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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM Central Av. Nossa Senhora do Carmo Nº 90 - Savassi - Belo Horizonte – MG CEP 30330-000 – Tel: (31) 3228-77- 00 DATA: 14/04/2011 Página: 1/13 ~PARECER ÚNICO: 429/2010 PROTOCOLO Nº 0255537/2011 Licenciamento Ambiental: Nº 00328/1995/006/2010 Revalidação da LO - RADA Validade 6 anos Outorga Nº: Não se aplica DNPM: 831492/1984 APEF: Não se aplica Empreendimento: Mineração de Manganês Nogueira Duarte Ltda CNPJ: 20.177.259/0001-10 Município: Belo Vale Unidade de Conservação: Não há Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub-Bacia Hidrográfica: Rio das Velhas Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe A-02-07-0 Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco- minério de ferro e manganês. A-02-03-8 Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco – minério de ferro 03 Medidas mitigadoras: SIM Medidas compensatórias: SIM Condicionantes: SIM Automonitoramento: SIM Responsável Técnico pelo empreendimento: Ronald Vassimon Ferreira Registro de classe CREA: Responsável Técnico pelo RADA Josino Gomes Neto Registro de classe CREA: 29.759/D Relatório de Vistoria/Auto de fiscalização: 62106/2010 DATA: 19/10/2010 Data: Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura Igor Rodrigues Costa Porto Rodrigo Soares Val César Moreira Paiva Rezende Angélica de Araújo Oliveira Masp: 1206003-4 Masp: 1148246-0 Masp: 1136261-3 Masp: 1213696-6 De Acordo: Isabel Cristina R.C. Meneses Diretora Técnica da SUPRAM CM MASP: 1.043.798-6 Ass: Data: ___/___/___

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~PARECER ÚNICO: 429/2010 PROTOCOLO Nº 0255537/2011 Licenciamento Ambiental: Nº 00328/1995/006/2010 Revalidação da LO -

RADA Validade6 anos

Outorga Nº: Não se aplica DNPM: 831492/1984

APEF: Não se aplica Empreendimento: Mineração de Manganês Nogueira Duarte Ltda

CNPJ: 20.177.259/0001-10 Município: Belo Vale

Unidade de Conservação: Não há Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub-Bacia Hidrográfica: Rio das Velhas

Atividades objeto do licenciamento:

Código DN 74/04 Descrição Classe

A-02-07-0 Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a

seco- minério de ferro e manganês.

A-02-03-8 Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a

seco – minério de ferro

03

Medidas mitigadoras: SIM Medidas compensatórias: SIM

Condicionantes: SIM Automonitoramento: SIM

Responsável Técnico pelo empreendimento: Ronald Vassimon Ferreira

Registro de classe CREA:

Responsável Técnico pelo RADA Josino Gomes Neto

Registro de classe CREA: 29.759/D

Relatório de Vistoria/Auto de fiscalização: 62106/2010 DATA: 19/10/2010 Data: Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura Igor Rodrigues Costa Porto Rodrigo Soares Val César Moreira Paiva Rezende Angélica de Araújo Oliveira

Masp: 1206003-4 Masp: 1148246-0 Masp: 1136261-3 Masp: 1213696-6

De Acordo: Isabel Cristina R.C. Meneses Diretora Técnica da SUPRAM CM MASP: 1.043.798-6

Ass: Data: ___/___/___

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1. INTRODUÇÃO

O presente RADA – Relatório de Desempenho Ambiental, foi protocolado pela Mineração de Manganês Nogueira Duarte, em 17/08/2010 (Protocolo Nº 540671/2010), para avaliação do desempenho ambiental da empresa na extração de minério de manganês e minério de ferro, no local denominado Grota do Sabará, município de Belo Vale - MG. A empresa é titular do direito minerário 831492/1984 e obteve a licença de operação - LO (Nº537/2002) em 25/11/2002, válida até 25/11/2010, com condicionantes. Neste presente RADA foi apresentado o cumprimento das mesmas durante a vigência da licença. Em 19/10/2010 foi realizada vistoria onde foi observada a frente da lavra do empreendimento, assim como o sistema de drenagem pluvial direcionado para o interior da cava. 2 – CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A Mineração de Manganês Nogueira Duarte Ltda iniciou as atividades de lavra no local denominado Grota do Sabará, em 25.11.2002, após contrato de arrendamento firmado com a empresa Sociedade Brasileira de Mineração que possuía a titularidade mineral da jazida. Em 18.10.2007 ocorreu à cessão de direitos minerários referente ao Processo DNPM 831.492/1984 a favor da Mineração de Manganês Nogueira Duarte Ltda. O empreendimento em questão se refere apenas a etapa de extração do minério, com geração de estéril praticamente nula e transporte do ROM em caminhões basculantes para a instalação de beneficiamento a seco, situada a cerca de 05 Km de distância, no Km 06 da Rodovia MG 442, município de Belo Vale. A lavra é conduzida a céu aberto, em bancadas regulares descendentes. O desmonte do minério é feito com o emprego de explosivos ou diretamente por escavadeiras ou pás mecânicas. A produção mensal do empreendimento, atualmente, está na ordem de 540.000 toneladas/ano de minério de ferro e em torno de 300.000 toneladas/ano para extração de manganês. A elevação da escala de produção foi obtida através do aproveitamento das horas ociosas dos equipamentos de extração e carregamento de minério, de forma que não houve necessidade de promover a expansão do empreendimento, como abertura de novas frentes ou a expansão dos limites da área de lavra. Assim, a elevação da produção não significou novos impactos ambientais além dos prognosticados na etapa do licenciamento da LO vincenda.

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4 - EFLUENTES E AÇÕES MITIGADORAS Efluentes Líquidos Em virtude deste requerimento de licença englobar apenas a lavra, não é gerado efluentes líquidos de caixa separadora de água e óleo e dos sistemas de tratamento de esgoto. Todos esses efluentes são originados na área de beneficiamento da empresa. Na área da mina há banheiros químicos que são utilizados pelos motoristas e funcionários que trabalham na frente de lavra. O efluente é coletado por empresa terceirizada. Emissões Atmosféricas Os efluentes atmosféricos são provenientes das poeiras suspensas pela movimentação de máquinas e veículos e gases oriundos dos equipamentos. As poeiras suspensas são mitigadas pela umidificação das vias de acesso. A emissão de gases dos equipamentos é minimizada pela manutenção dos equipamentos. Resíduos sólidos Os resíduos sólidos são provenientes das instalações de apoio do empreendimento: alojamento, oficinas, refeitório, escritórios e almoxarifado. Estas unidades localizam-se na área de beneficiamento da empresa que não está englobada nesta licença. O lixo doméstico que é gerado pelos funcionários da empresa é depositado em recipientes apropriados e encaminhados, semanalmente, para o aterro controlado da prefeitura municipal de Conselheiro Lafaiete. A empresa possui sistema de controle de drenagem pluvial como diques de contenção de sedimentos e canal de drenagem. Durante a vistoria observou-se que o sistema de controle de drenagem pluvial estava atendendo a demanda do empreendimento, não sendo identificada nenhuma contribuição a jusante da Mina, em função de possíveis carreamentos de materiais. 5 – ANÁLISE AMBIENTAL 5.1 Autorização para Exploração Florestal – APEF Não haverá necessidade de supressão vegetal para esta revalidação de licença. 5.2 Outorga do Uso da Água A empresa obteve o registro de uso de água insignificante para captação em curso d’água - Cadastro 14991/2010, com validade até 23 de novembro de 2013. Ressalta-se que o empreendedor possui um processo de outorga no IGAM desde 2009 (Processo 15834/2009). O processo encontra-se em análise técnica no IGAM.

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5.3 Intervenção em Unidades de Conservação De acordo com o relatorio indicativo do SIAM, a empresa não está inserida dentro de nenhuma unidade de conservação. 5.4 Relacionamento com a Comunidade A empresa não realiza nenhum tipo de programa de relacionamento com a comunidade. Desta forma será exigido, por meio de condicionante, a realização de programas envolvendo a comunidade mais próxima. A empresa durante o período de vigência da licença realizou parceria com a comunidade dos Pintos, pertencente ao município de Belo Vale, para a reforma da escola desta comunidade. 5.5 Investimento na área ambiental A empresa apresentou uma tabela com a descrição dos investimentos na área ambiental.

Investimento Valor(R$) Revegetação de taludes internos na área da mina e diques de contenção de sedimentos.

8.815,00

Implantação de cerca na área de reserva legal do empreendimento

617,00

Aquisição de equipamentos para a mina, com melhor desempenho ambiental

Não divulgado

Monitoramento das águas superficiais na área de influência da mina

Não divulgado

6 - AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTES A Mineração de Manganês Nogueira Duarte Ltda cumpriu todas as condicionantes referentes à Licença de Operação, conforme o quadro abaixo.

Condicionantes Prazo Situação

Após o reinício das atividades, a empresa deverá implantar o plano de lavra apresentado por ela na fase da Licença de Instalação,

enviando relatório técnico e fotográfico semestralmente..

Semestral

O Plano de Lavra vem sendo executado de acordo com o plano de

lavra previsto na etapa da LI. Os relatórios fotográficos vêm sendo

apresentados semestralmente ao órgão ambiental, conforme os seguintes

protocolos:

F200980/2003 de 22.07.2003 F001323/2004 de 09.01.2004 F079434/2004 de 05.07.2004

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F006778/2005 de 14.01.2005 F33536/2005 de 06.07.2005 F201077/2006 de 29.03.2006 F35776/2006 de 11.05.2006 F052241/2006 de 12.09.2006 F052241/2007 de 14.06.2007 R125325/2007 de 20.12.2007 R177447/2009 de 01.01.2008 R243525/2009 de 15.07.2009 R310833/2009 de 23.12.2009 R080902/2010 de 21.07.2010

A empresa deverá implantar um viveiro de mudas e fazer o

replantio das áreas verdes com espécies nativas, visando o adensamento, inclusive da

reserva legal.

90 dias

Durante a vistoria observou-se que o viveiro de mudas já foi instalado. E, segundo o empreendedor, já havia

iniciado o plantio.

Apresentar à FEAM, no prazo de 30 dias, uma proposta de

Programa de Monitoramento que contemple a sua área de

influência.

30 dias

Em 02.03.2004 a Mineração de Manganês Nogueira Duarte Ltda

apresentou a proposta de monitoramento de qualidade das águas superficiais da sua área de influência, conforme Protocolo N.º 025056/20045.

Em 17.03.2004 a FEAM comunicou a

aprovação do plano de monitoramento. A partir desta data, os relatórios de

monitoramento vêm sendo apresentados a GEMOG.

Apresentar relatório de análises de estabilidade da pilha de estéril,

situada na área de lavra no município de Belo Vale – MG.

30 dias a partir do auto de

vistoria Nº 14905/20

06.

Em 04.09.2006 foi apresentado o relatório de estabilidade da pilha de estéril temporária situada na área da

mina, elaborado pelo Eng. João Carlos Marfori, conforme protocolo

F067449/2006. A conclusão foi que a pilha estava estável. Atualmente não há

pilha de estéril em operação no empreendimento.

7 – IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE CONTROLE Durante a fase de revalidação do empreendimento não foram identificados novos impactos. Sendo assim, os impactos identificados referem-se à fase de operação do empreendimento tais como: - Erosão, ruído e poeira. - Modificação da drenagem natural.

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- Impacto visual. - Geração de esgoto sanitário e lixo. As medidas mitigadoras realizada pela empresa foram: - Construção do sistema de drenagem com canaletas de concreto, diques de proteção e escadas dissipadoras de energia. - Aspersão de água através de caminhão pipa nos acessos as áreas de lavra. - Revegetação dos taludes de corte e aterro. 9- COMPENSAÇÃO AMBIENTAL O Decreto Nº 45.175 de 17 de Setembro de 2009 estabelece a metodologia de gradação de impactos ambientais e procedimentos para fixação e aplicação da compensação ambiental:

§3º Os empreendimentos que concluíram o processo de licenciamento após a publicação da Lei Federal nº 9.985, de 2000 e que não tiveram suas compensações ambientais definidas deverão se adequar ao disposto neste Decreto no momento da revalidação de licença de operação ou quando convocados pelo órgão licenciador.

A equipe técnica da SUPRAM CM entende que a implantação e operação da atividade realizada causam significativo impacto ambiental, conforme exposto no corpo do parecer (remoção de solo vegetal, geração de ruídos, geração de efluentes, alteração da composição paisagística e impacto visual e outros) No entanto, não será recomendada a aplicação da compensação do decreto 45.175/2009, tendo em vista a orientação da Advocacia Geral do Estado (AGE), na qual não há a incidência de tal compensação para os processos de licenciamento ambiental cujo estudo ambiental apresentado não seja EIA/RIMA. Conforme art. 36 da Lei 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre a política florestal e de proteção à biodiversidade no Estado de Minas Gerais “o licenciamento de empreendimentos minerários causadores de significativos impactos ambientais, como supressão de vegetação nativa, deslocamento de populações, utilização de áreas de preservação permanente, cavidades subterrâneas e outros fica condicionado à adoção, pelo empreendedor de estabelecimento de medida compensatória que inclua a criação, implantação ou manutenção de unidades de conservação de proteção integral”. Diante disso, a equipe técnica da Supram Central sugere a incidência dessa compensação em virtude dos impactos já citados. Será solicitado em condicionante desse parecer ao empreendedor que apresente à SUPRAM CM documento de comprovação de protocolo junto ao NCA-IEF em relação ao cumprimento da Compensação Ambiental prevista na Lei Estadual Nº 14.309/02.

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Deverá ser implantado um programa de concientização ambiental junto aos funcionários da Mineração Nogueira Duarte, ensinando a importância da preservação das matas ciliares, das espécies da fauna e flora, dos recursos hídricos, disposição controlada de estéril/rejeito, legislação ambiental e outros temas correlatos. Deverão ser apresentados relatórios técnico-fotográficos anuais relatando esse trabalho a ser desenvolvido. 8 - CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se devidamente formalizado e instruído com a documentação listada no FOB, constando dentre outros a certidão negativa de débito ambiental e a comprovação de ressarcimentos dos custos de análise. Em atendimento à DN 13/95 foi dado publicidade da concessão da licença de operação a revalidar, bem como a solicitação de revalidação, pelo empreendedor em jornal de grande circulação. Pelo órgão ambiental foi publicado no Diário Oficial de Minas Gerais. O requerimento de revalidação refere-se à Licença de Operação nº 328/1995/003/2010, com validade até 25/11/2010 e o processo de revalidação foi formalizado tempestivamente, em 17/08/2010. A análise técnica conclui sugerindo a revalidação da licença de operação condicionado às determinações constantes no Anexo I e II e ao atendimento dos padrões da Legislação Ambiental do Estado. Quanto à questão relativa a compensação ambiental a equipe técnica da SUPRAM CM entende que caberia a incidência da mesma em razão da existência de significativo impacto decorrente da implantação/operação do empreendimento. Contudo, a Advocacia Geral do Estado, através do parecer nº 15.016 de 18 de maio de 2010 e 15.044 de 03 de setembro de 2010, o qual responde consulta feita pelo Núcleo de Compensação Ambiental do IEF acerca da aplicabilidade de Decreto Estadual nº 45.175, de 17/09/2009 e posteriormente do Presidente da FIEMG, manifestou seu entendimento de somente incidir a compensação ambiental, nos casos de instalação e operação de empreendimentos que revelem significativo impacto, mediante apresentação de estudos técnicos realizados no EIA/RIMA. Deste modo, não propusemos a condicionante em função do entendimento dos pareceres da AGE, em vista da não apresentação de EIA/RIMA. Trata-se de um empreendimento classe 3 (três) cuja validade seria de 6 (seis) anos, mas levando em consideração que o empreendedor não tem penalizações decorrentes de autuações, conforme consulta ao SIAM, o requerente fará jus ao acréscimo de 02 (dois) anos ao respectivo prazo, conforme determina a Deliberação Normativa COPAM nº 17/96 (art. 1°, § 1º).

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Transcreve-se o ditame legal expresso no artigo 1º, § 1º, da Deliberação Normativa nº 17, de 17-12-1996, in verbis:

“Caso o empreendimento ou atividade tenha incorrido em penalidade prevista na legislação ambiental, transitada em julgado até a data do requerimento de revalidação da Licença de Operação, o prazo de validade subseqüente será reduzido de 2 (dois) anos, até o limite mínimo de 4 (quatro) anos, assegurado àquele que não sofrer penalidade o acréscimo de 2 (dois) anos ao respectivo prazo, até o limite máximo de 8 (oito) anos. Deste modo, a concessão da licença em análise deverá ter prazo de validade de 08 (oito) anos, em virtude do acréscimo acima mencionado. As licenças ambientais em apreço não dispensam nem substituem a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Insta salientar que em caso de descumprimento das condicionantes e/ou qualquer alteração, modificação, ampliação realizada sem comunicar ao órgão licenciador, torna o empreendimento passível de autuação. 9 - CONCLUSÃO

Considerando as medidas de controle e gerenciamento das atividades impactantes referentes ao empreendimento, bem como o cumprimento das condicionantes pela Mineração Nogueira Duarte Ltda, a equipe técnica manifesta favorável à concessão da Revalidação das Licenças de Operação, desde que sejam observadas as condicionantes em anexo.

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ANEXO I

Processo COPAM: Nº00093/1986/007/2008 Classe 3 Empreendedor: Mineração de Manganês Nogueira Duarte Ltda Empreendimento: Mineração de Manganês Nogueira Ltda Condicionantes do Processo de Revalidação da LO ITEM DESCRIÇÃO PRAZO

1

Atualizar o empreendimento junto ao Cadastro Técnico de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais no SIAM e efetuar o respectivo pagamento da TFAMG (Taxa de Fiscalização Ambiental de Minas Gerais), conforme a Lei Estadual 14.940/03.

A partir da concessão desta licença e durante a vigência da mesma.

2 Cadastrar o empreendimento no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos do Setor Minerário, conforme DN 117/2008.

A partir da concessão dessa licença e durante a vigência da mesma.

3

Protocolar, na Gerência de Compensação Ambiental/Núcleo de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas – IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação ambiental, de acordo com a Lei Estadual 14.309/2002 e apresentar a SUPRAM CM comprovação do cumprimento.

Até 30 dias da publicação da decisão da URC, que estabeleceu esta condicionante.

4 Os taludes na cava deverão ser conformados conforme os ângulos que permitam maior condição de segurança de trabalho e futura reabilitação ambiental conforme a estratigrafia presente.

A partir da concessão desta licença e durante a vigência da mesma.

5 Seguir os procedimentos estabelecidos na DN COPAM nº 127, de 27 de novembro de 2008, relativa ao Fechamento de Mina.

A partir da concessão desta licença e durante a vigência da mesma.

6

Apresentar relatórios técnico-fotográficos, contemplando as implementações das medidas e sistemas de controle ambiental.

Durante a validade da licença, com freqüência e envio semestrais.

7

Realizar programas socioambientais com as comunidades próximas do empreendimento.

A partir da concessão dessa licença e durante a vigência da mesma, comprovar através de relatório fotográfico (envio

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semestral)

8

Realizar programa de conscientização ambiental dos funcionários da empresa- incluindo terceirizados.

A partir da concessão dessa licença e durante a vigência da mesma, comprovar através de relatório fotográfico (envio semestral).

9

Realizar o monitoramento conforme ANEXO II deste parecer único.

A partir da concessão dessa licença e durante a vigência da mesma.

10 Realizar caminhamento espeleológico em toda a área do empreendimento e na sua área de influência direta.

120 dias após a concessão da licença.

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ANEXO II

1. Monitoramento em Curso d´água

Local de amostragem Parâmetros Freqüência

Nascente do Córrego da Areia

Condutividade Elétrica, Cor Aparente, DBO, Ferro Solúvel e Total, Manganês Solúvel e Total, Oxigênio Dissolvido, PH, Turbidez, Sólidos Suspensos e Totais e Coliformes Totais e Fecais.

Trimestral

Relatórios: Enviar semestral a Gerência de Monitoramento e Geoprocessamento da FEAM, até o dia 10 do mês subseqüente, os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises alem da produção industrial e o número de empregados no período. Deverá também cumprir todas as disposições da Resolução CONAMA 396/2008. Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater APHA – AWWA, última edição. Observação: Os parâmetros e freqüências especificadas para o programa de automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da SUPRAM CENTRAL, face ao desempenho apresentado pelos sistemas de tratamento.

1. RESÍDUOS SÓLIDOS

Enviar anualmente à GEMOG, até o dia 10 do mês subseqüente, contado a partir da publicação dessa licença os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

RESÍDUO TRANSPORTADOR DISPOSIÇÃO FINAL

Empresa responsável

Denominação

Origem

Classe

Taxa de geração (kg/mês)

Razão social

Endereço completo

Forma (*)

Razão social

Endereço completo

OBS.

(*)1– Reutilização 6 – Co-processamento 2 – Reciclagem 7 – Aplicação no solo 3 – Aterro sanitário 8 – Estocagem temporária (informar quantidade estocada)

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

SUPRAM Central

Av. Nossa Senhora do Carmo Nº 90 - Savassi - Belo Horizonte – MG CEP 30330-000 – Tel: (31) 3228-77-00

DATA: 14/04/2011 Página: 12/13

4 – Aterro industrial 9 – Outras (especificar) 5 – Incineração

Os resíduos devem ser destinados somente para empreendimentos ambientalmente regularizados junto à administração pública. Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente à Supram Central, para verificação da necessidade de licenciamento específico; As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendimento; As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor. Todos os relatórios requisitados nesta licença deverão ser de laboratórios cadastrados conforme DN COPAM nº89/05 e devem conter a identificação, o registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises, acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica - ART.

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Anexo Fotográfico