gm 861 difratometria de raios x jacinta enzweiler junho 2011

49
GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

107 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

GM 861

Difratometria de raios X

Jacinta Enzweiler

Junho 2011

Page 2: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Identificação de minerais

Macroscópica

Microscópica

Ambas baseadas em propriedades derivadas de composição e estrutura

Page 3: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Identificação/caracterização

de fases em materiais policristalinos pelos seus

padrões de difração de raios X

O padrão difratométrico é único para

cada composto cristalino:

Fingerprint

E minerais muito pequenos (p.ex., argilominerais?)

Page 4: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

4Energia dos raios X: 0,1 -100 keV

Espectro eletromagnético

Page 5: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

5

Exercício 1

• Intervalo de energia dos raios X: 0,1- 100 keV

• Qual é o intervalo de comprimentos de onda correspondentes?

Page 6: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

6

Relações fundamentais

• E = hEnergia = constante de Planck x frequência

• c=

Velocidade da luz = freqüência x comprimento de onda

• E= hc/ c= 2,998x108 m/s

h= 6,624 10-34 Joule.s1 eV = 1,602 x 10-19 J

Page 7: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

7

Solução exercício 1

Energia =hc/E raios X

0,1 keV 1,6x10-17 J 1,2x10-8 m 120 Å moles

100 keV 1,6x10-14 J 1,2x10-11 m 0,12 Å duros

(Å)=12,3981/E (keV)

Page 8: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

A descoberta dos raios X - 1895

Wilhelm Roentgen

(1845-1923)

Page 9: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Primeiras radiografias

Radiografia da mão de Bertha, esposa de Roentgen (22/12/1895)

Rifle de Roentgen

Page 10: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Raios X raios catódicosNão são afetados por campos elétricos e magnéticos.

Penetram sólidos, em profundidades que dependem da densidade.

1897: J.J. Thomson demonstrou que os raios catódicos são corpúsculos com carga negativa: elétrons

Suspeitava-se que os raios X fossem ondas eletromagnéticas, mas não se conseguia observar o fenômeno da interferência, típico de ondas.

Page 11: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

1912- Max van Laue sugeriu que o comprimento de onda dos raios X era muito pequeno para a difração ser observada em fendas ou grades usadas para a luz visível.

A alternativa seria usar cristais que tem planos regulares, próximos entre si

Page 12: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Padrão de difração da vesuvianita, obtido num filme fotográfico.

Os pontos representam planos da estrutura cristalina. A distância entre os pontos é proporcional ao espaçamento entre os planos do cristal.

Que simetria é possível reconhecer nesta imagem?Ca10(MgFe)2Al4(SiO4)5(Si2O7)2(OH)4

Page 13: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Experimentos para obter padrões de difração necessitam :

•Uma fonte monocromática de raios X

•Amostra

•Um sistema para movimentar a amostra durante o experimento

•Um detetor

Page 14: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Produção de raios X

Page 15: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

núcleo LMK

e-

Feixe de elétrons

Excitação: ejeção de elétron do nível eletrônico interno

Page 16: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

núcleo LMK

E Kα =EL-EK

transição eletrônica: emissão de raios X

Page 17: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

núcleo LMK

K

E K =EM-EK

Page 18: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

núcleo LMK

L α

EL α =EM-EL

Page 19: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Um tubo de raios X

Raios X

Janela de Be Filamento de W vidro

Alvo (Cu, Fe.....)

Água p/resfriar

focalização vácuo

p/ gerador

Page 20: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Espectro de raios X de um metalIn

ten

sid

ade

energia

K= K1+ K2

Page 21: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Espectro do Cu com filtro de NiIn

ten

sid

ade

energia

K = K1+ K2

Borda de absorção da camada K do Ni=1,488 Å

Page 22: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Comprimento de onda dos raios X: 0,1-100 Å

Difração de raios X : = 1-3 Å

metal K (Å)

Cr 2,29100

Fe 1,937355

Co 1,790260

Cu 1,541838

Mo 0,710730

de tubos de raios X comuns

Page 23: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Espalhamento de ondas de raios X

Onda incidente

Frente de onda esférica

Onda espalhada

Page 24: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Duas fontes pontuais interferem construtivamente na direção das setas

Page 25: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Ao atingir a fileira de átomos os raios X são espalhados pelo elétrons. Novas ondas esféricas de = aparecem, com frentes de onda representadas por tangentes a elas: ordem zero, 1ª, 2ª, 3ª , etc..., com múltiplos do original e direção de propagação definida.

Page 26: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Interferência construtiva (n=1): 1, 2 , 3 ,..

(n= 2, 3,...):

½ , 1/3 ,...

Interferência destrutiva:

4/3 , 3/2 ...

Page 27: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Difração = Espalhamento + Interferência

(coerente) (construtiva)

Page 28: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

DIFRAÇÃO

Combinação de dois fenômenos: espalhamento coerente e interferência

Quando fótons de raios X de mesmo λ, espalhados coerentemente, interferem

entre si de modo construtivo, aparecerão picos de difração.

Page 29: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Í ndices de Miller para os três retículos cúbicos

Primitivo

Face centrada

Corpo centrado

Planos 100 Planos 110

Planos 200

Planos 111

Planos 220

Planos 200 Planos 110

Planos 111

Planos 222

Page 30: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

DRX por uma família de planos de um cristal

Page 31: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011
Page 32: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Orientação do cristal

Raios X

Det

etor

de

raio

s X

Feixe difratado

cristal

Page 33: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Exemplo de difratômetro de raios X

Page 34: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Preparação de amostra –difração de pó

Page 35: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Difratograma de pó da fluorita

Page 36: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

A intensidade de um RX difratado é proporcional à densidade de átomos do plano da estrutura que o

originou!

Page 37: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Ficha do arquivo de difração de pó (PDF) da fluorita

ICDD- The International Centre for Diffraction Data

http://www.icdd.com/

Page 38: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011
Page 39: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011
Page 40: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011
Page 41: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Identificação de minerais

Os três picos mais intensos são utilizados para iniciar o procedimento de identificação, na sua ordem de intensidade, comparando-os com dados dos arquivos PDF (powder diffraction files, ICDD, International Center for Diffraction Data). Se elas coincidirem com uma substância, as posições e intensidades dos demais picos são comparadas com as do arquivo.

Page 42: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Exercício 1:completar a tabela com o difratograma fornecido

No. do pico 2 (graus) d (Å) Altura do

pico (mm)

Intensidade relativa (altura pico/altura maior pico )

Page 43: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

0,0791,2476,910

0,09121,3768,28

0,1215,51,2973,59

0,1317,01,4563,97

0,1620,02,0644,04

0,1823,32,3737,93

0,1924,54,1121,61

0,2227,91,8449,55

0,46581,6954,56

11272,930,82

I/Il Altura do pico (mm)

d (Å)2 (graus) No. do pico

Page 44: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011
Page 45: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Nos cartões PDF encontram-se os índices de reflexão de Bragg e não os índices de Miller, isto é,

2dhklsen= onde hkl= nh nk nl

n está incorporado nos índices hkl (sem parêntesis!)

As reflexões de 1ª ordem são mais intensas e a priori a ordem de reflexão de dado pico é desconhecida.

Portanto todos os cálculos são efetuados para n=1

Page 46: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Difratometria do pó

• Análises simples, em amostras pequenas; método não destrutivo

• Identificar fases presentes (>2-5%), incluindo polimorfos

• Não se aplica a compostos amorfos ou ausentes no PDF

• Sobreposições de picos dificultam a identificação

• Contaminantes (soluções sólidas) deslocam os picos das suas posições normais

• Orientação preferencial ou com ordem/desordem

Page 47: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Fórmulas para a determinação de parâmetros de cela unitária nos diferente sistemas cristalinos

Page 48: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Principais aplicações da difratometria de raios X

• Determinação das dimensões da cela unitária

• Determinação da cristalinidade

• Avaliação do tamanho dos cristalitos das

substâncias cristalinas individuais

• Determinação semi-quantitativa das fases presentes

Page 49: GM 861 Difratometria de raios X Jacinta Enzweiler Junho 2011

Sugestões para estudo:

• Clive Whiston, C. X-Ray Methods. Analytical Chemistry by Open Learning, John Wiley & Sons, 1987 (IQ)

• Cullity, B. D. 2001. Elements of X-ray diffraction. 3a. Ed. Prentice Hall. (IFGW)

http://serc.carleton.edu/research_education/geochemsheets/techniques/XRD.html

http://www.youtube.com/watch?v=cm9W10Kg8q4&feature=related