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Ano IX - Número 98 - Março de 2015 WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR em ação Quaresma Como viver esse tempo 5 O primeiro mandamento Amar a Deus sobre todas as coisas 4 A paróquia é sua Você já olhou em volta? 13 Gente nova Arlan Braga é nosso novo diácono 14 IGREJA: substantivo feminino

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Page 1: Gente nova 14 IGREJAparoquiasantateresinha.com.br/wp-content/uploads/downloads/2015/03/... · Ela não imagina o quanto devo a ... acolhia as pessoas que vinham ao seu encontro e,

Ano IX - Número 98 - Março de 2015 WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR

em ação

QuaresmaComo viver esse tempo

5

O primeiro mandamentoAmar a Deus sobre todas as coisas

4

A paróquia é suaVocê já olhou em volta?

13Gente novaArlan Braga é nosso novo diácono

14IGREJA:

substantivo feminino

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EditOriAl ChuvA dE rOsAs

Foi ela quemtudo fez! Com essa frase, Dom Bosco abdicou de todo protago-nismo em sua vida para creditá-lo à figura de uma mulher, Maria, Nossa Senhora Auxiliadora. E neste final de semana em que nosso jornal chega às suas mãos, comemora-se o Dia Internacional da Mulher e não poderíamos nos furtar a prestar uma homenagem à essas pessoas que tanto fazem pela vida de nossa Igreja. Em nossa Igreja particular, a Arquidiocese de São Paulo, ficamos com a im-pressão que se perguntarmos sobre a importância de Ruth Maria à Dom Odilo, ele não titubearia em usar a frase de Dom Bosco para responder. Mas quem é Ruth Maria? Conheça-a na Entrevista da última página. E a vida de nossa paróquia também é acalentada por diversas mulheres, desde aquelas que frequentam nossas missas e cuja capa emolduram nesta edição, até aquelas que doam parte de seu tempo, como testemunham algumas poucas que estão nas páginas centrais (não caberiam todas). E dar a vida pode ser uma graça obtida pela intercessão da santinha, como demonstra Aman-da na coluna Chuva de Rosas aqui ao lado. Ser mãe é um exercício de sabedoria e isso nos demonstra a coluna de nosso pároco na pá-gina 3 com uma verdade simples e profunda. Também na Família Salesiana a importância da mulher é reconhecida, perceba isso len-do a quem o Reitor Mor Salesiano encaminha primeiro sua Estreia na página 5. A mulher é também responsável não só pela vida da grande Igreja, mas da menor célula desta, a família e nela exerce papel preponderante, distribuindo carinho mas também impondo limites, segundo Rose Meire na página 7. E cuida da família, com garra inesgotável, bastando as vezes apenas ter uma mão que a apoie, cujo exemplo nos traz a Experiência Vicentina na página 10. Este próprio jornal, sem o trabalho e dedicação de duas mulheres não existiria. São elas Daya Lima, jornalista responsável pelo mes-mo e Erika Campos, designer gráfica e nossa diagramadora às quais agradecemos o empenho em trazer a cada um de nós material da mais alta qualidade e beleza. O Santa Teresinha em Ação então, quer usar desta edição para agradecer e homenagear as mulheres, porque afinal de contas Dom Bosco tinha razão, são elas que tudo fazem.

SC Carlos R. Minozzi

[email protected]

facebook.com/pascomst

A fé transforma, ilumina nossos caminhos, leva-nos ao fortalecimento espiritual, dei-xando abertos todos os caminhos para as

realizações! Com apenas duas rosas, a devoção à Santa

Teresinha se revelou exultante antes e depois do casamento para o casal Amanda Corradini de Al-meida Cruz Campanella e Thiago Campanella, que deixam o tesouro da fé de herança para Vitor, que está chegando!

“Sempre sonhei em ser mãe. Quando conhe-ci o Thiago, sabia que esse sonho se realizaria ao seu lado. Assim como eu, ele também sonhava em formar uma família. Nos conhecemos e ini-ciamos nosso namoro em 2003, aos 16 anos e em dezembro de 2012 nos unimos pelo sacramento do matrimônio, na igreja Santa Teresinha.

Desde então, esse sonho só crescia... No dia 1º de outubro de 2014, dia de nossa Santinha, recebi

duas rosas, uma de minha querida tia Silvia e ou-tra rosa no supermercado, de uma desconhecida.

Senti uma alegria em meu coração, pois sabia que as rosas haviam sido enviadas por Santa Te-resinha. Nesse mesmo dia, fui à celebração na pa-róquia, e reforcei com muita fé meu pedido mais que especial.

Pedi que Santa Teresinha intercedesse por nós a Deus, para que recebéssemos a graça tão sonhada no momento certo, que saberíamos aguardar com fé no tempo de Deus.

Depois desse momento de grande emoção sentia paz e tranquilidade em meu coração. No mesmo mês fomos atendidos e descobrimos que eu estava grávida! Hoje estou no quinto mês de gestação e o Vitor cresce com saúde, cercado de muito amor e carinho. Agradecemos à Santa Te-resinha pela graça alcançada e por sermos mais uma família abençoada por sua Chuva de Rosas!

Duas rosas, a obra de Santa Teresinha

Apoiaram esta edição:Recolast Ambiental 3437-7450Bolos da Guria 2978-8581e outros 6 apoiadores

Horários das MissasSegundas-feiras, às 16h30 e 19h30De terça a sexta, às 8h e 19h30Aos sábados, às 8h e às 16hAos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30

Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30

Horário da secretaria:De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30

Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18hTel. (11) 2979-8161

2 • Santa Teresinha em Ação

ExpEdiEntE em ação

O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Capa: Mulheres que fazem nossa paróquia

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-06 0 - São Paulo - SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb 48.108Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124Arte e diagramação: Toy Box Ideas

Pesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica AtlânticaTel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresemail:[email protected]

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pAlAvrA dO pAstOr

Acolher melhor é também ir ao encontro...

pAlAvrA dO párOCO

Uma verdade simples e profunda“Minha mãe acredita que pessoas que contam os podres de outras pessoas se tornam, no momento em que os contam, mais podres do que as pessoas que estão julgando

- Algumas coisas são mais feias na boca de quem diz do que na vida de quem faz.

Ela não imagina o quanto devo a essa frase”.

Quem escreve isso é Fabrício Cor-saletti, colunista da Folha de São Pau-lo. Uma verdade simples e profunda. Ao começarmos o tempo de Quares-ma, tal afirmação se torna também um excelente motivo de reflexão.

Os quarenta dias que a Igreja propõe como tempo de penitência e conversão nos convidam justamente a rever o que trazemos no coração, na boca, na vida.

São uma proposta de retiro, um mo-mento de separar-se do barulho ao re-dor, para escutar a voz do Espírito que fala ao coração de cada um.

Os meios para alcançarmos uma mudança frutuosa, resultado da refle-xão, são fáceis e conhecidos. Primeiro, a oração. Aproximar-se de Deus, que é luz, para clarear tudo no nosso interior e no nosso entorno. Conhecer a Deus para conhecer melhor a si mesmo, já propunha santo Agostinho.

Depois, o jejum. Saber educar a pró-pria vontade. Dietas extravagantes vêm a lume todos os dias, e prometem re-sultados os mais fantásticos. Jejuar não tem como objetivo perder peso, mas re-forçar o nosso desejo de ser como Deus quer. Mais que perda, de peso ou qual-quer outra coisa, é ganho: ganho de for-ça, de discernimento, de coragem para vencer os obstáculos à graça que nos

assediam de todos os lados.Por fim, a caridade. Não se pode

amar a Deus, a Quem não se vê, sem amar o irmão, a quem se vê, recorda são João. A caridade, tradicionalmen-te dita esmola, nos ajuda a ver quem está junto conosco, no mesmo cami-nho, buscando crescer no amor de Deus. Abrir-se ao outro, partilhar com ele bens e vida, viver a compaixão, isso nos pede o exercício da caridade.

“Algumas coisas são mais feias na boca de quem diz do que na vida de quem faz”, recordamos no início. Re-cordemos que o contrário também pode ser verdadeiro: um coração cheio

de amor, transformado pelo exercício cotidiano da conversão, vai proclamar sempre a imensa misericórdia do Se-nhor. A boca fala do que o coração está cheio, diz Jesus.

Vivamos bem a Quaresma, para bem celebrarmos a Páscoa da ressur-reição.

Um abraço carinhoso para todos

Pe. Camilo P. da Silva, sdb

Pároco

www.facebook.com/cpsdb

Uma comunidade missionária é uma comunidade acolhedora que se esforça em imitar o senhor Jesus, porque Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (Lc 4,44)

Como Missionário do Pai, Jesus acolhia as pessoas que vinham ao seu encontro e, também, ia ao

encontro das pessoas onde elas viviam. Neste sair ao encontro das pessoas, Je-sus, antes de tudo, valorizava as coisas

boas que encontrava: a fé das pesso-as (Lc 5,20); o pouco que o povo pos-suía, como cinco pães e dois peixes (Lc 9,13); o gesto afetivo da mulher peca-dora (Lc 7,38); a sede que o povo tinha da Palavra de Deus (Lc 5,1); a confiança do povo na sua pessoa (Lc 6,19); a festa de um casamento (Jo 2,1-2); o coração aberto de Zaqueu (Lc 19,6); a oferta singela de uma viúva pobre (Lc 21,2); a festa de despedida de Mateus, quando optou por segui-lo (Mt 9,9-10)..... Con-forme as situações, Jesus sabia combi-

nar ternura (Lc 15,1) e firmeza (Mc 7,5-8), anúncio e denúncia (Lc 6,20-26), compaixão (Lc 7,13) e indignação (Lc 11,37-44). Muitas vezes, admiradas, as pessoas glorificavam a Deus dizendo: um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo (Lc 7,16) (MOSCONI, Padre Luís. Santas missões populares, 45).

Jesus assim fez e foi grande a alegria de quem a Ele abriu seu coração. Um traço bonito desta saída acolhedora de Jesus é que Ele, com a força do Espírito, ia ao encontro das pessoas convicto de que elas tinham sede de Deus e de seu Amor. Esta é também a força do missio-nário, imitador de Jesus. Caso, hoje, o missionário vá ao encontro das pesso-as sem esta mesma convicção de Jesus, não haverá acolhida, não haverá missão, faltará entusiasmo e os lábios ficarão mudos; os braços se cruzarão e o cora-

ção esfriará. O Papa Francisco disse que ‘o entusiasmo na evangelização funda-se nesta convicção’ (EG 265).

Sejamos imitadores de Jesus Cristo, discípulos missionários que amamos o Reino de Deus e a santa Igreja Católica, convencidos, pelo Espírito Santo, de que o grande número de batizados, afasta-dos da vida eclesial, querem Deus, que-rem ser libertos do pecado e da morte, querem ser escutados e conhecidos em suas angústias e esperanças. Não vamos esperá-los na Igreja, vamos visitá-los em suas casas para levar-lhes a alegria da fé e a certeza de que Jesus os ama e, na Co-munidade, fala conosco, vive conosco, caminha conosco.

Dom Sergio de Deus Borges

Vigário Episcopal para a Região Santana

facebook.com/sergio.borges.56211

Jejuar não tem como objetivo perder peso, mas reforçar o nosso

desejo de ser como Deus quer

Caso, hoje, o missionário vá aoencontro das pessoas sem esta mesma

convicção de Jesus, não haveráacolhida, não haverá missão, faltará

entusiasmo e os lábios ficarão mudos

Santa Teresinha em Ação • 3

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Amar a Deus acima de tudo é o primeiro mandamentoDeus é Amor. Nós, seus filhos e filhas, fomos feitos por amor e para o amor. Trata-se, pois, de viver para amar; em primeiro lugar, amar a Deus acima de tudo, pois ele é único, é o Sumo Bem, ele é Amor

O sentido fundamental do primei-ro mandamento se encontra no Antigo Testamento. As palavras:

“Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deuteronômio 6,4) e es-tas outras: “Eu sou o Senhor, teu Deus” (Êxodo 20,2), são a base da Aliança fir-mada entre Javé e o povo de Israel. Por isso, o primeiro mandamento inculca, antes e acima de tudo, a existência de um único Deus. É o que nós afirmamos todos os domingos ao rezar: “Creio em um só Deus”. Não há outros deuses.

Se Deus é o nosso único Senhor, de-vemos reconhecê-lo de fato como nosso Deus e único Deus. Pois bem, amá-lo e adorá-lo é a nossa forma de reconhecê-lo como nosso Deus e Senhor. “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu cora-ção, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Deuteronômio 6,4-5). No Novo Testamento, Jesus retomará ao pé da letra estas palavras (cf. Mateus 22,37; Marcos 12,29-30; Lucas 10,27-28).

Nosso amor a Deus deve traduzir-se em atitudes práticas. Estas são particu-larmente três: – crer em Deus (fé); – es-perar em Deus (esperança); – amar a Deus (caridade). São as famosas três vir-tudes teologais, assim chamadas porque nos põem em contato espiritual imedia-to com o próprio Deus. Viver com fé, es-perança e caridade é a maneira concreta de nos relacionarmos com o nosso Deus, demonstrar-lhe nosso amor e cumprir, assim, o primeiro mandamento.

– O que significa viver com fé? A fé consiste em entregar-se a Deus com to-tal confiança e procurar viver de acordo com a sua Palavra contida nos dois Tes-tamentos (Bíblia) e que a Igreja continua a transmitir. A fé não brota espontanea-mente de dentro do ser humano, ela nos é dada pelo próprio Deus no momento do batismo (junto com a esperança e a caridade). Ela deve ser continuamente alimentada pelo conhecimento e pela prática da Palavra de Deus e pela oração, que é a resposta a Deus que nos interpe-la mediante a sua Palavra. A fé tem forte relação com o intelecto, pois é por meio dele que compreendemos as palavras que ouvimos. Não basta, porém, crer intelectualmente na Palavra de Deus. É preciso procurar viver de acordo com ela, pois a fé é bem mais do que só cren-

ça intelectual, a fé é vida! Infelizmente, você pode descuidar da

fé de diversas maneiras: pelo desinteres-se pela Palavra de Deus, pelo abandono da oração e dos sacramentos, pela não participação na vida da sua comunidade eclesial, pela recusa explícita a crer... O descuido da fé pode levar à perda total da fé, a pior desgraça que pode aconte-cer a um discípulo de Jesus. Rejeitar a fé significa recusar a obediência a Deus, nosso Criador, nosso Pai, Sumo Amor e Suma Verdade.

– O que significa viver com esperan-ça? A esperança nos faz aguardar com confiança os bens que Deus, em seu amor, nos prometeu, em particular, a felicidade eterna. Não ter esperança sig-nifica desconfiar de Deus, como se ele pudesse mentir e nos enganar... É a atitu-de de quem se entrega ao desespero ou à presunção. A pessoa desesperada não confia em Deus; a presunçosa pretende salvar-se sozinha, dispensando com-pletamente a intervenção de Deus. Não confiar em Deus significa voltar as costas ao nosso próprio Pai e Salvador

– O que significa viver com carida-de? Ao amor de Deus por nós devemos responder com sincero amor de nossa parte, amor que supere todo o amor a qualquer criatura, sem outros interesses de nossa parte. Quem se deixa tomar pela indiferença, pela ingratidão, pela frieza para com Deus, pior ainda pelo ódio a Deus, sem dúvida, rejeita o próprio Deus, nega-lhe o amor que merece, ofende-o gravemente e viola o primeiro dos man-damentos. Se amar a Deus sobre todas as coisas é o maior mandamento, não amá-lo sobre todas as coisas é o maior peca-do. (Continua no próximo número)

Dom Hilário Moser, SDB

Bispo Emérito de Tubarão - SC

[email protected]

Os 10 MAndAMEntOs

4 • Santa Teresinha em Ação

Segundo o Catecismo da Igreja Católica“AMARÁS O SENHOR TEU DEUS COM TODO O TEU CORAÇÃO,

COM TODA A TUA ALMA E COM TODAS AS TUAS FORÇAS”

2083. Jesus resumiu os deveres do homem para com Deus nestas palavras: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente» (Mt 22, 37) (1). Elas são um eco imediato do apelo solene: «Es-cuta, Israel: o Senhor nosso Deus é o único» (Dt 6, 4).

Deus foi o primeiro a amar. O amor do Deus único é lembrado na

primeira das “dez palavras”. Em se-guida, os mandamentos explicitam a resposta de amor que o homem é chamado a dar ao seu Deus.

ArtiGO 1O priMEirO MAndAMEntO

«Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, dessa casa da escravidão. Não terás outros deu-ses perante Mim. Não farás de ti

nenhuma imagem esculpida, nem figura que existe lá no alto do céu ou cá em baixo, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas nem lhes prestarás cul-to (Ex 20, 2-5) (2).

«Está escrito: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto”» (Mt 4, 10).

Leia a íntegra do Artigo 1 em http://bit.ly/mandamento1

DEUS

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EstrEiA 2015

Mensagem de unidade e comunhão

Uma tradição preciosa, concebida como mensagem de afeto de um pai que almeja manter seus filhos

sempre unidos e abertos para a comu-nhão se dá com a Estreia do Reitor-mor dos Salesianos. Prática iniciada por Dom Bosco, primeiramente como uma mensa-gem dirigida às Filhas de Maria Auxiliado-ra e que pela abrangência motivacional, comunhão fraterna e elã missionário se tornou uma carta, de caráter documental, destinada a todos os membros da família salesiana.

Alguns dicionários descrevem o ter-mo estreia como “brinde”, “dádiva”, “pri-meiro uso que se faz de uma coisa”, “o que se dá no primeiro dia do ano”, etc. A Estreia do contexto salesiano é tudo isso e tem uma importância solene. Como é uma proposta vivencial para todo o ano, é lançada antes do ano se iniciar, ou seja, no dia 31 de dezembro. Seguindo a tra-dição, primeiro para as Filhas de Maria

Auxiliadora, na pessoa da Madre Yvonne Reungoat, em sua Casa Geral, com sede em Roma e, depois, endereçada para as demais salesianas, salesianos, jovens, leigos, pais, educadoras(es), educan-das(os) das escolas, obras sociais e ins-tituições que seguem as trilhas de Dom Bosco, no Brasil e no mundo.

Em 2015, ano da solenidade do Bi-centenário do nascimento de Dom Bos-co, a Estreia aborda uma temática valio-sa – “Como Dom Bosco, com os jovens e para os jovens” – que resume o teor da proposta evangelizadora e educativa que qualifica e dinamiza o carisma sale-siano. Essa primeira Estreia escrita pelo P. Ángel Fernández Artime é um verda-deiro presente e por isso suas páginas devem ser lidas, meditadas e aprofun-dadas tanto pessoalmente, quanto co-letivamente pelos diversos agentes dos grupos, obras, escolas, movimentos, as-sociações, etc.

Nas primeiras páginas desse docu-mento, Pe. Ángel também recorda o con-texto em que foi escrita a última Estreia de Dom Bosco, e transcreve conforme os dados apresentados nas Memórias Biográficas: “Dom Bosco, sentindo que estava para chegar o momento final, mandou chamar o P. Rua e D. Cagliero e, com as poucas forças que lhe restavam, fez algumas últimas recomendações a eles e a todos os Salesianos. Abençoou as casas da América e os muitos irmãos que residiam nessas terras, abençoou os Cooperadores italianos e suas famílias e, enfim, pediu-lhes que lhe prometessem amar-se como irmãos... e recomendas-sem a comunhão frequente e a devoção a Maria Santíssima Auxiliadora. Ao re-gistrar as palavras de Dom Bosco, o P. Rua descreve aquele momento e aquelas palavras em sua terceira circular, acres-centando que isto poderia servir como Estreia do novo ano a ser enviada a todas

as casas salesianas”. A promessa pedida e a recomendação deixada por Dom Bos-co nos últimos momentos da vida, reve-lam sua preocupação e o que realmente é essencial para manter atuante e vivo o carisma.

Pe. Ángel ainda recorda que a Estreia pode ajudar nas programações pastorais dos diversos ramos e grupos, ou seja, pode ser uma orientação para animar a missão salesiana no ano que se inicia, contudo, sua finalidade primeira é ser “uma mensagem criadora de unidade e comunhão para toda a nossa Família Salesiana, num objetivo comum”. Sendo assim, a Estreia é uma carta amorosa de um pai que faz de tudo para ver seus fi-lhos unidos, felizes e solidários.

Ir. Adair Aparecida Sberga - FMA

facebook.com/asberga

Santa Teresinha em Ação • 5

CAMinhO dE EMAús

Durante os cinco domingos que antecedem a Páscoa algumas igrejas cristãs, tais como a Católica, a Ortodoxa, a Anglicana e a Luterana celebram este tempo litúrgico especial a que se dá o nome de Tempo de Quaresma

Especificamente no catolicismo o Tempo da Quaresma tem por finali-dade preparar a Páscoa. As leituras

bíblicas nesse tempo, tanto nos dias de se-mana como nos domingos exerce grande importância na orientação pastoral e na espiritualidade.

As leituras do Antigo Testamento po-dem ser reduzidas a três grupos: 1) textos que apresentam a historia da salvação como a aliança, vocação de Abrão, êxodo, deserto e historia de Israel; 2) textos que proclamam a lei, portanto os deveres mo-

rais impostos pela aliança; 3) os apelos dos profetas e a conversão e arrependimento. As epístolas foram escolhidas pra prolon-gar a mensagem contida nas leituras do AT e mostrar a profundidade dos mesmos, além de preparar a escuta do Evangelho. Nos anos do ciclo trienal, os evangelhos dos dois primeiros domingos estão cen-trados em Cristo tentado e transfigurado, os outros dois domingos preparam mais diretamente para o batismo e a renovação das promessas na noite de Páscoa.

Há sempre uma preocupação em fa-zer com que a liturgia procure conduzir o fiel para os diversos aspectos de sua vida e também perceber maiores detalhes sobre a Vida e o Exemplo de Cristo. Destacam-se assim alguns aspectos: O Ano A – é re-conhecido como Quaresma Batismal e os textos retomam os grandes temas batis-mais. Esse ano tem o caráter batismal mais

acentuado, pode ser seguido em todos os anos, segundo as exigências pastorais. O Ano B é reconhecido como Quaresma Cristocentrica e os textos estão centrados no mistério da cruz gloriosa de Cristo. O Ano C – é reconhecido como Quaresma Penitencial e os textos colocam em relevo a misericórdia de Deus e o convite para acolhê-la.

Alem de seu aspecto espiritual e de pe-nitência, a quaresma é tempo da grande convocação de toda a Igreja para que se deixe purificar por Cristo. Nesta dimensão eclesial da Quaresma os homens e as mu-lheres são convocados à solidariedade e a fazer penitência. Libertos do pecado pela graça de Cristo poderão ser no mundo, juntamente com todos os homens de boa vontade, promotores de justiça e de paz.

Aproveitemos o tempo da Quares-ma para uma revisão de nossas vidas. Ha

sempre correções necessárias e este é um momento propicio. O lamento diante do Crucificado não é suficiente para uma restauração. Subir os degraus do calvário com humildade, perseverança, fé e carida-de é percorrer o caminho com sabedoria e santidade.

A tua vida e o teu nome recebem de Deus um amor incomensurável. Você é uma edificação valiosa e se pretendes fortalecer esse edifico com uma reforma em sua estrutura começa por reforçar os alicerces do teu interior. Há sim pedras e dificuldades no trabalho, mas não desista por preguiça ou por orgulho. O resultado valerá a pena. Na casa nova cantará a Glo-ria do Ressuscitado.

Paulo Henriques

[email protected]

www.facebook.com/paulo.henriques.3192

Vivendo mais um tempo de Quaresma

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CF 2015

Fraternidade: Igreja e sociedade“Eu vim para servir” (Mc 10,45)“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo.” (GS 1)

A Igreja nunca foi indiferente à socie-dade. Deus, enviando-nos seu Fi-lho Jesus, manifestou que nos ama,

que não nos é indiferente. Sim, porque, o contrário do amor não é o ódio, mas a indi-ferença! E Deus é Amor (1Jo 4, 8.16), logo, não é indiferente. A Igreja de Deus, ‘perita em humanidade’ (Paulo VI) não dá as cos-tas à humanidade, antes, desvela o rosto humano de Deus, cuidando das faces des-figuradas pela desumanização.

Com Jesus, nesta CF 2015, refletindo

e trabalhando pelas relações entre Igreja e sociedade, nós somos chamados a viver para dizer: Eu vim para servir! Isto não sig-nifica que o Povo de Deus está a serviço do mundo, antes, coloca-se humildemente a serviço do Reino de Deus, que começa neste mundo e não se esgota nele.

A Campanha deste ano traz consigo motivações histórico-teológicas. Histo-ricamente situamo-nos há 50 anos da conclusão do Concílio Vaticano II (1965-2015). Este evento foi, sem dúvida nenhu-ma, uma retomada do compromisso da Igreja para com o mundo. Abertura, diálo-go e misericórdia são palavras-chaves para entender as preocupações do Concílio quando refletiu sobre o tema. Enquanto motivação teológica devemos nos lembrar que o Papa João XXIII orientou as suas intenções de reforma da Igreja a partir da expressão ‘aggiornamento’ (atualização).

A Igreja devia preparar-se interna e exter-namente para responder ‘às ordens do dia’, ou seja, ser cada vez mais eficaz e atual na sua identidade e missão. Isto é, não ser in-diferente a si mesma e à sociedade.

O carisma do Papa Francisco tem mui-to a nos dizer sobre a CF 2015. De fato, o novo bispo de Roma sente-se ‘apóstolo no mundo’ (Jo 17,18), responsável e dis-ponível ao serviço do Reino que passa necessariamente pela transformação da sociedade. Eis o desafio a ser enfrentado: “Os valores cristãos não estão penetrando suficientemente no mundo social, político e econômico; os leigos, muitas vezes, limi-tam-se às tarefas no seio da Igreja, sem um empenho real pela aplicação do Evange-lho na transformação da sociedade” (EG 102).

A CF 2015 quer retomar as intuições Evangélicas do Vaticano II sobre as rela-

ções da Igreja com a sociedade, tal como o Papa Francisco vive e testemunha como ‘servus servorum Dei’ ( servo dos servos de Deus)!

Pe. Luís Fabiano dos S. Barbosa, sdb

6 • Santa Teresinha em Ação

Mensagem do Papa Francisco para CF 2015Queridos irmãos e irmãs do Brasil! Aproxima-se a Quaresma, tempo de preparação

para a Páscoa: tempo de penitência, oração e carida-de, tempo de renovar nossas vidas, identificando-nos com Jesus através da sua entrega generosa aos irmãos, sobretudo aos mais necessitados. Neste ano, a Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil, inspirando-se nas palavras d’Ele “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Me 10,45), propõe como tema de sua habitual Campanha “Fraternidade: Igreja e Sociedade”.

De fato a Igreja, enquanto “comunidade congrega-da por aqueles que, crendo, voltam o seu olhar a Jesus, autor da salvação e princípio da unidade” (Const. Dog-mática Lumen gentium, 3), não pode ser indiferente às necessidades daqueles que estão ao seu redor, pois, “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Const. Pastoral Gaudium et spes~ 1). Mas, o que fazer? Duran-te os quarenta dias em que Deus chama o seu povo à conversão, a Campanha da Fraternidade quer ajudar a aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colabora-ção entre a Igreja e a Sociedade - propostos pelo Concí-

lio Ecumênico Vaticano II ~ como serviço de edificação do Reino de Deus, no coração e na vida do povo brasi-leiro.

A contribuição da Igreja, no respeito pela laicidade do Estado (cfr. Idem, 76) e sem esquecer a autonomia das realidades terrenas (cfr. Idem, 36), encontra forma concreta na sua Doutrina Social, com a qualquer “assu-mir evangelicamente e a partir da perspectiva do Reino as tarefas prioritárias que contribuem para a dignifica-ção do ser humano e a trabalhar junto com os demais cidadãos e instituições para o bem do ser humano” (Documento de Aparecida, 384). Isso não é uma tare-fa exclusiva das instituições: cada um deve fazer a sua parte, começando pela minha casa, no meu trabalho, junto das pessoas com quem me relaciono. E de modo concreto, é preciso ajudar aqueles que são mais pobres e necessitados. Lembremo-nos que “cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo” (Exort. Apost. Evangelii gaudium, 187), sobretudo sabendo acolher, “porque quando so-mos generosos acolhendo uma pessoa e partilhamos algo com ela - um pouco de comida, um lugar na nos-

sa casa, o nosso tempo - não ficamos mais pobres, mas enriquecemos” (Discurso na Comunidade de Vargínha, 25/7/2013). Assim, examinemos a consciência sobre o compromisso concreto e efetivo de cada um na cons-trução de uma sociedade mais justa, fraterna e pacífica.

Queridos irmãos e irmãs, quando Jesus nos diz “Eu vim para servir” (cf. Me 10, 45), nos ensina aquilo que resume a identidade do cristão: amar servindo. Por isso, faço votos que o caminho quaresmal deste ano, à luz das propostas da Campanha da Fraternidade, pre-disponha os corações para a vida nova que Cristo nos oferece, e que a força transformadora que brota da sua Ressureição alcance a todos em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural e fortaleça em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva cooperação. A todos e a cada um, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, envio de todo coração a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.

Vaticano, 2 de fevereiro de 2015.

veja todo o material da CF 2015 em http://goo.gl/jyZg7u

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Santa Teresinha em Ação • 7

E AGOrA?

E A FAMíliA, COMO vAi?

Limites, sim ou não?Antigamente não se questionava – criança não sabia e tinha que aprender, nós os adultos deveríamos ensinar. Pais agiam, corrigiam, castigavam, muitos até batiam

Com o passar do tempo, foi-se apren-dendo a respeitar as crianças, a en-tender que elas tem preferências

como nós adultos, que elas tem aptidões próprias.

Com esta compreensão o relaciona-mento entre pais e filhos ganhou mais afeto, mais autenticidade, menos auto-ritarismo. A relação tornou-se mais de-mocrática.

Até hoje alguns tem dúvidas entre a antiga e atual fórmula de educar.

Esta relação, menos impositiva, com mais interação, empatia e diálogo é, de

fato muito mais difícil de aplicar.Dizer sim, dizer não .E agora?F. estava indignada. Havia saído para

jantar com amigos, e quase não pude-ram conter-se em pedir moderação à mesa ao lado, onde um casal jantava tranquilamente enquanto seus filhos, de 6, 8 e 10 anos corriam, gritavam, brin-cavam animadamente entre as mesas do restaurante, tal qual estivessem na sala de estar de sua casa.

Limites não são antiquados, porque muitas vezes carinho, compreensão, liberdade demais não são entendidos pelos filhos, e quanto mais você faz por eles, mais os filhos querem que se faça.

É possível ser um pai moderno sem perder autoridade, sem deixar que seus filhos cresçam por si, sem perder limites ou valores, mantendo a capacidade de amar e compreender o outro.

A criança que não é orientada pelos pais e é atendida em tudo tende a perpe-tuar esse tipo de conduta.

Importante se faz equiparmos nos-sos filhos com um instrumental de re-lacionamento social que lhes permita interagir positivamente com o mundo. Porque na vida é necessário saber o seu limite, onde nem sempre se pode fazer o que se deseja. Não podemos satisfazer nossos desejos quando esses nos preju-dicam ou ao outro.

Assim, pode bater no amiguinho por-que ele pegou seu brinquedo? Não, não pode.

Pode entupir o vaso sanitário da es-cola? Não, não pode.

Pode pichar as paredes do prédio novo da praça? Não, não pode.

Pode dirigir depois de beber duas do-ses de uísque? Não, não pode.

Pode fingir que não percebeu que a conta do restaurante veio totalizada a menos e não falar nada? Não, não pode.

Pode estacionar na vaga de idoso ou para pessoas com mobilidade reduzida só por 1 minuto? Não , não pode.

Mas só vai poder responder “não, não pode” quem desde pequenino tiver aprendido limites, mesmo que muitas coisas dêem prazer ou muita vontade. E tudo bem, somos felizes assim, respei-tando e tendo algumas regras básicas na vida. Especialmente se aprendermos a olhar para fora de nós mesmos.

Rose Meire de Oliveira

Psicóloga

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Quando um casal apaixonado faz promessas um ao outro, prometendo fidelidade, amor, respeito, sempre e em qualquer circunstância por toda a vida, está muitas vezes vivendo um momento de conto de fadas. Não era assim que terminavam as histórias: …e viveram felizes para sempre?

Mas passada a empolgação da cerimônia do casamen-to, depois a lua de mel, é hora de colocar em prática a promessa feita. Então vai se descortinando a pai-

xão para a construção do amor. Não é nada fácil este come-ço, quer o namoro tenha levado três meses ou doze anos. O status é outro. Descobre-se, finalmente, que se casa também com os sonhos, com as frustrações, com as perdas e ganhos um do outro. Vem no enxoval a cultura da casa de origem. E no mundo competitivo e descartável que vivemos, começam as desavenças. Por isto, também é importante estar atento a tudo aquilo que pode afastar o casal e usar de outras caracte-rísticas hoje muito valorizadas: a empatia e a resiliência.

A capacidade de se colocar no lugar do outro e de se fortalecer diante das dificuldades, é o primeiro exercício para o amor. Não dá lugar à falta de respeito, à falta de cui-dado e zelo, à falta de carinho. Claro que é difícil dominar

nossos sentimentos, mas amar é verbo, é ação, é escolha. Como definimos? Cuidar, zelar, respeitar, perdoar, ouvir, falar, estar perto...e assim vai.

E a vida a dois é um aprendizado contínuo. Muitos casais não dão conta deste compromisso para vida toda, até por razões bastante sérias, graves e justificadoras, mas também vemos testemunhos profundos e belos de pes-soas que, apesar e por causa das tempestades, têm seus casamentos fortalecidos. Aprenderam que namorar tam-bém é uma arte que não tem idade nem tempo. É para sempre. Aprenderam na adversidade o que São Paulo es-creveu: O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulho. Não é arrogante. Nem es-candaloso. Não busca seus próprios interesses, não se ir-rita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (I Cor 13, 4-7)

Luiz Fernando e Ana Filomena

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facebook.com/lzgarcialz

Compromisso e família

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dEstAQuE

8 • Santa Teresinha em Ação Santa Teresinha em Ação • 9

Agora é com elas!Papa Francisco já disse: elas são essenciais. E quem somos nós para discordar? Neste dia Internacional da Mulher, nada mais justo que valorizar, ainda mais, essas guerreiras da paróquia. Aquelas que dão movimento e vida à comunidade

A Igreja é feminina e o que seria da Igreja sem elas? Essa fala de Papa Francisco resume bem o papel da mulher na Igreja atual: elas são essenciais. E

não é só na Igreja, não é mesmo? Em casa, no trabalho, com os filhos, maridos e amigos. Ela tem uma partici-pação tão importante na sociedade de hoje que aque-le negócio de sexo frágil nem cabe mais. Nesse dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, nada mais justo que ressaltar a importância das mulheres não só na pa-róquia. Essa é a nossa homenagem!

Elvira de Oliveira Responsável pela lojinha

“Sempre gostei de me doar. Faz parte da minha essência a doação e trabalhar na Igreja, para mim, é muito gratificante. Sou muito feliz e me sinto bem à vontade na lojinha, nos bazares. Isso já faz parte da minha vida”.

Fátima Hataoka Consócia Vicentina

“A natureza da mulher já é caridosa e muito acolhedora e, no meu caso, no meu trabalho com os assistidos, isso é primordial. Tento seguir o exemplo de Maria e acredito que ela seja a precursora de tudo

isso. Mulher é mais ouvinte, mais atenta e é mais disponível, por isso a Igreja só ganha com elas.”

Ana Cristina Carreira Secretária Paroquial

“Para mim é gratificante em vários pontos. Primeiro porque de uma atividade voluntária, eu fui contratada. Depois porque este trabalho, em especial, junta tudo o que mais prezo: estar perto dos amigos na casa de Deus. Sou muito feliz aqui e reconheço o meu trabalho aqui. Temos um jogo de cintura incrível!

Marcela Pancote Catequista da Crisma

“Conheci a comunidade pelo Crisma e nunca mais consegui sair da paróquia. Não consigo não participar. As mulheres são tão engajadas e isso é muito motivante. Com certeza esse é um dos papéis mais importantes delas na paróquia: a motivação.”

Márcia Ayres Equipe de liturgia da missa das 19h30

“Me sinto muito realizada em receber as pessoas ali na acolhida, adoro fazer parte dessa comunidade, me doar. Adoro o momento da missa, da oração, todo mundo em estado de graça!”

Maria Inês Elias Coordenadora do Crisma e da Liturgia

“Eu me identifico muito com a Igreja e com o trabalho que pratico nela. É muito bom e importante ver que essa Igreja, agora reformulada, esteja abrindo as portas para o novo, ou seja, para as mulheres.”

Maria Aparecida Ferreira Ministro da Eucaristia

“Minha maior felicidade é poder trabalhar para Deus. Sou muito feliz com isso!”

Márcia Carbonari Coordenadora do Grupo de Oração

“Mulher na Igreja é uma coisa revolucionária. É maravilhoso. É gratificante para todo mundo poder contar com o comprometimento das mulheres!”

Rosane Perantunes Salesiana Cooperadora e Ministro da Eucaristia

“Sou muito agradecida por Deus ter me escolhido para trabalhar nesta comunidade. Acredito que meu trabalho é importante por eu ser alegre e muito comunicativa. Acho que faço bem para as pessoas assim. Ser alegre, em uma paróquia salesiana, é premissa. Sou feliz com tudo isso!”

Rosana Zago Ministro da Eucaristia

“Para mim é uma benção estar aqui na paróquia e fazer parte desta comunidade. É um privilégio para mim, também, ver essa ascensão da mulher na Igreja. Todos ganham!”

Maria Rosa Fernandes Pastoral Familiar e Ministro da Eucaristia

“Ser mulher na Igreja para mim é estar à serviço para acolher com alegria aqueles que chegam. Isso me traz também alegria e muitas graças!”

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FAMíliA sAlEsiAnA

ExpEriênCiA viCEntinA

Como Dom Bosco: jejumNesse ano estamos nos debruçando na vida de nosso Pai e Mestre, sua influência nos santos salesianos, em nossa família e sua relação com a Igreja

N a quaresma temos que intensificar a prática do jejum, da esmola e da oração. Quero em particular tratar do assunto jejum. No jejum,

exercita-se uma pedagogia que ajuda a viver plena-mente alguns valores espirituais: facilitar a elevação do espírito aos ideais evangélicos, reparar culpas e pecados, superar dificuldades e tentações, pedir gra-ças e favores. Hoje, infelizmente, não se dá muita im-portância a isso. O nosso bom Pai dele se servia. Em 16 de março de 1874, Dom Bosco estava em Roma para obter a aprovação das Constituições da Socie-dade de São Francisco de Sales que lhe custou tanto e lhe trouxe tantas dificuldades. De lá escreveu uma carta circular a todas as casas convidando seus filhos a criar “um só coração e uma só alma para implorar

as luzes do Espírito Santo sobre os Eminentíssimos Purpurados”, porque no dia 24 daquele ano deveriam ocupar-se, como de fato aconteceu, das Constitui-ções. Na circular ele insiste, antes de tudo, que a gra-ça que se devia impetrar de Deus referia-se a um as-sunto “dos mais importantes para o nosso presente e futuro”. E, para obtê-la, o que pede Dom Bosco? Três dias de “rigoroso jejum” (de 21 a 23 de março); além disso “as mortificações que cada um julgar compa-tíveis com suas forças e com os deveres do próprio estado” (MB 10,763). Dom Bosco, portanto, dava importância ao jejum e às mortificações no sentido mais genuíno da tradição cristã. Aprendamos dele o exercício dessa prática para auxiliar-nos em nossa caminhada de santificação.

Pe. Rafael Galvão Barbosa, sdb

facebook.com/rafael.galvaobarbosa

Quando fizemos a sindicância – primeira visita realizada por nós para entender a realidade da pessoa que nos procurou – encontramos Maria vivendo com seu filho adolescente num local incompatível com a dignidade humana

Ela morava no porão de um porão de uma casa, sem ventilação algu-ma. Recebia a indesejada visita de

ratos e baratas. O mofo tomava conta de tudo, pois escorria água pela parede do quarto. Perderam seus poucos móveis, por isso dormiam num colchão no chão e as roupas eram guardadas dentro de sacos. Apesar disso, a casa era mantida sempre limpa e organizada.

Imediatamente, compramos camas de ferro e incentivamos a mudança para um novo lar. Aquelas condições poderiam afetar a saúde de ambos.

Ajudamos na negociação, especial-mente a consócia Fátima, para locação de uma casa encontrada por ela, pois

a imobiliária estava receosa de aceitar Maria como inquilina, já que o salário mínimo que recebe como empregada doméstica era incompatível com o valor do contrato. Por fim, confiou em nossa palavra de que daríamos todo apoio fi-nanceiro necessário.

Casa nova, mobiliada e despesas pa-gas pelos vicentinos. Entretanto, Maria não se acomodou. Ao contrário, buscou meios para complementar a renda, sen-do passadeira e diar ista em seu tempo livre.

Em relação ao filho, estamos aju-dando-o na busca de seu primeiro em-prego e incentivando-o a participar do curso preparatório para o Sacramento do Crisma.

Estão a passos rápidos, firmes e per-severantes rumo a promoção, ou seja, momento em que alcançarão a inde-pendência, não precisando mais do apoio nosso, embora estaremos eterna-mente disponíveis a atendê-los.

Venha você também ajudar as famí-lias mais necessitadas. As visitas são re-

alizadas normalmente aos sábados pela manhã e as reuniões semanais ocorrem às segundas-feiras, após a missa das 19h30.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado!

Renata Sayuri Habiro

Consócia Vicentina

facebook.com/renata.habiro

Do porão para cima

10 • Santa Teresinha em Ação

A nova casa de Maria Geladeira comprada pela Conferência Vicentina

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Santa Teresinha em Ação • 11

AMAr é...

Catequese de AdultosAmar é estar sempre pronto a acolher e acompanhar todos aqueles que procu-

ram os sacramentos em qualquer tempo e idade. E nossa Igreja, sempre atenta, nos lembra em suas diretrizes e urgências (doc. 94, 40 -41), citando o Documen-

to de Aparecida, que “a iniciação cristã não se esgota na preparação aos sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia. Ela se refere à adesão a Jesus Cristo. Esta adesão deve ser feita pela primeira vez, mas refeita, fortalecida e ratificada tantas vezes quantas o cotidiano exigir... o desafio de anunciar Jesus Cristo, recomeçando a partir dele, sem “dar nada como pressuposto ou descontado”. É preciso ajudar as pessoas a conhecer Jesus Cristo, fascinar-se por Ele e optar por segui-lo.”

Se nossa Igreja coloca como urgência a iniciação a Vida Cristã, ela também nos propõe como fazê-la formalmente àqueles que, tocados por nosso Senhor, desejam receber o Batismo, a Primeira Eucaristia e o Crisma. Para isto temos o RICA - Ritual da Iniciação Cristã de Adultos.

É importante ressaltar que o rito de iniciação cristã de adultos é destinado a pesso-as que livremente e conscientemente procuram e aceitam Jesus Cristo como caminho, verdade e vida.

Há 3 etapas deste processo de evangelização para adultos:1. Acolhimento como catecúmeno 2. Preparação mais intensiva para os sacramentos3. Recepção dos sacramentos

Quem pode participar e qual é o

limite de idade?A catequese para adultos é para

todos que querem fazer parte de nos-

sa Igreja, sem distinção. Um dos mo-

mentos mais motivadores foi no ano

de 2013 em que Lucila Miranda, uma

senhora de 92 anos foi crismada.

E quem é a equipe hoje?

No domingo de manhã a catequese é responsabilidade da Rosângela Melatto que conta com ajuda do diácono que atua naquele ano na paróquia.

Na quarta-feira à noite o Ayrton Carreira é o catequista. Contam ainda com ajuda de Reginaldo Guiharducci (coordenador do Batis-

mo), Pedro Monteiro (Catequese Familiar) e Sérgio Pinto (Batismo).

Mas como começou?A catequese de Adultos começou com Paulo Henriques, ou Paulinho como

é carinhosamente conhecido. Foi ele quem nos ensinou como preparar estes nossos irmãos para os sacramentos de iniciação a Vida Cristã (Batismo, Euca-ristia e Crisma).

Em nossa paróquia há esta preparação para adultos? Como e quando acontece?

Sim, a Paróquia de Santa Teresinha tem

este cuidado e carinho com todos que dese-

jam iniciar na Vida Cristã, atendendo com

esta formação, inclusive, pessoas de outras

paróquias e regiões. Esta Preparação é ofe-

recida às quartas-feiras à noite, e aos domin-

gos, pela manhã. A duração é de 6 meses e

neste tempo há uma tarde de espiritualidade

para os catecúmenos e padrinhos.

Adultos também precisam de padrinhos?O adulto deve ser livre e consciente para que seja verdadeira e sincera sua

adesão a Jesus Cristo, mas precisa de alguém – o padrinho – que ao professar a fé, dê testemunho de vida cristã e inspire e incentive o afilhado. Por isso, como para crianças, é necessário convidar um padrinho.

Quem prepara estes adultos para iniciação a vida Cristã e o

recebimento dos sacramentos?A catequese de adultos é ministrada por sacerdotes, diáconos ou cate-

quistas (leigos preparados para tal), que tem uma preocupação não somente com conhecimento de preceitos e dogmas, mas também favorecendo uma íntima percepção do mistério da salvação.

Como nos diz Rosangela Melatto: “Em nossa formação, procuramos ligar a fé à vida que leva-mos, com a Palavra – fazemos leitura meditada da Palavra em todos os encontros aos domingos - e também com a missão de cada cristão bati-zado. Afinal, depois de decidir-se por receber os sacramentos como adultos e assumir esta res-ponsabilidade como cristãos, não temos como não assumir nossa missão de evangelizar e levar o Cristo ao mundo, seja lá onde for: na família, no trabalho, em nosso círculo de amizades.”

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QuE dElíCiA!

CidAdAniA

Cookies! É tudo de bom!

Se, há pouco mais de um ano atrás, alguém perguntasse sobre o volu-me morto, a maioria dos cidadãos

sequer saberia do que se tratava. Hoje acompanhamos com grande expectativa a evolução diária do volume existente nos reservatórios de água que abastecem a ci-dade de São Paulo.

Além disso, juntamente com as notí-cias sobre a escassez de água, passamos a receber diversas informações e dicas so-bre a necessidade de economizar, ou cap-tar água da chuva, por exemplo, ou mes-mo o reaproveitamento da água utilizada na máquina de lavar roupas.

Estes exemplos demonstram como a comunicação e o acesso às informações

é imprescindível para o bom exercício da cidadania.

Parece óbvio, porém um precioso tempo se perdeu exatamente pela falta de informações adequadas aos cidadãos.

O que está errado conosco? Será que precisamos sempre chegar à beira do abismo para enxergar a importância de certas coisas?

Somos um povo de natureza otimista por excelência. Mais do que isto, espera-mos sempre que um “salvador da pátria” venha reduzir e remediar nossas mazelas.

A verdade é que informações impor-tantes foram omitidas, as que quase po-deriam ter impedido ou reduzido o agra-vamento da situação.

Este quadro não se restringe a questão da crise hídrica, diversos outros assuntos são simplesmente omitidos dos cidadãos até que não consiga mais ser negada.

Precisamos aprender com nossos er-ros. Isto significa passar a dar maior im-portância às entidades da sociedade civil, as quais em muitos casos são detentoras de informações que podem impedir o agravamento de problemas que tenha-mos.

Precisamos fortalecer o vinculo social, impendentemente das questões político- partidárias, pois está claro que a omissão de informações dos cidadãos não é uma pratica de um determinado grupo politico.

Precisamos ouvir e debater mais as

questões importantes sobre nosso dia a dia, dando voz a sociedade civil, assim entendida como o conjunto de entidades que representam os diversos ramos do conhecimento não vinculado a entes es-tatais.

De nada adianta ficar publicando “post” nas redes sociais a favor ou con-tra este ou aquele partido politico, de-vemos fortalecer o acesso, o debate das informações e do conhecimento aos ci-dadãos.

Aloísio Oliveira

Advogado

facebook.com/aloisio.oliveira.54

A crise hídrica e a importância da comunicação para o exercício da cidadania

CookiesIngredientes2 xícaras (chá) de manteiga sem sal em temperatura ambiente - 200g2 xícaras (chá) de açúcar mascavo (280g)2 xícaras (chá) de açúcar comum (340g)4 ovos2 colheres (sopa) de essência de baunilha4 xícaras (chá) de farinha de trigo (500g)5 xícaras (chá) de aveia em flocos finos (450g) 1 colher (café) de sal2 colheres (sopa) de fermento em pó químico (30g)2 colheres (sopa) de bicarbonato de sódio (30g)3 xícaras (chá) de nozes ou castanha do Pará cortadas em pedaços pequenos (300g)½ kg de chocolate ao leite ou meio amargo cortado em cubos pequenos

Modo de fazerBata na batedeira o açúcar, o açúcar mascavo e a manteiga até obter um creme.Adicione os ovos e a baunilha e bata bem. Desligue a batedeira e junte a farinha, sal, aveia, bicarbonato e o fermento misturando bem (com as mãos).Agregue as nozes ou castanha e o chocolate.Com as mãos faça pequenas bolinhas e vá arrumando-as na assadeira sem untar a uma

distância de 4cm uma das outras.Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por 10 minutos. Elas vão se expandir e ficar com formato de cookies. Retire ainda macio.

Rendimento195 unidades - 2,640kg

A Rosali faz muitas receitas maravi-lhosas e todos sa-

bem e já provaram (pelo menos os Ministros Ex-traordinários da Sagrada Comunhão) porque ela sempre traz algo para provarmos. E comparti-lha conosco, nesta edi-ção, a sua receita de cookies.

Ela me contou que ao fazer a receita tem que dividir em saquinhos para não ter cena de ciúmes. É saquinho para as sobrinhas, amiga, filho, nora, filha, genro e neto. A verdade é quem mais gosta desses cookies é seu querido genro, o José Alcino, que aliás curte tudo que ela faz. Eu também ga-nhei um saquinho desta vez! Estava maravilhoso!

Uma dica importante: a massa gruda um pou-co nas mãos daí sugiro que use luvas para prepa-rar a massa e também para fazer as bolinhas, caso contrário terá que lavar as maõs muitas vezes. Di-virtam-se!

Rosângela Melatto, chef de cozinha

[email protected]

facebook.com/rosangela.melatto

12 • Santa Teresinha em Ação

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Encontramos no teto da igreja, nove palavras em latim, que são virtudes

importantes para a igreja:

JuvEntudE

Estamos aqui sempre, toda a semana, vivendo em comunidade, participan-do de festas, missas, compartilhando a nossa fé nesse ambiente que pas-samos muito tempo. Local de muita importância em nossas vidas, assim

como conhecemos a nossa casa, na qual sabemos quantos cômodos tem e cada detalhe dela, a casa de Deus é a nossa segunda casa e como podemos não co-nhecê-la? Vamos lá! Aqui vão algumas curiosidades que aposto que você sempre quis saber ou algumas que você nem reparava!

O quanto você conhecea sua paróquia?

Entre os arcos, estão retratados os 11 apóstolos,

além de Paulo.

Este texto está pintado em cima da

primeira porta da igreja, do lado direito, o lado

do Santíssimo!

Santa Teresinha em Ação • 13

Esperança Luz Fé

Honra Justiça Sabedoria

Glória Caridade Compaixão

Nas laterais da igreja, entre as colunas, existem 14 arcos com frases em latim. Você já percebeu?

Então, na próxima edição vamos tratar da tradução de cada um deles.

A nossa paróquia tem 75 bancos

Antigamente, a igreja tinha um mezanino lateralSão 18 as imagens (esculturas) na paróquia.• 11 cenas pintadas! Além de Dom Bosco e Santa Teresinha retratados do lado direito e esquerdo do presbitério, visto de frente, respectivamente.

No teto do presbitério, estão

pintados os retratos dos

Papas Pio IX, do lado esquerdo

e Pio XI do lado direito.

São seis as pessoas retratadas em pinturas na igreja, além dos Papas: São Domingo Sávio – Aluno de Dom BoscoMamãe Margarida – Mãe de Dom BoscoDom Rua – Sucessor de Dom BoscoMadre Mazzarello – Fundadora das FMADom Lasagna – Fundador da Obra Salesiana no Brasil e no UruguaiAugusto Czartoryski – Sacerdote, filho de Ladislao, príncipe da Polônia e de Maria Amparo, filha da Rainha da Espanha.

Também no arco do presbitério, tem a inscrição: Veni, sancte spiritus que significa Vinde, Espírito Santo.E

a frase: “Ecce panis angelorum factus cibus

viatorum” (Eis o pão dos

anjos, feito alimento dos

caminhantes ) escrita em

azul com fundo rosa

Em cima da imagem de Santa Teresinha, está escrito: Rosarium imbrem e coelo efundam, que significa: “Farei chover uma chuva de rosas do céu.”

No teto das laterais da igreja, estão retratadas um total de 4 cenas. Do lado direito, visto do fundo, está retratada a infância de Dom Bosco e O Sonho de Dom Bosco, do lado esquerdo, está a Primeira Comunhão de Santa Teresinha e sua entrada no convento.

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EspECiAl

AniMAl!

Arlan, o que vem para servir

O Dc. Arlan pertence à Inspetoria Salesiana São Luiz Gonzaga do Nordeste do Brasil com sede provin-cial em Recife – PE. Nasceu a 03 de maio de 1984

em Jaguaquara/Bahia, filho de Alírio Oliveira e Lúcia Margarida Braga Oliveira. É o quarto e último filho do casal, sendo o primeiro Aldemir Braga Oliveira, o segun-do Adelson Braga Oliveira (in memoriam) e Arlete Braga Oliveira. Foi batizado na Igreja dedicada a Maria Auxilia-dora em sua cidade natal.

Desde os seus primeiros anos da infância já expressava o desejo de ser padre, inspirado pelo testemunho dos Fra-des Capuchinhos em sua comunidade paroquial. Entre-tanto, com o auxílio das freiras da Ordem de Santa Úrsula, pois estudara nos colégio da Irmãs Ursulinas, foi amadure-cendo na fé e discernindo melhor a vocação. Contudo, foi cativado por Dom Bosco, santo da alegria e dos jovens, ao conhecer os padres Salesianos em Salvador.

Cursou o Ensino Fundamental no Colégio Luzia Silva em Jaguaquara/BA e o Ensino Médio com Modalidade Normal para o Magistério no Centro Educacional de Ita-quara em Itaquara/BA.

Ingressou para o Aspirantado Salesiano em 2005 no

Colégio Salesiano Sagrado Coração em Recife; em 2006 fez a etapa formativa do Pré-Noviciado na Escola Dom Bosco de Artes e Ofício e o primeiro ano de Filosofia no Instituto Salesiano de Filosofia; 2007 na cidade de Jabo-atão dos Guararapes/PE participou do Noviciado e pro-fessou em janeiro de 2008; ainda no ano de 2008 deu con-tinuidade ao curso de Filosofia que concluiu no ano de 2009; no segundo semestre de 2009 iniciou a etapa do Ti-rocínio (Estágio Pastoral) sendo assistente dos Pré-Novi-ços até o primeiro semestre de 2011 em Recife e Jaboatão dos Guararapes; no segundo semestre de 2011 residiu na comunidade Salesiana Zeferino Namuncurá em Roma; em fevereiro de 2012 iniciou os estudos Teológicos na Co-munidade Tomás de Aquino, onde atualmente cursa o 4º ano de Teologia no Centro Universitário Salesiano, Cam-pus – Pio-XI – em São Paulo, e reside até os dias atuais.

Foi ordenado Diácono pelas mãos de Dom Hilário Moser, bispo emérito da Diocese de Tubarão/SC, na pa-róquia São João Bosco, Alto da Lapa, no dia 07 de feverei-ro de 2015, com o Lema: Ide sem medo para servir (frase do Papa Francisco no encerramento da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em 2013).

Uma grande e unida família é a Ra-malho, o casal Cornélio e Fran-cisca os filhos Gilvani, Giselda e

Simone, as netas Mariana e Beatriz e os mascotes Nick e Pupy. Mariana tinha 11 anos, apaixonada por cães ganhou um

de presente de aniversário da vizinha da época que tinha um canil. Presentear alguém com um animal é sempre com-plicado principalmente quando é para outra família e sem consulta prévia. Gi-selda mãe da Mari é quem teria que se

responsabilizar, mas não queria criar um cachorro. Foi aí que a tia Simone se apaixonou por Nick, um poodle de cor abricó que parecia uma bolinha pelu-da, e assumiu as responsabilidades da criação do cachorro na família. Um ano depois nascia a irmã da Mari, Beatriz a caçula da família, que quando chegou da maternidade com a mãe foi barrada de entrar na casa pelo Nick. Depois de fazer a devida verificação do “pacoti-nho” Nick liberou a entrada e se tornou babá da pequena. Dormia ao lado do carrinho e avisava a família a cada res-mungo da Bia. Mais um ano se passou e no caminho do trabalho em uma ma-nhã quente de janeiro Dona Francisca viu um cachorro sozinho amarrado em uma árvore sem água e sem comida. E qual a surpresa no retorno do trabalho? O cachorro continuava no mesmo local Dona Francisca não teve dúvidas, de-samarrou o cachorro e levou para casa.

Estava muito magro, não dava para sa-ber quanto tempo não tomava banho e também qual a sua idade. Foi levado ao veterinário, recebeu cuidados e o nome de Pupy. Hoje Nick tem 9 anos e Pupy é mais velho e quase não tem mais dentes. São amigos e fazem companhia um para o outro. A pequena Bia cresceu junto com os cães e acha graça quando comentam que eles são mais velhos que ela. Nick e Pupy são os anjos de quatro patas de toda a família. Ah! Pupy é meio temperamental, não gosta de colo e não quis olhar para a foto, enquanto o Nick fez até pose. Foto, aliás, que rendeu muitas risadas para a família Rama-lho. Mande a história do seu pet para [email protected].

Raquel Raimondo

Médica veterinária

facebook.com/raquel.raimondo

Nick, Pupy e sua grande família

14 • Santa Teresinha em Ação

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ACOntECE

O samba chamou e Santa Teresinha foi: http://bit.ly/sambachamou

Santa Teresinha em Ação • 15

3, 2, 1 Vem aí a Edição 100: http://bit.ly/sta321

Eu vim para servir: http://bit.ly/1arlan

dia 29 de março, às 15h30, Cine-Fórum com o

filme Confiar

Venha participar e dar sua opinião sobre relacionamentos

familiares e a Internet

100em ação

Mais um passo para o lançamento da edição 100 do Santa Teresinha em Ação

MutirÃO dE COnFissÕEs

Dia 16/03 - 20h00 Paróquia Santa Teresinha

Dia 17/03 - 20h00 Paróquia N. Sra. Aparecida

Dia 19/03 - 20h00 Paróquia Santa Luzia

Dia 20/03 - 20h00 Paróquia de Sant’Anna

Dia 26/03 - 20h00 Paróquia N. Sra da Salette

sEMAnA sAntA

“Eu vim para servir”

CElEBrAÇÃO dE rAMOs - 29/03

10h00 Procissão e Missa Solene

QuintA-FEirA sAntA - 02/04

20h00 - Missa da Ceia do Senhor e Lava-Pés seguida de Adoração ao Santíssimo

sExtA-FEirA sAntA - 03/04 9h00 - Via-Sacra pelas ruas do bairro

15h00 - Celebração da Paixão do Senhor e Adoração da Santa Cruz

19h00 - Procissão do Senhor Morto

sáBAdO sAntO - 04/0420h00 - Vigília Pascal e

Proclamação da Ressurreição

dOMinGO dE pásCOA - 05/04Missas nos horários normais

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“Somos leigas, católicas e convictas!”

Por Daya Lima

EntrEvistA

16 • Santa Teresinha em Ação

Como toda mulher, ela também não gosta de revelar a idade, mas, por estar há 30 anos trabalhando na Ar-

quidiocese de São Paulo, dá para afirmar que Ruth Maria tem mais de 60. “Ah, não adianta vir com pegadinhas!”, ela diz para disfarçar. Muita gente a conhece. Funcio-nária do Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, ajuda nos encaminhamentos das atividades e eventos que acontecem. Leiga consagrada, diz ter tido uma vida comum, como criança, adolescente e jo-vem. Mas, já quando cursava a Universi-dade, começou a sentir o chamado para entregar sua vida a Deus. Conheça um pouco sobre essa mulher que é a cara da Igreja em São Paulo.

Santa Teresinha em Ação - Como se sente sendo uma das mulheres mais requisita-das da Arquidiocese de São Paulo?Ruth Maria - Trabalho no Secretariado Arquidiocesano de Pastoral há 30 anos e, desde o início, fui bem acolhida aqui. Sempre gostei de me dedicar aos traba-lhos da Igreja e sempre me dispus a ir “até o fim”, enquanto tivesse condições de atuar. Amo a Igreja, amo o Clero; e minha vida é isso aqui.

STA - E como foi parar na Arquidiocese?Ruth Maria - Sou do interior (Descalva-do), cresci numa família muito religio-sa – “de gente de Igreja”, como se dizia. Formada professora, vim para São Paulo e logo me engajei numa paróquia. Na ver-dade, “entrei na ativa” através da Legião de Maria. Sempre busquei conciliar meu trabalho como professora em escola do Estado, com tarefas que fui assumindo

na Igreja. Viajava bastante e lembro-me que minha mãe ficava bem preocupa-da com as contínuas viagens que fazia a serviço da Legião. Mas meu pai era meu grande incentivador: “Deixe a Ruth se-guir a vida dela. É a sua vocação!” – dizia sempre para minha mãe. E fui me dedi-cando cada vez mais. Estudei teologia, fiz a Escola da Fé durante um ano na Suíça, e procurei sempre ir aprofundando meus conhecimentos, mesmo porque passei a dar muitos cursos de Bíblia, em Paró-quias e em Escolas de Teologia em várias Regiões Episcopais. A convite do Carde-al, comecei a trabalhar na Arquidiocese; e, no mês passado, completei 30 anos de trabalhos na Igreja de São Paulo. Uma fe-licidade imensa para mim.

STA - E marido e filhos? Foi uma opção não querer tê-los?Ruth Maria - Na vida, tudo é uma questão de opção. No tempo de faculdade namo-rei e cheguei a ficar praticamente noiva; mas desisti, quando entendi que minha vida era totalmente de Cristo. Lembro-me de um pretendente não entender por que eu o tinha dispensado. E dizia: “É por causa de outro colega?” E, quando eu dis-se que sim, ele insistiu: “Mas será que eu não consigo vencê-lo?”. E eu: “Acho que não”. “E quem é ele?”, foi a pergunta dele. Respondi: “Cristo”. Aí ele reconheceu: “É, eu nada posso fazer”. Ao longo dos anos e até hoje, sou profundamente feliz. Cristo é a minha vida, e a Igreja é a minha famí-lia. Sou realizada como mulher vivendo para a Igreja.

STA - E com toda essa dedicação, ainda mais por ser mulher, sentiu algum tipo de preconceito durante a sua jornada?Ruth Maria - Vivemos numa sociedade cheia de preconceitos. Então, é claro que tive de enfrentá-los; mas nada me impe-diu de “ir em frente”, de atuar em várias áreas. Apesar dos preconceitos que ainda existem, aumenta cada vez mais a atua-ção e a participação da mulher na Igre-

ja. E sabemos que muitas trabalham há mais tempo do que eu.

STA - E por falar nisso, o que a senhora tem achado da abertura do Papa e seu o reconhecimento às mulheres da Igreja?Ruth Maria - O que falar do Papa Fran-cisco? Ele é encorajador. E tomara que as mulheres tomem isso como estímulo para seguir e se engajarem mais. A Igreja precisa delas.

STA - A senhora acha isso? Com o que, por exemplo, a Igreja se beneficiaria com o tra-balho maciço das mulheres?Ruth Maria - Com muita coisa! Primeiro, porque somos a maioria dos fiéis pra-ticantes. Então, o “trabalho maciço das mulheres” já preencheria uma imensa lacuna. Depois temos, como mulheres, as peculiaridades femininas, que ajudariam muito a Igreja. Somos carinhosas, capa-zes de trabalhar o macro - e isso é muito importante nos dias de hoje. Somos de-dicadas e o que pegamos para fazer, fa-zemos com muita convicção, coragem e perseverança.

STA - A senhora tem ideia de quando vai parar?Ruth Maria - Como lhe disse no início, enquanto tiver condições e a Igreja pre-cisar de mim, estarei à disposição. Eu amo a Arquidiocese. Quando eu parar, sairei de coração aberto, feliz com o sentimento do dever cumprido, de ter buscado corresponder ao chamado de Deus.

STA - Deixe, então, uma mensagem para as paroquianas de Santa Teresinha.Ruth Maria - É maravilhoso ser mulher. Vamos nos assumir como leigas e traba-lhar, trabalhar bastante. A Igreja preci-sa de nós. Vamos pensar com a cabeça mais aberta. Não estamos na Igreja para fazer trabalhinhos; temos capacidade, plantamos ideias e novidades. Vamos assumir um papel mais de frente. É isso o que ela pede de nós. Sem atropelar ninguém, com muito carinho e sere-nidade. Tal como nossa querida Santa Teresinha: que usemos as coisas peque-ninas para fazermos as grande. Somos leigas, católicas e convictas.

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