências 5 pontos

Fax 1 ponto

Rack 1ponto

Total de pontos 41 pontos

Fonte: ECOPARANA, 2009.

A tubulação de entrada será de 2x Ø50 mm (2”) interligando a caixa de entrada

subterrânea tipo R2, com tampa de ferro, até o Distribuidor Geral nº 4, de 600x600x120

mm, instalado no Esquadrão. Deverá ser deixado arame guia de aço galvanizado de

seção 2,0 mm² em toda tubulação primária. A tubulação secundária será de PVC

rígido pesado com Ø50 mm (2”), sendo utilizados cabos tipo CCE - 2 pares, instalações

internas e externas e cabo tipo CPT-APL para instalação externa, conforme

implantação.

O aterramento dos quadros será através de cabo de cobre nu de 10 mm²

protegido por eletroduto de PVC rígido pesado de diâmetro 19 mm (3/4”), com haste de

terra Copperweld Ø 19 x 3000 mm, em caixa 300x300x300 mm de alvenaria, com

tampa de concreto e dreno. O aterramento de telefone deverá distar no mínimo 5,0 m

de qualquer outro aterramento e ser inferior a 10 ohms em qualquer época do ano.

Não está prevista utilização de nenhum equipamento de PABX ou KS.

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Circuito fechado de televisão (CFTV)

As instalações de CFTV estão divididas em três áreas distintas:

1 - sistema de captação de imagem;

2 - sistema de cabeamento e interligação;

3 - sistema de gerenciamento e monitoração.

O sistema de captação e gravação de imagens será para uso em regime

contínuo, 24 horas por dia, 365 dias por ano. Deve, portanto ser adequado a esta

finalidade.

Sistema de captação de imagem

O sistema de captação a ser fornecido, será constituído das câmeras (a

quantidade de câmeras está definida na planta CFTV) distribuídas pela dependência.

Serão utilizadas câmeras de vídeo coloridas, tecnologia CCD, para lente de diâmetro

1/3”, aceitando montagem de lente tipo C ou CS, resolução horizontal mínima de 420

linhas, relação sinal/ruído mínima de 48 dB, sensibilidade mínima de 0,3 lux, faixa de

controle automático de ganho de 30 dB, sincronismo interno ou via linha, saída

compatível para lente tipo auto-íris, saída de vídeo tipo BNC - 75 ohms.

Na câmera o sensor de imagem (CCD) deve ter sensibilidade espectral mínima

dentro dos limites: inferior - 400 nm; superior - 900 nm. A câmera deve possibilitar a

compensação interna às variações da iluminação através de CCD íris com ajuste

ON/OFF. Além disto, deve ter compensação de back light e obturador eletrônico.

As câmeras devem ser à prova de choque e vibração, para uso interno, tensão

de alimentação de 12 VCC, 60 Hz, com suportes de fixação articulados para

direcionamento do campo visual. As câmeras serão fixas, instaladas conforme projeto.

Os suportes devem ser metálicos, em ferro galvanizado, pintados na cor cinza ou

conforme solicitado pela fiscalização, com pintura eletrostática, para ajuste manual

(mecânico ) com deslocamento de 360º na horizontal e 90º na vertical.

As câmeras deverão ser numeradas sequencialmente, conforme projeto,

coincidindo com a numeração de saída do seletor de gerenciamento, com distância

focal conforme projeto. As câmeras terão lentes do tipo “íris” ajustáveis

automaticamente.

Serão utilizadas caixas de proteção para as câmeras, contra poeira, manuseio

indevido, etc., nos locais indicados em projeto ou conforme a necessidade apontada

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pela fiscalização. Cada câmera deve ter o foco ajustado pelo instalador durante a fase

de testes iniciais para aceitação.

Cabeamento e alimentação

Cada câmera deverá ser atendida por cabo de comunicação exclusivo, do tipo

coaxial, impedância característica de 75 ohms, tipo RG59U para uso interno e cabo de

rede UTP capa dura não blidado para uso externo, desde o DVR na sala de

monitoração, utilizando conectores BNC. Cada cabo deve ser exclusivo, não se

admitindo uso de conexões intermediárias ou derivadores tipo “T”. Cada grupo de 8

câmeras será alimentada por cabo tipo Cordplast 3 x 1,5mm² (fase + neutro + terra)

para alimentação de energia em 12 VCC. Cada cabo deverá partir de conectores

instalados em rack junto ao DVR.

Todos os cabos, seja de sinal ou de energia, devem ser devidamente

identificados com o número da câmera que atende, com anilhas plásticas numeradas

(Ex.: CFTV, etc.), junto a régua de bornes no rack e no equipamento.

O cabeamento deve ser instalado no interior de sistema de eletrocalhas,

perfilados e eletrodutos de PVC rígido, de acordo com a distribuição e dimensões

dadas nas plantas.

A resistência máxima de cada cabo coaxial, desde o monitor até cada câmera,

deve ser menor que 15 ohms. Se isto não for possível deve ser utilizado cabo com

menor valor de resistência distribuída (tipo RG6/1). A bitola mínima para eletrodutos é

de ¢3/4”.

Para atendimento das câmeras, deve ser instalado um transformador com

tensão de entrada 110 VAC, saída 12 VCC, potência nominal mínima de 500 VA,

conforme detalhes e diagramas detalhados nas plantas. Para conexão dos

alimentadores das câmeras deverá ser montada uma régua de bornes, derivada da

saída deste transformador.

Gerenciamento e monitoração

Os equipamentos de Gerenciamento / Monitoração ficarão todos posicionados

em rack metálico à ser fornecido / instalado pela Contratada, posicionado na sala de

equipamentos conforme indicado em cada um dos locais de instalação, com estrutura e

dimensões necessárias à acomodação, ventilação necessária para seu perfeito

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funcionamento, segurança contra arrombamento e suportação de todos os

equipamentos.

O sistema de gravação digital deve permitir monitoração manual ou automática

de todas as câmeras, sequencialmente, com ajuste de tempo de exibição de 1 à 60

segundos, através de controle individual para cada câmera. Deve possuir recursos de

sincronismo entre câmeras, gravador e monitor, não permitindo instabilidade na

imagem quando da comutação das diversas câmeras.

O sistema de gravação digital deve permitir diversos formatos de visualização

das câmeras no monitor, como por exemplo, a simultaneidade, tela cheia individual,

tela repartida, etc; com possibilidade de congelamento de imagem, sem afetar a

condição de gravação permanente de “todas” as câmeras do sistema. Esta codificação

dos formatos para o monitor deve ser também permitida para a gravação, bem como

deve ser possível decodificar os formatos a partir da fita gravada.

Outras considerações

A instalação do sistema de CFTV deve ser feita por instaladores especializados,

com experiência comprovada e deverão ser previamente submetidos à fiscalização de

SEOP.

Os cabos coaxiais e tipo Cordplast deverão ser identificados através de anilhas

plásticas e quando aparentes (na ligação às câmeras ou dentro de rack) deverão ser

providos de amarração com espiral de PVC. Os condutores de energia deverão seguir

o seguinte código de cores:

Fase - vermelho

Neutro - azul

Terra - verde

As conexões dos condutores aos componentes elétricos devem ser feitas por

meio de terminais de compressão apropriados. Nas ligações devem ser empregadas

arruelas lisas de pressão ou de segurança (dentadas), além dos parafusos e/ou porcas

e contra porcas, onde aplicáveis. No caso de dois condutores ligados a um mesmo

terminal (ou borne), cada condutor deve ter seu terminal.

Será obrigatória a instalação de prensa-cabos em toda passagem de cabos por

furos em caixas onde haja a necessidade de pós fixação dos condutores, evitando o

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contato com rebarbas metálicas. Na junção dos eletrodutos, luvas e conduletes

deverão ser eliminadas rebarbas internas. Em todos os lances de eletroduto deve ser

deixado guia de arame 18 AWG.

A listagem de materiais constante do presente memorial, define o tipo e

especificação de todos os materiais a serem utilizados, podendo utilizar-se

equivalentes, desde quer apresentem características de similaridade.

Para esclarecer detalhes de instalação, distribuição e materiais a serem

empregados na edificação, ver desenhos, notas e Listagem de Materiais que constam

no projeto. Todas as notas e especificações de materiais constantes dos desenhos

complementam esta Especificação de Serviços e a listagem de materiais, devendo ser

observada e cumprida.

O instalador, no final da execução, deve testar o sistema e todos os seus

recursos, com diversas condições de luminosidade. Deverá ainda realizar treinamento

com grupo de funcionários da empresa contratante, a ser definido pela fiscalização,

contando de: curso teórico, com material didático / manuais curso prático, com

operação de todo o sistema. O instalador, no final da execução, deve providenciar o

projeto “AS BUILT”, com as devidas correções sobre o projeto original, através do

fornecimento de jogo de cópias e do arquivo eletrônico gerado em CAD. Sobre todos

os produtos e a execução do CFTV o instalador contratado deve fornecer garantia

mínima de 2 anos.

3.1.2 DESENHOS

As pranchas com as plantas, os cortes e os detalhes estarão no Volume 2 –

Setores I e II.

3.2 SETOR II – PARQUE PALMITAL DO ECOPARANÁ

Em 2009, a equipe de profissionais do escritório Mirna Cortopassi Lobo

Arquitetura foi contratada para a elaboração do projeto executivo do Parque Ambiental

Rio Palmital. Os contratantes do projeto foram o Serviço Social Autônomo

ECOPARANÁ e a Secretaria Estadual de Obras Públicas do Paraná - SEOP.

O acesso principal deste projeto se daria diretamente através da Estrada da

Graciosa, que só seria possível com a construção de uma ponte sobre um córrego que

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separa a estrada da área do Parque. Logo após esse acesso estava previsto um

estacionamento com capacidade para 308 vagas para veículos, 4 vagas para PNE, 5

vagas para ônibus e 13 vagas para motocicletas. Existia também um acesso para

pedestres e ciclistas até a outra margem do Rio Palmital, permitindo, assim, a conexão

desse parque com o parque de Pinhais projetado pela COHAPAR.

A principal edificação que o projeto do ECOPARANÁ contempla é o Centro de

Visitantes que tem como programa os espaços: centro cultural, lanchonete, laje jardim,

espelho d’água, terraço no pavimento térreo e deck no pavimento superior.

O partido do projeto tem a água como elemento principal e essa está presente

em muitos equipamentos. O projeto do parque prevê churrasqueiras, sanitários, uma

praça principal e lagos com aeradores que serão formados a partir de lagos já

existentes no local e através da drenagem do próprio terreno. A composição hídrica do

projeto ainda contempla um espelho d’água e uma wetland de caráter educacional.

O projeto do Setor II será mantido tal como foi projetado pelo ECOPARANÁ. As

únicas alterações são o acesso principal do parque e estacionamento, a remoção da

ponte de acesso e do portal de boas-vindas. O memorial descritivo do projeto encontra-

se descrito nos próximos itens.

No memorial elaborado pela ECOPARANA em 2009, o Parque Ambiental Rio

Palmital conta com as seguintes intervenções:

Centro de visitantes

O Centro de Visitantes com área construída de 314,84 m², localizado no setor

leste do parque, conta com o seguinte programa:

Centro cultural

Lanchonete

Laje jardim

Espelho d’água

Terraço (pavimento térreo)

Deck pavimento superior

O Centro de Visitantes, através de sua laje jardim, integra o circuito de águas

que alimenta os lagos e o espelho d’água projetados.

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Praça principal

Com características de sinuosidades de desenho integradas à paisagem, é

composta por distintos ambientes de permanência e contemplação e situa-se no

enclave dos lagos e espelho d’água projetados. Possui uma fonte, bancos e pérgula

em madeira, que guardam diálogo de tratamento com o entorno. O espelho d’água é a

caixa de passagem entre os Lagos 01 e 02 projetados. A Praça principal está

localizada adjacente ao deck em madeira sobre o Lago 01.

Lagos

Foram projetados dois lagos que serão formados por águas do Lago existente

01. No setor leste do parque existem dois lagos, sendo um deles formado através de

drenagem superficial do próprio terreno e nascente e outro da drenagem do campo de

golfe do condomínio Alphaville, que conduz a água ao lago através de caixa de vista da

drenagem tubulada a montante do mesmo. O Lago 01 possui área de 6.000m² e o

Lago 2 3.240m². Ambos possuem aeradores, sendo o primeiro com jatos mais altos

para privilegiar o aspecto lúdico/paisagístico e o segundo com jatos mais baixos, com

características de aerador, preservando seca, a circulação das bolachas do Lago 02.

Espelho d’ água

Possuindo 526 m², o espelho d’água anexo à praça principal, integra o circuito

hidrológico do Parque ligando-se aos Lagos 01 e 02 através de canaletas que em

desnível, permitem a renovação de sua água.

Churrasqueiras

Possui 13 churrasqueiras cobertas e equipadas, distribuídas no setor leste do

parque, em região seca e em aclive.

Sanitários

Também localizados no setor leste, próximos as churrasqueiras, possuem

sanitários adaptados para Portadores de Necessidades Especiais.

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Wetland

Com caráter educacional, situa-se no setor leste do parque, e é dotada de

vegetação aquática característica de áreas úmidas.

Circulações internas

O parque é dotado de circulações de pedestres e de ciclovias, permitindo

amplos percursos. As ciclovias, localizadas em nível superior ao dos lagos, possuem

rampas suaves.

3.2.1 MEMORIAL DESCRITIVO – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

a) Projeto arquitetônico

Este Memorial Descritivo tem por objetivo estabelecer requisitos técnicos, definir

materiais a utilizar e normatizar a execução das edificações (Churrasqueiras,

sanitários, Centro de Visitantes), auditório e praças do Parque Ambiental do Rio

Palmital a serem edificados em terreno de propriedade do Governo do Estado,

localizado no município de Pinhais, PR.

Este Memorial se refere aos seguintes equipamentos e edificações a serem

construídos no Parque Palmital:

Churrasqueira 32,38 m² x 14

Sanitários 85,03 m²

Centro de Visitantes:

Pavimento térreo 244,11 m²

Pavimento superior 70,12 m²

Áreas externas: 321,60 m²

Praça 01 1274,97 m²

Praça 02 502,22 m²

Anfiteatro 478,30 m²

Este documento é complementar as informações e especificações do projeto

arquitetônico desenvolvido e tem a função de propiciar a perfeita compreensão. Todos

os materiais e processos de aplicação especificados neste documento obedecem às

recomendações da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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Os materiais de fabricação exclusiva serão aplicados, quando for o caso, e

quando omisso neste memorial, de acordo com as recomendações e especificações

dos fabricantes e fornecedores dos mesmos. Os materiais a serem empregados devem

ser da melhor qualidade, obedecendo rigorosamente à especificação, inclusive na sua

aplicação.

Serviços preliminares e gerais

Instalação do canteiro de obras e instalações provisórias

Definido o canteiro de obras, acesso e isolamento (tapume), deverá ser feita a

instalação dos abrigos provisórios e alojamento, onde deverão ser executadas as

instalações provisórias de água e luz de acordo com as concessionárias locais. Para

início da obra dever-se-á realizar a limpeza superficial do terreno, retirando-se todo o

material que não possa ser utilizado para as regiões de aterro.

Para execução deste serviço, deverá ser efetuada a remoção dos entulhos e em

todos os serviços complementares referentes a esse trecho.

Locação da obra e tapumes

A locação será executada com teodolito e nível, esta terá de ser global, sobre

um ou mais quadros de madeira (gabaritos), que envolvam o perímetro das

edificações. As tábuas que compõem esses quadros precisam ser niveladas, bem

fixadas e travadas, para resistirem à tensão dos fios de demarcação, sem oscilar nem

fugir da posição correta. A obra deverá ser locada conforme implantação do projeto de

arquitetura e confirmada pelos projetos complementares.

Deverá ser procedida a aferição das dimensões, dos alinhamentos, dos ângulos

e de quaisquer outras indicações constantes do projeto com as reais condições

encontradas no local.

Os tapumes serão executados com chapas de madeira novas e inteiras,

obedecidas, rigorosamente as exigências da municipalidade local e o prescrito a seguir.

Os tapumes, quando não especificados de modo diverso, terão 2,20 m de altura

e acompanharão o caimento natural do terreno. Serão construídos com chapas de

madeira compensada, de 2,20 x 1,10 m com 10 mm de espessura.

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Os montantes e travessas serão constituídos por peças de madeira com seção

de 5 x 6 cm. Os montantes serão espaçados entre si 110 cm, de eixo a eixo. Levarão

rodapés e fechamento de tábuas.

Portões, portas e alçapões para descarga de materiais serão executados com as

mesmas chapas devidamente estruturadas. Todo tapume, inclusive os rodapés

receberão pintura protetora esmalte sintético, externamente, nas cores definidas pela

contratante.

Movimento de terra, Fundações e Estrutura de concreto armado O terreno será nivelado através de cortes e aterros, atendendo o projeto de

terraplenagem. O reaterro das valas e o aterro de nivelamento para a base de

contrapiso deverá ser executado de forma a se obter uma boa compactação do terreno,

através de apiloamento com camadas sucessivas conforme especificações constantes

no projeto de pavimentação.

As fundações deverão ser executadas atendendo as especificações descritas no

projeto estrutural.

A estrutura de concreto deverá ser executada atendendo as especificações

descritas no projeto estrutural. Os pilares e vigas terão as dimensões estabelecidas em

projeto estrutural, executados com formas de madeirite com características específicas,

devidamente esquadrejadas, alinhadas e aprumadas.

Cobertura Estrutura de madeira

A estrutura de madeira deverá ser executada atendendo as especificações

descritas no projeto estrutural de madeira e será executada com madeira dura, seca e

de primeira qualidade, as emendas deverão sempre ser sobre os apoios.

Os pregos deverão ser do tipo apropriado e compatível com a bitola da madeira

empregada. Tanto as bitolas do madeiramento como as suas dimensões e

espaçamentos, serão executados de acordo com as plantas de detalhes constantes

nos projetos arquitetônicos e de estrutura de madeira.

A montagem das tesouras deverá ser cuidadosa, no sentido de serem

asseguradas suas condições de rigidez, fixação sobre a estrutura de concreto,

especialmente as inclinações do telhado previstas no projeto arquitetônico.

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Cobertura em telha cerâmica

A cobertura deverá ser executada com telhas cerâmicas, tipo romana,

encaixadas sobre os ripamento de madeira, apresentando inclinação especificada em

projeto, com cumeeira de mesmo material, do tipo universal, que deverá ser fixada com

argamassa de cimento com perfeito acabamento.

Vedações

Alvenarias

As alvenarias serão executadas em tijolos furados ou maciços, ou blocos,

obedecendo as dimensões e os alinhamentos determinados no projeto. As espessuras

indicadas no projeto referem-se às paredes depois de revestidas, admitindo-se, no

máximo, uma variação de 2 cm em relação a espessura projetada.

As paredes deverão ficar rigorosamente a prumo e em esquadro, e suas alturas

deverão obedecer às cotas indicadas nos cortes. As fiadas de tijolos/blocos serão

dispostas horizontalmente, niveladas, aprumadas e alinhadas perfeitamente, suas

juntas terão a espessura máxima de 15 mm e rebaixadas, para melhor aderência do

emboço.

O encontro de duas paredes será sempre amarrado pelo transpasse alternado

dos tijolos/blocos de ambas. Os panos de paredes terão função apenas de vedação, e

serão interrompidos 20 cm abaixo dos elementos estruturais correspondentes, só

sendo completados 8 dias após. Não poderá ser empregado mais de um tipo de

tijolo/bloco em mesmo pano de parede. Os tijolos/blocos serão ligeiramente molhados

antes de sua colocação.

A fim de garantir perfeita ligação dos panos de alvenaria aos pilares, serão

colocados, pontas de vergalhões de 3/16” espaçadas a cada 50 cm, quando da

concretagem dos mesmos.

Todos os parapeitos, guarda corpos, platibandas e paredes baixas, de alvenaria

de tijolos/blocos, receberão, percintas de concreto armado.

Sobre os vãos de portas e janelas, não solidários com a estrutura, serão

colocadas verga de concreto armado, e sob os peitoris das janelas contra-vergas. Os

apoios das vergas e contra-vergas deverão ser superior a 20 cm ou 1/5 do vão livre.

Os elementos serão assentados com argamassa pré-fabricada misturada ao

cimento na proporção de 6:1 (argamassa, cimento), com fuga de 1,5 cm.

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Painéis divisórios

Nos locais indicados em projeto arquitetônico, utilizar divisória em granito

amêndoa dourada espessura 3 cm, conforme detalhamento em projeto específico.

Deverá abranger um sistema constituído de painéis de pedra natural e perfis de

alumínio, sendo que os painéis serão fixados na alvenaria, engastados em pelo menos

5 cm, completados com ferragens apropriadas.

Os painéis terão suas arestas arredondadas e faces planas afeiçoadas. As

portas serão em painéis de 50 mm com miolo celular, fixadas com perfis e peças de

fixação, tipo naval. O revestimento deverá ser em chapa dura de fibras de eucalipto

prensadas com acabamento em resina melamínica de baixa pressão.

Impermeabilização

Garantir que a execução dos trabalhos seja realizada se acordo com o indicado

no projeto, especificações técnicas e recomendação dos fabricantes. Cuidar para que,

no decorrer das obras, as impermeabilizações já executadas ou em execução não

sejam danificadas.

As superfícies a serem impermeabilizadas terão caimento em direção ao

escoamento das águas, drenos, ralos, canaletas e outros.

Todas as superfícies a serem impermeabilizadas, depois de adequadamente

preparadas para cada tipo de impermeabilização, deverão ser perfeitamente limpas e

lavadas, até que fiquem completamente isentas de poeira, resíduos de argamassa ou

madeira, pontas de ferro, rebarbas de concreto e manchas gordurosas.

As superfícies perfeitamente limpas, deverão receber, de um modo geral, para

regularização, dependendo do tipo de impermeabilização uma argamassa de cimento e

areia média no traço 1:3 em volume, com espessura mínima de 2 cm, formando

declividade de 0,5 à 2% para escoamento pluvial, ou conforme projeto. Todos os

cantos e arestas deverão ser arredondados com argamassa.

A garantia da impermeabilização deverá ser de no mínimo 5 anos, não se

aceitando qualquer infiltração, percolação, gotejamento ou umidade. Em qualquer tipo

de impermeabilização necessária a perfeita estanqueidade da obra, deverão ser

seguidas todas as recomendações dos fabricantes, exceto nos casos em que o

memorial especifica padrão superior ao do fabricante, possibilitando uma maior

segurança, e será sempre executada por firma credenciada pela fabricante.

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Revestimentos de paredes e pisos

Generalidades

Antes de ser iniciado qualquer serviço de revestimento deverão ser testadas

todas as canalizações à pressão recomendada. As superfícies a revestir deverão ser

limpas e molhadas antes de qualquer revestimento, salvo casos excepcionais.

A limpeza deverá eliminar gorduras, vestígios orgânicos (limo, fuligem, etc.) e

outras impurezas que possam acarretar futuros desprendimentos. Os revestimentos

deverão apresentar parâmetros perfeitamente desempenados, alinhados e nivelados

com as arestas vivas. A recomposição parcial de qualquer revestimento deverá ser

executada com perfeição, a fim de não apresentar diferenças ou descontinuidades.

Revestimento em argamassa (chapisco, emboço e reboco)

Todas as alvenarias e teto serão revestidas com chapisco/emboço/reboco. Os

revestimentos serão aplicados como seguem:

Chapisco

Serão aplicados em locais indicados em projeto, chapisco executados com

argamassa de cimento e areia na proporção de 1:3 e convenientemente curados e com

as seguintes características:

- cimento: fabricação recente;

- areia: isenta de torrão de argila, gravetos, mica, impurezas orgânicas, cloreto

de sódio, etc. (granulometria média D máx = 2,4 mm);

- água: limpa, isenta de óleos, ácidos, alcalinidade, materiais orgânicos, etc.

(água potável é satisfatória).

A superfície deverá ser limpa e molhada posteriormente. Os materiais devem ser

dosados secos, o tempo máximo de utilização após o contato da mistura com a água é

de 2 horas e 30 minutos, desde que não apresente nenhum sinal de endurecimento.

Emboço

As alvenarias (onde indicado) e as lajes nas faces inferiores serão revestidas

com emboço paulista, após chapisco. O emboço só será iniciado após a completa pega

de argamassa das alvenarias e chapisco.

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O emboço de cada plano de parede só será iniciado depois de embutidas todas

as canalizações que por ele devam passar, bem como o contra-marco, e serão

fortemente comprimidos contra as superfícies devendo apresentar-se lisos após sua

aplicação. Sua espessura será de 15 mm (quinze milímetros) no máximo.

Reboco

O reboco será executado depois do assentamento dos batentes e esquadrias e

antes da colocação dos rodapés; sendo regularizadas e desempenadas a régua e

desempenadeira. Deverão apresentar aspecto uniforme com parâmetros perfeitamente

planos, não sendo tolerada qualquer ondulação ou desigualdade do alinhamento e

superfície.

Revestimento cerâmico Nos banheiros e cozinhas, as alvenarias internas receberão chapisco/emboço e

azulejo colado com cimento cola aplicado com desempenadeira de aço em toda a

extensão da parede.

Especificação dos materiais de revestimento Foram utilizados, para o revestimento de tetos, pisos e paredes, materiais em

cores e texturas adequados ao uso, com desempenho térmico e acústico que atenda

aos requisitos de conforto ambiental da edificação.

A evolução tecnológica dos materiais foi considerada para garantir melhor

qualidade e desempenho nos serviços e produtos da edificação. Além disso, também

foi levada em conta a possibilidade de substituição de serviços artesanais por

elementos industrializados para reduzir prazos e custos de construção.

Consideraram-se ainda os resultados visuais, externos e internos, compatíveis

com os objetivos e a representatividade das edificações e que fosse assegurado o

desempenho adequado ao tipo de utilização do ambiente (molhado, abrasivo, e outros).

Abaixo seguem as recomendações para cada edificação do parque.

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Tabela 5 – Especificações materiais - centro de visitantes

Local Material

Muros de Arrimo Mosaico Português (1)

Painel (Cascata) Mosaico Português (1)

Bwcs e Cozinha (pav. térreo) Piso em Cerâmica (2), Paredes em azulejo (3)

Administração Piso em Cerâmica (2), Paredes internas com pintura (4)

Lanchonete Piso em Pedra (5), paredes internas com pintura (4)

Espelho d’água Cimento alisado com impermeabilizante (6)

Terraço (pav. térreo) Pedra (5)

Paredes Externas Pintura (7), Lambri de madeira (8)

Palco (pav. Superior) Revestimento em madeira (8)

Deck pavimento superior Madeira (8)

Fonte: ECOPARANA, 2009.

(1) Cor branca, colocação com junta seca (2) Piso marca Casagrande, modelo Mondiale, PEI 4, cor almond, 43x43 cm, ou similar (3) Azulejo marca Incepa classe “A” cor branca, 20x20cm ou similar (4) Tinta Acrílica Sulvinil ou similar, acabamento semi brilho, cor branca (5) Pedra Madeira Rosa (ver paginação) (6) Manta líquida MSET, marca Bautech, 3 demãos (7) Tinta acrílica Sulvinil ou similar, acabamento semi brilho, cor C167 (8) Eucalipto Autoclavado com tratamento Stein fosco cor imbuia (ver detalheno projeto)

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Tabela 6 – Especificações materiais - ANFITEATRO

Local Material

Arquibancadas Pedra (1)

Bancos Deck em madeira(2)

Cascata (interno) Cimento alisado com impermeabilizante (3)

Cascata (externo) Pedra (4)

Espelho d’água Cimento alisado com impermeabilizante (2) (6) Cimento alisado com Pintura (2)

Palco (piso) Piso em Pedra (4)

Palco (parede) Pintura (5)

Circulação de pedestres (Acesso) Paver cerâmica

Pergolado Madeira (2)

Fonte: ECOPARANA, 2009.

(1) Arenito vermelho (2) Eucalipto Autoclavado com tratamento Stein fosco cor imbuia (3) Manta líquida MSET, marca Bautech, 3 demãos (4) Pedra Madeira Rosa (5) Tinta acrílica Sulvinil ou similar, acabamento semi brilho, cor C167

Tabela 7 – Especificações materiais - SANITÁRIOS

Local Material

Área Interna Piso em Cerâmica (1), Paredes em azulejo (2)

Área Externa Piso em Paver de Concreto, Paredes com pintura (3)

Fonte: ECOPARANA, 2009..

(1) Piso marca Casagrande, modelo Mondiale, PEI 4, cor almond, 43x43 cm, ou similar (2) Azulejo marca Incepa classe ” A” cor branca, 20x20cm ou similar

(3) Tinta Acrílica Sulvinil ou similar, acabamento semi brilho, cor C167

Tabela 8 – Especificações materiais - CHURRASQUEIRA

Local Material

Paredes Paredes com pintura (1)

Pisos Piso em Paver de Concreto

Fonte: ECOPARANA, 2009.

(1) Tinta acrílica Sulvinilou similar, acabamento semi brilho, cor C167

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Tabela 9 – Especificações materiais - PRAÇAS

Local Material

Pisos Pedra(1), Paver (2), Fulget(3)

Espelho d’água Cimento alisado com impermeabilizante (4)

Ciclovia TST(5)

Calçadas de pedestres Piso em Paver de Concreto

Pergolado Madeira (6)

Fonte: ECOPARANA, 2009.

(1) Arenito vermelho (2) Paver Cerâmico (3) “Fulget” * Piso composto de granilhas, resina epóxi e juntas de dilatação. (4) Manta líquida MSET, marca Bautech, 3 demãos (5) Tratamento Superficial Triplo (6) Eucalipto Autoclavado com tratamento Stein fosco cor imbuia

* “Fulget” : Material composto de cimento, aditivos e granulados de pedras como

mármores, granitos naturais, calcários, arenitos, quartzos, entre outros. No processo de

fabricação. Pedras moídas em tamanhos uniformes – classificados em granulometrias

0 (espessura de 08 a 10mm), com cimento e ligante pré misturados na fábrica,

garantindo a aderência à superfície a ser aplicada.

Paisagismo

Em complementação ao projeto de paisagismo, consta no anexo A, o caderno

de vegetação para auxilio da implantação do projeto.

Pavimentação As pavimentações só poderão ser executadas após o assentamento das

canalizações que devem passar sob elas, bem como, se for o caso, de completado o

sistema de drenagem.

A argamassa para o assentamento de ladrilhos cerâmicos não conterá cal, pois

a umidade de solo acarreta, nessa hipótese, o aparecimento de manchas brancas na

superfície das peças. As pavimentações de áreas sujeitas a chuvas terão caimento

necessário para o perfeito e rápido escoamento da água. A declividade não será

inferior a 0,5%.

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Soleiras e degraus

Serão utilizados soleiras de granito polido apenas nas portas externas, com

projeção de 3 cm para a área externa.

Pisos de pedras

As pavimentações de pedra deverão ser executadas por pessoal especializado,

que ofereça garantia dos serviços realizados. Não será tolerado o assentamento de

peças rachadas, emendadas, com retoques visíveis de massa, com veios capazes de

comprometer sua durabilidade e resistência, ou com outros quaisquer defeitos.

Na escolha e distribuição das peças pelas áreas a recobrir, haverá especial

cuidado para que não resultem elementos isolados, cuja coloração ou textura dê a

impressão de manchas ou defeitos. A natural variação entre as peças será

judiciosamente aproveitada de forma a serem obtidas superfícies uniformemente

mescladas em seu conjunto, sem concentração desequilibradas ou anômalas de

elementos discrepantes.

A forma e dimensões de cada peça deverão obedecer rigorosamente às

indicações dos respectivos desenhos de detalhes de execução e ao definido

especificamente para cada obra.

As placas serão assentadas com argamassa pré-fabricada, admitindo-se o

emprego das argamassas traço 1:5 de cimento e areia. As juntas serão limpas de

argamassa de assentamento que por elas refluir. Não será permitido o trânsito sobre a

pavimentação de pedra dentro de 5 dias do seu assentamento. A pavimentação de

pedra será convenientemente protegida com camada de areia, tábuas ou outro

processo, durante a construção.

Pavimentação Intertravada de concreto e cerâmica

Será executada, conforme projeto de pavimentação e obedecendo as

especificações dos serviços, por empresa capacitada, com profissionais habilitados,

seguindo-se as recomendações abaixo.

Os blocos de concreto ou cerâmica são elementos maciços, pré-fabricados, de

espessura uniforme, com forma de prisma retangular que quando assentes sobre uma

superfície encaixam uns com os outros de maneira solidária entre eles.

Dimensões: 20 x 10 x 5

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As principais características e cuidados construtivos dos blocos intertravados

são as seguintes:

A pavimentação flexível com pavers cerâmicos consiste na colocação de peças

sobre uma camada de areia grossa, previamente compactada sem aglomerantes, e o

posterior preenchimento das juntas com uma areia de calibre inferior, seguida da

compactação do conjunto.

A utilização de areia leva à redução dos custos não só de materiais, ao evitar a

utilização de argamassas, mas também de mão de obra. A utilização da areia permite

um aumento considerável de rendimento e

torna desnecessária a realização de juntas de dilatação, conferindo uma continuidade

ao pavimento e melhorando o aspecto estético. A camada de areia para assentamento

do bloco intertravado deverá ser areia média com 0 a 5% passando na peneira n.º 200,

com umidade abaixo da umidade ótima e numa espessura de 40 mm.

Uso de areia fina para rejuntamento com 0 a 15% passando na peneira n.º 200 e

deverá estar seca. Deve-se prever uma drenagem superficial do bloco intertravado

fazendo-se para isto caimento transversal na ordem de 3%; juntas entre 2,0 a 2,5 mm.

Executar uma passada de rolo liso antes da selagem do pavimento com areia

fina. Não executar cortes nas peças com dimensões inferiores a 1/3 da menor

dimensão da peça. Em caixas de passagem e poços de visita executar anel de

envolvimento de concreto.

Manter o controle da regularidade da base a cada 5 metros. É recomendável em

vias horizontais a construção de cordões transversais de travamento, visando impedir o

deslocamento horizontal dos blocos. Neste caso, convém intercalar um cordão de

confinamento transversal a cada mudança de nível ou a cada 30 m.

Forros Os forros em gesso acartonado serão executados com placas pré-fabricadas,

com ou sem tratamento acústico, presas à estrutura de sustentação ou à laje por meio

de arame galvanizado ou tirantes metálicos rígidos.

A fixação dos tirantes ou dos arames às lajes será feita através de pinos

projetados por carga explosiva. Caso o forro seja preso a uma estrutura de

sustentação, a fixação das placas será executada por meio de presilhas ou perfis de

alumínio. As placas serão nervuradas, cruzadas, no verso, para reforço. Haverá junta

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de dilatação perimetral em todas as placas, exceto no caso de forros lisos, que serão

rejuntadas.

Vidros Vidro comum Os vidros serão de fabricação nacional com espessuras compatíveis com o vão

das janelas conforme especificação dos fornecedores. Os vidros das janelas dos

banheiros serão do tipo mini-boreal, os vidros das demais esquadrias serão lisos,

conforme especificado no projeto arquitetônico.

Vidro temperado

Todos os cortes e perfurações das chapas serão necessariamente realizados na

fábrica antes da operação de têmpera. Todas as bordas das chapas serão afeiçoadas

de acordo com a aplicação prevista. As perfurações terão diâmetros mínimos iguais a

espessura da chapa, e máximos iguais a 1/3 da largura da chapa.

A distância entre a borda do furo e a borda da chapa ou de outro furo não

poderá ser inferior ao triplo da espessura da chapa. A distância da borda do furo

vizinho ao vértice da chapa não poderá ser inferior a 6 vezes a sua espessura,

respeitada a condição anterior.

No assentamento com grampos ou prendedores, será vedado o contato direto

entre os elementos metálicos e o vidro, intercalando-se, onde necessário, cartão

apropriado que possa ser apertado sem risco de escoamento.

As chapas não deverão ficar em contato direto com nenhum elemento de

sustentação, colocando-se gaxetas de neoprene na hipótese de assentamento em

caixilhos, devendo ser assegurado uma folga de 3 a 5 mm entre o vidro e esquadria.

Toda serralheria será inoxidável ou cuidadosamente protegida contra oxidação,

evitando-se pontos de ferrugem que provoquem a quebra do vidro.

Esquadrias

Esquadria interna

As portas internas serão em madeira encabeçada revestidas com lâmina de

garapeira ou ipê champagne, nas suas 4 faces, com espessura de 3,50 cm. Na porta a

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parte maciça é composta por vários sarrafos de madeira justapostos, com pintura em

verniz fosco.

As portas terão as dimensões conforme projeto arquitetônico detalhado. As

madeiras serão de lei, imunizadas, eliminando-se madeiras verdes, empenadas, ou

com existência de nós, brocas e cupins. As portas serão providas de fechaduras de

embutir, completa, tipo tambor com maçanetas tipo alavanca, acabamento cromado

fosco. Fechaduras para banheiros do mesmo material. Dobradiças de aço nas

dimensões 3 x 2 ½, sendo 3 dobradiças por porta, com parafusos Philips.

Os marcos, espessura 3 cm e guarnições, espessura 1cm, serão em madeira de

garapeira ou ipê champagne.

Esquadria externa As vedações da lanchonete e administração do Centro de Visitantes serão em

vidro temperado e no pavimento superior serão utilizadas esquadrias em madeira

executadas conforme detalhes de projeto.

As esquadrias dos banheiros e áreas de serviço serão de alumínio anodizado

linha Slim, ou superior, com pintura eletrostática na cor branca. As janelas deverão ser

fixadas após a execução dos contramarcos também em alumínio. Todas as dimensões

seguirão o projeto arquitetônico detalhado.

Todas as janelas receberão peitoris de granito polido, na largura dos vãos e com

projeção de 3 cm para o lado externo. Os peitoris deverão ser colocados sob as janelas

e com inclinação de 2%.

Batentes e guarnições

As vistas serão da mesma madeira de primeira linha e com a mesma

característica das portas. As dimensões deverão seguir o projeto arquitetônico

detalhado.

Ferragens Para as portas com até 90 cm de largura, exclusive, utilizar-se-á para cada porta

03 dobradiças extra forte com anéis em aço laminado, referência 485 3 1/2" x 3" com

2,38 mm de espessura, cromadas, marca LA FONTE ou similar e 01 fechadura com

chave tipo Yale, acabamento CR - cromado, marca LA FONTE ou similar.

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Os parafusos de fixação terão dimensões e serão dos materiais e acabamentos

apropriados e idênticos aos das dobradiças, ou outros materiais a serem fixados.

Na colocação e fixação das ferragens deverão ser tomados cuidados especiais

para que os rebordos e os encaixes na esquadria tenham a forma exata, não sendo

permitidos esforços na ferragem para seu funcionamento.

Todas as portas deverão ser dotadas de prendedor de parede referência 554 La

Fonte cromado, instalados de forma que a porta não tenha contato direto com a parede

provocando danos à pintura e reboco.

As ferragens em geral serão do tipo pesado, com dimensões apropriadas à

porta ou caixilho em que serão aplicadas, bem como deverão desempenhar com

eficiência e precisão, suas funções de abrir, deslizar, travar ou qualquer outra

finalidade. As peças em geral terão acabamento cromado acetinado.

As dobradiças de portas, etc., de esquadrias metálicas deverão ser cromadas, e

fixadas com parafusos galvanizados, e não deverão em hipótese alguma serem

soldadas.

Pintura

As superfícies a pintar serão cuidadosamente limpas e convenientemente

preparadas para o tipo de pintura a que se destina e de acordo com as cores indicadas,

só podendo serem pintadas quando perfeitamente enxutas.

Deverá ser eliminada toda a poeira da superfície, tomando-se cuidados

especiais contra o levantamento de pó durante os trabalhos, até a completa secagem

da pintura.

Cada camada de tinta só poderá ser aplicada quando a precedente estiver

perfeitamente seca, observando-se o intervalo de 24 horas entre demãos sucessivas,

salvo especificação em contrário.

Deve ser tomado igual cuidado entre as camadas de tinta e de massa,

observando-se o intervalo mínimo de 48 horas entre camadas de massa.

Serão adotadas precauções especiais no sentido de evitar salpicaduras de tinta

em superfícies não destinadas a pintura,

Os salpicos que não puderem ser evitados deverão removidos enquanto a tinta

estiver fresca, empregando-se removedor adequado.

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Quando se fizer necessário, as tintas serão preparadas no local e em

compartimentos fechados, observando-se as instruções do fabricante para o produto.

Se necessário serão preparadas amostras em painéis de 1,00 x 0,50 m, nos próprios

locais a que se destinam.

As tintas deverão vir em embalagem lacrada da fábrica, sendo terminantemente

vedada a adição de qualquer produto estranho às mesmas, que possam prejudicar o

bom acabamento e durabilidade da pintura.

Nas pinturas a base de óleo, esmalte e vernizes, deverão ser utilizados

solventes recomendados pelo fabricante da tinta, não sendo admitidas fissuras, bolhas

ou marcas de pincéis.

Os tipos de pintura a empregar e as superfícies a serem pintadas serão

especificadas, para cada caso particular, conforme projetos e caracterização abaixo.

Pintura de paredes e forros

Após lixamento os rebocos receberão acabamento com selador acrílico e duas

camadas, ou até perfeito cobrimento, de tinta acrílica acabamento semibrilho conforme

cores e especificações do projeto.

Pintura em esquadrias

As portas de madeira receberão selador e duas demãos de verniz poliuretano.

Limpeza e verificação final

A obra deverá ser mantida completamente limpa, interna e externamente, sendo

todo o entulho removido e todo o material restante transferido periodicamente. Os

edifícios deverão ser entregues completamente limpos, interna e externamente, com

todas as instalações em perfeito funcionamento.

Será removido todo o entulho do terreno, sendo cuidadosamente limpos e

varridos todos os acessos.

Todos os vidros, aparelhos sanitários e equipamentos de cozinha, azulejos,

cerâmicas, granitos, cimentados, etc., serão cuidadosamente lavados, devendo

quaisquer vestígios de tintas ou argamassas serem completamente removidos,

deixando as superfícies perfeitamente limpas, sob pena de serem refeitas e/ou

substituídas.

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As superfícies de madeira serão, quando for o caso, lustradas, envernizadas ou

enceradas em definitivo. Tudo quanto se refere a metais, ralos, torneiras, maçanetas,

espelhos, sifões metálicos, etc., deverão ficar perfeitamente polidos, sem arranhões ou

falha de cromagem.

Todas as ferragens serão lubrificadas, trocando-se aquelas que apresentarem o

mínimo defeito de funcionamento ou acabamento.

Eliminação de barreiras arquitetônicas para portadores de

necessidades especiais

O projeto foi desenvolvido de maneira a atender à Norma Brasileira NBR-9050-

Acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais a edificações,

espaço, mobiliário e equipamentos urbanos.

Alguns pontos são destacados no projeto:

Os pisos, principalmente nas áreas de maior circulação de público, são

antiderrapantes, principalmente quando se trata de rampas ou áreas molhadas.

1. Todas as aberturas de passagem deverão ser dimensionadas com largura mínima

de 80 cm.

2. Foram previstos trechos em rampa sempre que a diferença de nível da soleira for

superior a 1,5 cm.

3. As rampas de pedestres externas foram dimensionadas atendendo à norma, com

inclinações máximas de 8,33%.

4. Foram previstos sanitários adaptados nas edificações.

5. O estacionamento de veículos prevê vagas de uso exclusivo para portadores de

necessidades especiais

Outras considerações Louças e metais

Os aparelhos sanitários e os equipamentos de cozinha deverão ser fornecidos e

instalados de acordo com as indicações dos projetos das instalações.

Salvo especificação em contrário, os aparelhos serão em grês porcelâmico

branco, os metais cromados e os equipamentos de cozinha em aço inoxidável.

Os metais sanitários deverão ser de perfeita fabricação, esmerada usinagem e

perfeito acabamento. As peças não poderão apresentar quaisquer defeitos de fundição

ou usinagem. As peças móveis serão perfeitamente adaptáveis às suas sedes, não

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sendo tolerado qualquer empeno, vazamento, defeito de polimento, acabamento ou

marca de ferramentas. Foram especificadas torneiras com temporizador e

antivandalismo considerando o uso público dos edifícios.

Deverão ser obedecidas as indicações, especificações do projeto e

especificações gerais, quanto à localização, marca, qualidade e acabamento das

louças e acessórios.

Tampos

Deverão ser obedecidas as indicações, especificações do projeto e

especificações gerais, quanto à localização e dimensões dos tampos.

As cubas dos lavatórios de todos os banheiros serão alojadas em bancadas de

granito espessura 3 cm, estas últimas assentes sobre mão francesa metálicas fixadas

na parede com parafusos parabolt, as mãos francesas metálicas receberão zarcão

mais três demãos de esmalte acetinado branco. Intercalar mãos francesas metálicas

entre as cubas dos lavatórios. As bordas dos tampos de mármore serão arredondadas.

Os tampos da cozinha deverão ser assentes sobre apoios em alvenaria

conforme detalhe de projeto.

b) Projeto Hidrosanitário – prevenção contra incêndios

O presente memorial tem por objetivo a descrição do Projeto Hidráulico –

Sanitário e de Prevenção contra Incêndios para a obra do Parque Ambiental Palmital –

Pinhais/PR. da Secretaria do Estado de Obras a ser reformado na Estrada da Graciosa

em Pinhais / PR.

As instalações deverão obedecer rigorosamente aos projetos e as exigências da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), concessionárias locais e aos

padrões estabelecidos pelo SEOP – Secretaria do Estado de Obras Públicas.

Pequenos detalhes de projeto, tais como: dimensões exatas de equipamentos e

aparelhos que dependam de tipos e fabricantes, deverão ser definidos e detalhados

pelo Construtor e submetidos à aprovação do SEOP.

Caberá também ao instalador o confronto entre os desenhos e as relações de

materiais para as verificações das quantidades corretas. Caberá ainda ao instalador o

fornecimento de listagem de todos os materiais de consumo obrigatório para a perfeita

execução dos serviços, tais como: lixas, tintas, anéis de borracha, soldas, colas, veda

rosca, soluções limpadoras, tarrachas, rosqueadeiras, etc.

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Distribuição da água

As instalações de água foram projetadas de modo a:

a) garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade

suficiente, com pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento das

peças de utilização e do sistema de tubulações;

b) preservar rigorosamente a qualidade de água e sistema de abastecimento;

c) preservar o máximo conforto dos usuários, incluindo-se a redução dos níveis

de ruídos;

d) Absorver os esforços provocados pelas variações térmicas que as

tubulações estão submetidas.

Alimentação, reservação para consumo e aeradores

A obra será abastecida pela rede pública de água através de um ramal predial

de diâmetro de 3/4" ligado ao Hidrômetro Multijato de 3/4"- Classe C 3,00 m³/h, situado

próximo ao acesso na Estrada da Graciosa, sendo que este hidrômetro abastecerá

todas as obras do Parque.

Para os sanitários, foi adotado um reservatório de fibra de vidro, polietileno ou

PVC com capacidade para 1.000 litros abastecido diretamente da rede da SANEPAR.

Este reservatório garante o consumo de água de um dia para os visitantes no caso de

interrupção do abastecimento pela concessionária.

Para o CENTRO DE VISITANTES foi previsto um reservatório externo com

capacidade para 3.000 litros a fim de atender os visitantes, a lanchonete e a cozinha.

Para as CHURRASQUEIRAS foi adotado alimentação da pia direta da rede de

água sem a passagem por caixa de água. Esta solução foi adotada tendo em vista a

impossibilidade de colocação por questões arquitetônicas e em função do

abastecimento de água pela concessionária ser bastante eficiente.

Para o ANFITEATRO foi previsto um espelho de água, com efeito cascata. Este

efeito será possível, com o auxílio de motobomba que com vazão e pressão suficientes

para tal. Também foi previsto um sistema de filtragem, através de filtro de piscina a

adição de produtos químicos, para o aproveitamento da água.

Quando for feito a filtragem para o tratamento desta água, o filtro será colocado

na posição “filtrar”, e não teremos o efeito cascata. Tal procedimento será feito à noite

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ou em horários que não há visitação. Para termos o efeito cascata, o filtro será

colocado na posição “livre”, que permite o alívio da pressão no interior do mesmo.

Foram previstos para os Lagos 1 e 2 conjuntos de aeradores com a finalidade

de enriquecimento da paisagem lacustre e adicionalmente, possuírem função de

aeração dos Lagos.

Tais conjuntos apresentam a composição de acordo com a tabela abaixo.

Tabela 10 – Composição aeradores

Número de Bicos

Profundidade do Lago

Registro

Bomba

Lago 01 - 9 1,50m 32mm 4CV

Lago 02 - 7 0,40m 32mm 4CV

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Dimensionamento das tubulações

Todas as tubulações da instalação de água fria foram dimensionadas trecho a

trecho, tendo em vista a conveniência sob o aspecto econômico, e para funcionarem

como condutos forçados.

Em virtude de serem condutos forçados, foram verificados para cada trecho os

quatro parâmetros hidráulicos de escoamento, que são: vazão, velocidade, perda de

carga e pressão.

Vazão

A obtenção das vazões nas redes de distribuição foi feita de acordo com a

seguinte expressão:

Q = c x (P) 0,5 sendo:

Q = vazão (1/s)

c = coeficiente de descarga = 0,30

P = soma dos pesos correspondentes a todas as peças de utilização

alimentada através do trecho considerado.

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Velocidade

A obtenção dos diâmetros foi feita através da limitação de velocidade, sendo

que a mesma não deve ultrapassar a 3,0 m/s. A limitação da velocidade visa evitar

ruídos e diminuir eventuais danos às tubulações.

Perda de carga

Para cálculo de perda carga em tubulações foi adotada a fórmula de Flamant

para tubulações de PVC e Cobre.

Pressão

Toda a rede de distribuição predial de água foi projetada de modo que as

pressões estáticas ou dinâmicas em qualquer ponto se situem entre 40 e 0,50 m.c.a.,

respectivamente.

A pressão dinâmica mínima de 0,50 m.c.a. visa impedir que o ponto crítico da

rede de distribuição, geralmente topo das colunas, possa operar com a pressão

negativa.

A abertura de qualquer peça de utilização não pode provocar queda de pressão

(sub-pressão), tal que a pressão instantânea no ponto crítico da instalação fique inferior

a 0,50 m.c.a..

O fechamento de qualquer peça de utilização não pode provocar sobre-pressão,

em qualquer ponto da instalação, que supere em mais de 20 m.c.a. a pressão estática

neste mesmo ponto.

Materiais Empregados

- TUBULAÇÕES E CONEXÕES: Serão em PVC rígido soldável, ponta e bolsa

tipo água, classe 15, conforme NBR 5648, fabricação Tigre ou equivalente mediante

prévia apreciação do Departamento de Engenharia do SEOP.

- REGISTROS DE GAVETA BRUTO: Serão de fabricação Deca , Docol ou

equivalente mediante prévia apreciação do Departamento de Engenharia do SEOP.

- REGISTROS DE GAVETA COM CANOPLA: Serão de fabricação Deca, Docol

cromado ou equivalente mediante prévia apreciação do Departamento de Engenharia

do SEOP.

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- TORNEIRAS DE PRESSÃO PARA LAVATÓRIO: Serão de fixação vertical,

fabricação Deca, Docol ou equivalente mediante prévia apreciação do Departamento

de Engenharia do SEOP.

- TORNEIRAS DE PRESSÃO PARA LIMPESA: Serão com adaptador para

mangueira, tipo uso geral, Deca, Docol ou equivalente mediante prévia apreciação do

Departamento de Engenharia do SEOP.

- VÁLVULAS, SIFÕES E OUTROS METAIS: Válvulas Cromadas, Sifões

cromados tipo 1681, Fabricação Deca, Docol ou equivalente mediante prévia

apreciação do Departamento de Engenharia do SEOP.

Esgoto Sanitário

As instalações prediais de esgotos sanitários foram projetadas de modo a:

- permitir o rápido escoamento dos esgotos sanitários e fáceis desobstruções;

- vedar a passagem de gases e animais das tubulações para o interior das

edificações;

- não permitir vazamentos, escapamentos de gases e formação de depósitos no

interior das tubulações;

- impedir a contaminação e poluição da água potável;

- Absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que estão

submetidas as canalizações.

- Não provocar ruídos excessivos.

O destino do esgoto sanitário será a rede pública de esgoto que passa

internamente ao terreno.

Devido a possibilidade de obstrução dos coletores, sub coletores e ramais, foi

previsto caixas de esgoto (CE), caixas de gordura (CG), conforme indicação no projeto.

- TUBULAÇÕES E CONEXÕES: Serão em PVC rígido, ponta e bolsa tipo

esgoto série normal conforme NBR 5688, fabricação Tigre ou equivalente mediante

prévia apreciação do Departamento de Engenharia do SEOP.

Dimensionamento

Para fins de dimensionamento, a tubulação de esgotamento sanitário tem

diâmetro dependente do número total de unidades Hunter de contribuição associadas

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aos aparelhos a que servirem, e com declividades mínimas constantes da ABNT –

NBR-8160 de 1999.

Dimensionamento dos Coletores e Subcoletores prediais: dimensionados de

acordo com o somatório das UHC, conforme os valores da tabela 7 da NBR-8160 de

1.999.

Dimensionamento dos Ramais de descarga e esgoto: dimensionados de acordo

com o somatório das UHC, conforme os valores da tabela 3 para ramais de descarga e

tabela 5 para ramais de esgoto, da NBR-8160 de 1.999.

Águas Pluviais

As instalações de águas pluviais foram projetadas de modo a obedecer as

seguintes exigências:

- Recolher e conduzir a vazão de projetos até locais permitidos pelos dispositivos

legais;

- Ser estanques;

- Permitir a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da instalação;

- Absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que estão

submetidas as canalizações;

- Não provocar ruídos excessivos.

As águas do jardim impermeabilizado do Centro de Visitantes serão escoadas

por condutores de águas pluviais (AP), que serão ligados às caixas de inspeção (CP)

no térreo, e daí o lançamento para uma cisterna de 5.000 litros de águas pluviais que

servirá para reaproveitamento das águas pluviais para irrigação dos jardins e lavagem

de calçadas. As demais obras não terão calhas. As águas excedentes de chuva e as

águas dos pisos do estacionamento e calçadas serão lançadas no canal.

O destino final das águas pluviais será o lançamento no canal que passa pelo

terreno.

Para efeito de dimensionamento dos condutores e das redes externas, foi

adotado o valor i = 204 mm/h, como coeficiente de precipitação pluviométrica.

Devido a possibilidade de obstrução dos coletores e sub coletores, foram

previstas caixas de inspeção (CP), caixas de captação (CC) e bocas de lobo.

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Dimensionamento

Coletores e subcoletores Foram dimensionados como segue:

- Vazão:

Q = C x i x A, onde,

Q = vazão - l/hora

C = coeficiente de deflúvio = 0,95

i = intensidade de precipitação – mm/hora

A = área de contribuição – m²

Diâmetro:

D = (A x 0,042 x I ^ -0,5) ^ 0,375

A = área de contribuição – m²

I = declividade do tubo – m/m

D = diâmetro – m

Condutores verticais (AP)

Foram dimensionados como segue:

Impondo-se a condição de que os condutores verticais escoem a vazão das calhas

com a velocidade de 0,80 m/s, teremos através da fórmula Q = V.A:

- Para tubo 75 mm – área máxima coletada = 54,00 m²

- Para tubo 100 mm – área máxima coletada = 97,00 m²

- Para tubo 150 mm – área máxima coletada = 220,00 m²

- Para tubo 200 mm – área máxima coletada = 390,00 m²

Captação do telhado

As águas do telhado serão captadas por calhas que foram dimensionadas da

seguinte forma:

- Vazão:

Q = C x i x A, onde:

Q = vazão - l/hora

C = coeficiente de deflúvio = 0,95

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i = intensidade de precipitação – mm/hora

A = área de contribuição – m²

- Diâmetro: D = (0,0706 x Q x I ^ 0,5) ^ 0,375

Q = vazão – m3/s

I = declividade da calha – m/m

D = diâmetro da calha (m), considerando-se meia seção de escoamento.

Verificação:

Para que a velocidade de escoamento permita o arrastamento de pequenas partículas

é necessário que a velocidade da água seja superior a 0,75 m/s.

Para verificação da declividade da calha adotou-se a fórmula:

V = 90,9 x Rh ^ 2/3 x I ^0,5, onde:

V = velocidade – m/s

Rh = raio hidráulico – m = A/p

I = declividade da calha – m/m

A = área da seção molhada – m²

p = perímetro molhado

Materiais empregados

- TUBULAÇÕES E CONEXÕES: Serão em PVC rígido, ponta e bolsa tipo

esgoto série normal conforme NBR 5688, fabricação Tigre ou equivalente mediante

prévia apreciação do Departamento de Engenharia do SEOP..

- Para as tubulações dos condutores verticais (AP) foi adotado PVC rígido,

ponta e bolsa conforme NBR 5688, fabricação Tigre ou equivalente mediante prévia

apreciação do Departamento de Engenharia do SEOP.

- Para as tubulações enterradas com diâmetros superiores a 150 mm foi adotado

tubos de concreto armado.

Prevenção contra incêndios

O sistema de prevenção contra incêndios foi projetado visando atender as

seguintes exigências:

- Permitir o funcionamento rápido, fácil e efetivo;

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- Permitir acessos livres de qualquer embaraço às válvulas de comando e

tomadas de saída;

- Atender às normas vigentes do Corpo de Bombeiros de Joinville/SC.

Sendo “Parque” a ocupação principal da presente obra, a sua classificação de

risco foi considerado “Risco Leve”.

O Sistema de prevenção será por extintores, tendo em vista que não existe

nenhuma obra com área maior que 1500,00 m², e a distância entre as obras será

sempre superior a 15,00 m o que considera-se cada obra como risco isolado.

Os extintores serão dispostos de maneira que atendam à segurança e as

normas, e possam ser alcançados de qualquer ponto da área protegida, sem que haja

necessidade de serem percorridos pelo operador mais do que 20,00 m. A área que

cada unidade extintora abrangerá, será de 500,00 m².

Materiais empregados

- EXTINTORES: Serão de fabricação Yanes ou equivalente mediante prévia

apreciação do Departamento de Engenharia do SEOP.

- BLOCOS AUTÔNOMOS: Serão de fabricação Pial ou equivalente mediante

prévia apreciação do Departamento de Engenharia do SEOP.

Especificações de serviços/ Recomendações

Canalizações

As canalizações de água potável não deverão passar dentro das fossas, poços

absorventes, poços de visita, caixas de inspeção ou valas, que não sejam exclusivas

para tubulações de água potável. As tubulações enterradas deverão ser envoltas em

areia grossa e ter proteção contra eventuais perfurações (cortes) ou recalques

concentrados.

Com exceção das caixas d’água, nenhuma das tubulações poderá ficar solidária

à estrutura. Para tanto as devidas passagens nas lajes deverão ter diâmetros maiores

que os das tubulações, para que fique assegurada a possibilidade de dilatação e

contração.

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As tubulações embutidas, com diâmetros de até 50 mm, serão fixadas pelo

enchimento total do vazio restante dos rasgos com argamassa de cimento e areia,

traço 1:5. As de diâmetro maiores, além do referido enchimento, deverão ser fixadas

com presilhas de ferro redondo 3/16 em número suficiente para permitir a manutenção

da posição inalterada dos tubos.

As canalizações deverão ter suas extremidades vedadas com plugues ou

tampões, a serem removidos na ligação final dos aparelhos sanitários, as tubulações

deverão ser cuidadosamente executadas, de modo a evitar a penetração de material

no interior dos tubos, não se deixando saliências ou rebarbas que facilitem futuras

obstruções. As canalizações deverão ser assentes com as bolsas voltadas para

montante.

Juntas, Reservatórios de água e caixas de inspeção

Os materiais para as juntas devem ser adequados aos tubos empregados,

sendo vedado o uso de materiais nocivos à saúde. O instalador deverá, também,

obedecer às prescrições de instalação especificadas pelos respectivos fabricantes das

conexões.

Os reservatórios de água potável deverão possuir canalizações para limpeza e

extravasor. A saída do extravasor deverá ser protegida com uma tela de cobre para

impossibilitar a entrada de insetos e pequenos animais.

As caixas de inspeção para esgoto e águas pluviais serão executadas em

concreto armado ou alvenaria. As caixas para esgoto serão executadas em alvenaria

de tijolos, assentes com argamassa 1:4/10 e revestidas internamente com argamassa

de cimento com Sika, acabamento alisado, obedecendo às seguintes prescrições:

- o fundo será em concreto, devendo ser moldado uma canaleta com diâmetro

maior que 150 mm, fazendo a concordância dos fluxos de entrada e saída, a fim de

evitar deposição de detritos.

- A tampa será engastada na periferia por concreto, conforme detalhes em

projeto.

Para caixas de águas pluviais: idem esgoto, com exceção do fundo que será

plano e rebaixado, conforme detalhe em projeto.

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Movimento de terra, leito das valas e largura das valas

Todo o movimento de terra necessário ao assentamento de tubulações deverá

ser feito obedecendo às necessidades de profundidade e recobrimento das tubulações.

A escavação com máquinas não deve exceder a 15 cm do nível final do fundo da vala.

O material utilizado para reaterro deverá ser sempre terra limpa, não orgânica, isenta

de pedras, tocos, raízes e vestígios de fundações. Deverá ser espalhado em camadas

de 20 cm, convenientemente molhadas e perfeitamente compactadas.

O leito das valas deverá ser preparado em camadas de 10 cm, com areia

grossa, isenta de argila e molhada com água, conforme critério da fiscalização da obra.

A largura deverá ser suficiente para permitir a perfeita execução dos serviços, o espaço

livre entre o tubo e parede da vala não poderá ser inferior a 30 cm.

Locações e bombas de recalque

Todas as tubulações e equipamentos deverão ser perfeitamente locados e

alinhados. Os pontos de referência para locações deverão ser fixados de acordo com a

fiscalização, devendo ser firmemente locados e protegidos para evitar diferenças de

medidas e permitir perfeita visibilidade e verificação, não sendo aceitos erros

superiores a 5 cm para locações (plantas) e 2 cm para elevações.

Quanto as bombas de recalque, os conjuntos elevatórios deverão ser

montados sobre base antivibratórias, constituída de placas de cortiça ou mantas de

borracha.

Recobrimento, proteção e suportes para tubulações

As tubulações deverão ter um recobrimento mínimo de 30 cm em locais não

trafegáveis, e de 80 cm em locais de tráfego.

As tubulações de água sujeitas à ação do tempo e a choques deverão ser

protegidas a fim de aumentar a sua eficiência e evitar que a água seja aquecida nos

locais de forte insolação.

Os suportes e/ou braçadeiras para as tubulações aéreas ou aparentes deverão

estar distanciadas entre si, conforme especificação e orientação dos fabricantes de

tubulações.

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c) Projeto elétrico

Entrada de energia

Entrada de energia A

A entrada de energia em baixa tensão será subterrânea, 220/127 V, derivada do

Poste da COPEL. No poste deverá ser executado descida em baixa tensão, onde os

cabos serão protegidos por eletrodutos de FG de Ø62 mm (2.1/2”), composto por 03

(três) condutores para fases de 35 mm², 01 (um) condutor de seção 25 mm² para o

neutro, tipo PIRASTIC ANTIFLAN, com isolamento termoplástico para 750 V,

interligado a caixa “CN”, padrão nacional, para medidores polifásicos, contendo 01 (um)

disjuntor termomagnético tripolar “C”, para 100 A, fab. ELETROMAR ou similar.

O aterramento será feito através de cabo de cobre nu de 16 mm², interligado a

haste de terra tipo Copperweld de Ø19x3000 mm, instalada na caixa de passagem. A

resistência de terra não deverá ser superior a 10 ohms em qualquer época do ano.

Entrada de energia B, C e D

A entrada de energia será subterrânea 220/127 V em baixa tensão, derivada do

Poste da COPEL. No poste deverá ser executado descida em baixa tensão, onde os

cabos serão protegidos por eletroduto de FG de Ø3” até a caixa de passagem

500x500x500 mm com dispositivo para lacre no pé do poste, seguindo em eletroduto

de PVC rígido pesado classe “B” de Ø75 mm (3”), composto por 03 (três) condutores

fases de 120 mm², 01 (um) condutor de seção 95 mm² para o neutro, tipo PIRASTIC

ANTIFLAN, com isolamento termoplástico 0,6/1,0 kV sintenax, interligando a caixa

“GN” proteção geral, contendo 01 (um) disjuntor termomagnético tripolar para 200 A.

Junto a caixa “GN” teremos a caixa “EM” para instalação da medição e uma caixa para

proteção parcial dos QD’s, conforme detalhe em prancha.

O aterramento será feito através de cabo de cobre nu de 50 mm², interligado a

haste de terra tipo Copperweld de Ø19x3000 mm, protegido por eletroduto de PVC Ø1”

rígido pesado classe “B”, fab. TIGRE ou similar, instalada junto a mureta. O neutro do

ramal de entrada deverá ser aterrado num ponto único junto com a caixa “GN” e “EN”,

a resistência de terra não deverá ser superior a 10 ohms em qualquer época do ano.

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Ramais alimentadores

Ramal alimentador da entrada de energia “A”

Da caixa tipo “CN”, instalada na mureta, saíra um ramal composto por 03 (três)

condutores fase de 35 mm², 01 (um) condutor de seção 25 mm² para o neutro, e 01

(um) condutor de seção 16 mm² para o terra, tipo PIRASTIC ANTIFLAN, com

isolamento termomagnético para 0,6/1,0 kV, fab. PIRELLI ou similar.

A tubulação deverá ser de PVC rígido pesado classe “B”, de diâmetro 62 mm

(2.1/2”), embutida no piso, devendo ser utilizada 01 (uma) caixa de passagem em

alvenaria de 500x500x500 mm, com tampa de concreto, para facilitar a enfiação dos

cabos e abrigar hastes de aterramento, onde saíra mais um condutor de seção 16 mm²

(terra) até o QD-Iluminação Externa.

Ramal alimentador da entrada de energia B, C e D

Da saída do disjuntor tripolar de 200 A, o alimentador do QDG será composto

por 03 (três) condutores fase de 12 mm², 01 (um) condutor de seção 95 mm² para o

neutro, e 01 (um) condutor de seção 50 mm² para o terra, tipo PIRASTIC ANTIFLAN,

com isolamento termomagnético para 0,6/1,0 kV, fab. PIRELLI ou similar, todos

protegidos por eletrodutos de PVC rígido pesado classe “B” de Ø50 mm (2”).

Ramal alimentador dos QD´s

Os ramais alimentadores foram dimensionados levando-se em conta a

capacidade de condução de corrente dos condutores e a máxima queda de tensão

admissível para o trecho, conforme quadro de cálculo de queda de tensão.

Toda tubulação subterrânea deverá ser instalada a uma profundidade mínima de

0,30 m, e onde houver trânsito de veículos deverá receber envelope de concreto.

Quadros de distribuição, iluminação e tomadas

Os quadros de distribuição estarão instalados em local de fácil acesso e com

iluminação satisfatória. Deverão ser confeccionados em chapa mínima nº 14USG, para

embutir em alvenaria, tratada adequadamente contra corrosão, completados com porta

e trinco para abertura frontal.

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No interior dos quadros serão instalados barramentos de cobre eletrolítico e

disjuntores termomagnéticos, de acordo com os respectivos diagramas unifilares. Além

destes, será instalada uma barra de cobre (terra) para que todas as estruturas

metálicas normalmente não energizadas sejam aterradas. A barra de neutro deverá ser

isolada da carcaça nos QDLF's.

Para iluminação interna deverão ser utilizadas luminárias com lâmpadas

incandescentes ou fluorescentes conforme indicado em planta. O comando da

iluminação deverá ser através de interruptores localizados nos próprios ambientes, ou

no interior dos quadros.

A iluminação externa deverá ser composta por poste de 6,0 m de altura, com 02

lâmpadas a vapor de sódio 70 W/220 V, conforme projeto. O comando da iluminação

será através de fotocélulas localizadas nos postes, conforme implantação.

As tomadas deverão ser do tipo 2P + T e universal 15A-125/250 V com placa da

PIAL ou similar.

Deverão ser instaladas em caixas de passagem 2 x 4” a 0,30m ou 1,10m do

piso, conforme convenções e planta específica.

Considerações Gerais

Toda fiação não especificada será Ø 2,5mm² - 750 V e em PVC rígido pesado Ø

3/4” classe “B”. Todos os diâmetros especificados são considerados diâmetros internos

dos eletrodutos.

Toda tubulação subterrânea deverá ser instalada a uma profundidade mínima

de 0,30m, todas as partes metálicas não energizadas deverão ser aterradas.

O disjuntor geral deverá ser adquirido de fabricante cadastrado na COPEL e os

postes deverão ser adquirido de fabricante cadastrado na COPEL ou construído

observando-se prescrições da NTC 9-17100.

O barramento do neutro deverá ser isolado da carcaça nos QD’s e todos os

reatores deverão ser de alto fator de potência, partida rápida 220 V/60 Hz e 127 V/60

Hz, da PHILIPS ou similar.

Todas as terminações dos eletrodutos em caixas de passagem e quadros de

distribuição deverão ser através de bucha e arruela de alumínio, para maior proteção

do isolamento dos cabos. A resistência a terra não deverá ser superior a 10ohms em

qualquer época do ano e todas as conexões a serem executadas nas caixas de

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passagem deverão ser asseguradas por meio de conectores SPLIT-BOLT e protegidas

por fita de auto fusão e isolante plástica.

O condutor de aterramento deverá ser contínuo do neutro a haste e o neutro do

ramal de entrada deverá ser aterrado num ponto único, junto com as caixas “GN” e

“EN”.

d) Estudos Hidrológicos e Criação de wetland

O Parque Ambiental Rio Palmital será instalado em área do município de

Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, classificada na Lei Municipal de Zoneamento

do Uso e Ocupação do Solo, como Zona de Restrição à Ocupação Urbana, devido a,

dentre outros fatores, conter área de recarga do aquífero do Rio Palmital.

O Rio Palmital, afluente da margem direita do Rio Iguaçu, drena uma área de

aproximadamente 29 km2, das quais cerca de 0,8 % integram a Área de Proteção de

Mananciais da Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

As vazões nominais anotadas para o Rio Palmital, no âmbito do Plano das

Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira são:

Q 95 % = 0,09 m3/s

Q 60 % = 0,33 m3/s

Q 38 % = 0,57 m³/s

A vazão (Q) com permanência de 95 % do tempo configura indicador de vazão

mínima do rio.

A vazão (Q) com permanência de 60 % do tempo configura indicador para a

estimativa de vazão factível de ser regularizada em cada bacia com a utilização de

reservatórios. A vazão regularizada real de cada bacia depende das regras de

operação dos reservatórios, bem como estimativas mais precisas a respeito do volume

de assoreamento, volume útil e níveis de eutrofização.

A vazão (Q) com permanência de 38 % do tempo configura indicador para vazão

média de longo período, calculada a partir da integração da curva de permanência das

vazões regionalizadas para cada bacia. Corresponde à máxima vazão teórica que

poderia ser regularizada em cada bacia com o auxílio de reservatórios, uma estimativa

do limite superior da capacidade de regularização.

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Estes números se prestam tão somente para constatar, como será visto mais

adiante na apresentação do balanço hídrico, que a vazão de contribuição da área do

Parque para o Rio Palmital é irrisória.

O presente empreendimento, o Parque Ambiental Rio Palmital, tendo sido

projetado como área de lazer mais frequente para a comunidade do entorno e de

educação ambiental regional, no âmbito da RMC, tem também a função de controlar as

inundações na área da várzea do Rio Palmital, através da implantação de lagos. Para

tanto, a área pertencente ao Estado do Paraná, atualmente ocupada pelo Esquadrão

de Polícia Montada Coronel Dulcídio da Polícia Militar do Paraná, foi desmembrada em

duas, compondo dois diferentes projetos de intervenção: o Palmital 2, que ocupa a

maior parte da várzea ao longo dos 1,55 ha e a área Palmital 1, que ocupa a encosta e

uma parcela da área da baixada, como mostra a planta geral de implantação deste

projeto. Nesta área serão instalados os equipamentos constantes do projeto

arquitetônico, pistas de circulação de bicicletas e de pedestres assim como duas

lagoas de lazer, espelho d’água, wetland, praças fontes, passarelas e

estacionamentos. O cenário natural será recomposto através de projeto paisagístico

que utiliza espécies nativas.

Aspectos hidrológicos

Dados meteorológicos

Para efeito deste trabalho foram obtidos dados de duas diferentes estações

meteorológicas, as saber:

- Estação Prado Velho – PUC (Curitiba) Bacia Iguaçu, Sub-bacia 1

Localização Latitude 25º 27’ 00”; Longitude 49º 14’ 56”

Altitude 884 m

Tipo PPRT

Entidade: SUDERHSA

Data de Instalação 25/03/1981.

Tipo de Dados: Pluviometria – Precipitações

Período abrangido: abril 1981 a fevereiro 2009. (aprox. 28 anos)

- IAPAR

EST.: Pinhais / CÓD.: 02549041

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Localização Latitude 25º 25’S; Longitude 49º 08’W

Altitude 930 m

Tipo de Dados: Pluviométricos e Climatológicos

Período abrangido: 1970 – 1997 (27 anos)

Como se observa, a abrangência do período de observação é muito semelhante

e, embora os dados fornecidos pela Estação da SUDERHSA sejam muito mais

recentes, neste trabalho optamos por utilizar os dados da Estação do IAPAR, pelo fato

da Estação estar localizada no próprio município de Pinhais e seus dados serem mais

completos, de modo a permitir a elaboração do Balanço Hídrico.

De qualquer forma, os dados das duas estações estão apresentados a seguir na

tabela 10, de maneira a permitir análises comparativas mais atualizadas, em caso de

necessidade.

Tabela 11 - Precipitações Mensais (mm) Estação SUDERHSA Prado Velho (PUC)

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

1981 - - - 64,7 44,6 17,6 21,7 35,2 60,3 113,7 111,0 143,3

1982 36,1 230,8 55,6 36,1 63,9 240,9 102,2 41,4 18,6 191,5 249,7 141,1

1983 203,6 64,3 89,1 156,7 300,6 218,4 262,4 5,1 235,8 77,3 43,2 221,3

1984 111,5 22,3 192,0 121,2 150,2 145,7 51,6 293,6 228,3 41,3 164,8 127,2

1985 33,7 132,9 64,6 97,7 17,1 37,6 27,8 7,3 126,2 55,0 45,4 88,6

1986 227,9 125,4 123,1 84,2 84,1 12,2 36,1 116,1 59,5 98,4 184,7 164,3

1987 120,5 213,5 26,0 130,0 283,8 112,6 41,4 53,7 87,7 121,0 59,0 141,2

1988 120,1 125,6 133,2 99,1 276,1 75,4 19,6 1,9 75,9 101,5 28,8 176,3

1989 304,6 122,8 59,2 154,8 103,2 47,7 130,5 37,5 144,9 85,8 76,4 139,1

1990 288,3 105,3 214,1 165,0 88,8 88,1 236,9 142,5 116,0 145,1 163,3 82,8

1991 136,7 137,0 188,8 51,0 49,6 131,7 1,6 69,2 38,1 167,5 56,5 163,8

1992 108,5 157,8 172,0 17,3 292,2 26,0 154,0 150,0 70,1 63,4 115,4 54,8

1993 249,6 191,2 125,5 87,3 169,9 80,7 110,6 27,4 360,5 178,3 91,8 119,6

1994 228,6 161,6 56,1 77,0 80,4 88,4 124,0 3,4 5,0 139,4 149,9 164,0

1995 423,5 120,9 126,0 63,6 37,4 104,7 102,1 65,3 148,4 149,9 82,4 150,2

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1996 246,0 243,8 238,7 27,0 2,4 113,3 95,9 79,4 192,6 177,1 168,1 233,5

1997 370,0 260,6 52,5 16,5 54,3 144,6 45,6 105,9 159,8 209,4 245,2 160,2

1998 131,5 181,4 318,2 112,6 33,2 93,8 133,8 267,8 369,0 206,4 14,1 108,8

1999 303,6 374,6 120,6 62,8 70,6 64,2 141,2 12,6 116,2 105,4 70,2 120,0

2000 100,0 193,1 119,6 11,4 21,8 121,2 72,0 74,2 223,4 149,6 139,0 183,7

2001 131,0 376,4 171,8 78,8 180,2 104,2 175,8 46,4 48,6 238,0 132,6 135,4

2002 225,8 186,6 69,2 100,0 106,2 25,6 41,6 104,2 179,2 116,6 170,4 162,1

2003 208,4 141,4 233,2 63,2 10,8 98,0 138,4 10,8 158,4 71,3 154,0 204,0

2004 141,6 57,2 218,6 120,0 117,4 69,5 42,2 18,2 53,0 154,0 58,0 163,4

2005 108,4 82,0 62,8 121,6 87,7 83,6 136,4 144,4 327,2 230,2 82,3 30,2

2006 159,2 175,4 151,2 13,0 13,0 34,4 45,4 39,2 185,6 52,9 134,8 126,4

2007 203,4 119,8 128,0 120,0 194,0 0,0 93,4 12,8 89,4 140,2 108,6 168,6

2008 133,4 67,0 188,8 137,8 45,4 111,0 27,4 94,8 36,2 218,6 54,4 60,4

2009 141,6 111,2 - - - - - - - - - -

Média:

1981-2009

185,6 160,1 137,0 85,4 106,4 89,0 93,3 70,0 135,9 135,7 112,6 144,1

Máxima

1981-2009

423,5 376,4 318,2 165,0 300,6 240,9 262,4 267,8 369,0 238,0 249,7 264,3

Mínima

1981-2009

33,7 22,3 26,0 11,4 2,4 0,0 1,6 1,9 5,0 41,3 14,1 30,2

Desv. Padrão

57,8 50,2 42,2 26,9 39,1 29,4 31,8 26,7 46,7 40,8 35,7 42,5

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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105

Tabela 12 - Estação IAPAR Pinhais

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Solos

Os solos existentes na área do Parque são predominantemente argilosos de

baixa permeabilidade, conforme demonstrado nas sondagens, apresentadas na Tabela

12, podendo ser observado nas figuras 12 a 16 a seguir.

Na área da encosta apresenta-se uma argila siltosa, pouco arenosa, marrom

escura a marrom clara no horizonte A e marrom a vermelha no horizonte B.

O horizonte A varia em geral a até 01 m (um) na área da encosta. O lençol

freático foi encontrado a uma profundidade variável de 2,50 a 4,80 m na área da

encosta.

Na baixada predomina a argila orgânica, preta, mole, e o lençol é praticamente

aflorante, variando de poucos centímetros a até cerca e 1,5 m de profundidade. A

dinâmica de deposição dos resíduos está relacionada à inundação da planície e ao

careamento de sedimentos a partir da meia encosta.

Apesar de não terem sido feitas sondagens na área mais próxima do Rio

Palmital, que se situa fora da área do futuro Parque, a inspeção destas áreas, onde

atualmente se desenvolve empreendimento de extração de areia, permite a verificação

visual do perfil do solo: a camada de argila, na área da baixada se restringe ao

horizonte A, sendo responsável pela sustentação de nível freático, sendo esta camada

argilosa maior junto ao sopé da meia encosta, como demonstram as sondagens.

Uma vez removida esta camada, o nível freático se rebaixa significativamente,

em aproximadamente 2 a 2,5 m, conforme a localização, como se verifica na área dos

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106

areais. Deste modo, a área da baixada é cortada por estradas perfeitamente estáveis,

ladeadas por canaletas de drenagem interligadas ao Rio Palmital.

Figura 12 - Argila muito orgânica – solo superficial na baixada

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 13 - Escavação manual na baixada

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 14 - Transição do solo argiloso (encosta) para argila orgânica (baixada)

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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107

Figura 15 - Solo argiloso, de baixa permeabilidade

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 16 - Sondagem na meia encosta – solos predominantemente argilosos

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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108

Tabela 13 - Sondagens na área do Parque

Furo NA DATA Limite da Sondagem

S1 1,70 13-04-09 14,30

S2 2,00 13-04-09 14,45

S3 - 13-04-09 12,45

S4 0,35 18-05 11,20

S5 1,50 13-05 15,30

S6 0,20 14-05 12,45

S7 2,50 14-05 15,45

S8 4,20 07-04 18,45

S9 4,00 07-04 16,45

S10 4,80 02-04 23,45

S11 2,50 03-04 19,45

S12 2,70 03-04 19,45

S13 0,40 13-05 13,45

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Balanço Hídrico

Para o cálculo do Balanço Hídrico adotou-se a metodologia descrita a seguir.

000.592.2

. APERQm (l/s)

Onde:

Qm = vazão percolada (em l/s)

PER = altura percolada, (em mm)

A = área de contribuição da seção considerada (em m2)

O valor de PER foi obtido conforme demonstrado a seguir:

P = Índice de Precipitação Pluviométrica.

EP= Evapotranspiração Potencial, obtida através de evaporímetros.

ES= Escoamento Superficial

ES= C’ x P C’= x C

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109

onde:

C’= escoamento superficial

C = depende do tipo de solo e da declividade

= depende da estação do ano

Tabela 14 - Valores de C e de Alfa em Função da Declividade e do Tipo de Solo

TIPO DE SOLO DECLIVIDADE

(%)

COEFICIENTE

ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO ÚMIDA

Arenoso 0 a 2 0,17 0,34

C = 0,30 2 a 7 0,34 0,50

Siltoso 0 a 2 0,25 0,39

C = 0,35 2 a 7 0,40 0,53

Argiloso 0 a 2 0,33 0,43

C = 0,40 2 a 7 0,45 0,55

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Foi utilizado C = 0,35

C’ = 0,35 * 0,40 (estação seca) = 0,14

C’ = 0,35* 0,53 (estação úmida) = 0,19

ES = 0,14 * P (seca)

ES = 0,19 * P (úmida)

I = Infiltração

I = P - ES

I - EP = Diferença entre as quantidades de água infiltrada e evapotranspirada.

Valores negativos significam perda potencial de água armazenada no solo.

Valores positivos representam a recarga de água no solo, podendo resultar em

percolação, se for ultrapassada a capacidade de campo do solo.

Neg (I - EP) = Perda potencial de água acumulada.

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110

Representa a quantidade de água armazenada no solo, que é perdida pela

Evapotranspiração e obtida somando-se mês a mês apenas os valores negativos de (I -

EP).

Para os meses que apresentarem valores positivos para (I- EP), é atribuído o

valor 0 (zero) para Neg (I- EP).

AS = Armazenamento de água no Solo.

É obtida da seguinte forma: Inicialmente calcula-se a quantidade de água

disponível pela capacidade de campo da camada de solo de cobertura (ASc), que é

obtida multiplicando-se a água disponível por metro de solo pela profundidade da zona

de razões (considerada igual à espessura da camada de cobertura). A Tabela 14

apresenta a quantidade de água disponível em função do tipo do solo de cobertura.

Tabela 15 - Quantidade de Água Disponível (mm H2O de solo)

TIPO DE SOLO CAPACIDADE DE CAMPO

PONTO DE MURCHAMENTO

ÁGUA DISPONÍVEL

Solo arenoso 200 50 150

Solo siltoso 300 100 200

Solo argiloso 375 125 250

Fonte: ECOPARANA, 2009.

O valor obtido para ASc representa a quantidade máxima de água armazenada

no solo, não devendo, portanto, ser ultrapassado;

Para os meses que apresentam valores negativos de (I - EP), o valor de AS é

obtido pela Tabela 15;

Em seguida, soma-se o valor de AS do último mês que apresenta Neg (I - EP),

diferente de zero ao valor positivo de (I - EP), do mês seguinte, obtendo-se AS para o

mês;

O procedimento é repetido para todos os meses que apresentam Neg (I - EP)

igual a zero, até que seja atingido o valor máximo de Asc, que não deve ser

ultrapassado.

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111

AS = Troca de Armazenamento de água no Solo.

Representa a variação da quantidade armazenada no solo mês a mês. É a

diferença entre as quantidades de água armazenada em um determinado mês e o mês

anterior.

AS = ASn - ASn -1

ER = Evapotranspiração Real.

Representa a quantidade real de perda de água durante dado mês. Para os

meses em que a infiltração é maior que a evapotranspiração potencial (I - EP) > 0, a

evapotranspiração ocorre em seu nível máximo, sendo ER = EP. Nos meses em que a

infiltração é menor que a evapotranspiração potencial (I - EP) < 0, a evapotranspiração

real é condicionada ao grau de umidade do solo.

ER = EP + [ ( I - EP ) - AS ]

ER=I - AS

PER = percolação (mm).

PER = P - ES - AS – ER

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112

Tabela 16 - Armazenamento de Água no Solo (AS) em Função da Evapotranspiração Potencial

Acumulada NEG (1 – EP) – Solo Argiloso

NEG. (I – EP) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

0 150 149 148 147 146 145 144 143 142 141

10 140 139 138 137 136 135 134 133 132 131

020 131 130 129 128 127 127 126 125 124 123

30 122 122 121 120 119 118 117 115 115 114

40 114 113 113 112 111 111 110 109 108 107

50 107 106 106 105 104 103 103 102 101 100

60 100 99 98 97 97 97 96 96 94 93

70 93 92 92 91 90 90 89 89 88 87

80 87 86 86 85 84 84 84 83 83 82

90 82 81 81 80 79 79 78 77 77 76

100 76 76 75 75 74 74 73 72 72 71

110 71 71 70 70 69 69 68 68 67 67

120 66 65 65 65 65 64 64 63 63 62

130 62 62 61 61 60 60 60 59 59 58

140 58 58 57 57 56 56 55 55 54 54

150 54 53 53 53 52 52 52 52 51 51

160 51 51 50 50 50 49 49 48 48 47

0170 47 47 47 46 46 46 45 45 45 44

180 44 44 44 43 43 43 42 42 42 41

190 41 41 41 40 40 40 40 39 39 39

200 39 38 38 38 37 37 37 39 36 36

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210 36 36 35 35 35 35 35 34 34 34

220 34 34 33 33 33 33 33 32 32 32

0230 32 31 31 31 31 31 30 30 30 30

240 30 29 29 29 29 29 28 28 28 28

250 28 27 27 27 27 27 26 26 26 26

260 26 26 25 25 25 25 25 24 24 24

270 24 24 24 23 23 23 23 23 23 23

280 22 22 22 22 22 22 22 22 22 21

290 21 21 21 20 20 20 20 20 20 20

300 20 19 19 19 19 19 19 19 18 18

310 18 18 18 18 18 18 18 17 17 17

320 17 17 17 17 17 17 17 16 16 16

330 16 16 16 16 16 16 16 15 15 15

340 15 15 15 15 15 15 14 14 14 14

350 14 14 14 14 14 14 14 13 13 13

360 13 13 13 13 13 13 13 12 12 12

370 12 12 12 12 12 12 12 12 11 11

0380 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11

390 11 11 11 10 10 10 10 10 10 10

400 10 10 10 10 10 10 10 10 9 9

410 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9

420 9 9 9 8 8 8 8 8 8 8

430 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8

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114

440 8 8 8 7 7 7 7 7 7 7

450 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7

460 7 7 7 7 6 6 6 6 6 6

470 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6

480 6 6 6 6 6 6 6 6 5 5

490 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5

500 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5

510 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4

520 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

530 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

540 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

550 4 4 4 4 4 4 4 3 3 3

560 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

570 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

580 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

590 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

600 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2

610 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

620 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

630 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

640 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

650 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

660 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

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670 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

680 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1

690 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

700 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

710 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

720 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

730 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

740 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

750 1 1

760 1 1

770 1 1

780 1 1

790 1 1

800 1 1

810 1 1

820 1 1

830 1 1

840 1 1

Fonte: ECOPARANA, 2009.

000.592.2

. APERQm

lts/s

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116

Tabela 17 – Balanço Hídrico

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Vazões Específicas na Bacia de Interesse

Indicador de Mínima 95 % de permanência 2,94 l/s/Km2

Possível de ser regularizada 60 % de permanência 11,12 l/s/Km2

Média ao longo do período 38 % de permanência 19,25 l/s/Km2

Área de Bacias contribuindo para a área do Parque Ambiental Rio Palmital

A1 = 1,60 km2 Rio do Lago

A2 = 0,68 km2 Rio do Parque

A3 = 0,48 km2 Rio da Divisa

A4 = 1,24 km2 Rio do Vizinho Marcelo Costa

Área da Gleba: 1,55 km2

Algumas informações adicionais podem ser visualizadas na figura e tabela

abaixo.

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117

Figura 17 – Sub bacias da área do Parque Ambiental Rio Palmital

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Tabela 18 – Vazão de recarga dos aquíferos em l/s por sub bacia na área do estudo

Área Vazão (lts/s)

A1 0,06 0,04 0,03 0,01 0,02 0,02 0,01 0,00 0,03 0,03 0,02 0,04

A2 0,02 0,02 0,01 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,02

A3 0,02 0,02 0,01 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,02

A4 0,04 0,03 0,02 0,01 0,02 0,02 0,01 0,00 0,02 0,02 0,01 0,03

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Verifica-se que as vazões de recarga do aquífero (Tabela 18) são insuficientes

para garantir suprimento do Parque em períodos de maiores secas, como a que se

apresenta no corrente ano. Recomendamos a instalação de poço profundo a ser

escavado no local indicado na planta geral de drenagem e na planta síntese. Esta

escavação será feita em diâmetro de 6” através de sonda rotativa pneumática, montada

sob chassis de caminhão. Prevê-se a escavação de 60 m de profundidade conforme

detalhe do poço.

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118

Qualidade das águas No que se refere à qualidade das águas naturais com potencial de captação

para garantir o suprimento dos lagos pré-existentes e projetados, sem solução de

continuidade no que se refere à manutenção permanente dos níveis hidráulicos (altura

do perímetro molhado) independentemente de estação do ano ou condições críticas de

balanço hídrico, mesmo momentâneas, são os córregos ou a captação em poço

profundo. Existem ainda as pequenas nascentes e a área de drenagem do clube de

golfe, que atualmente abastecem os lagos existentes 01 e 02, mas que são

insuficientes para os objetivos deste trabalho.

Assim, a decisão acerca da captação envolve análises de custo e benefício em

relação à qualidade das águas.

No âmbito do presente projeto, foram coletadas pela SUDERHSA cinco

amostras nos lagos ali existentes, sendo as mesmas analisadas no Laboratório de

Pesquisas Hidrogeológicas da UFPR, as coletas foram realizadas no dia 17/03/2009.

A Tabela 19 a seguir relaciona os pontos amostrados.

Tabela 19 - Relação de Pontos Amostrados no Parque Ambiental Rio Palmital

Ponto Local Coordenada X Coordenada Y

P1 Jusante lagoa do Clube 684300 7190083

P2 Jusante lagoa Parque 684369 7189029

P3 Lago 684369 7189260

P4 Córrego de divisa 684419 7188110

P5 Córrego do vizinho 684374 7187954

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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119

Figura 18 - Rio Palmital junto à ponte da Estrada da Graciosa.

Sinais de excesso de matéria orgânica e de sólidos em suspensão na divisa da área do futuro Parque.

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 19 - Resíduos sólidos e assoreamento junto à ponte da Graciosa vizinha à área do Parque.

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Na Tabela 20 e 21 a seguir são apresentados os resultados dos parâmetros

analisados:

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120

Tabela 20 – Análises Laboratoriais – parte 1

Parâmetros Pontos de Coleta

Padrão

Classe 2

P01 P02 P03 P04 P05

Aspecto “in natura” límpida límpida Límpida límpida límpida Límpida

Cor (uH) 15,00 60,00 40,00 30,00 30,00 30,00

Turbidez (UT) 5,00 18,00 20,00 7,00 13,00 9,00

Odor N.O. N.O. N.O. N.O. N.O. N.O.

Condutividade (uS/cm) a 250 C 56,30 96,30 174,7 54,00 80,4

pH 6<pH<9,5 5,97 6,54 6,89 6,25 6,66

Alcalinidade Total - CaCO3 (mg/l) 16,13 37,43 63,17 19,77 28,67

Alcalinid. à fenolftalenina(mg/l) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Dureza Total – CaCO3 (mg/l) 500,00 29,12 58,99 60,27 31,79 48,39

Acidez – CaCO3 (MG/l) 6,70 4,20 6,70 5,80 3,30

Dióxido Carbono Livre-CO2(mg/l) 5,90 3,70 5,90 5,10 2,90

Nitrogênio Kjeldahl Total-N(mg/l) 0,49 0,21 2,50 0,10 0,12

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Tabela 21 – Análises Laboratoriais – parte 2

Parâmetros Pontos de Coleta

Padrão

Classe 2

P01 P02 P03 P04 P05

Nitrogênio Amoniacal-N(NH3)(mg/l) 3,7pH≤7,5

2,0 p/ 8≤pH≤7,5

1,0 p/pH≤7,5

0,5 p/ pH≤85

0,38 0,15 1,80 0,07 0,08

Nitrogênio Orgânico (mg/l) 0,11 0,05 0,70 0,03 0,04

Sólidos Totais a 1030 C (mg/l) 35,00 65,00 176,00 45,00 57,00

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Sólidos Suspensos Totais (mg/l) <5,00 <5,00 <5,00 <5,00 <5,00

Sólidos Dissolvidos Totais (mg/l) 1.000,00 35,00 65,00 176,00 45,00 57,00

Sílica Dissolvida - SiO2 (mg/l) 3,40 7,00 8,80 7,80 4,10

DQO– Demanda Química de O (mg/l)

47,00 19,00 35,00 29,00 25,00

Bicarbonato – HCO3 (mg/l) 19,67 45,66 77,06 24,12 44,98

Carbonato - CO3 (MG/l) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Hidróxido - OH (mg/l) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Cloreto – Cl (MG/l) 250,00 8,21 7,88 26,09 8,37 4,92

Fluoreto - F (MG/l) 1,50 <0,001 0,78 0,14 <0,01 <0,01

Fosfato – PO4 (mg/l) <0,03 <0,03 2,49 <0,03 <0,03

Sulfato – SO4 (mg/l) 250,00 <1,00 <1,00 <1,0 <1,0 <1,00

Nitrato – NO3 (mg/l) 45 <0,04 0,66 37,13 0,08 0,62

Nitrito – NO2 (mg/l) 3 <0,01 <0,01 4,92 0,03 0,06

Cálcio – Ca (mg/l) 7,99 11,47 18,64 8,04 15,21

Magnésio - Mg (mg/l) 1,75 5,78 2,63 2,24 1,99

Sódio – Na (mg/l) 200,00 0,70 2,40 25,66 3,20 1,40

Potássio – K (mg/l) 1,10 1,90 3,30 0,80 1,70

Ferro Total – Fe (MG/l) 0,30 1,80 1,18 1,42 1,06 0,63

Manganês - Mn (mg/l) 0,10 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01

N.O. – Não Objetável

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Conclui-se que os parâmetros que ultrapassaram o limite da classe 2 dos cursos

d’água existente na região do Parque são cor, turbidez e ferro total em todos os pontos

de coleta. Adicionalmente observa-se também a presença de nitrito ultrapassando o

limite da classe no P03.

A análise de viabilidade da captação a céu aberto ficou parcialmente prejudicada

pela ausência de parâmetros como a DBO, Coliformes Totais e Coliformes Fecais.

Entretanto, os dados existentes acrescidos ao fato dos cursos d’água em pauta

drenarem áreas habitadas (mesmo com sistema de coleta de esgotos), podem

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122

acarretar em elevado teor de sedimentos, baixo pH, dentre outros elementos

indicadores, associados ao fator custo benefício.

Descarta-se, portanto, a possibilidade de captação e distribuição da água até os

lagos projetados através da implantação de canaletas de drenagem superficial em

função do custo envolvido que garanta um baixo teor de sedimentos das águas

superficiais dentre outros parâmetros advindos da ocupação humana.

Capacidade de origem de suprimento de água Este estudo visa determinar a capacidade e a origem de suprimento de água

para as demandas do parque, exceto no que se refere às águas de abastecimento

público e contato primário. Na área onde será instalado o Palmital 1 já existem dois

lagos artificiais que foram incorporados ao projeto.

As análises iniciais também contemplaram a possibilidade de utilização da água

advinda de nascente localizada dentro do condomínio Alphaville, onde existe um

reservatório, com vertedouro, que, em sua continuidade possui canal, no sentido

leste/oeste, ao norte da área de projeto.

A Figura 20 a seguir mostra a nascente formadora do reservatório de Alphaville.

Estima-se uma vazão muito baixa para esta nascente, na ordem de 4l /min, já que a

mesma não é suficiente para encher o reservatório até o nível de seu vertedouro,

conforme pode ser observado nas Figuras 20, 21, 22 e 23.

Figura 20 - Nascente do Reservatório de Alphaville

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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Figura 21 - Nível de água do reservatório do condomínio Alphaville em relação ao extravasor

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 22 - Visão do reservatório do condomínio Alphaville

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 23 - Outra visão do nível de água do reservatório do condomínio Alphaville em relação ao extravasor

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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124

As figuras 24, 25, 26 e 27 apresentam a galeria que foi construída para a época

das chuvas quando, de acordo com depoimentos colhidos no local, a água atinge cerca

de um metro de altura, através do canal extravasor, o que condiz com os dados

pluviométricos analisados. No entanto esta água é poluída, pois carreia sedimentos de

áreas ocupadas pela urbanização a montante do reservatório do condomínio Alphaville.

Figura 24 - Galeria após o extravasor

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 25 - Visão da galeria

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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125

Figura 26 - Saída da Galeria

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 27 - Visão interna da Galeria

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Portanto esta água não interessa para preenchimento dos Lagos 01 e 02

projetados.

Conforme pode ser observado na Figura 28 a seguir, existe uma contribuição a

montante da galeria do reservatório de Alphaville, aqui denominado Ponto A, onde

observa-se uma contribuição de água, com vazão estimada em 7l/min que pode ser

oriunda de drenagem do campo de golfe do Alphaville ou de olho d’água, dentro da

área pertencente ao condomínio.

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126

Figura 28 - Contribuição Ponto A

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Esta contribuição poderia ser interessante para o preenchimento dos Lagos 01 e

02, projetados no Parque Ambiental Rio Palmital, requerendo sua captação através de

canalização específica e condução a área de cisterna que, através de bombeamento

ou por gravidade, poderia abastecer o parque. Caso não haja canalização específica

para Ponto A, esta água se misturará à água de chuva, o que não é desejável face à

poluição ali existente.

O figura esquemática a seguir, localiza esta alternativa, como alternativa 1.

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127

Figura 29 - Alternativas hidrológicas para o suprimento do Parque

Fonte: ECOPARANA, 2009.

No entanto, esta solução implicará em obra dentro do condomínio Alphaville e na

área da Polícia Militar, sendo a primeira para a canalização da água e a segunda para

a construção da cisterna face a baixa vazão do Ponto A. Não é, portanto, uma solução

recomendável, face as implicações inerentes a tais posicionamentos geográficos.

A única outra opção de fonte de água identificada na continuidade do canal a

montante do reservatório de Alphaville é o Ponto B, localizado no mapa esquemático

anterior, onde identifica-se uma vazão praticamente insignificante, de

aproximadamente 2l/min. Seu aproveitamento incorre em obras similares já nomeadas

para o Ponto A.

Face a estas circunstâncias, optou-se pelo aproveitamento, da água advinda dos

Lagos existentes 01( alternativa 2 no mapa) associada a poço profundo ( alternativa 4

no mapa) e Lago 02 por extravazamento, também localizado no mapa esquemático

com alternativa 3. Os dois lagos existentes estão inteiramente contidos na área do

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128

Parque Ambiental Rio Palmital e situados em uma subbacia que tem pequena

contribuição externa.

O Lago existente 01 forma-se a partir da drenagem superficial da área a jusante

e infere-se que possua também uma nascente no seu interior. O Lago existente 02,

conforme pode ser observado nas Figuras 30, 31 e 32 a seguir, tem sua formação

devida à drenagem do clube de golfe do condomínio Alphaville, que dispõe de eficiente

sistema de drenagens superficial e subsuperficial, canalizadas para descarga e

alimentação deste lago.

Figura 30 - Origem das águas do Lago existente 02

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 31 - Origem das águas do Lago existente 02

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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129

Figura 32 - Formação do Lago existente 02

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Os Lagos existentes 01 e 02 possuem aproximadamente 1,5 m de profundidade

e cerca de 2.994 m² e 1.302m² de área superficial. Ou seja, comportam

respectivamente um volume estimado de 4.491 m³ e 1.953 m³ de água. Portanto em

conjunto, comportam 6.444 m³ de água, sendo que o Lago existente 01 comporta

quase 70% deste volume.

A pequena sub-bacia que abastece estes dois lagos tem sido suficiente para,

segundo informações colhidas no local, mantê-los cheios a maior parte do ano.

Entretanto, durante os trabalhos de campo, no período crítico de seca, em maio de

2009, os lagos estavam com nível baixo, especialmente o Lago existente 01, que

apresentava cerca de 60 % de seu volume total. Em entrevista de campo com policiais

militares lotados no Regimento Coronel Dulcídio, que funciona no local, foi dado

conhecimento que o lago, formado por barragem artificial, mantém-se cheio

praticamente o ano todo, sendo raro verificar o nível de esvaziamento observado neste

ano. No entanto, para suprir a baixa vazão deste lago, está previsto um poço profundo,

que bombeará água para ante-câmara situada no mesmo, devidamente

impermeabilizada, dotada de boia que acionará o mecanismo da bomba, quando

detectado baixo nível da água. Esta câmara está detalhada no projeto Hidrosanitário.

As Figuras 33, 34 e 35 apresentam o Lago existente 01 e Lago existente 02

respectivamente.

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Figura 33 - Lago existente 01

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 34 - Lago existente 02

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Figura 35 - Lago existente 02

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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131

Conclusão da solução hidrológica

Em síntese, a solução hidrológica proposta é a seguinte:

Existem 5 captações de águas opcionais para suprimento do Parque Ambiental

Rio Palmital:

1. A água advinda do canal a montante do reservatório do condomínio Alphaville

2. Lago existente 01

3. Lago existente 02

4. Poço profundo

5. Água da rede da SANEPAR.

A primeira alternativa de captação de água foi descartada em função das

justificativas anteriormente expostas.

As opções hidrológicas propostas são as seguintes:

Fonte: Lago existente 01- Alternativa 2

Alimenta os seguintes componentes:

-Wetland (por canaleta a céu aberto)

-Cascata da Wetland

-Laje jardim do Centro de visitantes (por canaleta a céu aberto e tubulação)

-Lago 01 ( por canaleta a céu aberto)

-Espelho d’água (por canaleta a céu aberto em desnível com o Lago 01)

-Lago 02 (por canaleta a céu aberto em desnível com o Lago 01)

A condução da água até a Wetland será por canaleta a céu aberto A Wetland

será criada através de um pequeno arrimo que propiciará o acúmulo de água em

localização definida em planta de situação, entre duas churrasqueiras, onde existem

condições topográficas para tal. O extravazamento desta água formará a cascata com

aproximadamente 60 cm de altura e que possuirá um vertedor, pois a baixa vazão

requer o máximo aproveitamento da água de superfície. Este vertedor deposita a água

sobre uma canaleta também a céu aberto que, por gravidade, levará esta água, à laje

jardim.

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132

A laje jardim, conforme detalhamento em projeto arquitetônico possui canaleta

em concreto que conduz a água a um rasgo horizontal (detalhe no projeto

arquitetônico) na mesma, formando uma queda com altura equivalente a um pé direto.

Na base desta queda d’água existe um pequeno espelho d’água (detalhe no

projeto arquitetônico) que dentro do sistema hidráulico, atuará como uma caixa de

passagem, lançando a água, através de vertedor sobre outra canaleta a céu aberto que

a conduz ao Lago 01. Este será impermeabilizado somente ao longo de suas bordas,

permitindo que recarga d’água seja efetivada pelo lençol freático e eventuais nascentes

que porventura existirem. Está prevista a retirada do material orgânico existente,

garantindo a permeabilidade do mesmo.

Do Lago 01 a água é conduzida, por gravidade, ao Espelho d’água da praça

central, que também terá a função de uma caixa de passagem de maiores dimensões,

conduzindo está água ao Lago 02, também por gravidade.

Estima-se o desnível de aproximadamente 25 cm, entre o Lago 01 e o Espelho

d’água da praça central e deste ao Lago 02, totalizando 50 cm, numa distância de

aproximadamente 50 m, sendo 25 m de canaleta a céu aberto, de cada lado do

Espelho d’água da praça central.

Poço profundo – Alternativa 4

Alimenta o seguinte componente:

Lago existente 01, para suprir a demanda na estiagem e garantir a vazão para

os componentes alimentados pelo Lago existente 01, acionado por boia ali

localizada.

A função do poço é bombear água para o Lago existente 01, para complementar

a vazão, em época de estiagem. A bomba do poço só será acionada, quando o nível da

água não atingir os nível mínimo de extravazão.

Lago existente 02- Alternativa 5

Alimenta o seguinte componente:

Por extravasamento alimenta o Lago 02.

Também é contribuinte do Lago 02 toda a drenagem superficial do terreno.

Rede de água da SANEPAR - Alternativa 5

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133

Alimenta os seguintes componentes:

-Centro de Visitantes

-Sanitários

-Churrasqueiras

-Anfiteatro

A justificativa da opção de alimentar o Anfiteatro com a água da SANEPAR é o

fato do circuito da água ser fechado, sendo bombeada do espelho d’água inferior para

as cascatas nas laterais das arquibancadas do anfiteatro, não implicando em alto

consumo de água ou de energia, pois possui vazão de 30 m³/hora, altura manométrica

16 m de coluna d’água e o motor é de 3HP.

No caso de ser alimentada por outra fonte seria, de qualquer forma, necessária a

bomba para garantir o funcionamento da cascata. Outra vantagem adicional do uso da

água da SANEPAR é a garantia da qualidade da água dentro do espelho d’água e da

cascata.

No projeto Hidrosanitário foi previsto um sistema de filtragem que garante a

limpeza e desinfecção da água, não sendo necessária sua substituição periódica nem

incorrendo em risco de utilização de uma água suja ou salobra.

Cálculo da capacidade das canaletas de alimentação da wetland em

relação às vazões máximas

Para efeito de dimensionamento dos canaletas e da rede externa que extravasa

o Lago nº 1, foi adotado para o cálculo do índice pluviométrico a equação de chuvas de

Curitiba, ou seja:

i = 99,167 x TR^0,217/(Tc + 26)^1,15 onde:

TR = tempo de recorrência - Adotado 5 anos

Tc = tempo de concentração – Adotado 0

Para o dimensionamento do vertedouro do Lago existente 01, foi adotada a

fórmula de Francis:

Q = 1,838 x H^1,5 x L onde:

L = largura do vertedouro (m)

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134

H = altura da lâmina de água (m)

Q = vazão (m³/s)

A justificativa é que o tempo de recorrência de 5 anos foi adotado em função de

se tratar de uma obra em que o risco de alagamentos é pequeno. O tempo de

recorrência é alto para obras com áreas críticas e de grande responsabilidade como,

por exemplo, represas hidrológicas, etc.

Para o tempo de concentração foi adotado o valor de 0 (zero), o que aumenta o

valor do índice pluviométrico .

No caso da obra em questão, como as superfícies tem as áreas quase que

totalmente gramadas, a infiltração da água no solo retarda os efeitos de uma enchente

quando ocorre uma chuva de proporções intensas.

Para o cálculo da área efetiva que contribuirá para a determinação da Vazão

(Q), foi considerado o fator de 30% da bacia que precipita para o Lago existente 01.

Esta área determinada foi de 18.000,00 m² incluindo o lago que tem área de

3.236,00 m².

Conforme considerações acima, teremos os seguintes parâmetros para cálculo:

Precipitação Pluviométrica - i = 192,65 mm/h

Área de contribuição - A = 7.665,00 m²

DIMENSIONAMENTO:

Vertedouro Lago existente 01:

L = 1,90 m

H máx = 0,25m

Q max = 436,52 l/seg

Conforme podemos observar na planilha de cálculo a seguir, a vazão mínima

será de 185,56 l/s, no trecho M-N, com declividade de 0,9661 m/m.

Esta vazão servirá de referência para o Lago existente 01, pois conforme o

cálculo do vertedouro, a capacidade máxima de captação de água do lago será de

436,52 l/s e só poderá ser lançada na canaleta 185,56 l/s. Para controlar esta vazão,

determinou-se a altura da lâmina de água na canaleta de 0,20 cm, conforme detalhe da

Caixa de Controle de Vazões Extremas no projeto Hidrosanitário. Esta lâmina garante

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135

uma vazão de 176,20 l/s que será a vazão que circulará em todo o trajeto das

canaletas, evidentemente proporcionada pela precipitação pluviométrica considerada

de 5 anos.

A diferença entre a vazão lançada na canaleta e a vazão para o tempo de

recorrência de 5 anos (410,184 l/s), será compensado pelo tubo extravasor de 500 mm

(261,807 l/s) conforme planilha de cálculo - 1.

Vertedouro Wetland:

L = 0,70 m

H máx = 0,28m

Q max = 190,62 l/seg

Conclui-se que a capacidade da Wetland é suficiente para escoar a vazão que

chega ao montante (185,56 l/s).

Tabela 22 – Informações adicionais

Fonte: ECOPARANA, 2009.

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136

e) Projeto Wetland

Wetlands, ou Terras Úmidas, são ecossistemas formados em áreas de várzeas,

lagos e rios onde a biota se apresenta adaptada em termos de respiração, alimentação,

fixação e metabolismo em geral, contribuindo para manter a área úmida, e conservar a

água, ao mesmo tempo em que se apresentam como filtros naturais que absorvem

nutrientes, diminuindo a turbidez (sólidos em suspensão) e retendo organismos mortos

(removendo DBO) e componentes químicos, inclusive alguns metais pesados.

As vegetações macrófitas oferecem substrato alimentar e suporte para todo um

ecossistema que envolve invertebrados, fitoplancton em geral, zooplancton, bentos

(fundo), insetos, ictiofauna, e, por consequência a cadeia alimentar relacionada –

répteis, pequenos mamíferos, etc. Os solos saturados das várzeas tornam-se anóxicos,

efeito este potencializado pela deposição de sedimentos orgânicos, em maior ou menor

grau, e pelo regime hidrológico – lótico (água corrente), lêntico (lagos, barragens,

várzeas, etc.).

No que se refere ao Parque Ambiental Rio Palmital, a área de contribuição

hídrica a montante, como relatado anteriormente nos estudos hidrológicos, está

dividida em pequenas sub-bacias. As sub-bacias que contribuem para os dois lagos

existentes junto ao campo de golfe do condomínio Alphaville, localizados ambos em

cota superior à dos futuros lagos do Parque, não estão em contato com fontes de

poluição importantes.

A maior fonte de matéria orgânica ali existente é proveniente do escoamento

superficial da área do Regimento de Polícia Montada do Estado do Paraná onde existe

a criação de cavalos. Ali são alojados permanentemente cerca de 80 a 90 animais,

inclusive animais doentes e em recuperação.

No presente, verifica-se também o pastoreio de gado de propriedades vizinhas

que invadem a área, especialmente à noite. Nesta área trabalham em média oito

policiais militares fixos. Verifica-se, paralelamente a este tipo de uso, (apesar da falta

de análises laboratoriais importantes, como a DBO e a Coliformes Total e Fecal), que a

água dos lagos citados não apresenta grau de poluição suficiente que justifique a

implantação de uma wetland para este fim.

Conforme analisado nos Estudos Hidrológicos desenvolvidos no âmbito do

projeto executivo do Parque, identificam-se quatro sub-bacias do Rio Palmital na área

do parque, a seguir:

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137

A1 = 1,60 km2 Rio do Lago

A2 = 0,68 km2 Rio do Parque

A3 = 0,48 km2 Rio da Divisa

A4 = 1,24 km2 Rio do Vizinho Marcelo Costa,

Na Tabela 22 a seguir, podem ser observadas as vazões de recarga nestas sub-

bacias, que variam de 0,04 lts/s a 0,03 lts/s, ou seja, vazões consideradas irrisórias que

equivalem, no máximo, a 144l/hora.

Tabela 23 - Vazão de recarga nas sub-bacias do Parque Ambiental Rio Palmital

Área Vazão (lts/s)

A1 0,06 0,04 0,03 0,01 0,02 0,02 0,01 0,00 0,03 0,03 0,02 0,04

A2 0,02 0,02 0,01 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,02

A3 0,02 0,02 0,01 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,02

A4 0,04 0,03 0,02 0,01 0,02 0,02 0,01 0,00 0,02 0,02 0,01 0,03

Fonte: ECOPARANA, 2009.

Portanto, verifica-se que tais vazões de recarga do aquífero são insuficientes

para garantir suprimento do Parque em períodos de maiores secas, como a que se

apresenta no corrente ano. Por esta razão, recomendou-se a construção de um poço

profundo, com vazão de 2000l/hora, para garantir este suprimento, conforme

conclusões dos Estudos Hidrológicos e sugestão dos consultores da SUDERHSA.

Entretanto, como o Parque tem um cunho educativo, é cabível implantar uma

Wetland artificial integrando o sistema de suprimento hidrológico do Parque, com

povoamento de espécies aquáticas adequadas, visando a educação ambiental.

Portanto a Wetland será criada a partir da conjugação do suprimento de água

com um pequeno movimento de terra no circuito de alimentação dos Lagos 01 e 02.

Cria-se uma pequena barragem natural que permite a acumulação das águas advindas

do Lago existente 01 que somente recebe a contribuição do escoamento superficial do

campo de golfe citado. Ali serão introduzidas as espécies vegetais adequadas a esta

classificação de áreas úmidas.

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138

A Wetland está mapeada na planta geral de situação do Parque Ambiental Rio

Palmital e detalhada em projeto específico Hidrosanitário com respectivo memorial

justificativo e explicativo.

Adicionalmente, a natureza dos solos, conforme identificado nos distintos pontos

de sondagem, é predominantemente argilosa e de baixa permeabilidade. No entanto,

esta baixa permeabilidade ainda deve ser aumentada na Wetland, em face da

necessidade de preservação da água da percolação evitando perdas, pois a mesma

integra o sistema hidrológico alimentador do Parque.

A criação da Wetland dentro do Parque tem caráter puramente educacional, pois

não se coaduna com as características de solos argilosos e baixa vazão. As Wetlands

naturais são conhecidas como terras úmidas, brejos, várzeas, pântanos, manguezais e

lagos rasos. Este não é o caso da Wetland do Parque Ambiental Rio Palmital, portanto

trata-se de uma Wetland artificial.

Ainda conforme os Estudos Hidrológicos realizados, a viabilidade da captação a

céu aberto das bacias amostradas ficou parcialmente prejudicada pela ausência de

parâmetros como a DBO, Coliformes Totais e Coliformes Fecais. Entretanto, os dados

existentes acrescidos ao fato dos cursos d’água em pauta drenarem áreas habitadas

(mesmo com sistema de coleta de esgotos), podem acarretar em elevado teor de

sedimentos, baixo pH, dentre outros elementos indicadores, associados ao fator custo

benefício.

Por esta razão, o sistema hidrológico de abastecimento do Parque Ambiental Rio

Palmital, amplamente discutido com todos os membros partícipes da equipe técnica da

contratada e contratante do projeto executivo, optou pela alternativa deste suprimento,

através do Lago existente 01, associado a um poço profundo.

Este sistema alimenta os seguintes componentes:

-Wetland (por canaleta a céu aberto)

-Cascata da Wetland

-Laje jardim do Centro de visitantes (por canaleta a céu aberto e tubulação)

-Lago 01 ( por canaleta a céu aberto)

-Espelho d’água (por canaleta a céu aberto em desnível com o Lago 01)

-Lago 02 (por canaleta a céu aberto em desnível com o Lago 01)

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Conclui aquele relatório:

“A condução da água até a Wetland será por canaleta a céu aberto. A

Wetland será criada através de um pequeno arrimo que propiciará o acúmulo de

água em localização definida em planta de situação, entre duas churrasqueiras,

onde existem condições topográficas para tal. O extravasamento desta água formará

a cascata com aproximadamente 60 cm de altura e que possuirá um vertedor, pois a

baixa vazão requer o máximo aproveitamento da água de superfície. Este vertedor

deposita a água sobre uma canaleta também a céu aberto que, por gravidade,

levará esta água, à laje jardim”.

Apesar do elemento alimentador da Wetland ser uma canaleta a céu aberto, a

água advém do Lago existente 01, cuja nascente está contida na área do Parque ou do

poço profundo, que passa o provedor da água, na ausência da mesma no Lago em

pauta, de forma automática.

O projeto desenvolvido para a Wetland do Parque seguiu literalmente a

conclusão supra, de consenso dos partícipes no projeto da ECOPARANA. É de

conhecimento universal que o sistema Wetland destaca-se pela sua capacidade de

remover carga poluidora, manter a conservação dos ecossistemas terrestres e

aquáticos, reduzir o aquecimento global da terra, fixar o carbono do meio ambiente,

mantendo o equilíbrio do CO2, além de conservar a biodiversidade. Por esta razão, é

frequentemente destinada ao tratamento de águas residuárias, pois são, neste

contexto, ecossistemas que funcionam como receptores de águas naturais e águas

produzidas por atividades antrópicas.

As Wetland construídas são sistemas artificialmente projetados para utilizar

plantas aquáticas (macrófitas) em substratos como areia, cascalhos ou outro material

inerte, onde ocorre a proliferação de biofilmes que agregam populações variadas de

microrganismos os quais, por meio de processos biológicos, químicos e físicos, tratam

águas residuárias (Sousa et al., 2000; Sousa et al., 2003).

As macrófitas aquáticas utilizadas nos sistemas Wetland construídos podem ser

de dois tipos: emergentes e flutuantes. Para escolhê-las, deve-se observar os

seguintes critérios: fácil propagação e crescimento rápido; alta capacidade de absorção

de poluentes; tolerância a ambiente eutrofizado; fácil colheita e manejo e valor

econômico.

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Como a Wetland em pauta, não trata absolutamente, qualquer água residual, e

sim, possui caráter puramente educacional, seu povoamento será constituído pelas

mesmas macrófitas emergentes e flutuantes, a título de demonstração, conforme

especificação ao final do presente memorial.

Descrição técnica da Wetland

Localização e características físicas

O nível da água da Wetland está situado na cota 891,75 m do terreno do

Parque. Tal localização, conforme consenso permite melhor amplitude de visitação

pelos usuários do Parque. Possui superfície de 371 m² e comporta 134,5 m³ de água. A

profundidade é de 50 cm, estando o fundo da Wetland no nível 891,25m.

Suprimento de água

A condução da água até a Wetland é por canaleta a céu aberto. A Wetland foi

criada através de um pequeno arrimo que propicia o acúmulo de água, entre duas

churrasqueiras, onde existem condições topográficas para tal. No entanto será

necessária uma escavação de aproximadamente 227,24 m³ de terra, para a formação

do lago. Trata-se, portanto de uma Wetland artificialmente criada. O fluxo mais

indicado para a realidade local é horizontal.

O extravasamento da água forma uma pequena cascata de 75 cm de altura,

através de vertedor em concreto, pois a baixa vazão requer o máximo aproveitamento

da água na superfície. Este vertedor deposita a água sobre uma canaleta também a

céu aberto em concreto pré-moldado, acompanhando as especificações das canaletas

padronizadas para o Parque.

Espécies vegetais

A definição das espécies vegetais seguiu o preconizado por LIMA, M.R.et Al:

“Um método que pode ser eficiente e que tem baixo custo de implantação, é

a utilização de plantas aquáticas e sua microbiota com o fim de remover, degradar

ou isolar substâncias tóxicas do ambiente. A utilização de plantas aquáticas como

“agente purificador” em hidroponia, justifica-se pela sua intensa absorção de

nutrientes e pelo seu rápido crescimento, como também por oferecer facilidades de

sua retirada das lagoas e ainda pelas amplas possibilidades de aproveitamento da

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biomassa colhida (GRANATO, 1995). O aguapé, principalmente tem sido reportado

como planta capaz de promover reduções de nitrogênio e fósforo, sólidos

suspensos, carbono orgânico dissolvido e coliformes, e no tratamento de esgoto

doméstico e industrial (TRIPATHI e SHUKLA, 1991), além de impacto paisagístico

positivo, e produzir sombra à superfície, impedindo o crescimento explosivo de algas

(GUERREIRO et al., 1999). Esta planta é sugerida para uso como fertilizante, ração

animal, geração de energia (biogás ou queima direta), fabricação de papel,

cobertura orgânica morta (“mulching”), matéria prima para compostagem

(MEDEIROS et al,1999), substrato para orquídeas, alimento de animais (PERAZZA

et al.,1981).”

A Wetland se dará é através da seguinte espécie vegetal:

Taboa (Typha domingensis)

Esta espécie tem sido reportada como planta capaz de promover reduções de

nitrogênio e fósforo, sólidos suspensos, carbono orgânico dissolvido e coliformes, e no

tratamento de esgoto doméstico e industrial, além de impacto paisagístico positivo, e

produzir sombra à superfície, impedindo o crescimento explosivo de algas.

Efetivamente, conforme (OLIJNYK,2008) em sua pesquisa “Avaliação da

nitrificação e desnitrificação de esgoto doméstico empregando filtros plantados

com macrófitas (wetlands) de fluxos vertical e horizontal – sistemas híbridos” que

objetivou avaliar a nitrificação e desnitrificação de esgotos domésticos por meio de

sistemas híbridos de filtros plantados com macrófitas, a pesquisa consistiu no estudo

de seis unidades piloto de FPMV plantados com Typha domingensis e os efluentes

destas seis unidades foram conduzidos para dois FPMH (10,0 m² e 0,60 m de

profundidade, cada módulo), também com Typha domingensis. A Typha se caracteriza

como uma espécie de referência.

De acordo com (ESTEVES, 1998), in (OLIJNYK,2008) , dada à heterogeneidade

filogenética e taxonômica das macrófitas aquáticas, estes vegetais são geralmente

classificadas segundo seu biótipo, nos seguintes grupos ecológicos:

“a) macrófitas aquáticas emersas ou emergentes: enraizadas, porém com

folhas fora d'água. Ex: Eleocharis, Typha;

b) macrófitas aquáticas com folhas flutuantes: enraizadas e com folhas

flutuando na superfície da água. Ex: Nymphaea, Nymphoides;

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c) macrófitas aquáticas submersas enraizadas: enraizadas, crescendo

totalmente submersas na água. Ex: Egeria, Mayaca;

d) macrófitas aquáticas submersas livres: permanecem flutuando submergidas

na água. Geralmente prendem-se aos pecíolos, talos e caules de outras

macrófitas. Ex: Utricularia.

e) macrófitas aquáticas flutuantes: flutuam na superfície da água. Ex: Lemna,

Azolla.”

Entre as três das macrófitas que são mais empregadas em filtros plantados em

todo o mundo a Typha está presente. A Typha é portanto, uma macrófita aquática

emersa enraizada e com folhas. As raízes das plantas do gênero Typha atingem

penetrações no material filtrante da ordem de 0,3 a 0,4 m, portanto atendendo à

condição de águas circulantes da wetland em pauta.

Adicionalmente, e ainda conforme (OLIJNYK, 2008), são as seguintes as

propriedades das macrófitas na ação de auxílio no tratamento de esgotos:

“Papel das macrófitas nos wetlands construídos.

Parte aérea (tecidos)

- Atenuação da luminosidade = redução do crescimento de fitoplâncton;

- Redução da velocidade do vento = redução da resuspensão de material

sólido (verificado em wetlands de escoamento superficial);

- Potencial estético – embelezamento paisagístico

- Armazenamento de nutrientes;

Tecidos da planta em contato com a água (esgoto)

- Promoção da filtração;

- Redução da velocidade de escoamento = aumento da taxa de sedimentação

e evita a resuspensão de sólidos;

- Dispõem grande área para aderência de microrganismos;

- Liberação de oxigênio devido a fotossíntese = aumento na taxa de

degradação aeróbia da matéria orgânica;

- Retirada de nutrientes;

Raízes e rizomas em contato com o solo

- Prevenção contra erosão;

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- Prevenção contra a colmatação em unidades de fluxo vertical;

- Liberação de oxigênio = auxílio na degradação aeróbia da matéria orgânica e

na nitrificação;

- Retirada de nutrientes.

Fonte: Adaptado de Brix (1997)”.

Os quantitativos da espécie para a Wetland vão depender do tipo de estudo e

monitoramento que se pretende ter, porém, ainda existe a variável do nível de

eutrofização da água, e os resultados que se busca.

Um aspecto adicional que conduziu à seleção da Taboa é imprimir à Wetland um

aspecto paisagístico atraente desde o início da implantação do Parque.

Assim, resultou o seguinte quantitativo:

- Taboa: 4 unidades /ml, totalizando 1.096 mudas. (Perímetro 274 m)

Base da wetland e talude

A base do Wetland visa essencialmente a substituição dos solos moles para que

se garanta uma base sustentável para recebimento das cargas e estabilidade do

fundo. Sua localização é menos crítica do que nas áreas mais baixas do Parque,

apresentando solos um pouco mais consistentes.

A base especificada é semelhante à dos Lagos (variando as espessuras das

camadas) e consta no memorial de Pavimentação e Terraplenagem. É feita com

cascalho estabilizado granulométricamente (misturado com saibro) para reforço da

base, resultando em material com várias granulometrias: granulometria continua, o que

significa que, passando por uma peneira existe sempre material. Os materiais mais

finos preenchem os vazios dos mais grossos. Daí a denominação de estabilizado

granulometricamente.

A impermeabilização é através de argila natural devidamente compactada. A

compactação do fundo deve conter pelo menos 95% do procton normal. O resultado é

um fundo compactado e impermeável.

Especificação cascalhos

Camada de cascalho estabilizado de granulometricamente entre fina, média e

grossa, assim como uma granulometria contínua, ou seja, um material que tenha na

sua mistura suas frações granulométricas bem distribuídas desde a peneira 1” até silte

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ou argila, onde terá grande resistência ao cisalhamento, pequena deformabilidade, já

que as partículas graúdas impedem praticamente qualquer tipo de adensamento,

assim como baixa permeabilidade devido a presença de finos que preenchem

completamente os vazios deixados pelas partículas graúdas. Pode ser usado um

cascalho areno-argiloso ou outro equivalente.

Obedecem também os seguintes requisitos:

- Devem ser isentos de matéria orgânica, restos vegetais ou outras substâncias

prejudiciais;

- A fração que passa nas peneiras devem ser homogenias formando assim uma

massa de reforço com resistência satisfatória a fim de suportar as cargas da formação

do lago.

- O material não deve se comportar como filtro, isto é, sua granulometria não

pode ser descontínua com isenção de material entre as peneiras.

Especificação camada de argila

- Deve ser isentos de matéria orgânica, restos vegetais ou outras substâncias

prejudiciais;

- A argila será compactada de forma a ser tornar um material impermeável, a fim

de reter e não permitir a percolação das águas.

Especificação talude

O talude também se encontra especificado no mesmo Memorial e respeita os

desníveis qualificados pelo projeto Hidrosanitário. O vertedouro contém, através de

laterais de um metro de comprimento, o volume de terra lindeiro, que diminuindo

progressivamente seu greide, resulta em nível em relação as canaletas pré-fabricadas

em concreto, como no restante do Parque.

- Devem ser isentos de matéria orgânica, restos vegetais ou outras substâncias

prejudiciais;

- O material será terra de aterro.

f) Projeto telefônico/ lógica – CFTV

Está prevista a seguinte utilização dos pontos:

Administração - 3 pontos

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Lanchonete - 2 pontos

Telefone Público - 1 ponto

Total de pontos = 6 (seis) pontos.

Descrição geral

A tubulação de entrada será de 2xØ50 mm (2”) interligando a caixa de entrada

subterrânea tipo R2, com tampa de ferro, até o Distribuidor Geral nº4, de 600x600x120

m, instalado no Esquadrão. Deverá ser deixado arame guia de aço galvanizado de

seção 2,0mm² em toda tubulação primária.

A tubulação secundária será de PVC rígido pesado com Ø50mm (2”), sendo

utilizados cabos tipo CCE - 2 pares, instalações internas e externas e cabo tipo CPT-

APL para instalação externa, conforme implantação.

O aterramento dos quadros será através de cabo de cobre nu de 10 mm²

protegido por eletroduto de PVC rígido pesado de diâmetro 19 mm (3/4”), com haste

de terra Copperweld Ø 19 x 3000 mm, em caixa 300x300x300 mm de alvenaria, com

tampa de concreto e dreno.

O aterramento de telefone deverá distar no mínimo 5,0 m de qualquer outro

aterramento e ser inferior a 10 ohms em qualquer época do ano. Não está prevista

utilização de nenhum equipamento de PABX ou KS.

Circuito fechado de televisão

As instalações de CFTV estão divididas em três áreas distintas: 1 - sistema de

captação de imagem; 2 - sistema de cabeamento e interligação; 3 - sistema de

gerenciamento e monitoração. O sistema de captação e gravação de imagens será

para uso em regime contínuo, 24 horas por dia, 365 dias por ano. Deve, portanto ser

adequado a esta finalidade.

O sistema de captação a ser fornecido, será constituído das câmeras (a

quantidade de câmeras está definida na planta CFTV) distribuídas pela dependência.

Serão utilizadas câmeras de vídeo coloridas, tecnologia CCD, para lente de

diâmetro 1/3”, aceitando montagem de lente tipo C ou CS, resolução horizontal mínima

de 420 linhas, relação sinal/ruído mínima de 48 dB, sensibilidade mínima de 0,3 lux,

faixa de controle automático de ganho de 30 dB, sincronismo interno ou via linha, saída

compatível para lente tipo auto-íris, saída de vídeo tipo BNC - 75 ohms.

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Na câmera o sensor de imagem ( CCD ) deve ter sensibilidade espectral mínima

dentro dos limites: inferior - 400 nm; superior - 900 nm. A câmera deve possibilitar a

compensação interna às variações da iluminação através de CCD íris c/ ajuste

ON/OFF. Além disto, deve ter compensação de back light e obturador eletrônico.

As câmeras devem ser à prova de choque e vibração, para uso interno, tensão

de alimentação de 12 VCC, 60Hz, com suportes de fixação articulados para

direcionamento do campo visual. As câmeras serão fixas, instaladas conforme projeto.

As câmeras deverão ser numeradas sequencialmente, conforme projeto,

coincidindo com a numeração de saída do seletor de gerenciamento, com distância

focal conforme projeto. As câmeras terão lentes do tipo “íris” ajustáveis

automaticamente.

Serão utilizadas caixas de proteção para as câmeras, contra poeira, manuseio

indevido, etc., nos locais indicados em projeto ou conforme a necessidade apontada

pela fiscalização.

Cada câmera deve ter o foco ajustado pelo instalador durante a fase de testes

iniciais para aceitação.

Cabeamento e alimentação

Cada câmera deverá ser atendida por cabo de comunicação exclusivo, do tipo

coaxial, impedância característica de 75 ohms, tipo RG59U para uso interno e cabo de

rede UTP capa dura não blidado para uso externo, desde o DVR na sala de

monitoração, utilizando conectores BNC. Cada cabo deve ser exclusivo, não se

admitindo uso de conexões intermediárias ou derivadores tipo “T”.

Cada grupo de 8 câmeras será alimentada por cabo tipo Cordplast 3 x 1,5 mm²

(fase + neutro + terra) para alimentação de energia em 12 VCC. Cada cabo deverá

partir de conectores instalados em rack junto ao DVR.

Todos os cabos, seja de sinal ou de energia, devem ser devidamente

identificados com o número da câmera que atende, com anilhas plásticas numeradas

(Ex.: CFTV, etc.), junto à régua de bornes no rack e no equipamento.

O cabeamento deve ser instalado no interior de sistema de eletrocalhas,

perfilados e eletrodutos de PVC rígido, de acordo com a distribuição e dimensões

dadas nas plantas.

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A resistência máxima de cada cabo coaxial, desde o monitor até cada câmera,

deve ser menor que 15 ohms. Se isto não for possível deve ser utilizado cabo com

menor valor de resistência distribuída (tipo RG6/1). A bitola mínima para eletrodutos é

de ¢3/4”.

Para atendimento das câmeras, deve ser instalado um transformador com

tensão de entrada 110 VAC, saída 12 VCC, potência nominal mínima de 500 VA,

conforme detalhes e diagramas detalhados nas plantas. Para conexão dos

alimentadores das câmeras deverá ser montada uma régua de bornes, derivada da

saída deste transformador.

Gerenciamento e monitoração

Os equipamentos de Gerenciamento / Monitoração ficarão todos posicionados

em rack metálico, posicionado na sala de equipamentos conforme indicado em cada

um dos locais de instalação, com estrutura e dimensões necessárias à acomodação,

ventilação necessária para seu perfeito funcionamento, segurança contra

arrombamento e suportação de todos os equipamentos.

O sistema de gravação digital deve permitir monitoração manual ou automática

de todas as câmeras, sequencialmente, com ajuste de tempo de exibição de 1 à 60

segundos, através de controle individual para cada câmera. Deve possuir recursos de

sincronismo entre câmeras, gravador e monitor, não permitindo instabilidade na

imagem quando da comutação das diversas câmeras.

O sistema de gravação digital deve permitir diversos formatos de visualização

das câmeras no monitor, como por exemplo, a simultaneidade, tela cheia individual,

tela repartida, etc; com possibilidade de congelamento de imagem, sem afetar a

condição de gravação permanente de “todas” as câmeras do sistema. Esta codificação

dos formatos para o monitor deve ser também permitida para a gravação, bem como

deve ser possível decodificar os formatos a partir da fita gravada.

Considerações gerais

A instalação do sistema de CFTV deve ser feita por instaladores especializados,

com experiência comprovada e deverão ser previamente submetidos à fiscalização de

SEOP.

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Os cabos coaxiais e tipo Cordplast deverão ser identificados através de anilhas

plásticas e quando aparentes (na ligação às câmeras ou dentro de rack) deverão ser

providos de amarração com espiral de PVC. Os condutores de energia deverão seguir

o seguinte código de cores:

Fase - vermelho

Neutro - azul

Terra - verde

As conexões dos condutores aos componentes elétricos devem ser feitas por

meio de terminais de compressão apropriados. Nas ligações devem ser empregadas

arruelas lisas de pressão ou de segurança (dentadas), além dos parafusos e/ou porcas

e contra porcas, onde aplicáveis. No caso de dois condutores ligados a um mesmo

terminal (ou borne), cada condutor deve ter seu terminal.

Será obrigatória a instalação de prensa-cabos em toda passagem de cabos por

furos em caixas onde haja a necessidade de pós fixação dos condutores, evitando o

contato com rebarbas metálicas.

Na junção dos eletrodutos, luvas e conduletes deverão ser eliminadas rebarbas

internas. Em todos os lances de eletroduto deve ser deixado guia de arame 18 AWG.

A listagem de materiais constante do presente memorial define o tipo e

especificação de todos os materiais a serem utilizados, podendo utilizar-se

equivalentes, desde quer apresentem características de similaridade.

Para esclarecer detalhes de instalação, distribuição e materiais a serem

empregados na edificação, ver desenhos, notas e Listagem de Materiais que constam

no projeto. Todas as notas e especificações de materiais constantes dos desenhos

complementam esta Especificação de Serviços e a listagem de materiais, devendo ser

observada e cumprida.

O instalador, no final da execução, deve testar o sistema e todos os seus

recursos, com diversas condições de luminosidade. Deverá ainda realizar treinamento

com grupo de funcionários da empresa contratante, a ser definido pela fiscalização,

contando de: curso teórico, com material didático / manuais curso prático, com

operação de todo o sistema; O instalador, no final da execução, deve providenciar o

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projeto “AS BUILT”, com as devidas correções sobre o projeto original, através do

fornecimento de jogo de cópias e do arquivo eletrônico gerado em CAD.

Sobre todos os produtos e a execução do CFTV o instalador contratado deve

fornecer garantia mínima de 2 anos.

g) Projeto de pavimentação e terraplanagem

Especificação técnica detalhada dos serviços de revestimento primário –

base e sub base

O revestimento primário compreende a execução de camada granular, composta

por agregados naturais ou artificiais, aplicada sobre o reforço do subleito ou diretamente

sobre o subleito compactado em rodovias não pavimentadas, com a função de

assegurar condições de rolamento e de aderência do tráfego satisfatórias, mesmo sob

condições climáticas adversas.

Antes do início dos serviços todo equipamento deve ser examinado e aprovado

pela fiscalização.

O equipamento básico para a execução do revestimento primário compreende as

seguintes unidades:

- caminhões basculantes;

- motoniveladora;

- trator agrícola com grade de discos ou pulvimisturador;

- caminhão-tanque distribuidor de água equipado com bomba e barra

distribuidora;

- rolo compactador estático ou vibratório do tipo liso e pé de carneiro.

Materiais

Os materiais utilizados na execução do revestimento primário podem ser: saibro,

cascalho, rocha decomposta, seixo rolado ou não, pedregulho, areia, material sílico-

argilosos, subprodutos industriais, escórias, ou mistura de qualquer um deles,

obedecendo aos seguintes requisitos:

- devem ser isentos de matéria orgânica, restos vegetais ou outras substâncias

prejudiciais;

- o diâmetro máximo do agregado deve ser menor ou igual a 25 mm;

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- a fração retida na peneira nº 10, deve ser constituída de partículas duras e

duráveis, de difícil desagregação, resistente às ações de compactação e do próprio

tráfego;

- valores de desgaste de abrasão Los Angeles, determinados conforme NBR NM

1, superiores a 55 são admitidos desde que se tenha conhecimento de desempenho

satisfatório de material semelhante, quando utilizado como revestimento primário;

- a fração que passa na peneira nº 10 deve ser constituída de areia natural;

- a fração que passa na peneira nº 40 deve apresentar limite de liquidez inferior

a 35% e o índice de plasticidade máximo de 7%.

Prevendo o aproveitamento do revestimento primário em pavimentação futura

como camada estrutural do pavimento, deve ser exigidos para o material CBR mínimo

de 20% e expansão máxima de 1 %, na energia intermediária ou na especificada em

projeto.

Existem algumas jazidas do tipo cascalheira de cavas que possuem em sua

composição proporções satisfatórias de materiais granulares e argila, no entanto

quando isto não ocorrer e houver necessidade de se produzir uma mistura adequada

de material granular com material argiloso, este último deve representar cerca de 20%

a 30% da mistura total.

Execução

Não é permitida a execução dos serviços em dia de chuva.

A camada de revestimento primário só pode ser executada quando o subleito ou

camada de reforço do subleito estiver liberado quanto aos requisitos de aceitação de

materiais e execução, a superfície deve estar perfeitamente limpa, desempenada e

sem excessos de umidade antes da execução do revestimento primário.

Durante todo o tempo de execução do revestimento primário, os materiais e os

serviços devem ser protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito

e de outros agentes que possam danificá-los.

É obrigação da executante a responsabilidade desta conservação, o material

proveniente de cortes deverá ser acumulado e posteriormente a construção das pistas

será utilizado para conformação e aterro do terreno natural a fim de eliminar diferenças

de níveis acentuadas, tornando assim um terreno plano atendendo o greide de projeto.

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Produção da mistura

Quando houver necessidade, mistura de materiais, esta deve ser executada por

um dos procedimentos indicados abaixo:

i. Mistura prévia

A mistura prévia é executada com base nos pesos secos dos materiais que a

compõe. A medida-padrão pode ser a concha da pá carregadeira utilizada no

carregamento do material. Devem ser removidos os eventuais fragmentos de material

granular com diâmetro superior a 25 mm, raízes ou outros materiais estranhos.

Conhecidos os números da medida-padrão de cada material que melhor

reproduza a dosagem projetada, é iniciado o processo de mistura em local próximo a

uma das jazidas.

Depositam-se alternadamente os materiais, em lugar apropriado e na proporção

desejada. A mistura é então processada, revolvendo-se o monte formado com evoluções

da concha da pá carregadeira.

Para evitar erros na contagem do número de medidas-padrão dos materiais,

recomenda-se que a etapa descrita anteriormente, seja executada dosando-se um ciclo

da mistura por vez. Devem ser removidos os eventuais fragmentos de material granular

com diâmetro superior a 25 mm, raízes ou outros materiais estranhos.

Após a mistura prévia, o material é transportado, através de caminhões

basculantes, depositando-se sobre a pista em montes adequadamente espaçados.

Segue-se o espalhamento pela ação da motoniveladora.

ii. Mistura na pista

Inicialmente deve ser distribuído na pista o material que entra na composição da

mistura em maior quantidade.

Segue-se o espalhamento do segundo material, em quantidade que assegure o

atendimento à dosagem e a espessura pretendida.

O material espalhado deve receber adequada conformação, de forma que a

camada apresente espessura constante.

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Material sem mistura

Os materiais escavados devem ser transportados para local de aplicação,

descarregados e distribuídos em montes e leiras sobre o subleito.

Devem ser removidos os eventuais fragmentos de material granular com diâmetro

superior a 25 mm, raízes ou outros materiais estranhos.

O material deve ser espalhado com motoniveladora de forma regular e uniforme

em toda a largura do leito, de forma tal que, após a compactação, sua espessura não

exceda 20 cm e nem seja inferior a 10 cm.

Deve-se adotar a umidade ótima para compactação na pista e determinar valores

mínimos e máximos (aproximadamente ± 2%).

Caso o teor de umidade se apresente abaixo do limite mínimo, deve-se proceder

ao umedecimento e homogeneização do material, pela ação caminhão-tanque

distribuidor de água, grade de disco, ou escarificador da motoniveladora.

Se o teor de umidade de campo exceder ao limite superior, o material deve ser

aerado mediante ação conjunta da grade de discos ou da motoniveladora para que o

material atinja a umidade desejada.

O teor de umidade deve situar-se entre menos 2 e mais 1 ponto percentual da

umidade ótima de compactação do material.

Compactação

Na fase inicial da obra devem ser executados segmentos experimentais, com

formas diferentes de execução, na sequência operacional de utilização dos

equipamentos de modo a definir os procedimentos a serem obedecidos nos serviços de

compactação. Deve-se estabelecer o número de passadas necessárias dos

equipamentos de compactação para atingir o grau desejado.

Deve ser realizada nova determinação sempre que houver variação no material

ou do equipamento empregado. A compactação deve evoluir longitudinalmente,

iniciando pelas bordas, tomando-se o cuidado de que nas primeiras passadas o rolo

compactador se apoie metade nos acostamentos e metade na sub-base ou na base em

construção.

Nos trechos em tangente, a compactação deve prosseguir das duas bordas para

o centro, em percursos equidistantes da linha base, eixo. Os percursos ou passadas do

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153

equipamento utilizado devem distar entre si de forma tal que, em cada percurso, seja

coberta metade da faixa coberta no percurso anterior.

Nos trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação deve progredir da

borda mais baixa para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os

trechos em tangente.

Nas partes adjacentes ao início e ao fim da sub-base ou base em construção, a

compactação deve ser executada transversalmente à linha base, eixo. Nas partes

inacessíveis aos rolos compactadores, assim como nas partes em que seu uso não for

desejável, a compactação deve ser executada com rolo vibratório portátil ou sapos

mecânicos.

Durante a compactação, se necessário, pode ser promovido o umedecimento da

superfície da camada mediante emprego de carro-tanque distribuidor de água. Esta

operação é recomendada sempre que o teor de umidade estiver abaixo do limite inferior

do intervalo de umidade admitido para a compactação.

As operações de compactação devem prosseguir em toda a espessura da sub-

base ou base, até que se atinja grau de compactação mínimo de 95% em relação à

massa específica aparente seca máxima ou o especificado em projeto, determinada no

ensaio de compactação, conforme NBR 7182, na energia normal.

Acabamento e abertura ao tráfego

O acabamento deve ser executado com motoniveladora, exclusivamente em

operação de corte, sendo vetada a correção de depressões por adição de material.

A camada deve ser aberta ao tráfego apenas após a conclusão dos serviços.

Controle

Controle de materiais e de execução

Os materiais utilizados no revestimento primário devem ser submetidos aos

ensaios abaixo discriminados, na frequência de um ensaio a cada 1500 m² de pista.

- na fração retida na peneira de nº 10, determinar a abrasão Los Angeles,

conforme NBR NM 51;

- CBR e expansão, conforme NBR 9895, na energia normal ou a especificada em

projeto, se houver previsão da utilização da camada em futura pavimentação;

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154

- granulometria conforme NBR 7181; um ensaio a cada 1.500 m² de pista;

- determinação do limite de liquidez, conforme NBR 6459, e limite plasticidade

conforme a NBR 7180;

- na fração com diâmetro menor que 2,00 mm deve-se classificá-la de acordo com

a metodologia MCT, conforme DER/SP M 196, através dos ensaios de Mini-MCV.

O controle da execução da camada deve ser realizado pelos seguintes

procedimentos:

- determinação do teor de umidade pelo método expedito da frigideira, a cada

1500 m² de pista, imediatamente antes do início da compactação; se a umidade estiver

compreendida no intervalo de –2,0 % a +1,0 % da umidade ótima, o material pode ser

liberado para compactação;

- determinação da massa específica aparente seca máxima e umidade ótima,

conforme NBR 7182, na energia de especificada, com amostras coletadas na pista; um

ensaio a cada 1500 m² de pista;

- determinação após o término da compactação da umidade e da massa

específica aparente seca in situ, de acordo com NBR 7185, e o respectivo grau de

compactação, em relação aos valores obtidos, em amostras retiradas na profundidade

de no mínimo 75% da espessura da camada; 1 determinação a cada 350 m² de pista

compactada.

Controle geométrico e de acabamento

i. Controle de espessura e cotas

A espessura da camada e as diferenças de cotas devem ser determinadas pelo

nivelamento da seção transversal, a cada 20 m, conforme perfil no projeto.

A relocação e o nivelamento do eixo e das bordas devem ser executados a cada

20 m.

ii. Controle da largura e alinhamentos

A largura da semi-plataforma acabada deve ser determinada por medidas à trena,

executadas pelo menos a cada 20 m.

iii. Controle do acabamento da superfície

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155

O acabamento da superfície deve ser apreciado visualmente em toda a

plataforma, não se admitindo depressões que possibilitem o acúmulo de água

Aceitação

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam

simultaneamente às exigências de materiais e de execução, estabelecidas nesta

especificação e discriminadas a seguir.

Materiais

Os materiais são aceitos desde que:

- a fração retida na peneira de nº 10, apresente abrasão Los Angeles inferior a

55%, admitem-se valores de abrasão superiores a 55%, desde que comprovada o bom

desempenho de material semelhante em outros revestimentos primários;

- o diâmetro máximo do material seja menor ou igual a 25 mm;

- os resultados do limite de liquidez e índice de plasticidade analisados

estatisticamente para conjuntos de no mínimo 4 e no máximo 10 amostras, sejam

menores ou iguais a 35% e 7%, respectivamente;

- os resultados de CBR, calculados estatisticamente para conjuntos de no mínimo

4 e no máximo 10 amostras, sejam maiores ou iguais a 20%;

- os resultados individuais de expansão sejam menores ou iguais a 1%.

Execução

i. Grau de compactação

O grau de compactação é aceito desde que os valores de grau de compactação,

analisados estatisticamente para conjuntos de no mínimo 4 e no máximo 10 amostras,

sejam iguais ou superiores a 95% ou atinjam o especificado em projeto.

ii. Geometria

Os serviços executados são aceitos, quanto à geometria, desde que:

- a variação individual de cotas e da espessura, no eixo longitudinal e das bordas

não seja superior a -2 cm a + 1,0 cm;

- a variação máxima da semi-largura da plataforma admitida seja de + 0,10 m,

não se admitindo variações para menos;

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156

- o abaulamento transversal esteja compreendido na faixa de ± 0,5 %, em

relação ao valor da inclinação de projeto.

Controle Ambiental

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água,

da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e

providências para proteção do meio ambiente, a serem observados no decorrer da

execução do revestimento primário.

Exploração de ocorrência de materiais

Devem ser observados os seguintes procedimentos na exploração das

ocorrências de materiais:

- para as áreas de apoio necessárias a execução dos serviços devem ser

observadas as normas ambientais vigentes no DENIT;

- na exploração de áreas de empréstimo, a contratada só poderá executar

escavações nas áreas previstas no projeto ou naquelas que tiverem sido projetadas e

especialmente aprovada pela fiscalização durante a construção. A exploração da área

de empréstimo somente pode ser iniciada após a obtenção da autorização ambiental,

qualquer alteração deve ser objeto de complementação;

- os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza devem ser feitos dentro

do limite da área autorizada; o material retirado deve ser estocado de forma que, após

sua exploração, o solo orgânico possa ser reutilizado na recuperação da área;

- caso seja necessário promover o corte de árvores, para instalação das

atividades, deverá ser obtida autorização dos órgãos ambientais competentes, sendo

que os serviços deverão considerar os critérios impostos pelos órgãos. Em hipótese

alguma será admitida a queima da vegetação como forma de supressão ou mesmo a

queima dos resíduos do corte: troncos e ramos;

- deve ser evitada a localização de áreas de apoio em áreas com restrições

ambientais como: reservas ecológicas ou florestais, áreas de preservação permanente,

de preservação cultural etc., ou mesmo em suas proximidades;

- durante sua exploração, as áreas devem ser mantidas com drenagem

adequada, de modo a evitar o acúmulo de águas bem como processos erosivos;

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157

- deve-se planejar adequadamente a exploração da área, de modo a minimizar os

impactos decorrentes e a facilitar a recuperação ambiental da área, que deve ser

executada tão logo esteja concluída a exploração.

Execução

Durante a execução devem ser conduzidos os seguintes procedimentos:

- deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as

normas pertinentes aos serviços;

- deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para

evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

- caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se

proceder o cadastro de acordo com a legislação vigente;

- as áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser

devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de

lubrificantes ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas

devem ser recuperadas ao final das atividades;

Critérios de medição e pagamento

O serviço é medido em metros cúbicos de camada acabada, cujo volume é

calculado multiplicando-se as extensões obtidas a partir do estaqueamento pela área da

seção transversal de projeto.

O transporte dos materiais utilizados não é medido em separado, para fins de

pagamento, seu custo já se encontra incluso no preço unitário do revestimento primário.

O serviço recebido e medido da forma descrita é pago conforme o respectivo

preço unitário contratual, no qual está incluso: o fornecimento de materiais, perdas,

carga e transporte até o local de aplicação, descarga, espalhamento, mistura,

umedecimento, homogeneização, compactação e acabamento, abrangendo inclusive a

mão de obra com encargos sociais, BDI e equipamentos necessários aos serviços,

executados de forma a atender ao projeto e às especificações técnicas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

Revestimento Primário m³

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Especificação técnica detalhada dos serviços de tratamento superficial

triplo

O tratamento superficial triplo compreende a execução de camada de material

compactada sobre a superfície de estradas não pavimentadas, com a aplicação de

emulsão derivada de xisto betuminoso recoberto por agregado de vários diâmetros e pó

de pedra, formando uma capa selante.

Esta camada de rolamento tem como principais finalidades impermeabilizar a

base e evitar a geração de poeira e de lama. Esta técnica é indicada para pavimentos

novos e deve ser utilizada somente para vias de baixo volume de tráfego.

Materiais

Materiais asfálticos

Os materiais betuminosos a serem utilizados podem ser:

-Cimento asfáltico CAP- 7 ou CAP 150/200

-Emulsão asfáltica RR-1C e RR-2C;

-Asfaltos diluídos tipos CR-250, CR-800 e CR-3000;

-Tratamento superficial triplo para atender a espessura mínima projetada.

Agregado

O revestimento é composto de três pinturas de asfalto e de três camadas de

agregado de granulometria decrescente de baixo para cima. O agregado graúdo da

primeira camada é complementado com um agregado médio da segunda camada e com

uma camada de agregado fino na superfície exposta diretamente à ação do tráfego.

- Primeira camada: diâmetro máximo de 25,4mm;

- Segunda camada: diâmetro máximo de 12,7mm;

- Terceira camada: diâmetro máximo entre 9,52 mm e 4,76 mm (média de

6,35mm).

Deve constituir-se por pedra e pedrisco britado, apresentando partículas sãs,

limpas e duráveis, livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas. Deve atender

aos seguintes requisitos:

- O material que originou-se o agregado miúdo deve apresentar desgaste

abrasão Los Angeles igual ou inferior a 50%, conforme NBR NM 51 e

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159

apresentar perdas inferiores a 12% na avaliação da durabilidade com sulfato de

sódio em cinco ciclos, conforme DNER ME 089;

- equivalente de areia do agregado miúdo superior a 5%, conforme NBR 12052;

- atender a granulometria e quantidades especificadas na Tabela 24.

Tabela 24 - Granulometria para Tratamento Superficial Triplo

Peneiras #

Agregado (%) que passa

(“) (mm) 1ª 2ª 3ª

1 ½ 38,1 100 - -

1 25,4 90-100 - -

¾ 19,1 20-55 - -

½ 12,7 0-10 100 -

3/8 9,52 0-5 85-100 100

Nº 4 4,76 - 10-30 85-100

Nº 10 2,38 - 0-10 10-40

Nº 16 1,19 - - -

Nº 50 0,297 - - -

Nº 200 0,074 0-2 0-2 0-2

Quantidades: Agregado (kg/m²) Asfalto (l/m²)

1ª camada: 20 a 25 1,9

2ª camada: 10 a 12 1,2

3ª camada: 2 a 3 0,6

Fonte: Manual DNIT, 2009.

Tolerância de projeto: +/- 7, da peneira 1 ½ a 3/8.

+/- 5, da peneira 4 a 10.

+/- 2, na peneira 200.

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160

Equipamentos

Antes do início da execução dos serviços todos os equipamentos devem ser

examinados e aprovados pela fiscalização. Os equipamentos básicos para a execução

do tratamento compreendem as unidades:

- equipamento aspargidor, equipado com aspargidor manual e barras de

distribuição;

- caminhão irrigador, equipado com barra distribuidora;

- rolos compactadores;

- réguas de madeira ou metal, com arestas vivas de 3 m e 1,2 m de

comprimento;

- distribuidor de agregados autopropelido.

Execução

A superfície que irá receber o tratamento TST deve ser previamente

regularizada, umedecida e compactada, de acordo com a especificação de preparo e

melhoria do subleito.

A superfície deve se apresentar livre de materiais soltos e deve receber prévia

liberação da fiscalização para aplicação da emulsão.

A declividade transversal da pista deve estar entre 2% a 3% para permitir o

perfeito escoamento superficial.

Aplicação da emulsão e abertura ao tráfego

Primeira aplicação da emulsão e primeira camada de agregado:

- a emulsão deve ser aplicada de uma vez, em toda a largura da faixa a ser

tratada, de modo uniforme;

- a primeira pintura de emulsão deve ser na taxa de 1,0 l/m² a 1,5 l/m²; a taxa de

aplicação da emulsão deve ser ajustada na obra em função do tipo de solo do subleito,

argiloso ou arenoso;

A primeira pintura deve ser executada sobre a imprimadura já curada. O lençol

de asfalto deve cobrir a faixa atingida pela barra de aspersão de maneira uniforme e na

quantidade prevista por metro quadrado.

- durante a aplicação qualquer falha deve ser corrigida ou com derrame de

asfalto armazenado em baldes, ou com a mangueira no depósito de asfalto aquecido.

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161

Imediatamente após a primeira pintura, esparrama-se o agregado da primeira

camada. Esse agregado é distribuído por distribuidor mecânico na quantidade prevista,

o agregado deve cobrir toda a área a ser tratada.

A compressão do agregado da primeira camada segue os padrões de

compactação devendo terminar quando não houver mais movimento dos grãos durante

a passagem do rolo compressor e essa passagem não deixar nenhum sulco na

camada.

Segunda aplicação da pintura betuminosa e distribuição de agregado:

Terminada a primeira camada de agregado, aplica-se a segunda pintura

betuminosa. Essa segunda pintura, por ser camada intermediária entre duas camadas

de agregado, age por gravidade penetrando na primeira.

Imediatamente após a segunda pintura, espalha-se o agregado da segunda

camada, seguido da respectiva compressão.

Terceira aplicação da pintura betuminosa e distribuição de agregado:

Após a compressão do agregado da segunda camada, é feita a aspersão do

asfalto da terceira camada do tratamento bem como o espalhamento e compressão do

agregado da terceira camada.

Esse agregado da terceira camada é espalhado em excesso, permitindo o

máximo de retenção pelo aglutinante. O excesso deverá ser retirado da pista pelo

próprio tráfego.

Compactação da camada:

- Deve-se proceder à rolagem da camada com a utilização exclusiva do rolo

pneumático;

- a compactação da camada deve ser executada no sentido longitudinal,

iniciando no lado mais baixo da seção transversal e progredindo no sentido do lado

mais alto;

- o percurso ou passadas do equipamento utilizado deve distar entre si de forma

tal que, em cada percurso, seja coberta metade de faixa do percurso anterior;

O acabamento final da camada deve estar em conformidade com o projeto, no

que diz respeito ao alinhamento e declividade transversal.

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162

O tráfego não deve ser permitido após a aplicação da emulsão ou do agregado.

Preferencialmente, o tráfego de veículos deve ser liberado 24 horas após a conclusão

dos serviços. É proibida a liberação do tráfego nas primeiras 4 horas. Recomenda-se

evitar a liberação do tráfego nas 24 horas iniciais.

Controle

Controle dos materiais

i. Emulsão

Todo carregamento de emulsão que chegar à obra deve vir acompanhado do

certificado de qualidade do produto, identificando: responsável técnico, procedência,

tipo de produto, quantidade e suas características conforme a sua especificação.

ii. Agregado miúdo

O agregado utilizado no tratamento deve ser submetido aos ensaios abaixo

discriminados, na frequência indicada:

- Um ensaio de abrasão Los Angeles, conforme NBR NM 51, com o material que

deu origem ao agregado miúdo, no início dos trabalhos ou quando houver variação na

natureza do material, coletado na pedreira;

- Um ensaio de durabilidade com sulfato de sódio em cinco ciclos, conforme

DNER ME 89, com o material que deu origem ao agregado miúdo no início dos

trabalhos ou quando houver variação na natureza do material, coletado na pedreira;

- Um ensaio de equivalente de areia para cada carregamento que chegar à obra,

conforme NBR 12052;

- Granulometria do agregado, conforme NBR NM 248; dois ensaios de

granulometria, conforme NBR NM 248 por jornada de 8 horas de trabalho, em amostras

coletadas na pista.

Controle da execução

i. Controle da aplicação da emulsão

O controle da aplicação consiste em:

- Controle visual da uniformidade da aplicação do ligante asfáltico;

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163

- Uma determinação da taxa da emulsão, em l/m², para cada faixa de

espargimento, a cada 1500 m² de aplicação, mediante a colocação de bandejas cujo

peso e área sejam conhecidos na pista onde está sendo feita a aplicação; a tolerância

admitida na taxa de aplicação é de ± 0,2 l/m².

ii. Controle da aplicação do agregado mineral

Deve-se executar no mínimo uma determinação da taxa de agregado para cada

1500 m², por intermédio de bandejas. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ±

1,5 kg/m².

Controle geométrico e de acabamento

A verificação do eixo e das bordas deve ser feita durante os trabalhos de locação

e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação, a cada 20

m.

Controle da largura e alinhamento

A verificação do eixo e das bordas deve ser feita durante os trabalhos de

locação nas diversas seções correspondentes das estacas. A largura da plataforma

acabada deve ser determinada por medidas à trena, executadas, pelo menos, a cada

20 m.

Abaulamento transversal

O abaulamento transversal deve ser determinado pelo nivelamento da seção

transversal, a cada 20 m, conforme perfil de projeto.

Controle do acabamento da superfície

As condições de acabamento geral da superfície devem ser apreciadas pela

fiscalização em bases visuais. Em cada estaca da locação, o controle de acabamento

da superfície deve ser feito com auxílio de duas réguas, uma de 3 m e outra de 1,2 m,

colocadas, respectivamente, em ângulo reto e paralelamente ao eixo da pista.

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164

Aceitação

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam

simultaneamente as exigências de materiais e de execução, estabelecidas nesta

especificação e discriminadas as seguir.

A emulsão é aceita se atender aos requisitos conforme a especificação do

produto utilizado fornecido pelo produtor antecipadamente.

Os agregados são aceitos desde que:

- os resultados individuais de abrasão Los Angeles e durabilidade do agregado

que deu origem ao agregado miúdo atendam o estabelecido no item Materiais-

agregados.

- os resultados individuais de granulometria do agregado se mantenham

constantes, e quando tratar-se areia atenda ao especificado no item Materiais-

agregados.

Controle Ambiental

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água,

da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e

providências para proteção do meio ambiente, a serem observados no decorrer da

execução do tratamento anti-pó.

Exploração de ocorrência de materiais

Os seguintes procedimentos devem ser tomados na exploração das ocorrências

de materiais:

- Para as áreas de apoio necessárias as execuções dos serviços devem ser

observadas as normas ambientais vigentes no DNIT/PR;

- O material somente será aceito após a executante apresentar a licença

ambiental de operação da pedreira e areal;

- Não é permitida a localização da pedreira e das instalações de britagem em

área de preservação permanente ou de proteção ambiental;

- Não é permitida a exploração de areal em área de preservação permanente ou

de proteção ambiental;

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165

- Deve-se planejar adequadamente a exploração dos materiais, de modo a

minimizar os impactos decorrentes da exploração e facilitar a recuperação ambiental

após o término das atividades exploratórias;

- Caso seja necessário promover o corte de árvores, para instalação das

atividades, deve ser obtida autorização dos órgãos ambientais competentes; os

serviços devem ser executados em concordância com os critérios estipulados pelos

órgãos ambientais constante nos documentos de autorização. Em hipótese alguma,

será admitida a queima de vegetação ou mesmo dos resíduos do corte: troncos e

arvores.

- Devem-se construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação

para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da

brita, evitando seu carreamento para cursos d’água;

- Caso os agregados britados sejam fornecidos por terceiros, deve-se exigir

documentação que ateste a regularidade das instalações, assim como sua operação,

junto ao órgão ambiental competente;

- Instalar sistemas de controle de poluição do ar, dotar os depósitos de

estocagem de agregados de proteção lateral e cobertura para evitar dispersão de

partículas, dotar o misturador de sistema de proteção para evitar emissões de

partículas para a atmosfera.

Emulsão

A estocagem da emulsão e agregados deve ser feita em local pré-estabelecido e

controlado. Caso seja necessária a instalação de canteiro de obras, este deve ser

cadastrado conforme a legislação vigente.

- Os locais de estocagem e estacionamento de caminhões tanques devem ser

afastados de cursos d’água, vegetação nativa ou áreas ocupadas;

- No local de estacionamento e manutenção dos caminhões tanques devem ser

instalados dispositivos para retenção de pequenos vazamentos;

- Os tanques de emulsão devem ser instalados dentro de tanques periféricos

para retenção do produto em casos de vazamentos;

- Os silos de estocagem de agregados devem ser dotados de proteções laterais

para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento;

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166

- Manter em boas condições de operação todos os equipamentos do processo e

de controle;

- A área de estocagem, estacionamento, manutenção de equipamentos devem

ser recuperadas ambientalmente quando da desmobilização das atividades.

Execução

Durante a execução devem ser observados os seguintes procedimentos:

- Deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as

normas pertinentes aos serviços;

- Executar os serviços preferencialmente em dias secos, de modo a evitar o

arraste da emulsão ou cimento asfáltico pelas águas da chuva para cursos de água;

- Deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para

evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

- Caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-

se proceder o cadastro de acordo com a legislação vigente;

- As áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser

devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de

lubrificantes ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas

devem ser recuperadas ao final das atividades;

- Todos os resíduos de lubrificantes ou combustíveis utilizados pelos

equipamentos, seja na manutenção ou operação dos equipamentos, devem ser

recolhida em recipientes adequados e dada à destinação apropriada;

- É proibido à deposição irregular de sobras de materiais utilizado tratamento

anti-pó junto ao sistema de drenagem lateral, evitando seu assoreamento, bem como o

soterramento da vegetação;

- É obrigatório o uso de EPI’s - equipamentos de proteção individual, pelos

funcionários.

Critérios de medição e pagamento

O serviço é medido em metros quadrados de camada acabada, conforme

projeto. O serviço recebido e medido da forma descrita é pago conforme o respectivo

preço unitário contratual, no qual está incluso: fornecimento, transporte e

armazenamento da emulsão anti-pó e agregado, transporte dos materiais até os locais

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167

de aplicação, espalhamento, compactação e acabamento; abrangendo inclusive a mão

de obra com encargos sociais, BDI e equipamentos necessários aos serviços,

executados de forma a atender ao projeto e às especificações técnicas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

Tratamento Superficial Triplo m²

Especificação técnica detalhada dos serviços de geotécnica para

construção dos lagos 01 e 02

Este projeto de construção foi elaborado levando-se em consideração o projeto

de implantação, sondagem e topográfico da área e fornecimento dos parâmetros

necessários a locação e construção dos lagos, apresentando aqui o material mais

adequado e a solução mais econômica para sua implantação.

Este projeto de construção foi elaborado levando-se em consideração o projeto

de implantação, sondagem e topográfico da área e fornecimento dos parâmetros

necessários à locação e construção dos lagos, apresentando aqui o material mais

adequado e a solução mais econômica para sua implantação.

Os cálculos suplementares da bacia de contribuição, projeto de tomada de água,

extravasor (sangradouro), canal de dissipação de energia e condução da água

excedente, para a real implantação, funcionabilidade e segurança dos taludes, estão no

projeto Hidrosanitário, com a ressalva que não foram possíveis medições no momento

pelas razões explicitadas. Visto estar previsto o suprimento suplementar de água do

poço profundo, torna-se mais controlado o abastecimento dos lagos. No entanto a real

segurança dos taludes é uma incógnita, em função do regime de cheias.

Os níveis do espelho d’água deveram ficar próximo ao nível do terreno natural

para que se evite a formação de uma pequena barragem de terra, onde o tratamento

da solução seria diferente do projetado.

A drenagem ao redor do lago se faz necessária, junto aos taludes, para a

segurança contra o desmoronamento e açoriamento dos taludes que podem causar

fragmentação e por em risco a estabilidade dos mesmos.

As profundidades de cada trecho do lago foram definidas no projeto de

implantação e o projeto de Hidrologia deve garantir o fornecimento de água suficiente

para que o lago permaneça cheio, inclusive nas secas.

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168

Portanto, este projeto visa essencialmente à substituição dos solos moles para

que se garanta uma base sustentável para recebimento das cargas e estabilidade do

fundo. A impermeabilidade do aterro e a estabilidade dos maciços de terra e taludes

serão conseguidas através da compactação tornando assim, o projeto Hidrológico

responsável pelos estudos hídricos e projetos complementares, Cálculo de vazões,

elementos de segurança como tomada de água, extravasor, drenagem e equilíbrio

entre águas a montante e jusante de seu extravasor e desta forma a segurança aos

visitantes.

Dimensionamento do fundo do lago, taludes e wetlands

REMOÇÃO: Remoção de 2,80 m de terreno natural sendo:

Substituição de 1,30 m para reforço e base;

1,50 m para formação do espelho d’água.

Para a Wetland considera-se uma camada 40 cm de cascalho estabilizado e

mais 40 cm de argila natural. Estes volumes são volumes compactados.

CAIXA DA BASE: Ver projeto de implantação, largura da seção transversal e

longitudinal.

REFORÇO DO SUBLEITO: CBR ≥ 60 %, cascalho estabilizado

granulometricamente aplicado sobre a regularização do subleito, devidamente

regularizado e compactado;

IG = 0

IP ≤ 12

LL ≤ 35%

Exp ≤ 1%

KS = 1

es = 0,70 m

BASE: Argila natural devidamente regularizada e compactada, parâmetros a

considerar:

Compactar a 98% do proctor normal, tolerância de projeto de +/- 2%.

LL ≤ 35%

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169

Exp ≤ 0,5%

eb = 60 cm

TALUDE: terra para aterro com CBR ≥ 30 e compactar do lado úmido, 98% do

proctor normal, tolerância de projeto de ± 2%.

Materiais e equipamentos

Os materiais utilizados na execução são:

Cascalhos: Camada de cascalho estabilizado granulometricamente entre fina,

média e grossa. Assim uma granulometria contínua, ou seja, um material que tenha na

sua mistura suas frações granulométricas bem distribuídas desde a peneira 1” até silte

ou argila, onde terá grande resistência ao cisalhamento, pequena deformabilidade, já

que as partículas graúdas impedem praticamente qualquer tipo de adensamento, assim

como baixa permeabilidade devido a presença de finos que preenchem completamente

os vazios deixados pelas partículas graúdas. Pode ser usado um cascalho areno-

argiloso ou outro equivalente.

Obedecendo também os seguintes requisitos:

- Devem ser isentos de matéria orgânica, restos vegetais ou outras substâncias

prejudiciais;

- A fração que passa nas peneiras devem ser homogenias formando assim uma

massa de reforço com resistência satisfatória a fim de suportar as cargas da formação

do lago.

- O material não deve se comportar como filtro, isto é, sua granulometria não

pode ser descontínua com isenção de material entre as peneiras.

Camada de argila:

- Devem ser isentos de matéria orgânica, restos vegetais ou outras substâncias

prejudiciais;

- A argila será compactada de forma a ser tornar um material impermeável, afim

de reter e não permitir a percolação das águas.

Taludes:

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170

- Devem ser isentos de matéria orgânica, restos vegetais ou outras substâncias

prejudiciais;

- O material será terra de aterro.

Antes do início dos serviços todo equipamento deve ser examinado e aprovado

pela fiscalização. O equipamento básico para a execução do serviço compreende as

seguintes unidades:

- caminhões basculantes;

- motoniveladora;

- trator agrícola com grade de discos ou pulvimisturador;

- caminhão-tanque distribuidor de água equipado com bomba e barra

distribuidora;

- rolo compactador estático ou vibratório do tipo liso e pé de carneiro.

Execução

Não é permitida a execução dos serviços em dia de chuva.

A camada de revestimento de cascalho só pode ser executada quando o

subleito estiver liberado quanto aos requisitos de aceitação de materiais e execução. A

superfície deve estar perfeitamente limpa, desempenada e sem excessos de umidade

antes da execução do reforço.

Durante todo o tempo de execução do reforço e revestimento, os materiais e os

serviços devem ser protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais e no caso

de atingir o lençol freático, este deve ser rebaixado através de canaletas auxiliares e

temporária de forma a permitir a realização do trabalho.

É obrigação da executante a responsabilidade desta conservação para

realização dos trabalhos. O material proveniente de cortes e remoções deverá ser

acumulado e posteriormente a construção das pistas será utilizado para conformação e

aterro do terreno natural a fim de eliminar diferenças de níveis acentuadas, tornando

assim um terreno plano atendendo o greide de projeto.

Todo material orgânico não deverá ser utilizado para compensações entre cortes

e aterros e deve ser removido para bota-fora, verificar na planta de terraplenagem.

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171

Produção da Mistura – cascalho estabilizado

i. Mistura prévia, espalhamento e homogeneização

A mistura prévia é executada com base nos pesos secos dos materiais que a

compõe. A medida será o traço determinado para se garantir o previsto em projeto,

sendo uma parte em volume de finos, média e grossa. A resistência deve ser alcançada

através de ensaios laboratoriais e assim se determinar o melhor traço.

Devem ser removidos os eventuais fragmentos de material granular com diâmetro

superior a 25 mm, raízes ou outros materiais estranhos.

Depositam-se alternadamente os materiais, em lugar apropriado e na proporção

desejada. A mistura é então processada, revolvendo-se o monte formado com evoluções

da concha da pá carregadeira.

Para evitar erros na contagem do número de medidas-padrão dos materiais,

recomenda-se que a etapa descrita anteriormente, seja executada dosando-se um ciclo

da mistura por vez.

Após a mistura prévia, o material é transportado, através de caminhões

basculantes, depositando-se sobre o fundo em montes adequadamente espaçados.

Segue-se o espalhamento pela ação da motoniveladora ou outro equipamento de menor

porte afim de não danificar o revestimento acabado.

O material deve ser espalhado mecanicamente de forma regular e uniforme em

toda a largura do leito.

Compactação

Na fase inicial da obra devem ser executados segmentos experimentais, com

formas diferentes de execução, na sequência operacional de utilização dos

equipamentos de modo a definir os procedimentos a serem obedecidos nos serviços de

compactação. Deve-se estabelecer o número de passadas necessárias dos

equipamentos de compactação para atingir o grau de compactação ≥ 98 % do Proctor

normal, o desejado, índice de saturação e índice de vazios da argila para se determinar

a permeabilidade e com isto obter parâmetros para se aumentar a impermeabilidade.

Deve ser realizada nova determinação sempre que houver variação no material

ou do equipamento empregado.

A compactação deve evoluir longitudinalmente, iniciando pelas bordas.

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172

Nas partes adjacentes ao início e ao fim da sub-base ou base em construção, a

compactação deve ser executada transversalmente à linha base, eixo. Nas partes

inacessíveis aos rolos compactadores, assim como nas partes em que seu uso não for

desejável, a compactação deve ser executada com rolo vibratório portátil ou sapos

mecânicos.

Durante a compactação, se necessário, pode ser promovido o umedecimento da

superfície da camada mediante emprego de carro-tanque distribuidor de água ou outro

equipamento. Esta operação é recomendada sempre que o teor de umidade estiver

abaixo do limite inferior do intervalo de umidade admitido para a compactação.

Sempre determinar antes do inicio dos serviços de compactação o valor de

umidade ótima e determinar do lado úmido da amostra.

Não compactar com terreno molhado, prever drenagem do lençol freático, se

necessário.

As camadas de compactação devem ser de 0,20 m que após 10 a 12 passadas

do rolo chegará à espessura de 0,15 m formando uma camada resistente e

impermeável, provavelmente satisfatória, porém deve ser verificada.

O rolo adequado para a camada de argila será o pé de carneiro e após

compactação regularizar com trator de esteira para nivelamento da superfície.

Controle

Controle de espessuras, cotas, largura, alinhamentos e acabamento da

superfície

A espessura da camada e as diferenças de cotas devem ser determinadas pelo

nivelamento da seção transversal, a cada 20 m, conforme perfil no projeto.

A largura acabada deve ser determinada por medidas à trena, executadas pelo

menos a cada 20 m.

O acabamento da superfície deve ser apreciado visualmente em toda a

plataforma, não se admitindo depressões que possibilitem o acúmulo de água.

Critérios de medição e pagamento

O serviço é medido em metros cúbicos de camada acabada, cujo volume é

calculado multiplicando - se as extensões obtidas a partir do estaqueamento pela área

da seção transversal de projeto.

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173

O transporte dos materiais utilizados não é medido em separado, para fins de

pagamento, seu custo já se encontra incluso no preço unitário do revestimento.

O serviço recebido e medido da forma descrita é pago conforme o respectivo

preço unitário contratual, no qual está incluso: o fornecimento de materiais, perdas,

carga e transporte até o local de aplicação, descarga, espalhamento, mistura,

umedecimento, homogeneização, compactação e acabamento, abrangendo inclusive a

mão de obra com encargos sociais, BDI e equipamentos necessários aos serviços,

executados de forma a atender ao projeto e às especificações técnicas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

Revestimento m³

h) Especificações das estruturas de construções no Parque

Este memorial descreve as estruturas das construções do Parque Ambiental do

Rio Palmital, sendo elas:

- Bancos

- Bolachas

- Caixa de Água Principal

- Caixa do Lago

- Cisterna da Fonte

- Deck do Lago

- Espelho de Água

- Wetland

Todas as estruturas foram calculadas em concreto armado com fck=200kgf/cm²

e aço de construção CA50.

Devido ao peso das estruturas, estas serão apoiadas em sapatas detalhadas

nas pranchas específicas, com exceção da cisterna da fonte, que devido ao seu peso

exigiu a utilização de estacas.

Bancos

Existem quatro tipos básicos de bancos:

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174

- As chaises, construídas em concreto-massa, com apenas uma malha de aço

em seu perímetro, visto em seção transversal.

- Os bancos com floreiras, construído como um perfil linear.

- Os bancos curvados subdivididos em quatro tipos, diferenciados em sua

curvatura e seu comprimento, mas mantendo a mesma largura, construído como laje

maciça apoiada.

Os Bancos tipo vírgula, também como os anteriores, porém apoiados nos

“cogumelos”.

Bolachas

Tais como mesas redondas em concreto armado, para passeio de pedestres

sobre uma lâmina d’água.

Caixa de água principal

Construção básica em pórticos com laje mista com vigotes treliçados, para

abrigo dos reservatórios de água. Prevê apenas a contenção do espaço.

Caixa do lago

Caixa totalmente construída em concreto armado com uma divisão interna. Com

tampas sequenciais para garantir a abertura superior e apoiada diretamente sobre o

solo de apoio.

Cisterna da fonte

Construção mais complexa do parque. Totalmente em concreto armado, possui,

para suporte de sua solicitação, a necessidade de grande quantidade de estrutura,

visto que acumula uma grande quantidade de água internamente e sua tampa é

totalmente em balanço com um vão de 8,0m.

Deck do lago

Estrutura formada por um reticulado de vigas e pilares, todos em concreto

armado.

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Espelho de água

Tanque para acumulação de água. Sua estrutura é formada de duas formas. A

primeira em sua borda, em formato de “L” suporta o corte do terreno, como um muro de

arrimo e a segunda, o fundo como um piso armado.

Wetland

Extravasor em formato de “U” para a saída de água. Estrutura em concreto

armado.

Os projetos estão organizados em ordem de construção iniciando da fundação

até a laje, respeitando os seguintes dados:

Cargas consideradas:

- Sobrecarga na cobertura 25 kgf/m²

- Carga de alvenaria 1300 kgf/m³

- Velocidade característica do vento Vk= 42 m/s

- Resistência característica do concreto fck=20 MPa

- Aço para concreto CA50A fyk = 500 MPa

- Resistência a compressão da alvenaria 1.0 MPa

3.2.2 MEMORIAL DE CÁLCULO

a) Memorial de cálculo das canaletas

Projeto

Para efeito de dimensionamento dos canaletas e da rede externa que extravasa

o Lago nº 1, foi adotado para o cálculo do índice pluviométrico a equação de chuvas de

Curitiba, ou seja:

i = 99,167 x TR^0,217/(Tc + 26)^1,15 onde:

TR = tempo de recorrência - Adotado 5 anos

Tc = tempo de concentração - Adotado 0

Para o dimensionamento dos vertedouros, foi adotada a fórmula de Francis:

Q = 1,838 x H^1,5 x L onde:

L = largura do vertedouro (m)

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176

H = altura da lâmina de água (m)

Q = vazão (m3/s)

O tempo de recorrência de 5 anos foi adotado em função de se tratar de uma

obra em que o risco de alagamentos é pequeno. O tempo de recorrência é alto para

obras com áreas críticas e de grande responsabilidade como, por exemplo, represas

hidrológicas, etc.

Para o tempo de concentração foi adotado o valor de 0 (zero), o que aumenta o

valor do índice pluviométrico .

No caso da obra em questão, como as superfícies tem as áreas quase que

totalmente gramadas, a infiltração da água no solo retarda os efeitos de uma enchente

quando ocorre uma chuva de proporções intensas.

Para o cálculo da área efetiva que contribuirá para a determinação da Vazão

(Q), foi considerado o fator de 30% da bacia que precipita para o Lago 1.

Esta área determinada foi de 18.000,00 m² incluindo o lago que tem área de

3.236,00 m².

Conforme considerações acima, teremos os seguintes parâmetros para cálculo:

Precipitação Pluviométrica - i = 192,65 mm/h

Área de contribuição - A = 7.665,00 m²

Dimensionamento

Vertedouro Lago 1:

L = 1,90 m

H máx = 0,25m

Q max = 436,52 l/seg

Conforme podemos observar na planilha de cálculo – 1, a vazão mínima será de

185,56 l/s, no trecho M-N, com declividade de 0,9661 m/m.

Esta vazão servirá de referência para o Lago 1, pois conforme o cálculo do

vertedouro, a capacidade máxima de captação de água do lago será de 436,52 l/s e só

se poderá lançar na canaleta 185,56 l/s. Para controlar esta vazão, determinou-se a

altura da lâmina de água na canaleta de 0,20 cm, conforme detalhe da Caixa de

Controle de Vazões Extremas. Esta lâmina garante uma vazão de 176,20 l/s que será

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a vazão que circulará em todo o trajeto das canaletas, evidentemente proporcionada

pela precipitação pluviométrica.

A diferença entre a vazão lançada na canaleta e a vazão para o tempo de

recorrência de 5 anos (410,184 l/s), será compensado pelo tubo extravasor de 500 mm

(261,807 l/s) conforme planilha de cálculo - 1.

Vertedouro Wetland:

L = 0,70 m

H máx = 0,28m

Q max = 190,62 l/seg

Conclui-se que a capacidade do Wetland é suficiente para escoar a vazão que

chega a montante (185,56 l/s).

3.3 SETOR III – COMPLEMENTAÇÃO PAISAGÍSTICA

3.3.1 PAISAGISMO

Justificativas gerais

Este projeto executivo refere-se à organização e viabilização do conjunto de

projetos existentes, além da proposta de elaboração de projeto paisagístico das áreas

que não foram contempladas no projeto do parque executado pelo ECOPARANÁ.

Outros objetivos do projeto contemplam a integração do Parque com o parque

proposto pela COHAPAR, na margem direita do Rio Palmital, a criação de acessos e

conexões entre os dois Parques citados acima e o projeto paisagístico do entorno das

lagoas previstas pela Veneza Engenharia e Empreendimentos LTDA. (2012).

É necessária a unificação desses diferentes projetos para a área, criando

acessos e conexões, conformando um Parque unificado em termos de drenagem e em

suas funções de lazer.

Determinantes

Como foi visto anteriormente, em 2009, a equipe de profissionais do escritório

Mirna Cortopassi Lobo Arquitetura foram contratados pela ECOPARANA e pela

Secretaria Estadual de Obras Públicas do Paraná, para a elaboração do projeto

executivo do Parque Ambiental Rio Palmital.

O acesso principal deste projeto se daria diretamente através da Estrada da

Graciosa, que só seria possível com a construção de uma ponte sobre um córrego que

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178

separa a estrada da área do Parque. Logo após esse acesso estava previsto um

estacionamento com capacidade para 308 vagas para veículos, 4 vagas para PNE, 5

vagas para ônibus e 13 vagas para motocicletas. Existia também um acesso para

pedestres e ciclistas até a outra margem do Rio Palmital, permitindo, assim, a conexão

desse parque com o parque de Pinhais projetado pela COHAPAR.

A principal edificação que o projeto do ECOPARANÁ contempla é o Centro de

Visitantes que tem como programa os espaços: centro cultural, lanchonete, laje jardim,

espelho d’água, terraço no pavimento térreo e deck no pavimento superior.

O partido do projeto tem a água como elemento protagonista, presente em

muitos equipamentos. O projeto do parque também prevê churrasqueiras, sanitários,

uma praça principal e lagos que serão formados a partir de lagos já existentes no local

e através da drenagem do próprio terreno. A composição hídrica do projeto ainda

contempla um espelho d’água e uma wetland de caráter educacional.

As lagoas resultantes do processo de mineração, porém, não foram incluídas no

projeto existente, de forma que se tornou necessário rever o projeto.

Diretrizes

Visando (i) respeitar o Termo de Referência, que solicita a adequação do projeto

existente para a incorporação da área das lagoas resultantes da mineração; (ii)

respeitar o projeto existente, elaborado pelo ECOPARANÁ; e (iii) possibilitar a criação

de um parque ambiental viável técnica e economicamente, criou-se uma solução

alternativa: propõe-se um projeto de parque totalmente novo, simples, de fácil

manutenção e implantação imediata. As áreas projetadas pelo ECOPARANÁ serão

tratadas como áreas de sugestão de implantação futura, de modo que o projeto da

citada equipe não seja modificado e sua implantação possa ainda ser viabilizada.

Portanto, o objetivo principal da nova proposta não é desconstruir o projeto

executivo desenvolvido pelo ECOPARANÁ, mas integrar esse parque ao novo desenho

das lagoas que já existe na área. A proposta consiste na interligação entre as lagoas, o

projeto do ECOPARANÁ e o Parque de Pinhais da COHAPAR, porém sem deixar de

propor equipamentos que configurem um parque simplificado já nesta primeira etapa.

A complementação paisagística da área deverá criar espaços de lazer para

utilização da população local, especialmente das áreas mais carentes da margem

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179

direita do Rio Palmital, como também oferecer oportunidades de encontros com o

restante da população dos municípios de Pinhais e Colombo.

Infraestrutura Geral

O acesso previsto no projeto executivo existente desenvolvido pelo

ECOPARANÁ será desconsiderado, visto que a ponte sobre o córrego que permite o

acesso à Estrada da Graciosa não dispõe de projeto detalhado suficiente para ser

executada. Sendo assim, o acesso principal ao Parque se dará através do mesmo

acesso que a Cavalaria da Polícia Militar do Paraná faz uso atualmente. A área

imediatamente à esquerda do acesso deve ser retirada do projeto, pois não se trata de

propriedade do Estado.

Para maior integração com a comunidade vizinha à margem direita do Rio

Palmital, deverá ser executado acesso para o Parque no prolongamento da Avenida

Juriti. Entretanto, sendo essa área sujeita a cheias e dentro da APP do rio, sugerimos

apenas acesso de pedestres, criando uma continuação do trecho do Parque já

projetado para esta margem (direita).

Para integração dos moradores da margem esquerda do Rio Palmital sugere-se

a criação de um acesso pela Rua Tomaz Edison de Andrade Vieira, via já executada,

porém fechada pelo condomínio Alphaville como forma de controle de entrada àquela

área. De acordo com o Plano Diretor de Pinhais (2011), existe uma diretriz de

prolongamento dessa rua, configurando uma via arterial e tornando o Parque Ambiental

Palmital mais acessível a moradores de bairros como Planta Carla e Vila Amélia do

município de Pinhais. E apesar de se considerar que os moradores do Alphaville têm

muitas opções de lazer dentro do próprio condomínio, ao se criar esse acesso lateral

ao Parque Palmital se oferece a essas pessoas um espaço mais democrático de

domínio público, além de oportunidades de encontros com os demais moradores da

região que não frequentam o condomínio. Para a consolidação deste acesso,

entretanto, será essencial disponibilizar estacionamento para veículos, visto que não há

fluxo de pedestres próximos a essa área.

Cada um dos três acessos ao Parque Ambiental Palmital deverá ser sinalizado

com um pórtico de entrada, enaltecendo o espaço de propriedade pública, uso coletivo

e orientando os frequentadores.

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180

O uso das cavas de extração mineral por crianças e adolescentes para banhos e

recreação representa grande perigo de afogamento. Entende-se que os jovens da

população vizinha mais carente não possuem muitas opções de lazer ao ar livre, por

isso definiu-se como prioritária a criação de espaços de brincadeira e recreio mais

seguros. As lagoas não são adequadas para o banho, mas a nova proposta pode

oferecer sombra, esporte e diversão, dissuadindo crianças de brincadeiras perigosas.

Trilhas e ciclovia com pavimento simples oferecerão passeios em volta dos

equipamentos de lazer. Os trajetos são longos devido às grandes dimensões do

terreno, reforçando a necessidade de adensamento da vegetação para criar um

ambiente mais favorável ao passeio e contemplação; está previsto também a criação

de um pomar de livre acesso aos usuários do parque. Casa de apoio para

administração, lanchonete e sanitários devem ser construídos para possibilitar a

utilização confortável do espaço por pedestres e ciclistas.

Alguns equipamentos oferecem opções de lazer, como parques infantis, praças,

academia ao ar livre e pista de skate. Esta última oferece especial atratividade para os

jovens das comunidades vizinhas, incentivando a frequência ao Parque e alternativas

de lazer saudável.

Estacionamento

O parque conta com dois estacionamentos com 110 vagas de veículos de

passeio cada um, além de 3 vagas para ônibus no estacionamento junto ao acesso da

Estrada da Graciosa.

Tabela 25 - Estacionamento

Vagas Quantidade

Idosos (5%) 11

Pessoas com deficiência 10

Vagas comuns 199

TOTAL 220

Vagas para ônibus 3

Fonte: Concresolo, 2013.

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181

Em respeito à legislação, 5% destas vagas estão reservadas para idosos,

totalizando 11 posições. As vagas para pessoas com deficiência totalizam 10

unidades.

As calçadas entorno dos estacionamentos serão em blocos de concreto

intertravado com rampas padrão NBR 9050:2004 para acesso de cadeirantes e

pessoas com deficiência, além de facilitar a circulação com carrinho de bebês e afins.

Os canteiros centrais dos estacionamentos serão utilizados para a micro

drenagem, recolhendo a água de chuva e encaminhando-a para a rede pluvial.

Cercamento

Está previsto o cercamento do perímetro do parque conforme mostrado no

projeto executivo, sendo que o mesmo deverá ser executado em alambrado (tela) em

arame galvanizado, com montantes estruturais em tubo metálico diâmetro 75 mm e

pintura esmalte na cor verde.

Equipamentos Esportivos

Pista de skate

Esta deverá contar com half pipe, rampas, escada, guarda-corpo para manobras

e drenagem superficial para evitar o acúmulo de água.

O revestimento deverá ser em cimentado de alta dureza para viabilizar as

manobras.

Os guarda-corpos devem ser em tubo metálico de 75 mm (mínimo), com pintura

esmalte na cor verde, de forma a melhorar a segurança dos usuários posicionados no

alto do half pipe e criar desafios para a descida da rampa ou escada.

A dificuldade da pista proposta é relativamente alta se comparada a outros

equipamentos da cidade de Pinhais, como a pista na Praça do Skate, na Av. Jacob

Macanhan. Isso cria estímulo para os praticantes mais avançados se dirigirem ao

parque, além da possibilidade de realização de eventos esportivos.

Trilhas

As trilhas serão executadas em asfalto borracha com 1,5 m de largura e deverão

ser pintadas com sinalização horizontal para organizar a circulação e alertar

cruzamentos. As contenções laterais deverão ser executadas em concreto moldado in

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loco (extrudado), totalizando 1,7 m de largura ao todo. Entre as trilhas e as ciclovias

haverá uma faixa de grama (1,5 m entre ciclovia e trilha pedestres, mais 2,0 m de cada

lado).

Ciclovia

As ciclovias serão executadas em asfalto borracha com 2,5 m de largura e

deverão ser pintadas com sinalização horizontal para organizar a circulação e alertar

cruzamentos. As contenções laterais deverão ser executadas em concreto moldado in

loco (extrudado), totalizando 2,7 m de largura ao todo.

Equipamentos construídos

Os equipamentos construídos, assim como o mobiliário urbano e

estacionamento, ficam fora da curva de recorrência de cheias de 25 anos, protegendo-

os de inundações.

Acessibilidade

O projeto do Parque Ambiental Rio Palmital foi desenvolvido de maneira a

atender à Norma Brasileira NBR-9050:2004 - Acessibilidade de pessoas portadoras de

necessidades especiais a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos,

atendendo às seguintes solicitações:

- Os pisos são antiderrapantes.

- As rampas de pedestres externas foram dimensionadas com inclinações

máximas de 8,33%.

- Foram previstos sanitários adaptados para pessoas em cadeira de rodas em

cada edificação.

- O estacionamento de veículos prevê vagas de uso exclusivo para portadores

de necessidades especiais.

- Há vagas destinadas exclusivamente aos idosos, conforme a legislação

específica.

Bicicletário

Dentre os equipamentos construídos do parque haverá um bicicletário equipado

com 12 paraciclos tipo “sheffield”, de forma a abrigar com segurança 24 bicicletas de

usuários do espaço.

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183

A estrutura deverá ser feita em alvenaria ou concreto revestido de cerâmica

extrudada, de forma a utilizar um material típico da Região Metropolitana de Curitiba e,

ao mesmo tempo, garantir uma maior durabilidade do material. A cobertura deverá ser

feita em madeira beneficiada Itaúba ou similar, com verniz incolor e telhas cerâmicas

portuguesas. O piso cimentado deverá ter arremates em tijolos maciços para compor

um espaço simples, mas bem acabado. Os paraciclos serão metálicos, com tratamento

anti-ferrugem e pintura na cor amarelo.

Mobiliário Urbano

Bancos

Os bancos serão em material metálico protegido contra a ferrugem e madeira

tratada para resistir à umidade, além de parafusos e elementos de fixação protegidos

contra a corrosão e ferrugem. Deverão ser adquiridos prontos, evitando adaptações in

loco.

Lixeiras

As lixeiras deverão ser de alumínio e deverão ter dois cestos cada uma,

destinados à separação dos resíduos orgânicos e recicláveis.

Postes

A iluminação do Parque permitirá o seu uso estendido até as primeiras horas da

noite e maior segurança nos dias mais nublados ou com céu encoberto.

Os postes deverão ser adquiridos em corpo metálico, preferencialmente alumínio

fundido, com pintura na cor verde; alojamento para reator no corpo da luminária,

lâmpadas em vapor metálico e cúpula de proteção em polietileno leitoso anti

vandalismo. Altura mínima de 3,5 m e máxima de 4 m. O modelo deverá ser simples e

contemporâneo, evitando releituras de época.

Telefones públicos

Deverão ser instalados no parque pelo menos 4 telefones públicos, visando

atender a população em geral. Modelo e tipologia, entretanto, ficarão a cargo da

concessionária.

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184

Parque infantil

O playground deverá ser completo e oferecer atividades para crianças de várias

idades, executado em metal e madeira beneficiada com brinquedos do tipo: cesta com

cordas e escada, casinha com múltiplas atividades, circuito com múltiplas atividades e

ponte “pênsil”, gangorra dupla, escorregador rústico e balanço triplo.

Academia ao ar livre

A academia ao ar livre deverá ser dividida entre um setor dinâmico, com

equipamentos que se movimentam com o usuário, e um setor para alongar o corpo e

relaxar, com equipamentos estáticos. O setor dinâmico deverá contar com 10

equipamentos: rotação diagonal triplo, rotação vertical triplo, remada sentado simples,

pressão de pernas triplo, simulador de caminhada triplo, alongador com 3 alturas,

simulador de cavalgada triplo, multi exercitador, surf duplo. O setor de equipamentos

estáticos deverá contemplar duas pranchas de abdominal, barras paralelas, barras

para alongamento e barras para flexão de braços de duas alturas.

Vegetação

A vegetação deverá ser direcionada especialmente para a recomposição da

mata ciliar do Rio Piraquara, com mixes de espécies arbóreas e arbustivas nativas da

região.

Efeitos paisagísticos serão proporcionados pelo plantio de maciços e linhas de

árvores, a criação de jardins com arbustos e herbáceas e o plantio de gramados ao

longo dos passeios, convidando os usuários a saírem das trilhas para repouso e

contemplação. Um pergolado em madeira com trepadeira deverá complementar a

composição paisagística do parque.

Árvores para adensamento da APP

Buscou-se completar as áreas com insuficiência de vegetação ao longo da APP

do Rio através da identificação de massas existentes. A vegetação ao longo do Rio

Palmital deverá ser adensada com espécies nativas, conforme diretrizes do Código

Florestal, IAP, COMEC, Prefeitura Municipal de Pinhais e projeto Executivo.

As espécies relacionadas na tabela abaixo foram distribuídas no projeto para

adensamento das margens do Rio Palmital por serem comuns à região de Floresta

Ombrófila Mista.

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185

Tabela 26 - Espécies recomendadas para adensamento da Área de Proteção Permanente do Rio Palmital

ÁRVORES ADENSAMENTO APP

Nome Científico Nome popular

Campomanesia guazumifolia sete-capotes

Casearia sylvestris Sw. cafezinho-do-mato

Chorisia speciosa paineira

Erythrina crista-galli corticeira-do-banhado

Erythrina speciosa eritrina-candelabro

Eugenia brasiliensis grumixama

Eugenia uniflora pitangueira

Ilex paraguariensis erva-mate

Lafoensia glyptocarpa mirindiba-rosa

Lafoensia pacari dedaleiro

Mimosa scabrella bracatinga

Myrcia selloi cambuí

Patagonula americana guajuvira

Sebastiania commersoniana branquilho

Schinus molle aroeira-salso

Schinus terebinthifolia aroeira-vermelha

Schizolobium parahyba guapuruvu

Tabebuia umbellata ipê-amarelo-do-brejo

Fonte: Concresolo, 2013.

Árvores Ornamentais

As espécies nativas também podem ter uso ornamental na composição do

ambiente do Parque, de forma que algumas foram escolhidas para serem plantadas ao

longo de caminhos, formando maciços e gerando sombras. As árvores relacionadas na

tabela abaixo correspondem às escolhas para esse projeto.

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186

Tabela 27 - Espécies recomendadas para plantio ornamental.

ÁRVORES ORNAMENTAIS

Nome científico Nome Popular

Chorisia speciosa paineira

Peltophorum dubium canafístola

Caesalpinia 186érrea var. Leiostachya pau-ferro

Parapiptadenia rigida angico

Tibouchina granulosa quaresmeira

Tibouchina mutabilis manacá-da- serra

Tabebuia avellanedae ipê-roxo

Tabebuia chrysotricha ipê-amarelo

Jacaranda cuspidifolia jacarandá

Fonte: Concresolo, 2013.

Árvores frutíferas

A formação de um pomar com frutas típicas da região irá proporcionar alimentos

para as aves do local e oportunidade de educação ambiental e deleite para as crianças

frequentadoras do Parque. As espécies recomendadas estão relacionadas na tabela

abaixo.

Tabela 28 - Espécies recomendadas para formação de pomar

ÁRVORES FRUTÍFERAS

Nome científico Nome Popular

Acca sellowiana goiaba-serrana

Eugenia involucrata cerejeira-do-mato

Campomanesia xanthocarpa guabiroba

Eugenia uniflora pitangueira

Morus nigra amoreira-preta

Myrciaria cauliflora jaboticabeira

Psidium cattleianum araçá

Fonte: Concresolo, 2013.

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187

Trepadeiras

Os pergolados e a estrutura metálica próprios para a formação de

caramanchões deverão receber espécies de plantas trepadeiras relacionadas na tabela

abaixo.

Tabela 29 - Espécies recomendadas para trepadeiras

TREPADEIRAS

Nome científico Nome Popular

Arrabidaea candicans cipó-rosa

Cuspidaria convoluta cuspidária

Ipomea horsfalliae ipomeia-rubra

Fonte: Concresolo, 2013.

Herbáceas e forrações

A grama é o principal elemento da composição da paisagem do parque,

funcionando como piso para as diversas atividades de lazer. Ao mesmo tempo, outras

forrações e herbáceas deverão ser utilizadas para compor renques e ambientar jardins,

conforme relacionados na tabela abaixo.

Tabela 30 - Espécies de herbáceas e forrações

FORRAÇÕES / HERBÁCEAS

Nome científico Nome Popular

Agapanthus africanus agapanto

Dietes iridioides moréia

Hemerocallis flava var. "sebastian" hemerocalis-sebastian

Ophiopogon japonicus grama -preta

Pennisetum setaceum capim-do-texas

Zoyzia japonica grama-esmeralda

Calliandra brevipes esponja

Chlorophytum comosum clorofito

Iris pseudacorus iris-amarelo

Axonopus compressus grama-são-carlos

Fonte: Concresolo, 2013.

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188

3.3.2 ESTUDO HIDRÁULICO

A seguir serão apresentados os elementos que compõem o projeto de drenagem

do Parque Ambiental Palmital.

No âmbito da implantação do parque, deverão ser previstos dispositivos de

drenagem superficial para as áreas pavimentadas de estacionamento. Além da

Drenagem superficial, também serão descritos os critérios e resultados obtidos para a

implantação de lagoas de detenção na área do parque, para conter as cheias do Rio

Palmital.

Nos tópicos a seguir serão descritos as metodologias, cálculos e resultados

obtidos.

De posse das vazões calculadas no Estudo Hidrológico (Produto Parcial II –

Volume I – Adequação do Estudo de Concepção), procedeu-se o dimensionamento

hidráulico das seções de vazão, bem como a escolha do tipo de obra.

Adotaram-se como velocidades para a rede coletora:

Mínimo: v = 1,00 m/s;

Máximo: v = 5,00 m/s (no coletor) v = 4,00 m/s (no lançamento)

a) Métodos de Cálculo

As fórmulas utilizadas para o dimensionamento das seções de vazão são as

seguintes:

Fórmula de Manning

nSRAQ /121

32

Sendo,

Q = vazão (m³/s)

A= Área da seção do tubo em m²

R= Raio Hidráulico;

S= declividade (m/m)

n= Coeficiente de rugosidade do condutor

Para o calculo das redes coletoras, foi considerado no dimensionamento

Dutil = 0,8*diâmetro nominal (Tubulares)

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189

Velocidade

nSRV /121

32

Sendo,

V= Velocidade de escoamento m/s

R= Raio Hidráulico;

S= declividade (m/m)

n= Coeficiente de rugosidade do condutor

Vazão do vertedor

Vertedor afogado:

Para H<= 1,5m

3

)3/*2(** HgbQ

Sendo,

Q = vazão de descarga;

b = largura do vertedor;

H = altura da lâmina em relação ao vertedor;

g = aceleração da gravidade = 9,8

Para H> 1,5m

)2/(*2** hHghbCQ

Sendo,

Q = vazão de descarga;

b = largura do vertedor;

h= altura do vertedor;

H = altura da lâmina em relação ao vertedor;

g = aceleração da gravidade = 9,8

C= Coef. = 0,67

Fórmula de vertedor de soleira livre para proteção contra erosão e assoreamento.

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2/3

1..704,1 HbQ

Sendo,

Q = vazão de descarga;

b = largura da crista do vertedor;

H1 = altura da lâmina em relação a soleira;

Drenagem dos estacionamentos

O lançamento da rede de drenagem foi executado a partir de estudos

preliminares efetuados, buscando-se as soluções que conduzissem os fluxos principais

com menor distância até valas existentes, ou que seguissem o fluxo pelo nível do

terreno.

Assim foram definidos os dois coletores que conduzem as águas até os pontos

de deságue.

Planilhas da rede coletora

A seguir são apresentadas as planilhas de dimensionamento da rede coletora

(Tabelas 31 e 32).

Tabela 31 – Dimensionamento de galeria de águas pluviais

Fonte: Concresolo, 2013.

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191

Tabela 32 – Verificação do dimensionamento das galerias

Fonte: Concresolo, 2013.

As tabelas acima trazem o detalhamento básico dessas estruturas.

b) Drenagem no Parque

Além das intervenções já citadas, também estão sendo previstas intervenções

na área do parque, com a implantação de valas trapezoidais revestidas em grama,

bueiros para transposição das valas e talvegues existentes, assim como nos

lançamentos das sub-bacias que deságuam no Rio Palmital, ao longo da extensão do

parque.

A seguir está apresentada a Tabela 33 de bueiros a ser implantados na área do

parque. Tais bueiros estão apresentados nas pranchas de Projeto Estrutural do Volume

3. Também nesse desenho, estão indicadas a posição e características das valas de

drenagem superficial.

Tabela 33 – Bueiros no Parque Ambiental Palmital

Fonte: Concresolo, 2013.

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192

As pranchas do Projeto Estrutural do Volume 3 apresentam o detalhamento

dessas estruturas.

3.3.3 EXPANSÃO FUTURA

Como expansão futura, sugere-se a implantação de três edificações:

administração, lanchonete e posto de guarda. Essas edificações dependem dos

projetos de instalações elétricas e hidrosanitárias, que devem ser objeto de nova

licitação.

Administração

A casa para administração (sede) do Parque Palmital contará com um escritório,

sala de reuniões, recepção, depósito, copa, sanitários públicos e sanitário para

portador de necessidades especiais. A cobertura será em telhas cerâmicas

portuguesas, e a estrutura do telhado deverá ser feita em madeira beneficiada.

A cerâmica extrudada tipo tijoleta será utilizada como revestimento de parte da

fachada, enquanto o restante deverá ser rebocado e pintado em tinta acrílica, assim

como as paredes internas. As esquadrias externas deverão ser de alumínio pintado de

branco com funcionamento de acordo com a tabela que acompanha os projetos, e os

vidros deverão ser incolores e planos. As portas internas devem ser em madeira

chapeada e envernizada, com fechaduras e maçanetas metálicas de boa qualidade.

O piso interno deverá ser em cimentado liso queimado com juntas de dilatação

de metro em metro. O piso externo deverá ser cimentado com arremates em placas de

cerâmica extrudada, com caimento de 2% para o exterior. O forro interno da edificação

deverá ser executado em PVC cor branca, acompanhando a inclinação do telhado nas

áreas de escritório, reuniões e recepção, e plano nos sanitários. Um reservatório de

água potável para 500l deverá ser posicionado sob o telhado e sobre os sanitários. A

água pluvial deverá ser coletada dos telhados através de calhas galvanizadas pintadas

de branco, e enviadas a um reservatório específico para uso nas descargas dos

sanitários.

Os sanitários deverão ser revestidos em cerâmica branca com rejuntes da

mesma cor; as louças sanitárias deverão ser brancas, de boa qualidade, e o vaso

sanitário deve ter caixa acoplada. Os metais sanitários e a torneira da copa devem ter

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193

arejadores para economia de água. As torneiras dos banheiros devem também ser de

acionamento por pressão e desligamento automático, com acabamento cromado.

O piso interno dos sanitários deve ser em cerâmica PEI IV com propriedades

antiderrapantes, cor cinza claro, com formato das peças entre 30x30 e 60x60cm. O

sanitário destinado às pessoas com deficiência deverá ter duas barras de apoio junto

ao vaso, com 60cm e 80cm de comprimento. A pia deverá possibilitar a aproximação

de pessoa em cadeira de rodas, com coluna suspensa. Os reservados dos sanitários

de uso público deverão ter divisórias em granito cinza simples polido, com portas de

venezianas de alumínio com trava interna e abertura para fora do reservado. Os

tampos para as pias devem ser no mesmo granito polido, assim como duas divisórias

junto aos mictórios no banheiro masculino. O sanitário feminino destinado aos

funcionários do parque deverá ter ventilação mecânica feita por exaustor embutido no

forro. A copa deverá ter um tampo de pia em aço inoxidável com uma cuba e válvula

para fechamento.

Posto de Guarda

O posto de guarda deverá ser de tipologia arquitetônica igual à administração,

mas deverá ser executado junto ao estacionamento para viabilizar a proximidade com a

viatura policial. As mesmas características arquitetônicas deverão ser adotadas,

apenas variando a cor da pintura da fachada e o leiaute interno de acordo com a

necessidade da força policial.

Lanchonete

Uma lanchonete será construída próxima à pista de caminhada e uma das

praças, e contará com sanitários públicos e para funcionários, sanitário para portador

de necessidades especiais, cozinha, salão e um grande alpendre para colocação de

mesas. Esses elementos deverão ser de tipologia arquitetônica simples e utilizando

materiais locais, como madeira e tijolos cerâmicos.

A cobertura será em telhas cerâmicas portuguesas, e a estrutura do telhado

deverá ser feita em madeira beneficiada. A cerâmica também será utilizada como

revestimento de parte da fachada em alvenaria de tijolos cerâmicos ou blocos

cimentícios. O restante da fachada deve ser rebocada e pintada em tinta acrílica, assim

como as paredes internas. As esquadrias externas deverão ser de alumínio pintado de

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194

branco com funcionamento de acordo com a tabela que acompanha os projetos, e os

vidros deverão ser incolores e planos. O ambiente de preparo deverá ser fechado com

janelas de aço de enrolar, possibilitando a abertura plena para o atendimento. As

portas internas devem ser em madeira chapeada e envernizada, com fechaduras e

maçanetas metálicas de boa qualidade. O piso interno deverá ser em cerâmica PEI IV

com propriedades antiderrapantes, cor cinza claro, com formato das peças entre 30x30

e 60x60cm. O piso externo deverá ser cimentado com arremates em placas de

cerâmica extrudada, com caimento de 2% para o exterior. O forro interno da edificação

deverá ser executado em PVC cor branca, acompanhando a inclinação do telhado nas

áreas de preparo e cozinha e plano nos sanitários. Um reservatório de água potável

para 1000l deverá ser posicionado sob o telhado e sobre os sanitários. A água pluvial

deverá ser coletada dos telhados através de calhas galvanizadas pintadas de branco, e

enviadas a um reservatório específico para uso nas descargas dos sanitários.

Os sanitários deverão ser revestidos em cerâmica branca com rejuntes da

mesma cor; as louças sanitárias deverão ser brancas, de boa qualidade, e o vaso

sanitário deve ter caixa acoplada. Os metais sanitários devem ser dotados de

arejadores para economia de água. As torneiras dos banheiros devem também ser de

acionamento por pressão e desligamento automático, com acabamento cromado. O

piso interno dos sanitários deve ser em cerâmica PEI IV com propriedades

antiderrapantes, cor cinza claro, com formato das peças entre 30x30 e 60x60cm. O

sanitário destinado às pessoas com deficiência deverá ter duas barras de apoio junto

ao vaso, com 60cm e 80cm de comprimento. A pia deverá possibilitar a aproximação

de pessoa em cadeira de rodas, com coluna suspensa. Os reservados dos sanitários

de uso público deverão ter divisórias em granito cinza simples polido, com portas de

venezianas de alumínio com trava interna e sentido de abertura para fora do reservado.

Os tampos para as pias devem ser no mesmo granito polido, assim como duas

divisórias junto aos mictórios no banheiro masculino. O sanitário destinado aos

funcionários da lanchonete deverá ter chuveiro elétrico 220V.

Nas pranchas da Expansão Futura no Volume 3 serão apresentados os

desenhos arquitetônicos dessas edificações.

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195

3.4 SETOR IV – LAGOAS DE DETENÇÃO

As diretrizes a serem utilizadas no projeto de drenagem foram extraídas do

Plano Diretor de Drenagem para a Bacia do Alto Iguaçu e do Termo de Referência do

Edital TP 03/2012 – Anexo 4.

O estudo promoveu a integração de todas as áreas previstas para o Parque

Ambiental Palmital, considerando os projetos já desenvolvidos, de forma a constituir

uma concepção integrada de drenagem para a área do Parque.

Foram considerados os projetos e obras realizados em caráter emergencial na

área pelo Instituto das Águas do Paraná, que foram apropriados no projeto, e

descontados do valor do orçamento final. O projeto de drenagem foi orientado pelo

Instituto das Águas do Paraná.

3.4.1 RIO PALMITAL

Como pode-se observar nas curvas de enchente, o Rio Palmital transborda de

sua calha, para chuvas mais intensas. As intervenções na área do parque, com a

implantação das lagoas, irá minimizar as enchentes a jusante do Rio Palmital. Porém,

somente a partir do ponto de derivação para as lagoas. Portanto, também deverão ser

feitas intervenções no Rio Palmital, a partir da estrada da Graciosa, até o ponto de

derivação para as lagoas.

Com o intuito de resolver isso, de maneira a não interferir diretamente no Rio

Palmital, propõe-se a implantação de diques em suas margens, com altura suficiente

para conter as cheias até uma TR = 50 anos. Na Figura 36 é apresentada uma seção

genérica da solução proposta, com as seguintes características:

Declividade do Rio: 0,32%

Coeficiente de Manning: 0,4

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196

Figura 36 - Seção esquemática - intervenção Rio Palmital.

Fonte: Concresolo, 2013.

Para a definição das cotas de cheia, e quantificação dos diques, foram definidas

duas seções no Rio Palmital, indicadas em projeto. A seguir são apresentados os

gráficos de descarga (Figuras 37 a 40), curva de velocidade e as tabelas (Tabelas 34 e

35) de dados das referidas seções.

Tabela 34 - Parâmetros e características - Seção 1 - Rio Palmital.

Fonte: Concresolo, 2013.

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197

Figura 37 - Curva de Descarga 1 - Rio Palmital.

Fonte: Concresolo, 2013.

Figura 38 - Curva de velocidades 1 - Rio Palmital.

Fonte: Concresolo, 2013.

Tabela 35 - Parâmetros e características - Seção 2 - Rio Palmital.

Fonte: Concresolo, 2013.

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198

Figura 39 - Curva de Descarga 2 - Rio Palmital.

Fonte: Concresolo, 2013.

Figura 40 - Curva de Velocidades 2 - Rio Palmital.

Fonte: Concresolo, 2013.

3.4.2 LAGOAS DE DETENÇÃO

Conforme descrito no Produto Parcial II – Volume I – Adequação do Estudo de

Concepção para Elaboração de Projeto de Engenharia de Drenagem do Parque

Ambiental Palmital, foi realizada uma revisão e adequação do PROJETO EXECUTIVO

DE CONTROLE DE CHEIAS – BACIAS DE DETENÇÃO SEQUENCIAIS. Tal projeto

havia sido contratado pela Empresa AREAL DAS ÁGUAS EXTRAÇÃO E COMÉRCIO

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199

DE AREIA LTDA, que atua na região de estudo, e projetado pela Empresa de

Consultoria VENEZA ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS LTDA.

O projeto denominado complementa as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor

de Drenagem para a bacia hidrográfica do Alto Rio Iguaçu, propondo ações estruturais

na Bacia do Rio Palmital como forma de amortecer a onda de cheia e proteger a

população ribeirinha.

Esse projeto foi revisto e atualizado pela Concresolo Engenharia Ltda. Em

conjunto com o Instituto de Águas do Paraná.

As lagoas deverão ser implantadas sequencialmente e serão denominadas de

Lagoas 01, 02 e 03 a partir da montante. Sua forma, local de implantação e

características geométricas estão apresentadas nas pranchas do Projeto Lagoas no

Volume 3. Foi definido um eixo, e estaqueado a cada 20 m, para locação da lagoa e

seus dispositivos. A Tabela 36 abaixo apresenta os elementos de geometria horizontal

e vertical do eixo das lagoas para sua locação em campo.

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200

Tabela 36 – Elementos da locação das lagoas

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201

Fonte: Concresolo, 2013

a) Vazão do Rio Palmital na Entrada do Parque

No PP II - Volume 1, foi apresentada toda a metodologia de cálculo, para se

obter a vazão do Rio Palmital no ponto em que esse chega ao parque. Os resultados

obtidos são apresentados na Tabela 37:

Tabela 37 - Dados pluviométricos e vazões de projeto.

Fonte: Concresolo, 2013.

Do volume total que chega ao ponto onde haverá a implantação das lagoas, um

percentual desse volume derivará para as lagoas, onde serão detidas, e o restante

seguirá seu fluxo normal. A vazão derivada para as lagoas será de até 98 m³/s.

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202

b) Capacidade das lagoas

As lagoas têm as seguintes características principais (Tabela 38):

Tabela 38 - Características das lagoas

Fonte: Concresolo, 2013.

Todas as lagoas de detenção terão talude lateral h = 2,0 : v = 1,0 e deverão ser

revestidos com solo local argiloso e com enleivamento.

Nas Tabelas 39 a 41 são apresentadas as tabelas para obtenção das relações

de cota e volume dos reservatórios, assim como os gráficos dos mesmos (Figuras 42 a

44).

Tabela 39 - Relações de cota e volume dos reservatórios – Lagoa 1.

Fonte: Concresolo, 2013.

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203

Figura 41 - Relação Cota x Volume -

Fonte: Concresolo, 2013.

Tabela 40 – Relações de cota e volume dos reservatórios - Lagoa 2.

Fonte: Concresolo, 2013.

Figura 42 - Relação Cota x Volume - Lagoa 2.

Fonte: Concresolo, 2013.

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204

Tabela 41 - Relações de cota e volume dos reservatórios – Lagoa 3.

Fonte: Concresolo, 2013.

Figura 43 - Relação Cota x Volume - Lagoa 3.

Fonte: Concresolo, 2013.

c) Dispositivos de Entrada e Saída das Lagoas

Para a derivação da vazão para as lagoas, foi projetado um canal em Gabião

tipo caixa, revestido de concreto (Figura 41Figura 44), seguido por um Bueiro Celular

Triplo. O Bueiro Celular foi projetado para permitir o fluxo de veículos pela estrada de

serviço do parque. O fundo do Canal estará na mesma cota do fundo do rio e o Bueiro

Celular no mínimo 0,50m acima dessa cota. Esse desnível permitirá que a vazão

ecológica do rio seja mantida, e a derivação para as lagoas ocorrerá apenas quando o

rio começar a encher.

A estrutura de saída será semelhante, a exceção que não haverá o desnível

entre o celular e o bueiro, e o canal em Gabião em seus últimos 5,00m não deverá ser

revestido de concreto, a fim de reduzir as velocidades para reentrada no Rio.

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205

Figura 44 - Seção de entrada do canal

Fonte: Concresolo, 2013.

Na Lagoa 2, estão previstas a implantação de um Bueiro Duplo Celular de

Concreto (BDCC) e um Bueiro Simples Celular de Concreto (BSCC) de 3,0 x 3,0 para

manter o fluxo de água entre as partes dessa lagoa subdividas pela passagem de trilha

e ciclovia.

d) Estruturas de Descarga

O escoamento entre as lagoas de detenção será regulado através das estruturas

de descarga, denominadas de estrutura 01, 02 e 03. As estruturas de descarga serão

em concreto armado, e terão um vertedor de superfície ou de soleira livre, com largura

de 35m para as estruturas 01 e 02, e de 30 m para a estrutura 03, e orifício no fundo

com uma célula de (4x1) metros para regular o amortecimento e manter o reservatório

vazio nas estiagens. O vertedor de superfície da estrutura 01 terá 1,5 m de altura, e

das estruturas 02 e 03 terão altura de 2,50 m.

As estruturas 01 e 02 já estão em execução, tendo sido contratados pelo

Instituto de Águas do Paraná. Seu dimensionamento hidráulico também será

apresentado, juntamente com a estrutura 03 para um melhor entendimento do projeto

como um todo.

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206

Estrutura de Descarga 1

Em execução entre as Lagoas 01 e 02. Sua vazão no nível máximo das lagoas

será de 260,20 m³/s, para a cota da lâmina da água de 882,80m. A Tabela 42

apresenta o dimensionamento da Estrutura de Descarga 1.

Tabela 42 – Dimensionamento da Estrutura de Descarga 1.

Fonte: Concresolo, 2013.

A Figura 45, que apresenta o gráfico abaixo mostra as performances dos

vertedores de superfície e de orifício assim como a vazão total da estrutura de

descarga.

Figura 45 - Altura x Vazões da Estrutura de Descarga 01.

Fonte: Concresolo, 2013.

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207

Estrutura de Descarga 2

Em execução entre as Lagoas 02 e 03. Sua vazão no nível máximo das lagoas

será de 110,01 m³/s, para a cota da lâmina d´água de 882,30m. A Tabela 43 apresenta

o dimensionamento da estrutura de descarga 02.

Tabela 43 - Dimensionamento da estrutura de descarga 02.

Fonte: Concresolo, 2013.

O gráfico da Figura 46 abaixo mostra as performances dos vertedores de

superfície e de orifício assim como a vazão total da estrutura de descarga.

Figura 46 - Altura x Vazões da estrutura de descarga 02.

Fonte: Concresolo, 2013.

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208

Estrutura de Descarga 3

A ser executada na saída da Lagoa 03. Sua vazão no nível máximo das lagoas

será de 97,38 m³/s, para a cota da lâmina d´água de 881,80m. Na Tabela 44 são

apresentados os dados de dimensionamento.

Tabela 44 - Dimensionamento da estrutura de descarga 03.

Fonte: Concresolo, 2013.

O gráfico apresentado na Figura 47 mostra as performances dos vertedores de

superfície e de orifício assim como a vazão total da estrutura de descarga.

Figura 47 - Altura x Vazões da estrutura de descarga 03.

Fonte: Concresolo, 2013.

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209

As pranchas estão no Projeto Estrutural no Volume 3, apresentam o detalhe

desses dispositivos.

e) Conclusões

Considerando que a capacidade de detenção das três lagoas é de 436.396,29

m³, ao nível dos vertedores. Sabendo-se também que a diferença de vazão entre uma

chuva intensa de TR = 50 anos e outra de TR = 25 anos é de 41,10 m³/s, numa analise

simplista, pode se dizer que as lagoas, através da detenção das águas do Rio Palmital,

são capazes de reduzir, a sua jusante, uma chuva de intensidade de uma TR = 50

anos para TR = 25 anos por um período de aproximadamente 177min ou 2h57min.

E no seu armazenamento máximo, que é de 758.124,88m³ esse tempo é de

273min e 3h31min.

Mas a principal conclusão é que a detenção vai aliviar as cheias a jusante do rio,

para qualquer chuva mais intensa, o que irá minimizar os problemas de inundação a

jusante.

Porém convém ressaltar que essa solução virá minimizar os problemas e não

revolvê-los por completo, pois o sistema foi dimensionado considerando as chuvas com

TR = 25 anos.

Serão necessárias outras intervenções a jusante, no próprio leito do Rio

Palmital, para que, num conjunto de soluções, os problemas de enchentes sejam

menos recorrentes.

3.4.3 DRENAGENS COMPLEMENTARES

Além das intervenções já citadas, também estão sendo previstas intervenções

na área do parque, com a implantação de valas trapezoidais revestidas em grama,

bueiros para transposição das valas e talvegues existentes, assim como nos

lançamentos das sub-bacias que deságuam no Rio Palmital, ao longo da extensão do

parque.

A seguir está apresentada a Tabela 45 de bueiros a ser implantados na área do

parque. Tais bueiros estão apresentados na prancha do Projeto Estrutural do Volume

3. Também nesse desenho, estão indicadas a posição e características das valas de

drenagem superficial.

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210

Tabela 45 – Bueiros no Parque Ambiental Palmital

Fonte: Concresolo, 2013.

Com relação aos lançamentos de sub-bacias, pela margem esquerda, com

deságue nas lagoas de detenção são 8 sub-bacias, e pela margem direita, com

deságue no leito do Rio Palmital, são 15 sub-bacias.

Esses pontos estão indicados na prancha do Projeto Estrutural no Volume 3 e

suas características e dimensionamento são apresentados a seguir:

a) Pela margem direita, com lançamento no Rio Palmital:

Sub-bacia hidrográfica D1

Área de contribuição: 12,29 ha;

Vazão calculada: 3,57 m³/s;

Tipo de seção na chegada: tubo diâmetro 1,20 metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Ala com degrau.

Sub-bacia hidrográfica D2

Área de contribuição: 9,95 ha;

Vazão calculada: 3,21 m³/s;

Tipo de seção na chegada: tubo diâmetro 1,20 metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Ala com degrau.

Sub-bacia hidrográfica D3

Área de contribuição: 10,41 ha;

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Vazão calculada: 3,34 m³/s;

Tipo de seção na chegada: tubo diâmetro 1,20 metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Ala com degrau.

Sub-bacia hidrográfica D4

Área de contribuição: 7,70 ha;

Vazão calculada: 2,35 m³/s;

Tipo de seção na chegada: tubo diâmetro 1,00 metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Ala com degrau.

Sub-bacia hidrográfica D5

Área de contribuição: 11,46 ha;

Vazão calculada: 3,52 m³/s;

Tipo de seção na chegada: tubo diâmetro 1,20 metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Ala com degrau.

Sub-bacia hidrográfica D6

Área de contribuição: 7,70 ha;

Vazão calculada: 2,34 m³/s;

Tipo de seção na chegada: tubo diâmetro 1,20 metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Ala com degrau.

Sub-bacia hidrográfica D7

Área de contribuição: 20,74 ha;

Vazão calculada: 6,15 m³/s;

Tipo de seção na chegada: tubo diâmetro 1,50 metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Ala com degrau.

Sub-bacia hidrográfica D8

Área de contribuição: 28,96 ha;

Vazão calculada: 7,23 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,50 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

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Sub-bacia hidrográfica D9

Área de contribuição: 1,35 ha;

Vazão calculada: 0,36 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica D10

Área de contribuição: 12,85 ha;

Vazão calculada: 3,09 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica D11

Área de contribuição: 15,52 ha;

Vazão calculada: 3,73 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica D12

Área de contribuição: 5,55 ha;

Vazão calculada: 1,63 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica D13

Área de contribuição: 13,63 ha;

Vazão calculada: 3,54 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica D14

Área de contribuição: 23,14 ha;

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213

Vazão calculada: 6,13 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,50 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica D15

Área de contribuição: 21,15 ha;

Vazão calculada: 6,12 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,50 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

b) Pela margem esquerda, com lançamento nas lagoas:

Sub-bacia hidrográfica E1

Área de contribuição: 167,00 ha;

Vazão calculada: 14,86 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (3,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica E2

Área de contribuição: 12,39 ha;

Vazão calculada: 1,96 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,50 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica E3

Área de contribuição: 14,65 ha;

Vazão calculada: 2,22 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,50 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica E4

Área de contribuição: 35,16 ha;

Vazão calculada: 4,72 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (2,00 x 1,50) metros;

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Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica E5

Área de contribuição: 68,05 ha;

Vazão calculada: 7,99 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (3,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica E6

Área de contribuição: 14,05 ha;

Vazão calculada: 2,24 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (3,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica E7

Área de contribuição: 11,84 ha;

Vazão calculada: 1,90 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (1,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial.

Sub-bacia hidrográfica E8

Área de contribuição: 41,25 ha;

Vazão calculada: 4,98 m³/s;

Tipo de seção na chegada: Retangular (2,00 x 1,50) metros;

Tipo de proteção no ponto de lançamento: Vertedor superficial

A Tabela 46 apresenta os resultados do dimensionamento hidráulico das

estruturas de lançamento do lado direito e a Tabela 47 os resultados do lado esquerdo.

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Tabela 46 - Resultados do dimensionamento hidráulico das estruturas de lançamento do lado direito

(A) (B) (C ) (D) DIAM. (E) (F) VERT. SUP. BASE ALA FUNDO BACIA

D1 ALA 1,20 2,20 882,00 881,00

D2 ALA 1,20 2,20 881,63 880,63

D3 ALA 1,20 2,20 881,36 880,36

D4 ALA 1,00 2,00 881,20 880,20

D5 ALA 1,20 2,20 880,88 879,88

D6 ALA 1,20 2,20 880,71 879,71

D7 ALA 1,50 2,50 880,50 879,50

D8 ALA 1,00 2,00 879,90 878,90

D9 V.S. 2,50 2,00 3,00 1,00 879,83 878,83

D10 V.S. 2,50 2,00 3,00 1,00 878,80 878,80

D11 V.S. 2,50 3,00 4,00 1,00 879,80 878,80

D12 V.S. 2,50 2,00 3,00 1,00 879,50 878,50

D13 V.S. 2,50 3,00 4,00 1,00 879,41 878,41

D14 V.S. 2,50 4,00 4,00 1,00 879,17 878,17

D15 ALA 1,50 2,50 878,80 877,80

LANÇ. TIPOCOTAS (m)DIMENSÕES (m)

Fonte: Concresolo, 2013.

Tabela 47 - Resultados do dimensionamento hidráulico das estruturas de lançamento do lado esquerdo

Fonte: Concresolo, 2013.

As estruturas tipo vertedor superficial (V.S), serão com pedras de mão

argamassada, revestindo o terreno natural a fim de dissipar a energia do lançamento, e

ficar uma estrutura mais natural. As estruturas tipo ala com degrau serão em concreto.

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216

4. REFERÊNCIAS

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217

4 REFERÊNCIAS

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sustentabilidade agrícola e ambiental na Bacia do Rio Iraí (PR). LIMA, M.R.

Curitiba, Outubro-2005 tese doutorado UFPR. PR.

Avaliação da Eficiência do Tratamento de Percolado de Aterros Sanitários

através de Filtro Biológico e Wetlands. BIELSCHOWSKY. M.C. ET all.

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COMEC. EDITAL DA TOMADA DE PREÇO 03/2012 – Anexo 04: TERMO DE

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Influência do Gradiente longitudinal (rio-barragem)na similaridade das

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Revista Brasileira de Botânica. Vol. 28. n.2 São Paulo SP Abril/junho 2005

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LIMA, M.R., TAFFAREL, A.D., REISSMANN, C.B., CRUZ, A.C.L., DEPINÉ, H.

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PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S/A – Agente Anti-Pó, Características do

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ZANELLA L. et all. Wetlands Construídas vegetadas com plantas

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219

TERMO DE ENCERRAMENTO

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220

TERMO DE ENCERRAMENTO

Este Volume 1 – PROJETO EXECUTIVO – MEMORIAIS, referente ao Contrato

009/2012/COMEC para elaboração de projeto de engenharia básico e executivo de

drenagem do PARQUE AMBIENTAL PALMITAL, situado no município de Pinhais,

Região Metropolitana de Curitiba, Estado do Paraná, conforme Termo de Referência e

normativas estabelecidas para contratação e execução de programas e ações do

Ministério das Cidades, com o objetivo de minimizar impactos e criar condições para

uma gestão sustentável da drenagem urbana, conforme Termo de Compromisso nº

351.256-01/2011, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC 2

possui 4 (quatro) volumes, sendo este com 243 (duzentas e quarenta e três) folhas

numeradas em ordem sequencial crescente, inclusive esta.

Curitiba, 18 de novembro de 2013.

_____________________________________

Marcelo José Leal Gasino

Engenheiro Supervisor

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ANEXO A – CADERNO DE VEGETAÇÃO

ANEXO A – CADERNO DE VEGETAÇÃO