gardner e a inteligência musical
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Gardner e a Inteligência Musical (Parte 1)Terça-feira, 25/8/2009 às 6:00 am · Arquivada em Aprendizagem: estratégias
e Estilos ·Tagged aluno, aprender a aprender, competências, estilos de
aprendizagem, inteligência, inteligências múltiplas, professor
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Resumo de Gardner, H.: Inteligência Musical,pp 78-99, in Gardner,
H.:Estruturas da Mente:A Teoria das Inteligências Múltiplas,Porto
Alegre, Ed Artes Médicas Sul, 1994.
Introdução
O talento musical é um dos primeiros dons que surge no indivíduo. No
entanto é incerta a razão desta precocidade. Sendo assim, o estudo da
inteligência musical pode nos ajudar a entender o sabor especial da
música e ao mesmo tempo esclarecer sua relação com outras formas
do intelecto humano.
A música qualifica-se como uma competência autônoma? Ao ver de
Gardner, isso dependendo do grau em que esta respoinda
positivamente aos critérios definididores de uma inteligência. Em
busca destas respostas, iniciaremos então descrevendo neste post:
% O “estado final” de uma inteligência musical,
% algumas das suas capacidades centrais,
% aspectos de seu denvolvimento e treinamento,
Na próxima semana trateremos da(s):
% organização cerebral que possibilita a conquista musical, e
finalmente,
% maneiras pelas quas a inteligência musical interagiu e pode interagir
com outras competências intelectuais humanas.
Composição
Senssions relata que um compositor pode ser prontamente
indentificado pelo fato de ter constantemente “sons na cabeça”. Ele
está sempre, em algum lugar perto da superfície de sua consciência,
ouvindo sons, ritmos e padões musicais maiores. Embora muitos
destes padrões valham pouco musicalmente e possam, de fato ser
totalmente abandonados, é o quinhão do compositor estar
constantemente monitorando e retrabalhando estes padrões.
De acordo com Roger Sessions, uma composição inicia-se no momento
em que idéias começam a cristalizar e assumir forma significativa.
Essa idéia capta a atenção do compositor e sua imaginação musical
começa a trabalhar sobre ela. Há um componente cognitivo presente.
…o que chamei de pensamento musical lógico é o consequente trabalhar de
um impulso musical sustentado, na busca de um resultado constantemente
implícito nele. Não é, em qualquer sentido, um cálculo sagaz do que
deveria… acontecer em seguida. A imaginação auditiva é simplesmente o
trabalho do ouvido do compositor, completamente confiável e seguro de sua
direção como ela deve ser, a serviço da concepção claramente delineada.
Entre os compositores, as formas de compor são muito variadas.
Porém eles frequentemente concordam entre si sobre o que não é
música. Por exemplo, Sessions indica que a linguagem não
desempenha qualquer papel no ato de compor e e nisto concorda com
Schopenhauer que diz:
“O compositor revela a essência mais íntima do mundo e profere a mais
profunda visão em linguagem que seu raciocínio não entende, assim como
um hipnotizador(…)”.
Componentes da inteligência
Embora alguns especialistas difiram sobre a definição dos principais
elementos constituintes da música os mais centrais são o tom (ou
melodia) e o ritmo, isto é, sons emitidos em determinadas freqüências
auditivas e agrupados conforme o prescrito. A importância relativa
destes dois elementos varia conforme a cultura. Por exemplo; em
sociedades orientais o tom é mais valorizado enquanto que na música
tradicional da Africa do Sul o ritmo toma a frente.
Em ordem de importância, depois destes dois elementos (tom e ritmo),
vem o timbre, que é uma característica individual de um som, devida à
combinação de seus harmônicos. Ele permite por exemplo distinguir
entre um fagote e um saxofone mesmo quando estão tocando a
mesma nota.
A audição é certamente um componente importante da música, mas
não essencial. Por exemplo, sua organização ritmica, permite que
indivíduos privados desta capacidade possam, pelo menos em parte,
desfrutar de alguns aspectos da experiência musical.
Aspecto adicional a ser considerado como central é o componente
afetivo. Este não é algo que a ciência positivista aceite com facilidade.
Neste sentido seria mais palatável considerar a música apenas em
suas variáveis físicas e objetivas. No entanto, qualquer pessoa que
esteja intimamente ligada à música pode perceber como este
componente está ligado à experiência musical. Nisto concordam
diferentes musicistas e compositores contemporâneos assim como
Sócrates, expoente da filosofia grega:
A música não pode expressar medo, que é certamente uma emoção
autêntica. Mas seu movimento, seus sons, acentos e padrões rítmicos podem
ser inquietos, agudamente agitados, violentos e até mesmo repletos de
suspense… Ela não pode expressar desespero, mas pode movimentar-se
lentamente numa direção predominantemente descendente; sua textura
pode tomar-se pesada e, conforme é nosso hábito dizer, “escura” – ou ela
pode desaparecer totalmente.
O Desenvolvimento da Competência Musical
Foi na Europa que surgiu o interesse para se saber sobre o
desenvolvimento musical, inclusive sobre o crescimento desta
competência. Pouco foi o interêsse despertado por este tema no meio
acadêmico norte-americano.
Sabe-se que a competência musical precoce apresenta-se nos
indivíduos já quando estes são bebês. As crianças normais cantam e
balbuciam. Podem emitir sons individuais, produzir padrões
ondulantes, imitar padrões prosódicos e sons cantados por outros com
precisão tal que afasta a mera produção aleatória de sons.
Na metade do segundo ano de vida há importante transição em suas
vidas musicais. Elas começam a compor. Inicialmente são músicas
espontâneas, que embora curtas e limitadas apresentam
características sonoras que permitem seu entendimento como
produção musical. Pouco depois começam a produzir pequenos trechos
de canções de músicas familiares ouvidas em seu entorno. Durante
aproximadamente um ano, permanece esta tensão entre o espontâneo
e o cultural; mas por volta do terceiro ou quarto ano de idade as
melodias do ambiente dominante prevalecem, levando ao
desaparecimento progressivo destas músicas espontâneas e
brincadeiras de sons exploratórios.
Muito mais que na linguagem, encontra-se diferenças individuais
notáveis em crianças novas quando elas aprendem a cantar. Muitas
conseguem emitir apenas as aproximações mais grosseiras de tons e
podem ainda apresentar dificuldade em produzir contornos melódicos
precisos aos 5 anos. Mas por volta da idade escolar em geral (na
cultura ocidental dominante) possuem um esquema de como uma
canção deveria ser, podendo reproduzi-las com alguma precisão. Há
pouco desenvolvimento musical após essa idade, e neste sentido a
organização escolar deve ter um papel importante, já que os aspectos
musicais são sabidamente relegados a um segundo plano em relação
aos saberes lingüísticos e lógico-matemáticos.
Ao se olhar o desenvolvimento musical em todo o globo, pode-se
afirmar que este desenvolvimento depende da cultura. Podemos
exemplificar com os Amang da Nigéria, onde as mães introduzem seus
bebês à música e à dança logo que completam uma semana de idade.
Estes alegam que todos os indivíduos são musicamente proficientes. E
de acordo com os antropólogos jamais encontraram um membro “não-
musical” neste grupo.
O processamento
Jeanne Bamberger analisou o desenvolvimento musical na perspectiva
piagetiana. Insistiu que o pensamento musical envolve suas próprias
regras e restrições. Por isto afirmou que este não pode ser assimilado
ao pensamento linguístico ou lógico-matemático. Ela demonstrou, por
exemplo, formas de conservação que existem no domínio da música,
mas que não são intercambiáveis com as formas clássicas da
conservação física.
Bamberger chamou atenção para duas maneiras contrastantes de
processar música; uma abordagem figurativa e outra formal. A
figurativa é fundamentada apenas no que é ouvido independente de
qualquer conhecimento teórico sobre música. Já na abordagem
formal, o indivíduo pode conceituar sua experiência musical de uma
maneira organizada. Equipado de um conhecimento sobre a
música,como um sistema, ele entende o que está ocorrendo.
Qualquer indivíduo em nossa cultura que deseje adquirir competência
musical deveria dominar a análise e a representação musical formal.
No entanto, esta mudança para o nível de “conhecimento sobre a
música” pode envolver um custo. Aspectos da música que são
naturalmente de acordo com o modo figurativo, podem ser
obscurecidos quando um indivíduo tenta determinar e classificar tudo
segundo a análise formal.
Crise da “meia-idade”
O choque entre as formas de processamento musical pode levar
jovens musicos à uma crise. De acordo com Bamberger, é comum que
os prodígios progridam significativamente com base na apreensão
figurativa da música. Contudo, em um momento posterior, a
apreensão dos aspectos formais torna-se importante para sua
evolução. Particularmente para aqueles cujo desenvolvimento baseou-
se fortemente no entendimento intuitivo da música, esta situação pode
ser instabilizadora. Com isso, uma crise da “meia idade” ocorre
durante a adolescencia na vida destes prodígios, podendo mesmo
levá-los a abandonar a vida musical.
Pode-se postular um padrão para o crescimento de um jovem músico.
Até a idade de oito ou nove anos ela prossegue por puro talento e
energia. Aprende peças prontamente devido ao seu ouvido musical
sensível e memória Por volta dos nove anos começa a praticar com
mais seriedade. Uma crise inicial começa quando ela percebe que
outros valores podem ser prejudicados, tais como o desempenho
escolar e amizades.
A segunda e mais central crise é na adolescência, quando dois fatores
entram em jogo. Um deles é o choque entre as maneiras figurativas e
formais já descrito. O outro se prende a aspectos mais pessoais. Até
esta idade, a criança foi um recipiente mais ou menos acolhedor aos
desejos e ambições de pais e professores. Agora, o jovem talento
começa a ter visões de futuro. Questiona-se sobre seus objetivos da
vida, aí incluida a carreira musical. Pondera entre os sacrifícios
presentes e os eventuais benefícios futuros, traduzidos em uma
promessa de trajetória de sucesso nem sempre dependentes apenas
do seu talento musical. É em síntese quando começa a analisar
diferentes e alternativos cursos de ação. É quando começa a tomar
suas próprias decisões.
Você tem alguma dúvida ou pergunta?
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Gardner e as Inteligências MúltiplasTerça-feira, 5/5/2009 às 7:06 am · Arquivada em Aprendizagem: estratégias e Estilos, aprender ·Tagged aluno, aprenda_a_aprender, aprender, aprender a aprender, aprendiz, apresentação, competências, desempenho escolar, dificuldades de aprendizagem, educação, estilos de aprendizagem, Estratégias de aprendizagem
O que é Psicologia Diferencial?Terça-feira, 12/5/2009 às 7:00 am · Arquivada em Aprendizagem: estratégias
e Estilos, aprender, metacognição ·Tagged aluno, aprenda_a_aprender,
aprender, aprender a aprender, aprendiz, compreender, desempenho
escolar, dificuldades de aprendizagem, educação, estilos de aprendizagem,
Estratégias de aprendizagem, metacognição, power point, professor
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A psicologia diferencial investiga o papel das diferenças individuais tais como inteligência,
estilos cognitivos, e personalidade no comportamento humano ( Jonassem & Grabowisky:
Handbook of Individual Diffferences,Learning and Instruction, 1993)
Em nosso trabalho na Officina da Mente esta definição faz parte do dia
a dia, porque lidamos com pessoas que precisam tornar mais
eficientes os seus processos de aprendizagem. são alunos de escolas,
faculdades e cursos de concurso. Vemos que a maior parte delas não
consegue aprender com a eficiência necessária, principalmente porque
não sabe estudar. Frequentemente na escola os professores ensinam
conteúdos, mas dão muito pouca atenção ao modo de aprendê-los. E
coimo conseqüência, as pessoastentam aprender como podem e como
vêem os outros fazer. Em alguns casos, copiar os comportamentos de
sucesso dá certo, mas em outros não.
E é exatamente a psicologia diferencial que nos explica porque isto
nem sempre dá certo. Olhe à sua volta e observe as pessoas em suas
atividades diárias. Você perceberá como são diferentes entre si. Uns
altos, outros magros; uns comunicativos outros mais fechados. Os
gostos variam, a forma de vestir também. Mesmo quando faazem as
mesmas tarefas, cada um tem um jeito particular de completá-las. Uns
gostam de fazer logo tudo, e só param quando terminam
completamente a tarefa. Outros preferem completá-la aos poucos.
Por quê então com o estudo deveria ser diferente?
A Psicologia Diferencial estuda as diferenças individuais no processo
de aprendizagem. Isto é, as pessoas são diferentes entre sí em vários
aspectos inclusive na hora de aprender. Vamos à alguns exemplos:
% João estuda muito pouco em casa, mas sempre tira notas boas. Se
você observar atentamente, talvez perceba que em sala de aula
ele presta MUITA atenção. Se perguntar com cuidado, talvez
descubra que depois da aula êle costuma repassar a aula
mentalmente.
% José quase nunca presta atenção em aula, mas também tira boas
notas. Observando-o atentamente, você talvez perceba que
embora a maior parte do tempo ele fique desatento há
momentos na aula em que para e faz pequenas anotações no
caderno para logo após voltar a conversar. Para usar uma
expressão popular – “Um olho no padre, outro na missa”. Se
perguntar com cuidado, talvez descubra que ao chegar em casa
êle se tranca no quarto por algumas horas e senta para estudar.
% Roberto não faz nada disto, mas como os outros tira boas notas. Está
sempre conversando, inclusve com os professores. Novamente
uma obsevação atenta, talvez revele que ele pergunta muito, e
suas em conversas pergunta muito. Nos intervalos das aulas,
parece que está apenas batendo papo com os professores ou
alguns amigos, mas se você escutar ele (pelo menos algumas
vêzes) está perguntando e discutindo assuntos de estudo.
Nestes casos, você pôde perceber três formas diferentes de aprender.
João é auditivo, aprende “de ouvido”; repete em sua mente o que ouvu
em aula. José é mais lógico, identifica os pontos relevantes da aula e
os anota. Em casa desenvolve-os individualmente. Roberto é mais
interpessoal, aprende no contato com as pessoas.
Este é o campo da Psicologia Diferencial. A metáfora geográfica nos
ajuda a perceber os seus objetivos. Psicólogos diferenciais desejam
“mapear” a mente humana, no que se refere aos processos cognitivos.
Este “mapa” permitiria descrever a “paisagem” cognitiva de uma
pessoa, discriminando-a de todas as outras.
A idéia é descrever o aprendizado humano em termos de traços,
habilidades e intensidade. Traço refere-se à uma característica
abragente do indivíduo. Algo que se expressa ao longo de várias
atividades, mantendo-se relativamente constante. Já a habilidade é
mais específica. É algo que o indivíduo expressa na ação, é uma
maneira de fazer algo. A pessoa faz determinadas coisas com muita
facilidade e outras nem tanto. Neste sentido, a habilidade está
relacinanada ao traço. Isto é, na metáfora geográfica a habilidade
refere-se à maior ou menor facilidade com que um dado indivíduo
executa uma ação, esta modulada pelo traço. O traço, ao contrário
está igualmente presente em todas as atividades, em maior ou menor
intensidade conforme o grau de habilidade do indivíduo naquela ação
em particular . Finalmente, traços e habilidades se expressam com
diferentes intensidades em cada um. Assim é que o conjunto de traços
e habilidade em suas difrentes intensidades, combinados de forma
específica torna os idndivíduos diferentes entre si.
Se você olhar o mapa acima, você verá uma representação
tridimensional desta idéia. Perceba que ele é formado por “picos” e
“vales”. Um “pico” representa a presença de um dado traço e o “vale”
a sua ausência. Isto quer dizer que os traços são entendidos como uma
grandeza unipolar. Isto é, ou você tem ou você não tem, e entre estes
dois extremos podem haver vários valores intermediários do traço
(muito, pouco, mais ou menos, etc.). A habilidade é maior ou menor
ao colocar em ação aquele traço. Finalmente a intensidade mostra o
quão “altos” ou “baixos” são os “picos” e “vales”, procurando
dimensionar a importância de um traço específico em relação a todos
os outros presentes em um dado indivíduo.
Neste momento não dá para aprofundar mais o conceito de traço e
habilidade, o que faremos em posts futuros, demandaria mais espaço
que o cabível aqui. No entanto dá ilustrar.
Habilidade é o mais fácil . Você conhece pessoas que são muito hábeis
em algumas coisas. Um é bom pintor, outra conserta coisas com
facilidade, outro tem sempre uma piada, ou ainda é capaz de resolver
rápidamente problemas diversos. Hábil é quem faz bem algo. Mas note
que talvez o bom pintor seja uma negação para contar piadas, ou o
piadista jamais consiga consertar algo. Assim é que a habilidade é
específica. Você desenha bem, mas não consegue fritar um ôvo.
Traço tem mais a ver com o “jeitão” da pessoa. Um indivíduo é
agitado, outro alegre, alguns são muito educados, outros ainda
circunspectos. Note que a agitação, a alegria e outras características
do tipo não são específicas à um contexto particular. Elas se
expressam em todas as situações da vida da pessoa. É claro que o
ambiente modula um pouco estas características. O indivíduo agitado
pula e berra em um jogo de futebol, mas fica mais contido em um
velório. Mas note que embora mais “parado” , é ainda agitado se
comparado com outros no mesmo velório que não tem aquela
característica.
Uma observção: estes dois últimos parágrafos visaram apenas ilustrar
os conceitos de habilidade e traço. Do ponto de vista da Psicologia
Diferencial, agitação e alegria não são exemplos de traço, assim como
a capacidade pintar não é uma habilidade. Aqui fora apresentadados
com o único objetivo de facilitar a sua compreensão. Como já disse,
isto é tema para outros posts.
Até lá!
O que é inteligência? – O problema da definição.Terça-feira, 19/5/2009 às 11:15 pm · Arquivada em Aprendizagem:
estratégias e Estilos ·Tagged aluno, aprenda_a_aprender, aprender, aprender
a aprender, aprendiz, competências, compreender, desempenho escolar,
educação, metacognição
3 Votos
Inteligência é um daqueles termos que todo mundo sabe o que é, mas
que engasga na hora em que é solicitado a defini-los. Uma resposta
padrão ´a qeu toma a seguinte forma: “- Inteligência é quando…..”.
Segue-se daí um conjuto variado de situações ou eventos onde uma
dada pessoa se comportou de forma inteligente. O problema disto é
que não se está produzindo uma definição, não se diz o que é. O que
se faz é produzir exemplos, ou seja expressões objetivas daquilo sobre
o qual não se definiu.
O problema da circularidade:
Mas notem que isto não é um problema apenas do leigo.
Pesquisadores, mesmo que de forma mais sofisticada, seguem padrão
semelhante. Listam um conjunto de critérios para determinar a
existência da inteligência e a partir daí, a definem como o
compartamento que se incleu nestes critérios. Por exemplo:
% Poderia dizer que inteligente é o indivíduo que é capaz de entender
com facilidade textos difíceis. Este é o meu critério de
comportamento inteligente.
% Sendo assim defino inteligência como a capacidade de compreensão
de textos escritos.
% E portanto a minha definição é circular, ou seja, inteligência é a
capacidade de apresentar um comportamento inteligente.
Fiz acima uma simplificação grosseira do que existe, mas isto dá um
idéia da dificuldade que é responder à pergunta do título. Ao final das
contas a definição de inteligência varia conforme a pessoa que fala.
Por exemplo vejamos o que nos diz a Encyclopaedia Britannica do
Brasil :
“ …conjunto de aptidões em função das quais os indivíduos aprendem mais
rapidamente novas informações e se revelam mais eficientes no manejo e
aproveitamento adequado de conhecimentos já armazenados por meio de
aprendizados anteriores.”
É, dentro de certos limites. uma definição fácil de se aceitar. E isto, em
parte porque ecoa o senso comum. Aprender rápidamente e manejar
com eficiência o conhecimento aprendido é sinal de inteligência. Mas
se olharmos com cuidado esta definição, poderemos perceber que ela
oculta mais do que revela.
Assim é que “aprender com facilidade e ser eficiente no manejo do
conhecimento” não é uma definição, mas um comportamento. Isto
não nos diz o que é a inteligência, e sim o que faz alguém que a
possui.
E portanto o que nos resta, é a outra parte da definição – “…conjunto
de aptidões em função das quais…” . Ou seja, o que a enciclopédia nos
diz é a inteligência é um conjunto de aptidões em funçao do qual
podemos apresentar um comportamento inteligente. Ficou clara a
circularidade desta definição?
E ainda mais; o que é aptidão? o dicionário Houaiss nos responde:
qualidade, atributo do que é apto1 disposição inata ou adquirida (para
determinada coisa)2 série de requisitos necessários ao exercício de
determinada atividade, função etc.
E portanto com esta definição posso reescrever a definição acima
como: “Inteligência é o que me permite agir de forma
inteligente.”
Bem, você poderia argumentar que estamos trabalhando com uma
definição simplificada, mas que conceitos oriundos de pesquisadores
poderiam ser mais esclarecedores.
O problema dos pressupostos:
Vamos então apresentar algumas definições mais “eruditas”, ou mais
“científicas”.
Spearman (1863-1945)“capacidade de fazer deduções a partir de
relações e correlações”
Há aqui, um avanço. Não se nota circularidade, descreve-se o que é
“capacidade de deduzir”. Outro aspecto positivo é que com esta
definição é possível identificar e/ou medir a inteligência. basta que se
criem testes onde o indivíduo seja solicitado á fazer deduções.
Hoje em dia mesmo, “raciocínio lógico” virou disciplina, já que em
concursos públicos há nas provas, pelo menos algumas questões que
que testaqm esta capacidade. Ora, se aceitamos esta definição, então
deduz-se que inteligência é “raciocínio lógico” e se este pode ser
ensinado então podemos ensinar as pessoas a serem inteligentes.
Afirmamos portanto (também por dedução) que a inteligência não é
imutável. por isto mesmo as pessoas “burras” podem se tornar
inteligentes. E isto é bom para todos os que podem se beneficiar disto.
Puderam perceber o “raciocínio lógico” no parágrafo acima? É muito
bom ser capz de fazê-lo, já que a lógica pode frequentemente, revelar
verdades às vezes ocultas nas coisas e pessoas.
O problema aqui é que sendo a dedução uma operação lógica, implica-
se que a inteligência é uma função lógica apenas. Ou seja o
pressuposto de que o que tem valor para a inteligência é a lógica e
apenas ela. Não se pode classificar com inteligente um grande músico
ou mesmo um líder carismático já que virtusismo musical ou carisma
não podem ser considerados como capacidades lógicas.
Wechsler (1896-1981)“…capacidade global do indivíduo para atuar
de acordo com as finalidades previstas, para pensar racionalmente e
atuar de maneira eficaz em relação a seu ambiente…”
Aqui notamos um avanço, ao ultrapassar a restrição à lógica como
definidora de inteligência. Sim, falamos em “pensar racionalmente” o
que nos dirige para a lógica. Mas falamos também de uma ação
dirigida a objetivos e eficaz em relação ao meio. A ampliação do
conceito de inteligência é o grande avanço. Inteligência é mais do que
apenas bom uso da lógica. É ação inteligente.
Êpa! Olha a circularidade aí de novo. E neste aspecto o problema se
refere à definição de inteligência como “capacidade global”. voltamos
á questão do “conjunto de aptidões” da primeira definição da
enciclopédia.
Mas a noção de interação surge como uma chave para sair desta
dificuldade e nos leva ao próximo pesquisador.
Piaget (1896-1980)“…qualidade que se expressa pela maneira como
o indivíduo se adapta ao meio…”
De formação biológica, Piaget fundamenta em Darwin sua noção de
inteligência. o pressuposto aqui é que todos os seres vivos, os homens
em particular, querem sobreviver. Ora, sendo isto verdade, então
aquele que melhor se adapta ao meiosobrevive melhor sobrevive.
Sobreviver mais e melhor é atingir sua finalidade com mais eficiência.
Logo os mais eficientes em sobreviver são os mais inteligentes. Ou
seja, a”maneira de se adaptar ao meio” é a sua definição de
inteligência.
Por isto é que Piaget fala de uma “inteligência em ação” ou “agir
inteligente” ao enfatizar que a inteligência não é uma capacidade
abstrata de pensar ou raciocinar, mas de agir concretamente em um
meio real. É claro que o uso da razão esta aí incluido, mas não se
restringe a ela. Implica em colocá-la em ação, mais que isto, ela se
expressa na ação.
O problema aqui é que a ênfase recai novamente no comportamento e
de novo falamos de inteligência como a capacidade de se comportar
inteligentemente. Mas este não foi o interêsse principal de Piaget. Sua
preocupação desenvolvimentista, isto é, buscar entender como o ser
humano ao crescer, cria regras de relacionamento com o o
conhecimento, dai o nome de sua teoria: “Epistemologia Genética”.
Neste sentido então Piaget não foi um estudioso da inteligência, mas
do aprendizado humano.
Gardner (1999)“ Potencial biopsicológico para processar informações
que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas
ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura.”
Gardner em sua definição de inteligência parte de outros pressupostos.
Um deles é o de que uma definição de inteligência deve ser
abrangente e integradora, levando em conta aspectos biológicos,
psicológicos e culturais.
Por isto Gardner em sua definição de inteligência:
% diz o que ela é => Potencial biopsicológico
% apresenta seu objeto => processar informações
% dá o contexto onde aflora => cenário cultural
% apresenta sua finalidade => solucionar problemas ou criar produtos
% e impõe limites => que sejam valorizados numa cultura
O problema das diferentes dimensões.
Como vimos nos exemplos acima, cada autor “olha” para a inteligência
de um ponto de vista particular. Isto é resultado das diferentes
dimensões sob as quais a diferença é estudada.
Uma delas é a quem perguntamos. Isto é, as noções de inteligência
variam de uma cultura a outra. Algumas valorizam o desempenho
acadêmico e outras as habilidades sociais. Por isto as definições
podem ou enfatizar a lógica e o raciocínio como no primeiro caso
enquanto ou então a diplomacia e a capacidade de escutar no
segundo.
Outra dimensão é a dos métodos. Psicometristas tendem a definir
inteligência baseados análises estatísticas de variáveis passiveis de
mensuração em testes. Antropólogos não costumam testar pessoas,
observam-nas em seus ambientes reais, etentam compreender as
visões dos grupos que estudam. Por isto suas definições de inteligência
tendem a centrar-se nas definições que afloram destes grupos e na
competência com que seus membros realizam atividades valorizadas
por aquela cultura em particular.
Outra ainda é a do nível de análise. Por exemplo, neurocientistas
estudam o cérebro, psicólogos clínicos o indivíduo e antropólogos e
sociólogos preocupam-se com o coletivo. Ao debruçar-se sobre o
mesmo tema, trarão subsídios diferentes.
Finalmente os valores e crenças moldam também as definições de
inteligência. Por exemplo, muitos brasileiros acham que a inteligência
é uma caracteristica inata e imutável, daí o conceito de “inteligente” e
“burro”. Por outro lado, algumas culturas orientais tendem a
responsabilizar o trabalho duro como responsável pelo desempenho
intelectual de seus estudantes. Por isto as palavras “dedicado” e
“preguiçoso” tem um significado muito específico nestas comunidades.
.. .
Vimos então como é difícil chegar à uma definição única do que seja
inteligência. Mais que isto, talvez você tenha percebido que apesar de
todos os problemas apontados, nenhuma definição é “errada”. Você
pode apontar uma inconsistência aqui ou alí, esta ou aquela
incompletude, mas todas se referem corretamente a pelo menos a
algum aspecto da inteligência.
Bem, se todas estão “certas” poderíamos pensar que não faria diferença qual definição escolhemos aceitar. Só que não é bem assim. Definições são de certa forma “ferramentas” de trabalho. Uma dada definição nos permite fazer coisas que outra não permite, isto é, umas são mais úteis do que outras. Utilidade não é o único critério de escolha, mas o que queremos fazer é algo que devemos levar em conta ao aceitar uma definição específica.
Inteligência, Teorias e ReificaçãoTerça-feira, 26/5/2009 às 6:29 pm · Arquivada em Aprendizagem: estratégias
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aprendiz, competências, desempenho escolar, educação, metacognição,
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Na semana passada ( O que é inteligência? – O problema da
definição. ) vimos com é difícil definir clara e precisamente o que é
inteligência. Vimos também como as definições variam conforme o
pesquisador, seus métodos,e a cultura onde vive. Por isto é comum
considerar que as definições só fazem sentido dentro do que
chamamos de “Teorias sobre a inteligência”.
Assim, antes de aceitarmos uma dada definição, cabe analisar a teoria
da qual esta definição é derivada. Por isto dedicaremos o post de hoje
à apresentar dois conceitos: Teoria e Reificação.
Mas antes de começar, um aviso. O que vou explicar é uma
simplificação dos conceitos e serve apenas para introduzir uma Teoria
sobre a inteligência. Por isto o está abaixo é sintético e em alguns
momentos pouco preciso, mas é bastante adequado para os fins desta
apresentação.
O que é uma teoria?
Vejamos a definição de Goldenberg (1988):
É um conjunto de princípios e definições que servem para dar organização
lógica a aspectos selecionados da realidade empírica…
Comecemos pelo final; a definição nos fala de “aspectos selecionados
da realidade empírica…”. Ou seja; fatos. Um fato é aquilo que é
observável e mensurável. É objetivo no sentido de que é externo ao
pesquisador. Preocupamo-nos sim com fatos, mas não com qualquer
um. Dentre todos os possíveis, só selecionamos aqueles que por esta
ou aquela razão são mais úteis para nós.
Mas qual a utilidade?
Por exemplo, podermos compreender e/ou se beneficiar de alguma
situação ou coisa. Assim uma “teoria sobre a chuva” buscaria na
natureza aspectos que nos ajudassem a compreender a dinâmica do
clima de modo a leva-lo em conta em nossas atividades diárias.
Mas occorre que os fatos são muitos e variados. Não ocorrem segundo
o desejo do pesquisador, mas de acordo com a sua natureza
específica. Do jeito que acontecem naturalmente eles são initeligíveis.
É necessário portanto um esforço de nossa parte para poder
compreendê-los. Por isto é que a definição aponta para a necessidade
de “dar organização lógica…”. E isto significa que os diferentes fatos
são unidos entre si por meio de ligaçoes e relações lógicas. Cabe
enfatizar aqui que começamos então a sair do mundo concreto dos
fatos para um nível mais abstrato – o das relações lógicas entre fatos.
Mas como se fazem estas ligações?
Por meio do “…conjunto de princípios e definições…”, ou seja,
proposições abstratas que permitem ligar um fato a outro. Notem
portanto que este “…conjunto de princípios e definições…” é algo que
é construido. Isto é; alguém, em algum momento, pensou e produziu
a teoria. Chamo a atenção para isto, porque quero enfatizar o caráter
de construção da teoria. Mais que isto, quero discriminar o que é um
teoria do que é um fato. Como vimos, o fato é objetivo. Já a teoria é
subjetiva. muito mais que os fatos, a teoria depende do raciocínio,
vivência e estudo do pesquisador. Claro que ela faz uso de fatos, mas
estes são apenas uma parte do todo.
Assim sendo posso agora falar das teorias como construções abstratas,
feitas por seres humanos, que buscam uma interação com o meio mais
adequada. Por isto, é prudente encararmos as teorias como o que são-
ferramentas muito importantes para a nossa sobrevivência. Elas não
são uma descrição do que é, mas sim um modelo do que poderia
ser.
Sabendo disto podemos agora passar para o segundo tópico de hoje –
a Reificação – erro que cometemos quando esquecemos que teorias
são modelos e não a realidade em si.
O que é a Reificação?
Uma excelente definição é a de Fredric Litto (2002):
O erro de tratar um conceito abstrato (por exemplo, “Liberdade”, “Justiça” ou
“Progresso”) como um ente real e concreto, como uma “coisa”.
Assim por exemplo: “O Brasil se tornará uma grande potência porque
esse é o seu destino. O país caminha prometido ao sucesso”.
Aqui “ o locutor está designando algo chamado “destino” como a
causa de algum acontecimento. Mas, tudo o que sucede a nós ou ao
país é obra do destino? Se isso é verdade, então “destino” parece ser
um conceito determinista que se aproveita de um sofisma a partir do
conceito de potência. Que ente misterioso vem a ser o destino, que
seria capaz de grandes e significantes eventos? A Segunda enunciação
mostra também a falácia de circularidade, isto é, de argüir “em
círculo”, tautologicamente, sem provas para substanciar as
afirmações.”
E o que isto tudo tem a ver com inteligência, o tema deste post?
Bem já mostramos que as teorias são modelos. Assim “teorias sobre a
inteligência” são modelos sobre a inteligência e não descrições da
inteligência. E isto nos leva ao terceiro e último tópico de hoje.
A Reificação e a Teoria das Inteligências Múltiplas
Howard Gardner, pesquisador em Harvard, publicou em 1983. o livro
“Estruturas da Mente – Teoria das Inteligências Múltiplas
onde defendia a existência de sete tipos de inteligência, ao contrário
do que advogavam vários pesquisadores da época. De lá para cá mais
duas inteligências forma propostas, e o pesquisador tem também
trabalhado em outras vertentes no estudo da mente.
No entanto o trecho que cito abaixo é particularmente atual. Ainda
mais quando é criticado quanto ao caráter “positivista” de sua teoria. É
também importante, do ponto de vista deste blog, porque em posts
futuros apresentaremos alguns aspectos de sua teoria. Assim:
“Um ponto final crucial antes de voltar-me para as inteligências em si. Há uma tentação humana universal de dar crédito a uma palavra à qual nos tornamos apegados, talvez porque nos ajudou a entender melhor uma situação. Conforme observei no início deste livro, inteligência é uma destas palavras; nós a usamos com tanta freqüência que viemos a acreditar em sua existência como uma entidade mensurável e tangível genuína ao invés de como uma maneira conveniente para rotular alguns fenômenos que podem (mas é bem possível que possam não) existir.Este risco de reificação é grave num trabalho de exposição, especialmente em um trabalho que tenta apresentar conceitos científicos novos. Eu e leitores simpatizantes tenderemos a pensar — e a cair no hábito de dizer — que aqui observamos a “inteligência lingüística”, a “inteligência pessoal” ou “a inteligência espacial” em funcionamento, e isto é tudo. Mas não é. Estas inteligências são ficções — no máximo, ficções úteis — para discutir processos e capacidades que (como tudo na vida) são contínuos; a natureza não tolera qualquer descontinuidade aguda do tipo aqui proposto. Nossas inteligências estão sendo separadamente definidas e descritas estritamente para esclarecer questões científicas e fazer frente a problemas práticos prementes. E permissível incidir no pecado da reificação, contanto que permaneçamos conscientes de que isto é o que estamos fazendo. Então, quando voltamos nossa atenção para as inteligências específicas, devo repetir que elas existem não como entidades fisicamente verificáveis, mas apenas como construtos científicos potencialmente úteis.”
Introdução à Idéia das Inteligências MúltiplasTerça-feira, 9/6/2009 às 7:00 am · Arquivada em Aprendizagem: estratégias e
Estilos ·Tagged aluno, aprenda_a_aprender, aprender, aprender a aprender,
aprendiz, competências, compreender, desempenho escolar, dificuldades de
aprendizagem, educação, estilos de aprendizagem, Estratégias de
aprendizagem, professor
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Iniciamos em maio um série de posts sobre inteligência. Começamos
com uma apresentação de slides mais geral e desde então estamos
aprofundando cada tópico. Abaixo você encontra “links” para toda a
série. Hoje vamos discutir a própria idéia de inteligências múltiplas.
Segundo Gardner, inteligências humanas são diversas competências
intelectuais humanas relativamente autônomas que podem ser
modeladas e combinadas numa multiplicidade de maneiras
adaptativas por indivíduos e culturas. No entanto afirma que a noção
das inteligências humanas dificilmente é um fato científico
comprovado. Para ele é no máximo uma idéia que recentemente
readquiriu o direito de ser discutida seriamente, portanto é inevitável
que abrigue muitas falhas.
Fontes
Esforços anteriores para determinar/descrever as inteligências
fracassaram porque fundamentaram-se em apenas em uma ou duas
linhas de evidência com base nos resultados de testes de QI ou
estudos do cérebro. Sua idéia é a de ampliar o conjunto de
perspectivas sob as quais fundamentar uma teoria sobre a(s)
inteligência(s). Assim, se existe uma inteligência e elas não múltiplas
então as evidências oriundas de variados domínios deveriam
corroborar esta idéia. Assim sendo:
% Prodígios e indivíduos talentosos: Nestes indivíduos a
inteligência deve se expressar de forma clara e individualizada .
% Pacientes com danos cerebrais: De maneira análoga, lesão a
áreas específicas deveriam inibir determinados tipos de
inteligência sem afetar outros.
% “Idiots Savants”: De forma semelhante ao dano cerebral, há
indivíduos que apresentam habilidades excepcionalis em
algumas áreas, enquanto que em todas as outras são muito
deficientes. Daí o nome “sábios idiotas”.
% Crianças e adultos normais: Os mesmos achados (com a
modulação necessária) deveriam ser observados em casos
normais. Desta forma seria possível demonstrar que a
observação de diferentes tipos de inteligência não se deve
apenas a eventos patológicos ou excepcionais diversos.
% Indivíduos de diversas culturas: Independente da definição de
inteligência, indivíduos inteligentes são valorizados pela
sociedade. Este reconhecimento social permite que tais
potenciais biológicos tenham maior probabilidade de se
expressar. Daí a importância da valorização doe um componente
social no conceito de inteligência. Mais que isto, como a
sociedade se organiza de forma variada no mundo, estas
diferentes culturas ao valorizar talentos diversos poderão trazer
evidências em apoio à teoria das inteligências múltiplas.
% Especialistas em diversas linhas de pesquisa: Finalmente, e
dentro do diálogo possível, uma teoria das inteligências múltiplas
deveria ser compatível com o maior número possível de
diferentes especialidades acadêmicas.
Objetivos
Enfim, Gardner entende que esforços no desenvolvimento desta teoria
deveriam ser dirigidos aos seguintes objetivos:
% Expandir campos de ação da psicologia cognitiva e
desenvolvimento.
% Examinar as implicações educacionais de uma teoria de
inteligências múltiplas.Desenvolver um modelo de como competências intelectuais podem ser fomentadasem cenários culturais.
Ciência Cognitiva e a Idéia das Inteligências MúltiplasTerça-feira, 16/6/2009 às 7:00 am · Arquivada em Aprendizagem: estratégias
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aprendiz, competências, compreender, desempenho escolar, dificuldades de
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Ciência cognitiva
Ciência cognitiva é um tipo de ciência que emprega os métodos
delineados por psicólogos experimentais ao longo do último século
para investigar tarefas do tipo que Piaget e outros teóricos cognitivos
empregaram.
O Psicólogo da ciência cognitiva tenta descrever nos mais refinados
detalhes todas as etapas que o desempenho de um indivíduo possa ser
simulado num computador envolvendo uma análise detalhada da
própria tarefa, bem como uma análise minuciosa dos pensamentos e
do comportamento do sujeito.
A teoria da inteligência da ciência cognitiva é um avanço sobre as
linhas de estudo mais antigas, sendo muito mais dinâmica no decorrer
da resolução de problemas: possui um mecanismo de acesso,
operações de transformação e gravação, tendo a sugestiva noção de
funções executivas ou outros mecanismos de controle de ordem mais
elevada com missão de determinar o que é feito, em que ordem e por
qual mecanismo.
Em oposição ao paradigma piagetiano, a ciência cognitiva carece de
uma teoria articulada dentro da qual diferentes formas de cognição
podem ser convincentemente relacionadas (ou distinguidas) umas das
outras.
Como as teorias mais antigas, a ciência cognitiva é estudada de forma
não biológica, fazendo pouco contato com o que é conhecido sobre o
funcionamento do sistema nervoso, tendo assim pouco interesse na
criatividade aberta, que é crucial nos níveis mais elevados da
conquista intelectual humana.
Sistemas simbólicos
Durante o século XX, filósofos demonstraram interesse nas
capacidades simbólicas humanas. Segundo Ernst Cassirer, Susanne
Langer e Alfred North Whitehead,a competência do ser humano para o
uso de diversos veículos simbólicos para a expressão e comunicação
de significados distingue nitidamente os seres humanos dos outros
organismos. Os símbolos foram a chave da evolução da natureza
humana.
Em comum com a psicologia piagetiana a ciência cognitiva aceita
como prova de inteligência determinados tipos de habilidade. Por
exemplo a competência do tipo lógico-matemático. Assim resolver
teoremas lógicos, efetuar demontrações geométricas e jogar uma
partida de xadrez, são comportamentos inteligentes que podem muito
bem ter sido tomados por empréstimo diretamente do arquivo
Piagetiano das tarefas intelectuais fundamentais.
David Feldmam,David Olson, Gavriel Salomon e H. Gardner também
adotam sistemas humanos de símbolos como foco principal de
atenção. Em sintonia com Piaget, usam os seus métodos e esquemas
gerais. No entanto não se restringem aos símbolos linguisticos, lógicos
e numéricos da teoria piagetista clássica. Dirigem-se ainda a uma
gama completa de sistemas de símbolos adicionando sistemas de
símbolos musicais, corporais, e pessoais.
A tentativa de reconciliar a abordagem pluralística da cognição com a
unilinear de Piaget foi abordada por D. Feldman. Este relata que as
conquistas cognitivas podem ocorrer numa gama de domínios.
Determinados domínios são universais, tal como o lógico-matemático,
e outros são restritos a determinadas culturas. No extremo oposto dos
domínios universais estão os domínios singulares, áreas de habilidade
nos quais inicialmente apenas um ou um pequeno grupo de indivíduos
progride.
O prodígio, para Feldman, é aquele que passa por um ou mais
domínios com muita rapidez, tornando-se qualitativamente diferente
de outros indivíduos. Sua existência se deveria a alguns fatores: pais e
familiares, excelentes professores, motivação elevada. Neste sentido,
é contrário ao indivíduo Piagetiano que cujo avanço se dá por conta
própria.
Diferentes pesquisadores que trabalham com sistemas simbólicos
apresentam focos específicos. G. Salomon focaliza os meios de
comunicação; D. Olson focaliza o papel dos sistemas simbólicos na
alfabetização; Gardner e seus colegas buscam afirmar que cada
sistema de símbolos seria melhor descrito como possuindo sua própria
trajetória desenvolvimental.
Gardner levantou informações de uma gama de fontes (idiots savants e prodígios) para a descrição ideal de cada domínio da cognição e simbolização.Em sua visão as informações mais valiosas tendem a vir de um profundo conhecimento do sistema nervoso.
Os oito critérios de uma Inteligência para Howard Gardner (Parte 1)Terça-feira, 23/6/2009 às 7:00 am · Arquivada em Aprendizagem: estratégias
e Estilos, learning ·Tagged aluno, inteligência, inteligências múltiplas,
professor
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Já vimos em posts anteriores que é muito complicado definir uma
inteligência. E como escrevemos antes “Definições são de certa forma
“ferramentas” de trabalho. Uma dada definição nos permite fazer
coisas que outra não permite, isto é, umas são mais úteis do que
outras.” Gardner nos propõe a idéia de inteligências múltiplas.
Do ponto de vista acadêmico, não foi o único. Em outro post afirmamos
que a teoria de inteligências múltiplas compartilha algumas idéias
comuns com outras teorias de diferenças individuais como as de
Cronbach & Snow, Guilford, e Sternberg. Gardner (1994) e também
Marks-Tarlow investigam as implicações da estrutura teórica em
relação à criatividade.
Mas de uma forma ou de outra, foi a teoria de Gardner que obteve
maior aceitação da comunidade, principalmente entre os educadores.
Em minha opinião porque além de bem fundamentada, ela é de
simples compreensão e tem conseqüências práticas importantes.
O que é necessário para caracterizar uma inteligência?
A intenção de Gardner foi a de descobrir inteligências que satifizessem
certos critérios bio-psicológicos incluindo também aspectos culturais.
Para ser aceita como inteligência, uma determinada característica
humana deveria passar por dois estágios.
O primeiro é o de satisfazer o pré-requisito para inteligência. Para êle
toda inteligência deve possuir:
% O potencial de identificar problemas relevantes e,
% um conjunto de habilidades que permitam resolver estes problemas
Para Gardner isto é crítico pois “a habilidade de identificar e resolver
problemas é a base para a aquisição de conhecimento”. Esta primeira
etapa foi incluida em sua teoria para assegurar-se que suas
inteligências identificadas seriam genuinamente importantes e úteis
em cenários culturais específicos.
Em seguida a “inteligência candidata” dever satifazer os critérios de
inteligência. São oito no total. No entanto Gardner ressalta que a
aceitação ou rejeição de uma “inteligência candidata” não se deve
basear em uma avaliação pura e simples da presença ou ausência dos
oito critérios. Nem toda inteligência satisfará todos os oito critérios.
Em sua palavras “a aceitação ou rejeição de uma inteligência
candidata se parece mais com um julgamento artístico que com uma
avaliação científica.” . Os oito critérios são:
Isolamento potencial por dano cerebralExistência de idiots savants, prodígios e outros indivíduos excepcionaisOperação central ou conjunto de operações identificáveisHistória e Plausibilidade EvolutivaHistória do desenvolvimento característica aliada a um conjunto definível de desempenhos “ acabados”
Suscetibilidade à codificação em um sistema simbólicoApoio de tarefas psicológicas experimentaisApoio de achados psicométricos
% Isolamento potencial por dano cerebral
% Existência de idiots savants, prodígios e outros indivíduos
excepcionais
% Operação central ou conjunto de operações identificáveis
% História e Plausibilidade Evolutiva
% História do desenvolvimento característica aliada a um conjunto
definível de desempenhos “ acabados”
% Suscetibilidade à codificação em um sistema simbólico
% Apoio de tarefas psicológicas experimentais
% Apoio de achados psicométricos
Referências
% Gardner’s Multiple Intelligences:
http://wilderdom.com/personality/L2-
4GardenerMultipleIntelligences.html#Signs acessado em
20/06/2009T. Steuart Watson, & Christopher H. Skinner (Orgs.). (2004). Gardner´s Theory of Multiple Inteliligences. In Encyclopedia of School Psychology (1° ed., pp. 136-7). Birkhäuser. Recuperado Junho 20, 2009, de http://books.google.com.br/books?id=cc5XiMm8qzgC&pg=PA136&lpg=PA136&dq=gardner+%2B+intelligence+signs&source=bl&ots=MlkH6oBoCk&sig=G91bDOQZZ2gi5gYvBW7xDasNj84&hl=pt-BR&ei=KQc9St72BpOqtgfj5IkZ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3.
Os oito critérios de uma Inteligência para Howard Gardner (Parte 2)Terça-feira, 30/6/2009 às 11:49 am · Arquivada em Aprendizagem:
estratégias e Estilos, Razão, learning ·Tagged aluno, inteligência,
inteligências múltiplas, professor
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Na semana passada definimos os pré-requisitos e os oito critérios para
caracterizar uma inteligência segundo Gardner. Hoje vamos descrever
estes critérios em maior detalhe.
Isolamento potencial por dano cerebral
Gardner afirma que as pessoas têm inteligências múltiplas porque elas
tem nódulos neurais múltiplos, cada qual com seu modo de operar
específico e sistemas de memória próprios. Se isto é verdade, então
um dano cerebral específico poderia anular uma dada inteligência sem
afetar significantemente as outras. E isto parece ser verdadeiro, já que
existe aphasia sem amusia. Isto é; músicos com danos cerebrais que
dificultam a fala podem manter intacta sua capacidade de tocar
(Hodges, 1996; Sergent, 1993). Isto nos dá conta que as inteligências
existem em (ou fazem uso de) regiões específicas do cérebro.
Existência de idiots savants, prodígios e outros indivíduos excepcionais
De outra forma, estes casos nos mostram também a autonomia das
inteligências. Aqui podemos observar uma dada inteligência em sua
forma “pura” e hiper desenvolvida, sem que o mesmo aconteça com
as outras. Se no caso anterior, a inteligência era isoladamente lesada,
aqui ela se apresenta em alto nível. Por exemplo, Mozart podia
escrever música antes mesmo que tivesse aprendido a escrever. As
inteligências podem mesmo existir em isolamento. Por exemplo como
se dá em alguns autistas e de forma muito florida nos “idiots savants”
(sábios idiotas); pessoas com deficiência mental grave que apesar
disto mostram desempenho excepcional em áreas específicas como
desenho, música, memorização, cálculo e etc.
Operação central ou conjunto de operações identificáveis
Demonstrado que a inteligência se apresenta no cérebro de forma
autônoma, falta apresentar sua característica de funcionamento que
lhe é específica, discriminando-a de outros tipos de inteligência. Esta
operação central seria “um mecanismo neural ou sistema
computacional genéticamente programado para ser ativado ou
“disparado” por determinados tipos de informação interna ou
externamente apresentados” (Gardner, 1994). São exemplos de
operações centrais nas diferentes inteligências:
% Lingüistica: Sensibilidade para a língua falada e escrita. Habilidade
para aprender línguas. Capacidade de usar a linguagem para
atingir certos objetivos.
% Lógico Matemática: Capacidade de analisar problemas com lógica,
realizar operações matemáticas e investigar questões
científicamente.
% Visual-Espacial: Potencial de reconhecer e manipular padrões do
espaço.
% Musical: Habilidade na atuação, composição e apreciação de
padrões musicais.
% Corpóreo-Cinestésica: Potencial para usar o corpo para resolver
problemas ou fabricar produtos.
% Interpessoal: Capacidade de entender as intenções, motivações e
desejos do próximo. Também de trabalhar eficientemente com
terceiros.
% Intrapessoal: Capacidade de se conhecer – desejos, medos e
capacidades – e de usar estas informações com eficiência para
regular a própria vida
História do desenvolvimento característica aliada a um conjunto definível de desempenhos “ acabados”
Mais que isto, em defesa de uma dada inteligência , deve ser possível
traçar sua história evolutiva durante o desenvolvimento humano. Isto
é, demonstrar que do nascimento á maturidade, uma dada habilidade
não só esteve presente como se tornou progressivamente mais
sofisticada até desembocar no seu mais alto nível.
Isto implica que é necessário definir um certo padrão de
desenvolvimento. Isto quer dizer que é possível descrever uma
gradação na expressão de uma dada inteligência; desde seus nívels
mais rudimentares aos mais avançados. Por exemplo, a linguagem
falada desenvolve-se rápidamente em altos níveis de sofisticação nas
pessoas normais adequadamente instruidas. Em contraste, muito
embora todos os indivíduos normais desenvolvam alguma capacidade
matemática, observa-se pouco progresso na compreensão da
matemática avançada mesmo em condições de escolaridade formal
(Torff & Gardner, 1999).
Identificar esta história desenvolvimental e analisar a sua
suscetibilidade à modificação e treinamento, é muito importtne para
profissionais da educação. Os resultados deste estudo tem aplicação
direta na área.
História e Plausibilidade Evolutiva
A idéia aqui é que se alguma coisa pode ser caracterizado como
inteligência ela não deve ter se desenvolvido do nada. Algo dela pode
ser traçado na história da humanidade e mesmo na evolução das
espécies.
Por exemplo, traços da inteligência musical, lingüística e corpóreo-
cinestésica podem ser identificados na comunicação animal. Assim é
que pássaros e golfinhos fazem muito uso do som em suas atividades.
Rituais de acasalamento, posturas de ameaça ou submissão são
situações em que o corpo “fala”. Macacos apresentam
comportamentos sociais similares aos da espécie humana.
No que se refere à espécie humana, é necessário ser possível
identificar períodos de rápido crescimento na pré-história cujas
características estinularam ou inibiram o desenvolvimento de uma
dada inteligência.
Apoio de tarefas psicológicas experimentais
Métodos oriundos da psicologia experimental podem esclarcer o
funcionamento de uma dada inteligência candidata. Por exemplo a
análise fatorial mostra a existência de dois grandes grupos de fatores:
o verbal e o espacial (Torff & Gardner, 1999). Assim o psicólogo
cognitivo, fazendo uso do seu instrumental poderia investigar
relativamente a uma dada inteligência:
% Detalhes do seu funcionamento.
% Autonomia ou interdependência relativa.
% Formas de memória peculiares a um dado estímulo.
% Maneiras como pode interagir com outras na execução de tarefs
complexas.
Apoio de achados psicométricos
Achados de testes de inteligência podem fornecer informação
adicional, de dua maneiras. Uma, na medida em que diferentes
tarefas que investiguem uma inteligência específica apresentem
resultados fortemente correlatos. A outra no sentido oposto, quando
não houver correlação entre resultados que investiguem tipos
diferentes de inteligência.
No entanto, para Gardner este critério é dos mais criticáveis. Isto
porque, em geral os testes psicométricos, na sua essência, não se
harmonizam com as proposições da teoria das intelígências múltiplas.
Assim é que deteminadas tarefas exigidas nestes testes envolvem o
uso combinado de mais de uma única competência. Em outros casos
uma mesma tarefa pode ser resolvida por diferentes competências.
Por exemplo, a resolução de algumas analogias ou matrizes podem
ser resolvidas por difrentes meios usando capacidades lingüísticas,
lógicas ou espaciais. Por isto é particularmente difícil para estes testes
alegar que estas ou aquelas inteligências se relacionam ou não entre
si. Aspecto adicional é que tais testes são frequentemente realizados
de forma escrita, o que exclui do seu universo de observação
capacidades que exigem habilidade física ou interação.
Suscetibilidade à codificação em um sistema simbólico
A linguagem, o desenho e a matemática são apenas três dos sistemas
de símbolos que se tornaram importantes para a espécie humana.
Símbolos são formas que permitem ao homem a transcendência. Isto
é, permitem que o ser humano ultrapasse limites.
Por exemplo, vejo ao longe e atrás de uma casa, uma coluna de
fumaça. Com isto e concluo que há fogo, lá onde não estou e não
posso ver. Assim, ao ver a fumaça, me foi possível ultrapassar os
limites do espaço.
Abro o jornal pela manhã e leio as notícias do dia anterior. Aqui os
símbolos por meio dos quais a linguagem escrita se expressa me
permitiram utltrapassar o limite do tempo. Isto é, hoje atualizo para
mim o que aconteceu ontem.
Ando na rua e vejo um ser humano trajando uma batina. Identifico-o
como um padre e imediatamente vem-me à mente vários aspectos
religiosos que aquela pessoa simboliza pela maneira como se veste.
Neste sentido, sem nem mesmo falar com êle, já o conheço pelo
menos em parte. Desta maneira o símbolo, neste caso a batina, me
permitiu ultrapassar o limite do outro. Só nós podemos sabemos o que
somos, assim como os outros podem saber quem são. No entanto, os
símbolos expressos na maneira com que nos vestimos ou agimos nos
permitem conhecer o outro e nos darmos ao conhecimento dêle.
Por isto, sistemas simbólicos são muito importantes para a sociedade
e para o desenvolvimento humano. Se uma dada inteligência existe,
então pode-se pensar de duas maneiras. Por um lado, é possível supor
que ela existe porque houve durante a evolução humana
desenvolvimento de sistemas neurais suscetíveis à sistemas de
símbolo específicos. Desta forma este substrato neural teria permitido
a exploração pela espécie humana destes símbolos pré-existentes. Na
perspectiva inversa, podemos pensar que os símbolos só puderam se
desenvolver dada a existência prévia do sistema neural.
Independentemente de qual seja a precedência, neurológica ou
simbólica, o resultado final é o mesmo – demonstrar a importância
para o homem da possíbilidade de uma dada inteligência ser
codificada em um sistema simbólico. E por isto tudo, esta capacidade é
considerada por Gardner como um critério final para sua
caracterização como inteligência.
Referências
% Gardner’s Multiple Intelligences:
http://wilderdom.com/personality/L2-
4GardenerMultipleIntelligences.html#Signs acessado em
20/06/2009
% T. Steuart Watson, & Christopher H. Skinner (Orgs.). (2004). Gardner
´s Theory of Multiple Inteliligences. In Encyclopedia of School
Psychology (1° ed., pp. 136-7). Birkhäuser. Recuperado Junho 20,
2009, de http://books.google.com.br/books?
id=cc5XiMm8qzgC&pg=PA136&lpg=PA136&dq=gardner+
%2B+intelligence+signs&source=bl&ots=MlkH6oBoCk&sig=G91
bDOQZZ2gi5gYvBW7xDasNj84&hl=pt-
BR&ei=KQc9St72BpOqtgfj5IkZ&sa=X&oi=book_result&ct=result
&resnum=3.Gardner, H. : Estruturas da mente – A Teoria das inteligências Múltiplas, Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 1994.
Inteligência e cérebro segundo Gardner
Terça-feira, 7/7/2009 às 7:00 am · Arquivada em Aprendizagem: estratégias e
Estilos, Razão ·Tagged aluno, inteligência, inteligências múltiplas, professor
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Na semana passada terminamos de definir os critérios que deveriam
ser preenchidos por uma inteligência candidata. Um deles era o
Isolamento potencial por dano cerebral. Isto é, se a idéia de
inteligências múltiplas é verdadeira, então um dano cerebral específico
poderia anular uma dada inteligência sem afetar significantemente as
outras.
Afirmar a veracidade deste raciocínio é discutir o funcionamento
cerebral. Isto porque para isto o cérebro deveria possuir uma
organização tal que permitisse um funcionamento independente das
suas diferentes funções. Assim, discriminar entre um funcionamento
“global” (equipotencial) ou “compartimentalizado” (localizacionista) do
cérebro é crucial para a aceitação da teorias das inteligências
múltiplas.
Visões Anteriores
Na visão localizacionista prevaleceu uma crença correlativa de que
diferentes partes do cérebro servem a diferentes funções cognitivas.
Já na visão equipotencial o cérebro foi considerado um órgão geral no
qual as funções podem ser desenpenhadas e habilidades
representadas em qualquer seção do sistema nervoso.A inteligência
tendeu a ser considerada, como uma capacidade unitária.
K. Lashley sugeriu que a quantidade de tecido cerebral intacto,ao invés
de sua indentidade particular determinaria se um organismo poderia
desempenhar uma tarefa. Para isso foi realizado uma experiência com
ratos. Através de estudos sobre este caso, pesquisadores viram que
não fazia diferença retirar partes do cérebro, bastava deixar algumas
partes que a tarefa seria desenvolvida.
No final do século o periodo para os holístas foi novamente excelente
pois a inteligência foi relacionada à quantidade de massa cerebral ao
invés de sua localizaçao particular.
Entretanto outros estudos revelaram que algumas áreas do cérebro
provam ser de especial importância na solução de tarefas que se
pensa medir a inteligência. E isto na visão de Gardner mostrou que o
sistema nervoso estava longe de ser equipotencial.
Visões Atuais
Os Psicólogos
Com abordagem na cognição, a partir de pespectivas divergentes,
psicólogos endossaram a noção de que a cognição humana consiste
em alguns mecanismos cognitivos “de finalidades específicas”
supostamente dependentes “de instalações duráveis” neurais.
De acordo com a evolução, os seres humanos vieram a possuir alguns
mecanismos de processamento de informações de finalidade
específica com freqüencia chamadas de “mecanismos
computacionais”. Alguns deles nós compartilhamos com alguns
animais (percepção facial), enquanto outros provam ser peculiares aos
seres humanos (fraseado sintático).
Esses mecanismos funcionam em dois sentidos:
% Cada um funciona de acordo com seus próprios princípios e não está
“ligado” a nenhum outro módulo; ou
% Podem operar sem estar direcionados a fazê-lo, simplesmente na
presença de determinadas formas de imformação a ser
analisadas.
Esses mecanismos podem ser disparados por determinados eventos ou
informações advindos do ambiente.É possivel que alguns possam ser
acessíveis ao uso consciente ou à exploração voluntária; e o potencial
para nos tornarmos cientes do funcionamento do nosso próprio
sistema de processamento de informações pode ser característica
especial dos seres humanos.
Os Pesquisadores
Grande parte de pesquisadores na área cognitiva não acreditam que
as evidên cias sobre a organização do cérebro se jam relevantes para
os seus interesses ou sentem que processos neurais devem ser
tornados consistentes com relatos cognitivos ao invés de vice-versa.
Os cognitivos americanos crêem na exis tência de capacidades de
resolução de problemas extremamente gerais que encur tam o
caminho para todos os conteúdos.
Consenso
Uma descrição razoável e aceita pela maioria dos pesquisadores é de
que o cérebro pode ser dividido em regiões específicas, cada uma
mostrando-se relativamente mais importante para outras.Todas
importam mais com gradientes definidos de importância. Poucas
tarefas dependem inteiramente de uma região do cérebro,só que ao
examinar qualquer tarefa razoalmente complexa, descobre-se
estímulos de regiões cerebrais.
Sistema Nervoso – Organização
A arquitetura do sistema nervoso é bem organizada com
especificidade em aparência e organização. As diferenças na sua
organização parecem estar intimamente li gadas a diferenças nas
funções às quais diferentes partes do cérebro servem.Ex: Áreas do
córtex envolvidas em funções sensoriais primárias (a percepção de vi
sões e sons distintos) amadurecem primei ro que as associações que
efetuam conexões entre modalidades sensoriais.
Os Níveis
A estrutura organizacional do sistema nervoso pode ser considerada
em dois níveis separados de detalhe: uma estrutura de granulação fina
ou molecular e uma estrutura mais ampla ou molar. Isto foi
reconhecido na divisão do Prêmio Nobel de 1981, tanto por estudiosos
da estrutura molecular como do nível molar.
Em relação aos relatos sobre os níveis do cérebro fica esclarecido que
seus hemisférios não apresentam funções distintas como dito
anteriormente. Pois em algumas situações, como uma lesão de uma
parte do cérebro responsável por uma função, que foi perdida, zonas
do outro hemisfério que não é dominante, podem ser mobilizadas para
adquirir funções substitutas, contornando em parte o problema.
Nível Molar
Nível que trata de regiões que podem ser prontamente inspecionadas
a olho nu (áreas maiores do córtex cerebral). Ex: Em um ataque
cardíaco pode ser visualizada a área do cérebro que foi destruída
através de medições radiológicas e evidentemente ser examinada com
grande precisão no post-morten.
Nível Molecular
O córtex cerebral humano pode ser visto como organizado em colunas
ou módulos, sendo estas verticais à superfície do córtex e apresentam
aproximadamente 3 milímetros de comprimento e entre 0,5 a 1
milímetro de largura, sendo reconhecidas à medida que formam
entidades anatômicas separadas que dão surgimento a diferentes
funções quase-independentes.
Referências
Gardner, H. : Estruturas da mente – A Teoria das inteligências Múltiplas, Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 1994.
Gardner e a Inteligência Lógico-MatemáticaTerça-feira, 11/8/2009 às 6:00 am · Arquivada em Aprendizagem: estratégias
e Estilos ·Tagged aluno, aprender, aprender a aprender, competências,
educação, estilos de aprendizagem, inteligência, inteligências múltiplas,
professor
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Esta inteligência pode ser traçada de um confronto com o mundo dos
objetos, uma vez que,confrontando objetos, ordenando-os e
reordenando-os e avaliando sua quantidade que a criança pequena
adquire seu conhecimento inicial e mais fundamental sobre o domínio
lógico-matemático.
Com o desenvolvimento, o indivíduo torna-se mais capaz de apreciar
as ações que se pode desempenhar sobre os objetos, as relações que
prevalecem entre estas ações, as afirmativas que pode fazer sobre
ações reais ou potenciais e os relacionamentos entre estas afirmativas.
Assim, as raízes das regiões mais elevadas do pensamento lógico,
matemático e científico podem ser encontradas nas ações simples de
crianças pequenas sobre os objetos físicos de seu mundo.
O desenvolvimento do jovem lógico-matemático é precoce, devendo
progredir rapidamente em seu campo. A capacidade de armazenar e
manipular dentro da mente durante um período finito de tempo todas
as variáveis necessárias para progredir em problemas matemáticos é
algo que prova ser vulnerável à idade. Observa-se já um declínio a
partir dos trinta ou quarenta anos.
Algumas Visões sobre a Inteligência Lógico-Matemática:
Poincaré, distingue duas habilidades nos matemáticos: a memória
para etapas numa cadeia de raciocínio e o reconhecimento da
natureza das ligações entre as proposições. A capacidade de seguir a
cadeia de raciocínio não é tão difícil, mas a capacidade de inventar
nova matemática significativa é rara.
Adler acredita que abstraindo e generalizando primeiro o conceito de
número, então o de variável e finalmente o de função, é possível
chegar-se a um nível de pensamento extremamente abstrato e geral.
Há, ainda uma poderosa atração em direção a encontrar expressões
mais simples e a retornar às noções fundamentais dos números.
Piaget discerniu as origens da inteligência lógico-matemática nas
ações da criança sobre o mundo físico, onde as esferas dos números,
matemática, lógica e ciência formam uma família de competências
interconectadas.O indivíduo partindo de observações e objetos no
mundo material, move-se em direção a sistemas cada vez mais
abstratos, cujas interconexões tornam-se questões de lógica ao invés
de observação empírica.
A Inteligência Lógico-Matemática na perspectiva de Piaget
O entendimento lógico-matemático deriva em primeiro lugar das
nossas ações sobre o mundo. Dessa forma,o estudo do pensamento
deve começar no berço,quanto os bebês exploram todo o tipo de
objeto e em seguida, passam a formar expectativas sobre como estes
se comportarão sob circunstâncias diversas. Assim, com o seu
desenvolvimento a criança passa por estágios.
Período sensório motor: A criança adquire habilidades motoras em
resposta aos estímulos ambientais; por volta dos 18 meses a criança
reconhece que os objetos continuarão a existir mesmo quando foram
retirados das suas estruturas espaço-temporais.
Perído pré-operacional: a criança passa a reconhecer as
similaridades entre de- terminados objetos, tornando-se capaz de
produzir agrupamentos; tem consciência de maior e menor, mais e
menos, mesmo que seja por simples percepção. Ela não entende que
há um sistema de números regu- lar, onde cada número representa
mais que o anterior e que qualquer conjunto de objetos possui uma
quantidade única. Mas com 4 a 5 anos, aprende que a série de
números pode ser mapeada em conjuntos.
Período das operações Concretas: Por volta dos 7 a 10 anos, a
criança apresenta maior capacidade de classificações complexas, de
executar operações como adição e subtração que implicam na noção
de conservação ou variância e equivalência. E apresenta um
julgamento mais conceitual e menos dependente da percepção.
Período das operações formais: Nos primeiros anos da
adolescência, a criança torna-se capaz de afirmar um conjunto de
hipóteses e inferir as consequências de cada uma(método hipotético-
dedutivo), opera sobre palavras, símbolos ou sequência de símbolos
que cor- respondem a objetos e ações sobre objetos, alcançando a
essência da matemática ,com os símbolos correspondendo a objetos,
relações,funções, etc.
O Talento Lógico-Matemático Isolado:
Apesar de não ser uma caracteristica central do talento matemático, a
capacidade de calcular rapidamente pode ser observada em alguns
indivíduos de forma autônoma.
Os idiots savants apresentam desde o início da infância uma
capacidade de calcular muito rápida e precisa, mas não buscam usar a
matemática para ajudá-los em outras áreas da vida cotidiana ou para
tentar resolver enigmas científicos.
Gardner acredita que a prodigiosidade precoce em aritmética ou em
cálculo fundamenta-se na relativa salvaguarda ou proliferação de
determinadas áreas cerebrais. Por exemplo; a hiperlexia que
representa um processo automático, impossível de interromper, ao
invés de um que surge devido a excessiva aplicação num domínio
casualmente escolhido de perícia potencial.
Apesar de alguns indivíduos possuírem pelo menos um componente
central da aptidão lógico-matemático, as capacidades de outro modo
normais mostram fraqueza seletiva na esfera dos números. Por
exemplo, é possível que um determinado indivíduo possua uma
dificuldade numérica seletiva, semelhante às dificuldades
apresentadas por crianças com a linguagem escrita (disléxicos) e por
um número menor, com a linguagem falada (disfásicos).
A Ciência e a Inteligência Lógico-Matemática:
O matemático é interessado em explorar sistemas abstratos por seu
próprio valor. O cientista é motivado por um desejo de explicar a
realidade física, sendo a matemática uma farramenta indispensável
para construir modelos e teorias que podem descrever e explicar o
funcionamento do mundo, seja ele físico, químico, biológico,
comportamental ou cognitivo.
O matemático quer reconhecer padrões, onde quer que possam existir,
que levem a implicações de trilha de pensamento para onde possa
levar. O cientista busca por um conjunto limitados de regras ou
princípios que podem ajudar a explicar o comportamento dos objetos.
Piaget observou que a evolução da ciência e o desenvolvimento do
pensamento lógico-matemático nas crianças, apresentam como
procedimento mais antigo e básico, a experimentação simples com
objetos e a observação de seus padrões de interação e
comportamento.
Caracteristicas do indivíduo Lógico-Matemático:
O matemático é rigoroso, só aceita fatos provados por etapas precisas,
sem nenhum erro nas definições ou na cadeia de raciocínio.Aplica em
contextos complicados teorias derivadas de contextos simples,
esperando resultados válidos.Possui habilidade de manejar longas
cadeias de raciocínio. Seu mundo é um mundo à parte, ele é ascético
para obter sustentação dele.
Muitos matemáticos valorizam sua intuição,mas confiam em métodos explicitos de resolução de problemas quando sua inspiração e intuição falham. Estes métodos são igualmente úteis para indivíduos envolvidos em resolução de problemas em outras áreas da vida e ainda servem para conectar as atividades do matemático puro ás buscas dos outros.
A Inteligência Lógico-Matemática na práticaTerça-feira, 18/8/2009 às 7:00 am · Arquivada em Aprendizagem: estratégias
e Estilos ·Tagged aluno, aprender a aprender, competências, estilos de
aprendizagem, inteligência, inteligências múltiplas, professor
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Na semana passada apresentamos um resumo dos conceitos de
Gardner sobre a Inteligência Lógico-Matemática. Hoje procuramos
trazer uma visão um pouco mais prática. Isto é, talvez ao ler o post
você tenha ficado curioso(a) sobre em que medida você se enquadra
ou não naquela inteligência. O posto de hoje visa ajudá-lo a responder
isto e algo mais. Para tal, eu apresento dois tópicos: “As características
da Inteligência Lógico-Matemática” e “Aplicações Práticas da
Inteligência Lógico-Matemática”. O primeiro descreve as
características principais da Inteligência Lógico-Matemática. Nele você
poderá estimar se você se aproxima ou não da Inteligência Lógico-
Matemática. No segundo tópico você saberá o que fazer com a
informação obtida no primeiro tópico.
Antes de tudo um aviso:
O que aqui se apresenta NÃO é um teste diagnóstico. Visa apenas
permitir uma primeira aproximação. Assim, seja qual for a sua
avaliação, ela é apenas uma estimativa. Isto é, quer você se enquadre
ou não na inteligência tome esta informação com ressalvas. Isto
porque:
% Gardner afirma que uma inteligência só pode ser identificada em
situações práticas, observando-se a inteligência em ação.
% É necessário conhecimento técnico para interpretar e particularizar
as descrições aqui apresentadas em relação a uma pessoa
específica. Isto quer dizer que você pode entender uma coisa
diferente daquela que se desejava expressar na listagem abaixo.
% Identificar-se com esta ou aquela característica depende do seu
auto-conhecimento. Isto significa que você pode achar qua tem
uma dada característica qando não a possui, e vice-versa, a
depender do seu conhecimento metacognitivo.
% Identificar-se com a lista abaixo não significa que você é um
indivíduo lógico-matemático. Significa apenas que você
identificouem si algo que o aproxima da inteligência. Para
diagnosticar o seu tipo de inteligência é necessário um
procedimento mais sofisticado com a comparação das suas
diferentes características entre si e entre as características das
outras inteligências.
% Note que a descrição abaixo toma um lógico-matemático ideal.
Ideal aqui siginifica um indivíduo idealizado, ou seja,
inexistente no mundo real. Isto quer dizer que para ter a
Inteligência Lógico-Matemática desenvolvida não é necessário
ter todas as característas. Na realidade, as pessoas não tem
todas estas características. Chegar a um diagnóstico mais
preciso do que a mera aproximação aqui proposta, demanda
experiência, conhecimento e um certo grau de sensibildade
artística.
Dado o aviso, passemos ao próximo tópico.
As características da Inteligência Lógico-Matemática:
O que se apresenta abaixo é uma lista das principais características da
pessoa que possui a Inteligência Lógico-Matemática. Procure
perceber-se em que grau você se aprixima ou não das características:
% Gosta de ser preciso % Aprecia resolução de problemas
% Aprecia cálculos % Gosta de raciocínio abstrato
% Gosta de ser organizado % Aprecia experimentação de maneira lógica
% Utiliza estrutura lógica % Prefere anotações de forma ordenada
% Aprecia computadores
Aplicações Práticas da Inteligência Lógico-Matemática
Agora você já tem uma certas noção do quanto está proximo (ou não)
da Inteligência Lógico-Matemática. O próximo passo é saber o que
fazer com esta informação.
Abaixo apresento uma série de ações e circunstâncias em que a
Inteligência Lógico-Matemática está em jogo. Se você se identificou
muito com a inteligência, procure se colocar em situações como as
abaixo citadas já que nelas você poderá desmonstrar suas melhores
características e portanto aumenta suas chances de sucesso. Caso
contrário tome a lista abaixo como circunstâncias em que você poderá
usar para desenvolver a sua Inteligência Lógico-Matemática.
Assim:
% Estimular a resolução de
problemas
% Usar raciocínio dedutivo
% Analisar e interpretar dados. % Fazer jogos matemáticos de computação
% Utilizar raciocínio com
frequência
% Estimular experimentos práticos
% Estimular as próprias
potencialidades
% Possibilitar a realização das coisas passo
a passo
% Utilizar previsão % Usar computadores para folhas de
trabalho, cálculos etc
% Ter um lugar para tudo % Integrar organização e matemática em
outras áreas curriculares