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GESTÃO ESTRATEGICA DE CUSTOS: UM ESTUDO EM UMA EMPRESA DE FRETAMENTO DE ÔNIBUS PARA TURISMO Cleidiane Brum Ferreira (UVV Guaçuí) [email protected] Simone de Souza (UVV Guaçuí) [email protected] Maria de Fátima Alves Buenes Mendonça (UVV Guaçuí) [email protected] Paulo Roberto Romito (UVV Guaçuí) [email protected] Com a globalização e o grande desenvolvimento tecnológico, as empresas estão em um período de competição acirrada de mercado e, para que possam manter-se competitivas no mercado, faz-se necessário que possuam conhecimento das suas atividadees administrativas e controle dos seus gastos. Conhecendo essas informações, os gestores podem obter condições para a redução de seus custos sem perder a qualidade do produto ou do serviço prestado. O presente estudo foi realizado em uma empresa que atua no ramo de fretamento de ônibus para turismo e transporte de passageiros interestadual e intermunicipal. O estudo teve por objetivo identificar os custos e as despesas (considerando as depreciações dos bens), de forma a mensurar o custo por quilômetro rodado, por veículo, pois, por meio dessas informações os gestores poderão tomar decisões que favoreçam a permanência da empresa no mercado de transportes e turismo. Crepaldi (2002) afirma que também é necessário que as informações sejam claras e de fácil entendimento, para não provocar ações que comprometam o desempenho da empresa. É uma responsabilidade muito grande tomar decisões que envolvam a vida da organização, pois qualquer decisão errada pode colocar a vida da empresa em risco. Para Maximiano (2006), decisão é uma escolha entre caminhos que ajudarão ou não a empresa a atingir suas metas, para que ela consiga sobreviver no mercado. A metodologia utilizada para a realização do estudo foi a pesquisa bibliográfica, onde foram analisados livros, revistas científicas, anais de eventos científicos e acervo da Internet, objetivando formar material crítico sobre o assunto. Foi realizado, ainda, um estudo empírico, por meio de um estudo de caso (YIN, 2001), utilizando como instrumento a pesquisa documental (GIL, 1996). Foram coletados os dados necessários para a estruturação do estudo, no período de janeiro à julho de 2009. Os dados coletados foram tratados e analisados, de modo que foi possível chegar ao valor do quilometro rodado de cada veículo, possibilitando aos gestores uma XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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Page 1: GESTÃO ESTRATEGICA DE CUSTOS: UM ESTUDO EM UMA EMPRESA DE ...abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_TN_STP_115_753_15003.pdf · tendo a preocupação de transformar a contabilidade

GESTÃO ESTRATEGICA DE CUSTOS:

UM ESTUDO EM UMA EMPRESA DE

FRETAMENTO DE ÔNIBUS PARA

TURISMO

Cleidiane Brum Ferreira (UVV Guaçuí)

[email protected]

Simone de Souza (UVV Guaçuí)

[email protected]

Maria de Fátima Alves Buenes Mendonça (UVV Guaçuí)

[email protected]

Paulo Roberto Romito (UVV Guaçuí)

[email protected]

Com a globalização e o grande desenvolvimento tecnológico, as

empresas estão em um período de competição acirrada de mercado e,

para que possam manter-se competitivas no mercado, faz-se necessário

que possuam conhecimento das suas atividadees administrativas e

controle dos seus gastos. Conhecendo essas informações, os gestores

podem obter condições para a redução de seus custos sem perder a

qualidade do produto ou do serviço prestado. O presente estudo foi

realizado em uma empresa que atua no ramo de fretamento de ônibus

para turismo e transporte de passageiros interestadual e

intermunicipal. O estudo teve por objetivo identificar os custos e as

despesas (considerando as depreciações dos bens), de forma a

mensurar o custo por quilômetro rodado, por veículo, pois, por meio

dessas informações os gestores poderão tomar decisões que favoreçam

a permanência da empresa no mercado de transportes e turismo.

Crepaldi (2002) afirma que também é necessário que as informações

sejam claras e de fácil entendimento, para não provocar ações que

comprometam o desempenho da empresa. É uma responsabilidade

muito grande tomar decisões que envolvam a vida da organização, pois

qualquer decisão errada pode colocar a vida da empresa em risco.

Para Maximiano (2006), decisão é uma escolha entre caminhos que

ajudarão ou não a empresa a atingir suas metas, para que ela consiga

sobreviver no mercado. A metodologia utilizada para a realização do

estudo foi a pesquisa bibliográfica, onde foram analisados livros,

revistas científicas, anais de eventos científicos e acervo da Internet,

objetivando formar material crítico sobre o assunto. Foi realizado,

ainda, um estudo empírico, por meio de um estudo de caso (YIN, 2001),

utilizando como instrumento a pesquisa documental (GIL, 1996).

Foram coletados os dados necessários para a estruturação do estudo,

no período de janeiro à julho de 2009. Os dados coletados foram

tratados e analisados, de modo que foi possível chegar ao valor do

quilometro rodado de cada veículo, possibilitando aos gestores uma

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.

São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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tomada de decisões mais precisa, no que tange à estrutura de custos e

despesas da empresa.

Palavras-chaves: Custos; Controle; Gestão

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1 Introdução

Para que as empresas se tornem mais flexíveis, competitivas e globalizadas é necessário ter

domínio de todas as suas atividades, e para que isso ocorra é importante conhecer seus custos

e despesas para poder avaliar essas informações de uma maneira que venha a ajudar na

tomada de decisões sobre a vida da organização.

A Empresa de Fretamento de ônibus para Turismo é uma empresa que está situada no

município de Guaçuí, atua no ramo de turismo com transporte de passageiros interestadual e

internacional e possui outra empresa de Serviço Comércio e Transporte que é exclusivamente

para transporte de passageiros municipais. A maioria de seus clientes se encontra no próprio

município, como também em outras localidades como: Dores do Rio Preto, Ibitirama, Alegre,

Divino de São Lourenço, Cachoeiro de Itapemirim, Iúna e Vitória. A empresa é constituída

por dois sócios e está no mercado há nove anos, possui 12 funcionários (sete motoristas, uma

auxiliar de escritório, um mecânico, dois lavadores e um pintor).

Como a empresa desconhece os custos individuais de suas atividades, foi necessário fazer o

levantamento dos seus gastos, em seguida separa-los de seus custos e despesas através de

planilhas eletrônicas, como meio de calcular o valor do custo de cada veículo, e poder

determinar o preço do quilômetro rodado.

2 Introdução à contabilidade

A contabilidade pode ser expressa por diversas maneiras: para uns é a utilização do método

quantitativo, para outros uma forma de identificar e registrar os eventos econômicos. Ainda há

aqueles que veem a contabilidade como um instrumento no auxílio nas tomadas de decisões,

sendo que todas essas formas estão corretas.

Durante muito tempo, quem utilizava a contabilidade eram os contadores, auditores e fiscais,

sendo que a primeira preocupação deles era segundo Martins (2003), de utilizar a

contabilidade de custos para resolver os problemas monetários, de estoque e resultados, não

tendo a preocupação de transformar a contabilidade em uma forma de auxílio na

administração.

Para que isso seja possível, é preciso fazer um diagnóstico da situação da empresa para poder

conhecer e identificar os problemas ou oportunidades que a empresa possui (MAXIMIANO,

2006). É preciso também conhecer todos os dados contábeis e com isso conseguir

acompanhar o andamento do processo administrativo e operacional da empresa.

Com essas informações corretas, é possível construir uma base de informações para dar

suporte à empresa e que fará com que ela possa tomar decisões para se manter competitiva e

global, o que não é uma tarefa fácil e nem rápida.

2.1 Contabilidade de custos

A contabilidade de custos nasceu da contabilidade financeira, quando da necessidade de

avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era fácil na empresa típica da era do

mercantilismo. Seus princípios derivam dessa finalidade primeira e, por isso, nem sempre

conseguem atender completamente a suas outras duas mais recentes e provavelmente mais

importantes tarefas: controle e decisão. Esses novos campos deram nova vida a essa área que,

por sua vez, apesar de já ter criado técnicas e métodos específicos para tal missão, não

conseguiu ainda explorar todo o seu potencial [...] (MARTINS, 2003, p. 23).

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O que era só para uma solução monetária e de estoque para os contadores, fiscais e auditores

agora é uma importante ferramenta que para o controle de uma empresa. Bertó e Beulke

(2006) abordam que todos os tipos de decisões, tanto na vida pessoal quanto na vida das

organizações, envolvem em maior ou menor escala variáveis de custos, ou seja, a

contabilidade nessas últimas décadas passou de mera auxiliar na avaliação de estoques e

lucros para uma importante ferramenta no controle gerencial (MARTINS, 2003).

Com as informações organizadas, o administrador inteligente que sabe usar as informações

contábeis e que conhece suas limitações possui um poderoso instrumento de trabalho que lhe

proporciona uma visão do futuro, o conhecimento da situação e o grau de acerto ou desacerto

de suas decisões passadas e atuais da empresa (IUDÍCIBUS, 2006).

2.2 Classificação dos custos

Wernke (2005, p. 7), relata que “custo direto são os gastos fáceis ou diretamente atribuíveis a

cada produto fabricado no período. São aqueles custos que podem ser identificados com

facilidade como apropriáveis a este ou àquele item produzido”.

Define-se mão de obra direta como aquela que está representada pelos operários envolvidos

diretamente na elaboração de determinado tipo de bem, entre os que podem ser fabricados

pela empresa, como por exemplo, gasto total com salários e encargos com a mão de obra

ligada diretamente ao produto. (DUTRA, 1995). Ou seja, é o custo de qualquer trabalho

realizado no produto, a transformação da matéria-prima em produto acabado.

Segundo Lima (2000), custos indiretos são os custos incorridos em todo o processo de

fabricação de bens ou de prestação de serviço que precisam de um critério de rateio para

serem identificados e atribuídos uma parcela ao produto ou serviço, como por exemplo,

depreciação, aluguéis, salários dos encarregados, seguros da fábrica.

Mão-de-obra indireta: representa os salários e respectivos encargos sociais pagos aos

empregados que não trabalham diretamente no próprio produto, cujos serviços, porém,

relacionam-se com o processo produtivo, tais como: mestre, escriturários de fábrica, ajudantes

gerais etc (GRELL e BELLOLI, 2000 p. 136).

São aqueles que independem do volume de produção do período, da quantidade produzida, os

custos serão os mesmos, o valor do custo pode mudar de um mês para o outro, mas a sua

ocorrência é fixa. Exemplos de custos fixos: aluguel da fábrica, depreciação da máquina,

salários e encargos da supervisão da fábrica etc. (RIBEIRO, 1997).

São os custos que estão relacionados com os volumes de produção ou de vendas,

proporcionais a suas variações, como por exemplo, a matéria-prima, mão-de-obra direta e

energia elétrica da fábrica (DUTRA, 1995).

2.3 Custeio

De acordo com Martins (2003), existem vários tipos de custeio: por absorção, custeio

variável, ABC e RKW.

a) Custeio por absorção

Segundo Martins (2003), custeio por absorção é o método que consiste na apropriação de

todos os custos de produção aos bens elaborados de produção, ou seja, todos os gastos

relativos ao esforço de produção onde são distribuídos para todos os produtos ou serviços

feitos.

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b) Custeio variável

Nas Demonstrações à base do Custeio Variável obtém-se um lucro que acompanha sempre a

direção das vendas, o que não ocorre com a absorção. Mas, por contrariar a competência e a

Confrontação, o custeio variável não é válido para balanços de uso externo, deixando de ser

aceito tanto pela auditoria independente quanto pelo fisco. É fácil, entretanto, trabalhar-se

com ele durante o ano e fazer-se uma adaptação de fim de exercício para se voltar ao absorção

(MARTINS, 2003 p. 204).

c) Custeio ABC

O Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC (activity-Based Costing), é uma

forma de custeio que procura reduzir as distorções provocadas pelo rateio feito de forma

ilegal dos custos indiretos, também podendo ser utilizado para os custos diretos como, por

exemplo, a mão-de-obra (Martins, 2003).

3 Metodologia

Para a realização desse estudo foi adotada uma perspectiva teórica e outra empírica, sendo a

teórica realizada por meio de pesquisa bibliográfica, e a empírica por meio de um estudo de

caso (YIN, 2001). O estudo empírico foi realizado no período de janeiro à julho de 2009,

utilizando como instrumento a pesquisa documental (GIL, 1996). Foram coletados dados

referentes aos gastos da empresa, logo em seguida essas dados foram tratados e analisados, de

modo a realizar a separação dos mesmos em custos e despesas. Foram analisados, também, os

dados referentes aos investimentos de bens imóveis, com base na sua vida útil e a quantidade

de quilômetro rodados por veículo, sendo objeto deste estudo seis veículos, dentre eles vans,

ônibus e micro ônibus.

A partir dos dados levantados, chegou-se ao valor do quilômetro rodado de cada veículo,

levando em consideração a depreciação dos bens móveis e imóveis e o rateio das despesas e

custos gerais.

Os dados apresentados na Figura 1 correspondem a todas as despesas necessárias ao

funcionamento da empresa, sendo objeto de rateio para cada veículo.

Figura 1 – Distribuição mensal das despesas diversas, durante o anode 2009

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Os dados apresentados na Figura 2 referem-se aos custos gerais de manutenção de todos os

veículos sendo base para o rateio, em função da empresa não ter os dados específicos de cada

veículo.

Figura 2 – Distribuição mensal dos custos gerais de manutenção dos veículos

Os dados apresentados nas Figuras de 3 à 14, correspondem aos custos mensais e os

investimentos iniciais de cada veículo, sendo os investimentos iniciais utilizados como base

da depreciação.

Figura 3 – Distribuição mensal dos custos do veículo 15

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Figura 4 – Investimentos iniciais do veículo 15

Figura 5 – Distribuição mensal dos custos do veículo 27

Figura 6 – Investimentos iniciais do veículo 27

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Figura 7 – Distribuição mensal dos custos do veículo 99

Figura 8 – Investimentos iniciais do veículo 99

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Figura 9 – Distribuição mensal dos custos do veículo 90

Figura 10 – Investimentos iniciais do veículo 90

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Figura 11 – Distribuição mensal dos custos do veículo 0845

Figura 12 – Investimentos iniciais do veículo 0845

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Figura 13 – Distribuição mensal dos custos do veículo 5365

Figura 14 – Investimentos iniciais do veículo 5365

Os valores apresentados na Figura 15 correspondem aos investimentos dos bens imóveis

utilizados na empresa e foram depreciados conforme a vida útil de cada um.

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Figura 15 – Valores dos bens imóveis e sua depreciação

Para se fazer o rateio das despesas e custos diversos e específicos, foi levantada a quantidade

de quilômetros rodados mensalmente pelos veículos (Figura 16).

Figura 16 – Distribuição mensal da quilometragem de cada veículo

4 Resultados

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O valor médio da quilometragem de cada veículo (Figura 17), dividido pelo valor total das

despesas média mensal (R$ 1.670,72) resultou no valor do rateio das despesas gerais.

Figura 17 – Distribuição média das despesas gerais por veículo

O valor médio (R$ 1.549,41) das despesas diversas, apresentado na Figura 1, foi somado ao

valor médio mensal (R$ 121,31) da depreciação dos bens imóveis (Figura 15), resultando,

assim, a média mensal (R$ 1.670,72) das despesas gerais, que foi rateada por veículo,

levando-se em consideração a média do quilômetro rodado de cada veículo (Figura 16).

Os valores rateados das despesas gerais mais a média do custo de cada veículo, somados com

o valor de depreciação de cada veículo, deram origem o custo total por veículo (Figura 18).

Figura 18 – Distribuição dos custos totais por veículo

Dividindo-se o custo total de cada veículo (Figura 18) pela média dos quilômetros rodados

pelos respectivos veículos (Figura 16), tem-se o custo por quilômetro para cada veículo,

objeto deste estudo, conforme dados apresentados na Figura 19. Sendo que o valor do custo

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será melhorado de acordo com a capacidade máxima de rodagem do veículo, ou seja, quanto

mais o veículo rodar mais barato vai ficar o quilômetro rodado para a empresa.

Figura 19 – Custo pode quilômetro de cada veículo

5 Considerações Finais

Com essas tabelas é possível ter o controle de custos e despesas, o que possibilita a empresa

utilizar os dados no auxilio às tomadas de decisões, permitindo encontrar o valor do

quilômetro rodado de cada veículo, proporcionando a empresa fixar seus preços de forma

eficiente.

Referências

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forma. São Paulo: Atlas, 2004.

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