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  • Governador

    Vice Governador

    Secretária da Educação

    Secretário Adjunto

    Secretário Executivo

    Assessora Institucional do Gabinete da Seduc

    Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC

    Cid Ferreira Gomes

    Domingos Gomes de Aguiar Filho

    Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

    Maurício Holanda Maia

    Antônio Idilvan de Lima Alencar

    Cristiane Carvalho Holanda

    Andréa Araújo Rocha

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 1

    Material parcialmente cedido de forma gentil pela

    Associação Brasileira de Manutenção – ABRAMAN-CE.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 2

    Índice Capitulo 1 – Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico 03 Capitulo 2 – Identificação de Vistas 14 Capitulo 3 – Supressão de Vistas 38 Capitulo 4 – Identificação e Leitura de Cotas, Símbolos e Materiais 40 Capitulo 5 – Regras de Cotagem 41 Capitulo 6 – Símbolos e Convenções 48 Capitulo 7 – Indicação de Estado de Superfície 53 Capitulo 8 – Tolerância 63 Capitulo 9 – Princípios do AutoCAD 80 Capitulo 10 – Criando Desenhos 103 Capitulo 11 – Camadas de Desenho 116 Capitulo 12 – Editando Objetos 120 Capitulo 13 – Visualizando o Desenho 138 Capitulo 14 – Plotagem 141

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 3

    Capitulo 1 - Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico Introdução

    Na indústria, para a execução de uma determinada peça, as informações podem ser apresentadas de diversas maneiras:

    A palavra - dificilmente transmite a ideia da forma de uma peça. A peça - nem sempre pode servir de modelo. A fotografia - não esclarece os detalhes internos da peça. O desenho - transmite todas as ideias de forma e dimensões de uma peça, e ainda

    fornece uma série de informações, como: o material de que é feita a peça o acabamento das superfícies a tolerância de suas medidas, etc.

    O desenho mecânico, como linguagem técnica, tem necessidade fundamental do estabelecimento de regras e normas. É evidente que o desenho mecânico de uma determinada peça possibilita a todos que intervenham na sua construção, mesmo que em tempos e lugares diferentes, interpretar e produzir peças tecnicamente iguais.

    Isso, naturalmente, só é possível quando se têm estabelecidas, de forma fixa e imutável, todas as regras necessárias para que o desenho seja uma linguagem técnica própria e autêntica, e que possa cumprir a função de transmitir ao executor da peça as ideias do desenhista.

    Por essa razão, é fundamental e necessário que o desenhista conheça com segurança todas as normas do desenho técnico mecânico.

    Como em outros países, existe no Brasil uma associação (ABNT) que estabelece, fundamenta e recomenda as normas do desenho Técnico Mecânico, as quais serão expostas gradativamente no desenvolvimento deste curso, como também as normas DIN. Normas ABNT

    Editadas e distribuídas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Normas ISO

    Editadas e distribuídas pela ISO - Insternational Organization for Standardization. Normas DIN

    DIN - Deutsche Normen (antigamente Deutsche Industrie - Normen). Editada pelo DIN - Deutsche Institut fur Normung – Instituto Alemão para Normalização. Representante no Brasil: ABNT - que possui na sua sede no Rio de Janeiro e na

    Delegacia de São Paulo coleções completas e em dia de todas as normas DIN. Formatos de papel - NBR - 5984/1980 (DIN 476)

    O formato básico do papel, designado por A0 (A zero), é o retângulo cujos lados medem 841 mm e 1.189mm, tendo a área de 1m2. Do formato básico, derivam os demais formatos.

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    Legenda A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3, A2, A1 e A0, ou ao longo

    da largura da folha de desenho no formato A4.

    A legenda consiste de :

    1 - título do desenho 2 - número 3 - escala 4 - firma 5 - data e nome 6 - descrição dos componentes: -quantidade

    -denominação -peça -material, normas, dimensões

    Escala NBR 8196/1983 (DIN 823)

    Escala é a proporção definida existente entre as dimensões de uma peça e as do seu respectivo desenho.

    O desenho de um elemento de máquina pode estar em: -escala natural 1 : 1 -escala de redução 1 : 5 -escala de ampliação 2 : 1

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    Medida do desenho

    Medida real da peça

    Na representação através de desenhos executados em escala natural (1:1), as

    dimensões da peça correspondem em igual valor às apresentadas no desenho. Na representação através de desenhos executados em escala de redução, as

    dimensões do desenho se reduzem numa proporção definida em relação às dimensões reais das peças.

    Na escala 1 : 2, significa que 1mm no desenho corresponde a 2mm na peça real.

    Na representação através de desenhos executados em escala de ampliação, as

    dimensões do desenho aumentam numa proporção definida em relação às dimensões reais das peças.

    Na escala 5 : 1, significa dizer que 5mm no desenho correspondem a 1mm na peça real.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 7

    Exercícios

    Complete o quadro abaixo: Dimensão do desenho Escala Dimensão da peça

    ------------ 1:1 300 340 ------------ 170 65 5:1 ------------ 45 ------------ 90 32 1:2 ------------ 125 ------------ 25

    ------------ 10:1 1220 Linhas

    As linhas de qualquer desenho devem ser feitas todas a lápis, ou a nanquim, uniformemente negras, densas e nítidas.

    São necessárias três espessuras de linhas: grossa, média e fina, a grossa de espessura livre, a média de metade da espessura da grossa e a fina com metade da espessura da média. A NB-8 de 1950 recomenda que, quando a linha grossa tiver menos de 0,4mm de espessura, utiliza-se a linha fina com um terço da grossa ou igual à média. Todos os requisitos do desenho de engenharia podem ser obedecidos utilizando-se essas espessuras de linhas. A tabela A1 mostra os vários tipos de linhas aprovados pela BS308 com sua aplicações, enquanto que a tabela A2 mostra as linhas conforme reza a NB-8.

    Tabela A1 Tipos de linha aprovadas pela BS308 (Norma Britânica)

    Tipo de Linha Descrição Aplicação

    Grossa, contínua Arestas e contornos visíveis

    Fina, contínua Linhas de cotagem e diretrizes

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 8

    Linhas de projeção Hachuras

    Contorno de peças adjacentes

    Contorno de secções de revolução

    Fina, contínua e irregular

    Limites de vistas parciais ou secções, quando a linha não for um eixo.

    Fina, traços curtos Arestas e contornos não visíveis

    Fina, traço-ponto Linhas de centro Posições extremas de

    peças móveis

    Traço-ponto (grossa nas pontas e nas mudanças

    de direção, fina no restante)

    Planos de corte

    Tabela A2 Tipos de linhas segundo a NB-8

    Tipo Emprego Grossa 1 Arestas e contornos visíveis

    2 Linha de corte Média 3 Arestas e contornos não-visíveis

    4

    Linha de ruptura curta

    Fina 5

    Linhas de cota e de extensão Hachuras Linhas de chamada

    6 Eixos de simetria e linhas de centro Posições extremas de peças móveis

    7

    Linha de ruptura longa

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    Aplicações de linhas.

    A. Contorno visível B. Linha de cota C. Linha de chamada D. Linha de extensão E. Hachurada F. Contorno de peça adjacente G. Contorno de secção de revolução H. Limite de vista parcial J. Contorno não-visível K. Linha de centro L. Posição extrema de peça móvel M. Plano de corte

    Tipos e Emprego

    Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas de tipos e espessuras diferentes. O conhecimento destas linhas é indispensável para a interpretação dos desenhos. Tipos e Empregos

    Quanto à espessura, as linhas devem ser: -grossas -médias -finas

    A espessura da linha média deve ser a metade da linha grossa e a espessura da linha fina, metade da linha média.

    Linhas para arestas e contornos visíveis são de espessura grossa e de traço contínuo.

    Linhas para arestas e contornos não visíveis são de espessura média e tracejadas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 10

    Linhas de centro e eixo de simetria são de espessura fina e formadas por traços e

    pontos.

    Linhas de cota

    São de espessura fina, traço contínuo, limitadas por setas nas extremidades.

    Linhas de chamada ou extensão

    São de espessura fina e traço contínuo. Não devem tocar o contorno do desenho e prolongam-se além da última linha de cota que limitam.

    Linhas de corte

    São de espessura grossa, formadas por traços e pontos. Servem para indicar cortes e seções.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 11

    Linhas para hachuras São de espessura fina, traço contínuo ou tracejadas, geralmente inclinadas a 45º e

    mostram as partes cortadas da peça. Servem também para indicar o material de que é feita, de acordo com as convenções recomendadas pela ABNT. Linhas de rupturas Para rupturas curtas

    São de espessura média, traço contínuo e sinuoso e servem para indicar pequenas rupturas e cortes parciais.

    Para rupturas longas

    São de espessura fina, traço contínuo e com zigue-zague, conforme figura abaixo.

    Linha para representações simplificadas

    São de espessura média, traço contínuo e servem para indicar o fundo de filetes de roscas e de dentes de engrenagens.

    Linha de centro, de simetria, arestas e contornos nãovisíveis A aparência de um desenho perfeito pode ser prejudicada por linhas de centro e de

    simetria descuidadamente produzidas. Tente observar as seguintes regras simples:

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 12

    1. Certifique-se de que os traços e os espaços de uma linha tracejada tenham o mesmo comprimento por toda ela. Um traço de cerca de 3mm seguido por um espaço de 2mm produzirão um linha tracejada de boa proporção. LINHA DE BOA PROPORÇÃO EVITE ESPAÇAMENTOS IRREGULARES

    2. Onde são definidos centros, então as linhas (de centro) deverão cruzar-se em trechos contínuos e não nos espaços.

    3. As linhas de centro não devem estender-se para os espaços entre as vistas e também não devem terminar em outra linha do desenho.

    4. Quando um ângulo é formado por linhas de simetria, traços longos devem-se interceptar e definir o ângulo.

    5. Geralmente, as linhas tracejadas que representam um detalhe não-visível devem tocar

    uma linha externa sem interrupção, como mostrado abaixo. As tracejadas também se encontram e se cruzam, e a junção deve ser arranjada como um “T” ou um “X”.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 13

    Exercícios

    1) Coloque dentro dos círculos dos desenhos, os números correspondentes aos tipos de linhas indicadas na tabela A2.

    2) Escreva os nomes e tipos de linhas assinaladas por letras

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 14

    Capitulo 2- Identificação de Vistas Uma peça que estamos observando ou mesmo imaginando, pode ser desenhada

    (representada) num plano. A essa representação gráfica se dá o nome de “Projeção”. O plano é denominado “plano de projeção” e a representação da peça recebe, nele, o

    nome de projeção. Podemos obter as projeções através de observações feitas em posições determinadas.

    Podemos então ter várias “vistas” da peça.

    Tomemos por exemplo uma caixa de fósforos. Para representar a caixa vista de frente, consideramos um plano vertical e vamos

    representar nele esta vista. A vista de frente é, por isso, também denominada projeção vertical e/ou elevação.

    Reparemos, na figura abaixo, as projeções verticais ou elevações das peças. Elas são as vistas de frente das peças para o observador na posição indicada.

    Voltemos ao exemplo da caixa de fósforos. O observador quer representar a caixa, olhando-a por cima. Então usará um plano, que denominaremos de plano horizontal, e a projeção que

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 15

    representa esta “vista de cima” será denominada projeção horizontal vista de cima ou planta.

    A figura abaixo representa a projeção horizontal, vista de cima ou planta das peças, para

    o observador na posição indicada.

    O observador poderá representar a caixa, olhando-a de lado. Teremos uma vista lateral, e a projeção representará uma vista lateral que pode ser da

    direita ou da esquerda.

    Reparemos que uma peça pode ter, pelo que foi esclarecido, até seus vistas; entretanto, uma peça que estamos vendo ou imaginando, deve ser representada por um número de vistas que nos dê a ideia completa de peça, um número de vistas essenciais para representá-la a fim de que possamos entender qual é a forma e quais as dimensões da peça. Estas vistas são chamadas de “vistas principais”.

    Ao selecionar a posição da peça da qual se vai fazer a projeção, escolhe-se para a vertical, aquela vista que mais caracteriza ou individualiza a peça; por isso, é comum também chamar a projeção vertical (elevação) de vista principal.

    As três vistas, elevação, planta e vista lateral esquerda, dispostas em posições

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 16

    normalizadas pela ABNT nos dão as suas projeções. A vista de frente (elevação) e a vista de cima (planta) alinham-se verticalmente.

    A vista de frente (elevação) e a vista de lado (vista lateral esquerda) alinham-se

    horizontalmente.

    Finalmente, temos a caixa de fósforos desenhada em três projeções.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 17

    Por esse processo podemos desenhar qualquer peça.

    Na vista lateral esquerda das projeções das peças abaixo, existem linhas tracejadas.

    Elas representam as arestas não visíveis.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 18

    Nas projeções abaixo, aparecem linhas de centro.

    Nas projeções abaixo, foram empregados eixos de simetria.

    As projeções desenhadas anteriores apresentaram a vista lateral esquerda,

    representando o que se vê olhando a peça pelo lado esquerdo, apesar de sua projeção estar à direita da elevação.

    Nos casos em que o maior número de detalhes estiver colocado no lado direito da peça, usa-se a vista lateral direita, projetando-a à esquerda da elevação, conforme exemplos abaixo:

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 19

    Os desenhos abaixo mostram as projeções de várias peças com utilização de apenas

    uma vista lateral. De acordo com os detalhes a serem mostrados, foram utilizadas as laterais esquerda ou direita.

    Em certos casos, porém, há necessidade de se usar duas laterais para melhor

    esclarecimento de detalhes importantes. Quando isso acontece, as linhas tracejadas desnecessárias podem ser omitidas, como

    nos exemplos abaixo.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 20

    Exercícios:

    Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas e coloque nome em cada uma das vistas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 21

    Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas e coloque nome em cada uma das vistas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 22

    Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 23

    Desenhe, à mão livre, as plantas e as vistas laterais esquerdas das peças apresentadas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 24

    Complete, à mão livre, as plantas e as vistas laterais esquerdas das peças

    apresentadas.

    Desenhe a mão livre as projeções das peças apresentadas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 25

    Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada em

    perspectiva.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 26

    Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada em perspectiva.

    Identifique as vistas de frente, de cima e as laterais esquerda e direita nas projeções apresentadas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 27

    Identifique as vistas de frente, de cima e as laterais esquerda e direita nas projeções apresentadas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 28

    Coloque em baixo de cada vista, as iniciais correspondentes:

    VF - Vista de Frente VS - Vista Superior VLE - Vista Lateral Esquerda VLD - Vista Lateral Direita

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 29

    Coloque em baixo de cada vista, as iniciais correspondentes: VF - Vista de Frente VS - Vista Superior VLE - Vista Lateral Esquerda VLD - Vista Lateral Direita

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 30

    Desenhe, à mão livre, a terceira vista das projeções apresentadas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 31

    Desenhe, à mão livre, a terceira vista das projeções apresentadas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 32

    Complete as projeções abaixo.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 34

    Complete as projeções abaixo.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 35

    Procure nos desenhos abaixo as vistas que se relacionam entre si, (Elevação e Planta) e coloque os números correspondentes como no exemplo nº 1.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 36

    Procure nos desenhos abaixo as vistas que se relacionam entre si, (Elevação e Planta) e coloque os números correspondentes como no exemplo nº 1.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 37

    Complete as projeções abaixo desenhando a vista lateral direita.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 38

    Capitulo 3 - Supressão de Vistas Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas que melhor

    identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais vistas, como também podemos usar duas vistas e, em alguns casos, até uma única vista.

    Nos exemplos abaixo estão representadas peças com duas vistas. Continuará havendo uma vista principal - vista de frente - sendo escolhida como segunda vista aquela que melhor complete a representação da peça.

    Nos exemplos abaixo estão representadas peças por uma única vista. Neste tipo de

    projeção é indispensável o uso de símbolos.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 39

    Exercício:

    Empregando duas vistas, desenhe, à mão livre, as peças apresentadas.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 40

    Capitulo 4 - Identificação e Leitura de Cotas, Símbolos e Materiais Para execução de uma peça, torna-se necessário que se coloque no desenho, além das

    projeções que nos dão ideia da forma da peça, também as suas medidas e outras informações complementar. A isto chamamos Dimensionamento ou Cotagem.

    A Cotagem dos desenhos tem por objetivos principais determinar o tamanho e localizar exatamente os detalhes da peça. Por exemplo, para execução da peça ao lado necessitamos saber as suas dimensões e a exata localização do furo.

    A Anotação - “ESP. 8” - Refere-se à Espessura da Peça.

    Para a Cotagem de um desenho são necessários três elementos: Linhas de Cota Linhas de Extensão Valor Numérico da Cota

    Como vemos na figura acima, as Linhas de Cota são de espessura fina, traço contínuo,

    limitadas por setas nas extremidades. As linhas de extensão são de espessura fina, traço contínuo, não devem tocar o contorno do desenho da peça e prolongam-se um pouco além da última linha de cota que abrangem. o número que exprime o valor numérico da cota pode ser escrito:

    acima da linha de cota, equidistante dos extremos; em intervalo aberto pela interrupção da linha de cota.

    No mesmo desenho devemos empregar apenas uma destas duas modalidades. O valor

    numérico colocado acima da linha de cota é mais fácil e evita a possibilidade de erros.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 41

    Capitulo 5 - Regras de Cotagem Em desenho técnico, normalmente, a unidade de medida é o milímetro, sendo

    dispensada a colocação do símbolo junto ao valor numérico da cota. Se houver o emprego de outra unidade, coloca-se o respectivo símbolo ao lado do valor

    numérico, conforme figura ao lado.

    As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para a

    direita e de baixo para cima paralelamente à dimensão cotada.

    Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a forma do

    elemento cotado. Deve-se evitar a repetição de cotas.

    As cotas podem ser colocadas dentro ou fora dos elementos que representam,

    atendendo aos melhores requisitos de clareza e facilidade de execução.

    Nas transferências de cotas para locais mais convenientes, devemos evitar o

    cruzamento das linhas de extensão com linhas de cota. As linhas de extensão são traçadas perpendicularmente à dimensão cotada ou, em caso

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 42

    de necessidade, obliquamente, porém paralelas entre si.

    Evite a colocação de cotas inclinadas no espaço hachurado a 30º

    Não utilize as linhas de centro e eixos de simetria como linhas de cota. Elas substituem

    as linhas de extensão.

    Cotagem por meio de faces de referência (Fase A e B)

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 43

    Cotagem de elementos esféricos

    Exercício:

    Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não coloque o valor numérico das cotas. Trace, à mão livre, apenas as linhas de cota e de extensão.

    Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não coloque o valor numérico das cotas. Trace, à mão livre, apenas as linhas de cota e de extensão.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 44

    Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não

    coloque o valor numérico das cotas. Trace, à mão livre, apenas as linhas de cota e de extensão.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 45

    Faça, à mão livre, a cotagem completa dos desenhos abaixo.

    Cotagem de Detalhes

    As linhas de cota de raios de arcos levam setas apenas na extremidade que toca o arco.

    Conforme o espaço disponível no desenho, os ângulos podem ser cotados assim:

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 46

    A Cotagem de Chanfros se faz como indicam as figuras abaixo. Quando o chanfro for de 45º, podemos simplificar a cotagem usando um dos sistemas

    apresentados na figura abaixo.

    A Cotagem de Círculos se faz indicando o valor de seu diâmetro por meio dos recursos

    apresentados nas figuras abaixo, que são adotados conforme o espaço disponível no desenho.

    Para cotar em espaços reduzidos, colocamos as cotas como nas figuras abaixo:

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 47

    Capitulo 6 - Símbolos e Convenções A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em suas Normas NB-8 e NB-

    13, recomenda a utilização dos símbolos abaixo, que devem ser colocados sempre antes dos valores numéricos das cotas. Indicativo de Diâmetro

    Indicativo de Quadrado R Indicativo de Raio

    Estas duas linhas finas cruzadas indicam que se trata de superfície plana. Quando, nas vista cotada, for evidente que se trata de diâmetro ou quadrado, os

    respectivos símbolos podem ser dispensados. Exemplos:

    Símbolos em Materiais Perfilados

    Os símbolos abaixo, devem ser colocados sempre antes da designação da bitola do material.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 48

    SÍMBOLOS INDICATIVO DE EXEMPLO DE

    LEITURA

    Redondo Barra chata de 1/4” de espessura por 1” de largura e 85 mm de comprimento

    Quadrado

    Chato

    Cantoneira

    “Te”

    Duplo “T”

    “U”

    Número de Bitolas em Chagas, Fios, etc

    Convenções para Acabamento de Superfícies

    Superfícies em bruto, porém limpas de rebarbas e saliências.

    Superfícies apenas desbastadas.

    Superfícies alisadas.

    Superfícies polidas

    Para outros graus de acabamento, devendo ser indicada a maneira de obtê-los.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 49

    Superfícies sujeitas a tratamento especial, indicado sobre a linha horizontal. Ex.: cromado, niquelado, pintado, etc.

    Quando todas as superfícies de uma peça tiverem o mesmo acabamento, o respectivo sinal deve ficar em destaque.

    Se, na mesma peça, houver superfícies com graus de acabamento diferentes dos da

    maioria, os sinais correspondentes serão colocados nas respectivas superfícies e também indicados entre parênteses, ao lado do sinal em destaque.

    Exemplo de aplicação dos símbolos e convenções

    Exemplo de aplicação dos Símbolos e Convenções

    Exercício:

    Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não coloque o valor numérico das cotas. Tracem, à mão livre, apenas as linhas de cota, de

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 50

    extensão e os símbolos necessários.

    Qual o tipo de acabamento utilizado nas superfícies indicadas pelas letras:

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 51

    A - ______________________ D -_______________________ B - ______________________ E -_______________________ C - ______________________ F -_______________________

    Qual o tipo de acabamento geral da peça abaixo? Resp.: _____________________

    Qual o tipo de acabamento para as partes torneadas com 25

    mm de diâmetro? Resp.: ______________________

    Para cada material há uma hachura determinada

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 52

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 53

    Capitulo 7 - Indicação de Estado de Superfície O desenho técnico, além de mostrar as formas e as dimensões das peças, precisa

    conter outras informações para representa-las fielmente. Uma dessas informações é a indicação dos estados das superfícies das peças. Acabamento

    Acabamento é o grau de rugosidade observado na superfície da peça. As superfícies apresentam-se sob diversos aspectos, a saber: em bruto, desbastadas, alisadas e polidas.

    Superfície em bruto é aquela que não é usinada, mas limpa com a eliminação de rebarbas e saliências.

    Superfície desbastada é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são bastante visíveis, ou seja, a rugosidade é facilmente percebida.

    Superfície alisada é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são pouco visíveis, sendo a rugosidade pouco percebida.

    Superfície polida é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são imperceptíveis, sendo a rugosidade detectada somente por meio de aparelhos.

    Os graus de acabamento das superfícies são representados pelos símbolos indicativos de rugosidade da superfície, normalizados pela norma NBR 8404 da ABNT, baseada na norma ISO 1302.

    Os graus de acabamento são obtidos por diversos processos de trabalho e dependem das modalidades de operações e das características dos materiais adotados. Rugosidade

    Com a evolução tecnológica houve a necessidade de se aprimorarem as indicações dos graus de acabamento de superfícies. Com a criação de aparelhos capazes de medir a rugosidade superficial em μm (micrometro; 1μm = 0,001mm), as indicações dos acabamentos de superfícies passaram a ser representadas por classes de rugosidade.

    Rugosidade são erros microgeométricos existentes nas superfícies das peças.

    A norma ABNT NBR 8404 normaliza a indicação do estado de superfície em desenho técnico por meio de símbolos.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 54

    Símbolo sem indicação de rugosidade

    Símbolo

    Significado

    Símbolo básico. Só pode ser usado quando seu significado for complementado por uma indicação.

    Caracterização de uma superfície usinada sem maiores detalhes.

    Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é permitida e indica que a superfície deve permanecer no estado resultante de um processo de fabricação anterior, mesmo se esta tiver sido obtida por usinagem ou outro processo qualquer.

    Símbolos com indicação da característica principal da rugosidade Ra

    Símbolo

    A remoção do material

    Significado

    é facultativa é exigida não é permitida

    Superfície com uma rugosidade de um valor máximo: Ra = 3,2μm

    Superfície com uma rugosidade de um valor: máximo: Ra = 6,3μm mínimo: Ra = 1,6μm

    Símbolos com indicações complementares

    Estes símbolos podem ser combinados entre si ou com os símbolos apropriados.

    Símbolo Significado

    Processo de fabricação: fresar

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 55

    Comprimento de amostragem: 2,5 mm

    Direção das estrias: perpendicular ao plano de projeção da vista.

    Sobremetal para usinagem: 2mm

    Indicação (entre parênteses) de um outro parâmetro de rugosidade diferente de Ra, por exemplo Rt = 0,4μm.

    Símbolos para direção das estrias

    Quando houver necessidade de definir a direção das estrias, isto é, a direção predominante das irregularidades da superfície, deve ser utilizado um símbolo adicional ao símbolo do estado de superfície.

    A tabela seguinte caracteriza as direções das estrias e os símbolos correspondentes. Símbolos para direção das estrias

    Símbolo Interpretação

    Paralela ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado.

    Perpendicular ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado.

    Cruzadas em duas direções oblíquas em relação ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado.

    Muitas direções

    Aproximadamente central em relação ao ponto médio da superfície ao qual o símbolo é referido.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 56

    Aproximadamente radial em relação ao ponto médio da superfície ao qual o símbolo é referido.

    A ABNT adota o desvio médio aritmético (Ra) para determinar os valores da rugosidade,

    que são representados por classes de rugosidade N1 a N12, correspondendo cada classe a valor máximo em μm, como se observa na tabela seguinte. Tabela - Característica da rugosidade Ra

    Classe de rugosidade

    Desvio médio aritmético (Ra)

    N1 50 N11 25 N10 12,5 N 9 6,3 N 8 3,2 N 7 1,6 N 6 0,8 N 5 0,4 N 4 0,2 N 3 0,1 N 2 0,05 N 1 0,025

    Exemplos de aplicação

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 57

    Interpretação do exemplo a 1 é o número da peça.

    ao lado do número da peça, representa o acabamento geral, com retirada de material, válido para todas as superfícies.

    N8 indica que a rugosidade máxima permitida no acabamento é de 3,2μm (0,0032mm). Interpretação do exemplo b 2 é o número da peça.

    o acabamento geral não deve ser indicado nas superfícies. O símbolo significa que a peça deve manter-se sem a retirada de material.

    dentro dos parênteses devem ser indicados nas respectivas superfícies. N6 corresponde a um desvio aritmético máximo de 0,8μm (0,0008mm) e N9 corresponde

    a um desvio aritmético máximo de 6,3μm (0,0063mm). Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser lidos tanto

    com o desenho na posição normal, como pelo lado direito. Se necessário, o símbolo pode ser interligado por meio de uma linha de indicação.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 58

    O símbolo deve ser indicado uma vez para cada superfície e, se possível, na vista que

    leva a cota ou representa a superfície.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 59

    Qualidade da superfície de acabamento

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 60

    Informações complementares

    Interpretação 4 é o número da peça.

    ao lado do número da peça, representa o acabamento geral, válido para todas as superfícies sem indicação.

    N11 indica que a rugosidade máxima permitida no acabamento é de 25μm (0,025mm).

    representado dentro dos parênteses e nas superfícies que deverão ser usinadas, indica rugosidade máxima permitida de 6,3μm (0,0063mm).

    indica superfície usinada com rugosidade máxima permitida de 0,4μm (0,0004mm).

    O símbolo dentro dos parênteses representa, de forma simplificada, todos os símbolos

    de rugosidade indicados nas projeções.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 61

    Disposição das indicações do estado de superfície no Símbolo

    Exercícios

    1) Escreva, nas linhas indicadas, a rugosidade das peças em sua grandeza máxima, conforme o exemplo a.

    a. N8 = 3,2μm

    b. ____________ ,_____________

    c. ____________ ,_____________

    2) Analise o desenho técnico e responda às perguntas a seguir.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 62

    a) Que classe de rugosidade a maioria das superfícies da peça deverá receber? ___________________________________________

    b) Que outras classes de rugosidade a peça deverá receber?

    ___________________________________________

    c) Que tratamento a peça deverá receber?

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 63

    Capitulo 8 - Tolerância Tolerância é o valor da variação permitida na dimensão de uma peça. Em termos

    práticos é a diferença tolerada entre as dimensões máxima e mínima de uma dimensão nominal.

    A tolerância é aplicada na execução de peças em série e possibilita a

    intercambiabilidade delas. Conceitos na aplicação de medidas com tolerância

    Medida nominal: é a medida representada no desenho.

    Medida com tolerância: é a medida com afastamento para mais ou para menos da

    medida nominal.

    Medida efetiva: é a medida real da peça fabricada.

    Ex. 30,024

    Dimensão máxima: é a medida máxima permitida.

    30,2 Dimensão mínima: é a medida mínima permitida.

    29,9 Afastamento superior: é a diferença entre a dimensão máxima permitida e a medida

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 64

    nominal. 30,2 - 30 = 0,2

    Afastamento inferior: é a diferença entre a dimensão mínima permitida e a medida nominal.

    29,9 - 30 = -0,1 Campo de tolerância: é a diferença entre a medida máxima e a medida mínima

    permitida. 30,2 - 29,9 = 0,3

    Indicações de Tolerância

    Afastamentos, indicados junto das cotas nominais.

    Afastamentos gerais, indicados abaixo do desenho.

    As tolerâncias podem ser representadas por afastamentos ou pela norma ISSO adotada pela ABNT.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 65

    Tolerância ISO (International Organization for Standardization)

    O sistema de tolerância ISO adotado pela ABNT, conhecido como sistema internacional de tolerância, consiste numa série de princípios, regras e tabelas que permitem a escolha racional de tolerâncias na produção de peças. A unidade de medida para tolerância ISO é o micrômetro (m = 0,001mm).

    A tolerância ISO é representada normalmente por uma letra e um numeral colocados à direita da cota. A letra indica a posição do campo de tolerância e o numeral, a qualidade de trabalho.

    Campo de tolerância

    É o conjunto dos valores compreendidos entre as dimensões máxima e mínima. O sistema ISO prevê 28 campos representados por letras, sendo as maiúsculas para furos e as minúsculas para eixos: Furos

    A, B, C, CD, D, E, EF, F, FG, G, H, J, JS, K, M, N, P, R, S, T, U, V, X, Y, Z, ZA, ZB, ZC Eixos

    a, b, c, cd, d, e, ef, f, fg, g, h, j, js, k, m, n, p, r, s, t, u, v, x, y, z, za, zb, zc Qualidade de trabalho

    A qualidade de trabalho (grau de tolerância e acabamento das peças) varia de acordo com a função que as peças desempenham nos conjuntos.

    O sistema ISO estabelece dezoito qualidades de trabalho, que podem ser adaptadas a qualquer tipo de produção mecânica.

    Essas qualidades são designadas por IT 01, IT 0, IT 1, IT 2... IT 1.6 (I - ISO e T = tolerância). Grupos de dimensões

    O sistema de tolerância ISO foi criado para produção de peças intercambiáveis com dimensões compreendidas entre 1 e 500mm. Para simplificar o sistema e facilitar sua utilização, esses valores foram reunidos em treze grupos de dimensões em milímetros.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 66

    Grupos de dimensões em milímetros

    Ajustes

    O ajuste é a condição ideal para fixação ou funcionamento entre peças executadas dentro de um limite. São determinados de acordo com a posição do campo de tolerância.

    Ajuste móvel Ajuste incerto Ajuste fixo

    Para não haver diversificação exagerada de tipos de ajustes, a tolerância do furo ou do

    eixo é padronizada. Geralmente, padroniza-se o furo em H7. A origem dos termos furo e eixo provém da importância que as peças cilíndricas têm nas

    construções mecânicas. Na prática, porém, os termos furo e eixo são entendidos como medida interna e medida externa, respectivamente.

    Para estabelecer a tolerância, usa-se a tabela a seguir:

    AJUSTES RECOMENDAÇÕES TIPO DE AJUS-TE

    EXEMPLO DE AJUSTE

    EXTRA PRECISO

    MECÂ-NICA PRECI-SA

    MECÂ-NICA MÉDIA

    MECÂ-NICA ORDIN-ÁRIA

    EXEMPLO DE APLICAÇÃO

    LIVRE

    Montagem à mão, com facilidade.

    H6 e7

    H7 e7 H7 e8

    H8 e9

    H11 a11

    Peças cujos

    funcionamentos necessitam de

    folga por força de dilatação, mau

    alinhamento, etc. ROTA-TIVO

    Montagem à

    H6 f6

    H7 f7

    H8 f8

    H10 d10 H11 d11

    Peças que giram ou deslizam com boa lubrificação.

    Ex.: eixos,

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 67

    mão podendo girar sem esforço.

    mancais, etc.

    DESLI-ZANTE Montagem à

    mão com leve pressão.

    H6 g5

    H7 g6

    H8 g8 H8 h8

    H10 h10 H11 h11

    Peças que deslizam ou giram com

    grande precisão. Ex.: anéis de rolamentos,

    corrediças, etc. DESLIZANTE JUSTO

    Montagem à mão, porém, necessitando de algum esforço.

    H6 h5

    H7 h6

    Encaixes fixos de precisão, órgãos

    lubrificados deslocáveis à

    mão. Ex.: punções,

    guias, etc. ADE-RENTE FOR-ÇADO LEVE

    Montagem com auxílio de martelo.

    H6 j5

    H7 j6

    Órgãos que necessitam de

    frequentes desmontagens.

    Ex.: polias, engrenagens,

    rolamentos, etc. FOR-ÇADO DURO Montagem com

    auxílio de martelo pesado.

    H6 m5

    H7 m6

    Órgão possíveis de montagens e desmontagens

    sem deformação das peças.

    À PRES-SÃO COM ES-FOR-ÇO

    Montagem com auxílio de balancim ou por dilatção

    H6 p5

    H7 p6

    Peças impossíveis de

    serem desmontadas

    Sem deformação. Ex.: buchas à

    pressão, etc.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 68

    Cotagem com Indicação de Tolerância Peças em geral.

    Peças que serão montadas

    Nos desenhos de conjuntos, onde as peças aparecem montadas, a indicação da

    tolerância poderá ser feita do seguinte modo:

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 69

    Tolerância de forma e posição Símbolos, inscritos e interpretação sobre o desenho Este é um resumo da norma proposta pela ABNT. As tolerâncias de forma e posição

    podem ser adicionadas às tolerâncias de dimensões para assegurar melhor função e intercambiabilidade das peças.

    As tolerâncias de forma limitam os afastamentos de um dado elemento em relação à sua forma geométrica ideal.

    As tolerâncias de posição limitam os afastamentos da posição mútua de dois ou mais elementos por razões funcionais ou para assegurar uma interpretação inequívoca. Geralmente um deles é usado como referência para a indicação das tolerâncias. Se for necessário, pode ser tomada mais de uma referência.

    O elemento de referência deve ser suficientemente exato e, quando necessário, indica-se também uma tolerância de forma.

    As tolerâncias estão relacionadas à dimensão total dos elementos, a não ser no caso de exceções, indicadas no desenho (por exemplo: 0,02/100 significa que a tolerância de 0,02mm é aplicada numa extensão de 100mm de comprimento, medida em posição conveniente no elemento controlado). Se a indicação ou o triângulo de referência devem ser colocados sobre a linha de cota.

    Caso a identificação esteja relacionada como uma superfície ou linha de contorno, a seta

    de identificação ou o triângulo de referência não devem ser colocados sobre a linha de cota. Exercícios

    1) Escreva, junto às cotas dos desenhos abaixo, as tolerâncias ISO-ABNT de acordo com os tipos de ajuste indicados.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 70

    Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico AutoAvaliação

    1) Em qual dos três desenhos a colocação das cotas está de acordo coma as normas?

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 71

    2) Em qual dos três desenhos a colocação das cotas está de acordo com as normas?

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 72

    3) Em qual dos três desenhos a colocação das cotas está de acordo com as normas?

    4) Em qual dos quatro desenhos a cotagem está correta?

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 73

    5) Em qual dos quatro desenhos a cotagem está correta em função da face de referência?

    6) Qual das cinco figuras representa a elevação correta da perspectiva abaixo

    desenhada?

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 74

    7) Qual das cinco figuras representa a planta correta da perspectiva abaixo desenhada?

    8) Qual das cinco figuras representa a elevação correta da perspectiva abaixo

    desenhada?

    9) Qual das cinco figuras representa a planta correta da perspectiva abaixo desenhada?

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 75

    10) Qual das cinco figuras representa corretamente a vista indicada pela seta na perspectiva abaixo desenhada?

    11) Qual das cinco figuras representa corretamente a vista indicada pela seta na

    perspectiva abaixo desenhada?

    12) Qual das cinco figuras representa corretamente a vista indicada pela seta na

    perspectiva abaixo desenhada?

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 76

    13) Qual das cinco figuras corresponde à planta correta das duas vistas (elevação e lateral) abaixo desenhadas?

    14) Qual das cinco figuras corresponde à planta correta das duas vistas (elevação e

    lateral) abaixo desenhadas?

    15) Qual das cinco figuras corresponde à planta correta das duas vistas (elevação e

    lateral) abaixo desenhadas?

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 77

    16) A tolerância, conforme a norma ISO, está representada corretamente na figura:

    17) As tolerâncias, conforme a norma ISO, estão representadas corretamente na figura:

    18) A tolerância, conforme a norma ISO, está representada corretamente na figura:

    19) Em qual figura a medida máxima é menor que a medida nominal?

    20) O que significa a representação no desenho abaixo?

    a) Elemento de referência b) Tolerância de forma c) Tolerância de posição d) Campo de tolerância e) Elemento tolerado

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 78

    21) A seta indica o/a:

    a) Elemento de referência b) Tolerância de forma c) Tolerância de posição d) Campo de tolerância e) Elemento tolerado

    22) Qual o símbolo que deve ser colocado na indicação de tolerância?

    a)

    b)

    c)

    d)

    e)

    23) Qual o símbolo que deve ser colocado na indicação de tolerância?

    a)

    b)

    c)

    d)

    e)

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 79

    24) A peça representada pelo desenho abaixo, é produzida em série e o diâmetro de 20 foi trefilado a frio. Qual é símbolo que deve ser colocado no lugar de “x” e que indica o estado superficial do diâmetro de 20?

    25) Em qual superfície é permitida uma maior rugosidade ?

    a) Superfície cilíndrica 20 b) Superfície cilíndrica 25 c) Superfície cilíndrica 40 d) Superfície da face 20 e) Superfície da face 25

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 80

    Capitulo 9 - Princípios do AutoCAD Este capítulo introduz conceitos básicos do AutoCAD. O primeiro exercício faz uma mostra

    dos menus, caixas de diálogos e métodos para acionamento dos comandos. O segundo exercício mostra os métodos de desenho básicos usados no AutoCAD. O terceiro exercício mostra como editar entidades e trabalhar com grupos de objetos selecionados chamados selection sets (conjuntos de seleção). Completando este capítulo, você terá fundamentos importantes para o bom uso do AutoCAD. A interface do AutoCAD

    Neste exercício, aprenda a inicializar o AutoCAD, abrir arquivos existentes, manipular os menus e a acionar os comandos. Inicializando o AutoCAD e abrindo um arquivo

    Ao abrir o AutoCAD, será aberto um novo arquivo, em branco. Para abrir um arquivo existente, mova o cursor para o topo da tela, acionando o menu

    File. Selecione o comando Open. Clique duas vezes sobre a pasta Treinamento. Selecione o

    arquivo Planta - T05.dwg e clique em Abrir.

    Você irá trabalhar com uma cópia do arquivo Planta - T05.dwg. Para isso, abra o menu

    File novamente e acione o comando Save as. Surgirá um quadro de diálogo semelhante ao comando Open. No campo Nome do arquivo, digite “Cópia Planta - T05.dwg” e pressione Salvar. O AutoCAD cria um outro arquivo com o nome especificado e com o mesmo conteúdo do Planta - T05.dwg original. Todas as operações e alterações surtirão efeito sobre a cópia criada.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 81

    A tela do AutoCAD

    A tela do AutoCAD tem seis elementos principais:

    • A área gráfica • O ícone do sistema de coordenadas • A linha de comando • A linha de status • Os menus superiores • As Barras de Ferramentas (Toolbars)

    Área Gráfica

    É a maior porção da tela. Todos os desenhos criados são feitos dentro da área gráfica. É nesta região da tela que serão feitos os projetos. Note que o cursor em forma de cruz aparece quando está sobre esta região. Fora dela (sobre os menus), o cursor assume o formato padrão do sistema. O ponto de pick é a intersecção da cruz, marcada em forma de “mira” por um pequeno quadrado.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 82

    Ícone Do Sistema De Coordenadas

    No canto esquerdo inferior da tela está o ícone do sistema de coordenadas. Esta

    imagem auxilia na compreensão de como está orientado o sistema de coordenadas, que pode variar, principalmente em projetos tridimensionais. Aprenda mais sobre seu comportamento nos próximos exercícios. Linha de Comando

    A linha de comando é a região de texto, na parte inferior da tela. Nesta região poderão

    ser digitados os comandos e opções do AutoCAD bem como visualizadas as operações que o próprio AutoCAD executa durante um comando. Preste especial atenção a esta parte da tela, pois é através dela que muitas mensagens são mostradas ao usuário.

    O formato inicial da linha de comando é a presença constante da mensagem Command:. Isto indica que o AutoCAD está pronto para receber comandos. Caso a última linha não contenha exclusivamente a palavra Command:, é sinal de que o AutoCAD está ocupado executando um comando. No exemplo abaixo, o AutoCAD está pronto (última mensagem Command está livre), além de registrar que o comando OPEN foi recém executado.

    Pressione a tecla F2 para obter uma versão ampliada da linha de comando. Neste caso, note que a janela contém registradas todas as ações e mensagens ocorridas no AutoCAD desde o início da seção. Para fechar esta janela, pressione F2 novamente.

    A menos que se especifique o contrário, a linha de comando do AutoCAD sempre aceita a tecla de espaço como sinônimo de Enter. Por isso, tente executar, a título de curiosidade, o mesmo comando Open digitando Open e teclando espaço ou [↵].

    Sempre que a linha de comando estiver livre para a entrada de novos comandos e for pressionada a tecla [↵] ou espaço, o último comando executado será automaticamente repetido.

    Para cancelar um determinado comando durante sua execução, pressione a tecla Esc. A mensagem *Cancel* surge para cada vez que for pressionada a tecla Esc.

    Para desfazer o último comando executado, basta digitar U (undo) seguido de ___ (ou espaço). Sucessivas execuções deste comando desfazem sequencialmente os comandos anteriores, até alcançar o ponto onde o arquivo foi iniciado ou aberto. Linha de Status

    A linha de status, que se encontra logo abaixo da linha de comando, monitora o valor das coordenadas do cursor na área gráfica e de algumas variáveis de ambiente do AutoCAD.

    Bem à esquerda, encontra-se o valor das coordenadas atuais do cursor sobre a área gráfica. Movendo-se o cursor sobre a região de trabalho, atualizam-se automaticamente os valores de suas coordenadas X e Y.

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 83

    Mais à direita, estão algumas variáveis que controlam o comportamento de aspectos do

    projeto. Estas variáveis podem assumir os estados Ligado/Desligado. Se o nome da variável não estiver pressionado, seu estado será “desligado” (no exemplo, SNAP, GRID, POLAR, OSNAP e LWT). Do contrário, indica que ela está ativa ou “ligada”(no exemplo, ORTHO, OTRACK e PAPER).

    O significado e o funcionamento destas variáveis serão discutidos nos próximos capítulos. Barras de Ferramentas

    As barras de ferramentas são formas alternativas de acionar os comandos do AutoCAD. Cada barra de ferramenta é um conjunto de ícones, agrupados em torno de comandos

    semelhantes ou que mantém alguma relação. O AutoCAD possui uma boa quantidade de barras de ferramentas, motivo pelo qual é possível configurar a área de trabalho para conter apenas as mais usadas.

    Para habilitar a visualização das barras de ferramentas, clique com o botão direito sobre uma barra de ferramentas qualquer, escolha a opção ACAD, será mostra a lista das barras de ferramentas, basta selecionar a barra de ferramenta que deseja exibir.

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    Clique sobre a opção Draw, automaticamente, a barra de ferramentas com os ícones referentes a desenho surgirá. Uma barra de ferramentas pode ser movida e ter seu formato alterado de forma interativa, bastando utilizar o cursor da forma padrão do Windows.

    Além de poder posicionar uma barra de ferramentas em qualquer lugar na área de trabalho, é possível fixá-la de forma organizada junto à um dos quatro lados da tela. Para isso, basta mover a barra para próximo do lugar desejado, sobre as laterais da tela e ela se ajustará automaticamente.

    Experimente, arrastando a barra de Draw para o lado direito da tela até ela se ajustar. Os ícones que se encontram logo abaixo dos menus superiores nada mais são do que barras de ferramentas com comandos básicos e padronizados, ajustados na parte superior. Estas barras também podem ser reorganizadas ou eliminadas (não recomendado).

    Note que cada botão possui um ícone indicativo do comando que ele aciona. Para certificar-se do significado de um determinado botão, mova o cursor sobre ele (sem clicar) e aguarde aproximadamente 1 segundo. Surgirá uma mensagem junto ao cursor do mouse, indicando o significado deste botão. MÉTODOS DE DESENHO

    Com o AutoCAD, pode-se desenhar objetos em quaisquer escalas. É possível, inclusive, examinar a geometria e características de determinados objetos em situações onde isso seria difícil, ou até mesmo impossível, se fossem usadas ferramentas convencionais de desenho.

    Isso é possível pois usa-se um sistema de coordenadas retangular, que permite posicionar objetos através de uma localização com coordenadas X, Y e Z exatas. Para utilizar o AutoCAD efetivamente, você deverá compreender os fundamentos deste sistema de coordenadas.

    Para iniciar este exercício, tenha o AutoCAD aberto, com o desenho Exercício1 carregado (conforme descrito nas instruções anteriores).

    Quando estiver desenhando no AutoCAD, você será frequentemente perguntado por pontos, para informar a localização dos objetos (início e fim de uma linha, centro de um círculo, etc.) ou ao selecionar objetos para edição. Muitas vezes, em casos onde a precisão não é necessária, poderá ser usado o cursor do sistema. Porém, quando houver a necessidade de se informar um ponto conhecido em particular, não poderemos utilizar um simples clique com o cursor, sob risco de cometermos imprecisões indesejadas.

    Estes são os modos de se especificar coordenadas no AutoCAD: • Clicando um ponto na tela com o mouse (impreciso). • Clicando um ponto na tela, utilizando as características Ortho, Snap, Grid ou grips de

    seleção (para maiores detalhes, veja os próximos exercícios). • Usando modos de snap de objetos (object snaps, ou, simplesmente, osnaps), para

    especificar pontos baseados em uma geometria existente. • Digitando o valor das coordenadas desejadas no próprio teclado. Método 1

    Método 1 - Desenho à mão livre

    O arquivo contendo o projeto Exercício1 é bastante simples, mas servirá para aplicar algumas técnicas nos próximos exercícios.

    Suponha que se queira traçar uma linha vertical, que divida este retângulo em duas partes, partindo do topo e indo até a base, como mostra a figura abaixo. É possível realizar esta tarefa de várias formas, dependendo das necessidades de cada caso. O primeiro método consiste em desenhar a linha “à mão livre”, sem o auxílio de nenhuma ferramenta de precisão. Para isso, será necessário acionar o comando Line.

    1. Clique sobre o menu Draw (parte superior da tela) e escolha o comando Line (o primeiro da lista).

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    2. Indique os dois pontos, definindo o início e o fim da linha conforme a figura:

    Command: _line From point: Clique próximo ao ponto P1 To point: Clique próximo ao ponto P2 To point: Pressione [↵] 1. Antes de continuar, elimine a linha recém feita simplesmente digitando U seguido de

    [↵]. O comando U desfaz o último comando realizado, no caso o Line. Método 2 – Modos Ortho e Snap

    O modo Ortho força o comportamento do cursor do AutoCAD a informar apenas linhas e pontos ortogonais (múltiplos de 90o). Para ativar/desativar o modo Ortho, há duas alternativas básicas:

    • Teclando F8. • Pressionando o botão na barra de status (parte inferior da tela) sobre a palavra

    ORTHO. Em ambos os casos, sempre que se estiver ligando o Ortho, surgirá a mensagem na linha de comando. Caso se esteja desligando, surgirá . 1. Repita o exercício anterior, agora com o modo ORTHO ativado, e note que a linha não

    pode ser desenhada de forma inclinada. Ela fica perfeitamente vertical, independendo da precisão dada pelo usuário ao informar o segundo ponto. Este é o resultado que pode ser obtido:

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    Note, no entanto, que a linha ainda não está perfeita. Não conseguimos informar com

    precisão o início e o fim da linha para coincidir com os limites do retângulo. A linha pode, eventualmente, ultrapassar ou não alcançar os limites em ambas as pontas. Além disso, caso quiséssemos dividir o retângulo em duas partes iguais, teríamos que informar os pontos inicial e final coincidindo com o ponto médio das arestas inferior e superior do retângulo.

    1. Para desligar o Ortho, repita o mesmo procedimento utilizado para ativá-lo. 2. Acione novamente o comando U e desfaça a linha construída neste exercício. Acionando o modo Snap, o cursor do AutoCAD pode ocupar apenas algumas posição na

    área gráfica. Ou seja, podemos especificar um determinado espaçamento, sobre o qual irá “caminhar” o cursor. Neste caso, sua movimentação se dá em “saltos” e não de forma livre e linear. Há duas formas básicas para se acionar o modo Snap:

    • Teclando F9. • Pressionando o botão SNAP na barra de status (parte inferior da tela) Neste caso, torna-se mais fácil a tentativa de desenhar a linha de forma vertical. 1. Acione o modo SNAP 2. Repita o desenho da linha conforme o caso anterior. Se o retângulo estiver desenhado de tal forma que seus limites coincidam com o

    espaçamento do modo Snap, será possível, além de desenhar a linha de modo reto, informar os pontos sobre os limites, sem que haja excessos ou faltas. Caso contrário, o modo Snap não poderá ser útil para resolver este problema.

    1. Após verificar o comportamento do cursor e resultado obtido com o modo Snap, desfaça a linha recém feita e passe para o próximo exercício. Método 3 – Snap de Objetos e AutoSnap

    Suponha que se queira desenhar a linha em questão de modo que ela inicie exatamente no ponto médio da linha superior e termine também no ponto médio da linha de baixo, cortando o retângulo de forma perfeita. As ferramentas utilizadas para este tipo de informação de pontos são chamadas Snaps de objeto, Objetc Snaps ou, simplesmente, osnaps.

    Em suma, os Snaps de objetos são ferramentas utilizadas para informar pontos de tal forma que eles se “agarrem” a outro ponto já existente em algum objeto.

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    Com o desenho original do exercício, siga os passos: 1. Acione o comando Line. Note que o quadrado que identifica a “mira” do cursor de

    desenho, no centro da cruz, desaparece. 2. Quando surgir a pergunta From point:, pressione e segure a tecla Shift e pressione o

    botão direito do mouse. Surgirá um menu flutuante com várias opções, todas elas referentes a snaps de objetos.

    3. Clique sobre a opção Midpoint. 4. Aproxime o cursor da linha horizontal superior, surgirá um pequeno triângulo

    exatamente na metade da linha do retângulo. Isso indica que o ponto a ser clicado será sensível ao snap especificado (Endpoint)

    5. Clique sobre a linha horizontal superior, quando o triângulo de Osnap estiver aparecendo.

    1. Durante a pergunta To point:, repita o acionamento do snap Midpoint e clique sobre a linha inferior.

    2. Pressione [↵]. Command: line From point: _mid of Linha superior To point: _mid of Linha inferior To point: Pressione [↵]

    Agora o retângulo está dividido, com a linha desenhada de forma matematicamente

    precisa.

    É importante notar que o osnap Midpoint é sensível até um certo ponto. Se o ponto

    clicado for longe o suficiente do objeto, o AutoCAD não saberá sobre que objeto se agarrará para identificar um ponto, não reconhecendo o osnap. Esse limite é determinado pelo tamanho do quadrado que surge no centro da mira do cursor. Para fazer valer o osnap, o quadrado da mira deve pelo menos tocar o objeto alvo.

    Observe os exemplos nas figuras acima. No primeiro caso, o cursor não toca a linha. Logo o osnap Endpoint não é identificado. No segundo caso, o AutoCAD identifica o Endpoint da linha pois o quadrado no centro da mira toca o objeto.

    Para o segundo exemplo, será necessário desenhar um círculo dentro do retângulo. 1. Digite circle na linha de comando ou, no menu Draw, acione a opção Circle, comando

    Center,Radius. 2. Clique próximo ao ponto P1, indicando o centro do círculo. 3. Clique um segundo ponto próximo a P2 para indicar o raio do círculo.

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    A intenção do exercício é desenhar um quadrado inscrito neste círculo, sendo que seus

    vértices coincidam com os quatro quadrantes da circunferência. 1. Acione o comando Line. 2. Na pergunta From point:, mantenha pressionada a tecla Shift do teclado e clique com

    o botão direito do mouse. Escolha o osnap Quadrant, que permitirá capturar um dos quatro quadrantes do círculo.

    3. Clique sobre o círculo, procurando aproximar-se mais do quadrante de topo do que dos laterais (P1).

    4. Repita o processo do passo 2, acionando o osnap Quadrant para os pontos P2, P3 e P4, conforme mostra a figura.

    5. Digite close [↵], ao invés de simplesmente pressionar ___. Isso fará com que o comando Line se encerre, fechando automaticamente uma aresta do último ponto (P4) até o primeiro (P1).

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    Lembre-se que, a essas alturas, caso você tenha acompanhado os passos dos exercícios propostos nesta apostila, já deve ter acumulado algum trabalho. Caso aconteça algum problema com o computador ou com o fornecimento de energia elétrica, você perderá tudo.

    Para efetivar as alterações feitas até então, acione o comando Save, no menu File. Acostume-se a salvar periodicamente seus trabalhos, mesmo que ele ainda não tenha

    sido concluído. Continuamos os exercícios observando mais três osnaps. Dos mais úteis e importantes,

    restam-nos o Midpoint, o Intersection e o Center. Permaneça alterando o mesmo desenho. 1. Acione novamente o comando Line. 2. Na pergunta From point:, mantenha pressionada a tecla Shift do teclado e clique com

    o botão direito do mouse. Escolha o osnap Intersection, que permitirá capturar a intersecção de linhas. Clique próximo do ponto P1, procurando manter a intersecção do local dentro do quadrado da mira.

    3. Para o segundo ponto, abra novamente o menu flutuante (Shift + botão direito do mouse) e escolha o osnap Midpoint. Clique sobre a linha indicada por P2, em qualquer ponto de sua extensão. Este filtro “agarra” o ponto médio de qualquer aresta.

    4. Acionando novamente o osnap Intersection, clique próximo do ponto P3 5. Acione, agora, o osnap Center e clique em qualquer ponto sobre a circunferência,

    como, por exemplo, no ponto P4. O osnap Center captura o centro de círculos e arcos.

    1. Encerre o comando digitando closed. O comando Line automaticamente se encerrará

    fechando o polígono, incluindo a última aresta. O resultado deve ser o seguinte:

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    Automação Industrial – Desenho Técnico e CAD 90

    Agora que os mais importantes métodos de informação de pontos através dos Object Snaps foram testados e foram compreendidas a sua importância e o quão precisos eles podem ser, você está pronto para aprender o próximo método de desenho, a entrada de coordenadas. Para seguir adiante, digite o comando UNDO. O comando UNDO é semelhante ao comando U, contando com mais opções. As linhas desenhadas não serão mais necessárias.

    Command: undo Auto/Control/BEgin/End/Mark/Back/: 3[↵] (desfaz os últimos 3 comandos) Isto deverá apagar o desenho feito nos últimos exercícios.

    O AutoSnap

    O AutoSnap é uma característica do AutoCAD capaz de automatizar os Osnaps. Sempre que for perguntado um ponto e nos aproximarmos com o cursor de uma situação de object snap, o AutoCAD automaticamente reconhece a necessidade.

    Para configurar o AutoSnap, abra o comando no menu Tools e acione o comando Drafting Settings. Surgirá uma caixa de diálogo entitulada Drafting Settings.

    Mantenha marcada as opções de AutoSnap desejadas (no exemplo, Endpoint, Midpoint e Intersection). Clique sobre o tab Snap and Grid, a seguir clique sobre o botão Options.

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    Deverá surgir o seguinte quadro de diálogo:

    Certifique-se de que as opções Marker e Display Auto Snap tooltip estão acionadas. A opção Marker ligada faz com que surja a marca de cada osnap durante a sua identificação no projeto. Cada osnap possui um pequeno ícone, que é mostrado sobre o cursor, avisando que o AutoCAD está sensível a ele naquele instante. Display AutoSnap tooltip é um pequeno texto que surge indicando também que tipo de osnap está sendo identificado em cada momento. Clique OK para fechar a caixa de diálogo Options e OK novamente para fechar a caixa de diálogo Drafting Settings Método 4 – Entrada de coordenadas

    A entrada de coordenadas é o método mais preciso e exato de todos. Sua produtividade, porém, não é a melhor, visto que seu instrumento é o teclado. Ou seja, é preciso que se digitem os valores. Portanto, a utilização deste método é aconselhada apenas em casos especiais, quando desejamos especificar distâncias e coordenadas conhecidas.

    O AutoCAD usa um sistema denominado WCS (World Coordinate System, ou Sistema de Coordenadas do Universo) para localizar os pontos no projeto. O WCS é baseado no sistema de coordenadas Cartesiano. O sistema cartesiano é baseado em dois eixos, X e Y, cada um deles com valores teoricamente infinitos. Qualquer ponto no plano bidimensional é identificado por um valor no eixo X (horizontal) e outro no eixo Y (vertical), formando um par X,Y.

    As coordenadas 0,0 indicam o ponto do universo chamado de Origem. Este é o ponto onde os dois eixos se cruzam e serve de base para todo o sistema. O ponto de origem se

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    localiza, por convenção, usualmente no canto esquerdo inferior dos projetos. Nada impede que se utilize qualquer ponto do espaço, mesmo onde os valores das coordenadas possam ser negativos. A figura a seguir descreve os eixos e para que sentido os valores crescem: o eixo X (horizontal) cresce para a direita e o eixo Y (vertical), para cima. Um terceiro eixo (Z) é utilizado em desenhos tridimensionais.

    O WCS é absoluto, ou seja, não pode ser modificado. Existe a possibilidade, no entanto,

    de se especificar outros sistemas de coordenadas, com o ponto de origem em outro lugar e com uma inclinação diferente (sempre em relação ao WCS, que é absoluto). Estes sistemas cartesianos criados pelo usuário são chamados UCS (User Coordinate System). O ícone da UCS

    O ícone da UCS é mostrado no canto esquerdo inferior da área gráfica. Ele indica o

    sentido para o qual crescem as coordenadas. Lembre-se que, no caso de se especificar um novo sistema de coordenadas (UCS), podemos ter uma inclinação e/ou um ponto de origem diferentes. Para orientar o usuário, este ícone geralmente segue pelo menos a inclinação do sistema corrente, mantendo-se normalmente no canto esquerdo inferior, não importando o posicionamento do ponto de origem.

    O ícone da UCS pode assumir as seguintes formas, por exemplo: Entrada de Coordenadas Absolutas

    Você pode informar pontos digitando explicitamente os valores de X e Y, separados por uma vírgula.

    Nota: Este é o motivo pelo qual o ponto decimal no AutoCAD é sempre o próprio ponto, e nunca a vírgula. A vírgula é utilizada sempre como separador de eixos em coordenadas.

    Neste exercício, você desenhará uma figura geométrica dentro do retângulo. Para isso, acione o comando LINE e digite os valores descritos.

    Command: line

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    From point: 253,75 [↵] To point: 253,135 [↵] To point: 266,135 [↵] To point: Pressione [↵] para sair do comando Line

    Entrada de coordenada a partir do último ponto

    Para continuar a linha a partir do último ponto especificado, mesmo que se tenha encerrado o comando LINE, faça o seguinte: acione o comando LINE e, no primeiro ponto, digite

    simplesmente @. Command: line From point: @ [↵] To point: 266,155 [↵] To point: Antes de encerrar o comando, continue seguindo as instruções na

    próxima seção Entrada de coordenadas relativas

    Às vezes, é necessário informar segmentos com comprimento conhecido a partir do último ponto. Neste caso, suponha que desejamos construir uma linha que descreva 13 unidades para a esquerda. Assim, teremos uma variação em X negativa (voltaremos para a esquerda) e uma variação em Y igual a zero (a linha é horizontal, não se modifica em Y). Assim, a coordenada deste novo ponto, em relação ao anterior seria –13,0.

    No comando do AutoCAD, isso deve ser informado precedendo-se com um sinal de @: To point: @-13,0 [↵]

    Lembre-se: o sinal @ sempre faz alusão ao ponto anterior e serve para informarmos coordenadas com base nele. Prossiga: To point: @0,51 [↵]

    A linha deve mover-se 51 unidades para cima (sentido positivo do eixo Y vertical é para cima) e nenhuma no eixo horizontal. To point: @75,0 [↵]

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    A linha move-se 75 unidades para a direita (sentido positivo do eixo X) e nenhuma no sentido vertical. To point: Permaneça no comando, prosseguindo com os exemplos da próxima seção. Entrada de Coordenadas Polares

    Outra forma de se informar coordenadas é informando coordenadas no sistema polar. Uma coordenada polar é especificada quase sempre com base no último ponto (de forma relativa, com @ no início) e consiste em uma distância e um ângulo a partir deste ponto anterior em questão.

    O formato utilizado é distância

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    Veja a figura:

    Agora, atente para o que deverá ser especificado. O ponto desejado será informado em

    dois momentos. Primeiro informaremos o ponto do qual se deriva o valor X. Por isso, antes de qualquer coisa, digita-se o seguinte:

    To point: .x[↵] of @[↵]

    Aqui, leia-se .x of @ como “x do ponto anterior”. Como o ponto só foi informado em sua componente X, ficam faltando suas componentes Y e Z. Por isso, surge o seguinte: (need YZ): Acione o osnap Endpoint e clique sobre o ponto P2

    Aqui, leia-se (need YZ): end of como “(preciso de YZ): fim da linha em P2”. Aqui ele captura o componente Y deste ponto, concatena com o componente obtido no passo anterior e compõe o novo ponto desejado com precisão.

    To point: close [↵] Encerre o comando Para fixar este método, propomos mais um exercício. Para tanto, salve o conteúdo do

    trabalho realizado no arquivo Exercício 1 e abra o arquivo Exercício 2. Veja a forma original do projeto na figura à esquerda. O objetivo é colocar o círculo com

    o centro coincidindo na intersecção imaginária das duas linhas, como mostra a figura da direita.

    1. Acione o comando Move, localizado no menu Modify. 2. Clique sobre a circunferência e pressione [↵] 3. Na pergunta Base point:, acione o osnap Center. 4. Clique sobre a circunferência. O ponto base da movimentação é o centro do círculo. 5. Na pergunta Second point of displacement:, digite .x [↵] 6. Acione o osnap Endpoint e clique sobre o ponto P1. 7. Acione novamente o Endpoint e clique sobre o ponto P2.

    Command: move Select objects: Clique sobre a circunferência 1 found

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    Select objects: [↵] Base point or displacement: _cen of Clique sobre o círculo Second point of displacement: .x [↵] of end [↵] Clique em P1 of (need YZ): end [↵] of Clique em P2

    Note o efeito dos filtros de coordenadas e de como a informação do ponto pode ser decomposta em duas partes. MÉTODOS DE EDIÇÃO E SELECTION SETS

    Muitos comandos do AutoCAD pedem ao usuário que selecione objetos para editar. Para especificar estes objetos, são criados selection sets (conjuntos de seleção). Um selection set é uma coleção de objetos sobre os quais será executado um determinado comando de edição. Por isso, todos estes comandos seguem a mesma estrutura.

    Em um selection set podem ser colocados quantos objetos forem desejados. Quando surgir a mensagem Select objects, você pode ir adicionando quaisquer objetos ao selection set, ou até removê-los, se forem acidentalmente incluídos ou não sejam mais desejados.

    Para criar selection sets, basta acionar qualquer comando de edição comum. Como todos eles seguem a mesma estrutura de funcionamento, a primeira mensagem que aparece é referente à formação do selection set que servirá como base para o comando:

    Select objects:

    Esta é a mensagem padrão do AutoCAD avisando que está pronto para receber objetos. Para incluir objetos no selection set existem vários métodos. Para acompanhar os exemplos das próximas páginas, abra o arquivo Exercício 3. Além

    disso, mantenha o AutoSnap ativo com as opções Endpoint e Intersection. Seleção simples

    Acione o comando Copy, localizado no menu Modify. Surge a mensagem Select objects: O primeiro método para seleção é o mais simples e padrão. Note que quando o

    AutoCAD mostra a mensagem Select objects, o cursor se transforma em um pequeno quadrado.

    Usando este cursor, clique sobre os objetos identificados por O1 e O2 na figura. Cada vez que se clica sobre um objeto, a mensagem Select objects é repetida e outros poderão ser selecionados indefinidamente. Veja que, durante a formação do selection set, os objetos que estão sendo selecionados são destacados em modo pontilhado (highlight). Ao mesmo tempo, sempre que o AutoCAD inclui um novo objeto no selection set, ele emite uma mensagem indicando quantos foram identificados.

    Select objects: 1 found

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    Este método pode ser bastante improdutivo se o número de objetos a selecionar for grande e eles se encontrarem em um determinado local do projeto. Para estes casos, é possível selecionar vários de uma só vez, abrindo uma janela em torno deles. Seleção por janela

    Para selecionar os objetos através de uma janela, existem dois métodos muito semelhantes: Window e Crossing.

    • Window – prevê que os objetos sendo selecionados estejam COMPLETAMENTE dentro do retângulo (janela). Caso algum objeto esteja “escapando” da janela, por mínima que seja a evasão, ele não será incluído.

    • Crossing – considera inclusive os objetos que estiverem PARCIALMENTE dentro do retângulo. Em outras palavras, basta que um objeto apenas toque uma das bordas para ser seleciona