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CURSO SUPERIOR EM TEOLOGIA DISCIPLINA: GEOGRAFIA BÍBLICA

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geografia

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  • CURSO SUPERIOR EM TEOLOGIA

    DISCIPLINA: GEOGRAFIA BBLICA

  • CONCEITO GERAL

    Esta disciplina mais um manual de consulta do que um material de estudo, aproxima-se mais de uma literatura para pesquisa, devido ao fato de que geografia informao a ser decorada, mas estes estudos foram feitos com a inteno de dar ao aluno uma perfeita noo da importncia desta cincia, bem como de seu uso dirio nos estudos bblicos, na preparao de sermes, estudos para artigos em revistas especializadas, na escrituras de livros (caso voc seja um escritor) e na construo de material de estudos para alunos de Escola Bblica Dominical.

    Sua importncia extrema para quem queira entender o texto bblico, pois quase todos os textos bblicos citam cidades, regies, provncias, plancies, montanhas, rios, vales, estradas, territrios, imprios, viagens, densidade demogrfica ou pluviomtrica, guerras, climas, etc. Por isto vamos aqui fazer um verdadeiro estudo geogrfico de todo o territrio envolvido pela histria bblica chegando aos primeiros sculos da igreja. Algumas cincias caminham juntas com a geografia, no h como separ-las, a presena da arqueologia, por exemplo, ser uma constante, pois ela confirma, com suas escavaes, os fatos declarados na bblia, ela comprova muitos fatos bblicos para os muitos Toms, que s crem vendo e tambm para auxiliar os trabalhos de exegese, ela tem comprovado ao mundo cada vez mais a veracidade dos relatos bblicos.

    A histria e a irm gmea da geografia, o estudo de uma, sempre corre em paralelo com o apoio da outra, pois muitos aspectos geogrficos foram modificados ao longo do tempo tanto pela humanidade quanto por fatores naturais; praticamente impossvel no nos questionarmos sobre os locais onde aconteceram os fatos histricos, assim como as datas e personagens relativos a fatos geogrficos. Esta disciplina engloba em si ento o estudo superficial de algumas outras cincias relativas geografia, tais como poltica, meteorologia, astronomia, geologia, etc.

    NOSSO ESTUDO SER DIVIDIDO EM QUATRO PARTES

  • A primeira parte ser um estudo sobre a prpria geografia e em si, a necessidade da geografia na teologia, e sobre os fundamentos da cosmogonia hebraica responsvel pela produo do texto bblico, que bvio se deu por ao divina.

    A segunda parte ser um estudo geral sobre todas as terras envolvidas pelo relato bblico e pelo perodo inter-bblico, veremos aqui as caractersticas geogrficas imutveis deste imenso territrio, tudo o que ao longo do templo no foi modificado, densidade pluviomtrica, ventos, rios, mares, plancies, vales, terras frteis, etc.

    Aps esta segunda parte os estudos seguintes trataro de todas as informaes que so mutveis ao longo do tempo tais como poltica, economia, comrcio, agropecuria, cidades, guerras, etc. Por isso o estudo ter carter cronolgico aps esta segunda parte.

    Na terceira parte estudaremos a histria da criao, dos idiomas e das antigas civilizaes que so descendentes de No, na narrativa bblica (criacionista) e secular (evolucionista); engloba desde a criao at as primeiras civilizaes. Tambm aqui estudaremos os imprios do oriente bblico, desde o mundo antigo at o incio do imprio romano (Egpcio, Assrio, Babilnico, Medo Persa, Grego, Ptolomeu, Seleucida, Macabeu, e Romano), e um estudo sobre as cidades bblicas do AT.

    Na quarta parte teremos um estudo geogrfico, poltico e econmico do NT e da igreja, da vida de Jesus, dos atos dos apstolos tudo em carter cronolgico, e estudos sobre outras cidades envolvidas na histria do NT.

    A prpria bblia d muita importncia histria, a maioria dos fatos bblicos possuem ncoras fincadas na histria, a maioria dos livros dos profetas citam a poca em que foram escritos, tais referncias ou ligaes histricas, procuram comprovar a veracidade dos relatos e juntamente no texto pode-se notar centenas de citaes geogrficas, pode-se facilmente atravs da narrativa bblica fazer um paralelo entre

  • as histrias bblicas e seculares; dentro os 66 livros bblicos 13 so puramente histricos e muitos outros trazem muitos relatos histricos, perceba a importncia!

    Passagens tais como 1 Reis 15.22 onde se l "ento, o rei Asa fez apregoar por toda Jud que todos, sem exceo, trouxessem as pedras de Ram, e a sua madeira com o que Baasa edificara; e com elas edificou o rei Asa a Geba de que Benjamim e a Mizp. So difceis de serem compreendidas, pois, sempre temos de pesquisar em enciclopdias bblicas tais referncias. Outras passagens tais como Neemias 1.1, onde se l "As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no ms de Quislev, no ano vigsimo estando eu e Sus a Fortaleza", j possuem referncias histricas e geogrficas. Observao: Por vezes o estudo da geografia confunde-se com um estudo histrico.

    Nesta disciplina no h a inteno de fazer o aluno decorar milhares de referncias geogrficas, estes estudos so apenas uma base, conhecer a geografia bblica profundamente funo de algum que tenha se especializado nisto, mas ns ainda temos muito mais disciplinas para estudar neste curso, portanto, queremos fornecer um fundamento, uma base.

    Como efeito deste estudo, ao ler a Bblia o aluno passar a perceber as informaes histricas e geogrficas do texto, perceber tambm a importncia deste tipo de conhecimento para o entendimento no texto bblico, e este nosso objetivo; sofisticadas equipes de exegetas se esforam cada vez mais para desvendar a histria bblica a partir de importantes relatos geogrficos; as referncias bblicas tm tambm servido de base para milhares de pesquisas arqueolgicas, etc.

    PARTE UM

    O que a geografia?

    A palavra geografia, etimologicamente, significa "descrever a terra", Geo + Grafia, esta cincia at o sculo 19 limitava-se a descrever a terra, mas aps esta poca passou tambm a explicar os fatos.

    No entanto existem vrias definies de geografia.

  • Para o alemo Alfred Hettner a geografia o ramo de estudos da diferenciao regional da superfcie da terra e das causas dessa diferenciao.

    J para Richard Hartshorne o objetivo da geografia "proporcionar a descrio e a interpretao de maneira precisa, ordenada e racional do carter varivel da superfcie da terra".

    A Enciclopdia Mirador Internacional observa: "Tomar como tal apenas a face exterior da camada slida lquida, iluminada pela luz do sol, equivale a suprimir no campo de interesse geogrfico as minas e a atmosfera. Nesta ocorrem os fenmenos meteorolgicos e se configuram os tipos climticos de profunda influncia na vida de todos os seres e, particularmente na vida humana".

    Para o Dicionrio Aurlio a descrio de geografia : "Cincia que tem por estudo a descrio da superfcie da terra, o estudo dos seus acidentes fsicos, climas, solos e vegetaes e das relaes entre o meio natural e os grupos".

    Sem dvida que estas descries so boas, embora as duas ltimas paream mais abrangentes.

    A Geografia (do grego geo = terra; grafia = descrio, tratado, estudo) a Cincia que estuda a Terra na sua forma. Ou seja, estuda os acidentes fsicos; o clima; as populaes, as divises polticas etc. Neste sentido, a Geografia subdivide-se em diversas outras disciplinas: a Geografia Humana, a Geografia Econmica, a Geografia Fsica, a Geografia Poltica e a Geografia Histrica, dentre outras.

    A Geografia Humana preocupa-se em estudar os agrupamentos humanos em suas relaes com a Terra: como repartem o espao; como se adaptam s condies naturais, como se organizam para explorar os recursos provenientes da natureza etc.

  • A Geografia Econmica est atenta ao estudo dos recursos econmicos - de origem vegetal, animal e mineral - presentes nas diversas regies da terra e suas formas de explorao.

    A Geografia Fsica estuda os traos fsicos das diversas regies da terra, o que inclui o estudo do relevo, do clima, da vegetao, da fauna e da flora.

    A Geografia Poltica estuda a influncia da geografia na poltica, a relao entre o poder de um pas e sua geografia fsica e humana, bem como o estudo do reparto poltico da terra.

    A Geografia Histria procura reconstruir os aspectos humanos, econmicos, fsicos e polticos de uma dada regio do passado. neste campo que se insere a Geografia do Mundo Bblico, que se dedica a estudar as diversas regies que serviram de palco para os acontecimentos narrados nos livros da Bblia.

    A Geografia do Mundo Bblico

    A Geografia Bblica ocupa-se do estudo sistemtico do cenrio da revelao divina e da influncia que teve o meio ambiente na vida de seus habitantes".

    A Geografia Bblica, portanto, uma disciplina muito importante, pois auxilia a todos que querem conhecer melhor a Histria Sagrada e o texto bblico atravs de esclarecimentos quanto aos grupos humanos, as caractersticas fsicas, os recursos econmicos e as transformaes polticas das diversas regies citadas na Bblia. Alm disso, ela nos permite localizar e situar os relatos bblicos no espao em que estes ocorreram, auxiliando-nos na reconstruo dos eventos.

  • Assim, por exemplo, conhecendo a Geografia Bblica, podemos compreender os sculos que aconteceram para a conquista da terra de Cana pelos israelitas, j que seremos capazes de identificar as caractersticas culturais e localizao dos diversos povos que habitavam as diferentes regies da Palestina no momento da chegada dos hebreus; apontar os variados acidentes fsicos que dificultavam os deslocamentos; localizar, no mapa, os locais de batalhas etc.

    O Mundo Bblico:

    A regio que denominamos Mundo Bblico situa-se, hoje, nas regies conhecidas como Oriente Mdio e mediterrnicas (Procurar adquirir de alguma maneira, seja na Internet ou por outro meio um mapa do Mundo Bblico). Podemos apontar como reas limites do Mundo Bblico a Pennsula Ibrica, ocidente, e o atual Iraque, oriente. Os pases que so encontrados hoje nestas regies so o Portugal, Espanha, Frana, Itlia, Grcia, os diversos pases balcnicos, Turquia, Egito, Israel, Jordnia, Lbano, Sria, Iraque, Ir, Arbia Saudita e vrios emirados rabes (use o um Mapa Mundo para localizar estas regies) Principais reas do Mundo Bblico:

    Mesopotmia (Meso = entre; potamos = rios) - regio marcada pela presena de dois grandes rios que fertilizavam a regio, tornando-a propcia para a agricultura: Tigre e Eufrates. Nesta rea, no decorrer da Histria, surgiram grandes e poderosos imprios: o Sumrio, o Acadiano, o Babilnico e o Persa.

    Pennsula Arbica - extensa pennsula formada por poucas reas frteis e muitos desertos. Ali se desenvolveu um importante reino, o de Sab.

    Egito - Situa-se no Nordeste do continente Africano. Como a Mesopotmia, tem sua fertilidade garantida pela presena do rio Nilo, que atravessa toda a regio. Nesta regio se organizou um grande Imprio, o Egpcio.

    Cana - regio estratgica por seu carter de passagem entre as diversas regies do Mundo Bblico. Reunia a Sria e a Palestina. Nesta rea se estabeleceram diversos povos, como os filisteus, os fencios, e os prprios hebreus.

  • Europa - Cenrio de importantes Imprios, como o Macednico, tambm conhecido como Imprio de Alexandre, que reuniu a Grcia, a Macednia e o Oriente Mdio, e o Romano, que a partir da cidade de Roma, situada na atual Itlia, unificou as regies mediterrnicas da Europa Ocidental e na Oriental, o Norte da frica e o Oriente Mdio. Possui uma grande diversidade geogrfica e cultural. A Europa faz-se presente na Bblia, de forma efetiva, nos livros do Novo Testamento.

    Traos fsicos e elementos de paisagem:

    Como podemos concluir pelo apresentado acima, era extensa a rea que denominamos de Mundo Bblico e, por isso, so muitas e variadas as caractersticas climticas, assim como a hidrografia, o relevo, a economia, a fauna e flora destas reas.

    Leia o texto bblico e repare nos traos fsicos ou elementos de paisagem que so mencionados e a que regio ou localidade se refere: xodo 25:10 / Deuteronmio 32:13-14 / J 39: 1, 5, 9, 13, 18, 20, 26, 27 / Juzes 6:11 / Mateus 21:18-19 / Nmeros 11: 5 / Nmeros 31:21 / Ezequiel 22:18-20 / Josu 3:16 / Atos 27:27 / II Crnicas. 3:1 / Mateus 3:1

    O ser humano, no decorrer do tempo, para alimentar-se, vestir-se, divertir-se, enriquecer e dominar outros, est, constantemente, em contato com a natureza e com outros povos, transformando-os e interagindo com eles. Assim ocorreu com o povo de Israel e seus vizinhos e com os primeiros cristos. Na sua vida diria, estes indivduos agiram em e sobre um dado espao, e esta relao constante com a geografia, no seu sentido lato, foi um elemento importante no desenrolar da Histria Sagrada.

    Ao estudarmos a Bblia devemos, portanto, se possvel, procurar ter sempre mo mapas e livros que nos apresentem informaes sobre a geografia humana, econmica, fsica e poltica do Mundo Bblico.

    Um Pequeno Resumo Sobre a Necessidade da Geografia.

  • Esta a cincia que permite ao homem conhecer o seu prprio meio ambiente, no s a camada terrestre que est exposta luz solar, mas o prprio interior da terra tambm objeto de estudo da geografia, pois, ele influencia e tambm influenciada pelo exterior, a geografia tambm estuda os climas, umidade, temperatura, terras frteis, ventos; ela auxilia a navegao, a agricultura, etc. Est diretamente ligada ao estudo da atmosfera e dos mares. Classifica tambm as regies por credo, densidade populacional, produo agropecuria, atividades em geral, raas, estuda as civilizaes e seus desenvolvimentos, etc. Ela apia diretamente a histria, muitas cincias humanas e exatas buscam recursos nela. Na verdade parece que no h limites para os seus campos de estudo.

    A partir do tema deste pargrafo "a necessidade da geografia" pode se escrever toda uma enciclopdia, difcil falar de um assunto to amplo em poucas linhas, mas precisamente podemos dizer que ela essencial para a humanidade.

    Na Antiguidade, os conhecimentos geogrficos dos egpcios se limitavam praticamente ao nordeste da frica e a sia ocidental at a Assria. Os fencios e os gregos, estimulados pelo comrcio, devassaram o Mediterrneo. Os primeiros fundaram Cartago (perto da atual cidade de Tnis) em 800 a.C., e transpondo as colinas de Hrcules (estreito de Gibraltar), alcanaram o "pas do estanho" (Cornwall), nas ilhas britnicas.

    Os gregos fundaram muitas colnias no mediterrneo ocidental, de onde partiram muitas frotas mercantes; dentre elas sobressaiu Masslia (atual Marselha) criada pelos mercadores da Fcida. De l zarparam expedies que atingiram at o mar do norte e as ilhas rcades. Uma destas viagens, em 330 Ac foi escrita por Pteas, cuja obra se perdeu sendo apenas conhecida indiretamente. As expedies dos gregos ao oriente mdio deram margem a que fossem feitas descries de viagens e povos que se tornaram clebres: Herdoto mais conhecido como pai da histria, percorreu o Mediterrneo, o Egito e o Ir, e foi o primeiro a comprovar que o mar Cspio eram um lago e no um golfo. Hipcrates, o pai da medicina descreveu no seu tratado sobre os ares, as guas e os lugares, o gnero de vida dos Citas, pastores nmades.

  • J na fase final da civilizao helnica, Alexandre o Grande dilatou o mundo grego at a ndia. Paralelamente a esta atividade exploratria e descritiva, os filsofos da Grcia trouxeram notveis contribuies sobre o mundo em que viviam e o modo de represent-lo. Aristteles apresentou a melhor prova da redondeza da terra que era a sombra da terra projetada na lua durante as fases lunares e eclipses. Eraststenes sagrou-se a pai da geodsia, efetuando no Egito a primeira medio do meridiano terrestre. Anaximandro pode ser considerado o fundador da cartografia, pois elaborou o primeiro mapa-mndi.

    De acordo com a concepo dos gregos, os oceanos se distribuam numa s massa lquida (conceito certo) e os continentes em uma s massa de terras s vezes ligadas por estreitos territrios, os istmos, conceito certo se calcularmos que eles desconheciam a existncia das Amricas. Os climas do mundo eram agrupados em zonas trmicas aonde as temperaturas aumentavam progressivamente de norte para o sul (do plo norte ao Equador), talvez no soubessem que do Equador para baixo a temperatura cairia. Eles pensavam que a vida era impossvel no extremo norte por causa das baixssimas temperaturas que chegam a -60 C e tambm ao sul onde a vida seria eliminada pelas altssimas temperaturas.

    J os romanos foram mais pragmticos que os gregos. Roma estava interessada em conhecer as terras e os povos que a cercavam ou eram por ela dominados. Por causa disto ou seus generais alm de conquistarem as terras geralmente traziam valiosos e minuciosos relatos sobre as terras e os povos incorporados ao imprio romano. O historiador Polbio e seu continuador Estrabo de Amsia, descreveram as terras compreendidas no domnio romano e a histria dos povos que as habitavam. Sem a leitura da geografia de Estrabo dificilmente se poderia reconstituir o nvel de conhecimentos dos pesquisadores que o precederam. por isso, talvez seja superestimado como o pai da geografia.

    Durante a idade mdia, pode-se dizer que a geografia no progrediu na Europa. Tudo estava dominado comprometido por causa da autoridade da igreja catlica, os conhecimentos cientficos eram recolhidos aos mosteiros e as pessoas comuns do povo s recebiam informaes que fossem julgadas conforme a interpretao catlica do texto sagrado; como exemplo: noes tais como a terra plana (tendo como exemplo a mesa do tabernculo), e a terra o centro do universo (geocentrismo) (para justificar o fato que Josu fez o Sol parar). Durante longo tempo a geografia esteve subjugada a estas futilidades. No sculo 13 um jovem

  • veneziano chamado Marco Polo saiu com seu pai para uma longa jornada, fez uma viagem de ida e volta China e escreveu uma rica narrativa de sua viagem e estadia no imprio Celeste, o seu livro s pode ser publicado sculos mais tarde.

    Todo o conhecimento que foi obtido atravs de viagens de explorao e compilao geogrficas nesta poca foi privilgio somente de povos no cristianizados, o povo cristo nesta poca era mantido sob o jugo da ignorncia.

    Os vikings fizeram importantes descobertas de terras setentrionais, ano 900 Gunnbjorn Ulfsson chegou ao lugar desconhecido que dez anos mais tarde Eric o vermelho chamou de Gronland = Groelndia (terra verde), sabemos que na Groelndia no h matas, mas, ele a chamou assim no intuito de atrair colonos. O filho de Eric chegou a um continente onde cresciam o trigo a vinha por isto o chamou de Vinland, era a Amrica. Um pouco mais tarde Thorfinn Karlsefni descobriu o Labrador, e o chamou de Helluland (pas das rochas), e a Terra Nova foi por ele batizada de Markland (pas das selvas).

    Aps a morte de Maom no sculo 7, a expanso rabe chegou a dominar desde a pennsula ibrica at o Ir, mas que seus mercadores alcanaram a China para a leste, a frica atravs dos desertos para o sul, e a Rssia para o norte. O mundo islmico nunca se constituiu como a unidade poltica, os pases islmicos sempre foram unidos pela religio e pelas intensas relaes comerciais. O mundo conhecido dos rabes se aproximava bastante dos limites do antigo continente, no sculo 9 e 10 ibn-Fadlan descreveu as terras do leste europeu e os povos eslavos que as habitavam; el-Edrisi ou al-Idrisi construiu um globo terrestre e o mapa-mndi de prata, bem como compilou uma obra em que se descreve a sia, frica e Europa. Nem os rabes nem os romanos foram meros herdeiros da cultura conhecida como cultura clssica dos gregos, o rabe ibn-Battuta viajou pela China pelo arquiplago malaio, e pela costa oriental da frica atingiu a latitude 10 encontrando temperaturas mais brandas do que as do Equador, derrubando a concepo aristotlica de uma zona trrida onde a vida seria insuportvel.

    Aps algum tempo muitos pases tais como Portugal, Espanha, Inglaterra, Frana, etc. comearam a investir na navegao, novas terras foram descobertas e

  • mapeadas e as noes de geografia mudaram drasticamente em todas as culturas do mundo.

    Varenius e Kant.

    Varenius, jovem gnio alemo falecido aos 28 anos residente em Amsterd, contrastava com os escritores de sua poca, pois, ele subdividia o seu campo de estudos em dois ramos: a) geografia geral: o universal, que trata de fatos e fenmenos geogrficos que ocorrem na terra, e b) geografia especial ou corografia, que era a uma geografia regional no conceito moderno.

    Kant, o filsofo, estudou a geografia como meio para o conhecimento emprico do mundo. De 1756 a 1796 ditou na universidade de Konigsberg aulas de geografia fsica, era conhecedor de Varenius por quem era influenciado, ele explicava que o conhecimento cientfico organizado pode ser encarado no sistema lgico, sem considerar o lugar ou poca de ocorrncia, dando origem a cincias sistemticas, que classificam os fatos de seu campo em espcies, gneros, famlias, etc. Kant dividia a geografia em cinco unidades: a) geografia e matemtica, que estuda a terra como o astro, b) geografia moral que estuda os costumes e culturas, c) geografia poltica, d) geografia comercial e e) geografia teolgica, que trata da distribuio das religies. Nos tomamos esta noo de Kant da diviso geogrfica como a base da organizao desta disciplina, procuramos ao mximo obedecer tais noes para que possamos trazer aos alunos os fatos organizados, ou seja, em cada poca histrica procuramos trazer tais informaes.

    Mas o estabelecimento da geografia como cincia, deve-se a dois alemes, Alexander von Humdoldt (1769 1859) e Carl Ritter (1779 1859), que influenciados por Varenius e Kant traaram novos mtodos para a geografia.

    Com isto terminamos aqui um breve relato geral sobre a geografia. E este tpico era necessrio para todos ns, pois, como escrever sobre geografia bblica sem antes saber o que a geografia?

    A necessidade da Geografia Bblica.

  • O estudo da geografia esta tambm presente na teologia, pois h realmente um interesse no conhecimento das diferentes reas relacionadas com as Sagradas Escrituras, boa parte da bblia tem carter histrico e por quase todas suas pginas encontram-se pulverizadas referncias geogrficas, como ento ignor-las? Acaso Deus produziu o texto bblico deste modo para que no o conheamos? A geografia bblica nos leva um conhecimento melhor, mais detalhado do texto bblico, podemos definir a geografia bblica como "o estudo do painel aonde Deus criou a vida, e escreveu o seu livro sagrado".

    Particularmente nos vamos mais longe, acreditamos ser muito importante o estudo de cada pequena parte do territrio onde ocorreram os fatos bblicos, pois cada um deles tem uma razo espiritual para existir.

    Como um pequeno exemplo vamos citar aqui Joel 3:18 Essa uma profecia, mas notemos que se trata de uma referncia totalmente geogrfica, como explicar essa profecia sem conhecer os dados geogrficos nela contido? E h de ser que, naquele dia, os montes destilaro mosto, e os outeiros manaro leite, e todos os rios de Jud estaro cheios de guas; sair uma fonte da Casa do Senhor e regar o Vale de Sitim.

    A cosmogonia Hebraica

    O cristianismo tem como livro sagrado a Bblia, que est dividida em Antigo Testamento e Novo Testamento, o Antigo Testamento todo foi escrito por hebreus, j o Novo Testamento em sua maior parte por judeus, portanto importante conhecer a cosmogonia hebraica, pois ela fora passada para ns os cristos como realidade inquestionvel.

    No estamos querendo dizer com isso que os escritores bblicos escreviam o que lhe vinha em mente, mas cremos com certeza que os escritos bblicos so inspirados por Deus; tomando Moiss como base, vemos que foi criado no Egito e foi educado segundo toda a cincia que poderiam ter lhe ensinado. Mas apesar disso ao escrever a Torh Moiss jamais transportou para seus escritos qualquer resqucio da mitologia ou da cosmogonia egpcia, e isto bastante interessante, pois

  • desde menino esteve profundamente envolvido com a cincia egpcia, havia sido educado por sua me, mas estudado nos melhores colgios egpcios, deveria ento haver em sua mente uma espcie de mistura entre estas duas culturas. Os egpcios acreditavam que a terra estava suspensa sobre cinco colunas, outros criam que o mundo havia sido chocado de um descomunal ovo csmico.

    Nunca a cultura humana esteve frente da revelao divina, os gregos com todo seu esprito inquiridor e apego ao saber s descobriram as verdades reveladas aos santos do Antigo Testamento concernentes a esfericidade o movimento da terra sculos mais tarde - Isaas 40:22.

    Considerado o pai da cincia, Tales de Mileto, que viveu um sculo aps Isaas cria que a terra tinha um formato de um pires. Anaxgoras cria que a terra tinha forma cilndrica e que se mantinha centrado no espao pela presso atmosfrica.

    Somente Pitgoras foi o primeiro que declarou ser a terra uma esfera em constante movimento, seus conceitos s foram ultrapassados sculos depois por Coprnico. Arstarco, no sculo III concluiu que a terra era bem menor que o sol e que girava em torno dele.

    A igreja catlica pregava o geocentrismo como um dogma, e quem ousasse pensar o pregar outra coisa qualquer sofreria todos os rigores do satnico "santo ofcio" e sua diablica "Santa inquisio". Nicolau Coprnico, entretanto, instigado pelos ares renascentistas da cultura greco-romana, e inconformado com o geocentrismo e suas complicaes, volta-se s idias de Pitgoras, Herclites e Aristarco. Ele admitia a hiptese heliocentrica segundo a qual o sol o centro do universo.

    Formado em medicina, matemtica, leis e astronomia, o padre polons Nicolau Coprnico declara em seu famoso tratado "De Revolutiones orbium" no me envergonho de sustentar que tudo que est debaixo da lua, inclusive a prpria terra, descreve com outros planetas, uma grande rbita em redor do Sol, que o centro do mundo... E sustento que mais fcil admitir o que acabou de afirmar, do que deixar o esprito perturbado por uma quantidade quase infinita de crculos, coisa a que so forados aqueles que detm a terra fixa no centro do Universo.

  • A teoria de Coprnico foi confirmada pela cincia, e causou uma verdadeira crise cientfica e religiosa iniciada no sculo 16. A igreja romana ops-se ferozmente contra a teoria de Coprnico, sua obra foi condenada pela Santa S e includa no Index; e para nosso espanto at Lutero foi contra Coprnico, certa vez disse "o imbecil queria conturbar toda a cincia astronmica".

    Galileu

    Quem desferiu um golpe potente e mortal na crena religiosa do geocentrismo foi Galileu (1564 - 1633), em sua obra intitulada "Dialoghi sopra idue Massani Sistemi del Mondo Tolomaico e Coperniano", que se tornou clebre rapidamente e que ultrapassou todos os conceitos astronmicos existentes at Coprnico.

    Galileu foi acusado de heresia pela igreja de Roma, e j com 70 anos foi obrigado a ajoelhar-se perante os inimigos e a admitir seus erros e renegar suas descobertas para salvar sua vida, caso contrrio seria assassinado pela inquisio. Mas Galileu no cria em um conflito entre cincia e Bblia, diz ele: "a Santa Escritura no pode jamais mentir, desde que, todavia, penetre seu verdadeiro sentido, o qual - no creio possvel neg-lo - est muitas vezes escondido e muito diferente do que parece indicar a simples significao das palavras".

    Aps isto iluministas de renascentistas voltam-se contra Bblia, pois a oposio radical do geocentrismo faz com que ela seja considerada incompatvel com a razo e com o bom senso; a Palavra de Deus contudo inerrante, e o geocentrismo no tem apoio bblico.

    O grande astrnomo Kepler, ao fazer a apologia das palavras usadas para descrever o prodgio de Josu ao fazer o Sol parar afirmou: "ns dizemos com o povo: os planetas param, voltam..... O sol nasce e se pe, sobe para o meio do cu, etc. Falamos com o povo e exprimimos o que parece passar se diante dos nossos olhos, posto que nada de tudo isto seja verdadeiro. Entretanto, todos os astrnomos esto nisso de acordo. Devemos tanto menos exigir das Escrituras sobre este ponto, quando certo que ela, se abandonasse a linguagem ordinria para tomar a da cincia e falar em termos obscuros, no seria compreendida por aqueles a quem ela quer instruir, confundia os fiis simples e no conseguiria o fim sublime a que se prope".

  • Os hebreus tinham todas as suas noes sobre a terra e o universo provindas das Sagradas Escrituras, tudo o que sabiam lhes havia sido revelado. Era tudo muito exato.

    PARTE DOIS

    REGIES BBLICAS Estudo das regies bblicas - Tudo o que permaneceu imutvel - Densidade pluviomtrica, topografia, mares, plancies, vales, desertos, terras frteis, hidrografia, relevo, clima, etc.

  • Esta lio visa estudar o painel onde aconteceram os fatos bblicos um pouco de longe, ao ver o territrio demarcado nos prximos mapas capas que voc pergunte Porque da Inglaterra at ndia?, mas nos demarcamos este territrio, pois, o imprio romano chegou na Inglaterra e o grego at a ndia, e vamos estud-los, pois eles fazem parte da histria bblica.

    A nossa bblia de 66 livros tambm um documento histrico que traz muitas informaes importantes acerca do passado da humanidade, mas ela no cobre o perodo do imprio grego. Aqui temos que recorrer a geografia e histria secular.

  • Hoje em dia quanto a histria da origem da humanidade existem duas orientaes diferentes: a) a evolucionista e b) a bblica, alm destas duas mais importantes existem muitas outras sem expresso. E dependendo de onde se estuda pode-se aprender como realidade tanto uma quanto a outra.

    Se um colgio tiver orientao protestante, judaica ou muulmana dever ensinar a criao bblica como o correto, e ensinar tambm o evolucionismo como equivoco, mas se sua orientao religiosa for outra ou for secular somente ensinar o evolucionismo como correto e nem tocar no assunto da criao.

    As expedies arqueolgicas tambm possuem orientaes diferentes existem algumas que esto comprovando os fatos bblicos outras trabalhando para refut-los, as cincias tambm, alguns cientistas dizem - impossvel a vida ter surgido por meios naturais, j outros dizem Deus nada criou, nem sequer existe.

    No pretendemos aqui discorrer sobre este assunto, na verdade s vamos expor um breve comentrio, pois estaremos estudando tambm sobre a histria da origem do homem, e para isso temos uma disciplina especfica (Antropologia). Mas porque parece que este assunto to importante assim, e at mesmo divide a humanidade? porque ele realmente muito importante, e realmente divide quase todos os conhecimentos humanos em duas idias inversas.

    Conceber a evoluo implica em formar conceitos absolutamente distintos da maioria dos fundamentos das cincias exatas, humanas e biolgicas, conceitos distintos de quem cr na criao divina. Muitas cincias tais como a sociologia, psicologia, antropologia, biologia, etc, em seus muitos estudos partem do pressuposto da evoluo. Desvalidar a evoluo agora seria jogar por terra quase tudo o que a sabedoria humana conseguiu criar, todas as enciclopdias e a bibliotecas do mundo. Esta discusso rene de cada lado muitas pessoas cultas e incultas, e embora os evolucionistas se esforcem para dar a entender que todos os criacionistas so ignorantes, existem algumas associaes de cientistas criacionistas, formada por pessoas tambm muito cultas.

  • O territrio onde aconteceram os fatos bblicos est exatamente o centro do mapa-mndi, l houve a criao, o surgimento das primeiras civilizaes, dos idiomas, do povo hebreu, etc. Ela tambm nasceu o salvador da humanidade, Jesus.

    Observao: Muitos dos mapas contidos neste estudo so exclusivos desta disciplina (inditos), voc no os ver em nenhuma outra literatura.

    PLANICIES E VALES

    PLANICIES

    A geografia moderna divide a terra de Israel em cinco principais plancies: Acre, Sarom, Filstia, Sefel e Armagedom.

    realmente necessrio o conhecimento mais detalhado destes lugares devido a sua importncia na histria da Bblia. Uma cincia chamada topografia nos ajudar na descrio desta regio to acidentada do globo terrestre.

    Topografia significa descrio de um lugar ou de uma regio, a palavra formada por dois termos gregos "topo - regio" e "grphein - descrever", ela ocupa-se da medida e representao geomtrica de uma determinada poro da terra, seu principal objetivo o de fornecer informaes para a produo de cartas geogrficas.

    Gerhard Kremer conhecido como Mercator, criou no sculo 16 os postulados bsicos para esta cincia.

  • Plancie do Acre:

    Fica no extremo noroeste da costa israelense, e estende-se at o monte Carmelo, e em toda sua extenso ela corta de modo irregular a Bahia do Acre.

    O nome desta regio em hebraico e "akko" e significa areia quente, compreende uma faixa de terra que cerca as montanhas localizadas entre a Galilia, o Mediterrneo, e o sul de Tiro at a plancie de Sarom.

    Essas terras so irrigadas pelos rios Beluz e Quisom.

    O solo muito frtil, com exceo da parte praiana, onde as areias so muito quentes.

    Em Josu 19:25-28, na diviso da terra de Cana, esta plancie ficou com a tribo de Aser, mas eles no conseguiram expulsar os cananeus que ali habitavam antes deles.

    Plancie de Sarom:

    Sarom no o nome semitico, ela localiza-se ao sul do monte Carmelo e Jope.

    Sua extenso de 85 km, e a largura varia entre 15 a 22 km.

    Na antiguidade essa regio era conhecida pela malria dos pntanos e pelos bosques traioeiros, o seu solo, entretanto, coberto de lrios e outras flores exticas, talvez tenha sido por isso o que em Cantares de Salomo a esposa diz - "eu sou a rosa de Sarom, o lrio dos vales, - e o esposo responde - qual o lrio entre os espinhos, tal a minha amiga entre as filhas" - Cantares 2:1-2.

  • Recentemente os pntanos e charcos desta plancie foram drenados pelo governo de Israel, e agora se constitui num dos mais ricos distritos agrcolas de Israel, as frutas ctricas produzidas aqui so conhecidas e todo mundo.

    Nesta plancie tambm so encontradas quatro flores vermelhas de grande beleza: Anmona, Boto de ouro, Tulipa e Papoula.

    O profeta Isaas compara a beleza desta plancie a glria do Lbano - Isaas 35:2.

  • Plancie da Filstia:

    Situa-se entre Jope e Gaza, no sudoeste de Israel, ela tem 75 km de comprimento e 25 de largura, nela habitavam o os filisteus inimigos mortais dos israelitas.

    Esta plancie era abundante em cereais e frutas, o seus figos e azeitonas eram muito apreciados; nela tambm localizavam-se as cinco principais cidades filistias: Gaza, Ascalom, Asdode, Gate e Ecrom, estas cidades possuam fortalezas quase impenetrveis.

    Aqui tambm ficava o porto de Jope, muito importante para os israelitas da antiguidade, aps a reconstituio do estado de Israel em maio de 1948 este porto foi ativado o que impulsionou a economia israelense.

    Plancie de Sefel:

    Situa-se entre a Filstia e as montanhas da Judia, ela caracterizada por uma srie de baixas colinas, solo muito frtil, e grandes colheitas de trigo, uva e azeitonas.

    Sefel em hebraico significa terras baixas, e ela lembra mais uma faixa de terra do que uma plancie. Ela serviu de lar aos patriarcas Abrao e Isaque por longos anos.

    Como uma regio economicamente muito importante foi motivo de vrias disputas que sempre terminavam em guerras ou discrdias.

    Plancie de Armagedom:

  • Ela tambm recebe os nomes de: Jezreel ou Esdraelom, e possui algumas caractersticas pelas quais algumas pessoas a classifica de vale e no plancie.

    Ela localiza-se na confluncia de trs vales, e entre os montes da Galilia e os montes da Samaria, esta a maior plancie de Israel e insupervel em sua beleza, ela alarga-se em direo ao monte Carmelo e termina nos montes do Lbano.

    Ao sudeste fica o local da antiga e importante cidade fortificada de Jezreel, que foi capital do Reino do norte no tempo de Acabe e de Jezabel; para o leste desce o vale de Jezreel at o rio Jordo na altura de Bete-Seba, ela tambm atravessada de leste para oeste pelo Rio Kishon que desemboca no mediterrneo.

    uma rea estratgica para Israel, pois uma via de comunicao natural entre a cidade de Damasco e o mar Mediterrneo.

    Esta plancie est ligada ao uma profecia escatolgica, Joo o apstolo nos diz que ela ser o palco da maior de todas as batalhas da histria da terra, aonde o povo judeu sofrera as maiores dores de toda a sua historia.

    Ainda existem outras plancies de importncia secundria tais como: Jeric, Dotam, Moabe, Genezar, etc.

    VALES

    "Por que a terra que passais a possuir no como terra do Egito, da onde sastes, em que semeveis a vossa semente, com o p, e que regveis como a uma horta, mas a terra que passais a possuir, terra de montes e de vales: da chuva dos cus bebers as guas" - Deuteronmio 1:10-11.

  • Na palestina a chuva cai somente durante certo perodo do ano, a paisagem recortada por muitos vales estreitos e leitos de riachos que s possuem gua durante as estaes chuvosas.

    Alguns rios que atravessam vales e plancies mais largos, ou ento cortam gargantas estreitas atravs das rochas.

    Os vales so depresses alongadas entre montes ou quaisquer outras superfcies.

    E assim como com as plancies no vamos poder estudar aqui todos os vales da palestina, mas somente os principais.

    Vale do Jordo:

    Este o maior vale de Israel, comea no p do monte Hermom e vai at o mar morto, ele cortado longitudinalmente pelo rio Jordo.

    Constitui-se em uma grande fenda geolgica, em seu ponto inicial, o poo de largura de 100 m, e alargando-se pouco a pouco chega no mar da Galilia com 3 km de largura e do mar morto com 15 km, mas depois dele passa a estreitar se novamente.

    Este o vale mais profundo da terra, chega a alcanar 426 m abaixo do nvel do mar.

    Ele nunca foi uma barreira intransponvel para invasores, somente dificultava um pouco a comunicao entre as suas margens.

    Vale de Jezreel

    Comea nas nascentes do ribeiro de Jalud e finda no vale do Jordo perto de Bete-Seba. Nas proximidades deste vale localiza-se a moderna cidade de Zerim.

  • Vale de Acor:

    Foi aqui que aconteceu o apedrejamento de Ac (Josu 7:24-26), Neste vale localizado entre as terras de Jud e Benjamin, ficavam as fortalezas de Midim, Secac e Nibsam.

    Vale de Aijalom: Foi neste vale que aconteceu um dos maiores milagres da Bblia, onde, por uma ordem de Josu, o sol deteve-se sobre os amorreus, possibilitando vitria aos israelitas.

    Localiza-se perto de Sefel, a 24 km a noroeste de Jerusalm.

    Possui 18 km de comprimento e 9 de largura, no ano 70 este vale abrigou as tropas romanas comandadas pelo general Tito, deste vale os romanos saram para destruir Jerusalm e o templo.

    Atualmente localiza-se neste vale a importante cidade industrial de Yalo.

    Vale de Escol:

    Escol em hebraico significa cacho. uma regio frtil e abundante em vinhas. Os espias enviados por Moiss atravessaram este vale e cortaram dele os enormes cachos de uvas que foram trazidos atravessados em uma vara.

    Ainda hoje ele continua famoso pela fertilidade de seu solo, e rende muitas divisas a Israel com a produo de: uvas, roms e figos.

    Vale de Hebrom:

  • Este vale tem muito a ver com a histria do patriarca Abrao, neste vale foi que Abrao morou por um determinado tempo, construiu um altar, recebeu a promessa de que teria um filho, e intercedeu pelos sodomitas; l tambm esto os sepulcros de sua famlia.

    Localiza-se a 30 km a sudoeste de Jerusalm, e ao contrrio do vale do Jordo, este est a quase 1000 m acima do nvel do mar, possui 30 km de comprimento e guarda muitas lembranas da era patriarcal.

  • Vale de Sidim:

    Neste vale localizado ao sul do Mar Morto ficavam as cidades de Sodoma e Gomorra. Foi neste vale que Abrao defendeu os reis locais atacados pelos reis do norte. Nesta regio haviam muitos poos de betume, (Gnesis 14:3-8).

    Recentemente escavaes arqueolgicas acharam no vale de Sidim, vestgios de antigussimas cidades, que foram destrudas pelo que parece ser o de uma grande exploso, e assim, mais uma vez a veracidade das Sagradas Escrituras comprovada pela cincia, mais exatamente por pesquisadores que trabalham de modo srio e imparcial.

    Atualmente este vale inspito, mas nos tempos de L, era bastante frtil. Calcula-se que tais poos de betume e petrleo tenham explodido por algum motivo, que sabemos ser fruto de uma deciso divina. Alm do que a regio de Sodoma e Gomorra possua enormes quantidades de sal e enxofre, que misturados tornam-se explosivos. Tal exploso foi to violenta que choveu fogo, enxofre e sal sobre toda plancie - Gnesis 19:24-28.

    A mulher de L, pode ter sido transformada numa esttua de sal certamente por causa da grande quantidade de sal que se precipitou por todo o vale.

    Vale de Siqum:

    O poo de Jac se localiza nesse vale, onde Jesus falou com a mulher Samaritana, e deste dilogo resultou a converso de muitos samaritanos.

    Ele localiza-se entre os montes Gerizim e Ebal no centro de Israel, e l hoje se encontra a moderna cidade de Nablus. O seu nome em hebraico significa "ombro".

    Vale de Basam:

    Este o vale por onde corre o Rio Yamurque no nordeste da Palestina.

  • Vale de Moabe:

    Dos trs vales que desembocam na plancie de Moabe, este o maior. Localiza-se a nordeste do mar morto.

    Quando do xodo, os moabitas (filhos de L), tentaram impedir o avano dos hebreus, em conseqncia disso o Senhor determinou - "Nenhum amonita nem moabita entrar na congregao do Senhor, nem ainda a sua dcima gerao entrar na congregao do senhor eternamente. Porquanto no saram com po e gua para vos receber no caminho, quando saeis do Egito; e porquanto alugaram contra ti a Balao, filho de Beor, de Petor da Mesopotmia, para te amaldioar" - Deuteronmio 23:3-4.

    Foi neste vale que Moiss morreu, mais antes teve o privilgio de avistar a terra de Cana.

    Rute era moabita e a misericrdia a alcanou, pois esta mulher virtuosa foi uma das ancestrais do Senhor Jesus Cristo.

    Nesta regio foi achada a famosa pedra moabita, uma pedra de basalto negro encontrada em 1868 nas runas de Dibom na antiga cidade moabita; depois da Bblia, este o maior documento encontrado at hoje que trata da Palestina antes de Cristo, a pedra d um relato da guerra de Mesa rei de Moabe contra Onri, Acabe e outros reis de Israel. (Veja os estudos de Arqueologia do Texto Bblico). PLANALTOS E MONTES

    PLANALTOS

    No territrio de Israel existem dois grandes planaltos: o central e o oriental.

  • O primeiro e quase que uma continuao dos famosos montes do Lbano, ele sai do centro do pas em direo ou norte e ao sul.

    J o planalto oriental, considerado por alguns gegrafos como um apndice do ante-Libano, e segue a mesma direo do primeiro. Ambos possuem uma altitude mdia que varia de 700 a 1.400 m.

    Planaltos so grandes extenses de terras planas ou pouco onduladas, elevadas, cortadas por vales nele encaixados.

    Planalto central:

    Compreende os planaltos de Naftali, Efraim e Jud.

    Planalto de Naftali: Fica ao norte da Galilia.

    Planalto de Efraim: Compreende a rea da Samara.

    Planalto de Jud: Fica ao sul, o rodeado por Betel e Hebrom.

    Planalto oriental:

    Localiza-se a leste do Jordo, e tambm possui em si trs outros planaltos:

    Planalto de Basam: Tambm conhecido como Auram, situa-se entre o sul do monte Hermom e o rio Yamurque.

  • Planalto de Gileade: Fica entre Yamurque e Hesbom. Ele cortado pelo rio Jaboque.

    Planalto de Moabe: esta uma regio bastante rochosa, mas onde se encontram boas pastagens, fica a leste do rio Jordo e mar morto at o rio Arnon.

    MONTES

    Os montes exerceram muita influncia sobre a cultura judaica, pois eles passaram 400 anos do cativeiro egpcio num local de terras planas aonde raramente chovia, e sob comando de Moiss passaram a habitar num local de topografia bastante acidentada, com chuvas abundantes e terra bastante frtil. Muitos dos Salmos de Davi falam dos montes, tal como o salmo 125. Do xodo para c os montes da terra de Cana esto includos em todas as lembranas do povo de Israel, as cidades tambm so construdas sobre eles como uma forma de proteo.

    Um monte uma elevao natural de terra maior do que o outeiro e menor do que a montanha. No existem medidas de altura ou volume de terra, para se classificar com exatido o que um outeiro, monte ou montanha, so valores relativos.

    Como so muitos, vamos classific-los neste item de modo diferente, antes de estud-los vamos fazer um pequeno ndice:

    Montes Palestnicos

    Montes de Jud

  • Os montes de Jud se localizam ao sul dos montes de Efraim. Eles so uma srie de elevaes entre as quais existem verdes vales, por onde correm rios que desguam no Mar Morto e Mediterrneo. Os maiores montes de Jud so:

    Monte Sio

    Localizado na parte leste de Jerusalm, o monte Sio ergue-se ali soberano e altivo.Tem aproximadamente 800 m de altura do nvel do mar, e a mais alta montanha de Jerusalm, por isto talvez este monte seja constantemente citado nas Escrituras.

    Ele era habitado pelo Jebuseus, e quem conseguiu expuls-los deste local e tomar para si a Jerusalm foi o grande rei Davi.

    Este monte uma fortaleza natural para Jerusalm, por isso Sio passou a ser a capital de Israel, e no demorou muito para que Jerusalm tambm fosse chamada de Sio. Mais tarde o rei Davi mandou que fosse trazido a arca da aliana para Sio e ento o monte passou a ser considerado sagrado pelos hebreus; dcadas mais tarde com a transferncia da arca para dentro do templo, Sio passou a ser considerada tambm como a Casa de Deus.

    O termo Sionismo era o movimento que visava a recriao do estado de Israel, tambm a igreja de Jesus Cristo conhecida como Sio celestial.

    Monte Mori

  • Foi-me nesse monte que Abrao preparou seu filho Isaque para ser dado em sacrifcio. Localiza-se a leste de Sio, possui uma altura mdia de 800 m do nvel do mar, e sua forma alongada.

    Salomo construiu o templo neste monte, o seu nome significa "temor" em hebraico.

    Monte das Oliveiras

    Localiza-se no setor oriental de Jerusalm, o vale do Cedrom separa-o do monte Mori, ele se compe de uma cordilheira baixa de aproximadamente 3 km de comprimento, na parte ocidental deste monte fica o jardim das oliveiras.

    No Antigo Testamento todo este monte era coberto de oliveiras, vinhas, e muitas outras rvores frutferas.

    Monte da Tentao

    Logo aps o seu batismo no rio Jordo Jesus foi levado pelo Esprito a este monte onde passou 40 dias em completo jejum, foi tentado pelo diabo, mas, manteve-se firme, o texto bblico no traz o nome deste monte, mas de acordo com o cenrio e com a localizao, muitos estudiosos o identificam como sendo o local correto.

    Distante 20 km a leste de Jerusalm ele se eleva a quase 1.000 m acima do nvel do mar, mas como a regio alta sua altura no ultrapassa os 300 m. A regio rida, montanhosa e cheia de cavernas.

    Montes de Efraim

  • Esta regio montanhosa abrange a rea ocupada pelos descendentes de Efraim, pela metade dos Manassitas, e por uma parcela dos benjamitas. Esta mesma regio conhecida por outros nomes: monte de Naftali, monte de Israel e monte de Samaria.

    Os dois montes de Efraim mais importante so Ebal e Gerizim.

    Monte Ebal

    Localiza-se a norte da a atual cidade de Nablus, de solo o rido tem 300 m de altura, e 1.000 m do nvel do mar. O seu nome em hebraico significa "a pedra", e constitui-se ( tanto ele quanto o Gerizim), em pontos estratgicos para Israel, pois para se ir a qualquer lugar da terra santa necessrio passar por ambos.

    Monte Gerizim

    J este monte, coberto por abundante vegetao.

    Possui 230 m de altura, nele foram abertas muitas cisternas para se guardar as guas da chuva. Atualmente conhecido como Jebel-et-Tor.

    Montes de Naftali

    Os montes de Naftali compreendem o conjunto montanhoso ao norte da terra santa, e abrange a regio da Galilia; possui este nome, pois a tribo de Naftali ficaram com grande parte deste territrio na diviso das doze tribos aps a conquista sob liderana de Josu.

    Monte Carmelo

  • Os 450 profetas de baal, foram desafiados por Elias neste monte.

    Ele compreende uma cordilheira de 30 km de comprimento cuja largura varia de 5 a 13 km, ele vai do mediterrneo ao sudoeste do territrio israelita, o ponto mais alto da serra no atinge 600 m.

    No norte da cordilheira corre o rio Quisom, onde os 450 profetas foram exterminados. Ele avana para dentro do mar mediterrneo, e do alto possvel se ter uma das vises mais lindas do oriente mdio.

    Monte Tabor

    Possui 320 m de altura, e na verdade um monte solitrio, ele fica a 10 km de Nazar e a 16 km do mar da Galilia.

    Ele faz parte da histria de Dbora e Baraque e de Gideo, nos dias de Osias, foi construdo sobre ele um santurio pago, contra o qual profetizou - Osias 5:1.

    Monte Gilbo

    Possui 13 km de comprimento e largura que varia entre 5 e 8 km, localiza-se no sudeste da plancie de Jezreel, de forma alongada e eleva-se a 540 m de altitude.

    O seu nome significa "fonte borbulhante", e nele morreram em combate Saul e seu filho Jnatas, dai vem o texto de 2 Samuel 1:21.

  • Monte Hatim

    Localiza-se nas proximidades do mar da Galilia tambm chamado de "cornos de Hatim", pequeno, no ultrapassou 180 m de altura, do seu topo pode-se avistar todo o mar da Galilia, possui dois picos principais e tem aparncia de chifres.

    Tambm conhecido como o monte das bem aventuranas, pois, se acredita que foi dele que Jesus pronunciou o sermo da montanha.

    Montes Transjordanianos

    A transjordnia fica ao oeste do rio Jordo, e esta regio mais plana, portanto estes montes so conhecidos como montes de planalto.

    Monte de Gileade

    na realidade um conjunto montanhoso, vai do Sul do rio Yamurque at o mar morto. cortado pelo rio Jaboque onde Jac lutou com o anjo do Senhor. Na diviso das doze tribos esta regio coube a Gade.

    Nos tempos de Jesus este territrio era conhecido como Peria.

    Na antiguidade a regio era famosa por sua fertilidade, produzindo muitos cereais, frutas e oliveiras.

    Monte de Basam

  • Constitui-se num grande e frtil conjunto de montanhas, ao sul do monte Hermom, e a oeste da regio desrtica da Sria e da Arbia, a leste do Rio Jordo e do mar da Galilia, e ao norte do vale de Yamurque.

    No Antigo Testamento esta regio era coberta de cedros e carvalhos, e l eram apascentados numerosos rebanhos. Nos dias de Abrao era habitado pelo temidos refains (gigantes).

    Monte Pisga

    Em Deuteronmio 34:1-6 se l - "Ento subiu Moiss das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga que est defronte de Jeric; e o Senhor lhe mostrou toda a terra, desde Gileade at D. Assim morreu ali Moiss, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme o dito do Senhor".

    O Monte Pisga est localizado na plancie de Moabe, a 15 km a leste da desembocadura do rio Jordo, possui 800 m de altura e tambm conhecido como monte Nebo.

    Monte Peor

    Localizado nas imediaes do monte Pisga, seu nome significa: "abertura" em hebraico, nele era adorado o deus baal-peor.

    Foi deste monte que Balao tentou amaldioar os filhos de Israel.

    Monte Sinai

  • Constitui-se numa pennsula montanhosa localizada entre os golfos de Suez e Acaba. Foi nesta regio que Deus apareceu a Moiss, e da sara ardente o chamou para libertar o povo hebreu das garras do fara.

    Tambm conhecido como monte Horebe, ele serviu de refgio ao profeta Elias quando se escondia da perversa Jesabel.

    DESERTOS E HIDROGRAFIA

    DESERTOS

    O termo deserto significa "regies de escassas precipitaes e nas quais a cobertura vegetal praticamente nula ou ento est reduzida a algumas plantas isoladas".

    Mas a bblia ao referir-se a deserto no somente inclui os desertos estreis e dunas de areia ou de rocha, mas igualmente refere-se a terras planas de vegetao rasteira apropriada para pastagens.

    Esta palavra encontrada 36 vezes como adjetivo (exemplo: a vida um deserto), e 284 vezes como substantivo, referindo-se propriamente ao deserto; no NT 12 como adjetivo e 36 como substantivo.

    A palavra hebraica mais traduzida como deserto e "midbar", e ela pode significar desde o deserto h uma regio plana, "yesimon" significa deserto comum, "orbh" significa aridez, desolao, runa o castigo divino, "toku" significa vazio, e "siyyah" que significa terra rida.

  • A difcil classificar o deserto pela quantidade de chuvas que recebe a regio, algumas regies que recebem pouqussimas chuvas (10 mm/ano), outras (50 mm/ano ou mais), e algumas regies semi-ridas at 250mm/ano; isto nos mostra que no somente a quantidade de chuvas que estabelece um deserto, no nordeste brasileiro algumas regies recebem anualmente 750mm de gua e so ridas. Alguns fatores podem contribuir para a formao de um deserto, tais como: solo infrtil, ventos quentes e solo desnudo que aumenta o aquecimento da regio e a destruio de seus elementos orgnicos.

    Deserto do Sinai

    Durante 40 anos os hebreus caminharam neste deserto aps a sada do Egito, neste perodo eles aprenderam a sobreviver no deserto, mas apesar da aridez nada lhes faltou, pois, o Senhor supriu todas as suas necessidades, foram quatro dcadas onde eles se organizaram e se transformaram numa nao robusta.

    Possui formato triangular, a leste banhado pelo golfo de Acaba, e a oeste pelo golfo de Suez, ao norte liga-se com a frica e com oriente, a rea desta pennsula possui 35.000 km2.

    Toda esta pennsula foi tomada por Israel na guerra dos seis dias em 1967, e depois devolvida ao Egito, mas segundo o texto sagrado esta regio pertence de fato aos israelitas.

    Deserto de Neguev.

    A agricultura irrigada, a minerao e a urbanizao empreendida no sculo XX mudaram a face do Neguev, cujo nome, em hebraico, alude aridez do lugar. Com cerca de 12.170km2, o deserto de Neguev, no sul de Israel, equivale a mais da metade da superfcie do pas. Tem forma de tringulo, com vrtice em Elat, no golfo de Aqaba, ao sul. Limita-se a oeste com a pennsula do Sinai e a leste com o vale do Jordo.

  • No tem fronteiras definidas ao norte, onde se une plancie costeira, ao planalto e ao deserto da Judia. O Neguev, que integra a depresso do mar Morto, apresenta crateras de eroso alongadas (makhteshim) e cercadas de penhascos.

    As precipitaes so baixas no sul, mas na rea de Beersheba chegam a 300mm anuais, o que viabiliza a agricultura. No inverno, so comuns chuvas repentinas e breves. Cursos d'gua temporrios (ueds) cortam a regio mais acidentada.

    Nos tempos bblicos, era uma rea de pastagens onde, mais tarde, os nabateus praticaram a agricultura. Importante celeiro do Imprio Romano, aps a conquista rabe, no sculo VII, a regio ficou entregue a bedunos por mais de 1.200 anos.

    A modernizao agrcola do Neguev iniciou-se com a implantao, em 1943, de kibbutzim (fazendas coletivas). Aps a criao do Estado de Israel (1948), a regio ganhou importncia e, graas irrigao, os frteis solos de loess produzem excelentes safras de cereais, forragem, frutas, legumes e verduras.

    Exploram-se potassa, bromo e magnsio em Sedom, ao sul do mar Morto, cobre em Timna, e gs natural em Rosh Zohar. Grandes depsitos de argila e slica abastecem as indstrias de cermica e de vidro. Em Oron e Zefa h usinas de processamento de fosfato.

    A principal cidade do Neguev Beersheba. Entre os ncleos urbanos planejados no sculo XX, destacam-se Arad, Dimona e Elat, nica sada de Israel para o oceano ndico.

    Deserto da Judia

    As reas localizadas do leste dos montes de Jud ao rio Jordo e ao mar morto formam o deserto da Judia, e este se subdivide em outros desertos menores e sem importncia : Maon, Zife, En-Gedi, Tecoa e Jeruel.

  • Foi nesta regio que Davi escondeu-se de Saul quando estava sendo perseguido.

    Foi nesta regio tambm que os profetas Ams e Joo Batista exerceram seus ministrios.

    Desertos de Jeric, Bete-Aven e Gabaom

    O deserto de Jeric fica no antigo territrio benjamita, e ele forma um desfiladeiro rochoso de cerca de 15 km que vai de Jerusalm para a Jeric. uma rea de muitas cavernas nas quais os criminosos se escondiam. Este foi o cenrio para a parbola do bom samaritano que socorreu o homem que fora assaltado na estrada para Jeric.

    Bete-Aven e Gabaom so outros desertos que compem o deserto de Jeric.

    HIDROGRAFIA

    Antes de tudo, vamos verificar o que a hidrografia.

    Hidrografia e hidrologia.

    A manuteno da vida na Terra determinada essencialmente pela presena e pelo movimento da gua. A hidrografia e a hidrologia estudam a distribuio, circulao e composio dessa substncia na superfcie terrestre.

    Hidrografia a cincia que estuda as massas de gua da superfcie da Terra, sejam fluviais, lacustres, marinhas, ocenicas ou glaciais. Alm disso, encarrega-se do estudo das propriedades fsicas (transparncia, temperatura, cor) e qumicas (salinidade, substncias dissolvidas) das guas. A hidrografia apresenta numerosos pontos em comum com a hidrologia, cincia que estuda as guas continentais.

    A confeco de mapas de bacias ocenicas e de guas continentais e litorneas pertence ao domnio da hidrografia. Nas cartas de navegao, o relevo subaqutico representado por pontos cotados em relao ao nvel mdio da superfcie lquida e

  • por linhas indicadoras de profundidades iguais (isbatas). A informao contida nesses mapas inclui a sinalizao de bancos de areia, recifes, faris, correntes etc. A projeo de Mercator, sempre utilizada nas cartas de navegao, facilita o traado de rumos nuticos.

    A hidrologia encarrega-se do estudo qualitativo das guas continentais e de sua dinmica: rios, torrentes, lagos e geleiras. Segundo seu objeto de estudo, essa cincia subdivide-se em potamologia, referente aos rios; limnologia, aos lagos; e glaciologia, s geleiras. O conceito de ciclo hidrolgico, fundamental para a hidrologia, refere-se ao processo seguido pela gua desde que se evapora dos oceanos, sua fonte principal, pela ao solar, at retornar a eles pela circulao superficial e subterrnea, depois de ter sido distribuda em forma de precipitaes pela superfcie terrestre. A moderna hidrologia aplica a matemtica, a fsica e a qumica e utiliza informaes proporcionadas pela meteorologia, a geologia, a edafologia (estudo dos solos) e a fisiologia vegetal e a hidrulica. Umidade do solo e evaporao. A gua que chega superfcie da Terra pode seguir trs caminhos diferentes: uma parte se infiltra, outra passa a fazer parte dos rios e geleiras e outra ainda permanece sobre o solo em depsitos -- lagos -- ou sobre plantas, de onde voltam por evaporao para a atmosfera. A quantidade de gua que se infiltra no terreno depende da porosidade: quanto mais poroso o solo, maior a quantidade de gua infiltrada.

    Depois de penetrar no solo, uma parte da gua absorvida pelas plantas e volta para a atmosfera por meio de evaporao.Outra parte penetra mais profundamente no solo at encontrar um horizonte impermevel, onde forma uma corrente de gua subterrnea.Nos lugares onde esse lenol fretico aflora na superfcie, formam-se fontes que podem alimentar com suas guas os rios e lagos.As guas subterrneas podem tambm aflorar por meio de poos cavados artificialmente.

    A evaporao potencial de um tipo de solo aquela que ocorreria se a umidade fosse constante. Resulta dos efeitos combinados de diversos fatores climticos. A relao entre a precipitao e a evaporao potencial serve a hidrlogos, climatlogos e gegrafos para definir as secas e delimitar as regies ridas. fundamental conhecer a evaporao para realizar projetos de irrigao, que visam a controlar a umidade do solo de cultivo a fim de favorecer o crescimento adequado das plantas.

  • A umidade do solo segundo a concentrao aquosa da regio ocorre em trs nveis. O primeiro constitudo da gua higroscpica (gua absorvida pela superfcie das partculas de terra) que, por ficar retida, no til para as plantas. O segundo nvel, o da gua absorvida capilarmente pelos interstcios entre as partculas, utilizado pelas plantas. O terceiro se constitui da gua que se infiltra no terreno pelo efeito da gravidade. O conhecimento da umidade do solo fundamental para os projetos de irrigao e de drenagem, no caso de encharcamento e inundaes. Essa umidade fator determinante da eroso de terrenos e da estabilidade de diques e outras estruturas de terra. Em geral, influi na estabilidade do terreno.

    guas subterrneas. A gua que se infiltra atravs das camadas permeveis do solo e se acumula ao chegar a uma camada inferior impermevel constitui o que se chama de lenol subterrneo fretico ou superficial. Os lenis aqferos profundos so normalmente constitudos de camadas permeveis compreendidas entre dois estratos impermeveis. A gua chega ao estrato permevel por pontos onde este aflora, por efeito da eroso ou pela forma das camadas. A superfcie de equilbrio de um lenol aqfero determina as sinuosidades do terreno.

    As camadas aqferas livres so lenis freticos ou profundos que no se mantm sob presso, devido existncia de um trecho impermevel ou menos permevel que a camada aqfera. Quando esse trecho existe, a camada se chama lenol aqfero cativo. Nesse caso, a gua tende a sair por qualquer abertura natural ou artificial do teto. A esse grupo pertencem as camadas artesianas, cujas guas, ao sarem, alcanam uma altura superior ao nvel do solo. Chama-se zona de alimentao de um lenol aqfero a superfcie do terreno onde se produz a infiltrao.

    Circulao das guas. A gua que circula nos arroios e rios, inclusive os subterrneos, por efeito da gravidade, representa, no ciclo hidrolgico, o excedente no evaporado das precipitaes. Em climas temperados, as precipitaes intermitentes e irregulares (em espao, tempo e quantidade) do lugar a guas circulantes superficiais escassas e constantes. Essa aparente contradio se deve principalmente capacidade de armazenamento das camadas da Terra, que conservam o excedente de precipitao e o liberam, gradualmente, por meio de fontes que alimentam as correntes de gua. Quando a alimentao dessas correntes

  • procede principalmente de fontes, o regime hidrogrfico (isto , as flutuaes de sua quantidade de gua) ser mais varivel se proceder de camadas freticas do que se provier de camadas profundas. muito raro, porm, o caso de um rio alimentado exclusivamente por fontes. Como as fontes tambm se originam das chuvas, os regimes so classificados conforme a alimentao se d por neves, chuvas ou ambas. Os regimes mais constantes so os mistos.

    No regime fluvial -- ritmo de cheias e estiagens de um rio -- tem influncia o clima, o relevo, a vegetao, a litologia (composio das rochas) e os solos. Pode-se falar de dois regimes principais: o dos climas quentes, alimentados por fortes chuvas, em que se incluem o regime equatorial (Congo e Amazonas) e o tropical (Orinoco e Zambeze); e o dos climas temperados e frios, muito influenciados pela temperatura, em que se diferenciam os rios de regime de mones (Ganges), mediterrneo (Ebro) e alpino. Os rios de regime alpino se abastecem principalmente das neves e tambm so chamados de rios de regime niveal, como o Danbio. Os rios alimentados por neve tm a menor quantidade de gua (estiagem), no inverno; os alimentados por chuva, no vero.

    O estudo do regime hidrogrfico de uma corrente de gua fundamental para a utilizao permanente e regular de suas guas, seja para irrigao, para o abastecimento de gua populao ou como fora motriz. As represas armazenam gua para os perodos de estiagem e impedem que se perca nas cheias. So, pois, reguladoras do regime fluvial.

    Quando se realiza o estudo hidrolgico de toda a bacia, pode-se expressar o volume total de guas em funo do tempo, obtendo-se uma curva. Esse grfico permite conhecer caractersticas da bacia que afetam a distribuio das precipitaes e, portanto, a alimentao das correntes superficiais e subterrneas. Os grficos de curto prazo servem para anlise e previso da magnitude e da freqncia das cheias, e so bsicos para o controle das enchentes. O estudo dos cursos d'gua e de suas tendncias de longo prazo, quanto quantidade e qualidade das guas, emprega-se para projetos de irrigao, obras hidrulicas, distribuio de gua potvel e outras formas de aproveitamento hidrulico.

    A hidrologia tambm estuda os lagos, que so acumulaes de gua em depresses das mais diferentes origens: falhas tectnicas, crateras vulcnicas, circos escavados

  • por geleiras etc. Geralmente so alimentados por rios e desguam em outro rio que desemboca no mar.

    Medies. A hidrologia tradicional baseava-se na observao direta, na experincia e na intuio pessoal. As modernas pesquisas hidrolgicas, porm, recorrem cada vez mais a modelos matemticos. As tcnicas de controle remoto, por exemplo, baseiam-se na radiao emitida por um objeto e captada por detectores adequados. Em hidrologia possvel detectar guas contaminadas ou mananciais termais por meio de cmaras infravermelhas. Do mesmo modo pode-se conhecer a espessura do gelo ou sua distribuio mediante detectores de microondas. O radar pode medir a umidade do solo, a intensidade da chuva e a distribuio das tempestades. As tcnicas de controle remoto mais teis nas pesquisas hidrolgicas so as que utilizam radar e fotografias espaciais feitas por cmaras a bordo de satlites artificiais.

    Mediante clculos realizados a partir dos tempos de desintegrao dos istopos radioativos, pode-se conhecer a concentrao de material em suspenso nos rios e depsitos e determinar a quantidade e a distribuio da umidade no solo. Tambm se pode medir o fluxo de canais, correntes e rios, determinar a direo e o movimento de guas subterrneas, bem como sobrecargas ou vazamentos em depsitos subterrneos. A aplicao de computadores em hidrologia abrange o campo de processamento de dados de rotina, soluo de equaes dos modelos matemticos que descrevem sistemas hidrolgicos e controle dos instrumentos e da pesquisa.

    Metade do territrio israelense a ttica do templo composto pelo deserto de Neguev, e por causa desta escassez gua constitui-se em questo vital para Israel.

    A pouca gua que existe em Israel deve ser bem aproveitada, a sua insuficincia de certo modo estrangula o desenvolvimento econmico, mas Israel com o tempo criou um sofisticado sistema de irrigao, o que lhe permite ter uma produo agropecuria suficiente.

  • MARES

    Mares da Terra Santa

    A definio de Mar da Enciclopdia Barsa : "Conjunto da massa de gua que cobre a maior parte da superfcie terrestre. Em sentido estrito, parcela dos oceanos adjacente a terras emersas"; mas em alguns casos, Mares tais como o Mar da Galilia no possuem ligao com os oceanos, na verdade alguns grandes lagos so conhecidos como Mares por possurem gua salgada, ou porque teria sido nomeado deste modo na antiguidade. O dicionrio Aurlio define: "Mar qualquer massa de gua salgada do globo terrestre".

    Israel possui trs Mares: Mediterrneo, Morto e da Galilia, este ltimo apesar de designar-se como Mar, na verdade um lago.

    Mar Mediterrneo

    Este Mar aparece nas escrituras com outros nomes: Mar Grande, Mar Ocidental, Mar dos Filisteus, Mar de Jafa; muitas vezes ele tratado simplesmente de Mar, e existe um forte motivo para isto, visto que os povos bblicos no estenderam seus domnios exploraram o atlntico ou ndico, mas a sua histria concentra-se neste Mar. Muitos povos da antiguidade possuem a origem de suas histrias ligadas a este Mar.

    Com seus 4500 quilmetros de extenso, e 3 milhes de quilmetros quadrados, ele o maior Mar interno do planeta, possui ligao ao norte com a Europa, a leste com a sia e ao sul com a frica.

    A navegao sempre tomou a frente na economia de todos os antigos pases que Margeavam o mediterrneo, mas Israel nunca explorou muito bem a navegao, por dois motivos principais: A) Os israelitas davam muito valor famlia e no trabalhavam na navegao para no se separar dela, B) As guas do mediterrneo que banham Israel so em sua maioria bastante rasas o que dificultava o acesso a grandes navios.

  • Jope era o nico porto do mediterrneo utilizado por eles para grandes embarcaes, mas havia muitos outros portos para pequenas embarcaes.

    Outra boa pesquisa sobre o Mar Mediterrneo segue abaixo:

    Em torno do Mare nostrum, como os romanos chamavam o Mar Mediterrneo, desenvolveu-se a civilizao ocidental. O clima ameno da regio, as costas recortadas, a oferecer abundncia de portos, e a situao geogrfica da Europa, a frica e a sia -- facilitaram durante milnios as trocas comerciais e culturais entre os povos litorneos.

    O Mar Mediterrneo um Mar continental situado entre a Europa, a sia e a frica. Comunica-se com o oceano Atlntico atravs do estreito de Gibraltar, que, com 13km em seu ponto mais estreito, separa a frica da Europa. Liga-se ao Mar Negro pelo estreito de Dardanelos.

    No sudoeste, o canal de Suez faz a ligao com o Mar Vermelho.

    Mar quase fechado, o Mediterrneo estende-se por cerca de quatro mil quilmetros de Gibraltar at a Sria. Forma vrios Mares secundrios:

    . Baleares,

    . Tirreno,

    . Jnico,

    . Adritico,

    . Egeu,

    . Mr Mara e

    . Negro.

  • . Extensas e numerosas, as ilhas incluem as Baleares, a Crsega, a Sardenha, a Siclia, as Jnicas, Creta, as Cclades, Rodes e Chipre.

    Geomorfologia e clima. Durante muito tempo se acreditou que o Mediterrneo era o principal remanescente do antigo Mar de Ttis, que supostamente teria existido entre os hipotticos perodos carbonfero e cretceo, quando o Mar Cspio dele se separou e isolou-se como um lago. Mas no fim do sculo XX, porm, j se sabia que se tratava de uma bacia de formao mais recente.

    Uma cordilheira subMarina entre a Siclia e a costa africana divide a bacia mediterrnea em duas partes -- ocidental e oriental -- diferenciadas em bacias menores: de oeste para leste, a de Alborn, a argelina, a tirrena, a jnica e a levantina. A profundidade mxima, de 5.121m, se encontra no Mediterrneo oriental, no Mar Jnico, ao sul da Grcia.

    O clima caracterstico da regio temperado e seco, com variaes locais determinadas por influncias do oceano Atlntico, do deserto de Saara, da frente polar e das regies continentais dominadas por altas presses. No vero, o calor

    provoca grande evaporao das guas Marinhas, enquanto um permanente centro de baixas presses atrai os ventos da frica e Europa. De acordo com a poca do ano, predominam os ventos secos e quentes do deserto africano (o siroco) ou os ventos frios do noroeste (bora e mistral). Chove mais na regio oeste, sobretudo no outono e no inverno.

    Hidrografia. O Mediterrneo perde por evaporao um volume de gua trs vezes maior que o que recebe dos rios que nele desembocam, entre eles o Nilo, o P, o Rdano, o Ebro e o Danbio (que desgua no Mar Negro). Em conseqncia, h um permanente fluxo de guas superficiais do oceano Atlntico, atravs do estreito de Gibraltar. Essa corrente, mais intensa no vero, quando a evaporao mxima, o componente mais constante da circulao de guas no Mediterrneo. O Mar Negro d uma pequena contribuio atravs dos estreitos de Bsforo e Dardanelos e o Mar de MrMara.

  • A temperatura das guas superficiais mais alta no Mediterrneo oriental que no ocidental. As guas mais quentes so as do golfo de Sidra, na Lbia, onde se alcanam mdias de 31o C no vero. As guas mais frias se encontram no extremo norte do Adritico, no golfo de Trieste, onde a temperatura no inverno baixa at 5,2o C. Nessa regio, s vezes, h formao de gelo nos perodos mais frios.

    A salinidade elevada, de 3,8% (nos oceanos se mantm prxima de 3,5%). A escassez de elementos nutritivos, as estreitas plataformas continentais e o limitado intercmbio entre as guas superficiais e profundas determinam uma relativa pobreza biolgica. A superexplorao dos recursos Marinhos do Mediterrneo um problema que ainda aguarda soluo.

    Foram descobertas jazidas de petrleo prximas Espanha, Siclia, Lbia e Tunsia, alm de gs natural no Mar Adritico. As regies em torno do Mediterrneo se especializaram na produo de azeitonas, frutas ctricas, uvas e cortia. O turismo importante fonte de divisas para a maior parte dos pases mediterrneos.

    Importncia histrica. Grandes episdios da histria da humanidade ocorreram no Mediterrneo. A partir dos primeiros ncleos do Oriente Mdio e do Egito, a civilizao se estendeu pelas ilhas e pelo litoral grego e, posteriormente, pelo Mediterrneo ocidental.

    Nos dois sculos anteriores era crist, Roma se imps sobre as civilizaes grega e cartaginesa e conseguiu unificar politicamente todo o Mediterrneo. O cristianismo se estendeu pelo imprio e foi assimilado tambm pelos povos brbaros que, desde o sculo V, se introduziram no oeste europeu. Os muulmanos conquistaram mais tarde o sul do Mediterrneo, fato que no impediu o florescimento de um prspero comrcio. Assim desenvolveram-se numerosas cidades costeiras, como Valncia, Barcelona, Marselha, Nice, Gnova, Npoles, Veneza, Alexandria, Trpoli, Tnis e Argel. No sculo XV, os turcos otomanos conquistaram Constantinopla (Istambul) e interromperam o prspero comrcio das cidades mediterrneas.

    A abertura da rota para a sia pelo cabo da Boa Esperana e o descobrimento da Amrica, deu incio ao apogeu da Europa atlntica. O Mar Mediterrneo teve, ento,

  • reduzida sua importncia, mas ressurgiu como caminho Martimo com a abertura do canal de Suez, em 1869, quando ocorreu o renascimento de seus antigos portos.

    Mar morto

    No texto bblico este Mar chamado

    de Mar salgado

    , veja Josu 3:16 , atualmente o seu nome Mar Morto por causa da quantidade imensa de sal que chega a 25% e

    impede suas guas de possurem vida.Hoje esta sua gua densa uma grande atrao turstica, pois praticamente impossvel de mergulhar ou afogada-se nelas, as pessoas normalmente biam como se estivessem com coletes flutuantes.

    Ele possui os outros seguintes nomes: Mar de Arab, Mar Oriental, Mar do Sal. O historiador Flavio Josefo o chama de "Lago do Asfalto", e os rabes de "Mar Pestilento", no Talmude de "Mar de Sodoma", alguns outros povos o chamam de: Mar de Sodoma e Gomorra, Mar de Segor, Mar de L, etc.

    Possui 78 km de comprimento e 18 km de largura e estranhamente est na mais profunda depresso da terra a 400 m abaixo do nvel do Mar, ele para ns cristos o mais perfeito exemplo da conseqncia do pecado, a morte, pois nele habitavam as impenitentes Sodoma e Gomorra.

    Mas apesar de ser um verdadeiro cemitrio biologicamente falando, por outro lado uma verdadeira e quase infinita fbrica de dinheiro, pois, rende milhes de toneladas de minrios, e alguns raros, o que rende para Israel anualmente uma verdadeira fortuna; 22 trilhes de toneladas de cloreto de magnsio, 11 trilhes de toneladas de cloreto de sdio, 7 trilhes de toneladas de cloreto de clcio, 2 trilhes de toneladas de cloreto de potssio, 1 trilho de toneladas de brometo de magnsio, e muitas mais outras espcies de minerais; alguns dos seus sais so procurados pelas indstrias do mundo desesperadamente, inclui-se nisto tambm milhares de toneladas de metais preciosos.

  • Alguns estudiosos pensam que impossvel calcular a fortuna que possui o Mar Morto, muitos arriscam que se fosse retirada de uma vez toda a fortuna que ele possui, seria o suficiente para comprar todos os pases muulmanos do mundo.

    O Mar Morto no possui nenhum canal por onde possa escoar a gua que recebe do rio Jordo, mas mesmo assim alm de no se encher, o seu nvel vem baixando a cada ano por causa da descomunal evaporao, calcula-se que 8 milhes de toneladas de gua so evaporadas por dia, em algumas pocas do ano a temperatura pode chegar a 50.

    Outra boa pesquisa sobre este Mar, abaixo:

    Segundo a Bblia, o lago Asfaltite, nome que os antigos davam ao Mar Morto, surgiu em conseqncia de uma erupo vulcnica aps a destruio de Sodoma e Gomorra. O nome moderno provm de seu elevado grau de salinidade, que impede a vida animal.

    O Mar Morto (al-Bahr al-Mayyit em rabe, Yam ha-Melah em hebraico) um lago tectnico salgado, situado na mais profunda depresso das terras emersas do planeta (cerca de 400m abaixo do nvel do Mar), na parte norte da grande fossa africana (Rift Valley). Com cerca de oitenta quilmetros de comprimento e largura mxima de 17km, localiza-se entre as colinas da Judia e os planaltos da Transjordnia. Ocupa uma rea de aproximadamente 1.020km2 e sua profundidade mxima de 400m. A pennsula de al-Lisan ("lngua") divide o lago em duas bacias: a maior, ao norte, compreende quase trs quartos da superfcie total e profundidade mxima de 400m; a outra tem profundidade mdia de apenas trs metros.

    O clima da regio subtropical semi-rido, com vero muito seco no norte (mediterrnicos) e desrtico no sul, com freqentes neblinas provocadas pela acentuada evaporao. A perda de umidade, no entanto, compensada com a gua de alguns rios (os mais importantes so o Jordo, o Hasa, o Muhib e o Zarqa), correntes intermitentes, fontes e lenis freticos.

  • A salinidade, a mais elevada do mundo, atinge um nvel de mais de 300 partes de sal por mil de gua, o que confere ao Mar Morto a extraordinria densidade que permite a qualquer pessoa flutuar sem esforo. Processadas industrialmente, essas guas fornecem potassa, cloreto e brometo de magnsio, cloreto de sdio, bromo, xido de magnsio e cido clordrico. Na superfcie flutuam fragmentos de betume, donde o nome antigo de lago Asfaltite, que lhe deram os gregos.

    Sua riqueza natural tremenda, somente entre sais raros e importantes para a industria farmacutica e blica possui um estoque de trilhes de dlares.Os paises rabes invejam e objetivam tal rea.

    Mar da Galilia

    Na verdade trata-se de um lago de gua doce, conhecido como Mar por causa de seu tamanho e das violentas tempestades que o agitam constantemente possui 24 km de comprimento e 14 km de largura, sua profundidade mdia 50 m, e est localizado no vale do Jordo a 230 m abaixo do nvel do Mar.

    Nas Margens orientais encontram-se altas montanhas, mas na Margem ocidental com frteis plancies, e importantes cidades.

    Foi nas Margens deste grande lago e na suas imediaes de Jesus escolheu seus discpulos, ensinou, fez milagres e habitou durante a maior parte do tempo de seu ministrio, o clima nesta regio j bastante mido, as chuvas so comuns, e a agropecuria bastante produtiva.

    Na poca do Senhor Jesus, moravam em suas Margens quase 150.000 habitantes em 9 cidades , Betsaida e Cafarnaum ficavam ao norte de eram atravessadas pela estrada da Galilia, Cafarnaum era a cidade onde Jesus morava (assim se considera).

  • A pesca e abundante em suas guas, encontram l aproximadamente 22 espcies de peixes, carpas, sardinhas, bagres, peixe galo, peixe de So Pedro, etc.As fotos subMarinas de suas guas encantam pela beleza e diversidade biolgica.

    Mar Vermelho

    Este Mar, se encontra na terra Santa, mas estreitamente ligado a sua histria, nas Escrituras e ele conhecido como "Yam Suph", ou plantas Marinhas.

    Ele separa os territrios egpcio e saudita, e ao norte divide-se em dois braos formando a oeste o golfo de Sues e a leste o golfo de Acaba.

    O golfo de Suez ao longo dos anos tem se estreitado, e em algumas partes secado, e isto dificulta calcular por onde o povo hebreu o atravessou durante o xodo.

    Na entrada do golfo de acaba estavam os dois nicos portos do Mar vermelho citados na bblia que so Elate e Eziam-Geber.

    A parte mais larga do Mar Vermelho aonde ele fende-se nos dois golfos de 200 milhas e a mais estreita 100 milhas; a largura do golfo de Suez de 18 milhas, j o golfo de Acaba aproximadamente 16 milhas.

    Outra boa pesquisa sobre o Mar Vermelho, abaixo:

    Grandes quantidades da alga Trichodesmium erythraeum crescem no Mar Vermelho. Ao morrerem, adquirem uma tonalidade Marrom-avermelhada, donde o nome do Mar.

    O Mar Vermelho uma faixa de gua salgada que separa a frica da pennsula arbica. Com quase dois mil quilmetros de comprimento, entre Suez, no Egito, e o

    estreito de Bab al-Mandeb, e cerca de 300km de largura mxima, ocupa cerca de 450.000km2. Sua profundidade mdia de 500m, embora na poro central atinja, em alguns pontos, quase trs mil metros. No extremo norte, delimita a pennsula do

  • Sinai ao dividir-se nos golfos de Suez e Aqaba. Os pases litorneos so Egito, Sudo e Eritria, no oeste; e Arbia Saudita e Imen, no leste. Uma pequena faixa do golfo de Aqaba banha Israel e Jordnia.

    O estreito de Bab al-Mandeb, que liga o extremo sul do Mar Vermelho ao oceano ndico, mantido aberto por exploses e dragagem, contra o avano dos recifes coralinos. O golfo de Suez comunica-se pelo canal de mesmo nome com o Mar Mediterrneo, o que faz do Mar Vermelho uma rota entre Europa e sia.

    O Mar Vermelho formou-se em pocas geolgicas recentes pela separao da placa tectnica africana e arbica, que continua atualmente razo de 1,5 cm por ano. Sem alimentao fluvial se localiza numa regio de pouca chuva, o Mar de guas mais quentes e salgadas do planeta, o que acentuado pela intensa evaporao. A comunicao com o oceano ndico evita seu progressivo secamento. Em contraste com a aridez das Margens, h uma rica fauna Marinha, pouco aproveitada. Os pases litorneos exploram as jazidas de hidrocarbonetos em sua plataforma costeira e, nas camadas mais profundas, jazidas metlicas.

    O Mar Vermelho um dos primeiros acidentes geogrficos citados em fontes histricas, e mil anos antes da era crist j era uma importante via comercial entre o Egito e o Indosto. Os grandes descobrimentos e a rota do cabo da Boa Esperana reduziram seu significado, at a abertura do canal de Suez, em 1869, quando se tornou passagem quase obrigatria entre Europa e sia. Os conflitos no Oriente Mdio ocasionaram nova reduo da navegao, a partir da dcada de 1960.

    Mar Egeu

    Bero de duas grandes civilizaes, a de Creta e a da Grcia, de que provm grande parte da cultura ocidental moderna, o Mar Egeu tornou-se uma Meca para turistas de todo o mundo, atrados pela beleza de suas ilhas.

    O Mar Egeu, que pode ser considerado uma baa do Mediterrneo oriental, se localiza entre a pennsula helnica, a oeste, e a Anatlia (Turquia), a leste. Liga-se ao Mar de MrMara pelo estreito dos Dardanelos e ao Mar Negro pelo estreito de Bsforo. Com 611km de comprimento e 299km de largura, ocupa uma superfcie de 214.000km2. So tantas as ilhas do Egeu que na antiguidade o Mar foi chamado de

  • Arquiplago, quando era a via de ligao entre a Europa, o norte da frica e a sia, graas linha de costa, cheia de baas, portos e abrigos que facilitavam a navegao e ofereciam proteo em caso de perigo.

    Ocorrem diversos arquiplagos como o das Esprades, na parte ocidental, e o das Cclades, na parte central. As ilhas so famosas pela beleza do cenrio, de casas brancas em contraste com o azul do Mar, e pelo artesanato. Entre as principais esto Creta, Mcono (Mikonos), Samotrcia, Eubia, Milo, Rodes, Samos, Naxos, Paros, Lesbos, Quio, Andros, Icria e Thera. Esta ltima ganhou interesse cientfico na dcada de 1970, quando foram encontrados indcios de ligao de seus sedimentos com a extinta Atlntida.

    A maior profundidade se registra a leste de Creta (3.543m). A gua mantm temperatura relativamente constante na superfcie, com valores mdios da ordem de 14 C, e as mars so tranqilas. O clima no inverno atenuado, principalmente nas ilhas menores e na costa de Creta. Em Maro a temperatura comea a subir, e em abril firma-se o vero, com mdias de 21o C. A produo agrcola predominante

    na rea do Egeu de trigo, uva, azeitona e figo. Produz-se ainda mel e seda natural.

    Mar Jnico

    O notvel patrimnio cultural de cidades costeiras do Mar Jnico, colonizadas por gregos, romanos, bizantinos e rabes, transformou o turismo num importante recurso econmico da regio.

    O Mar Jnico uma poro do Mediterrneo compreendida entre o litoral da Grcia e da Albnia, a leste, a Siclia, a sudoeste, e a Itlia, a oeste e noroeste. No sul, abre-se para o Mediterrneo entre o cabo Passero, na Siclia, e o cabo Gallo, na pennsula do Peloponeso. Comunica-se com o Mar Tirreno, a oeste, pelo estreito de Messina; com o Adritico pelo estreito de Otranto; e com o Mar Egeu pelo canal de Corinto, aberto em 1893. No sul da costa grega, est localizada a profundidade mxima do Mediterrneo: 4.600m.

  • Tanto o litoral grego como o italiano so muito recortados. Na Itlia, situam-se os golfos de Catnia, Squillace e Tarento, e, na Grcia, os de Arta, Patras e Corinto. Ao longo da costa oriental, mais escarpada e acidentada que a ocidental, estendem-se as ilhas Jnicas, entre as quais destacam-se Corfu, Leucas, taca, Cefalnia, Zante, Paxos e Crigo, cujos habitantes dedicam-se principalmente agricultura (uvas, olivas e frutas ctricas) e pesca. Os principais portos so os de Siracusa e Catnia (ambos na Siclia), Tarento (Itlia), Krkira (em Corfu) e Patras (Grcia). Mar Negro

    O antigo Ponto Euxino, como era conhecido o Mar Negro, foi o cenrio da lendria viagem de Jaso e dos argonautas em busca do velo de ouro. Esse Mar tem sido um importante canal de comunicao entre as naes que o cercam e entre a Europa oriental e o Mediterrneo.

    O Mar Negro est situado no extremo sudeste da Europa, entre a Ucrnia ao norte, a Rssia a nordeste, a Gergia a leste, a Turquia ao sul, alm da Bulgria, Moldvia e Romnia a oeste. Comunica-se com as guas do Mediterrneo pelo estreito de Bsforo, o Mar de MrMara, o estreito de Dardanelos e o Mar Egeu, situados na parte sudoeste do Mar. Tem forma ovalada e ocupa uma superfcie de 461.000 km2.

    A regularidade do litoral s quebrada no norte, pela pennsula da Crimia, a leste da qual est situado o Mar de Azov, ligado ao Negro pelo estreito de Kerch. Em geral, so poucas as plancies litorneas. O Mar est cercado a leste e ao sul pela cordilheira do Cucaso e a cadeia Pntica. No sudoeste erguem-se os montes Istranca; no oeste, os Balcs da Bulgria; e no norte, as montanhas da Crimia, que formam as nicas reas de falsia.

    A parte norte do Mar Negro rasa, enquanto no sul a profundidade chega a mais de dois mil metros. O ponto mais profundo se situa em frente ao cabo Kerempe, com 2.210m. A salinidade mdia da gua baixa na sua superfcie: -- 18 partes por mil, cerca de metade da ocenica -- e aumenta com a profundidade. Uma corrente superficial de gua flui para o Mediterrneo, enquanto guas salgadas mais profundas correm na direo inversa. O Danbio, o Dniester e o Don so os maiores rios que desguam no Mar Negro. Numa camada de gua entre setenta e cem metros de profundidade, no centro do Mar, e entre 150 e 250m, nas Margens, no h oxignio e existe uma concentrao proporcionalmente elevada de cido

  • sulfdrico em dissoluo, o que impede o surgimento de vida. Acima dessa camada, no entanto, a gua, quando bem oxigenada, rica em plantas e animais marinhos.

    A pesca e a navegao comercial so atividades econmicas tradicionais praticadas no Mar Negro. A elas se acrescentou recentemente uma promissora indstria turstica estimulada pelo clima agradvel, as paisagens litorneas e os famosos balnerios da regio. Esto situadas nas Margens do Mar Negro as cidades de Odessa, Sebastopol e Yalta, na Ucrnia; Novorossisk e Tuapse, na Rssia; Batumi, na Gergia; Burgas e Varna, na Bulgria; Constana, na Romnia; e Istambul, a antiga Constantinopla, na Turquia.

    Mar Cspio

    Maior Mar interior do mundo, o Mar Cspio tem grande importncia econmica, tanto pela riqueza petrolfera de sua plataforma subMarina quanto por sua funo de via essencial de comunicao entre os pases que o delimitam. A denominao de Cspio procede dos antigos habitantes da regio, os kaspi.

    Situado entre a Europa e a sia, o Mar Cspio tem como limite ao norte a Rssia, ao sul os montes iranianos do Elburs, a leste o Casaquisto e o Turcomenisto e a oeste a vertente oriental da cordilheira do Cucaso. Ocupa uma superfcie de aproximadamente 371.000 km2 e se estende no sentido norte-sul por 1.200 km, enquanto que de leste para oeste apresenta uma largura mdia de 320 km.

    No sentido longitudinal distinguem-se duas bacias: a setentrional, que constitui um prolongamento da plancie do sul da Rssia, e que apresenta guas de escassa profundidade (45m), e a central-meridional, originada por uma depresso tectnica, cuja profundidade vai aumentando em direo ao sul, onde se aproxima dos mil metros. No Cspio existem mais de cinqenta ilhas, todas de dimenses reduzidas.

    No norte, a temperatura da superfcie influenciada pelo clima continental da regio e oscila entre -10C no inverno -- poca em que a parte norte do Mar Cspio permanece congelada -- e 26C no vero. A salinidade, muito b