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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CONSEMA Página 1 de 15 __________ __________________________________________________________________________ Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 Prédio 6, 1ºAndar CEP 05459-010 São Paulo SP Tel.: (0xx11)3133-3622 Fax.: (0xx11)3133-3621 E-mail: [email protected] Ata da Audiência pública sobre o EIA-RIMA do empreendimento Duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre o Km 46 + 700 ao 63 + 000 e entre o Km 67 + 000 ao 89 + 700”, de responsabilidade da Concessionária de Rodovias do Oeste de São Paulo ViaOeste S/A, no dia 19 de setembro de 2018, no município de São Roque/SP. Realizou-se, no dia 19 de setembro de 2018, no Centro Cultural e Educacional Brasital, a Rua Araçaí, 250, - Centro, São Roque/SP, audiência pública sobre o empreendimento Duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre o Km 46 + 700 ao 63 + 000 e entre o Km 67 + 000 ao 89 + 700”, de responsabilidade de Via Paulista S/A (Proc. 032084/2017.10). Dando início aos trabalhos, o Secretário-Executivo do CONSEMA, Anselmo Guimarães declarou que, em nome do Secretário de Estado do Meio Ambiente e Presidente do CONSEMA, Eduardo Trani, saudava e dava boas-vindas aos representantes do Poder Executivo; do Poder Legislativo nas pessoas dos Excelentíssimos Senhores Cláudio Góes, Prefeito de São Roque; Niltinho Bastos Vereador e Presidente da Câmara de São Roque; dos Excelentíssimos Vereadores de São Roque Senhores Etelvino Nogueira, Rogério Jeanda Silva, Maurinho Góes, Alfredo Estrada, Júlio Mariano, Marcos Roberto Martins Arruda; do Excelentíssimo Senhor Prefeito de Mairinque Alexandre Peixinho; do Excelentíssimo Senhor Vereador e Presidente da Câmara de Mairinque, Kioshi Hirakawa; dos Excelentíssimos Senhores Vereadores de Mairinque, Abner Segura, Rafael da Hípica, Túlio Camargo, Prof. Giovani, Rodrigás, Marcos roberto Martins Arruda; do Excelentíssimo Senhor Vereador de Alumínio, Enivaldo de Jesus; e do Excelentíssimo Senhor Deputado Estadual, João Caramaz; da Polícia Militar Ambiental; do Poder Judiciário; do Ministério Público; das entidades da sociedade civil; dos órgãos públicos, dos conselhos municipais de meio ambiente, das entidades ambientalistas, enfim, a todos que compareceram a essa audiência pública sobre a Duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre o Km 46 + 700 ao 63 + 000 e entre o Km 67 + 000 ao 89 + 700”, de responsabilidade da Concessionária de Rodovias do Oeste de São Paulo ViaOeste S/A. Declarou que a Audiência Pública é um evento aberto, público, onde são apresentados os aspectos ambientais da proposta ou projeto a todos, para que dêem suas opiniões, formulem indagações, apresentem contribuições, sugestões e críticas, e tudo o que possa contribuir para o aprimoramento da análise técnica do órgão licenciador, que se encontrava em suas fases preliminares. Esclareceu que o rito referente à realização de audiências públicas foi estabelecido na Deliberação Normativa 01/2011, do Conselho Estadual do Meio Ambiente, e que possuía a função regulamentar de conduzir aquelas que versam sobre empreendimentos, projetos e obras em licenciamento, planos de manejo e criação de áreas protegidas, em âmbito estadual, pelo Sistema Ambiental Paulista, ou seja, seu papel nas audiências públicas era completamente isento, e sua função tão somente conduzir os trabalhos de forma totalmente neutra, para garantir que aqueles que tenham algo a dizer possam fazê-lo de modo democrático e organizado. Informou que as inscrições para participação dos debates são feitas junto à equipe da recepção, em listas apropriadas, e se encerram sessenta minutos após a abertura dos trabalhos, lembrando, àqueles que preferirem ou desejarem, que poderiam apresentar documentos relativos ao assunto objeto desta audiência, bem como manifestações por escrito no prazo de cinco dias úteis a contar daquela data, protocolando-os diretamente nas unidades da CETESB, ou encaminhando pelo endereço de e-mail divulgado. Expôs resumidamente as normas estabelecidas pela Deliberação CONSEMA Normativa 01/2011 para a condução das audiências públicas, com os respectivos momentos destinados à manifestação de cada um dos presentes e o tempo previsto para cada uma delas. Antes que se procedesse à apresentação do projeto, Ticiana Risden Viana, engenheira sanitarista do Setor de Avaliação de Empreendimentos de Transportes da CETESB esclareceu em linhas gerais como se desenvolve o processo de licenciamento. Explicou do que tratam materialmente os estudos de impacto ambiental e deu conta da tramitação do empreendimento, esclarecendo que no momento atual os estudos

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE

CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CONSEMA

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__________ __________________________________________________________________________

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – Prédio 6, 1ºAndar CEP 05459-010 São Paulo – SP

Tel.: (0xx11)3133-3622 Fax.: (0xx11)3133-3621 E-mail: [email protected]

Ata da Audiência pública sobre o EIA-RIMA do empreendimento “Duplicação da Rodovia

Raposo Tavares (SP-270) entre o Km 46 + 700 ao 63 + 000 e entre o Km 67 + 000 ao 89 + 700”,

de responsabilidade da Concessionária de Rodovias do Oeste de São Paulo – ViaOeste S/A, no

dia 19 de setembro de 2018, no município de São Roque/SP.

Realizou-se, no dia 19 de setembro de 2018, no Centro Cultural e Educacional Brasital, a Rua

Araçaí, 250, - Centro, São Roque/SP, audiência pública sobre o empreendimento “Duplicação da

Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre o Km 46 + 700 ao 63 + 000 e entre o Km 67 + 000 ao

89 + 700”, de responsabilidade de Via Paulista S/A (Proc. 032084/2017.10). Dando início aos

trabalhos, o Secretário-Executivo do CONSEMA, Anselmo Guimarães declarou que, em nome do

Secretário de Estado do Meio Ambiente e Presidente do CONSEMA, Eduardo Trani, saudava e dava

boas-vindas aos representantes do Poder Executivo; – do Poder Legislativo – nas pessoas dos

Excelentíssimos Senhores Cláudio Góes, Prefeito de São Roque; Niltinho Bastos Vereador e

Presidente da Câmara de São Roque; dos Excelentíssimos Vereadores de São Roque Senhores

Etelvino Nogueira, Rogério Jeanda Silva, Maurinho Góes, Alfredo Estrada, Júlio Mariano, Marcos

Roberto Martins Arruda; do Excelentíssimo Senhor Prefeito de Mairinque Alexandre Peixinho; do

Excelentíssimo Senhor Vereador e Presidente da Câmara de Mairinque, Kioshi Hirakawa; dos

Excelentíssimos Senhores Vereadores de Mairinque, Abner Segura, Rafael da Hípica, Túlio

Camargo, Prof. Giovani, Rodrigás, Marcos roberto Martins Arruda; do Excelentíssimo Senhor

Vereador de Alumínio, Enivaldo de Jesus; e do Excelentíssimo Senhor Deputado Estadual, João

Caramaz; – da Polícia Militar Ambiental; – do Poder Judiciário; – do Ministério Público; – das

entidades da sociedade civil; – dos órgãos públicos, dos conselhos municipais de meio ambiente, das

entidades ambientalistas, enfim, a todos que compareceram a essa audiência pública sobre a

“Duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre o Km 46 + 700 ao 63 + 000 e entre o

Km 67 + 000 ao 89 + 700”, de responsabilidade da Concessionária de Rodovias do Oeste de São

Paulo – ViaOeste S/A. Declarou que a Audiência Pública é um evento aberto, público, onde são

apresentados os aspectos ambientais da proposta ou projeto a todos, para que dêem suas opiniões,

formulem indagações, apresentem contribuições, sugestões e críticas, e tudo o que possa contribuir

para o aprimoramento da análise técnica do órgão licenciador, que se encontrava em suas fases

preliminares. Esclareceu que o rito referente à realização de audiências públicas foi estabelecido na

Deliberação Normativa 01/2011, do Conselho Estadual do Meio Ambiente, e que possuía a função

regulamentar de conduzir aquelas que versam sobre empreendimentos, projetos e obras em

licenciamento, planos de manejo e criação de áreas protegidas, em âmbito estadual, pelo Sistema

Ambiental Paulista, ou seja, seu papel nas audiências públicas era completamente isento, e sua

função tão somente conduzir os trabalhos de forma totalmente neutra, para garantir que aqueles que

tenham algo a dizer possam fazê-lo de modo democrático e organizado. Informou que as inscrições

para participação dos debates são feitas junto à equipe da recepção, em listas apropriadas, e se

encerram sessenta minutos após a abertura dos trabalhos, lembrando, àqueles que preferirem ou

desejarem, que poderiam apresentar documentos relativos ao assunto objeto desta audiência, bem

como manifestações por escrito no prazo de cinco dias úteis a contar daquela data, protocolando-os

diretamente nas unidades da CETESB, ou encaminhando pelo endereço de e-mail divulgado. Expôs

resumidamente as normas estabelecidas pela Deliberação CONSEMA Normativa 01/2011 para a

condução das audiências públicas, com os respectivos momentos destinados à manifestação de cada

um dos presentes e o tempo previsto para cada uma delas. Antes que se procedesse à apresentação

do projeto, Ticiana Risden Viana, engenheira sanitarista do Setor de Avaliação de

Empreendimentos de Transportes da CETESB esclareceu em linhas gerais como se desenvolve o

processo de licenciamento. Explicou do que tratam materialmente os estudos de impacto ambiental e

deu conta da tramitação do empreendimento, esclarecendo que no momento atual os estudos

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encontram-se sob os cuidados de equipe técnica especializada da CETESB, responsável por sua

análise. Desta análise, em que são coletadas manifestações de diferentes órgãos, acrescidas do quanto

se discutiu e propôs nas audiências públicas, resultará um parecer técnico que dará conta ou não da

viabilidade técnica do empreendimento. Considerado viável o projeto analisado, será o respectivo

parecer encaminhado ao CONSEMA que, reunido em sessão plenária, deliberará pela emissão ou

não da licença prévia, documento que coroa a primeira etapa do procedimento. Concluídos os

esclarecimentos introdutórios, passou-se à apresentação do projeto. Marcelo Boaventura, diretor

Presidente da CCR- ViaOeste S/A, apresentou em linhas gerais o empreendimento, abordando seu

histórico, organização, etapas de desenvolvimento e objetivos, após o que Eduardo Augusto,

representante da Geotec Consultoria Ambiental, empresa de consultoria responsável pela elaboração

dos estudos ambientais, apresentou uma síntese do EIA/RIMA, precisamente dos motivos da eleição

do traçado, da capacidade pretendida para o empreendimento quando de sua plena operação, dos

impactos potenciais, principalmente nos recursos hídricos e nos meios físico, biótico e antrópico, e

acerca das medidas de mitigação que serão implementadas com o objetivo de preveni-los ou mitigá-

los. Passou-se à etapa em que se manifestam os representantes da sociedade civil. Eduardo Vitor

Mendes, da Associação dos Comerciantes do Bairro Marmeleiro de São Roque informou residir no

bairro do Marmeleiro, localizado no 64 km da Rodovia Raposo Tavares, explicou porque a Rodovia

tinha esse nome e relatou que antes da CCR, da Via Oeste e da ARTESP havia um caminho que saía

de São Vicente, Oceano Atlântico, passava pela região e subia os Andes, até Potossi, na Bolívia,

denominado “Caminho do Peabiru”. Sugeriu aos autores do RIMA que fizessem a pesquisa na

internet sobre esse caminho milenar, que já existia, antes da descoberta do Brasil. Afirmou que essa

estrada, era utilizada pelo bandeirante Antônio Raposo Tavares, morador de Quitaúna, Osasco, e que

dizimou várias tribos de índios, no interior de São Paulo e nas barrancas do Rio Paraná, Rio Ivair,

Rio Piquiri e Rio Iguaçu. Portanto, ressaltou que a Rodovia era marcada de sangue e crueldade.

Passou a explanar sobre o significado do termo “para inglês ver”, há tempos utilizado no Brasil.

Recordou que a época em que a Inglaterra era potência mundial e possuía empreendimentos em

todos os continentes do mundo, inclusive no Brasil, o brasileiro com seu famoso jeitinho, dava uma

garibada nas coisas “para inglês ver”, pois eles eram muito severos, e exigiam o padrão inglês de

qualidade. Então, o brasileiro dava uma garibadinha, arrumava ali, um jeito ali, então isso se chama

“para inglês ver”. Dessa forma, a ViaOeste estaria fazendo, exatamente “para inglês ver”, porque

tudo que estava sendo gasto com avaliação de impactos era tudo uma farsa, porque o bairro

Marmeleiro existia antes da ViaOeste, a Vila Sorocabana já existima antes da ViaOeste, o bairro do

Vila São Rafael existia antes da ViaOeste. Nova São Roque existia antes da ViaOeste. Questionou

por qual motivo eles não estariam respeitando o trajeto inicial do projeto da Rodovia, ou seja, aquele

que saía de Mailasqui, passando atrás do hotel Alpino, até seu destino final. Afirmou que achava

lindo o trabalho de salvamento dos animais, projetado em PowerPoint, tinham mesmo que ser

protegidos, mas questionou como ficariam as pessoas que dependiam daquela Rodovia. Toninho

Mazieri, representante dos moradores do bairro Vila Sorocabana de Mairinque parabenizou o

trabalho apresentado pela Geotec e com o impacto ambiental que o empreendimento poderá

ocasionar, em todo o percurso da obra. Sua expectativa era o cumprimento de tudo o que havia sido

apresentado quando a obra fosse executada. Relatou que ao assistir a audiência do dia 11, em

Sorocaba e do dia 13, em Alumínio, causou-lhe preocupação a reduzida participação da população de

Mairinque. Estiveram presentes, três pessoas em Sorocaba, cinco vereadores, e mais quatro ou cinco

moradores de Alumínio. Afirmou ter se assustado pela ausência de representantes da Secretaria do

Meio Ambiente e da Secretaria de Desenvolvimento e Obras nessas duas primeiras audiências

públicas desse empreendimento tão importante que atinge tanto o município. Por outro lado, ficou

sentiu-se satisfeito pela presença de representantes do poder legislativo e do executivo nessa

audiência. Revelou ter entendido que o motivo da ausência mencionada deveu-se ao fato de toda a

documentação havia sido entregue para que a Geotec pudesse elaborar o projeto. Destacou que,

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dificilmente, aconteciam obras de grande porte em Mairinque e que, há vinte anos, apenas duas obras

haviam sido realizadas: a duplicação da Rodovia Raposo Tavares, no trecho do 63 km ao 67 km, e a

pavimentação da estrada Mario Covas que, infelizmente, não auxiliaram em nada a população.

Frisou que ninguém era contrário ao progresso e ao desenvolvimento, mas essa duplicação da

Rodovia Raposo Tavares, no trecho do 63km ao 67 km, só havia transtornado e desrespeitado a

vida dos moradores da Zona Leste de Mairinque, e de parte de São Roque, em virtude de ter isolado

os bairros, tirando o direito de ir e vir das pessoas, dentro do próprio município. Passados quase três

anos da entrega da obra, que vinha acompanhando os trabalhos de alguns vereadores de Mairinque,

verificou que nenhuma solução havia sido encontrada. Com relação ao acesso aos bairros da zona

leste de Mairinque, no 65+200 km, chamado de Trevo do Sertanejo, da famosa Estrada do Sertanejo,

infelizmente, não sabia dizer quem era o culpado pelos problemas. Em um determinado momento o

culpado era a prefeitura, em outra as desapropriações e a contaminação do terreno, ou em

decorrência dos problemas decorrentes da ViaOeste, ARTESP, ou do Conselho Parlamentar da

Raposo Tavares, dentre outros. Apontou como sendo outro absurdo, o fato de não terem implantado

o acesso para a estrada Mario Covas, no trecho 66+200 km, alegando os mesmos problemas

mencionados na construção do acesso da Estrada do Sertanejo. Como solução, construíram no local

um viaduto, que segundo ele era uma obra de arte, inaceitável. Infelicidade, problema ainda maior,

ocorreu quando não foi implantada a duplicação do trecho 63-67 km da Rodovia Raposo Tavares, da

mesma forma, a quase finalizada rodoviária de Mairinque, sem que houvesse justificativas plausíveis

para tanto. Relatou não ter observado qualquer movimento de cobrança para que a obra seja

finalizada, exceto por parte de alguns vereadores que lutam por um projeto melhor. Diante do

exposto formulou os seguintes questionamentos/solicitações: - Solicitou que o projeto executivo

definitivo também fosse discutida em audiência a ser realizada em Maririnque; - Solicitou que fosse

verificado se o empreendimento já havia sido empenhado no programa do Governo do Estado; Seria

possível que a entrada da Nova Mairinque, na Avenida Mitsuke, localizada no 67 km, sentido

capital-interior, não fosse fechada?; Seria possível implantar no trecho do 69+300 km, um retorno e

um acesso aos bairros daquela região?; A CCR ViaOeste teria alguma previsão para melhorar o

fluxo do trânsito de veículos, em ambos os sentidos, e nos períodos mais críticos, nos trechos do

67+200 km, saída da Avenida 27 de Outubro, e do 67+500 km, entrada da Avenida Mitsuke e na

Avenida Major de Saldanha, até 2021?. Informou que em 2018, o Departamento de Meio Ambiente

e agricultura da prefeitura municipal de Mairinque, solicitou que fossem realizadas no mínimo duas

audiências públicas no município, isso não aconteceu. Dirigindo-se ao presidente da CCR ViaOeste,

solicitou fosse realizada audiência em Mairinque e que o projeto ainda em elaboração, viesse a

contemplar as necessidades de mobilidade da população de Mairinque. Geni do Carmo Miranda

Ventrillo, da Associação de Moradores do bairro Reneville de Mairinque, manifestou-se indignada

contra o desrespeito ao direito de ir e vir previsto na Constituição. Apesar de o projeto incluir como

os impactos ambientais, geração de empregos e redução de acidentes rodoviários, por outro lado,

acarretará isolamento de bairros, tais como, Marmeleiro, Granada, Recanto dos Eucaliptos, Barreto,

assim como, a não consideração do bairro de Mairinque. Disse que soube dos projetos pelo

whatsApp, e que a população mais humilde de Mairinque, que não tinha acesso a tecnologia, o

desconhecia, motivo pelo qual solicitou ao prefeito que o divulgasse para a população. Acreditava

que os únicos satisfeitos com o projeto eram o dono e o sócio do posto de gasolina local, porque a

população teria que entrar em Mairinque para ter acesso aos bairros de Granada e Barreto. Defendeu

a implantação de um retorno em Mitsuke, na entrada de Mairinque, uma vez que os moradores e

trabalhadores estavam indignados pela falta de acesso e a provável elevação da velocidade permitida

para carros na Rodovia. Solicitou que sejam incluídas no projeto as necessidades da parcela mais

humilde da população, que vivem com o dinheiro contado, sem dispor de mais recursos para comprar

mais combustível para ir até São Roque. Ao ressaltar, mais uma vez, a enorme indignação com tudo

o que havia exposto, pediu que os moradores de Mairinque aderissem àquela causa. Esclareceu que

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sua Associação também apoiaria os moradores mais humildes dos bairros vizinhos, que não sabiam

da existência da audiência e não conheciam aquele projeto grandioso, que somente se preocupava

com a geração de emprego, os impactos ambientais e a velocidade permitida. Érica dos Santos

Morais, da entidade “Roteiro da Raposo”, lembrou que entre o trecho 46+500 km e 58+000 km da

Rodovia, funcionavam várias atividades e empreendimentos: sítios com plantações, aras, pesqueiros,

pousadas, hotéis, casas de repouso e de recuperação, vários comércios, artesanatos, restaurantes, o

“Roteiro Turístico da Raposo” (similar ao roteiro do Vinho), dentre outros. Destacou, portanto, era

evidente que, há anos, já existia uma economia local e uma sociedade tradicional na estância turística

de São Roque, região serrana rica em recursos hídricos e naturais. Afirmou que os moradores sabiam

que muitos dos estudos apresentados pela CCR não refletiam a realidade. Por esse e inúmeros outros

motivos sociais e ambientais e pela manutenção do direito do cidadão de ir e vir no município,

informou que os moradores da região não concordavam com a duplicação da Rodovia naquele

trecho. A duplicação da Rodovia acabaria por matar a história e a tradição daquele trecho, um dos

motivos pelos quais solicitou fosse dada maior atenção ao sistema de drenagem das águas pluviais e

a construção de dispositivos de retorno, a cada dois quilômetros, para dar acesso às estradas vicinais,

bairros e comércios, e a implantação de melhorias nos pontos de ônibus, construção de terceira faixas

e áreas de acostamento. Afirmou que, há 20 anos, os moradores já haviam pagado por essas

melhorias, por meio das tarifas de pedágios cobradas. Por esse motivo, solicitou aos prefeitos,

deputados e ao governador do Estado, trabalhassem em favor da população, junto a ViaOeste. Dessa

forma, esperava que a vontade e o direito do povo fossem respeitados, para que a cidade não fosse

destruída, assim como ocorreu com Vargem Grande. Rodrigo Conceição, diretor do Abrigo São

Vicente de Paula e Presidente do Casme ressaltou a importância da presença da representante da

Cetesb, Ticiana Risden Viana naquele debate, ouvindo cada uma das contribuições que servirão de

subsídios à análise da licença prévia, que uma vez liberada permitirá que se passe à próxima etapa do

projeto. Comparou o conteúdo do vídeo sobre a obra, apresentado pela ViaOeste, aos veiculados em

horário político que mostram as campanhas mais absurdas, ao fundo de uma “musiquinha”, quando

na realidade nada do que foi dito, de fato, acabaria por ser concretizado. Afirmou que a primeira

etapa de duplicação da Rodovia havia, em muito, prejudicado Mairinque, pois a isolou os bairros

mais populosos (Vila Granada, Vila Barreto e Marmeleiro), e do pequeno centro comercial gerador

de empregos e receita para a cidade. Com esse isolamento as pessoas passaram a consumir bens e

serviços em São Roque, e devido a não implantação de um contorno, na ponte da faculdade Fepema,

para permitir o acesso aos bairros de Granada, Barreto, Panjolo e, muito em breve, Sorocaba, as

pessoas terão que ir até São Roque. Caso também seja implantada a defensa de concreto pretendida,

moradores de mais de vinte bairros estarão impedidos de acessar outros setores da cidade. Previu que

a cidade de Mairinque continuava fadada ao insucesso, o que era inadmissível. Observou que os

representantes da ViaOeste não discorreram quais medidas socioambientais seriam tomadas para um

pequeno trecho da duplicação, apesar do convívio social e do cotidiano das pessoas já estarem sendo

muito afetados pelo projeto. Caso seja realizado um estudo de impacto de vizinhança em Mairinque

ou São Roque, será possível verificar o quanto a população repudia essa obra, que tanto prejuízo

trará aos contribuintes, que arcarão financeiramente com as obras, e não a ViaOeste. Solicitou que o

contribuinte fosse mais respeitado pela ViaOeste, com a apresentação de um projeto minimamente

aceito pela população e não “enfiado goela a baixo”, e eficiente no gasto do dinheiro público. Por

fim, solicitou a participação de toda a população nas discussões, e reiterou o pedido para realização

de uma audiência em Maririnque, caso contrário suas demandas não serão atendidas. Claudio

Robles, da Associação de Moradores do Jardim Conceição e Brigadeiro Tobias, de Sorocaba

realizou a leitura de sua manifestação que segue transcrita: “Essa obra que está se colocando para

discutir, não desse jeito, é da maior importância estratégica para o oeste, sul, sudeste, norte do país,

por onde deve passa o pacífico. Na verdade essa estrada está sendo montada para trazer produtos

transportados através de Antofagasta no Chile, passa pela Bolívia, entra em Dourados por Porto

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Epitácio e vai entrar na Rodovia Raposo Tavares. Isto eu ouvi de um ex-secretário de planejamento

do Alckmin, dizendo que ela seria a maior highway do país. Agora, o que nós precisamos pensar um

pouquinho é que consequências isso vai trazer? E precisa tirar uma fotografia do alto. A viação, a

CCR coloca que ela faz o projeto respeitando o seu limite de território que é a estrada, só que

amanhã nós deveremos ter uma reunião na câmara onde se estará deliberando que atitude política a

câmara toma com relação a este assunto. Eu pessoalmente acho que não pode ser aprovado desse

jeito. Aí o que vai ocorrer, com a autopista daqui até São Paulo via Raposo Tavares, os ônibus

serão deslocados da Castello para cá, o movimento da Raposo vai aumentar, não tem dúvida, então

e qual é problema, eu sou de Sorocaba, eu moro em área rural em Sorocaba, eu sou roceiro aqui em

Brigadeiro Tobias, e entrei no Google e fiquei assustado com o que eu vi. Tem cidades surgindo

entre Brigadeiro Tobias até o quilômetro 80. De uma cidade construída por iniciativa de Mairinque

que colocou um presídio a 20 quilômetros de Mairinque e a dois de Sorocaba. Está a construção ali

tem a outra área que é do bairro Genebra, essas pessoas ficarão sem acesso à estrada, a não ser

que andem sete quilômetros para trás, depois mais sete para andar. Se pensarmos só em gasolina

gasta dá R$ 300 ou R$ 400 por mês, o grande drama desse projeto é que ele na verdade fez uma

exposição do que é a ViaOeste, eu não tenho nenhum motivo para criticar a CCR, pelo contrário,

ando por essas estradas e temos é que elogiar. É muito ruim em Sorocaba as rotatórias e os

viadutos. Isso está mal. Então, nós precisamos ver, como é que vai, nós temos cidades já entre

Sorocaba, Brigadeiro Tobias e até o quilômetro 80 que é ali no bairro do Toninho onde é a estrada

que liga com a Castello, eu acho. Então, um projeto desses, aprovado em pedaços assim, e o

presidente da CCR nos disse lá em Sorocaba, que não foram feitos estudos nenhum em relação ao

km 80 e km 89+700. Eu pedi lá em Sorocaba que se incluísse na pauta que não tinha processo para

nós analisarmos, que retirasse isso e não havia razão para fazer audiência pública, pedi que

cancelasse as outras porque se complicaria tudo. Então como é que nós fomos convocados para

aprovar um projeto que não existe? E eu vejo que para Mairinque também não existe. Então tenho

experiência disso, de lutar contra um aterro sanitário lá em Brigadeiro Tobias, e a pessoa que me

ajudou muito não sei se está viva ainda, foi o professor Bucuí, do Condema de São Paulo. Ele disse:

Claudio, não deixe aprovar numa assembleia, não deixa aprovar isso. Se aprovar um pedaço daqui,

outro pedaço dali, quem ficar para o fim vai ter que engolir. Nós não temos nem uma meia folha de

papel falando sobre esse trecho e Brigadeiro, alguém disse que a estrada teria que ser desviada lá

em Brigadeiro também, e se enfiou goela abaixo uma estrada que passa pelo meio de Brigadeiro

Tobias, ninguém, nenhum morador de Brigadeiro Tobias, consegue ir de carro ao supermercado

sem cometer uma infração de trânsito. Então por essas e outras razões nós não deveríamos aprovar

um projeto desses separadamente. Isso tem que ser aprovado do km 47 ao km 89+700, é isso que

hoje a igreja da área industrial está reunida em Brigadeiro e vendo como é que nós vamos fazer

para que isso aconteça. Eu faço um convite para que a gente só aprove isso, porque começa um

trabalho aqui, começa outro acolá, não dá certo. Um projeto desses tem que estar pronto de começo

ao fim, não é um pedaço aqui, ou pedaço ali, obra não tem, obras de arte, não tem nada. Então é

uma dificuldade, acho que tem que se gastar mais tempo, organizar direito esse projeto e trazer

outra vez e não fazer como divide e tempera, fazemos um aqui e outro ali, outro ali e nós já nos

entubamos com isso, Brigadeiro Tobias está rachado irrecuperavelmente, e não queremos agora é

uma oportunidade de tentar consertar, vai custar mais dinheiro, vai, mas precisa ser feito”. Em

continuidade, informou que o presidente da ARTESP já havia sido notificado sobre um pedido de

anulação daquele processo, pois, muito embora fosse de enorme importância, o projeto deveria

apresentar melhor sustentação técnica. Rafael Barbosa, do Jornal da Economia, disse que os

representantes da ViaOeste, da CETESB e de outros órgãos, talvez tenham recebido com novidade, o

quanto muitos membros da população repudiam essas obras de duplicação. Infelizmente, isso não era

uma novidade para os membros pertencentes aos meios de comunicação, e dos poderes executivo e

legislativo. Apesar da ViaOeste ter realizado um extenso trabalho na região de São Roque e

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Mairinque e alcançando várias conquistas, a população encontrava-se extremamente insatisfeita com

os resultados do projeto, principalmente, com o não cumprimento das promessas, principalmente,

das medidas de segurança. Mesmo que o projeto contemplasse a implantação de alguns retornos para

determinados bairros, nenhum foi proposto para a rotatória do 63 km, localizada nos bairros de Vila

São Rafael e Nova Brasília, como forma de evitar o isolamento dos mesmos, como ocorreu com os

bairros de Marmeleiro e Jardim Granada. Quanto a tão preconizada segurança trazida pela

duplicação, segundo a ViaOeste, lembrou que há pouco mais de uma semana, após a inauguração do

contorno da Raposo Tavares, já havia ocorrido o primeiro acidente, na região do Vilaça. Alertou que

muitos acidentes continuavam a ocorrer, com frequência, inclusive com vítimas fatais,

principalmente quando os motoristas, de forma desavisada, executavam um retorno na própria pista,

para poderem chegar a São Roque. Questionou quantos acidentes e mortes deveriam ocorrer, para

que o problema fosse solucionado. Arguiu sobre quais seriam os impactos decorrentes das

desapropriações e quais municípios seriam atingidos. Relatou que a insatisfação da população com a

ViaOeste vinha rendendo diversas matérias jornalísticas, principalmente em relação ao jogo de

“empurra, empurra” observado entre os órgãos, quando se faz necessária a emissão de alguma

autorização. Ildeia Maria de Souza, do Instituto Plena Cidadania, de Mairinque afirmou que, pela

insatisfação demonstrada ao longo da reunião, caso a audiência tivesse caráter de deliberação, o

EIA/RIMA do empreendimento seria reprovado pelos órgãos licenciadores. Na sequência, informou

passaria a acrescentar algumas das insatisfações reminiscentes. Primeiramente, afirmou que o

impacto negativo seria bem maior do que os cinco enumerados durante a apresentação tendo em

vista a não inclusão dos dados referentes ao período de 1997 a 2017. Observou que a população teria

que continuar a conviver com os acidentes fatais e gravíssimos, nas passagens de nível, até que

fossem iniciadas as obras de duplicação do 67 km, ou seja, no trecho de Mairinque até Sorocaba.

Pelos motivos expostos, afirmou que o EIA-RIMA, a seu ver, estaria prejudicado, porque, tanto a

ViaOeste CCR, quanto os órgãos do Estado, conheciam os problemas graves, entre São Roque e

Mairinque, especificamente, nos bairros de Granada, Barreto e Marmeleiro. Questionou como o

projeto poderia avançar, sem que os problemas fossem resolvidos e lembrou que, desde as primeiras

audiências públicas, ainda do século passado, a importância de implantar uma marginal entre o

Marmeleiro e Mairinque já se fazia presente. Ao considerar a falta de recursos financeiros de

Mairinque, defendeu que a CCR assuma as a implantação das obras de passagem de nível superior e

das passarelas; e afirmou que não era possível concordar com o que era proposto no EIA/RIMA, de

fechamento das saídas para a Rodovia, em Mitsuke e na Avenida 27 de Outubro. Lembrou que os

órgãos estaduais estavam cientes dos problemas que ocorriam no Varjão e na Rodovia Raposo

Tavares, desde o início da concessão e, por essa razão, acreditava que a implantação de um emissário

em Mairinque, no trecho do 67km ao 72 km, não seria esquecida. Reforçou que o EIA/RIMA não

contemplava as principais demandas dos moradores de Mairinque, tais como, as passagens e as

passarelas tão necessárias a grande maioria da população e de trabalhadores locais que precisam

atravessar a Rodovia, inclusive à noite, quando saem do trabalho. Esses, portanto, eram os motivos

pelos quais a população de Mairinque não concordava com projetos como esses. José Eduardo

Amaral, do centro Hípico São José e presidente do “Roteiro da Raposo” externou concordar com

tudo o que havia sido dito. Elogiou a preocupação da ViaOeste com a segurança da Rodovia e

preocupação com o meio ambiente, no entanto, externou que as populações de Vargem Grande

Paulista, de São Roque, assim como a de Mairinque, estavam insatisfeitas. Por sua vez, o bairro do

Juca Rocha, localizado há 15 km do centro de São Roque e a 1 km do centro de Vargem Grande, fora

premiado com uma praça de pedágio, dificultando a vida da população que usa o comércio e os

serviços bancários desses centros. Descreveu as dificuldades que a implantação de um retorno e o

consequente pagamento do pedágio traria ao município de São Roque, e afirmou não acreditar que

todos considerassem a situação relatada justa. Sobre a escola Professor Joaquim da Silveira Santos,

em Juca Rocha, questionou quantas famílias dos bairros do Caitê, da Vila Lino, do Carmo utilizavam

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aquela escola e, por conseguinte, teriam que passar a pagar pedágio ou terão que utilizar a rota de

desvio do pedágio, que era extremamente ruim e inseguro. Solicitou, em razão disso, que o prefeito e

os vereadores sanassem as necessidades da população. Afirmou não via tanta necessidade de duplicar

a Rodovia Raposo Tavares naquele trecho, do pedágio até São Roque, pois, mesmo com o

EIA/RIMA, o Alto da Serra seria prejudicado, o que lhe causava muita tristeza, pois já era morador

há 52, juntamente com seu avô, no município. Pelos motivos expostos, reafirmou que a população

estaria sendo totalmente esquecida. Quanto ao meio ambiente solicitou que a representante da

Cetesb, o procurasse para que ele pudesse mostrar que os desvios implantados fizeram com que toda

a água de chuva da Rodovia fosse escoada para o lago existente em sua propriedade, ocasionando a

mortandade dos peixes da sua criação. Maria Aparecida Ribas, da Ação da Cidadania, Comitê

Ibiúna, entidade defensora da APA Itupararanga afirmou que os possíveis impactos causados a UC

não poderiam ser deixados de lado, uma vez que ela abrigar a represa de Itupararanga que abastece

inúmeros municípios e seus importantes eixos econômicos. Criticou a simplicidade com que a

interferência da obra na captação de água foi apresentada pela concessionária, e por essa razão,

solicitou fosse realizado um estudo mais aprofundado dos corpos de água contribuintes. Observou

que a definição de passarelas e canteiros de obra permanecia pendente, lembrou-se dos sérios

transtornos pelos quais passou Ibiúna, devido não somente a insuficiência hídrica do sistema

produtor de água de São Lourenço que abastece vários bairros, mas também pela adoção de

procedimentos incoerentes. Revelou a expectativa de que a população de Mairinque participasse

ativamente da discussão do projeto, de forma a impedir que procedimentos incoerentes fossem

adotados. Informou que o Conselho Estadual de Saneamento – Conesan, do qual a entidade Ação e

Cidadania fazia parte, reunia-se, anualmente, com o objetivo de discutir questões relacionadas à

captação e tratamento de água, coleta e tratamento de esgoto, drenagem pluvial e, complexas

questões de resíduos; temáticas que esperava fossem incluídas nas discussões do projeto. Reafirmou

a necessidade de alterar os procedimentos do EIA/RIMA, pois não adiantava chamar a população

depois que tudo já estivesse pronto. Passou-se a etapa na qual se manifestam os cidadãos e cidadãs

que falam em seu próprio nome. Roberto Infante revelou a expectativa de que durante a audiência

ocorressem debates, apresentação de ideias e soluções, mas, infelizmente, foi uma reunião política,

com políticos fazendo lobby, sem que qualquer novidade fosse ofertada pela ViaOeste, que limitou-

se a realizar uma apresentação em power-point, que tudo aceita. Relatou ter sofrido três processos de

desapropriação de terras, fato que lhe conferia autoridade para participar daquela audiência. Refutou

a informação de que a dinâmica dos mananciais não seria influenciada, pois já havia constatado

poços de água cristalina secarem pela alteração do fluxo de um rio localizado ao lado de sua

propriedade, em consequência de obras realizadas pela ViaOeste. A criticidade do impacto já teria

sido veiculada em matéria de capa do Jornal da Economia. Relatou que em época de chuva, a

Rodovia Quintino de Lima inundava em decorrência do não escoamento das águas daquele rio.

Queixou-se da omissão do poder público frente aos problemas de São Roque, apesar de ser uma

estância turística e, do acesso dificultado entre Mairinque e São Roque, que considerava um

desrespeito à população. Alessandro Munhoz, após cumprimentar os presentes, disse que achava

“muito bonito” que um projeto daquela magnitude fosse conduzido de forma unilateral. Ao informar

que também representava a comunidade dos municípios de Carmo, Jardim Camargo, Taipas de

Pedra, Pilão da Água e Caitê, localizados a distâncias de 5 e 17 km, de Vargem Grande e São Roque,

referiu-se aos transtornos que os usuários enfrentarão para acessar os bairros, devido a implantação

de um retorno e da praça de pedágio mencionadas, sobretudo, para a correta mobilidade em situações

de emergência, tais como, o atendimento a acidentes e assaltos. Frisou, por fim, que o atendimento

aos direitos fundamentais, estava previsto na Constituição Federal. Antônio Carlos Gomes,

residente no 63 km, enfatizou as dificuldades de mobilidade que os moradores de São Rafael

enfrentarão, caso a rotatória do Marmeleiro seja desativada. Reivindicou que os direitos das pessoas

sejam respeitados e defendeu que o dinheiro público seja destinado somente as obras que valham a

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pena e, bem executadas. Caso a rotatória seja desativada, alertou que participará de ato para

interromper o trânsito daquela via, nem que seja o último da sua vida. Lislei Araújo Silva, moradora

de São Roque e engenheira agrônoma atuante na área de meio ambiente, em São Paulo, afirmou quão

importante era participar daquela audiência, relacionada a uma obra de um grande impacto, tanto

social quanto ambiental. Com relação ao impacto social, revelou que os moradores dos três

municípios onde ocorreram as audiências públicas não estavam satisfeitos com a proposta

apresentada, principalmente, do ponto de vista social. Alertou, contudo, que toda a argumentação

deveria ser acompanhada de um embasamento legal. Quanto a isso, afirmou o inciso III, do Artigo 1º

da Constituição Federal, de 1988, sobre a dignidade humana, assim como, o Artigo 5°, sobre o

direito de ir e vir do cidadão, estariam sendo desrespeitados. Mesmo que o pedágio seja implantado

entre municípios, cidades ou estados, o poder público não poderia produzir mecanismos que viessem

a proibir a circulação dos cidadãos. Portanto, completou, tudo isso deveria ser levado em conta.

Destacou que as ruas e acessos, entre a Rodovia Castello Branco e a Raposo Tavares, quando

danificadas pelo tráfego de caminhões e veículos da obra, ao invés dos recursos financeiros de

reparos provirem da própria concessionária, acabavam saindo do próprio bolso do cidadão. Destacou

que durante a apresentação nenhuma menção foi feita quanto a presença de animais ameaçados de

extinção, tais quais, os macacos bugios, que frequentemente, são atropelados, principalmente, no

trecho do Alto da Serra. Da mesma forma, nada fora dito sobre o Quilombo do Carmo, localizado há

menos de 10 km da área de indexação da Rodovia. Sendo assim, questionou se os impactos

relacionados aquelas questões seriam mitigados. José Pinheiro Machado, residente em área

limítrofe à Rodovia Raposo Tavares, questionou o quanto o projeto, de fato, poderia interagir com a

realidade vivenciada pelos moradores que, em época das obras, enfrentam muitos problemas como,

por exemplo, trajetos mais longos e demorados, para levarem seus filhos para escola, e ir à padaria.

Sugeriu fosse criado um grupo de trabalho para integrar, interagir e analisar, de forma mais profunda,

os programas de mobilidade, assim como, incluir projetos maravilhosos, já praticados nos

municípios de São Roque e Mairinque. Ao considerar que a audiência trazia a tona questões muito

problemáticas, solicitou fosse esclarecido qual seria o canal de comunicação da empresa com a

população, e sugeriu a criação de um grupo de trabalho para analisar com mais profundidade as

questões de mobilidade e impacto ambiental. Com a atual possibilidade de se proceder a

compensação ambiental no próprio Estado, lembrou-se dos vários projetos de viveiros ornamentais

existentes no município que poderão contribuir com a execução das compensações. Ednilson de

Freitas Gonçalves, comerciante de Mairinque, mostrou-se indignado pelo fechamento de acessos

em Granada e Barreto, mas ainda sim, acreditava no potencial da cidade para vencer as lutas.

Lembrou-se da enorme dificuldade pela qual o município passou e, agora, com o fechamento da

Rodovia, sem que nenhuma medida fosse adotada para saná-los. Sua expectativa era que a CCR

apresentasse uma proposta para os problemas apresentados e garantiu que ninguém criaria

empecilhos, pois a duplicação era necessária, no entanto, ponderou que a opinião do munícipe tinha

que ser ouvida e respeitada. Afirmou ter se indignado com alguns dos assuntos apresentados, e muito

triste, por não ter sido realizada uma audiência pública em Mairinque, pois seus munícipes, além de

quererem participar, deveriam também ser ouvidos. Donizete de Carvalho, dono de uma pequena

propriedade na entrada do bairro Paraíso, 74+800 km da Rodovia Raposo, questionou por qual

motivo a Rodovia havia sido planejada, sem as entradas para os municípios e bairros, como no caso

do Marmeleiro. Contrapondo-se a afirmação de que o Estado era soberano em suas decisões,

defendeu que o projeto deveria ser discutido com mais profundidade com os municípios. Carlos

Melo afirmou que, na opinião de cidadão e jornalista, faltavam à concessionária, respeito,

sensibilidade e dignidade, pois os especialistas responsáveis pela obra não previram a implantação de

um retorno na área do Hotel Alpina, justamente, onde ocorrem muitos acidentes e atropelamentos,

frequentemente, anunciados na mídia. Afirmou que faltou sensibilidade também à decisão de fechar

o trecho da Tecama, pois o tráfego pesado acabou por ser desviado ao centro da cidade. Além disso,

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com a duplicação do trecho entre São Roque e Mairinque, os moradores dessas regiões ficaram

ilhados, assim como ficarão, os da Vila São Rafael e Jardim Nova Brasília, com a futura duplicação

da Rodovia, quando as obras tiverem inicio, a partir de 2021. Afirmou que a Concessionária

ViaOeste estava acostumada “a comer o bom bife, a “comer a boa carne, o filé mignon”, com a

Castello Branco, os pedágios da Raposo Tavares, e com trechos sem a execução das obras

necessárias, levando a população a pagar por tudo isso. Apontou como sendo outro trecho

perigosíssimo, pelas condições precárias da via, o de acesso a Rodovia Lívio Tagliassachi, que liga

São Roque a Castello Branco. Detalhou que a avenida Bernardino de Lucca, dentro de São Roque

fora toda detonada pelo tráfego intenso de caminhões, e nada foi feito para recuperar a via. Frisou

que a concessionária ViaOeste deveria assumir, sem cobrar pedágio, a duplicação do acesso à

Castello Branco, onde muitas vidas já se foram pela falta de investimento. Ao final questionou as

autoridades presentes onde estaria a sensibilidade, o respeito e o carinho da Concessionária

ViaOeste, frente as aos problemas que apontados. Paulo Assini Junior relatou ter participado de

outra audiência pública, no Sítio São José, em São Roque, sobre a duplicação de um trecho, já

concluída. Lembrou que houve muitas manifestações, mesmo assim, as obras foram realizadas de

acordo com o que a concessionária desejava. Portanto, afirmou que todos estavam correndo o mesmo

risco de estarem fazendo “papel de palhaço”, como anteriormente. Segundo ele, a não realização de

uma audiência em Mairinque teria sido uma forma de evitar que a população adquirisse um treino no

debate. Descreveu as dificuldades que vêm enfrentando todos os dias para chegar à sua empresa em

Granada, após o fechamento do retorno, que vão desde o trajeto mais demorado para chegar a

determinados destinos com mais consumo de combustível, cada vez mais caro. Também se referiu as

dificuldades pelas quais passam os moradores nos bairros de Lagoinha, Vitória e Flora para chegar a

Mairinque. Caso o acesso ao Jardim Cruzeiro seja fechado concordou que a Rodovia também deveria

ser fechada, quantos dias se fizerem necessários, até a devida solução do problema. Solicitou que a

análise dos impactos aos cidadãos seja priorizada pelos acidentes com vítimas fatais, inclusive,

devido a não implantação de acessos e passarelas nos locais necessários. Pelos motivos expostos,

defendeu a não realização das obras de duplicação da Rodovia. Norberto Silva, morador do Alto da

Serra, há 63 anos, acentuou que mantinha um restaurante, em São Roque, que por muito tempo

incentivava o turismo de São Roque e era frequentado por muitos prefeitos e amigos. Observou que

Vargem Grande havia sido dividida em duas margens, sem que fosse implantada uma ligação entre

elas. Quanto ao Alto da Serra, observou que a estrada passará ao lado do terraço da casa, que reside

há 49 anos e na qual criou seus filhos e netos, e que gostaria de morrer. Destacou que na região

moravam militares da unidade da aeronáutica e do governo federal, elementos que foram

considerados pela ViaOeste para realizar a duplicação, que considerava benéfica, mas, em

contrapartida, deveria ser promovida a urbanização que vem sendo solicitada pela população.

Sugeriu fosse procedido, no trecho, o rebaixamento da estrada, para permitir o acesso ao bairro, à

aeronáutica e ao comércio, assim como a implantação de obras de urbanização. Queixou-se do

desconforto de muitas pessoas, que para chegarem à Vargem Grande, além de terem que pagar

pedágio, terão que ir até Alto da Serra. Frisou que era favorável ao progresso, porém ao sustentável.

Fabio José Paterli, morador da Vila São Rafael, lembrou com pesar, que a época da primeira

duplicação, havia um Sítio do Lago, uma chácara, muito bonita da região que foi desapropriada, e no

lugar do belo lago com patos silvestres, restou um local poluído, contaminado, no qual as crianças

não podiam mais nadar. Comentou as dificuldades e os riscos que enfrentará para levar sua filha, de

dois anos até a escola, em Cambará. Descreveu que terá que andar por dia, 14 a 15 quilômetros,

levando a menina em sua cadeirinha, pelas calçadas muito estreitas, de uma Rodovia com veículos

transitando a 60 km/h, de dia, e a 100-200 km/h de madrugada. Solicitou a implantação de um

retorno em São Rafael, próximo ao seminário e, devido aos problemas existentes, duvidou que algum

estudo prévio para a implantação da obra tivesse sido realizado. Etelvino Nogueira requereu ficasse

bem esclarecido qual seria o órgão responsável pela determinação dos locais de implantação das

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alças de acesso e pontos de entrada e saída da Rodovia, no caso, a concessionária ou do poder

concedente. Na sequência, questionou se a CCR estaria ciente sobre as seguintes questões: - da

necessidade de implantar obras para minimizar o trânsito e facilitar o acesso dos moradores dos

bairros do Carmo, Caeté, Jardim Camargo, Vila Lino, Horizonte Verde, Juca Rocha, Pilão D’água,

Serrinha e Taipas de Pedra, para o centro do município de São Roque; - que os moradores dos

bairros citados, tinham que ir até Vargem Grande Paulista e pagar pedágio, somente para fazerem o

retorno; da disponibilidade de levantamento do número de habitantes que serão prejudicados pela

ausência desse retorno; - da existência de, duas escolas, uma creche e de posto de saúde, localizados

próximos à altura do 47km da Rodovia, nos bairros do Carmo e Juca Rocha, e como os profissionais

e usuários desses serviços deverão fazer para acessar esses equipamentos públicos, sem pagar

pedágio; - por ocasião de solicitação de empréstimos para a duplicação da Rodovia Bunjiro Nakao, o

BID recusou o projeto pela falta de critérios sociais para atender a população lindeira. Questionou se

as obras de retorno realizadas em São Roque manteriam o traçado simples das que vem sendo

realizadas ou seriam duplicadas. Dirigindo-se ao representante da Geotec questionou: - se as obras de

pedágio que estavam sendo implantadas no trecho 46-48Km haviam sido aprovadas pela Cetesb; - se

fora realizado um estudo de impacto da vizinhança; e - se a concessionária tinha conhecimento da

comunidade quilombola, existente a menos de 10 km da Rodovia Raposo Tavares, no bairro do

Carmo, pois tal incidência não fora citada no EIA/RIMA. Antecipou que protocolaria, ao longo da

audiência, um documento assinado por 15 vereadores e moradores da região, referente à ausência de

uma rotatória e um pontilhão para atender a população da região do Carmo, Caetê, Juca Rocha e

Pilão D’água. Passou-se a etapa na qual se manifestam os parlamentares. O vereador de Mairinque

Abner Segura questionou se a CCR tinha algum parecer sobre os pontos levantados na audiência

anterior, em Mairinque, relacionados a implantação de sistema de canalização de águas pluviais e de

esgoto, na Avenida 27 de Outubro e na Avenida Mitsuke, em Mairinque, especialmente, quanto ao

licenciamento ambiental. Discordou quanto à afirmação de que a duplicação levaria a diminuição de

acidentes que ocorrem entre São Roque e Mairinque, em razão da falta de pistas de desaceleração na

entrada de Marmeleiro e nas entradas dos bairros de Granada e Barreto. Questionou quando seriam

finalizadas as obras de retificação do trajeto entre São Roque e Mairinque. Informou ter protocolado

um pedido de realização de audiência pública no município de Mairinque. Rafael da Hípica,

vereador de Mairinque, considerou inadmissível que a CCR, em consequência de um projeto falho,

levasse ao isolamento, 20 mil pessoas daquele município. Ressaltou as consequências de tal situação

para a segurança da população, especialmente, quanto à prestação de socorro pelo SAMU. Frisou

que a CCR tinha a obrigação de ouvir as solicitações da população de Mairinque e seus vereadores.

Informou que, da mesma forma que o vereador Abner Segura, também havia protocolado solicitação

de realização de audiência pública em Mairinque. Refutou a continuidade da discussão sobre a

implantação da duplicação mesmo sem a finalização das obras da etapa anterior, e a implantação de

um viaduto ao lado da Fepema, para o acesso aos residentes na zona oeste. Antecipou que, em razão

desse isolamento, a população da zona leste acabará tendo que se emancipar de Mairinque, fato

muito prejudicial, ao comércio. Frisou que, no mínimo, deveria ser implantado o acesso ao trecho do

65Km+500Km que já teria sido autorizado pela ARTESP. Por fim, solicitou que fossem ouvidas as

solicitações da população Mairinquense, pois, caso isso não fosse respeitado, a Rodovia Raposo

Tavares seria paralisada, pelo tempo que fosse necessário. O vereador e Professor Giovanni afirmou

concordar com tudo o que até então havia sido exposto pelos que lhes antecederam. Exortou o

importante papel de representação dos vereadores e, embora a duplicação fosse boa para elevar o

nível de segurança da Rodovia, era necessário atender as necessidades da população, não sendo mais

possível preocupar-se apenas com a redução de custos do projeto. Reclamou a não implantação da

alça prevista no 66k, pois seria uma solução para que os Mairinquenses que desejam ir até Sococaba,

não precisassem se deslocar até o retorno de Ibiúna. Lembrou que as cidades pequenas possuem

necessidades diferentes e pontuais de locomoção que devem ser respeitadas, tal como as passarelas

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previstas para o trecho 66-69 km, que permitirão a travessia dos pedestres que trabalham na área

industrial. O vereador Eduardo da Delegacia informou que protocolaria na Cetesb os

questionamentos direcionados à ViaOeste, os quais deveriam ser respondidos pela convencionaria

dentro do prazo estipulado, a bem do desenvolvimento do diálogo salutar. Solicitou especial atenção

quanto à obrigatoriedade do pagamento de pedágio para entrar no município de Alumínio e a

inexistência de alça de desaceleração para ingressar no bairro do Irema. Versou sobre a importância

de implantar as obras de arte previstas para a prevenção dos inúmeros acidentes, inclusive com

vítimas fatais. Queixou-se da ausência na audiência, de representante do Ministério Público, que é o

grande tutor dos direitos difusos e coletivos, inclusive das comunidades que ficarão isoladas,

conforme fora dito. Solicitou que a Cetesb analise a situação ambiental dos córregos Varjão e Bugre

que cortam a cidade, pois, caso não seja adotado o sistema correto de escoamento das águas pluviais

os riscos de inundação dos bairros Paraíso e do Pedágio aumentarão. Lembrou que a elevação da

velocidade permitida aos veículos acarretará, por conseguinte, elevação da emissão de ruídos e seus

respectivos impactos, e queixou-se pelo fato da CCR não ter providenciado o asfaltamento de 600m,

a partir do 79 Km. Questionou qual seria a arrecadação da CCR ViaOeste, nos últimos 20 anos, e se

o Plano Diretor da cidade seria respeitado, pois caso não o fosse, o desenvolvimento social e

econômico da cidade estaria seriamente comprometido. O vereador de Mairinque, Rodrigás,

morador no 65 km, da Rodovia Raposo Tavares, endossou as manifestações que já haviam sido

realizadas e afirmou que as várias reuniões com a ViaOeste não haviam surtido o menor resultado,

principalmente quanto as solicitações para a implantação de obras para evitar os acidentes

envolvendo automóveis e carretas, inclusive com vítimas fatais. Enfatizou que Mairinque fora muito

penalizada também pela arrecadação fiscal que vinha caindo e pela própria divisão que fizeram na

cidade, o que obrigava os moradores a fazerem suas compras em São Roque. Embora reconhecesse

que a pavimentação das Rodovias havia melhorado, o número de pontos de pedágios também,

prejudicando a população. Questionou o número excessivo de retornos que serão implantados na

Avenida Bunjiro Nakao, em detrimento de outros locais que precisariam muito mais desses

dispositivos. O vereador Tulio Camargo, de Mairinque reiterou à preocupação dos vereadores

quanto às obras que estavam sendo implantadas na cidade, que acabariam por provocar o isolamento

do Município, o direito de ir e vir dos cidadãos, o atendimento a acidentes e, a consequente

desvalorização das propriedades. Recordou que nas outras audiências do empreendimento, havia

questionado o fechamento de acessos às avenidas 27 de Outubro, Mitsuke, na Vila Sorocaba e

também no Jardim Cruzeiro, em Nova Mairinque. Solicitou a regularização da área do posto Hudson,

por meio da implantação de alça de acesso naquele ponto. Por fim, reforçou que as cobranças

direcionadas a CCR, e aos governantes, não cessariam. Júlio Mariano, vereador do município de

São Roque declarou que durante seu mandato enviou vários ofícios para a CCR e para a ARTESP

questionando os impactos das águas pluviais. Após a implantação da primeira obra, em São Roque,

começou as ocorrências de enchentes em bairros que, até então, não eram afetados, em razão do

aumento da impermeabilização dos solos. Relatou que a ARTESP, ao ser questionada, alegou que

havia sido realizado um estudo no entorno da Rodovia, e não foi constatada a ocorrência de acumulo

de água. O vereador recordou que, por ocasião da primeira audiência pública foi apresentado um

contorno no qual toda a Rodovia era retirada do centro de São Roque, o que seria incrível, pois todos

os problemas seriam resolvidos. Ao implantar a obra, utilizaram o termo “vamos fazer um

provisório”, e veio o provisório, que de certa maneira ajudou a população, minimizando o fluxo do

trânsito. Com o início da terceira etapa das obras, contudo, o município de São Roque foi muito

prejudicado, retornando os problemas: todo o trânsito foi novamente direcionado para o centro de

São Roque com a retirada do acesso à Rodovia estadual Quintino de Lima. Questionou qual a razão

de investir tanto dinheiro na implantação de um elevado de grande porte no Taboão, aonde a

interligação é feita depois do retorno. Declarou que o cidadão não utilizava aquele instrumento,

porque para ele acessar os bairros, que estão do outro lado do município, na região do Taboão e

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Jardim Vilaça seria necessário percorrer uma distância muito grande, no distrito de Mailasqui. Na

região do Marmeleiro, região comercial, os estabelecimentos começaram a fechar, por conta do

isolamento físico a que foram submetidos. Apesar da CCR e da ARTESP serem os causadores dos

problemas, afirmou que eram as prefeituras que acabavam arcando com os prejuízos econômicos.

Solicitou que fosse dada mais atenção aos problemas que estavam ocorrendo. Paulo Marrom,

vereador de Mairinque reclamou o esquecimento pelo qual estava sendo submetido o município.

Informou que passando o trecho de duplicação da Rodovia, na Vila Barreto, próximo ao posto

Hudson Bartolomeu, os primeiros 100 m da rua Perrotti Caramantes, ainda havia sido mantido em

contramão, o que dificulta o acesso ao posto pelos usuários. Para ir ao posto de gasolina, relatou ser

necessário dar a volta em toda a Vila Barreto. Informou, também que os pontos de ônibus da rua

Angelina Perrotti Caramantes encontravam posicionados muito longe e, apesar de ter sido

recentemente asfaltada, a rua já estava toda esburacada. Por conta de várias questões, relatou ter

havido uma redução da oferta de postos de trabalho e exemplificou que a loja Fernando Guerreiro

Material de Construção, havia reduzido seu quadro, de 40 para cinco funcionários. Afirmou que o

baixo valor pago nas desapropriações de imóveis lesava o cidadão, e queixou-se que os

requerimentos encaminhados pelos vereadores a CCR ViaOeste, ainda não haviam sido respondidos.

O vereador Israel Toco declarou seu repúdio, assim como, o de outros vereadores, em razão da CCR

estar naquela reunião apenas para fechar o assunto, sem que fosse discutido o impacto social da obra.

Contrariamente ao que ouvia antigamente, que morar no entorno das Rodovias Raposo Tavares e

Castelo Branco era como viver o crescimento, atualmente, afirmou que estavam vivenciando era a

morte das empresas e dos bairros, apesar do faturamento alcançado pelas concessionárias. Niltinho

Bastos, presidente da Câmara Municipal de São Roque reiterou todas as manifestações anteriores e

disse que teve a oportunidade de ir até a CCR para conhecer um pouco como o projeto iria afetar a

região. Entendeu que o processo funcionava, mais ou menos, como uma bula de remédio, na qual são

apresentados todos os efeitos colaterais possíveis de ocorrerem e, a partir dessas informações decide-

se por tomar o remédio ou não. Na época em que lhe foram apresentados os cinco possíveis traçados

da Rodovia, pareceu-lhe que o escolhido teria um impacto e custos bem menores, e que a área urbana

quase não seria afetada. Afirmou ter ocorrido exatamente o oposto daquilo que foi apresentado.

Assim como a câmara municipal de São Roque, sugeriu que as dos outros municípios envolvidos

também abrissem suas portas para que todos àqueles que se sentirem prejudicados protocolem suas

reclamações. A partir da compilação das reivindicações, antecipou, que será elaborado um

documento para ser entregue a ARTESP, CCR e a Cetesb. Rafael Tanzi, vereador de São Roque

reiterou que a duplicação da Rodovia, que envolverá a cidade de São Roque, Mairinque e Alumínio

iria, prejudicar a vida de muitos moradores. Expôs que para acessar sua empresa, localizada no bairro

do Marmeleiro, na rua Horácio Manley Lane, as pessoas tem que ir até Mairinque para fazer o

retorno, e cidadão do bairro do Marmeleiro pegar uma linha intermunicipal. Sendo assim, questionou

qual seriam as contrapartidas que a CCR iria ofertar para o município. Informou que a prefeitura

estava investindo uma fortuna para implantar um acesso para ajudar as populações que ficaram

ilhadas, do Jardim Brasília, Marmeleiro e da Vila Nova, simplesmente, pelo fechamento de várias

saídas, por falta de planejamento de obra. Afirmou que os mesmos problemas iriam ocorrer no

distrito de Mailasqui. Propôs aos vereadores e prefeitos de São Roque e das cidades vizinhas a que

em comissão, estudassem formas de inviabilizar a duplicação pretendida. Enivaldo de Jesus,

vereador de Alumínio informou que, após uma reunião com Sérgio Ribeiro, das relações

institucionais da concessionária, nunca mais conseguiu contato com a empresa e, aproveitou para

solicitar ao mesmo, que respondesse o e-mail que havia encaminhado. Relatou a dificuldade pela

qual passa o morador de Alumínio, que para ir ao supermercado Colina, e não ser multado na

Rodovia por sobrepor a faixa contínua precisava seguir adiante e fazer o retorno e pagar pedágio,

localizado entre Alumínio e Sorocaba. Informou que, ao receber alguns moradores do bairro Vila

Paraíso, eles relataram que a lombada existente antes de uma faixa de pedestres, na frente do

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mercado Chimar, em Alumínio, estaria ocasionando engarrafamentos na pista, por conta da parada

dos motoristas para permitir a passagem de pedestres. No sentido contrário da pista, por outro lado,

não havia nenhum redutor de velocidade, ocorrendo atropelamento com vítimas fatais. Informou que

tais solicitações já haviam sido encaminhadas a CCR ViaOeste e que já havia sido encaminhado um

abaixo-assinado, para o secretário de transportes, Mario Mandolfo, solicitando providências. Mesmo

assim, nenhuma providência teria sido tomada, ainda. Kioshi Hirakawa, presidente da Câmara

Municipal de Mairinque declarou que, em respeito a todas as apresentações, realizadas pelo

empreendedor e pela concessionária, só tinha a dizer que, realmente, transtornos ocorreram e, ainda

ocorriam no trecho duplicado da Rodovia. Com relação ao trecho de Mairinque, que lhe cabia,

informou conhecer todas as ações sociais e empenho a concessionária CCR ViaOeste para solucionar

todas as reclamações. Informou tratar-se apenas de uma reivindicação para que a qualidade de vida

de cada morador do município e seu entorno fossem atendidas da melhor forma possível. Ao final

reproduziu o pensamento de Dalai Lama que diz assim: “Nós temos apenas dois dias do ano que

nada podemos fazer: o ontem que já passou e amanhã que ainda não veio”. Alexandre Peixinho,

Prefeito do município de Mairinque afirmou que a parte ambiental teria que ser discutida somente

depois que os prefeitos, vereadores e a população deferissem o local de implantação do trevo.

Portanto, não adiantava discutir na audiência as questões ambientais, sem que o pleito da população

das cidades envolvidas fosse atendido. Questionou, quem definiria os locais onde os retornos de alça

de acesso, de entradas e saídas dos trevos seriam implantados, a concessionária ou o poder

excedente? Afirmou que, nessa segunda etapa, no trecho de São Roque a Sorocaba os municípios é

que iriam decidir, e sendo assim, antecipou que nenhuma pedra seria movida nesse trecho, antes que

fosse realizada uma reunião com a participação dos prefeitos dos três municípios envolvidos.

Afirmou que a ARTESP não teria autorizado a implantação da alça de acesso, apenas por uma

manobra política. Esclareceu que partidos e disputas políticas existiam em todos os lugares, mas,

quando se trata de atender a população, os políticos se uniam, pelo menos nas cidades pequenas.

Explicou que tal situação estaria ocorrendo com a reunião dos treze vereadores e prefeitos, dispostos

a encaminhar um projeto para a câmara, determinando condicionantes para a continuidade das obras.

Afirmou que não discutiria preço de pedágio, pois ainda não era a hora para isso. Declarou-se

favorável de promover a paralização das obras desse primeiro trecho de Mairinque, uma vez que as

alças de acessos previstas na primeira etapa, ainda não haviam sido entregues. Reafirmou que,

durante seu mandato, não seria construído nem mais um metro da duplicação, em Mairinque,

enquanto as obras acordadas não fossem entregues. Afirmou que a CCR queria ver os usuários

contentes, mas a ARTESP e o governo do Estado não estavam atentos. Solicitou que a Cetesb e a

ARTESP aguardassem, até janeiro de 2019, após o período eleitoral, pois, segundo a legislação

eleitoral não se poderia fazer nada noventa dias antes das eleições. Conclamou a todos a rejeitarem

aquela audiência, solicitando o seu cancelamento e a remarcação da mesma somente após janeiro de

2019. Explicou que a continuidade das implantações dependia de desapropriações na área de

implantação do Trevo da Sertaneja. Esmiuçou que já teria sido emitida a autorização para a

implantação do trevo da FEPEMA, mas a paralisação tinha relação com disputas entre os governos

federal e estadual, sendo que a área na qual serão construídas as alças pertencia ao governo federal.

Claudio Góes, Prefeito de São Roque reiterou o abandono a que foram submetidos São Roque e

Mairinque, desde a década de 60, com a implantação da Rodovia Castelo Branco. Quando essa

Rodovia foi implantada foi feito um acesso para Sorocaba, momento em que a cidade cresceu e, toda

a região de São Roque, Mairinque e Alumínio ficaram as minguas. Afirmou que a CCR tinha seus

interesses econômicos, mas a conversa tinha que ser com o Governo do Estado. Solicitou que fosse

elaborado um estudo da vazão hídrica da região. Declarou compactuar com o prefeito de Mairinque,

no sentido de que nenhuma pedra fosse movida antes que todos os problemas fossem solucionados.

Da mesma forma, afirmou que estava ocorrendo uma inversão das etapas, pois não adiantava discutir

sobre meio ambiente, sem saber qual será o trajeto da Rodovia. Passou-se a etapa das réplicas e

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comentários finais. Marcelo Boaventura, diretor presidente da CCR ViaOeste ofertou os seguintes

esclarecimentos: - a ARTESP solicitou nova certidão do uso do solo para a área do trevo, na estrada

do Sertanejo, motivo pelo qual a obra não pode ser concluída, até que seja obtida; - o empreendedor

define os locais de implantação dos retornos, com base nas informações coletadas junto a população

e nas audiências públicas. A ARTESP, por sua vez, aprova o projeto final do empreendedor,

elaborado a partir das normas incidentes e das melhores práticas da engenharia; - qualquer

investimento extracontratual deverá ser aprovado pela agência reguladora; - a alça do trevo da

rodoviária, conforme foi dito, será implantada em faixa de domínio do governo federal, motivo pelo

qual, deverá ser transferida para o Estado, para depois ser repassada ao DEER. Afirmou que esse

processo burocrático de tramitação levaria algum tempo para ser concretizado e acabaria esbarrando

no processo eleitoral. No entanto, acreditava que as obras seriam concluídas ainda no primeiro

semestre de 2019; - os impactos sociais e todos os problemas apontados ao longo da audiência serão

tratados em projeto de engenharia específico da obra, que será aprimorado ao longo dos trabalhos, e

encaminhado para a aprovação da agência reguladora. Detalhou que o projeto preliminar apresentado

no EIA/RIMA será diferente do encaminhado para a ARTESP, em razão do aprimoramento de sua

concepção, ao longo do processo; - afirmou que a região do contorno será submetida a um novo

processo de duplicação, no qual serão acrescidas mais obras de arte. Informou sobre o trevo a ser

projetado para o km 50, denominado trevo da aeronáutica. O layout desse trevo, apresentado no EIA-

RIMA, não fora encaminhado ainda para aprovação da ARTESP, pois também será ajustado, a partir

das contribuições e manifestações apresentadas; - reiterou a previsão da implantação de dispositivos

no trevo de Mailasqui, sendo que a principal proposta é dividir esse dispositivo em dois, em razão do

significativo impacto socioambiental na área; - sobre a rotatória do km 60, afirmou que existia um

primeiro trecho de um alça de acesso que era utilizada na época. Recentemente, essa alça foi

fechada, com base em um estudo técnico, no qual foi apontada a necessidade de buscar nova solução,

a partir da verificação do comportamento do tráfego. Relatou que, vinte dias antes da audiência,

foram realizados estudos com a tentativa de reabrir aquela alça, mediante a implantação de

sinalização específica na via principal. Afirmou que a proposta de reconfiguração visando a

reativação da alça, constariam de um projeto, a ser submetido a aprovação da ARTESP; - informou

que, da mesma forma, estava sendo desenvolvido um estudo para a alça de acesso do Canguera; -

informou que a CCR era uma empresa de capital aberto, cujo balanço financeiro podia ser acessado

pelo público; - afirmou não tinha informações suficientes para ofertar, naquela ocasião,

detalhamento sobre a implantação de um emissário; - garantiu que o projeto final deverá ser

compatível com o Plano Diretor de Municípios, que ainda encontrava-se em elaboração; - frisou não

existir qualquer oposição do empreendedor quanto a realização de audiência pública também em

Mairinque, mas tal definição partia da Cetesb. Caso fosse definida, informou que o empreendedor

acataria. O Secretário-Executivo do CONSEMA, Anselmo Guimarães após reiterar o papel do

CONSEMA e o fluxo do licenciamento, anunciou que a solicitação de realização de audiência em

Mairinque, havia sido registrada. Na sequência a palavra passou a palavra ao consultor da Geotec

Eduardo Augusto que ofertou esclarecimentos para as seguintes questões sobre o estudo ambiental:

- que na etapa de licenciamento prévio, na qual se encontram a proposta, tem por objetivo avaliar a

viabilidade ambiental e a localização do empreendimento; - afirmou que, além do estudo da flora e

da fauna, o EIA também continha o diagnóstico social e as propostas de medidas mitigadoras e os

programas de comunicação social a serem adotadas antes, durante a após a implantação do

empreendimento, caso fosse aprovado. O detalhamento dos programas seria ofertado na etapa da

licença de instalação; - os sistemas de drenagem das obras foram projetados a partir de um

mapeamento da área, que incluiu os córregos do Varjão e do Bugre. Os respectivos programas

também seriam detalhados na fase da licença de instalação. Antes da do correto dimensionamento

das drenagens, serão empreendidos estudos hidrológicos, hidráulicos que incluem todas as bacias

hídricas de contribuição para a Rodovia. Detalhou que esses estudos eram exigidos pelo DAEE,

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órgão que emite as licenças de drenagem, sem as quais, a Cetesb não poderá dar prosseguimento a

análise do licenciamento; - refutou a informação de que a ocorrência do macaco Bugio ruivo não

conste do estudo de fauna e também que não tenham sido incluídas espécies declaradas na lista

nacional de espécies ameaçadas de extinção. Esclareceu que o bugio ruivo contava dessa lista, no

entanto, na classificação “pouco preocupante”. Informou que o veado catingueiro, também

contemplado no EIA, não aparecia na lista nacional de espécies em risco de extinção; - sobre o

Quilombo do Carmo, localizado num raio de 10 km do empreendimento, informou que a

competência de legislar sobre essa população cabia ao Incra. Asseverou que a comunidade

quilombola do Carmo não constava do acervo de registros do Incra, apenas na Fundação Palmares,

razão pela qual não foi contemplada no EIA. Apesar disso, afirmou que a comunidade poderá ser

inserida no estudo, caso seja solicitado; - Informou que o levantamento de impacto de vizinhança,

não havia sido solicitado, para compor o EIA; - a norma que tratava dos padrões sobre ruído e

vibração para a atividade em questão era da Cetesb. Informou os resultados das medições de ruídos,

em alguns pontos críticos da Rodovia, antes e depois da duplicação, seriam comparados. Caso venha

a ocorrer incremento das emissões de ruído, o empreendedor deverá implantar medidas mitigadoras

para adequar as emissões aos padrões legais. Passou-se às considerações finais da representante do

órgão responsável pelo licenciamento ambiental. Ticiana Risden Viana, representante CETESB,

reforçou que todas as contribuições protocolizadas junto à mesa diretora dos trabalhos seriam

detidamente analisadas, assim como aquelas encaminhadas no prazo regimental à agência ambiental,

seja pessoalmente, seja por intermédio do e-mail [email protected], e agradeceu a todos quantos

com esse intuito colaboraram. Depois de constatar e informar que todas as etapas da audiência

haviam sido regularmente cumpridas, o Secretário-Executivo do CONSEMA reiterou ainda uma

vez que todo e qualquer interessado teria o prazo de cinco (5) dias úteis, contados da data desta

audiência, para enviar contribuições ou sugestões que tenham por finalidade o aperfeiçoamento do

projeto, seja diretamente à CETESB, seja por meio eletrônico, seja protocolizando-as no órgão para

tanto destinado. E, por fim, declarou encerrados os trabalhos da reunião, agradecendo novamente a

todos pela presença e contribuições oferecidas. Eu, Rosana Maria Henrique do Núcleo de

Documentação e Consulta da Secretaria Executiva do CONSEMA, lavrei e assino a presente ata.