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III CONVIBRA 24 a 26 de novembro de 2006 GESTÃO ESTRATÉGICA DE MUDANÇAS: ESTUDO DE CASO NUMA EMPRESA DO SETOR ELÉTRICO Paulo Roberto dos Santos Cota Orientador: José Rodrigues de Farias Filho RESUMO Este estudo de caso descreve e analisa como se desenvolveu o processo de adaptação estratégica de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. no período de 1975 a 2004, com o objetivo de determinar quais e como foram desenvolvidas as mudanças estratégicas no período considerado. Esta pesquisa decorre do estudo do cenário político- institucional no nível da percepção do histórico das mudanças estratégicas da empresa, realizando pesquisa qualitativa e entrevistas não estruturadas, utilizando a metodologia de Pettigrew (1987), com o objetivo de avaliar o ambiente interno e externo e entender as mudanças estratégicas implementadas. Os contextos ambientais foram apresentados em três períodos, sendo que o primeiro período (1975 a 1984) aborda o crescimento das empresas estatais de energia elétrica, o segundo (1985 a 1994) abrange o cenário da crise econômica e o terceiro (1995 a 2004) aborda a reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro. Concluiu-se que a Empresa adotou ações estratégicas, de acordo com as características de cada período analisado, buscando sempre a adaptação da Empresa às novas condições ambientais. Palavras Chaves: Adaptação estratégica, mudanças, cenários, estatais ABSTRACT….. The following study describes and analyzes how the process of strategic adaptation of FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S. A. was developed between 1975 and 2004, with the purpose of determine which were the strategic changes and how they were developed. This research is based on the study of the political scenery, in the level of historical perception of strategic changes, by qualitative research and non-structured interviews using the Pettigrew (1987) methodology, with the purpose of evaluating the internal and external surroundings and understanding the strategic changes implemented. The surroundings contexts were presented in three periods: the first one (1975 to 1984) boards the growth of electrical energy state companies; the second one (1985 to 1994) contains the economical crises scenery; and the third one (1995 to 2004) shows the rebirth of the Brazilian electrical sector. In conclusion, the company adopted strategic

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III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006

GESTÃO ESTRATÉGICA DE MUDANÇAS: ESTUDO DE CASO NUMA EMPRESA DO SETOR ELÉTRICO

Paulo Roberto dos Santos Cota Orientador: José Rodrigues de Farias Filho

RESUMO

Este estudo de caso descreve e analisa como se desenvolveu o processo de adaptação estratégica de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. no período de 1975 a 2004, com o objetivo de determinar quais e como foram desenvolvidas as mudanças estratégicas no período considerado. Esta pesquisa decorre do estudo do cenário político-institucional no nível da percepção do histórico das mudanças estratégicas da empresa, realizando pesquisa qualitativa e entrevistas não estruturadas, utilizando a metodologia de Pettigrew (1987), com o objetivo de avaliar o ambiente interno e externo e entender as mudanças estratégicas implementadas. Os contextos ambientais foram apresentados em três períodos, sendo que o primeiro período (1975 a 1984) aborda o crescimento das empresas estatais de energia elétrica, o segundo (1985 a 1994) abrange o cenário da crise econômica e o terceiro (1995 a 2004) aborda a reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro. Concluiu-se que a Empresa adotou ações estratégicas, de acordo com as características de cada período analisado, buscando sempre a adaptação da Empresa às novas condições ambientais.

Palavras Chaves: Adaptação estratégica, mudanças, cenários, estatais

ABSTRACT…..

The following study describes and analyzes how the process of strategic adaptation of FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S. A. was developed between 1975 and 2004, with the purpose of determine which were the strategic changes and how they were developed. This research is based on the study of the political scenery, in the level of historical perception of strategic changes, by qualitative research and non-structured interviews using the Pettigrew (1987) methodology, with the purpose of evaluating the internal and external surroundings and understanding the strategic changes implemented. The surroundings contexts were presented in three periods: the first one (1975 to 1984) boards the growth of electrical energy state companies; the second one (1985 to 1994) contains the economical crises scenery; and the third one (1995 to 2004) shows the rebirth of the Brazilian electrical sector. In conclusion, the company adopted strategic

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proceedings depending on the characteristics of each analyzed period, and searched always the adaptation of the company to the new surroundings.

Key Words: strategy adaptation, changes, surroundings

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INTRODUÇÃO

A energia, nas suas mais diversas formas, é indispensável à sobrevivência da espécie humana. E mais do que sobreviver, o homem procurou sempre evoluir, descobrindo fontes e formas alternativas de adaptação ao ambiente em que vive e de atendimento às suas necessidades. Em termos de suprimentos energéticos, a eletricidade se tornou uma das formas mais versáteis e convenientes de energia, passando a ser recurso indispensável e estratégico para o desenvolvimento socioeconômico de muitos países e regiões.

Na virada do século XIX para o século XX, o potencial de desenvolvimento das cidades de Rio de Janeiro e São Paulo atraíram o capital estrangeiro para a instalação de companhias de energia elétrica no Brasil, desenvolvendo a geração hidrelétrica brasileira. Até a década de 30 a presença do Estado no setor elétrico foi bastante limitada, se resumindo a algumas medidas isoladas de regulamentação. Em 1934 foi promulgado o Código de Águas, que atribuiu à União o poder de autorizar ou conceder o aproveitamento de energia hidráulica. Essa situação subsistiu sem grandes problemas até o momento em que o Brasil deixou de ser um país essencialmente agrícola e de população predominantemente rural para enveredar rumo à industrialização, numa mudança de curso que, por sua vez, gerou um acelerado processo de urbanização, iniciando um período de racionamento de energia nas principais capitais brasileiras.

Segundo Cotrim (1994) o primeiro nome da empresa criada no dia 28 de fevereiro de 1957 foi Central Elétrica de FURNAS S.A., com uma única missão: construir uma usina que evitaria o colapso energético da região Centro-Sul, denominada Hidrelétrica de Furnas.

Em 1961 foi criado o Ministério de Minas e Energia – MME e finalmente em 1962 foi criada a Eletrobrás, para a consolidação definitiva da posição de liderança do Governo Federal no Setor Elétrico.

Em apenas uma década, a participação do capital privado reduziu de 82,4% em 1952 55,2% em 1962, enquanto a participação do capital público aumentou de 6,8% para 31,3% em 1962.

O modelo desenvolvimentista sucumbiu com as sucessivas crises econômicas e ingerência do governo nas tarifas de energia, visando o controle da inflação, que corria o orçamento das empresas. Esta situação agravou-se com a decretação da moratória da dívida externa, promovendo uma inversão do fluxo de investimentos externos que inviabilizou a continuidade do plano de investimento no setor elétrico brasileiro (Chuahy e Victer, 2002).

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Os grandes desafios e ameaças surgidos com a reestruturação e nova regulamentação do Setor Elétrico Brasileiro, colocadas em prática a partir de 1995 através de diversas medidas e ações governamentais - como a abertura do mercado à concorrência privada nacional e estrangeira, a energia elétrica passando a receber o tratamento de commodity1 e a inclusão da ELETROBRAS e suas subsidiárias de geração e transmissão no PND - Programa Nacional de Desestatização, conforme o Decreto nº 1.503 de 25/05/95, forjaram um novo ambiente competitivo para a Indústria.

Em 1996, além do Decreto 2003, que regulou a atuação dos Produtores Independentes e Autoprodutores, foi criada, pela Lei 9427, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL com o objetivo de regulamentar e fiscalizar a produção, a transmissão, a distribuição e a comercialização de energia elétrica.

Em 1997 e 1998 novas regulamentações foram feitas destacando-se a Lei 9648/98 que instituiu o Mercado Atacadista de Energia - MAE2 e o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, autorizou o Poder Executivo a promover a reestruturação da ELETROBRÁS e de suas subsidiárias e estabeleceu a transição de modelos.

Questões da Pesquisa

Em função dos desafios impostos pelas mudanças de ambiente externo, apresentamos as questões que compõem os tópicos de nossa pesquisa, conforme pode ser visto no quadro apresentado a seguir:

OBJETIVO

PROBLEMA GERAL ESPECÍFICO QUESTÕES

PREMISSAS

ESTRUTURANTES

Necessidade de

crescimento do

parque gerador e

transmissor de

energia

Dar condições

de atendimento

ao

desenvolviment

o industrial

Expandir o

parque gerador

hidrelétrico da

região sudeste

Como

desenvolver

tecnologia em

grandes

hidrelétricas?

Furnas desenvolveu

tecnologia em

construção e operação

de grandes hidrelétricas

e Linhas de

1

Commodity (Dic. Aurélio) Produto primário (q. v.), produto de grande participação no comércio internacional, como

café, algodão, minério de ferro, etc. 2. 2 Mais tarde o MAE- Mercado Atacadista de Energia Elétrica foi extinto pela Lei nº

10.848, de 15.03.2004, sendo sucedido pela CCEE.

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brasileiro Transmissão

FURNAS foi

inserida no PND

- Programa de

Desestatização

Reestruturação

do Setor

Elétrico

Enfrentar a

ameaça da

privatização

Como proceder à

ameaça de

privatização?

A crise de 2001 ajudou

FURNAS a não ser

privatizada.

Perda do

monopólio de

novos

investimentos da

região sudeste

Reestruturação

do setor

Elétrico

Brasileiro

Sobreviver e

vencer num

ambiente

competitivo

Como vencer as

barreiras culturais

e burocráticas de

uma estatal?

FURNAS implantou

novas ferramentas de

gestão que

possibilitaram torná-la

mais competitiva

Tabela 1. Quadro Resumo das questões da pesquisa.

Fonte: Elaborado pelo Autor

Conceituação Teórica da Pesquisa

O processo de adaptação estratégica está diretamente relacionado às alterações de cenário do ambiente externo, e impulsionam as mudanças estratégicas das Organizações, na busca da adaptação ao novo cenário, partindo de um estado presente a um estado futuro que corresponde às ações, reações e interações das partes interessadas (Pettigrew, 1987).

O processo de ajuste da Organização com o meio ambiente, que os autores Miles e Snow (1978) denominam de “Adaptação Organizacional”, onde este processo de interação com o meio ambiente, apresenta características complexas e inúmeras opções de decisões e comportamentos diferenciados.

DESENVOLVIMENTO

O Contexto de FURNAS

Nos anos 70 FURNAS foi designada para implantar e conduzir o programa Nuclear Brasileiro, com a instalação das Centrais Nucleares de Angra 1 – com tecnologia americana e posteriormente para implantação das Centrais Nucleares de Angra 2, quando foi criada a ELETRONUCLEAR, em 1° de agosto de 1997, como resultado da fusão da

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área nuclear de FURNAS Centrais Elétricas S.A., responsável pela operação de Angra 1 e pela construção de Angra 23.

FURNAS conta atualmente, com um diversificado parque gerador, com capacidade instalada total de 9.292 MW, no qual figuram dez usinas hidrelétricas e duas termelétricas convencionais em operação. Apoiada em 44 subestações, com capacidade de transformação de 86.012 MVA, a empresa dispõe ainda de um vasto sistema de transmissão que atende as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, com 18.039 km de linhas em operação, nas quais se destacam circuitos pioneiros na tensão de 765 kV e em 600 kV de corrente contínua do Sistema de (Nemésio et al., 2004).

ÁREA DE ATUAÇÃO DE FURNAS Nº % BRASIL

População (1000 habitantes) 86.300 48,5

PIB (US$ bilhões) 320,0 65,0

Consumidores Residenciais (1000

cons.) 24.938 55,1

Total de Consumidores (1000 cons.) 26.982 54,7

Tabela 2. Participação de Furnas no Mercado em 2004

Fonte: Anuário Estatístico FURNAS - 2004

3. 3 Informações disponíveis no site: www.eletronuclear.gov.br acessado em 02/03/2005.

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Figura 1. Mapa da área de Operação Sistema de FURNAS. Fonte:

Anuário Estatístico – FURNAS 2005

PERÍODO 1 – A Consolidação das Estatais (de 1975 a 1984)

FURNAS cresceu com o objetivo de planejar, construir e operar sistemas elétricos e sistemas elétricos de geração e transmissão de grandes blocos de energia, sendo que principalmente neste período, a Empresa desenvolveu técnicas inovadoras e realizou empreendimentos até então inéditos no Brasil (tais como: plantas nucleares, linha de Transmissão de 765 kV e 600 kV CC), em atendimento aos desafios impostos pelo ambiente externo.

As metas de implantação e operação de uma complexa infra-estrutura do Setor Elétrico na importante região Sudeste e posteriormente, na região Centro-Oeste, possibilitou o crescimento sustentável do Plano de Metas do Governo Federal.

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PERÍODO 2 – A Crise Econômica (de 1985 a 1994)

O cenário externo neste período foi tumultuado para a economia mundial, sendo que a década de 80 foi considerada como a década perdida. No Brasil não foi diferente, com o agravante de estar em meio a um audacioso plano de investimentos de longa duração, que exigia uma grande estrutura para dar suporte aos diversos projetos em andamento.

FURNAS precisou adaptar-se estrategicamente à nova realidade, proceder a implantação de sistemas de gestão de qualidade total, redefinição de sua estrutura funcional e administrativa para adequar-se à nova realidade com obras sendo paralisadas ou adiadas, em função das dificuldades impostas pelo cenário externo de dificuldades econômicas e financeiras do Brasil.

PERÍODO 3 – A Reestruturação do Setor Elétrico (de 1995 a 2004)

Para se ter uma idéia do quanto foi impactante a reestruturação do setor elétrico para a Empresa, também sob a ótica dos funcionários, 100% dos 19 entrevistados, responderam ou mencionaram este fator como o evento externo mais significativo para FURNAS nos últimos 30 anos.

Apesar de todos os problemas decorrentes do racionamento de energia, falta de investimentos no setor, abertura do mercado e descontratação gradual de energia, com incrementos na ordem de 25% ao ano, FURNAS obteve expressivos resultados, no exercício do período, em resposta à sua missão de gerar e transmitir energia elétrica de qualidade e confiabilidade.

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Evolução Acumulada da capacidade de Geração Própria de FURNAS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

196319651967196919711973197519771979198119831985198719891991199319951997199920012003

Gráfico 1. Evolução % da capacidade geradora de FURNAS.

Fonte: Anuário Estatístico de FURNAS 2005 – ano base 2004

Qualidade na Gestão

Desde 1991, quando foi criado o Sistema de Qualidade Total em FURNAS, a Empresa trabalha na disseminação dos conceitos e na incorporação das mais modernas ferramentas de gestão.

Na busca pela excelência, FURNAS utiliza como modelo os Critérios de Excelência da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade – FPNQ e do Prêmio Nacional da Gestão Pública – PQGF, modelos consagrados entre as empresas de maior expressão do país. No ano de 2004, FURNAS através da participação de suas Unidades, recebeu as seguintes premiações:

� Departamento de Apoio e Controle Técnico Categoria Prata do Prêmio Nacional da Gestão Pública

� Superintendência de Geração

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Categoria Ouro – Prêmio Qualidade Rio

� Superintendência de Empreendimentos de Transmissão Categoria Ouro – Prêmio Qualidade Rio

� Superintendência de engenharia Categoria Prata – Prêmio Qualidade Rio

� Centro de Operação Regional São Paulo Categoria Prata – Prêmio Paulista da Qualidade da Gestão

� Subestação de Poços de Caldas Categoria Bronze – Prêmio Mineiro de Qualidade

� Subestação de Vitória Categoria Bronze – Prêmio Qualidade do Espírito Santo

Cabe ressaltar os principais prêmios obtidos anteriormente ao ano de 2004 no

PQGF – Programa de Qualidade do Governo Federal :

Tabela 3.Premiações de FURNAS no PQGF

ANO COLOCAÇÃO ÁREA PREMIADA

2000 Faixa Prata Departamento de Apoio e Controle Técnico – DCT.T

2001 Troféu Ouro Departamento de Apoio e Controle Técnico – DCT.T

2002 Troféu Ouro Departamento de Produção Rio – DRR.O

Fonte: Relatório Anual do Gestor de FURNAS – 2002

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Figura 2. Premiações do Departamento de Produção Rio

Fonte: Revista QualiFurnas, n. 18, 2002.

Certificações

No ano de 1996 FURNAS obteve a sua primeira certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, reconhecida pela ISO 9002, na área de geração. Este padrão estabelece as regras específicas para a fabricação de cada produto e o determina o padrão de qualidade do que será entregue ao consumidor. Atualmente FURNAS tem 35 unidades e certificadas e mais de 1.200 funcionários envolvidos com os Sistemas de Gestão da Qualidade – NBR IS0 9001:2000, área Ambiental – NBR ISO 14.001:1996 e Saúde & Segurança Ocupacional – OHSAS 18.000:1999.

O Laboratório de Ensaio e de Calibração de FURNAS faz parte das redes do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) com seis reconhecimentos de competência, o que o habilita a realizar 132 tipos de serviços acreditados pelo INMETRO.

Encontra-se em implantação o projeto piloto do sistema de Gestão da Responsabilidade Social, no Departamento de Apoio e Controle Técnico, passo necessário para a certificação pela norma AS 8000.

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CONCLUSÕES

As mudanças estratégicas implementadas no período estudado permitem identificar os valores da Empresa, sejam nos resultados econômicos que foram possíveis com a recomposição das tarifas, mesmo que direcionadas para tornarem o mercado de energia elétrica mais atrativo comercial e financeiramente, segundo os interesses dos grupos estrangeiros, como no sucesso dos programas de qualidade total e premiações obtidas por FURNAS nos últimos anos, dado o alinhamento de seus princípios com os mais modernos conceitos de gestão preconizados pelos critérios de excelência da Fundação Nacional da Qualidade.- (Prêmio PNQ).

BIBLIOGRAFIA ANEEL – Atlas de Energia Elétrica do Brasil – Publicação disponível em < www.aneel.gov.br > Acessado em: 11/05/2005

CHUAHY, Eduardo e VICTER, Wagner Granja. A Construção e a Destruição do Setor Elétrico Brasileiro – Uma análise crítica e histórica – de Getúlio Vargas a FHC – Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.

COTRIM, John R. A História de Furnas. Rio de Janeiro. 1994, 221 p.

ELETRONUCLEAR – Site oficial - disponível em < www.eletronuclearl.gov.br > Acessado em: 21/08/2005.

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FURNAS Centrais Elétricas S.A. Memória - Trinta Anos de Energia e Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Mauro Ivan, 1987.

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A – Site oficial - disponível em < www.furnas.com.br > Acessado em: 05/09/2005.

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GONÇALVES JR, Dorival. Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro, Dissertação (Mestrado em Energia) - Universidade de São Paulo, São Paulo: USP, 2002.

LIMA, José Luis. Política de Governo e Desenvolvimento do Setor de Energia Elétrica: Do Código de Águas à Crise dos Anos 80 (1934-1980): Memória da Eletricidade. 1991.

MILES, R. e SNOW, C. C. – Organizational Strategy: structure and process. New York: Mc Graw-Hill, 1978.

NEMESIO et al - FURNAS E DRR.O Uma história de sucesso– Estudo de Caso – Trabalho Monográfico Final da matéria Administração Estratégica: UFF, 2004.

PETTIGREW, Andrew M. Context an Action in the Transformation of the Firm. Journal of Management Studies, Inglaterra, v. 24, n., p. 649-669, Nov. 1987.

PORTER, Michael – Estratégia Competitiva: Técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

ROSSETTO, Carlos Ricardo. Adaptação estratégica organizacional: um estudo multi-caso na indústria da construção civil – setor de edificações. Florianópolis, 1998. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção) – Curso de Pós-Graduação em Engenharia da Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.