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Gestão Ambiental no Município Celso Constantino Marques

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Gestão Ambiental no MunicípioCelso Constantino Marques

Ponto de Partida

O Meio Ambiente na Constituição Federal/88

Art. 225

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado, bem de uso comum do povo e essencial àsadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público eà coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo paraas presentes e futuras gerações.”

Artigo 23 da CF/1988

Estabelece a competência comum entre União, Estados,Distrito Federal e Municípios para a atuação em matériaambiental, reservando à lei complementar a fixação denormas de cooperação entre os mesmos.

União

Estados

Municípios

Competência para a

preservação e proteção do

meio ambiente

Mas quem faz o quê?

Entes Federados

Resolução CONAMA 237/1997

Regulamentou os aspectos de licenciamento ambientalestabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente (Lei6938/1981).

Principais aspectos:

-Licenciamento ambiental;

-Competências do IBAMA, Estado, Município;

DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA PARA A PRESERVAÇÃO E PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

• Lei complementar 140/2011 - veio substituir aresolução do CONAMA nº 237 de 2007 no que dispõesobre a competência dos entes federados quanto aolicenciamento das atividades e empreendimentosmodificadores do meio ambiente.

Âmbito Atividades/Empreendimentos

Federal a) Desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; b) Desenvolvidas no mar territorial, plataforma continental ou zona econômica exclusiva; c) Localizadas em terras indígenas; d) Localizadas em unidades de conservação instituídas pela União, (exceto APAs;) e) Atividades que impactam dois ou mais Estados; f) Empreendimentos de caráter militar, g) material radioativo ou que utilizem energia nuclear.

Municipal Empreendimentos de impacto local, conforme tipologia definida pelos Conselhos Estaduais.

Estadual, O restante dos empreendimentos.

Distribuição de Competências para o Licenciamento Ambiental

Sugestão de conceito MPMG

“Apesar da ausência da definição legal de impactoambiental local, pode-se entender que se tratadaquele que afeta, direta ou indiretamente, asaúde, a segurança e o bem-estar da população,as atividades sociais e econômicas, a biota, ascondições estéticas e sanitárias do meio ambienteou a qualidade dos recursos naturais de um únicomunicípio”.

O que é impacto local?

Art. 2º (...)

II - atuação supletiva: ação do ente da Federação que sesubstitui ao ente federativo originariamente detentor dasatribuições, nas hipóteses definidas nesta LeiComplementar;

III - atuação subsidiária: ação do ente da Federação quevisa a auxiliar no desempenho das atribuiçõesdecorrentes das competências comuns, quando solicitadopelo ente federativo originariamente detentor dasatribuições definidas nesta Lei Complementar.

Lei Complementar 140/11 – Conceitos importantes

1 – Decurso do prazo do licenciamento:

2 – Falta de estruturação dos órgãos e conselhos:

• O decurso de prazo, sem a emissão da licença, nãoimplica emissão tácita, mas instaura a competênciasupletiva.

• Inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselhode meio ambiente no Município, o Estado deve agirsupletivamente até a sua criação.

Atuação Supletiva

Art. 16. A ação administrativa subsidiáriados entes federativos dar-se-á por meio deapoio técnico, científico, administrativo oufinanceiro, sem prejuízo de outras formas decooperação.

Parágrafo único. A ação subsidiária deve sersolicitada pelo ente originariamentedetentor da atribuição nos termos desta LeiComplementar.

Atuação Subsidiária

Tal competência NÃO impede o exercício da fiscalizaçãopor outro ente (competência comum de fiscalizar ocumprimento da lei), CONTUDO, PREVALECE o auto deinfração lavrado pelo órgão que detenha a atribuição delicenciar/autorizar. (art. 17, § 3º)

Competência Fiscalizatória

O responsável principal pela fiscalização é o órgão responsável pelo licenciamento ou autorização.

CONCLUINDO:

Na esfera municipal:

Aos municípios cabe a competência para olicenciamento de atividades de impacto local oulocalizados em unidades de conservação instituídaspelo Município (exceto APAs)

Exercer o controle e fiscalização das atividades sob suaresponsabilidade.

Resumindo: Quem licencia, deve controlar, fiscalizar eemitir auto de infração, observada a competência comumpara a fiscalização.

Diante da Lei Complementar nº 140 de 2011, torna-se cadavez mais importante que os municípios se estruturem paraa gestão ambiental e assumam o seu papel no processo deregularização, controle e fiscalização ambiental.

Gestão Ambiental Municipal Celso Constantino Marques

MUNICIPALIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL:

DESAFIOS PARA OS MUNICÍPIOS – LEI 21.735/16

Lei Estadual 21972/2016

Art. 28 - O Estado poderá delegar aos municípios a

competência para promover o licenciamento e a

fiscalização ambiental de atividades e

empreendimentos efetiva ou potencialmente

poluidores, conforme disposto em decreto.

Decreto Estadual 46937/2016

Regulamenta Art. 28 da Lei Estadual 21972/2016

Quais municípios?

Aqueles municípios que disponham de

estrutura ambiental adequada

Qual o mecanismo?

Por meio da celebração de convênio com o

Estado visando a licenciar empreendimentos de

impacto local.

Classes a serem delegadas

O convênio especificará de acordo com a

classificação dada pela DN COPAM 74/2004.

Equipe técnica no município

Deve ser multidisciplinar, composta por

profissionais devidamente habilitados, adequada

às atividades a serem licenciadas, formada por

servidores próprios ou compartilhados.

Estrutura:

I - política municipal de meio ambiente;

II - conselho de meio ambiente - CODEMArepresentação paritária, eleita autonomamente, com asmesmas restrições que os conselheiros do COPAM, naforma estabelecida pelos arts. 25 e 27 do Decreto nº44.667, de 3 de dezembro de 2007;

III - órgão técnico-administrativo dotado de corpotécnico nos termos do art. 3º;

IV - sistema de fiscalização legalmente estabelecido,que preveja sanções e/ou multas para odescumprimento de obrigações de natureza ambiental.

Detalhes:

O convênio poderá ser denunciado por qualquer das partes.

O convênio poderá ser rescindido pela SEMAD em

virtude do descumprimento de qualquer das

disposições deste Decreto.

A celebração do convênio será precedida de

requerimento do Prefeito Municipal, instruído com a

documentação comprobatória do cumprimento dos

incisos I a IV do art. 4º, e de análise técnica pela

SEMAD.

Detalhes:

Os convênios já celebrados com a SEMAD serão regidos por

este Decreto a partir de sua renovação ou adequação aos

termos ora previstos.

A SEMAD poderá, a qualquer tempo, convocar os municípios

delegatários a adequar seus convênios a este Decreto.

As licenças concedidas pelo município serão reconhecidas para

efeito da concessão pelo Estado de ICMS Ecológico, na forma

da Lei nº 18.030, de 12 de janeiro de 2009.

Municípios Conveniados

• Belo Horizonte

• Contagem

• Betim

• Juiz de Fora

• Uberaba

• Brumadinho

Pedidos em Análise

Pompéu

Extrema

Itabira

Montes Claros

Timóteo

Vespasiano

Muriaé

Teófilo Otoni

Taiobeiras

Igarapé

Paraguaçu

Patrocínio

Nova Lima

Rio Acima

Ibirité

Uberlândia

Ribeirão das Neves

Auditoria (Municípios Conveniados)

Os órgãos municipais deverão encaminhar relatório

das atividades de licenciamento e serem auditados,

conforme estabelecido em Resolução.

Os municípios serão auditados quando necessário e

os procedimento serão propostos em uma

Resolução Semad.

Taxa Florestal e Cadastro Técnico Federal

Vanessa Coelho Naves

Diretoria de Apoio Técnico – SGRAI/SEMAD

CADASTRO DE GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPAL

CADASTRO GEMA

(PARA TODOS OS MUNICÍPIOS)

CADASTRO DE GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPALCADASTRO GEMA

O que é?

É um cadastro que visa obter dados sobre a estrutura de gestão

ambiental do Município para criar um banco de dados

Quem será o responsável pela gestão?

A SEMAD

Qual o objetivo do Cadastro GEMA?

Obter informações relativos à estrutura ambiental municipal.

- Legislação ambiental (licenciamento, fiscalização, fundo municipal de

meio ambiente, politicas municipais de meio ambiente)

- Secretarias (departamentos, etc)

- CODEMA (existência, criação, estrutura, designações legais, etc.)

Qual é a proposta da SEMAD com os dados obtidos

por meio do Cadastro GEMA ?

Capacitar e apoiar os municípios para

fortalecimento da gestão ambiental local. Suprir as

demandas de informação do SISEMA, do Estado em

geral, Ministério Público, Universidades, Ministério

do Meio Ambiente, Sociedade em Geral, sobre os

sistemas municipais de meio ambiente.

Subsidiar políticas públicas estaduais.

Como alimentar o Cadastro GEMA?

Encaminhar o formulário preenchido para NUGAM/SEMAD

Rodovia Papa João Paulo II, 4143, Cidade Administrativa, Prédio Minas, Bairro Serra Verde – 31.630.901

Ou para

gestã[email protected]

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Estruturação

Atenção!!!!

Lei Complementar nº 140/2011

Estas competências exigem uma estrutura mínima, tal como:

• Equipe técnica/administrativa• Procedimentos – Controle Processual/banco de dados• Equipamentos, veículos.

Quem licencia, tambémdeve controlar efiscalizar!

Gestão Ambiental

SISTEMA NACIONAL DE MEIO

AMBIENTE

SISNAMA

LEI 6.938/81

SISTEMA ESTADUAL DE

MEIO AMBIENTE E

RECURSOS HÍDRICOS

SISEMA

LEI 12.581/1997

SISTEMAS MUNICIPAIS

DE MEIO AMBIENTE

CONAMA

COPAM - MG

CODEMA

SISTEMAS DE MEIO AMBIENTE

SISTEMAS DE MEIO AMBIENTE

Um sistema (do grego sietemiun), é um conjunto de elementosinterconectados, de modo a formar um todo organizado.

Todo sistema possui um objetivo geral a ser atingido

Sistema de Meio Ambiente

1 – Conselho de Meio Ambiente

2 - Política Ambiental

3 - Órgão Técnico Executivo de MA

Proteção do Meio Ambiente

1. CODEMA – Conselho Municipal de Meio Ambiente

• Órgão colegiado autônomo, normativo, deliberativo econsultivo.

• Não é um órgão da estrutura da Prefeitura, não se submete aintervenção do prefeito.

Recomendações:

• Que o presidente seja eleito.

• Na renovação da presidência é necessário que o cargo sejarepassado em reunião, com a presença de quem estádeixando o cargo e de quem está recebendo o cargo,registrado em Ata.

Deverá ser criado por lei

Deverá ser paritário

Deverá ser deliberativo

CODEMA – Conselho Municipal de Meio Ambiente

• Paridade: 50% poder público, 50% sociedade civil. Em cidadesmédias e grandes, o ideal seria: 50% (poder público + entidadesrepresentantes do setor produtivo) e 50% sociedade civil.

• O representante da sociedade civil nunca deve ser indicado porentidade do poder público, mas por alguma entidade civil.

• OBS: Importante o CODEMA apreciar alvarás, certidões delocalização ou declaratórias de que empreendimentos, jáimplantados ou visando implantação, estão conforme as leis eregulamentos municipais.

CODEMA – Conselho Municipal de Meio Ambiente

• Número par

• De 8 a 36 membros de acordo com o porte do Município.

Observações:

• O titular e o suplente podem ser da mesma instituição, masdiversificar é recomendado.

• Cuidado no entendimento do que é poder público e sociedadecivil.

NÚMERO DE MEMBROS DO CODEMA

2- POLÍTICA AMBIENTAL

Conjunto de Leis

• Lei de Política Ambiental

• Leis Secundárias

DETALHES IMPORTANTESDA LEI DE POLÍTICA AMBIENTAL

Capítulo sobre o CODEMA:

a) Ressaltar que concederá licenças;

b) Irá julgar os Autos de Infração;

CAPÍTULO SOBRE O ÓRGÃO TÉCNICO EXECUTIVO DE MA

• Instituirá os custos de análises das licenças

• Exercerá a fiscalização de empreendimentos

• Poderá autuar

• Aplicará as penalidades de advertência e, mediante deliberação do CODEMA, de suspensão das atividades.

• Os empreendimentos de menor porte e potencial poluidor poderão serlicenciados em uma única etapa.

• Multa de R$ 50,00 a R$ 50.000.000 (Decreto Federal n° 6.514/2008)

• Serão adotados no Município as normas e padrões de emissão de poluentes ede qualidade ambiental estabelecidos para o Estado.

3- ORGÃO TÉCNICO EXECUTIVO DE MEIO AMBIENTE

A política ambiental municipal, desde que definida em lei, poderáser exercida por uma secretaria, uma fundação, ou outro órgãoda estrutura de gestão municipal.

PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DO ÓRGÃO TÉCNICO EXECUTIVO DE MEIO AMBIENTE

1 - Exercer a ação fiscalizadora

2 - Planejar, coordenar, executar a política de meio

ambiente

3 - Formular políticas e diretrizes

4 - Propor normas técnicas e padrões para serem

votados pelo CODEMA

5 - Exercer o poder de polícia

6 - Emitir parecer técnico

EQUIPE:

Celso Constantino MarquesSonia Maria Farace Braga ChavesMaria Goretti HaussmannAntônio Guilherme Rodrigues Pereira

Site SEMAD: http://www.meioambiente.mg.gov.br/

Obrigado!

Email: [email protected]

Celso Constantino Marques