giardia - universidade federal de pelotas · •problema de saÚde pÚblica • surtos associados a...
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Giardia
• Giardia spp. afeta 2,8 bilhões de pessoas /ano mundo
• Brasil:28,5% de parasitados
• Países desenvolvidos = 5% Giardiose Humana
• Países em desenvolvimento = 40% Giardiose Humana
PORQUE
• PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
• SURTOS ASSOCIADOS A ÁGUA POTÁVEL
• ZOONOSE / OMS
• HUMANOS / ANIMAIS
IMPORTÂNCIA
Genótipos Zoonóticos : A e B
Taxonomia
• REINO: Protista – SUB-REINO: Protozoa
• FILO: Sarcomastigophora – ORDEM: Diplomonadida
» FAMÍLIA: Hexamitidae • GÊNERO: Giardia
• ESPÉCIES: – G. duodenalis(G. intestinalis, G. lamblia) (mamíferos) – G. agilis(anfíbios) – G. muris(roedores) – G. psittaci(aves) – G. ardeae(aves)
Introdução
• G. duodenalis = G. lamblia = G. intestinalis
• 1º protozoário intestinal conhecido (1681 –
“animáculos móveis” nas próprias fezes) Anthon van Leeuwenhock
• Giardíase – maior causa de diarréia não bacteriana em humanos e animais em todo o mundo
Cont. Introdução
• Cosmopolita e em todas as classes econômicas
• Crianças e imunocomprometidos – enterite grave
• Mais de 280 milhões de novos casos humanos /ano (OMS)
• Crianças (21% no Brasil) – 6 meses a 12 anos - solo, imunidade
• Cães, gatos e bovinos
• Cães jovens, abandonados ou que vivem em abrigos públicos, são as maiores vítimas
• Cães – 30 a 80% -prevalência varia entre regiões
• Diarréia em animais jovens
• Potencial zoonótico
• Transmissão fecal –oral
Cont. Introdução
Zoonose
Transmissão facilitada pela relação próxima humano/animal
Giardia duodenalis
Potencial
Zoonótico
Animais domésticos e silvestres
Homem
Genotipagem por PCR
Giardia – Genotipagem por PCR
* Zoonóticos
Morfologia
• Piriforme • Simetria bilateral • Disco suctorial • Corpos medianos • Núcleos • Axóstilos • Flagelos (4 pares)
10 – 20 m
Trofozoíto
Cont. morfologia Fl
agel
os
Anterior
Ventral
Posterior
Disco suctorial
Cauda
Cont. morfologia
Cisto • Ovalado • 2 a 4 núcleos • Axóstilos • Corpos medianos • Parede
8 – 12 m
Biologia • Habitat: duodeno e início do jejuno
• Ciclo: CISTO TROFOZOÍTO CISTO
• Forma infectante: cisto
Cont. biologia
Ciclo Excistamento (5-10’ meio acido) Encistamento (sais biliare + pH7,8 )
Excreção intermitente de cistos Resistentes até 60 dias no ambiente
1pessoa infectada pode eliminar até 900 milhões de cistos/dia e 10 cistos são suficientes para causar uma infecção
Reprodução
• Assexuada – fissão binária
Transmissão
• Direta (fecal – oral)
• Ingestão de alimentos ou água com cistos
Resistência do cisto no ambiente: 60 dias
Epidemiologia
• Infecção pela ingestão de cistos
• Portadores assintomáticos – maior fonte de infecção
• Dose infectante – a partir de 10 cistos
• Cistos resistentes
• Cloração da água não inativa cistos –surtos
• Zoonose –animais de estimação (cães jovens)
• Alta incidência em ambientes coletivos –creches, internatos, etc. e também em canis
• Maior prevalência em crianças de 1-4 anos em creches
Patogenia
Fixação dos trofozoítos à mucosa intestinal
Irritação da mucosa pelo disco suctorial
Cont. patogenia
Irritação Redução da área de absorção
Aumento da motilidade intestinal
Diarréia Má absorção dos nutrientes
Fixação dos trofozoítos na mucosa
• Reação inflamatória local (irritação mecânica e química -↓ absorção)
• Encurtamento ou atrofia das microvilosidades
• Atapetamento em altas infecções
• Redução da atividade de enzimas digestivas e da absorção de gorduras, vitaminas lipo-solúveis-KADE-vitB12, ácido fólico e proteínas
• Aumento do peristaltismo – mastócitos e monócitos, prostaglandinas
Cont. patogenia
Resposta inflamatória local
• Ação mecânica do disco suctorial
• Ação química do parasito – glicoproteases afetam células intestinais
• Resposta inflamatória local
– linfócitos intra-epiteliais
– capacidade de absorção
• TROFOZOÍTOS : MUDANÇA NA ARQUITETURA DA MUCOSA INTESTINAL
MUCOSA Normal
MUCOSA Alterada /ATROFIADA
PATOGENIA
Sinais clínicos • Fezes moles e fétidas
• Esteatorréia
• Diarréia intermitente ou aguda
• Cólicas abdominais
• Desidratação
• Vômitos
• Enfraquecimento, perda de peso
• Retardo de crescimento
ESTEATORRÉIA + CÓLICA= GIARDÍASE
Cont. sinais clínicos
Imunidade protetora ainda não esclarecida, mas evidenciada por:
• A infecção ser auto-limitante
• Indivíduos infectados terem Ac anti-Giardia no soro
• maior suscetibilidade de crianças, filhotes e imunocomprometidos
• Menor Suscetibilidade de moradores de áreas endêmicas em comparação a visitantes
• IgA secretória na mucosa intestinal –reduz a capacidade de adesão do trofozoíto à mucosa
Diagnóstico
• Exame de fezes
• Formadas (cistos) – Faust (concentração)
• Diarréicas (trofozoítos) – direto (sol. salina ou lugol)
• Repetir 3x – período negativo – dias alternados ou seguidos
• ELISA
• Imunofluorescência Direta–Kits comerciais -alta sensibilidade com mAbs, detectam coproantígenos
• PCR
DIAGNÓSTICO
•TÉCNICA DE FAUST
•CENTRIFUGO-FLUTUAÇÃO
•+ USADA
•FAUST
• Identificação de Cistos fezes
Microscopia ótica de cistos de Giardia – técnica de Faust
Cont. diagnóstico
• INDIRETO (não usado)
• IFI e ELISA
– persistência de Ac por longos períodos
– falsos positivos
– baixa sensibilidade
– baixa especificidade
• ELISA para pesquisa de IgM - atual e promissor
IMUNODIAGNÓSTICO
•ELISA – identificação indireta
IMUNODIAGNÓSTICO
•IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA E INDIRETA
• agente e anticorpos
IF : Giardia lamblia cistos purificados de
fezes de cobaios
IF : Giardia lamblia trofozoítos
purificados de fezes de cobaios
Profilaxia • Educação sanitária e higiene pessoal (mãos,
unhas)
• Tratamento da água (areia, fervura)
• Proteção de alimentos (combate a artrópodes)
• Destino adequado às fezes (fossas e esgotos)
• Diagnóstico e tratamento precoces
• Buscar e tratar a fonte de infecção-assintomático
(babá, cozinheira, irmão maior, pais, funcionária
ou outras crianças de creche ou escolinha, cão)
QUEM HOSPEDA E TRANSMITE O AGENTE?
COMO O AGENTE ABANDONA O HOSPEDEIRO?
QUE RECURSO O AGENTE UTILIZA PARA ALCANÇAR O NOVO HOSPEDEIRO?
COMO SE HOSPEDA O AGENTE NO NOVO HOSPEDEIRO?
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AGENTE
AMBIENTE
HOSPEDEIRO
TRÍADE ECOLÓGICA ou EPIDEMIOLÓGICA
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Cadeia Epidemiológica
Das
Enfermidades
Transmissíveis
FONTE
DE
INFECÇÃO
VIAS DE
TRANSMISSÃO
HOSPEDEIRO
SUSCETÍVEL
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Diagnóstico e tratamento precoce (buscar a fonte de infecção)
Tratar sempre que for provocada
imunodepressão,ou diagnosticada AIDS