gadamer resumo

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GADAMER, Hans-George. In:____ A extensão da questão da verdade a compreensão nas ciências do espírito. Verdade e Método; Traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. P.272-385. Vozes, 1999. B) A Concepção histórica do mundo de Ranke: O nexo histórico são cenas da liberdade e esse agir livremente é sempre uma decisão e essa decisão é o que se torna histórico, duradouro. E os agentes da ação, seguindo Hegel, se chamam “indivíduos da história universal”. O nexo histórico a partir das cenas da liberdade: “A grandeza, é antes, o fato de que por toda a parte faz-se mister a liberdade; a historiografia faz o rastreamento das cenas da liberdade...” (p.316). Força e necessidade: “Junto a liberdade está sempre a necessidade”. A ação da liberdade é sempre uma exteriorização da força e se encontra limitada pelo que já está posto, pelo que lhe imputado. “o que veio a ser constitui o nexo com o que devém”. “O conceito de força ocupa uma posição tão central na concepção histórica do mundo, por que nele se acham unidas a interioridade e a exterioridade numa unidade particularmente tensa” (p.317). A força vai mais além do que a sua exteriorização ela é a causa de um determinado efeito, ela é um retrair-se para si mesmo para o ser- interior, e essa força também pode ser experimentada pelo ser-interior através da resistência. “A observação de um efeito torna acessível unicamente a sua causa, a causa que pertence ao efeito”. (p.317). A força originária, a liberdade: para Ranke a força originaria de toda a ação humana e de todo fazer histórico é a liberdade. “... Ranke fala de uma “força original” e da fonte primaria e comum de todo fazer e deixar de fazer humano --- e isto é para Ranke a liberdade”. (p.318).

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GADAMER, Hans-George. In:____ A extenso da questo da verdade a compreenso nas cincias do esprito. Verdade e Mtodo; Traos fundamentais de uma hermenutica filosfica. P.272-385. Vozes, 1999. B) A Concepo histrica do mundo de Ranke:O nexo histrico so cenas da liberdade e esse agir livremente sempre uma deciso e essa deciso o que se torna histrico, duradouro. E os agentes da ao, seguindo Hegel, se chamam indivduos da histria universal. O nexo histrico a partir das cenas da liberdade: A grandeza, antes, o fato de que por toda a parte faz-se mister a liberdade; a historiografia faz o rastreamento das cenas da liberdade... (p.316).Fora e necessidade: Junto a liberdade est sempre a necessidade. A ao da liberdade sempre uma exteriorizao da fora e se encontra limitada pelo que j est posto, pelo que lhe imputado. o que veio a ser constitui o nexo com o que devm. O conceito de fora ocupa uma posio to central na concepo histrica do mundo, por que nele se acham unidas a interioridade e a exterioridade numa unidade particularmente tensa (p.317). A fora vai mais alm do que a sua exteriorizao ela a causa de um determinado efeito, ela um retrair-se para si mesmo para o ser-interior, e essa fora tambm pode ser experimentada pelo ser-interior atravs da resistncia. A observao de um efeito torna acessvel unicamente a sua causa, a causa que pertence ao efeito. (p.317). A fora originria, a liberdade: para Ranke a fora originaria de toda a ao humana e de todo fazer histrico a liberdade. ... Ranke fala de uma fora original e da fonte primaria e comum de todo fazer e deixar de fazer humano --- e isto para Ranke a liberdade. (p.318).A dialtica das foras em Hegel: Ranke segue Hegel quanto a uma oposio de foras no curso dos acontecimentos; A resistncia que a fora livre encontra procede ela mesma da liberdade. (p.319).A Histria como uma soma em curso; tanto Droysen como Ranke vo pensar a histria como uma unidade somtica de foras em curso. Como se pode pensar uma unidade da histria ? A ideia da unidade da histria do mundo inclui a continuidade ininterrupta do desenvolvimento histrico universal. (p.321). Para Droysen a continuao da historia s possvel por que a historia submetida ao tempo. A prpria historia no , portanto, somente um objeto do saber, mas est determinada em seu ser pelo saber-se. O saber sobre ela ela prpria.. (p.323). Compreenso infinita e teolgica: Para a Escola Histrica de Ranke e Droysen a auto compreenso da historia universal um conhecimento limitado e atribu ao esprito divino a infinitude que conheceria tudo na sua consumao. A divindade... contempla toda a humanidade histrica em seu conjunto e considerando-a, toda ela, valiosa por igual, j que antes dela no h tempo algum. (p.324). No possvel descrever melhor a autocompreenso de Ranke, do que atravs desses conceitos de Hegel. O historiador, tal como o entende Ranke, pertence a forma do espirito absoluto que Hegel descreve como religio da arte . (p.326).