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LEIA COM ATENÇÃO AS QUESTÕES ABAIXO E RESPONDA Leôncio Basbaum foi um intelectual brasileiro de rara capacidade para analisar a realidade do nosso país com ironia e profundidade. Ele militou na esquerda e participou ativamente de importantes acontecimentos de nossa história. No texto a seguir, Basbaum nos fala sobre a “guerra psicológica”, ou seja, a maciça campanha ideológica contra o governo João Goulart, recheada de exageros e de mentiras, com o objetivo de convencer as pessoas de que um golpe militar seria “a melhor coisa a ser feita no Brasil”. Guerra Psicológica “ Uma das coisas mais importantes para a queda tão rápida do presidente João Goulart foi o terror psicológico, pouco a pouco habilmente inserido na consciência social do país. esse terror psicológico se baseava sobretudo no anticomunismo. Os jornais se encarregavam de espalhar boatos de toda ordem. Nos murros apareciam os dizeres mais estranhos: Morte aos comunistas, Forca para Prestes. A sede da UNE (União Nacional dos Estudantes) chegou a ser incendiada e atacada com bombas. E era o governador Carlos Lacerda quem mais se esmerava em aumentar esse terror denunciando planos terríveis e mirabolantes de atentados e assassínio em massa, programados, segundo dizia, pelos comunistas. Na famosa Marcha da Família com Deus pela liberdade, organizada por alguns deputados paulistas e apoiada por alguns grupos religiosos católicos, sobretudo ingênuas freiras, em que milhares e milhares de mulheres se concentravam na Praça da Sé, de terço na mão, rezando como se houvesse chegado a “hora final”, o fim do mundo. Por todo país se espalhava a angústia que consistia no pavor de uma possível guerra civil em que os brasileiros e católicos teriam de se defender contra a revolta comunista e a invasão russa, como se os navios de guerra soviéticos já estivessem no porto ou desembarcando em Santos. Essa angústia atingiu também os indiferentes, os sem partido, os neutros, os que não sabiam de que lado inclinar-se, e agora se deixava tomar pelo terror, certos de que essa angústia somente terminaria com a queda de Jango. Era preciso acabar com isso!” Basbaum, Leôncio. História sincera da República. De 1961 a1967. 2º Ed. São Paulo: Alfa- ômega, 1977, PP. 113- 116. Aluno(a): _____________________________________________________ Turma: Única ___________ ________ __ Pré- Avaliação de História Profª Fabiana Góes Santos 9º Ano EF- IV BIMESTRE - Data: 26/

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Page 1: Gabarito da Pré-Avaliação de Matemática – 9º anolinux.alfamaweb.com.br/sgw/downloads/122_112712_precomh9.doc · Web view1 1 Os “cinqüenta anos em cinco”, “slogan”

LEIA COM ATENÇÃO AS QUESTÕES ABAIXO E RESPONDA

Leôncio Basbaum foi um intelectual brasileiro de rara capacidade para analisar a realidade do nosso país com ironia e profundidade. Ele militou na esquerda e participou ativamente de importantes acontecimentos de nossa história. No texto a seguir, Basbaum nos fala sobre a “guerra psicológica”, ou seja, a maciça campanha ideológica contra o governo João Goulart, recheada de exageros e de mentiras, com o objetivo de convencer as pessoas de que um golpe militar seria “a melhor coisa a ser feita no Brasil”.

Guerra Psicológica

“ Uma das coisas mais importantes para a queda tão rápida do presidente João Goulart foi o terror psicológico, pouco a pouco habilmente inserido na consciência social do país. esse terror psicológico se baseava sobretudo no anticomunismo.Os jornais se encarregavam de espalhar boatos de toda ordem. Nos murros apareciam os dizeres mais estranhos: Morte aos comunistas, Forca para Prestes. A sede da UNE (União Nacional dos Estudantes) chegou a ser incendiada e atacada com bombas.E era o governador Carlos Lacerda quem mais se esmerava em aumentar esse terror denunciando planos terríveis e mirabolantes de atentados e assassínio em massa, programados, segundo dizia, pelos comunistas.Na famosa Marcha da Família com Deus pela liberdade, organizada por alguns deputados paulistas e apoiada por alguns grupos religiosos católicos, sobretudo ingênuas freiras, em que milhares e milhares de mulheres se concentravam na Praça da Sé, de terço na mão, rezando como se houvesse chegado a “hora final”, o fim do mundo.Por todo país se espalhava a angústia que consistia no pavor de uma possível guerra civil em que os brasileiros e católicos teriam de se defender contra a revolta comunista e a invasão russa, como se os navios de guerra soviéticos já estivessem no porto ou desembarcando em Santos.Essa angústia atingiu também os indiferentes, os sem partido, os neutros, os que não sabiam de que lado inclinar-se, e agora se deixava tomar pelo terror, certos de que essa angústia somente terminaria com a queda de Jango. Era preciso acabar com isso!”

Basbaum, Leôncio. História sincera da República. De 1961 a1967. 2º Ed. São Paulo: Alfa- ômega, 1977, PP. 113- 116.

1º A partir do que é apresentado pelo autor do texto acima, procure responder:a) O presidente João Goulart era de família de fazendeiros muito ricos. Ele nada tinha de comunista. Acreditava que as reformas de Base eram a melhor maneira de preservar e modernizar o sistema capitalista no Brasil. Apesar disso, o que seus adversários diziam que aconteceria com o Brasil caso João Goulart continuasse governando?(0,5)Resp: Os adversários anunciaram que o Brasil seria tomado por comunistas e que todos perderiam seus bens e a liberdade.

b) Em que era baseada a propaganda ideológica contra Jango?(0,5)Resp: No anticomunismo, espalhando na sociedade o terror por meio de boatos e propagandas negativas.

c) Como o governador da Guanabara (pela UDN), Carlos Lacerda, procurava assustar a população?(0,5)Resp: Denunciando planos terríveis e mirabolantes de atentados e assassino em massa, programadas pelos terroristas

d) Como os sentimentos religiosos do povo brasileiro foram utilizados pela guerra ideológica contra João Goulart?(0,5)Resp: Através do pavor de uma possível Guerra Civil. Apelando par a ingenuidade e crença de que a “hora final”, estivesse próxima.

2) Explique de que forma foi desenvolvida a campanha contra o presidente Getúlio Vargas durante o seu segundo governo. (1,0) Resp: Por meio da imprensa o jornalista Carlos Lacerda, acusava o presidente Getúlio Vargas de simpatizar com o comunismo.

Aluno(a): _____________________________________________________ Turma: Única ___________

__________

Pré- Avaliação de História Profª Fabiana Góes Santos

9º Ano EF- IV BIMESTRE - Data: 26/ 10 / 07

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3) “Cinqüenta anos em cinco” era a proposta de Juscelino Kubitschek, para seu governo. Apresente e explique as medidas adotadas por Kubitschek. (1,0)Resp: As medidas de Juscelino, visavam desenvolver e modernizar o Brasil. Por exemplo a construção de Brasília, outro exemplo foi a utilização de investimentos estrangeiros que além da concessão de terrenos, redução de impostos para instalação de fábricas permitiu a remessa dos lucro para o exterior. O resultado da medida de Juscelino foi p crescimento da inflação.

4) Utilize (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as alternativas falsas.(0,5)a) ( F ) Uma das medidas de Jango era manter e aumentar a remessa de lucros para o exterior por parte das empresas estrangeiras.b) ( F ) O fim do governo de Juscelino Kubitscheck foi marcado pela estabilidade política e queda da inflação.c) ( V ) Foi durante o governo Vargas, que foi criado o (BNDE) Banco Nacional d Desenvolvimento Econômico. d) ( V ) Jânio Quadros, foi considerado um dos mais extravagantes presidentes da República, proibindo o uso de biquínis, e o uso de lança perfumes. Os críticos consideravam essas medidas uma forma de desviar atenção da sociedade dos problemas reais.

5) Corrija e explique as alternativas falsas da questão anterior. (0,5)Resp: Jango tentou limitar a remessa de lucros para o exterior. O fim do governo de Juscelino em virtude dos gastos para sustentar Brasil e a industrialização acelerada ficou marcado pelo crescimento da inflação.

6) O desenvolvimento foi um dos elementos de maior importância nos debates políticos e intelectuais ocorridos no Brasil, a partir da década de 40, sendo também a preocupação das políticas governamentais do período. Sobre a política governamental no período, julgue os itens:V F0 0 O segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954) imprimiu um caráter nacional ao desenvolvimentismo com

restrições ao capital estrangeiro e criação de empresas estatais. 1 1 Os “cinqüenta anos em cinco”, “slogan” do Programa de Metas de JK, caracterizado por um rápido crescimento

industrial, foi facilitado pela atração de capitais estrangeiros.2 2 A política desenvolvimentista, em todas as suas etapas, foi acompanhada por crescente interferência do Estado

no domínio econômico através da formulação de planos, criação de agências de financiamento e de empresas estatais.

3 3 A abertura da economia brasileira ao capital estrangeiro, a partir do Estado Novo, com a participação dos Estados Unidos no desenvolvimento da siderurgia, foi o principal fator de estímulo ao desenvolvimento brasileiro.

7) Redija um texto sobre o significado e importância da reforma agrária para o nosso país. Observe a pintura de Portinari.(1,0)

Resp; Resposta pessoal.