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GERAÇÃO FOTOVOLTAICA EM BOMBEAMENTO DE ÁGUA NA ÁREA RURAL
Pâmela Santiago Leitão
Orientador: Prof. Dr. Credson de Salles Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE)
Resumo - Este artigo apresenta uma estimativa de
custo de um sistema de bombeamento de água
utilizando geração solar fotovoltaica em comparação
com um sistema alimentado pela energia elétrica da
concessionária, ambos instalados na área rural. Na
estimativa é analisado o consumo de água em
irrigação de plantações e o consumo de água
residencial.
Palavras-Chave: Bombeamento de água, geração
fotovoltaica, área rural.
I – INTRODUÇÃO
Na área rural, além do consumo residencial, a água é
muito utilizada na agricultura, que é fonte de
sobrevivência da maioria de seus habitantes. Em algumas
regiões, o fornecimento de água é função de rios mais
próximos, principalmente onde água proveniente de
poços é insalubre.
O Programa Luz para Todos do governo federal
proporcionou energia elétrica para muitos moradores da
zona rural. Entretanto, nestas propriedades é comum a
fonte de água estar distante do ponto de entrega de
energia elétrica. Logo a instalação de uma bomba usando
a rede elétrica de baixa tensão pode se tornar cara ou até
mesmo inviável.
Nesses casos, o sistema de bombeamento utilizando
geração fotovoltaica pode ser atrativo, pois é uma
tecnologia que não depende de combustíveis, tem baixa
necessidade de manutenção, operação autônoma e não
possui custos de operação. Além disso, para um sistema
isolado, dispensa o lançamento de cabos e eletrodutos.
Sua principal desvantagem é o alto custo inicial,
entretanto esse custo tende a diminuir com o
desenvolvimento tecnológico.
O sistema de bombeamento fotovoltaico pode ter várias
configurações. Pode-se utilizar motobombas de corrente
alternada ou de corrente contínua. A vantagem de uma
motobomba de corrente contínua é que esta permite o
acoplamento direto com o arranjo fotovoltaico, mas está
limitada a pequenas potências. Então para grandes
potências geralmente usa-se de motobombas de corrente
alternada acopladas à geração fotovoltaica por um
inversor CC-CA. O sistema pode ser com ou sem
armazenamento de energia. Umas das vantagens do uso
de energia fotovoltaica para o bombeamento de água é a
possibilidade de armazenar energia em forma de energia
potencial gravitacional, levando a água para reservatórios
elevados em vez de usar baterias. A configuração
adequada de um sistema de bombeamento fotovoltaico
vai depender da aplicação.
Vale ressaltar a complementaridade da energia
fotovoltaica com a irrigação, em que período de maior
demanda hídrica coincide com período de maior radiação
solar. E em regiões áridas, que possuem maior
necessidade de água, também possuem maior irradiação
disponível. Dessa forma, um sistema de bombeamento
fotovoltaico pode viabilizar a irrigação em algumas
regiões, o que traz vários benefícios para os agricultores,
pois garante o sucesso da cultura contra secas de curta
duração, permite a colheita mais de uma vez no ano e
pode aumentar o rendimento das colheitas.
No Brasil, até o ano de 2002 foram instalados pelo
menos 3291 sistemas de bombeamento fotovoltaico, com
potência total de 1,5 MWp, usados principalmente para o
abastecimento de água potável para consumo humano [1].
II – METODOLOGIA
Trata-se de um levantamento preliminar do custo de um
sistema de bombeamento de água utilizando energia solar
fotovoltaica em comparação com o sistema utilizando
rede elétrica da concessionária. Esta comparação é feita
com a finalidade de estimar em quais parâmetros a
geração fotovoltaica é economicamente viável.
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
NOVEMBRO/2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
ENGENHARIA ELÉTRICA
2
Considerou-se que a bomba é instalada próxima a fonte
de coleta de água, que pode ser um rio, lago, açude ou
cisterna. Além disso, considerou-se que o ponto de
consumo, que pode ser uma residência ou uma plantação,
é próximo ao ponto de entrega da energia elétrica pela
concessionária. Ou seja, a distância entre a fonte de coleta
água e o ponto de consumo equivale a distância da bomba
ao ponto de entrega da energia. Dessa forma, os
parâmentros analisados foram o consumo diário de água e
a distância entre a bomba e o ponto de entrega da energia
elétrica.
Em um sistema de bombeamento de água alimentado pela
rede elétrica, consultou-se catálogos de fabricantes para
estimar a potência da bomba de acordo com o consumo
diário de água e a distância entre a bomba e o ponto de
consumo. Dessa forma, o dimensionamento da linha
elétrica foi feito de acordo com a norma ABNT
NBR5410 [2]. O dimensionamento foi feito utilizando
linha elétrica subterrânea e aterramento no local da
bomba. No custo de aquisição considerou-se o custo da
linha elétrica, e para o custo de operação foi estimado o
custo de energia elétrica consumida por ano. O Custo
total do sistema é o custo de aquisição somado ao valor
presente do custo de operação em um tempo de 25 anos.
Para a bomba alimentada por energia solar fotovoltaica,
estimou-se um sistema isolado sem armazenamento em
baterias. Dessa forma, foram consideradas duas
alternativas: bomba d´agua convencional conectada ao
arranjo fotovoltaico por um inversor e uma bomba de
corrente contínua conectada diretamente ao arranjo
fotovoltaico. Na primeira alternativa considerou-se os
custos com placas fotovoltaicas e inversor como custo de
aquisição. Já para segunda alternativa considerou-se
apenas custo com as placas fotovoltaicas, visto que o
preço da bomba de corrente contínua é próximo do preço
de uma bomba convencional. Considerou-se ainda que
não há custos de operação.
Para o consumo de pequenas irrigações, foi considerada a
demanda hídrica média de culturas como laranja, banana,
limão, mamão, maracujá e tangerina que é de 1200
l/m².ano [3]. Dessa forma o custo do sistema de
bombeamento foi estimado em função da distância entre
a bomba e o ponto de consumo e da área a ser irrigada.
Neste caso, na estimativa do sistema fotovoltaico não se
considerou armazenamento de água, visto que dias de
menor radiação solar coincidem com menor demanda de
água.
Para o consumo residencial considerou-se que uma
pessoa consome em média 150 l/dia [4]. Dessa forma o
custo do sistema de bombeamento foi estimado em
função da distância entre a bomba e o ponto de consumo
e da quantidade de pessoas. Neste caso considerou-se
armazenamento de água para 2 dias de consumo.
III – RESULTADOS
III.1 – Estimativa de custo do sistema de bombeamento
de água utilizando rede elétrica da concessionária
Nesta estimativa foi considerada a tensão disponibilizada
pela concessionária de 127/220 V relativo a um
transformador monofásico (monobucha) com três
terminais no lado de baixa tensão, que é o usual em
pequenas propriedades rurais.
A – Consumo em irrigação
Para definir a potência da bomba utiliza-se a equação (1)
[5]:
Onde:
P é a potência da bomba (requerida para o trabalho
desejado), em cv;
Q é a vazão desejada, em m³/h;
H é a altura manométrica total, em m;
é o rendimento esperado da bomba em %.
A altura manométrica total H é dada pela soma da altura
de sucção, altura de recalque, perda de carga da tubulação
e uma perda de 5% nas conexões da tubulação. Ou seja:
Onde:
é a altura de sucção em m;
é a altura de recalque em m;
é a perda de carga na tubulação.
E a perda de carga na tubulação é dada por:
Onde:
Fpc é a percentagem da perda de carga ao longo de uma
tubulação em PVC (dado pelo catálogo do fabricante em
função da vazão);
C é o comprimento da tubulação, em m.
A Figura 1 ilustra um exemplo de aplicação de uma
motobomba.
O rendimento da bomba d’água varia com a vazão de
operação. Entretanto, para o dimensionamento
simplificado da bomba, utilizou-se um rendimento de
40% que está dentro do esperado para bombas centrífugas
de monoestágio [6].
3
Figura 1 – Aplicação de uma bomba de água.
Adaptada de [5]
Então, adotou-se uma altura de sucção de 3 metros e
altura de recalque de 3 metros. Além disso, considerou-se
que o comprimento da tubulação é aproximadamente
igual à distância entre a bomba e o ponto de consumo
somada à altura de recalque e altura de sucção. Então,
utilizando as equações (1), (2) e (3) e valores de perda de
carga dados pelo catálogo do fabricante, obteve-se a
potência da bomba em cv, conforme a Tabela 1.
TABELA 1 – POTÊNCIA DAS BOMBAS
Q(m³/h)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(cv)
0,5 1/6 1/6 1/6 1/6 1/6
1,0 1/6 1/6 1/6 1/6 1/3
5,0 1/3 1/2 3/4 1,0 3,0
10 3/4 1,0 1,0 1,5 3,0
20 1,5 2,0 2,0 3,0 5,0
35 3,0 3,0 4,0 7,5 10
Sabendo que da demanda hídrica média anual em estudo
é de 1200 l/m², tem-se que a demanda diária é de 3,29
l/m². Sendo a vazão dada por:
Onde:
V é o volume de água total necessário por dia, em m³;
T é o tempo em horas.
Então, escolhendo uma vazão para cada área analisada e
utilizando a equação (4), obtém-se o tempo necessário de
funcionamento da bomba para atender a demanda diária
para diferentes áreas irrigadas. A Tabela 2 apresenta estes
valores.
Dessa forma, a estimativa da potência da bomba de
acordo com a área irrigada e a distância entre a bomba e o
ponto de consumo é dada pela Tabela 3.
TABELA 2 – DEMANDA DE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO
Área (m²) Demanda
(m³/dia)
Vazão
(m³/h)
Tempo
(horas)
1000 3,290 14 0,23
4000 13,15 14 0,94
8000 26,30 25 1,05
15 000 49,32 25 1,97
20 000 65,75 25 2,63
30 000 98,63 35 2,82
TABELA 3 – POTÊNCIA DAS BOMBAS PARA IRRIGAÇÃO
Área (m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(cv)
1000 1,0 1,5 2,0 3,0 7,5
4000 1,0 1,5 2,0 3,0 7,5
8000 2,0 3,0 3,0 5,0 10
15 000 2,0 3,0 3,0 5,0 10
20 000 2,0 3,0 3,0 5,0 10
30 000 3,0 3,0 4,0 7,5 10
Então, para o dimensionamento da fiação considerou-se
motobombas monofásicas com tensão de 220 V. A
Norma de Distribuição Cemig fornece valores de
demanda de potência para cada bomba conforme a Tabela
4 [7].
TABELA 4 – POTÊNCIA CONSUMIDA PELAS BOMBAS
Potência
Eixo (CV)
Demanda
absorvida
(kVA)
Potência
absorvida
rede (kW)
1/6 0,400* 0,25*
1/4 0,620 0,39
1/3 0,730 0,52
1/2 0,920 0,66
3/4 1,240 0,89
1,00 1,490 1,10
1,50 1,930 1,58
2,00 2,440 2,07
3,00 3,200 3,07
4,00 4,150 3,98
5,00 5,220 4,91
7,50 7,940 7,46
10,0 10,04 9,44
12,5 13,01 12,10
* Valores estimados
Com isso, calcula-se a corrente absorvida pela bomba:
Onde:
é a demanda absorvida (Tabela 4), em kVA;
V é a tensão da bomba.
Os valores de corrente absorvida pela bomba também são
fornecidos pela Norma de Distribuição Cemig [7]. No
entanto foram utilizados os valores encontrados com a
4
equação (5), que ficaram bem próximos dos declarados
pela norma.
Então, dimensionou-se os condutores elétricos mínimos
para atender os critérios de capacidade de condução de
corrente e de queda de tensão [2].
Neste estudo são considerados condutores em eletroduto
enterrado. Logo, utiliza-se o método de referência D
(Tabela 33 da NBR 5410:2004). Então, a seção mínima
do condutor para atender o critério de capacidade de
condução de corrente é dada pela Tabela 36 de [2] para o
método de referencia D e 2 condutores carregados.
Para o dimensionamento do condutor de acordo com o
critério de queda de tensão, utilizou-se a equação:
Onde:
S é a seção nominal do condutor de cobre, em mm²;
L é o comprimento da fiação, em m;
Vl é a tensão de linha, em V;
é a queda de tensão admissível, em valor percentual .
Então, na equação (6) o comprimento da fiação é igual à
distância entre a bomba de água e o ponto de consumo e a
queda de tensão admissível é de 4%. Assim, obteve-se a
seção mínima dos condutores, conforme a Tabela 5.
TABELA 5– SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR EM SISTEMA DE
BOMBEAMENTO PARA IRRIGAÇÃO
Área (m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
mm²
1000 2,5 2,5 6,0 16,0 95,0
4000 2,5 2,5 6,0 16,0 95,0
8000 2,5 4,0 6,0 25,0 95,0
15 000 2,5 4,0 6,0 25,0 95,0
20 000 2,5 4,0 6,0 25,0 95,0
30 000 2,5 4,0 10,0 35,0 95,0
Definida a seção dos condutores, dimensionou-se os
eletrodutos que atendem a taxa máxima de ocupação de
40% [8].
Então, calculou-se o custo de aquisição somando-se o
custo total com fiação e eletroduto. Os preços unitários
foram obtidos da Planilha Referencial de Preços Unitários
para Obras de Edificação e Infraestrutura, da Secretaria
de Transportes e Obras Públicas do Estado de Minas
Gerais (SETOP) [9]. O SETOP fornece preços de
material e mão-de-obra unitários. Não foram
considerados custos com a bomba e tubulações de água,
pois ao comparar com o sistema com geração
fotovoltaica, esses custos são iguais.
A Tabela 6 apresenta o custo final de aquisição do
sistema de bombeamento alimentado por energia da
concessionária em reais (R$).
TABELA 6 – CUSTO DE AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE BOMBEAMENTO
ALIMENTADO PELA REDE ELÉTRICA PARA IRRIGAÇÃO
Área
(m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
1000 178,40 892,00 2210,00 5974,00 50320,00
4000 178,40 892,00 2210,00 5974,00 50320,00
8000 178,40 995,00 2210,00 7648,00 50320,00
15 000 178,40 995,00 2210,00 7648,00 50320,00
20 000 178,40 995,00 2210,00 7648,00 50320,00
30 000 178,40 995,00 2635,00 9252,00 50320,00
O custo da energia consumida por ano em kWh é dado
por:
Onde:
é a potência absorvida pela bomba (Tabela 4), em kW;
Ce é o custo da energia elétrica, em R$/kWh.
Logo, o custo de operação total é o valor presente do
custo anual da energia elétrica, que é dado por:
Onde:
i é a taxa de juros ao ano;
n é o tempo em anos.
Neste caso considerou-se juros de 10% a.a. e o tempo de
25 anos, que é o tempo de vida útil de um sistema
fotovoltaico. Além disso, considerou-se o preço da
energia elétrica de 0,80 R$/kWh. Logo, usando a
equação (7) e (8) tem-se o custo total de operação para o
sistema de bombeamento alimentado pela energia elétrica
da concessionária de acordo com a Tabela 7.
A Tabela 8 apresenta o custo total do sistema de irrigação
com bombas alimentadas pela rede elétrica da
concessionária, dado pela soma do custo de aquisição e
custo de operação.
TABELA 7 – CUSTO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA DE BOMBEAMENTO
ALIMENTADO PELA REDE ELÉTRICA PARA IRRIGAÇÃO
Área
(m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
1000 703,34 983,43 1207,51 1811,26 4294,74
4000 2813,36 3933,73 4830,02 7245,03 17178,95
8000 5409,63 8114,44 8114,44 13328,87 26992,36
15 000 10143,05 15214,57 15214,57 24991,63 50610,67
20 000 13524,06 20286,10 20286,10 33322,18 67480,89
30 000 21735,10 21735,10 28531,99 51536,84 72300,96
5
TABELA 8 – CUSTO TOTAL DO SISTEMA DE BOMBEAMENTO
ALIMENTADO PELA REDE ELÉTRICA PARA IRRIGAÇÃO
Área
(m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
1000 881,74 1875,43 3417,51 7785,26 54614,74
4000 2991,76 4825,73 7040,02 13219,03 67498,95
8000 5588,03 9109,44 10324,44 20976,87 77312,36
15 000 10321,45 16209,57 17424,57 32639,63 100930,67
20 000 13702,46 21281,10 22496,10 40970,18 117800,89
30 000 21913,50 22730,10 31166,99 60788,84 122620,96
B – Consumo residencial
No consumo residencial, considerou-se que cada pessoa
consome cerca de 150 litros de água por dia. Então,
considerando o armazenamento de água em reservatório
elevado para 2 dias de consumo e utilizando valores
comerciais de caixas de água, obteve-se demanda diária
de água de acordo com a quantidade de pessoas,
conforme a Tabela 9.
Utilizando a equação (4) e considerando o tempo de
funcionamento da motobomba de 30 minutos (0,5 hora),
obteve-se a vazão necessária para suprir a demanda diária
de água.
Então, adotando altura de sucção de 3 metros e altura de
recalque de 7 metros e utilizando as equações (1), (2) e
(3), estimou-se a potência da bomba em função da
distância entre bomba de água e o ponto de consumo e da
quantidade de pessoas, resultando nos valores de potência
em cv da Tabela 10.
TABELA 9 – DEMANDA DE ÁGUA PARA CONSUMO RESIDENCIAL
Nº pessoas
Consumo
diario
(m³)
Caixa de
agua (m³)
Tempo
(horas)
Vazão
(m³/h)
2 0,3 0,75 0,5 1,5
3 0,45 1 0,5 2
4 0,6 1,5 0,5 3
5 0,75 1,5 0,5 3
6 0,9 2 0,5 4
7 1,05 2 0,5 4
8 1,2 2,5 0,5 5
9 1,35 3 0,5 6
10 1,5 3 0,5 6
TABELA 10 – POTÊNCIA DAS BOMBAS PARA CONSUMO
RESIDENCIAL
Nº
Pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(cv)
2 1/6 1/4 1/3 1/2 1,0
3 1/4 1/4 1/3 1/2 3/4
4 1/3 1/2 1/2 1/2 3/4
5 1/3 1/2 1/2 1/2 3/4
6 1/2 1/2 3/4 1,0 1,5
7 1/2 1/2 3/4 1,0 1,5
8 3/4 3/4 1,0 1,5 3,0
9 3/4 1,0 1,5 2,0 4,0
10 3/4 1,0 1,5 2,0 4,0
Para ao dimensionamento da fiação considerou-se
bombas monofásica com tensão de 220 V. A demanda de
potência aparente é dada pela Tabela 4. Então utilizando
os mesmos procedimentos da Subsecção A, dimensionou-
se a seção mínima dos condutores elétricos para atender
os critérios de capacidade de condução de corrente e de
queda de tensão, os eletrodutos e calculou-se os custos de
aquisição, operação e total.
A Tabela 11 apresenta o resultado da seção mínima dos
condutores. E as Tabelas 12, 13 e 14 apresentam os
custos de aquisição, operação e total respectivamente.
TABELA 11 – SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTORES EM SISTEMA DE
BOMBEAMENTO PARA CONSUMO RESIDENCIAL
Nº
Pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(mm²)
2 2,5 2,5 2,5 4,0 16
3 2,5 2,5 2,5 4,0 16
4 2,5 2,5 2,5 4,0 16
5 2,5 2,5 2,5 4,0 16
6 2,5 2,5 2,5 6,0 25
7 2,5 2,5 2,5 6,0 25
8 2,5 2,5 4,0 10 35
9 2,5 2,5 4,0 10 50
10 2,5 2,5 4,0 10 50
TABELA 12 – CUSTO DE AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE
BOMBEAMENTO ALIMENTADO PELA REDE ELÉTRICA PARA
CONSUMO RESIDENCIAL
Nº
Pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
2 178,40 892,00 1784,00 3980,00 14935,00
3 178,40 892,00 1784,00 3980,00 14935,00
4 178,40 892,00 1784,00 3980,00 14935,00
5 178,40 892,00 1784,00 3980,00 14935,00
6 178,40 892,00 1784,00 4420,00 19120,00
7 178,40 892,00 1784,00 4420,00 19120,00
8 178,40 892,00 1990,00 5270,00 23130,00
9 178,40 892,00 1990,00 5270,00 30740,00
10 178,40 892,00 1990,00 5270,00 30740,00
6
TABELA 13 – CUSTO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA DE
BOMBEAMENTO ALIMENTADO PELA REDE ELÉTRICA PARA
CONSUMO RESIDENCIAL
Nº
Pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
2 162,45 243,68 324,91 487,36 974,72
3 243,68 243,68 324,91 487,36 731,04
4 324,91 487,36 487,36 487,36 731,04
5 324,91 487,36 487,36 487,36 731,04
6 487,36 487,36 731,04 974,72 1462,08
7 487,36 487,36 731,04 974,72 1462,08
8 731,04 731,04 974,72 1462,08 2924,16
9 731,04 974,72 1462,08 1949,44 3898,88
10 731,04 974,72 1462,08 1949,44 3898,88
TABELA 14 – CUSTO TOTAL DO SISTEMA DE BOMBEAMENTO
ALIMENTADO PELA REDE ELÉTRICA PARA CONSUMO RESIDENCIAL
Nº
Pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
2 340,85 1135,68 2108,91 4467,36 15909,72
3 422,08 1135,68 2108,91 4467,36 15666,04
4 503,31 1379,36 2271,36 4467,36 15666,04
5 503,31 1379,36 2271,36 4467,36 15666,04
6 665,76 1379,36 2515,04 5394,72 20582,08
7 665,76 1379,36 2515,04 5394,72 20582,08
8 909,44 1623,04 2964,72 6732,08 26054,16
9 909,44 1866,72 3452,08 7219,44 34638,88
10 909,44 1866,72 3452,08 7219,44 34638,88
III.2 – Estimativa de custo do sistema de bombeamento
de água utilizando geração de energia solar fotovoltaica
A – Consumo em irrigação
Da Tabela 3, observa-se que a irrigação demanda bombas
de potência relativamente alta, logo é mais atrativo o uso
de bombas CA com inversores [1]. Então para a
estimativa de custo do sistema de bombeamento de água
utilizando energia solar fotovoltaica, considerou-se um
sistema composto por bombas trifásicas de potências
iguais às da Tabela 3 conectadas ao arranjo fotovoltaico
por um inversor especial para bombas de água trifásico
com potência de 1 cv a 10 cv. A Tabela 15 apresenta os
inversores e seu respectivos preços [10].
TABELA 15 – CUSTO DOS INVERSORES ESPECIAIS PARA BOMBAS
Potência (cv) Preço (R$)
1,0 2500,00
2,0 2900,00
3,0 3100,00
5,5 4500,00
7,5 5100,00
10 6800,00
Dessa forma, a potência dos inversores deve ser igual ou
maior que a potência da bomba. Considerou-se ainda que
estes inversores permitem o funcionamento da bomba
durante todo o dia, mesmo com a variação da radiação
solar. Então, o arranjo fotovoltaico é estimado em função
da energia consumida pela bomba em um dia para
fornecer a demanda de água diária. Logo, a energia diária
consumida em kWh é dada por:
Onde:
é a potência absorvida pela bomba (Tabela 4), em kW;
T é o tempo de funcionamento da bomba para atender a
demanda diária de água (Tabela 2), em horas.
No Brasil, a posição ideal dos painéis fotovoltaicos é
voltada para o Norte. Além disso, tem-se melhor
aproveitamento da energia solar durante o ano quando o
painel tem a inclinação igual a Latitude do local [1].
Logo, para a cidade de Itajubá – MG, considerou-se os
painéis fotovoltaicos instalados com inclinação de 22º
(Latitude de Itajubá) e orientados para o Norte. Para essa
condição, o valor médio anual de radiação solar é de 5,62
kWh/m²/dia [11]. Logo, tem-se que a potência pico do
sistema fotovoltaico necessária é:
Onde:
é a potência pico do sistema fotovoltaico, em Wp;
HSP é o valor médio anual de radiação solar, em
kWh/m²/dia.
Logo, a quantidade de painéis fotovoltaicos necessário
para atender o sistema é:
Onde:
é a potência pico nominal do módulo fotovoltaico.
A Tabela 16 apresenta a potência pico de alguns painéis e
seus respectivos preços [12].
Então, utilizando as equações (9), (10) e (11) e os painéis
da Tabela 16, estima-se tamanho do arranjo fotovoltaico
em Wp para atender a demanda diária de água. Este
resultado está na Tabela 17.
TABELA 16 – PAINÉIS FOTOVOLTAICOS UTILIZADOS NO
BOMBEAMENTO FOTOVOLTAICO PARA IRRIGAÇÃO
Painel (Wp) Preço (R$)
85 429,00
150 599,00
260 759,00
315 939,00
7
TABELA 17 – POTÊNCIA DO ARRANJO FOTOVOLTAICO DO SISTEMA
DE BOMBEAMENTO PARA IRRIGAÇÃO
Área
(m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(Wp)
1000 85 85 85 150 315
4000 260 315 630 630 1260
8000 630 630 630 945 1890
15 000 945 1260 1260 1890 3465
20 000 945 1575 1575 2520 4725
30 000 1575 1575 2205 3465 5040
A Tabela 18 contém o custo total do sistema dado pela
soma do custo do inversor utilizado com o custo do
arranjo fotovoltaico.
TABELA 18 – CUSTO TOTAL DO SISTEMA FOTOVOLTAICO NO
BOMBEAMENTO PARA IRRIGAÇÃO
Área
(m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
1000 2929,00 3329,00 3329,00 3699,00 6039,00
4000 3259,00 3839,00 4778,00 4978,00 8856,00
8000 4778,00 4978,00 4978,00 7317,00 12434,00
15 000 5717,00 6856,00 6856,00 10134,00 17129,00
20 000 5717,00 7795,00 7795,00 12012,00 20885,00
30 000 7795,00 7795,00 11073,00 15429,00 21824,00
B – Consumo residencial
Observa-se na Tabela 10 que para consumo residencial
não tem bombas de grandes potências. Visto que para
potências menores o sistema com bomba de corrente
contínua é atrativo [1], não se considerou neste caso o
dimensionamento fotovoltaico com uso de inversor.
Para o dimensionamento de um sistema de bombeamento
utilizando uma bomba de corrente contínua conectada
diretamente ao arranjo fotovoltaico, usou-se a bomba
Shurflo solar modelo 2088-443-144 que é uma bomba
pressurizadora de superfície com bombeamento por
diafragmas e com tensão de 12 Vcc [13].
Neste caso, a vazão da bomba varia ao longo do dia, de
acordo com a radiação solar, ou seja, a vazão é máxima
quando a radiação solar é máxima. Entretanto para
estimar o sistema fotovoltaico, estima-se o tempo
necessário de funcionamento da bomba na vazão máxima
para atender a demanda diária. E então a partir da energia
consumida pela bomba, estima-se a potência pico do
arranjo fotovoltaico.
A vazão máxima que a bomba fornece e a respectiva
corrente varia de acordo com a altura manométrica. A
Tabela 19 apresenta valores de vazão máxima e corrente
da bomba para algumas alturas manométricas [13].
TABELA 19 – VAZÃO E CORRENTE DA BOMBA EM CC EM FUNÇÃO
DA ALTURA MANOMÉTRICA
Altura manométrica
(m)
Vazão
(m³/h)
Corrente
(A)
0 0,792 5,3
7,0 0,642 5,8
14,0 0,582 7,0
21,1 0,522 8,0
28,1 0,456 9,1
35,2 0,396 9,9
Neste caso também se utilizou a equação (2) para calcular
a altura manométrica. Considerou-se a altura de recalque
de 7 metros e não considerou-se altura de sucção, visto
que utilizou-se um bomba de superfície flutuante.
Com os dados da Tabela 19, foi possível estimar
equações que fornecem a vazão e a corrente em função da
altura manométrica. Então, calculou-se a vazão máxima
da bomba e a corrente para as distâncias entre a bomba e
o ponto de consumo, obtendo os valores da Tabela 20
TABELA 20 – VAZÃO E CORRENTE DA BOMBA CC EM FUNÇÃO DA
DISTÂNCIA DA BOMBA
Distância da
bomba (m)
Altura
manométrica
(m)
Vazão
(m³/h)
Corrente
(A)
10 7,6 0,637 6,09
50 8,9 0,626 6,27
100 10,5 0,612 6,49
200 13,6 0,586 6,94
500 23,1 0,505 8,28
Dessa forma, o tempo de funcionamento da bomba para
atender a demanda diária de água da Tabela 9 é calculado
utilizando a equação (4). A Tabela 21 apresenta o tempo
em horas que a bomba deve funcionar considerando a
vazão máxima.
TABELA 21 – TEMPO DE FUNCIONAMENTO DA BOMBA EM VAZÃO
MÁXIMA
Nº Pessoas Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(h)
2 1,18 1,20 1,22 1,28 1,49
3 1,57 1,60 1,63 1,71 1,98
4 2,36 2,40 2,45 2,56 2,97
5 2,36 2,40 2,45 2,56 2,97
6 3,14 3,20 3,27 3,42 3,96
7 3,14 3,20 3,27 3,42 3,96
8 3,93 3,99 4,08 4,27 4,95
9 4,71 4,79 4,90 5,12 5,94
10 4,71 4,79 4,90 5,12 5,94
Então, a energia que a bomba consome em Wh para
atender a demanda diária de água é dada por:
8
Onde:
é a tensão da bomba de 12 Vcc;
I é a corrente da bomba (Tabela 20), em A;
T é o tempo (Tabela 21), em horas.
Então, para calcular o tamanho do sistema fotovoltaico e
o número de placas utiliza-se as equações (10) e (11)
respectivamente. Assim, utilizando as placas da Tabela
22 [14], obtém-se a potência pico em Wp do arranjo
fotovoltaico. A Tabela 23 apresenta os valores de
potência pico e a Tabela 24 contém o preço dos arranjos
fotovoltaicos.
TABELA 22 – PAINÉIS FOTOVOLTAICOS UTILIZADOS NO
BOMBEAMENTO FOTOVOLTAICO PARA CONSUMO RESIDENCIAL
Placa (Wp) Preço (R$)
10 100,00
20 170,00
30 220,00
40 290,00
50 370,00
100 600,00
TABELA 23 – POTÊNCIA DO ARRANJO FOTOVOLTAICO DO SISTEMA
DE BOMBEAMENTO PARA CONSUMO RESIDENCIAL
Nº
Pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(Wp)
2 20 20 20 20 30
3 20 30 30 30 40
4 40 40 40 40 100
5 40 40 40 40 100
6 50 50 50 100 100
7 50 50 50 100 100
8 100 100 100 100 100
9 100 100 100 100 200
10 100 100 100 100 200
TABELA 24 – CUSTO TOTAL DO SISTEMA FOTOVOLTAICO NO
BOMBEAMENTO PARA CONSUMO RESIDENCIAL
Nº
Pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
2 170,00 170,00 170,00 170,00 220,00
3 170,00 220,00 220,00 220,00 290,00
4 290,00 290,00 290,00 290,00 600,00
5 290,00 290,00 290,00 290,00 600,00
6 370,00 370,00 370,00 600,00 600,00
7 370,00 370,00 370,00 600,00 600,00
8 600,00 600,00 600,00 600,00 600,00
9 600,00 600,00 600,00 600,00 1200,00
10 600,00 600,00 600,00 600,00 1200,00
Ao observar a Tabela 23, conclui-se que não é viável o
uso de bomba CC para distância de 500 metros e
consumo de 9 e 10 pessoas, pois a potência pico do
arranjo fotovoltaico necessário para atender a demanda de
água é maior qua a potência máxima da bomba, que é de
120 W, visto que o catalogo do fabricante fornece que a
bomba consome no máximo 10 A e sua tensão é de 12
Vcc.
III.3 – Análise comparativa
Para fazer uma análise comparativa entre os sistemas de
bombeamento de água alimentado pela rede elétrica e o
alimentado por geração fotovoltaica considerou-se a
compra do sistema fotovoltaico. Dessa forma, o custo
total do sistema de bombeamento fotovoltaico é um fluxo
de caixa negativo e o custo total do sistema de
bombeamento alimentado por rede elétrica é um fluxo de
caixa positivo, visto que é uma economia quando se
compra o sistema fotovoltaico. A Tabela 25 apresenta o
resultado desta comparação.
Neste caso, valores negativos significam que
financeiramente não é vantajoso utilizar um sistema de
bombeamento fotovoltaico. Observa-se que para área
irrigada a partir de 8000 m² o sistema fotovoltaico é
economicamente viável independente da distância da
bomba para o ponto de entrega de energia e que para as
áreas menores o sistema fotovoltaico tornou-se viável a
partir de uma distância de 100 m da bomba.
TABELA 25 – COMPARAÇÃO ENTRE OS CUSTOS TOTAIS DO
SISTEMA FOTOVOLTAICO E CONVENCIONAL PARA IRRIGAÇÃO
Área
(m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
1000 -2008,06 -1257,57 54,51 4966,26 44050,74
4000 -228,04 1182,73 2228,02 9121,03 54117,95
8000 849,23 4224,44 5621,44 14015,87 28888,36
15 000 4643,65 9446,57 10843,57 22861,63 47811,67
20 000 8024,66 13579,10 14976,10 29314,18 60925,89
30 000 14157,70 15028,10 20324,99 44111,84 64806,96
Na Tabela 26 observa-se que para o consumo
residencial, o uso bombeamento fotovoltaico com bomba
CC em vez do bombeamento convencional foi
economicamente viável em todas as situações, exceto
para o concumo de 2 pessoas com bomba a uma distância
de 10 m e para os casos de maior demanda em que o uso
da bomba CC não é viável devido à sua baixa potência.
9
TABELA 26 – COMPARAÇÃO ENTRE OS CUSTOS TOTAIS DO
SISTEMA FOTOVOLTAICO E CONVENCIONAL PARA CONSUMO
RESIDENCIAL
Nº
pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
2 -29,15 765,68 1738,91 4097,36 15489,72
3 52,08 715,68 1688,91 4047,36 15176,04
4 13,31 889,36 1781,36 3977,36 14866,04
5 13,31 889,36 1781,36 3977,36 14866,04
6 95,76 809,36 1945,04 4594,72 19782,08
7 95,76 809,36 1945,04 4594,72 19782,08
8 109,44 823,04 2164,72 5932,08 25254,16
9 109,44 1066,72 2652,08 6419,44 33238,88
10 109,44 1066,72 2652,08 6419,44 33238,88
Sabe-se que condições de mercado podem alterar ao
longo do tempo. Logo, comparou-se os custos de
aquisição do sistema de bombeamento de água utilizando
a rede elétrica e do sistema utilizando geração
fotovoltaica, que estão respectivamente nas Tabela 27 e
28. Observa-se que a compra sistema utilizando geração
fotovoltaica é economicamente viável quando a distância
entre a bomba e o ponto de consumo é de 500 m e para a
distância de 200 m, a geração fotovoltaica tem custo
menor para áreas de até 8000 m².
TABELA 27 – CUSTO DE AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE
BOMBEAMENTO ALIMENTADO PELA REDE ELÉTRICA PARA
IRRIGAÇÃO
Área
(m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
1000 178,40 892,00 2210,00 5974,00 50320,00
4000 178,40 892,00 2210,00 5974,00 50320,00
8000 178,40 995,00 2210,00 7648,00 50320,00
15 000 178,40 995,00 2210,00 7648,00 50320,00
20 000 178,40 995,00 2210,00 7648,00 50320,00
30 000 178,40 995,00 2635,00 9252,00 50320,00
TABELA 28 – CUSTO DE AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE
BOMBEAMENTO ALIMENTADO POR GERAÇÃO FOTOVOLTAICA PARA
IRRIGAÇÃO
Área
(m²)
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
1000 2929,00 3329,00 3329,00 3699,00 6039,00
4000 3259,00 3839,00 4778,00 4978,00 8856,00
8000 4778,00 4978,00 4978,00 7317,00 12434,00
15 000 5717,00 6856,00 6856,00 10134,00 17129,00
20 000 5717,00 7795,00 7795,00 12012,00 20885,00
30 000 7795,00 7795,00 11073,00 15429,00 21824,00
As Tabelas 29 e 30 contém os custos de aquisição do
sistema alimentado pela rede elétrica e do sistema
alimentado por geração fotovoltaica, respectivamente.
Observa-se que para o consumo residencial o custo de um
sistema de bombeamento de água utlizando geração
fotovoltaica é menor a partir de distâncias de 50 m entre a
bomba e o ponto de consumo.
TABELA 29 – CUSTO DE AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE
BOMBEAMENTO ALIMENTADO PELA REDE ELÉTRICA PARA
CONSUMO RESIDENCIAL
Nº
Pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
2 178,40 892,00 1784,00 3980,00 14935,00
3 178,40 892,00 1784,00 3980,00 14935,00
4 178,40 892,00 1784,00 3980,00 14935,00
5 178,40 892,00 1784,00 3980,00 14935,00
6 178,40 892,00 1784,00 4420,00 19120,00
7 178,40 892,00 1784,00 4420,00 19120,00
8 178,40 892,00 1990,00 5270,00 23130,00
9 178,40 892,00 1990,00 5270,00 30740,00
10 178,40 892,00 1990,00 5270,00 30740,00
TABELA 30 – CUSTO DE AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE
BOMBEAMENTO ALIMENTADO POR GERAÇÃO FOTOVOLTAICA PARA
CONSUMO RESIDENCIAL
Nº
Pessoas
Distância da bomba (m)
10 50 100 200 500
(R$)
2 170,00 170,00 170,00 170,00 220,00
3 170,00 220,00 220,00 220,00 290,00
4 290,00 290,00 290,00 290,00 600,00
5 290,00 290,00 290,00 290,00 600,00
6 370,00 370,00 370,00 600,00 600,00
7 370,00 370,00 370,00 600,00 600,00
8 600,00 600,00 600,00 600,00 600,00
9 600,00 600,00 600,00 600,00 1200,00
10 600,00 600,00 600,00 600,00 1200,00
IV. CONCLUSÃO
O sistema de bombeamento utilizando geração
fotovoltaica mostrou-se atrativo principalmente para
pequenas potências, onde há a possibilidade de usar
bomba CC diretamente acoplada aos painéis
fotovoltaicos. E para a irrigação o sistema fotovoltaico
foi atrativo na maioria dos casos.
Este estudo preliminar pode ser usado como referência
para determinar os parâmetros em que é atrativo fazer um
estudo mais detalhado de um projeto de bombeamento
fotovoltaico. Além disso, os parâmetros analisados são
simples de serem estimados, de forma que não se
constitui um processo muito complicado o de verificar a
viabilidade de se adquirir um sistema de bombeamento
com geração fotovoltaica.
10
Esse tipo de sistema pode melhorar a vida de muitas
pessoas que ainda não tem acesso à rede elétrica ou que
moram em locais em que o fornecimento de água é
escasso. E na agricultura estes sistemas de bombeamento
podem tornar viável o cultivo de algumas culturas em
regiões em que não seria possível o cultivo sem irrigação.
Em um estudo mais detalhado de um projeto de sistema
de bombeamento de água fotovoltaico, sugere-se fazer a
correção de potência pico dos painéis fotovoltaicos para a
temperatura média local, pois a potência fornecida pelo
catálogo do fabricante é para operação dos painéis a 25ºC
e para temperaturas maiores a potência pico fornecida
pelo painel é menor. Sugere-se ainda fazer uma análise
para cada mês do ano, utilizando a radiação solar média
mensal para verificar se em todos os meses do ano a
demanda de água será atendida. Além disso, deve-se
considerar que a demanda hídrica de uma plantação
depende das características climáticas da região e varia
durante o ano, de acordo com sua fase de crescimento.
Ressalta-se que este estudo considerou condições atuais
de mercado que podem se alterar ao longo do tempo de
forma que um ou outro sistema passem a ser mais ou
menos atrativo para uma aplicação específica.
REFERÊNCIAS
[1] L.R.V. Morales, “Utilização de Sistemas
Fotovoltaicos de Bombeamento para Irrigação em
Pequenas Propriedades Rurais”, 2011, Dissertação
(Mestrado – Programa de Pós-Graduação em
Energia), Universidade de São Paulo, São Paulo,
2011.
[2] Norma Brasileira ABNT NBR 5410:2004,
“Instalações elétricas de baixa tensão”.
[3] P.H.M.G. Costa, “O Balanço Hídrico como
Ferramenta de Apoio a Tomada de Decisão na
Gestão dos Recursos Hídricos”, Produção Científica
do Projeto Macacu, 2009.
[4] D.A.P. de Sá, “Sistemas Fotovoltaicos para
bombeamento de Água”, Trabalho Final de
Graduação em Engenharia Elétrica, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
[5] Tabela para seleção de bombas e motobombas.
Disponível em:
http://www.schneider.ind.br/media/205035/tabela-
2016-b-internet.pdf.
Acesso em 13 de Setembro de 2016.
[6] Catálogos de fabricante. Disponível em:
http://www.schneider.ind.br/produtos/#produtos.
Acesso em 2 de outubro de 2016.
[7] Norma de Distribuição Cemig, “Norma técnica ND-
5.1”. Disponível em: http://www.cemig.com.br/pt-
br/atendimento/Clientes/Documents/Normas%20T%
C3%A9cnicas/nd5_1_000001p.pdf.
Acesso em 30 de Outubro de 2016.
[8] G. Cavalin e S. Cervelin, “Instalações Elétricas
Prediais”, Ed. Érica, 2011.
[9] Preço SETOP, “Planilha Referencial de Preços
Unitários para Obras de edificação e infraestrutura”.
Junho de 2016.
[10] Água Solar. Disponível em:
http://www.aguasolar.com.br//produto/inversor/21.
Acesso em 10 de Outubro de 2016.
[11] Solar and Wind Energy Resource Assessment –
SWERA. Disponível em:
https://maps.nrel.gov/swera/#/?aL=0&bL=groad&cE
=0&lR=0&mC=40.21244%2C-91.625976&zL=4.
Acesso em 16 de Outubro de 2016.
[12] Loja Virtual Minha Casa Solar. Disponível em:
http://www.minhacasasolar.com.br/painel-solar-
fotovoltaico.
Acesso em 20 de Outubro de 2016.
[13] Catalogo de Fabricante. Disponível em:
http://minhacasasolar.hospedagemdesites.ws/Manuai
s_ficha_tecnicas/Ficha%20t%C3%A9cnica%20Shurf
lo%20Pentair%202088-443-
144%20em%20portugu%C3%AAs.pdf.
Acesso em 20 de Outubro de 2016.
[14] Loja Virtual Americanas. Disponível em:
http://www.americanas.com.br/busca/?conteudo=pai
nel%20solar.
Acesso em 10 de Outubro de 2016.
BIOGRAFIA:
Pâmela Santiago Leitão Nasceu em Porto Velho (RO), em 1991.
Ingressou na Universidade Federal de
Itajubá em 2011. É estagiária na
Diretoria de Obras da Unifei.