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Geografia

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Geografia

PROCESSOS DE FORMAÇÃO

Em 1501, quando a expedição do navegador Gaspar de Lemos fundou feitorias no litoral da colônia portuguesa, na recém descoberta América, teve início o processo de colonização de Pernambuco, uma das primeiras áreas brasileiras a ter ativa colonização portuguesa.

Entre os anos de 1534 e 1536, Dom João III, então rei de Portugal, instalou o sistema de Capi-tanias Hereditárias no Brasil, que consistia na doação de um lote de terras, chamado capitania, a um donatário (português), a quem caberia explorar, colonizar as terras, fundar povoados, arrecadar impostos e estabelecer as regras do local. Entre os primeiros 14 lotes distribuídos por Dom João III estava a Capitania de Pernambuco, ou Capitania de Nova Lusitânia, como seu donatário, Duarte Coelho, a batizou. Dessa forma, em 1535, Duarte Coelho estabeleceu-se no local onde fundou a vila de Olinda e espalhou os primeiros engenhos da região. Até então, os ocupantes do território eram os índios Tabajaras.

A Colônia

No período colonial, Pernambuco tornou-se um grande produtor de açúcar e, durante muitos anos, foi responsável por mais de metade das exportações brasileiras. Pernambuco passou a ser a mais promissora das capitanias da Colônia Portuguesa na América. Tal prosperidade chamou a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654, ocuparam toda a região, sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais, tendo como representante o Conde Mauricio de Nassau, que, por ter incendiado Olinda, estabeleceu-se no Recife, fazendo-a capital do Brasil holandês. Nassau trouxe para Pernambuco uma forma de administrar inovadora. Além disso, realizou inú-meras obras de urbanização, ampliou a lavoura da cana e assegurou a liberdade de culto.

No período holandês, foi fundada no Recife a primeira sinagoga das Américas. Amante das ar-tes, Nassau tinha, na sua equipe, inúmeros artistas, como Frans Post e Albert Eckhrout, pionei-ros na documentação visual da paisagem brasileira e do cotidiano dos seus habitantes.

A partir de 1645, teve início um movimento de luta popular contra o domínio holandês de Per-nambuco: a Insurreição Pernambucana. A primeira vitória importante dos insurretos se deu no Monte das Tabocas, hoje localizado no município de Vitória de Santo Antão, onde 1.200 insur-retos mazombos munidos de armas de fogo, foices, paus e flechas derrotaram numa embos-cada 1.900 holandeses bem armados e bem treinados. Foram quase 10 anos de conflito, com destaque para as duas Batalhas de Guararapes, até que, em janeiro de 1654, os holandeses se renderam. O movimento foi um marco importante para o Brasil, tanto militarmente, com a con-solidação das táticas de guerrilha e emboscada, quanto sociopoliticamente, com o aumento da miscigenação entre as três raças (negro africano, branco europeu e índio nativo) e o começo de um sentimento de nacionalidade.

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A ocupação dos holandeses fez Recife prosperar, onde se estabeleceram muitos comerciantes e mascates, enquanto Olinda continuava a ser o reduto dos senhores de engenho. Devido a divergências quanto à demarcação de novas vilas, em 1710, os moradores de Olinda invadem o Recife, dando inicio a chamada Guerra dos Mascates. O líder da ocupação, Bernardo Vieira de Melo entrou para a história quando sugeriu que Pernambuco se tornasse uma república. Essa foi a primeira vez que se falou em república no país. O conflito só terminou com a chegada, em 1711, do novo governador da região.

O Império

Em 1817, Pernambuco tentou proclamar-se independente de Portugal, mas o movimento foi derrotado. A Revolução Praeira, em 1848, questionava o regime monárquico e já pregava a República. Joaquim Nabuco, um dos maiores símbolos do Abolicionismo, iniciou a pregação das ideias no Recife. Os pernambucanos orgulham-se de sua participação ativa na História do Brasil, sempre mantendo altos ideais libertários.

A República

Com o advento da República, Pernambuco procurou ampliar sua rede industrial, mas continuou marcado pela tradicional exploração do açúcar. O Estado modernizou suas relações trabalhistas e liderou movimentos para o desenvolvimento do Nordeste, como no momento da criação da Sudene. A partir de meados da década de 1960, Pernambuco começou a reestruturar sua eco-nomia, ampliando a rede rodoviária até o Sertão e investindo em polos de investimento no in-terior do Estado. Na última década, consolidaram-se os setores de ponta da economia pernam-bucana, sobretudos aqueles atrelados ao setor de serviços (turismo, informática, medicina) e estabeleceu-se uma tendência constante de modernização da administração pública.

http://www.pe.gov.br/conheca/historia/

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Geografia

MESORREGIÕES

Mesorregião do São Francisco Pernambucano

Aspectos físicos

A mesorregião do São Francisco Pernambucano é uma das cinco mesorregiões do estado bra-sileiro de Pernambuco. É formada por duas microrregiões e abrange 15 municípios.

Petrolina é a capital regional dessa mesorregião, que, além de possuir um importante porto fluvial e um aeroporto internacional para exportações, é um polo agroindustrial, financeiro, e comercial.

Localiza-se no Centro-Sul do Estado de Pernambuco. Faz divisa com os Estados do Piauí, Bahia e Alagoas.

A mesorregião é circundada pela margem esquerda do Rio São Francisco, o qual faz divisa na-tural com o Estado da Bahia. Graças ao rio, a região apresenta uma desenvolvida agricultura irrigada, que coloca Pernambuco como um dos maiores produtores e exportadores de frutas do país.

A vegetação nativa é composta por caatinga.

Os índices pluviométricos da região são muito baixos, entre 400mm e 800mm. Os meses mais chuvosos são os do verão, enquanto que os mais secos são os da primavera. As temperaturas ficam elevadas todo o ano, com mínimas anuais de 15°C e máximas que podem ultrapassar fa-cilmente os 40°C. Foi no Município de Petrolina, no dia 3 de janeiro de 1964, onde foi registrada a maior temperatura em Pernambuco, com o valor de 44.1°C.

Economia

Na sua porção mais seca, em que domina o clima semiárido com rios temporários e vegetação de caatinga, a atividade econômica predominante é a pecuária bovina extensiva de corte. Já na sua porção sul, o Rio São Francisco tem influência marcante. Às suas margens desenvolvem-se culturas irrigadas, utilizando técnicas modernas que aumentam a produtividade. Esse aspecto contribui cada vez mais para a instalação de agroindústrias, principalmente produtora de vi-nhos. Merece destaque a produção de Cebola (Belém do São Francisco) e Arroz (Cabrobó), e de frutas como manga, uva e melão (Petrolina, Lagoa Grande) para exportação. Nela também está localizada a barragem de Itaparica sendo de grande importância para a região. Segundo uma pesquisa da Revista Veja, Petrolina é uma das 20 futuras metrópoles nacionais.

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Áreas de fruticultura irrigada em Petrolina.

Uvas no Vale do São Francisco Pernambucano.

Pecuária e Avicultura.

(as principais estão em negrito)

Animal

Asininos

Bovinos

Caprinos

Equinos

Galináceos

Muares

Ovinos

Suínos

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Produção Agrícola

(as principais estão em negrito)

Produto

Arroz Banana

Arroz Banana

Batata-doce Cebola

Cana-de-açúcar Coco-da-baía

Feijão Goiaba

Laranja Mamão

Mamona Mandioca

Manga Melancia

Melão Milho

Tomate Uva

Demografia

De acordo com a estimativa de 2015, a população dessa mesorregião totaliza 637.626 habi-tantes, sendo que mais da metade vive no ambiente urbano. As cidades mais populosas são: Petrolina (331.951), Santa Maria da Boa Vista (41.293), Petrolândia (35.342), Cabrobó (33.247), e Floresta (31.809).

Com a transposição do rio São Francisco, cidades como Cabrobó e Floresta receberam uma grande população e crescimento. Segundo o Censo 2010, a mesorregião poderá ter uma po-pulação de pouco mais de 575.000 habitantes. Junto com Juazeiro/BA, Petrolina forma o maior aglomerado urbano do Sertão Nordestino, as quais formam a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro juntamente com outras três cidades pernam-bucanas e três cidades baianas totalizando mais de 812.000 habitantes.

Transporte

Além de várias BRs que cortam a região, há também o aeroporto internacional de Petrolina, de grande importância regional. A mesorregião também conta com o porto fluvial de Petrolina. O porto de Petrolina é um importante porto fluvial, situado na margem esquerda do Rio São Francisco. As embarcações que nele atracam servem tanto ao transporte de passageiros como ao de produtos para o Sertão Nordestino.

O Aeroporto de Petrolina/Senador Nilo Coelho é um aeroporto que serve ao Município de Pe-trolina, Lagoa Grande, Afrânio e Dormentes, em Pernambuco, e também ao Município de Ju-azeiro, Casa Nova, Sobradinho e Curaçá, na Bahia. O Aeroporto de Petrolina possui a segunda maior pista de aterissagem do Nordeste com 3.250 metros. Firma-se como um dos principais do Nordeste, impulsionado pela produção do Vale do São Francisco, maior exportador de frutas

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do Brasil e responsável pela maior taxa de crescimento econômico da Região. Os investimentos que a Infraero, administradora de 67 aeroportos, implementou em Petrolina, transformaram o aeroporto no segundo maior do Nordeste.

São quatro as companhias aéreas que operam com voos regulares no aeroporto: a Gol Linhas Aéreas, Avianca Brasil, TRIP Linhas Aéreas e a Tam Linhas Aéreas. O novo terminal de passa-geiros do Aeroporto de Petrolina / Senador Nilo Coelho é totalmente climatizado, com equipa-mentos de segurança modernos, como o circuito interno de TV e o sistema informativo de voo, além de 18 pontos comerciais dentro do conceito de Aeroshopping. O aeroporto tem lancho-netes, restaurante, lojas de artesanato e de produtos regionais, locadoras de veículos e termi-nal de saque eletrônico. O Aeroporto de Petrolina atende a mais de 53 municípios nos Estados de Pernambuco, Bahia e Piauí. Em 2008, o aeroporto recebeu mais de 207 mil passageiros.

Turismo

Belém do São Francisco

Casario e conjunto de igrejas do período colonial, bicas, praias fluviais, a Ilha do Caxauí.

Floresta

Reserva Biológica da Serra Negra, os Letreiros de Mãe D'Água (pinturas rupestres), sítios arqui-tetônicos com casarões coloniais, praias fluviais, lagoas, riachos e serras.

Itacuruba

Praias fluviais e trilhas ecológicas.

Petrolândia

Trilhas ecológicas, a praia do Toco, o Mirante do Serrote, furnas, serras, além da Usina Hidroe-létrica Luiz Gonzaga (Itaparica).

Tacaratu

Serras, grutas, fontes, cachoeiras, passeios ecológicos, Reserva Indígena Pankararu, casas de farinha, bicas, igrejas, prédios históricos, artesanato (o distrito de Caraibeiras é centro produtor de tecelagem em teares manuais, cuja produção é distribuída no Brasil e no Exterior), gastrono-mia típica e folclore.

Petrolina

O Bodódromo, localizado em Petrolina, é o maior complexo gastronômico ao ar livre do Nor-deste quando o assunto é carne de bode. No Bodódromo, os turistas podem apreciar o princi-pal prato típico da região: bode assado. Com mais de dez restaurantes, o local, situado na Av. São Francisco, ainda dispõe de área para shows musicais, quiosques e lanchonetes.

Um agradável passeio por entre as marcas do passado, presentes em pertences de vultos como Lampião – o rei do cangaço, Dom Malán – primeiro bispo de Petrolina, coronel Quelê – pa-triarca da família Coelho, Joãozinho do Pharol – pioneiro da imprensa escrita do interior do Nordeste e tantos outros. Um encontro também com as exposições permanentes setorizadas conforme as temáticas: Sala das Carrancas, Casa Nordestina, Rio São Francisco, Cangaço e íco-

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nes nordestinos. Em cada espaço um detalhe novo salta aos olhos do visitante, possibilitando a compreensão e o entendimento das transformações socioculturais e econômicas ocorridas ao longo do tempo, na vida da terra e do homem destes sertões.

River Shopping é um shopping situado na região do Vale do São Francisco, na cidade de Pe-trolina. É o maior shopping do Sertão Pernambucano, possuindo 100 lojas. Nele se encontram as únicas salas de cinema da região, quatro salas da Orient Cinemas. Além das lojas âncora, o River Shopping também abriga algumas lojas de presença nacional como Arezzo, Chilli Beans, Cacau Show, Colcci, Playtoy, Mundo Verde e O Boticário. Por todo o shopping, há espalhados quiosques diversos.

Cabrobó

Uma boa dica para quem visita Cabrobó é conhecer as diversas cachoeiras existentes na cidade. Outra opção para o visitante é desfrutar das águas do rio São Francisco. Festa da Cebola e as Vaquejadas também movimentam a cidade. Além disso, a festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição, atrai turistas para a região.

Mesorregião do Sertão Pernambucano

Sertão Pernambucano

Unidade federativa Pernambuco

Mesorregiões limítrofes

São Francisco Pernambucano; Agreste Per-nambucano; Sertão Alagoano (AL); Vale São--Franciscano da Bahia (BA);Borborema (PB); Ser-tão Paraibano(PB); Sul Cearense (CE); Sudeste Piauiense (PI)

Área 32.450 km²

População 1.039.733 hab. IBGE/2013

Densidade 32,04 hab/km²

Indicadores

PIB R$ 6 754 833 mil IBGE/2012

PIB per capita R$ 5 477 40 IBGE/2012

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A mesorregião do Sertão Pernambucano é uma das cinco mesorregiões do estado brasileiro de Pernambuco. É formada pela união de 50 municípios distribuídos em quatro microrregiões.

Aspectos físico

Essa mesorregião é a menos densamente habitada de Pernambuco. Suas maiores cidades são Serra Talhada, Araripina e Arcoverde.

A mesorregião é cortada por rios abundantes, como rio Pajeú, rio Brígida e o rio Moxotó. Além disso, as nascentes do rio de Ipojuca se localizarem em uma serra do município de Arcoverde.

Sua vegetação é composta pela caatinga, com árvores de médio porte, arbustos e estepe. Sua fauna é rica principalmente em aves.

O índice pluviométrico é baixo em relação a outras regiões do estado, as médias pluviométricas anuais variam entre 600 mm e 1.500 mm, sendo mal distribuídas ao longo do ano. Os meses mais chuvosos são correspondentes aos do verão, com média entre 400 mm e 500 mm, e os menos chuvosos correspondentes aos da primavera, com média entre 0 mm e 10 mm. As secas são muito severas e ocorrem com frequência, o que é entrave para o desenvolvimento eco-nômico e social da região, já que as obras da Transposição do rio São Francisco sofrem com o descaso do Governo Federal.

O clima da região é o clima semiárido, com altas temperaturas na maior parte do ano e com baixos índices de umidade relativa do ar, que variam entre 5% a 90%. As temperaturas rara-mente caem para menos de 10°C no inverno e raramente ultrapassam os 41°C.

A mesorregião do Agreste Pernambucano

É uma das cinco mesorregiões do estado brasileiro de Pernambuco. É formada pela união de 71 municípios distribuídos em seis microrregiões.

Estende-se por uma área aproximada de 24 400 km², inserida entre a Zona da Mata e o Sertão. Representa 24,7% do território pernambucano e conta com uma população de cerca de 1,8 mi-lhão de habitantes (um quarto da população do estado).

Aspectos físicos

Geologicamente a região está situada sobre o Planalto do Borborema em uma altitude média entre 400 a 800 metros, sendo que em alguns pontos como nas microrregiões de Garanhuns e do Ipojuca, as altitudes podem chegar 1000 metros.

A região está inserida na área de abrangência do Polígono das Secas, mas apresentando um tempo de estiagem menor que a do sertão, devido à sua proximidade do litoral. Os índices plu-viométricos podem variar em cada microrregião.

A região está situada em parte no Planalto da Borborema, o que confere à região um clima mais ameno em relação ao semiárido e com maior índice pluviométrico. A região apresenta estações do ano bem definidas, em comparação ao litoral e ao oeste pernambucano.

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O índice pluviométrico, temperatura e umidade relativa do ar fica a cargo do relevo, pois o Agreste é a transição entre a Zona da Mata e o Sertão. As chuvas são mal distribuídas em gran-de parte da região, sendo mais frequentes entre abril e junho (não ultrapassando 295mm) e mais escassas entre setembro e janeiro (não ultrapassando 25mm). A umidade relativa do ar fica entre 10% e 100%.

A região apresenta clima semiárido. As temperaturas raramente ficam abaixo dos 8°C e dificil-mente ultrapassam os 37°C.

Clima

O Agreste Pernambucano possui um clima seco e quente, com diminuição de chuvas no verão e temperatura média sempre superior a 25°C. A mínima no verão geralmente fica entre 20°C e 25°C, e a máxima entre 30 e 35°C. A seca chega níveis críticos em quase todos os anos. Nos anos de muita seca, fica entre 4 meses e 1 ano sem uma gota de chuva. O índice pluviométrico é sempre inferior a 600mm acumulado em todos os anos.

A mesorregião da Mata Pernambucana

É uma das cinco mesorregiões do estado brasileiro de Pernambuco. É formada pela união de 43 municípios distribuídos em três microrregiões. As cidades mais importantes por microrregião são:

Na microrregião da Vitória de Santo Antão: Vitória de Santo Antão;

Na microrregião da Mata Setentrional Pernambucana (Zona da Mata Norte): Goiana, Carpina, Timbaúba e Paudalho;

Na microrregião da Mata Meridional Pernambucana (Zona da Mata Sul): Palmares, Escada, Siri-nhaém e Barreiros.

Aspectos físicos

A Zona da Mata Pernambucana estende-se por uma área de 8.738 km2, limitando-se ao norte com a Paraíba; ao sul, com Alagoas; ao leste, com a Região Metropolitana do Recife e, ao oeste, com o Agreste. Possui população estimada em 1.193.661 habitantes.

A Zona da Mata foi a porta de entrada dos europeus em Pernambuco, pois, antes de existir a Região Metropolitana do Recife, todas as cidades do leste pernambucano eram integrantes dessa mesorregião – antes de vigorar a Lei Complementar nº 14, que criou outra mesorregião. A região é servida pelas rodovias federais BR-232, BR-101 e BR-408. O nome "Zona da Mata" refere-se ao que os portugueses viram desde o litoral, uma faixa de Mata Atlântica. O revelo é ondulado e argiloso, com alturas variando entre o litoral ao interior, aumentando a altura para o interior.

A mesorregião é cortada pelos rios mais importantes do estado, como o Rio Capibaribe, o Rio Ipojuca e o Rio Ipanema, além de rios de menor extensão, como o Rio Siriji.

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A vegetação é composta por Mata Atlântica, que incluem árvores de médio e grande porte e gramíneas, com uma rica fauna.

O índice pluviométrico e a umidade relativa do ar são elevados, com acumulados anuais que ultrapassam os 2.500 mm, ao passo que a umidade ar varia de 30% a 100%. O clima predominante é o clima tropical. As temperaturas são equilibradas ao longo do ano, com mínimas que raramente chegam a menos de 15°C e máximas que nunca ultrapassam os 36°C.

Economia

A economia da Zona da Mata é composta principalmente pela plantação de cana-de-açúcar. A região tem muitos engenhos e usinas. Ultimamente a região vem se destacando devido ao crescimento no número de indústrias alimentícias e automotiva que vêm chegando desde 2010. Os municípios de maior importância é Vitória de Santo Antão, Goiana, Palmares, e Carpina. Outras cidades da região crescem bastante, principalmente Goiana, na Mata Norte, que recebeu, em 2011, a planta da maior fábrica da Fiat no mundo, gerando muitos empregos para a população local. A fábrica entrará em funcionamento em 2014. Puxada pela Fiat a empresa de fabricação de peças automotivas, WHB, lançou a pedra fundamental na cidade de Glória do Goitá no começo do ano de 2012.

A mesorregião Metropolitana do Recife

É uma das cinco mesorregiões do estado brasileiro de Pernambuco. É formada por quatro microrregiões, que totalizam 15 municípios, incluindo Vila dos Remédios (pertencente ao arquipélago de Fernando de Noronha).

A MMR é caracterizada também por incluir a Região Metropolitana do Recife conhecida pela sigla RMR, que possui 14 municípios, não fazendo parte Vila dos Remédios. A origem institucional da mesorregião Metropolitana do Recife data dos anos 1970 (1973), embora a identificação do fenômeno metropolitano remonte a meados do século XX, quando o urbanista pernambucano Antônio Baltar (1951) caracteriza o Recife – município sede e núcleo da região – como cidade transmunicipal / cidade conurbada / cidade metropolitana. Desde então, a vida urbana do Recife se integra à dos municípios vizinhos, que, em relação a ele, conformam o aglomerado metropolitano de mais alto nível de integração – Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista.

Inicialmente composta por nove municípios, a MMR ampliou esse número ao longo de três décadas, tanto por expansão de seu perímetro, quanto por desagregação de municípios no seu interior, integrando, atualmente, 17 municípios (Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno, Itapissuma e Recife) e um distrito estadual (o Arquipélago de Fernando de Noronha).

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História

A importância dessa mesorregião está ligada, desde os tempos coloniais, à atividade açucareira. Para isso, também contribuíram o solo fértil, os rios e o clima quente e úmido. Antigamente, e durante muito tempo, o açúcar produzido nas terras dessa mesorregião era exportado para a Europa, através do porto do Recife, que até hoje é um importante porto brasileiro.

Municípios

Recife

Jaboatão dos Guararapes

Olinda

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Município População (2014) IDH (2013) PIB (2010) R$ mil PIB per capita (2010) R$

Fernando de Noronha 2 8840,788alto

38 747 14 484,70

Igarassu 110 9170,665médio

1 337 837 12 921,34

Ilha de Itamaracá 24 4130,653médio

138 598 6 202,10

Ipojuca 89 6600,619médio

9 560 448 116 198,31

Itapissuma 25 5140,633médio

491 757 20 447,26

Jaboatão dos Guararapes 680 9430,717alto

8 474,650 13 042,18

Moreno 60 4350,652médio

343 039 5 989,75

Olinda 388 8210,735alto

3 412 248 9 014,28

Paulista 319 7690,732alto

2 475 244 8 158,32

Recife 1 608 4880,772alto

33 149 385 21 434,88

São Lourenço da Mata 109 2980,653médio

611 817 5 891,13

RMR 3 890 145 0,687 67 357 574 19 844,29

Economia

O PIB de 2009 da mesorregião foi de, aproximadamente, R$ 50.560.643.000 com uma per capita de R$ 13.707,92. A intensa atividade comercial praticada nessa mesorregião incentivou o surgimento de industrias: alimentares, têxteis, químicas, material elétrico, cimento, metalúrgicas, comunicação, borracha sintética, concentrada principalmente nos distritos industriais de Recife, Cabo, Jaboatão e Paulista. O Complexo Industrial e Portuário de Suape, instalado nos municípios de Cabo e Ipojuca, a 40 km do Recife, conta com indústrias petroquímicas, de fertilizantes, de material eletroeletrônico. Atualmente, o emprego de modernas técnicas de cultivo da cana-de-açúcar resultou num aumento da produção açucareira, parte absorvida pelo mercado nacional e o restante exportado a Europa, Estados Unidos e países asiáticos. O PIB da mesorregião corresponde a 65% do estadual.

Complexo Industrial e Portuário de SuapeA construção do Porto de Suape foi prevista para operar produtos combustíveis e cereais a granel, substituindo o Porto do Recife. Em 7 de novembro de 1978, uma lei estadual criou a empresa Suape Complexo Industrial Portuário para administrar o desenvolvimento das obras.

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Hoje o porto é um dos maiores do Brasil, administrado pelo governo de Pernambuco. A Suape opera navios nos 365 dias do ano, sem restrições de horário de marés. Para auxiliar as operações de acostagem dos navios, o Porto dispõe de um sistema de monitoração de atracação de navios a laser, que possibilita um controle efetivo e seguro, oferecendo ao prático condições técnicas nos padrões dos portos mais importantes do mundo.

O Complexo Industrial e Portuário de Suape foi escolhido para a implantação dos seguintes empreendimentos como: Refinaria Abreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul, Gerdau,Shineray, Amanco, Pamesa, Pepsico, Hemobrás, Novartis, Bunge, Coca-Cola, Unilever, CSN, Mossi & Ghisolfi, e a General Motors.

A Suape tem o poder de duplicar a renda de Pernambuco até 2020 e triplicar o PIB até 2030.

Porto Digital

O Porto Digital é um polo de softwares localizado na cidade do Recife, criado em julho de 2000. É reconhecido como o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas, totalizando 173 empresas em 2010, entre elas multinacionais como Motorola, Borland, Oracle, Sun, Nokia, Ogilvy, IBM e Microsoft. Emprega cerca de seis mil pessoas, e tem 3,9% de participação no PIB do estado.

Mobilidade urbana

A atração exercida por essa metrópole é tão grande que, conforme Censo Demográfico de 2010, ela apresentou uma População de 3.668.428 habitantes. Os maiores municípios são Recife (1.536.934), Jaboatão dos Guararapes (644.699), Olinda (375.559) e Paulista (300.611). A densidade demográfica é uma das mais altas do País, sendo ela de 1.332 hab./km². A Grande Recife é a maior metrópole do Nordeste e 5ª maior do Brasil. Estudos feitos pela ONU estimam que, em 2015, a população da RMR será de 4,070 milhões)

Aeroporto Internacional

Aeroporto Internacional dos Guararapes

Nessa mesorregião, estão localizados importante portos e aeroportos do estado e do país. O principal aeroporto é o do Internacional do Guararapes, moderno e bem equipado, que recebe aviões de companhias aéreas nacionais e internacionais. O Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre é o maior complexo aeroportuário do Nordeste em capacidade anual de passageiros, sendo o segundo terminal mais movimentado da região. Possui o maior

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e mais moderno sítio aeroportuário do Nordeste, conforme dados da Infraero. O terminal de passageiros atual conta com uma área de 52.000m². Futuramente, será anexada uma área adicional de 24.000m², proveniente do antigo terminal, o que elevará a capacidade do complexo aeroportuário para 11,2 milhões de passageiros por ano. Além disso, conta com um pátio com 26 posições para aeronaves e 11 pontes de embarque, 64 balcões de check-in e 2.120 vagas de estacionamento. Está localizado no bairro do Ibura, no Recife, capital de Pernambuco, a 11 km do centro.

Portos

Porto do Recife

O porto do Recife, com seu terminal açucareiro, é um dos mais movimentados do Brasil, sendo o principal escoadouro de açúcar do Nordeste. Devido à sua excelente posição geográfica, serve de escala aos navios que ligam o Brasil aos países europeus, aos Estados Unidos e ao resto do mundo. O porto do Suape localiza-se a 40 km ao sul do Recife. Sua posição geográfica privilegiada faz dele ponto de convergência das principais rotas comerciais que interligam a costa brasileira ao Hemisfério Norte. Começou a operar em 1984, movimentando basicamente derivados do petróleo e álcool. Como é dotado de grande calado (grande profundidade), Suape será também um porto concentrador de cargas de todo o litoral da América do Sul. O Complexo Industrial e Portuário de Suape abrange uma área de 13.500 hectares e possui várias zonas: portuária, administrativa, industrial, agrícola, residencial, de preservação ecológica e cultural. A mesorregião está recebendo atualmente o Estaleiro Atlântico Sul, uma das maiores obras de portos do Brasil.

Metrô

Metrô do Recife

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Geografia – Mesorregiões – Prof. Luciano Teixeira

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Há tambem o Metrô do Recife, que é operado pela CBTU/Metrorec e é composto atualmente de 28 estações, com linhas que somam 39,5km de extensão, transportando cerca de 225 mil usuários por dia, sendo 205 mil na Linha Centro e 20 mil na Linha Sul.

Os trens da Linha Centro, que partem da Estação Recife, possuem dois destinos distintos: a estação de Camaragibe e a de Jaboatão. Isso acontece devido ao fato de as linhas Centro 1 (Camaragibe) e Centro 2 (Jaboatão) compartilharem a mesma via e estações no trecho entre as estações Recife e Coqueiral, graças ao traçado da antiga ferrovia em que o metrô foi construído.

Nas Linhas da Metrorec, a distância média entre as estações é de 1,2km, com os trens seguindo a uma velocidade média de 40km/h, podendo chegar a 80km/h. A bitola é 1600mm e a alimentação dos trens é feita por catenárias aéreas. Na Linha Trem Sul a distância média entre as estações é de 4km, a velocidade comercial dos trens é de 31,5km/h. A bitola é métrica e os trens utilizados possuem tração a diesel.

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Geografia

MICRORREGIÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988 (art. 25, §3º), um agrupamento de municípios limítrofes.

Sua finalidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual.

Entretanto, raras são as microrregiões assim definidas. Consequentemente, o termo é muito mais conhecido em função de seu uso prático pelo IBGE que, para fins estatísticos e com base em similaridades econômicas e sociais, divide os diversos estados da federação brasileira em microrregiões.

Pernambuco, PE – 185 municípios, 5 mesorregiões e 19 microrregiões.

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Geografia

REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO DE PERNAMBUCO

Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco

MATA SUL MATA NORTE AGRESTE CENTRAL

1. Água Preta2. Amaraji3. Barreiros4. Belém de Maria5. Catende6. Chã Grande7. Cortês8. Escada9. Gameleira10. Jaqueira11. Joaquim Nabuco12. Maraial13. Palmares14. Pombos

1. Aliança2. Buenos Aires3. Camutanga4. Carpina5. Chá de Alegria6. Condato7. Ferreiros8. Glória do Goitá9. Goiana10. Itambé11. Itaquitinga12. Lagoa do Carro13. Lagoa do Itaenga14. Macaparana

1. Agrestina2. Alagoinha3. Altinho4. Barra de Guabiraba5. Belo Jardim6. Bezerros7. Bonito8. Brejo da Madre de Deus9. Cachoeirinha10. Camocim de São Félix11. Caruaru12. Cupira13. Gravatá14. Ibirajuba

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15. Primavera16. Quipapá17. Ribeirão18. Rio Formoso19. São Benedito do Sul20. São José da Coroa Grande21. Sirinhaém22. Tamandaré23. Vitória de Santo Antão24. Xexéu

15. Nazaré da Mata16. Paudalho17. Timbaúba18. Tracumhaém19. Vicência

15. Jataúba16. Lagoa dos Gatos17. Panelas18. Pesqueira19. Poção20. Riacho das Almas21. Sairé22. Sanharó23. São Bento do Una24. São Caetano25. São Joaquim do Monte26. Tacaimbó

AGRESTE MERIDIONAL AGRESTE SETENTRIONAL

1. Águas Belas2. Angelim3. Bom Conselho4. Brejão5. Buíque6. Caetés7. Calçado8. Canhotinho9. Capoeiras10. Correntes11. Garanhus12. lati13. Itaíba14. Jucati15. Jupi16. Jurema17. Lagoa do Ouro18. Lajedo19. Palmeirinha20. Paranatama21. Pedra22. Saloá23. São João24. Terezinha25. Tupanatinga26. Venturosa

1. Bom Jardim2. Casinhas3. Cumaru4. Feira Nova5. Frei Miguelinho6. João Alfredo7. Limoeiro8. Machados9. Orobó10. Passira11. Salgadinho12. Sta. Cruz do Capibaribe13. Sta. Maria do Cambucá14. São Vicente Férrer15. Surubim16. Taquaritinga do Norte17. Toritama18. Vertente do Lério19. Vertente

ITAPARICA ARARIPE RMR – NÚCLEO OESTE-SUL

1. Belém de S. Francisco2. Camaubeira da Penha3. Floresta4. Itacuruba5. Jatobá6. Petrolândia7. Tacaratu

1. Araripina 2. Bodocó3. Exu4. Granito5. Ipubi6. Moreilândia7. Curricuri8. Santa Cruz9. Santa Filomena10. Trindade

1. Cabo do Sto. Agostinho2. Ipojuca3. Jaboatão dos Guararapes4. Moreno5. São Lourenço da Mata

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Geografia – Regiões de Desenvolvimento-RD – Prof. Luciano Teixeira

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MOXOTÓ SÃO FRANCISCO RMR – NÚCLEO NORTE

1. Arcoverde2. Betânia3. Custódia 4. Ibimirim5. Inajá6. Manari7. Sertânia

1. Afrânio2. Cabrobó3. Dormentes4. Lagoa Grande5. Cirocó6. Petrolina7. Santa Marisa da Boa Vista

1. Camaragibe2. Fernando de Noronha3. Olinda4. Recife

PAJEÚ SERTÃO CENTRAL RMR -NÚCLEO NORTE

1. Afogados da Ingazeira2. Brejinho3. Calumbi4. Camíba5. Flores6. Iguarão7. Ingazeira8. Itapetim 9. Quixaba10. Sta. Cruz da Bixa Verde11. Santa Terezinha12. São José do Egito13. Serra Talhada14. Solidão15. Tabira16. Triunfo17. Tuparatema

1. Cedro2. Mirandiba3. Panamirim4. Salgueiro5. São José do Belonte6. Serrita7. Terra Nova8. Verdejante

1. Abreu e Lima2. Araçoiaba3. Igarassu4. Itamaracá5. Itapissuma6. Paulista

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Geografia

CLIMA

O Estado está inserido na zona intertropical. Duas tipologias climáticas dominam o Estado de Pernambuco, cada qual em área diversa.

Na Baixada Litorânea (Zona da Mata), predomina o clima tropical com temperaturas chegando à casa dos 24°C. As chuvas nessa região giram em torno dos 1.500mm anuais, sendo maior este índice no litoral (2.000mm/ano).

Em outras duas áreas, Agreste (no centro) e Sertão (oeste do Estado) ocorre o clima caracterizado como semiárido quente. As temperaturas mais altas são registradas no sertão (26°C), diminuindo mais para o centro, chegando à casa dos 22°C, devido às altitudes ali localizadas (planalto da Borborema).

Quanto às chuvas, o índice anual supera 2.000mm/ano nessa região. Já no Sertão, as chuvas são escassas e irregulares. São registrados índices pluviométricos inferiores a 600mm/ano, originando, dessa forma, o fenômeno da seca.

A exemplo de algumas regiões do Nordeste, Pernambuco apresenta uma zona de transição climática entre o clima do Sertão (seco) e o do Litoral, mais precisamente na Zona da Mata (úmido).

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Polígono das Secas

Os municípios que formam o Polígono das Secas são aqueles relacionados no Manual de Preenchimento da DITR, situados nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, compreendendo grande parte do Nordeste brasileiro geoeconômico. Essa região é reconhecida pela legislação como sujeita a repetidas crises de prolongamento das estiagens e, consequentemente, é objeto de especiais providências do setor público.

Constitui-se de diferentes zonas geográficas, com distintos índices de aridez. Em algumas delas, o balanço hídrico é acentuadamente negativo, onde somente se desenvolve a caatinga hiperxerófila sobre solos delgados. Existem também áreas de balanço hídrico positivo e presença de solos bem desenvolvidos. Contudo, na área delimitada pela poligonal, ocorrem, periodicamente, secas anômalas que se traduzem, na maioria das vezes, em grandes calamidades, ocasionando sérios danos à agropecuária nordestina e graves problemas sociais.

O Polígono (ver mapa) abrange oito dos nove Estados nordestinos – o Maranhão é a única exceção e corresponde a 962.857,3 km² da área que corresponde a região Nordeste. Hádiferentes zonas geográficas, com distintos índices de aridez. O combate às secas vem sendo feito com a construção de açudes e distribuição de verbas às prefeituras dos municípios atingidos.

Estudos indicam que o fenômeno da seca remonta a milhares de anos, antes mesmo da ocupação humana no Nordeste brasileiro. De acordo com dados da Coordenação de Defesa Civil da extinta Sudene, a ocorrência de secas na Região se verifica desde antes da chegada dos europeus ao continente. Alguns vestígios de barragens foram encontrados em rios no Estado do Ceará, o que, segundo relato do historiador Pompeu Sobrinho, mostra que o homem nativo do Nordeste já utilizava pedras para represar a água dos rios.

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As causas das secas têm proporção planetária e são influenciadas por diversos fatores, entre os quais vale destacar: diferença de temperatura superficial das águas do Atlântico Norte, que são mais quentes, e do Sul, frias; deslocamento da Zona de convergência intertropical para o Hemisfério Norte, em épocas previstas para permanência no Sul; e o aparecimento do fenômeno conhecido como El Niño, caracterizado pelo aumento da temperatura no Oceano Pacífico Equatorial Leste. A topografia acidentada do Nordeste e a alta refletividade da crosta são os principais fatores locais inibidores da produção de chuvas.

(Mapa da elevação da temperatura nos últimos 10 anos)

Climograma de Recife – PE

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Geografia

VEGETAÇÃO

Mandacaru, umbuzeiro, juazeiro, angico, baraúna. Teiú, tatu-peba, cotia, preá, asa-branca, car-cará. Espalhados por aproximadamente 800 quilômetros quadrados do território brasileiro, os personagens da flora e fauna catingueira lhe impingem beleza própria. Mas não são só eles. O povo da Caatinga também contribui com sua bravura, resistência e, principalmente, com o or-gulho que sente de ser sertanejo (nome típico de seus habitantes) para que ela seja única.

Luiz Gonzaga, nosso eterno “Rei do Baião”, que o diga! A canção “Asa Branca”, que o pernam-bucano compôs com o parceiro Humberto Teixeira, e que ficou eternizada em sua voz e sanfona inconfundíveis, é uma das mais bonitas declarações de amor ao Sertão brasileiro, lugar que, à primeira vista, pode até parecer uma desolação sem fim, mas que, com um pouco mais de atenção, revela-se um cenário onde a luta pela vida e a bravura falam muito mais alto.

Chamada pelos índios de “mata branca”, a vegetação retorcida, o solo pedregoso, árido, e o baixo índice pluviométrico da Caatinga não são para qualquer um. A natureza e toda a gente do Sertão tiveram de se adaptar. Na ausência das chuvas, que pode se estender por meses a fio, plantas, bichos e gente desenvolveram estratégias para se manterem vivos. Os peixes anuais, por exemplo, enquanto aguardam a chegada das primeiras águas, enterram seus ovos na areia do leito de lagoas, poças e rios intermitentes (aqueles que desaparecem na estiagem e rea-parecem após as “cheias”). Assim que a chuva cai, os ovos eclodem, dando início ao ciclo vital novamente.

Mesmo quando chove, o solo pedregoso da Caatinga não dá conta de armazenar água e a tem-peratura elevada, com médias que variam entre 25 e 29 graus Celsius, provoca intensa evapo-ração. Na longa estiagem enfrentada ano a ano, o Sertão assemelha-se a um semideserto. As folhas da maioria das árvores já caíram, o gado e a fauna nativa começam a emagrecer, os rios intermitentes deixam de correr e as lagoas secam.

Sem folhas, as árvores, de caule e casca finos, adquirem cor esbranquiçada, o que justifica o apelido de “mata branca” da Caatinga. O calor do sol atinge o solo em cheio, o qual se racha e fica coberto de trincas. Cíclicas e prolongadas, as secas interferem de forma decisiva na vida dos bichos, plantas e do povo do sertão. Para driblá-la, o sertanejo se vira como pode e a natu-reza “paga o pato”.

No Araripe, em Pernambuco, os agricultores familiares desmatam a mata nativa e vendem a madeira para alimentar as fornalhas do Polo Gesseiro da região. Responsável pela produção de 95% da produção nacional de gesso, o englobado de 11 municípios fica a 600 quilômetros de Recife (PE). “A matriz energética para a fabricação de gesso é a vegetação da Caatinga”, conta Márcio Moura, agrônomo da ONG Caatinga, presente há 17 anos na região.

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Foto: Matheus ML/CC Flickr

O trabalho que realiza, de conscientização ecológica com práticas de conservação do solo, não é capaz de frear os agricultores locais. Na atividade pecuária, eles também impactam a Caatin-ga, provocando o empobrecimento do solo, a poluição e a contaminação dos lençóis freáticos. Foi esse o jeito que encontraram de reduzir os custos de mão de obra.

“Os agricultores daqui desmatam a vegetação catingueira para criar bovinos. Quando a área perde todo o capim, eles procuram outra e outra e outra. Até que retornam a primeira e, para acabar com a vegetação primária que cresceu ali, usam e abusam de herbicidas. Em seguida plantam novamente o capim”, relata Moura.

A Caatinga, assim como o Cerrado, não está incluída na Constituição Federal do Brasil, e des-de o período colonial vem sofrendo degradação: “É como se não fôssemos importantes como a Amazônia ou a Mata Atlântica. Nem a intensa produção de mel na região, com mais de mil espécies melíferas, é valorizada. O poder público local é despreparado e não há fiscalização”, alerta o agrônomo da ONG Caatinga.

Há pouco mais de dois anos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou os números da degradação na Caatinga. O desmatamento do bio-ma havia saltado de 43,38% em 2002, para 45,39% em 2008, o que significa que 16.576 km2 (área equivalente a 1.657.600 campos de futebol) da Caatinga já haviam sido retirados. Entre 2002 e 2008, a taxa média de desmatamento anual registrou 2.763 km2, com precisão na iden-tificação de 98,4%.

Os estados que mais desmataram foram Bahia (638 km2), Ceará (440 km2) e Piauí (408 km2). Entre os municípios que apresentaram maiores áreas de supressão de floresta estão Mucugê e Ruy Barbosa (BA) e Cabrobó (PE).

A ONG Caatinga informa, entretanto, que dados mais atuais da Embrapa apontam que 60% da vegetação catingueira já foram desmatadas.

Êxodo rural – Embora os antigos agricultores ainda permaneçam no Sertão do Araripe e, cora-josos, continuem a enfrentar a seca, a juventude está migrando para as grandes cidades. “Falta crédito, falta terra, falta assessoria técnica. Tudo isso, aliado a ausência de escolas (no lugar do professor vir até a zona rural é o aluno que vai até a cidade para cursar o Ensino Fundamental e Médio) é um prato cheio para a migração”, avalia Moura.

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Geografia – Vegetação – Prof. Luciano Teixeira

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Contrariando essa realidade, está Lourivalnda Alves de Souza, 25 anos. Nascida no município de Bodocó (PE), a jovem, que trabalha e estuda em Ouricuri (PE), diz que “não há política pública aqui que valorize a cultura dos jovens; influenciados pela mídia, eles se sentem desvalorizados, sem identidade própria e vão embora”. E sinaliza para a importância da educação no processo de valorização da cultura: “O ensino deveria se basear na realidade local. O ‘a’ que aprendi na escola era de avião e não de um dos bichos ou árvores de nossa fauna”.

A Caatinga é única, de beleza indiscutível quando floresce. Sua resistência se compara à de seu próprio povo que, apesar de sofrido, é forte! ”

De Ouricuri, Lourivalnda revela de onde vem essa força do povo do Sertão. “O sertanejo é alti-vo, bravo e estrategista por natureza; aprendeu com a Caatinga a guardar o alimento, a semen-te e a água para, na época da escassez, garantir a própria sobrevivência”, orgulha-se.

Zona da Mata e Região Litorânea

A vegetação litorânea do Estado de Pernambuco apresenta matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneas e arbustos tortuosos, predo-minantemente representados, entre outras espécies por batiputás e mangabeiras.

Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre ver-des, como a peroba e a sucupira. Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.

http://www.revistaecologico.com.br/materia.php?id=34&secao=459&mat=469

A caatinga, vegetação típica do Sertão Nordestino – Foto: Maria HSU/CC Wikimedia

• Zona da Mata (faixa próxima ao litoral) – A maior cidade nessa região é a capital, Recife. O litoral pernambucano tem belas praias, destacando-se a Praia de Boa Viagem (na própria capital) e Porto de Galinhas. Toda a faixa é uma grande planície, com alguns locais abaixo do nível do mar, várzeas e lagos. A vegetação predominante são os manguezais. O clima na Zona da Mata é tropical.

• Agreste (faixa de transição) – A maior cidade dessa região é Caruaru, a 120 km de Recife. Trata-se de um planalto, com altitudes que variam de 400 a 1000 metros. A vegetação predominante é a Mata Atlântica. O clima no Agreste é semiárido.

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• Sertão (zona semiárida) – Trata-se do oeste do Estado, região marcada por Serras, chapadas e depressões. A principal cidade da região é Petrolina. A vegetação típica da região é a caatinga. O clima é semiárido quente.

Ao sul do estado, encontra-se uma região serrana, continuação da Chapada Diamantina (Bahia). Devido à altitude, as cidades de Garanhuns e Gravatá são conhecidas pelo clima moderado.

Os rios mais importantes de Pernambuco são: Rio São Francisco, Capibaribe, Una, Pajeú, Ipoju-ca e Jaboatão.

Outras cidades importantes de Pernambuco são: Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Camaragibe.

Outro grande destaque de Pernambuco é o Arquipélago de Fernando de Noronha, formado por 21 ilhas, localizado a uma distância de 545 km de Recife.

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Geografia

HIDROGRAFIA

As grandes bacias hidrográficas de Pernambuco possuem duas vertentes: o Rio São Francisco e o Oceano Atlântico. As bacias que escoam para o Rio São Francisco formam os chamados rios interiores sendo os principais: Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó, Ipanema, além de grupos de pequenos rios interiores. As bacias que escoam para o Oceano Atlântico, constituem os chamados rios litorâneos, e os principais são: Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém, Una e Mundaú e GL.

O plano estadual de recursos hídricos (1998) dividiu o estado em 29 unidades de planejamento (up), caracterizando, assim, a divisão hidrográfica estadual, composta de 13 bacias hidrográfi-cas, 6 grupos de bacias de pequenos rios litorâneos (gl1 a gl6), 9 grupos de bacias de pequenos rios interiores (GL1 a GL9) e uma bacia de pequenos rios que compõem a rede de drenagem do arquipélago de fernando de noronha. é importante salientar que a bacia GL1 drena parte para o rio são francisco (riacho traipu) e parte para o oceano atlântico (rio paraíba).

A maior parte das grandes bacias hidrográficas pernambucanas situa-se integralmente dentro dos limites do estado, exceto as bacias dos rios una, mundaú, ipanema e moxotó que possuem parte de sua área de drenagem no estado de alagoas. além dessas, há pequenas bacias compartilhadas com os estados do ceará (GL9), paraíba (GL6) e alagoas (GL5).

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Hidrografia

Há poucos lagos e lagoas no estado, como a Lagoa do Araçá e a Lagoa Olho D'Água, ambas na Região Metropolitana do Recife. Na periferia do município do Recife, encontram-se dois belos cartões postais do município, os Açudes do Prata e de Apipucos, sendo o primeiro pertencente ao Parque Dois Irmãos. Além disso, existe um conjunto de reservatórios distribuídos por todo o estado, com destaque para o Reservatório de Jucazinho, considerado o maior de Pernambuco, localizado na região Agreste, próximo ao município de Surubim. Os manguezais são abundan-tes em todo o litoral, porém foram praticamente extintos na RMR devido à urbanização (com a exceção do maior mangue urbano do Brasil, cercado por bairros da zona sul do município do Recife, como Boa Viagem). Porém, nos anos 1990, houve um programa de reimplantação do mangue nas margens do Rio Capibaribe, desenvolvido pela prefeitura do Recife, trazendo de volta a vegetação ao rio por toda o município.

Rios

São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú e Jaboatão são os rios principais. O São Francisco é de importância vital para o interior do estado, principalmente para a distribuição de umidade através de irrigação.

Reservatório Município Cap. Máx. Data Volume (hm3) % Bacia

Hidrográfica

ABÓBORAS PARNAMIRIM 14.350 04/04/2016 0 0 TERRA NOVA

ALGODOES OURICURI 58.481 21/03/2016 736 1 BRIGIDA

ARARIPINA (BAIXIO) ARARIPINA 3.702 28/01/2014 0 0 BRIGIDA

ARCOVERDE/RIACHO DO PAU PEDRA 16.800 25/02/2016 159 0 IPANEMA

ARRODEIO SÃO JOSÉ DO BELMONTE 14.522 03/12/2015 0 0 PAJEU

BARRA SERTANIA 2.738 25/02/2016 0 0 MOXOTO

BARRA DA MELANCIA AFRÂNIO 1.374 05/01/2015 0 0 PONTAL

BARRA DO CHAPEU CABROBO 1.600 11/06/2014 0 0 TERRA NOVA

BARRA DO JUÁ FLORESTA 71.474 05/04/2016 1.188 1 PAJEU

BARREIRA DA ALEGRIA (AFRÂNIO)

AFRÂNIO 2.880 21/10/2009 0 0 PONTAL

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Reservatório Município Cap. Máx. Data Volume (hm3) % Bacia

Hidrográfica

BITA CABO DE SANTO AGOSTINHO 2.779 28/04/2016 2.769 99 GL2

BREJO DOS COELHOS SÃO CAETANO 356 15/04/2016 356 100 IPOJUCA

CACIMBA SANTA CRUZ 1.732 28/04/2015 1.701 98 GARCAS

MUNDAU GARANHUNS 1.968 25/02/2016 1.968 100 MUNDAU

PAU FERRO (UNA) QUIPAPÁ 12.174 20/01/2016 11.937 98 UNA

SIRIGI VICÊNCIA 17.260 05/04/2016 17.237 99 GOIANA

VÁRZEA DO UNA SÃO LOURENÇO DA MATA 11.568 28/04/2016 11.077 95 CAPIBARIBE

VARZINHA OURICURI 1.127 28/04/2015 1.109 98 BRIGIDA

Reservatório Município Cap. Máx. Data Volume (hm3) % Bacia

Hidrográfica

PIRAPAMA CABO DE SANTO AGOSTINHO 60.937 28/04/2016 61.659 101 GL2

SICUPEMA CABO DE SANTO AGOSTINHO 3.200 28/04/2016 3.210 100 GL2

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Geografia

POPULAÇÃO

Segundo o Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE (última contagem oficial), a população de Pernambuco era de 8.796. 448 habitantes, sendo o sétimo estado mais populoso do Brasil, representando 4,7% da população brasileira. Do total, 4.230.681 habitantes eram homens e 4.565.767 habitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 7.052.210 habitantes viviam na zona urbana e 1.744.238 na zona rural. O maior aglomerado urbano do estado é a Região Metropolitana do Recife, que além da capital, possui mais 13 municípios, e, com 3.688.428 habitantes recenseados, era, em 2010, a sexta mais populosa região metropolitana/RIDE do Brasil, e a mais populosa do Norte-Nordeste.

Densidade populacional dos municípios de Pernambuco (2010).

A densidade demográfica de Pernambuco era de 89,47hab./km² em 2010, a sexta maior do Brasil. Esse indicador, entretanto, apresentava contrastes pronunciados de acordo com a região analisada, variando de 1.342,86hab./km² na Região Metropolitana do Recife, até o valor mínimo de 23,2hab./km² na Região do São Francisco Pernambucano.

Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do estado, considerado médio, era de 0,673 em 2010. O município com o maior IDH era Fernando de Noronha (na verdade, um distrito estadual), com um valor de 0,788; enquanto Manari, situado no extremo Sertão do Moxotó, tinha o menor valor, 0,487. Recife, a capital, possuía um IDH de 0,772.

O nível de desenvolvimento social pernambucano é superior ao dos países menos avançados, mas ainda está abaixo da média brasileira. Não obstante, Pernambuco detém o melhor serviço de coleta de esgoto do Norte, Nordeste e Sul brasileiro e o quinto maior número de médicos por grupo de mil habitantes do Brasil, além de apresentar a menor taxa de mortalidade infantil, a melhor prevalência de segurança alimentar e a maior renda per capita do Nordeste do país.

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Municípios mais populosos de Pernambuco(estimativa 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Posição Localidade População Posição Localidade População

1 Recife 1 617 183 11 Igarassu 112 463

2 Jaboatão dos Guararapes 686 122 12 São Lourenço da

Mata 110 264

3 Olinda 389 494 13 Santa Cruz do Capibaribe 101 485

4 Caruaru 347 088 14 Abreu e Lima 98 602

5 Petrolina 331 951 15 Ipojuca 91 341

6 Paulista 322 730 16 Serra Talhada 84 352

7 Cabo de Santo Agostinho 200 546 17 Araripina 82 800

8 Camaragibe 154 054 18 Gravatá 81 893

9 Garanhuns 136 949 19 Carpina 81 054

10 Vitória de Santo Antão 135 805 20 Goiana 78 618

Etnias

Segundo dados publicados pelo IBGE, relativos ao ano de 2009, a população de Pernambuco está composta por: pardos (57,6%); brancos (36,6%); pretos (5,4%); e amarelos e indígenas (0,3%). De acordo com um estudo genético de 2013, a composição genética da população de Pernambuco é 56,8% europeia, 27,9% africana e 15,3% ameríndia.

Nativos e africanos

Indígenas: A presença de indígenas em Pernambuco data de mais 10 mil anos. Pinturas rupestres são encontradas em várias áreas do Sertão e Agreste do estado, sendo as mais conhecidas as do Vale do Catimbau no Município de Buíque, Agreste Pernambucano. Segundo dados da Funai, Pernambuco possui cerca de 40 mil índios nos dias atuais.

Negros: O estado contou com a presença do negro desde o século XVI. Nesse período, os portugueses introduziram a cultura da cana-de-açúcar na região, utilizando-se da mão de obra escrava de origem indígena e africana. Os engenhos multiplicaram-se rapidamente e a produção de açúcar tornou-se a principal atividade econômica da colônia. O número de cativos de origem africana também cresceu bastante em Pernambuco. Em 1584, 15 mil escravos labutavam em pelo menos 50 engenhos. Esse número subiu para 20 mil escravos em 1600. Já na metade do século XVII, a população escrava somava entre 33 e 50 mil pessoas.

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Pernambuco foi uma das regiões que mais receberam escravos africanos no Brasil. Durante o tráfico negreiro, 824.312 africanos, 17% de todos os escravos trazidos ao Brasil, entraram por Pernambuco. Dos africanos no estado, 79% eram provenientes do Centro-Oeste africano. Atualmente, situam-se nessa região os países de Angola, República do Congo e República Democrática do Congo.

Europeus

Portugueses: Além do legado genético, arquitetônico, musical e dialectual, Portugal se faz presente, em Pernambuco, com o Clube Português do Recife, o Real Hospital Português de Beneficência, o Gabinete Português de Leitura e o Consulado de Portugal. O surgimento do tradicional hóquei sobre patins em Pernambuco, na década de 1950, por exemplo, é consequência da imigração portuguesa. Os portugueses também participaram da povoação das regiões do São Francisco e do Sertão Pernambucano, adquirindo terras para a criação extensiva de gado.

Espanhóis: Nos primórdios da colonização, junto aos portugueses, os espanhóis fizeram-se presentes. Entre as últimas décadas do século XIX e o início do século XX, Recife também recebeu imigrantes oriundos da Espanha. No final de 2012, 685 espanhóis tinham registro no Consulado Honorário da Espanha no Recife como radicados na capital pernambucana.

Italianos: A imigração italiana para Pernambuco entre o final do século XIX e início do século XX foi pequena e concentrada ao longo do litoral ou na capital, com italianos provenientes principalmente das províncias de Cosenza, Salerno e Potenza. Atualmente há um número significativo de descendentes de italianos no estado: cerca de 200 mil.

Alemães: Os primeiros registros de alemães datam do século XVII, com a chegada da corte holandesa no Estado, que trouxe alguns alemães. As duas guerras mundiais também impulsionaram a colônia alemã no Recife, que chegou a contar com mais de 1,2 mil imigrantes. Essa presença alemã pode ser observada no Deutscher Klub Pernambuco, fundado em 1920, e que antes era restrito apenas à colônia alemã e seus descendentes.

Holandeses: Os holandeses, apesar de terem quase majoritariamente partido do Estado, deixaram algumas famílias na capital. Da época da invasão holandesa — embora a miscigenação não tenha sido oficialmente estimulada —, há relatos de muitas uniões interraciais. A ausência de mulheres holandesas estimulou a união e o casamento de oficiais e colonos holandeses com filhas de abastados senhores de engenho luso-brasileiros e, mais informalmente, destes com índias, negras, caboclas e mulatas locais.

Ingleses: No começo do século XIX, quando o príncipe regente Dom João abriu os portos do país, os ingleses começaram a chegar ao Brasil – em especial, para Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Nessa época, a cidade do Recife possuía aproximadamente 200.000 habitantes, e a colônia inglesa já se apresentava de forma bastante expressiva.

Árabes e judeus

Árabes: No Recife, uma das marcas dos imigrantes é o Clube Líbano Brasileiro, erguido pela colônia libanesa no bairro do Pina. O primeiro contato árabe com o Estado, entretanto, fez-

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se com missionários católicos sírios que chegaram a Pernambuco nas caravanas portuguesas. O estado de Pernambuco também abriga a segunda maior comunidade palestina do Brasil, concentrada na cidade do Recife, que começou a receber os primeiros imigrantes em 1903. Hoje a comunidade tem cerca de 5 mil pessoas.

Judeus: O judaísmo em Pernambuco está presente desde o século XVI, quando os judeus convertidos ao cristianismo eram considerados cristãos-novos, sendo muitos deles senhores de engenho. Porém, existia a suspeita de prática escondida da religião judaica. Obtiveram liberdade de professar a religião nos tempos de Maurício de Nassau, que logo foi combatida, quando os portugueses voltaram ao domínio da economia açucareira. No Recife, há hoje uma comunidade de 1,6 mil judeus.

Catedral de Petrolina, construída em estilo neogótico

Sinagoga Kahal Zur Israel, a mais antiga sinagoga da América

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Religião

A religião verificável no estado varia entre católicos e evangélicos ao lado de minorias como espíritas, judeus, umbandistas, testemunhas de Jeová e santos dos últimos dias. A maior religião do estado é a católica de acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 8.796.032 habitantes que residiam no estado naquele ano, 66,3% declararam-se católicos (5,8 milhões), 20,3% declararam-se evangélicos (1,7 milhão), e 1,4% declararam-se espíritas (123 mil).

Igreja Católica Romana

Os colégios tradicionais pernambucanos são, em sua maioria, católicos, como o Colégio Damas da Instrução Cristã, o Colégio Marista São Luís e o Liceu Nóbrega de Artes e Ofícios. Os templos maiores, mais antigos, mais conhecidos e mais visitados pelos turistas são da Igreja Católica, como a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio, a Concatedral São Pedro dos Clérigos, a Capela Dourada e o Convento e Igreja de Santo Antônio, a Basílica do Carmo, a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, a Igreja Madre de Deus, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a Igreja de Nossa Senhora do Livramento dos Homens Pardos, a Basílica da Penha, entre outras, o que se trata de um sinal de que o catolicismo romano é a religião mais professada entre os pernambucanos.

A Igreja Católica em Pernambuco divide-se administrativamente em uma arquidiocese e nove dioceses: a arquidiocese de Olinda e Recife, comandada atualmente pelo arcebispo Dom Antônio Fernando Saburido, e as dioceses de Afogados da Ingazeira, Caruaru, Floresta, Garanhuns, Nazaré, Palmares, Pesqueira, Petrolina e Salgueiro.

Evangélicos

Pernambuco é a unidade federativa da região Nordeste com a maior concentração de evangélicos, tanto em números absolutos quanto em termos proporcionais. 20,3% da população do estado, o que corresponde a mais de 1,7 milhão de pernambucanos. Declara-se protestante, de acordo com o Censo 2010 do IBGE, percentual muito superior aos percentuais encontrados nos demais estados nordestinos.

Pernambuco possui as mais diversas denominações protestantes, como a Assembleia de Deus, igreja protestante com maior quantidade de fiéis e templos no estado. Outras denominações pentecostais e neopentecostais presentes em Pernambuco são, entre muitas: Congregação Cristã no Brasil, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Episcopal Carismática e Igreja do Nazareno.

Entre as denominações evangélicas tradicionais, possuem templos no estado as igrejas de orientação batista, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Presbiteriana, a Luterana, a Anglicana, a Metodista e a Congregacional.

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Outras religiões

Entre os cristãos não católicos e não protestantes, destacam-se os Espíritas, os Santos dos Últimos Dias e as Testemunhas de Jeová. O templo afro-brasileiro mais conhecido é o Terreiro do Pai Adão, no Recife.

Os judeus também estão presentes. Algumas das personalidades judias que moraram na capital pernambucana foram a escritora Clarice Lispector, o filósofo Luiz Felipe Pondé, o engenheiro Mário Schenberg, o paisagista Roberto Burle Marx, entre outros. Os budistas, hinduístas e muçulmanos não possuem relevância na população do estado.

Governo e política

O Estado de Pernambuco é governado por três poderes: o Executivo, representado pelo Governador do Estado; o Legislativo, representado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco; e o Judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo por meio de referendos e plebiscitos. A atual constituição do Estado de Pernambuco foi promulgada em 5 de outubro de 1989, acrescida das alterações resultantes de posteriores emendas constitucionais.

O Poder Executivo pernambucano está centralizado no Governador do Estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto, pela população, para mandato de quatro anos de duração, podendo haver reeleição para mais um mandato por igual período. Sua sede é o Palácio do Campo das Princesas, construído em 1841 pelo engenheiro Morais Âncora a mando do então governador Francisco do Rego Barros. Várias pessoas já passaram pelo Governo de Pernambuco, sendo o mais recente deles Paulo Henrique Saraiva Câmara, economista recifense formado pela Universidade Federal de Pernambuco, eleito no primeiro turno das eleições de 2014. Além do governador, há ainda no estado a função de vice-governador, atualmente exercida por Raul Jean Louis Henry Júnior.

O Poder Legislativo pernambucano é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, localizado no bairro de Boa Vista, na cidade do Recife. Ela é constituída por 49 deputados, que são eleitos a cada quatro anos. No Congresso Nacional, a representação pernambucana é de três senadores e 25 deputados federais.

O Poder Judiciário é exercido pelos juízes e possui a capacidade e a prerrogativa de julgar de acordo com as regras constitucionais e leis criadas pelo poder legislativo. Atualmente a presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco é exercida pelo desembargador Frederico Neves. Representações desse poder estão espalhadas por todo o estado por meio de comarcas.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambuco#Demografia

http://www.pe.gov.br/conheca/populacao/

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Geografia

ECONOMIA

À época do Brasil Colônia, Pernambuco era a mais rica das capitanias e responsável por mais da metade das exportações brasileiras de açúcar. Sua riqueza foi alvo do interesse de outras nações e, no século XVII, os holandeses estabelecem-se no estado. A cana-de-açúcar continua sendo o principal produto agrícola da Zona da Mata pernambucana, embora o estado não mais seja o maior produtor do país. Apesar do declínio do açúcar, Pernambuco se manteve entre as cinco maiores economias estaduais do país até meados da década de 1940: em 1907, o estado tinha a quarta maior produção industrial do Brasil, após Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul e à frente de estados como Minas Gerais e Paraná; e em 1939, Pernambuco era ainda a quinta maior economia entre os estados brasileiros, após São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Atualmente a economia de Pernambuco tem como base a agricultura, a indústria e os serviços. O setor de serviços é predominante (algo típico na economia pós-urbanizatória vivida pelo Brasil nas últimas décadas), seguido pela indústria (naval, automobilística, química,metalúrgica, de vidros planos, eletroeletrônica, de minerais não metálicos, têxtil e alimentícia).

Após ter ficado estagnada durante a chamada "década perdida" (1985 a 1995), a economia pernambucana vem crescendo rapidamente desde o fim do século XX. Na Era Vargas, Pernambuco ainda aparecia entre os cinco maiores geradores de riqueza, à frente de estados que foram mais subsidiados no período ditatorial, a exemplo do Paraná (via Itaipu, dentre outros empreendimentos). No fim da década de 2000, a construção civil liderou o crescimento econômico de Pernambuco, seguida pela indústria de transformação e pelos serviços.

O estado assiste a uma importante mudança em seu perfil econômico com os recentes inves-timentos nos setores petroquímico, biotecnológico, farmacêutico, de informática, naval e au-tomotivo, que estão dando novo impulso à economia do estado, que vem crescendo acima da média nacional. Além da importância crescente do setor de informática (o Porto Digital é o maior parque tecnológico do Brasil), do setor terciário – sobretudo das atividades turísticas –, e do setor industrial em torno do Porto de Suape, merecem destaque a produção irrigada de fru-tas ao longo do Rio São Francisco, quase que totalmente voltada para exportação, concentrada no município de Petrolina, em parte devido ao aeroporto internacional com grande capacidade para aviões cargueiros do município; e a floricultura, que começa a ganhar espaço, com plan-tações de rosas, gladiolus, e crisântemos. Outros polos dinâmicos de desenvolvimento são: o polo gesseiro no Araripe; o mármore, a pecuária leiteira e a indústria têxtil no Agreste; e a cana--de-açúcar e a biomassa na Zona da Mata.

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Setor primário

Plantação irrigada de uvas em área de caatinga no município de Lagoa Grande.

Entre os principais produtos agrícolas cultivados em Pernambuco, encontram-se a cana-de-açú-car, o algodão, a banana, o feijão, acebola, a mandioca, o milho, o tomate, a graviola, o caju, a goiaba, o melão, a melancia, a acerola, a manga e a uva. Na pecuária, destacam-se as criações de bovinos, suínos, caprinos e galináceos. Merece destaque ainda a expansão que vem tendo a partir dos anos 1970 da agricultura irrigada no Sertão do São Francisco, com projetos de irrigação hortifrutícolas implantados com o apoio da CODEVASF. A produção é voltada para o mercado ex-terno.

Pernambuco é atualmente o maior produtor de acerola do Brasil, respondendo por um quarto da safra nacional. É também o maior produtor de goiaba, o segundo maior produtor de uva, o segundo maior exportador de manga, o segundo maior polo floricultor e o sexto maior pro-dutor de cana-de-açúcar do Brasil. Pernambuco é ainda o quarto maior produtor nacional de ovos, o sexto de frangos de corte e a oitava maior bacia leiteira do país.

A cana-de-açúcar é o principal produto agrícola da Zona da Mata pernambucana. Também es-tão presentes nesta mesorregião culturas de subsistência, além de fruticultura e hortaliças. No Agreste, cidades como Garanhuns, Gravatá, Chã Grande e Bonito passaram a se dedicar à flori-cultura, produzindo flores tropicais e tradicionais. Além do cultivo de flores, vêm crescendo no agreste pernambucano as lavouras de café e as plantações de seringueiras. Aumenta também a criação de cavalos, de gados de leite e de corte, de ovos e de frangos de corte. No Sertão, a fruticultura irrigada produz toneladas de frutas tropicais por ano. O polo principal fica em Pe-trolina, no vale do rio São Francisco.

Petrolina, no semiárido pernambucano, é a maior cidade da RIDE Petrolina e Juazeiro, maior aglomerado urbano do interior da região Nordeste, que se consolidou como maior exportador de frutas e segundo maior pólo vitivinicultor do Brasil graças ao uso de modernas técnicas de cultivo e irrigação.

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Setor secundário

O Complexo Industrial e Portuário de Suape abriga empreendimentos como a Refinaria Abreu e Lima e o Estaleiro Atlântico Sul (maior estaleiro do Hemisfério Sul). O petroleiro João Cândido (foto) foi o primeiro navio lançado pela indústria naval pernambucana.

A produção industrial pernambucana está entre as maiores do Norte-Nordeste. No período de outubro de 2005 a outubro de 2006, o crescimento industrial em Pernambuco foi o segundo maior do Brasil (6,3%) mais que o dobro da média nacional no mesmo período (2,3%)

Em 7 de novembro de 1978, uma lei estadual criou a empresa Suape Complexo Industrial Por-tuário para administrar o desenvolvimento de obras na região do Porto de Suape. Hoje o porto é um dos maiores do Brasil, administrado pelo governo de Pernambuco. Suape opera navios nos 365 dias do ano, sem restrições de horário de marés. O Porto dispõe de um sistema de mo-nitoração de atracação de navios a laser, que possibilita um controle efetivo e seguro, oferecen-do condições técnicas nos padrões dos portos mais importantes do mundo.

Recentemente Pernambuco foi escolhido para a implantação dos seguintes empreendimentos: montadoras Jeep (automóveis - município de Goiana) e Shineray (motocicletas - município de Ipojuca), Refinaria Abreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul, Polo Farmacoquímico e de Biotecnolo-gia, Hemobrás, Novartis, Bunge, CSN, Gerdau, Mossi & Ghisolfi, Pepsico, Amanco, central logís-tica daGeneral Motors além do Terminal ferroviário da Transnordestina, entre outros investi-mentos. Somente o Complexo Industrial e Portuário de Suape tem o poder de duplicar a renda de Pernambuco até 2020 e triplicar o PIB até 2030.

O Jeep Renegade (foto) será montado, a partir do primeiro trimestre de 2015, pela fábrica da Fiat Chrysler Automobiles no município de Goiana, litoral norte de Pernambuco.

A matriz da multinacional pernambucana Acumuladores Moura S.A. (Baterias Moura) está lo-calizada na cidade de Belo Jardim. A Baterias Moura fornece baterias para a metade dos carros fabricados no Brasil. O conglomerado pernambucano Queiroz Galvão reúne mais de 50 em-presas nos segmentos de Construção,Desenvolvimento Imobiliário, Alimentos, Participações e Concessões, Óleo e Gás, Siderurgia e Engenharia Ambiental, com presença em todos os esta-dos brasileiros assim como em países da América Latina e da África, exportando seus produtos para Estados Unidos,Canadá e Europa, e empregando cerca de 30.000 trabalhadores. O Grupo Industrial João Santos, fundado em Pernambuco, é o produtor do Cimento Nassau e um dos mais importantes conglomerados industriais do país, controlando 24 empresas e mais de 60 es-tabelecimentos comerciais com atividades nos ramos de papel e celulose, açúcar, transportes, comunicação e cimento, gerando 10 mil empregos diretos em vários estados brasileiros.

Na mineração, destacam-se a argila, o calcário, o ferro,a gipsita, o granito e o quartzo. A microrregião de Araripina destaca-se na extração mineral da gipsita, fornecendo 95% do gesso consumido no Brasil.

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Setor terciário

Recife é um tradicional polo de serviços. Os segmentos de maior destaque são: comércio, ser-viços médicos, serviços de informática e de engenharia, consultoria empresarial, ensino e pes-quisa, atividades ligadas ao turismo.

A capital pernambucana abriga o Porto Digital, reconhecido como o maior parque tecnológi-co do Brasil, com mais de 200 empresas, entre elas multinacionais como Motorola, Borland, Oracle, Sun, Nokia, Ogilvy, IBM e Microsoft. Emprega cerca de seis mil pessoas e tem 3,9% de participação no PIB do estado.

O polo médico do Recife, considerado o segundo maior do país, atrai pacientes do Brasil e do exte-rior. Os estrangeiros que vão ao Recife em busca de atendimento na área médica, em sua maioria africanos e norte-americanos, visam qualidade nos serviços e preço baixo no atendimento (o que torna isso possível também é o fato de Pernambuco estar acima da média na formação dessa área).

O RioMar Shopping, localizado na Zona Sul do Recife, é o maior centro de compras do Norte--Nordeste e o terceiro maior do Brasil, além de primeiro endereço de alto luxo do Nordeste e Norte brasileiro.

Recife foi eleita por pesquisa encomendada pela MasterCard Worldwide como uma das 65 ci-dades com economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo.

Apenas cinco capitais brasileiras entraram na lista: São Paulo, que foi a cidade brasileira mais bem colocada, na 12ª posição; Rio de Janeiro (36ª posição); Brasília (42ª); Recife (47ª); e por último Curitiba (49ª). Xangaie Pequim, na China, ocuparam as duas primeiras posições.

A Tupan, atacadista distribuidora de materiais de construção fundada em Serra Talhada, no sertão do estado, é a maior empresa do ramo no Norte-Nordeste e a quinta maior do Brasil segundo o IBOPE. O grupo atende mais de 12.000 clientes lojistas em todo o Norte-Nordeste, contando com três Centros de Distribuição, localizados em Pernambuco e Alagoas (Serra Talha-da, Recife eMaceió), além de sete lojas de varejo sendo: quatro em Serra Talhada, duas em Re-cife e uma em Maceió. Possui ainda uma frota própria de 130 caminhões, 120 Representantes Comerciais e um efetivo de mais de 1.000 colaboradores.

Pernambuco abriga ainda o polo têxtil do Agreste, segundo maior polo de confecções do Brasil, abarcando 13 cidades em 2009, nas quais se concentram mais de 18 mil empresas do setor. Caruaru,

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Santa Cruz do Capibaribe e Toritama formam o triângulo e o principal ponto de venda e fabricação de confecções do Agreste. Santa Cruz do Capibaribe possui o maior parque de confecções da Amé-rica Latina, o Moda Center Santa Cruz. Toritama é responsável por 15% das confecções feitas com jeans produzidas no Brasil.Caruaru tem sua produção têxtil escoada através da Feira de Caruaru.

Caruaru, no Agreste pernambucano, é o segundo maior polo de confecções do Brasil. Compõe, junto com Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, o triângulo têxtil de Pernambuco.

Porto Digital

O Porto Digital, localizado no bairro do Recife Antigo na capital pernambucana, é o maior par-que tecnológico do Brasil e referência mundial na produção de softwares.

Pernambuco conta com um dos mais importantes parques tecnológicos do Brasil, localizado no bairro do Recife, na capital estadual. Trata-se do Porto Digital, que abriga mais de duzentas empresas, entre elas multinacionais como Accenture, Oracle, ThoughtWorks,Ogilvy, IBM e Microsoft, e é reconhecido pela A. T. Kearney como o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas, O Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn UFPE) fornece mão de obra para o polo, que gera sete mil empregos e tem participação de 3,5% no PIB do Estado de Pernambuco. Além do Porto Digital, a capital pernambucana possui uma unidade do Instituto Nokia de Tecnologia.

Turismo

Igreja do Carmo com o mar azul turquesa de Olinda ao fundo, cartão postal de Pernambuco.

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O turismo no Estado de Pernambuco oferece diversas atrações históricas, naturais e cultu-rais. As principais localidades turísticas do Estado de Pernambuco são Fernando de Noronha, Porto de Galinhas, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Recife, Igarassu, Itamaracá, Gravatá, Triunfo,Garanhuns , Caruaru e Bonito.

Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009", realizada pela Vox Po-puli, Pernambuco foi o segundo destino turístico preferido dos brasileiros, já que 11,9% dos tu-ristas optaram pelo estado nas categorias pesquisadas; e segundo a International Congress And Convention Association (ICCA), Pernambuco é o terceiro melhor polo de eventos internacionais do Brasil.

O litoral do Estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados. Faz divisa, ao norte, com a Paraíba e, ao sul, com Alagoas. Além do litoral continental, possui o arquipélago de Fernando de Noronha e suas 16 praias.

Porto de Galinhas foi eleita por dez vezes consecutivas a Melhor Praia do Brasil, segundo a Revista Viagem e Turismo, da Editora Abril.

Pernambuco oferece dez rotas de turismo que vão do litoral ao interior criadas pela Empetur, que visam explorar os principais pontos turísticos de cada região do estado de acordo com suas potencialidades, que vão do turismo de sol e mar e ecoturismo ao turismo serrano e religioso.

Entre as praias mais procuradas do estado, estão as de Boa Viagem, Porto de Galinhas, Carneiros, Serrambi, Guadalupe, Calhetas,Maria Farinha, Nossa Senhora do Ó, Ilha de Itamaracá e a Ilhota da Coroa do Avião.

Recife, conhecida como a "Capital Brasileira dos Naufrágios", atrai mergulhadores de todo o mundo por sua rica vida marinha e suas águas calmas e cristalinas com temperaturas próximas dos 30 graus. Fora do litoral da capital pernambucana há também o Arquipélago de Fernando de Noronha (foto), pertencente à mesorregião metropolitana do Recife e considerado um dos melhores lugares para a prática de mergulho do planeta.

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O Litoral Sul de Pernambuco, que tem cerca de 110 km de praias, é totalmente protegido por corais, que formam irresistíveis piscinas naturais de águas mornas. É famoso por diversas praias conhecidas nacional e internacionalmente, como Porto de Galinhas. Turistas de todo o país se hospedam nos luxuosos hotéis e resorts do Litoral Sul do estado.

O Litoral Norte do estado é mais densamente habitado que o Litoral Sul, quase urbanizado por completo desde a Região Metropolitana do Recife até a divisa com a Paraíba (o que muitos veem como a primeira proto-megalópole interestadual do país, que teria em extensão latitudinal mais de 120 km de urbanização costeira contígua). Tem alguns dos sítios históricos mais importantes do Brasil, como os dos municípios de Olinda, Igarassu, Itamaracá e Goiana. Construções do Brasil Colônia, como o Forte Orange na Ilha de Itamaracá e a Igreja dos Santos Cosme e Damião em Iga-rassu, são muito visitadas por turistas que passam pela região. As praias também são muito pro-curadas. O Litoral Norte pernambucano também é conhecido por abrigar o Veneza Water Park, um dos maiores parques aquáticos do Brasil, situado na Praia de Maria Farinha em Paulista.

A Baía do Sancho, em Fernando de Noronha, foi eleita a melhor praia do mundo pelos usuários do TripAdvisor.

O arquipélago de Fernando de Noronha tem destaque nacional e mundial. Das ilhas, é possí-vel avistar os golfinhos saltadores. As principais atrações do arquipélago são o Forte de Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha, a Vila dos Remédios , a Praia da Conceição, a Praia do Boldró, a Baía dos Porcos, a Baía do Sancho (cercada por falésias cobertas de vegeta-ção), a Baía dos Golfinhos, a Praia da Cacimba do Padre, o Morro Dois Irmãos, o Reduto de São Joaquim de Fernando de Noronha, o Reduto de Santa Cruz do Morro do Pico de Fernando de Noronha e o Reduto de Santana de Fernando de Noronha. O arquipélago foi declarado Patrimô-nio Natural da Humanidade pela Unesco.

Em Garanhuns, ocorre uma das etapas do Circuito do Frio, evento multicultural realizado en-tre julho e agosto em cinco cidades serranas de Pernambuco (as outras etapas acontecem em Triunfo, Gravatá,Pesqueira e Taquaritinga do Norte).

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O Circuito do Frio é uma opção para os que procuram um clima ameno. Trata-se de um evento multicultural, realizado no mês de julho e começo de agosto em cinco cidades serranas do inte-rior pernambucano: Garanhuns, Triunfo, Gravatá, Pesqueira e Taquaritinga do Norte. O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), criado em 1991, foi o primeiro evento, que deu início ao costume de seguir para o interior de Pernambuco na época mais fria do ano. O FIG apresenta uma maratona de atrações nacionalmente conhecidas nas praças e parques. São 12 polos, espalhados por toda a cidade de Garanhuns, num evento que mistura diversos estilos musicais – rock, MPB, blues, jazz, forró e música instrumental, para citar alguns –, teatro, cinema, circo, gastronomia, folgue-dos populares e outras formas de manifestação cultural. Triunfo, por sua vez, é um dos destinos mais concorridos do circuito. Poucos municípios têm o privilégio de reunir tantos atrativos quanto Triunfo: o clima (a cidade está a 1.004 metros de altitude) que propicia o cultivo de flores, o casa-rio singelo, as antigas construções, os seculares conventos, o Cine-Teatro Guarany, os engenhos de cana-de-açúcar e a Lagoa João Barbosa. Gravatá, localizada a 85 Km do Recife, é um dos locais mais acessíveis do evento. Andar pela cidade, tomar chocolate quente, parar nos restaurantes tradicionais de culinária típica para comer galinha à cabidela ou buchada de bode são programas imperdíveis. Em Gravatá, o Circuito do Frio recebe o nome de Festa da Estação. Cidade de larga tradição rendeira, Pesqueira realiza há cinco anos a Festa da Renascença, justamente o nome da renda feita na região. Já a cidade das praças e das flores, Taquaritinga do Norte, comanda a Festa das Dálias.

Economia de Pernambuco - Números

Evolução do PIB de Pernambuco

Ano PIB PIB per capita

2005 R$ 49,903 bilhões R$ 5.931

2006 R$ 55,505 bilhões R$ 6.528

2007 R$ 62,256 bilhões R$ 7.337

2008 R$ 70,441 bilhões R$ 8.065

2009 R$ 78,428 bilhões R$ 8.901

2010 R$ 95,187 bilhões R$ 10.821

2011 R$ 104,394 bilhões R$ 11.776

2012 R$ 117,340 bilhões R$ 13.138

2013 R$ 140,728 bilhões R$ 15.282

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10 maiores PIBs municipais de Pernambuco (2013)

Posição Município Região do Estado PIB PIB per capita

1 Recife Grande Recife R$ 46,445 bilhões R$ 29.037,18

2 Jaboatão dos Guararapes Grande Recife R$ 11,952 bilhões R$ 17.691,00

3 Ipojuca Grande Recife R$ 8,411 bilhões R$ 95.666,34

4 Cabo de Santo Agostinho Grande Recife R$ 7,361 bilhões R$ 37.530,14

5 Caruaru Agreste R$ 5,239 bilhões R$ 15.529,30

6 Petrolina Vale do São Francisco R$ 4,905 bilhões R$ 15.334,27

7 Olinda Grande Recife R$ 4,816 bilhões R$ 12.409,57

8 Paulista Grande Recife R$ 3,701 bilhões R$ 11.686,25

9 Vitória de Santo Antão Zona da Mata R$ 2,422 bilhões R$ 18.091,78

10 Igarassu Grande Recife R$ 1,914 bilhão R$ 17.516,83

10 maiores PIBs municipais do interior de Pernambuco (2013)

Posição Município Região do estado PIB PIB per capita

1 Caruaru Agreste R$ 5,239 bilhões R$ 15.529,30

2 Petrolina Vale do São Francisco R$ 4,905 bilhões R$ 15.334,27

3 Vitória de Santo Antão Zona da Mata R$ 2,422 bilhões R$ 18.091,78

4 Garanhuns Agreste R$ 1,787 bilhão R$ 13.228,07

5 Goiana Zona da Mata R$ 1,541 bilhão R$ 19.772,08

6 Belo Jardim Agreste R$ 1,279 bilhão R$ 17.077,55

7 Santa Cruz do Capibaribe Agreste R$ 1,115 bilhão R$ 11.506,31

8 Serra Talhada Sertão do Pajeú R$ 1,075 bilhão R$ 12.947,97

9 Carpina Zona da Mata R$ 1,016 bilhão R$ 12.815,87

10 Gravatá Agreste R$ 0,831 bilhão R$ 10.337,80

https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_de_Pernambuco

http://www.folhape.com.br/economia/

http://www.portalbrasil.net/estados_pe.htm

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Geografia

O ESPAÇO RURAL DE PERNAMBUCO

O território rural denominado Agreste Meridional de Pernambuco abrange uma área de 13.153 km2, está localizado em parte da Mesorregião do Agreste Pernambucano e do Sertão Pernam-bucano. Atualmente é composto por 20 municípios: Águas Belas, Buíque, Iati, Ibimirim, Inajá, Itaíba, Pedra, Venturosa, Angelim, Bom Conselho, Caetés, Capoeiras, Garanhuns, Ibirajuba, Ma-narí, Paranatama, Saloá, São Bento do Una, Terezinha e Tupanatinga.

De acordo com informações do IBGE (2010), o contingente populacional do território apresen-ta-se com 587.086 habitantes, dos quais 257.840 residem na área rural, o que corresponde a 42,7% do total. Com IDH médio de 0,60, esse meio rural é composto por agricultores familiares e patronais, famílias assentadas, comunidades quilombolas, terras indígenas, dentre outros.

O território enquadra-se na categoria de rural, seguindo-se o critério estabelecido por Veiga (2002), pois apresenta uma população média de 29.354 habitantes e uma densidade de 44,77 habitantes por km2, ou seja, uma população média menor do que 50.000 habitantes e uma densidade inferior a 80,0 habitantes por km2.

Entre os seus municípios, Garanhuns destaca-se apresentando uma acentuada população urba-na, com uma taxa de 89,1%, já os municípios de Paranatama, Manari e Caetés apresentam taxas de 79,1%, 78,9% e 71,7% da população rural, respectivamente, revelando assim, uma certa he-terogeneidade no território. Além disso, vale ressaltar, que o município de Garanhuns centraliza economicamente o Agreste Meridional e se estabelece pela importância como polo regional.

Quanto aos indicadores sociais, observa-se uma grande amplitude relativa ao (Índice de De-senvolvimento Humano Municipal (IDH-M)) entre os municípios. Os municípios de Garanhuns, de Venturosa e de São Bento do Una apresentam os maiores IDH-M, com 0,69; 0,63 e 0,62 respectivamente. Já os municípios de Manari e Caetés apresentam os menores IDH-M, com 0,47 e 0,52. Tais informações revelam também a ocorrência de uma acentuada disparidade na qualidade de vida entre os municípios do território.

As áreas rurais do território são reconhecidas economicamente pela presença da pecuária lei-teira. No entanto, as pequenas propriedades rurais, de cunho familiar, que exploram princi-palmente as culturas do feijão e da mandioca, apresentam grande relevância socioeconômica para a região, revelando nesse conjunto as principais atividades de exploração das áreas rurais. Historicamente, esse arranjo formou-se ao longo dos anos, pois o Agreste constituiu-se como o local de produção de alimentos para o abastecimento interno da região Nordeste, em face da cultura expansionista e exportadora da cana-de-açúcar.

A velha estrutura coronelista, ainda reflete sobre a atual estrutura agrária e sobre as relações sociais de dependência e subordinação que insiste em permanecer em diversos municípios desse território. Dessa forma, perpetua-se a ação política de comando sobre a população e car-gos, de uma forma geral, atuando em diversos segmentos e instituições públicas.

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Os festejos juninos apresentam-se como a expressão máxima da cultura, porém as tradições folclóricas tendem a se perder no tempo, em face da homogeneização dos costumes, princi-palmente no que diz respeito à música, com os grupos eletrônicos de forró. Trabalhar as rura-lidades ainda presentes requer um árduo e constante desafio, para que não haja perda tanto cultural como economicamente, uma vez que esses valores são descontruídos pela aquisição de novos hábitos impostos pelos meios de dominação e imposição de valores externos.

Atrelado a isso, nota-se a insatisfatória presença de estrutura das políticas públicas, relacionadas ao nível educacional, principalmente nas formações iniciais das crianças, no apoio à assistência das ati-vidades produtivas e na preservação e exploração sustentável das riquezas naturais e arqueológicas.

Território Rural do Sertão do Pajeú de Pernambuco

A região sertaneja pernambucana possui características peculiares intrínsecas a sua geografia e dentro desse contexto surge a divisão em três territórios: O território do Araripe, o território do São Francisco e o território do Sertão do Pajeú. Em relação a esse último, destacamos a de-nominação “Pajeú” devido à referência ao Rio Pajeú, que atravessa parte dos municípios que compõem o território, revelando significativa importância para o povoamento dessa parte do Sertão de Pernambuco.

O território do Sertão do Pajeú é composto por 20 municípios, divididos em três microrregiões:

a) MICRORREGIÃO DE SÃO JOSÉ DO EGITO, composta pelos municípios de Brejinho, Itapetim, Santa Terezinha, São José do Egito e Tuparetama;

b) MICRORREGIÃO DE AFOGADOS, composta pelos municípios de Afogados da Ingazeira, Car-naúba, Iguaraci, Quixaba, Sertânia, Solidão e Tabira;

c) MICRORREGIÃO DE SERRA TALHADA, composta pelos municípios de Calumbi, Flores, Mi-randiba, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte, Serra Talhada e Triunfo.

Dados históricos revelam que o início da exploração econômica do Sertão Pernambucano ocor-reu por meio da atividade pecuária. Estudos sobre essa questão informam que tal fato foi de-corrente da proibição, por parte da coroa portuguesa, da exploração da pecuária nas áreas próximas ao litoral (Zona da Mata) da capitania de Pernambuco que se destinavam apenas para o cultivo da cana-de-açúcar. Assim, induzia-se o deslocamento do gado para o Sertão, seguindo o caminho inverso das águas do Rio São Francisco e dos seus afluentes, tendo o Rio Pajeú como um deles. Tal fato trouxe para a região, juntamente com o gado, o povoamento dessas terras, a formação de latifúndios, ocupando extensas áreas e as formas de convivência.

As relações de poder foram organizadas a partir da formação das estruturas fundiárias e delas sur-giram as cidades sertanejas, tendo na figura do dono das terras e do gado a expressão do poder autoritário e paternalista que ainda permanece. Atualmente, algumas poucas mudanças pontuais são percebidas e, de alguma forma, buscam alterar o quadro político e econômico dessa região.

A mistura racial está presente e provém tanto dos habitantes naturais, indígenas, quanto do processo de escravidão com a chegada dos negros e dos embates e fugas dos portugueses e ho-landeses vindos das regiões litorâneas. Essa mistura de raça traz consigo também a mistura de culturas expressadas pelas danças e músicas, pela poesia e nos hábitos alimentares adaptados à sobrevivência no semiárido da Caatinga.

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Geografia – O Espaço Rural de Pernambuco – Prof. Luciano Teixeira

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A caprinocultura e a ovinocultura são atividades de grande relevância econômica nos municí-pios desse território, muito em face da rusticidade e da adaptação dos animais às condições do ambiente do semiárido nordestino. Em relação às atividades da agricultura, predominam os cultivos de milho, feijão e mandioca, que fazem parte da dieta básica do sertanejo.

Os dias de feira-livre constituem-se no ponto de referência para as negociações mais diversas, presencia-se a convergência da população vinda desde os locais mais recônditos das áreas ru-rais. Ao se misturarem com os moradores das cidades, estabelecem a comercialização da pro-dução das atividades produtivas e contribuem para o incremento do comércio. A feira-livre é uma tradição nordestina, existente em toda a região.

As histórias sobre o legendário Lampião e o mundo do cangaço são retratadas em formas de cordel e encontra no Município de Serra Talhada, cidade natal, o ponto de referência com o museu sobre essa figura que percorria essas terras com sua tropa, deixando atônita e aterrori-zada a população do sertão nordestino.

Quanto às infraestruturas existentes e destinadas para esse território, ressalta-se a precarieda-de das estradas que interligam os municípios, com significativa falta de conservação e apoio o que resulta na deficiência dos sistemas de transportes coletivos. As obras dos canais da trans-posição do Rio São Francisco (integração de bacias hidrográficas) estão sendo realizadas e cor-tam parte desse território, mas são vistas pela população como algo externo ao seu cotidiano e que aparentemente não lhe trarão resultados satisfatórios e esperanças para o futuro.

Pernambuco perde Paulo Crespo, líder cristão mediador de conflitos rurais

As referências a Paulo Crespo, morto e sepultado ontem aos 83 anos, no Cemitério Morada da Paz, eram nos últimos anos mais à sua condição de padre casado do que a de organizador dos trabalhado-res rurais. Isso é compreensível pela distância temporal deste papel, exercido por Crespo nos anos 1960, quando a Igreja Católica controlava a maioria desses sindicatos no estado. Dos cerca de 115 sindicatos, a instituição religiosa comandava mais de 90, sendo o ainda não padre casado um dos responsáveis pelo número. Ele se destacava pela formação intelectual, o que incluía estudos no Instituto Católico de Paris e ensino na Universidade Católica de Pernambuco. Mas o que o levou a apoiar os trabalhadores rurais foi a experiência na Paróquia de Jaboatão, assumida aos 24 anos. Nascido em Bom Conselho, no Agreste, chocou-se com a pobreza da zona canavieira. “Percebi uma grande miséria e sofrimento, muita fome, muita nudez”, revelou em entrevista. A escolha que fez resultou em visões diferentes de seu papel: comunista para uns, pelego ou homem de Igreja para outros.

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Geografia

URBANIZAÇÃO EM PERNAMBUCO

Conhecida como a Veneza brasileira, a cidade de Recife foi estabelecida em um grande delta formado pelos rios Capibaribe, Beberibe, Jiquiá, Tejipió e Jaboatão. O desenvolvimento da cidade transcorre em uma grande batalha entre os construtores e as águas, nos rios, nos mangues e no mar – uma batalha entre aterros, barragens e pontes contra chuvas e marés, vivenciada até hoje pelos moradores de uma das principais regiões metropolitanas do Nordeste brasileiro.

“O RECIFE, COMO VENEZA, É A CIDADE QUE SAI DA ÁGUA E QUE NELA SE REFLETE, É UMA CIDADE QUE SENTE A PALPITAÇÃO DO OCEANO NO MAIS PROFUNDO DOS SEUS RECANTOS.” — JOAQUIM NABUCO.

Uma colônia de pescadores que abastecia Olinda, produzindo uma grande quantidade de açú-car, engordou os olhos da Companhia das Índias Ocidentais, que, em um desacordo com a co-roa espanhola, invadiu as terras, incendiou o centro de Olinda e transferiu para Recife a sede administrativa, guardada por fortes estratégicos. A partir daí, iniciou-se o processo de formação da cidade de Recife, principalmente com a chegada de João Maurício de Nassau, com planos de criar a mais moderna cidade da América do Sul.

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Cidade Maurícia – 1644

A cidade de Recife moderna já conta com mais de 1. 617. 183 habitantes, ainda com dezenas de canais e pontes compondo seu traçado urbano. Assim como aconteceu em tantas cidades de baixada, a expansão urbana deu-se rapidamente, ocupando manguezais e áreas de alagamento natural, sem controle dos impactos negativos sobre o meio ambiente, resultando em uma me-trópole com graves problemas de inundações.

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Geografia – Urbanização em Pernambuco – Prof. Luciano Teixeira

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Na Avenida Recife, na altura da Av. Dom Helder Câmara, foi necessária a instalação de um conjunto de bombas para auxiliar na drenagem de uma área com mais de 50h a, em eventos de chuva e maré alta. A estrutura é composta por três bombas com capacidade de vazão de 1.000 litros por segundo cada uma. Para piorar a situação, há uma intensa ocupação das margens do canal, com lançamento direto de esgoto doméstico, degradando as águas.

Localização da drenagem forçada por bombas

Local de despejo das águas bombeadas

Local de despejo das águas bombeadas

No segundo local, existe um sistema de comportas instalado no canal Derby-Tacaruna, que se estende pela Avenida Agamenon Magalhães. Esse canal liga o rio Capibaribe até o estuário do porto.

Muitos locais às margens desse canal eram áreas de mangue, com solo pouco resistente. As-sim, parte da Av. Agamenon Magalhães sofreu um rebaixamento, resultante da compactação do solo, com pontos de até 1 metro de diferença. Com isso, em condições de preamares (maré alta) mais altas, como em dias de sizígia, a água do canal extravasava para as pistas, parando o trânsito e prejudicando toda a circulação da cidade.

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Para resolver isso, foram instaladas comportas nas duas extremidades do canal, que são fechadas durantes as altas marés. Porém, foi criada uma dificuldade: como os bairros que drenam suas águas para esse canal serão afetados em um dia de chuva com maré alta? Inundação certa!

Processo de Verticalização

http://www.aquafluxus.com.br/o-preco-da-urbanizacao-recife-pe/

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Geografia

MOVIMENTOS CULTURAIS EM PERNAMBUCO

Não por acaso, o estado é conhecido no país como um dos que têm a cena cultural mais viva, construída a partir da contribuição de índios, portugueses, holandeses, judeus, africanos, entre outros. É celeiro de poetas, artistas plásticos e músicos reconhecidos em todo mundo, sem falar nos seus movimentos, no carnaval, no São João, em nossa cultura. Isso é Pernambuco.

Lampião e Maria Bonita | Museu do Forró – Caruaru

O carnaval, por exemplo, é a maior festa. Não só dos pernambucanos, mas de todos que visi-tam o estado na época dessa democrática festa – seja na capital, nas praias, no interior. Tem o maracatu, o caboclinho, o coco de roda, a ciranda e o maior de todos os representantes – o frevo! O ritmo, aliás, é único e teve origem no próprio estado. Na festa, além das ladeiras de Olinda, do fervor do Recife Antigo, tem também o Galo da Madrugada, o maior bloco de rua do mundo (segundo o Guinness Book).

No interior, seja no Sertão ou no Agreste, há outros movimentos culturais. Os Caretas de Triun-fo (cidade sertaneja a 600km do Recife); os Papangus de Bezerros (agreste, 90km da capital), que no carnaval, promovem uma grande festa nas ruas do município.

Rua da Aurora – Recife

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Pernambuco também é a terra do São João. O período junino no estado é um dos mais tradi-cionais do país. A cidade de Caruaru, no Agreste, é o ponto central onde acontecem 30 dias de festa – todo o mês de junho. É a terra do forró, do xaxado, do mestre Vitalino, da famosa Feira de Caruaru, do Alto do Moura, entre outros. Mas não é só nessa que ocorrem os festejos; da capital ao interior são muitas as homenagens ao Santo.

Na Zona da Mata, tanto a Norte quanto a Sul, o destaque fica para os maracatus, de baque sol-to ou de baque virado. De influência africana, eles têm muita força nessa região devido à gran-de presença de engenhos de cana-de-açúcar. No período colonial, os escravos vindos da África para trabalhar a produção do açúcar trouxeram os costumes para cá. Antigamente, muitas des-sas movimentações aconteciam às escondidas ou na senzala. Com o passar dos anos e a liber-dade dos negros, a cultura foi incorporada como um todo. hoje é um dos nossos destaques. Entre as cidades, Nazaré da Mata desponta como uma das que mais concentra maracatus.

Tudo isso é apenas uma demonstração da rica cultura de Pernambuco. Uma cultura que orgu-lha os pernambucanos, que é passada de geração em geração, levada para todos os cantos do mundo.

Cultura

A cultura pernambucana é bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenas, africanos e europeus.

Tendo sido uma das primeiras áreas efetivamente colonizadas por portugueses, ainda no século XVI, que aí encontraram as populações nativas e foram acompanhados por africanos trazidos como escravos, Pernambuco tem uma cultura bastante particular e típica, apesar de extremamente variada. Sua base é luso-brasileira, com grandes influências africanas e ameríndias.

Música e dança

O frevo, um dos principais gêneros musicais e danças do estado e símbolo do Carnaval Recife/Olinda, caracteriza-se pelo ritmo acelerado e pelos passos que lembram a capoeira. Esse gênero já revelou e influenciou grandes músicos, como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Moraes Moreira, Armandinho, Pepeu Gomes, Antônio Nóbrega, Hermeto Pascoal, entre muitos outros. Antes da criação da axé music na década de 1980, o frevo era utilizado também no Carnaval de Salvador. Em cerimônia realizada na cidade de Paris, França, no ano de 2012, a Unesco anunciou que, aprovado com unanimidade pelos votantes, o frevo foi eleito Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

O manguebeat, gênero musical pernambucano que despontou na cena underground dos anos 1990, revelou e influenciou diversos grupos musicais e artistas do estado, como Chico Science, Nação Zumbi, Otto, Lenine, Mundo Livre S/A, Cordel do fogo encantado, Mestre Ambrósio, Fred Zero Quatro, entre outros. O manguebeat foi criado pelo guitarrista Robertinho do Recife.

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Geografia – Movimentos Culturais em Pernambuco – Prof. Luciano Teixeira

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Festividades

Carnaval em Olinda: O Carnaval Recife/Olinda é considerado o mais democrático e cultural-mente diverso do país. É multifacetado, com formas diferentes de carnaval de rua, desfiles de agremiações carnavalescas e apresentações de cantores e conjuntos musicais em palanques específicos. O Recife possui o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, que se apresenta no sábado de carnaval, ou "Sábado de Zé Pereira". Em 2006, o Galo reuniu mais de um milhão e meio de pessoas, mais que a população do Recife, façanha que o incluiu no Livro Guiness de Recordes. Em fins do século XVII, havia organizações, denominadas "compa-nhias", que se reuniam para comemorar a Festa de Reis. Essas companhias eram constituídas, em sua maioria, de pessoas de raça negra, escravos ou não, que suspendiam seus trabalhos e comemoravam o dia dos Santos Reis. Com a abolição da escravatura, começaram a aparecer agremiações carnavalescas baseadas nos maracatus e nos festejos dos Reis Magos. O primeiro clube carnavalesco de que se tem notícia foi o Clube dos Caiadores, criado por Antônio Valente. Os participantes do clube compareciam à Matriz de São José, no bairro de São José, executan-do marchas. Seus participantes, levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e a caiavam (pintavam), simbolicamente.

Em Pernambuco, são realizadas das principais festas juninas do país. Os festejos de Caruaru, no Agreste pernambucano, disputam com os de Campina Grande na Paraíba o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru já esteja consolidada no Guinness Book.

O Carnaval de Olinda é conhecido mundialmente pelos desfiles dos Bonecos de Olinda, bonecos de mais de dois metros, coloridos e de fácil localização, que saem às ruas junto com os foliões. Em seus primórdios, a história do Carnaval de Olinda confunde-se com a história da folia no Recife e em Pernambuco. Tal como hoje a conhecemos, a maior festa popular do mundo é um evento relativamente recente, sendo marcado pelo surgimento de agremiações como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, fundado em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, de 1912, ambos ainda presentes nos carnavais da atualidade. O Carnaval de Olinda preserva as mais puras tradições da folia pernambucana e nordestina. Todo ano, pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta desfilam centenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, que mantêm vivas as genuínas raízes da mais popular festa do Brasil. São clubes de frevo, troças, blocos, maracatus, caboclinhos, afoxés, cujas manifestações traduzem a mistura dos costumes e tradições de brancos, negros e índios, base da formação do nosso povo e de nossa cultura.

http://www.pe.gov.br/conheca/cultura/

http://www.encontrapernambuco.com.br/sobre-pernambuco.htm

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