geologia (1). paulo aguiar

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P P P A A A U U U L L L O O O A A A G G G U U U I I I A A A R R R G G G E E E O O O L L L O O O G G G I I I A A A N O Ç Ã O D E G E O L O G I A O U N I V E R S O A T E R R A C O M O P L A N E T A E S T R U T U R A I N T E R N A D A T E R R A S I S M O S O U T E R R A M O T O S

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Page 1: Geologia (1). Paulo Aguiar

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AAAA TTTTEEEERRRRRRRRAAAA CCCCOOOOMMMMOOOO PPPPLLLLAAAANNNNEEEETTTTAAAA EEEESSSSTTTTRRRRUUUUTTTTUUUURRRRAAAA IIIINNNNTTTTEEEERRRRNNNNAAAA DDDDAAAA TTTTEEEERRRRRRRRAAAA

SSSSIIIISSSSMMMMOOOOSSSS OOOOUUUU TTTTEEEERRRRRRRRAAAAMMMMOOOOTTTTOOOOSSSS

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ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE

A GEOLOGIA ………………………………………………………………….………………………………..……………. 3

O Universo

Origem do Universo

Galáxias

Via Láctea

A TERRA COMO PLANETA ………………………………….………………………………………………. 6

Formação do sistema solar

Provável origem do Sol e dos planetas

Planetas, asteróides e cometas

A formação da Terra

Forma, tamanho, peso e densidade da terra.

Métodos de investigação da Terra

Métodos directos

Métodos indirectos

ESTRUTURA INTERNA DA GEOSFERA …..…………………………………………………. 21

Modelo segundo a composição

Modelo segundo as propriedades físicas

SISMOLOGIA …………………….………………………………………………………………………….……………… 26

Causas dos Sismos

Efeitos dos Sismos – Ondas Sísmicas

Intensidade Sísmica e Magnitude

Distribuição Geográfica dos Sismos e Tectónica de Placas

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A GEOLOGIAA GEOLOGIAA GEOLOGIAA GEOLOGIA

GeologiaGeologiaGeologiaGeologia = É a ciência da terra, de seu arcabouço, de sua composição, de seus processos internos e externos e de sua evolução.

O campo de actividade da Geologia é, por conseguinte, a porção da terra constituída de rochas que, por sua vez, são as fontes de informações. Entretanto, a formação das rochas de um conjunto de factores físicos, químicos, donde os interesses se entrecruzarem repetidamente.

É objecto da Geologia Geral o estudo dos agentes de formação e transformação das rochas, da composição e disposição das rochas na crosta terrestre. Dentre as disciplinas englobadas na Geologia, destacam-se:

• Estratigrafia (estudo da sucessão das rochas, sobretudo sedimentares, utilizando dados sedimentológicos, paleontológicos, geoquímicos, etc., com vertentes de índole cronológica e paleogeográfica).

• Mineralogia (estudo dos minerais, sobretudo com base na Cristalografia e na

composição química).

• Petrologia (estudo das rochas e sua composição mineralógica e química).

• Paleontologia (estudo da Vida e sua Evolução em tempos idos, através de

vestígios - os fósseis - conservados nas rochas; Paleobotânica, Paleozoologia, Micropaleontologia, Paleoecologia são disciplinas nela contidas ou intimamente relacionadas; tem papel muito importante em Estratigrafia).

• Geologia estrutural (termo quase sinónimo de tectónica; é o estudo da deformação das rochas, em escala centimétrica (microtectónica), regional (geologia estrutural) e mundial (tectónica global).

• Geoquímica estudo do comportamento químico dos elementos, tanto nas

rochas como nas águas e na atmosfera).

• Hidrogeologia (trata da circulação das águas no subsolo, da procura de aquíferos, captações, etc.).

• Geologia Aplicada (designação abrangente, incluindo, entre outros aspectos, a

pesquisa de minérios, petróleo, carvão, etc.).

• Geologia de Engenharia (estudos relacionados, no geral, com a Engenharia Civil, em conexão com a Mecânica dos Solos e a Mecânica das Rochas, nomeadamente).

• Geologia Ambiental (estudo das componentes geológicas dos estudos

ambientais nos seus diversos aspectos - preservação de património geológico, impacte de explorações (rochas, minérios, combustíveis fósseis, etc.) e recuperação, riscos geológicos, etc.).

• Geomorfologia (estudo do relevo, sua evolução e processos correlativos).

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O UNIVERSO O UNIVERSO O UNIVERSO O UNIVERSO

Quando olhamos o céu numa noite sem nuvens, podemos perceber inúmeros pontos luminosos. Essas "luzíeis" são chamadas astros ou corpos celestesastros ou corpos celestesastros ou corpos celestesastros ou corpos celestes.

A maior parte dos astros que vemos possui luz e calor próprios. São as eeeestrelasstrelasstrelasstrelas.

Os astros que não possuem luz própria – os planetas, os satélites, os asteróides e os cometas – também podem ser vistos, pois reflectem a luz das estrelas.

Todos esses corpos celestes e muitos outros que não podemos ver formam um imenso conjunto: o universoo universoo universoo universo, ou seja o conjunto de toda a matéria e energia existente no cosmos.

Origem do UniversoOrigem do UniversoOrigem do UniversoOrigem do Universo No passado muito distante, há biliões de anos, o Universo estava todo comprimido, ocupando um espaço muito pequeno, em relação ao espaço que ocupa actualmente. Ocorreu, então, uma enorme explosão, conhecida por BIG-BANG. Essa explosão deve ter ocorrido há aproximadamente 15 biliões de anos e causou uma expansão muito grande do Universo. A matéria, arremessada violentamente ao espaço, foi-se concentrando em numerosas aglomerações de estrelas e outros corpos celestes, as GALÁXIAS. Uma das galáxias é a VIA LÁCTEA, onde está o SISTEMA SOLAR, que tem como centro o Sol, ao redor do qual giram os planetas e outros corpos celestes. Um desses planetas é a Terra, planeta onde vivemos e que é habitado também por numerosos outros seres vivos.

A parte visível do Universo é constituída por mais de 1000 milhões de Galáxias separadas entre si por grandes distâncias.

GALÁXIASGALÁXIASGALÁXIASGALÁXIAS

Uma galáxia é uma enorme massa de estrelas (tal como nebulosas e matéria interestelar - hidrogénio atómico, hidrogénio molecular, moléculas compostas de hidrogénio, nitrogénio, carbono e silício, entre outros elementos, além de raios cósmicos) todas interagindo gravitacionalmente e orbitando ao redor de um centro comum. As menores contêm cerca de 100 estrelas, enquanto as maiores contêm 3 triliões delas. Existem três principais tipos de galáxias, classificadas de acordo com a sua forma:

• ElípticaElípticaElípticaElíptica, que possui uma forma oval com um núcleo brilhante. Elas elípticas têm urna grande variedade de tamanhos, desde gigantes a anãs;

• EspiralEspiralEspiralEspiral, têm a forma de discos achatados;

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• e irregularirregularirregularirregulares, que não possuem nenhuma forma definida. VIA LÁCTEA Via láctea é nome da nossa Galáxia.

Ela é um enorme disco achatado, ou um agregado de estrelas que incluem o Sol e seu sistema solar. Tem um diâmetro de 80.000 anos-luz, e uma espessura de 6.000 anos-luz, possuindo uma auréola envolvente com diâmetro de 100000 anos-luz. Calculado possuir cerca de 100000 milhões de massas solares. Este disco roda a uma velocidade de cerca de 250 km/seg. Seu nome é derivado de seu aspecto como uma faixa luminosa cujo alongamento pode ser visto à noite pelo céu (conforme mostra a figura). A AndromedaAndromedaAndromedaAndromeda, é uma galáxia espiral semelhante à nossa, entretanto um pouco maior. É a Galáxia mais próxima da Via Láctea. Ambas são os membros dominantes da associação de galáxias denominada Grupo LocalGrupo LocalGrupo LocalGrupo Local que por sua vez é uma parte periférica do Agrupamento Agrupamento Agrupamento Agrupamento de Virgode Virgode Virgode Virgo que inclui milhares de galáxias.

Espiral Espiral barrada

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A TERRA COMO PLANETAA TERRA COMO PLANETAA TERRA COMO PLANETAA TERRA COMO PLANETA A Terra tem características muito especiais e únicas relativamente aos restantes planetas do sistema solar, no que se refere à massa que possui e também à distância a que se encontra do Sol.

Massa da Massa da Massa da Massa da TerraTerraTerraTerra – influencia: • a energia interna do planeta e, por consequência, a sua actividade geológica,

que se manifesta por sismos e vulcões; • a força gravítica, que permite conservar uma atmosfera na sua parte externa.

Distância da Terra ao SolDistância da Terra ao SolDistância da Terra ao SolDistância da Terra ao Sol – influencia: • o estabelecimento de uma temperatura equilibrada; • a formação e a manutenção da água no estado líquido.

São estas características que têm permitido a existência de uma grande diversidade de seres vivos.

Formação do sistema solarFormação do sistema solarFormação do sistema solarFormação do sistema solar O sistema solar é constituído pelo Sol e por todos os corpos que gravitam em torno dele, isto é, planetas, asteróides e cometas. O SolSolSolSol faz parte de uma galáxia denominada Via LácteaVia LácteaVia LácteaVia Láctea, que possui centenas de milhares de milhão de estrelas. No interior da imensa espiral de estrelas de forma discóide que constitui a Via Láctea, o Sol, apesar de o seu raio ser próximo dos 700000 km, não passa de uma estrela muito modesta, pelo seu tamanho e brilho. Ele ocupa uma posição excêntrica num

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braço da espiral, sendo a distância ao centro da galáxia cerca de 27 000 anos-luz. Do sistema solar fazem ainda parte nove planetas principais, cerca de 60 satélites naturais, centenas de cometas e vários milhares de asteróides.

Provável origem do Sol e dos planProvável origem do Sol e dos planProvável origem do Sol e dos planProvável origem do Sol e dos planetasetasetasetas

Hoje considera-se que o SolSolSolSol e os planetas do sistema solar evoluíram pelos mesmos processos e ao mesmo tempo, há cerca de 4600M.a.

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Durante centenas de anos foram elaboradas teorias que procuravam explicar os factos então conhecidos. A medida que novos factos eram conhecidos as teorias iam sendo reformuladas.

Nos últimos anos, os astrónomos têm voltado à teoria nebular com certos ajustes.

Teoria nebular reformulada Teoria nebular reformulada Teoria nebular reformulada Teoria nebular reformulada - segundo esta teoria, no enorme espaço que separa as diferentes estrelas da nossa galáxia havia uma nébula formada por gases e uma poeira muito difusa que teria sido o ponto de partida para a génese do sistema solar.

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A nébula ter-se-ia contraído graças à existência de forças de atracção gravítica sobre as diferentes partículas que a constituíam; a contracção provocaria o aumento da sua velocidade de rotação; lentamente a nébula teria começado a arrefecer e a adquirir a forma de disco muito achatado em torno de uma massa de gás densa e luminosa em posição central (que deu origem ao Sol); durante o arrefecimento do disco nebular, verificar-se-ia a condensação dos materiais da nébula em grãos sólidos (que originaram os planetas).

Planetas, asteróides e cometasPlanetas, asteróides e cometasPlanetas, asteróides e cometasPlanetas, asteróides e cometas Os corpos celestes que gravitam em torno do Sol podem ser planetas, asteróides e cometas.

PlanetasPlanetasPlanetasPlanetas

Os planetas do sistema solar agrupam-se em duas categorias:

Planetas principaisPlanetas principaisPlanetas principaisPlanetas principais - descrevem as suas órbitas directamente em torno do Sol;

Planetas secundáriosPlanetas secundáriosPlanetas secundáriosPlanetas secundários ou satélitessatélitessatélitessatélites - descrevem translações em torno dos planetas principais.

Os planetas principais conhecidos pertencentes ao sistema solar são, por ordem crescente de distância ao Sol: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano. Neptuno e Plutão.

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As características físicas dos planetas permitiu classificá-los em dois grandes grupos – planetas telúricos planetas telúricos planetas telúricos planetas telúricos e planetas longínquos planetas longínquos planetas longínquos planetas longínquos ou gigantes.gigantes.gigantes.gigantes. Os planetas telúricos são assim chamados devido às semelhanças que apresentam com a Terra. Os planetas longínquos situam-se a grande distância do Sol e possuem grandes dimensões.

PLANETAS EXEMPLOS CARACTERÍSTICAS

Telúricos

Mercúrio Vénus Terra Marte

• São essencialmente constituídos por materiais sólidos.

• Apresentam-se estruturados em camadas.

• Parece terem um núcleo metálico.

• A densidade é elevada.

• Têm um diâmetro inferior ou sensivelmente próximo do diâmetro da Terra.

• Foram modificados por impactos que geraram crateras.

• As atmosferas, quando existentes, são pouco extensas relativamente às dimensões dos respectivos planetas.

• Os movimentos de rotação que descrevem são lentos.

• Possuem poucos satélites e, em alguns casos, não possuem mesmo nenhum.

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Gigantes

Júpiter Saturno Urano Neptuno

• Possuem diâmetros bastante superiores aos dos planetas telúricos.

• Têm baixa densidade.

• São essencialmente formados por gases.

• Possuem um pequeno núcleo.

• Movem-se com maior velocidade.

• Têm, na generalidade, inúmeros satélites.

Plutão está muito distante e apresenta pequenas dimensões, havendo ainda muitas dúvidas relativamente às suas características. Apesar de ser o planeta do sistema solar mais longínquo, geologicamente parece ser mais semelhante aos planetas telúricos.

SednaSednaSednaSedna

Cientistas da NASA e do Caltech -Instituto de Tecnologia da Califórnia divulgaram, muito recentemente, a descoberta de um novo planeta na órbita do Sol. O planeta, chamado de Sedna, é três vezes mais distante da Terra do que Plutão, tornando-o o mais distante objecto conhecido do Sistema Solar. Actualmente, Sedna está a 13 biliões de quilómetros da Terra. Segundo os pesquisadores, talvez o planetóide possa ter até uma fina atmosfera. Outras características de Sedna incluem seu tamanho e cor avermelhada; é o segundo objecto mais vermelho do Sistema Solar depois de Marte. Com um tamanho estimado de 75% de Plutão. A distância, durante sua órbita pelo Sol é de 10.500 anos.

A órbita de Sedna é extremamente elíptica

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AsteróidesAsteróidesAsteróidesAsteróides

Os asteróides são corpos de pequenas dimensões,

não atingindo, os maiores, 1000 km de diâmetro. Mas

mais de 50 000 dos asteróides observados têm apenas

1 km de diâmetro. Os asteróides de maiores

dimensões são corpos diferenciados em camadas. Os

menores são corpos não diferenciados e alguns têm

dimensões de pequenos grãos de areia. Os asteróides, geralmente, movem-se entre a órbita de Marte e de Júpiter, constituindo a chamada cintura de asteróides. Há, contudo, alguns cujas órbitas são muito excêntricas, intersectando a órbita de outros planetas e podendo mesmo atingir a superfície desses planetas.

Grande parte das crateras de impacto da Lua e da

Terra foram, provavelmente, causadas por colisões

com asteróides. CometasCometasCometasCometas Os cometas são corpos com

órbitas geralmente muito

excêntricas relativamente ao

Sol. Pensa-se que, devido à

influência perturbadora dos

planetas, os cometas teriam

sido desviados das suas

órbitas iniciais. Todos eles

são, no entanto, corpos do

sistema solar, podendo ser

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considerados os corpos mais primitivos desse sistema.

Um dos cometas mais conhecidos é o cometa Halley, que tem período de 76 anos.

Em 1997 foi visível da Terra, durante alguns meses, o cometa Hale-Bopp, que só

voltará a ser visível daqui acerca de 2500anos. O Hale-Bopp é um dos maiores

cometas jamais observados.

Os cometas apenas se tornam visíveis quando se aproximam do Sol.

MeteoróidesMeteoróidesMeteoróidesMeteoróides

Desde os tempos remotos da Antiguidade que os homens observam a estranha queda

de “pedras” vindas do Espaço que, estriando o céu de vivas cores e luzes, chocam

com o solo, partindo-se em mil bocados e cavando depressões chamadas crateras de

impacto. Estes corpos de dimensões variáveis vindos do Espaço, que se tornam

incandescentes ao atravessarem a atmosfera, têm o nome de meteoróides.

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A maioria dos meteoróides são partículas que se vaporizam ao penetrarem na atmosfera, deixando apenas um rasto luminoso chamado meteorometeorometeorometeoro. Por vezes os meteoróides são tão grandes que, ainda que parcialmente vaporizados, conseguem atingir a superfície da Terra denominando-se então por meteoritosmeteoritosmeteoritosmeteoritos. AnoAnoAnoAno----luzluzluzluz O tamanho do Universo é tão grande que a distância entre os corpos celestes é calculada com a velocidade da luz. Um raio de luz percorre aproximadamente 300.000 quilómetros em um segundo. Em um ano, ele atravessa perto de 10 triliões de quilómetros.

Esta unidade de comprimento, ou seja, a distância que a luz percorre em um ano, chama-se anoanoanoano----luz.luz.luz.luz. Para você ter uma ideia, se fosse possível viajarmos à velocidade da luz, demoraríamos quatro anos para alcançar Alfa-Centauro, a estrela mais próxima do Sol.

Essa distância enorme faz com que, vistas aqui da Terra, as estrelas pareçam fixas no céu. Na verdade elas possuem movimentos como qualquer astro.

A formação da TerraA formação da TerraA formação da TerraA formação da Terra

Quando se formou, a terra era constituída por um material pastoso devido às altas temperaturas

Pouco a pouco a terra começou a esfriar e sua superfície endurecia lentamente, formando blocos de rochas muito finos. Isso durou alguns biliões de anos.

Durante esse processo, muitas vezes essa camada endurecida – a Crosta terrestre – rompia-se pela pressão do material quente, derretido e em constante movimento, existente nas regiões mais interiores do planeta. Então gases e vapore, inclusive vapor de água, eram liberados para o exterior.

A água estava presente desde o princípio. Os gases e os vapores elevavam-se a grandes alturas, formando imensas nuvens que envolviam e escureciam o planeta. Assim deve ter sido a Atmosfera primitiva.

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Por muito tempo a superfície do planeta era tão quente que, quando uma gota de água caía, se transformava imediatamente em vapor. Porém essa "chuva" ajudou a baixar o calor das rochas e apressou o seu resfriamento.

Chegou um momento em que as gotas de água que caíam das nuvens não mais retornavam sob a de vapor, mas permaneciam na forma de água no estado líquido. Assim começou o acúmulo de água nas depressões da crosta, que iriam forma os mares e os oceanos.

Essa hidrosfera primitiva possivelmente tinha uma constituição diferente da actual, o que deve ter possibilitado o aparecimento da vida em nosso planeta.

A partir do momento em que surgiram os organismos vivos – há mais ou menos 3 milhões de anos –, as condições da Terra começaram a sofrer modificações contínuas até adquirir o aspecto e a composição actual.

Forma, tamanho, peso e densidade da terra.Forma, tamanho, peso e densidade da terra.Forma, tamanho, peso e densidade da terra.Forma, tamanho, peso e densidade da terra.

A terra é um esferóide achatado nos pólos e dilatados no equador.

Considerando que um circuito tem 360 graus, e cada grau ao longo de seu meridiano equivale a uma distância de 111 km, conclui-se que a circunferência da terra é dea circunferência da terra é dea circunferência da terra é dea circunferência da terra é de 360 vezes 111 km, ou seja, aproximadamente 40.000 aproximadamente 40.000 aproximadamente 40.000 aproximadamente 40.000 kmkmkmkm. A Terra tem um diâmetro de A Terra tem um diâmetro de A Terra tem um diâmetro de A Terra tem um diâmetro de aproximadamente 12.700 aproximadamente 12.700 aproximadamente 12.700 aproximadamente 12.700 kmkmkmkm, seu volume corresponde a aproximadameseu volume corresponde a aproximadameseu volume corresponde a aproximadameseu volume corresponde a aproximadamente 1,08 nte 1,08 nte 1,08 nte 1,08 biliõesbiliõesbiliõesbiliões de Km de Km de Km de Km3333, com área equivalente a 150 milhões de Km, com área equivalente a 150 milhões de Km, com área equivalente a 150 milhões de Km, com área equivalente a 150 milhões de Km2222....

A massa ou peso é calculada mediante a lei da gravitação de Newton. Com um par de escalas sensíveis e a balança de Eátvos, os físicos podem comparar a atracção da terra com a de uma bola de chumbo ou de quartzo de peso equivalente conhecido. O O O O peso da terrapeso da terrapeso da terrapeso da terra por este método é de aproximadamente 5,6 sextilhõesde aproximadamente 5,6 sextilhõesde aproximadamente 5,6 sextilhõesde aproximadamente 5,6 sextilhões (ou 5,6 x 1021 toneladas).

A densidade éA densidade éA densidade éA densidade é determinada dividindo-se o peso (massa) pelo volume. Assim chegamos a uma densidade de 5,52de 5,52de 5,52de 5,52, ou seja, 5,5 vezes mais pesada que a água. Se as rochas da superfície têm uma densidade média entre 2,7 e 3,0, o interior da terra deve ser bem mais denso.

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Métodos de investigação da TerraMétodos de investigação da TerraMétodos de investigação da TerraMétodos de investigação da Terra O conhecimento da Terra implica investigações directas baseadas na observação e no

estudo de materiais acessíveis ao Homem e métodos indirectos que fornecem dados

sobre a constituição e as condições de zonas profundas, inacessíveis directamente.

Métodos directosMétodos directosMétodos directosMétodos directos Apesar de toda a tecnologia de que o Homem dispõe na actualidade, o conhecimento directo da Terra está limitado a uma película muito fina. Para esse conhecimento directo contribuem diversas técnicas:

• Observação e estudo directo da superfície visívelObservação e estudo directo da superfície visívelObservação e estudo directo da superfície visívelObservação e estudo directo da superfície visível – permite o conhecimento mais ou menos completo da uma película terrestre.

• Exploração de jazigos minerais efectuada em minas e escavaçõesExploração de jazigos minerais efectuada em minas e escavaçõesExploração de jazigos minerais efectuada em minas e escavaçõesExploração de jazigos minerais efectuada em minas e escavações – fornecem dados directos até maiores profundidade.

• SondagensSondagensSondagensSondagens – os cientistas pensam que o meio mais eficaz de verificarem os seus modelos sobre a estrutura terrestre é abrir furos que, envolvendo técnicas complexas, permitem retirar colunas de rochas relativas a milhões de anos de história e que contam ao geólogo muitos acontecimentos do passado da Terra.

• MagmasMagmasMagmasMagmas e xenólitosxenólitosxenólitosxenólitos – os vulcões lançam para o exterior materiais oriundos de profundidades que podem atingir de 100 a 150 km ou mesmo mais.

Estudando as características dos magmas, os cientistas Inferem das condições do ambiente em que foram gerados, isto é, as condições de temperatura, de pressão e de composição do manto. O magma, na sua ascensão, arranca fragmentos das rochas encaixantes. Esses fragmentos chamados xenólitosxenólitosxenólitosxenólitos, são muitas vezes fragmentos do manto terrestre que fornecem dados para conhecimento directo dessa zona da Terra. Apesar das alterações que o magma pode experimentar ao longo do percurso, o seu estudo fornece informações importantes sobre zonas profundas da Terra, embora se limitem ainda a uma pequena espessura do Globo.

Métodos indirectosMétodos indirectosMétodos indirectosMétodos indirectos Sendo o conhecimento directo da Terra possível apenas numa zona restrita, os geocientistas procuram outras informações, recorrendo a tecnologia diversa que colhe e analisa dados indirectos sobre as condições e a constituição da Terra inacessível. É um estudo remoto, feito a distância, que implica uma abordagem interdisciplinar.

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Entre as informações indirectas, são de salientar aquelas, que são fornecidas pela planetologia, pela astrogeologia e pelos métodos geofísicos.

PlanetolPlanetolPlanetolPlanetologia e astrogeologiaogia e astrogeologiaogia e astrogeologiaogia e astrogeologia

As técnicas aplicadas no escudo de outros planetas do sistema solar podem ser usadas no estudo da Terra. É possível, por exemplo, determinar indirectamente a massa da Terra aplicando leis físicas. O diâmetro do nosso planeta, calculado metodicamente no passado a partir de medições cuidadosas, é hoje determinado através de satélites. Conhecido o diâmetro possível determinar o volume. A partir do volume e da massa pôde determinar-se a densidade. A astrogeologia aplica princípios e métodos geológicos a um plano muito vasto, que inclui o sistema solar no seu conjunto. Tem fornecido muitas informações que põem à prova os modelos sobre a estrutura do nosso planeta. O estudo dos meteoritos, por exemplo, tem permitido confrontar a natureza e a composição desses meteoritos com as diferentes zonas que se admite constituírem o interior do globo terrestre.

Métodos geofísicosMétodos geofísicosMétodos geofísicosMétodos geofísicos

A geofísica é uma ciência que combina os princípios da física e da matemática com o uso de instrumentos de medição muito precisos para determinar as propriedades físicas da Terra, nomeadamente do seu interior. Dos métodos geofísicos podem destacar-se: a gravimetria; determinação de densidade, o geomagnetismo, a sismologia e o geotermismo.

GravimetriaGravimetriaGravimetriaGravimetria – qualquer corpo situado à superfície da Terra experimenta uma força (FFFF) de atracção para o centro da Terra, que segundo a lei da atracção universal de Newton, é dada pela expressão:

Esta força, chamada força gravítica, varia na razão directa das massas e na razão inversa do quadrado da distância ao centro da Terra. Por exemplo, a força da gravidade que se exerce sobre um avião no ar é menor do que aquela que se exerce quando ele está pousado na pista.

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A força de gravidade pode ser determinada com aparelhos chamados gravímetrosgravímetrosgravímetrosgravímetros.

DeDeDeDensnsnsnsidadeidadeidadeidade – a densidade global da Terra é de cerca de 5,5. As rochas da superfície terrestre são muito menos densas, apresentando uma densidade média de 2,8. Uma ilação a tirar desta constatação é que devem existir materiais de densidade muito superior ao interior do planeta. GeomagnetismoGeomagnetismoGeomagnetismoGeomagnetismo – a Terra tem um campo magnético invisível, mas que faz sentir a sua acção. A existência do campo magnético terrestre não só apoia o modelo actualmente aceite sobre a estrutura do núcleo terrestre, corno também dá informações sobre o passado da Terra. Certas rochas, como o basalto, são ricas em minerais ferromagnéticos. Durante o arrefecimento do magma que as originou formam-se cristais, que crescem nesse magma e que podem ficar magnetizados instantaneamente quando a temperatura desce a abaixo de um certo valor, chamado ponto ponto ponto ponto de Curiede Curiede Curiede Curie.

Relativamente à importância do geomagnetismo, pode então considerar-se que:

• A existência do campo magnético terrestre apoia o modelo sobre a composição

e as características físicas do núcleo terrestre.

• O paleomagnetismo (memória do campo magnético terrestre no tempo de

formação das rochas) fornece inúmeras informações sobre o passado da Terra,

predominantemente:

− regista inversões da polaridade do campo magnético terrestre;

− apoia a hipótese da deriva continental e da formação dos fundos

oceânicos a partir do rifte;

− permite tirar ilações sobre a posição dos continentes relativamente aos

pólos magnéticos;

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− permite determinar a latitude geográfica que a rocha em estudo

ocupava no momento da sua formação.

SismologiaSismologiaSismologiaSismologia – muito do conhecimento do interior da Terra proveio do estudo do comportamento das ondas sísmicas que se propagam através do Globo. A propagação das ondas sísmicas está para os geocientistas como os raios X estão para os médicos, permitindo-Ihes fazer o estudo do interior do corpo. Se a Terra fosse homogéneo, ou seja, se a composição e suas propriedades físicas dos materiais fossem idênticas em qualquer ponto do Globo, a velocidade das ondas sísmicas devia manter-se constante em qualquer direcção e a trajectória dos raios sísmicos seria rectilíneo.

Na Terra real, a velocidade das ondas sísmicas experimenta alterações, as ondas são desviadas e algumas ondas deixam de propagar-se a partir de certa profundidade. Todos estes acontecimentos fornecem informações sobre a constituição e as características do globo terrestre. GeotermismoGeotermismoGeotermismoGeotermismo –––– a Terra é uma gigantesca máquina térmica. Admite-se que a energia térmica interna provém de duas fontes fundamentais. A primeira é a energia inicial do planeta, relacionada com a origem da própria Terra. A segunda fonte de energia é a desintegração progressiva de elementos radioactivos. Determinações feitas em minas e em sondagens, até às profundidades possíveis de atingir, mostram que a temperatura aumenta com a profundidade. Denomina-se por gradiente geotérmicogradiente geotérmicogradiente geotérmicogradiente geotérmico a taxa de variação da temperatura com a profundidade, ou seja, o aumento da temperatura por quilómetro de profund1dade.

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Para as profundidades em que tem sido possível fazer determinações directas, verifica-se que, em regra, a temperatura aumenta cerca de 30 ºC por quilómetro, ou seja, por cada 33 a 34 metros de profundidade a temperatura aumenta 1 ºC. O número de metros que é necessário aprofundar para que a temperatura aumente 1 ºC deno-mina-se grau geotérmicograu geotérmicograu geotérmicograu geotérmico....

ESTRUTURA INTERNA DA GEOSFERAESTRUTURA INTERNA DA GEOSFERAESTRUTURA INTERNA DA GEOSFERAESTRUTURA INTERNA DA GEOSFERA Com base em dados fornecidos pelos estudos geofísicos, em resultados laboratoriais, em cálculos matemáticos e apoiando-se em dados da astrogeologia, nomeadamente na composição dos meteoritos, os cientistas têm procurado estabelecer e caracterizar unidades estruturais no interior da Terra.

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Diferentes dados recolhidos através de variadíssimas investigações foram fundamentais para a construção de modelos relativos à estrutura da Terra. PressãoPressãoPressãoPressão – sabe-se que a pressão aumenta com a profundidade e foi possível fazer cálculos sobre essa variação, conforme o gráfico [94A] evidencia. A taxa da variação da pressão com a profundidade denomina-se gradiente geobáricogradiente geobáricogradiente geobáricogradiente geobárico. A pressão altera a estrutura dos minerais tornando-os mais densos, e faz subir o ponto de fusão dos mesmos. TemperaturaTemperaturaTemperaturaTemperatura – aumenta, igualmente, com a profundidade, como se observa no gráfico [94B]. em certas regiões, as condições de pressão e de temperatura devem combinar-se de tal modo que se torna possível a fusão do material, parcial ou totalmente. Densidade Densidade Densidade Densidade dos materiaisdos materiaisdos materiaisdos materiais – aumenta também com a profundidade. É possível determinar a densidade média do planeta, que é, segundo os cálculos, cerca de 5,5. como os materiais conhecidos na crosta são bem menos densos, então tem de admitir-se que no interior do Globo devem existir materiais mais densos, que podem atingir densidades de 13 a 14 no núcleo. Composição dos meteoritosComposição dos meteoritosComposição dos meteoritosComposição dos meteoritos – admitindo que alguns meteoritos poderão ter sido originados a partir de corpos diferenciados como a Terra, o se estudo levou a estabelecer a correspondência entre os diferentes tipos de meteoritos e as zonas estruturais da Terra. Assim, por exemplo, admite-se que o núcleo tenha uma composição idêntica à dos sideritos, isto é, essencialmente ferroniquélica. Esta hipótese é consentânea com os cálculos relativos a densidade e com outras propriedades do núcleo. A esfericidade da Terra leva a que as suas propriedades físicas se distribuam de acordo com uma simetria esférica, traduzida na organização em camadas concêntricas.

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Os modelos sobre a estrutura do globo terrestre dividida em zonas baseiam-se em dois critérios diferentes, relativos aos materiais constituintes:

• Composição química; • Propriedades físicas.

Modelo segundo a composiçãoModelo segundo a composiçãoModelo segundo a composiçãoModelo segundo a composição De acordo com a composição, admite-se que a Terra é constituída basicamente por três unidades estruturais concêntricas: crosta, mantos e núcleo, separadas por superfícies de descontinuidade reveladas pela variação acentuada da velocidade de propagação das ondas sísmicas. CROSTACROSTACROSTACROSTA – é a zona mais superficial do globo terrestre. Apresenta características diferentes nas zonas continentais e nas zonas oceânicas. Crosta continentalCrosta continentalCrosta continentalCrosta continental – tem uma espessura média de 35 a 40 km, podendo atingir os 70 km sob as grandes cadeias montanhosas. A crosta continental é essencialmente constituída por rochas siliciosas, entre as quais se destacam rochas metamórficas (gnaisses e micaxistos), granitos e rochas afins, recobertas em algumas zonas por rochas sedimentares. A densidade média é de 2,7. A crosta continental tem idade variável entre alguns milhões de anos e 3900 M.a. Crosta oceânicaCrosta oceânicaCrosta oceânicaCrosta oceânica – é menos espessa, tem cerca de 5 a 10 km e é de natureza basáltica, tendo densidade 3,0 ou mesmo um pouco superior. Em algumas zonas principalmente nas regiões mais próximas dos continentes, crosta oceânica está recoberta por uma película de sedimentos. A crosta oceânica é relativamente jovem, com idade inferior a 200 M.a. A superfície de descontinuidade que separa a crosta do manto, descontinuidade de Mohorovicic, foi denunciada pelo comportamento das ondas sísmicas que nela se refractam. MANTOMANTOMANTOMANTO – estende-se desde a base da crosta até à profundidade de 2883 km, correspondendo esta transição à descontinuidade de Gutenberg. Ê formado essencialmente por rocha sólida, admitindo-se que seja do tipo dos peridotitos. O manto apresenta cerca de 80% do volume da Terra e 68% da sua massa. A densidade deve variar entre os 3,3 e os 5,5. Manto superiorManto superiorManto superiorManto superior – estende-se até a profundidade de 700 km, aproximadamente. Manto inferiorManto inferiorManto inferiorManto inferior – estende se entre os 700 km e os 2883 km de profundidade. NÚCLEONÚCLEONÚCLEONÚCLEO – ocupa a parte central da Terra, a partir dos 2883 km. Cálculos sobre a densidade indicam que o núcleo é constituído por materiais muito densos, variando a densidade entre 10 e 13 ou 14.

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Os dados quer sísmicos quer da densidade, a composição de meteoritos do tipo dos sideritos e a existência do campo magnético levam a admitir que o núcleo é essencialmente constituído por ferro (98%) e níquel, associados a alguns sulfuretos. Núcleo externoNúcleo externoNúcleo externoNúcleo externo – está compreendido entre os 2883 km e os 5140 km. A esta profundidade existe a descontinuidade de Lehmann. Núcleo internoNúcleo internoNúcleo internoNúcleo interno – tem um raio de 1231 km. Inicia-se à profundidade de 5140 km e estende-se até ao centro.

Modelo segundo as propriedades físicasModelo segundo as propriedades físicasModelo segundo as propriedades físicasModelo segundo as propriedades físicas O comportamento das ondas sísmicas que se propagam através do Globo indicia a existência de zonas concêntricas com diferentes propriedades físicas, nomeadamente densidade e rigidez. Assim, de acordo com essas propriedades, os geofísicos admitem, do exterior para o interior, a existência das seguintes regiões: litosfera, astenosfera, mesosfera e núcleo (endosfera), dividido em núcleo externo e núcleo interno. LITOSFERALITOSFERALITOSFERALITOSFERA – compreende a crosta e a parte mais externa do manto superior, apresentando uma espessura média de 100 km. Sob os oceanos a litosfera poderá ter uma espessura de 70 km, mas pode atingir uma espessura de 125 a 250 km ao nível dos continentes. Os materiais estão no estado sólido e são rígidos. ASTENOSFERAASTENOSFERAASTENOSFERAASTENOSFERA – o abaixamento da velocidade das ondas sísmicas a partir da base da litosfera verifica-se até uma profundidade de cerca de 200 km. Depois a velocidade começa a aumentar novamente. A zona compreendida entre a base da litosfera e cerca de 350 km de profundidade é designada por astenosfera. Nesta zona a temperatura e a pressão conjugam-se de tal modo que as rochas se aproximam do ponto de fusão. Se a astenosfera tiver as características referidas, essa zona é muito importante por duas razões:

• aí serão gerados a partir do material fundido magmas que podem subir através do manto e da crosta;

• permite os movimentos das placas litosféricas rígidas suprajacentes. MESOSFERAMESOSFERAMESOSFERAMESOSFERA – estende-se desde a base da astenosfera até à fronteira do manto com o núcleo. Abaixo da astenosfera a rocha torna-se novamente mais rígida, porque os efeitos da pressão sobrepõem-se aos efeitos das altas temperaturas. NÚCLEONÚCLEONÚCLEONÚCLEO (endosfera) – na passagem para o núcleo muda a composição das propriedades físicas. De acordo com as propriedades físicas, distingue-se o núcleo externo e o núcleo interno.

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Núcleo extNúcleo extNúcleo extNúcleo externoernoernoerno – presume-se que esteja fundido, ou pelo menos que comporta-se como tal. NúcleoNúcleoNúcleoNúcleo interno interno interno interno – presume-se que se encontra no estado sólido.

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SISMOLOGIASISMOLOGIASISMOLOGIASISMOLOGIA Um sismosismosismosismo é um movimento vibratório brusco da superfície terrestre, a maior parte das vezes devido a uma súbita libertação de energia em zonas instáveis do interior da Terra. O estudo dos fenómenos relacionados com a ocorrência dos sismos constitui a sismologiasismologiasismologiasismologia. Os sismos que são sentidos pela população designam-se por macrossismmacrossismmacrossismmacrossismosososos. A maioria dos sismos, porém, não causa danos significativos ou são mesmo imperceptíveis, designando-se, neste último caso, por microssismosmicrossismosmicrossismosmicrossismos. CAUSAS DOS SISMOSCAUSAS DOS SISMOSCAUSAS DOS SISMOSCAUSAS DOS SISMOS Um sismo representa o termo de uma série de fenómenos que têm lugar, na maioria dos casos, no interior da Terra. Os mecanismos são diversos e ocorrem naturalmente, salvo em alguns casos, em que são provocados intencionalmente pelo Homem, com fins científicos.

Os sismos naturais têm designações relacionadas com as causas que os provocam.

• SiSiSiSismos de colapsosmos de colapsosmos de colapsosmos de colapso – são devidos a abatimentos em grutas e cavernas ou ao desprendimento de massas rochosas nas encostas das montanhas.

• Sismos vulcânicosSismos vulcânicosSismos vulcânicosSismos vulcânicos – são provocados por fortes pressões que um vulcão experimenta antes de uma erupção e por movimentos de massas magmáticas relacionados com fenómenos de vulcanismo [46].

• Sismos tectónicosSismos tectónicosSismos tectónicosSismos tectónicos – são devidos a movimentos tectónicos. A maioria dos sismos, pelo menos os de maior importância, tem esta origem.

Os cientistas sabem que a crosta terrestre está continuamente a ser distorcida por forças que se geram no interior do Globo. Essas forças podem ser:

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• Compressivas Compressivas Compressivas Compressivas (A)(A)(A)(A) – os materiais são comprimidos, tendendo a diminuir a

distância entre as massas rochosas. • Distensivas Distensivas Distensivas Distensivas (B)(B)(B)(B) – levam ao estriamento e alongamento do material, aumentando

a distância entre duas massas rochosas. • CisalhamentoCisalhamentoCisalhamentoCisalhamento (C) (C) (C) (C) – os materiais são submetidos a pressões que provocam

movimentos horizontais, experimentando alongamento na direcção do movimento e estreitamento na direcção perpendicular ao alongamento.

A teoria que melhor explica a ocorrência de sismos devidos à actuação das referidas forças é a teoria do ressalto elásticoteoria do ressalto elásticoteoria do ressalto elásticoteoria do ressalto elástico, proposta pelo americano H. F. Reid H. F. Reid H. F. Reid H. F. Reid em 1911191119111911. Segundo esta teoria, as rochas, quando sujeitas a forças contínuas, armazenam energia durante longos períodos de tempo, deformando-se.

Se as tensões em dado momento ultrapassar o limite de plasticidade do material rochoso, dá-se a ruptura e a deslocação, com enorme libertação de energia acumulada, por vezes durante séculos, o que provoca um sismo. Após o sismo, as rochas retomam a forma original, isto é, deixam de estar deformadas, recomeçando um novo ciclo. A repetição do deslizamento sísmico pode durar milhares ou mesmo milhões de anos, provocando grandes deslocações.

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EFEITOSEFEITOSEFEITOSEFEITOS DOS SISMOS DOS SISMOS DOS SISMOS DOS SISMOS –––– ONDAS SÍSMICAS ONDAS SÍSMICAS ONDAS SÍSMICAS ONDAS SÍSMICAS Normalmente um sismo não é um fenómeno isolado. Frequentemente são precedidos de pequenos abalos, designados abalos premonitórios abalos premonitórios abalos premonitórios abalos premonitórios ou preliminarespreliminarespreliminarespreliminares, os quais constituem um alerta para um possível sismo principal. Após o abalo principal seguem-se também, muitas vezes, abalos de menor intensidade designados por réplicasréplicasréplicasréplicas. A zona do interior do Globo onde tem origem a ruptura ou simplesmente a deslocação das rochas denomina-se foco sísmicofoco sísmicofoco sísmicofoco sísmico ou hipocentrohipocentrohipocentrohipocentro. Os sismos podem ser classificados de acordo com a profundidade do foco, em:

• SuperficialSuperficialSuperficialSuperficial Foco com profundidade entre 0 e 100 km • IntermédioIntermédioIntermédioIntermédio Foco com profundidade entre 100 e 300 km • ProfundoProfundoProfundoProfundo Foco com profundidade entre 300 e 700 km

A libertação súbita de energia, lentamente acumulada no foco sísmico, traduz-se, em parte, pela vibração das partículas rochosas que transmite segundo superfícies concêntricas denominadas ondas sísmicasondas sísmicasondas sísmicasondas sísmicas. Durante um sismo, as partículas do terreno vibram na vertical e na horizontal.

Cada frente de ondafrente de ondafrente de ondafrente de onda separa uma região que experimenta uma perturbação sísmica particular de uma região que ainda a não experimentou [52]. Qualquer trajectória perpendicular à frente de onda denomina-se raio sísmicoraio sísmicoraio sísmicoraio sísmico. Para cada sismo o epicentroepicentroepicentroepicentro é a zona da superfície do Globo onde o sismo é sentido em primeiro lugar e, em geral, com maior intensidade. O epicentro é o local que fica mais próximo do hipocentro, em virtude de se encontrar na vertical que por ele passa. Quando o epicentro de um sismo se localiza no oceano, pode originar-se uma vaga enorme chamada maremoto maremoto maremoto maremoto ou tsunamitsunamitsunamitsunami, ou também rãs de marérãs de marérãs de marérãs de maré. Essas vagas, atingindo a costa, varrem o litoral, provocando, algumas vezes, mais destruição e morte que o próprio sismo.

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A velocidade da vaga que constitui um maremoto está relacionada com a profundidade em cada lugar. O decréscimo da profundidade age como um travão da velocidade da base da vaga. Contrariamente, a crista da vaga não experimenta directamente esta diminuição da velocidade, tendendo a elevar-se cada vez mais e a rebentar sobre a costa com uma força de destruição terrível. As ondas sísmicas podem propagar-se no interior do Globo, ondas profundas ondas profundas ondas profundas ondas profundas ou de volumevolumevolumevolume, e, eventualmente, atingir a superfície onde se propagam, ondas superficiaisondas superficiaisondas superficiaisondas superficiais. Na superfície, as vibrações transmitem-se ás construções e a outras obras humanas, podendo ultrapassar o grau de plasticidade dos materiais e causar-lhes danos diversos ou até mesmo a destruição total. As ondas sísmicas classificam-se de acordo com o modo como as partículas oscilam em relação à direcção de propagação.

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Consideremos as características fundamentais de cada tipo de ondas sísmicas. Ondas POndas POndas POndas P – estas ondas são caracterizadas pela vibração das partículas paralelamente à direcção de propagação. A propagação produz-se por uma série de impulsos alternados de compressão e de distensão através das rochas, havendo, portanto, variações do volume do material. Estas ondas propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.

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Ondas SOndas SOndas SOndas S – as partículas vibram num plano perpendicular à direcção de propagação. Estas ondas provocam mudança da forma do material, mas não do volume. Apenas se propagam através de corpos sólidos. Ondas superficiaisOndas superficiaisOndas superficiaisOndas superficiais – propagam-se ao longo da superfície do Globo e resultam de interferências de ondas do tipo P P P P e do tipo SSSS. são as responsáveis pela maior parte das destruições quando ocorre um terramoto. Podem ser de dois tipos:

• Ondas de LoveOndas de LoveOndas de LoveOndas de Love – as partículas vibram horizontalmente, fazendo a direcção de vibração um ângulo recto com a direcção de propagação.

• Ondas deOndas deOndas deOndas de Rayleigh Rayleigh Rayleigh Rayleigh – as partículas descrevem um movimento elíptico, num

plano perpendicular à direcção de propagação, provocando no solo ondulações semelhantes as ondas marinhas [56].

Os movimentos do solo provocados pelas ondas sísmicas podem ser registados em aparelhos especializados, chamados sismógrafossismógrafossismógrafossismógrafos, e o registo obtido denomina-se sismogramasismogramasismogramasismograma.

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INTENSIDADE SÍSMICA E MAGNITUDEINTENSIDADE SÍSMICA E MAGNITUDEINTENSIDADE SÍSMICA E MAGNITUDEINTENSIDADE SÍSMICA E MAGNITUDE Um sismo pode ser avaliado pela sua intensidade ou pela magnitude. A intensidade intensidade intensidade intensidade é um parâmetro que tem em conta os efeitos produzido pelo sismo em pessoas, objectos e estruturas. Uma das escalas mais correntemente utilizadas é a escala internacional (MMI), que resultou de uma modificação, feita em 1956, da escala proposta por Mercalli-Sieberg em 1902. Consta de doze graus baseados em percepções e em acontecimentos qualitativos.

Após a determinação da intensidade de um sismo em vários locais da região onde ele foi sentido e localizado o epicentro, pode obter-se uma carta de isossistascarta de isossistascarta de isossistascarta de isossistas. Para isso, traça-se em torno do epicentro linhas curvas, denominadas isossistasisossistasisossistasisossistas, que delimitam os domínios de igual intensidade sísmica. A magnitudemagnitudemagnitudemagnitude de um sismo está relacionada com a energia libertada no foco. Só cerca de 20% a 30% dessa energia é propagada sob a forma de ondas, sendo a restante dissipada sob a forma de calor.

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Os sismos de grandes magnitudes são relativamente raros. Os sismos com magnitude inferior a 2 geralmente não são sentidos, mas são registados. Só os sismos com magnitude superior a 5 provocam danos materiais. Para cada sismo existem muitas intensidades, de acordo com a distância ao epicentro, mas há apenas uma magnitude. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS SISMOS E TECTÓNICA DE PLACASDISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS SISMOS E TECTÓNICA DE PLACASDISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS SISMOS E TECTÓNICA DE PLACASDISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS SISMOS E TECTÓNICA DE PLACAS Cerca de 95% da energia libertada pelos sismos verifica-se ao longo de um número relativamente limitado de zonas do Globo. Existem áreas de grandes actividades sísmicas contrastando com outras mais estáveis. Entre as áreas de grande actividade destacam-se:

• Cintura circumpacíficaCintura circumpacíficaCintura circumpacíficaCintura circumpacífica – designa-se por “anel de fogo” do Pacífico, é onde se registam 80% dos sismos terrestres. Este anel é constituído pelas cadeias montanhosas da parte ocidental do continente americano, do cabo de Horn até ao Alasca, cruza para a Ásia, estendendo-se para sul através do Japão, Fillipinas, Nova Guiné e ilhas Filipinas até à Nova Zelândia.

• Cintura mediterrânicoCintura mediterrânicoCintura mediterrânicoCintura mediterrânico----asiáticaasiáticaasiáticaasiática – estende-se de Gibraltar até ao Sudoeste asiático, onde ocorrem cerca de 15% dos sismos.

• Zonas correspondentes às grandes cristas oceânicasZonas correspondentes às grandes cristas oceânicasZonas correspondentes às grandes cristas oceânicasZonas correspondentes às grandes cristas oceânicas – formam uma faixa contínua que se estende por milhares de quilómetros.

As áreas de grande actividade sísmica coincidem com zonas instáveis da Terra que ficam geralmente nas fronteiras de placas litosféricas. Cerca de 95% dos sismos do

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Globo ocorrem em falhas localizadas junto às fronteiras e são desiganadas por sismos sismos sismos sismos interinterinterinterplacasplacasplacasplacas. Apenas 5% dos sismos têm origem em falhas activas localizadas no interior das placas, distanciados das fronteiras, constituindo os sismos intraplacassismos intraplacassismos intraplacassismos intraplacas.

Entre as zonas de maior sismicidade podem destacar-se:

• Fronteiras convergentesFronteiras convergentesFronteiras convergentesFronteiras convergentes – as zonas de maior sismicidade, como a cintura circumpacífica e a cintura mediterrânico-asiática, correspondem a zonas estreitas e alongadas caracterizadas, por vezes, pela presença de grandes fossas, onde se dá a subdução de placas litosféricas. Ao longo das referidas zonas geram-se forças de tensão e forças de compressão que provocam falhas responsáveis pela grande actividade sísmica.

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• Fronteiras divergentesFronteiras divergentesFronteiras divergentesFronteiras divergentes – os sismos que ocorrem ao longo das cristas oceânicas onde há alastramento do fundo oceânico são sismos de foco pouco profundo (menos de 70 km) e geralmente de menor magnitude do que os sismos das fronteiras convergentes. Estes sismos têm o foco ao longo das falhas paralelas ao rifte.

• Fronteiras conservativasFronteiras conservativasFronteiras conservativasFronteiras conservativas – ao longo das falhas transformantes, as duas placas movem-se horizontalmente em sentidos contrários [75].

Nas zonas em que as placas deslizam em sentidos opostos geram-se frequentemente sismos, geralmente de pequena profundidade (não superior a 100 km). As zonas e que os blocos se deslocam no mesmo sentido não são sismicamente activas.