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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA PORTARIA Nº. 872 DE 06 DE JUNHO DE 2012 Define regras para o credenciamento de pessoas jurídicas para a prestação de serviços hospitalares de clinica médica e leitos de retaguarda para pacientes sob cuidados prolongados oriundos de hospitais públicos da rede própria da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB). O SECRETÁRIO DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e: Considerando o disposto no art. 199, § 1º, da Constituição Federal, que prevê a complementaridade na contratação de instituições privadas para a prestação de serviços de saúde; Considerando que, a partir da Constituição Federal (art. 30, inciso VII) e da Lei Orgânica da Saúde (art. 18, inciso I, e art. 17, inciso III) compete supletivamente ao Estado, gerir e executar serviços públicos de atendimento à saúde da população, podendo recorrer, de maneira complementar aos serviços ofertados pela iniciativa privada, quando os serviços de saúde da rede pública forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial necessária; Considerando o disposto no art. 9, inciso II c/c o artigo 17, da Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde); Considerando o disposto na Portaria GM/MS nº. 1.606/01, e na NOB 96 (Portaria GM/MS nº. 2203/06) e na NOAS/SUS 01/02 (Portaria GM/MS nº. 373/2002); Considerando que a Rede Própria Estadual não dispõe de quantidade suficiente de leitos destinados à internação de pacientes de clínica médica e de longa permanência oriundos dos Hospitais Gerais de Urgência e Emergência, o que acarreta sobrecarga destes e desvirtua seu perfil de atendimento. Considerando o disposto no art. 62 da Lei Estadual nº. 9.433/05 que disciplina o processo de credenciamento no Estado da Bahia; 1.1 RESOLVE: Art. 1º - A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia adotará medidas para o credenciamento de pessoas jurídicas para a prestação de serviços hospitalares leito retaguarda para pacientes oriundos de hospitais públicos da rede própria da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), que necessitam de cuidados em clínica médica e cuidados prolongados, a fim de assegurar assistência à saúde, segundo critérios, termos e condições estabelecidos nos anexos desta Portaria. Art.2º A SESAB publicará no Diário Oficial do Estado aviso às empresas e entidades interessadas em realizar credenciamento para a prestação dos serviços definidos na presente portaria. Art.3º Todas as empresas que preencherem os requisitos de habilitação definidos no Anexo I, II, III, IV desta Portaria, disponíveis no site:www.saude.ba.gov.br, serão credenciadas e estarão aptas a realizar a contratação de que trata essa portaria, observando-se a necessidade da administração pública e os recursos orçamentários definidos para a contratação. Art.4º Na contratação dos serviços será assegurado às empresas e entidades credenciadas tratamento isonômico na definição do quantitativo de leitos efetivamente contratado.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA PORTARIA Nº. 872 DE 06 DE JUNHO DE 2012

Define regras para o credenciamento de pessoas jurídicas para a prestação de serviços hospitalares de clinica médica e leitos de retaguarda para pacientes sob cuidados prolongados oriundos de hospitais públicos da rede própria da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB).

O SECRETÁRIO DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas

atribuições legais e: Considerando o disposto no art. 199, § 1º, da Constituição Federal, que prevê a complementaridade na contratação de instituições privadas para a prestação de serviços de saúde; Considerando que, a partir da Constituição Federal (art. 30, inciso VII) e da Lei Orgânica da Saúde (art. 18, inciso I, e art. 17, inciso III) compete supletivamente ao Estado, gerir e executar serviços públicos de atendimento à saúde da população, podendo recorrer, de maneira complementar aos serviços ofertados pela iniciativa privada, quando os serviços de saúde da rede pública forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial necessária; Considerando o disposto no art. 9, inciso II c/c o artigo 17, da Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde); Considerando o disposto na Portaria GM/MS nº. 1.606/01, e na NOB 96 (Portaria GM/MS nº. 2203/06) e na NOAS/SUS 01/02 (Portaria GM/MS nº. 373/2002); Considerando que a Rede Própria Estadual não dispõe de quantidade suficiente de leitos destinados à internação de pacientes de clínica médica e de longa permanência oriundos dos Hospitais Gerais de Urgência e Emergência, o que acarreta sobrecarga destes e desvirtua seu perfil de atendimento. Considerando o disposto no art. 62 da Lei Estadual nº. 9.433/05 que disciplina o processo de credenciamento no Estado da Bahia;

1.1 RESOLVE: Art. 1º - A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia adotará medidas para o credenciamento de pessoas jurídicas para a prestação de serviços hospitalares leito retaguarda para pacientes oriundos de hospitais públicos da rede própria da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), que necessitam de cuidados em clínica médica e cuidados prolongados, a fim de assegurar assistência à saúde, segundo critérios, termos e condições estabelecidos nos anexos desta Portaria. Art.2º A SESAB publicará no Diário Oficial do Estado aviso às empresas e entidades interessadas em realizar credenciamento para a prestação dos serviços definidos na presente portaria. Art.3º Todas as empresas que preencherem os requisitos de habilitação definidos no Anexo I, II, III, IV desta Portaria, disponíveis no site:www.saude.ba.gov.br, serão credenciadas e estarão aptas a realizar a contratação de que trata essa portaria, observando-se a necessidade da administração pública e os recursos orçamentários definidos para a contratação. Art.4º Na contratação dos serviços será assegurado às empresas e entidades credenciadas tratamento isonômico na definição do quantitativo de leitos efetivamente contratado.

Art.5 º Nos termos previstos no artigo 62 da Lei Estadual 9.433/2005 haverá acesso permanente ao credenciamento todas as empresas ou entidades que preencham os requisitos estabelecidos no Regulamento. Art. 6 º Nos termos previstos no parágrafo primeiro, artigo 199, da Constituição Federal, terão prioridade no credenciamento as entidades filantrópicas. Art.7º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a Portaria nº. 2.580 de 10 de setembro de 2008, suas alterações posteriores e demais disposições em contrário.

JORGE JOSÉ SANTOS PEREIRA SOLLA Secretário da Saúde do Estado da Bahia

ANEXO I REGULAMENTO

O Estado da Bahia, por intermédio da Secretaria da Saúde - SESAB, estabelecida à Avenida Luiz Viana Filho, S/N, Centro Administrativo da Bahia - CAB, 4ª Avenida, Plataforma 06, nesta Capital, na qualidade de gestor estadual do Sistema Único de Saúde – SUS/BA, torna público que, a partir de 11/09/08, iniciará o credenciamento de pessoas jurídicas para a prestação de serviços hospitalares de leitos de retaguarda para pacientes oriundos de unidades de saúde públicas da rede da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), que necessitem de cuidados prolongados, segundo critérios, termos e condições estabelecidos neste anexo e demais regulamentos do Ministério da Saúde. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA A documentação exigida deverá ser entregue na Superintendência de Regulação da SESAB, situada na Avenida Magalhães Neto, 1856, Ed. TK Tower, 12º andar, Pituba, Salvador, Bahia, de segunda à sexta-feira, exceto feriados, das 09hs às 17hs. A análise e avaliação da situação das empresas e entidades interessadas serão procedidas pela Superintendência de Gestão e Regulação da Saúde (SUREGS - SESAB), em conformidade com os requisitos estabelecidos neste anexo. Os documentos exigidos para contratação deverão ser apresentados em original, cópia autenticada em cartório, publicação em órgão da imprensa oficial ou cópia simples, acompanhada do original, para ser autenticada pelo servidor público responsável. As empresas e entidades interessadas deverão apresentar a seguinte documentação:

1- Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ; 2- Prova de inscrição da empresa no Conselho Regional de Medicina; 3- Certidão Negativa de Débito – CND de Regularidade Fiscal perante as:

a. Fazenda Pública Federal conjunta com a Divida Ativa da União (esse documento

pode ser obtido através do site http://www.receita.fazenda.gov.br); b. Fazenda Pública Estadual (esse documento pode ser obtido através do site

http://www.comprasnet.ba.gov.br/Certidao_Estadual.html);

c. Fazenda Pública Municipal (esse documento pode ser obtido através do site

http://www.sefaz.salvador.ba.gov.br);

d. Seguridade Social – INSS (esse documento pode ser obtido através do site http://www.dataprev.gov.br);

e. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS (esse documento pode ser obtido através do site https://www.caixa.gov.br);

4- Comprovação de aptidão para o desempenho de atividade pertinente e compatível em

características, quantidades e prazos com o objeto a ser contratado, através da apresentação de um ou mais atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina da jurisdição e no Conselho Regional de Administração onde o serviço foi prestado;

5- Indicação das instalações, do aparelhamento e do pessoal técnico, adequados e disponíveis

para a execução do contrato, observada a legislação atinente à matéria.

6- Comprovação de que a empresa ou entidade possui atestado de responsabilidade técnica para execução de serviço de características semelhantes às do objeto do contrato ou de possuir, em seu quadro, detentor de tal atestado, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, que seja detentor de tal atestado;

7- Comprovação através da documentação legal, que a entidade possui no seu quadro,

Responsável Técnico (médico), devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia;

8- Declaração da empresa interessada de que está de acordo com as normas e tabelas de

valores definidos pela SESAB e que realizará todos os serviços a que se propõe;

9- Relação de pessoal de nível superior, indicando: cargos, especialidades e carga horária semanal, apresentando fotocópias dos certificados de formação e/ou carteiras de registro nos respectivos conselhos profissionais;

10- Títulos de especialização e/ou de residência (em fotocópias) dos profissionais médicos. DA CONTRATAÇÃO O deferimento das contratações fica condicionado ao atendimento às exigências previstas neste anexo. Os serviços a serem contratados deverão ser compatíveis com o objeto social da pessoa jurídica, o registro no Conselho profissional competente, a experiência e a capacidade operacional da empresa interessada. O Estado da Bahia, por intermédio da SESAB reserva-se o direito de contratar os leitos necessários e na quantidade adequada à demanda estimada, de acordo com os parâmetros definidos pelo Ministério da Saúde, pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia e com a disponibilidade financeira e orçamentária. A contratação das empresas para a prestação dos serviços será realizada de forma igualitária, respeitada a capacidade operacional de cada interessado. Os serviços objeto desta contratação não poderão sofrer solução de continuidade durante todo o

prazo da sua vigência, devendo ser executados por profissionais vinculados à contratada, sob a inteira responsabilidade funcional e operacional desta, sobre os quais manterá estrita e exclusiva fiscalização. O contrato a ser firmado obedecerá à minuta no Anexo III dessa Portaria. Para a assinatura do contrato as empresas interessadas deverão ser representadas por: a) administrador que tenha poderes de gerência; b) procurador com poderes específicos para assinar o contrato. É vedado à contratada cobrar diretamente aos usuários do SUS qualquer importância pelos serviços prestados. A contratada deverá manter, durante toda a vigência do contrato, em compatibilidade com as obrigações assumidas, todas as condições exigidas neste anexo. Os leitos que a unidade contratada disponibilizará não poderão ser leitos credenciados ao SUS através da gestão plena do sistema municipal de saúde, assim como a entidade ou empresa credenciada não poderá reduzir a oferta de leitos contratados pela gestão plena do sistema. DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS Visa o presente, a contratação de leitos de retaguarda, em unidades hospitalares da rede privada, cuja finalidade será a de atender à necessidade de continuidade terapêutica dos pacientes oriundos de Hospitais da rede da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, prestando a assistência hospitalar para pacientes nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados. A unidade hospitalar contratada deverá obedecer aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS, observando as políticas públicas voltadas para assistência à saúde, atendendo, nos leitos contratados, aos pacientes da demanda referenciada por Centrais de Regulação e/ou Complexo Regulador do Sistema Único de Saúde (SUS), preservando-se a missão da Secretária da Saúde do Estado da Bahia - SESAB e o estabelecido no Contrato. 1. Perfil Institucional

O hospital contratado deverá possuir condições para atendimento de pacientes nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados, funcionando como leitos de retaguarda para a rede própria da SESAB, visando atender a cobertura de assistência médica hospitalar. Esta unidade destinará leitos contratados para internação e tratamento de pacientes submetidos ao tratamento inicial por acometimentos patológicos e/ou traumas (acidente vascular cerebral isquêmico, traumatismos raqui-medulares e poli-traumatismos, por exemplo), se, e quando apresentarem as condições clínicas consideradas estáveis e de acordo com a capacidade da unidade, para continuação do processo de recuperação. Isto se realizará sob a assistência de corpo clínico multidisciplinar, objetivando a reabilitação e a preparação da alta hospitalar, concluindo o processo terapêutico ou sendo transferido para Programa de Internação Domiciliar, consoante critérios estabelecidos em regulamentos definidos pelo Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. O conjunto de edificações e instalações que comporão a unidade contratada para atendimentos de pacientes de cuidados prolongados, deverá ter capacidade e características apropriadas a este tipo de internação, em conformidade com a quantidade de leitos contratados. Acrescenta-se a isto as atividades assistenciais de apoio diagnóstico e terapêutico, bem como o apoio administrativo e operacional.

Na condição de unidade contratada de leitos de retaguarda, estará integrada à Rede de Hospitais Públicos do Estado através de Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS) e vinculada tecnicamente à SESAB, e às demais instâncias reguladoras do Sistema Único de Saúde – SUS. Persistirá também, o vínculo no que se refere ao desenvolvimento das políticas públicas voltadas para implantação do SUS com a regionalização da Saúde.

2. Assistência hospitalar: pressupostos e definições

A assistência à saúde prestada em regime de hospitalização compreenderá o conjunto de atendimentos oferecidos ao paciente desde sua admissão no hospital até sua alta hospitalar. Estarão incluídos todos os atendimentos e procedimentos necessários para complementar o diagnóstico e as terapêuticas necessárias para o tratamento e reabilitação no âmbito hospitalar. 2.1. Especialidades médicas na assistência:

Os serviços ofertados serão caracterizados pela multidisciplinaridade no atendimento e, dessa forma, disponibilizará a assistência médica nas seguintes especialidades: a. clínica geral e demais especialidades clínicas (diarista, sobreaviso e plantonista); b. pediatria; c. pediatria e Neonatologia; d. cardiologia clínica; e. neurologia clínica; f. ortopedia clínica; g. pneumologia clínica.

Os serviços de geriatria não serão exigidos em unidades especializadas em atendimento pediátrico e neonatal, assim como os serviços de pediatria e neonatologia não o serão em unidades especializadas em atendimento a adultos.

2.2. Processo de hospitalização do paciente:

No processo de hospitalização estão incluídos: a. Tratamento das possíveis complicações clínicas que possam ocorrer ao longo do

processo assistencial, tanto na fase de tratamento, quanto na fase de recuperação, excluindo os casos que necessitem de internações em unidade de terapia intensiva (UTI) e intervenções cirúrgicas, situações em que o paciente será transferido para outra unidade hospitalar. Cabe as Centrais de Regulação e/ou Complexo Regulador do Sistema Único de Saúde (SUS) tomar as medidas necessárias para a transferência do paciente quando apresentar necessidades que extrapolem os procedimentos previstos em internação em leitos de retaguarda, mediante solicitação da contratada, acompanhada de laudo médico.

b. Tratamentos clínicos concomitantes, diferentes daquele classificado como principal, que motivou a internação do paciente e que podem ser necessários, adicionalmente, devido às condições especiais do paciente e/ou outras causas;

c. Tratamento medicamentoso que seja requerido durante o processo de internação; d. Procedimentos e cuidados de enfermagem, necessários durante o processo de

internação; e. Alimentação, incluídas nutrição enteral e paraenteral; f. Assistência por equipe médica especializada, pessoal de enfermagem e demais

profissionais de saúde (nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, etc.), além de pessoal auxiliar;

g. O material descartável necessário para os cuidados de enfermagem e tratamentos;

h. Diárias de hospitalização em quarto compartilhado ou individual, quando necessário, devido às condições especiais do paciente, atentando para as normas que dão direito à presença de acompanhante e que estão previstas na legislação vigente e que regulamenta o SUS - Sistema Único de Saúde (pacientes idosos - Lei Nº 10.741 de 01/10/2003-, crianças - Lei 8.069 de 13/07/1990);

i. Sangue e hemoderivados; j. Fornecimento de roupas hospitalares.

2.3. Oferta de leitos e sistemática de internações:

A internação do paciente dar-se-á de acordo a quantidade de leitos contratados, estando obrigada a contratada a receber os pacientes referenciados durante 24 horas por dia, bem como a informar a existência de leitos vagos, sendo que a totalidade dos leitos contratados estará submetida à regulação através das Centrais de Regulação/Complexo Regulador do Sistema Único de Saúde (SUS). Observe-se que a unidade não será porta de entrada para admissão de pacientes nas áreas de clínica médica e de cuidados prolongados nos leitos contratados. A contratada deverá manter, sempre atualizado, mapa contendo os leitos disponíveis.

2.4. Programa de Internação Domiciliar:

Subordinado ao perfil institucional e propósitos da assistência hospitalar da Unidade, tendo como finalidade promover a re-inclusão no grupo social do qual se origina e faz parte o paciente, a contratada deverá promover, sempre que possível, a identificação entre os familiares e/ou integrantes do grupo social referido, um “cuidador” vocacionado. Este deverá qualificar-se mediante treinamento e orientação da equipe multidisciplinar da contratada, que o qualificará para os cuidados do paciente no próprio domicílio, o que permitirá reintegra-lo ao convívio e a sua permanência no seio da família, abreviando assim e quando as condições facultarem, o tempo de hospitalização. Este paciente será então transferido para acompanhamento por Programa de Internação Domiciliar mantido pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia e com acesso regulado pelas Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS).

2.5. Apoio diagnóstico e terapêutico a ser ofertado:

A Contratada ofertará aos pacientes internados os seguintes serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, cabendo a mesma responsabilizar-se pelas providências quanto à estruturação do serviço, incluindo pessoal e demais insumos: a. Patologia clinica; b. Fisioterapia; c. Assistência Social; d. Nutrição e dietética; e. Radiologia convencional e Tomografia Computadorizada; f. Eletrocardiografia; g. Ultra-sonografia.

3. Capacidade e características das edificações e instalações

O hospital deverá dispor de áreas e instalações necessárias, suficientes e adequada para a internação de pacientes de cuidados prolongados, distribuídos por enfermarias, respeitados os aspectos normativos de operacionalidade aplicáveis e previstos nos instrumentos normativos do Ministério da Saúde (a exemplo da Resolução ANVISA RDC Nº 50 de 21 de

fevereiro de 2002) e da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia.

A unidade de internação deverá ser composta de enfermarias de no máximo 6 leitos. Além dos leitos de internação, a unidade deverá ofertar, indispensavelmente, os seguintes serviços (com estrutura própria ou terceirizada) adequadamente preparados para o perfil e capacidade operacional da unidade, para o funcionamento dentro do que prescreve a RDC Nº. 50 de 21/02/2002, quais sejam: 1. Central de material esterilizado (CME); 2. Processamento e revelação de imagens de raios-X; 3. Farmácia; 4. Serviços de lavanderia/processamento de roupas; 5. Serviços administrativos (compras, pessoal, contabilidade, secretaria, diretoria e

coordenações, reunião, informática, telefonia, etc.); 6. Almoxarifado; 7. Serviço social; 8. Serviço de fisioterapia; 9. Serviço de enfermagem; 10. Serviço de arquivo de prontuários e estatística; 11. Serviço de patologia clinica; 12. Serviço de ultra-sonografia; 13. Serviço de recepção e de portaria; 14. Sala para repouso de equipes; 15. Sala de admissão de pacientes (avaliação médica na pré-internação); 16. Serviço de nutrição e dietética; 17. Serviço de manutenção predial e de equipamentos; 18. Central de gases medicinais, incluindo compressores (ar comprimido); 19. Subestação, medidores e grupo gerador de energia elétrica; 20. Armazenagem temporária de resíduos sólidos; 21. Acesso para ambulâncias; 22. Vestiários de funcionários; 23. Área para “guarda-volumes” para acompanhantes e/ou pacientes; 24. Necrotério; 25. Capela religiosa ecumênica.

4. Gestão 4.1 O Contratado deve dispor de recursos humanos qualificados, com habilitação técnica e legal, com quantitativo compatível para o perfil da unidade e os serviços a serem prestados, obedecendo as Normas do Ministério da Saúde – MS, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, assim como as Resoluções dos Conselhos Profissionais.

4.2 O médico Responsável Técnico pela Unidade somente poderá assumir a responsabilidade técnica por uma única unidade cadastrada pelo Sistema Único de Saúde; 4.3 A equipe médica deverá ser disponibilizada em quantitativo suficiente para o atendimento dos serviços e composta por profissionais das especialidades exigidas, possuidores do título ou certificado da especialidade correspondente, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina (Resolução CFM nº 1634/2002), ensejando que a unidade realize a atividade assistencial quantificada no contrato.

4.4 A Unidade deverá possuir e disponibilizar as rotinas administrativas de funcionamento e de atendimento escritas, atualizadas e assinadas pelo Responsável Técnico. Tais rotinas deverão abordar e abranger todos os processos envolvidos na assistência, contemplando os aspectos organizacionais, operacionais e técnicos.

4.5 A unidade deve possuir o prontuário do paciente individualizado, com as informações completas do quadro clínico e sua evolução, intervenções e exames realizados, todas escritas de forma clara e precisa, datadas, assinadas e carimbadas pelo profissional responsável pelo atendimento (médicos, equipe de enfermagem, fisioterapia, nutrição e demais profissionais de saúde que o assistam). Os prontuários deverão estar devidamente ordenados no Serviço de Arquivo de Prontuários, após a saída do paciente.

4.6 O Hospital deverá possuir, no mínimo, as Comissões de Análise de Óbitos, de Revisão de Prontuário e de Infecção Hospitalar, exigidas pela legislação vigente que regula a matéria.

4.7 A gestão da unidade deverá respeitar a Legislação Ambiental.

4.8 Os leitos da unidade que a contratada disponibilizará não poderão ser leitos credenciados ao SUS através da gestão plena do sistema municipal de saúde, assim como a unidade credenciada não poderá reduzir a oferta de leitos contratados pela gestão plena municipal.

4.9 Os equipamentos que comporão a unidade de atendimento aos pacientes de cuidado prolongado deverão atender às exigências da ANVISA, certificações e portarias do Ministério da Saúde.

5. Procedimentos Deverão ser observados os seguintes procedimentos: 5.1 As internações nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados deverão ser previamente autorizadas pelas Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS) através da emissão de Guia de Autorização de Internação - SESAB, após avaliação clínica e solicitação específica mediante laudo médico emitido por hospitais da rede da SESAB.

5.2 O pagamento dos serviços cobertos pela Guia de Autorização de Internação - SESAB para as internações em Clínica Médica corresponderá ao número de dias do período de internação preconizado na Tabela Unificada SUS, conforme procedimento a ser executado. Nas internações que ultrapassarem o período preconizado na Tabela Unificada SUS, deverá ser solicitada pela Contratada, à Central de Regulação e/ou Complexo Regulador, a Autorização para continuidade do tratamento SESAB, através de laudo médico justificando a necessidade de prorrogação, onde será avaliada e discutida a melhor conduta a ser adotada. 5.3 O pagamento dos serviços cobertos pela Guia de Autorização de Internação - SESAB para as internações em Cuidados Prolongados corresponderá a um período de internação de no máximo 30 diárias. Nas internações que ultrapassarem 30 dias deverá ser solicitada pela Contratada a renovação sucessiva da Autorização de Internação - SESAB, a primeira para os 30 dias subseqüentes e as demais para cada período de 15 dias.

5.4 A autorização para renovação da Guia de Autorização de Internação - SESAB deverá ser solicitada a Contratante, mediante laudo médico fornecido pela Contratada. A cópia do referido laudo deverá ser encaminhado às Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS), que autorizará ou não a continuação da internação.

5.5 A data da internação constante da Guia de Autorização de Internação - SESAB será o dia da primeira entrada do paciente.

5.6 A data de saída deverá ser a data da alta, do óbito ou da transferência.

5.7 O pagamento se dará em função da quantidade de diárias efetivamente utilizadas e não sobre

o quantitativo autorizado. 6. Disposições finais Os serviços contratados serão remunerados com base nos valores definidos na Tabela SESAB. A remuneração a ser percebida pela contratada variará de acordo com a quantidade de leitos disponibilizados, bem como com o período do leito efetivamente ocupado pelo mesmo paciente. Nos preços pagos pelos serviços contratados estão incluídos todos os custos com salários e demais parcelas remuneratórias, encargos sociais, previdenciários e trabalhistas, inclusive impostos, taxas, emolumentos, transporte e quaisquer outros que, direta ou indiretamente, se relacionem com o fiel cumprimento das obrigações pactuadas. Fica expressamente vedado o pagamento de qualquer sobretaxa em relação à tabela de remuneração adotada, bem como a cobrança direta aos usuários do SUS de qualquer importância, a qualquer título. O pagamento dos serviços será efetuado mediante o encaminhamento pela contratada à Superintendência de Regulação da SESAB, até o 8º dia de cada mês, de Planilha Descritiva dos Serviços Realizados devidamente assinada pelo gestor hospitalar, bem como nota fiscal, na qual deverão estar destacados os valores relativos ao IR, INSS e ao ISSQN, caso ocorra fato gerador destes ou outros impostos. Os usuários poderão denunciar irregularidades referentes à prestação dos serviços. A contratada submeter-se-á aos processos de controle de instituições públicas oficiais de auditoria e fiscalização, admitindo o acesso dos agentes de fiscalização da CONTRATANTE aos livros, documentos e quaisquer documentos que retratem a realidade da prestação de contas e faturamento dos serviços prestados. O descumprimento das estipulações contidas neste instrumento poderá acarretar o descredenciamento da empresa ou entidade, assegurados o contraditório e a ampla defesa. O credenciado poderá requerer a rescisão do ajuste, a qualquer tempo, mediante notificação à SESAB, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias. As informações e esclarecimentos necessários ao perfeito conhecimento do objeto desta contratação serão prestados pela Superintendência de Regulação da SESAB, de segunda à sexta-feira, exceto feriados, das 09:00 às 17:00h, situada na Avenida Magalhães Neto, 1856, Ed. TK Tower, 12º andar, Pituba, Salvador, Bahia, ou pelo telefone (71) 3116-3946.

Jorge José Santos Pereira Solla

Secretário da Saúde do Estado da Bahia

ANEXO II

Aprova a tabela SESAB para pagamento de prestação de serviços hospitalares de retaguarda para pacientes nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados.

RESOLVE:

Aprovar a tabela SESAB para pagamento de prestação de serviços hospitalares leitos de retaguarda para pacientes nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados oriundos de hospitais públicos da rede da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), mediante credenciamento de pessoas jurídicas hospitalares, a ser regulamentada por portaria da SESAB, conforme tabela abaixo:

VALORES DA DIÁRIA/LEITO HOSPITALAR – UNIDADE CREDENCIADA COM ATÉ 100 LEITOS

PERÍODO

VALOR (R$)

Do 1º ao 30º dia consecutivo, do leito efetivamente ocupado pelo mesmo paciente.

300,00/dia

Do 31º ao 60º dia consecutivo, do leito efetivamente ocupado pelo mesmo paciente. 270,00/dia

Do 61º ao 75º dia consecutivo, do leito efetivamente ocupado pelo mesmo paciente.

250,00/dia

Do 76º dia consecutivo em diante, do leito efetivamente ocupado pelo mesmo paciente.

230,00/dia

VALORES DA DIÁRIA/LEITO HOSPITALAR – UNIDADE CREDENCIADA COM MAIS DE 100 LEITOS

PERÍODO

VALOR (R$)

Do 1º ao 30º dia consecutivo, do leito efetivamente ocupado pelo mesmo paciente.

330,00/dia

Do 31º ao 60º dia consecutivo, do leito efetivamente ocupado pelo mesmo paciente.

300,00/dia

Do 61º ao 75º dia consecutivo, do leito efetivamente ocupado pelo mesmo paciente.

270,00/dia

Do 76º dia consecutivo em diante, do leito efetivamente ocupado pelo mesmo paciente.

230,00/dia

Serão abrangidos com a presente contratação os Municípios de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Jequié. A análise e avaliação quanto ao credenciamento das empresas e entidades interessadas serão procedidas pela Superintendência de Gestão e Regulação da Saúde (SUREGS) da SESAB. A unidade credenciada deverá obedecer aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS, observando as políticas públicas voltadas para assistência à saúde, atendendo, nos leitos contratados, aos pacientes da demanda referenciada pelas Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS). Os leitos que a unidade credenciada disponibilizará não poderão ser leitos credenciados ao SUS através da Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde, assim como a unidade credenciada não

poderá reduzir a oferta de leitos contratados pela Gestão Plena do Sistema. As internações nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados deverão ser previamente autorizadas pelas Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS). As internações geradas mediantes estes processos de credenciamento serão registradas para fins de produção das unidades hospitalares da rede da SESAB, sendo consideradas nos cálculos dos Termos de Compromisso entre Entes Públicos formalizados entre a SESAB e a gestão municipal respectiva. A presente portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Jorge José Santos Pereira Solla Secretário da Saúde do Estado da Bahia

ANEXO III MINUTA DO CONTRATO

CONTRATO Nº _______/ PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS HOSPITALARES DE CLÍNICA MÉDICA E LEITOS DE RETAGUARDA PARA PACIENTES SOB CUIDADOS PROLONGADOS QUE CELEBRAM ENTRE SI O ESTADO DA BAHIA, POR INTERMÉDIO DA SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA, COMO CONTRATANTE, E A _______________________________, COMO CONTRATADA.

O ESTADO DA BAHIA, por intermédio da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, CNPJ nº 13.937.131/0001-41, situada à Av. Luiz Viana Filho s/nº, 4ª Avenida, Plataforma VI, Centro Administrativo da Bahia – CAB, nesta Capital, neste ato representada pelo seu titular, Dr. JORGE JOSE SANTOS PEREIRA SOLLA, CPF nº. 195.307.735-87, devidamente autorizado pelo Decreto s/nº, publicado no D.O.E. de 09 de janeiro de 2007, doravante denominado CONTRATANTE, e a _____________________________, CNPJ nº ______________, Inscrição Estadual nº __________, Inscrição Municipal nº _____________, com endereço ___________________________________________, nesta capital, a seguir denominada apenas CONTRATADA, neste ato representada pelo Sr. __________________________________, portador da cédula de identidade nº _____________________, CPF nº _______________, resolvem celebrar o presente contrato para PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS HOSPITALARES, com base no estabelecido pela Portaria _______________, que reger-se-á pela Lei estadual 9.443/2005 e mediante as cláusulas e condições a seguir ajustadas: I - CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO

Constitui objeto do presente contrato a prestação de serviços hospitalares de leitos de retaguarda para pacientes nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados oriundos de hospitais públicos da rede da SESAB. § 1º. A CONTRATADA disponibilizará uma unidade hospitalar para atendimento de pacientes nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados, funcionando com ___(______) leitos de retaguarda para pacientes oriundos da rede pública de saúde da SESAB, visando atender a cobertura de assistência médica hospitalar.

§ 2º. A CONTRATANTE reserva-se ao direito de contratar os procedimentos necessários e na quantidade adequada à demanda estimada, de acordo com os parâmetros definidos por ela e pelo Ministério da Saúde e consoante a disponibilidade financeira e orçamentária.

II - CLÁUSULA SEGUNDA – DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA As despesas para o pagamento deste contrato correrão por conta dos recursos da dotação orçamentária a seguir especificada: Fonte de Recurso: 30 e/ou 81 Projeto/Atividade: 4139 Elemento de Despesa: 33.90.39 Unidade Gestora: 3.19.009 III - CLÁUSULA TERCEIRA – DO PREÇO O preço a ser pago pelos serviços é estimado com base no valor máximo definido na Portaria SESAB nº ___________, Anexo II, multiplicado pela quantidade de dias do mês, multiplicado pela quantidade de leitos disponibilizados, conforme disposto no §1º da Cláusula Primeira. Dessa forma, estima-se o valor mensal do presente Contrato em R$____(______) e anual em R$____(______). § 1º. Nos preços contratados estão inclusos todos os custos com material de consumo, salários,

encargos sociais, previdenciários e trabalhistas da CONTRATADA, como também fardamento, transporte de qualquer natureza, materiais empregados, inclusive ferramentas, utensílios e equipamentos utilizados, depreciação, aluguéis, administração, impostos, taxas, emolumentos e quaisquer outros custos que, direta ou indiretamente, se relacionem com o fiel cumprimento pela CONTRATADA das obrigações.

§ 2º. O presente contrato não está sujeito aos limites para acréscimos e supressões impostos no §

1º, do art. 143, da Lei Estadual 9433/05, estando adstrito apenas às necessidades da administração pública, bem como aos recursos orçamentários definidos para a contratação, e à capacidade operacional da Contratada.

IV - CLÁUSULA QUARTA – DA MANUTENÇÃO DOS REQUISITOS DE HABILITAÇÃO E DA REVISÃO

As empresas deverão manter regular a documentação apresentada à Superintendência de Gestão e Regulação da Saúde (SUREGS) da SESAB para habilitação à contratação enquanto perdurar o vínculo contratual. Os preços são fixos e irreajustáveis. Parágrafo Único. A revisão de preços, nos termos do inc. XXVI do art. 8º da Lei estadual nº 9.433/05, dependerá de requerimento do interessado quando visar recompor o preço que se tornou insuficiente, instruído com a documentação que comprove o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato, devendo ser instaurada pela própria Administração quando colimar recompor o preço que se tornou excessivo. V - CLÁUSULA QUINTA - DO PAGAMENTO Os serviços executados mensalmente deverão ser apresentados para pagamento no mês subseqüente através de Nota Fiscal/Fatura, devidamente acompanhada das Guias de Recolhimento de INSS e FGTS, se for o caso, bem como de relatórios e comprovantes, na forma que lhe for indicada, referente aos serviços efetivamente realizados. As Notas Fiscais/Faturas

serão quitadas por ordem bancária ou crédito em conta corrente, desde que devidamente atestada a realização dos serviços pelo setor competente da SESAB. Parágrafo Único. O valor de cada faturamento será o resultado da multiplicação do valor da diária, variável conforme o período de ocupação, consoante estabelecido Anexo II da Portaria SESAB nº 2.580/2008, pela quantidade de diárias, por leitos efetivamente ocupados. VI - CLÁUSULA SEXTA - DO PRAZO O prazo de vigência do contrato, a contar da data da sua assinatura, será de 12 (doze) meses, admitidas prorrogações sucessivas. VII - CLÁUSULA SÉTIMA - DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA A CONTRATADA, além das obrigações contidas neste contrato por determinação legal, obriga-se a: a) promover a rotatividade dos leitos contratados, incentivando a transferência para

acompanhamento por Programa de Internação Domiciliar mantido pela SESAB. b) a responsabilidade de que trata o inciso anterior estende-se aos casos de danos causados por

falhas relativas à prestação dos serviços, nos estritos termos do art. 14 da Lei n° 8.078, de 11/09/1990 (Código de Defesa do Consumidor);

c) manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas para o credenciamento;

d) efetuar pontualmente o pagamento de todas as taxas e impostos que incidam ou venham a incidir sobre as suas atividades e/ou sobre a execução do objeto do presente contrato, bem como observar e respeitar as Legislações Federal, Estadual e Municipal, relativas aos serviços prestados;

e) instruir os empregados que irão prestar os serviços, encaminhando pessoas portadores de boa conduta e capazes de realizar os serviços ora contratados;

f) realizar regularmente os exames de saúde dos seus empregados, na forma da lei, assim como arcar com todas as despesas decorrentes de transporte, alimentação, inclusive seguro de vida contra o risco de acidentes de trabalho e outras especificadas nos dissídios ou convenções coletivas;

g) pagar os salários e encargos sociais devidos pela sua condição de única empregadora do pessoal designado para execução dos serviços ora contratados, inclusive indenizações decorrentes de acidentes de trabalho, demissões, vales transporte, obrigando-se, ainda, ao fiel cumprimento das legislações trabalhista e previdenciária, sendo-lhe defeso invocar a existência deste contrato para tentar eximir-se destas obrigações ou transferi-las para o CONTRATANTE;

h) fornecer todo e qualquer material necessário ao bom desempenho do serviço; i) receber o pagamento efetuado pela CONTRATANTE como única remuneração devida

decorrente da execução do objeto contratual, sendo proibida a cobrança de qualquer importância ao usuário do SUS a título de honorários, complementação de honorários ou serviços prestados.

COMPROMISSOS DA CONTRATADA:

1. Disponibilizar as instalações necessárias e suficientes, destinadas à internação de

pacientes nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados, distribuídos por enfermarias, observados e respeitados os aspectos normativos de operacionalidade aplicáveis, previstos nos instrumentos normativos do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia.

2. Garantir em exercício na Unidade Hospitalar, quadro de recursos humanos qualificados e compatível ao porte da Unidade, além dos serviços contratados,

conforme estabelecido nas normas ministeriais atinentes à espécie, tendo definida como parte de sua infra-estrutura técnico-administrativa nas 24 (vinte e quatro) horas dia, por plantões, a presença de pelo menos um profissional da medicina que responderá legalmente pela atenção oferecida a clientela (o ato médico);

3. Responsabilizar-se integralmente por todos os compromissos assumidos neste contrato;

4. Manter registro atualizado de todos os atendimentos efetuados no Hospital, disponibilizando a qualquer momento à Contratante e auditorias do SUS, as fichas e prontuários da clientela, assim como todos os demais documentos que comprovem a confiabilidade e segurança dos serviços prestados na Unidade;

5. Providenciar e manter atualizadas todas as licenças e alvarás junto às repartições competentes, necessários à execução dos serviços objeto do presente contrato, efetuando pontualmente todos os pagamentos de taxas e imposto que incidam ou venha incidir sobre as suas atividades de relação do HOSPITAL.

6. Consolidar a imagem do HOSPITAL, como entidade prestadora complementar de serviços públicos, da rede assistencial do Sistema Único de Saúde - SUS, comprometido com sua missão de atender às necessidades terapêuticas dos pacientes, primando pela melhoria na qualidade da assistência.

7. Manter em perfeitas condições de higiene e conservação as áreas físicas e instalações do HOSPITAL;

8. A CONTRATADA por razões de planejamento das atividades assistenciais deverá dispor da informação oportuna sobre o local de residência dos pacientes que lhes sejam referenciados para atendimento;

9. As informações de que trata o item anterior deverão estar disponíveis à SESAB quando da sua solicitação;

10. Os leitos contratados estarão submetidos à regulação por meio das Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS);

11. Manter atualizado o mapa de leito hospitalar, informando às Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS) o quantitativo de leitos disponíveis.

12. Em relação aos direitos dos pacientes, a CONTRATADA obriga-se a:

a) Manter sempre atualizado o prontuário dos pacientes e o arquivo de prontuários, considerando os prazos previstos em lei;

b) Não utilizar nem permitir que terceiros utilizem o paciente para fins de experimentação;

c) Justificar ao paciente ou ao seu representante, por escrito, as razões técnicas alegadas quando da decisão de não realização de qualquer ato profissional previsto neste Contrato;

d) Permitir a visita ao paciente internado, diariamente, respeitando-se a rotina do serviço, por período mínimo de 02 (duas) horas;

e) Esclarecer os pacientes sobre seus direitos e assuntos pertinentes aos serviços oferecidos;

f) Respeitar a decisão do paciente ao consentir ou recusar prestação de serviços de saúde, salvo nos casos de iminente perigo de vida ou obrigação legal;

g) Garantir a confidencialidade dos dados e informações relativas aos pacientes; h) Assegurar aos pacientes o direito de serem assistidos religiosa e espiritualmente

por representantes de qualquer culto religioso; i) Nas internações de crianças, adolescentes, gestantes e idosos é assegurada a

presença de um acompanhante, em tempo integral, no hospital, com direito a alojamento e alimentação.

13. A CONTRATADA obriga-se a fornecer ao paciente por ocasião de sua alta hospitalar,

relatório circunstanciado do atendimento que lhe foi prestado, denominado "INFORME

DE ALTA HOSPITALAR" (Relatório de Alta), do qual devem constar, no mínimo, os seguintes dados:

a) Nome do paciente;

b) Nome do Hospital; c) Localização do Hospital (endereço, município, estado); d) Motivo da internação (CID-10); e) Data de admissão e data da alta; f) Procedimentos realizados e tipo de órtese, prótese e/ou materiais empregados, quando for o caso; g) Diagnóstico principal de alta e diagnóstico(s) secundário(s) à alta;

h) O cabeçalho do documento deverá conter o seguinte esclarecimento: "Esta conta deverá ser paga com recursos públicos".

14. A CONTRATADA deverá, quando do fornecimento do Informe de Alta Hospitalar, colher a assinatura do paciente ou de seus representantes legais, na segunda via do documento, que deverá ser arquivado no prontuário do paciente, devendo este ser arquivado pelo prazo de 05 (cinco) anos, observando-se as exceções previstas em lei.

15. Incentivar o uso seguro de medicamentos ao paciente internado, procedendo à notificação de suspeita de reações adversas, através dos formulários e sistemáticas da SESAB;

16. Garantir o internamento do paciente referenciado durante 24 horas por dia, sete dias da semana;

17. Nos casos de recusa à internação referenciada, a Contratada deverá manifestar-se imediatamente por meio de justificativa formal direcionada ao setor solicitante da SESAB;

18. Comunicar às Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS) a necessidade de transferência do paciente, quando este apresentar necessidades que extrapolem os procedimentos previstos em internação em leitos de retaguarda, mediante solicitação formal acompanhada de laudo médico;

19. Solicitar a renovação da Autorização de Internação - SESAB, no prazo de 48 horas que precede o vencimento da Guia de Autorização anteriormente emitida, mediante o encaminhamento de laudo médico às Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS).

VIII - CLÁUSULA OITAVA – DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE A CONTRATANTE, além das obrigações contidas neste contrato por determinação legal, obriga-se a:

a) autorizar as internações nas especialidades de clínica médica e de cuidados

prolongados, através da emissão da Guia de Autorização de Internação - SESAB, após avaliação clínica e solicitação específica mediante laudo médico emitido por hospitais da Rede Própria – SESAB;

b) encaminhar o paciente nas especialidades de clínica médica e de cuidados

prolongados à unidade da Contratada;

c) renovar a Guia de Autorização de Internação - SESAB, desde que demonstrada a necessidade de permanência da internação mediante laudo médico fornecido pela Contratada, no prazo de 24 horas a contar do recebimento do laudo;

d) adotar as medidas necessárias à transferência do paciente, quando este apresentar

necessidades que extrapolem os procedimentos previstos em internação em leitos de retaguarda, mediante prévia solicitação da contratada, acompanhada de laudo médico.

e) dar ciência à CONTRATADA de qualquer alteração no presente contrato;

f) verificar e aceitar as faturas emitidas pela CONTRATADA, recusando-as quando

inexatas ou desacompanhadas dos documentos exigidos neste contrato;

g) efetuar todos os pagamentos oriundos da execução dos serviços objeto do presente instrumento contratual, desde que devidamente atestadas pelos setor competente;

h) prestar, verbalmente ou por escrito, à CONTRATADA informações e instruções

específicas que visem esclarecer ou orientar a correta prestação dos serviços;

i) dispensar tratamento isonômico às CONTRATADAS na definição do quantitativo de procedimentos efetivamente contratados.

IX - CLÁUSULA NONA - DO REGIME E DA FORMA DE EXECUÇÃO O regime de execução do presente contrato será o de empreitada por preço unitário. Parágrafo Único. Os serviços objeto deste contrato serão executados na forma estabelecida no Anexo I da Portaria SESAB n. _____________-. X - CLÁUSULA DÉCIMA - DA FISCALIZAÇÃO Competirá à CONTRATANTE proceder ao acompanhamento da execução do contrato, na forma do art. 154 da Lei estadual nº 9.433/05, ficando esclarecido que falha, total ou parcial, na fiscalização da CONTRATANTE não eximirá a CONTRATADA de total responsabilidade na execução do contrato. §1º. O recebimento do objeto se dará segundo o disposto no art. 161 da Lei estadual nº 9.433/05,

observando-se que esgotado o prazo de vencimento do recebimento provisório sem qualquer manifestação do órgão ou entidade CONTRATANTE, considerar-se-á definitivamente aceito pela Administração o objeto contratual, para todos os efeitos, salvo justificativa escrita fundamentada.

§2º. A fiscalização dos serviços ora contratados será exercida por preposto da SESAB, através das

Centrais de Regulação e/ou Complexos Reguladores do Sistema Único de Saúde (SUS), com poderes para:

a) recusar os serviços que não tenham sido executados de acordo com as condições

especificadas neste contrato; b) comunicar à CONTRATADA quaisquer defeitos ou irregularidades encontradas na

execução dos serviços, estabelecendo prazos para que os mesmos sejam regularizados.

XI - CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DAS PENALIDADES Sem prejuízo da caracterização dos ilícitos administrativos previstos no art. 185 da Lei estadual nº 9.433/05 com as cominações inerentes à inexecução contratual, inclusive por atraso injustificado na execução do contrato, sujeitar-se-á a CONTRATADA a multa de mora, a qual será graduada de acordo com a gravidade da infração, obedecidos os seguintes limites máximos de:

I - 10% (dez por cento) sobre o valor estimado do Contrato em caso de descumprimento total da obrigação ou ainda na hipótese de negar-se a CONTRATADA a efetuar o reforço da caução dentro de 10 (dez) dias, contados da data de sua convocação; II - 0,3% (três décimos por cento) ao dia, até o trigésimo dia de atraso, sobre o valor da parte do serviço não realizado;

III - 0,7% (sete décimos por cento) sobre o valor da parte do serviço não realizado, por cada dia subseqüente ao trigésimo. §1º. A multa a que se refere este item não impede que a CONTRATANTE rescinda

unilateralmente o contrato e aplique as demais sanções previstas na lei. §2º. A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada dos pagamentos

eventualmente devidos pela CONTRATANTE ou, ainda, cobrada judicialmente, se necessário.

§ 3º. As multas previstas neste item não têm caráter compensatório e o seu pagamento não

eximirá a CONTRATADA da responsabilidade por perdas e danos decorrentes das infrações cometidas.

XII - CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DA RESCISÃO A inexecução total ou parcial do contrato ensejará a sua rescisão, com as conseqüências contratuais e as previstas na Lei estadual nº 9.433/05. § 1º. A rescisão poderá ser determinada por ato unilateral e escrito da CONTRATANTE nos casos

enumerados nos incisos I a XV, XX e XXI do art. 167 da Lei estadual nº 9.433/05. § 2º. Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos I e XVI a XX do art. 167 da Lei estadual nº

9.433/05 sem que haja culpa da CONTRATADA, será esta ressarcida dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, na forma do § 2º do art. 168 do mesmo diploma legal.

§ 3º. O presente contrato poderá ser rescindido de pleno direito pela Contratada, antes do advento

do termo final previsto nesta cláusula, mediante notificação à Contratante, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias.

XIII – CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – DA RESPONSABILIDADE CIVIL Correrão por conta exclusiva da CONTRATADA quaisquer indenizações por danos e/ou prejuízos causados por ela ou seu preposto à SESAB ou a terceiros em decorrência da execução dos serviços objeto do presente contrato, seja por negligência, imprudência ou imperícia, reservado à CONTRATANTE (Estado/SESAB) o direito de descontar de qualquer crédito devido à CONTRATADA a importância necessária ao ressarcimento de tais danos ou prejuízos. XIV - CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA- DO FORO As partes elegem o foro da cidade do Salvador, no Estado da Bahia, que prevalecerá sobre qualquer outro, mesmo que privilegiado, para dirimir quaisquer dúvidas oriundas do presente contrato. E por estarem assim justos e contratados, firmam o presente contrato em 03 (três) vias de igual teor e forma na presença das testemunhas que subscrevem depois de lido e achado conforme. Salvador, de de 2012.

__________________________________ Jorge José Santos Pereira Solla

Secretário Estadual da Saúde

_________________________________ CONTRATADA

TESTEMUNHAS: ______________________________ ______________________________

ANEXO III

PLANO OPERATIVO

CONTRATO Nº: RAZAO SOCIAL: NOME FANTASIA: CNES: CNPJ: ENDEREÇO: CEP: TELEFONE: E-MAIL: DIRETOR: RG: CPF: 1 - OBJETIVO O presente Plano Operativo tem o objetivo de acompanhar o desempenho dos compromissos a serem cumpridos pela contratada, para que a mesma faça jus ao recebimento dos recursos financeiros do Contrato, no período compreendido entre ____________ de 2012 e ___________ de 2013, e ainda estabelecer a programação financeira relativa ao pagamento da produção de serviços, no mesmo período acima estabelecido.

2 - CONSIDERAÇÕES GERAIS 2.1 CARACTERIZAÇÃO DO HOSPITAL O Hospital ________________________ dada a sua capacidade instalada e disponibilidade de serviços para o Sistema Único de Saúde (SUS) tem o papel de ser referência para o atendimento de pacientes nas especialidades de clínica médica e de cuidados prolongados, através da disponibilização de leitos de retaguarda para complementação da rede própria da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia -SESAB, visando atender a cobertura de assistência médica hospitalar, com habilitação na seguinte área: Internamento hospitalar nas especialidades de Clínica Geral (diarista e plantonista) e demais especialidades clínicas (diarista e sobreaviso), Geriatria, Pediatria e Neonatologia, Cardiologia Clínica, Neurologia Clínica, Ortopedia Clínica e Pneumologia Clínica, bem como a oferta dos seguintes serviços de apoio diagnóstico e terapêutico: Patologia Clínica, Fisioterapia, Assistência Social, Nutrição e Dietética, Radiologia Convencional e Tomografia Computadorizada, Eletrocardiografia e Ultrassonografia. 2.2 ÁREA DE ABRANGÊNCIA

O Hospital deverá atender pacientes oriundos de Unidades Públicas de Saúde e com necessidade de tratamento nas especialidades de clínica médica e cuidados prolongados, desde que regulados pela Central Regulação e/ou Complexo Regulador, garantindo a continuidade terapêutica dos mesmos. 3 – COMPROMISSOS GERAIS

COMPROMISSOS GERAIS

3.1 Disponibilizar à SESAB 100% dos leitos contratados para atendimento a pacientes que necessitam de cuidados prolongados; 3.2 Os leitos contratualizados só poderão ser utilizados quando autorizados pela Central de Regulação e/ou Complexo Regulador; 3.3 O Hospital deverá receber pacientes referenciados durante 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive nos feriados; 3.4 A internação do paciente ocorrerá de acordo com a quantidade de leitos contratados, estando o Hospital obrigado a informar diariamente a Central de Regulação e/ou Complexo Regulador, a existência de leitos vagos através do censo hospitalar; 3.5 A unidade de internação para pacientes clínicos e de cuidados prolongados deverá ser composta de enfermarias de no máximo 06 (seis) leitos; 3.6 Constituir legalmente e manter ativas, no mínimo, as seguintes comissões, dentre outras estabelecidas em legislação própria atinente à matéria, além das que se fizerem obrigatórias conforme perfil do Hospital :

a. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH; b. Comissão de Análise de Óbitos; c. Comissão de Revisão de Prontuários;

3.7 Nos casos de necessidade de transferência de paciente para Unidade de maior complexidade por complicações clínicas (necessidade de Internação em UTI) e cirúgicas, o Hospital deverá contatar a Central de Regulação e/ou Complexo Regulador, assegurando a continuidade da assistência até que a transferência seja efetivada; 3.8 Disponibilizar à SESAB normas e rotinas institucionalizadas e operacionalizadas para todos os serviços disponibilizados ao SUS; 3.9 Apresentar protocolo de captação, acondicionamento, transporte, armazenamento e instalação de sangue e hemoderivados, conforme legislação vigente, nos casos em que se aplicar; 3.10 Permitir o acesso de supervisores da SESAB, devidamente identificados, bem como a disponibilização de informações e documentação necessária para avaliação técnica; 3.11 A relação de profissionais deverá ser compatível com o padrão de equipe multidisciplinar conforme consta na Portaria Estadual nº 547 de 11 de março de 2008 e Anexos; 3.12 Manter atualizada a Ficha de Cadastro de Estabelecimento de Saúde (FCES), informando a SESAB sempre que houver alterações da equipe de profissionais; 3.13 O Hospital deverá promover, sempre que possível, a identificação entre os familiares e/ou integrantes do grupo social do paciente, um “CUIDADOR” vocacionado, sendo treinado e orientado pela equipe multidisciplinar, qualificando-o para os cuidados do paciente no próprio domicílio; 3.14 Manter serviço próprio ou terceirizado de manutenção predial e de equipamentos médico-hospitalares que executem diretamente, em parte ou na totalidade, a manutenção do Hospital, sendo capaz de supervisionar a prestação de serviços quando realizado por terceiros; 3.15 O descumprimento dos compromissos contidos neste Plano Operativo poderá acarretar na suspensão do contrato, assegurados o contraditório e a ampla defesa. 4 – METAS Os objetivos e características descritas neste tópico abrangem os parâmetros que configuram a justificativa do pagamento deste Contrato.

4.1 DESTINAÇÃO DE SERVIÇOS ASSISTENCIAIS AO SUS Dedicar ____ leitos de retaguarda contratualizados para pacientes sob cuidados prolongados oriundos de hospitais públicos da rede própria da SESAB.

4.2 ATENDIMENTO HOSPITALAR (INTERNAÇÃO) Deverão ser observados os seguintes procedimentos para a internação:

• As internações de pacientes nas especialidades de clínica médica e de cuidados

prolongados deverão ser previamente autorizadas pela Central de Regulação e/ou Complexo Regulador, através da emissão de Guia de Autorização de Internação – SESAB;

• Para as internações em Clínica Médica, a Guia de Autorização de Internação – SESAB corresponderá ao número de dias do período de internação preconizado na Tabela Unificada SUS, conforme procedimento a ser executado. Nas internações que ultrapassarem o período preconizado na Tabela Unificada SUS deverá ser solicitada pela Contratada, à Central de Regulação e/ou Complexo Regulador, a Autorização para continuidade do tratamento SESAB, através de laudo médico justificando a necessidade de prorrogação, onde será avaliado e discutida a melhor conduta a ser adotada;

• Para as internações em Cuidados Prolongados, a Guia de Autorização de Internação – SESAB corresponderá a um período de internação de no máximo 30 dias. Nas internações que ultrapassarem 30 dias deverá ser solicitada pela Contratada, à Central de Regulação e/ou Complexo Regulador, a renovação sucessiva da Autorização de Internação - SESAB, através de laudo médico, a primeira para os 30 dias subseqüentes e as demais para cada período de 15 dias;

• A data da internação constante na Guia de Autorização de Internação – SESAB será o dia da primeira entrada do paciente;

• A data da saída deverá ser a data da alta (por melhora, por óbito ou por transferência). 5 - METAS QUALITATIVAS Têm por objetivo avaliar o desempenho da instituição na prestação do serviço, onde o percentual atingido definirá o perfil de resposta em que o mesmo se enquadra:

Excelente – 100,0 a 90,0 pontos Bom – 89,9 a 70,0 pontos Regular – 69,9 a 40,0 pontos Insuficiente – 39,9 a 0 pontos

5.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES 5.1.1 PRENCHIMENTO E PONTUALIDADE DAS INFORMAÇÕES

O pagamento dos serviços será efetuado em valores pecuniários, expresso em moeda corrente nacional, com base na quantidade de diárias efetivamente utilizadas e não sobre o quantitativo autorizado;

O pagamento dos serviços será efetuado mediante o encaminhamento pelo hospital à Superintendência de Gestão e Regulação da Atenção à Saúde - SUREGS, até o 5º dia útil de cada mês, de Relatório de Produção da Unidade em meio magnético, Planilha Descritiva dos Serviços Realizados, devidamente assinada pelo gestor hospitalar, bem como nota fiscal, na qual deverão estar destacados os valores relativos ao Imposto de Renda, INSS e ao ISSQN, caso ocorra fato gerador destes ou outros impostos.

É expressamente vedado o pagamento de qualquer sobretaxa em relação à tabela de remuneração adotada, bem como a cobrança direta aos usuários do SUS de qualquer importância, a qualquer título, exceto nos casos anteriormente previstos na clausula 4.

5.2 QUALIDADE DA INFORMAÇÃO

5.2.1 DIAGNÓSTICOS SECUNDÁRIOS O diagnóstico secundário é uma variável que não deve ser preenchida obrigatoriamente,

porém é fundamental para avaliar a complexidade das internações. O preenchimento de apenas uma única afecção (CID-10 Principal) para cada atendimento pode ocasionar a perda de informações importantes, dificultando assim a avaliação do perfil epidemiológico dos hospitais.

Com essa variável é possível especificar as afecções que existem ou se desenvolvem durante o atendimento e que afetam as condições do paciente, e classificar as ocorrências e circunstâncias ambientais como a causa de lesões, envenenamentos, e outros efeitos adversos.

A fonte de informação para o monitoramento serão os Laudos Médico encaminhados à SESAB.

5.3 QUALIDADE E EFICIÊNCIA 5.3.1 PRODUTIVIDADE Alcançar os índices de produtividade e qualidade definidos neste Plano Operativo através

dos seguintes indicadores:

PARÂMETRO INDICADOR

Média de permanência

Relação entre o total de pacientes-dia e o total de pacientes que saíram do hospital em determinado período, incluindo os óbitos. Representa o tempo médio em dias que os pacientes ficaram internados no Hospital.

Taxa de ocupação Relação percentual entre o número de pacientes-dia e o número de leitos-dia em determinado período.

A fonte de informação para o monitoramento será a Planilha Descritiva dos Serviços Realizados encaminhada a SESAB.

5.3.2 QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA Preenchimento e declaração dos parâmetros de qualidade assistencial relativos aos

seguintes indicadores: PARÂMETRO INDICADOR

Mortalidade Geral Relação percentual entre o número de óbitos ocorridos em pacientes internados e o número de pacientes que tiveram saída do hospital, em determinado período.

Mortalidade Institucional

Relação percentual entre o número de óbitos que ocorrem após decorridas pelo menos 24 horas do início da admissão hospitalar do paciente e o número de pacientes que tiveram saída do hospital, em determinado período.

Infecção Hospitalar

Relação percentual entre o número de infecções hospitalares ocorridas em um período determinado e o número total de saídas no mesmo período

A fonte de informação para o monitoramento será a Planilha Descritiva dos Serviços Realizados encaminhada à SESAB.

5.3.3 MELHORIA DA GESTÃO CLÍNICA A – Garantir o funcionamento regular da Comissão de Prontuários; B – Garantir o funcionamento regular da Comissão de Controle da Infecção Hospitalar; C – Garantir o funcionamento regular da Comissão de Óbitos;

E as outras Comissões Obrigatórias necessárias conforme perfil do Hospital

D – Incentivar o uso seguro e racional de medicamentos: � Incentivar o uso seguro de medicamentos ao paciente internado, procedendo à

notificação de suspeita de reações adversas, através dos formulários e sistemáticas da SESAB;

E – Estabelecimento de guia de prática clínica (protocolos de atendimento); F – Atualizar censo hospitalar, através do registro dos internamentos e altas, disponibilizando os referidos leitos no sistema, para visualização da Central de Regulação e/ou Complexo Regulador. 5.3.4 ARTICULAÇAO EM REDE LOCAL DE SERVIÇOS

Implantar Relatório de Alta Hospitalar, relatório circunstanciado do atendimento que lhe foi prestado.

5.4 HUMANIZAÇÃO

5.4.1 – Disponibilizar a informação aos usuários através da implementação da Unidade de Atendimento ao Paciente conforme diretrizes e normas estabelecidas pela SESAB; 5.4.2 – Dispor de regulamento visível dos horários das visitas no hospital; 5.4.3 – Respeitar a decisão do paciente/responsável ao consentir ou recusar a prestação de serviços de saúde, salvo nos casos de eminente perigo de vida ou obrigação legal através da Implantação do Consentimento Informado; 5.4.4 – Adotar crachá de identificação para facilitar a relação interpessoal e fardamento de boa qualidade para todos os funcionários da Unidade.

5.5 – MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO

5.5.1 Manter em perfeitas ções de higiene e conservação as áreas físicas e instalações do Hospital e dispor de:

Manual de Normas e Rotinas de Higienização; Plano de conservação.

5.5.2 – Prestar ência técnica e manutenção preventiva e corretiva, de forma contínua, aos equipamentos e instalações: prediais, hidráulicas, elétricas e de gases em geral e dispor de:

Plano de manutenção preventivo dos equipamentos; Fichas de histórico de manutenção dos equipamentos.

6 – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÂO DOS SERVIÇOS A avaliação dos serviços será realizada no mínimo trimestralmente, através de uma comissão mista formada por representantes da estrutura central da SESAB e por representantes do Hospital.

6.1 – INDICADORES DE AVALIAÇÃO A avaliação ocorrerá com base nas seguintes metas e indicadores:

SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES Descrição da

Atividade Meta Indicador Critério de Avaliação Ponderação

Preenchimento da planilha Descritiva dos Serviços

Encaminhar à SUREGS, até o 5º dia útil de

Existência de recebimento na SUREGS da Planilha Descritiva dos Serviços

Pontualidade no encaminhamento das informações.

Condição si ne qua non

Realizados e pontualidade no encaminhamento dos dados.

cada mês, a Planilha Descritiva dos Serviços Realizados e NF

Realizados e NF.

QUALIDADE DA INFORMAÇÃO Descrição da

Atividade Meta Indicador Critério de Avaliação Ponderação

Registro de diagnósticos secundários em Clínica Médica

Registrar diagnósticos secundários em Clínica Médica em mais de 25% dos casos;

Número total de diagnósticos secundários registrados em Clínica Médica no período/Número total de saídas em Clínica Médica no período

Valor > 25% 5,0

Registro de óbitos

Registrar o número total de óbitos ocorridos nos leitos de pacientes sob cuidados prolongados

Número total de óbitos ocorridos no período Existência 10,0

Notificação das doenças

compulsórias

Notificar doenças compulsórias em 100% dos casos;

Registro em impresso próprio e encaminhamento semanal a órgão específico

Existência 10,0

SUBTOTAL 25,0 QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA Descrição da Atividade

Meta Indicador Fonte de dados Ponderação

Mortalidade Institucional

Até 3,0% .

Relação percentual entre o número de óbitos que ocorrem após decorridas pelo menos 24 horas do início da admissão hospitalar do paciente e o número de pacientes que tiveram saída do hospital, em determinado período.

Planilha Descritiva dos Serviços Realizados

10,0

Taxa de Infecção Hospitalar

Até 5%

Relação percentual entre o número de infecções hospitalares ocorridas em um período determinado e o número total de saídas no mesmo período.

Planilha Descritiva dos Serviços Realizados

100

SUBTOTAL 20,0

GESTÃO CLÍNICA Descrição da Atividade

Meta Indicador Fonte de dados Ponderação

Funcionamento regular da Comissão de Controle da Infecção Hospitalar

Garantir o funcionamento regular da Comissão de Controle da Infecção Hospitalar.

Atas e relatórios periódicos com indicadores epidemiológicos

Análise dos relatórios mensais e taxa de infecção hospitalar inferior a 10%

4,0

Funcionamento regular da Comissão de Óbitos

Analisar 50% dos prontuários que resultaram em óbito (se < 20 óbitos/mês, 100%)

(Número de óbitos analisados em um determinado período/Número de óbitos totais do Hospital no mesmo período) x 100

Apresentação das atas das análises realizadas

4,0

Funcionamento regular da Comissão de

Revisão de Prontuários

Analisar 10% dos

prontuários correspondentes ao

total de saídas mensais

(Número de prontuários analisados em um determinado período/ Número total de prontuários no mesmo período) x 100

Apresentação das atas das análises realizadas

4,0

Funcionamento do serviço de Assistência

Farmacêutica

Padronizar os medicamentos

utilizados na unidade

Padronização dos medicamentos utilizados na Unidade

Apresentação da lista de medicamentos utilizados

3,0

Rastrear os psicotrópicos desde sua aquisição até o

consumo pelo paciente

Controle de medicamentos psicotrópicos

Apresentação de notas fiscais de compra, receituário médico e controle de dispensação

3,0

Notificar efeitos adversos a medicamentos em formulário específico

Notificação de efeitos adversos a medicamentos

Apresentação do formulário específico 3,0

SUBTOTAL 21,0

HUMANIZAÇÃO Descrição da Atividade

Meta Indicador Fonte de dados Ponderação

Funcionamento do serviço de atendimento ao cliente

Garantir o funcionamento do serviço de atendimento ao cliente

Ouvidoria implantada com regulamento interno

Existência da Ouvidoria

3,0

Análise das sugestões e

reclamações do cliente e adoção de

medidas de melhoria

Disponibilizar formulário de pesquisa de satisfação de cliente e caixa coletora

Instrumentos para coleta de sugestões e reclamações e sistema de monitoramento da avaliação do cliente

Existência 3,0

Atingir 80% de satisfação do

cliente em seis meses, com

parâmetro inicial de 60%

Resultados obtidos através das avaliações mensais

Apresentação das planilhas elaboradas através do cruzamento das informações resultantes das avaliações

3,0

Visita diária ao paciente, no

mínimo de 4 horas, respeitando a

Garantir a visita diária ao

paciente no mínimo de 4

-

Verificação de protocolo e material educativo in loco

3,0

dinâmica do Hospital

horas

Garantia de acompanhante para pacientes

idosos, crianças e portadores de necessidades

especiais

Garantir a presença de

acompanhante para pacientes

idosos, crianças e portadores de necessidades especiais em acomodações

adequadas

-

Verificação in

loco e entrevistas com oS pacientes

4,0

Fornecimento adequado de refeições ao

paciente internado, com orientação

nutricional

Garantir o fornecimento, no mínimo, de cinco refeições/dia ao

paciente internado, com

orientação nutricional

-

Verificação dos cardápios e entrevistas com os pacientes in

loco

4,0

Fornecimento de enxoval adequado

ao paciente internado

Garantir o fornecimento, no mínimo, de três

mudas de roupas/dia ao

paciente internado

-

Verificação in

loco e entrevistas com os pacientes

4,0

SUBTOTAL 24,0 MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO Descrição da Atividade

Meta Indicador Critério de avaliação

Ponderação

Desenvolvimento de ações de higienização hospitalar de acordo com a legislação vigente

Aplicar normas e rotinas padronizadas no Manual do Serviço de Higienização Hospitalar

Manual de Higienização Hospitalar da Unidade, compatível com a legislação vigente

Verificação in loco 4,0

Disponibilidade de Plano de Manutenção

Preventiva, predial e dos equipamentos

Aplicar 100% das intervenções de manutenção previstas no Plano

Evidência da aplicação do Plano de Manutenção Preventiva, predial e dos equipamentos

Verificação da programação existente

3,0

Disponibilidade do histórico de manutenção preventiva, predial e dos

equipamentos

Manter histórico atualizado

Evidência das fichas atualizadas

Verificação da documentação comprobatória

3,0

SUBTOTAL 10,0 OBSERVAÇÕES: Alguns indicadores serão acrescentados ou retirados a depender das avaliações trimestrais.

Salvador, _____ de _____________ de 2012.

Dr. Jorge José Santos Pereira Solla

Secretário da Saúde do Estado da Bahia

Contratada