giordana quadros brandÃo a importÂncia da … · filmens mais locados foram: deu a louca em...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO-SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GIORDANA QUADROS BRANDÃO
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE DESENHOS
ANIMADOS NO PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA
ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO
CAMPO NOVO DO PARECIS-MT
CAMPO NOVO DO PARECIS - MT
2009
GIORDANA QUADROS BRANDÃO
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE DESENHOS
ANIMADOS NO PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA
ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO
CAMPO NOVO DO PARECIS-MT
“Trabalho de Conclusão de Curso em
forma de monografia apresentada como
requisito regulamentar obrigatório para
obtenção do Diploma em Educação
Ambiental, de acordo com o instituto de pós
graduação á distância ‘A Vez do Mestre”.
Orientadores: Celso Sanchez
Vera Lúcia Vaz Agarez.
CAMPO NOVO DO PARECIS - MT
2009
AGRADECIMENTOS
Agradeço, a minha família pela a sensibilidade, o apoio e o respeito pelo meu
projeto, e ainda a generosidade diante de minha longa ausência de casa.
Agradeço aos orientadores: Celso Sanchez e Vera Lúcia Vaz Agarez pela
constante presença, paciência, amizade e apoio nos momentos oportunos e precisos.
A coordenadora de apoio de Cuiabá-MT, Rosana Dantas, pela paciência e
atenção.
Ao Dênis, pela amizade, generosidade e colaboração na pesquisa.
A Ercina T. de Quadros pelo empréstimo de energia, amizade, paciência e por
colaborações.
A Rosângela Brandão pelo apoio e companhia nas viagens.
Minha prima Caroline Quadros de Oliveira
E a toda aquela que direta e indiretamente fez parte de minha história.
Em especial, agradeço a Deus por ter enviado todas essas pessoas no meu
caminho.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho:
A todos os professores que, corajosa e honestamente, batalham para efetivar, as
nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos, num processo de educação permanente,
crítico, consciente e libertador.
A toda minha família, amigos que conscientes e corajosos, se deram às mãos,
num gesto de força, vontade, compreensão, atenção e respeito pela minha pessoa.
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi verificar a importância dos desenhos animados no
processo de ensino aprendizagem sobre Educação Ambiental na escola Dorvalino
Minozzo no município de Campo Novo do Parecis-MT. Para realização desse trabalho
além do planejamento minuncioso das aulas foi realizada investigação nas locadoras
presente na cidade, com a finalidade de levantar os DVDs, que tratavam das discussões
sobre Educação Ambiental, e que através da leitura visual e verbal de cada filme
promovia a interdisciplinaridade e a focalização para os valores humanos universais,
sistemas globais de vida, dinâmica populacional e riquezas humanas e naturais. Os
filmens mais locados foram: Deu a louca em Chapeuzinho Vermelho, Os Sem
floresta, Madagascar, Vida de inseto, O bicho vai pegar; Irmãos ursos I e II,
Monstro S/A, Espanta tubarão, A fuga das galinhas, A família do futuro, Bob
esponja e sua turma, A família do futuro, Vão dar onda, Lucas no formigueiro, O
mundo dos animais. Esses filmes foram assistidos e interpretados em sala de aula
durante período de realização dos trabalhos. O público alvo foram alunos dos 2˚ e 3˚
Ano do Ensino Médio. A metodologia utilizada foi dividir os alunos em equipes para
cumprirem as tarefas propostas durante o toda a pesquisa. A cada encontro, após assistir
o filme proposto, a equipe interpretava e debatia sobre os temas abordados no filme, e
planejavam como apresentar os resultados numa aula expositiva para a obtenção de
maiores informações, planejamento em grupo e organização disciplinar. O lúdico foi um
ponto de partida que influenciou os estudos de Educação Ambiental no processo de
ensino aprendizagem no Ensino Médio. Os resultados obtidos foram computados nas
entrevistas, através de um questionário estruturado, nas quais obtive os seguintes
resultados: dos 36 alunos presentes, perceberam além de dinâmico e engraçado as
estórias, compreenderam como nossa vida está intimamente ligada aos elementos do
ambiente e aos seres que nele vivem, e notaram que tudo que existe em nosso espaço, o
solo, a água, a luz e o ar, e a cadeia alimentar, constituem uma unidade cujo equilíbrio
deve ser assegurado. Além do mais, o trabalho alertou da importância e o
reconhecimento do ser humano como principal protagonista para determinar e garantir a
manutenção do planeta, e da Sustentabilidade local.
METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida de forma qualitativa. Envolveram-se estudos
baseados nos dados descritivos, houve contato direto do pesquisador com a situação
estudada e a preocupação em retratar a perspectiva dos participantes (LUDKE E
ANDRÉ; 1986; p.29).
Trata-se de estudo que pode ser comparado como estratégia de pesquisa que
retrata de forma completa e profunda a situação do problema. A pesquisa adota uma
variedade de fontes de informação através de investigações das diversas áreas do
conhecimento.
Segundo Fazenda (1997; p.61) o estudo de caso é um recurso onde o
pesquisador pode ter acesso a uma quantidade de informação metodológicas, até mesmo
confidenciais, pedindo cooperação ao grupo, como também posições valorativas.
No desenvolvimento do projeto foram elaborados planos de aulas incluindo os
conteúdos de biologia para construção de saberes interdisciplinares, contudo contou
também a classificação dos filmes (desenhos animados) que ofereceu discussão e
prática sobre a Educação Ambiental.
Os Filmes escolhidos (em anexo) foram apresentados aos alunos do Médio (2° e
3° Ano) e assistidos e debatidos em sala de aula com duração de 4 aula horas, três (3)
vezes ao mês na escola Dorvalino Minozzo em horário oposto.
As atividades tiveram as seguintes fases:
Na primeira fase após análise de cada filme os alunos tiveram um tempo
programado para a entrega e organização do seu trabalho relacionado ao Filme, os
mesmos responderão aos questionários, com base científica, sobre o desenho analisado.
Na segunda fase após discussão de cada análise, os alunos foram divididos em
grupos para organizarem as atividades, na elaboração de pesquisa sobre cidadania e
meio ambiente, construção de maquete referente os filmes, construção de cartazes
informativos, confecções de livros, paródias e interpretando com peça de teatro e cantos
relacionada ao meio ambiente.
Cada filme foi planejado e trabalhado com a turma.
A terceira fase contou com a exposição final do trabalho no Evento municipal
acontecido no dia 28 de Maio de 2008 realizado anualmente pela SEMEC- Secretaria
Municipal de Educação e Cultura de Campo Novo do Parecis - MT.
Em relação a esse tema foram trabalhados também o relacionamento e
construção de idéias dos alunos em relação ao meio ambiente e a cidadania, na
demonstração, organização e exposição de seus direitos e deveres no qual vivemos.
Os alunos tiveram auxílio das professoras de português, filosofia, sociologia e
biologia, na quais, as mesmas demonstraram a atenção para o desenvolvimento das
atividades e correções das pesquisas desenvolvidas durante a montagem de cada tarefa,
e importante na troca de conhecimentos com educador-educador e educador-aluno.
Todos os materiais didáticos construídos foram doados a escola na qual fez parte
do trabalho.
Como resultado final foi elaborado um questionário estruturado aos alunos sobre
o projeto elaborado durante o ano de 2008.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9
CAPÍTULO - I
1 ASPECTOS E FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ....................................... 11
CAPÍTULO - II
2 A DIDÁTICA E AS QUESTÕES TRABALHADAS EM SALA ..................... 15
CAPÍTULO – III
3 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO ........................................................................... 19
CAPÍTULO - IV
4 O DESENHO ANIMADO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL .......................... 23
CAPÍTULO - V
5 CONTEÚDOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL ....................................................................................................... 29
6 RESULTADO E DISCUSSÕES ................................................................................. 34
6.1 FILME DE CHAPEUZINHO: ........................................................................ 35
6.2 O FILME “OS SEM FLORESTA”: ................................................................ 40
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 43
APÊNDICE ..................................................................................................................... 46
ANEXO I ........................................................................................................................ 47
ANEXO II ....................................................................................................................... 48
9 INTRODUÇÃO
Neste trabalho apresenta-se os resultados de uma pesquisa a respeito da
importância dos desenhos animados no processo de ensino aprendizagem sobre
Educação Ambiental na escola Dorvalino Minozzo no município de Campo Novo do
Parecis-MT.
O professor tem se preocupado em buscar novas práticas de ensino aos alunos,
principalmente quando o aluno apresenta dificuldade e desinteresse na escola. Novas
propostas de ensino têm sido discutidas pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), n°
9.394/96, com objetivo de proporcionar aos professores a liberdade de se infundir na
diversidade de idéias, no ensino e na criatividade dentro da escola.
O lúdico é uma das diferentes formas de ensino, que pode ser desenvolvida na
escola, com objetivo de auxiliar o aluno e o professor no conteúdo ministrado. As
atividades lúdicas podem ser aplicadas na sala de aula através de atividades recreativas
como jogos, brincadeiras, desenhos, quebra-cabeças, cantigas de rodas e outras (SILVA,
et al; 2005).
Os professores têm sido influenciados nos novos métodos de ensino,
provavelmente, essa preocupação, levam-os a desenvolver atividades que contribuem no
seu conteúdo ministrado e o aluno no seu aprendizado.
Partindo desse princípio, tais atividades lúdicas têm sido aplicadas pelos
professores nas escolas Públicas e Particulares de Tangará da Serra-MT (Brandão,
2006) com objetivo de estimular o aluno a aprender, gostar e permanecer mais tempo
em sala de aula. Contudo, essa forma lúdica proporcionou aos novos educadores
presentes na educação construções de trabalhos futuros.
Além disso, segundo Texeira (1995; p.23) a atividade lúdica além de importante
na escola, serve como veiculo de comunicação, interação e afetividade com o professor
e o aluno; na qual pode ser o ponto de partida ou uma direção para o professor induzir
novos assuntos em sala de aula, como os estudos de Educação Ambiental.
10 Educação Ambiental, de acordo com Aziz ab Saber é um processo que envolve um
vigoroso esforço de recuperação de realidades e que garante um compromisso com o
futuro. “Trata-se de um novo ideário comportamental, tanto no âmbito individual e
como coletivo”.
A análise de trabalhos que tratam deste assunto leva a entender que a realidade
educativa não se transforma apenas na transmissão de conhecimento, mas na interação,
afetividade e ludicidade dos professores no desenvolvimento das aulas, o que torna
interessante investigar e discutir.
Partindo dessa discussão, pareceu pertinente entender a Educação Ambiental
assistindo e interpretando com os alunos do Ensino Médio os desenhos animados
encontrados nas locadoras de Campo Novo do Parecis - MT.
11
CAPÍTULO - I 1 ASPECTOS E FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
Desde que a sociedade é percebida como grupo humano organizado, com uma
certa história de vida, consegue-se identificar uma maneira de criar e ensinar diferente,
constituindo uma prática social universalmente caracterizada como educação.
A educação é conhecida como campo de produção de conhecimentos
sistematizados e está presente em todo lugar (CURY, 2000, p.42).
Não só na escola, pode haver redes e estruturas sociais de trocas de saberes de
uma geração a outra que possibilita a interação, pois mesmo onde não há escola, cada
tipo de grupo humano consegue desenvolver recursos e métodos para ensinar crianças e
adultos, o saber, a crença e os gestos.
Frente a esta realidade, a educação nos acompanha durante a vida, pois sempre
estamos aprendendo coisas novas e, portanto, nos educando.
Num mundo repleto de transformação, a escola se insere como elemento
essencial aos processos de percepção e assimilação da herança cultural acumulada pela
humanidade ao longo de sua evolutiva trajetória. É inegável que a escola enquanto
tempo espaço cotidiano possui importante função social e, ainda, o quanto há para
transformar, melhorar e fazer.
A experiência de vida de um indivíduo conta muito, pois são instrumentos
necessários para seu sustento na vida, segundo Cury (2000; p.42-43), os grupos que
guardam essa continuidade histórica, conserva uma riqueza de conhecimento, nas quais,
são informações importantes para construção de idéias e valores culturais que podem ser
transmitidos de geração a geração.
E essa capacidade de conservar e refletir sobre as experiências vividas, nos
auxilia para o nosso aprimoramento e para o desenvolvimento de nossa competência e
habilidades de pensar e saber pensar e fazer.
12
A educação vem sofrendo constantes mudanças ao longo do tempo, e não é a
mesma em toda à parte, isto pode ser justificado se considerarmos várias sociedades e
várias épocas históricas, nota-se que há diferentes tipos de educação e as diferentes
idéias educativas.
Em Atenas a educação de seu povo procurava formar espíritos delicados,
prudentes, sutis, embebidos de harmonias, capazes gozar do belo e os prazeres das as
artes literárias; Em Roma, na educação de sua sociedade, desejava-se que os pais
ensinassem seus filhos desde crianças se tornassem aprendizes de homens de ação,
apaixonados pela glória militar, e indiferentes no que tocasse às letras e às artes. Já na
Idade Média, a educação de seu povo era cristã, antes de tudo; na Renascença, toma
caráter mais leigo, mais literário. Somente no século XIX, enfatizam-se a relação entre
educação e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformação. A
tecnologia foi um dos momentos que possibilitou aos homens a buscarem alternativas
para aprimorar seu trabalho. Pois as novas máquinas, experiências, chegavam no
mercado de trabalho (CATANI, et al; 2001: p.22).
Com os avanços tecnológicos, a escola também não pôde ficar atrás. Procurou
caminhar junto, buscando novos métodos, novos conhecimentos, aprimorar os recursos
didático-pedagógicos, novos equipamentos, oferecer um espaço adequado e mais
saudável, onde o aluno possa sentir o prazer de estudar.
E o professor está preocupado em buscar novos conhecimentos, para melhorar o
ensino, a qualificação e reconstrução dos valores sociais.
Justifica-se então o bom desempenho do educador na prática, além do ensino
acadêmico, teve sua formação enriquecida com relações de qualidade, práticas e
vivências capazes de prepará-lo para os embates da vida adulta (COSTA; 2000. p.32).
A idéia de mudança na educação implica aspectos históricos, culturais, sócio-
econômicos, tecnológicos e biológicos na construção dos saberes. A necessidade e
vontade de mudança estão relacionadas à constatação das lacunas ocasionadas entre o
que a sociedade está pedindo da formação dos indivíduos e o que o espaço escolar está
oferecendo para dar conta disso, ou seja, ao perceber-se ineficaz, despreparada e
desatualizada a instituição entende esse vão e busca recuperar-se e criar novos meios de
interagir e aprender para então desempenhar sua função social de fato.
13
Hoje, com as novas perspectivas de ensino, discutindo, sobretudo, a
diversificação de atividade para preparação do aluno na educação básica, o professor
pode ter sido influenciado pela transformação, e sua a ação como pessoa e como
profissional, é fundamental para a formação pessoal e intelectual do cidadão, no
entanto, segundo (XAVIER, et al; 1994), “o professor não é o único responsável pelo
sucesso ou insucesso do processo educativo”.
Por essa razão, dentro das escolas as discussões que procuram compreender esse
quadro tão complexo e, muitas vezes, caótico, no qual a educação se encontra
mergulhada, são cada vez mais freqüentes. Professores debatem formas de tentar
superar todas essas dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito em
breve não se conseguirá mais ensinar e educar. Entretanto, observa-se que, até o
momento, essas discussões vêm sendo realizadas apenas dentro do âmbito da escola,
basicamente envolvendo direções, coordenações e grupos de professores. Em outras
palavras, a escola vem, gradativamente, assumindo a maior parte da responsabilidade
pelas situações de conflito que nela são observadas.
Todo este enfoque só adquire seu verdadeiro significado numa perspectiva
histórico-sociológica. De fato, sem sociedade não haveria sequer conhecimento.
Quanto maior e mais diversificado for o contato dos pais com a realidade, mais
se abrem os horizontes e os interesses pelo conhecimento. É evidente que, através do
conhecimento, o mundo adquire outra dimensão, garantindo-se desta forma a dinâmica
dialética entre ciência e realidade, entre sociedade e cidadania.
Em outras palavras, precisa funcionar a partir de um projeto capaz de envolver à
todos de maneira reflexiva e significativa. A articulação de todos em torno de objetivos
comuns, de forma a integrar todas as atividades escolares, sejam elas de cunho
pedagógico ou administrativo.
A prática administrativa e pedagógica dos sistemas de ensino são elementos
essenciais nos aspectos e fundamentos da educação, portanto, tem sido discutida na Lei
de Diretrizes e Bases (LDB) de n° 9394/96 (1997), com finalidades de estabelecer as
formas de convivência no ambiente escolar, os mecanismos de formulação,
implementação de políticas, a organização do currículo, das situações e aprendizagem.
Esses fundamentos constatados pela LDB deverão ser coerentes com os valores
estéticos, políticos e éticos de suas instituições”, e ressalta ainda que se a estética.
14
[...] da sensibilidade substituir a da repetição e padronização, estimulará a criatividade, o espírito inventivo, à curiosidade pelo inusitado, à afetividade,e conseqüentemente, o imprevisível e o diferente.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs. 1997; p. 50-51), a
estética da sensibilidade não é um princípio inspirador apenas do ensino de conteúdos
ou atividades expressivas, mas uma atitude diante de todas as formas de expressão, que
deve estar presente no desenvolvimento do currículo e na gestão escolar. Ela não se
dissocia das dimensões éticas e políticas da educação, porque quer promover a crítica à
vulgarização da pessoa; às formas estereotipadas e reducionistas de expressar a
realidade; às manifestações que banalizam os afetos e brutalizam as relações pessoais.
Sem um fio condutor, o conteúdo e a aproximação do professor e aluno em sala
e as questões ambientais e biológicas perde-se no labirinto dos mecanismos
institucionais e disciplinares.
Por isso, que os profissionais de forma integral, os professores teriam de
construir e atualizar as competências necessárias para o exercício, pessoais e coletivas,
da autonomia e da responsabilidade. A autonomia e a responsabilidade de um
profissional dependem de uma grande capacidade de refletir em e sobre sua ação. Essa
capacidade está no âmago do desenvolvimento permanente, em função da experiência
de competências e dos saberes profissionais (PERRENOUD; 2002).
Neste mesmo contexto, a autonomia é outra palavra que precisa estar no
dicionário da escola. Ela representa algo que não se ganha, mas se constrói. Assim, por
exemplo, a escola consegue, paulatinamente, tomar decisões sobre temas que podem ser
resolvidos dentro da própria comunidade escolar, e conforme sua realidade.
Em todos os casos, pode-se ressaltar que a autonomia nos disponibiliza a
liberdade de reflexão e criatividade para novos projetos com intuito de contribuir com
ensino aprendizagem no âmbito escolar.
15
CAPÍTULO - II
2 A DIDÁTICA E AS QUESTÕES TRABALHADAS EM SALA
A complexidade da problemática das relações entre escola e cultura e as
diferentes formas dos professores situarem-se em relação a ela têm mobilizado interesse
durante os últimos anos, no sentido de orientar nosso olhar, nossa reflexão e pesquisa
para as formas concretas através das quais os professores tentam trabalhar esta relação
no cotidiano escolar.
É cada vez mais evidente a necessidade de reconhecimento do caráter
polissêmico da educação escolar. Sendo assim, “não podemos considerá-la como um
dado universal, com um sentido único, principalmente quando este é definido
previamente pelo sistema ou pelos professores”. Dizer que a escola é polissêmica
implica levar em conta que seu espaço, seus tempos, suas relações podem estar sendo
significados de forma diferenciada, tanto pelos alunos, quanto pelos professores,
dependendo da cultura e projeto dos diferentes grupos sociais nela existentes.
Também entre nós vem crescendo, principalmente nos anos 80 e 90, uma nova
consciência das diferentes culturas presentes no tecido social brasileiro e um forte
questionamento do mito da “democracia racial”.
Diferentes movimentos sociais- grupos indígenas, de cultura popular,
movimentos feministas, dos “Sem Terra”, etc- têm reivindicado um reconhecimento e
valorização mais efetivos das respectivas identidades culturais, de suas particularidades
e contribuições específicas á construção social. Neste contexto, a desnaturalização da
cultura escolar dominante nos sistemas de ensino se faz urgente, buscando-se caminhos
de incorporar positivamente a diversidade cultural no cotidiano escolar.
Na primeira metade da década de 70 havia uma visão funcionalista da educação
no Brasil, a didática trabalhada nesse tempo era positivista, na qual, aplicava estudos
para seus elementos (professores, alunos, objetivo e planejamento) centrados nos
aspectos instrumentais, neutros e técnicos. Já a partir da década de 80, registra-se uma
16 nova didática no currículo de formação do professor, iniciando a sistematização,
desenvolvimento na didática Fundamental, baseada na pedagogia crítico-social
(OLIVEIRA; 1992: p.29).
Essa mudança na didática, provavelmente, expressou diferentes implantações de
práticas de ensino na educação.
Hoje, no processo educativo cada área possui finalidade, a didática e a prática de
ensino, deve-se se comprometer com a democratização e a construção do saber, no
sentido de possibilitar às classes populares não só o acesso à escola, e a permanência
nela o maior tempo possível.
A didática aborda maneiras indispensáveis para a área de atuação, as práticas
pedagógicas e valores sócio-culturais, são elementos essências para trabalhar o
desenvolvimento do aluno e organização do profissional.
O Ensino de Ciências Naturais tem se orientado por diferentes tendências nas
práticas pedagógicas, que ainda hoje se expressam nas salas de aula como ressalta os
Parâmetros Curriculares Nacionais (1997; p.20).
As propostas para o ensino de Ciências debatidas para a confecção da lei de Diretrizes e Bases da lei n. 4.024/61 orientavam-se pela necessidade de o currículo responder ao avanço do conhecimento científico e às demandas geradas por influências da escola nova. Essa tendência deslocou o eixo da questão pedagógica, dos aspectos lógicos para aspectos psicológicos, valorizando a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem.
Hoje quando se trabalha com de Ciências Naturais nas escolas, por exemplo,
com uma certa dose de descontração e práticas, pode ser que os alunos tende a buscar
soluções e sanar dúvidas, provavelmente a partir das observações sobre o fato em sala
de aula possibilita o aluno levantar hipóteses, testá-la, de forma a tirar conclusões
sozinho. Com essa perspectiva que se buscou ocasião à democratização do
conhecimento científico, reconhecendo-se a importância científica.
Pode ser dizer, quando se depara com uma crise ambiental que coloca em risco a
vida do planeta, o ensino de Ciências Naturais pode contribuir para uma reconstrução da
relação homem-meio em outros termos. São exemplos dessas questões como a
manipulação gênica, os desmatamentos, o acúmulo na atmosfera de produtos resultantes
17 da combustão, o destino dado ao lixo hospitalar, industrial e doméstico que contribui
para a formação da integridade pessoal.
Nesse sentido, quando alia-se os alunos aos novos horizontes para que façam
ligações e comparações com sua realidade, possivelmente o saber, o gosto pela matéria
pode ser tornar atrativa.
Segundo winnicott (1975) “É importante que o professor saiba usar a sala de
aula como espaço transicional no qual a interação se realiza, pois o conhecimento só
se torna saber quando é desejado”.
Em outro aspecto, a sala de aula possibilite “espaço de criação” como
possibilidade para metodologia de pesquisa a autobiografia educativa.
O Espaço de criação propriamente dito visa possibilitar ao professor um
elemento estratégico, para que ele possa lidar com a diversidade cultural em sala de
aula. Um processo direcionado a cada aluno em suas características e competências
singulares. Um processo em que alunos e professores possam se tornar sujeitos de seu
aprender e da construção de saberes nos dá abertura para a ampliação de nossos
objetivos, estendendo o processo de apoio psicopedagógico aos educadores para uma
visão de acompanhamento de autoformação numa proposta transdisciplinar. Abarca o
exercício sistemático da observação e reflexão da experiência do educador na relação
com os outros (alunos, colegas, ambiente) e consigo mesmo, de seu trajeto pessoal e
profissional, sua história de vida e de uma produção pessoal de sentido e de saber-
aprender.
SILVA (1993) em sua concepção sobre os métodos e práticas pedagógicas e as
responsabilidades na preparação e formação de alunos, demonstra-se que,
[...]..recuperando os métodos, até agora censurados, conseguiremos dar mais dignidade ao ensino [...]. Trazendo para a sala os textos até agora censurados, conseguiremos tornar o trabalho docente mais produtivo [...] Propondo os conteúdos que foram e são censurados pelos autores os programas e manuais escolares, faremos que a educação atenda as reais necessidades das crianças [...]. Restaurando os propósitos primeiros do ato de educar, conseguiremos dar mais vitalidade e coerência as nossas ações pedagógicas e políticas [...]”. Deixando de agir como pequenas autoridades (reprodutores inocentes da moral capitalista), os professores vão libertar-se da parafernália autoritária, que há muito tempo vem lhes fazendo a cabeça.
18
Hoje, a escola se insere como instituição social relevante aos processos de
percepção e assimilação da herança cultural acumulada pela humanidade ao longo de
sua evolutiva trajetória. Possui função social e, por se dinâmica e viva, deve sempre se
propor nos movimentos de transformação, de mudança e melhoria.
Por fim, vale ressaltar também, é os avanços educativos, visando atender as
expectativas atuais, por isso os professores estão sempre buscando o seu
aperfeiçoamento visando à melhoria do ensino.
19
CAPÍTULO – III
3 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO
A palavra: lúdico vem do latim ludus, e significa brincar. Neste brincar estão
incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta daquele
que joga, que brinca e que se diverte (TEXEIRA; 1995: p.14).
Desde que nascemos temos a necessidade de nos deslocarmos em algum sentido.
No início, somos desajeitados, sem muita coordenação e com um gasto grande de
energia. À medida que vamos crescendo, também vamos melhorando a capacidade de
deslocar. E adquirimos uma performance, tal, que os movimentos serão realizados com
maior precisão, gastará menos energia.
O ser humano constrói seu mundo, adquirindo, pois, noções de espaço, tempo e
conhecimento do seu próprio corpo, desenvolvimento adquirido social e afetivamente.
Os conhecimentos devem ser trabalhados na escola, contribuindo com o aluno nas
maneiras de interpretar suas curiosidades e idéias em forma de jogos, brincadeiras,
teatros, etc.
Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do
indivíduo, seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo.
Percebemos hoje nas escolas, a ausência de uma proposta pedagógica que
incorpore o lúdico como eixo de trabalho. Essa realidade do brincar nas escolas leva-
nos a perceber a inexistência de espaço para um bom desenvolvimento dos alunos.
Esse resultado, apesar de apontar na direção das ações do professor, não devemos
atribuir-lhe a culpa. Ao contrário, trata-se de evidenciar o tipo de formação profissional
do professor que não contempla informações nem vivências a respeito do brincar e do
desenvolvimento infantil em uma perspectiva social, afetiva, cultural, histórica e
criativa.
Um dos grandes pesquisadores sobre a inteligência infantil Jean Piaget, criador
da teoria psicomotora, relata que existem dois processos básicos de adaptação do ser
20 humano ao meio ambiente, sendo eles: assimilação (incorporação de novos objetos aos
esquemas já construídos), e acomodação (tentativa de se ajustar a uma nova situação).
Para ele, no jogo infantil, há prevalência de assimilação sobre acomodação
porque a criança tende a satisfazer no jogo seus próprios interesses.
O ser humano passa por diferentes períodos ou etapas cognitivas até chegar à
maturação, e o jogo ocorre de forma peculiar conforme cada período.
De acordo com a discussão sobre desenvolvimento humano, há quatro fases de
desenvolvimento: Cada criança brinca de acordo com a etapa em que se encontra.
Assim, uma criança de 0 a 2 anos está na fase sensório- motora, realiza brincadeiras
denominadas “jogos de exercícios”: ela encontra satisfação em manipular objetos,
experimentá-los em seu corpo. Na fase pré-operatória de 2 a 6-7 anos a criança está no
auge do egocentrismo, ou seja, mais centrada em si. Costuma ficar falando e brincando
sozinha. Já na fase operacional concreto de 6-7 a 11-12 anos ela está disposta a brincar
em grupo, participando de jogos coletivos e aceitando as regras. Quando chega ao
estágio operacional formal a partir dos 12 anos é capaz de jogar com regras complexas,
como jogos de interpretações, relata ainda que “o pensamento lógico está semelhante ao
do adulto (PIAGET ,1998; p.23).
Vygostsky (1998), outro pesquisador, compreende que essas fases são
importantes, mas que o papel do professor é justamente auxiliar o aluno na passagem de
uma fase a outra. Noutras palavras, podemos iniciar o desenvolvimento de uma fase já
no estágio anterior, explica ainda, que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e as
funções psicológicas são constituídas ao longo dela. Para ele “o sujeito não é ativo nem
passivo: é interativo”.
São poucas as escolas que investem neste aprendizado. A escola simplesmente
esqueceu a brincadeira, na sala de aula ou ela é utilizada com um papel didático, ou é
considerada uma perda de tempo. E até no recreio, a criança precisa conviver com um
monte de proibições.
Podemos dizer que a brincadeira não é apenas uma dinâmica interna da criança,
mas uma atividade dotada de um significado social que necessita de aprendizagem.
Tudo gira em torno da cultura lúdica, pois a brincadeira torna-se possível quando
apodera elementos da cultura para internalizá-los e criar uma situação imaginária de
reprodução da realidade.
21
A aprendizagem envolve o uso e o desenvolvimento de todos os saberes,
capacidades, potencialidades do homem, tanto físicas, quanto mentais e afetivas,
conforme explica Campos (1991 p.14).
Dispor de uma cultura lúdica é dispor de um certo número de referências que permitem interpretar como jogo atividade que poderiam não ser vistas como tais por outras pessoas. O desenvolvimento de uma pessoa é determinado pelas experiências possíveis, mas não produz por si mesmo a cultura lúdica. Esta se origina das interações sociais, do contato direto ou indireto. A cultura lúdica como toda cultura é o produto da interação social.
Sendo assim, as atividades lúdicas integram as várias dimensões da
personalidade afetiva, motora e cognitiva. Vê-se que a ludicidade é capaz de facilitar
além do progresso da personalidade integral do aluno, como o progresso de cada uma
das funções psicológicas, intelectuais e morais.
Quando se afirma que o lúdico é um meio de interação, o ato de criar permite
uma pedagogia do afeto, amor, sentimentos na escola, portanto, isso se justifica quando
há uma relação educativa do educador e educando, pois a disponibilidade do
envolvimento afetivo, cognitivo surgem no decorrer das aulas, estimulando o respeito e
a criatividade do sujeito.
A afetividade é estimulada por meio da vivência, a qual o educador estabelece
um vínculo de afeto com o educando. A criança necessita de estabilidade emocional
para se envolver com a aprendizagem.
O afeto pode ser uma maneira eficaz de se chegar perto do sujeito e a ludicidade,
em parceria, um caminho estimulador e enriquecedor para se atingir uma totalidade no
processo do aprender (KISHIMOTO; 2002).
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode
ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico pode facilitar a
aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa
saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de
socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento, Kishimoto (2002)
expõe que quando damos ênfase à formação lúdica.
22
[...] envolve o aspecto geral teórico-prático do acadêmico em sua prática pedagógica, envolve alunos e os professores que já atuam na Educação Infantil e se encontram na realidade-escolar, bem como os aspectos metodológicos que envolvem a criança-sujeito, do conhecimento em construção [...]
A formação do sujeito não é um quebra-cabeça com recortes definidos, entendo
que essa formação depende da concepção que cada profissional tem sobre a criança,
homem, sociedade, educação, escola, conteúdo e currículo.
A formação lúdica interdisciplinar se assenta em propostas que valorizam a
criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma,
proporcionando aos futuros educadores vivências lúdicas, experiências corporais que se
utilizam à ação do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fonte dinamizadora
(KISHIMOTO, 2002).
Pensando nesse sentido, quanto mais o adulto aceitar a ludicidade, pode ser que
maior será a chance deste profissional trabalhar com o aluno de forma prazerosa.Tal
formação permite o educador saber de suas possibilidades e limitações, desbloquear
resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida
de um indivíduo
23
CAPÍTULO - IV
4 O DESENHO ANIMADO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A composição dos desenhos animados dos episódios infantis e não infantil hoje
na TV– reproduz e perpassa temas geradores de discussões sobre meio ambiente. A
poluição urbana, desmatamento, caça ilegal, água, povos nativos, urbanismo, e
consumismo caracterizam temas transversais, que inspirados nos estudos ambientais,
provocam abordagem criticas dos personagens e cenas.
O sucesso dos desenhos animados em DVDs tem o propósito de explorar, por
meio de um recurso audiovisual, uma forma de comunicação educativa que sirva como
apoio para inserção da dimensão ambiental.
Antes de entrarmos em discussão da importância dos recursos áudio-visual, vale
comentar que no currículo da escola Dorvalino Minozzo em Campo Novo do Parecis -
MT, os meios de comunicação não eram bons e nem ruins em si mesmos. Mesmo assim
servia de técnicas para construção de resultados e criatividade para os alunos e
professores, quando disponível.
Os materiais educativos de certa forma fazem parte da cultura educacional. O
vídeo, os DVDs, quando conveniente, são instrumentos importantes e suplemento para a
prática docente dos professores e para a aprendizagem dos alunos.
O sucesso dos desenhos animados entre as crianças não é um fenômeno recente.
Desde a década de 60, numa entrevista dada na MultiRio (TV educativa, no ano de
2007), são programas favoritos da garotada. Esse sucesso se deve ao fato dos desenhos
terem como uma de suas principais características a linguagem lúdica. E ainda mais, são
convites às crianças para o jogo. Mais do que um entretenimento televisivo, eles
carregam discursos, seja por meio dos personagens ou de suas aventuras que podem ser
traduzidas em jogos e brincadeiras.
O desenho é uma habilidade de expressão gráfica natural do ser humano,
ocorrendo o seu aparecimento ainda na infância. É por isso que as crianças ao
24 empunharem qualquer instrumento que lhes permitem rabiscar, imediatamente sentem-
se impulsionadas a representar linhas ou formas. Elas constroem o seu imaginário num
ato espontâneo e mágico deixando sua marca no mundo. São capazes disso muito antes
de aprenderem a escrever.
Enquanto habilidade natural, o desenho da criança e pela criança, passa por
varias fases de desenvolvimento desde os primeiros rabiscos até sua estagnação com o
realismo visual por volta dos dez anos de idade. A partir da representação de formas
feitas por jovens ou adultos de qualquer idade tendem a regredir ou permanecem
inalteradas, mantendo as mesmas características do desenho infantil.
Para superar a estagnação do seu desenho e avançar para além do realismo
visual, a criança precisaria da participação direta da escola. Seriam indispensáveis aulas
mesmo básicas sobre a habilidade de ver e representar graficamente a forma dos
motivos visualizados. Mas essa realidade não existe.
O desenho não é considerado como parte integrante da formação comum do
educando. Não é visto como uma necessidade que deva prosseguir da pura expressão
rumo ao conhecimento. É deixada a margem do ensino, em vez de acompanhar a
evolução cognitiva da criança, como ocorre com os demais conteúdos ministrados na
sala de aula. Devido à inexistência de preparo escolar na área da visualidade e
representação de imagens temos adolescentes e adultos inseguros quanto ao seu
desenho.
A maioria acha que não tem potencial para o mesmo. Se verificarmos sobre o
nível de desenvolvimento do desenho entre as pessoas, identificaremos basicamente três
categorias. Na primeira delas estão os indivíduos que constroem suas imagens
eventualmente, num fazer espontâneo sem preocupar-se com o aperfeiçoamento dessa
habilidade. Na segunda categoria fazem parte os que superam os seus próprios limites e
mesmo sem o apoio da escola conquistam o domínio do traço pela observação e
dedicação ou ainda com a ajuda dos livros e a insistência da prática diária. Alguns,
destes, tornam-se exímios desenhistas. Na terceira categoria encontram-se os que
fizeram cursos, oficinas ou são profissionais na arte do desenho mediante formação
acadêmica. Uma parte, dentre estes, exercem essa prática como um modo de vida.
25
Como resultado dessas observações sobre as habilidades e importância dos
desenhos, concluímos que não importa o nível de conhecimento e experiência, no fundo
todos desenham e necessitam dos desenhos.
Atualmente, essa relação entre o desenho animado, o jogo e a brincadeira da
criança está cada vez mais visível. Na verdade, o desenho animado traz uma visão do
que é ser criança no mundo em que vivemos e de como o adulto vê a criança, a
brincadeira e o jogo infantil. No entanto, essas visões não são definitivas.
E, essa visão ganha vida no momento em que a criança as interpreta o seu modo
e, com elas e a partir delas, constitui seus valores e formas de se inserir na vida social.
É muito comum os adultos definirem o que é importante e bom para a criança
ver na TV. Em geral, os critérios se baseiam em concepções pedagógicas orientadas por
princípios psicológicos sobre o desenvolvimento e a aprendizagem.
Em relação à produção dos desenhos animados, não saberia dizer se esta
preocupação existe entre os produtores. A perspectiva da criança como consumidora
exigente e ícone da nova geração, é o que se coloca como critério no campo da
produção de mídia. Muito mais do que educar a criança, os produtores de desenhos
animados parecem estar interessados em propor desafios aos pequenos e desconstruir
papéis estabelecidos.
Para falar a verdade, não há uma técnica especial para a disseminação da
Educação Ambiental, no entanto, como analisa SATO (2004; 41) são recomendáveis,
que os profissionais da educação, tenham e a praticam “a coerência e a boa seleção dos
materiais didáticos, particularmente dos livros didáticos, a promoção de alternativas aos
problemas ambientais, discutindo um gerenciamento adequado e a utilização de jogos,
simulações, teatros e outras novas metodologias que auxiliam na familiarização dos
estudantes com os problemas ambientais”.
Para entender melhor o valor da temática ambiental é importante compreender o
valor de cada vida que integra esse grande ecossistema vital que denominamos de Gaia,
como ressalta.
[...] é a denominação da terra na mitologia grega onde esta é personificada como elemento gerador das raças divinas: urano (céu), as montanhas e ponto (mar), etc. Mais tarde, a idéia de Gaia como geradora de Deuses foi sendo substituída pela idéia de fertilidade da terra. Hoje ao nos referimos à teoria de Lovelock que vê o planeta
26
terra como um grande ser vivo, ou melhor, como um grande superorganismo auto-regulador.
Falar de Educação Ambiental independe da estratégia a ser utilizada ou âmbito
onde esta será desenvolvida, significa acima de qualquer coisa, falar de vida em
plenitude. Isso é das vidas presente em micro ecossistema celular até as vidas que
garantem a sustentabilidade de um macroecossistema como uma grande floresta.
Ao contrario do que se possa pensar para tratar dessas questões é comum
enfocarmos uma série de temas que extrapolam as discussões biológicas sobre natureza
e meio ambiente em seus aspectos físicos e bioquímicos.
Se quisermos compreender e defender a vida através da Educação Ambiental
faz-se necessário discutimos diversos temas de relevância social como a valorização do
patrimônio histórico. Essas questões só recentemente foram introduzidas de modo
oficial no sistema escolar. Em termos legais, somente em 1999 foi transformada em lei
(9795/99) devendo assim ser mais difundida e reconhecida oficialmente como um
componente urgente da educação (COSTA, 2000).
Através de diferentes estratégias a Educação Ambiental quer promover uma
ampla conscientização ecológica que leve o homem a repensar sua postura, enquanto ser
racional, diante da vida, promovendo assim um processo de responsabilização
individual e coletiva da sociedade frente ao meio ambiente do qual integra. Esse
certamente não é um trabalho fácil.
Contudo é importante e necessário que não nos deixemos levar por discursos de
lamentação ou derrota, mantendo-nos firmes na luta por um mundo melhor não apenas
para nós, mas para as futuras gerações que não devem ser penalizadas por nossas
escolhas (COSTA, 2000).
E mais, como chama atenção o texto de Costa (2002), “Educação perde parte
de sua essência e pouco pode contribuir para a continuidade da vida humana” em
outras palavras, ela perde sentido e torna-se no mínimo inútil.
A educação apenas reforça uma da modalidade da mesma dentre tantas outras
que a mesma encerra, como profissionalizante ou permanente e de que, portanto, não
existe uma modalidade de educação especifica ou singular, diferenciada de uma
educação geral, denominada Educação Ambiental, não ignoramos o fato de como a
Educação foi e continua sendo pensada pelas políticas municipais e estaduais de ensino,
27 onde mal se consegue preparar o cidadão para o pleno exercício de sua cidadania,
quanto mais permitir que esse exercício seja acompanhado de uma consciência
ambiental. Tanta a Educação Ambiental, como a Educação Popular, são formas
educativas que surgiram justamente pelos inúmeros vazios deixados pelo sistema
educacional clássico em não conseguir cumprir esse papel básico que lhe cabia.
Desde os tempos mais primitivos onde a escola era a aldeia e a educação era
confiada a toda comunidade em função da vida e para a vida (GADOTTI, 1993).
Da mesma forma, entendemos que ao se insistir nos referidos complementos,
não se está inventando ou criando dimensões novas para a Educação, mas sim
desvelando, dimensões próprias da mesma, que passaram a ser mais valorizadas não
somente em função da crise ambiental, mas própria crise da modernidade, onde o
homem num processo de individualismo, cada vez mais intenso foi se isolando do meio
a sua volta, mantendo-se indiferente frente a situações de extrema marginalidade e
corrupção (CARVALHO, 2003).
A Educação e, por conseguinte a Educação Ambiental está sempre ligada
intimamente ao processo social através do qual o homem adquire costumes,
conhecimentos e valores vigentes em seu grupo e em sua época, aos quais ele pode
simplesmente se adaptar ou intervir, modificando o curso de sua historia.
Por isso Paulo Freire defende que não há educação fora das sociedades humanas
e não há homens isolados.
[...] O homem é um ser de raízes espaços-temporais. A instrumentação da educação. [...] depende da harmonia que se consiga entre a vocação ontológica deste ser situado e temporalizado e as condições especiais desta temporalidade e desta situacionalidade (FREIRE, 1997).
Além do mais a educação pode ser entendida como um processo crítico
transformador capaz de promover um questionamento mais profundo sobre a realidade
ambiental na qual o homem se integra, levando-o a assumir uma nova mentalidade
ecológica, pautada no respeito mútuo para com o meio ambiente e os que dele fazem
parte.
Por fim, a educação em geral é um processo de conscientização ambiental amplo
que se concretiza através de projetos e programas realizáveis de educação visando
28 aproximar o homem do meio ambiente em busca de melhores condições de vida. Seu
destino sim é grande e complexo, por encarar um conjunto de problemas ambientais,
que como ressalta SERRES (1991), “foram causados por uma civilização que já está ai
há mais de um século, geradas pelas longas culturas que a precedem, infligindo danos a
um sistema físico de milhões de anos,” (SERRES, 1991); e por promover um esforço
constante de reflexão sobre o destino do homem e futuro do planeta envolvendo uma
nova filosofia de vida e um novo ideário comportamental, tanto em âmbito individual,
quanto em escala coletiva.
29
CAPÍTULO - V
5 CONTEÚDOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
Nos últimos anos, diante das muitas transformações pelas quais vem passando o
pensamento e a prática da pedagogia nos pais e no mundo seja no âmbito das escolas
particulares ou do aparelho institucional educacional de Estado, alguns pensadores tem
assumido um papel de destaque no meio, tanto pela influencia de seus trabalhos entre os
que se dedicam a formação dos profissionais de educação quanto pela apropriação de
suas idéias pelos responsáveis pela formulação das políticas educacionais do estado em
nível federal, estadual ou municipal.
Quando o assunto é meio ambiente, os prognósticos para os próximos cem anos
são alarmantes. Como meio ambiente entende-se o “conjunto dos elementos que, na
complexidade das suas relações, constituem o quadro, o meio e as condições de vida do
homem, tal como são, ou tal como são sentidos” (CANOTILHO, 1995). Não se trata
apenas de exagero dos ambientalistas.
Ao mesmo tempo em que a humanidade vira o milênio usufruindo de suas novas
conquistas, vários são os desafios e problemas a serem enfrentados, principalmente no
que diz respeito à conservação do meio ambiente e à conseqüente melhoria da qualidade
de vida.
Uma recente pesquisa divulgada pela WWF (World Wide Foundation) publicada
no Informativo n° 34 - novembro / dezembro de 2000 de Jaqueline B. Ramos,
demonstra a necessidade da busca por mudanças de padrões, hábitos e comportamentos
insustentáveis, danosos ao meio ambiente. Atualmente, as organizações não
governamentais de meio ambiente não falam somente em desenvolvimento sustentável,
mas também defendem a adoção da “econologia”, que combina princípios da economia,
sociologia e ecologia. A econologia é defendida por ambientalistas como a forma de
30 viabilizar o desenvolvimento sustentado e seu conceito prevê a “reinvenção da
economia” principalmente com a adoção de energia renovável.
No Brasil, as discussões sobre desenvolvimento sustentável e sustentabilidade
são coordenadas oficialmente pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento
Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). A Agenda 21 foi o compromisso firmado
pelos países signatários da Rio 92 de incluir o desenvolvimento sustentável nas pautas
de discussão de suas políticas internas e externas de desenvolvimento.
Em 1999, a CPDS desencadeou um processo de planejamento participativo para
analisar a situação atual do país. A idéia era identificar suas potencialidades e
fragilidades de forma a conceber um plano de desenvolvimento sustentável.
O resultado foi à elaboração do documento Agenda 21 Brasileira - Bases para
Discussão, que contou com a participação de, aproximadamente, 800 representantes de
diferentes setores da sociedade de diversas regiões do país. O objetivo deste documento
é ampliar a divulgação de informações e o envolvimento da sociedade na discussão das
propostas até agora formuladas, tendo assim mais subsídios para a formulação da
Agenda 21 Nacional e das suas versões locais (para as cidades).
A preocupação com o desenvolvimento sustentado ganhou espaço em
universidades, governos e grandes empresas. Finalmente percebeu-se que, se há um
limite para o crescimento das atividades do homem na Terra, essa linha divisória é
justamente o modo como o ser humano interage com a natureza.
Ruschmann (1999) afirma que “a inter-relação entre produção e meio ambiente
é incontestável, uma vez que este último constitui a matéria prima da atividade.
Atividade esta que deve ser avaliada e seus efeitos negativos, evitados, antes que esse
valioso patrimônio se degrade irremediavelmente.”
Apenas na década de 70 é que, pela primeira vez, depois do modelo de
desenvolvimento gerado a partir da revolução industrial as questões ambientais
passaram a ser oficialmente encaradas como questões globais, e de governos. A
Conferência de Estocolmo em 1972 marca o início do processo de compromissos
mundiais intergovernamentais e interinstitucionais acerca da minimização dos impactos
da ocupação humana sobre o meio ambiente.
Desde os primeiros movimentos ambientalistas a educação foi considerada um
instrumento fundamental de sensibilização, conscientização, comunicação, informação e
31 formação das pessoas como processos fundamentais para a promoção do
desenvolvimento sustentável, da consciência ambiental e da ética, de mudança de
valores, de comportamento e da efetiva participação nas tomadas de decisões no ensino
formal e informal.
Na Constituição Brasileira de 1988, o artigo 225 enfatiza: “todos têm direito ao
Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. No parágrafo 1º, inciso
VI determina: “Promover a Educação Ambiental (EA) em todos os níveis de ensino e
conscientização pública para a preservação do Meio Ambiente”. Já a promulgação da lei
9795/99 instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), oferecendo
amparo legal à EA, responsabilizando e envolvendo todos os setores da sociedade, e
incorporando oficialmente a EA nos sistemas de ensino.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais são documentos apresentados como
resultado do trabalho que contou com a participação de muitos educadores brasileiros e
têm a marca de suas experiências e de seus estudos, permitindo assim que fossem
produzidos no contexto das discussões pedagógicas atuais. Inicialmente foram
elaborados documentos, em versões preliminares, para serem analisados e debatidos por
professores que atuam em diferentes graus de ensino, por especialistas da educação e de
outras áreas, além de instituições governamentais e não - governamentais. As críticas e
sugestões apresentadas contribuíram para a elaboração da atual versão, que deverá ser
revista periodicamente, com base no acompanhamento e na avaliação de sua
implementação.
A inserção dos temas transversais, sem abrir mão dos conteúdos curriculares
tradicionais, é uma tentativa de se influir no processo de transformação social; e não
podemos negar o papel institucional da escola e seu potencial de influir
significativamente na transformação da sociedade. Mas, para tal a realidade escolar
precisa passar por uma mudança de perspectiva, em que os conteúdos tradicionais
deixem de ser encarados como “fim” da Educação. Eles devem ser encarados com
“meio” para a construção da cidadania e de uma sociedade mais justa, como evoca
Moreno, Montserrat (2001).
32
O país que mais aprofundou a proposta dos temas transversais até o momento foi
à Espanha. A inclusão de temas transversais sistematizados em um conjunto de
conteúdos considerados fundamentais para a sociedade surgiu na reestruturação do
sistema escolar espanhol em 1989, com o objetivo de tentar diminuir o fosso existente
entre o progresso tecnológico e a cidadania.
Neste aspecto, a abordagem a partir dos temas transversais pode significar um
salto de qualidade tanto no processo de formação dos alunos, que passariam a entender
o significado do que estudam como dos professores, estimulados a enfrentar o
conhecimento de forma mais criativa e dinâmica.
Vale comentar que a Educação Ambiental é importante em todas as áreas de
ensino, não somente nas ciências ecológicas, mas em todas as áreas sociais, naturais e
de educação, porque as relações entre natureza, tecnologia e sociedade marcam e
determinam o desenvolvimento de qualquer sociedade.
Os alunos devem ser familiarizados com os problemas ambientais complexos,
sempre na perspectiva interdisciplinar, conduzindo-os ao dialogo e a verificação da
relação entre os diversos componentes do currículo.
O estudo com os temas transversais tem gerado nas últimas décadas discussões
que envolvem todos os segmentos sociais. E neste contexto, a escola, e até mesmo a
Universidade não pode negligenciar que o levantamento de causas, conseqüências e
soluções para o problema ambiental são de suma importância para uma sociedade que
se preocupa com a construção de um espaço saudável. A Biologia, Geografia como
ciência que estuda o espaço de construção dessa sociedade, cabe, portanto diagnosticar,
monitorar os problemas ambientais, apontando alternativas que viabilizem o uso do
espaço de forma mais racional e menos degradante. Como impacto sobre o meio
ambiente se deve também atentar sobre os diversos ângulos da agricultura que tem
gerado novas demandas por ambiente. Nesse contexto a educação caminha no sentido
de alerta, denunciar os problemas ambientais e contribuir para uma possível solução por
intermédio de uma Educação Ambiental séria e comprometida com a realidade social.
Nesta direção, a preocupação com a diversidade étnica, cultural e de gênero
complementam as diretrizes reflexivas propostas pelo grupo. O estudo regional, no
contexto da história, visa buscar o estudo de agentes sociais em suas múltiplas
interpretações da realidade, compreendida a partir de suas experiências, vivências e
33 memórias. A história regional visa estudar o contexto histórico de determinado espaço,
tomando-o como delimitação para o objeto de estudo.
É somente estimulando a participação coletiva e de uma forma articulada que
um PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL atingirá seus objetivos. Para tanto,
ele deve propiciar os conhecimentos necessários à compreensão do meio ambiente (em
Anexo 2), de modo a fomentar uma consciência social que produza atitudes e afete
comportamentos (SATO, 2004). Assim, para ser efetivo, um PROGRAMA DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL deve simultaneamente: cultivar a valores positivos acerca
da preservação da natureza, despertar o interesse pela aquisição de conhecimentos,
fomentarem a reflexão sobre as práticas materiais e desenvolver atitudes positivas e
habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental.
34 6 RESULTADO E DISCUSSÕES
Considerando o espaço de trabalho encontrado e o contato direto com as
instituições educacionais no município de Campo Novo do Parecis-MT, trouxeram
experiências positivas e inspirações para mais uma nova pesquisa na área educacional.
Através da troca de experiências vivenciadas na escola em 2006, 2007 e 2008 na
escola Estadual Madre Tarcila de Campo Novo do Parecis-MT, percebeu-se no decorrer
das tarefas em sala de aula sobre os conteúdos de biologia, grandes dificuldades pelo
professor em atrair a atenção e a sanar as dificuldades dos alunos. E esta dificuldade,
tornou difícil o trabalho em equipe e o acompanhamento pedagógico.
Sabendo que a qualidade do ensino só pode ser avaliada sob o enfoque da
aprendizagem, para atender o contexto social e a diversidade sócia cultural e étnica
racial, teve-se a necessidade de estar pensando e agindo com métodos inovadores.
E para seguir esse direcionamento fez-se necessário a busca de recursos
didáticos audiovisuais que a escola disponibilizava.
Avaliando o caminho reflexivo percorrido, compreendeu-se então a necessidade
de redimensionar as atividades para o ano de 2008 e trabalhar com os desenhos
animados com finalidade de estudar os conteúdos curriculares e os estudos de educação
ambiental durante o ano.
Observando que com a implantação do tema transversal “Educação Ambiental”
pode se fazer ponte de avaliação entre as disciplinas ou área do conhecimento, abrindo o
espaço para leitura dos diversos gêneros textuais e assim pontuando o incentivo no
processo do ensino aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento.
Pode-se constatar durante o desenvolvimento do projeto, que a pesquisa
significou um produto concreto e localizado, como é a feitura do projeto pedagógico, ou
de material didático próprio, ou de um texto com marcas cientificas.
Portanto, percebeu-se também que o professor precisa cultivar ambas as
dimensões, ou seja, além de representar o cidadão permanentemente critico e
participativo, necessita alimentar processo constante de produção própria, para
35 demonstrar, entre outras coisas, projetos, mas que capacidade sempre renovada de
ocupar espaço e solidário.
Como dizia Demo (2002), “o conhecimento só pode ser inovador, se, antes de
qualquer coisa, souber inovar-se”.
Consta pela analise, durante o desenvolvimento do projeto que transformar a
sala de aula em local de trabalho conjunto e não de aula, é uma empreitada desafiadora
porque significa, desde logo, não privilegiar o professor, mas o aluno, como alias, quer
as teorias modernas.
É de suma importância que o aluno precisa ser motivado a, partindo dos
primeiros passos imitativos, avançarem na autonomia da expressão própria. Isto não se
reduz a texto, por mais importante que seja. Inclui também a capacidade de se
expressar, de tomar iniciativa, de construir espaços próprios, de fazer-se sempre
presente e participativo, e assim por diante.
Essa pesquisa teve com foco o estudo de educação ambiental no complexo
temático dos desenhos animados, como estratégia metodológica.
A pesquisa sobre o desenho animado resultou na participação dos alunos e
professores no desenvolvimento das aulas e materiais para construção de equipamentos
didáticos.
Vejamos as analises dos desenhos abaixo:
Dos 15 DVDs selecionados no desenvolvimento da pesquisa, foram enfocados
para apresentação final 2 filmes: “DEU A LOUCA EM CHAPEUZINHO
VERMELHO” e “OS SEM FLORESTA”.
As atividades do projeto foram divididas das seguintes maneiras:
Os alunos do 2° Ano interpretaram a estória de “chapeuzinho vermelho” e os
alunos do 3°Ano do Ensino Médio, a estória de “os sem floresta”.
6.1 Filme de Chapeuzinho:
O filme “deu a louca em chapeuzinho vermelho” é uma sátira que ridiculariza os
personagens principais como “chapeuzinho vermelho e o lobo mal” como sendo a
menina má e o lobo o bondoso e certo da estória.
36
Em nossa infância, ou melhor, nas estórias em quadrinhos que os professores
(as) e as vovós (os) contavam no dia dia, é que a chapeuzinho vermelho era menina
mais bondosa, atenciosa, inocente, voluntária, cultural, branca, menor idade e educada
que existia nessa estória. Pois Chapeuzinho tinha toda atenção e os cuidados para que
sua mãe pudesse acreditar em sua capacidade. Assim, recebia como estimulo levar os
doces para a vovó na floresta. Vovó morava numa floresta sozinha, nas quais, tinha
pouca vizinhança. Assim todos os dias, esperava a netinha trazer os doces para alegrar o
dia e a sensibilizar pela segurança e atenção dos familiares.
Quanto tempo se passou e até hoje a estória de chapeuzinho vermelho, continua
a mesma, contadas pelos avós, pais e professores. Essa estória quando recebida pela
primeira vez, pode influenciar a imaginação da criança na busca de instigar a
valorização da presença de pais, amigos, saber fazer bem, e os cuidados, que deverão
tomar ao sair de casa.
Porém, hoje, as discussões nas escolas, nas praças, e até dentro de casa, as
observações sobre o meio ambiente, as questões socioeconômico e cultural estão mais
específicas.
“A descrença, o compromisso, desvalorização do patrimônio, extinção e o
desrespeito estão sendo cada vez mais valorizados”. Vale ressaltar que não precisamos
colocar quem foi o autor dessa arte escrita acima, pois a educação informal e formal de
cada dia nos submete a colocar-la as amostras para que ninguém a esqueça.
Os desenhos animados que tanto foram apreciados durante tempos, estão sendo
satirizados, porque a leitura visual e verbal mudou. Como diz Raquel Salgado, “Muito
mais do que educar a criança, os produtores de desenhos animados hoje estão
interessados em propor desafios aos pequenos e desconstruir papéis estabelecidos.” Ou
seja, influenciar a pesquisa e a observação de cada pessoa para aquela produção.
Quando trabalhados essa estória de “chapeuzinho vermelho” com alunos do
Ensino Médio, nesse projeto, após a leitura visual do desenho animado, foram entregues
5 versões da mesma, para as equipes, discutir e apresentar.
Essas apresentações contaram com apoio de todas as equipes para a montagem
do local que se transformou em floresta.
37
Das versões entregues, os alunos não necessariamente eram obrigados a
seguirem a cópia, pois era papel de auxilio para cada. Das propostas de atividades
desenvolvidas pelos alunos foram enfocadas as seguintes estórias e apresentadas sobre
cantigas e formas teatrais.
“Chapeuzinho vermelho e seus contos antigos”
Chapeuzinho a menina do bem e o lobo o mal da estória
“Chapeuzinho vermelho de forma moderna”
Chapeuzinho a menina do mal maltratando os animais e jogando lixos na
floresta.
“A vovó radical e o caçador o mal da estória”
Vovó moderna com roupas curtas e roqueira estimulando a bebida e toda forma
de liberdade e o caçador a proteção da floresta contra o lobo
“Chapeuzinho vermelho como prostituta e o lobo inocente da estória”
Chapeuzinho na busca de couros para a venda no comercio
“A mãe de chapeuzinho a vilã da estória e o lobo e a vovó isolados, alheios
de qualquer contato”
A mãe de chapeuzinho vermelho era matriarca, porém agressiva. Seus
ensinamentos eram para acabar com os bichos da natureza que as atrapalha e
despreocupar com as pessoas idosas.
Em relação à estória de chapeuzinho vermelho, vários pontos chamaram atenção
nas discussões sociais e ambientais. Como exemplo a família, perca cultural e a
extinção das espécies.
A influência da cultura na adaptação individual tem sido uma questão de
considerável importância na psicologia, antropologia e em outras ciências sociais; no
38 entanto, dificuldades teóricas e metodológicas têm limitado a possibilidade de investigar
diretamente esses processos.
A investigação de modelos da vida familiar faz-se importante devido ao papel
estrutural da família na sociedade brasileira e sua relação com a saúde mental e
desenvolvimento dos indivíduos.
A configuração familiar vem sendo afetada por transformações sociais,
relacionadas principalmente à evolução tecnológica, ao desejo por um novo estilo de
vida e a entrada da mulher no mercado de trabalho.
E quando se trata das questões em contos de fadas, a estória de chapeuzinho já
teve seu lado bom, alias conto que não deveria perder pelos avanços das tecnologias.
A maioria das pessoas que entram em contato com um livro de magia evocatória
é levada, por vários meios, a colocar em prática o procedimento recomendado sem que
tenham alcançado o grau necessário de desenvolvimento mágico. Elas acham que
algumas poucas preparações incompletas recomendadas nas instruções são suficientes.
Os motivos que levam a esta operação precipitada são vários.
Para uma pessoa pode ser mera curiosidade que a faz questionar se outras esferas
realmente existem. Outros podem ter a vontade de ver espíritos, seres e demônios,
outros ainda, tem a esperança de obter certas vantagens através de operações mágicas.
Uma quarta pessoa talvez queira evocar seres para adquirir certos poderes e faculdades,
para se tornar famoso, respeitado, etc.
Outras pessoas possivelmente queiram certas influências de alguns seres ou
prejudicar pessoas de quem não gostam.
Podem ser listados aqui inumeráveis motivos que levam pessoas à prática da
evocação mágica.
Se alguém sem a devida preparação ousa se aproximar da prática da evocação,
ele pode estar certo de que ou não conseguirá nenhum resultado, o que provavelmente o
fará desistir da questão, ou terá resultados incompletos que podem torná-lo um
descrente. Ressentido com isso, ele irá dizer que tudo é ilusão sem procurar as causas do
fracasso em sua própria pessoa e sem saber que existe a necessidade de ir mais fundo no
conhecimento da ciência mágica se quer ter algum sucesso.
Hoje com as mudanças e diante da eclosão da crise ambiental, esse inesperado
obstáculo que interrompeu a trajetória do rumo civilizatório moderno, os variados
39 sistemas sociais – ciência, tecnologia, economia, política, direito, educação –, foram
desafiados a reagir e apresentar propostas de conversão de rumo, para que encontrassem
dentro de suas especificidades, meios de enfrentar o cenário da insustentabilidade dos
estilos de desenvolvimento.
Em variados tempos e espaços, foi possível assistir ao nascimento de uma
economia ‘ecológica’, de uma política ‘verde’, de um direito ‘ambiental’, de uma
tecnologia ‘limpa’, de uma ciência ‘complexa’, todas as traduções da incorporação da
dimensão ambiental em suas lógicas.
Essa reformulação ocorreu majoritariamente assentada no sentido do ensino
da estrutura e funcionamento dos sistemas ecológicos, de modo transversal ao
currículo escolar, para que a aquisição desse novo conhecimento relativo ao limite e
fragilidade da dinâmica ecossistêmica diante da ação antrópica pudesse ser aplicada
nos futuros processos interativa entre o humano e a natureza. Nesse sentido, o que
parece despontar como a contribuição tendência da educação face à crise ambiental,
é a criação de novas habilidades para uma intervenção humana ecologicamente
prudente na natureza, evitando ou minimizando a geração de riscos e danos
ambientais.
Embora essa perspectiva educativa biologicista esteja em forte sintonia com
os demais sistemas sociais, na medida em que promove ações sinérgicas com a
ciência, tecnologia, economia, política e direito, a criação de novas habilidades
humanas ainda não se configura exatamente como a especificidade singular da
educação. Se do ponto de vista sinérgico entre os sistemas sociais, a contribuição da
educação ‘ambiental’ para o enfrentamento da crise ambiental se situa na criação de
cidadãos que em última instância possuem habilidades necessárias para uma
intervenção prudente no ambiente, isso quer dizer, provavelmente, que o sistema
educativo se encontra subordinado aos demais sistemas sociais que demandam um
novo perfil profissional no mercado ‘verde’, baseado em tecnologias ‘limpas’; mas
que não exigem reformulações profundas nem no processo de produção do
conhecimento, nem nas perversas condições sociais.
Por envolver essas características distintas, entre todos os demais sistemas
sociais, a educação é o único que permite a realização da discussão aprofundada a
respeito das raízes e das causas da crise ambiental, para além do mero enfrentamento
40 corretivo dos sintomas da problemática ambiental, na perspectiva de criação de
novas habilidades na interação humana com a natureza. Em especial, permite
repensar a própria complexidade da crise civilizacional e da crise do conhecimento.
Assim, por sua especificidade preventiva, podemos considerar a educação como o
sistema social que comporta a maior radicalidade na crítica ecologista.
6.2 O Filme “Os sem floresta”:
O filme “Os Sem floresta” ridiculariza as personagens principais: “a cidade
como a fundamental construtora de conhecimento e a floresta como a barreira para a
modernidade”.
O filme “Os Sem floresta” foi assistido pelos alunos do 3° Ano, os quais
passaram pelos mesmos procedimentos do filme de Chapeuzinho Vermelho. O estudo
foi apresentado através de maquete, cartazes, e algumas amostras de filmes em televisão
inventadas por eles.
O foco da discussão da estória era que a cidade e a floresta estavam divididas
por um grande e consistente muro envolvido por uma cerca viva. A cidade era enorme
tomada por casas, asfaltos e prédios. Todos os avanços tecnológicos propícios a
população que ali viviam contribuíam para que os espaços naturais ficassem menores.
A partir do momento em que os animais começaram a não ter mais o que comer,
o local passou a ficar competitivo, e os mesmos, começaram a ficar apreensivos do
outro lado do muro, sabendo que havia as tantas guloseimas e atrativos para se
beneficiar de forma tão fácil e sem competição.
A discussão que chama a atenção dos visitantes era o tema “os sem floresta” na
qual, os animais estavam chegando à cidade e se adaptando ao meio urbano das pessoas,
assim aumentando a competição e os ciclos de vida de cada ser vivo. Os alimentos
passaram a ser roubados pelos animais e levados para sua pequena floresta.
Assim, alguns animais passaram a ser percebidos pela população de pessoas que
influenciaram todos os investigadores nas buscas a fim de extinguirem os animais que
estavam na cidade. Muitos dos animais foram mortos e outros que conseguiram
sobreviver, sensibilizavam-nos da importância de se agruparem e cuidarem da área em
41 que estavam, pois a cultura que existia na floresta poderia ser retomada pela construção
e cuidados de suas práticas e familiares. Quão importante a preservação dos animais
para que desenvolvam seu ciclo de vida e retomem sua comunidade é o homem que
como principal fator da modernidade e respeitado pelos avanços na medicina tenha
sensibilidade da importância da cadeia e todo ciclo de vida presente.
42 CONCLUSÃO
Ao final desse trabalho de investigação no qual buscou-se apresentar os
resultados de uma pesquisa sobre a importância dos desenhos animados no processo de
ensino aprendizagem sobre Educação Ambiental na escola Dorvalino Minozzo no
município de Campo Novo do Parecis-MT. Vale ressaltar que o lúdico foi o ponto de
partida que contribuiu para influenciar e programar os estudos de Educação Ambiental
no processo de ensino aprendizagem no Ensino Médio.
Os resultados obtidos sobre o projeto foram computados nas entrevistas, através
de um questionário estruturado, para os alunos, nas quais obtive os seguintes resultados:
dos 36 alunos presentes tanto do 2˚ e 3˚ ano , 100% dos mesmos, perceberam como
nossa vida está intimamente ligada aos elementos do ambiente e aos seres que nele
vivem, e notaram que tudo que existe em nosso planeta constitui uma unidade cujo
equilíbrio deve ser assegurado.
Além do mais, o projeto promoveu a sensibilização sobre as questões
Ambientais, alertando da importância do conhecimento dos componentes e dos
mecanismos que regem o sistema natural, o reconhecimento do ser humano como
principal protagonista para determinar e garantir a manutenção do planeta, e como
também, a Cidadania Ambiental, que por principio, promove uma nova ética capaz de
conciliar a natureza e a sociedade.
Partindo do princípio desta investigação, surgiram idéias para novas realizações
futuras, que poderá contribuir para os futuros educadores que possivelmente anseiam
trabalhar com atividades lúdicas, que de alguma forma poderá influenciar na carreira,
atitude e ações como docentes no dia a dia.
43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO. Q. Giordana. As percepções de alguns professores de Ciências Físicas e
Biológicas sobre algumas atividades Lúdicas no processo ensino aprendizagem nas
escolas de Tangará da Serra-MT. 2006. 53 f. Monografia (graduação)- Universidade
Estadual de Mato Grosso-UNEMAT, Tangará da Serra-MT, 2006.
CATANI, A. M.; et al.Gestão da Educação. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2001.320p.
CAMPOS, Dinah. Matias. Souza. Psicologia da aprendizagem. 31ed. Petrópolis:
Vozes, 1991.239p.
CANOTILHO, J.J.G. Proteção do ambiente e direito da propriedade. Coimbra:
Coimbra, 1995.
COSTA, A. C. G.; et al. Educador: Novo Milênio, Novo Perfil?.3 ed. São Paulo:
Paulus, 2000. 230p.
CURY, Carlos.R.J. Os conselhos de educação e a gestão dos sistemas In: Gestão da
Educação/ Impasses, perspectivas e compromissos.São Paulo, 2000, p.42.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 5 ed.- Campinas. São Paulo: SP, Autores
Associados 2002
FAZENDA, Ivani. Metodologia da pesquisa educacional. 4.ed. São Paulo: Cortez,
1997, p.99.
FREIRE, P. Educação e Mudança. Coleção educação e comunicação, vol. 1. Ed. Rio
Janeiro: Paz e Terra, 1997.
44
GADOTTI, M. Eco-92 e Educação Ambiental. In: Revista de Educação Pública.
Cuiabá: Editora Universitária da UFMT, v.2, n° 2, Out.1993.
LUDKE, Menga; ANDRE, Marli Eliza de.In: Pesquisa em educação: Abordagens
qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. p.99.
MORENO, M. Temas transversais: um ensino voltado para o futuro: In: Busquetes,
MD. Moreno. ET AL. 2001. Ed. Ática. São Paulo.
KISXIMOTO, Tizuko Morchiba. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002. 107p.
OLIVEIRA, Maria Rita Sales. A reconstrução da didática: elementos teórico-
metodológicos. 4ª ed. Campinas/ São Paulo. 1992. p.28-31.
LDB. Leis de Diretrizes e Bases. N°9394/96 (1997)
PCN. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS.Terceiro e quarto ciclos do
ensino fundamental: Ciências Naturais. Brasília: MEC/ SEF, 1997. p.136
PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício de professor:
profissionalização e razão pedagógica/ tradução Cláudia Schilling. – Porto Alegre:
Artmed Editora, 2002. 232 p.
PIAGET, Jean. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 1998.
RUSCHMANN, Dóris. Turismo e Planejamento Sustentável. 4 ed. São Paulo:
Papirus, 1999.
SERRES, M. O contrato Natural. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.
45 SATO, Michele. Educação Ambiental. São Carlos: Santos, IE, 2004. p66
SILVA, et al. Aprendizagem por meio da ludicidade. Rio de Janeiro: Sprint,
2005.115p.
SILVA, Ezequiel Teodoro. Elementos da pedagogia da leitura. São Paulo: EPU,
1993. 220p
TEXEIRA, Carlos E.J. A ludicidade na escola. São Paulo: Loyola, 1995.130p
VYGOSTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade. Trad. De José O. Aguiar e Vanede
Nobre. Rio de Janeiro: Imago Ltda, 1975.
XAVIER, et al. História da Educação: a escola no Brasil. 1. ed. São Paulo: FTD,
1994. 132 p.
APÊNDICE
ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO
Projeto de pesquisa: Giordana Quadros Brandão
O seguinte questionário tem como objetivo investigar os participantes do projeto
“Desenho animado e a Educação Ambiental” realizado na escola municipal Dorvalino
Minozzo.
QUESTIONÁRIO
Nome da escola:- ------------------------------------------
Série:......................................................................
1)- Na sua opinião, a atividade lúdica contribuiu para o seu ensino aprendizado durante a
participação nesse projeto didático?
( ) Sim ( ) Não
2)- Dê uma nota a professora em relação ao planejamento e desenvolvimento do projeto junto
com os alunos “Educação Ambiental e desenho animado”
( ) 0 ( ) 5 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 10
3)- Na sua opinião, a atividade lúdica contribuiu para o seu ensino aprendizado sobre Educação
Ambiental?
( ) Sim ( ) Não
4)- Educação Ambiental pode ser entendida sem a “educação” e “sem o meio ambiente”?
( ) Sim ( ) Não
5)- Teve algum momento das atividades ou tarefas propostas pela professora no dia que te
desmotivou?
( ) Sim ( ) Não
ANEXO I
PROJETO EDUCAÇÃO AMBIENTAL
ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO
ESTÓRIA: Deu a louca em Chapeuzinho Vermelho
ESTÓRIA: Os Sem floresta
ESTÓRIA: Madagascar
ESTÓRIA: Vida de inseto
ESTÓRIA: O bicho vai pegar
ESTÓRIA: Irmãos ursos I e II
ESTÓRIA: Monstro S/A
ESTÓRIA: Espanta tubarão
ESTÓRIA: A fuga das galinhas
ESTÓRIA: A família do futuro
ESTÓRIA: Bob esponja e sua turma
ESTÓRIA: A família do futuro
ESTÓRIA: Vai dar onda
ESTÓRIA: Lucas no formigueiro
ESTÓRIA: O mundo dos animais
ANEXO II
A)- Sistemas Humanos:
Sociedade e Ambiente= ações antrópicas no ambiente e legislação
Sistemas Tecnológicas= agricultura, pasto, indústria e manunfaturas
Sistemas Sociais= sistemas sócio-econômicos e políticos
Sensibilidade Ambiental e Gerenciamento= filosofia, valores, ética, moral, educação, religião, cultura, participação e comunicação.
B)- Sistemas Naturais
Gerais= ambiente, terra e biosfera
Componentes Abióticos= energia, atmosfera, água e solo
Componentes Bióticos= Monera, Protozoa, Fungi, Metaphyta e Metazoa
Processos= ciclos biogeoquimicos, clima, evolução e extinção
Sistemas Ecológicos= ecossistemas, teias, alimentares, comunidades, populações, habitat e nicho ecológico.
C)- Recursos
Recursos Naturais= distribuição e consumo, desenvolvimento sustentável, gerenciamento e conservação
Recursos Abióticos= energia, minerais, água, solo e ar
Recursos Bióticos= biodiversidade
Degradação dos Recursos= impactos ambiental (SATO, 2004)