gestaoeplaneamento_
TRANSCRIPT
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
1/44
1
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
2/44
2
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
3/44
3
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
4/44
4
Esta publicao integra uma coleco de dois Manuais elaborados nombito de uma candidatura da Confederao Nacional da Agricultura-
CNA Medida 10 do Programa Agro - Servios Agro-Rurais Especializados.
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
5/44
5
NDICE
INTRODUO ..................... 06
CONCEITOS GERAIS ......... 07
Gesto.......................... 07
Custos de Produo.....08
Produto Bruto ...............10
Resultado ..................... 10
A INFORMAO.................. 12
A ANLISE ........................... 21
O ACONSELHAMENTO ...... 24
O PLANEAMENTO ..............25 Situao actual .............25
Investimentos ...............25
ANEXOS .............................. 27
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
6/44
6
O presente Manual destina-se a apoiar os Tcnicos da ConfederaoNacional da Agricultura - CNA e das suas Associadas (Federaes,Associaes, Agrupamentos e Organizaes de Produtores) naAssistncia Tcnica aos Agricultores.
Esta Assistncia Tcnica, paralela e complementar s Ajudas da PAC,pode e deve ser feita no sentido de que os Agricultores e suas Famliasvejam aumentados e melhorados os seus rendimentos e nveis de vida,atravs de Opes e Alternativas que corrijam alguns Pontos Fracos eEstrangulamentos existentes nas exploraes agrcolas.
As correces e melhorias podem ser de nvel estritamente tcnico(Fertilizantes e Correctivos, Tcnicas Culturais, Maneio de Gado), de nveleconmico (Comercializao, menores Custos de Produo), ou aindade nvel Financeiro.
Podem ainda ser de uma forma pontual e sectorial (uma Cultura, umaActividade) como geral (estratgia, alteraes profundas nas OrientaesProdutivas, Reconverso), o que, neste caso, necessitar da efectuaode Investimentos, planificando em relao ao futuro.
O presente Manual chama ainda a ateno para algumas questesque cada vez mais so pertinentes e indispensveis de ter em conta no
mundo actual - conhecimentos de mercado a nvel local, regional, nacionale global, de tendncias, de preos e de perspectivas. Inclui, para alm deConceitos Gerais, um conjunto de dados a ponderar e a trabalhar comreferncias concretas a alguns sectores Produtivos.
INTRODUO
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
7/44
7
1 - GESTO
Segundo cada autor, h mltiplas definies sobre Gesto, todas elasafinal querendo dizer o mesmo.
Talvez possamos dizer que Gesto a cincia que consiste naoptimizao dos Recursos Disponveis (Capital - Terra - Trabalho),combinando e articulando-os de forma a obter do seu conjunto e utilizaoos melhores resultados possveis. E, logo aqui, devem ser tidas em contaas distintas realidades de cada explorao ou tipos de explorao:
EXPLORAES FAMILIARES
Apresentam caractersticas prprias (normalmente de dimenso e deestrutura) em que, no nosso ponto de vista, importa mais tirar partido de
um Factor disponvel (a Mo-de-Obra Familiar) que sendo na prtica acusto zero e vivendo daquilo que produz, pode e deve ser rendibilizadoatravs da prtica de Culturas e Actividades que sejam mais dependentesem Mo-de-Obra (Policultura, Fruticultura, Viticultura, Horticultura,Pecuria de Leite, Floricultura, Queijarias, Plantas Aromticas e Medicinais,Artesanato, etc.).
Nas Exploraes Familiares, sendo a Terra o factor mais limitante,compreensvel que um dos objectivos principais seja a rendibilidade daterra, tirando por unidade (hectare) a maior produo possvel, natu-ralmente que com os devidos cuidados para no a esgotar, mantendo-acom razoveis nveis de fertilidade.
EXPLORAES EMPRESARIAIS
Estas exploraes regem-se mais pelas regras do mercado e pelatendncia para uma Gesto de cariz capitalista.
CONCEITOS GERAIS
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
8/44
8
De um modo geral com maiores dimenses fsicas que as exploraesfamiliares, interessar ao Empresrio utilizar as 3 pedras - Terra, Capi-tal e Trabalho - sem preocupaes pontuais por qualquer deles. O FactorTrabalho para ser utilizado e jogado como qualquer um dos outros.
No significa isto, claro, que todos os Empresrios so exploradores
de Mo-de-Obra, mas natural que tendo como objectivo o Lucro elestenham caminhos de algum modo diferenciados dos das exploraesFamiliares, j que a Mo-de-Obra , nestas situaes, um Factor a pagarao exterior.
Este grupo inclui as muitas exploraes extensivas e, salvo excepes,caracteriza-se por Baixa/Mdia rendibilidade da Terra e alta rendibilidadedo Trabalho e pela prtica de Culturas/Actividades susceptveis demecanizao e necessitadas de pouca Mo-de-Obra.
2 - CUSTOS DE PRODUO
Em termos gerais, para que a actividade agrcola seja rentvel ouatractiva, os Custos de Produo quer de uma Cultura quer de uma
Orientao Produtiva, quer de uma Explorao, devem ser os mais baixospossveis e ultrapassados pelo valor de mercado daquilo que se produz(para comercializao, auto-consumo), de forma a proporcionarResultados Positivos.
H que ter, no entanto, alguns cuidados, para no se poupar na farinhae gastar no farelo Quer isto dizer que no ser nunca atravs de menorutilizao de Fertilizantes que se obtero maiores produes.
Por outro lado, importa saber e desagregar os Custos de Produo
em componentes que devem ser geridos em funo das realidades decada explorao:
CUSTO DE PRODUO = ENCARGOS REAIS + ENCARGOSATRIBUDOS
ENCARGOS REAIS = ENCARGOS FIXOS + VARIVEIS
Nos Encargos Reais temos, nomeadamente: Fertilizantes e Correctivos
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
9/44
9
Sementes e Plantas Fitofrmacos Alimentos de Gado Assistncia Pecuria Carburantes e Lubrificantes
Conservao e Reparao de Material e Equipamentos Conservao e Reparao de Benfeitorias Mo-de-Obra Assalariada Encargos Sociais Seguros e Impostos Energia e Electricidade Materiais e Despesas Diversas, Gastos Gerais Amortizaes e Reintegraes Juros Pagos Rendas Pagas
Nos Encargos Atribudos constam, sobretudo: Renda Atribuda (exploraes de Conta Prpria) Mo-de-Obra familiar Juros do Capital empatado
Os Encargos Fixos (Comuns) so aqueles que, de um modo geral, semantm constantes e inerentes prpria existncia da explorao,independentemente das opes e prticas escolhidas.
So os casos de amortizaes, conservaes e reparaes, rendasde exploraes (se for o caso) mo-de-obra assalariada permanente, etc.,que no so facilmente imputveis s a uma actividade concreta.
J os Encargos Variveis dependem do tamanho e intensidade dasopes escolhidas - fertilizantes e correctivos, sementes, plantas,fitofrmacos, alimentos de gado, assistncia pecuria, mo-de-obraassalariada eventual, etc.
Temos o caso especial dos carburantes que sendo no fundo um EncargoVarivel (consome-se conforme a utilizao das mquinas), a maior partedas vezes, por facilidade de tratamento contabilstico se consideram
comuns explorao e ao conjunto de actividades que tm trabalho demquinas.
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
10/44
10
Sendo todas estas componentes parte dos Custos de Produo, hque ter em considerao, em termos de Custos de Produo, diferentesCustos:
por unidade de terra (custo de produo por hectare) ou por unidadepecuria (custo de produo por cabea)
por unidade de produto (custo de produo por quilo ou por litro)
que pode haver Custos de Produo por hectare ou por cabeapraticamente iguais e Custos de Produo por quilo ou por litro muitodiferentes. Recorda-se que o Custo de Produo por quilo de milho, detrigo, de ma, de tomate, de batata, por exemplo, depende mais daproduo fsica de cada um destes produtos por hectare, o mesmoacontecendo com o Custo de Produo por litro de leite, que tambmdepende mais da produo unitria por vaca de leite ou por ovelha, nosendo indiferente conseguir 14 ou 6 toneladas de milho por hectare e 10ou 6 mil litros de leite por vaca.
Como o preo de venda por quilo ou por litro daquilo que se produz,naturalmente que quanto menor for o Custo de Produo por quilo ou porlitro mais sobeja, maior margem proporciona.
3 - PRODUTO BRUTO
o valor daquilo que se produz, dependendo nomeadamente daquantidade produzida vezes o preo de venda unitrio. Aqui entra, muitasvezes de forma decisiva, o factor Comercializao.
4 - RESULTADOS
H Resultados para todos os gostos, mas importa ter presentealgumas diferenas. Assim:
LUCRO - a diferena entre o Produto Bruto e o Custo de Produo.
MARGEM BRUTA - a diferena entre Produto Bruto e EncargosVariveis (nalguns casos incluindo neste os Encargos Fixos Especficos).
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
11/44
11
MARGEM BRUTA GLOBAL - o somatrio das Margens Brutas detodas as actividades praticadas na explorao.
ENCARGOS FIXOS E GASTOS GERAIS - o somatrio de todos osEncargos Reais que no foram includos nos Encargos Variveis para o
apuramento das Margens Brutas.
MARGEM LQUIDA (RESULTADO LQUIDO) - a diferena entre aMargem Bruta Global e os Encargos Fixos e Gastos Gerais, no fundo oResultado Lquido da Explorao.
Existem ainda alguns outros tipos de Resultados, como o VAB (ValorAcrescentado Bruto) que a diferena entre o Produto Bruto e osConsumos Intermdios, o VAL (Valor Acrescentado Lquido) que o VABmenos as Amortizaes, sendo tambm por vezes qualquer destescalculado a Preos de Base, de Mercado, e a Custo de Factores.
Mas, quanto a ns, sendo todos importantes, h que ter em especialateno a diferena entre Lucro e Margem Lquida, no fundo entreconsiderar tudo (Encargos Reais + Atribudos) e considerar a Realidade(Encargos Reais), pois isto que diferencia Sistemas e Tipos de
Explorao e isto que deve merecer anlise prpria para cada situao.
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
12/44
12
A INFORMAO
Para gerir eficaz e eficientemente no se devem desconhecer nem opassado nem o presente das exploraes.
Presentemente, a grande maioria das exploraes dispe deContabilidade quer no chamado Regime Simplificado quer no RegimeGeral, baseada no POC - Plano Oficial de Contabilidade.
Sendo uma base importante para recolha, consulta e tratamento daInformao h, no entanto, questes que parecendo de pormenor soindispensveis para uma boa anlise de Gesto.
Referimo-nos, concretamente, a elementos de natureza tcnica eestrutural que esto muito para alm da frieza dos nmeros reflectidoscontabilisticamente (rotaes culturais, encabeamentos, pocas decultivo, maneio dos efectivos pecurios, raas, variedades, ndices denatalidade e prolificidade, etc.). Devero ser recolhidos e apurados.
De qualquer dos modos e aplicando como exemplo ao caso de VacasAleitantes, do conjunto contabilstico e complementar, os elementos arecolher podero ser do gnero dos que se seguem:
EXPLORAO VACAS ALEITANTES
1 - EFECTIVO MDIO
VacasAlentejanas
TourosNovilhosNovilhasBezerras
Vacas CruzadasToirosNovilhos
NovilhasBezerras
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
13/44
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
14/44
14
9 - PREO MDIO DE VENDA
Vacas de RefugoBezerrosBezerras
Toiros de Refugo
10 - ENCARGOS
10.1. - Alimentos prprios
10.2. - Alimentos comprados
10.3. - Mo-de-obra e encargos sociais
10.4. - Assistncia pecuria / veterinria
10.5. - Quotizaes
10.6. - Seguros e impostos
10.7. - Servio de mquinas e transportes
Conservao e ReparaoCombustveis e Lubrificantes
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
15/44
15
10.8. - Conservao / reparao cercas, construes
10.9.- Diversos
11 - RECEITAS
Venda animais
Ajudas e Subsdios
ENGORDA DE NOVILHOS (100)
1 - COMPRAS
IdadePesoValor
2 - ENGORDA
2.1. - Sistema
2.2. - Alimentos comprados Quantidade Valor
Rao / farinha
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
16/44
16
Palha
Feno
2.3. - Alimentos prprios
2.4. - Assistncia pecuria
2.5. - Mo-de-obra e encargos sociais
2.6. - Servio mquinas e transportes
2.7. - Conservao / reparao cercas e construes
2.8. Mortalidade
3 - VENDAS E RECEITAS
3.1. - Nmero e valor
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
17/44
17
3.2. - Peso mdio
3.3. - Idade mdia
3.4. - Subsdios e Ajudas
4 - OBSERVAES
evidente que para cada situao haver que elencar um conjunto deinformaes a recolher que permita a melhor Anlise possvel.
Relembremos alguns aspectos: Folhas e afolhamentos Culturas e Actividades praticadas (e respectiva dimenso) Nmero e reas das parcelas Mo-de-obra disponvel (Familiar e Permanente) Mquinas e equipamentos (idade, estado, potncia) Construes e capacidades Cartas de solo e respectivas Capacidades de Uso Sequeiro e Regadio Disponibilidades hdricas Plantaes, Idades, Compassos e Variedades Raas, Efectivos e Maneio Potencialidades e Disponibilidades Forrageiras Capacidade Econmica e Financeira
Prmios e Ajudas Outras informaes que se considerem teis
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
18/44
18
TRATAMENTO DA INFORMAO
Uma vez que cada explorao um caso concreto e diversificado,depois da Recolha da Informao h que trat-la. E esse Tratamentodeve ser a dois nveis.
Sectorial Global
Naturalmente que o Global representa um somatrio de Parciais ou deSectores. O apuramento do Global dar-nos-, sobretudo, elementos finaiscomo:
Produto Bruto Total
Encargos Reais Totais Encargos Fixos Resultados Finais
Tambm se poder apurar pelo somatrio das partes ou das diversasActividades praticadas.
O tratamento Sectorial implica o apuramento para cada Sector ouActividade das vrias componentes que lhes dizem respeito, quer a nvel
de Produto Bruto, quer de Encargos, quer de Resultados.Haver vrios critrios e opes (exploraes especializadas numadeterminada OTE - Orientao Tcnico Econmica, exploraes dePolicultura, Exploraes Mistas, etc.).
Ainda voltando ao caso j referido de Vacas Aleitantes / Bovinos deCarne, do conjunto da Informao recolhida (contabilstica e comple-mentar) foi possvel apurar o que se segue:
CONTA DE EXPLORAO BOVINOS
1 - ENCARGOS REAISA - FIXOS
Amortizao Construes e Melhoramentos 12.500
Amortizao Mquinas e Alfaias 8.000
Cons. Rep. Construes e Melhoramentos 5.000
Cons. Rep. Mquinas e Equipamentos 3.000 SUB - TOTAL 28.500
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
19/44
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
20/44
20
Assistncia Pecuria ..................................... 6%Quotizaes e Seguros ................................. 4%Diversos....................................................... 10%
PRODUTO BRUTOA - VENDA DE ANIMAIS .............................. 67%B - AJUDAS E SUBSDIOS ......................... 33%
RPU ................................................ 21.000 ..............55%VACAS ALEITANTES ....................... 2.500 ...........33%RAAS AUTCTONES ................... 4.030 ........... 11%OVINOS............................................... 400 ............ 1%
ENCARGOS REAIS TOTAISAlimentao .......................................... 22.500 ...........29%Amortizaes ........................................ 20.500 ...........27%Mo-de-obra ......................................... 16.500 ...........21%Conservaes e Reparaes ................. 8.000 ............ 0%Assistncia Pecuria .............................. 3.000 ............ 4%Quotizaes e Seguros .......................... 2.000 ............ 3%
Diversos.................................................. 5.000 ............
6%
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
21/44
21
Tratada a informao, a Anlise, comeando de forma global importardesagregar e pormenorizar, deve ser feita sobretudo atravs deIndicadores (ndices, Rcios, como lhes queiram chamar).
Damos alguns exemplos para o caso que vimos, acrescentando que area Total da explorao so 240 hectares, que a Mo-de-Obra Total so2 UTA (Unidades de Trabalho Anual), compostas por um Vaqueiropermanente e o Empresrio, e que o efectivo pecurio tem 160 Cabeas
Normais (das quais 155 so Bovinos e 5 so Ovinos).
Produto Bruto/hectare ............................................. 478,87 Encargos Reais/hectare .......................................... 322,92 Resultado Lquido/hectare....................................... 155,96
Encargos Fixos/hectare............................................118,75 Encargos Variveis/hectare ..................................... 204,17 Produto Bruto/Encargos Reais .................................... 1,48 Resultado Lquido/Encargos Reais ............................. 0,48 Encargos Fixos/Encargos Reais ................................36,77%Venda de Animais/Produto Bruto.....................................67%Prmios, Ajudas e Subsdios/Produto Bruto....................33%
Encargos Reais/Cabea Normal ............................. 484,37
Encargos Fixos/Cabea Normal .............................. 178,12
Encargos Variveis/Cabea Normal ........................ 306,25 Produto Bruto / Cabea Normal .............................. 718,31 Resultado Lquido da Expl./Cabea Normal............ 233,94
Resultado Lquido/UTA............................................ 18.715 Cabeas Normais / hectare .............................................0,67RPU / Produto Bruto ...................................................18,27%
ANLISE
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
22/44
22
Trata-se, como se depreende: De uma explorao especializada em Bovinos de Carne, com Raas
autctones; De uma explorao em que a importncia dos Prmios e Subsdios
tem um peso com algum significado (33%);
De uma explorao em que a Estrutura no muito pesada; De uma explorao no intensiva; De uma explorao com relao Terra/Mo-de-Obra de 120 hecta
res por UTA; De uma explorao com baixo encabeamento (0,67 CN/ha); De uma explorao com baixa Rendibilidade da Terra (478,86 eu-
ros) de Produto Bruto/hectare e 155,96 euros por hectare deResultado Lquido, mas tambm com reduzidos Encargos Reais
por hectare (322,92 euros); De uma explorao com razovel Rendibilidade do Trabalho (25965 euros por UTA);
Outros Indicadores se poderiam (e deveriam) tirar e analisar, como: Vacas/toiros (em nmero) Nascimentos/n de Vacas (em %) Mortalidade (em %)
Animais vendidos/Animais nascidos (em %) Alimentos Comprados/Alimentos Totais (em %) Alimentos Prprios/Cabea Normal (em euros) Alimentos Comprados/Cabea Normal (em euros) Alimentos Totais/Cabea Normal (em euros) rea semeada/rea disponvel (em %) Preo mdio de venda de animais (em euros)
Todo este conjunto de Indicadores dever ser COMPARADO com iguaisIndicadores de Referncia ou Padro no sentido de avaliar diferenas e,sobretudo, detectar as razes dessas diferenas para propor Correcese Melhorias.
E como obter essas Referncias?Aqui reside um dos grandes bicos de obra nesta coisa da Gesto.
No existem, disponibilizadas e acessveis, Referncias e Padrespor que nos possamos guiar, nem sequer de nvel nacional, muitomenos de nvel regional e sectorial;
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
23/44
23
Existe algum conhecimento tcnico/prtico de quem conhece ocampo, a realidade e as suas potencialidades;
Continuam a faltar (cada vez mais) as Referncias que se poderiamobter e utilizar sadas das Exploraes de Cabea (as melhores)
dos Centros de Gesto;
Continuam a faltar Indicadores e Referncias Reais sadas daInvestigao e do Conhecimento Cientfico.
Na falta de tudo isto l vamos desenrascando e Aconselhando omelhor que podemos e sabemos
H, no entanto, mais um conjunto de elementos que podero ajudar afundamentao do Conselho e que se prendem, entre outros, com odomnio e conhecimento de tipos de explorao e actividades, com asituao do mercado (regionais, nacionais e internacionais), a evoluo etendncia de preos, os nveis de auto-aprovisionamento ou a relaoProcura/Oferta.
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
24/44
24
Embora com as limitaes anteriormente referidas, mais vale fazeralguma coisa do que ficar eternamente esperaEm relao ao Aconselhamento, h noes, prticas e procedimentos
que importa ter em considerao:
a) Um Conselho importante mas no podemos esquecer que depoisdele h ainda passos muitas vezes fulcrais: a DECISO e aIMPLEMENTAO, que so da exclusiva responsabilidade do
Agricultor;b) Para a Deciso so importantes e necessrios na grande parte dos
casos factores externos - apoios, tipos e montantes, admissibilidadedas candidaturas, possibilidades de crdito para a componenteprpria dos Investimentos, etc.
c) O aconselhamento deve, com base na situao actual, envolverpropostas respeitantes a:
O que est bem O que est mal Porque est mal O que possvel fazer para corrigir e melhorar Como possvel fazer Que apoios existem (se for caso disso) Melhorias tcnicas As questes do Escoamento
As questes da Comercializao Elencagem dos possveis Investimentos Calendarizao desses Investimentos
Para o aconselhamento e para uma tomada de deciso, num mundocada vez mais Globalizado, mostramos alguns exemplos de dados, numaapresentao em PowerPoint que disponibilizamos aos interessados eque podero ajudar a cimentar a deciso, fortalecer conhecimentos do
Sector e complementar as Anlises. Os exemplos, referentes aos casosda Bovinicultura de Carne e Olivicultura, sero apresentados mais frenteneste Manual, em Anexo.
ACONSELHAMENTO
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
25/44
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
26/44
26
Encargos correspondentes Produes correspondentes (valorizadas) Novas Amortizaes Correspondncia entre Mo-de-Obra disponvel, necessria e a
assegurar
Ajudas ao Investimento Necessidades de capital prprio Garantia de satisfao do capital prprio (com rendimentos da
explorao, com recurso ao crdito ou a outros meios) Relao Alimentos Prprios / Comprados / Necessidades
Alimentares em casos de Pecuria Resultados Previstos Previso de Resultados econmicos (ano a ano e ao longo dos
anos) Previso de Tesouraria (ano a ano e ao longo dos anos) Elaborao dos Fluxos Financeiros Previso do Servio de Dvida (Amortizao + Juros) Clculo dos Resultados ps-investimentos e situao actual com a
certificao de que os Acrscimos de Resultados originados peloInvestimento so compensadores e os Investimentos so viveis.
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
27/44
27
Anexos
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
28/44
OLIVICULTURA (NVEL NACIONAL)
Exploraes e reas (Alentejo)
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
1 2 3 4 5 6
N EXPL
REA
REA OLIVAL
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
EDM TM BL BI RO ALT ALG
H
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
29/44
PRODUO AZEITE desde 1981
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
1000HL
PRODUO DE AZEITE(Toneladas)
02000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
EDM TM BL BI RO ALT ALG
T.AZEITE
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
30/44
PRODUO AZEITEdesde 1981( Milhes euros )
0
50
100
150
200
250
300
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 2 2 23 24 25 2 6
PREOS AZEITE ( 1995 = 100 )
0
2040
60
80
100
120
140
160
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Exportaes
0
10
20
30
40
50
60
BRASIL ESP EUA ANGOLA C.VERDE VENEZ FR CANADA AF.SUL
% Exportao
EXPORTAES
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
31/44
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
32/44
AMEAAS E OPORTUNIDADES
AMEAAS
PRODUO :- Risco de abandono dos Territrios Rurais- Escassez de Mo de Obra no perodo da colheita
TRANSFORMAO E COMERCIALIZAO :- Liberalizao das Trocas Comerciais- Negociaes sem incluso das exigncias relativas Segurana Alimentar e ao Ambiente
OPORTUNIDADES
PRODUO :- Olivicultura considerado Sector Estratgico a nvel nacional- Atractibilidade do Sector ao Investimento exterior- Potencial para aumentos da Produo- Procura azeitonas de mesa pela Indstria Transformadora- Maior exigncia do Consumidor - Qualidade e Diferenciao- Potencial de regadio do Alqueva- Simplificao e supresso de Regulamentao Comunitria
TRANSFORMAO E COMERCIALIZAO :- Certificao dos Processos Produtivos- Potencial de Mercado, interno e externo por explorar- Existncia de nichos de mercado para ProdutosDiferenciados e de Qualidade
PDR 2007-2013 ( PRODER )
FILEIRAS ESTRATGICAS :
FrutasFloresHortcolasAZEITEVinho
FlorestasProdutos de Qualidade
AMEAAS
OPORTUNIDADES
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
33/44
APOIOS AO SECTOR(MEDIDAS)
1.1.1. MODERNIZAO E CAPACITAO
BENEFICIRIOS
Pessoas Individuais ou ColectivasEmpresas de Transformao e Comercializao
NVEIS DE APOIO
a) Exploraes Agrcolas< 100 000 > 100 000
Invest. Especif. e Ambient 45 50Sistemas Rega Agrupados 50 50
Outros Investimentos 50 45Estudos, Assess. Certificao 50 50Formao 75 75
b) Empresas de Transformao e Comercializao
< 250 000 > 250 000 Investimentos Materiais 50 50Estudos e Assessorias 50 50Formao 75 75
1.1.2. INVESTIM. PEQUENA DIMENSO( < 25 000 )
- Linhas de Crdito e Juros Bonificados
1.1.3. JOVENS AGRICULTORES
Nveis de apoio :a) Investimentos = Medida 1.1.1.b) Apoio Instalao
- Incentivo reembolsvel at 40 000 - Bonificao de Juros at 40 000 - Prmio de Desempenho at 27 500
N.B. Mximo acumulado de 55 000
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
34/44
1.2. COOPERAO EMPRESARIAL PARA O MERCADO EINTERNACIONALIZAO
BENEFICIRIOS- Associaes de Empresas, Agrupamentos
Complementares, Consrcios, Associaes eAssociaes de Desenvolvimento
TIPOLOGIA DOS INVESTIMENTOS- Execuo de Projectos, quando enquadrados numPlano de Concentrao
FusoReestruturao
nomeadamente :
n AQUISIO MQ. / EQUIPAM. COMUNSn CRIAO/RECONV. DE CONSTRUESn ESTUDOS E AUDITORIASn PROTT./FERRAM. TECNOL. GESTO
NVEIS DE APOIOIncentivos Reembolsveis e no Reembolsveis at 40 %
1.4.3. ADAPTAO NOVAS EXIGNCIAS
- Montante mximo/explorao 10 000
1.5. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
1.6. REGADIOS E INFRA-ESTRUTURAS
4.1. COOPERAO P/ INOVAO
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
35/44
CARNE DE BOVINO
N. de Exploraes
0
2 0000
4 0000
6 0000
8 0000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
1993 1 999 2 005
bovin os
vacas aleit
N. de Animais
0
200000
400000
600000
800000
1 000000
1 200000
1 400000
1 600000
199 3 199 9 2005
bovinosvacasa lei t
EFECTIVO ALEITANTEEFECTIVO ALEITANTE30 % total bovinos30 % total bovinos402 000 animais402 000 animais33 000 exploraes (33 000 exploraes ( ContCont. ). )72 % efectivo Alentejo72 % efectivo Alentejo
DADOS ESTATSTICOSDADOS ESTATSTICOS118 000 toneladas carne118 000 toneladas carne598 milhes euros598 milhes euros25 % da produo animal25 % da produo animal10,2 % da Produo Agrcola10,2 % da Produo Agrcola
EFECTIVO RECRIA E ENGORDAEFECTIVO RECRIA E ENGORDA30 % total bovinos30 % total bovinos340 000 animais340 000 animais22 000 exploraes (22 000 exploraes ( ContCont. ). )33 % EDM33 % EDM25 % Alentejo25 % Alentejo23 % RO23 % RO
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
36/44
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
37/44
ENTRADAS SADAS SALDO
( 1 000 ) ( 1 000 ) ( 1 000 )
Anim. Vivos 9 045 4 846 (4 199)Carne 219 762 2 716 (217 046)Total 228 808 7 562 (221 246)
COMRCIO INTERNACIONAL(2005)
IMPORTAESIMPORTAES94, 5 % DA UNIO EUROPEIA94, 5 % DA UNIO EUROPEIA5, 5 % FORA5, 5 % FORA
DA UNIO EUROPEIADA UNIO EUROPEIAEspanha 75 %Espanha 75 %Pases Baixos 5 %Pases Baixos 5 %FranaFranaAlemanhaAlemanha
FORA DA UNIO EUROPEIAFORA DA UNIO EUROPEIABrasilBrasilUruguaiUruguaiArgentinaArgentina
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
38/44
ECONOMIA E GESTOECONOMIA E GESTO
11 CUSTO DE PRODUOCUSTO DE PRODUO
ENCARGOS REAISENCARGOS REAISENCARGOS ATRIBUIDOSENCARGOS ATRIBUIDOS
22 PRODUTO TOTALPRODUTO TOTALVENDASVENDAS
AJUDASAJUDASOUTROS INCENTIVOSOUTROS INCENTIVOSIDADE DE VENDAIDADE DE VENDAPESOPESORENDIMENTORENDIMENTOPREO DE VENDAPREO DE VENDA
Custosde Produo(%)
0
1 0
2 0
3 0
4 0
5 0
6 0
7 0
8 0
9 0
alim m. obra amort OEV mort juros cfi
vacas
engorda
Preo ao Produtor(/ Kg)
0
0, 5
1
1, 5
2
2, 5
3
3, 5
4
1993 94 95 96 97 98 99 2000 1 2 3 4 5
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
39/44
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
40/44
R. A. A.R. A. A. AQUISIO ANIMAISAQUISIO ANIMAIS
- NA REGIO AUTNOMA- NA REGIO AUTNOMA- FORA- FORA
SOLO E CLIMASOLO E CLIMA
ALIMENTOS PRPRIOSALIMENTOS PRPRIOS
MANEIOMANEIO
CUSTOS CONCENTRADOCUSTOS CONCENTRADO
ABATE E TRANSFORMAOABATE E TRANSFORMAO
ESCOAMENTOESCOAMENTO
REGIME ALIMENTARREGIME ALIMENTAR
QUALIDADEQUALIDADE
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
41/44
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
42/44
Edio: CNA - Confederao Nacional da Agricultura 2007Autor: Roberto Mileu
Paginao, ilustrao, fotolitos, impresso: AT-Loja Grfica
Depsito Legal: 272019/08ISBN: 978-989-95157-3-4Tiragem: 500 exemplares
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
43/44
-
8/7/2019 gestaoeplaneamento_
44/44