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IMPERIAL GAZETA Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Maio de 2015 Ano XIX Número 232 www.brasilimperial.org.br SEMPRE NA LUTA!!!

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IMPERIAL GAZETA

Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Maio de 2015 Ano XIX Número 232 www.brasilimperial.org.br

SEMPRE NA LUTA!!!

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2 Palavra do Presidente

Se vier o parlamentarismo agora já será um avanço, no entanto ainda não será a solução definitiva, estaremos trocando cinco por meia dúzia, a proposta que alguns políticos estão discutindo entre os quais o senador Aécio Neves, e o Partido Verde, é um parlamentarismo presidencialista no qual o Chefe de Estado continua concorrendo nas eleições se tornando adversário do primeiro ministro. O Distritão é outra enganação que o PMDB quer impor à

É preciso ficar atento: mudanças no sistema político podem enganar

nação, da forma que está sendo proposta só os milionários ou pessoas muito influentes vão se eleger. Vamos definitivamente ficar reféns dos cartolas da politica. Não podemos permitir este retrocesso democrático. O distritão privilegia os políticos em detrimento dos partidos. O parlamentarismo privilegia os partidos, e o eleitor escolhe na urna o partido que tiver o melhor programa partidário. Chega de equívocos, os governos são para governar, e

Parlamentarismo presidencialista pode ser prejudicial

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Chega de equívocos, os governos são para governar, e os partidos são para ter um programa partidário, e para eleger políticos comprometidos com o programa do seu partido, o que hoje não acontece, basta consultar no site de cada partido para constatar que nenhum deles tem um programa partidário, a exceção é o RDP que tem um programa de nove páginas e contempla todos os assuntos que o eleito pelo rdp é obrigado a seguir, seja no legislativo ou no executivo. O Brasil não aguenta mais apoiar partidos que são um equívoco, tem um belo discurso nas campanhas, mas não tem um programa de partido, chega de votar em belos discursos, queremos votar no partido que tiver o melhor programa e exigir fidelidade do eleito com o programa. Chega de engodo permanente dos nossos governantes para com o povo. O RDP é um partido político de orientação parlamentar por excelência, e, entre os modelos parlamentaristas existentes, propõe e defende o modelo de sistema no qual a função de: “Chefe de Estado é exercido por autoridade imparcial, sem vinculação e compromissos de nenhuma forma com partidos políticos e interesses alheios ao desenvolvimento sustentável da economia nacional e das diferentes vertentes da sociedade brasileira”. O RDP combate o fisiologismo, defende um nacionalismo liberal e moderno, buscando desenvolver mecanismos institucionais e gerenciais evoluídos, isentos de personalismo, como os experimentados em países reconhecidamente democráticos, que atingiram elevados índices de Desenvolvimento Humano (IDH),

segurança, equilíbrio econômico e estabilidade política. Defendemos o parlamentarismo já, Defendemos um Chefe de Estado desvinculado de partidos. RDP o partido que nasceu para mudar a história do Brasil. www.realdemocracia.org.br

Comendador Antonyo Cruz Comendador Antonyo Cruz

Presidente Nacional www.realdemocracia.org.br

(13) Fixo 3395 1389 (13) Claro 99207 3434 (13) Oi 98819 2234 (13) Tim 98110 9421

(13) Vivo 99749 1562

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Viagem a Portugal Impressões de um viajante erudito – Lisboa I

Para complementar o meu artigo na edição de abril desse ano, Jambeiro X São Bernardino, onde chamo atenção para a destruição do Engenho do Colubandê em São Gonçalo no Estado do Rio de Janeiro, sob a complacência das autoridades estaduais e municipais e também o risco a que está exposto o acervo preciosíssimo do Palácio do Itamaraty. Diante dessa situação sui generis de falta de respeito para com o patrimônio artístico e histórico, resolvi publicar minhas impressões sobre esses assuntos no tocante à realidade portuguesa, o quê pode servir se disseminar uma experiência positiva, para se providenciar uma atitude mais profissional no tocante ao turismo cultural, e reverter o primarismo no setor de turismo como um todo em todo o Brasil e com isso uma postura mais inteligente na condução do tema. Serão dois artigos, os três primeiros sobre Lisboa e outros sobre localidades visitadas no sul e no norte.

Artigo

Luís Severiano Soares Rodrigues Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

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Introdução: Uma das constatações tiradas da viagem a Portugal, realizada entre 07 a 23 de outubro de 2014, vem a ser que a seriedade e o comprometimento na gestão de um patrimônio artístico e histórico nacional, quando bem compreendida pelas autoridades nacionais e bem estruturada e coordenada pelas instituições que lhe cabe executar, transforma-se em um elemento que, ao invés de gerador de despesa, em fator gerador de renda, superavitária, para o Estado, ou seja, o patrimônio se sustenta e ainda gera uma sobra que o Estado pode direcionar para outros setores como a educação, por exemplo. Assim a visitação às instituições culturais, aqui analisadas, museus e monumentos nacionais são cobradas, as lojas de lembranças dessas instituições são bem administradas, inclusive no tocante a arrecadação de tributos indiretos e os lucros são repassados ao caixa do serviço de administração do patrimônio, esse elemento se estende aos arquivos nacionais, no tocante a prestação de serviços como a reprodução de documentos. Inclusive destaco que essa viagem teve por objetivo principal pesquisa no Arquivo Histórico Ultramarino e nos Arquivos Distritais de Faro e Vila Real. Uma, outra, constatação, vem a ser que a despeito de o patrimônio estar à disposição de todos os interessados, os turistas estrangeiros são a maioria dos visitantes dessas instituições, sejam privadas ou públicas, tanto é, que ao se dirigir a um setor de informações nessas instituições os atendentes, muitas vezes, se dirigem aos interlocutores em inglês. Porém as autoridades, creio, procuram alterar essa situação com programas de televisão de cunho didático

informativo, como o Visitando o Patrimônio da RTP, onde cada semana é abordado um Museu, Monumento nacional ou mundial-português. Essa prática também se estende à televisão privada, buscando divulgar esses elementos da cultura portuguesa inclusive no tocante ao patrimônio arqueológico nos mais distantes pontos do território português. Notamos aqui que fica implícito que esse patrimônio artístico arqueológico inspira o respeito pela história e o conceito transcendente a ele agregado, que vem a ser as provas da permanência e a tenacidade do povo português em conquistar e manter o território que são a base da nacionalidade lusitana. Em relação ao patrimônio religioso, podemos dizer que a comunidade, com respeito e veneração, se esforça em manter esse patrimônio que é o legado da fé cristã do

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povo português, obviamente não se cobra para entrar nas igrejas, nem mesmo na do Mosteiro dos Jerônimos, vale notar que a seriedade da Igreja também passa pela segurança do patrimônio com sistemas de segurança por câmeras e alarmes, mesmo nas mais distantes localidades. Devemos ainda registrar que esse vasto patrimônio artístico cultural português, guarda a característica de ter sido construído ao tempo da monarquia, ou seja, a multidão de turistas que visitam o país, o fazem para ver o Portugal monárquico e não o republicano, assim se consolida uma situação que se sente ao andar pelo país, de que falta alguma coisa, e essa coisa é o elemento transcendente que lá deveria estar que é o Rei. Lisboa: Instituições Privadas: Fundação Calouste Gulbenkian: O acervo dessa instituição, que vem a ser um legado de um grande magnata armênio da indústria do petróleo, se estende por várias áreas do conhecimento, e essa instituição tem uma grande importância no setor cultural do país, a título de exemplo, quando eu a visitei lá estava sendo realizado um seminário internacional sobre energias alternativas. Suas contribuições culturais ainda se estendem à literatura, ao patrimônio nacional, com patrocínios de restaurações, além de doações de peças importantes para museus nacionais, entre outros. No tocante ao Museu da Fundação, além da magnífica exposição permanente que abarca um acervo de arte que começa no Egito antigo e passa pela Suméria e adentra a Grécia e Roma antigas, seguindo pelo Oriente próximo e médio com destaque

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para as artes islâmica e armênia; seguindo para o extremo oriente. O acervo de arte europeia, podemos dizer é bastante completo, com destaque para as artes francesas, pré e pós, revolução, além de um espaço exclusivo para o joalheiro Lalique. Esse museu também realiza exposições periódicas de grande envergadura, trazendo importantes peças de acervos internacionais. A FCG possui também um Museu de Arte Contemporânea, que guarda um importante acervo de artistas portugueses e estrangeiros, onde eu notei uma lacuna de artistas brasileiros. Fundação Medeiros e Almeida: Instituição criada pelo industrial Antônio de Medeiros e Almeida, que como grande colecionador, formou um notável acervo de arte. Localizada na casa em que viveu o notável colecionador e sua mulher, o acervo se estende por pinturas, esculturas, antiguidades europeias e orientais, artes decorativas, mobiliário, joalheria, arte religiosa portuguesa e estrangeira, além de uma importantíssima coleção de relógios dos mais variados tipos e concepções artísticas. Podemos dizer que o conjunto impressiona os amantes das artes. Fundação Azpar Szenes – Vieira da Silva: Localizada na praça das Amoreiras, que fica contígua a um complexo de aqueduto e fonte artisticamente decorados, construídos ao tempo de SMF Dom João V, que hoje abriga um museu da água. Essa fundação criada com o acervo desse casal de artistas, ele húngaro e ela portuguesa, são muito caros a nós brasileiros, posto que moraram no Brasil (Rio de Janeiro) ao tempo

da segunda guerra mundial e aqui granjearam a amizades de vários intelectuais brasileiros, devemos à Maria Helena Vieira da Silva o painel de azulejos existente na sala de estudos anexa ao complexo de alojamentos de estudantes da então Escola Nacional de Agricultura e hoje Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, que infelizmente está muito mal tratado. O acervo do museu é constituído de exemplares das diversas fases dos artistas. Lá pude ver uma exposição de tapeçaria sobre cartões de Vieira da Silva. Continua na próxima edição.

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Por um novo plebiscito Artigo

Carlos Matheus Ex-diretor do Instituto Gallup e foi professor titular de Ética e Filosofia Política da PUC-SP; Publicado no Jornal Estado de S.Paulo

Acaba de ser implantado um parlamentarismo improvisado, incompleto e apressado. A presidente da República entregou o cargo de chefe de governo a um primeiro-ministro. A um, não, dois. Levy e Temer são alheios ao seu partido e não foram eleitos para tais cargos. Dilma deixou de governar e recolheu-se à função de chefe de Estado. Trata-se de um parlamentarismo incompleto porque falta uma reforma política para instituí-lo, porque faltam partidos preparados para governar e porque falta um Poder Legislativo capaz de representar as várias correntes da opinião pública. É um parlamentarismo disfarçado ao qual se recorre mais uma vez para remendar a ineficiência do presidencialismo vigente. Com isso a democracia brasileira continua demonstrando sua incapacidade de se ajustar às inevitáveis crises do mundo contemporâneo. A recente eleição mascarou os graves problemas surgidos logo depois do pleito. O chamado "marketing eleitoral" ofereceu uma imagem maquiada da candidata vencedora, encobrindo sua incapacidade para governar. Propaganda eleitoral é atualmente uma demagogia cara que estimula a corrupção, deturpando um dos princípios básicos do sistema democrático, que é governar com base na vontade da maioria. Se o atual caso da Petrobrás tivesse vindo à tona antes da eleição, Dilma não teria sido reeleita. A maioria de

outubro de 2014 não é mais a maioria de 2015, o que retira legitimidade ao atual governo e aos seus "primeiros-ministros". A ineficiência do presidencialismo brasileiro continua pondo em risco o próprio regime democrático. A insatisfação popular com a presidente recém-reeleita desperta o desejo de um golpe militar ou, pelo menos, de uma deposição constitucional. Acontece que os militares não existem para governar, mas para defender a Nação contra inimigos externos. A deposição constitucional torna-se difícil porque a presidente, a exemplo de seu antecessor, se refugia sob a máscara de falsa inocência, dizendo que "não sabia de nada". Erros e atos de corrupção ocorrem em todos os governos. O que não se pode permitir é a permanência no poder de governantes incapazes de impedi-los. Os inevitáveis erros dos governantes não podem ser julgados pela opinião pública apenas de quatro em quatro anos: precisam ser julgados imediatamente, isto é, logo que ocorrem. Uma democracia viva exige canais pelos quais a população possa manifestar a sua vontade, sem ter de aguardar a data em que o calendário eleitoral a convocará. Para agravar a atual crise política os partidos presentes no Poder Legislativo não representam, de fato, a vontade popular. São partidos sem conteúdos

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programáticos definidos e sem capacidade de oferecer soluções alternativas para a atual crise política. São, em sua maioria, partidos criados por interesses pessoais de indivíduos sem efetivo conhecimento dos grandes problemas nacionais e sem ligação com seus eventuais eleitores. O presidencialismo brasileiro apoia-se sobre a falsa ideia de que uma única pessoa é capaz de governar. É impossível. Embora seja necessário um chefe de Estado para representar a Nação dentro e fora do território nacional, não se lhe pode atribuir a responsabilidade de exercer também a função de governar. As funções de um governante são complexas. Exigem uma equipe homogênea com amplo conhecimento dos problemas e agilidade para solucionar os conflitos de cada do momento. No atual presidencialismo, quem ocupa a Presidência da Republica fica distante dos problemas, com ministros nomeados para conciliar interesses, mas sem diretrizes harmônicas e sem uma visão de conjunto dos problemas do momento. Há um abismo entre o atual governo e o povo. A insatisfação que tomou conta do País gera manifestações nas ruas, porque o regime atual não oferece canais para que a população se possa expressar. O País ingressou numa fase de paralisia sob a qual há frustração, desânimo e uma inquietação latente. Enquanto não for feita uma verdadeira reforma política, as crises estarão sempre rondando o exercício do poder, a corrupção estará sempre aberta aos aventureiros, a população estará cada vez mais descrente de seus

governantes e a democracia estará sempre ameaçada. O voto distrital e o fim da reeleição são insuficientes para assegurar a governabilidade. Somente um regime capaz de conciliar as circunstâncias oscilantes da vida política com o princípio da rotatividade do exercício do poder será capaz de amortizar as inevitáveis crises inerentes à democracia e à política em geral. Esse regime, como tem sido comprovado em toda a Europa, é o parlamentarismo. Além de ser mais adequado às sociedades de massa, tem maior capacidade de se ajustar às rápidas mudanças políticas dos tempos atuais. O parlamentarismo exige partidos políticos com efetiva representatividade popular, com conteúdos programáticos definidos e com soluções alternativas para cada momento da vida política do País. Os partidos, para se manterem, precisam tornar-se canais de comunicação entre a opinião pública e os governantes. E os governantes devem ser demitidos ao perder o apoio da opinião pública. No parlamentarismo isso é possível. Essa reforma política terá passar inevitavelmente pela decisão popular. Um novo plebiscito precisa ser convocado para informar aos brasileiros sobre as diferenças entre o presidencialismo atual e um futuro parlamentarismo. É preciso mostrar aos brasileiros que no parlamentarismo a troca de governo é feita em função dos resultados, e não de quatro em quatro anos nem por meio de golpes de Estado. É preciso mostrar aos brasileiros que no parlamentarismo quem governa é uma equipe homogênea dirigida por um único primeiro-ministro (não dois como atualmente). Chegou a hora de mudar: mudar de regime, para superar as futuras crises e para preservar a democracia.

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10 Artigo Aniversários

MAIO Alã Carlos Jesus dos Santos 4 Salvador - BA André Gonçalves de Barros 3 São Paulo - SP Benedito Paulo Rodrigues 12 Ariranha - SP Bonnie Hutterer 22 São Paulo - SP Charlys Hugo Dutra Monteiro 22 Pontes e Lacerda - MT Claudio André Padilha de Castro 5 Rio de Janeiro - RJ Cleici Moreira 14 Petrópolis - RJ Daniel Tavares Raposo de Melo 26 Miami Beach - 0 Daniela Gomes Martini 20 Piracicaba - SP Dauro Pereira Campos 31 Biritiba Mirim - SP Denival Marques de Andrade 18 Planalto - SP Diego Gomes Cardoso 3 Carapicuíba - SP Edson De Luna Freire 20 Niterói - RJ Eduardo Aoki 4 Sao Caetano do Sul - SP Emerson Campos Pinheiro 20 Resende - RJ Ezequiel Novais Neto 8 Montes Claros - MG Fabio William Casagrande 16 Tremembe - SP Fátima Sophia Teixeira Gomes 26 Angra dos Reis - RJ Francisco Ferreira da Silva 8 Uberlandia - MG Gildomar Amaro 23 Mombaça - CE Guilherme Ribeiro 31 Campinas - SP Gustavo Lopes Pires de Souza 2 Belo Horizonte - MG Gustavo Soares Ferreira Novo 2 Pouso Alegre - MG Ivanaldo Santos 21 Parnamirim - RN João Batista Colombi jr 19 São Gabriel da Palha - ES João José Granate de Sá e Melo Marques 28 Lavras - MG Leandro Antunes Campos 12 Sao Vicente - SP Levi Nogueira Cruz 23 Ribeirão Preto - SP Luiz Carlos Oliveira 2 Batatais - SP Luiz Fernando da Rocha 5 Juiz de Fora - MG Luiz Roberto 23 São João del Rei - MG Marcelo Albuquerque Magalhaes 9 São Paulo - SP Marcelo Jose Dotta Da Silva 28 Campinas - SP Marli de Bem Gomes 28 Piracicaba - SP Maxwel Júlio dos Santos 23 Ipatinga - MG Nelson dos Santos Ribeiro Weber 5 Porto Alegre - RS Romeu Peres 4 Fortaleza - CE Rubens Leite Bezerra 24 Soledade - PB Samuel Silveira 30 São Luis - MA Sergio Amarilio da Silva Kuhn 9 Formosa - GO Silvio Dantas 25 Recife - PE Sofia Rebeca Correia Claudio 2 Araçatuba - SP Uataú Brasil de Azevedo 28 Jundiaí [email protected] Wilian Mendonça 19 Baixo Guandú - ES Willian Costa de Paula 22 Sumaré - SP

JUNHO Alexsandro Penzo Bezerra 4 Criciúma - SC Amilton Clemente Paula 2 Itaperuna - RJ André Luís Nunes Monteiro 20 Curitiba - PR Angela Maria Mamedh de Souza 20 Ribeirão Claro - PR Antonio Carlos Garcia 23 Sorocaba - SP Antonio Celso Lerário Irvolino 24 São Paulo - SP Antônio Henrique Cunha Bueno 17 São Paulo - SP Asafe Faria 22 Niterói - RJ Bruno José Selvatice Abrahão 30 Paraíba do Sul - RJ Cássio Cotrim 26 Guanambi - BA Claudio Marcio de Lima Joaquim 30 Campo Grande - SP Cleber Barros de Lima Muniz 19 Río de Janeiro - RJ Danyel Vogue 25 Indaiatuba - SP Davi Marcel de Souza Pereira Fontes 22 São Paulo - SP Davidson Halevy O. Marinho Bentes 3 Brazlândia- DF Douglas de Loredo Borges 22 Belo Horizonte - MG Eduardo Ximenes 4 São Paulo - SP Fabrizio Vasconcelos 17 Santos - SP Francisco Amaro Lemos Junior 25 Moreilândia - PE Francisco Joaquim de Sousa Neto 14 Taguatinga - DF Gutemberg Santana de Castro 3 Rio de Janeiro - RJ Hudson Araujo 11 Palmas - TO Humberto Cesar Maia Costa 30 Salvador - BA Jabes Tavares de Aguiar 5 Brasília - DF Jader Luciano Prudente 28 Itaperuna - RJ João Carlos Lobo Batista 15 Belem - PA João Francisco dos Santos 5 Aracaju - SE João Paulo Oliveira de Souza Santos 17 Maceió - AL João Santana 23 São Lourenço da Mata - PE John Lennon José Da Silva 1 Caruaru - PE Jorge Augusto Costa Meneghelli 18 Colatina - ES Jorge Walas Alves de Lima 20 Lajedo - PE Josafá Afonso de Carvalho 16 Ribeirão Pires - SP José Jorge Correia Conceição 23 Recife - PE Kaique Lira 12 Diadema - SP Lucas Diniz Leite 15 São Luis - MA Lucio Valera 1 Pindamonhangaba - SP Luis Fernando Mendes Garcia 2 Juiz de Fora - MG Marcio Cruz Bastos 10 Ribeirão Preto - SP Nilton de Souza Moraes 2 Maricá - RJ PauLo R Maciel Luz 11 Baependi - MG Paulo Roberto Botinelly Costa Cavalcanti 2 Iguaba Grande - RJ Rafael Morato Portilho 12 Sorocaba - SP Relryk Abreu Silva 12 Tremembé - SP Ricardo José de Souza 6 Goiania - GO Robson Antonio Brancalhoni 21 Santa Barbara D'Oeste - SP Roger Chiconeli Alves 6 Osasco - SP Sandro Carvalho de Novaes Fernandes 15 João Pessoa - PB Tiago Almeida de Oliveira 20 Luziânia - GO Valdirene do Carmo Ambiel 28 São Paulo - SP Valter Carvalho Jatoba 16 Rio de Janeiro - RJ Welton Alves dos Santos 23 Goiânia - GO

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Uma Crônica da república II

O atual momento político do país tem nos mostrado a agonia do sistema presidencialista de governo, justamente por ter ele chegado ao seu limite, onde o processo de barganhas que o caracteriza vem expor todo o cinismo e a insensatez daqueles que governam a república que, diga-se de passagem, de res pública não tem nada. Assim é, e podemos ver o quanto de espúrio é a motivação das casas legislativas desse país, onde as maiorias condicionam aprovações de pautas de interesse do executivo, à liberação de verbas e ao preenchimento de cargos dos escalões inferiores de governo com indicações dos partidos, e claro que essas indicações não obedecem critérios de competência profissional, isso numa quantidade gigantesca de cargos em todos os níveis hierárquicos espalhados por todas as unidades administrativas do país, certamente isso explica o alto grau de incompetência da administração pública brasileira nesses sofríveis 125 anos de república, mas como dizia Roberto Campos “No

Luís Severiano Soares Rodrigues Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

Artigo

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parlamentarismo no Brasil só é viável com a forma monárquica de governo, como heroicamente tem mostrado o RDP (Real Democracia Parlamentar). Brasília, se depender da presidente da república, vai se candidatar à condição de Ilha da Fantasia, pois em discursos a presidente vem fantasiando coisas do tipo – Que o problema da Petrobras está solucionado e que ela agora pode se recuperar, a presidente só esquece que no núcleo político de extorsão ainda ninguém foi preso, além do que, no Conselho Administrativo que ratificou a compra de uma refinaria nos Estados Unidos, com enorme prejuízo para a estatal, também ninguém foi responsabilizado, não nos esqueçamos que a presidente, então, desse conselho, vem a ser justamente a presidente da república que dá por encerradas as mazelas da Petrobras. O tempo dirá quem tem razão, muita água ainda há de correr para as chagas da Petrobras fecharem, esperemos que com a restituição do muito dinheiro desviado, para facilitar a cicatrização, e com os culpados exemplarmente punidos, inclusive os do dito conselho de Administração. Ainda nesse quesito ilha da fantasia, temos que em sua propaganda política o partido da presidente declara que botou nas faculdades os filhos dos trabalhadores através do FIES, ou seja, se esquecem que o Crédito Educativo já beira os 40 anos, mas ao rebatizá-lo se apropriaram da sua invenção, e hoje dão o vexame dos alunos não conseguirem o financiamento de novas matrículas pois o sistema não tem dinheiro para todos os filhos dos trabalhadores. Outra falácia petista e dos seus aliados vem a ser a geração de empregos, uma vez que em todas as grandes e médias cidades o subemprego é uma constante basta vermos os camelódromos em qualquer

capital brasileira que se escolha. Outra pérola da conjuntura política atual, é a tramitação no legislativo do projeto de terceirização da mão-de-obra, onde os “representantes” do povo, a título de estabilizar as relações de trabalho nesse setor, talvez conscientemente, estejam contribuindo para desestabilização das relações de trabalho no país inteiro, posto que, ao permitirem a terceirização da contratação de mão-de-obra nas atividades fim das empresas, poderemos chegar ao limite de empresas que não terão nenhum empregado, estes o serão da empresa contratada para fornecer a mão-de-obra. Para a empresa contratante será facílimo substituir mão-de-obra, ao mesmo tempo que os empregados passam a não ter mais segurança no trabalho, basta pensarmos no fato de que essas empresas fornecedoras de mão-de-obra uma vez falidas certamente terão um capital social muito pequeno, ativos talvez desprezíveis, mas um passivo trabalhista monumental e a responsabilidade subsidiárias da empresa demandante da mão-de-obra se restringe a um fundo acumulado com base em 4% do total da folha de pagamento, o quê por si só, certamente não garantirá a indenização dos trabalhadores. Outro fator curioso desse processo, será que a empresa contratante de mão-de-obra poderá trabalhar com escalas salariais diferentes de acordo com as empresas que a contratam, posto que diferentes realidades salariais serão contempladas conforme a empresa contratante, assim para a mesma função em empresas diferentes a fornecedora de mão-de-obra terá salários diferentes, e num caso limite, nem tão limite assim, vai restringir a mobilidade da mão-de-obra, uma vez que um contratado por esta para a empresa A, certamente não poderá se candidatar à mesma função na

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empresa B, que oferece um salário maior para a mesma função, posto que por todos o lados que se olhe seria antiético por parte da empresa fornecedora de mão-de-obra aceitar essa troca de emprego, uma vez que se tratam de empresas que a contratam. Essa discussão no parlamento brasileiro mostra o quanto os “representantes” do povo estão preocupados com o povo. Assim o atual governo se supera, pois não bastava ter governado para os banqueiros ao longo desses mandatos acumulados, estende essa cortesia ao empresariado como um todo, com a retirada da

capacidade dos trabalhadores se defenderem contra o capital sem visão social. Assim o parlamentarismo monárquico é necessário para o que povo de fato possa controlar tanto os poderes executivo quanto o legislativo, pois na forma/sistema de governo atual isso não é possível, só teremos panelas amassadas e gargantas sem voz, e teremos de esperar até o último dia desse governo e dessa legislatura para tentar mudar os atores políticos, que como vemos, sem generalizar, estão fazendo seus pés de meia caso não sejam reeleitos.

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14 Artigo

O viés autoritário do PT

Relendo meu livro Estrela Cadente, de 2005, chego ao capítulo sobre o viés autoritário do PT, que já era – ou deveria ser – conhecido desde o começo. O partido não “decepcionou”: tentou por várias vezes instaurar o controle da imprensa, dominar a democracia de dentro e criar uma “democracia” de partido único, derrubando as acusações de “paranóia” que recaíam sobre pensadores de direita, como Olavo de Carvalho. Já estava tudo lá, e o livro foi escrito antes de estourar o escândalo do mensalão, uma tentativa nefasta de conquistar todo o Congresso comprando os deputados. Segue o capítulo na íntegra: Como se não bastassem as companhias freqüentes do governo Lula, assim como o passado de diversas pessoas que ocupam cargos de extrema importância no quadro político brasileiro atual, temos um claro viés autoritário partindo do Planalto. Não são poucas as medidas ou projetos que denotam uma clara tendência centralizadora de poder,

Rodrigo Constantino Publicado no Blog da Veja

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que solapa a liberdade individual em nosso país. Já falamos do desarmamento dos civis inocentes, da interferência nas universidades, do uso abusivo de Medidas Provisórias, da tentativa de controle sobre a divulgação de dados do IBGE, e várias outras evidências desse crescente totalitarismo estatal. Vamos abordar agora outras medidas de cunho autoritário, que ofuscam a liberdade dos cidadãos. Seria interessante, antes, lembrar da fábula da rã e do escorpião. Sem a capacidade de nadar, não podendo assim atravessar o rio, o escorpião pede para que a rã o carregue nas costas. Esta, desconfiada que o escorpião vá picá-la, nega. Mas o escorpião, esperto, explica que, caso ele faça algo com a rã, ele também irá morrer, afundando no rio. Satisfeita, a rã aceita carregar o escorpião. No meio da travessia, eis que o escorpião não resiste e pica a rã. Antes de afundarem, a rã, perplexa, pergunta o porquê desta atitude, no que o escorpião responde apenas ser esta sua natureza. Muitos no PT carregam um DNA de escorpião. O autoritarismo está na natureza de muitos hoje no governo. O cinema é um bom exemplo para começo de análise. O presidente Lula assinou um decreto aumentando o número de dias de exibição obrigatória de filmes brasileiros nos cinemas do país, passando de 35 para 63 dias. É a conhecida “cota de tela”, nada mais que uma reserva de mercado, como tivemos a Lei da Informática, que para “proteger” nossa oligarquia nacional, penalizou todos os consumidores. Ora, o que garante a qualidade dos produtos e serviços é justamente o foco no consumidor, sendo a livre concorrência o maior estímulo para o avanço desta qualidade. Ela que força o aprimoramento dos produtos, colocando a satisfação do cliente em primeiro lugar para a sobrevivência das

empresas. Quem decide se um filme é ruim ou bom, portanto, é o público. E a preferência individual através da livre escolha que irá premiar ou penalizar os produtores. Mas todo socialista detesta a liberdade de escolha do povo. Eles querem empurrar goela abaixo as suas preferências individuais. Uma reserva de mercado, como a “cota de tela”, é a antítese do livre mercado, pois condena o consumidor ao monopólio da oferta, definida pela canetada dos burocratas do governo. O cinema nacional é financiado, em boa parte, por dinheiro estatal, através do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobrás. Qualquer um sabe que o cão não morde a mão que o alimenta. Os filmes nacionais acabam, portanto, com temas limitados pela preferência ideológica desses poderosos burocratas, na melhor das hipóteses, ou usados como doutrinação ideológica estatal, como ocorre nos países socialistas. Somente os “amigos do rei” conseguem verbas. Agradar o público deixa de ser prioridade, portanto, dando lugar à necessidade de agradar os burocratas. Em Cuba, praticamente não se fazem mais filmes, e os poucos que são feitos, são subservientes aos desejos totalitários do ditador. O secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, disse que devemos lutar contra a “hegemonia americana” em nossa cultura. Comparando o filme “Pelé” com “Homem-Aranha”, reclamou da quantidade de filmes americanos em cartaz, comparado a filmes nacionais, indianos, franceses ou russos. Em outras palavras, os indivíduos não devem mais ser livres para escolher o que gostam. Precisam, em nome da “cultura nacional”, obedecer as preferências impostas por…Guimarães! Ele disse ainda que “cabe à sociedade

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brasileira, através da legislação, garantir a diversidade”. Mas ora, eu poderia jurar que é justamente a sociedade que escolhe os filmes americanos! Na verdade, essa novilíngua socialista oculta uma concentração de poder pérfida. Onde diz “sociedade”, leia-se o “governo”, mais especificamente ele, o poderoso que irá decretar as cotas para filmes, selecionando o que podemos ou não ver nas telas. A idéia estapafúrdia defendida pelo embaixador é criar leis que obriguem o consumidor a aceitar produtos que eles consideram ruins, e por isso não escolhem voluntariamente. A diversidade vem justamente da competição livre. Nos Estados Unidos existem milhões de alternativas para todos os gostos, enquanto em Cuba não há liberdade alguma de escolha. Mas essa liberdade é, aparentemente, repudiada pelos membros do governo, pois a escolha acaba sendo oposta a que eles gostariam. E essa gente é que diz ter lutado contra uma ditadura… O governo Lula apresentou um anteprojeto polêmico e com viés autoritário. Trata-se do anteprojeto que institui a Agência Nacional de Cinema e Audiovisual (Ancinav). A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti, afirmou que estavam “falando de domínio econômico e cultural e da soberania da nossa produção cultural”, igualando assim este debate ao “debate sobre a questão do petróleo”. O PT apela para o nacionalismo xenófobo para impor seu controle sobre os veículos de informação. O cineasta Ipojuca Pontes, no artigo “A Estranha Moralidade de Lula”, comentou sobre as medidas do governo. Ele disse que “o receituário de Lula para o problema (do cinema nacional) é o seguinte: recriar uma Agência oficial com poderes discricionários para regular, controlar, fiscalizar, fomentar e financiar o cinema, a ser

sustentada com a imposição da cobrança de impostos e taxas que incidirão sobre a vida dos brasileiros”. O Ancinav não passa de um completo dirigismo estatal sobre a cultura, com intervenção absurda na vida dos indivíduos. E ainda por cima encarece o serviço, por cobrar novas taxas, como 10% sobre o valor do ingresso. Menos gente teria acesso a um dos programas prediletos do brasileiro: ir ao cinema. Um projeto absurdo desses ainda está em fase de análise e transformação, pois a dependência dos cineastas pela verba pública é tão grande, que eles acabam reféns dos caprichos autoritários de Brasília. Fora o maior controle sobre o cinema, o governo Lula tentou criar o Conselho Federal do Jornalismo (CFJ), que buscava fiscalizar o exercício da profissão de jornalista, na linha do autoritário Chavez. A reação dos profissionais do setor foi imediata. O projeto previa punições para os jornalistas que cometesse “irregularidades”, podendo ser advertência, multa, censura ou suspensão do registro profissional. O projeto estabelecia ainda que caberia aos conselhos “orientar, disciplinar e fiscalizar” o exercício da profissão. Argumentava-se que muitos jornalistas abusam dos seus direitos, faltando muitas vezes com a ética devida. Mas ora, contra calúnias e difamações, já existe a lei. O que o governo estava pretendendo, claramente, era aumentar seu poder e controle sobre a mídia, comportamento comum em todos os países socialistas. Lula, ao se encontrar com jornalistas brasileiros na República Dominicana, ainda teve a ousadia de dizer: “Vocês são um bando de covardes mesmo, hein? Não tiveram coragem de defender o Conselho Nacional de Jornalistas”. Coragem, para o presidente, deve ser então entregar o pescoço passivamente para a guilhotina do

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Estado. Como os bolcheviques russos, que repetiam “todo poder aos soviets”, o governo Lula vem buscando todo poder aos “conselhos”, que para quem não sabe, é o significado da palavra soviet. Luiz Gushiken, secretário de Comunicação e Gestão Estratégica, chegou a afirmar que “nada é absoluto, nem a liberdade de imprensa”. Frei Betto, então assessor do presidente Lula, disse que os grandes meios de comunicação “fazem um terrorismo psicológico porque não querem perder o monopólio da palavra”. Ou seja, em nome de uma participação maior das massas nos meios de comunicação, concentra-se poder nos conselhos ligados ao “partidão”. Toda nação comunista fez isso, de uma forma ou de outra. Vendiam a idéia de que a “sociedade” é quem deveria mandar, e tomavam para si ou seus aliados o controle de tudo. E o resultado concreto disso é a transformação de jornalistas em propagandistas do governo. Nas palavras do jurista Ives Gandra Martins: “O projeto do Conselho de Jornalismo é absurdo e inconstitucional. A liberdade de imprensa é garantida pela Constituição. Os pulmões de uma sociedade democrática são uma Justiça e uma imprensa livres”. O projeto acabou enterrado após muita pressão. A mancha vermelha no currículo do PT, entretanto, permanece. Ainda sobre jornalistas, tivemos o caso patético do artigo no “The New York Times” que falava do problema de bebida do presidente. O próprio artigo, escrito pelo jornalista Larry Rother, era baseado em outros artigos, como a coluna de Diogo Mainardi. Todos sabem da queda do presidente por uma cachaça. Circulam pela internet fotos do presidente bêbado em um churrasco. A reportagem em si pode ser

boba, inútil ou condenável. Qualquer um tem direito de condenar seu autor. Mas a reação do governo Lula assustou pela agressividade e autoritarismo. Com a raiva controlando a razão, o governo tentou expulsar o jornalista do país. Somente diante da repercussão negativa de tal atitude é que o governo voltou atrás, sob a condição de um pedido de desculpas do repórter. Governos autoritários nunca aceitam a crítica. Fico imaginando se um manipulador como Michael Moore, adorado pelos brasileiros, estivesse no Brasil fazendo seus “documentários” sobre Lula, e não Bush. Qual seria a reação do governo? Acusam Bush de fascista, mas será que Lula iria ignorar Moore como Bush ignora, deixando-o livre para novas manipulações panfletárias contra o governo? Após esse episódio com o repórter americano, acho pouco provável. Mais uma vez, fica evidente o caráter autoritário deste governo. Um episódio em Minas Gerais levantou suspeitas de tentativa de intimidação por parte do PT também. A Polícia Federal fez uma busca na gráfica do jornal O Tempo, do deputado federal Vitório Mediolli, do PSDB. Dois diretores do jornal acabaram algemados. A busca foi determinada pelo juiz Wauner Batista Ferreira Machado, depois de uma representação do Partido dos Trabalhadores. O Tempo foi acusado de imprimir o jornal Betim em Dia, supostamente clandestino, que estaria fazendo propaganda eleitoral ilegal. O editor Almerindo Camilo, um dos algemados, considerou a ação um atentado à liberdade de imprensa, pois afirma ter pedido para ver o mandado de busca enquanto recebeu voz de prisão. Nada foi encontrado. O mandado era para busca na gráfica, mas vistoriaram outros departamentos e revistaram gavetas. O deputado Mediolli disse que a ação foi

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armação político-eleitoreira com o objetivo de causar constrangimentos. Na verdade, essa postura do PT não é novidade para quem conheceu o governo de Olívio Dutra no RS. Nelson Sirotsky, diretor do jornal Zero Hora, já havia confirmado que o governo de Olívio usava verbas de publicidade oficial para pressionar os jornais e remover jornalistas “inconvenientes”, sob a ameaça de cortar os anúncios oficiais. Denis Rosenfield escreve sobre o governo Dutra, em seu livro “PT na Encruzilhada”, que “praticamente todos os jornalistas de oposição e certos intelectuais estão com processo na Justiça”. Alguns jornalistas, inclusive, teriam dito que perderam seus empregos por pressões exercidas pelo governo junto aos donos das empresas. Que bela liberdade de expressão! O revolucionário russo que desejava instalar uma guerra civil em seu país, Vladimir Lênin, costumava repetir as perguntas: “Por que deveríamos aceitar a liberdade de expressão e de imprensa? Por que deveria um governo, que está fazendo o que acredita estar certo, permitir que o critiquem? Ele não aceitaria a oposição de armas letais, mas idéias são muito mais fatais que armas”. O revolucionário, que levou seu país à um regime totalitário, assassino e cruel, costumava ser um símbolo da esquerda no passado, e ainda hoje muitos o admiram. Em contrapartida, Thomas Jefferson, um dos “pais fundadores” dos Estados Unidos, dizia: “Uma vez que a base de nosso governo é a opinião do povo, nosso primeiro objetivo deveria ser mantê-la intacta. E, se coubesse a mim decidir se precisamos de um governo sem imprensa ou de uma imprensa sem governo, eu não hesitaria um momento em escolher a segunda opção”. Não por acaso os Estados

Unidos chegaram onde chegaram, com cerca de 30% da economia mundial, enquanto o “urso de papel” naufragou em seu próprio lamaçal. Parece claro por qual modelo o governo Lula tem maior queda. Outra tentativa do governo Lula controlar mais ainda o poder foi tirar da gaveta a “lei da mordaça”, um projeto de lei destinado a calar os membros do Ministério Público. A independência do Ministério Público é fundamental para que este cumpra com suas atribuições. Ele foi concebido pelo Constituinte de 1988 como Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, tendo por objetivos precípuos a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Pela “lei da mordaça”, estaria proibida a divulgação de dados sobre processos em andamento. Trata-se de censura pura. Um cerceamento da liberdade de informação típico de uma ditadura. O antropólogo Roberto DaMatta, em entrevista à Veja, comentou sobre as medidas do governo Lula: “Há atualmente um surto de centralização. São os velhos barões se insurgindo com novos nomes. O governo quer um barão para mandar em cada setor: barão da imprensa, barão da universidade, barão da cultura…”. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, não poupou críticas à Lula também. Disse, em entrevista à Gazeta de Alagoas, que a MP 232 “denota uma soberba ditatorial do governo, um viés de imposição por força, usando de uma medida extrema para legislar, e uma fraqueza do Congresso”. Não são poucos os que estão assustados com esse viés autoritário do governo Lula. E não é para menos… Algo comum em governos autoritários é a explosão dos

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gastos com propaganda. A realidade preceisa ser distorcida de qualquer maneira. Segundo dados da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República (Secom), foram desembolsados R$ 867 milhões em publicidade em 2004. Isso representa um aumento de R$ 250 milhões em relação a 2003, ou mais que 40%. O veículo da mídia que mais recebeu recursos foi, de longe, a televisão. Quase 60% dos gastos totais com publicidade tiveram esse destino, que atinge melhor as massas. O Brasil não vai nada bem, nosso desemprego ainda é alto, os impostos são absurdos, a criminalidade assusta, mas o governo Lula gasta quase um bilhão de reais para “vender” sua imagem. A nossa ABIN, Agência Brasileira de Inteligência, fechou um acordo oficial com o DGI, serviço secreto cubano. Segundo o ministro Dirceu, trata-se de “um dos melhores serviços secretos do mundo, junto com o de Israel e da Rússia”. Isso vem de um dos seus alunos, não vamos esquecer. Teremos, portanto, um intercâmbio entre agentes, trocando informações. Creio que após todas as informações disponíveis no livro, essa medida dispense maiores comentários. A espinha já reage automaticamente com calafrios. O preço da liberdade é a eterna vigilância. Como dizia o filósofo David Hume, “raramente se perde qualquer tipo de liberdade de uma só vez”. A democracia, por si só, não garante a liberdade individual, e Hitler ou Chavez estão aí como provas irrefutáveis. Uma sociedade aberta é conditio sine qua non para a manutenção da liberdade do povo. Isso exige uma imprensa livre, sólidas instituições independentes do governo e o império da lei. No Brasil, ainda estamos

engatinhando nesse sentido. Mal tiramos as fraldas da ditadura. O Estado ainda mantém uma interferência absurda na vida do cidadão. O paternalismo precisa ser combatido, pois o Estado não é pai de ninguém. Os impostos abusivos precisam ser reduzidos, para que sejamos cidadãos livres e não escravos de Brasília. E por fim, essa tentativa de controle centralizado precisa ser duramente combatida, para a salvação da democracia. A rã precisa acordar para a realidade, e abandonar a idéia de carregar o escorpião nas costas.

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