gestao estrategica de recursos materiais controle de estoque e to

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  • 8/3/2019 Gestao Estrategica de Recursos Materiais Controle de Estoque e to

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    CENTRO UNIVERSITRIO DE JOO PESSOA - UNIPPR-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAO

    COORDENAO DO CURSO DE ADMINISTRAO

    JANANA ARAJO PASCOAL

    GESTO ESTRATGICA DE RECURSOS MATERIAIS:controle de estoque e

    armazenagem

    Joo Pessoa2008

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    JANANA ARAJO PASCOAL

    GESTO ESTRATGICA DE RECURSOS MATERIAIS:controle de estoque earmazenagem

    Monografia apresentada ao Centro Universitrio de Joopessoa -UNIP, como requisito parcial para a obtenodo ttulo de Bacharel em Administrao.

    Orientadora: Prof. Ms. Cristiana Cartaxo de Mello Lula

    Joo Pessoa2008

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    P278g PASCOAL, Janana Arajo.Gesto estratgica de recursos materiais: controle de estoque e

    armazenagem./Janana Arajo Pascoal. Joo Pessoa, 2008.

    61f.

    Monografia (Graduao em Administrao)Centro Universitrio de Joo PessoaUNIP.

    1. Armazenagem. 2. Empresa. 3. EstoqueI. Ttulo.

    UNIP / BC CDU658.566

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    GESTO ESTRATGICA DE RECURSOS MATERIAIS: controle de estoque earmazenagem

    Monografia apresentada ao Centro Universitrio de Joopessoa UNIP, como requisito parcial para a obtenodo ttulo de Bacharel em Administrao.

    Aprovada em............/......../de...............

    BANCA EXAMINADORA

    _______________________________________

    Professor Ms. Cristiana Cartaxo de Mello LulaOrientadoraUNIP

    _______________________________________Professor Esp. Samuel Von Lear Norat

    ExaminadorUNIP

    _______________________________________Professor Ms. Mrcio Reinaldo de Lucena Ferreira

    ExaminadorUNIP

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    Dedico este Trabalho aos meus pais Poty Pinho

    Pascoal; Dayse Maria de Arajo Pascoal e irmos

    Najara Arajo Pascoal; Franklin Augusto Arajo dos

    Santos e demais amigos e familiares que me

    ajudaram e incentivaram a produzir este presente

    trabalho, mesmo diante do cansao.

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    AGRADECIMENTO

    Agradeo primeiramente a Deus pela bno da sabedoria a mim concebida, aos meus pais Dayse

    Arajo e Poty Pascoal pela pacincia e amor que me deram durante toda essa caminhada,sopessoas que sempre foram exemplos de coragem, amor, determinao, retido e perseverana.

    As minhas avs Hlia Arajo e Miriam Pascoal com sua sabedoria, me ajudando e me dando

    muita fora para percorre esse caminho.

    Aos meus irmos Franklin Arajo e Najara Pascoal pelo carinho e o amor que me deram, so

    pessoas que representaram, para mim, a unio nos momentos importantes.

    Ao meu amigo Igor Castro um amigo com quem interagi tantos anos e com quem participei de

    lutas que me trouxeram cada vez mais experincia e amadurecimento e, sem dvida, um amigo

    no sentido profundo da palavra. Agradeo tambm por toda sua ajudar, sua fora, carinho e

    pacincia.

    professora e orientadora Cristiana Cartaxo por toda sua orientao, pelo incentivo, eprincipalmente por sua pacincia porque sei que dei trabalho. Agradeo tambm aos demais

    nobres professores e academia Unip pela minha formao acadmica.

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    "Podemos escolher recuar em direo segurana

    ou avanar em direo ao crescimento. A opo

    pelo crescimento tem que ser feita repetidas vezes.

    E o medo tem que ser superado a cada momento.

    Abraham Maslow

    http://www.frasesfamosas.com.br/de/abraham-maslow.htmlhttp://www.frasesfamosas.com.br/de/abraham-maslow.html
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    PASCOAL Janana Arajo. GESTO ESTRATGICA DE RECURSOS MATERIAIS:controle de estoque e armazenagem. 2008.1.61f.Monografia (Graduao em Administrao)Centro Universitrio de Joo PessoaUNIP.

    RESUMO

    Atualmente, as empresas necessitam de um maior controle de estoque e armazenagem de seusmateriais, para diminuir os danos e conseqentemente os prejuzos causados pela madministrao. Com o crescente nmero de itens com diferentes padres de demanda ecaractersticas especficas, a complexidade na administrao de materiais aumenta devido necessidade de controle diferenciado. Atravs de estratgias e planejamentos adequados parasatisfao dos clientes, inovando cada vez mais e organizando a forma de armazenamento dosmateriais. Todos os administradores devem saber quando e quanto manter materiais em estoque

    nos armazns. Diante deste contexto, o objetivo principal deste estudo foi analisar ogerenciamento de estoque e armazenagem do supermercado hiper bompreo. Foramobservados alguns aspectos na pesquisa feita na empresa so eles: os controles de estoque que muito bem feito pelo fato deles trabalharem com um sistema bem atualizado e eficaz, seusmateriais so bem deslocados. No armazenamento e movimentao de materiais os produtosso alocados e distribudos de forma adequada, seus transportes so de acordo com cadaproduto, os materiais de maior segurana so alocados com mais cuidado. A empresapesquisada trabalha com organizao e sempre atualizando seus sistemas para que nunca estejade fora do mercado de trabalho.

    Palavras-chave: Armazenagem. controle de estoque. supermercado.

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    PASCOAL Janana Arajo. STRATEGIC ADMINISTRATION OF MATERIALRESOURCES: control of stock and storage. 2008.1. 61f. Monograph (Graduation inAdministration) I Center Academical of Joo Pessoa - UNIP.

    ABSTRACT

    Nowadays, the companies need a larger stock control and storage of their materials, to reduce thedamages and consequently the damages caused by the bad administration. With the crescentnumber of items with different demand patterns and specific characteristics, the complexity in theadministration of materials increases due to the need of differentiated control. Through strategiesand appropriate plannings for the customers' satisfaction, innovating more and more andorganizing the form of storage of the materials. All the administrators should know when and asto maintain materials in stock in the grocery stores. Before this context, the main objective of thisstudy was to analyze the stock administration and storage of the supermarket hiper bompreo.Some were observed aspects in the research done in the company are them: the stock controlsthat it is very well done by fact to work with a very updated and effective system, their materialsare well moved. In the storage and movement of materials the products are allocated anddistributed in an appropriate way, their transports are in agreement with each product, largersafety's materials are allocated with more care. The researched company works with organizationand always updating their systems so that it is never out of the job market.

    Word-key: Storage. Control of stock. Supermarket.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO............................................................................................................ 10

    2 GERENCIAMENTO DE ESTOQUE........................................................................ 122.1 Conceito...................................................................................................................... 12

    2.2 Controle de estoque.................................................................................................... 13

    2.2.1 Funo do controle de estoque................................................................................ 14

    2.2.2 Objetivo do controle de estoque.............................................................................. 15

    2.3 Classificao ABC................................................................ ...................................... 16

    2.4 Avaliao dos estoques............................................................................................... 17

    2.5 Custo de estoque......................................................................................................... 19

    2.6 Lote econmico de compra......................................................................................... 21

    2.7 Previso de estoque..................................................................................................... 22

    2.7.1 Ponto de pedido e tempo de reposio..................................................................... 23

    2.7.2 Estoque de segurana............................................................................ ................... 25

    2.7.3 Estoque mximo....................................................................................................... 28

    2.8 Giro de estoque........................................................................................................... 29

    3 PROCESSO DE ARMAZENAGEM E MOVIMENTAO DOS MATERIAIS 30

    3.1 Definio................................................................................................................ ..... 30

    3.2 Objetivo....................................................................................................................... 31

    3.3 Armazenagem complexa............................................................................................. 32

    3.4 Tipos de estrutura de armazenagem............................................................................ 33

    3.5 Layout do local de armazenagem................................................................................ 37

    3.6 Unitizao de cargas................................................................................................... 38

    3.7 Localizao................................................................................................................. 39

    3.8 Codificao................................................................................................................. 403.9 Inventrio fsico........................................................................................................ .. 41

    3.10 Equipamento de movimentao................................................................................ 42

    4 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS.............................................................. 44

    4.1Caracterizao da pesquisa................................................... ......................................

    4.2 Problematizao..........................................................................................................

    44

    44

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    4.3 Objetivo Geral............................................................................................................. 45

    4.4 Objetivos Especficos.................................................................................................. 45

    4.5 Campo emprico.......................................................................................................... 45

    4.6 Universo e Amostra.................................................................................................... 464.7 Instrumento de coleta de dados................................................................................... 46

    5 GESTO ESTRATGICA DE RECURSOS MATERIAIS DA EMPRESA........ 47

    5.1 Tipos de materiais mantidos em estoque.................................................................... 47

    5.2 Controle de estoque.................................................................................................... 47

    5.3 Processo de armazenagem.......................................................................................... 48

    5.4 Principais dificuldades existentes............................................................................... 51

    6 CONSIDERAES FINAIS......................................................................................

    52

    REFERNCIAS.............................................................................................................. 53

    APNDICES................................................................................................................... 54

    ANEXO........................................................................................................................... 57

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    1 INTRODUO

    Para manter a competitividade, as empresas esto se adequando ao processo de

    globalizao, atravs da implantao de novas tecnologias e de novos processos organizacionais.A globalizao, no setor varejista de supermercados, tem aumentado a competitividade

    devido s alteraes no comportamento dos consumidores, e instalao de redes internacionais,

    que, a cada dia, aumentam a concorrncia.

    Deste modo, esta monografia realizou uma explicao conceitual trazendo vrios autores

    referentes ao gerenciamento de estoque, seu conceito, a funo do controle de estoque, o objetivo

    do controle de estoque, a classificao abc, a avaliao dos estoques, custo de estoque, o lote

    econmico de compras, a previso de estoque, o ponto de pedido e tempo de reposio do

    estoque, o estoque de segurana, o estoque mximo e o giro de estoque.

    Tratou-se de explanar e mostrar diferentes autores sobre o processo de armazenagem e

    movimentao dos materiais, mostrando sua definio, o objetivo do armazenamento e da

    movimentao dos materiais, a armazenagem complexa dos materiais, o tipos de estrutura de

    armazenagem, o layout do local de armazenagem, a unitizao de cargas, a localizao dos

    materiais, a codificao dos materiais, o inventrio fsico e o equipamento de movimentao dos

    materiais.

    Foi necessrio exibir logo de incio uma idia do que se trata o gerenciamento de estoque,

    tendo em vista que todos ns hoje em dia precisamos de um maior controle de nossos pertences

    nas nossas casas, trabalho, em tudo que fazemos. A armazenagem tambm super necessrias

    principalmente nas organizaes, saber onde colocar, o que colocar, quanto de produto

    armazenar, quais meios de transporte usar e assim manter tudo em ordem.

    Nesse sentido algumas empresas j buscam explorar as tcnicas inovadoras na rea de

    controle de estoque e armazenagem, o presente estudo procurou definir a importncia do controle

    de estoque e do processo de armazenagem dentro de uma empresa do ramo de supermercados.Neste direcionamento, o estudo teve por objetivo explanar como as empresas devem se

    comportar a respeito de seus materiais, como trabalhar direito com seus produtos, quanto manter

    em estoque cada um deles, como armazenar. Trataremos nesta presente monografia como feito

    todo esse processo no Hiper Bompreo, se eles trabalham bem e correto no seu depsito de

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    materiais.O mtodo de abordagem empregado como pesquisa de campo e no que se refere

    natureza da vertente metodolgica, adotou-se a qualitativa.

    Quanto ao mtodo de procedimento, essa pesquisa monogrfica foi realizada atravs da

    aplicao de instrumentos de coleta de dados e fundamentada por pesquisas bibliogrficas e foirealizada na organizao Hiper Bompreo PB.

    A anlise ser descritiva, por evidenciar o pesquisador no ato de descrever a realidade sem

    artifcios, sem se preocupar em modific-la. Portanto , em relao aos procedimentos tcnicos

    aplicados, com a consulta de livros que tratem da matria especfica, utiliza alm da entrevista e

    estudo documental, conceitos, atitudes, opinies e atributos do universo pesquisado.

    No campo das anlises dos dados, fez-se uso da entrevista e a observao na organizao

    pesquisada, busca de informaes em livros da rea, em artigos, bem como se fez uso, ainda, de

    uma anlise interpretativa dos fatos ocorridos no Hiper Bompreo.

    No segundo captulo foi feita uma abordagem sobre a parte histrica e evoluo do

    gerenciamento de estoque. Neste captulo, teremos o estudo do controle de estoque, seu objetivo

    e funo,enfatizando a importncia do controle de estoque para as organizaes hoje em dia. O

    controle de estoque foi evoluindo de acordo com as necessidades das empresas, sendo

    fundamental para manter as organizaes no mercado de trabalho.

    No terceiro captulo dar-se o processo de armazenagem e movimentao de materiais, foi

    abordados o tcnico e mtodo utilizado para armazenagem e movimentao dos materiais nas

    empresas, destacando a importncia que a mesma trs para as organizaes de hoje e assim nunca

    deixando que elas fiquem desatualizadas a respeito da mesma. Portanto mantendo-as melhor para

    que possam estar competindo e a frente de outras em um mercado cada vez mais competitivo.

    No quarto captulo falaremos sobre os procedimentos metodolgicos, foi falada sobre a

    caracterizao da pesquisa, sua problemtica, seus objetivos geral e especfico, falamos sobre o

    campo emprico, universo e amostra e o instrumento de coleta de dados.

    No ltimo capitulo foi feita uma anlise dos dados obtidos na pesquisa, fazendo ligaescom o embasamento terico descrito nos captulos anteriores. Para tanto, espera-se ter

    apresentado uma metodologia vlida, bem como um trabalho satisfatrio, atendendo aos

    objetivos almejados.

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    2 GERENCIAMENTO DE ESTOQUE

    Nesse captulo do trabalho estarei falando sobre os conceitos do gerenciamento de

    estoque, como so feitos o controle de estoque, a funo do controle de estoque e seu objetivo,classificao abc,avaliao dos estoques, custo de estoque, lote econmico de compra, previso

    de estoque, ponto de pedido e tempo de reposio, estoque de segurana, estoque mximo, giro

    de estoque.

    2.1Conceito

    de conhecimento geral de que todas as organizaes devem ter um almoxarifado, um

    controle de seus pertences, seus estoques, para poder administrar bem tudo que entra e sa na

    organizao. Por isso o gerenciamento de estoque importantssimo para as organizaes.

    O gerenciamento de estoque surgiu para suprir uma necessidade das empresas de

    controlar tudo que se passava com os materiais, o perodo de cada um dentro dos armazns, a

    quantidade mantida em cada compartimento, quando pedir novamente aquele produto.

    De acordo com Viana (2002, p. 108), um dos primeiros livros que se conhece tratando

    especialmente de problemas de estoque foi publicado por George Becquart, na Frana, em 1939.

    No Brasil os estudos modernos de gerenciamento de estoque s comearam na dcada de

    50 e at hoje os resultados so muito satisfatrios. Neste contexto, Viana (2002, p.108), cita que

    Assim, em qualquer empresa, os estoques representam componentes extremamente

    significativo, seja sob aspectos econmicos financeiros ou operacionais crticos.Isso j no

    acontece com as empresas prestadoras de servios pblicos ou servios em geral.

    Bowersox e Closs (2001 p.254 - 255), dizem que o gerenciamento de estoque o processo

    integrado pelo qual so obedecidas s polticas da empresa e da cadeia de valor com relao aosestoques. A abordagem reativa ou provocada usa a demanda dos clientes para deslocar os

    produtos por meio dos canais de distribuio. Uma filosofia alternativa a abordagem de

    planejamento, que projeta a movimentao e o destino dos produtos por meio dos canais de

    distribuio, de conformidade com a demanda projetada e com a disponibilidade dos produtos.

    Uma terceira abordagem, hbrida uma combinao das duas primeiras, resultando numa

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    filosofia de gerenciamento de estoques que responde aos ambientes de mercado e dos produtos.

    Entende-se por poltica de estoque o conjunto de atos diretivos que estabelecem, de forma

    global e especfica, princpios, diretrizes e normas relacionadas ao gerenciamento. Em qualquer

    empresa, a preocupao da gesto de estoques est em manter o equilbrio entre as diversasvariveis componentes do sistema, tais como: custos de aquisio, de estocagem e de

    distribuio; nvel de atendimento das necessidades dos usurios consumidores etc.

    Logo, gerir estoques economicamente consiste essencialmente na procura da

    racionalidade e equilbrio com o consumo, de tal maneira que: a)as necessidades efetivas de seus

    consumidores sejam satisfeitas com mnimo custo e menor risco de falta possvel; b)seja

    assegurada a seus consumidores e continuidade de fornecimento; c)o valor obtido pela

    continuidade de fornecimento deve ser inferior a sua prpria falta (VIANA, 2002 p. 118).

    Gerenciamento de estoque nada mais do que fazer um total planejamento de como

    controlar os materiais dentro da organizao, trabalhando exatamente em cima do que a empresa

    necessita para as determinadas reas de estocagem, objetivando manter o equilbrio entre estoque

    e consumo.

    2.2 Controle de Estoque

    O Controle de estoque surgiu para suprir uma necessidade das organizaes de controlar

    melhor seu material. Antigamente era controlado manualmente atravs de fichas de prateleiras ou

    por fichas de controle, inclusive at hoje ainda existem empresas que trabalham com um desses

    sistemas, assim com o desenvolver das informaes e tecnologias a era da informtica aprimorou

    o controle de estoque substituindo os antigos, por informatizado.

    Segundo Viana (2002, p. 361), qualquer que seja o mtodo, fundamental a plena

    observncia das rotinas em prtica a fim de se evitar problemas de controle, com conseqnciasno inventrio, que redundam em prejuzos para a empresa.

    Controle de estoque o procedimento adotado para registrar, fiscalizar e gerir a entrada e

    sada de mercadorias e produtos seja numa indstria ou no comrcio. O controle de estoque deve

    ser utilizado tanto para matria prima, mercadorias produzidas e/ou mercadorias vendidas.

    O primeiro passo para conseguir um bom controle de estoque ter um bom e confivel

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    sistema que lhe auxilie na administrao de todo o material de forma que ele consiga ainda

    realizar suas outras funes.

    2.2.1 Funo do controle de estoque

    O gestor financeiro dever manter o controle do estoque por tipo de mercadorias/produtos

    existentes na empresa, da seguinte forma: registrar no controle de estoque as quantidades, custo

    unitrio e custo total das mercadorias/produtos adquiridos e produtos vendidos; calcular no

    controle de estoque o saldo em quantidades, custo unitrio e custo total das mercadorias/produtos

    que ficaram em estoque; periodicamente, confirmar se o saldo apurado no controle de estoque

    bate com o estoque fsico existente na empresa.

    De acordo com Dias (1993, p.29), inicialmente deve-se descrever suas funes principais

    que so: determinar o que deve permanecer em estoque; quando se deve reabastecer os

    estoques perodo; quanto de estoque ser necessrio para um perodo predeterminado; acionar

    o departamento de compras para executar aquisio de estoque; receber, armazenar e atender os

    materiais estocados de acordo com as necessidades; controlar os estoques em termos de

    quantidades e valor e fornecer informaes sobre a posio do estoque; manter inventrios

    peridicos para avaliaes das quantidades e estocados; e identificar e retirar do estoque os itens

    obsoletos e danificados.

    Os principais tipos de estoque encontrados em uma empresa industrial so: matrias-

    primas, produtos em processo, produtos acabados e peas de manuteno. As principais

    vantagens decorrentes do sistema de controle de estoque de acordo com Messias (1978, p. 178 -

    179), so: maior disponibilidade de capital para outras aplicaes; reduo dos custos de

    armazenagem; reduo dos custos de paradas de mquina por falta de material; reduo dos

    custos dos estoques que envolvem diminuio do nmero de itens em estoque; reduo dos riscosde perdas por deteriorao; reduo dos custos de posse de estoque.

    Os problemas que devem ser solucionados pelo sistema de controle de estoque so:

    Quanto comprar e Quando comprar. Interessa empresa solucionar, ou melhor, responder s duas

    questes acima, de forma a atender os objetivos bsicos do controle de estoques. Verifica-se em

    primeiro lugar que as quantidades econmicas de compras so funes da previso de demanda

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    de cada item.

    A administrao do controle de estoque deve minimizar o capital total investido em

    estoques, pois ele caro e aumenta continuamente, uma vez que, o custo financeiro tambm se

    eleva. Uma empresa no poder trabalhar sem estoque, pois, sua funo amortecedora entrevrios estgios de produo vai at a venda final do produto.

    Somente algumas matrias-primas tm a vantagem de estocar, em razo da influncia da

    entrega do fornecedor. Outras matrias-primas especiais, o fornecedor precisa de vrios dias para

    produzi-la.

    O controle de estoque de suma importncia para a empresa, porque ele controla os

    desperdcios, desvios e apura os valores para fins de anlise, bem como, apura o demasiado

    investimento, o qual prejudica o capital de giro.

    Quanto maior o investimento, tambm maior a capacidade e a responsabilidade de

    cada setor da empresa.

    Os objetivos dos departamentos de compras, de produo, de vendas e financeiro, dever

    ser conciliado pela administrao de controle de estoques, sem prejudicar a operacionalidade da

    empresa.

    2.2.2 Objetivo do controle de estoque

    Existem quatro razes principais para a manuteno de estoque: para lidar com

    interrupes ocasionais e no esperadas no fornecimento ou demanda (estoque de proteo,

    isolador ou de segurana); com a inabilidade de fabricar todos os produtos simultaneamente

    (estoque de ciclo); com flutuaes conhecidas no fornecimento ou demanda (estoque de

    antecipao); com tempos de transporte na rede de suprimentos (estoque no canal de

    distribuio);O objetivo do controle de estoque tambm financeiro, pois a manuteno de estoques

    cara e o gerenciamento do estoque deve permitir que o capital investido seja minimizado. Ao

    mesmo tempo, no possvel para uma empresa trabalhar sem estoque.

    Portanto, um bom controle de estoque passa primeiramente pelo planejamento desse estoque.

    Quais produtos ou matrias-primas oferecem vantagens ao serem estocadas? Para saber a

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    resposta preciso levar em conta a data de entrega do fornecedor, perecibilidade, demanda, entre

    outros fatores. Esse levantamento ir determinar o que e quanto dever permanecer em estoque, a

    periodicidade da reposio e o grau de prioridade de cada item. Tambm ir determinar as

    necessidades fsicas para a estocagem dos produtos.

    2.3 Classificao ABC

    A gesto de estoques fator de grande importncia para as empresas, uma boa gesto de

    estoque faz com que a empresa possa se tornar mais competitiva no mercado em que atua. Para se

    entender melhor a importncia de um estoque bem administrado vamos dar um exemplo. Em

    nossas casas procuramos comprar os produtos e materiais necessrios para nossa utilizao,

    obedecendo a um grau de prioridade, dificilmente compramos produtos caros em grande

    quantidade, ns os compramos conforme nossa necessidade. Se os produtos e materiais forem de

    valor menor e tiverem um consumo grande procuramos comprar uma quantidade maior para

    termos tranqilidade, sabendo que o mesmo dificilmente faltar.

    Muitas empresas ainda mantm vrios itens em estoque por medo de que os mesmos

    faltem na sua linha de produo ou no estoque do centro de distribuio, comprometendo assim a

    entrega do produto ao cliente. Para manter um controle melhor do estoque e reduzir seu custo,

    sem comprometer o nvel de atendimento, importante classificar os itens de acordo com a sua

    importncia relativa no estoque.

    Assim surge a importncia da classificao do estoque pela curva ABC, este mtodo

    antigo, mas muito eficaz e baseia-se no raciocnio do diagrama de pareto desenvolvido pelo

    economista italiano Vilfredo Pareto. atravs da classificao da curva ABC que conseguimos

    determinar o grau de importncia dos itens, permitindo assim diferentes nveis de controle com

    base na importncia relativa do item.Caractersticas da classificao ABC dos itens:

    Classe A: So os principais itens em estoque de alta prioridade, foco de ateno do gestor

    de materiais, pois so materiais com maior valor devido sua importncia econmica.Estima-se

    que 20% dos itens em estoque correspondem a 80% do valor em estoque.

    Classe B: Compreendem os itens que ainda so considerados economicamente preciosos,

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    logo aps os itens de categoria A, e que recebem cuidados medianos. Estima-se que 30% dos

    itens em estoque correspondem a 15% do valor em estoque.

    Classe C: No deixam de ser importantes tambm, pois sua falta pode inviabilizar a

    continuidade do processo, no entanto o critrio estabelece que seu impacto econmico no dramtico, o que possibilita menos esforos. Estima-se que 50% dos itens em estoque

    correspondem a 5% do valor em estoque.

    A partir desta classificao priorizamos aqueles de classe A nas polticas de estoques

    devido maior importncia econmica. Desta forma, os itens classe A recebero

    sistematicamente maior ateno do que itens classe C, em termos de anlises mais detalhadas,

    menores estoques, maiores giros, menores lotes de reposio, mais contagem, etc.

    Na classificao ABC onde os administradores verificam os produtos de maior e menor

    valor, cada um com sua prpria classificao, todos eles so encaminhados a seus devidos lugares

    na organizao.

    De acordo com Dias (1993 p. 76), a curva ABC importante instrumento para o

    administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam ateno e tratamento

    adequados quanto sua administrao.

    De acordo com Martins (2002 p. 162), a anlise ABC uma das formas mais usuais de se

    examinar estoques. Essa anlise consiste na verificao, em certo espao de tempo (normalmente

    6 meses ou 1 ano) do consumo, em valor monetrio ou quantidade, dos itens de estoque, para que

    eles possam ser classificados em ordem decrescente de importncia. Aos itens mais importantes

    de todos, segundo a tica do valor ou da quantidade, d-se a denominao itens classe A, aos

    intermedirios, itens classe B, e aos menos importantes, itens classe C.

    No existe forma totalmente aceita de dizer qual o percentual do total dos itens que

    pertencem classe A, B ou C. Os itens A so os mais significativos, podendo representar algo

    entre 35% e 70% do valor movimento dos estoques, os itens B variam de 10% a 45%, e os itens

    C representam o restante.

    2.4 Avaliao dos estoques

    Pozo (2002, p. 81 a 84) prope uma atividade importante dentro do conjunto da gesto de

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    estoque prever o valor do estoque em intervalo de tempo adequado e gerenci-lo, comparando-o

    com o planejado, e tomar as devidas aes quando houver desvios de rota. Os fatores que

    justificam a avaliao de estoque so: a) assegurar que o capital imobilizado em estoque seja o

    mnimo possvel; b) assegurar que estejam de acordo com a poltica da empresa; c) garantir que ovalor desse capital seja uma ferramenta de tomada de deciso; d) evitar desperdcios como

    absolescncia, roubos, extravios etc.

    Portanto, torna-se imperiosa uma perfeita avaliao financeira do estoque para

    proporcionar informaes exatas e atualizadas das matrias-primas e produtos em estoques sob

    responsabilidade da empresa. Essa avaliao feita com base nos preos dos itens que se tem em

    estoque. O valor real de estoque que dispomos feito por dois processos; um por meio das fichas

    de controle de cada item de estoque, e o segundo por meio de inventrio fsico. No primeiro

    processo, a empresa o utiliza para estipular o preo de seu produto e valorizao contnua de seu

    estoque e, tambm, para controlar a gesto integrada da empresa. Nesse procedimento, podemos

    avaliar os estoques pelos mtodos de custo mdio, Peps ou Fifo e Ueps ou Lifo, conforme a

    seguir:

    Fifo ou Peps este mtodo baseado na cronologia das entradas e sadas. O procedimento

    de baixa dos itens de estoque feito pela ordem de entrada do material na empresa, o primeiro

    que entrou ser o primeiro que sara, e assim utilizarmos seus valores na contabilizao do

    estoque.

    Lifo ou Ueps esse mtodo tambm baseado na cronologia das entradas e sadas, e

    considera que o primeiro a sair deve ser o ultimo que entrou em estoque, portanto, sempre

    teremos uma valorizao do salto baseado nos ltimos preos. um procedimento muito

    utilizado em economias inflacionrias, facilitando a contabilizao dos produtos para definio

    de preos de vendas e refletindo custos mais prximos da realidade de mercado.

    Custo mdio a avaliao por este mtodo muito freqente, pois seu procedimento

    simples e ao mesmo tempo age como um moderador de preos, eliminando as flutuaes quepossam ocorrer. Esse processo tem por metodologia a fixao de preo mdio entre todas as

    entradas e sadas. baseado na cronologia das entradas e sadas. O procedimento de baixa dos

    itens de estoque feito normalmente pela quantidade da prpria ordem de fabricao e os valores

    finais de saldo so dados pelo preo mdio dos produtos.

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    Torna-se indispensvel uma perfeita avaliao financeira do estoque para proporcionar

    informaes exatas e atualizadas das matrias primas e produtos em estoque sob responsabilidade

    da empresa.

    fundamental buscar desenhar alguns cenrios para auxiliar na avaliao, e este processorealmente no fcil, pois depende da anlise de muitas variveis. Existem importantes fatores

    que devem ser esboados como realizar anlise dos nveis de estoque dos concorrentes, analisar a

    disponibilidade de recursos e verificar o tamanho do ciclooperacional da organizao. Os trs

    procedimentos citados so fundamentais em qualquer planejamento de estoque.

    Cabe ressaltar que o objetivo principal ao se selecionar um dos mtodos deve ser o de

    escolher aquele que, de acordo com as circunstncias, reconhea e leve em considerao as

    peculiaridades da atividade e do tipo de entidade ou do produto.

    2.5 Custo de estoque

    Francischini (2002, p. 162 - 170), diz que uma das principais preocupaes do

    Administrador de Materiais saber quais so os custos relacionados ao estoque que ele gerencia.

    Quando a sobrevivncia da empresa esta ameaada pela existncia de custos acima dos

    concorrentes diretos, o Administrador de Materiais deve manter um controle rigoroso sobre esse

    item e, com base nessas informaes, aplicar aes corretivas para reduzi-los a nveis aceitveis.

    Os principais custos relacionados ao estoque so: a) custo de aquisio; b) custo de

    armazenagem; c) custo de pedido; d) custo de falta.

    Custo de aquisio o valor pago pela empresa compradora pelo material adquirido. Esse

    custo esta relacionado com o poder de negociao da rea de compras, em que buscar minimizar

    o preo pago por unidade adquirida. Embora esse custo no seja de responsabilidade direta do

    administrador de materiais, ele implicar diretamente no valor do material em estoque. Quantomaior o preo unitrio pago, maior o valor do estoque para uma mesma quantidade estocada.

    Custo de Aquisio = Preo Unitrio versusQuantidade Adquirida

    ou

    CAq = Pu x Q

    Custo de Armazenagem o Administrador de Materiais o responsvel por manter esse

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    custo no nvel mais baixo possvel, pois se trata de um dos itens que mais oneram a empresa em

    sua lucratividade.

    Programas de melhoria de produtividade baseados em just-in-time tm como objetivo

    principal manter esse custo prximo a zero. O custo de armazenagem de determinado item i emestoque pode ser calculado pela frmula:

    Custo de Armazenagem = Estoque Mdio x Preo Unitrio x Tempo em Estoque x Custo de

    Armazenagem Unitrio

    ou

    CAmi = EMi x PMUi x T x CAmu

    em que:

    CAmi

    =Custo de Armazenagem do item

    i

    EMi = Estoque Mdio do item i no tempo T

    PMUi = Preo Mdio Unitrio do item i estocado no tempo T

    T = Tempo em Estoque

    CAmu = Custo de Armazenagem Unitria

    Custo de pedido o valor gasto pela empresa para que determinado lote de compra possa

    ser solicitado ao fornecer e entregue na empresa compradora. Se o custo de armazenagem est

    diretamente ligado rea de armazenagem, o custo de pedido refere-se aos custos administrativos

    e operacionais da rea de compras.

    Alm do custo administrativo da rea de Compras, o fornecedor pode cobrar fretes

    adicionais e/ou a empresa incorrer em custos de inspirao para lotes parcelados de um mesmo

    pedido.

    CP = n(CPAu + CPVu)

    em que:

    CP = Custo de pedido

    n = Nmero de pedidoCPAu = Custo de Pedido Administrativo unitrio

    CPVu = Custo de Pedido Varivel unitrio

    Custo de falta de um item em estoque pode causar diversos e, muitas vezes, grandes

    prejuzos empresa compradora. O problema que esse tipo de custo difcil de ser calculo com

    preciso, uma vez que envolver uma srie de estimativas, rateios e valores intangveis.

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    De acordo com Dias (1993, p.53), podem-se determinar os custos de falta de estoque ou

    custo de Ruptura das seguintes maneiras:

    Por meio de lucros cessantes, devidos a incapacidade de fornecer. Perdas de lucros, com

    cancelamento de pedidos;Por meio de custos adicionais, causados por fornecimentos em substituio com material

    de terceiros;

    Por meio de custos causados pelo no-cumprimento dos prazos contratuais como multas,

    prejuzos, bloqueio de reajuste; e

    Por meio de quebra de imagem da empresa, e em conseqncia beneficiando o

    concorrente.

    2.6 Lote econmico de compra

    Lote econmico a quantidade ideal de material a ser adquirida em cada operao de

    reposio de estoque, onde o custo total de aquisio, bem como os respectivos custos de

    estocagem so mnimos para o perodo considerado. (http://www.sebraesp.com.br)

    Segundo Viana, o lote econmico pode ser calculado pela frmula: LEC = raiz [(2 x D x

    P) / M] Onde:

    * D = quantidade do perodo em unidades

    * P = custo de pedir, por pedido = custo unitrio do pedido de compra

    * M = custo de manter estoque no perodo, por unidade

    * M = CMA (custo de manter armazenado) * PU (preo unitrio do material)

    Segundo Pozo (2002, p. 153), quando temos estoque-reserva toda vez se aumenta a

    quantidade a ser comprada, aumentamos o estoque mdio de nossa empresa, e isso propicia,

    tambm aumento de custos de manuteno de armazenagem, juros, obsolescncia, deteriorao e

    outros. Por outro lado, aumentando-se as quantidades de lote de compra, diminuem-se os custosde pedido de compra, o custo por unidade comprada, de mo-de-obra e manuseio. O resultado

    que teremos dois focos de foras nos afetando, ou seja, duas fontes opostas, uma encorajando

    estoques para facilidade de atendimento, porm com custos crticos e outra desencorajando em

    face desses custos. O lote econmico de compra a quantidade que equilibra o custo do pedido e

    o custo de armazenagem.

    http://www.sebraesp.com.br/http://www.sebraesp.com.br/
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    2.7 Previso de estoque

    De acordo com Dias (1993, p. 32 - 33), todo o incio de estudo dos estoques est pautado

    na previso do consumo do material. A previso de consumo ou da demanda estabelece asestimativas futuras dos produtos acabados comercializados pela empresa.

    A previso deve sempre ser considerada como hiptese mais provvel dos resultados. As

    informaes bsicas que permitem decidir quais sero as dimenses e a distribuio no tempo da

    demanda dos produtos acabados podem ser classificadas em duas categorias: quantitativas e

    qualitativas.

    a) Quantitativas

    Evoluo das vendas no passado;

    Variveis cuja evoluo e explicao esto ligadas diretamente s vendas. Por exemplo: criao e

    vendas de produtos infantis, rea licenciada de construes e vendas futuras de materiais de

    construo;

    Variveis de fcil previso, relativamente ligadas s vendas (populaes, renda, PNB); e

    Influncia da propaganda.

    b) Qualitativas

    Opinio dos gerentes;

    Opinio dos vendedores;

    Opinio dos compradores; e

    Pesquisa de mercado.

    As tcnicas de previso do consumo podem ser classificadas em trs grupos: a) Projeo:

    so aquelas que admitem que o futuro ser repetio do passado ou as vendas evoluiro no

    tempo; segundo a mesma lei observada no passado, este grupo de tcnicas de natureza

    essencialmente quantitativa. b) Explicao:procura-se explicar as vendas do passado mediante

    leis que relacionam as mesmas com outras variveis cuja evoluo conhecida ou previsvel. Sobasicamente aplicaes de tcnicas de regresso e correlao. c) Predileo: funcionrios

    experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado estabelecem a

    evoluo das vendas futuras.

    De acordo com Pozo (2002, p. 46), a previso de estoque, normalmente, fundamentada

    nos informes fornecidos pela rea de vendas onde so elaborados os valores de demandas de

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    mercado e providenciados os nveis de estoque. A previso das quantidades que o mercado ir

    necessitar uma tarefa importantssima no planejamento empresarial, e, em funo disso, deve-se

    alocar mtodos e esforos adequados em seu diagnstico. A previso deve levar sempre em

    considerao os fatores que mais afetam o ambiente e tendem a mobilizar os clientes.Informaes bsicas e confiveis de toda a dinmica de mercado devero ser utilizadas para

    decidirmos quais quantidades e prazos a serem estabelecidos.

    2.7.1 Ponto de pedido e tempo de reposio

    De acordo com Dias (1993, p. 58 - 59), uma das informaes bsicas de que se necessita

    para calcular o estoque mnimo o tempo de reposio, isto , o tempo gasto desde a verificao

    de que o estoque precisa ser reposto at a chegada efetiva do material no almoxarifado da

    empresa. Este tempo pode ser desmembrado em trs partes:

    a) Emisso do pedidoTempo que leva desde a emisso do pedido de compra pela empresa

    at ele chegar ao fornecedor.

    b) Preparao do pedidoTempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos, separa os

    produtos, emitir faturamento e deix-los em condies de serem transportados.

    c) Transporte Tempo que leva da sada do fornecedor at o recebimento dos materiais

    encomendados.

    Em virtude de sua grande importncia, este tempo deve ser determinado de modo, mas

    realista possvel, pois as variaes ocorridas durante esse tempo podem alterar toda estrutura do

    sistema de estoques. Existem determinados materiais e/ou fornecedores cujo tempo de reposio

    no pode ser determinado com certeza.

    Constata-se que determinado item do estoque necessita de um novo suprimento, quando o

    estoque atingir o ponto de pedido, ou seja, quando o saldo disponvel estiver abaixo ou igual determinada quantidade chamada ponto de pedido.

    Para o clculo de estoque disponvel, deve-se considerar:

    Estoque existente (fsico);

    Os fornecimentos em atraso; e

    Os fornecimentos em aberto ainda dentro do prazo.

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    Na prtica, pode-se agrupar estes dois itens como saldo de fornecedores. Este estoque

    disponvel normalmente chamado de estoque virtual, que :

    Estoque virtual = Estoque Fsico + Saldo de Fornecedor

    Algumas empresas que possuem um controle de qualidade no recebimento tambmincluem o estoque em inspeo no estoque virtual, ficando demonstrado assim:

    Estoque Virtual = Estoque Fsico + Saldo de Fornecedor + Estoque em inspeo

    Deve-se fazer uma nova reposio do estoque, quando o estoque virtual estiver abaixo ou

    igual a uma determinada quantidade predeterminada, que o ponto de ressuprimento ou ponto de

    pedido. O ponto de pedido o saldo do item em estoque; pode ser calculado pela seguinte

    frmula:

    PP = C x TR + EMn

    Onde: PP = Ponto de Pedido TR = Tempo de Reposio

    C = Consumo Mdio Mensal Emn = Estoque Mnio

    Ponto de pedido quando seu estoque est quase terminando e necessrio fazer um

    outro pedido para repor esse estoque de materiais, para que no falte produto nos armazns para o

    consumo dos clientes.

    De acordo com Francischini (2002, p. 159), determinar quando fazer um novo pedido de

    compra para reposio do item em estoque um dos grandes problemas do Administrador de

    Materiais. A quantidade em estoque que, quando atingida, deve acionar um novo processo de

    compra ou fabricao chamada de ponto de pedido.

    Com umas periodicidades adequadas, dirias, semanal ou mensais, a rea de estoque deve

    fazer uma verificao para saber se o estoque virtual est igual ou abaixo do ponto de pedido.

    De acordo com Francischini (2002, p. 151), o tempo de reposio do estoque definido

    como o perodo entre a deteco de que o estoque de determinado item precisa ser reposto at aefetiva disponibilidade do item para consumo. Embora parea simples, esse processo possui

    vrias etapas, e o Administrador de Materiais deve assegurar-se de que os procedimentos sero

    cumpridos sem falha:

    Constatar a necessidade de reposio pelo Almoxarifado;

    Informa a rea de compras da necessidade de reposio;

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    Contatar os fornecedores para obter as propostas de fornecimento por meio de cotaes,

    licitaes, etc., ou outro meio adequado;

    Emitir um Pedido de Compra;

    Cumprir o prazo de entrega pelo fornecedor: fabricao, separao e expedio do pedido

    feito;

    Transportar o item comprado do fornecedor at o computador;

    Desembaraos alfandegrios, quando necessrio;

    Realizar os procedimentos adequados de inspeo e ensaios pelo Controle da Qualidade,

    quando necessrios.

    2.7.2 Estoque de segurana

    Estoque de segurana aquele estoque que a organizao tem em seus armazns para que

    no falte produto para os consumidores. Portanto so aqueles produtos armazenados para

    qualquer eventualidade de falta de produto ou atraso nas entregas.

    Segundo Francischini (2002, p. 152 - 153), as falhas mais crticas no procedimento de

    reposio de estoque ocorrem em trs pontos principais:

    Aumento repentino de demanda aumentos no-previstos da demanda do item em estoque

    podem ocorrer por vrias causas, como, por exemplo: a chegada de um grande pedido do produto

    final para determinado cliente, o aumento da produo para estocagem do produto final,

    promoes, etc.

    Demora no processo do Pedido de Compra falhas no sistema de informao do Almoxarifado

    ou da rea de Compras podem incorrer em demoras excessivas na expedio do pedido;

    Atrasos de entrega pelo fornecedor o fornecedor nem sempre tem condies de cumprir seus

    prazos de entrega em virtude de problemas no seu sistema de produo, transporte ou

    dependncia de liberao alfandegria.

    Assim, a maneira mais comum de tratar com esse problema dimensionar um estoque

    mnimo ou estoque de seguranaque fique a disposio dos usurios quando algo saia fora do

    planejado.

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    De acordo com Pozo (2002, p. 61 - 62), estoque mnimo ou estoque reserva, uma

    quantidade mnima de peas que tem que existir no estoque com a funo de cobrir as possveis

    variaes do sistema, que podem ser: eventuais atrasos no tempo de fornecimento (TR) por nosso

    fornecedor, rejeio do lote de compra ou aumento na demanda do produto. Sua finalidade noafetar o processo produtivo e, principalmente, no acarretar transtornos aos clientes por falta de

    material e, conseqentemente, atrasar a entrega de nosso produto ao mercado. Um fato

    importante a ser explanado referente ao valor do estoque de segurana, visto que o ideal

    termos esse estoque igual a zero, porm, sabemos que dentro de uma organizao, os materiais

    no so utilizados em uma taxa uniforme, e que, tambm, o tempo de reposio para qualquer

    produto no fixo e garantido por nossos fornecedores em razo das variveis de mercado. Sob

    esses aspectos, fica muito difcil estabelecer como zero o estoque de segurana, porm no

    impossvel.

    A situao mais cmoda adotar um estoque de segurana que supra toda e qualquer

    variao do sistema; porm, isso implicar custos elevadssimos e que talvez a empresa poder

    no suportar. Ento, a soluo determinar um estoque de segurana que possa otimizar os

    recursos disponveis e minimizar os custos envolvidos. Assim, teremos um estoque de segurana

    que ir atender a fatos previsveis dentro de seu plano global de produo e sua poltica de grau

    de atendimento. Para determinarmos o nvel do estoque de segurana, existem alguns modelos

    matemticos para essa finalidade. Iremos abordar trs mtodos.

    1 Mtodo do Grau de Risco (MGR)

    Este o mtodo mais simples e fcil de utilizar, e no requer nenhum conhecimento

    profundo de matemtica. Tal modelo usa um fator de risco dado em porcentagem, que definido

    pelo administrador em funo de sua sensibilidade de mercado e informaes que colhe junto a

    vendas e suprimentos.

    onde:

    ES = Estoque de Segurana

    C = Consumo mdio no perodo

    K = Coeficiente de grau de atendimento

    2 Mtodo com Variao de Consumo e/ou Tempo de Reposio (MVC)

    ES = C x K

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    Este modelo somente utilizado quando as variaes de demanda e/ou o tempo de

    reposio foram maiores que os dados definidos, ou seja, quando houver atrasos na entrega do

    pedido e/ou aumento nas vendas.

    ES = (CmCn) + Cm x Ptr

    onde:

    ES = Estoque de segurana

    Cn = Consumo normal do produto

    Cm = Consumo maior previsto do produto

    Ptr = Porcentagem de atraso no tempo de reposio

    3 Mtodo com Grau de Atendimento Definido (MGAD)Este mtodo visa determinar um estoque de segurana baseado em um consumo mdio do

    produto durante certo perodo e um atendimento da demanda no em sua totalidade, mas em

    determinado grau de atendimento. Por esse mtodo, podemos comparar em termos percentuais e

    financeiros as diversas alternativas de grau de atendimento, decidindo pelo que melhor atenda s

    polticas da empresa e o que causar menor impacto negativo para a empresa por no entregar

    todos os pedidos. Para efetuarmos o clculo do estoque de segurana, necessrio utilizarmos

    trs etapas, que so:

    1. Calcular o consumo mdio (Cmd )

    2. Calcular o desvio-prado ()

    3. Calcular o estoque de segurana (ES)

    1. Frmula do consumo mdio: C md = ( C) : n

    n 2

    (C Cmd )2. Frmula do desvio-padro: = i=1______________

    n13. Frmula do estoque de segurana ES = x k

    onde:

    Cmd = Consumo mdio mensal

    C = Consumo mensal

    n = Nmero de perodos

    = Desvio-padro

    k = Coeficiente de risco

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    Pode-se resumir de segurana como estoque de produto para suprir determinado perodo,

    alm do prazo de entrega para consumo ou vendas, prevenindo possveis atrasos na entrega por

    parte do fornecedor. Os estoques de segurana devero ser maiores quanto maior for a distncia

    do fornecedor ou mais problemtico for o fornecedor com relao aos prazos de entregas.(www.sebraesp.com.br)

    2.7.3 Estoque mximo

    De acordo com Viana (2002, p. 149 - 150), a quantidade mxima de estoque permitida

    para o material. O nvel mximo pode ser atingido pelo estoque virtual, quando a emisso de um

    pedido de compra. Assim, a finalidade principal do estoque mximo indicar a quantidade de

    ressuprimento, por meio da anlise do estoque virtual.

    Segundo Pozo (2002, p. 60), o resultado da soma do estoque de segurana mais o lote de

    compra. O nvel mximo de estoque normalmente determinado de forma que seu volume

    ultrapasse a somatria da quantidade do estoque de segurana como lote em um valor que seja

    suficiente para suportar variaes normais de estoque em face de dinmica de mercado, deixando

    margem que assegure, a cada novo lote, que o nvel mximo de estoque no cresa e onere os

    custos de manuteno de estoque.

    Emax = ES + LC

    Estoque Mximo (EM) a maior quantidade de material admissvel em estoque,

    suficiente para o consumo em certo perodo, devendo-se considerar a rea de armazenagem,

    disponibilidade financeira, imobilizao de recursos, intervalo e tempo de aquisio,

    perecimento, obsoletismo, etc. (www.comprasnet.gov.br)

    2.8 Giro de estoque

    http://www.sebraesp.com.br/http://www.comprasnet.gov.br/http://www.comprasnet.gov.br/http://www.sebraesp.com.br/
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    O giro de estoque um dos indicadores mais significativos da eficincia no varejo, seja

    qual for o segmento de atuao. Quando bem rpido e eficiente, com o mesmo valor investido,

    gerar mais lucro.

    O giro dos estoques a quantidade vendida, em determinado perodo, do estoque mantidopela empresa. (www.sebrae.com.br)

    De acordo com Francischini (2002, p. 161), giro ou rotatividade de estoque definido

    como nmero de vezes em que o estoque totalmente renovado em um perodo de tempo,

    geralmente anual. calculado pela frmula:

    Giro = Demanda Mdia no PerodoEstoque Mdio no Perodo

    http://www.sebrae.com.br/http://www.sebrae.com.br/
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    3 PROCESSO DE ARMAZENAGEM E MOVIMENTAO DOS MATERIAIS

    Nesse Captulo da monografia falaremos da definio do processo de armazenagem e

    movimentao dos materiais, o objetivo, a armazenagem complexa, os tipos de estrutura dearmazenagem, o layout do local de armazenagem, a unitizao de cargas, a localizao, a

    codificao, o inventrio fsico e o equipamento de movimentao.

    3.1 Definio

    O processo de armazenagem de material quando a empresa estabelece seus produtos em

    armazns, todos os materiais mantidos no mesmo devem ser bem postos nas prateleiras,

    organizados por categoria como: alimento, eletrodomsticos, produto de limpeza, higiene

    pessoal, etc.

    A movimentao de material todo o produto locomovido pelas empresas de um lugar

    para outro. Sendo movido pelos seus respectivos transportes, embalados de forma adequada para

    que no ocorra perdas ou danos nos produtos.

    A armazenagem compreende a guarda, localizao, segurana e preservao do material

    adquirido, a fim de suprir adequadamente as necessidades operacionais das unidades integrantes

    da estrutura do rgo ou entidade. (www.comprasnet.gov.br)

    Movimentao de materiais: a arte e a cincia do fluxo de materiais, envolvendo a

    embalagem, movimentao e estocagem.

    O manuseio ou a movimentao interna de produtos e materiais significa transportar

    pequenas quantidades de bens por distncias relativamente pequenas, quando comparadas com as

    distncias na movimentao de longo curso executadas pelas companhias transportadoras.

    atividade executada em depsitos, fbricas, e lojas, assim como no transbordo entre tipos detransporte. Seu interesse concentra-se na movimentao rpida e de baixo custo das mercadorias

    (o transporte no agrega valor e um item importante na reduo de custos). Mtodos e

    equipamentos de movimentao interna ineficientes podem acarretar altos custos para a empresa

    devido ao fato de que a atividade de manuseio deve ser repetida muitas vezes e envolve a

    segurana e integridade dos produtos.

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    Alm disso, a utilizao adequada dos recursos contribui para o aumento da

    capacidade produtiva e oferece melhores condies de trabalho para os empregados da empresa.

    (www.eps.ufsc.br)

    3.2 Objetivo

    De acordo com Viana (2002), o objetivo primordial do armazenamento utilizar o espao

    nas trs dimenses, da maneira mais eficiente possvel. As instalaes do armazm devem

    proporcionar a movimentao rpida e fcil de suprimentos desde o recebimento at a expedio.

    Assim, ainda segundo Viana (2002, p. 308 309), alguns cuidados essenciais devem ser

    observados:

    Determinao local, em recinto aberto ou no;

    Definio adequada do layout;

    Definio de uma poltica de preservao, com embalagens plenamente convenientes aos

    materiais;

    Ordens, arrumao e limpeza, de forma constante;

    Segurana patrimonial, contra furtos, incndio etc.

    Ao se otimizar a armazenagem, obtm-se:

    Maximizar utilizao do espao;

    Efetiva utilizao dos recursos disponveis (mo-de-obra e equipamentos);

    Pronto acesso a todos os itens (seletividade);

    Maximiza proteo aos itens estocados;

    Boa organizao;

    Satisfao das necessidades dos clientes.

    O objetivo da armazenagem possibilitar as pessoas de guardarem bem seus produtos,

    fazendo com que eles fiquem em segurana, que sua movimentao seja fcil e rpida, sem furtos

    ou danos. Portanto cada produto dentro daqueles armazns em outras palavras dinheiro

    guardado que foi investido pela organizao.

    http://www.eps.ufsc.br/http://www.eps.ufsc.br/
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    3.3 Armazenagem complexa

    De acordo com Viana (2002, p. 313 - 317), a armazenagem pode ser simples ou

    complexa. Dependendo de algumas caractersticas intrnsecas dos materiais, a armazenagemtorna-se complexa em virtude de: a) fragilidade; b) combustibilidade; c) volatizao; d) oxidao;

    e) explosividade; f) intoxicao; g) radiao; h) corroso; i) inflamabilidade; j) volume; k) peso; e

    l) forma.

    Os materiais sujeitos armazenagem complexa demandam, entre outras, as seguintes

    necessidades bsicas: a) preservao especial; b) equipamentos especiais de preveno de

    incndios; c) equipamentos de movimentao especiais; d) meio ambiente especial; e) estrutura

    de armazenagem especial; f) manuseio especial, por intermdio de EPI's (Equipamentos de

    Proteo Individual) adequados.

    Alm de considerar esses itens, o esquema de armazenagem escolhido por uma empresa

    depende primordialmente da situao geogrfica de suas instalaes, da natureza de seus

    estoques, tamanhos e respectivo valor.

    No existem regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser dispostos

    no Almoxarifado, para, ento, decidir pelo tipo de arranjo fsico mais conveniente, selecionando

    qual das alternativas melhor atendem a seu fluxo de materiais:

    Armazenagem por agrupamento: esse critrio facilita as tarefas de arrumao e busca, mas nem

    sempre permite o melhor aproveitamento do espao;

    Armazenagem por tamanhos (acomodabilidade): esse critrio permite bom aproveitamento do

    espao;

    Armazenagem por freqncia: esse critrio implica armazenar to prximo quanto possvel da

    sada os materiais que tenham maior freqncia de movimento;

    Armazenagem especial: por meio desse critrio, destacam-se: i. ambiente climatizado: destina-se

    a materiais cujas propriedades fsicas exigem tratamento especial; ii. Inflamveis: os produtosinflamveis devem ser armazenados em ambientes prprios e isolados, projetados sob rgidas

    normas de segurana. iii. Perecveis: os produtos perecveis devem ser armazenados segundo o

    mtodo FIFO (Firstn First Out), ou seja, primeiro que entra primeiro que sai.

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    3.4 Tipos de estrutura de armazenagem1

    As estruturas de armazenagem possibilitam uma maior organizao do armazm,

    otimizando o espao e os processos de armazenagem. O espao pode ser mais bem aproveitadocom a utilizao de diversos nveis de armazenagem. Hoje, graas s estruturas autoportantes, a

    verticalizao do armazm pode chegar a mais de 40 metros de altura. Os diversos tipos de

    estruturas de armazenagem podem reduzir custos com armazenagem, pois ajudam a diminuir as

    avarias e proporcionam uma melhor organizao do processo de armazenagem, alm de aumentar

    a segurana do armazm, diz Rafael Gomes Kalandjian, engenheiro da SSI Schaefer.

    Os principais tipos de estruturas de armazenagem so:

    Porta-paletes convencional

    a estrutura mais utilizada. Empregada quando necessria seletividade nas operaes

    de carregamento, isto , quando as cargas dos paletes forem muito variadas, permitindo a escolha

    da carga em qualquer posio da estrutura sem nenhum obstculo movimentao dentro dos

    armazns. Apesar de necessitar de muita rea para corredores, compensa por sua seletividade e

    rapidez na operao. O percentual de perda dos corredores diminui quando se utilizam grandes

    alturas. Composta por colunas que, unidas duas a duas ou trs a trs, atravs de perfis de

    travamento horizontal e diagonal, forma os prticos tambm chamados de laterais e por vigas,

    tambm chamadas de longarinas. Podendo atingir at 30 m de altura, so normalmente usadas na

    faixa de 3 a 12 m. Exigem sempre corredores para a passagem de empilhadeiras. Esses

    corredores, dependendo do tipo do equipamento de transporte (transelevador, empilhadeira

    eltrica, empilhadeira de combusto interna, empilhadeira trilateral, etc.) podem variar,

    aproximadamente, de 1 a 4 m. Devemos considerar que a largura do corredor sempre

    considerada como medida livre, ou seja, medida entre paletes, e no entre as colunas das

    Estruturas porta-paletes.

    Possui custo mais baixo em relao s outras estruturas de armazenagem. Temversatilidade para estocar produtos variados (diversos tipos e tamanhos). Com variada gama de

    acessrios, pode ser utilizada, tambm, para armazenagem de itens variados (no paletizados),

    como tambores, sacarias, caixas, caambas, contineres, chapas planas, bobinas e etc. de fcil

    montagem e possibilita o aproveitamento total do p-direito, com 100% de seletividade.

    1 O Item 3.4 foi extrado do site www.logweb.com.br.

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    Porta-paletes para corredores estreitos

    Permite otimizao do espao til de armazenagem, em funo da reduo dos corredores

    para movimentao. Porm, o custo do investimento torna-se maior em funo dos trilhos ou fios

    indutivos que so necessrios para a movimentao das empilhadeiras trilaterais. Em caso depane da empilhadeira, outra mquina convencional no tem acesso aos paletes.

    Porta-paletes para transelevadores

    Tambm otimiza o espao til, j que seu corredor ainda menor que da empilhadeira

    trilateral. Em funo de alturas superiores s estruturas convencionais, permite elevada densidade

    de carga com rapidez na movimentao. Possibilita o aproveitamento do espao vertical e

    propicia segurana no manuseio do palete, automao e controle do mtodo FIFO.

    Porta-paletes autoportante

    Elimina a necessidade de construo de um edifcio, previamente. Permite o

    aproveitamento do espao vertical (em mdia, utiliza-se em torno de 30 m). O tempo de

    construo menor e pode-se conseguir, tambm, reduo no valor do investimento, uma vez que

    a estrutura de armazenagem vai ser utilizada como suporte do fechamento lateral e da cobertura,

    possibilitando uma maior distribuio de cargas no piso, traduzindo em economia nas fundaes.

    Porta-paletes deslizante

    Sua principal caracterstica a pequena rea destinada circulao. O palete fica mais

    protegido, pois quando no se est movimentando, a estrutura fica na forma de um blocado.

    Muito utilizado em espaos extremamente restritos para armazenagem de produtos de baixo giro

    e alto valor agregado. Apresenta, como vantagem, alta densidade.

    Estrutura tipo Drive-trough

    Possui alta densidade de armazenagem de cargas iguais e propicia grande aproveitamento

    volumtrico para os armazns. Este sistema deve ser utilizado preferencialmente quando o

    sistema de inventrio obrigue a adoo do tipo FIFO (first in, first out primeiro a entrar,

    primeiro a sair). Semelhante estrutura tipo Drive-in tem acesso tambm por trs, possibilitandocorredores de armazenagem mais longos. Nos dois sistemas de Drive, quando os corredores de

    armazenagem so muito longos, a velocidade de movimentao diminui bastante, pois alm de

    aumentar o espao a ser percorrido pela empilhadeira, obriga o operador a voltar de r (este

    ltimo transtorno pode ser minimizado com a colocao de trilhos de guia junto ao solo).

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    Estrutura tipo Drive-in

    A principal caracterstica do sistema drive-in o aproveitamento do espao, em funo de

    existir somente corredor frontal, com a eliminao dos corredores. Como o drive-trough, um

    porta-paletes utilizado basicamente quando a carga no variada e pode ser paletizada, alm deno haver a necessidade de alta seletividade ou velocidade. uma estrutura bastante instvel e,

    por este motivo, deve se ter muito cuidado no seu dimensionamento. O risco de acidentes ainda

    mais elevado em funo de sua operao, que deve ser lenta e cuidadosa. Por esses motivos, sua

    forma construtiva foi alterada. Hoje se aplica o perfil laminado, que apresenta uma maior

    resistncia absoro de impactos, e com isso a estrutura fica mais segura. A alta densidade de

    armazenagem que o sistema oferece pode ser considerada o melhor aproveitamento volumtrico

    de um armazm. Como resultado, obtm-se a estrutura com o menor custo por metro quadrado,

    levando em considerao a eliminao da necessidade de expanses em armazns j existentes.

    Sua utilizao torna-se necessria quando preciso alta densidade de estocagem. Composta por

    prticos e braos que sustentam trilhos destinados a suportar os paletes, exige paletes uniformes e

    mais resistentes. Uniformes porque distncia entre os trilhos fixa e resistentes porque sero

    apoiados apenas pelas bordas. Esse tipo de estrutura no deve ultrapassar os 12 m.

    Estrutura dinmica

    A principal caracterstica a rotao automtica de estoques, permitindo a utilizao do

    sistema FIFO, pois, pela sua configurao, o palete colocado em uma das extremidades do tnel

    e desliza at a outra por uma pista de roletes com redutores de velocidade, para manter o palete

    em uma velocidade constante. Permite grande concentrao de carga, pois necessita de somente

    dois corredores, um para abastecimento e outro para retirada do palete. empregada,

    principalmente, para estocagem de produtos alimentcios, com controle de validade, e cargas

    paletizadas. Neste sistema, o palete colocado pela empilhadeira num trilho inclinado com

    roletes e desliza at a outra extremidade, onde existe um stop para conteno do mesmo. Sem

    dvida, uma das mais caras, mas muito utilizada na indstria de alimentos.Estrutura tipo Cantilever

    Permite boa seletividade e velocidade de armazenagem. Sistema perfeito para

    armazenagem de peas de grande comprimento. destinada s cargas armazenadas, pela lateral,

    preferencialmente por empilhadeiras, como: madeiras, barras, tubos, trefilados, pranchas, etc. De

    preo elevado composta por colunas centrais e braos em balano para suporte das cargas,

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    formando um tipo de rvore metlica. Em alguns casos, pode ser substituda por estrutura com

    cantoneiras perfuradas, montada no sentido vertical e horizontal, formando quadros de casulos e

    possibilitando armazenar os mais variados tipos de perfis pela parte frontal. Esse outro tipo de

    estrutura extremamente mais barato, porm exige carregamento e descarregamento manual,tornando a movimentao mais morosa que a da estrutura tipo Cantilever, onde se movimentam

    vrios perfis de uma s vez.

    Estrutura tipo Push-Back

    Sistema utilizado para armazenagem de paletes semelhante ao drive-in, porm, com

    inmeras vantagens, principalmente relacionadas operao, permitindo uma seletividade maior

    em funo de permitir o acesso a qualquer nvel de armazenagem. Neste sistema, a empilhadeira

    empurra cada palete sobre um trilho com vrios nveis, permitindo a armazenagem de at

    quatro paletes na profundidade. Tambm conhecida por Glide In - Gravity feed, Push Back

    alimentado por gravidade, (empurra e volta), insupervel em produtividade de movimentao,

    densidade de armazenagem e economia total de armazenagem de cargas diferentes. Esta uma

    opo para o aumento da densidade de armazenagem sem a necessidade de investimentos em

    equipamentos de movimentao, pois os paletes ficam sempre posicionados nos corredores com

    fcil acesso, isto , qualquer nvel completamente acessado sem a necessidade de descarregar o

    nvel inferior. A utilizao dos perfis de ao laminados estruturais absolutamente necessria

    para garantir o perfeito funcionamento de trilhos, carros e rodzios dos sistemas.

    Estrutura tipo Flow-rack

    Sistema indicado para pequenos volumes e grande rotatividade, onde se faz necessrio o

    picking, facilitando a separao de materiais e permitindo naturalmente o princpio FIFO. Neste

    sistema, o produto colocado num plano inclinado com trilhos que possuem pequenos rodzios

    deslizando, assim, por gravidade, at a outra extremidade, onde existe um stop para conteno

    do mesmo. usada com movimentaes manuais e mantm, sempre, uma caixa disposio do

    usurio, facilitando, assim, o picking, ou seja, a montagem de um pedido, como se fosse umsupermercado. Como elas precisam ser de pouca altura, pois so usadas manualmente, bastante

    comum mont-las na parte inferior de uma estrutura porta-paletes convencional, no intuito de

    usar a parte superior para estocagem do mesmo produto, em paletes, simulando, assim, um

    atacado na parte superior e um varejo na parte inferior.

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    Estante

    Sistema esttico para a estocagem de itens de pequeno tamanho que podem ter acessrios,

    como divisores, retentores, gavetas e painis laterais e de fundo. Possibilita a montagem de mais

    de um nvel, com pisos intermedirios. So adequadas para armazenar itens leves, manuseveissem a ajuda de qualquer equipamento e com volume mximo de 0,5 m3.

    Estante de grande comprimento

    Utilizada, basicamente, para cargas leves que possuem um tamanho relativamente grande

    para ser colocado nas estantes convencionais. um produto intermedirio entre as estantes e os

    porta-paletes.

    3.5 Layout do local de armazenagem

    Para fazer um layout de um local de armazenagem preciso saber que materiais ela ira

    colocar naquele lugar, quais os transportes ira usar, tudo isso tem que ser levado em conta para

    que o mesmo seja bem projetado.

    Segundo Viana (2002), a realizao de uma operao eficiente de armazenagem depende

    muito da existncia de um bom layout, que determina, tipicamente, o grau de acesso ao material,

    os modelos de fluxo de material, os locais de reas obstrudas, a eficincia da mo-de-obra e a

    segurana do pessoal e do armazm.

    Os objetivos do layout, de acordo com Viana (2002, p. 309 310) de um armazm devem

    ser: a) assegurar a utilizao mxima do espao; b) propiciar a mais eficiente movimentao de

    materiais; c) propiciar a estocagem mais econmica, em relao s despesas de equipamento,

    espao, danos de materiais e mo-de-obra do armazm; d) fazer do armazm um modelo de boa

    organizao.

    A metodologia geral, para projetar um layout de um armazm, consiste em cinco passos:a) definir a localizao de todos os obstculos; b) localizar as reas de recebimento e expedio;

    c) localizar as reas primrias, secundarias, de separao de pedidos e de estocagem; d) definir o

    sistema de localizao de estoque; e) avaliar as alternativas de layout do armazm. (VIANA,

    2002 p. 310)

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    3.6 Unitizao de cargas

    Unitizao de carga a juno de produtos do mesmo tamanho ou produtos iguais

    fazendo assim uma embalagem s, para que fique melhor o transporte de vrios produtos aomesmo tempo.

    Segundo Dias (1993, p. 165 - 170), unitizao uma carga constituda de embalagens de

    transporte, arranjadas ou acondicionadas de modo que possibilite o seu manuseio, transporte e

    armazenagem por meios mecnicos e como uma unidade.

    Os dispositivos que permitem a formao da carga unitria so vrios, entre eles o mais

    conhecido o pallet que consiste num estrado de madeira de dimenses diversas, de acordo com

    as necessidades de cada empresa ou pas.

    Existem diversos tipos de pallets, mas eles poderiam ser divididos em algumas classes:

    a) Quanto ao nmero de entradas: pallets de duas entradas

    pallets de quatro entradas

    b) Quanto ao nmero de faces: pallets de uma face

    pallets de duas faces

    c) Quando se deseja somente um pallet mais reforado, utiliza-se uma armao com travessas na

    parte inferior, formando um conjunto mais estruturado.

    d) Quando se quer um pallet que tenha mais vida til, utiliza-se o real pallet de duas faces, ou

    seja, tanto a face superior como inferior podem portar cargas. Este tipo bastante til quando se

    manuseiam materiais que podem vir a atacar a madeira, seja por atrito, abraso, corroso etc.

    Entenda-se por unitizao de cargas, o desenvolvimento de modernos sistemas para sua

    movimentao, que consiste em acondicionar volumes uniformes em unidades de carga, visando

    reduzir os custos de viagem e o tempo de permanncia dos veculos transportadores nos portos de

    embarque e desembarque, alm de conceder maior segurana carga, eliminando seu manuseio

    direto (www.novomilenio.inf.br).Segundo Francischini (2002, p. 235 - 240), unitizao de cargas a arrumao de

    pequenos volumes em unidades maiores padronizadas, para que possam ser mecanicamente

    movimentadas. Os principais tipos de cargas unitizadas so:

    Paletizaocargas arranjadas em pallets;

    Conteinerizao cargas arranjadas em contineres;

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    Cintamento ou prelingamento - cargas unidades por cintas ou lingas;

    Roll-on/roll-offcargas arranjadas em plataformas rodantes.

    Tipos de equipamentos de unitizao mais utilizados

    Paletes So plataformas com aberturas que permitem a insero dos garfos de umaempilhadeira ou paleteira, onde podem ser arranjados os materiais a serem movimentados.

    Racks So paletes especiais, dotados de colunas metlicas e travessas para a estabilizao de

    carga, permitindo seu empilhamento.

    GaiolaTrata-se de um rackcom telas metlicas nas laterais, permitindo a estabilizao de cargas

    com maior segurana.

    Estantes porta-paletes Para que seja possvel dar maior acessibilidade aos paletes e permitir

    alcanar maiores alturas no armazenamento, sem prejudicar as cargas inferiores, utilizam-seestantes especialmente desenhadas para a alocao de paletes.

    ContinerSo estruturas geralmente metlicas, de grandes dimenses, que permitem acomodar,

    estabilizar e proteger certa quantidade de materiais em seu interior.

    Cintamento Utilizado principalmente para cargas tubulares, permitindo reunir grande nmero

    de produtos para movimentao por iamento.

    Bagsso uma opo de armazenamento de grandes quantidades de produtos em p ou gros.

    Pr-lingamento lingas so cintas que envolvem todos os volumes de uma carga no tubular,

    permitindo estabiliz-la para movimentao por iamento.

    Roll-on/roll-offtrata-se de plataformas com elementos rodantes prprios, que podem acomodar

    grande quantidade de materiais.

    3.7 Localizao

    De acordo com Martins (2002, p. 161), a localizao dos estoques uma forma deendereamento dos itens estocados para que eles possam ser facilmente localizados. Com a

    automatizao dos almoxarifados, a definio de um critrio de endereamento imprescindvel.

    Uma das formas mais comuns de endereamento a AA.B.C.D.E.

    AA: Cdigo do almoxarifado ou rea de estocagem

    B: Nmero da rua

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    C: Nmero de prateleira ou instante

    D: Posio vertical

    E: Posio horizontal dentro da posio vertical

    De acordo com Viana (2002, p. 383), quando a empresa no conseguir achar o material preciso fazer o pedido ou produzir mais, com isso a organizao deixa de lucrar e fica com

    material estocado sem necessidade. Por isso a organizao deve informatizar os armazns para

    que ocorra menos prejuzo e menos falhas no endereamento do material.

    Segundo Viana (1993, p. 186 - 189), o objetivo de um sistema de localizao de materiais

    dever ser de estabelecer os meios necessrios perfeita identificao da localizao dos

    materiais estocados sob a responsabilidade do almoxarifado. Deve-se utilizar uma simbologia

    (codificao) representativa de cada local de estocagem, abrangendo ate o menor espao de uma

    unidade de estocagem.

    Cada conjunto de cdigos deve indicar, precisamente, o posicionamento de cada material

    estocado, facilitando as operaes de movimentao, inventrio etc.

    As prateleiras devem ser identificadas por letras, cuja seqncia deve ser iniciada em A

    no sentido de baixo para cima da estante e o escaninho por nmero no sentido do corredor

    principal para a parede lateral. Normalmente so usados dois critrios de localizao de material:

    a) Sistema de estocagem fixa;

    b) Sistema de estocagem livre.

    Sistema de estocagem fixa

    Como o prprio nome diz, neste sistema determinado um nmero de reas de estocagem

    para um tipo de material, definindo-se, assim, que somente material desde tipo poder ser

    estocado nos locais marcados.

    Sistema de estocagem livre

    Neste sistema no existem locais fixos de armazenagem, a no ser, para materiais de

    estocagens especiais. Os materiais vo ocupar os espaos vazios disponveis dentro do depsito.

    3.8 Codificao

    De acordo com Viana (2002, p. 93 - 98), codificao nada mais do que uma variao da

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    classificao de materiais. Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano

    metdico e sistemtico, dando a cada um deles determinado conjunto de caracteres.

    Tipos de codificao

    Existem infinitas maneiras de estabelecer um cdigo para os materiais, desde a numeraoarbitrria dos itens medida que do entrada no almoxarifado at aqueles que catalogam os

    materiais segundo uma seqncia lgica.

    De acordo com Dias (1993, p.190 - 191), os sistemas de codificao mais utilizados so: o

    alfabtico, alfanumrico e numrico, tambm chamado decimal.

    No sistema alfabtico o material codificado segundo uma letra, sendo utilizado um

    conjunto de letras suficientes para preencher toda a identificao do material; pelo seu limite em

    termos de quantidade de itens e uma difcil memorizao, este sistema esta caindo em desuso.

    O sistema alfanumrico uma combinao de letras e nmeros e permite um nmero de

    itens em estoque superior ao sistema alfabtico.

    Sistema decimal o mais utilizado pelas empresas, pela sua simplicidade e com

    possibilidades de itens em estoque e informaes incomensurveis.

    3.9 Inventrio fsico

    Inventrio fsico a contagem de material nos armazns para verificar se as quantidades

    fsicas so equivalentes a quantidade registrada.

    De acordo com Viana (2002, p. 381 - 385), um inventrio uma contagem peridica dos

    materiais existentes para efeito de comparao com os estoques registrados e contabilizados em

    controle da empresa, a fim de se comprovar sua existncia e exatido.

    Os inventrios tornam-se importantes instrumentos de gerenciamento e, por razes de

    auditoria, necessrio ter-se a comprovao real da exatido de seu valor.Os principais tipos de inventrios so:

    O inventrio anual que utilizado na poca de balano. Este mtodo exige a paralisao

    das atividades durante o transcorrer da contagem. Em empresas de grande porte, tal mtodo

    impraticvel, sendo tambm invivel a realizao contnua das verificaes a cada entrada ou

    sada do estoque.

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    Inventrio rotativo

    O sistema rotativo de inventrio, enquadrado no princpio de garantir permanente relao

    biunvoca entre controle de estoque e estoque fsico, utiliza os recursos de informtica e pode ser

    classificado em 3 (trs) tipos:Inventrio automtico.

    Trata-se de solicitao em sistemas para inventrio item a item, mediante a ocorrncia de

    qualquer dos seguintes eventos indicadores de possvel divergncia e/ou que tambm visem

    garantir a confiabilidade de estoque de materiais vitais:

    Saldo zero no sistema de controle;

    Requisio de material atendida parcialmente;

    Requisio de material no atendida;

    Material crtico requisitado;

    Material crtico recebido;

    Transferncia de localizao.

    Inventrio programado

    Trata-se de solicitao em sistema para inventrio por amostragem de itens.

    Inventrio a pedido

    Trata-se de inputpara solicitao em sistema para inventrio item a item por interesse dos

    rgos de administrao de materiais e de controladoria, como:

    3.10 Equipamento de movimentao

    O Equipamento de movimentar materiais super importante na organizao, pois

    responsvel pela movimentao dos produtos. Cada produto exige um transporte adequado, sem

    danificar e nem perd-los. Existem vrios tipos de transporte diferentes para cada tipo dematerial.

    De acordo com Francischini (2002, p. 227 - 231), a busca pelo aumento da produtividade

    em movimentao de materiais permitiu o desenvolvimento de um grande nmero de

    equipamentos. Neste item, vamos analisar os tipos mais utilizados pelas empresas, sem a

    pretenso de esgotar o assunto.

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    Paleteiro Ele faz um roteiro aleatrio, freqncia intermitente, distncia percorrida curta s

    em ambiente interno, direo horizontal, ela funciona manualmente.

    Empilhadeira Ele faz um roteiro aleatrio, sua freqncia intermitente, sua distncia

    percorrida curta, o ambiente pode ser interno e externo, faz as duas direes tanto horizontaisquanto vertical, Acionamento eltrico ou GLP sendo gasolina ou diesel.

    Comboios Ele faz um roteiro aleatrio, sua freqncia intermitente, distncia percorrida

    longa, o ambiente pode ser interno e externo, com direo horizontal, acionamento eltrico ou

    GLP sendo gasolina ou diesel.

    Esteira transportadora Tem um roteiro fixo, com freqncia contnua, distncia feita pelo

    aparelho longa, podendo se adaptar ao ambiente interno e externo, sua direo horizontal ou

    rampa, acionamento eltrico.

    Transporte de roletes Seu roteiro fixo, sua freqncia contnua, percorre umas distncias

    longas, podendo ficar tanto em ambiente interno quanto externo, sua direo pode ser horizontal

    ou rampa, acionamento eltrico ou gravidade.

    Monovia - Seu roteiro fixo, sua freqncia contnua, faz distncias longas, podendo ficar tanto

    em ambiente interno quanto externo, sua direo pode ser horizontal ou rampa, acionamento

    eltrico.

    Elevadores de carga Nesse caso o roteiro fixo, sua freqncia intermitente, faz distncias

    longas e curtas, podendo ficar tanto em ambiente interno quanto externo, sua direo vertical,

    acionamento eltrico.

    Prtico - Nesse caso o roteiro aleatrio, sua freqncia intermitente, faz distncias curtas,

    podendo ficar tanto em ambiente interno quanto externo, sua direo horizontal e vertical

    (iamento), acionamento tanto manual quanto eltrico.

    Guindastes - Seu roteiro aleatrio, sua freqncia intermitente, faz distncia curta, podendo

    ficar tanto em ambiente interno quanto externo, sua direo pode ser horizontal e vertical

    (iamento), acionamento manual ou eltrico.

  • 8/3/2019 Gestao Estrategica de Recursos Materiais Controle de Estoque e to

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    4 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    Este captulo se refere aos procedimentos metodolgicos utilizados nesta monografia que

    so eles: caracterizao da pesquisa, problematizao, objetivo geral e especfico, campoemprico, universo e amostra e os instrumentos de coletas de dados.

    4.1 Caracterizao da pesquisa

    A presente pesquisa classifica-se como uma pesquisa de campo, realizada atravs da

    aplicao de instrumentos de coleta de dados e fundamentada por pesquisas bibliogrficas em

    uma organizao do ramo de Supermercado.

    A pesquisa realizada definida como qualitativa, utiliza alm da entrevista e estudo

    documental, conceitos, atitudes, opinies e atributos do universo pesquisado. Definida tambm

    como descritiva por evidenciar o pesquisador no ato de descrever a realidade sem artifcios, sem

    se preocupar em modific-la.

    4.2 Problematizao

    As organizaes hoje em dia tentam cada vez mais inovar e suprir suas necessidades no

    mercado globalizado, com o avano da informtica no mundo vai ficando mais fcil essa

    inovao seja l em qual ramo a organizao trabalhe, o planejamento de cada procedimento

    importantssimo para que isso ocorra de forma eficiente e eficaz. No ramo de Supermercado o

    procedimento mais trabalhoso, pois a organizao maior e conseqentemente necessita de

    mais dedicao as suas respectivas reas.O Controle de estoque e armazenagem so partes essenciais d