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GN 101Ciência, Tecnologia e Sociedade
Sistema de C,T&I em países menos desenovolvidos e no Brasil
Objetivo
Apresentar e discutir as características centrais do Sistema de Ciência,
Tecnologia e Inovação em países latinoamericanos e no Brasil
O processo de desenvolvimento e a constituição do sistema de C,T&I
Porque a industrialização na AL não teve efeitos de crescimento dinâmico e de melhores condições de
distribuição de renda?• precária liderança do empresariado local e o protecionsimo
frívolo (empresariado débil e estado protetor)• elevadas taxas de rentabilidade internas favorecidas pelo
protecionismo• atraso da indústria de bens de k• estratégias das empresas MNs aqui instaladas• contínua e inevitável erosão da competitividade• Processo de industrialização não criou um núcleo industrial
endógeno, competitivo e dinâmico
Gap é quantitativo e qualitativo
• Não se processa o movimento contínuo de interação entre as técnicas produtivas e as atividades científicas
• Anos 70 aceleração da deterioração das relações de troca entre países:
• a) redução da importânica das matérias-primas tradicionais e sua substituição;
• b) melhoria das condições técnicas de explorar mananciais de mps antes considerados inexploráveis;
• c) automação reduz importância de fontes baratas de mão-de-obra.
Diagnóstico
• “O atraso científico dos pmds não é resultado de uma carência, de uma falta que pode ser corrigida com ajuda externa, mas uma conseqüência da estrutura econômica e social existente” (Herrera, 1995)
Diagnóstico
• Razão de alguns países menos desenvolvidos investirem relativamente menos em C&T do que outros (%PIB)
• As deficiências quantitativas são menos graves que a desconexão com a sociedade a que pertencem
• P.e., o investimento em pesquisa aplicada e em desenvolvimento nos pds é muito maior que em pesquisa básica. Por aqui é o contrário…
Diagnóstico
3 fatores sobre o atraso:• Culturais (hábitos, costumes,
educação, rrhh) • Relacionados com o sistema de
produção (tipo de demanda)• Institucionais (instituições débeis e
representantes de interesses conservadores
Características dos sistemas de inovação em países menos
desenvolvidos• Sistemas de C&T são relativamente menos
conectados aos sistemas produtivos• Demandas sociais desencontradas com as
demandas do sistema • Sistema produtivo com baixa densidade
tecnológica• Setor público participa com mais de 60% dos
gastos e com maior parte da execução• Instituições fragmentadas• Regime de propriedade fraco• Estrutura de fianciamento inadequada
Fonte: RICYT – Rede Iberoamericana de Indicadores de C&T
Fonte: RICYT – Rede Iberoamericana de Indicadores de C&T
Fonte: RICYT – Rede Iberoamericana de Indicadores de C&T
Fonte: RICYT – Rede Iberoamericana de Indicadores de C&T
Fonte: RICYT – Rede Iberoamericana de Indicadores de C&T
Fonte: RICYT – Rede Iberoamericana de Indicadores de C&T
Fonte: RICYT – Rede Iberoamericana de Indicadores de C&T
Fonte: RICYT – Rede Iberoamericana de Indicadores de C&T
Fonte: RICYT – Rede Iberoamericana de Indicadores de C&T
Competitividade e países menos desenvolvidos
• “A globalização não reduz a necessidade de que as economias de baixos salários se tornem competitivas…à medida que mais locais com salários baixos competem pelos recursos móveis e que a mudança técnica desgasta a vantagem competitiva da m.o. não especializada, a qualidade das potencialidades e das instituições locais torna-se o determinante primordial da possibilidade de atrair recursos externos” (Lall, 2002)
• “O isolamento dos mercados e tecnologias globais já não é um opção viável para nenhum país em desenvolvimento” (Lall, 2002)
• As atividades de alta tecnologia são as que mais crescem e as que mais geram spillovers, emprego e renda
• Quais são então as implicações para pmds?
Competitividade e países menos desenvolvidos
Inserção nas redes
• A lógica da formação de redes na economia global permite integrar tudo o que é valioso numa rede e, ao mesmo tempo, desligar tudo o que não tem valor.O mundo hoje já não se divide entre Norte e Sul, mas entre áreas ligadas a essas redes e outras delas desligadas
• A infra-estrutura essencial começa pelos recursos humanos, instrução
Agir em várias áreas simultaneamente
• P&D concentrada em áreas específicas (foco) para entrar nas redes globais de C&T
• Desenvolvimento de aplicações específicas de novas tecnologias ligadas às necessidades de desenv do país – nichos
• Criar financiamento adequado para investimento em pesquisa e inovação
• Política de formação de pessoal e de universalização dos sistemas educacionais
• Infra-estrutura de telecomunicações e sistemas de informações
• Mais do que nunca, na economia global e em rede, baseada no conhecimento, faz-se necessário, na AL, um agente do interesse público capaz de promover o novo paradigma do desenvovlvimento nas condições específicas de inserção de cada país na economia global, um agente que possa servir de interface entre o Estado e a sociedade civil, entre os fluxos globais de capital e as empresas nacionais, e entre as instituições existentes de educação e pesquisa e as novas necessidasdes desses fatores de produção.” (Castells, 2002)
BRASIL
Frases• "Nos dias de hoje e cada vez mais, a independência
econômica implica a posse de uma tecnologia avançada, condizente com os progressos da técnica e da ciência moderna.“
•A "ciência requer, para poder ser realmente efetiva na promoção do progresso de uma sociedade, condições econômicas, políticas e sociais que ela mesma não pode criar e que só podem dar-se mediante uma profunda transformação das estruturas sócio-econômicas que estão na base do subdesenvolvimento."
mensagem ao Congresso Nacional de Costa e Silva, 1968
Amilcar Herrera, 1971
Frases• Deve-se dar “prioridade à articulação do sistema de
ciência e tecnologia com o setor produtivo, com a programação governamental e com as realidades da sociedade brasileira atual. A integração entre aquele sistema e as diferentes dimensões da sociedade em mudança permitirá a conseqüente e fecunda interação”
• “A interação indústria-pesquisa-universidade (será) impulsionada mediante realização de programas conjuntos de pesquisa, em setores prioritários e, em grande dimensão, com participação de instituições governamentais de pesquisa, universidades e setor privado (...)”
•trechos extraídos do Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento (1972-74) e do Plano Básico de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1973-74)
Alguns marcos da institucionalização da C&T I
• Virada do século XIX – XX: Museu Goeldi (1885), IAC (1887), I. Bacteriológico (1893), manguinhos (1900), I. Biológico (1928)
• Não havia uma política, era mais reativo para problemas específicos de saúde pública e de agricultura. Pesquisa aplicada
• Sistema ensino / perquisa se institucionaliza nos anos 30 na USP, apesar de univ. anteriores como RJ e MG
• Entre 30 e 49 criam-se 160 estabelecimentos de ensino superior no Brasil, sem entretanto estarem ligados à pesquisa
Alguns marcos da institucionalização da C&T II
• A partir da segunda guerra vem uma politica para a ciência: 1948 SBPC; 49 o CBPF
• Institucionaliza-se a política científica e de formação de pessoal superior: CNPq e CAPES (1951) IPEN (1956)
• Preocupãção estratégica com energia nuclear e consolidação de várias associações científicas
Alguns marcos da institucionalização da C&T III
• Vinculação explícita da política científica com o desenvolvimento e crescimento econômico só na segunda metade dos anos 60
• 1965 Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e Programas, no BNDE
• 1967 Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP• 1968 primeiro plano governamental associando C&T e
desenvolvimento - Programa Estratégico de Desenvolvimento (PED) do período 1968 a 1970
• Incluia-se o setor privado e a coordenação governamental do desenvolvimento tecnológico
Alguns marcos da institucionalização da C&T IV
• 1969 criado o Sistema Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – SNDCT
• Mesmo ano o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT
• I PBDCT 1973-74• II PBDCT 1976-79• III PBDCT 1980-85• 1973 Embrapa• 1985 criação do MCT
A seqüência…• 1983 63% dos gastos com ped industrial em empresas estatais,
das quais 8 concentravam mais da metade• 92% dos pesquisadores em 1986 estavam no setor público, sendo
62% nas universidades• criou-se uma base de serviços tecnológicos correntes e oferta de
ped dissociada do sistema produtivo• a industrialização brasileira não exerceu pressão direta sobre a
oferta interna de tecnologia…• …mas gerou infraestrutura de cet e formação de pesquisadores• segmentos das empresas estatais houve sim experiências bem
sucedidas, especialmente em petróleo, aeroespacial, telecomunicações, petroleo energia eletrica e siderurgia.
• No setor privado ligas especiais e automação bancária.
Conclusões
Principais pontos de estrangulamento
• Baixa participação do setor privado (cerca de 30% do esforço nacional) e foco na pesquisa acadêmica
• Baixa efetividade em transformar capacidade acadêmica em benefícios sócio-econômicos
• Muito baixo número de patentes (menor que 100/ano – 30 vezes menos que Coréia do Sul)
• Concentração regional• Déficit na balança tecnológica• Crédito impróprio• Pequeno mercado de capitais• Pequeno volume de k risco
O que deveria ser feito?
• Adotar um conceito amplo de inovação• Gerenciar a inerente divisão de trabalho no
sistema• Explorar as economias de escala e de escopo• Explorar ativos complementares (e.g. PI,
informação etc)• Aproximar público e privado na definição de
diretrizes• Ampliar a coordenação e a governança do sistema
O que estava sendo feito…criando um novo quadro institucional para remover obstáculos ao processo
inovativo• Flexibilização das regras na academia
para fomentar o empreendedorismo• Criar novos instrumentos financeiros• Rebaixar as taxas de juros• Estimular o investimento privado em
C,T&I• Promover k risco e fundos mútuos de
investimento