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Galeria de Mineralogia 1 O acervo de Mineralogia do Museu da Ciência é composto por uma colecção de minerais portugueses e estrangeiros, com mais de 6000 exemplares. Encontram-se cerca de 800 espécimes em exposição na Galeria de Mineralogia José Bonifácio d´Andrada e Silva, a par de exemplos de modelos cristalográficos de espécies minerais. As coleções mais antigas foram expostas no Gabinete de História Natural do séc. XVIII, reunidas por Domingos Vandelli e José Bonifácio d´Andrada e Silva [2]. A disposição das colecções na actual galeria remonta à segunda metade do séc. XIX, em 1885 [3]. Apresenta-se em 27 vitrines numa sistematização das 10 classes mineriais baseadas em critérios químico-estruturais [1,4]. 1. Elementos Nativos (vitrine 1) São minerais constituídos por apenas um elemento químico. Ocorrem na natureza no estado nativo. O Ouro, a Prata são disso exemplos, assim como a Grafite e o Diamante, que embora sejam iguais na composição química, apenas constituídos por carbono (C), devido às diferentes condições de cristalização (pressão e temperatura) demonstram-se estruturalmente distintos, são minerais polimórficos. O Diamante é o mineral de maior dureza (10) na escala de Mohs, a escala de dureza de minerais. Ouro nativo MCUC, MIN.ELM.000141 Elementos Nativos, vitrine 1, nº 3 Prata nativa MCUC, MIN.ELM.000115 Elementos Nativos, vitrine 1, nº 4 Cobre nativo MCUC, MIN.ELM.000079 Elementos Nativos, vitrine 1, nº 6 Grafite MCUC, MIN.ELM.000006.1 Elementos Nativos, vitrine 1, nº 20 1 Texto: Ricardo Paredes (Museu da Ciência da Universidade de Coimbra); [email protected] Fotografias: José Meneses e Ricardo Paredes (MIN.HAL.000109, MIN.OXI.19, MIN.SO.0002)

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Page 1: Galeria de Mineralogia1 - museudaciencia.org · ambientes áridos em condições evaporíticas como em lagos salinos. Ulexite com Realgar MCUC, MIN.BORT.0000031 Boratos, vitrine 13,

Galeria de Mineralogia1

O acervo de Mineralogia do Museu da Ciência é composto por uma colecção de

minerais portugueses e estrangeiros, com mais de 6000 exemplares. Encontram-se

cerca de 800 espécimes em exposição na Galeria de Mineralogia José Bonifácio

d´Andrada e Silva, a par de exemplos de modelos cristalográficos de espécies

minerais. As coleções mais antigas foram expostas no Gabinete de História Natural do

séc. XVIII, reunidas por Domingos Vandelli e José Bonifácio d´Andrada e Silva [2]. A

disposição das colecções na actual galeria remonta à segunda metade do séc. XIX,

em 1885 [3]. Apresenta-se em 27 vitrines numa sistematização das 10 classes

mineriais baseadas em critérios químico-estruturais [1,4].

1. Elementos Nativos (vitrine 1)

São minerais constituídos por apenas um elemento químico. Ocorrem na natureza no

estado nativo. O Ouro, a Prata são disso exemplos, assim como a Grafite e o

Diamante, que embora sejam iguais na composição química, apenas constituídos por

carbono (C), devido às diferentes condições de cristalização (pressão e temperatura)

demonstram-se estruturalmente distintos, são minerais polimórficos. O Diamante é o

mineral de maior dureza (10) na escala de Mohs, a escala de dureza de minerais.

Ouro nativo

MCUC, MIN.ELM.000141 Elementos Nativos, vitrine 1, nº 3

Prata nativa

MCUC, MIN.ELM.000115 Elementos Nativos, vitrine 1, nº 4

Cobre nativo

MCUC, MIN.ELM.000079 Elementos Nativos, vitrine 1, nº 6

Grafite

MCUC, MIN.ELM.000006.1 Elementos Nativos, vitrine 1, nº 20

1 Texto: Ricardo Paredes (Museu da Ciência da Universidade de Coimbra); [email protected]

Fotografias: José Meneses e Ricardo Paredes (MIN.HAL.000109, MIN.OXI.19, MIN.SO.0002)

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2. Sulfuretos, Selenetos, Arsenetos, Teluretos e Sulfossais (vitrine 2–6)

Nos sulfuretos o principal elemento não metálico na estrutura cristalina é o anião

enxofre (S2-). Como exemplo refiram-se o Realgar e o Auripigmento, ambas formas

são sulfuretos de arsénio usados até ao séc. XIX como pigmento laranja-avermelhado

na pintura. O Auripigmento que resulta da alteração por oxidação do Realgar, é uma

forma mineral mais estável em condições ambientais com luz.

A Pirite é um comum sulfureto de Ferro (Fe) também é frequente como mineral em

processos de fossilização por permineralização, isto é onde ocorre apenas uma

substituição mineral e é mantida a estrutura e formas minerais originais do organismo.

Tanto a Pirite, a Marcassite, como a Calcopirite, forma que inclui Cobre (Cu) além de

Ferro (Fe), ficaram conhecidas como o “ouro-dos-tolos” pelo seu brilho metálico e cor

amarelo-dourado, sendo comuns relatos na História de mercadores que beneficiaram

dessa ilusão.

Os Selenetos, Arsenetos e Teluretos são compostos inorgânicos que incluem

elementos químicos, respetivamente Selénio (Se), Arsénio (As) e Telúrio (Te), com um

comportamento químico similar ao Enxofre (S);

Os sulfossais são minerais de enxofre estruturalmente distintos dos sulfuretos.

Realgar MCUC, MIN.SLF.000004

Sulfuretos, vitrine 5, nº 8

Auripigmento MCUC, MIN.SLF.000004

Sulfuretos, vitrine 5, nº 6

Pirite (em Amonite do Jurássico Inferior, ca. 195 Ma) MCUC, MIN.SLF.000464

Sulfuretos, vitrine 4, nº 10

Pirite (em cubos) MCUC, MIN.SLF.000465

Sulfuretos, vitrine 4, nº 7

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Marcassite

MCUC, MIN.SLF.000393 Sulfuretos, vitrine 4 (base)

Calcopirite

MCUC, MIN.SLF.000485 Sulfuretos, vitrine 2 (base)

3. Halogenetos (vitrine 7)

Os Halogenetos são caracterizados pelo predomínio de aniões de halogénios, como o

ião cloreto (Cl-), brometo (Br-), fluoreto (F-) e iodeto (I-). Salienta-se nesta classe o

cloreto de sódio (Halite), o comum sal de cozinha, que se apresenta com hábito cúbico

de cristais bem desenvolvidos. Resulta de uma cristalização lenta, sabe-se que quanto

mais lento é o processo de cristalização, maiores se podem apresentar os cristais, e

mais evidentes as suas propriedades cristalográficas. Para além das salinas litorais

actuais, com precipitados a partir da água do mar, também se extrai este composto

natural em georrecursos como o sal-gema, rocha sedimentar evaporítica formada

noutras idades geológicas. O espato de flúor (Fluorite) forma frequentemente cristais

perfeitamente cúbicos, transparentes e com variadas colorações. Forma-se em filões

hidrotermais e é fluorescente à luz ultravioleta. A Criolite é um fluoreto de sódio (Na) e

alumínio (Al) e foi descrita por Andrada e Silva e denominada pelo aspecto de gelo.

Halite

MCUC, MIN.HAL.000109

Halogenetos, vitrine 7, nº 2

Fluorite

MCUC, MIN.HAL.0000131

Halogenetos, vitrine 7, nº 7

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Fuorite

MCUC, MIN.HAL.000029 Halogenetos, vitrine 7, nº 6

Fluorite

MCUC, MIN.HAL.000119 Halogenetos, vitrine 7, nº 8

Fluorite

MCUC, MIN.HAL.00001 Halogenetos, vitrine 7 (base)

Criolite

MCUC, MIN.HAL.0000089 Halogenetos, vitrine 7, nº 10

4. Óxidos e Hidróxidos (vitrines 8–10)

Nos óxidos incluem-se os compostos em que o oxigénio está combinado com um ou

mais metais. Os hidróxidos são caracterizados pela presença do grupo aniónico (OH)-

ou por moléculas de água (H2O). A Hematite é um exemplo de oxigénio combinado

com um metal, o ferro. É dos minerais de ferro mais abundantes na crosta terrestre e

deve o seu nome ao traço de cor vermelha (Hema=sangue, em grego). Também

chamado comumente de Oligisto, Rosas-de-ferro, Ferro micáceo, Hematite vermelha

ou Ocre vermelho. Quando hidratada incorpora moléculas de água na sua malha

cristalina e altera-se para Limonite, um hidróxido de aspecto amarelo-castanho

pulverulento. Outro óxido e com importância como recurso mineral é a Volframite,

contendo Ferro (Fe), Manganês (Mn) e Wolfrâmio (W) sendo empregue como

composto de endurecedor de ligas metálicas. A sua exploração fica relacionada com a

emergência da economia beirã em Portugal, no período entre a 1ª e a 2ª Guerra

Mundial, ficou conhecido como o “ouro-negro” dessa época.

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Hematite MCUC, MIN.OXI.0000462

Óxidos, vitrine 9 (base)

Volframite MCUC, MIN.OXI.000890.1

Óxidos, vitrine 9, nº 18

5. Carbonatos, Nitratos, Selenatos, Teluratos e Iodatos (vitrines 11 e 12)

Os carbonatos são caracterizados pela presença do grupo carbonato (CO3)2-, a Calcite

forma-se com o cálcio (Ca). É um constituinte comum nos calcários e no seu estado

cristalino e translúcido exibe uma característica óptica que a distingue, a birrefrigência

ou dupla refracção da luz. Ocorrem na natureza formas polimórficas também na

Calcite, a Aragonite é um exemplo. Deve o seu nome à localidade de Molina de

Aragão (Espanha), e possui uma estrutura cristalina distinta, embora seja na

composição química igualmente um carbonato de cálcio. Enquanto que existem outros

minerais que são isomorficos, possuem estruturas cristalinas semelhantes, mas de

composição química distinta. Se em vez do Ca estiver o Magnésio (Mg) forma-se a

Magnesite, se for o Ferro (Fe) a Siderite, ou aínda o Cobre (Cu) a Azurite, vulgarmente

chamada de “azul de cobre” e empregue como pigmento mineral. Por alteração passa

a malaquite, de cor verde. Esta alteração faz com que, sobretudo em pintura mural, a

coloração verde possa predominar onde originalmente foram pintadas tonalidades de

azul.

Os nitratos são identificados pelo grupo aniónico (NO3)-, pelo qual a Natrite ocorre

combinada na presença de sódio (Na). Os selenatos são caracterizados pelo grupo

aniónico (SeO4)2-, os teluratos são caracterizados pelo grupo aniónico (TeO4)

2-, e os

iodatos pelo grupo aniónico (IO3)-.

Calcite sobre Dolomite MCUC, MIN.CARB.0000258

Carbonatos, vitrine 11, nº 13

Aragonite MCUC, MIN.CARB.0000180

Carbonatos, vitrine 12, nº 22

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Magnesite

MCUC, MIN.CARB.000007 Carbonatos, vitrine 11, nº 3

Siderite

MCUC, MIN.CARB.000011 Carbonatos, vitrine 11, nº 6

Natrite MCUC, MIN.CARB.000011

Carbonatos, vitrine 11, nº 1

Azurite MCUC, MIN.CARB.000118

Carbonatos, vitrine 12, nº 25

6. Boratos (vitrine 13)

Nesta classe Iincluem-se minerais com o grupo aniónico borato, (BO3)3-. A Ulexite é

um composto em que o borato está associado ao Cálcio (Ca) e ao Sódio (Na) em

forma hidratada. Popularmente conhecido por “pedra-televisão” devido à propriedade

óptica de transmissão da luz por um processo de reflexão interna. Forma-se em

ambientes áridos em condições evaporíticas como em lagos salinos.

Ulexite com Realgar MCUC, MIN.BORT.0000031

Boratos, vitrine 13, nº 5

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7. Sulfatos, Cromatos, Molibdatos e Tungstatos (vitrines 14–16)

A unidade estrutural fundamental do grupo dos sulfatos é o grupo aniónico (SO4)2-. A

Anidrite é uma forma anidra de Gesso, daí o nome. Transforma-se em gesso através

da absorção de água, aumentando o seu volume até 60%. A Flor-de-Cobre

(Calcantite) é também um sulfato, neste caso de Cobre (Cu), numa forma penta-

hidratada. É amplamente usada numa preparação fungicida na agricultura, misturado

com cal é chamada de “calda bordalesa” no combate a fungos nas videiras entre

outras plantas. O grupo dos cromatos contém o grupo aniónico cromato (CrO4)2- em

que a Crocoite é exemplo com a presença de Chumbo (Pb). Chamada vulgarmente de

“chumbo-vermelho” deve o seu nome ao aspecto semelhante ao assafrão (Crocus

sativus). Molibdatos e tungstatos são minerais estruturalmente semelhantes. Os

molibdatos contêm o grupo aniónico (MoO4)2- como unidade estrutural com

molibdénio (Mo). O Chumbo na presença deste grupo forma a Wulfenite ou “chumbo-

amarelo”. Os tungstatos são minerais ricos em tungsténio (W) e são caracterizados

pelo grupo aniónico (WO4)2-, quando na presença de cálcio (Ca) cristalizam em

Scheelite, um tungstato de cálcio.

Anidrite MCUC, MIN.SFT.0000024

Sulfatos, vitrine 14, nº 5

Gesso MCUC, MIN.SFT.0000228

Sulfatos, vitrine 15, nº 26

Calcantite

MCUC, MIN.SFT.0000195

Sulfatos, vitrine 15, nº 15

Crocoite

MCUC, MIN.CRM.0000157

Cromatos, vitrine 16 (base)

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Wulfenite MCUC, MIN.MLB.00010

Molibdatos, vitrine 16 (base)

Scheelite MCUC, MIN.TUG.00050

Tungstatos, vitrine 16 (base)

8. Fosfatos, Arsenatos e Vanadatos (vitrines 17–19)

Os fosfatos possuem o grupo aniónico (PO4)3- como a unidade fundamental da

estrutura química. Arsenatos e vanadatos têm unidades tetraédricas similares com

Arsénio (As) e Vanádio (V) nos grupos aniónicos, respectivamente (AsO4)3- e (VO4)

3-.

A Apatite é um fosfato de cálcio e o seu nome em grego remete para engano. Isso fica

a dever-se à mudança de cor dos cristais por radiação e aquecimento, o que levou

mineralogistas a enganos frequentes com outros minerais. Muitos minerais com

radioactividade natural, pela presença de Urânio (U), ocorrem sob a forma de

Fosfatos, sendo a Torbernite e a Metatorbernite [7] disso exemplos, contando-se entre

os mais radioactivos.

Nos Arsenatos o grupo aniónico é (AsO4)3-, que, por exemplo, na presença de Ferro,

Oxigénio e Água pode formar Scorodite. Deve o seu nome a uma característica

peculiar, quando aquecida cheira a alho (Scorodion = alho em grego), pela libertação

de arsénico.

A Vanadinite é uma forma mineral de vanadato de chumbo. Na rede cristalina o

Vanádio pode ser substituido pelo Fósforo (P) ou por Arsénio (As).

Apatite

MCUC, MIN.FOS.000018 Fosfatos, vitrine 18, nº 28

Torbernite e Metatorbernite [7]

MCUC, MIN.FOS.000267 Fosfatos, vitrine 18, nº 59

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Scorodite

MCUC, MIN.ARS.0000155 Arsenatos, vitrine 18, nº 40

Vanadinite

MCUC, MIN.VAN.0000106 Vanadatos, vitrine 18, nº 34

9. Silicatos (vitrines 20–27)

Trata-se da mais extensa e diversa classe de minerais, caracterizada pela sua unidade

fundamental o óxido de silício, com 4 oxigénios (O2-) para um de silício (Si4+). As

unidades (SiO4)4- podem associar-se de formas variadas originando diversas

combinações estruturais. O oxigénio (O) e o silício (Si) representam mais de 2/3 da

composição química da crosta terrestre. O óxido de silício, quartzo (SiO2) é o mineral

mais abundante constituinte das rochas (sedimentares, ígneas e metamórficas)

formadas na crosta terrestre. Desta classe faz parte o mineral Andradite, assim

denominado em 1868 por Danna, em homenagem ao mineralogista José Bonifácio

d´Andrada e Silva (1763-1838), professor de Metalurgia da Universidade de Coimbra

no início do século XIX, que lutou pela liberdade e independência dos povos e foi

figura central do processo de independência no Brasil [5, 6]. Andrada e Silva

descreveu também novos silicatos para a ciência como a Petalite, a Espodumena, a

Escapolite e a variedade Wernerite (do grupo da Escapolite). A Galeria de Mineralogia

do MCUC tem em homenagem o seu nome.

Andradite [6] MCUC, MIN.SIL.001143 Silicatos, vitrine 20 (base)

Petalite MCUC, MIN.SIL.00002 Silicatos, vitrine 26, nº 133

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Espodumena MCUC, MIN.SIL.0001146 Silicatos, vitrine 23 (base)

Escapolite MCUC, MIN.SIL.0000482 Silicatos, vitrine 27, nº 154

O Quartzo é um dos minerais mais diversos e abundantes entre os silicatos, é

quimicamente SiO2 e um excelente exemplo de mineral alocromático, com muitas

variedades pelas mudanças na cor dos cristais, sendo frequentemente prismas

hexagonais. Assim, pode ocorrer como:

Quartzo-hialino - variedade com cristais muito transparentes;

Quartzo-leitoso - apresenta-se turvo, numa cor branca, devido às inúmeras inclusões;

Quarzo-citrino - variedade característica pelos cristais naturais amarelos-mate, a sua

coloração é provocada por vestígios de ferro;

Quartzo-róseo e Safira - as suas colorações devem-se a inclusões microscópicas de

minerais fibrosos;

Quartzo-ametista - apresenta-se em tons púrpura devido a impurezas de ferro;

Quartzo-fumado - variedade característica pelos cristais negros e opácos,

transformados por radioactivade.

Calcedónia - variedade criptocristalina e fibrosa de quartzo, fibras e grãos totalmente

compactos numa mistura aparentemente homogénea.

Quartzo-hialino MIN.OXI.19

Silicatos, Vitrine 24 (base)

Quartzo-leitoso MIN.SIL.0001161

Silicatos, Vitrine 25, nº 110

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Quartzo-citrino

MCUC, MIN.SIL.0001187 Silicatos, vitrine 25, nº 109

Quartzo-róseo

MCUC, MIN.SIL.0001162 Silicatos, vitrine 25, nº 111

Quartzo-safira

MCUC, MIN.SIL.0001185 Silicatos, vitrine 25, nº 112

Quartzo-ametista

MCUC, MIN.SIL.0001163 Silicatos, vitrine 25, nº 113

Quartzo-fumado

MCUC, MIN.SIL.0001159 Silicatos, vitrine 25, nº 106

Calcedónia MCUC, MIN.SIL.0001165 Silicatos, vitrine 25, nº 115

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10. Substâncias Orgânicas (vitrine 27)

Constituem-se como uma classe atípica dentro dos minerais, já que em muitos casos

nem apresentam estrutura cristalina, sendo amorfos, como o caso do Âmbar (resina-

fóssil). Formam moléculas complexas contendo carbono (C) e hidrogénio (H). Nos

casos da Vevelite e a “Pedra-mel” (Melite) estas cadeias de C-O apresentam-se com

H20.

Vevelite MCUC, MIN.SO.0001

Substâncias Orgânicas, vitrine 27, nº 1

Melite MCUC, MIN.SO.0002

Substâncias Orgânicas, vitrine 27, nº 2

Âmbar MCUC, MIN.SO.0003

Substâncias Orgânicas, vitrine 27, nº 3

Âmbar MCUC, MIN.SO.0003.2 Substâncias Orgânicas, vitrine 27, nº 3

Referências

[1] Pinto, J., Marques, J. 1999. Catálogo da Galeria de Minerais José Bonifácio d’Andrada e

Silva. Museu Mineralógico e Geológico - Museu de História Natural - Faculdade de Ciências e

Tecnologia, da Universidade de Coimbra, Coimbra, 137 pp.

[2] Portugal Ferreira, M. 1998. 200 anos de Mineralogia e Arte de Minas: Desde a Faculdade de

Filosofia (1772) até à Faculdade de Ciências e Tecnologia (1972). Faculdade de Ciências e

Tecnologia, Universidade de Coimbra, Coimbra, 188 pp.

[3] Portugal Ferreira, M. 1990. O Museu de História Natural da Universidade de Coimbra

(Secção de Mineralogia e Geologia) desde a Reforma Pombalina (1772) até à República

(1910). Memórias e Notícias, 110: 53-76.

[4] Paredes, R., Cabral, F., Marques, J.F., Pinto, J. S., Macedo, R., Callapez, P.M. 2007. The

creation of a Mineralogy database: adaptation to the collections of the Mineralogical and

Geological Museum of the University of Coimbra and repercussions on the teaching of Earth

Sciences. In: VI Congresso Ibérico de Geoquímica & XV Semana de Geoquímica, Proceedings

Book, pp. 576-579. ISBN: 987-972-669-806-7.

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[5] Portugal Ferreira, M. 1988. José Bonifácio d'Andrada e Silva: Mineralogista, académico,

mineiro do início do séc. XIX. Memórias e Notícias, 106: 19-32.

[6] As colecções do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra no jornal Público.

http://www.museudaciencia.org/uploads/files/andradite.jpg

[7] As colecções do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra no jornal Público.

http://www.museudaciencia.org/uploads/files/metatorbernite.jpg