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CASO FUNDIO RIO NEGRO

A Fundio Rio Negro uma empresa de mdio porte cujo ramo de atividade a produo e venda de equipamentos e maquinarias para fundio. Sua diretoria se compe de:

Diretor-Presidente: Alberto dos Santos Novaes

Diretor Comercial: Jlio Siqueira Campos

Diretor Industrial: Marcos Roberto Magalhes

Alberto dos Santos Novaes uma pessoa desinteressada pelos problemas da empresa, deixando-os a cargo de outros diretores. No se preocupa nem com os operrios nem com o trabalho. o acionista majoritrio da empresa, importando se apenas com sua situao financeira e com seu status social.

Jlio Siqueira Campos est ligado ao setor de Vendas. Ficam a seu cargo as comisses sobre as vendas prprias e dos outros vendedores, no que tem demonstrado excesso de interesse, pois solicita mensalmente o custo dos equipamentos, peas e acessrios, para posterior ajuste no preo, aumentando, assim, suas comisses nas vendas. Divide o nmero de aes com o terceiro diretor, Marcos Roberto Magalhes. Este voltado exclusivamente para a Produo, porm levando em considerao as condies de seus subordinados. Constantemente, supervisiona a fbrica no que se refere ao servio dos operrios. Quando encontra alguma dificuldade, costuma dirigir-se ao encarregado do setor, porm, em alguns casos de indisciplina ou falha tcnica, no respeita a autoridade do mestre, dirigindo-se diretamente ao operrio.

Cada um dos diretores possui autoridade suficiente para contratar novos empregados e despedi-los sem dar satisfao a nenhum dos outros, no permitindo qualquer interveno em suas respectivas reas.

A empresa fabrica equipamentos padronizados para fundio, por meio de produo em srie, e equipamentos diferenciados sob encomenda, conforme especificaes solicitadas pelos clientes. a nica empresa que produz tal tipo de equipamento no pas.

O Departamento de Compras est sob a gerncia de Luiz Alves Macedo, que executa suas tarefas mecanicamente, sem nenhum planejamento ou controle e sem o mnimo interesse pelo cargo que ocupa. S funciona quando pressionado pelas circunstncias.

Apesar disso, Luiz no inexperiente, mas seu procedimento acarreta vrios problemas para os demais setores da empresa, pois no se coordena nem mesmo com o setor de almoxarifado. Falta-lhe tcnica de compras e sua funo independente, sem nenhum superior supervisionando suas tarefas. Sua permanncia dentro da empresa, apesar desses problemas, devida sua estreita amizade com o Diretor Industrial.

O Departamento Tcnico est subordinado ao Diretor Industrial e apresenta srias deficincias na elaborao de desenhos e projetos, erros nos clculos, na escolha dos materiais similares no lugar dos originais e colocao de materiais em lugares indevidos no desenho e projeto. O seu gerente, Manoel de Oliveira, no se interessa em corrigir os erros encontrados nos desenhos e projetos, para no atrasar a produo do seu pessoal, acarretando problemas para o Departamento de Custos e principalmente para o Departamento de Produo, que corre o risco de confeccionar e produzir equipamentos com defeitos, caso nenhum especialista neste tipo de equipamento localize o erro a tempo.

Com todos esses problemas, surgem atrasos na entrega dos equipamentos aos clientes e, s vezes, devolues em virtude de defeitos apresentados ou desvios de especificaes.

Em certa ocasio, uma fundio de grande renome efetuou diretamente a Jlio Siqueira Campos a compra de um equipamento, com data marcada para a entrega. O pedido foi encaminhado pelo Diretor Comercial ao departamento competente, para as devidas providncias. Houve, porm, um considervel atraso na execuo do pedido, havendo necessidade de interveno direta e constante do Diretor Comercial na produo. Apesar da demora e da insistncia o equipamento foi concludo e entregue, mas devolvido alguns dias depois por ter apresentado defeitos no seu funcionamento. A compra s no foi cancelada devido necessidade que a firma compradora tinha de utilizar o equipamento com urgncia. Embora fosse um bom cliente, a firma compradora provocou um conflito que atingiu os diretores da Rio Negro, os gerentes, os supervisores e at mesmo os operrios. Cada departamento apresenta a sua desculpa, jogando a culpa sobre os demais, pois ningum quer assumir a responsabilidade do que acontecera. O Departamento de Produo acusava o Departamento de Compras, que por sua vez acusava o Almoxarifado, e assim por diante. Com os atrasos na entrega do equipamento e as devolues causadas por defeitos, a imagem da empresa estava se deteriorando no mercado.