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    Esta publicao integra uma coleco de dois Manuais elaborados nombito de uma candidatura da Confederao Nacional da Agricultura-

    CNA Medida 10 do Programa Agro - Servios Agro-Rurais Especializados.

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    NDICE

    INTRODUO ..................... 06

    CONCEITOS GERAIS ......... 07

    Gesto.......................... 07

    Custos de Produo.....08

    Produto Bruto ...............10

    Resultado ..................... 10

    A INFORMAO.................. 12

    A ANLISE ........................... 21

    O ACONSELHAMENTO ...... 24

    O PLANEAMENTO ..............25 Situao actual .............25

    Investimentos ...............25

    ANEXOS .............................. 27

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    O presente Manual destina-se a apoiar os Tcnicos da ConfederaoNacional da Agricultura - CNA e das suas Associadas (Federaes,Associaes, Agrupamentos e Organizaes de Produtores) naAssistncia Tcnica aos Agricultores.

    Esta Assistncia Tcnica, paralela e complementar s Ajudas da PAC,pode e deve ser feita no sentido de que os Agricultores e suas Famliasvejam aumentados e melhorados os seus rendimentos e nveis de vida,atravs de Opes e Alternativas que corrijam alguns Pontos Fracos eEstrangulamentos existentes nas exploraes agrcolas.

    As correces e melhorias podem ser de nvel estritamente tcnico(Fertilizantes e Correctivos, Tcnicas Culturais, Maneio de Gado), de nveleconmico (Comercializao, menores Custos de Produo), ou aindade nvel Financeiro.

    Podem ainda ser de uma forma pontual e sectorial (uma Cultura, umaActividade) como geral (estratgia, alteraes profundas nas OrientaesProdutivas, Reconverso), o que, neste caso, necessitar da efectuaode Investimentos, planificando em relao ao futuro.

    O presente Manual chama ainda a ateno para algumas questesque cada vez mais so pertinentes e indispensveis de ter em conta no

    mundo actual - conhecimentos de mercado a nvel local, regional, nacionale global, de tendncias, de preos e de perspectivas. Inclui, para alm deConceitos Gerais, um conjunto de dados a ponderar e a trabalhar comreferncias concretas a alguns sectores Produtivos.

    INTRODUO

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    1 - GESTO

    Segundo cada autor, h mltiplas definies sobre Gesto, todas elasafinal querendo dizer o mesmo.

    Talvez possamos dizer que Gesto a cincia que consiste naoptimizao dos Recursos Disponveis (Capital - Terra - Trabalho),combinando e articulando-os de forma a obter do seu conjunto e utilizaoos melhores resultados possveis. E, logo aqui, devem ser tidas em contaas distintas realidades de cada explorao ou tipos de explorao:

    EXPLORAES FAMILIARES

    Apresentam caractersticas prprias (normalmente de dimenso e deestrutura) em que, no nosso ponto de vista, importa mais tirar partido de

    um Factor disponvel (a Mo-de-Obra Familiar) que sendo na prtica acusto zero e vivendo daquilo que produz, pode e deve ser rendibilizadoatravs da prtica de Culturas e Actividades que sejam mais dependentesem Mo-de-Obra (Policultura, Fruticultura, Viticultura, Horticultura,Pecuria de Leite, Floricultura, Queijarias, Plantas Aromticas e Medicinais,Artesanato, etc.).

    Nas Exploraes Familiares, sendo a Terra o factor mais limitante,compreensvel que um dos objectivos principais seja a rendibilidade daterra, tirando por unidade (hectare) a maior produo possvel, natu-ralmente que com os devidos cuidados para no a esgotar, mantendo-acom razoveis nveis de fertilidade.

    EXPLORAES EMPRESARIAIS

    Estas exploraes regem-se mais pelas regras do mercado e pelatendncia para uma Gesto de cariz capitalista.

    CONCEITOS GERAIS

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    De um modo geral com maiores dimenses fsicas que as exploraesfamiliares, interessar ao Empresrio utilizar as 3 pedras - Terra, Capi-tal e Trabalho - sem preocupaes pontuais por qualquer deles. O FactorTrabalho para ser utilizado e jogado como qualquer um dos outros.

    No significa isto, claro, que todos os Empresrios so exploradores

    de Mo-de-Obra, mas natural que tendo como objectivo o Lucro elestenham caminhos de algum modo diferenciados dos das exploraesFamiliares, j que a Mo-de-Obra , nestas situaes, um Factor a pagarao exterior.

    Este grupo inclui as muitas exploraes extensivas e, salvo excepes,caracteriza-se por Baixa/Mdia rendibilidade da Terra e alta rendibilidadedo Trabalho e pela prtica de Culturas/Actividades susceptveis demecanizao e necessitadas de pouca Mo-de-Obra.

    2 - CUSTOS DE PRODUO

    Em termos gerais, para que a actividade agrcola seja rentvel ouatractiva, os Custos de Produo quer de uma Cultura quer de uma

    Orientao Produtiva, quer de uma Explorao, devem ser os mais baixospossveis e ultrapassados pelo valor de mercado daquilo que se produz(para comercializao, auto-consumo), de forma a proporcionarResultados Positivos.

    H que ter, no entanto, alguns cuidados, para no se poupar na farinhae gastar no farelo Quer isto dizer que no ser nunca atravs de menorutilizao de Fertilizantes que se obtero maiores produes.

    Por outro lado, importa saber e desagregar os Custos de Produo

    em componentes que devem ser geridos em funo das realidades decada explorao:

    CUSTO DE PRODUO = ENCARGOS REAIS + ENCARGOSATRIBUDOS

    ENCARGOS REAIS = ENCARGOS FIXOS + VARIVEIS

    Nos Encargos Reais temos, nomeadamente: Fertilizantes e Correctivos

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    Sementes e Plantas Fitofrmacos Alimentos de Gado Assistncia Pecuria Carburantes e Lubrificantes

    Conservao e Reparao de Material e Equipamentos Conservao e Reparao de Benfeitorias Mo-de-Obra Assalariada Encargos Sociais Seguros e Impostos Energia e Electricidade Materiais e Despesas Diversas, Gastos Gerais Amortizaes e Reintegraes Juros Pagos Rendas Pagas

    Nos Encargos Atribudos constam, sobretudo: Renda Atribuda (exploraes de Conta Prpria) Mo-de-Obra familiar Juros do Capital empatado

    Os Encargos Fixos (Comuns) so aqueles que, de um modo geral, semantm constantes e inerentes prpria existncia da explorao,independentemente das opes e prticas escolhidas.

    So os casos de amortizaes, conservaes e reparaes, rendasde exploraes (se for o caso) mo-de-obra assalariada permanente, etc.,que no so facilmente imputveis s a uma actividade concreta.

    J os Encargos Variveis dependem do tamanho e intensidade dasopes escolhidas - fertilizantes e correctivos, sementes, plantas,fitofrmacos, alimentos de gado, assistncia pecuria, mo-de-obraassalariada eventual, etc.

    Temos o caso especial dos carburantes que sendo no fundo um EncargoVarivel (consome-se conforme a utilizao das mquinas), a maior partedas vezes, por facilidade de tratamento contabilstico se consideram

    comuns explorao e ao conjunto de actividades que tm trabalho demquinas.

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    Sendo todas estas componentes parte dos Custos de Produo, hque ter em considerao, em termos de Custos de Produo, diferentesCustos:

    por unidade de terra (custo de produo por hectare) ou por unidadepecuria (custo de produo por cabea)

    por unidade de produto (custo de produo por quilo ou por litro)

    que pode haver Custos de Produo por hectare ou por cabeapraticamente iguais e Custos de Produo por quilo ou por litro muitodiferentes. Recorda-se que o Custo de Produo por quilo de milho, detrigo, de ma, de tomate, de batata, por exemplo, depende mais daproduo fsica de cada um destes produtos por hectare, o mesmoacontecendo com o Custo de Produo por litro de leite, que tambmdepende mais da produo unitria por vaca de leite ou por ovelha, nosendo indiferente conseguir 14 ou 6 toneladas de milho por hectare e 10ou 6 mil litros de leite por vaca.

    Como o preo de venda por quilo ou por litro daquilo que se produz,naturalmente que quanto menor for o Custo de Produo por quilo ou porlitro mais sobeja, maior margem proporciona.

    3 - PRODUTO BRUTO

    o valor daquilo que se produz, dependendo nomeadamente daquantidade produzida vezes o preo de venda unitrio. Aqui entra, muitasvezes de forma decisiva, o factor Comercializao.

    4 - RESULTADOS

    H Resultados para todos os gostos, mas importa ter presentealgumas diferenas. Assim:

    LUCRO - a diferena entre o Produto Bruto e o Custo de Produo.

    MARGEM BRUTA - a diferena entre Produto Bruto e EncargosVariveis (nalguns casos incluindo neste os Encargos Fixos Especficos).

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    MARGEM BRUTA GLOBAL - o somatrio das Margens Brutas detodas as actividades praticadas na explorao.

    ENCARGOS FIXOS E GASTOS GERAIS - o somatrio de todos osEncargos Reais que no foram includos nos Encargos Variveis para o

    apuramento das Margens Brutas.

    MARGEM LQUIDA (RESULTADO LQUIDO) - a diferena entre aMargem Bruta Global e os Encargos Fixos e Gastos Gerais, no fundo oResultado Lquido da Explorao.

    Existem ainda alguns outros tipos de Resultados, como o VAB (ValorAcrescentado Bruto) que a diferena entre o Produto Bruto e osConsumos Intermdios, o VAL (Valor Acrescentado Lquido) que o VABmenos as Amortizaes, sendo tambm por vezes qualquer destescalculado a Preos de Base, de Mercado, e a Custo de Factores.

    Mas, quanto a ns, sendo todos importantes, h que ter em especialateno a diferena entre Lucro e Margem Lquida, no fundo entreconsiderar tudo (Encargos Reais + Atribudos) e considerar a Realidade(Encargos Reais), pois isto que diferencia Sistemas e Tipos de

    Explorao e isto que deve merecer anlise prpria para cada situao.

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    A INFORMAO

    Para gerir eficaz e eficientemente no se devem desconhecer nem opassado nem o presente das exploraes.

    Presentemente, a grande maioria das exploraes dispe deContabilidade quer no chamado Regime Simplificado quer no RegimeGeral, baseada no POC - Plano Oficial de Contabilidade.

    Sendo uma base importante para recolha, consulta e tratamento daInformao h, no entanto, questes que parecendo de pormenor soindispensveis para uma boa anlise de Gesto.

    Referimo-nos, concretamente, a elementos de natureza tcnica eestrutural que esto muito para alm da frieza dos nmeros reflectidoscontabilisticamente (rotaes culturais, encabeamentos, pocas decultivo, maneio dos efectivos pecurios, raas, variedades, ndices denatalidade e prolificidade, etc.). Devero ser recolhidos e apurados.

    De qualquer dos modos e aplicando como exemplo ao caso de VacasAleitantes, do conjunto contabilstico e complementar, os elementos arecolher podero ser do gnero dos que se seguem:

    EXPLORAO VACAS ALEITANTES

    1 - EFECTIVO MDIO

    VacasAlentejanas

    TourosNovilhosNovilhasBezerras

    Vacas CruzadasToirosNovilhos

    NovilhasBezerras

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    9 - PREO MDIO DE VENDA

    Vacas de RefugoBezerrosBezerras

    Toiros de Refugo

    10 - ENCARGOS

    10.1. - Alimentos prprios

    10.2. - Alimentos comprados

    10.3. - Mo-de-obra e encargos sociais

    10.4. - Assistncia pecuria / veterinria

    10.5. - Quotizaes

    10.6. - Seguros e impostos

    10.7. - Servio de mquinas e transportes

    Conservao e ReparaoCombustveis e Lubrificantes

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    10.8. - Conservao / reparao cercas, construes

    10.9.- Diversos

    11 - RECEITAS

    Venda animais

    Ajudas e Subsdios

    ENGORDA DE NOVILHOS (100)

    1 - COMPRAS

    IdadePesoValor

    2 - ENGORDA

    2.1. - Sistema

    2.2. - Alimentos comprados Quantidade Valor

    Rao / farinha

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    Palha

    Feno

    2.3. - Alimentos prprios

    2.4. - Assistncia pecuria

    2.5. - Mo-de-obra e encargos sociais

    2.6. - Servio mquinas e transportes

    2.7. - Conservao / reparao cercas e construes

    2.8. Mortalidade

    3 - VENDAS E RECEITAS

    3.1. - Nmero e valor

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    3.2. - Peso mdio

    3.3. - Idade mdia

    3.4. - Subsdios e Ajudas

    4 - OBSERVAES

    evidente que para cada situao haver que elencar um conjunto deinformaes a recolher que permita a melhor Anlise possvel.

    Relembremos alguns aspectos: Folhas e afolhamentos Culturas e Actividades praticadas (e respectiva dimenso) Nmero e reas das parcelas Mo-de-obra disponvel (Familiar e Permanente) Mquinas e equipamentos (idade, estado, potncia) Construes e capacidades Cartas de solo e respectivas Capacidades de Uso Sequeiro e Regadio Disponibilidades hdricas Plantaes, Idades, Compassos e Variedades Raas, Efectivos e Maneio Potencialidades e Disponibilidades Forrageiras Capacidade Econmica e Financeira

    Prmios e Ajudas Outras informaes que se considerem teis

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    TRATAMENTO DA INFORMAO

    Uma vez que cada explorao um caso concreto e diversificado,depois da Recolha da Informao h que trat-la. E esse Tratamentodeve ser a dois nveis.

    Sectorial Global

    Naturalmente que o Global representa um somatrio de Parciais ou deSectores. O apuramento do Global dar-nos-, sobretudo, elementos finaiscomo:

    Produto Bruto Total

    Encargos Reais Totais Encargos Fixos Resultados Finais

    Tambm se poder apurar pelo somatrio das partes ou das diversasActividades praticadas.

    O tratamento Sectorial implica o apuramento para cada Sector ouActividade das vrias componentes que lhes dizem respeito, quer a nvel

    de Produto Bruto, quer de Encargos, quer de Resultados.Haver vrios critrios e opes (exploraes especializadas numadeterminada OTE - Orientao Tcnico Econmica, exploraes dePolicultura, Exploraes Mistas, etc.).

    Ainda voltando ao caso j referido de Vacas Aleitantes / Bovinos deCarne, do conjunto da Informao recolhida (contabilstica e comple-mentar) foi possvel apurar o que se segue:

    CONTA DE EXPLORAO BOVINOS

    1 - ENCARGOS REAISA - FIXOS

    Amortizao Construes e Melhoramentos 12.500

    Amortizao Mquinas e Alfaias 8.000

    Cons. Rep. Construes e Melhoramentos 5.000

    Cons. Rep. Mquinas e Equipamentos 3.000 SUB - TOTAL 28.500

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    Assistncia Pecuria ..................................... 6%Quotizaes e Seguros ................................. 4%Diversos....................................................... 10%

    PRODUTO BRUTOA - VENDA DE ANIMAIS .............................. 67%B - AJUDAS E SUBSDIOS ......................... 33%

    RPU ................................................ 21.000 ..............55%VACAS ALEITANTES ....................... 2.500 ...........33%RAAS AUTCTONES ................... 4.030 ........... 11%OVINOS............................................... 400 ............ 1%

    ENCARGOS REAIS TOTAISAlimentao .......................................... 22.500 ...........29%Amortizaes ........................................ 20.500 ...........27%Mo-de-obra ......................................... 16.500 ...........21%Conservaes e Reparaes ................. 8.000 ............ 0%Assistncia Pecuria .............................. 3.000 ............ 4%Quotizaes e Seguros .......................... 2.000 ............ 3%

    Diversos.................................................. 5.000 ............

    6%

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    Tratada a informao, a Anlise, comeando de forma global importardesagregar e pormenorizar, deve ser feita sobretudo atravs deIndicadores (ndices, Rcios, como lhes queiram chamar).

    Damos alguns exemplos para o caso que vimos, acrescentando que area Total da explorao so 240 hectares, que a Mo-de-Obra Total so2 UTA (Unidades de Trabalho Anual), compostas por um Vaqueiropermanente e o Empresrio, e que o efectivo pecurio tem 160 Cabeas

    Normais (das quais 155 so Bovinos e 5 so Ovinos).

    Produto Bruto/hectare ............................................. 478,87 Encargos Reais/hectare .......................................... 322,92 Resultado Lquido/hectare....................................... 155,96

    Encargos Fixos/hectare............................................118,75 Encargos Variveis/hectare ..................................... 204,17 Produto Bruto/Encargos Reais .................................... 1,48 Resultado Lquido/Encargos Reais ............................. 0,48 Encargos Fixos/Encargos Reais ................................36,77%Venda de Animais/Produto Bruto.....................................67%Prmios, Ajudas e Subsdios/Produto Bruto....................33%

    Encargos Reais/Cabea Normal ............................. 484,37

    Encargos Fixos/Cabea Normal .............................. 178,12

    Encargos Variveis/Cabea Normal ........................ 306,25 Produto Bruto / Cabea Normal .............................. 718,31 Resultado Lquido da Expl./Cabea Normal............ 233,94

    Resultado Lquido/UTA............................................ 18.715 Cabeas Normais / hectare .............................................0,67RPU / Produto Bruto ...................................................18,27%

    ANLISE

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    Trata-se, como se depreende: De uma explorao especializada em Bovinos de Carne, com Raas

    autctones; De uma explorao em que a importncia dos Prmios e Subsdios

    tem um peso com algum significado (33%);

    De uma explorao em que a Estrutura no muito pesada; De uma explorao no intensiva; De uma explorao com relao Terra/Mo-de-Obra de 120 hecta

    res por UTA; De uma explorao com baixo encabeamento (0,67 CN/ha); De uma explorao com baixa Rendibilidade da Terra (478,86 eu-

    ros) de Produto Bruto/hectare e 155,96 euros por hectare deResultado Lquido, mas tambm com reduzidos Encargos Reais

    por hectare (322,92 euros); De uma explorao com razovel Rendibilidade do Trabalho (25965 euros por UTA);

    Outros Indicadores se poderiam (e deveriam) tirar e analisar, como: Vacas/toiros (em nmero) Nascimentos/n de Vacas (em %) Mortalidade (em %)

    Animais vendidos/Animais nascidos (em %) Alimentos Comprados/Alimentos Totais (em %) Alimentos Prprios/Cabea Normal (em euros) Alimentos Comprados/Cabea Normal (em euros) Alimentos Totais/Cabea Normal (em euros) rea semeada/rea disponvel (em %) Preo mdio de venda de animais (em euros)

    Todo este conjunto de Indicadores dever ser COMPARADO com iguaisIndicadores de Referncia ou Padro no sentido de avaliar diferenas e,sobretudo, detectar as razes dessas diferenas para propor Correcese Melhorias.

    E como obter essas Referncias?Aqui reside um dos grandes bicos de obra nesta coisa da Gesto.

    No existem, disponibilizadas e acessveis, Referncias e Padrespor que nos possamos guiar, nem sequer de nvel nacional, muitomenos de nvel regional e sectorial;

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    Existe algum conhecimento tcnico/prtico de quem conhece ocampo, a realidade e as suas potencialidades;

    Continuam a faltar (cada vez mais) as Referncias que se poderiamobter e utilizar sadas das Exploraes de Cabea (as melhores)

    dos Centros de Gesto;

    Continuam a faltar Indicadores e Referncias Reais sadas daInvestigao e do Conhecimento Cientfico.

    Na falta de tudo isto l vamos desenrascando e Aconselhando omelhor que podemos e sabemos

    H, no entanto, mais um conjunto de elementos que podero ajudar afundamentao do Conselho e que se prendem, entre outros, com odomnio e conhecimento de tipos de explorao e actividades, com asituao do mercado (regionais, nacionais e internacionais), a evoluo etendncia de preos, os nveis de auto-aprovisionamento ou a relaoProcura/Oferta.

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    Embora com as limitaes anteriormente referidas, mais vale fazeralguma coisa do que ficar eternamente esperaEm relao ao Aconselhamento, h noes, prticas e procedimentos

    que importa ter em considerao:

    a) Um Conselho importante mas no podemos esquecer que depoisdele h ainda passos muitas vezes fulcrais: a DECISO e aIMPLEMENTAO, que so da exclusiva responsabilidade do

    Agricultor;b) Para a Deciso so importantes e necessrios na grande parte dos

    casos factores externos - apoios, tipos e montantes, admissibilidadedas candidaturas, possibilidades de crdito para a componenteprpria dos Investimentos, etc.

    c) O aconselhamento deve, com base na situao actual, envolverpropostas respeitantes a:

    O que est bem O que est mal Porque est mal O que possvel fazer para corrigir e melhorar Como possvel fazer Que apoios existem (se for caso disso) Melhorias tcnicas As questes do Escoamento

    As questes da Comercializao Elencagem dos possveis Investimentos Calendarizao desses Investimentos

    Para o aconselhamento e para uma tomada de deciso, num mundocada vez mais Globalizado, mostramos alguns exemplos de dados, numaapresentao em PowerPoint que disponibilizamos aos interessados eque podero ajudar a cimentar a deciso, fortalecer conhecimentos do

    Sector e complementar as Anlises. Os exemplos, referentes aos casosda Bovinicultura de Carne e Olivicultura, sero apresentados mais frenteneste Manual, em Anexo.

    ACONSELHAMENTO

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    Encargos correspondentes Produes correspondentes (valorizadas) Novas Amortizaes Correspondncia entre Mo-de-Obra disponvel, necessria e a

    assegurar

    Ajudas ao Investimento Necessidades de capital prprio Garantia de satisfao do capital prprio (com rendimentos da

    explorao, com recurso ao crdito ou a outros meios) Relao Alimentos Prprios / Comprados / Necessidades

    Alimentares em casos de Pecuria Resultados Previstos Previso de Resultados econmicos (ano a ano e ao longo dos

    anos) Previso de Tesouraria (ano a ano e ao longo dos anos) Elaborao dos Fluxos Financeiros Previso do Servio de Dvida (Amortizao + Juros) Clculo dos Resultados ps-investimentos e situao actual com a

    certificao de que os Acrscimos de Resultados originados peloInvestimento so compensadores e os Investimentos so viveis.

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    Anexos

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    OLIVICULTURA (NVEL NACIONAL)

    Exploraes e reas (Alentejo)

    0

    10000

    20000

    30000

    40000

    50000

    60000

    1 2 3 4 5 6

    N EXPL

    REA

    REA OLIVAL

    0

    20000

    40000

    60000

    80000

    100000

    120000

    140000

    160000

    EDM TM BL BI RO ALT ALG

    H

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    PRODUO AZEITE desde 1981

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    900

    1000

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

    1000HL

    PRODUO DE AZEITE(Toneladas)

    02000

    4000

    6000

    8000

    10000

    12000

    14000

    16000

    EDM TM BL BI RO ALT ALG

    T.AZEITE

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    PRODUO AZEITEdesde 1981( Milhes euros )

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 2 2 23 24 25 2 6

    PREOS AZEITE ( 1995 = 100 )

    0

    2040

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

    Exportaes

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    BRASIL ESP EUA ANGOLA C.VERDE VENEZ FR CANADA AF.SUL

    % Exportao

    EXPORTAES

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    AMEAAS E OPORTUNIDADES

    AMEAAS

    PRODUO :- Risco de abandono dos Territrios Rurais- Escassez de Mo de Obra no perodo da colheita

    TRANSFORMAO E COMERCIALIZAO :- Liberalizao das Trocas Comerciais- Negociaes sem incluso das exigncias relativas Segurana Alimentar e ao Ambiente

    OPORTUNIDADES

    PRODUO :- Olivicultura considerado Sector Estratgico a nvel nacional- Atractibilidade do Sector ao Investimento exterior- Potencial para aumentos da Produo- Procura azeitonas de mesa pela Indstria Transformadora- Maior exigncia do Consumidor - Qualidade e Diferenciao- Potencial de regadio do Alqueva- Simplificao e supresso de Regulamentao Comunitria

    TRANSFORMAO E COMERCIALIZAO :- Certificao dos Processos Produtivos- Potencial de Mercado, interno e externo por explorar- Existncia de nichos de mercado para ProdutosDiferenciados e de Qualidade

    PDR 2007-2013 ( PRODER )

    FILEIRAS ESTRATGICAS :

    FrutasFloresHortcolasAZEITEVinho

    FlorestasProdutos de Qualidade

    AMEAAS

    OPORTUNIDADES

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    APOIOS AO SECTOR(MEDIDAS)

    1.1.1. MODERNIZAO E CAPACITAO

    BENEFICIRIOS

    Pessoas Individuais ou ColectivasEmpresas de Transformao e Comercializao

    NVEIS DE APOIO

    a) Exploraes Agrcolas< 100 000 > 100 000

    Invest. Especif. e Ambient 45 50Sistemas Rega Agrupados 50 50

    Outros Investimentos 50 45Estudos, Assess. Certificao 50 50Formao 75 75

    b) Empresas de Transformao e Comercializao

    < 250 000 > 250 000 Investimentos Materiais 50 50Estudos e Assessorias 50 50Formao 75 75

    1.1.2. INVESTIM. PEQUENA DIMENSO( < 25 000 )

    - Linhas de Crdito e Juros Bonificados

    1.1.3. JOVENS AGRICULTORES

    Nveis de apoio :a) Investimentos = Medida 1.1.1.b) Apoio Instalao

    - Incentivo reembolsvel at 40 000 - Bonificao de Juros at 40 000 - Prmio de Desempenho at 27 500

    N.B. Mximo acumulado de 55 000

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    1.2. COOPERAO EMPRESARIAL PARA O MERCADO EINTERNACIONALIZAO

    BENEFICIRIOS- Associaes de Empresas, Agrupamentos

    Complementares, Consrcios, Associaes eAssociaes de Desenvolvimento

    TIPOLOGIA DOS INVESTIMENTOS- Execuo de Projectos, quando enquadrados numPlano de Concentrao

    FusoReestruturao

    nomeadamente :

    n AQUISIO MQ. / EQUIPAM. COMUNSn CRIAO/RECONV. DE CONSTRUESn ESTUDOS E AUDITORIASn PROTT./FERRAM. TECNOL. GESTO

    NVEIS DE APOIOIncentivos Reembolsveis e no Reembolsveis at 40 %

    1.4.3. ADAPTAO NOVAS EXIGNCIAS

    - Montante mximo/explorao 10 000

    1.5. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

    1.6. REGADIOS E INFRA-ESTRUTURAS

    4.1. COOPERAO P/ INOVAO

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    CARNE DE BOVINO

    N. de Exploraes

    0

    2 0000

    4 0000

    6 0000

    8 0000

    100000

    120000

    140000

    160000

    180000

    200000

    1993 1 999 2 005

    bovin os

    vacas aleit

    N. de Animais

    0

    200000

    400000

    600000

    800000

    1 000000

    1 200000

    1 400000

    1 600000

    199 3 199 9 2005

    bovinosvacasa lei t

    EFECTIVO ALEITANTEEFECTIVO ALEITANTE30 % total bovinos30 % total bovinos402 000 animais402 000 animais33 000 exploraes (33 000 exploraes ( ContCont. ). )72 % efectivo Alentejo72 % efectivo Alentejo

    DADOS ESTATSTICOSDADOS ESTATSTICOS118 000 toneladas carne118 000 toneladas carne598 milhes euros598 milhes euros25 % da produo animal25 % da produo animal10,2 % da Produo Agrcola10,2 % da Produo Agrcola

    EFECTIVO RECRIA E ENGORDAEFECTIVO RECRIA E ENGORDA30 % total bovinos30 % total bovinos340 000 animais340 000 animais22 000 exploraes (22 000 exploraes ( ContCont. ). )33 % EDM33 % EDM25 % Alentejo25 % Alentejo23 % RO23 % RO

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    ENTRADAS SADAS SALDO

    ( 1 000 ) ( 1 000 ) ( 1 000 )

    Anim. Vivos 9 045 4 846 (4 199)Carne 219 762 2 716 (217 046)Total 228 808 7 562 (221 246)

    COMRCIO INTERNACIONAL(2005)

    IMPORTAESIMPORTAES94, 5 % DA UNIO EUROPEIA94, 5 % DA UNIO EUROPEIA5, 5 % FORA5, 5 % FORA

    DA UNIO EUROPEIADA UNIO EUROPEIAEspanha 75 %Espanha 75 %Pases Baixos 5 %Pases Baixos 5 %FranaFranaAlemanhaAlemanha

    FORA DA UNIO EUROPEIAFORA DA UNIO EUROPEIABrasilBrasilUruguaiUruguaiArgentinaArgentina

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    ECONOMIA E GESTOECONOMIA E GESTO

    11 CUSTO DE PRODUOCUSTO DE PRODUO

    ENCARGOS REAISENCARGOS REAISENCARGOS ATRIBUIDOSENCARGOS ATRIBUIDOS

    22 PRODUTO TOTALPRODUTO TOTALVENDASVENDAS

    AJUDASAJUDASOUTROS INCENTIVOSOUTROS INCENTIVOSIDADE DE VENDAIDADE DE VENDAPESOPESORENDIMENTORENDIMENTOPREO DE VENDAPREO DE VENDA

    Custosde Produo(%)

    0

    1 0

    2 0

    3 0

    4 0

    5 0

    6 0

    7 0

    8 0

    9 0

    alim m. obra amort OEV mort juros cfi

    vacas

    engorda

    Preo ao Produtor(/ Kg)

    0

    0, 5

    1

    1, 5

    2

    2, 5

    3

    3, 5

    4

    1993 94 95 96 97 98 99 2000 1 2 3 4 5

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    R. A. A.R. A. A. AQUISIO ANIMAISAQUISIO ANIMAIS

    - NA REGIO AUTNOMA- NA REGIO AUTNOMA- FORA- FORA

    SOLO E CLIMASOLO E CLIMA

    ALIMENTOS PRPRIOSALIMENTOS PRPRIOS

    MANEIOMANEIO

    CUSTOS CONCENTRADOCUSTOS CONCENTRADO

    ABATE E TRANSFORMAOABATE E TRANSFORMAO

    ESCOAMENTOESCOAMENTO

    REGIME ALIMENTARREGIME ALIMENTAR

    QUALIDADEQUALIDADE

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    Edio: CNA - Confederao Nacional da Agricultura 2007Autor: Roberto Mileu

    Paginao, ilustrao, fotolitos, impresso: AT-Loja Grfica

    Depsito Legal: 272019/08ISBN: 978-989-95157-3-4Tiragem: 500 exemplares

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