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Gênese do Desenvolvimento de Comunidade AMMANN, Safira Bezerra: Ideologia do Desenvolvimento de Comunidade, Ed. Cortez, p.29-56,1992.

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Gênese do Desenvolvimento de Comunidade. AMMANN, Safira Bezerra: Ideologia do Desenvolvimento de Comunidade, Ed. Cortez, p.29-56,1992. Contexto Histórico. Condições mundiais vigentes; Análise das mediações inseridas no jogo de interesses internacionais e seus desdobramentos no Brasil; - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

AMMANN, Safira Bezerra: Ideologia do Desenvolvimento de Comunidade, Ed. Cortez, p.29-56,1992.

Page 2: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Contexto Histórico

Condições mundiais vigentes; Análise das mediações inseridas no jogo de interesses internacionais

e seus desdobramentos no Brasil; Institucionalizado pela ONU após II Guerra mundial; Guerra fria entre EUA e Rússia; Preocupação com o bloco socialista e sua expansão no países

orientais; Preocupação da recém criada ONU com a ordem social e “preservar”

o mundo de outras ideologias; Argumento de que a pobreza é um entrave para o desenvolvimento; Necessidade de ajudar os países mais pobres para evitar o

comunismo;

Page 3: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Contexto Histórico

Liderança dos EUA; Ênfase de que o mundo estaria contando com o país mais rico: EUA;

Os EUA lançam após II Guerra programa de assistência técnica aos países pobres;

Convênio entre Brasil e EUA em 1942 para incremento de gêneros alimentícios no país com técnicos americanos no Ministério da Agricultura: a questão dos povos famintos e comunismo;

Prorrogado apoio até 1944 e em 1945 acordo de Educação Rural para preparação para a introdução do DC no país: intercâmbio de idéias, educação e métodos pedagógicos;

Criação da Comissão Brasileira Americana de Educação das populações Rurais (CBAR) junto ao Ministério da Agricultura: fontes americanas e da União.

Page 4: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Contexto Histórico

Acordo propõe missões rurais ao lado de recursos como rádio, cinema, bibliotecas, museus circulantes;

Outro acordo firmado entre EUA e o Ministério da Educação com preparação de especialistas nos EUA;

Em 1948 nasce o crédito rural (Associação de Crédito e Assistência Rural) para crescimento das colheitas e melhoria das condições dos trabalhadores rurais;

Anos 50 a ONU se empenha em sistematizar e divulgar o DC no Brasil;

Visão acrítica e classista sem envolvimento político e sem modificar as estruturas que geram as desigualdades sociais;

Pregam a harmonia e equilíbrio;

Page 5: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Desenvolvimento de Comunidade

“Processo através do qual os esforços do próprio povo se unem aos das autoridades governamentais com o fim de melhorar as condições econômicas, sociais e culturais das comunidades, integrar essas comunidades na vida nacional e capacitá-las a contribuir plenamente para o progresso do país”

Page 6: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Contexto Histórico

Década de 50 por recomendação da ONU e OEA se define uma política de assistência técnica e programas de DC;

Ainda na década de 50 a ONU volta sua atenção para o Serviço Social realizando três pesquisas distintas aos níveis de auxiliar, graduação e pós-graduação;

Preocupação do Serviço Social brasileiro com o DC atrelado ao pensamento internacional;

Necessidade de modernizar a agricultura e criar condições para o sistema capitalista;

Governo de JK em 1958;

Page 7: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Contexto Histórico

Em 1949: Seminário de Adultos: experiência de outro países com o DC;

Analfabetismo visto como um entrave ao desenvolvimento, ameaça a paz social e a democracia;

Em 1950 inicia-se a missão rural de Itaperuna para melhorar as condições de vida social e econômica das comunidades agrícolas;

Em 1956 é criada a associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural: crédito supervisionado e de atividades de educação;

Em 1955 é criado o Serviço Social Rural com amissão de “recuperar as sociedades rurais”;

Três Seminários internacionais ocorrem na década de 50;

Page 8: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Surgem os primeiros intelectuais brasileiros da disciplina

Estímulo à emergência dos intelectuais dessa disciplina a a partir da década de 50;

Em 1952 divulgada pelo Ministério da Agricultura a primeira produção brasileira;

Em 1957 Arthur Rios propõe a educação de comunidade para promover o aumento de padrões de vida da comunidade através do planejamento democrático e possibilidade de recursos;

Ainda nesta década é publicado o livro de Balbina Otoni Vieira que faz sugestões metodológicas do DC;

Page 9: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Experiência de Itaperuna e de Arthur Rios e Balbani Otoni

Recomendações do governo americano no acordo com o Brasil para educação rural e Seminário de Educação de Adultos;

Experiência modelo da política desenvolvimentista que responde aos interesses das classes dominantes no sentido de modernização rural mediante educação de adultos;

Desenvolver entre as populações marginalizadas o sentido de ajustamento social;

Obra de Rios com apostilas tentando fazer uma conexão entre educação e saúde. Destacando o planejamento

Os modelos fragmentam e isolam os trabalhadores das decisões e ações a nível local;

Não instrumentaliza a população na área de planejamento;

Page 10: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Experiência de Itaperuna e de Arthur Rios e Balbina Otoni

Balbina exemplifica seu conceito de comunidade como “um conjunto residencial, uma vila, uma cidade, um bairro”;

Não se coloca as problemáticas sociais; O texto tem a retórica de dizer que devem ser introduzidos nos

programas assuntos nacionais e internacionais como: democracia, , direitos e deveres do cidadão como votar e escolher governantes mas isso não passa de retórica;

Tanto Vieira como Itaperuna adotam o tripé positivista em sua estratégia de ação: indivíduo, família e comunidade. A família como unidade de controle e manutenção da ordem social. Privilegiando a educação da mulher com visitas domiciliares e organização dos jovens;

Page 11: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Experiência de Itaperuna e de Arthur Rios e Balbina Otoni

Processo educativo é focalizado na sua perspectiva estática de manutenção da ordem social postulando a solidariedade e cooperação;

Vieira afirma que a comunidade se caracteriza por uma heterogeneidade dentro de uma homogeneidade sendo a primeira representada pelas diferentes profissões, classes, níveis econômicos;

A missão de Itaperuna distingue raça, sexo , religião. Vieira fala sobre laços comunitários para no esforço comum resolver

os problemas sociais; Rios tem menos ênfase na família e mais no modelo sistêmico.

Concepção unitária do mundo com partes independentes. Noção de integração social com conceitos de equilíbrio e estabilidades;

Utilização também dos conceitos de controle e consenso;

Page 12: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Experiência de Itaperuna e de Arthur Rios e Balbina Otoni

A proposta de Vieira centra-se às obras sociais e fases do DC; Inspira-se na experiência de Itaperuna e prega que a

comunidade deve participar no estudo dos problemas e recursos locais na elaboração, interpretação e execução dos programas e projetos de melhoria de vida;

Estabelece uma diferença entre planejamento urbanístico e área de planejamento do Assistente Social;

Para a execução a autora propõe o movimento de Ação Social ou campanhas, promoção ou reformas dos serviços existentes;

As Instituições podem ser grupos primários ou associações de moradores e Centros Sociais;

Page 13: Gênese do Desenvolvimento de Comunidade

Idéia de participação

Entende-se que nas três obras a idéia de participação se traduz pela contribuição que as lideranças e o povo concedem aos técnicos no estudo dos problemas , elaboração execução dos programas de “melhoria de vida local”

Segundo Gramsci os técnicos operam na qualidade de funcionários da superestrutura contribuindo que as camadas populares fiquem à margem do processo decisório da sociedade global e que tenham a ilusão de que de fato estão participando : consentimento espontâneo das grandes massas da população.