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IMPERIAL GAZETA Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Janeiro de 2016 Ano XIX Número 240 www.brasilimperial.org.br Fotobibliografia de D.Pedro II

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Page 1: GAZETA - Brasil Imperial · aliou à outra banda do PMDB, que em nada muda em ... varrerem aquela cidade do mapa, porque boa parte do povo que lá vive, também é refém da classe

IMPERIAL GAZETA

Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Janeiro de 2016 Ano XIX Número 240 www.brasilimperial.org.br

Fotobibliografia de D.Pedro II

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2 Artigo

A se julgar esse ano que começa pelas pendências que ficaram de 2015 não podemos supor que ele será um ano feliz. No entanto temos certeza que será um ano inesquecível, pois já começo com novas denúncias contra pessoas muito chegadas à Sra. Presidente (a), no caso o ministro da casa civil, o ex-governador baiano Jacques Wagner, com uma acusação comum aos demais petistas eleitos, a de terem usado (e abusado) do desvio de verbas da Petrobras (e provavelmente de outras estatais, com destaque para o BNDES) nas suas campanhas eleitorais. Assim temos que a continuidade do processo do impeachment da Sra. presidente (a), baseado e na questão da responsabilidade fiscal se agrava, posto que vamos caminhando para uma situação mais grave, qual seja, a não validade da eleição da

2016 será um ano inesquecível

Luís Severiano Soares Rodrigues Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

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Sra. presidente (a), por vício de origem consumada no dolo do desvio de recursos públicos para sua campanha eleitoral. A presidente (a) tem tentado desviar o foco das acusações para a questão pessoal dizendo que ela não roubou nada nem foi conivente com a roubalheira que a cada dia tem um novo capítulo em horário nobre. Mas o fato é que podemos até dar o crédito à presidente (a), mas não temos como eximir a culpa do seu partido e o fato de que a prática usada em usar dinheiro público desviado ilicitamente para transformá-lo em doações legais com fins eleitorais. Como o processo de impeachment é um processo político, temos que a presidente (a) não tem como se desvencilhar do partido que a elegeu, posto que o governo é um corpo da qual a presidente (a) é apenas o elemento mais importante, haja vista que além de chefiar o governo, chefia também o Estado. Assim sendo, não há como a presidente se imiscuir da culpa, pois ela é responsável por tudo, inclusive pela nomeação desses muitos elementos agora acusados, boa parte deles, no seu governo, e se levarmos ao limite pelos nomeados pelo seu antecessor e mentor, posto que a presidente (a) sempre se colocou como o continuísmo do governo Lula, e por isso se elegeu. Agora que a casa caiu, para o seu predecessor, ela coloca a questão que não é bem assim, que cada um responde pelo seu governo, o quê chega a ser uma apostasia, da criatura contra o criador. Mas devemos lembrar à presidente (a) que um dado da sua passagem pelo governo anterior chega a saltar aos olhos, no capítulo Erenice Guerra, sua secretária executiva na Casa Civil e posterior substituta, que foi flagrada fazendo tráfico de influência em benefício próprio (e quem sabe de terceiros também), e que até agora não foi punida, ou seja, desde lá

pessoas muito próximas da presidente (a) já estavam envolvidas em desvios e tramoias, assim fica difícil acreditarmos na inocência da presidente (a), posto que nesse caso ela não tem a mesma desculpa etílica do seu antecessor, do qual a amante traficava influência e o amigo do peito desviava recursos do BNDES sem garantias, bem como seu filho, o Lulinha antigo zelador de jardim zoológico, despontava como mega empresário com financiamentos públicos (são esses que nos interessam) e privados (que nos interessam também por serem em sua maioria de empresas com interesses junto ao governo). Esse mesmo raciocínio da desculpa etílica pode ser aventada no caso do mensalão e do petrolão, embora o presidente Mujica do Uruguai, em suas memórias recém-publicadas, tenha dito que o presidente Lula havia lhe dito que só na base do mensalão se governa no Brasil, mesmo assim Lula pôs na conta do companheiro Dirceu, assim ficamos sem saber se o problema do presidente Lula é a branquinha (que passarinho não bebe) ou o atual presidiário Zé Dirceu.. De fato quando o ano começar pra valer, após o carnaval, e os senhores parlamentares resolverem trabalhar, temos que algumas situações se configuram possíveis, qual seja: a consumação da traição do PMDB em relação à presidente (a), com vistas a se apoderarem da presidência da república, para isso já cansaram de dizer que não têm nenhuma responsabilidade sobre a política e as práticas econômicas administrativas do governo, as quais o PT resguardou para eles mesmos. No entanto esse PMDB é o mesmo que vem tentando salvar o deputado Eduardo Cunha, que está envolvido, ao que tudo indica até o pescoço nas práticas símiles ao lulopetismo verificadas na

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mesma Petrobras, verdade seja dita que o referido deputado procura se mostrar sério quando diz que tem apenas o desfrute, ou melhor, o uso fruto de vultosos recursos em paraísos fiscais, que foram descobertos pelo Ministério Público, recursos esses os quais ele nunca declarou à Receita Federal, o que nos faz supor duas coisas, ou ele é um sonegador, ou ele não tem como provar, de fato, a origem dos tais recursos, o que é mais provável. Mas contra esse PMDB, que faz vergonha à memória do velho Ulisses Guimarães, a presidente (a) se aliou à outra banda do PMDB, que em nada muda em relação à memória de Ulisses, que vem a ser os fisiológicos descarados, os outros são enrustidos. Nessa queda de braço veremos, certamente, até dedo no olho. O STF tem tentado dar uma força para a presidente (a), com louvores aos ministros Veloso e Lewandowsk, mostrando que existe um quê de subserviência nas indicações da presidência da república para aquela corte, mas no passado já foi até pior na república, com a indicação de médicos para lá, para não darem trabalho. Mas a república agoniza, e como disse o agora engaiolado, senador Delcídio do Amaral, Michel está preocupado, com certeza por saber que a república não tem salvação. A grande lição de tudo isso é o que já estamos cansados de falar e repetir, que a república não tem salvação, e em Brasília (A ilha da Fantasia), poucos se salvam, Deus certamente não manda seus anjos exterminadores varrerem aquela cidade do mapa, porque boa parte do povo que lá vive, também é refém da classe política que a domina. A solução do problema, não cansamos de repetir, é a

Revolução Imperial, com a supressão da república presidencialista e a restauração da Monarquia Constitucional Parlamentarista, onde o Imperador como chefe do Estado, pode proteger o povo do chefe de governo que se mostrar indigno da confiança que esse mesmo povo lhe concedeu, dissolvendo a Câmara e convocando novas eleições após ouvir o Conselho de Estado. E que também escolherá os ministros do STF em lista tríplice, para eles só terem compromisso com o povo e não com o chefe de governo que o indicou. Enfim teremos muitas emoções nesse ano de 2016, e se a Pátria Brasileira sobreviver a essa corja que tenta destruí-la, e se a república continuar de pé teremos muitas histórias infames (infelizmente), mais umas, para contar.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou polêmica em Portugal ao responsabilizar o período da colonização portuguesa, até 1822, pelos problemas do sistema educacional do Brasil. "Eu sei que isto não agrada aos portugueses, mas Cristóvão Colombo chegou a Santo Domingo (atual República Dominicana) em 1492, e em 1507 já tinha sido criada uma universidade lá. No Peru em 1550, na Bolívia em 1624. No Brasil, a primeira universidade surgiu apenas em 1922", afirmou o ex-presidente, para quem essa demora "justifica os atrasos na educação" brasileira. A declaração de Lula, durante uma conferência em Madri, na noite da última sexta (11), gerou uma forte reação da imprensa portuguesa quando atravessou a fronteira entre os dois países ibéricos. O portal Observador, um dos principais de Portugal, ironizou o assunto: "Brasileiro burro? A

Lula culpa colonizadores por 'atrasos na educação do Brasil' e

gera polêmica em Portugal Mamede Filho BBC Brasil

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culpa é do (Pedro) Álvares Cabral, diz Lula". "De quem é a culpa pelos atrasos na educação? É dos portugueses, diz Lula", publicou, por sua vez, o "Diário de Notícias", o mais antigo jornal português. Entre os assuntos mais comentados pelos portugueses nas redes sociais nos últimos dias, a declaração de Lula continua rendendo opiniões fortes no país europeu. Num texto publicado no fim da tarde de segunda (14) no site do semanário econômico Oje, o colunista Diogo de Sousa-Martins diz que "não fica bem" a tentativa de atribuir "o ônus do atraso do sistema de educação brasileiro para uma colonização que abandonou o país há quase 200 anos e que nele inaugurou o ensino superior". Apesar de as primeiras universidades brasileiras só terem sido fundadas no começo do século 20, como a Universidade do Paraná, em 1912, e a Universidade do Rio de Janeiro, em 1920, no período colonial existiam instituições de ensino superior no país, como a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, de 1792, e a Faculdade de Medicina da Bahia, criada em 1808. A CULPA É DE QUEM? O doutor em História Social pela USP (Universidade de São Paulo) e professor de História da UFMG Luiz Carlos Villalta discorda de que a responsabilidade sobre os problemas da educação brasileira deva recair apenas sobre os antigos colonizadores. "O Brasil se tornou independente em 1822, e o governo imperial também não criou universidades em seus 77 anos de existência. A falta de universidades deve-se, sobretudo, aos erros de nossos próprios governos, das

elites agrárias que os controlaram no Império e na República", explica Villalta. Segundo a professora de História Ibérica da USP Ana Paula Torres Megiani, responsabilizar a colonização portuguesa por antigos problemas do Brasil não é um recurso novo, mas uma prática recorrente desde o fim da colonização. "Desde o século 19, todas as vezes que o Brasil passa por uma crise, política ou econômica, alguém sempre se lembra de culpar os portugueses do passado pelos nossos erros do presente", afirma Megiani.

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Para mim é no mínimo interessante que a Constituição de 1891 – a primeira promulgada após o golpe dos militares e a expulsão da família real brasileira – tenha sido escrita num cassino. Isto mesmo: num cassino. O Governo Provisório de Marechal Deodoro ainda adaptava as construções do Rio de Janeiro à estrutura republicana. Não havia lugar apropriado, segundo consta, para discutir e votar a famosa Carta de Rui Barbosa (leiam História da República, de José Maria Bello). Entre doses de uísque, jogos de dados e cartas de baralho, os líderes dos Estados Unidos do Brazil pactuaram o novo Estado de forma absolutamente artificial. Aliás, o próprio republicanismo era incipiente. Apesar de algumas organizações em São Paulo, por exemplo, é de se lembrar de que nas eleições legislativas que antecederam o golpe de 15 de novembro apenas três deputados eram antimonárquicos. O povo, em sua esmagadora maioria, havia escolhido - mais uma vez - políticos que expressavam o conjunto (tradicional) de crenças do século XIX: Monarquia, Poder Moderador, Parlamentarismo, Catolicismo, etc.

Povo neurótico Tiago Amorim Publicado no Mídia sem Máscara

No excelente A formação das almas, José Murilo de Carvalho demonstra a falta de intimidade do projeto republicano com a vida e os sonhos dos brasileiros que assistiram “bestializados” à deposição de Pedro II. Não existia qualquer correspondência entre os projetos dos militares e positivistas com as aspirações do povo comum. Por isso foi preciso forjar símbolos nacionais, inventar heróis (como Tiradentes), emular a história e princípios de outras nações (como a norte-americana e a francesa). O Hino Nacional também teve seu capítulo tragicômico: numa das reuniões dos republicanos governistas fez-se uma sessão espírita a fim de tentar ouvir os músicos franceses que haviam composto a Marselhesa. De lá para cá, a República tem se esmerado em se infiltrar no imaginário nacional (esta é a conclusão de Carvalho). Ao mesmo tempo, a história do século XX mostra as imensas falhas neste processo e a falta de continuidade num projeto de nação democrática. República da Espada, República Velha (aquela, dos coronéis), Período Vargas, Ditadura, Redemocratização (com queda de presidente, inclusive): o alto e baixo da vida política brasileira, marcada pela transitoriedade e

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ausência de verdadeiros símbolos que, emanados das mais sinceras aspirações do povo, traduzam-se na cena pública pela ação de seus agentes mais destacados. A tese de Luís Martins em O patriarca e o bacharel pode nos ajudar a compreender a tragédia nacional: em 1889 expulsamos nosso “pai” do trono e nos sentimos culpados por isso. Sabemos que aquilo foi covarde e injustificado. Por isso, desde então, procuramos alguém que nos socorra e expie nossa culpa sendo não apenas um líder, mas também um amoroso chefe. Getúlio, Juscelino ou Lula só foram possíveis porque os filhos do Brasil querem um novo pai que lhes diga o que fazer, a que horas comer e no que acreditar. Somos, assim, um povo neurótico: pressionado a acreditar nos símbolos republicanos inventados (o que torna o fundo de nossa imaginação falsa) e culpados pela morte que causamos (no caso, a do Imperador). Para usar um conceito de Julián Marias, desinstalados: vivemos num Estado que ainda não é nosso, desligados da raiz histórica que nos explica e argumenta. Ruptura é oposta à continuidade, e não há como nos entendermos numa narrativa interrompida, de tempos em tempos, por novos assaltos ao ethos social. Por isso precisamos de tantas leis e intervenções: porque a ordem tem de vir de fora. Um povo que expressa uma crença inabalável nas instituições não acredita em si mesmo. É preciso que os ministros do STF nos digam o que é certo; que as Casas legislativas promulguem leis sobre as coisas mais corriqueiras e imbecis; que os governos determinem limites que sozinho este mesmo povo não pode fazê-lo.

Somos neuróticos. E toda ação política deveria ser precedida por uma profunda ação psiquiátrica e salvadora.

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O pequeno príncipe Christian, com só seis anos de idade, já entrou para a história da Dinamarca. Ele é o primeiro herdeiro da Casa Real do país a estudar em uma escola pública. Localizada na cidade de Copenhague, a instituição de ensino (pública, vale reforçar novamente) é referência em educação de qualidade na Dinamarca. E não é só por lá que isso acontece! A princesa Ingrid-Alexandra, que é filha dos príncipes herdeiros da Noruega, Haakon e Mette-Marit, também cursa a educação primária, há mais de um ano, em uma escola pública próxima à cidade de Oslo. Enquanto isso, no Brasil… O ensino público é opção considerada apenas por aqueles que não possuem condições de pagar pela educação. O motivo? Falta qualidade, investimento e atenção com o serviço que (vale sempre lembrar!) é um direito da população. Sabe aquela história de que os filhos dos políticos brasileiros deveriam, por lei, ser obrigados a estudar em instituições de ensino públicas para ver se, assim, os governos melhoram a qualidade do serviço? Você é contra ou favor?

Príncipe da Dinamarca de 6 anos começa a estudar em escola pública

Débora Spitzcovsky Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo e, desde o início da carreira, atua na área da sustentabilidade. Atualmente, é consultora de comunicação sobre o tema na agência In Press Porter Novelli.

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10 Artigo Aniversários IBI

Complementando as comemorações dos 190 anos de D. Pedro II apresentamos a fotobibliografia do nosso homenageado, ilustrando

assim a matéria apresentada na edição anterior.

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