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Gens Seminarii N 0 7 1

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Gens Seminarii N0 7 3

EEEEEDITORIALDITORIALDITORIALDITORIALDITORIAL

“O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus”, dizia São João Maria Vianney, oSanto Cura d’Ars, e nos recorda o Papa Bento XVI em sua proclamação do Ano Sacerdotal,entre a Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus de 19 de junho de 2009 e a mesmasolenidade no dia 11 de Junho de 2010. O 150º aniversário da morte ou dies natalis doCura d’Ars foi a ocasião para este Ano Sacerdotal tão oportuno, seja do ponto de vistapastoral, seja do ponto de vista espiritual. É preciso ir ao essencial diante dos desafios dotempo presente com a sua diversidade de opiniões e dispersão de informações, semprecomprometidos com a verdade no amor.

Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote! O lema do Ano Sacerdotal e a frasede São João Maria Vianney nos colocam diante do essencial. Contemplando a fidelidadede Cristo ao Pai e ao seu Reino, expressa nas Sagradas Escrituras, podemos entender arazão de ser e a missão do sacerdote, em todos os tempos, como continuador da missãode Jesus na força do Espírito Santo. Jesus Cristo é o único e eterno sacerdote. O sacerdóciodo Novo Testamento existe como participação no único sacerdócio de Jesus Cristo e afidelidade do sacerdote deve ser vivida como configuração à fidelidade de Cristo. Dizia oSanto Cura d’Ars: “Não há duas maneiras boas de servir a Deus. Há apenas uma:servi-lo como ele quer ser servido. Fazer só aquilo que pode ser oferecido ao bomDeus”.

A fidelidade do sacerdote é condição de credibilidade do ministério presbiteral nasociedade. Como virtude humana, a fidelidade é filha da fortaleza, uma das virtudes cardeais.Deve ser adquirida e conduz à temperança. A fidelidade se relaciona com a perseverança,unindo passado, presente e futuro, na atualização permanente do compromisso. Participanteda condição pecadora de toda a humanidade, o sacerdote só pode viver na fidelidadesustentado pela graça divina. Não basta o exigente e elevado “conhece-te a ti mesmo”socrático. Só na comunhão com o único e eterno sacerdote haverá fidelidade: “Aqueleque permanece em mim e eu nele produz muito fruto; porque, sem mim, nada podeisfazer” (Jo 15,5). A graça não dispensa, mas sustenta o esforço humano e o torna eficaz.Na vida de oração e de amor-serviço, o sacerdote se configura sempre mais ao Cristo,cumprindo a sua missão e colhendo a alegria e a paz. A fidelidade do sacerdote a Cristoimplica comunhão eclesial no serviço ao sacerdócio comum dos fiéis.

Sem o amor pessoal a Jesus Cristo não é possível a fidelidade sacerdotal. O amor aCristo é condição para o encargo pastoral: “Simão, filho de João, tu me amas? (...)Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,17). Este amor precisa ser cultivado e aprofundadosempre mais na leitura orante da Escritura, na Eucaristia e na caridade pastoral, conformenos ensina a Igreja e testemunha a vida do Santo Cura d’Ars. Neste ano em que oSeminário de Mariana celebra os 260 anos de existência, rezemos para que tenhamosmuitas e santas vocações sacerdotais! Dizia São João Maria Vianney: “Um bom pastor,um pastor segundo o coração de Deus, é o maior tesouro que o bom Deus podeconceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina”.

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4 Junho 2010

EXPEDIENTE

I. Seminários de Mariana

II. AEXAM

III. GS 58

Impresso na

Tiragem: 1000 exemplares Distribuição gratuita

RESPONSÁVEIS

Pe. Lauro Sérgio Versiani BarbosaReitor do Seminário São José

Rua Cônego Amando 57Caixa Postal 11

35420-000 Mariana, MGTel. (31) 3557-1140 e 3557-1170

E-mail:

Walter Araújo de FreitasPresidente

Av. Prudente de Morais, 290, Sala 1.101, Cidade Jardim

30380-000 Belo Horizonte, MGTel. (31) 3296-7985

E-mail:

Mons. Raul Motta de OliveiraRegistro de Jornalista: Nº 1788, MPTS-DR

36090/71Seminário Diocesano Nossa Senhora do

RosárioAv. Pres. Tancredo Neves 3460, Zacarias

35300-101 Caratinga, MGTel. (33) 3321-2276 e 9983-1644

E-mail:

Editora Dom Viçoso

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Rua Cônego Amando, 131 - Mariana - MGTel.: 31 3557-1233 - [email protected]

SSSSSUMÁRIOUMÁRIOUMÁRIOUMÁRIOUMÁRIO

Editorial

Pe. Lauro Sérgio Versiani Barbosa ................................. 3

GS Especial

Seminário de Mariana celebra seus 260 anos ................ 5

Conferência “Ex-alunos ilustres do Seminário”

proferida por Monsenhor Flávio ....................................... 7

Homilia de Dom Francisco Barroso Filho ....................... 11

Homilia de Dom Geraldo Lyrio Rocha ........................... 13

Seminários de Mariana

Relação de alunos - 2010 ............................................. 15

Ordenações 2010 - Entrevistas ..................................... 19

Missões: Seminário de Mariana realiza

Semana Missionária ...................................................... 25

Nota da CNBB de solidariedade ao Papa Bento XVI ...... 26

AEXAM

Palavra do Presidente ................................................... 27

Convite do Anfitrião ....................................................... 28

Convite para o Encontro ................................................ 29

Programação do Encontro ............................................. 30

Informações do Encontro ............................................... 31

Canteiro ......................................................................... 32

Correspondência recebida ............................................. 37

Opinião .......................................................................... 38

Jubilosos 2010 .............................................................. 40

Notícias ......................................................................... 41

Manutenção da AEXAM ................................................. 42

GS 58

Conversando com os amigos ....................................... 43

46º Encontro do GS 58, em BH .................................... 44

Jubilosos Sacerdotais ................................................... 47

Correspondência / Notícias ........................................... 49

Publicações Recebidas ................................................. 52

A Virgem de Pompeia ................................................... 53

Necrológio ..................................................................... 54

Uma última palavra ....................................................... 58

Páginas Coloridas

Festa de São José .......................................................... 2

46º Encontro do GS 58, em BH .................................... 59

Nossa Capa

Seminário de Mariana - 260 anos

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EEEEESPECIALSPECIALSPECIALSPECIALSPECIAL

A Arquidiocese de Mariana,no Ano Sacerdotal, instituídopelo papa Bento XVI, se ale-gra com a celebração dos 260anos do venerando Semináriode Mariana. Fundado aos 20 dedezembro de 1750 pelo seu 1ºbispo, Dom Frei Manoel daCruz, trata-se da casa de for-mação de padres mais antiga doBrasil ainda em atividade e ainstituição de ensino mais anti-ga do estado de Minas Gerais.

Para esta comemoração, o Semináriocontou com a presença de padres, semina-ristas, ex-alunos, professores, funcionários,benfeitores, amigos do Seminário e mem-bros do Movimento Serra nos dias de pre-paração para a festa.

No dia 28 de abril, a missa foi presididapelo ex-aluno Dom Francisco Barroso Fi-lho, bispo emérito de Oliveira-MG, na Co-munidade da Filosofia. Em sua homilia, DomBarroso destacou a figura de São JoãoMaria Vianney como modelo dos sacerdo-tes. Após a celebração houve uma apre-sentação da Escola de Música “Padre Si-mões” de Ouro Preto. Foram apresenta-das sete peças em flauta doce.

No dia 29, a missa também foi na Co-munidade da Filosofia e foi presidida porMons. Flávio Carneiro Rodrigues. Após a

Seminário de Mariana celebraseus 260 anos

celebração, Mons. Flávio proferiu uma con-ferência sobre os ex-alunos ilustres do Se-minário destacando, ao longo da história, aimportante contribuição desta instituição naformação do clero, conforme se pode lerna íntegra nesta edição.

No dia 30, a missa foi celebrada naComunidade da Teologia e presidida peloex-aluno Dom José Belvino, bispo eméritode Divinópolis-MG. Dom Belvino desta-cou, dentre os títulos e virtudes de SãoJosé, a grandeza e bondade do santo pa-droeiro José. Logo depois da celebraçãoos presentes foram convidados para par-ticiparem de um momento de confraterni-zação, preparado pelos seminaristas, coma apresentação de um vídeo1 que conta,sinteticamente, a história do Seminário ede um teatro “descontraído” com uma tô-

1 O vídeo pode ser acessado na internet no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=TecQ5WMJftA.

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6 Junho 2010

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nica vocacional.No dia 1º de maio aconteceu a procis-

são e a grande celebração solene de SãoJosé comemorando os 260 anos da funda-ção do Seminário de Mariana e a admissãode mais 10 candidatos às ordens sacras. Amissa foi presidida pelo Arcebispo Metro-politano de Mariana, Dom Geraldo LyrioRocha, e concelebrada por Dom Francis-co Barroso Filho, Dom José Belvino; alémdo Vigário Geral da Arquidiocese de Mari-ana, Mons. Celso Murilo Sousa Reis; o rei-tor do Seminário, Pe. Lauro Sérgio Versia-ni Barbosa e outros sacerdotes.

Logo no início, Dom Geraldo dizia doimportante momento que a Arquidioceseestava vivendo comentando: “irmãos e ir-mãs, temos muitos motivos para celebrar,agradecer. Primeiro de maio, dia do traba-lho, dia do trabalhador. Trazemos a memó-ria litúrgica de São José Operário. Nestecontexto, devemos agradecer a Deus os260 anos do Seminário de Mariana. Quan-tos pastores para o povo de Deus foramformados nesta instituição”. Dom Geraldofez questão de enfatizar a presença de doisdos ex-alunos ilustres formados pelo nosso

Seminário: os bispos Dom Barroso e DomBelvino.

Dom Geraldo não esqueceu de menci-onar a grande maioria de leigos que passa-ram por esta instituição de ensino e, emgrande número, tiveram um papel relevan-te na sociedade de Minas e do Brasil.“Quanto sacrifício, quanta doação e ge-nerosidade dos que levam adiante esta his-tória e dos que ajudam para que o Semi-nário possa cumprir suas finalidades comtantos benfeitores. Duzentos e sessentaanos de história, sim. De lutas, sacrifíciose entrega, mas também de muitas glórias,belezas”, completou o arcebispo. Paramarcar este momento ainda foi realizadoo rito de admissão dos candidatos às or-dens sacras da Arquidiocese no qual fo-ram admitidos: Alex Martins de Freitas,D’Artagnan de Almeida Barcelos, Eustá-quio Lagoeiro Nobre, Geraldo Felício daTrindade, Jorge Luiz Barbosa, José Hen-rique Coelho, José Márcio Carlos, Lucia-no da Silva Roberto, Reginaldo Coelho daCosta e Tiago da Silva Gomes. Ao finalda celebração foi lançado o folder alusivoà data comemorada.

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Quando o estimado Pe. Lauro me faloudeste tríduo em louvor a São José, disse doseu desejo de que não fosse uma comemo-ração habitual, vazia, rotineira, sem ulterio-res consequências; então minha memórialogo, logo me trouxe a lembrança de DomSilvério, nono bispo de Mariana e primeiroArcebispo Mineiro. (Por consequência demeu ofício diário, Diretor de Arquivo, meuespírito é muito voltado,muito familiar a estesvultos do passado. Além de já ser pessoal-mente quase uma peçade arquivo, eu sobrevi-vo no meu trabalho econvivo com frequênciaentre estas figuras dopassado). Mas, se exis-te o objetivo declaradode uma homenagem di-ferente, incrementada de devoção e since-ridade para o ínclito nome de São José, entãoobrigatoriamente Dom Silvério tem de serevocado.

Antes dele, outros três bispos chegaramaqui estampando já em seus próprios no-mes o apreço pelo esposo de Maria: DomFr. Cipriano de São José e Dom Fr. Joséda Santíssima Trindade, os dois francisca-nos. E o terceiro: Dom Antônio José Fer-reira Viçoso (assim ficou assentado no Li-vro de Batizados da Paróquia de N. Sra.da Ajuda/Peniche/Portugal quando regis-trou seu batismo. Dom Luciano gostava dese referir a Dom Viçoso assim: Dom Antô-nio José/ e, curiosamente, Dom Viçoso teveum irmão também padre que se chamou

Conferência “Ex-alunos ilustres doSeminário” proferida por Monsenhor Flávio1

José Antônio). Dom Helvécio de Oliveiranão vacilou em batizar, com nome tão pro-missor, São José, o destino do Seminárioentão chamado de Maior, a conceituadacasa que agora alcança a glória de seus 75anos de beneméritos serviços. Em lugarnobre e destacado da graciosa Capela ali,quis que o pincel de Pietro Gentili pereni-zasse sobre o altar as inspiradas saudações

do Breviário Romano:Te Joseph celebrentagmina caelitum / Ce-lebrem-te, José, as legi-ões celestes; e lá sobreo coro: Te cuncti reso-nent Christiadum cho-ri / Todos os coros decristãos te aclamem.

Mas não houve nahistória de nosso arce-bispado quem superas-

se a Dom Silvério no devotamento a SãoJosé. Nascido em Congonhas, de famíliamuito pobre, aprendeu na infância o oficiode sapateiro, sendo depois aproveitadonuma casa de comércio. Afilhado muitoquerido e protegido de Dom Viçoso, foi porele depois recebido no Seminário com es-pecial carinho (Dom Viçoso enviou-lhe da-qui o cavalinho para a viagem, recomen-dando que não castigasse muito o lombodo animal). Percorreu com brilho singularos cursos e estudos do Seminário, ondedepois de ter sido ali aluno distinto foi exí-mio também professor. Como cônego hon-rou o Cabido da Cidade: por duas vezesgovernou o bispado, eleito Vigário Capitu-lar, nas duas vacâncias depois do faleci-

1 Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues é o Diretor do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana.

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mento de Dom Viçoso e de Dom Benevi-des. Ordenado bispo velou com admirávelsolicitude pelo Cabido, Cúria, Seminário eo Clero. Padre Conciliar do Vaticano I. Ora-dor festejado, admirado poliglota, preclarolatinista, egrégio escritor. Eleito e empossa-do membro da Academia Brasileira de Le-tras, o primeiro eclesiástico brasileiro a terseu nome nesta galeria dos imortais. (De-pois dele, outro ex-aluno da casa ganhoutambém assento ali entre os acadêmicos,Dom Lucas Neves).

Mas ainda não sublinhei o mais elevadotítulo de Dom Silvério: o de ter sido devotoconfesso, explícito, entusiasta de São José.Seu lema episcopal era : Joseph, dux etpraesidium. José, condutor e amparo. En-tregou à guarda deste Santo sua diocese eseu pastoreio, A festa deste santo era cele-brada com a maior pompa litúrgica: pontifi-cal soleníssimo na Sé, com participação doCabido e adesão de todo o povo fiel. Deze-nove de março era dia santo de guarda nadiocese.

Muito por esta sua sábia e piedosa pre-ferência, por esta sua salutar devoção, DomSilvério teve um governo feliz e deixou emnossa Arquidiocese e no cenário eclesiás-tico nacional seu nome coberto de respeitoe aplauso. Ele não se conformava com umadevoção habitual, costumeira a São José:soube tê-la bem cultivada e acesa. E estasevocações históricas querem ressaltar quea devoção com o patrocínio de São José éum honroso legado, uma peculiaridade denossa Arquidiocese e há de ser sempre umaetiqueta característica de nossas tradições,passadas e presentes. Isto vem desde osdias antigos e deve receber nossa acolhidapronta e comprometida.

De fato, é argumento de sabedoria, édecisão de inteligência abrigar-se à som-bra de um santo com relevo tão destacado.Dom Silvério nos ensinou a lição de presti-giar na corte celeste o eleito de maior pres-tígio e mérito. Aliás, o culto a São José

nos foi ensinado bem antes das recomen-dações de papas, bispos, padres da Igrejae teólogos, bem antes dos conselhos desantos e mestres de espiritualidade. Esteculto nos foi insinuado pelo próprio Deusque achou por bem entregar a sua zelosacustódia tudo aquilo que de mais preciosoconteve a terra. Foi o próprio Deus quem oescolheu para cuidar de seu divino Filho ede sua bendita Mãe.

Quem mais e melhor entende de NossoSenhor e de Nossa Senhora do que SãoJosé? O evangelho documentou a efusivaalegria dos Magos orientais quando, depoisde acidentada viagem, puderam finalmen-te contemplar pessoalmente o Rei recémnascido; também o evangelho guardou re-gistrado o júbilo do velho Simeão quandoteve um dia a felicidade de sustentar emseus braços o Deus Menino. BernadeteSoubirous, na gruta Massabielle em Lour-des, nem sentiu a vela acesa queimar-lhe amão, extasiada diante da beleza da Imacu-lada Conceição. Tudo isto significa pouco,ventura menor perto do que foi dado a SãoJosé, que conviveu intimamente com o Se-nhor e a Senhora anos a fio, a maior partede suas vidas terrenas.

Foi ele legítimo, legal e verdadeiro es-poso da Virgem Maria; foi legítimo, legal everdadeiro Pai do Senhor Jesus. Pai Legalque cumpriu a incumbência costumeira eespecifica de um pai da época, a de imporum nome ao filho, como o Anjo lhe pres-crevera. As denominações de “Pai adoti-vo/Pai nutrício”, que comumente o descre-vem, como observava o saudoso Arcebis-po Dom Oscar, dizem pouco, apequenamtalvez o seu valor e não lhe fazem total jus-tiça. Só não foi Pai natural e biológico, masfoi sim um autêntico Pai que lhe transmitiua descendência real de Davi. Um dia, nocaminho de Jericó, o cego Bartimeu, a ple-nos pulmões, gritou-lhe sem mentir: “Jesus,filho de Davi tem pena de mim!” São José,além do sustento diário obtido numa humil-

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de oficina de artesão, sempre lhe garantiucordial amparo, desde a periferia de Be-lém onde nasceu/ e na fuga noturna para oEgito/ e no regresso para Nazaré, depoisda morte de Herodes, que a história profa-na mal apelidou de Grande / São José Oassistiu sempre em casa e no trabalho, naoração privada e pública, acompanhando-o sempre à sinagoga e ao Templo de Jeru-salém, na ocasião da Páscoa. Sempre ami-go e fiel, sempre presente na vida do Me-nino e na de sua Mãe.

Tendo tudo ou muito para aparecer, parabrilhar, foi o santo da modéstia, santo ocul-to e do silêncio. Santo de uma humildadeextremada: poucas vezes ele é citado naspáginas do Evangelho; outras figuras, atéde pecadores, ganharam ali mais espaço eevidência que ele. Os evangelhos não guar-daram palavras suas, não conhecemos ne-nhuma. Ficamos sabendo de suas aflições,de seus sonhos. Que delicadeza de com-portamento naquela intrincada situação dever grávida sua santa esposa, grávida porobra e graça do Divino Espírito Santo. Ele,o Justo por excelência, conhecendo a ex-celsa virtude de sua dileta esposa e nãoentendendo o que nela acontecia, julgou-seindigno dela e assim pensou em deixá-la.O anjo então o acode e tranquiliza. Ele eela, os dois respeitaram e adoraram a divi-na sabedoria e confiaram sem vacilação naprovidência soberana de Deus.

Ser devoto de São José, prezados semi-naristas, não é simplesmente uma opção edi-ficante, uma atitude piedosa ou elegante nanossa vivência espiritual. É sim um enérgi-co imperativo, é uma premente necessida-de, é um insubstituível cuidado. Deus pró-prio nos passou esta lição e ela está sendoagora reprisada com ênfase nesta soleni-dade promovida pela direção desta casa. Aprogramação aqui agendada não deve seruma repetição costumeira, uma tradiçãocaseira, sem maiores implicações. Mais doque um agradável congraçamento de ami-

gos, reencontro saudável de irmãos há deser um apelo vigoroso, uma chamada opor-tuna para que nos abandonemos, sem de-mora e sem restrições, à guarda de SãoJosé. Não nos esqueçamos do dístico deDom Silvério: Joseph, dux et praesidium/ José guia e protetor. A Ele devemos con-fiar o que de mais valioso temos na vida,como, verbi gratia, nossa vocação sacer-dotal, recomendar a ele nosso sacerdócioque pode e deve ser vivenciado mesmo atéantes da ordenação sacramental. O Sacer-dócio de Jesus Cristo prescinde o tempo etem muito a ver com a eternidade. Sacer-dos in aeternum!

E não desprezo o providencial ensejoque me concedem aqui para este pronun-ciamento público: bendigo esta hora e cir-cunstância, solenidade do glorioso São José,para defender com vigoroso interesse a gló-ria e a bênção do nome de Seminário / casade formação de sacerdotes / para esta ve-neranda e respeitável Instituição. Comméritos bem inexpressivos, ou mesmo semeles, sou o cidadão mais antigo, o habitantemais longevo deste tradicional e mais quebissecular educandário: minha permanên-cia ininterrupta aqui sobe aos 67 anos (che-guei com 11, ordenei-me com 23, lecionei38, sou hóspede emérito e talvez incômodohá 16), não sei de ninguém (nem padre,professor, aluno, funcionária, secretária,zelador ou cozinheira) com maior tempo decasa do que eu. Na festa do grandioso “pa-triarca” São José, invoco minha condiçãode “patriarca” nesta área, para advogar acondecoração do título primeiro e tradicio-nal de “Seminário” para esta abençoada equerida casa formadora de sacerdotes.Que a batizem com outros nomes e epíte-tos, como quiserem, classificando-a comoliceu, ateneu, academia, faculdade e insti-tuto, mas não lhe olvidem nem tomem anobre consciência e simpática denomina-ção de Seminário.

Na condição de arquivista, vejo como

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uma pequena impropriedade histórica a ado-ção preferencial de um outro nome sobre ode Seminário. Dou testemunho do amoro-so cuidado paternal de todos os nossos bis-pos e arcebispos com relação a este inter-nato, a que não se referiam com outra de-signação. Sei falar de suas lutas e empe-nhos, trabalhos tantos e esforços estirados,de suas preocupações e angústias nos seuscurtos períodos de recesso, quando ficoudesativado. Todos eles tiveram uma sim-patia declarada e prioritária com este or-ganismo fundamental da Arquidiocese, comeste monumento de cultura religiosa que jávai alcançando 260 anos de benfazejaatividade. Não se sabe por aqui de outromais pródigo e generoso, abastecendo oclero mineiro e brasileiro, de outro que te-nha dado a Roma dois senhores cardeais.E tenho para mim que este meu brado, estemeu apelo de carinho com o tradicionalSeminário carrega o aplauso dos padres deminha geração e das gerações que nos pre-cederam.

A maior nobreza desta casa não lhe vemde diplomar filósofos, pensadores, teólogosou professores, mas sim de formar sacer-dotes do Senhor Jesus Cristo. Pela tradi-ção da casa, este domicílio pretende ser pri-meiramente um centro de ascese, um gi-násio de aprimoramento espiritual, uma es-cola de virtudes evangélicas antes da bus-ca de outras ciências. Foi este o objetivoprimeiro de seu inolvidável fundador, DomFrei Manoel da Cruz, monge cisterciense,ordem religiosa afeita por tradição aos va-lores divinos, à liturgia e ao culto sagrado.Ele não queria o seu Seminário preparandopadres apenas cultos e sábios, antes osqueria piedosos e fiéis. Este belo propósitofoi também o de seus sucessores, máximedo sétimo bispo Dom Antônio Ferreira Vi-çoso, reconhecido com justiça como o re-formador do clero mineiro e brasileiro. Everdadeiramente o foi: sua benéfica influ-ência chegou a rincões distantes de nossa

pátria através de três de seus discípulosmais chegados, formados aqui, promovidosdepois ao episcopado (Dom João Antoniodos Santos, bispo de Diamantina / DomPedro Lacerda, bispo do Rio / Dom LuisAntônio dos Santos, bispo de Fortaleza).Com Dom Viçoso, sobretudo, com sua aten-ção, presença e exemplo, o Seminário nãofoi apenas colégio de disciplinas humanas,foi mais um aprendizado de santidade, Do-mus Dei, uma casa de Deus.

E nesta sinfonia de saudosa gratidão,não podem ser omitidos os beneméritosnomes de três insignes lazaristas formado-res: Pe. João Batista Cornaglioto, Pe. An-tonio Van Pol e Pe. José Dias Avelar. Evale registrar com ênfase ainda que emJunho de 1922, nosso Seminário foi visita-do pessoalmente por Dom Luigi Orione, porum santo já inserido oficialmente no rol doscanonizados. Visita esta de elevado signifi-cado devendo ficar assinalada com um re-levo particular.

Nosso histórico e venerando Semináriocataloga em seus anais uma lista copiosade ex-alunos que alcançaram a glória comméritos aplaudidos: souberam brilhar noepiscopado (48), na cultura, na literatura,na música, nas artes em geral, na política,na história pátria (seis deles integravam ogrupo dos Inconfidentes, dos Conjuradosmineiros), na Diplomacia e nas Ciências.Mas seja proclamada aqui sua maior ufa-nia: sua glória primeira, seu júbilo maior foiformar, para o Brasil e para Minas, umaplêiade de padres piedosos, apostólicos efiéis / sacerdotes autenticamente sacerdo-tes. Foram estes os ex-alunos que maisengrandeceram a Instituição. Alguns estãosendo até estudados e propostos à Congre-gação pro Sanctis do Vaticano: Côn. Fran-cisco de Paula Vitor (mais venerado no Sulde Minas/Três Pontas), o Pe. Antonio Ri-beiro Pinto (de Urucânia), Côn. OsvaldoRodrigeus Lustosa (de São João Del Rei),Côn. José Ermelindo de Sousa (de Arapon-

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ga), o Côn. Heitor Augusto da Trindade (deNazareno) e o Pe. Libério Rodrigues Mo-reira (de Leandro Ferreira). Curiosamente,o Mons. José Silvério Horta não estudou emnosso Seminário, ele estudou e se formoucomo fâmulo da Casa de Dom Silvério.

Prezados seminaristas: o mundo lá foraespera por vocês. A Igreja universal ativa-da pelo brado do Santo Padre neste AnoSacerdotal, a Igreja de Mariana, a maisantiga deste pedaço brasileiro, tão orgulho-sa e feliz de ter sido a pioneira na difusãoaqui da fé cristã, da devoção a VirgemMaria, do culto a São José, toda a cristan-

dade conta com vocês, anseia e muito querque sejam autênticos sacerdotes, operári-os devotados do Evangelho, testemunhaseloquentes do Senhor Ressuscitado, padrescomo sonhou lá atrás Dom Viçoso, comovezes muitas pediu Dom Silvério ao seuSão José, padres como desejam, numatorcida entusiasmada, o senhor Arcebis-po, o reitor do Seminário Pe. Lauro, a equi-pe diretora das quatro casas formadoras,todo o clero de nossa Arquidiocese, nos-sas comunidades religiosas e também eu,que agradeço a bondade e a paciência deme terem ouvido.

Homilia de Dom Francisco Barroso Filho1

1 Homilia proferida no dia 28 de abril de 2010, primeiro dia do tríduo preparatório para a festa de São José operário.

O Ano Sacerdotal nos traz à lembrançao Padroeiro dos sacerdotes São João Ma-ria Vianney, o Cura d’Ars, exemplo de vidasacerdotal, sobretudo para os Párocos.

O santo Cura d’Ars costumava dizerque “o sacerdócio é o amor do Coraçãode Jesus”. Talvez, tenha sido inspiradoneste pensamento que o Papa Bento XVIhouve por bem escolher a Solenidade doSagrado Coração de Jesus, dia dedicado àoração pela santificação dos sacerdotes,para inaugurar o Ano Sacerdotal, procla-mado, por ocasião do sesquicentenário defalecimento do Cura d’Ars, São João Ma-ria Vianney, pároco humilde, intimamenteconsagrado ao serviço pastoral.

São João Maria Vianney nasceu no dia8 de maio de 1786, em Dardelly, cidadeque, naquele tempo, pertencia à diocesede Lion, na França. Seus pais eram cam-poneses, pobres de bens materiais, masricos de fé e de virtudes cristãs, sobressa-indo, entre elas, a virtude da caridade.Recebeu a Primeira Comunhão aos 13anos. E, aos 20 anos de idade, recebia o

Sacramento da Confirmação.Durante toda essa época, desde a ida-

de de sete anos, enfrentou os terrores daRevolução Francesa, quando a igreja pa-roquial de Dardelly foi fechada e os padresda região, exilados ou mortos. Foi dentrodesse contexto da história, que o desejo deser padre aflorou no coração do jovem JoãoMaria Vianney.

Obtido o consentimento de seus piedo-sos pais, entrou para a Escola Paroquial,fundada pelo Pe. Carlo Balley, para prepa-rar os futuros candidatos ao Sacerdócio,antes do ingresso no Seminário.

Enfrentou sérias dificuldades, nos estu-dos, nos Seminários de Verrieus e de Lion.Chegou, até mesmo, a ser despedido doSeminário de Lion por incapacidade. Mas,o Pe. Carlo Balley acreditava naquele jo-vem e o ajudou a superar as suas deficiên-cias, preparando-o para o sacerdócio. O Pe.Balley sugeriu ao bispo que o jovem JoãoMaria fosse submetido a um exame, na suapresença, por um professor, escolhido pelobispo. Tendo sido aprovado, não foi difícil

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12 Junho 2010

convencer o bispo a ordená-lo sacerdote,em vista das grandes virtudes de que eradotado por Deus, não obstante a sua limi-tação intelectual.

Foi ordenado presbítero no dia 13 deagosto de 1815, com 29 anos de idade, mas,sem a permissão de ouvir confissões e coma condição de ficar, por algum tempo, sobos cuidados do Pe. Carlo Balley, pároco deEcully, onde o padre João Maria Vianneypermaneceu por três anos.

O Pe. João Maria Vianney e o Pe. Car-lo Balley, seu professor e benfeitor, viviamuma fraternidade sacerdotal edificante.Três anos de convivência maravilhosa, que,sem dúvida, muito contribuiu para a santifi-cação de ambos. O Pe. João Maria Vian-ney admirava e procurava imitar a fé pro-funda e o espírito de penitência do seumestre e benfeitor. E o pároco, Pe. CarloBalley, por sua vez, se alegrava por ter umdiscípulo e um colega no Sacerdócio, tãounido a Deus e tão dócil.

Conhecendo, assim, o seu discípulo ecolega, a quem acompanhou, bem de per-to, Pe. Carlo Balley pôde assegurar ao bis-po que o Pe. João Maria já se achava emplena condição de exercer todas as fun-ções, próprias do Ministério Sacerdotal,afirmando que as suas pregações não con-tinham erros doutrinais e que ele aplicava,corretamente, a moral, nos casos de cons-ciência.

Ao morrer o seu mestre e benfeitor, oPe. João Maria Vianney foi nomeado Ca-pelão de um vilarejo, de nome Ars, que ti-nha apenas 40 casas e 270 habitantes. Trêsanos depois, em 1821, aquela pequena co-munidade de Ars, era transformada emParóquia. Os seus habitantes, embora con-servassem, ainda, a fé em Deus, eram mar-cados por uma grande ignorância religiosae uma prática moral que deixava muito adesejar. O zeloso pároco começou o seu

trabalho pastoral, procurando entrar em con-tato com os seus paroquianos. Ia ao en-contro deles, nas suas casas e nos campos,dialogando com eles, tomando conhecimen-to de suas dificuldades, procurando sabercomo andava o estado se saúde deles e deseus animais, a situação financeira e, as-sim, atraía a todos e construía amizades.Em pouco tempo, já era do seu conheci-mento os vícios e as virtudes de todos, oque o levou a concluir que aquela gente eraboa apesar dos pontos fracos, na práticada moral.

Diante daquela decadência moral emque ele encontrou aquele povo, ele costu-mava dizer: “Deixai uma paróquia sempadre, durante 20 anos e seus habitan-tes passarão a adorar os animais”.Como o Bom Pastor, o padre João MariaVianney se desdobrava no empenho desalvar as ovelhas do rebanho que lhe foientregue. Para isto, inspirado na sabedoriado Evangelho, deixava de lado o rigorismomoral, próprio do espírito jansenista de suaépoca e procurava, em suas pregações enas suas atitudes, manter o equilíbrio e obom senso. Ele estava consciente de quebastava aquecer os corações daquele bompovo, com um pouco do amor de Deus eArs recobraria a sua fisionomia cristã. Ozeloso pároco de Ars percebeu que nãobastava pregar às poucas pessoas que fre-quentavam a igreja, afastando-as, com ser-mões cheios de minúcias e de xingatórios,mas era necessário deixar-se guiar peloEspírito Santo. Para isto, era indispensá-vel, antes de tudo, ter vida de oração.

Enquanto os homens mundanos, lá fora,se entregavam ao pecado, ele estava, dejoelhos, diante do Santíssimo, em atitude deadoração e de reparação. Era, ali, diantedo Santíssimo, que o Cura d’Ars prepara-va o catecismo para as crianças e para osadultos. Nas suas pregações, o Senhor lhe

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Gens Seminarii N0 7 13

inspirava palavras mais adequadas e maisfáceis de serem guardadas pelos seus ou-vintes.

Foi assim que aquele padre, tido comoincapaz, intelectualmente falando, se tor-nou um dos mais famosos pregadores daEuropa. Homem de oração e de penitên-cia, ele se tornou, também um grande con-fessor. Com efeito, era, cada dia, maior, onúmero de pessoas que passavam pelo seuconfessionário.

O santo Cura d’Ars não descuidou tam-bém das obras sociais: exerceu sua ativi-dade pastoral, abrindo uma escola popularpara as moças pobres e criando um orfa-nato, confiado a religiosas. Combateu o al-coolismo e a vida ociosa e abriu escolasprofissionais para os homens e para asmulheres. Sua vida foi, portanto, não só

penitente e mística, mas, também, cheia deobras de zelo pelo próximo. A plenitude devida apostólica desse herói do ministérioparoquial o levou a exclamar: “É belo mor-rer, depois de ter vivido na cruz”.

Mesmo depois de sua morte, ocorridano dia 4 de agosto de 1859, São João Ma-ria Vianney continuará a anunciar o amormisericordioso de Deus, através de seusescritos e, sobretudo, através de seu teste-munho de vida.

São Pio X o proclamou Beato em 1905,Pio XI o canonizou em 1925, declarando-opatrono dos párocos e o Papa Bento XVIo declara padroeiro dos sacerdotes.

Como São João Maria Vianney, deixe-mos que Deus ocupe o lugar central emnossa vida, em nosso tempo e em nossosobjetivos.

A memória litúrgica de São José Ope-rário, que hoje celebramos, foi instituídapelo Papa Pio XII, em 1955. Diante de 200mil operários reunidos na Praça de SãoPedro, em Roma, disse o Papa: “Neste 1ºde maio, que o mundo do trabalho as-sumiu como festa própria, queremos re-afirmar, em forma solene, a dignidadedo trabalho a fim de que inspire, na vidasocial, as leis da equitativa repartiçãode direitos e deveres”.

Esta celebração litúrgica em 1º de maio,Dia do Trabalho e do Trabalhador, leva-nosa reconhecer e proclamar a dignidade dotrabalho humano, como exercício benéficode seu domínio sobre o mundo criado, ser-viço à comunidade, prolongamento da obrado Criador e contribuição humana no plano

Homilia de Dom Geraldo Lyrio Rocha1

divino da salvação, como nos ensina o Con-cílio Ecumênico Vaticano II (cf. GS 34).

O episódio apresentado pelo evangelis-ta Mateus no Evangelho, que ouvimos hápouco, representa um ponto culminante doministério de Jesus na Galileia, e do totaldesprezo, por ele experimentado, da partede seus conterrâneos. O questionamentodos nazarenos “de onde lhe vem essa sa-bedoria e esses milagres?” (Mt 13,54) pode ser assim interpretada: “nós o conhe-cemos muito bem, e por isso nele não podehaver nada de extraordinário”.

No Evangelho, São José é chamado dehomem justo. O humilde artesão de Naza-ré aponta para o Cristo Salvador, Filho deDeus. O próprio Jesus quis ser um traba-lhador manual, passando grande parte de

1 Homilia proferida, em 01 de maio de 2010, na Solene Celebração Eucarística da Festa de São José Operário e dacomemoração do 260º aniversário da fundação do Seminário de Mariana.

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sua vida na oficina de seu pai adotivo. Eleé chamado de “filho do carpinteiro” (Mt13,55). Em sua pregação, Jesus ensina aapreciar o trabalho. Ele mesmo “se tornousemelhante a nós em tudo, passando amaior parte dos anos da vida sobre aterra junto a um banco de carpinteiro”(LE 6), dedicando-se ao trabalho manualna oficina de José, recorda-nos o Papa JoãoPaulo II na encíclica Laborem Exercens.

A Doutrina Social da Igreja afirma in-sistentemente que o trabalho tem priorida-de em relação ao capital. O Papa JoãoPaulo II reafirmou que “esse princípio dizrespeito diretamente ao próprio proces-so de produção, relativamente ao qualo trabalho é sempre uma causa eficien-te primária, enquanto o capital, sendoo conjunto dos meios de produção, per-manece apenas um instrumento, ou cau-sa instrumental. Este princípio é umaverdade evidente, que resulta de toda aexperiência da história. Ele pertence aopatrimônio estável da doutrina da Igre-ja” (LE,12).

Hoje, sob o patrocínio de São José, ce-lebramos a Eucaristia rendendo graças aDeus pelos 260 anos da fundação do Se-minário de Mariana. Incontáveis são os fru-tos colhidos desde a implantação do primei-ro estabelecimento de estudos superioresdo Estado de Minas Gerais, graças à inici-ativa de Dom Frei Manoel da Cruz, primei-ro bispo de Mariana. Gente de todas aspartes do Brasil veio beber nesta fonte quejorra a água cristalina do saber, adquiridosob a luz dos ensinamentos perenes que aIgreja transmite com total fidelidade aoSenhor. Demos graças a Deus, por sermosrecompensados pelos frutos colhidos ao

longo destes 260 anos de história de nossoSeminário, e que nesta Eucaristia deposi-tamos sobre o altar de Deus. Foi em nomedo Senhor Jesus e movidos pelo amor àIgreja que os de ontem e os de hoje se de-dicaram à formação de tantos pastores parao povo de Deus de nossa Arquidiocese ede muitas outras circunscrições eclesiásti-cas do Brasil. Recomenda-nos o apóstoloPaulo: “Tudo o que fizerdes por palavrasou ações, fazei-o em nome do SenhorJesus, por ele dando graças a Deus, oPai” (Cl 3,17).

O rito de admissão de candidatos àsordens sacras, que hoje celebramos, recor-da-nos o objetivo fundamental da criaçãodessa instituição que deseja ser escola deformação de discípulos e missionários deJesus Cristo que se dispõem a servir a Deuse a seu povo santo no ministério ordenado.

Trazemos ao altar o pão e o vinho “fru-tos da terra, da videira e do trabalhohumano” que apresentamos ao Senhor epara nós se vão tornar “pão da vida e vi-nho da salvação”. Ensina-nos a Consti-tuição Pastoral Gaudium et Spes do Vati-cano II, “a Eucaristia santifica o traba-lho e os seus frutos, e nos indica que overdadeiro objetivo de todo o trabalhohumano é a construção do novo Reino”(cf. GS 39, 67).

O Apóstolo Paulo, com suas palavrasiluminadoras, orienta-nos como devemoscontinuar a escrever a história do nossoquerido Seminário: “Em tudo o que fizer-des, ponde vossa alma, como para oSenhor e não para os homens, sabendoque o Senhor vos recompensará como aseus herdeiros: é Cristo o Senhor a quemservis” (Cl 3,23-24). Amém!

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Gens Seminarii N0 7 15

GRUPO DE ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

Padres residentes na Comunidade Vocacional:

Pe. Mauro Lúcio de Carvalho - diretorPe. Eliseu Donisete de Paiva Gomes1º ano

Carlos Heitor Fideles – São Miguel do Anta(GOV interno)Cristovão Marcelo Novais Guingo – Cach. doCampo (GOV externo)Flávio Saboia de Oliveira – Divinésia (GOVexterno)Lucas Borges de Paula Vieira – Ibertioga (GOV interno)Marcos Tadeu Laves de Lima – Mariana (GOV externo)Marcus Vinícius Pereira das Dores – Mariana (GOV interno)Paulo Afonso Ramos da Silva – Abre Campo (GOV externo)2º ano

Albertty Félix Corrêa – Ouro Preto (GOV externo)Franciwiner Darckson N. de Souza – Ouro Preto (GOV externo)Gilson dos Santos Batista – Cipotânea (GOV interno)João Lucas Ferreira Basílio – Ouro Preto (GOV externo)João Luiz da Silva – Piranga (GOV interno)Lucas Muniz Alberto – Santa Bárbara (GOV interno)Humério de Souza Gonçalves – Mariana (GOV externo)Max Júnior de Andrade – Carandaí(GOV externo)Rodrigo Bhering Gonçalves – Viçosa (GOV interno)Tiago Henrique das Dores – Santa Bárbara (GOV interno)Vitor da Costa Marcelino – Rio Pomba(GOV externo)Wesley Souza Dias Soares – Santa Bárbara (GOV externo)3ª ano

Divino Batista Pereira Júnior – Cipotânea (GOV externo)Luis Augusto de Paula – Cipotânea (GOV interno)Mauro Lúcio Parreira Júnior – Congonhas (GOV externo)

Seminário São José, rica seara de vocações!Relação de alunos - 2010

ANO IV - Nº 7 - Junho / 2010ANO IV - Nº 7 - Junho / 2010

Grupo de Orientação Vocacional e equipe

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16 Junho 2010

Richard Ivis José dos Reis – Correia de Almeida (GOV externo)Tiago Henrique Souza Cardoso – Congonhas (GOV externo)Natanael da Silva Nunes – Rio Pomba (GOV externo)

COMUNIDADE DO PROPEDÊUTICOPadres residentes:

Pe. Adilson Luiz Umbelino Couto – diretorPe. Ronaldo Gomes ChavesPe. Anderson José do Nascimento

Adriano Ferreira Mendes – Antônio CarlosDaniel Júnior dos Santos – BarbacenaDaniel Fernandes Moreira – Senador FirminoEvaldo de Souza Bárbara – GranadaFabiano Alves de Assis – CoimbraFabiano Milione Honório – LamimFabrício Sampaio Coelho – SericitaJoão Gualberto Barbosa – RessaquinhaJhonatas Tadeu Costa Rosa – BarbacenaMarcus Vinicius de Jesus – Ouro PretoRosemar Marcos Condé – Senhora dos RemédiosRosemberg Carmo Nascimento – Senhora dos RemédiosThiago Andrade de Castro – Rio PombaWesley Rafael A. da Silva – Barbacena

COMUNIDADE DA FILOSOFIAPadres residentes

Pe. Edmar José da Silva– diretorMons. Flávio Carneiro RodriguesPe. Roberto Natali StarlinoPe. Edvaldo Antônio de MeloPe. Darci Fernandes Leão1º ano

Alessandro Ferreira A. Blank – GovernadorValadares (Diocese de Gov. Valadares)Bernardo Ferreira de Sousa – Divinópolis (Diocese de Divinópolis)Bruno Aparecido Nepomuceno – Ouro Preto (Arquidiocese de Mariana)Danilo dos Santos Gomes – São Pedro dos Ferros (Arquidiocese de Mariana)Douglas Lopes Amaral – Divinópolis (Diocese de Divinópolis)Francisco B. Pacheco de Souza – Divino das Laranjeiras (Diocese de Gov. Valadares)Gleison Aparecido Martins – Conselheiro Lafaiete (Arquidiocese de Mariana)Gustavo Moreira Mendes – Governador Valadares (Diocese de Gov. Valadares)

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Gens Seminarii N0 7 17

José Maria Dias – Congonhas (Arquidiocese de Mariana)José Tarcísio da Costa – Desterro do Melo (Arquidiocese de Mariana)Josinei da Rocha Neto – Alto Rio Doce (Arquidiocese de Mariana)Júlio César Divino Vigiano – Rio Espera (Arquidiocese de Mariana)Leandro Alves Figueira – Ouro Branco (Arquidiocese de Mariana)Leandro Marcos da Costa – Ouro Preto (Arquidiocese de Mariana)Lucas Antônio Ferreira – Santa Bárbara do Tugúrio (Arquid. de Mariana)Lucas Germano Azevedo – Ouro Preto (Arquidiocese de Mariana)Luciano de Oliveira Pereira – Capitão Andrade (Diocese de Gov. Valadares)Luís Alberto Ribeiro Gomes – Barbacena (Arquidiocese de Mariana)Márcio Henrique da Silva – São Pedro dos Ferros (Arquidiocese de Mariana)Ramon dos Santos Oliveira – Mercês (Arquidiocese de Mariana)Renato César de Lima – Carandaí (Arquidiocese de Mariana)Tiago Gandra do Vale – Divinópolis (Diocese de Divinópolis)Vinícius N. Marra – Itaúna (Diocese de Divinópolis)Wagner Júnior dos Santos – Cachoeira do Campo (Arquidiocese de Mariana)2º ano

Daniel Filipe da Silva – Piranga (Arquidiocese de Mariana)Delvanir Maurílio – Porto Firme (Arquidiocese de Mariana)Edivaldo de Oliveira Ribeiro – Itaverava (Arquidiocese de Mariana)Gustavo Inácio de Souza – Governador Valadares (Diocese de Gov. Valadares)Ildeu da Cruz Sílvio – Canaã (Arquidiocese de Mariana)João Paulo R. Pereira – Congonhas (Arquidiocese de Mariana)Joel Santos de Marselha – Mons. Isidro (Arquidiocese de Mariana)Leone José Mateus – Barbacena (Arquidiocese de Mariana)Rodrigo Artur M. da Silva – Barbacena (Arquidiocese de Mariana)3º ano

Adriano Miguel Silva – Piedade do Rio Grande (Arquidiocese de Mariana)Alan Lopes de Oliveira – Aimorés (Diocese de Governador Valadares)Bruno Viana Campos – Alto Rio Doce (Arquidiocese de Mariana)Evaldo Rosa de Oliveira – Rio Espera(Arquidiocese de Mariana)Gilmar Lopes da Silva – Viçosa (Arquidiocese de Mariana)Jackson de Souza Braga – Itabirito (Arquidiocese de Mariana)Juliano Aparecido Pinto – Carandaí (Arquidiocese de Mariana)Júlio César Ferreira – Coroaci (Diocese de Governador Valadares)Marney Barcelos Araújo – Piranga (Arquidiocese de Mariana)Marcelo Geraldo de Oliveira – Itaúna (Diocese de Divinópolis)Reginaldo Pereira Inácio – Ponte Nova (Arquidiocese de Mariana)Rodrigo Marcos Ferreira – Dom Silvério (Arquidiocese de Mariana)Vanderlei Gomes Guimarães – Viçosa (Arquidiocese de Mariana)

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18 Junho 2010

COMUNIDADE DA TEOLOGIA

Padres residentes

Pe. Lauro Sérgio V. Barbosa – ReitorMons. Celso M. Reis – Vigário GeralCôn. Jadir Trindade LemosPe. Luiz Antônio Reis CostaPe. Danival Milagres CoelhoPe. Geovane Luís da Silva1º ano

Alex Martins de Freitas – Viçosa (Arquidiocese de Mariana)D’Artagnan de Almeida Barcelos – Barbacena (Arquidiocese de Mariana)Eustáquio Lagoeiro Nobre – Montes Claros (Arquidiocese de Mariana)Geraldo Felício da Trindade – Cipotânea (Arquidiocese de Mariana)Jorge Luiz Barbosa – Capela Nova (Arquidiocese de Mariana)José Henrique Coêlho – Entre Rios de Minas (Arquidiocese de Mariana)José Márcio Carlos – Viçosa (Arquidiocese de Mariana)Luciano da Silva Roberto – Ouro Branco (Arquidiocese de Mariana)Reginaldo Coelho da Costa – Entre Rios de Minas (Arquidiocese de Mariana)Tiago da Silva Gomes – Vinhedo (Arquidiocese de Mariana)2º ano

Adelson Laurindo C. Sampaio – Sericita (Arquidiocese de Mariana)Antônio Adriano Vale – Carandaí (Arquidiocese de Mariana)Carlos José Pires – Viçosa (Arquidiocese de Mariana)Celino Alves Ferreira – Conselheiro Pena (Diocese de Gov. Valadares)Edir Martins Moreira – Jequeri (Arquidiocese de Mariana)Thiago José Gomes – Mariana (Arquidiocese de Mariana)3º ano

João Donizete Euzébio – Acaiaca (Arquidiocese de Mariana)Leandro Ferreira Neves – Ponte Nova (Arquidiocese de Mariana)Márcio Vieira de Jesus – Goiânia (Prelazia de Cristalândia)Mauro Sebastião Fonseca – Capela Nova (Arquidiocese de Mariana)Sérgio José da Silva – Barão de Cocais (Arquidiocese de Mariana)4º anoAndré Oliveira Quintão – Piranga (Arquidiocese de Mariana)Claudinei Lourenço de Souza – Canaã (Arquidiocese de Mariana)Daniel Ângelo Henriques – Capela Nova (Arquidiocese de Mariana)Edvan Cardoso – Conselheiro Pena (Diocese de Gov. Valadares)Euder Daniane Canuto Monteiro – Caranaíba (Arquidiocese de Mariana)Glauber Rodrigo Passos Lacerda – Rio Doce (Arquidiocese de Mariana)João Paulo da Silva – Guaraciaba (Arquidiocese de Mariana)Marcus Vinícius F. Vespasiano – Governador Valadares (Diocese de Gov. Valadares)Werques Rodrigues Ribeiro – Pedra Bonita (Arquidiocese de Mariana)

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Gens Seminarii N0 7 19

Pe. Eliseu Donizetede Paiva Gomes

Desde muito novo,segundo os meus pais,José Guadalupe e Mariadas Graças, eu já mani-festava alguns sinais,que embora simples,apontavam para a voca-ção sacerdotal. Recor-do-me que já em torno dos seis e sete anosde idade, pegava o folheto de missa e “cele-

Ordenações 2010

brava” com os meus colegas de infância.Gostava muito de acompanhar e ajudar nasNovenas de Natal e nos Grupos de Refle-xão, e claro, sempre aos finais de semana,participar da Santa Missa. Tudo isso foi con-tribuindo para que o chamado de Deus con-tinuasse bem forte dentro de mim. A minhafamília foi o celeiro para o cultivo do meuchamado. Quero lembrar aqui os meus avósmaternos, José Sérgio Gomes (in memori-am) e Irene Moreira Gomes, que sempreforam muito piedosos e de bonito testemu-nho de vida e oração. Alguns padres que

No primeiro semestre deste ano de 2010,nos alegramos, na Arquidiocese de Ma-

riana, com as celebrações da Ordenação Di-aconal dos acólitos Joaquim Diogo de Meloe Bráulio Sérgio Mendes e da OrdenaçãoSacerdotal dos diáconos Eliseu Donizete dePaiva Gomes e Afrânio Vieira de Almeida.A primeira ordenação do ano foi a de Pe.Eliseu Donizete, no dia 06 de março, emCapela Nova. A Ordenação Diaconal dosdois acólitos aconteceu no final de semanaseguinte, dia 13 de março, na própria Cate-dral da Arquidiocese, em Mariana. E, no dia17 de abril, foi ordenado presbítero, emPiedade de Ponte Nova, o Pe. Afrânio Viei-ra. Além destes, foi ordenado sacerdote nodia 12 de fevereiro, na Diocese de Januária,um ex-aluno de nosso Seminário, o Diác.Carlos Batista de Brito. Também foram or-denados Diáconos, na Diocese de Divinó-polis os acólitos: Adão Carlos Teixeira, AlexMarques Ferreira, Anderson Bastos e Re-

ginaldo Martins Vieira.Nossa equipe da Gens Seminarii não

poderia perder a oportunidade de, neste AnoSacerdotal, entrevistar alguns destes nos-sos irmãos que foram consagrados pelo Sa-cramento da Ordem para servir a JesusCristo, na doação da própria vida a sua Igre-ja. Por isso, a eles apresentamos três ques-tões, que, gentilmente, eles nos responde-ram e que agora são aqui publicadas parao registro e o cultivo de novas vocações.1. Resumidamente, conte-nos um poucode sua história bem como quando e comovocê se sentiu chamado para a vida sa-cerdotal?2. O que você, ordenado neste ano sa-cerdotal, tem a nos dizer sobre o tema:“Fidelidade de Cristo, fidelidade do sa-cerdote”?

3. Qual o seu olhar enquanto neosacer-dote (diácono) em relação à Igreja e asociedade de hoje?

ENTREVISTAS

ENTREVISTAS

ENTREVISTAS

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20 Junho 2010

passaram por Capela Nova foram me aju-dando e, ao mesmo tempo, confirmandoeste meu desejo. A minha vocação nasceuassim, nada de extraordinário, mas bem ali-cerçada nos valores que recebi da minhafamília e nos ensinamentos da Igreja. Quan-do concluí o ensino fundamental na EscolaChiquinho de Paiva, no ano de 1997, fui con-versar com o Pe. Geraldino, pároco que meenviou para o Seminário, e manifestei aminha vontade de ser padre. Ele me expli-cou um pouco como funcionava o dia a diade um Seminário e sobre as suas etapas, etambém como era a vida de um sacerdote.Fiquei muito entusiasmado com tudo o queme disse. Então decidi que iria fazer a Se-mana Vocacional em Mariana. Em janeirode 1998, eu e mais quatro colegas, fomospara Mariana, onde depois de testes, en-trevistas, palestras, etc, acabamos os cin-co sendo aprovados. Era o início da cami-nhada rumo ao sacerdócio. Estudei no Se-minário Menor Nossa Senhora da Assun-ção, no regime de internato, durante doisanos. No último ano do ensino médio volteipara Capela Nova, por decisão minha, paraestar mais próximo da família e decidir seera isto mesmo o que eu buscava. Duranteo ano que fiquei em Capela Nova, fui acom-panhado mensalmente pelo GOV (Grupode Orientação Vocacional). Terminei o en-sino médio e estava agora mais decidido,mais consciente do que eu procurava. Noano de 2001, fui para a etapa do Propedêu-tico, na cidade de Barbacena, onde fiqueipor um ano. Em 2002 entrava para o Semi-nário Maior, na cidade de Mariana, ondecursei três anos de Filosofia, e logo depois,no ano de 2005, estava indo para a últimaetapa do processo formativo, o curso deTeologia, um período de quatro anos. Ter-minados os estudos, fui ordenado diáconono dia 14 de março de 2009, em Barbace-

na; e, no dia 06 de março de 2010, fui or-denado sacerdote em Capela Nova, tor-nando-me o vigésimo sexto padre destacidade abençoada.

O Ano Sacerdotal veio proporcionarnão só uma reflexão sobre a importânciada missão e vocação do sacerdote dentroda sociedade, como nos ajudar a perce-ber que o padre, embora dotado destegrande Dom, é alguém que experimentacomo todo ser humano, fraquezas, limita-ções, carências, mas ao mesmo tempo, trazconsigo grande capacidade de amar e sedoar ao Reino e aos irmãos e irmãs. Porisso, o tema da fidelidade é sempre atual,pois mesmo diante de situações que pos-sam nos levar à infidelidade, Jesus Cristocontinua sempre fiel.

A fidelidade é elemento essencial navida do ministro ordenado, pois quando estase perde, o sacerdote se transforma nummero agente social. Ele deixa de transmi-tir Deus e passa a transmitir a si próprio.Como bem nos disse o Papa Bento XVI,a fidelidade é a maior prova de profeciado sacerdote, a exemplo do que nos ensi-nou o próprio Jesus. Então ser fiel para osacerdote não é apenas questão de esco-lha, mas faz parte da sua essência, “jánão sou eu que vivo, mas é Cristo quevive em mim” (Gl 2,20). Pelo sacramentoda Ordem, eu já não me pertenço mais,sou agora “propriedade” de Deus, e, porisso, sou chamado a todo momento a dartestemunho desta minha fidelidade porpalavras e ações.

Enquanto sacerdotes, somos chamadosa cultivar a ética do bom samaritano, emque o outro, independentemente de qualseja a sua situação, nos impele sempre aparar, ter compaixão e ajudar. Acredito queesse hoje deve ser o olhar, o carisma dospadres e da Igreja do século XXI.

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Pe. Afrânio Vieira deAlmeida

Sou o Pe. Afrânio Vi-eira de Almeida, filho deJosé Alves de Almeidae Maria José Vieira deAlmeida. Meus avós sãoFrancisco Antônio deAlmeida (in memoriam) e Edite Vitalina daSilva e Alfredo Marinho Vieira e MariaMadalena Palmioli Vieira. Nasci no dia 04de maio de 1983, no Hospital N. Sra. daConceição, de Rio Casca, e fui registradoem Piedade de Ponte Nova. Recebi o Ba-tismo também em Piedade de Ponte Nova,pelas mãos do Pe. Geraldo Maia. Desdepequenino fui motivado pela minha família,minha avó, sobretudo, a participar da vidada Igreja. Com sua fé viva ela, sem perce-ber, fez despertar em meu coração de cri-ança o desejo de ser padre. Nessa época,a quem perguntava sobre o que queria serquando crescesse, respondia: Padre ouMédico! Fui crescendo e, por um tempo,nada mais falei a respeito. No dia em quefiz a Primeira Comunhão Eucarística, o Pe.José Luiz da Silva convidava as crianças aingressarem no então chamado “Coralzi-nho”. Neste ingressei e com sua ajuda sen-ti-me membro da Igreja e cresci humana-mente e espiritualmente. Dele saí direta-mente para o Seminário. Foi durante esseperíodo, cujos párocos foram Pe. José Luiz,Pe. Luiz Carlos Ferreira, Pe. Luiz CláudioVieira, que voltou de maneira forte, em meujovem coração, o desejo de ser sinal deDeus junto aos irmãos e irmãs. Já não que-ria ser médico simplesmente, mas, “médi-co de almas” pela graça do bom Deus. Otestemunho desses, hoje irmãos no presbi-tério, fez ecoar em meu coração o chama-do do Senhor. Em 2001, fui acolhido peloquerido Seminário Arquidiocesano de Ma-riana, junto a alguns irmãos, e iniciei o pro-

cesso de discernimento vocacional. Juntodessa segunda família, fui conduzido aoencontro pessoal com o Divino Amigo Je-sus, que me revelou o Amor Misericordio-so do Pai, transformando a motivação ini-cial daquele jovem coração num crescentedesejo de “‘em tudo amar e servir’ por que‘Deus é Bom!’”. Hoje sou padre para amaior honra e glória de Deus e conto comsuas orações para que meus irmãos noSacerdócio e eu o sejamos “segundo o co-ração de Cristo”.

Somos humanos e esta nossa condiçãoé marcada por inúmeras fragilidades. Eisporque necessitamos estar intimamenteunidos Àquele que nos chamou e que é fiel.Só a experiência do encontro pessoal como Senhor Jesus é que nos pode fortalecer efazer-nos viver com fidelidade o sublimeMinistério Sacerdotal. A fidelidade de Cristosobrepõe nossas infidelidades. “Se formosinfiéis. Ele permanece fiel” (2Tm 2,10-13). Ordenado neste Ano Sacerdotal rogoao Pai que em tudo seja Ele a pensar, falare agir por mim e pelos meus irmãos noPresbitério. Somos uma família que tem seuinício no Seminário e que, a exemplo daTrindade, é chamada a viver em “comum-união”. Juntos, somos mais e vivendo “inpersona Christi” testemunharemos coma vida que a “Fidelidade de Cristo” é na“Fidelidade do Sacerdote”.

Quando seminarista, alguns sacerdotesjubilares de nossa Arquidiocese já me aler-tavam dizendo: “estamos num tempo decrescente banalização do sagrado”. Isto meassustava um pouco. De fato, o momentohistórico pelo qual passa a humanidade so-fre influências da pós-modernidade e con-ta com pessoas cada vez mais voltadas parasi. Neste tempo de individualismo anunciaro altruísmo cristão é um desafio. Mas, sercristão sempre foi um desafio. Nossa mis-são é justamente “remar contra a maré”.Ser sinal do amor de Deus em meio a essarealidade diversificada e proclamar com a

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22 Junho 2010

vida que é possível viver como Jesus vi-veu: dando a vida pelos irmãos e receben-do, em troca, às vezes, a condenação. Con-figurar-nos à pessoa de Jesus, afinal, é ameta de todo cristão, é a meta da Igreja.Como família de Deus e por sua Graça, aIgreja, sacramento de Cristo no mundo,colaborou, colabora e colaborará, na suamedida e marcada pela fragilidade huma-na, para a construção de uma sociedademais justa aos olhos de Deus. Construir oReino de paz, justiça e caridade na socie-dade de hoje é missão da Igreja, é nossamissão. Que o Divino Amigo nos ajude a“sentir com a Igreja”, sendo suas célulasvivas em todos os ambientes da sociedadeatual, sobretudo, nos mais distantes e, porisso, necessários. A nosso modo de ver, oAmor é o grande sustentáculo que podeequilibrar a realidade atual: amor de Deusentre os irmãos, na Igreja, amor de Deusentre os irmãos da Igreja e a sociedade.

Pe. Carlos Batistade Brito

Recordar o inícioda minha vocaçãopara o sacerdócio ésempre uma imensagraça e alegria por-que o nascente desejo de ser padre foi for-temente encantador. Este encanto nasceucom a motivação da minha mãe, que sem-pre me ensinou o caminho da fé. Com issotornei-me uma pessoa apaixonada pela co-munidade cristã através do caminho de fé,até que um dia recebi um convite para par-ticipar de um grupo de jovens. Éramos jo-vens sem muita experiência do que seriauma Pastoral da Juventude, mas acreditoque foi a partir dessa experiência de parti-cipação que fui me despertando mais paraminha vocação. Foi, por assim dizer: pri-meiramente, o amor pela fé, e, processual-

mente, um despertar em mim para a voca-ção de ser padre.

Durante todo o processo de discerni-mento vocacional tive a grande contribui-ção e apoio do Pe. Wellington Jorge Xavi-er Rocha (Pe. Tim), que se tornou uma re-ferência importante no meu despertar vo-cacional. Tive também o mesmo apoio eincentivo da minha família e da minha co-munidade de origem. Não posso deixar delembrar da pessoa de Dom Anselmo Mül-ler, hoje bispo emérito de Januária, que muitocontribuiu no meu itinerário vocacional.Agradeço a Deus pelos meus companhei-ros de caminhada que também foram gran-des contribuintes. Ao Seminário da Arqui-diocese de Mariana deixo minha eterna gra-tidão que foi e que continuará sendo um“sagrado” em minha vida.

Eu, ordenado no Ano Sacerdotal, estoumuito feliz! Está sendo um momento mar-cante e agraciado por Deus para minha vo-cação, que, para mim, é uma bênção. Otempo do Ano Sacerdotal é gratificante. Sersacerdote evoca em mim o primeiro encantoque tive quando senti a vontade de ser pa-dre: um padre fiel. Ser fiel a Cristo, o mo-delo de fidelidade à vontade do projeto doPai. A fidelidade de Cristo, para mim sen-do padre, é o protótipo de obediência aDeus. A fidelidade de Cristo foi sempremarcada com e para o amor. Através dissocompreendo como se deve ser a fidelidadedo sacerdote: ser fiel ao amor de Cristo eno amor aos irmãos. Digo isto porque oamor foi a qualidade que Jesus, na sua con-dição humana, viveu e manifestou profun-damente sua existência neste mundo. A suavida foi sempre uma epifania de Deus Amor.Portanto, a fidelidade do sacerdote deve sermarcada e direcionada à luz do EspíritoSanto no e para o amor. O amor deve ser avida do padre e isto o caracteriza como dis-cípulo autêntico de Jesus Cristo. Isto é sersacerdote fiel! Fiel ao amor que Jesus tevepelas pessoas, isto é, um amor sumamente

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Gens Seminarii N0 7 23

humano. Ser sacerdote fiel é ser fiel a essaherança deixada por Jesus, como condiçãoindispensável para um sacerdócio feliz.

Olhando para a sociedade de hoje, aIgreja como sempre tem que exercer seupapel de mestra, que eduque as pessoaspara a fé porque é por meio dessa educa-ção que nascem santas vocações, seja sa-cerdotal, religiosa ou matrimonial. O mun-do precisa de uma Igreja que viva o disci-pulado e a missão em nosso tempo. A Igre-ja deve ser um Reino de pastores, tendocomo modelo Jesus Cristo, disposta a con-duzir o rebanho do Senhor para a verda-deira fonte. A Igreja precisa de pastoresque apascentem as ovelhas do Senhor e asconduzam a Ele, o Bom pastor, para quenele tenham vida.

DiáconoJoaquim Diogode Melo

Nasci no dia 08de Setembro de1977, em Desterrodo Melo – MG esou o décimo quar-

to filho de uma família de 15 filhos (atual-mente somos 12). Fui batizado no hospital,devido um grave problema de saúde e de-pois no dia 23 de Outubro de 1977, fui le-vado à Igreja para o complemento do Rito.Desde cedo aprendemos a rezar em famí-lia. Todos os dias nos reuníamos após o jan-tar para rezar o terço. Aos domingos, nãofaltávamos à missa na matriz N. S. do Des-terro. Minha mãe era catequista da comu-nidade e com 9 anos fiz a primeira comu-nhão. No mesmo ano fui crismado por DomOscar de Oliveira. Aos dezoito anos co-mecei a sentir o chamado vocacional e ini-ciei o discernimento vocacional com ospadres passionistas. Entrei na Congrega-

ção em 1999, onde fiz dois anos de aspi-rantado e, posteriormente, iniciei o postu-lantado. Em outubro de 2002, depois de umlongo discernimento com meu diretor espi-ritual, saí da congregação e voltei para casa.Em 2004, com o apoio do Pe. José Geraldode Oliveira, pároco em Desterro do Melo,despertou-me a vontade de conhecer oSeminário Arquidiocesano de Mariana.Depois da avaliação do meu processo vo-cacional, a equipe de formadores do Semi-nário me aprovou para uma experiência efui recebido, em julho de 2004, pelo Pe.Paulo Nobre, diretor da casa de Filosofia,para dar continuidade ao curso, o qual foiconcluído no fim de 2005. No ano seguintefui aprovado para iniciar o curso de Teolo-gia e em 2009, já o concluindo, fui aprova-do para o diaconato. No dia 13 de Marçodeste ano na Catedral em Mariana, fui or-denado diácono pelo Arcebispo Dom Ge-raldo Lyrio Rocha. Fui designado para aparóquia Sant’Ana em Jequeri – MG, ondeestou ajudando o Pe. Luiz Roberto nos tra-balhos pastorais aqui empreendidos.

O tema do Ano Sacerdotal inspira-nosmaior configuração com Cristo, Sumo eEterno Sacerdote, visto que somos convi-dados a dar continuidade ao seu projeto deamor, testemunhando o que Ele disse e fez.O nosso ministério é por participação emSeu Ministério, por isso, somos convoca-dos, como discípulos e missionários, a le-var a esperança que é transmitida no Evan-gelho, a todas as pessoas a quem formosenviados. Desta forma, inspirados por seudivino ensinamento e “iluminados pela sa-bedoria do Evangelho”, precisamos enfren-tar com generosidade os desafios ineren-tes à nossa vocação, na certeza de que Jesusagirá em nós para que o Reino de Deusaconteça ainda neste mundo, como pedi-mos na oração que Ele nos ensinou “Ve-nha a nós o Vosso Reino...”.

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24 Junho 2010

Pensar a sociedade hoje é um grandedesafio não só para a Igreja, mas paratodos, isto é, a própria sociedade está en-frentando muitas dificuldades de pensarsobre si mesma. A Igreja vem sempre ten-tando entrar neste meio para levar às pes-soas uma proposta diferente à luz dos en-sinamentos de Jesus. Sabemos que nãoé fácil, mas, enquanto Igreja, precisamosconfigurar nossa vida ao Cristo Eucarís-tico. Ele nos dá a força necessária paranão desanimarmos diante dos obstáculosque encontramos na caminhada. JesusCristo é o fundamento da nossa fé e, porisso, temos a certeza de que Ele irá ànossa frente ajudando-nos “a criar ummundo novo”. Os primeiros cristãos nosdeixaram grandes exemplos de como deveser a nossa missão em meio à sociedade.Assim, a Igreja continua até hoje com aresponsabilidade de testemunhar Jesusem meio a um mundo extremamente se-cularizado, onde as pessoas estão cadavez mais desnorteadas e perdendo o sen-tido da própria existência.

Diácono BráulioSérgio Mendes

A vocação éuma dádiva deDeus incutida nocoração humano.No meu caso odespertar vocacional se deu na cidade deOuro Preto em meio às manifestações daarte, da cultura e da fé. Ficava encantadocom a sabedoria e com a piedade dos pa-dres que por ali passaram: Côn. Simões,Côn. Agostinho, Côn. Mendes, Pe. Rocha,Dom Barroso, Dom Vaz e tanto outros sa-cerdotes. Estes santos homens, zelosos nacura das almas me ajudaram a optar e dar

vazão a esta vocação plantada em minhavida. A minha vocação nasceu dentro deminha família cristã e se expandiu para acomunidade paroquial (Paróquia N. Sra. daConceição – Antônio Dias). Para surpresae espanto de muitos resolvi ingressar nasfileiras do nosso vetusto Seminário de Ma-riana. Neste berço acolhedor de vocaçõespassei pelas etapas de formação, muitasamizades foram construídas, muitas coisasaprendi, tempo de alegria e de inúmerasprovações; mas o desejo, a determinaçãoe a fé fizeram com que as dificuldades seesvaíssem na esperança da consagração.Falar da nossa vocação em particular éadentrar em um mundo misterioso da mi-sericórdia do bom Deus. Ainda me perguntosempre – “porque eu”? - Ao falar dessechamado tenho que ser grato não só aDeus, mas louvá-Lo pela vida daqueles quezelaram pelo cultivo desta vocação em mi-nha vida: meus pais e irmãs, aos formado-res do Seminário, Pe. Tarcísio Moreira, Pe.Luiz Carneiro, Pe. Enzo, leigos (as) e dosamigos de quase 9 anos de vivência no Se-minário São José de Mariana.

Acredito que o tema do Ano Sacerdotalchama atenção aos pastores de almas auma vivência mais autêntica do ministérioassumido. Fidelidade não só a Cristo; Fide-lidade não só ao Sacerdócio; mas, Fideli-dade na vivência do Batismo, Fidelidade àIgreja, Fidelidade para com o Povo deDeus. Fidelidade como compromisso aoamor-serviço e amor-doação.

Vejo que existe um embate entre a Igrejae a sociedade. Há certo repúdio para comas ações da Igreja Católica; todavia, acre-dito que a Igreja deve se colocar em atitu-de de buscar o diálogo com todos os segui-mentos. Ela não pode fechar-se em si, masencontrar no diálogo a palavra iluminadorapara as realidades que a interpelam.

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Gens Seminarii N0 7 25

Entre os dias 29 de novembro e 6 de de-zembro de 2009, foi realizada na Paróquiade Sant’Ana, cidade de Resplendor, na Dio-cese de Governador Valadares, a semanamissionária com a presença de 24 semina-ristas, um diácono e dois padres. Dentre es-tes, 16 são seminaristas da Teologia da Ar-quidiocese de Mariana, três da própria Dio-cese de Governador Valadares, que fazem oseu curso de Teologia em Mariana, e outroscinco são seminaristas também da Diocesede Governador Valadares, que estavam nafase inicial do Seminário, o Propedêutico. ODiác. Afrânio Vieira de Almeida se somou aogrupo para a realização desta missão. Os doispadres integrantes deste grupo de missioná-rios são os reitores do Seminário de Marianae do Seminário de Governador Valadares, res-pectivamente, Pe. Lauro Versiani e Pe. An-derson.

Ainda na sede da Diocese de GovernadorValadares, dia 29 de novembro, no domingopela manhã, os seminaristas de Mariana par-ticiparam, na Catedral, de uma CelebraçãoEucarística presidida pelo bispo diocesano,Dom Werner, na qual foram instituídos acó-litos os dois seminaristas daquela diocese queestudam em Mariana, a saber, Marcus Viní-cius e Edvan Cardoso. Na ocasião, DomWerner fez questão de ressaltar a iniciativado Seminário de Mariana de realizar estasmissões nas dioceses que confiam ao Semi-nário e à Arquidiocese de Mariana a forma-ção de seus seminaristas. Demonstrou as-sim sua gratidão e acolhida.

Na Paróquia de Sant’Ana, em Resplen-dor, os seminaristas foram recebidos, numclima de grande calor humano, pelo pároco,Pe. Euler e pelo vigário paroquial, Pe. Fábio.

A celebração de abertura foi presidida peloreitor do Seminário de Mariana, Pe. LauroVersiani, com transmissão, ao vivo, pela tvlocal, TV Resplendor.

De segunda a quinta-feira o trabalho demissão se concentrou nas quatro maiorescomunidades da paróquia: Campo Alegre,Independência, Calixto e Nicolândia. Os 27missionários se subdividiram em quatro gru-pos com os quais tornou-se possível aten-der as necessidades de cada uma dessas co-munidades.

De sexta a domingo o trabalho de missãoaconteceu na sede da paróquia. Mais umavez os grupos se dividiram pelos bairros ecomunidades da cidade de modo a permitiruma missão abençoada. Assim, na cidade deResplendor, como nas comunidades, visita-va-se durante o dia as casas das famílias e ànoite se realizavam as celebrações penitenci-ais, das famílias, da juventude, etc.

Dentre as características que podemosdestacar deste tempo de missão está a boaacolhida que recebemos de todos na Diocesede Governador Valadares e, de modo especi-al, na Paróquia de Resplendor. A acolhida detodos e a sede de Deus contemplada são paranós fonte de alegria e prova de que o BomDeus nos ama a todos e está no meio de nós.

Seminário de Mariana realiza Semana MissionáriaEUDER DANIANE C. MONTEIRO

4º ano de Teologia

Missões

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26 Junho 2010

O povo católico de todo o mundo acompa-nha, com profunda dor no coração, as denúnci-as de inúmeros casos de abuso sexual de crian-ças e adolescentes praticado por pessoas liga-das à Igreja, particularmente padres e religiosos.A imprensa tem noticiado com insistência inco-mum, casos acontecidos nos Estados Unidos,na Alemanha, na Irlanda, e também no Brasil.

Sem temer a verdade, o Papa Bento XVI nãosó reconheceu publicamente esses graves er-ros de membros da Igreja, como também pediuperdão por eles. Disso nos dá testemunho acarta pastoral que o Santo Padre enviou aoscatólicos da Irlanda e que pode se estender aoscatólicos de todo o mundo.

Mais do que isso, Bento XVI não receoumanifestar seu constrangimento e vergonhadiante desses atos que macularam a própria Igre-ja. Firme, o Papa condenou a atitude dos queconduziram tais casos de maneira inadequadae, com determinação, afirmou que os envolvi-dos devem ser julgados pelos tribunais de jus-tiça. Não faltou ao Papa, também, mostrar a to-dos o horizonte da misericórdia de Deus, a úni-ca capaz de ajudar a pessoa humana a superarseus traumas e fracassos.

Às vítimas o Papa expressou ter consciên-cia do mal irreparável a que foram submetidas.Disse Bento XVI: “Sofrestes tremendamente epor isto sinto profundo desgosto. Sei que nadapode cancelar o mal que suportastes. Foi traídaa vossa confiança e violada a vossa dignidade.É compreensível que vos seja difícil perdoar oureconciliar-vos com a Igreja. Em seu nome ex-presso abertamente a vergonha e o remorso quetodos sentimos”.

Essa coragem do Sucessor de Pedro nos co-loca a todos em estado de alerta. Meditamossobre esses atos objetivamente graves, e esta-mos certos de que – como fez o Papa – devemser enfrentados com absoluta firmeza e coragem.

É de se lamentar, no entanto, que a divulga-ção de notícias relativas a esses crimes injusti-ficáveis se transforme numa campanha difama-tória contra a Igreja Católica e contra o Papa.Deixam-nos particularmente perplexos os ata-ques freqüentes e sistemáticos, ao Papa BentoXVI, como se o então Cardeal Ratzinger tivesse

Nota da CNBB de solidariedade ao Papa Bento XVIsido descuidado diante dessa prática abominá-vel ou com ela conivente. No entanto, uma aná-lise objetiva dos fatos e depoimentos dos pró-prios envolvidos nos escândalos revela a fragi-lidade dessas acusações. O Papa, ao reconhe-cer publicamente os erros de membros da Igrejae ao pedir perdão por esta prática, não mereciaesse tratamento, que fere, também, grande par-te do povo brasileiro, que sofre com essesmomentos difíceis, e reza pelas vítimas e seusfamiliares, pelos culpados, mas também pelasdezenas de milhares de sacerdotes que, no mun-do todo, procuram honrar sua vocação.

De fato, “a imensa maioria de nossos sacer-dotes não está envolvida nesta problemática gra-vemente condenável. Provavelmente, não che-gam a 1% os envolvidos. Ao contrário, os de-mais 99% de nossos sacerdotes, de modo geral,são homens de Deus, dignos, honestos e incan-sáveis na doação de todas as suas energias aoseu ministério, à evangelização, em favor do povo,especialmente a serviço dos pobres e dos margi-nalizados, dos excluídos e dos injustiçados, dosdesesperados e sofridos de todo tipo” (cf. Car-deal Cláudio Hummes, 12ºENP).

No momento em que a Igreja Católica e aprópria pessoa do Santo Padre sofrem duros einjustos ataques, a Conferência Nacional dosBispos do Brasil manifesta sua mais profundaunião com o Papa Bento XVI e sua plena ade-são e total fidelidade ao Sucessor de Pedro.

A Páscoa de Cristo, que celebramos nestasemana, nos leva a afirmar com o apóstolo Pau-lo: “Somos afligidos de todos os lados, masnão vencidos pela angústia; postos em apuros,mas não desesperançados; perseguidos, masnão desamparados; derrubados, mas não ani-quilados” (2Cor 4,8-9). Nossa fé nos garante acerteza da vitória da luz sobre as trevas; do bemsobre o mal; da vida sobre a morte.

Brasília, 31 de março de 2010Dom Geraldo Lyrio Rocha

Presidente da CNBB e arcebispo de MarianaDom Luiz Soares Vieira

Vice-presidente da CNBB e arcebispo de ManausDom Dimas Lara Barbosa

Secretário Geral da CNBB e bispo auxiliar doRio de Janeiro

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Gens Seminarii N0 7 27

Informativo

ANO XI - JUNHO DE 2010

20

Prezado Aexano

Estamos nos aproximando do nossoXIX Encontro Anual em Mariana, este anonos dias 17 e 18 de julho. É o nosso momentoprincipal, razão da existência de nossaAssociação. Portanto, você não podefaltar a este chamamento, pois existe aindaum outro importante motivo que é acomemoração dos 260 anos do Semináriode Mariana, além da eleição do Presidentepara o biênio 2010/2012, conforme normasestatutárias.

Estamos preparando o evento commuito carinho e dedicação para que osmomentos que vamos passar juntos sejamde inteira descontração, de alegria e deamizade. A data foi mudada devido à Copado Mundo na África do Sul e, portanto,estaremos também comemorando o Hexa.Aexano, mais uma vez tentaremos fazereste encontro sem ônus, mas istodependerá da colaboração financeiradaqueles que têm condições de ajudar,

como foi feito no ano anterior. Tenho acerteza de que esta colaboração virá. Porfalar em finanças, na próxima edição destaGens Seminarii será apresentada umadetalhada prestação de contas de nossagestão, que será submetida à aprovaçãoda AGE no Encontro Anual de 2011.Aproveito a oportunidade para agradecera todos que nos apoiaram e nos ajudaramcom suas sugestões e principalmente aspresenças em reuniões. Muito obrigadomesmo.

Um abraço e até o dia 17 de julho, seDeus quiser!

Walter Araújo de FreitasPresidente da AEXAM

Palavra do Presidente

ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOSDOS SEMINÁRIOS DE MARIANA

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28 Junho 2010

Convite do AnfitriãoConvite aos Ex-Alunos do Seminário de Mariana

Tenho a alegria de convidar os ex-alu-nos do Seminário de Marianapara o XIX Encontro Anual daAEXAM no Instituto de Teo-logia do Seminário São José daArquidiocese de Mariana, nosdias 17 e 18 de julho de 2010.Neste ano estamos celebran-do os 260 anos de existênciado Seminário de Mariana, fun-dado por Dom Frei Manoel daCruz, primeiro bispo de Maria-na, aos 20 de dezembro de1750. Trata-se da mais antigainstituição de ensino em funcionamento doEstado de Minas Gerais. São 260 anos for-mando padres e leigos para a Igreja e paraa sociedade. Louvemos a Deus e nos ale-gremos por fazermos parte dessa bela his-

tória! Ser ex-aluno do Seminário de Maria-na é um privilégio e um com-promisso. Privilégio pela tra-dição de formação integral:humana e cristã. Compromis-so: testemunhar os valorescristãos, colaborando na cons-trução de uma sociedade jus-ta e fraterna. Venha partici-par, rever os amigos, partilhara vida, agradecer a Deus ebuscar mais luzes para a rea-lização da própria missão evocação!

Pe. Lauro Sérgio Versiani BarbosaReitor do Seminário São José

da Arquidiocese de Mariana

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Gens Seminarii N0 7 29

Convite

Ficaremos muito felizes com a sua presença ao XIX Encontro Anualda AEXAM, nos dias 17 e 18 de julho de 2010.

Pretendemos que seja uma confraternização agradável, alegre edescontraída, quando também comemoraremos os 260 anos do

Seminário Nossa Senhora da Boa Morte.Sua esposa e filhos são sempre muito bem-vindos.

Programe-se e faça dessa ida a Mariana uma oportunidade de reverpessoas, coisas e lugares, que, de alguma maneira,

fizeram e fazem parte da sua vida.Se você conhecer alguém que tenha estudado em outro Seminário,

convide-o para o Encontro, pois, certamente, ele também serárecebido com muita alegria e satisfação.

Então, anime-se!Esperamos vê-lo lá em Mariana.

Diretoria da AexamBiênio 2008- 2010

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30 Junho 2010

Dia 17 de julho – sábado• 09h00 - Saída do ônibus de Belo

Horizonte para Mariana, no terminal JK• até 12h00, chegada dos aexanos,

familiares e convidados ao SeminárioMaior

- lanche de boas vindas- identificação dos participantes do

Encontro- entrega das contribuições para o

Memorial Físico da AEXAM(livros, vestes etc.)

- acomodação para quem forhospedar-se no Seminário

• 12h30 - Almoço no refeitório doSeminário Maior

• 15h45 - Reunião de congraçamentono auditório superior do Seminário Maior

» apresentação individual dosaexanos

» eleição do presidente para o biênio2010-2012

» palestras• 18h00 - Encerramento da reunião• 18h15 - Ensaio do Coro para a Missa

de domingo (Regente: Dadinho)• 19h30 - Jantar

Dia 18 de julho – domingo• Até 9h00 – Café da manhã no

refeitório do Seminário• 09h30 – Concentração em frente à

Catedral da Sé de Mariana• 10h00 – Missa solene presidida pelo

arcebispo Dom Geraldo Lyrio• 11h30 – Caminhada em grupo até o

Seminário Maior• 12h00 – Tradicional foto na

escadaria do Seminário• 12h30 – Almoço de encerramento• 15h00 – Volta pra a casa

Programação doXIX Encontro Anual

17 e 18 de julho de 2010260 Anos do Seminário

Nossa Senhora da Boa Morte

Associação dos Ex-Alunos dos Seminários de MarianaAv. Prudente de Moraes, 290, sala 1101 - Cidade Jardim - 30380-002 – Belo Horizonte - MGFone: (31) 3296-7985 - e-mail: [email protected] - Site: www.aexam-mg.org.br

DIRETORIA

PRESIDENTE – Walter Araújo de FreitasVICE-PRESIDENTE – Helvécio Antônio da Trindade1º SECRETÁRIO – José Maria Gomes2º SECRETÁRIO – Márcio Oliveira de Araújo1º TESOUREIRO – Marco Túlio Vieira Torres2º TESOUREIRO – Vicente Gomes Pinto CoelhoDIRETOR SOCIAL – Geraldo Antônio LisboaASSESSOR ESPECIAL – Geraldo Fábio Madureira

CONSELHO FISCALEfetivos: José Eustáquio Hemétrio de Menezes,Afonso Mariano Lopes, Ailton Henrique de Almeida;Suplentes: Osvane Homem de Faria,José Guido Ribeiro, Luiz Marcos Cúrcio

COLABORADORES DESTA REVISTA: Mário Cléber daSilva, Wany de Lima Nogueira, Eugênio Maria Gomes,José Vicente de Paula Cupertino, Odilon Gomes Dutrae Helvécio Trindade.

EXPEDIENTE

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Gens Seminarii N0 7 31

1a – Alimentação e hospedagem:Acreditamos que, como aconteceu nos três

últimos Encontros, alguns aexanos,sensibilizados com o projeto de se levar aMariana um número ainda maior de ex-alunosdos Seminários, poderão fazer umacontribuição financeira, tornando menosonerosa a estada de todos.

Essa generosa atitude possibilitará que todaa alimentação durante o Encontro seja gratuitapara o aexano e um(a) acompanhante. Oacompanhante excedente pagará R$ 15,00(quinze reais) por refeição.

O valor de R$ 25,00 (vinte e cinco reais) pordiária será o único ônus para aquele que sehospedar no Seminário Maior e o totalarrecadado será repassado integralmente à suadireção.

Quem optar por essa hospedagem deveconfirmá-la com boa antecedência. Se deixarpara fazê-lo lá, no dia do Encontro, pode correro risco de não encontrar lugar.

Esta confirmação será feita pelo [email protected] outelefone (31) 3557-1140, com a Honorina, noSeminário Maior.

Importante: As acomodações sãomodestas, em quartos sem banheiro, e podemser individuais ou para duas pessoas.

O hóspede deverá levar seus objetos deuso pessoal e roupas de cama e banho (excetocobertor), pois o Seminário Maior não temcondições de disponibilizá-las em razão doRetiro dos Padres da Arquidiocese queacontecerá na semana anterior ao Encontro.

Deve lembrar-se de que em Mariana faz umfrio cortante nessa época. Logo, agasalhopesado não pode faltar.

Outras opções de hospedagem:Àqueles que preferirem instalar-se com mais

conforto e privacidade informamos algunsestabelecimentos no centro de Mariana. Veja:

Pousada Solar dos Corrêa – Rua JosafáMacedo, 70 - (31) 3557-2080

Pousada Chafariz – Rua Cônego Rego, 149- (31) - 3557-1942

Hotel Providência – Rua Dom Silvério, 233- (31) 3557-1444

Hotel Muller – Avenida Getúlio Vargas, 34 -(31) 3557-1188

Pouso da Typographia – Praça Dr. GomesFreire, 220 - (31) 3558-2730

Pousada Contos de Minas – Rua ZizinhaCamelo, 15 - (31) 3558-5400.

2a – Traslado a Mariana:Novamente haverá um ônibus de 40 lugares

para o traslado de ida-e-volta a Mariana, semcusto algum para o passageiro.

Esta generosa oferta é do mesmo aexano quea fez para os últimos três Encontros.

Esse ônibus sairá do Terminal JK, em BeloHorizonte, pontualmente às 9 horas, para umachegada espetacular ao Seminário Maior às 11horas.

Este horário de saída possibilitará conexõespara quem vier de outras cidades. É só adequaro horário de chegada ao Terminal JK.

Aqueles que aderirem a esse transportedeverão comunicar-se peloe-mail [email protected]. ou pelostelefones (31) 3399-2252 – 9884-9260, com oJosé Maria Gomes (Campainha).

É aconselhável fazê-lo rapidamente paragarantir o seu lugar, pois a prioridade será paraos 40 primeiros que se manifestarem, inclusivecom um(a) acompanhante. Após o dia 13 dejulho as vagas não preenchidas serãooferecidas aos convidados do nosso Encontro.

A volta a Belo Horizonte será no domingo,dia 18 de julho, às 15 horas.

3a – Programação:Pretendemos cumprir o cronograma da

Programação do Encontro Anual apresentadonesta revista e para isto contamos com acolaboração dos participantes. Todas asprovidências para que ele seja muito agradávelestão sendo tomadas.

Informações sobre o encontro

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32 Junho 2010

Como você bem sabe a Gens Seminarii destina este espaço às manifestações literáriasque, guardadas em gavetas ou na memória do computador, estão à espera de um editor.Envie-nos os seus escritos – crônicas, contos, poemas, depoimentos, críticas etc. – paraque possamos publicá-los nestas páginas, sempre à sua disposição.Desta vez dois aexanos por afinidade – a Wany, esposa do César Nogueira, e o EugênioGomes, sobrinho do Odilonzinho – e o consagrado Mário Cléber expõem a sua arte ecriatividade para satisfação dos “milhares” de leitores desta revista.

Mário Cléber da SilvaEstudou no Seminário Maiorem 1964 e 1965Psicólogo clínico e escritor,reside emBelo Horizonte.

Os super-herois sãoesquizofrênicos,os bandidos, não.

Ensina-nos a psicologia queesquizofrênico é aquele que tem umdistúrbio de personalidade que o faz pensare crer que existem duas ou mais pessoasdentro de si. O termo veio do grego,significando mente dividida, duplapersonalidade. Em inglês chama-se “splitpersonality”. Não confundir com “bananasplit”, que a gente come na Americana ecujo significado não seria “bananapersonalizada”. Não, “split” significa

partida, dividida. Mas se você pedir bananapartida, ninguém vai entendê-lo. Daí aimportância do inglês para os brasileiros.Mas, voltando ao assunto de personalidadedividida ou dupla personalidade, é precisodizer que, se alguém acredita ser uma outrapersonagem, olho nele, pois pode estarficando esquizofrênico justamente porpossuir duas personalidades. Explico-memelhor.

Veja o claro exemplo do Superman. Umtímido e pacato repórter – como se fossepossível ser tímido e repórter (por isto éque não me saio bem como repórter, poissou tímido demais) – que vivetranquilamente a sua vida, fazendo levesinvestigações em companhia de MiriamLane (ou a cinematográfica Lois Lane), derepente se transforma no poderoso e quaseinvulnerável Super-Homem. Isto étotalmente esquizofrenizante. O cara seimaginar um homem-pássaro é motivo decamisa-de-força.

E ele vive tanto a sua idéia deliranteque acaba voando. Seu arquiinimigo Luthor

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Gens Seminarii N0 7 33

é um bandido às claras. Todo mundo sabeque ele é bandido. Agora, nenhum doscompatriotas de Clark Kent imagina ser odito um Super-Homem. É ou não é?

O fantasma é outro exemplo. Vivendoe reforçando a idéia delirante de que éimortal, ele se acha embrenhado na selvade Bengala, escondendo-se sob escurosóculos e capa impermeável, quando vai atéo mundo civilizado.

Ele acredita ser o fantasma que andae, quando procura os bandidos fora daselva, transforma-se no Sr. Walker. Nãocontando o fato de que também se intitulao Comandante da Patrulha da Selva. Istoé um caso típico de três personalidades.Não levando em conta o pior: conversa comCapeto, o cachorro-lobo, e Heroi, o cavaloalucinação.

Batman e Robin são mais dois exemplosde esquizofrênicos famosos e bem-sucedidos. E com um agravante: a doençade um faz piorar a do outro, vistoconviverem muito intimamente(intimamente até demais, segundo as máslínguas, que juram ter visto somente umacama de casal na mansão de BruceWayne). Pasmem-se, senhoras e senhores,eleitores dos dois PTBs: Robin e Batmansão nomes que Bruce e seu discípulo Dickusam quando põem as máscaras e seguema imagem do morcego, símbolo por demaisonírico e assustador. Não contando com ofato de que o morcego representaria oconde Drácula, por serem amboschupadores de sangue.

O Capitão Márvel seria o modelo idealdo esquizofrênico completo. Vejam bem,caros e raros leitores, o Billy Batson, umjovem e fraco noticiarista de rádio (estoucomeçando a acreditar que esses criadoresde histórias em quadrinhos tinham contasa ajustar com jornalista e radialistas), ao

gritar a palavra mágica, transformava-seno poderoso e imbatível Capitão Marvel.

Isto é, no jovem Billy o pensamentomágico era uma constante: imaginava tertido contato com um velho sábio(alucinação visual) e quando chamava onome do sábio, “vupt”, era o terrívelCapitão Márvel. Então temos aí duaspersonalidades. Já o Dr. Silvana, o famosoinimigo do Capitão Márvel, tinha a mesmacara sempre; não mudava jamais: era oeterno e inequívoco bandido. O CapitãoMárvel era tão esquizofrênico queresolveram tirá-lo de circulação(internaram-no num hospício russo, própriopara dissidentes comunistas). Uma vezconseguiu escapar e apareceu em algunsnúmeros de revistas. Mas a terrível KGB(polícia secreta russa) pegou-o de novo eo trancafiou.

Dois novos super-heróis aparecerammais recentemente em nossos vídeos: oHomem Aranha e o incrível Hulk. Este eraincrível até na profissão: era médico quese transformava em monstro. Querexemplo mais claro do que este do que omédico e o monstro, o famoso exemplo deDr. Jekyl e seu assecla inseparável, o Hyde,nas noites londrinas? O Homem Aranha,coitado, é um nobre e tímido repórter queconsegue se transformar no homem cheiode truques e teias... de aranha,evidentemente.

E, finalmente, para não dizer que souum porco chauvinista, vou falar de umasuper-heroína: a Mulher Maravilha. Umajovem e frágil mocinha, usando óculos(esses óculos ainda vão me fazer pensarque ele é um super-heroi disfarçado),através de céleres rodopios do corpo,transforma-se na toda poderosa MulherMaravi lha , ter ror dos bandidos eassaltantes, que é até capaz de fazer

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34 Junho 2010

pequenos e rasantes vôos. E, ainda porcima, usa um tipo de maiô com desenhosda bandeira americana. Acredito que amoça se imagina a própria Mãe da Pátria.

Outras vezes, acho que ela surgiu paraconsolar o capitão América, outroesquizofrênico que adora dar uma democinho bem-comportado.

Mulher, sexo forte

Wany de Lima NogueiraÉ esposa do aexano João César Nogueira –Seminário Menor em 1955.Residem em Belo Horizonte – MG

A cada dia que passa, mais a Mulherdesprende o seu “Cordão Umbilical” e lutabravamente em busca de um futuropromissor.

Ela anseia pela independênciafinanceira, pela sua realização profissionale sente que, com sua mão de obra, muitosbenefícios surgiram.

Mas ela não percebe que, em facedisso, está se sobrecarregando cada vezmais e, consequentemente, abraçandonovas e pesadas responsabilidades.

Com a evolução dos tempos, muitascoisas tomaram novo rumo, enquanto queoutras, por sua vez, permanecem imutáveis,como, por exemplo, a vida da dona de casa.

No decorrer dos anos, a Mulherprosperou, progrediu, libertou-se dasamarras, assumindo um papel de destaquena sociedade, mas, no fundo, ela continuaa mesma: preocupada, responsável eassídua em suas obrigações.

Ter uma casa, filhos e alguém com quemcompartilhar seus mais íntimos segredos,sempre foi seu ideal e ela, por maismoderna que seja, não abre mão disso.

Trabalhar fora para ela foi apenas maisuma de suas já tão grandes atribuições, pois,além do rígido cumprimento de horários,dos compromissos profissionais, ela nãopode abster-se dos afazeres domésticos:casa arrumada, roupa lavada, passada,costurada, refeições na hora certa,supermercado, feira e as compras diversas,enfim, todo o controle da casa que é desua inteira responsabilidade. Sejam os filhoscrianças ou adultos, as preocupações e ostrabalhos são os mesmos.

Doente ou saudável, com ajudante ousozinha, ela tem que se desdobrar num curtoespaço de tempo para dar conta de tudocom pontualidade.

A cobrança é forte: no trabalho, achefia, os colegas e todos os que dependemde seus serviços. Em casa, o marido, osfilhos e a família em geral. Todos exigemseu carinho, sua atenção e suadisponibilidade em todos os sentidos.

Este texto está no livro “Ceci e Chico Sete Bóias & Outros Casos”, escrito em 2001, no qual MárioCléber resgata usos, costumes e linguagens do interior de Minas Gerais. São histórias, crônicas e artigoscheiros de humor, picardia e crítica de situações, numa abordagem criativa. Os casos de Seminário sãoótimos. Pedidos ao autor: (31) 33175492 – 88136839 e [email protected].

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Gens Seminarii N0 7 35

E, como um robô, ela se desgasta numalouca correria.

Mas ela consegue desempenhar bemseu papel, conciliando tudo com a habilidadeque lhe é peculiar, sempre com eficiência,esmero, boa vontade e, sobretudo, amor,muito amor.

Ela encara essa luta cotidiana como umdesafio para satisfazer o seu ego, tentandoprovar a si mesma de que tem poder e érealmente capaz, desfazendo, assim, aimagem que lhe foi imposta pela sociedadede pertencer ao homem e ver anulada asua personalidade.

Entretanto, ela não é bem reconhecida,pois ainda há um grande preconceito comrelação à profissional-dona de casa.

Mas a situação está se invertendo. Adiscriminação está se dissipando e, aospoucos, ela está encontrando seu lugar aosol.

E, quando lhe derem o devido valor,conseguirá provar que “SEXO FRÁGIL”é apenas uma força de expressão. Arealidade é que a Mulher tem uma forçainvejável, que muitos homens gostariam deter.

Há um tempo em queé preciso abandonar

as roupas usadas

(*) Eugênio Maria Gomesé sobrinho do aexano Odilon Gomes Dutrae reside em Caratinga - MG.

No início do primeiro trecho dessaviagem ao Cone Sul, lancei mão do porta-CD e, no processo aleatório de escolha,inseri o primeiro disco que veio à mão einiciei o percurso ouvindo “Eu vejo ofuturo repetir o passado, eu vejo ummuseu de grandes novidades... O temponão pára... Não pára, não, não pára”.

O tempo não para!

Essa frase foi o suficiente para divagarenquanto dirigia, numa enxurrada depensamentos voltados para o que eu nãofiz ou então para o que eu não deveria terfeito nesses cinquenta anos de vida,deixando em outras gavetas todas as coisasboas e os sonhos realizados, concentrando-me, naquele momento, tão-somente naquiloque não fiz ou que não deveria ter feito...

- Eu queria ter assistido ao show doCazuza, ao vivo.

- Eu deveria ter aprendido aconfeccionar canecas com aquelas latasde óleo que eu e o meu avô Cantídiobuscávamos no posto Caratinga, as quaisele transformava em utilidades domésticaspara vender na “Feira da Estação”.

- Naquele show do Roberto Carlos, no“Geraldão”, em Recife, eu deveria terpuxado conversa com Dom Hélder Câmaraque se sentou ao meu lado.

- Naquela enchente de 1973 eu deveriater ficado quieto em casa em vez de nadar

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36 Junho 2010

até o telhado do CNEC e, ilhado com algunscolegas mais velhos, ter aprendido a fumar,pegado uma pneumonia e adquirido algunsvermes.

- Eu queria ter olhado nos olhos do meupai e verbalizado todo o amor que eu sentiapor ele.

- Eu não deveria ter tido tanta vergonhapor fazer xixi na cama até os 10 anos deidade...

- Quando vendia salgados e doces nainfância, eu não deveria ter mentido para aminha mãe dizendo que a freguesa preferiao canudinho bem cheio de doce de leite.Bastava tê-los lambido e os entregadoperfeitamente lisos nas bordas, comosempre fazia com os outros destinados àvenda.

- Eu queria ter assistido à uma dasmissas celebradas pelo Papa “João deDeus” no solo brasileiro.

- Eu queria... Eu deveria... Eu não podiater feito...

Esses foram, apenas, alguns dos muitospensamentos provocados pela música donosso poeta Cazuza, que meacompanharam na longa e cansativaviagem até o aeroporto do Rio e quevolveram agora à minha mente, nesta friae pálida tarde em Montevidéu, forçando-me a buscar abrigo nos versos de outropoeta, nascido lá pelas bandas da Freguesiados Mártires, em Lisboa:

“Há um tempo em que é precisoabandonar as roupas usadas... Que játêm a forma do nosso corpo... Eesquecer os nossos caminhos que noslevam sempre aos mesmos lugares... É otempo da travessia... E se não ousarmos

fazê-la... Teremos ficado... parasempre... À margem de nós mesmos...”

Bem, a maturidade tem suas positivasparticularidades, como, por exemplo, a denão fazer destas elocubrações umajustificativa para a construção de um muropessoal de lamentações.

As lembranças do que não foi feito oudaquilo que deveria ter sido feito de outraforma, devem servir de sustentação paraas nossas próximas ações, de tal sorte queelas sejam muito bem vividas, positivas ecapazes de transformar nossa próximaetapa em um momento tão feliz quanto foiaquele onde, pensamos, não termos feito omelhor, mas suficientes para o nossocrescimento e a nossa melhoria contínuacomo pessoa.

Por falar em Pessoa, nosso poetaportuguês também escreveu: “Sempre épreciso saber quando uma etapa chegaao final. Se insistirmos em permanecernela mais do que o tempo necessário,perdemos a alegria e o sentido dasoutras etapas que precisamos viver”.

Assim, nao posso mais dizer a meu paiquanto o amava, mas ainda posso dizer aomeu filho; como posso dizer a ele tambémque não deve ter vergonha se, por acaso,fizer xixi na cama; ainda posso aprender aconfeccionar canecas, ainda posso ir àRoma e ver o Papa...

(•) Eugênio Maria Gomes é Especialista emMarketing e em Gestão Empresarial, Mestre e

doutorando em Administração, Professor e Pró-Reitor de Administração do Centro Universitário

de Caratinga – UNEC.http://professoreugenio2010.zip.net

E-mail: [email protected] .

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Gens Seminarii N0 7 37

Correspondência recebida

ÀAEXAM – Associação dos Ex-Alunos dos Seminários de MarianaEditoria da Revista “Gens Seminarii”Belo Horizonte - MG

Solicito a gentileza de publicar no próximo número da “Gens Seminarii” a seguinte nota:

Caro aexano,Agradeço-lhe, porque, tão logo conclamado, se fez presente e participou dacampanha “déficit zero do Monsenhor Raul”, cujo objetivo era zerar-lhe os gastosadvindos da confecção das edições anteriores da “Gens Seminarii” referentes àparticipação do GS58.O resultado das contribuições foi esplêndido. O total dos depósitos em sua contacorrente excedeu ao débito e o saldo de R$ 2.647,64, já depositado na conta correnteda AEXAM, será utilizado para o pagamento da confecção do nº 7 da revista.Através do extrato da conta bancária do Monsenhor Raul foi-me possível conhecerindividualmente quase todos os colaboradores e a eles já fiz o meu agradecimento.Porém, lá apareceram alguns depósitos não identificados e assim não pude estenderaos seus responsáveis a minha mensagem.Faço isto agora nesta correspondência:- É muito bom saber que estão em você a solidariedade e o interesse pelas coisasque, direta ou indiretamente, envolvem a nossa AEXAM. A revista “Gens Seminari”,criada na parceria com o GS58, é o único veículo oficial de comunicação aosassociados e que lhe chega, semestralmente, à sua casa. É, pois, muito importanteque ela continue tendo esta função.Assim, obrigado “ex corde”, porque você, no anonimato do depósito bancário,tornou possível a sua manutenção.

Um grande abraço!Helvécio TrindadeAexano como você

Helvécio Antônio da TrindadeEstudou no Seminário Menor

em 1958/1963

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38 Junho 2010

OpiniãoNossos Encontros em Mariana

José Vicente de Paula CupertinoEstudou no Seminário Menor em 1955/1960Reside em Caratinga

Neste exato momento em que asociedade passa por profundastransformações, tendo como lema oconsumismo exagerado, não respeitandonenhum modelo de consumo sustentável,levando as pessoas ao individualismo e àindiferença, é um milagre a nossa reuniãoem Mariana.

Quando chegamos ao Seminário Maior,sentimos o abraço do Mestre Jesus napessoa dos colegas que nos esperam naescadaria. Quando encontramos colegasque não víamos há anos, sentimos forteemoção. É uma demonstração do nossodesejo de perdurar, a nossa convicção deque somos eternos. Quando vejo adedicação do Monsenhor Raul Motta emnão deixar o GS58 para trás, incorporando-o à AEXAM através da “Gens Seminarii”,também sentimos o desejo da eternidade.Assim fez o Divino Mestre: subiu aos céus,mas deixou seus apóstolos na continuaçãode Sua Doutrina, o Cristianismo.

Ao visitarmos o Seminário Menor, hoje,UFOP (Universidade Federal de OuroPreto) percorremos todos os corredores evamos ao salão de estudos dos médios. Lá,temos a lembrança dos melhores momentos

vividos no Seminário: as palestras dos Padresà noite, antes de irmos para cama. Quantasverdades ouvimos, algumas até gerandodúvidas sobre a fome, as guerras e outrosmales, que aconteceriam no terceiro milênio!

Também vamos lembrar as direçõesespirituais que fizemos com o PadreAntônio da Cruz. Quantas coisas ele nospreveniu sobre os acontecimentos futuros.

Sabemos que houve um trabalho socialmuito relevante dos padres Lazaristas noBrasil. Formaram grandes sacerdotes,bispos e muitos pais de família. Este méritocabe à direção do Seminário de Mariana,do Caraça e dos demais estabelecimentosreligiosos dirigidos por eles. Estas raízesestão ainda vivas dentro de nós. Nãopodemos esquecer também dos bonscolégios femininos dirigidos pelas IrmãsVicentinas, como o Colégio da Providência,em Mariana, onde foram formadasexcelentes profissionais e mães de famílias.

Estamos no nosso XIX Encontro Anuale a cada ano aumenta a participação decolegas. Por isso podemos afirmar que aAEXAM é um idéia brilhante dos seusfundadores e, por que não dizer, umainiciativa Divina!

Nossa programação é variada: reuniões,visitação aos locais sagrados de Mariana,nossa auto-apresentação no salão de festas,o churrascão à noite, fogueira e quadrilhae, no domingo, a Santa Missa Solene e oalmoço de despedida. A Santa Missa éconcelebrada por todos os Sacerdotespresentes (menos os casados). Às vezes éacompanhada pelo coral dos ex-seminaristas de Mariana, de BeloHorizonte, do Caraça ou do PadreAgostinho de Saramenha, com mais oumenos 50 pessoas, a quatro vozes, deixando

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Gens Seminarii N0 7 39

um som maravilhoso no infinito e noscorações de cada um nós.

Após a Santa Missa, terminamos onosso encontro com um almoço festivo,momento este de muita emoção, pois setrata de uma despedida que vai durar maisum ano. Voltamos para nossos lares enossas famílias com a alma purificada.

Portanto, prezado colega que ainda nãocompareceu aos nossos encontros, supereas barreiras e venha!

E você, colega que sempre estápresente, esperamos para mais ummomento de alegria!

E os que já vieram por mais de umavez e não voltaram, estamos esperando debraços abertos!

Quero agradecer ao querido MonsenhorRaul Motta e ao nosso Vice-PresidenteHelvécio pela oportunidade de ter este meuartigo publicado.

TUDO A JESUS POR MARIA!

Corpo pesado, almaLEVYssima

Odilon Gomes DutraEstudou nos Seminários Menor e Maior:1958/1960 - 1964/1966Reside em Volta Redonda - RJ

Apreciador da boa cozinha mineira(costumava dizer que comera igualpadre...), não recusava qualquer convite àmesa.

Não demonstrava preocupaçõesexcessivas com pressão alta, diabetes,colesterol ou outras doenças damodernidade. Pelo menos, não a ponto derejeitar alguma iguaria.

Entre nós, famíliagomesdutra, sentia-sebem à vontade, tendo sido por nós“adotado” como décimo terceiro irmão, lána década de 80.

Aquele corpo pesado vestia-se comuma simplicidade franciscana.

Aceitava com um prazer incrível desdepares de meia até uma camisa“melhorzinha”. Em seus aniversários,sugeria os presentes: “se for me dar algumacoisa, estou precisando de meia” ou “decamisa...” Coisas desse tipo.

Aquele corpo pesado não mediaesforços para atender a um amigo, fosseonde fosse...

Aquele corpo pesado cumpre opreconizado na quarta-feira de cinzas “etin pulverem reverteris”.

Aquele corpo pesado e distante dosnossos padrões de beleza era o tabernáculode uma alma incomum.

Uma alma levíssima. . .Tão leve que não suportava

radicalismos.Tão leve que acolhia a todos que dele

precisassem (ex-seminaristas que odigam!!!)

Tão leve que assumiu o sacerdócioplenamente, com todas as suasimplicações.

Tão leve que vivia uma espiritualidadeirradiante, distante de quaisquer pieguices.

Tão leve que não o impedia de serobediente às autoridades constituídas,mesmo ponderando, questionando,aconselhando.

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40 Junho 2010

Tão leve que o transformara numhomem de oração, de busca doaperfeiçoamento que pudesse reverter-sea favor dos irmãos.

Ah! Se tivéssemos alguns outros“Levys” – padres – cristãos...

Choro, ainda, a sua partida.Sei que sou egoísta, pois tenho a mais

absoluta convicção de onde ele está e comquem está.

A leveza de sua alma o deixa bempertinho d’Aquele a quem ele dedicou todaa sua vida.

- “Desculpa-me, irmão, por não saberdescrevê-lo com toda a beleza de suaalma!”

- “Obrigado, irmão, por ter tido papeltão importante na minha vida e na vida deminha família!”

- “A gente te ama, PADRE LEVY!”

Monsenhor Levy Paula Figueira

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Jubilosos de 2010

Há exatos 50 anos um grupo de meninos e adolescentes ingressou noSeminário Menor de Mariana. No Encontro Anual deste ano muitos serão os abraçospara aqueles que lá estiverem. São eles:

Acácio do Nascimento Carneiro (Dom Silvério/MG)Agostinho Barroso (Cláudio Manoel/MG)Aloísio Abílio dos Santos (São João Del Rei/MG)Antônio Alves Gomes (Lamim/MG)Antônio Gomes Freitas (Santana do Paraíso)Antônio Pedro Sobreira (Porto Firme/MG)Antônio Veríssimo (Diogo de Vasconcelos/MG)Astolfo Laércio PayãoBenedito Rocha Vital (Cajuri/MG)Benício Alves de Oliveira (Mercês/MG)Caetano Ramos Ferreira (Mons. Horta/MG)Daniel Dias (Guaraciaba/MG)Damásio Humberto P. Gomes (Urucânia/MG)Eduardo Gomes (Jaguarassu)Erlete Borges (Ponte Nova/MG)Euler José Grossi (Mercês/MG)Fábio Gomes Cardoso (Barra Longa/MG)Fernando José de Souza (Prados/MG)Francisco Ferreira da Silva (Rio Doce/MG)Francisco Pinto da Fonseca (São João Del Rei/MG)Geraldo Cordeiro Salgado (Urucânia/MG)Geraldo Firmino Moreira (Rio Espera/MG)Geraldo Leão Vieira (Ouro Branco/MG)

Geraldo Oliveira Nascimento (Carandaí/MG)Geraldo Silveira Lima (Mercês/MG)Gilberto Alves (Barbacena/MG)Hélio Alberto Lisboa (Paula Cândido/MG)Honório Pereira (Cipotânea/MG)Idelfonso Martins Perdigão (Monlevade/MG)Irineu Rossi Arcipreste (Rio Casca/MG)Jacinto Santana (Porto Fime/MG)Jairo Ferreira Condé (Ressaquinha/MG)João Bosco Castro (Marliéria)João Gualberto de Souza (Lamim/MG)Joaquim MatiasJosé A. da SilvaJosé Ângelo Gallo (São João Del Rei/MG)José Antônio Carvalho (Viçosa/MG)José Bonifácio Cotta (Rio Piracicaba/MG)José Cassimiro Sobrinho (Paula Cândido/MG)José Edgard Trindade (Prados)José Geraldo Ribeiro (S. J. do Passabém)José Horta da Costa (Marliéria)José Miguel Filho (Remédio/MG)José Murilo Dornelas (Santana dos Montes/MG)José Patrono Xavier (Barra Longa – MG)

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Gens Seminarii N0 7 41

José Rodrigues Ferreira (Guaraciaba – MG)José Tadeu Alves (Felipe dos Santos – MG)José Trindade de Freitas (Barra Longa _ MG)José Ventura dos Santos (Major Ezequiel)José Wagner Coelho (Diogo de Vasconcelos – MG)Jurandir Luis (Ibertioga/MG)Kleber Batista Felix (Itabira/MG)Licínio de Sena (Guaraciaba/MG)Lúcio Emílio do Espírito Santo (S. de Luz)Luiz Fernando Trindade ( São João Del Rei/MG)Luiz Fernando F. da Trindade (São João Del Rei/MG)Luis Marcos Cúrcio (Ressaquinha/MG)Luiz Gonzaga S. Monteiro (Barra Longa/MG)Luis Vicente Fontes (Ervália/MG)Macedo Rezende (Dôres do Monte Alegre)Marcos Antônio Magalhães (Florália)Marcos Aurélio Fortuna Neves (Alto Rio Doce/MG)Márcio Aurélio Silva (Monlevade/MG)Marcos Moreira Santos (Belo Horizonte/MG)

Mário Gonçalo Leão (Ouro Branco/MG)Martinho Rebêlo H. Filho (Dom Silvério – MG)Mauro Wilton de Souza (Silvânia)Milton Alcântara (Entre Rios de Minas/MG)Odilon de Assis NunesOlavo de Oliveira Camelo (Guaraciaba/MG)Onésimo Ferreira Condé (Ressaquinha/MG)Orlando J. de Oliveira (Barbacena/MG)Osvaldo José de Souza (Prados/MG)Osvaldo Miranda da Silva (Padre Viegas/MG)Pedro Jorge Nicolau (São Del Rei/MG)Pedro Oliveira Santos (Rio Real/Bahia)Roberto Horta Carneiro (Marliéria)Roberto Andrade (Coroas)Roberto José Ribeiro (Viçosa/MG)Roberto de Souza Gomes (Prado)Rubens Horta Carneiro (Marliéria)Rui Queiroz Tôrres (Monte Azul)Silus Eustáquio D. Felício (Lafaiete/MG)

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Notícias

No Encontro Anualde 2006

Pessoinha na AcademiaMineira de Letras

Mário Camilo Alvim, Afonso Mariano Lopes,Helvécio Trindade e o Pessoinha

No mês de abril último Luiz Gonzaga Pessoareapresentou no auditório da AML o seu“Poetas e Poemas”, um pot-pourri de poesiasde consagrados mestres da língua portuguesa,tais como Luiz de Camões, Castro Alves, OlavoBilac, Carlos Drummond de Andrade, FernandoPessoa, entre outros.

Novamente a platéia aplaudiu-lhe asimpática presença e a memória aguçada,ressaltadas, desta vez, por imagens projetadasnum telão que ilustravam a sua apresentação.

A AEXAM fez-se presente.

Falecimento

Com pesar informamos o falecimento, lá emIpatinga, do nosso ex-colega José GeraldoRibeiro, um aexano porreta. Alcunhado Pau deFumo lá no Seminário Menor pelo Idalino eParaná em Ipatinga por sua semelhança físicae futebolística com o ponta-esquerda do SãoPaulo F.C., ele faleceu em decorrência de umaenfermidade nos pulmões.

A sua presença, com a esposa Graça,sempre foi motivo de muita alegria nos nossosEncontros Anuais em Mariana. O seu sorrisoera contagiante e certamente vamos sentir-lhea ausência.

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42 Junho 2010

Nova data do Encontro Anual de 2010Você já está assistindo aos jogos de futebol

da Copa do Mundo na África do Sul e torcendoescandalosamente pelo Brasil, em que pese adiscutível convocação feita pelo Dunga. Afinal,somos milhões de técnicos...Se você olhar a tabela, verá que os doisúltimos jogos serão realizados nos dias 10 (3º/4º lugares) e 11 de julho (finalíssima), com apresença do Brasil, Deo volente (se bem queDeus não entra em jogo de futebol...).

Pois bem, nesses dias – o 2º final de semanade julho – como soe acontecer, haveria o XIXEncontro Anual da AEXAM em Mariana.Porém, em decorrência da jornada futebolísticae para não prejudicar a espetacular presençados aexanos ao nosso evento, achamos porbem transferir o Encontro Anual para o final desemana seguinte, ou seja, nos dias 17 e 18 dejulho. De igual maneira o Padre Lauro Versiani,reitor do Seminário Maior São José, transferiuo Retiro dos Padres da Arquidiocese de Marianapara a semana que antecederá o nosso Encontro.

Faça a gentileza de anotar a nova data e jáir se preparando para trocar abraços com osseus ex-colegas lá em Mariana.

Edital de ConvocaçãoTodos os associados da AEXAM –

Associação dos Ex-Alunos dos Seminários deMariana estão convocados para participaremda Assembléia Geral Extraordinária a serrealizada no dia 17 de julho de 2010, na parteda tarde, no salão nobre do Seminário MaiorSão José, para a seguinte pauta:

Eleição da nova diretoria para o biênio 2010-2012

Outros assuntos de interesse daAssociação

O associado tem direito a concorrer ao cargoeletivo e para tal deverá registrar-se até dez(10) minutos antes da AGE, que será instaladacom a presença mínima de vinte (20) associados.

Mariana, 14 de junho de 2010. WalterAraújo de Freitas – Presidente.

**********

Assim:

XIX ENCONTRO ANUALDA AEXAM

Dias 17 e 18 de julho de 2010Local: Seminário Maior São José

Se for possível, passe esta informação aoutros aexanos que você conheça. Pode serque ele até já saiba, mas, como aprendemos láSeminário: Quod abundat non nocet!

É interessante relembrar-lhe que o dia 16 dejulho é o Dia de Mariana e também o Dia deMinas Gerais, quando Mariana,simbolicamente, se torna a Capital do Estado.Eventos cívicos e atrações artísticas sãorealizados nesse dia e as presenças doGovernador, de autoridades e de muitos turistassempre acontecem.

Assim, quem puder e quiser curtir umprograma diferente, antecipe a sua chegada àcidade para a sexta-feira.

Manutenção da AEXAMComo você bem sabe, a AEXAM

depende da contribuição financeira de seusassociados para que possa se manter,principalmente editando esta revista erealizando o Encontro Anual em Mariana.

Por isto faça uma doação, se e quantopuder, em nome da

AEXAM – Associação dos Ex-Alunosdos Seminários de Mariana

CNPJ nº 02.683.870/0001-38Banco do Brasil (001) – Agência 3495-9

– conta corrente nº 10469-8Bradesco (237) – Agência 2148-2

Conta corrente nº 21606-2

**********

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Gens Seminarii N0 7 43

Conversando com os amigosHelvécio Trindade e Rosana, em nome

da AEXAM, lançaram em janeiro a CampanhaDéficit Zero, em benefício do GS 58. Foium sucesso! Foram depositados em minhaconta no Banco do Brasil (Ag. 177, cc. 5662-6): R$ 7.170,00. E ainda, através de pedidodo aexano Odilon Gomes Dutra, ganhamosum patrocinador, a ABRAPI, Associação deProvedores de Internet, com duas parcelasde R$ 1.000,00, colocando o seu logotipona última capa. Conseguimos zerar nossodéficit e ainda pagar nossa parte na GensSeminarii nº 6 (R$ 1.462,36), sobrando aindaR$ 2.647,64, saldo este entregue à AEXAM,através do Helvécio, dia 7/4/10. Resta-meaqui agradecer também a todos os quecontribuíram, muitos ainda anônimos.

Em reunião, em Mariana, dia 7 de abril,Pe. Lauro, Helvécio e eu apelamos para aEditora Dom Viçoso, nas pessoas do gerenteJair e do responsável, Cônego João Ribeiro,para a Editora cobrar-nos apenas as despesasde papel e mão de obra, já que é uma revistaque divulga a Arquidiocese. Ficou combinado

que o GS 58 não pre-cisaria mais pagar aparte da impressão,mas, na medida dopossível, custeasse asdespesas postais. Vamos também padronizaro número de 60 páginas por edição. Alémdas capas, editorial e expediente, daria 6páginas para Mariana (Especial), 16 para oSeminário, 16 para a AEXAM e 16 para oGS 58. Definimos as datas das edições: 1ºde junho e 1º de novembro. Comprometemo-nos a entregar à Editora, tudo diagramado,15 dias antes: 15 de maio e 15 de outubro.

Podemos agora respirar aliviados, graçasa Deus. E Deus lhes pague!

Neste número, estamos falando sobre o46º Encontro do GS 58, em BH, de 4 a 7 dejaneiro último. A página 59, colorida, trouxeas fotos. E convidamos a todos para o 47ºEncontro, que será em Mariana, de 3 a 6 dejaneiro de 2011, se Deus quiser!

Um grande abraço, em Jesus e Maria,Mons. Raul Motta de Oliveira

Of Of Of Of Ofererererertas partas partas partas partas para o GS 58,a o GS 58,a o GS 58,a o GS 58,a o GS 58, em 2010 em 2010 em 2010 em 2010 em 2010Jonil de Souza Monteiro (100,00), Mons. Pedro Terra (200,00), Mons. Miguel Falabela (170,00), Pe. Antônio

Cordeiro (50,00), Pe. Carlinhos (100,00), Mons. Vicente Gomes (150,00), Geraldo Meireles (100,00), Terezinha(100,00), Mons. Benedito Marcílio (100,00), Pe. Luís Duque (60,00), Pe. Pedro Crisólogo (100,00), Pe. Luís deOliveira Campos, CM (120,00), um anônimo (200,00). Total: R$ 1.550,00.

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44 Junho 2010

Estamos publicando a Ata, escrita pelo Pa-dre Alex, com a finalidade de anexá-la ao Estatu-to, para registro do Grupo Sacerdotal 1958, emCartório. Não conseguimos registrá-lo. Advo-gado de Caratinga disse ser exigência para oregistro ter havido Edital de Convocação, o queestamos fazendo adiante, para o próximo encon-tro.

Do dia 4 a 7 de janeiro de 2010, na Casa deRetiros São José, na Avenida Itaú, 475, em BeloHorizonte, Minas Gerais, reuniu-se pela 46ª vezo Grupo Sacerdotal de 1958, ou, abreviadamente,GS 58. Este grupo foi formado inicialmente pe-los Padres que terminaram o curso de teologiaem Mariana, MG, no ano de 1958. Posteriormen-te, abriu-se a outros ex-alunos, padres e leigos,amigos e amigas. Desde 1963, reúnem-se cadaano, normalmente no início do mês de janeiro.Além do entrosamento amigo dos participan-tes, há sempre orações em comum, celebraçõesda Eucaristia e reuniões, onde cada um dá notí-cias de seus trabalhos ou de colegas e amigos.Os muitos álbuns fotográficos do tempo do se-minário e de todos os encontros anteriores cha-mavam sempre a atenção das pessoas, que osfolheavam com curiosidade.

No segundo dia do encontro, ou seja, naterça-feira, dia 5, fomos de ônibus para a paró-quia de Nossa Senhora da Pompeia, em cujaMatriz fomos acolhidos com muita amizade peloex-aluno de Mariana, Frei Tiago de São Domin-gos do Prata, OFM Capuchinho, e ali concele-bramos a Santa Missa.

No terceiro dia, quarta-feira, na reunião damanhã, surgiu o assunto da manutenção danossa revista Gens Seminarii. Conforme pro-posta do Encontro de Atibaia, as despesas deconfecção e remessa da revista ficariam por con-ta da AEXAM (Associação dos Ex-Alunos deMariana) e do GS 58. Este não está conseguin-

4 a 7 de janeiro de 2010

46º Encontro do GS 58, em BH

do manter estes compromissos, com as doaçõesespontâneas recebidas. O grupo acolheu a pro-posta de constituirmos uma associação, comestatutos próprios, a fim de podermos abrir contabancária e receber as ofertas dos colegas quequiserem contribuir com a parte do GS 58. Pedi-mos ao Padre Alex que esboçasse um estatutopara essa associação.

À tarde daquele dia 6, fizemos uma visitaaos Padres Lazaristas, onde nos encontramoscom o ex-reitor do Seminário Menor de Mariana,Padre Ézio Rodrigues de Lima, CM. Daí, visita-mos o túmulo do Bem-aventurado Padre Eustá-quio. Recebemos as visitas amigas do nossocolega de curso, Arnaldo Leal Dutra, e do PadreJosé Jésus Gomes de Araújo, da turma de 1957,residentes aqui em Belo Horizonte. A Missa danoite foi presidida pelo Mons. Miguel Falabellade Castro.

Na reunião da manhã do dia sete, recebe-mos também a visita de Padre Antônio Scarpa,da Congregação do Sagrado Coração de Jesus;e dos ex-alunos de Mariana, Dr. Ivan de la Crocee Padre José de Oliveira Valente. Padre Alexan-drino apresentou à Assembleia reunida um es-boço do Estatuto, que foi lido, debatido e emen-dado. Depois de algumas discussões e revisões,feitas com a ajuda de Dr. Ivan, formado em Direi-to, o Estatuto foi aprovado por unanimidadepela Assembleia.

Passou-se a uma segunda fase, ou seja, àeleição de uma Diretoria executiva entre os pre-sentes. Uma vez feita a votação, ficou assimconstituída: Diretor-presidente, o Revmo. Mon-senhor Raul Motta de Oliveira. Tesoureiro, oRevmo. Padre Pedro Crisólogo Rosa; e Secretá-rios: 1º secretário, o senhor Geraldo de SouzaMeireles; e 2º secretário, o Revmo. MonsenhorVicente Pereira Gomes. A Diretoria colocou tam-bém em votação a data e o local para a próximareunião do GS 58. Por maioria, ficou escolhida

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Gens Seminarii N0 7 45

Mariana, de 3 a 6 de janeiro de 2011. Durante avotação, Monsenhor Raul Motta de Oliveira te-lefonou, na presença de todos, para o Seminá-rio São José, em Mariana, confirmando-se a datae a hospedagem.

Nada mais havendo a ser tratado, o Diretor-Presidente convidou os presentes para a Missade encerramento, a ser presidida por Dom HélioGonçalves Heleno, bispo de Caratinga, às 11horas, na Capela da Casa e, em seguida, nosconfraternizarmos com o almoço final. Eu, PadreAlexandrino Augusto Ribeiro Gomes de Pinho,Juiz do Tribunal Interdiocesano de Juiz de Fora,secretário “ad hoc”, fiz a presente Ata que foilida e aprovada e será anexada ao Estatuto, parao respectivo registro em Cartório.

Seguem-se as assinaturas: Mons. RaulMotta de Oliveira, Pe. Pedro Crisólogo Rosa,Geraldo de Souza Meirelles, Pe. AlexandrinoAugusto Ribeiro Gomes de Pinho, Mons. Bene-dito Marcílio de Magalhães, Ivan della Croce,Mons. Miguel Falabella de Castro, Pe. José deOliveira Valente, Dom Hélio Gonçalves Heleno,Pe. Sebastião Pereira Dal Poggetto, Pe. AntônioJosé Cordeiro, Mons. João Aparecido de Faria,Mons. Vicente Pereira Gomes, Pe. Luís AlbertoDuque Lima, Therezinha Rita Alves.

Complementando a AtaO principal já está aí na Ata. Mas vamos

acrescentar algumas anotações, sobre este nos-so encontro, o segundo acontecido em BH. Oprimeiro foi em 1966, lá no Seminário arquidio-cesano, onde hoje é a PUC.

Chegada, dia 4 de janeiro: primeiro, a turmade Campanha: Arantes, Cordeiro, Carlim; depoisJuiz de Fora: Falabela, Luís Duque e Alex; Cara-tinga: Dom Hélio e eu; e Valadares, Pedro Crisó-logo. Depois, Pouso Alegre: Vicente, Poggetto,Faria, Ditão, Teresinha e Meireles. Com o Terra,de BH, éramos 16 participantes.

Fizemos uma pequena reunião, à noite, paraprogramarmos a terça-feira.

Dia 5 de janeiro. Pela manhã, após as Laudes,reunimo-nos para conversar e dar notícias. Após

a lembrança dos falecidos (Ver Necrológio), fo-mos contar a turma do GS 58. Somos 6 aqui nes-te encontro: Arantes, Vicente, Poggetto, Faria,Ditão e eu. Faltaram 5: Geraldo Vicente, Moacir,Torres, Jair e Bragança. Os outros vivos são:Maurílio, Mauro, Juarez, Olau e Samuel. Faleci-dos: Vicente Carvalho, Natalino, José Renato,Marciano, Argemiro, Paiva, Otávio, Nogara,Amaury, Lourival, Bueno, Lobo, Arimateia eGeraldo Lopes.

Dom Hélio falou-nos um pouco sobre o seudia a dia e seus trabalhos na Diocese de Cara-tinga, as visitas pastorais, os retiros do clero, asordenações e apresentou-nos muitos dadosestatísticos da Diocese.

Mons. Pedro Terra historiou, com pormeno-res, o fechamento do Seminário de Mariana, dia9 de setembro de 1966, e a dispensa dos laza-ristas, em novembro. Com licença de Dom Os-car, veio então para BH, onde já lecionava noSeminário Coração Eucarístico. Terminou a igrejade São Judas Tadeu. Trabalhou em São Bento, ecomo capelão em Neves e no Colégio Militar. Épároco solidário em São Lucas. Celebra na pa-róquia Nª Sª do Smo. Sacramento.

O assunto passou então para o Latim hojena Igreja e missas em latim. Contei-lhes a minhapretensão de lançar um livro com minhas aulas:“Latim para o Seminário”.

Mons. Falabela falou-nos sobre os encami-nhamentos para o Sínodo de Juiz de Fora. PadreCordeiro, sobre o Ano Sacerdotal, com Adora-ção do Santíssimo toda quinta-feira. Pe. Alexdeu-nos notícias da UAC e seus contactos, paraimplantá-la em 5 ou 6 presbitérios.

Depois foi a vez de Frei Tiago resumir-nos asua vida. Foi ordenado em Viçosa. Naquele anohouve ordenações também em Barbacena. Eramseus colegas: Rubim, Vandick, Pedrim, Leandro,Hilário, Antônio Santos, Paulo Diláscio, Valdir,Becho, Antônio Ribeiro, irmão do Agenor. Exer-ceu o ministério 5 anos em Raul Soares. Depois,aquela luta com Dom Helvécio para ser religio-so. Conseguiu. Com o falecimento de seu pai,que tinha cartório em São Domingos do Prata,

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46 Junho 2010

ficou lá 24 anos, pertencendo à comunidade deBH, aonde vinha periodicamente.

A programação da tarde, seria sesta, 15 hEnsaio de cânticos, 16 h Café, 16h30 Vésperas,Banho e saída para Pompeia. Pe. Alex já nosfalou da missa lá, presidida por Dom Hélio, comhomilia de Mons. Pedro Terra. No final da mis-sa, cantamos, com a ajuda de Frei Tiago, oJuravit Dominus, Neste dia e Searas lourejantes.E, em seguida, visitamos o museu dos capu-chinhos, organizado por Frei Tiago e comemosuma deliciosa pizza, oferecida pela Comunida-de.

Dia 6 de janeiro, quarta-feiraNa parte da manhã, após o café e as Laudes,

continuamos nosso bate-papo, cada um noscontando um pouco de sua situação atual.

Padre Poggetto é aposentado. Faz 81 anosem abril. Reside em Caldas, em casa própria.Celebra na Igreja do Rosário e na capela. Desdeano atrasado parou de dirigir, porque está en-xergando com apenas 10% da vista. Recebe 4salários da Paróquia. Participa das reuniões.

Padre Luís Duque está com problemas napróstata. Está deixando a Paróquia. Pe. Alex lheofereceu ser vigário paroquial no Piau. Celebratodo dia.

Monsenhor Luís Arantes continua comopároco de Aiuruoca. Em 2009, celebrou 609 Mis-sas. Não há mais espórtulas de missa. Têm odízimo. Sua irmã Santinha mora lá.

Monsenhor Falabela deu notícias do Cône-go Becho. Está emérito. O pároco mora noutracasa. O assunto passou depois para missasshow e sobre abusos na liturgia. Falabela suge-riu que, no encontro do ano que vem, convidás-semos o padre Leonardo, de Juiz de Fora, paradar um curso de um dia para o GS. Fica feito oconvite. Pedimos ao Mons. Falabela que o en-caminhe ao Pe. Leonardo.

Sobre as Finanças do GS 58, tratamos de-pois do café das 10 h. Pe. Alex já falou tudo naAta. Também já contou o passeio que fizemos, àtarde, ao padre Ézio e ao túmulo do Bem- aven-

turado Padre Eustáquio, guiados nesse passeiopelo nosso colega Arnaldo Dutra, que nos veiovisitar e ficou conosco esta tarde.

Foi grande a alegria de Padre Ézio, na cadei-ra de rodas, ao nos receber. Cantamos Tu essacerdos e Neste Dia, com o Padre Ézio dirigin-do. Chorou ao agradecer a visita.

Na Matriz dos Sagrados Corações, encon-tramos o padre Francisco (Chico), que foi páro-co da catedral de Valadares por muitos anos e,toda segunda-feira, vinha a Caratinga visitar oDom José Heleno. Ele nos dirigiu na visita aotúmulo do Padre Eustáquio.

Chegando do passeio, encontramos, na casade Retiros, o nosso grande amigo e contempo-râneo de seminário (era um ano à nossa frente),o padre José Jésus Gomes de Araújo. Ainda es-banjando juventude, com seus cabelos bran-cos, conversando muito e dando muitas risa-das, lembrando nosso tempo de seminário. Amissa, na capela da Casa de Retiros São José,foi presidida por Mons. Falabela, às 20h30.

Começamos a programar o próximo encon-tro. Os locais sugeridos foram BH, Caraça eMariana.

Dia 7 de janeiro, quinta-feiraApós as Laudes, estávamos começando a

reunião, quando nos aparece o Pe. AntônioScarpa SCJ. É de Campanha. Conhece a turmatoda. Sua primeira missa e os 50 anos dele foramem Aiuruoca. Ficara 6 anos em Itanhandu, ondePadre Luís Arantes deixou suas marcas.

Falava ainda quando chega o ex-seminaris-ta, Dr. Ivan della Croce, acompanhado pelo Pa-dre Valente. Ivan estudou em Mariana até o 3ºano de teologia. Foi difícil sair do seminário. FezDireito, na Federal. Era colega do Valente, doFalabela, do Venâncio. Casou-se em 1963. Tra-balhou 33 anos na Vale do Rio Doce. Padre Va-lente ordenou-se em 1953, a última fornada deDom Helvécio. Trabalhou em Viçosa, Dores doTurvo, Rio Pomba. Ajuda nas paróquias de SãoPedro e Nª Sª das Dores.

Alex aproveitou a presença do Ivan e, jun-

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Gens Seminarii N0 7 47

tos, fizeram um esboço do Estatuto do GrupoSacerdotal 1958. Leu-nos e todos o aprovamos.O resto ele contou na Ata.

Edital de ConvocaçãoFicam convocados para a Reunião Geral do

Grupo Sacerdotal de 1958 (GS 58) todos os seus

Mons. Moacir Matias MarquesPadre Jean Poul Hansen, atual pároco de São

Sebastião, em Varginha, enviou-me um exemplardo livrinho que fizeram, sobre o MonsenhorMoacir: “Cântico de Vida Sacerdotal”.São depoimentos de padres e leigos,que desejaram, assim, prestar-lhe umahomenagem por ocasião do seu Jubi-leu Áureo Sacerdotal, no dia 8 de de-zembro de 2009.

Acometido do mal de Alzheimer,não teve condições físicas de celebrar,no seu dia jubilar. Fizeram-no os cole-gas, realçando os pontos altos de suavida sacerdotal.

No livro, editado pela Paróquia deSão Sebastião, com 72 páginas, colho algunstrechos.

De Mons. Geraldo Vicente Costa: “Em mar-ço de 1953, fomos para Mariana, onde frequen-tamos o Seminário Maior São José, para os es-tudos de Filosofia e Teologia. Aquele ano, oprimeiro, começou com quarenta alunos. Lá, oMoacir logo entrou para o coral do Seminário,mais tarde, integrou a orquestra. No fim de 1954,entretanto, veio o contratempo, a doença, que oobrigou a ficar afastado em 1955. Já em 1956, oMoacir voltou ao Seminário de Mariana, ondecontinuou até o fim, em 1959. Foi o primeiro aser ordenado pelo nosso 3º Bispo, Dom OthonMotta”.

E termina o Mons. Geraldo Vicente: “Peço aDeus que o continue abençoando, especialmenteagora que ele está realizando o que São Paulo

Jubileus Sacerdotaisfala na sua carta: “Completo na minha carne oque falta à paixão de Cristo”.

Mons. Luís Vieira Arantes lembra o PadreMoacir convivendo com a turma do GS-58: “Tan-

to se considerava da Turma de 58,como todos nós também o consi-deramos, que sempre participoudos nossos Encontros Anuais,sendo o “Maestro” do nosso co-ral. Em, 1998, quando a turma doGS-58 comemorou 40 anos, numaPeregrinação à Terra Santa e Itália,onde assistimos à Beatificação doFrei Galvão, em outubro, ele, nos-so querido padre Moacir, estava

junto, foi meu companheiro de quarto, em todaa Peregrinação, participou de todos os nossospasseios, visitas e caminhadas que fizemos.

No dia 18 de outubro, um Domingo das Mis-sões, tivemos a felicidade de concelebrar, numbarco, no Lago de Genesaré, e o Padre Moacir,solenemente, como Maestro, regia o nosso co-ral do tempo de Seminário.

Em Veneza, a maravilha da cidade construídasobre as águas, eis nosso querido Padre Moa-cir conosco, numa gôndola, remando e passan-do pela Ponte dos Suspiros...

Nossa Peregrinação foi maravilhosa, a co-memoração mais linda e frutuosa que pudemosfazer dos nossos 40 anos de Padres!

Ele caracteriza, perfeitamente, a frase dogrande Padroeiro e Modelo dos Padres, o SantoCura D'Ars - venerado, especialmente, neste Ano

membros natos e os que têm o costume de par-ticipar de nossas reuniões anuais, para aAssembleia Geral do GS 58, a realizar-se de 3 a 5de janeiro de 2011, no Seminário São José, deMariana, MG, com a finalidade de aprovar o Es-tatuto desta entidade. Mons. Raul Motta deOliveira, sócio-fundador.

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48 Junho 2010

Sacerdotal, lembrando os 150 anos de seu fale-cimento: “Oh! O Padre tem alguma coisa de gran-de! Não se compreenderá bem o Sacerdócio,senão no céu. Se o compreendêssemos, na ter-ra, morreríamos, não de espanto, mas de amor.”

Athaíde de Freitas LealSua filha Elisângela passou-me este e-mail:

“Recebemos a revista dos Seminários de Maria-na, edição de dezembro/2009 e, para nossa sur-presa, encontramos uma foto do meu pai na co-luna dos Jubileus de Ouro da Turma de 1959.Sou filha de Ataíde de Freitas Leal. Entre os anosde 1967 e 1968, ele abandonou a vida religiosa ese casou com minha mãe, em setembro / 1969;teve três filhos. Tornou-se professor, profissãona qual se aposentou. Infelizmente, faleceu em3/2/2005, de embolia pulmonar, mas nos deixoucom a certeza de que sempre foi um homem debem, mesmo afastado do ministério, nunca dei-xou de fortalecer sua fé e nos iniciar nela. Umhomem de muita sabedoria, de muito caráter eum excelente pai e marido. Sentimos muito suafalta... Elisângela: Travessa Ema Moro 14, Bair-ro Pedro Moro, Tel. (41) 3035-4715. São Josédos Pinhais, Paraná.

Padre João NalonDe vez em quando,

ele me telefona, espalha-fatoso: Sabe, tenho ago-ra duas esposas: a SáFena e a tia Bete! E con-ta-me suas 50 peregrina-ções a Aparecida, seustrabalhos pastorais, ape-sar das doenças. Man-dou-me o convite e a foto

dele atual, que aqui reproduzimos: “A ParóquiaSão Jorge, de São Jorge d'Oeste, Diocese dePalmas, Francisco Beltrão, Paraná, convida V. S.e Exma. Família para agradecermos a Deus pelos50 anos de Ordenação Sacerdotal de seu primei-ro pároco, Pe. João Nalon, no dia 19 de dezem-bro de 2009, às 10 h, na Igreja Matriz São Jorge”.

Padre Luís Alberto Duque LimaEnviou-nos o Convite. Desenho do cálice

com a hóstia e a foto do Santo Cura d'Ars.Convite: A Paróquia Santo Antônio de

Ewbank da Câmara tem a alegria de convidá-lo(a) para as solenidades comemorativas do Ju-bileu Áureo Sacerdotal (50 anos) do Revmo. Pe.Luís Alberto Duque Lima, no dia 19 de dezem-bro de 2009.

Programa: Dias 16, 17 e 18 de dezembro, às19 h, Tríduo de Oração pelas Vocações Sacer-dotais. Dia 19 de dezembro, às 19h30, SantaMissa Festiva (Concelebração), presidida peloExmo. e Revmo. Sr. Arcebispo de Juiz de Fora,Dom Gil Antônio Moreira, orador ao Evange-lho.

Frases: “Tu és sacerdote eternamente” (Sal-mo 110). “Vi e considerei todas as grandezas daterra e só uma achei grande: o Sacerdócio”.Sacerdos alter Christus - O sacerdote é comoum outro Cristo. O altar é a vida do padre. “UbiPetrus, ibi Ecclesia”: Onde está Pedro, o Papa,ali está a Igreja de Cristo (Santo Ambrósio deMilão, século IV). Dou graças à Santíssima Vir-gem Maria, Mãe de Cristo Sacerdote, a quemconsagrei o meu Sacerdócio, para maior glóriade Deus - Ad Majorem Dei Gloriam.

No Encontro do GS, em janeiro, Pe. LuísDuque completou, descrevendo aquela missajubilar: 19 de dezembro, paramentos roxos, re-cepção do Bispo, batina roxa, barrete, cruz eágua benta, foi direto ao Sacrário, paramentou-se. Eram 20 padres. Trouxe-lhe a Bênção Apos-tólica... Foi a missa mais bonita da minha vida!

Wilson MoreiraTemos nos visto, quase sempre, nos encon-

tros da AEXAM. Jovem e sorridente. Sente-serealizado na sua vocação ao matrimônio. Parti-cipa das pastorais, em Juiz de Fora, especial-mente de encontro de casais. Dia 14 de feverei-ro de 2010, ligou-me. “Hoje faço 50 anos de pa-dre”, disse-me feliz. Não lhe chegara ainda aGens Seminarii nº. 6. Recebeu e-mail do Hel-vécio, sobre a Campanha Déficit Zero, e já de-

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Gens Seminarii N0 7 49

positou R$ 200,00 em minha conta. Enviou-meuma mensagem natalina de Leonardo Boff, oGlória a Deus: “E' a glória de um Deus-criança,que é inocência, candura, ternura e amor...” Eescreveu: “Nossos votos de uma vida semprefeliz, unida a Xto. e a nossos irmãos POBRES”.

Côn. Quintão e mons. Joaquim celebra-ram 60 anos de vida presbiteral

Iniciado a 27 de novembro de 2008, o AnoJubilar pelos 60 anos de ordenação sacerdotaldo cônego Joaquim Quintão de Oliveira e domonsenhor Joaquim da Silva Guimarães que teveseu ponto mais alto no dia 26 de novembro, comuma grande celebração, realizada no Santuáriode Santa Rita de Cássia, em Viçosa, e presididapelo arcebispo de Mariana e presidente daCNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha.

O cônego Quintão nasceu a 5 de junho de1922, em Porto Firme, seu sacerdócio tem marcadas cidades de Piranga (1950-1951), Diogo deVasconcelos (1951-1963), Ponte Nova(1964.1966-1967), Barbacena (1965), Mariana,Seminário (1967-1971), Barra Longa (1971-1979),Guaraciaba (1978-1998), Viçosa e Teixeiras, nes-tas desde 1998, granjeando centenas de amiza-des por seu carisma, acolhimento e disponibili-

dade em tempo integral aos que o procuram.Pároco da paróquia de São Sebastião, em

Ervália, desde 1967, monsenhor Guimarães, ex-capelão do Patronato Agrícola - Fundação Na-cional do Bem Estar do Menor (Funabem), deViçosa, também foi vigário em Coimbra, Grana-da e Araponga, pároco de Matipó e coadjutordo padre José Domingos em Raul Soares, logono início de sua carreira sacerdotal. MonsenhorJoaquim é filho dos saudosos José da SilvaGuimarães e Dona Maria do Carmo Silva. Nas-ceu em Viçosa a 16 de janeiro de 1925, sendoconsiderado um renomado construtor de tem-plos e sacerdote zeloso em todos os lugares porque tem passado. Matipó também celebrou, dias28 e 29 de novembro, a festa de seu Jubileu.

(site: arqmariana.com.br)

Cartões de Natal: Mons. Aldorando Men-des dos Santos (Goiânia), Fernando GranhinCavalcanti (Vitória/ES), D. José Maria Pires (BH).

Dr. Geraldo José Guimarães Silva (São Pau-lo, 16/11/2009). Ref. Professor Mestre GeraldoTibúrcio de Almeida e Silva. Rua HenriqueBenfenati, 34, Bairro São Judas Tadeu, CEP36720-042 São João Del-Rei, MG. 1. O Prof. Ge-raldo Tibúrcio estudou no Seminário de Marianano Período de 1949 até 1954, inclusive. Era daturma sanjoanense, mais próximo do Jair Vale,Nelson Assunção, Sebastião Patrício e de todanossa turma de São João Del-Rei. 2. Acha-seaposentado compulsóriamente da Funrei - Uni-versidade Federal de São João Del-Rei, onde

Correspondência / Notíciaslecionava latim e grego e, com sua aposentado-ria, a Funrei ficou sem essa cadeira no Curso deLetras. É casado, tem 3 filhos e 5 netos e estáprestes a fazer Bodas de Ouro, em 2010. 3. Atu-almente, leciona Latim no Seminário Maior daDiocese de São João Del-Rei e colabora muitocom sua Paroquia de São Judas, que está sendodesmembrada da de Dom Bosco. 4. Estou falan-do muito do Prof. Tibúrcio, pois tenho orgulhode ter sido seu colega no Seminário de Mariana.5. E, para finalizar, peço ao nosso caro Mons.Raul para colocar o nome do Tibúrcio na listados ex-seminaristas da AEXAM, com direito areceber um exemplar de nosso tão precioso GensSeminarii.

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50 Junho 2010

Padre Wagner Augusto Portugal (Boa Es-perança, 20/12/2009): In nativitate Domini A. D.MMIX, laeto corde novoque canto Christvmnatvm adoremvs! Meis cvm votis Pacis et Boni!

Padre José de Oliveira Valente (BH, 23/12/2009): Os magos não encontraram um rei nasdouraduras de um trono, mas nas palhas mas-ca-das. Hoje há luzes, cores, iridências. Sua li-nhagem e epigenia são profusas como as areiasdas praias; é a genitura do grande povo de Je-sus. Do presépio à Eucaristia. Há duas Eucaris-tias: a primeira, do pão e do vinho consagrados;a outra que acontece no mundo: a comida paramatar a fome de Jesus, disfarçado no pobre, nacriança, no mendigo. Feliz Natal 2009!

Geraldo Meireles (Itajubá, 13/12/2009): Te-lefonou-me, parabenizando-me pelo meu aniver-sário sacerdotal. No dia 7, ele se achava emMarataízes.

Antônio Baêta Ávila de Assis (BH, 30/12/2009): Telefonou-me, comunicando que recebeua Gens Seminarii nº 6. Quer ajudar o GS. Ele é deCatas Altas da Noruega, tem casa lá, mas resideem BH. Prometeu aparecer no nosso encontro,lá na Casa de Retiros São José.

Ademálio de Souza Benevides (Vila Velha/ES, 31/12/2009): Ligou-me também, dizendo querecebeu a revista.

Uma mensagem em Latim (Padre Valente)O terque quaterque beate M. Raul proptersacerdotalem unctionem, firme amice ac fidele;tu autem ministério tibi comisso laetus frueris.Latii língua amatores sumus, Caratinga fortis-sime gentis magis omnibus unaque tantae malispropter sacerdotes filios, aeternae sub pectoregloriam portans, solemque diemque, montesquesilvasque coelum limpidum diemque quae abinfantia vivisti, tibi sint semper amata et grata.Tibi bis viginti quinque annis ab incepta sacer-dotali unctione perfruisti omnes quas desiderasvictorias in tuo sacerdotali ministério praesentianno adsint. Frater meus es enim, crescas in milleet milia unaque voce clamamus: Te Deumlaudamus! In corde Pe. José de Oliveira Valente.3/1/10. Egomet primus introduxi in MarianaDioecesi aclamationes Eucharisticas cantatas

post auditas in Urbe Sancti Pauli. Docui eas emRio Pomba, prima in Dioecesi eis usa et in Mi-nas.

Antônio Carlos Faria Paz (Itapecerica, 3/1/2010): Acuso o recebimento da revista “GensSeminarii” número 6. Gostaria de dizer que nãoconcordo que o GS 58 desapareça da Revista eacredito que a maioria dos leitores, também, deveter esta opinião! O GS 58 já faz parte do nossopatrimônio sócio-religioso-cultural! Parabenizo-o pela revista, bem como pelo pioneirismojornalístico em matéria de Igreja católica! A Edi-ção número 6 da Gens Seminarii saiu com in-correção nas páginas. Porém, esta incorreçãonão compromete o conteúdo excelente da Re-vista. Peço que me envie mais 1 exemplar destaRevista, da edição número 6, a título de corte-sia. Sugiro que Dom José Nicomedes Grossi ePadre Pedro Maciel Vidigal sejam homenagea-dos pela Revista, como também sugeriu o dis-tinto leitor Antônio Cipriano de Freitas, na edi-ção número 6. Desejo-lhe êxito e que Deus ocumule de bênçãos, as mais escolhidas, nesteano de 2010, que ora se inicia.

Nota 1: Meu caro Antônio Carlos. Obrigadotambém pelo seu telefonema dia 11/2. Agradeçoa sugestão de darmos notícia do falecimento dePadre Pedro Maciel Vidigal. Quanto ao de DomGrossi, saiu na Gens nº 6. Talvez, como vocêdisse, tenha faltado aquela folha.

Nota 2: Em carta posterior, Antônio Carlosenviou-me lembrança do 1º aniversário de fale-cimento de Padre Altamiro de Faria. Faleceu emDivinópolis, aos 12/1/2009. Eu o conheci muito,na Casa São Pedro, em BH.

Dr. Marino Costa e Silva (BH, 8/1/2010): E-mail. Com minha cordial visita, acuso o recebi-mento do Gens Seminarii e GS58. Tentei agendarminha presença no encontro deste ano, pelo me-nos, para o jantar de chegada ou almoço de sa-ída. Infelizmente não foi possível. Vejamos, parao ano. Peço-lhe mandar-me dados bancários parauma modesta contribuição, para amenizar o seubolso, com as despesas do GS. Em breve, pas-sarei por Caratinga e vc estará incluído na m/agenda de visitas.

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Gens Seminarii N0 7 51

Padre Luiz de Oliveira Campos, CMEsteve em Caratin-

ga, pregando retiro es-piritual para as IrmãsMissionárias de Nos-sa Senhora das Graças(Gracianas). Dia 25 dejaneiro veio me visitare almoçou conoscoaqui no Seminário.Está forte e ainda jo-vem. Ele é o mesmo

Padre Luiz Gonzaga, que foi nosso disciplináriono 4º ano de teologia. É pároco em Brasília. Afoto é da missa do encerramento do retiro, dia28 de janeiro, dia da morte de Dom Corrêa.

Padre Mário Cuomo (Iglesias, CI, Itália, 15/2/2010): Junto com um folheto de reflexão e deexplicação da Obra do Amor Infinito, escreveu:Caríssimo Monsenhor. Que esta Quaresma sejamuito frutuosa para o senhor e seu trabalho.Depois de minha volta de Anápolis para a Itália,estou me dedicando à União Apostólica do Cle-ro. E aí, como vai a UAC? Peço suas orações eenvio meu abraço!

José Nassif Antunes (BH, 5/3/2010): Enviou-nos o comprovante do depósito de R$ 200,00 eum cartão. Timbre: Tribunal Regional do Traba-lho, 3ª Região, Gabinete de Juiz. “Ciente de queas finanças não andam nada boas, envio-lhepequena ajuda para a manutenção da excelenteGens Seminarii. Segue, em anexo, o compro-vante do depósito bancário. Meu abraço e meusagradecimentos pela sua inestimável dedica-ção”.

Maurílio Matias Marques (Três Corações,13/3/2010): Enviou-me o convite de casamentode sua filha Marília. Regina Silva Marques eMaurílio Matias Marques; Tânia Márcia Reis eJosé Maria Reis, MARÍLIA e ERIC convidampara a cerimônia religiosa de seu matrimônio, arealizar-se às vinte horas e trinta minutos do diadezesseis de abril de dois mil e dez, na ParóquiaSanta Teresa d'Ávila, em Três Corações.

Vicente Geraldo Gonçalves (BH, 16/3/2010):Li entristecido seu editorial “Conversando com

os amigos” e percebi realmente as dificuldadespor que passa a 3ª parte da revista GS 58. É de semagoar! Mas não posso conceber como essaparte possa parar. Não sou padre, mas convivi -e como - com todos os queridos colegas de 58.As notícias que tenho desses sacerdotes e nãosacerdotes me fazem recordar os belos tempos.Quero a continuidade e Deus há de inspirar umamaneira de resolver esse problema. Envio-lhealgum recurso e continuarei enviando sempre,se Deus quiser. De minha parte, Mons. Raul,tenho verdadeira adoração pelo seu trabalhopioneiro de manter entrelaçados os amigos deoutrora e de hoje. Sem o seu idealismo, cheio deamor, centenas, diria quase milhares, de amigosficariam sepultados no esquecimento, sem esseelo que você conseguiu e consegue atar atra-vés dessa sedutora comunicação escrita que fi-cará gravada como o monumentum aereperenius. Além do mais, encanta-me o seu sa-crifício de arrostar o problema financeiro doscustos da revista. Você não pode enfrentar sozi-nho esse ônus, que tantos amigos hão de com-partilhar, a começar por mim. Um grande abraço.(NB: Enviou-nos um cheque de R$ 100,00).

Mons. Edvaldo Camargos de Souza (Araporã,16/3/2010): Enviou-nos o comprovante do de-pósito de R$ 100,00 na Campanha do DéficitZero.

Heráclito Machado Sandano (Maringá, PR,2/5/2010): É com imensa alegria que me contatocom V. Revma., que para mim representa lem-branças de um passado feliz que tive no Semi-nário Maior de Mariana. Posso lhe afirmar quemuito aprendi nessa Casa de estudos e de for-mação sacerdotal. As lembranças são muitas.Fui professor no Paraná por mais de 30 anos,depois fiz parte dos funcionários (presentes!)da Assembleia Legislativa do Paraná. Depois,ainda em Curitiba, dediquei-me ao estudo dosEvangelhos por um período longo de 5 anos.Mas sem pressa de terminar logo minhas medi-tações. Dessas meditações surgiram os opús-culos: "Meu Sermão da Montanha", "A presen-ça da Virgem Maria nas Sagradas Escrituras" e"Dies irae, dies illa", que formaram a "Coletânea

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52 Junho 2010

de Estudos Evangélicos". Para culminar essasmeditações, escrevi "O Reino de Deus", que foi,parte do Cônego Cristiani (2 capítulos) e partedo beneditino Elliot C. Maloney (1 capítulo). Emmeu Blog, publiquei apenas os capítulos res-tantes, a saber: "O Precursor", "A implantaçãodo Reino de Deus" e "A manutenção do Rei-no". Já em Maringá, em 2009, conclui minhasmeditações, elaborando "A propagação do Rei-no de Deus". Não sou teólogo, nem nunca fui,pois estudei apenas a Filosofia. Não sei até queponto minhas meditações podem ser conside-

radas como retratações da verdade. Apenas seique elas causam estranheza a muitos que asleem. Gostaria de ter a opinião de ilustres teólo-gos da Igreja, como meus amigos de Mariana.Para acessar meus textos basta entrar no Googlecom meu nome completo "Heraclito MachadoSandano", e ali encontrará todos esses textos eoutros mais. Recomendações minhas a todosquantos são do "Clube dos 30" e de todos queconheci e com os quais convivi em Mariana, emespecial Dom Hélio Heleno. De um amigo dostempos antanhos.

Revista da Academia Mineira de Letras. Ano86º, Volume LI, janeiro, fevereiro, março 2009, 280páginas. Traz artigo de Oiliam José sobre o PadreJoão Batista Megale; e de Côn. José Geraldo Vidigalde Carvalho, sobre o Centenário de Nascimento dePadre Pedro Maciel Vidigal.

Maravilhas do Sacerdócio. Pregações de DomJosé Belvino do Nascimento, Bispo Emérito deDivinópolis. Publicação da Diocese de Divinópolis,174 páginas. Maravilhosa coletânea de sermões ouhomilias, especialmente por ocasião de ordenaçõessacerdotais. No Prefácio, o Pe. Carlos Henrique Alvesde Resende assim resume os sentimentos de toda aDiocese a Dom Belvino: “Por meio desta simpleshomenagem, queremos dizer obrigado ao pai, ao ami-go, ao pregador, ao conselheiro, ao administrador, aosacerdote, ao bispo, ao pastor, ao Dom José, ou me-lhor, ao Bom José”.

Toques de esperança e de Luz. De Oiliam José,Editora Fumarc, BH, 136 páginas. Livro dedicado aoMonsenhor Antônio José Chámel. Oitavo livro dasérie “Religião”, o autor se diz chamado a esse devermissionário da Igreja de Cristo, através de seus escri-tos. Surpresa para mim foi a conversão de GuerraJunqueiro, em Lisboa, sendo atendido de confissãopor um padre português daqui da Diocese deCaratinga, que eu cheguei a conhecer, o Padre JoãoPina do Amaral, falecido aos 19/3/1964. Leitura agra-dável, instrutiva, cheia de fé e de amor à Igreja.

Novena e Festa de Nossa Senhora das Gra-ças. Folder da Paróquia Nª Sª das Graças, de Brasília,dirigida pelos Padres Vicentinos: Pe. Luiz de OliveiraCampos CM e Pe. Getúlio Mota Grossi CM.

Publicações recebidasA Voz do Mártir. Informativo da Paróquia do

Mártir São Sebastião, de Varginha, dezembro/2009.Pároco: Pe. Jean Poul Hansen; e vigários: Mons.Moacir Matias Marques e Pe. Seb. de Abreu Salgado.

Informativo São José. Da paróquia de São Josédo Calafate, BH, outubro, novembro e dezembro de2009. Dá notícia da ordenação sacerdotal de Pe. Gen-til José Soares da Silva, CM, dia 12 de dezembro pp,em Mutum, diocese de Caratinga, por Dom DarioCampos, bispo de Leopoldina.

Rumos. Publicação da Associação Rumos, Mo-vimento das Famílias dos Padres Casados do Brasil:nº 213 (dez. 2009 e jan. 2010) e 214 (fev. a abril2010). O primeiro trouxe notícia do falecimento doGeraldo Lopes. O segundo, quase todo com notíciasdo 18º Encontro Nacional dos Padres Casados e suasFamílias, realizado em Ribeirão Preto, SP, de 13 a 17de janeiro de 2010. Reproduziu aquele artigo de DomJosé Maria Pires, que publicamos em nosso últimoGS: “Padres Católicos Casados”.

Em defesa da Vida. Jornal, out. a dez 2009, ano26, nº 46. Contra o crime do aborto.

Calendário 2010. Oferta da Paróquia São Ge-raldo, Juiz de Fora, com lindas estampas.

Pastoral. Jornal da Arquidiocese de Mariana,números 221 a 225, novembro 2009 a abril 2010. Emcada número, Mons. Flávio Carneiro Rodrigues tempublicado uma coluna “Modelo de virtude sacerdo-tal”. Já saíram: Pe. José Dias Avelar CM, CônegoJosé Renato Peixoto Vidigal, Dom Luciano Mendesde Almeida, Pe. José Pinheiro da Cunha e Pe. Antô-nio Van Pol CM. Gostaria de reproduzi-los aqui noGS 58, mas não temos espaço.

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Gens Seminarii N0 7 53

1. No Encontro do GS-58 em Belo Hori-zonte, visitamos o Santuário de N. Sra. doRosário de Pompeia, dos Srs. Padres (Freis)Franciscanos Capuchinhos. É uma Igrejaimensa, formosa e artística, em estilo neo-clássico, que revela a fé e bom gosto do ar-quiteto e do Padre Superior. “Aqui é a Casade Deus e a Porta do Céu” (Hic Domus Deiet porta coeli) Gn 28, 17.

2. No sul da Itália, perto das ruínas daPompeia pagã, destruída pelo vulcão Vesúviono ano 70, existe a Pompeia cristã, edificadaem torno da majestosa Basílica de NossaSenhora do Rosário de Pompeia.

Conta-se que um advogado incrédulo va-gueava na solidão daquelas paragens, embusca da verdade e da paz que não encontra-va... Subitamente ouviu uma voz sussurrar-lhe: “Se queres achar a paz, propaga o Rosá-rio, pois é segura a salvação de quem divulgasua devoção”. Imediatamente o coração doincrédulo se transformou e ele atendeu aopedido da Santíssima Virgem Maria. Os mi-lagres então se multiplicaram naquele vale. Eassim surgiu a nova Pompeia, denominada aMETRÓPOLE do ROSÁRIO.

3. Na Cruz está a nossa Salvação (InCruce Salus). Paixão, Cruz e Ressurreição!“O Santo Rosário é o compêndio do Evange-lho” (São Pio X). “O Rosário é Cristológico”(Paulo VI). Nossa Senhora revelou ao Sr. Pe.Gobbi, seu atual mensageiro, em locução in-terior: “A Cruz é o nosso Estandarte e o Ro-sário, nossa arma de vitória”. Os Sacerdotese os Srs. Bispos fervorosos recitam o Terçotodos os dias.

4. Os sociólogos têm afirmado que a hu-manidade está num período de transição ace-lerada, e que estamos no final de uma era e

A Virgem de Pompeiaum novo mundo está para nascer. Há tantainsegurança, incoerência e futilidades. A HIS-TÓRIA, não raro, se compõe de três perío-dos: Formação, Apogeu e Decadência. Nes-se tempo de transição e decadência, estamossentindo o peso da cruz da apostasia de mul-tidões e da crise de fé; a cruz de tantos peca-dos, dos inumeráveis sacrilégios e das here-sias do relativismo sem lógica. Lúcifer é oautor desses erros! A Virgem profetizou emFátima: “Por fim o meu imaculado Coraçãotriunfará”. O Papa Pio XI aprovou as apari-ções de Fátima em 1930. O Beato João XXIIIproclamava um novo Pentecostes. O Servode Deus João Paulo II acenava para a Civili-zação do Amor e da Paz. “Será a Era do Es-pírito Santo. A humanidade e a Igreja serãoum Jardim de Vida e Santidade” (Pe. StéfanoGobbi). VERDADE OU UTOPIA?... A con-clusão é sua, caro leitor!

5. A excelente revista GENS SEMINARIIé fruto da genialidade inconteste do Monse-nhor Raul Motta de Oliveira, o principal pro-motor da União Apostólica do Clero pelasforanias do Brasil. Fiquei surpreso ao me re-encontrar com Mons. Raul, já com 80 anos,com mais saúde, rejuvenescido!... Então pen-sei: a vida intelectual, espiritual e a atividaderestauram o ser humano. Impressionante.Assim foi o inesquecível Pe. Avelar, que re-pousa em Cachoeira do Brumado, no túmulode sua venerável Mãe, Dona Reparata, quevisitei piedosamente. A nós, Presbíteros, oSenhor Jesus nos chama de amigos e nãomais de servos (Jam non dicam vos servos,autem dixi amicos) João 15, 15. Pe. Avelar:“Vi e considerei todas as grandezas da Terrae só uma achei grande: o Sacerdócio!”

Pe. Luís Duque de Lima - Juiz de Fora

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54 Junho 2010

Padre Pedro Maciel VidigalPadre Vidigal faleceu em

2004. Em 2009, celebrou-se ocentenário de seu nascimento.Nasceu em Calambau, distritode Piranga, a 18 de janeiro de1909. Filho de Feliciano DuarteVidigal e Dona AugustaFerreira Maciel. Tendo ingres-

sado em 1922 no Seminário de Mariana, foi or-denado sacerdote na Catedral de Mariana, porDom Antônio de Almeida Lustosa (Arcebispode Belém do Pará), a 31 de novembro de 1931.

Foi Professor do Ginásio Dom Helvécio emPonte Nova (1932 a 1933). Cura de Porto Seguro(atual Porto Firme) de 1934 a 1935. Pároco deDionísio (1935 a 1937) e Nova Era (1937 a 1942).Inspetor Federal da Faculdade de Filosofia deMinas Gerais (1943 a 1954). Tendo solicitado em1965, ao Papa Paulo VI, a dispensa de seus per-pétuos votos sacerdotais, casou-se em 1966 comRuth Guerra Vidigal, em cerimônia presidida peloArcebispo de Mariana, Dom Oscar de Oliveira,na Capela da Residência Arquiepiscopal. Depu-tado Estadual de Minas Gerais (1955 a 1959).Deputado Federal por Minas Gerais (1959 a1971). Faleceu com 95 anos, em PresidenteBernardes, a 2 de maio de 2004, sendo sepulta-do no dia seguinte no cemitério da cidade.(Rodrigo Celi Veiga Dias).

Cônego Leandro de Carvalho MatheusFaleceu dia 9 de no-

vembro de 2009, emBarbacena, o Cônego Le-andro de CarvalhoMateus (Venâncio). Amissa de corpo presentefoi celebrada na Matrizde São Sebastião, emBarbacena, com a pre-sença de 20 sacerdotes.

Escritor, jornalista e ainda poeta, cônego Lean-

Necrológiodro participou diretamente da construção dequase 10 igrejas na sua comunidade, tendo ain-da lançado vários livros de reflexão. Atendendoao pedido do próprio cônego, o sepultamentoaconteceu dia 10, em sua cidade natal, Senhorados Remédios, com a presença do arcebispo deMariana e Presidente da CNBB, dom GeraldoLírio Rocha. Cônego Leandro de CarvalhoMatheus nasceu em Senhora dos Remédios, em18 de maio de 1926 e era filho de AlcidesRodrigues Matheus e Maria Senhorinha de Car-valho Matheus. Foi ordenado padre no dia 30de novembro de 1953, por imposição das mãosdo Núncio Apostólico Dom Carlo Chiarlo, naMatriz de Nossa Senhora da Piedade. Ele rece-beu o título de cônego no dia 19 de dezembro de2003, por dom Luciano Mendes de Almeida.Cônego Leandro era pároco da Matriz de SãoSebastião, desde 19 de dezembro de 1960.

Geraldo Lopes de SouzaFaleceu em Brasília,

dia 28 de novembro de2009, de parada cardíaca.A pressão baixa trazia-lhe há tempo problemas.Mas trabalhou até agoracomo professor da Facul-dade da AEUFF, na área

da Pedagogia. Era uma pessoa ponderada e ami-ga. Firmes na Esperança da Ressurreição e cer-tos de que esta foi só uma passagem, sabemosda dor da separação. Por isso mandamos paraLeisa e a filha Geisa nossos fraternos pêsames.João Tavares. (Rumos).

Avisado por um telefonema do Mauro, dia29, domingo, liguei para Leisa. Contou-me: on-tem à noite, ele ia sair para a missa. A faxineirabateu no quarto dele para avisar que estavaindo, e ele não abriu. Chamaram a ambulân-cia, mas já estava morto. Será sepultado hoje,às 16h30.

Geraldo Lopes de Souza, filho de Higino

Foto do arquivo de Rumos

1980, em Aiuruoca

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Gens Seminarii N0 7 55

Lopes Francisco e de Dª Flávia Albertina deSouza, nasceu a 17/11/1931, em Porto Firme. Erada nossa turma, tendo sido ordenado presbíterodia 30 de novembro de 1958, em Mariana. Em1963, exercia o ministério em Tabuleiro. Criouem Tabuleiro o Ginásio Comercial João XXIII,que dirigiu por nove anos. Lecionou em RioPomba e em Nova Era. Mudou-se para Brasília,em fevereiro de 1975. Aos 11/10/75, casou-secom Leisa Maria Motta Lopes. Escrevia-nos, porocasião do seu jubileu de ouro (2008): De saú-de, costumo dizer que, no atacado, vou bem e,no varejo, vou mal: dói aqui, dói ali, dói acolá,mas vou levando. Continuo com algumas aulasna UDF (Centro Universitário), onde trabalhohá mais de 33 anos. Sou lá o professor maisvelho. Ando muito feliz, de um mês para cá: nas-ceu-me a primeira neta, Sofia.

Dom Estêvão Cardoso AvelarFaleceu na madrugada de

3 de dezembro, o bispo eméritode Uberlândia (MG), dom Es-têvão Cardoso de Avelar. Seucorpo foi velado na catedralSanta Teresinha, no centro deUberlândia. Missas foram ce-lebradas a cada duas horas. A

última foi às 20 h, seguida de sepultamento docorpo na cripta da catedral.

"Dom Estêvão era um homem muito vivaz,empenhado na evangelização, na luta pela justi-ça e nas causas sociais em espírito de profundafé", disse o bispo diocesano de Uberlândia, domPaulo Francisco Machado. Dom Estêvão fez 92anos no dia 4 de novembro. Nascido na cidademineira de Três Corações, foi ordenado padreem 6 de outubro de 1946, tendo feito seus estu-dos de filosofia no seminário de Mariana e deteologia na Ordem Dominicana, finalizados naFrança.

Ordenado bispo em 26 de setembro de 1971,dom Estêvão foi bispo prelado de Marabá e deConceição do Araguaia, no estado do Pará. Em1978 foi transferido para a diocese de Uberlândia

até se tornar emérito em 1992. Seu lema era"Amou-os até o fim". "Dom Estêvão era um gran-de pregador. Foi ele quem imprimiu a marca dadiocese de Uberlândia", disse dom Paulo. Mes-mo com a saúde debilitada, dom Estêvão fezquestão de participar, no ano passado, da pos-se de dom Paulo em Uberlândia. "Ele saiu dacelebração aplaudido pela multidão, o que de-monstra como era querido pelo povo", comple-tou dom Paulo. (Fonte: CNBB).

Dom Arnaldo RibeiroFaleceu, às 8h30 da manhã

de 15 de dezembro de 2010, defalência múltipla dos órgãos,no Hospital Madre Teresa, emBelo Horizonte (MG), o arce-bispo emérito de Ribeirão Pre-to (SP), Dom Arnaldo Ribeiro.O corpo foi velado em Belo Ho-rizonte, até a tarde de quarta-feira, 16, seguindo à noite para

Ribeirão Preto. De quarta-feira, dia 16, até sexta-feira, dia 18, foi velado na Catedral Metropolita-na de São Sebastião, onde se celebrou a Missade corpo presente, às 9 horas, seguido de se-pultamento. Segundo o bispo de Ribeirão Pre-to, Dom Joviano de Lima Júnior, Dom Arnaldoesteve internado por muito tempo, com proble-mas cardíacos, de diabetes, entre outros, e che-gou a ficar em coma por vários dias, culminandocom sua morte.

Dom Arnaldo Ribeiro nasceu em Belo Hori-zonte, em 7 de janeiro de 1930, filho de GastãoSevero Ribeiro e de Florentina Ferraz Ribeiro.Em 1948, foi enviado pelos pais a Roma, onde,na Universidade Gregoriana, cursou filosofia eteologia, concluindo-as em 1954. Recebeu atonsura a 8 de dezembro de 1950, na Igreja “delGésu”; o ostiariato e o leitorato na Capela doColégio Pio Latino-americano, a 23 de dezembrodo mesmo ano; o exorcistado e o acolitato a 24de março de 1951, na Basílica São Marcelo -Roma; o subdiaconato a 19 de julho de 1953; odiaconato a 25 de outubro do mesmo ano. Am-

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bos na Igreja de São Marcelo em Roma. Na mes-ma cidade, na Basílica de São João de Latrão,recebeu o presbiterato, no dia 13 de março de1954. Ordenação epscopal: 27/12/1975.

De 1976 até 1989 foi vigário geral daarquidiocese de Belo Horizonte, ocupando tam-bém os cargos de coordenador da Comissão dePreparação da Visita do Santo Padre o Papa(1980), presidente do Regional Leste II da CNBB(Espírito Santo e Minas Gerais) de 1987-1989.Membro do Conselho Permanente da CNBB(1987-1989), responsável pelas Pastorais de Lei-gos, Juventude do Regional Leste II (1987-1989),membro da Comissão Episcopal de Traduçãode Livros Litúrgicos da CNBB Nacional (1987-1989), visitador dos Seminários nas ProvínciasEclesiásticas de Vitória, Mariana, Juiz de Fora ePouso Alegre (1988) e responsável pelo Depar-tamento Arquidiocesano de Catequese e Ensi-no Religioso Escolar. Foi eleito arcebispo me-tropolitano de Ribeirão Preto, em 28 de dezem-bro de 1988, e sua posse se deu a 4 de março de1989, cumprindo sua função até 2006, quandose tornou bispo emérito.

Dom Arnaldo foi sempre muito amigo do GS58. Acolheu-nos no Seminário Coração Euca-rístico, no nosso segundo Encontro do GS, em1965. Suas gargalhadas ressoavam por todo oSeminário. Enquanto pôde, sempre nos escre-via um cartão agradecendo a remessa do GS.

Dom José Eugênio CorrêaDom José Eugênio Corrêa,

bispo emérito de Caratinga, obispo mais idoso do Brasil (95anos), faleceu em Juiz de Fora,dia 28 de janeiro de 2010. Nas-ceu em Lima Duarte, MG, a 30/5/1914. Filho de Antônio Eu-

gênio de Miranda e de Camila Augusta deAlmeida. Fez Filosofia no Seminário Maior deMariana (1935-1936), e Teologia na PontifíciaUniversidade Gregoriana, em Roma (1937-1941).Exerceu o ministério presbiteral como Pároco dacatedral de Juiz de Fora (1942-1945), Reitor doSeminário menor (1946-1947) e Pároco de Rio

Preto (1947-1957). Foi sagrado bispo a 10/11/1957, em Juiz de Fora, chegou a Caratinga dia12/12/1957. Além de suas funções de BispoDiocesano zeloso, sempre escreveu para os jor-nais locais, foi Padre Conciliar, participando detodas as sessões do Vaticano II (1963-1965),implantando logo as suas decisões na Diocese.Foi Presidente do Conselho Curador da Facul-dade de Filosofia de Caratinga, hoje CentroUniversitário de Caratinga, UNEC (1964-1978).Tornou-se emérito dia 6/12/1978, tendo ido resi-dir em Juiz de Fora, na Paróquia de São José.

Sempre lúcido, a par de tudo o que se passa-va na Igreja, deu várias entrevistas nos seusúltimos anos, mostrando a necessidade de sepor em prática o Vaticano II. Um mês antes defalecer, manifestou a vontade de vir morar emCaratinga. Arranjamos logo tudo. Ao ligar-lhe,para saber que dia poderíamos ir buscá-lo, dis-se: “Não. Pensei bem. Deixem-me morrer aquimesmo. Depois vocês me levem para lá”. Inter-nou-se pouco depois. Na véspera de seu faleci-mento, Mons. Miguel Falabela o visitou à noite.Conversaram muito. Ele queria, quando deixas-se o Hospital, ir morar no Lar Sacerdotal, a casados padres idosos de Juiz de Fora, onde teriamelhor assistência. Soubemos que, na manhãseguinte, conversou normalmente. Depois, vi-rou a cabeça para um lado, e morreu. Tudo mui-to rápido, como sempre foi a sua vida.

Padre Luís Duque nos conta: “À tarde, vés-pera da morte de Dom Corrêa, visitei-o na SantaCasa. Estava lúcido, pernas inchadas e tambémo rosto, um pouco. Conversamos. Chegou aministra da Santa Comunhão. Ele comungou pelaúltima vez. Dei-lhe uma bênção. Ele apanhou oTerço. Deitou-se. Na mesa ao lado estava oBreviário. A acompanhante perguntou se elequeria o oxigênio. Ele perguntou: Tem? Ela en-tão aplicou-lhe o oxigênio. Estava tranquilo.Despedi-me. Fui o seu mais antigo coroinha emRio Preto. Na manhã seguinte, partiu para a vidaeterna. Descanse em paz”. Intra in gaudiumDomini tui!

Testemunho do Padre Wagner Augusto Por-tugal. Dom Corrêa, um santo bispo! Estes dias

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recebi uma longa carta manuscrita de DomCorrêa, em que manifestava a sua discreta ami-zade e a sua oração por este pobre sacerdote. Aletra era a mesma letra firme, de caligrafianobiligárquica, entretanto, exalando a sua san-tidade e o seu senso de vida abnegada. Comobispo foi um exemplo de dinamismo pastoral ede aplicação do Concílio Vaticano II, do qual foiPadre Conciliar. Emérito no ofício, continuou naslides paroquiais, ajudando na paróquia São Josédo Botanágua, em Juiz de Fora, junto ao seubom amigo, Monsenhor Hernani de Oliveira.Acordava cedo diariamente, para celebrar a san-ta missa, atendia aos doentes, ouvia confissõese fazia do seu ministério uma oração pela IgrejaUniversal e pela sua amada diocese de Caratin-ga, onde queria ser sepultado. Morreu comoviveu: como um passarinho, voou para o céu namanhã do dia 28 de janeiro de 2010. Que o exem-plo de dom Corrêa, neste Ano Sacerdotal, nosensine a sermos servidores do Reino, como DomCorrêa foi até o fim. Como sempre dizia DomEurico, que Deus nos dê a fidelidade, a santida-de e a coerência de Dom Corrêa. Esse santo bis-po agora ingressa na comunhão dos santos nocéu!

Exéquias. Seu velório aconteceu primeiro emJuiz de Fora, na Matriz de São José, à tarde e ànoite do dia 28. Às 20 h, Missa com presidênciado Vigário Geral e do clero de Juiz de Fora. Pa-dres de Juiz de Fora e de Caratinga acompanha-ram o corpo, chegando de madrugada à Cate-dral de Caratinga, onde foram celebradas cincomissas de corpo presente, destacando-se a das16 h, presidida por Dom Lélis Lara, Bispo eméritode Itabira-Fabriciano. Às 19 h, com a presidên-cia de Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo deMariana e presidente da CNBB, concelebrando,além de inúmeros padres, Dom Gil AntônioMoreira, arcebispo de Juiz de Fora, que fez ahomilia; Dom Odilon Guimarães Moreira, Bispode Itabira-Fabriciano; Dom Dario Campos, Bis-po de Leopoldina; Dom José Moreira BastosNeto, bispo de Três Lagoas; e Dom Hélio Gon-çalves Heleno, bispo de Caratinga, que presi-diu as exéquias. Após a Missa, em procissão,

Bispos e Padres levaram o corpo para a Criptada Catedral, onde foi sepultado.

Monsenhor Levy Paula FigueiraFaleceu na Casa de Carida-

de de Carangola, dia 4 de feve-reiro de 2010, o nosso queridoe estimado Mons. Levy PaulaFigueira, diretor espiritual noSeminário Diocesano NossaSenhora do Rosário, em Cara-

tinga. Na parte da AEXAM, há um testemunhosobre ele.

Nasceu aos 21/12/1940, em Tombos, MG, fi-lho de Antônio Maria Cardoso Figueira e deMaria de Lourdes Paula Figueira. Estudou noSeminário Arquidiocesano São José, Rio de Ja-neiro (1953-1958) e no Seminário São José deMariana (1959-1965). Recebeu o presbiterato aos11/7/1965, em Caratinga, com a imposição dasmãos de Dom José Eugênio Corrêa. Exerceu oministério como orientador espiritual e profes-sor do Seminário Menor de Caratinga, e coorde-nador diocesano de pastoral (1966); Pároco deDivino (1967-1980); Diretor Espiritual e Profes-sor de Moral, em Caratinga, e administrador pa-roquial de Santa Bárbara do Leste (1981); Páro-co de Carangola (1981-1986); Reitor do Seminá-rio Diocesano Nossa Senhora do Rosário, emCaratinga (1987-1999); recebe o título de Mon-senhor (14/12/1993); Administrador Paroquial deEntre Folhas (2000), de Bom Jesus do Galho(2001) e Pároco de Santa Rita (2001-2005); Dire-tor Espiritual do Seminário Diocesano NossaSenhora do Rosário e professor de filosofia(2006-2010).

Exéquias. O velório aconteceu na matriz deTombos. A última missa foi presidida por DomHélio Gonçalves Heleno, bispo diocesano deCaratinga, e concelebrada por 45 padres dasdioceses de Caratinga e Valadares. Seu corpofoi depositado no túmulo da sua família.

Cônego Paulo DiláscioFaleceu, na madrugada do dia 26 de abril de

2010, no Hospital Madre Tereza, em Belo Hori-

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zonte, o Cônego Paulo Diláscio, 80, comisquemia intestinal e falência múltiplados órgãos.

Cônego Paulo Diláscio, filho deNicolao Dilascio e Zulmira dos Santos,nasceu em São João Del Rei, MG, nodia 2 de maio de 1929. Cursou o Semi-nário Menor e o Maior em Mariana(1942-1953). Ordenado sacerdote, na Matriz daPiedade, em Barbacena, 30 de dezembro de 1953.Coadjutor na paróquia de São José em Barba-cena (1954), professor no Seminário Menor(1956) e no Colégio de Ensino Gratuito emMariana. Capelão do Noviciado Carmelita(1957), Vigário Cooperador na Catedral deMariana (1956-1972). Eleito Cônego Catedráti-co do Cabido Metropolitano de Mariana. Pri-meiro Diretor da Escola Estadual Dom Silvériode Mariana e Diretor do Colégio Arquidiocesa-no, unidades 1 e 2, Ouro Preto e Samarco (1985-2010). Reitor do Santuário Nossa Senhora doCarmo em Mariana. Capelão do Hospital Mon-senhor Horta (1980-2010). Juiz no Tribunal Ecle-siástico de Mariana.

Antes de chegar a Mariana, seu corpo pas-sou pelo Colégio Arquidiocesano, em Ouro Pre-to. Foi velado no Santuário Nossa Senhora doCarmo, em Mariana, onde Dom Geraldo LyrioRocha presidiu a missa de corpo presente, às 19

horas, tendo concelebrado Dom Fran-cisco Barroso. No dia seguinte, foi tras-ladado para São João Del Rei. Na Cate-dral Basílica de Nossa Senhora do Pilarfoi celebrada a última missa de corpopresente, presidida pelo bispo da Dio-cese de São João Del Rei, dom Walde-mar Chaves de Araújo; concelebrada

pelo bispo emérito da diocese de Divinópolis,dom José Belvino; e o vigário geral da Arqui-diocese de Mariana, monsenhor Celso MuriloSousa Reis, representando dom Geraldo LyrioRocha.

Na sequência, o corpo foi levado para a igrejaNossa Senhora do Carmo, acompanhado porcentenas de fiéis, onde monsenhor Celso fezsua encomendação e, de lá, partiu para o cemi-tério do Carmo, localizado ao lado da igreja, lo-cal onde foi sepultado.

Palavras de Dom Geraldo Lyrio: “CônegoPaulo, interceda por nós; pela Arquidiocese; seupastor; pelo clero; pelo povo, a quem serviucom generosidade, amor e fidelidade. Marianaagradece o testemunho de vida, a dedicação e ozelo vividos no coração sacerdotal e no serviçogeneroso a todos, especialmente aos peque-ninos, aos atendidos nas obras sociais Mon-senhor Horta. Cônego Paulo, descanse em paz.Amém!”.

Graças a Deus, estamos encerrandomais um número do GS 58. Foi difícil apertartudo em 16 páginas. Mesmo cancelandomuitas fotos, artigo do Pe. Alex e outrascolaborações e notícias, ao diagramar, deu20 páginas! Para enxugar, tivemos de cortartrechos de notícias, um pedaço do trabalhodo Pe. Luís Duque (o nº 6, sobre o Caraça)e ainda usar tipo menor (havíamos combi-nado pôr tudo no corpo 11). Mas, graças aDeus, está pronto, no prazo marcado (devo

Uma última palavraenviar hoje, dia 14 de maio, por internet,para a Editora Dom Viçoso).

Marque já na sua agenda a data e localdo 47º Encontro do GS 58: 3 a 6 de janeirode 2011, em Mariana.

Deixo aqui, mais uma vez, o meu grandeagradecimento a todos os que participaramda Campanha Déficit Zero. Aos jubilados,nossos parabéns. Aos nossos mortos, umRequiescant in pace! E, a todos vocês, meuabraço amigo, em Jesus e Maria,

Mons. Raul Motta de Oliveira.

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