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Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá
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VOLUME IV – Proposta de Legislação Para o Município de Paranaguá .
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 1
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ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 4
2 LEI DO PLANO DIRETOR - ANTEPROJETO DE LEI................................................................. 6
3 LEI DO PERÍMETRO URBANO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR....................... 64
4 LEI DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – ANTEPROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR.......................................................................................................................... 68
5 LEI DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL – ANTEPROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR........................................................................................................................ 169
6 LEI DE SISTEMA VIÁRIO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR .............................. 179
7 LEI DO SISTEMA CICLOVIÁRIO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR ................. 201
8 LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
............................................................................................................................................... 207
9 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR........ 239
10 CÓDIGO DE POSTURAS – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR .............................. 383
11 CÓDIGO AMBIENTAL – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR................................... 459
12 RECOMENDAÇÕES PARA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PROPOSTA............................. 554
12.1 Recomendações Gerais ............................................................................................................... 555
12.2 Recomendações para a aplicação da Lei do PDDI - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado
e da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo .......................................................................... 556
12.3 Recomendações para a aplicação do Código de Obras e Edificações e do Código de Posturas .. 557
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12.4 Recomendações para a aplicação da Lei do Sistema Viário e Lei do Sistema Cicloviário .......... 557
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1 INTRODUÇÃO
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O processo de elaboração do Plano Diretor de Paranaguá atinge o momento de
formatação dos Anteprojetos que irão para avaliação da Comissão de Acompanhamento e para
a Câmara de Vereadores, finalizando a documentação a ser entregue pela FUNPAR/UFPR
com relação ao PDDI Paranaguá.
Este VOLUME IV – Proposta da Legislação apresenta os Anteprojetos de Leis e
Códigos para o Município de Paranaguá.
Os anteprojetos de Lei propostos foram elaborados com base na avaliação e discussão
dos resultados das fases anteriores do PDDI, em reuniões técnicas com o Grupo Técnico
Municipal e com o Núcleo do plano Diretor, e têm o compromisso de subsidiar a gestão do
desenvolvimento municipal pelos próximos dez anos.
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2 LEI DO PLANO DIRETOR - ANTEPROJETO DE LEI
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LEI DO PLANO DIRETOR
Institui o Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado, estabelece
objetivos, instrumentos e diretrizes para as
ações de planejamento no Município de
Paranaguá e dá outras providências.
A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito
Municipal, sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DA FUNDAMENTAÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta lei, com fundamento na Constituição da República, em especial no que
estabelecem os seus artigos 30 e 182; na Lei Federal n° 10.257/01, Estatuto da Cidade, na
Constituição do Estado do Paraná e na Lei Orgânica do Município de Paranaguá, institui o
Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e estabelece as normas, os princípios básicos e
as diretrizes para sua implantação.
Art. 2º O Plano Diretor, nos termos das leis que o compõem, aplica-se a toda a
extensão territorial do Município de Paranaguá.
Art. 3º. As políticas, diretrizes, normas, planos, programas, orçamentos anuais e
plurianuais deverão atender ao estabelecido nesta Lei e nas Leis que integram o Plano Diretor.
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Art. 4º Integram a lei do Plano Diretor instituído pela presente as seguintes leis:
I - Lei do Perímetro Urbano;
II - Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo;
III - Lei de Parcelamento do Solo Urbano;
IV - Lei do Sistema Viário;
V - Código de Obras e Edificações;
VI - Código de Posturas;
VIII – Zoneamento Ecológico-Econômico Municipal.
Parágrafo Único. Outras leis e decretos poderão integrar o Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado, desde que, cumulativamente:
I - tratem de matéria pertinente ao desenvolvimento urbano e às ações de planejamento
municipal;
II – mencionem, expressamente, em seu texto a condição de integrantes do conjunto de
leis componentes do Plano;
III - definam as ligações existentes e a compatibilidade entre os seus dispositivos e
aqueles das outras leis já componentes do Plano fazendo remissão, quando for o caso, aos
artigos dessas leis.
Art. 5º O Plano Diretor deverá ser revisado e atualizado em um prazo máximo de 10
(dez) anos, bem como terá suas diretrizes e propostas avaliadas e monitoradas,
periodicamente.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS
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Art. 6º O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Paranaguá é o
instrumento básico da política de desenvolvimento sob os aspectos físico, social, econômico e
administrativo, visando a orientação da atuação do Poder Público e da iniciativa privada, bem
como o atendimento às aspirações da comunidade, sendo a principal referência normatizadora
das relações entre o cidadão, as instituições e o meio físico.
Art. 7º Este Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado rege-se pelos seguintes
princípios:
I - garantia da função social da cidade e da propriedade;
II - promoção do desenvolvimento sustentável, entendido este como o acesso à
moradia, infra-estrutura, serviços e equipamentos, para as atuais e futuras gerações, de forma
ambientalmente correta;
III - garantia da gestão democrática com a participação da população no processo de
desenvolvimento da cidade;
IV - adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira, aos
objetivos do desenvolvimento urbano;
V – preservação, recuperação e valorização do ambiente e patrimônio natural e cultural;
VI - inclusão social, compreendida como garantia de acesso a bens, serviços e políticas
sociais a todos os munícipes;
VII - justiça social e redução das desigualdades sociais e regionais;
VIII - cumprimento das exigências dispostas no Estatuto da Cidade, bem como na
Política de Desenvolvimento Urbano e Regional para o Estado do Paraná – PDU, nos termos
dos princípios da Agenda 21, e o previsto nas legislações federal, estadual e municipal
pertinentes.
Seção I
Da Função Social da Cidade e da Propriedade
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Art. 8º A função social da cidade e da propriedade no Município de Paranaguá se dará
pelo pleno exercício, de todos, dos direitos à terra, aos meios de subsistência, ao trabalho, à
saúde, à educação, à cultura, à moradia, à proteção social, à segurança, ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, ao saneamento, ao transporte público, ao lazer, à informação, e
demais direitos assegurados pela legislação vigente.
Art. 9º Para cumprir a sua função social, a propriedade deve atender, simultaneamente,
no mínimo, às seguintes exigências:
I - intensidade de uso adequada à disponibilidade da infra-estrutura, de equipamentos e
de serviços;
II - uso compatível com as condições de preservação da qualidade do meio ambiente,
da paisagem e do patrimônio local;
III - aproveitamento e utilização compatíveis com a segurança e saúde de seus usuários
e da vizinhança;
IV – utilização adequada do terreno, segundo os parâmetros mínimos definidos na Lei
de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e legislações correlatas.
§1°. O direito de propriedade sobre o solo não acarreta, obrigatoriamente, o direito de
construir, cujo exercício deverá ser autorizado pelo Poder Executivo, segundo os critérios
estabelecidos nesta Lei, na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e no Código de
Obras e Edificações.
§2°. Os direitos decorrentes da propriedade individual estarão subordinados aos
interesses da coletividade.
§ 3°. O Município utilizará os instrumentos previstos nesta lei e demais legislações
pertinentes para assegurar o cumprimento da função social da cidade e da propriedade.
Art. 10 Em caso de descumprimento da função social da cidade e da propriedade
descritas pela legislação vigente, deverão ser utilizados os instrumentos da política municipal
constantes do Título IV desta Lei.
Seção II
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Da Gestão Democrática
Art. 11 Entende-se por gestão democrática a participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade nos processos de
planejamento, tomada de decisão e controle das ações públicas, por meio de espaços
institucionalizados onde o Poder Público constituído delega o seu direito de decisão.
Art. 12 Deverá ser respeitada a participação de todas as entidades da sociedade civil
organizada, bem como daqueles que tiverem interesse em todas as políticas públicas,
programas, projetos, planos, diretrizes e prioridades contidas neste plano, de modo a garantir o
controle direto das atividades e o pleno exercício da cidadania, constituindo obrigação do poder
público proceder à efetiva convocação das entidades e cidadãos para as atividades onde tal
participação é exigida.
Seção III
Da Sustentabilidade Ambiental
Art. 13 Todas as ações contempladas nesta Lei têm como pressuposto a
sustentabilidade ambiental, de acordo com o artigo 225 da Constituição da Federal, com o
objetivo de assegurar ao Município de Paranaguá os recursos naturais básicos necessários à
qualidade de vida das gerações atuais e futuras.
Art. 14 É dever da Prefeitura, da Câmara Municipal e da comunidade zelar pela
proteção ambiental em todo o território do Município, de acordo com as disposições da
Legislação Municipal e das normas adotadas pelo Estado e União.
Seção IV
Da Preservação do Patrimônio Natural e Cultural
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Art. 15 O desenvolvimento de políticas de preservação e valorização do patrimônio
natural e cultural do Município de Paranaguá visa à proteção, recuperação e conservação da
paisagem dos bens culturais, devendo ter como objetivos:
I - garantia de integridade do patrimônio natural e cultural do Município;
II - incorporação da proteção desse patrimônio natural e cultural ao processo
permanente de planejamento e ordenação do território;
III - aplicação de instrumentos normativos, administrativos e financeiros para viabilizar
sua gestão;
IV - conscientização da população sobre a necessidade da proteção e recuperação dos
valores culturais e ambientais;
V - impedimento ou controle do funcionamento e da implantação ou ampliação de
construções ou atividades que comportem risco efetivo ou potencial de dano à qualidade de
vida e ao patrimônio natural e cultural.
CAPÍTULO III
DAS DIRETRIZES GERAIS
Art. 16 São diretrizes e objetivos gerais do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado
de Paranaguá:
I - estabelecer processo contínuo, integrado e participativo de planejamento e gestão
entre o governo municipal e a comunidade;
II - aumentar a eficácia da ação governamental, promovendo a integração e a
cooperação com os governos federal e estadual e com os municípios da Região Litorânea do
Paraná, no processo de planejamento e gestão das questões de interesse comum;
III – stabelecer o bairro como parâmetro de acessibilidade aos serviços, infra-estrutura e
equipamentos urbanos, bem como local de expressão cultural e de cidadania;
IV - elevar a qualidade de vida da população, particularmente no que se refere à saúde,
à educação, às condições habitacionais, à infra-estrutura e aos serviços públicos, de forma a
promover a inclusão social, reduzindo as desigualdades sociais;
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V - prevenir distorções e especulação da propriedade urbana, de modo a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade e da cidade;
VI - garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes das obras e serviços
de infra-estrutura urbana;
VII - condicionar a organização espacial à sustentabilidade ambiental e ao
desenvolvimento socioeconômico.
VIII - estabelecer política de longo prazo junto às concessionárias de serviços de
saneamento e órgãos de controle ambiental;
IX - elevar a qualidade do ambiente urbano, por meio da preservação, proteção e
recuperação do meio ambiente e do patrimônio cultural e paisagístico;
X - fortalecer economicamente o município e promover o desenvolvimento do setor de
serviços, da logística e do comércio local;
XI – garantir e adequar as relações entre as funções do Porto e as funções da cidade;
XII – estabelecer condições para que os fluxos de tráfego do Porto e em direção ao
litoral não comprometam o desenvolvimento do tráfego da cidade;
XII - promover a comunicação ampla para construção e manutenção de bancos de
dados, cadastros urbanos, parâmetros e indicadores, que permitam o monitoramento e a
avaliação sistemática do desenvolvimento urbano e rural, garantindo plena acessibilidade
desses dados a todo o cidadão.
TÍTULO II
DAS DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO
Art. 17 A consecução do Plano Diretor dar-se-á com base na implementação de
políticas setoriais integradas, definindo-se diretrizes que contemplem os eixos: territorial,
institucional, ambiental, social, econômico, patrimonial, de circulação e de infra-estrutura e
serviços, nas escalas regional, municipal e urbana.
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Parágrafo Único. As diretrizes estabelecidas nesta Lei deverão ser observadas de
forma integrada e simultânea pelo Poder Público Municipal, visando garantir a sustentabilidade
do Município.
Art. 18 Para garantir a implementação das diretrizes, a Prefeitura Municipal deverá
implantar um Plano de Ação que estabeleça prioridades, prazos e orçamento preliminar para
sua consecução.
§ 1º. Os recursos necessários para a implementação das obras indicadas no Plano de
Ação referido no caput deste artigo deverão estar previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias
e nos orçamentos anuais.
§ 2º. Os Planos Plurianuais, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos Anuais
devem ser elaborados e compatibilizados com o Plano de Ação referido neste artigo,
assegurada ampla participação da cidadania na elaboração e controle social de todas essas
peças.
CAPÍTULO I
DAS DIRETRIZES REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO
Art. 19 Para a promoção do desenvolvimento na escala regional devem ser observadas
as seguintes diretrizes:
I - implementar os instrumentos legais regidos pelo Estatuto da Cidade, de forma a
consolidar os espaços urbanos municipais, e preservar as áreas rurais na região do litoral,
propiciando a manutenção e o desenvolvimento de atividades agropecuárias que sejam
compatíveis com o espaço urbano e com as restrições ambientais;
II - aperfeiçoar os canais de participação da sociedade para discussão das questões
referentes ao planejamento urbano e à problemática litorânea, por meio da criação de fóruns
regionais no município para o debate de questões de interesse da população;
III - fortalecer as políticas litorâneas através da implementação de consórcios
intermunicipais que tratem de questões comuns aos municípios e ao estado;
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IV - implementar uma política ambiental municipal em consonância com a política
ambiental estadual, tendo como estratégia de ação a criação de Áreas de Proteção,
Preservação e Conservação;
V - implementar a política regional de saneamento ambiental, através do Consórcio
Intermunicipal de Resíduos Sólidos;
VI - fortalecer o sistema viário regional que passa pelo município, visando a
acessibilidade regional, a fluidez no trânsito e a segurança viária, de modo a incentivar a
implantação de atividades econômicas em seu território;
VII - criar eixos de transportes coletivos, de forma a propiciar maior fluidez nos
deslocamentos intermunicipais;
VIII – aproveitar as condições da localização do município, assim como sua vocação
portuária, para integração na dinâmica econômica nacional, tendo como estratégia de ação o
fortalecimento dos terminais intermodais do município;
IX – elaborar estudo para a identificação das cadeias produtivas regionais e
desenvolvimento rural, incentivando a preservação das atividades econômicas de caráter rural
de importância para o equilíbrio regional;
X - consolidação do sistema viário regional no município, através de convênios com os
poderes públicos estadual e federal, considerando-se como vias prioritárias.
CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES MUNICIPAIS DE DESENVOLVIMENTO
Art. 20 São diretrizes municipais de desenvolvimento:
I - estruturar a cidade segundo Centros de Bairro, contemplados com espaços de área
de lazer, comércio e de acesso a serviços e informações da Prefeitura;
II – garantir a existência de um perímetro urbano que atenda às necessidades de
crescimento da população, sem significar custos adicionais, de infra-estrutura e de serviços
públicos, à municipalidade;
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III – alterar a condição de distrito da área de Alexandra, tornando-a área urbana
contígua à mancha urbana de Paranaguá, na condição de centro industrial, de prestação de
serviço e de expansão urbana;
IV - recuperar e preservar a paisagem urbana, valorizando aspectos naturais e culturais;
V - promover a distribuição de usos e a intensificação do aproveitamento do solo de
forma equilibrada com a infra-estrutura, com os transportes e com o meio ambiente, de modo a
evitar sua sobrecarga ou ociosidade;
VI - definir áreas impróprias à ocupação, segundo: declividade, solo, áreas inundáveis,
paisagem notável, áreas de preservação permanente e demais áreas com restrições
ambientais;
VII – revitalizar a área central, fortalecendo o comércio local e diminuindo conflitos de
tráfego;
VIII – valorizar a relação do morador com seu bairro e promover a integração da cidade;
IX – propiciar a melhoria das unidades habitacionais, assim como sua regularização
urbanística e fundiária;
X – ordenar e segregar o tráfego de veículos e trens de carga, de forma a garantir a
fluidez do sistema e a qualidade de vida aos moradores e usuários da malha urbana.
CAPÍTULO III
DO PLANO DE AÇÕES PRIORITÁRIAS
Art. 21 São instrumentos adequados para a efetiva implantação da política de
desenvolvimento do Município de Paranaguá:
I – as diretrizes definidas neste Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
II – os Planos de Ação Integrada;
III – as leis especiais que vierem a regulamentar a presente lei visando à consecução
dos objetivos e metas do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.
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Art. 22 Ficam estabelecidos os seguintes setores prioritários de ação:
I – organização institucional da prefeitura e implementação de sistema integrado de
informações municipais;
II. – saneamento básico;
III – ordenamento do sistema viário;
IV – regularização fundiária e provisão habitacional;
V – expansão portuária;
VI – valorização do patrimônio cultural.
VII – desenvolvimento das atividades turísticas;
VIII – capacitação técnica e/ou profissionalizante da população para atendimento ao
mercado de trabalho local.
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E GESTÃO
DEMOCRÁTICA
Art. 23 São diretrizes da Política de Desenvolvimento Institucional:
I - reorganizar a estrutura administrativa municipal, racionalizando atribuições, funções e
inter-relações entre as secretarias municipais e demais órgãos;
III - fortalecer, qualificar e capacitar o quadro técnico municipal, para implementação de
um processo contínuo de planejamento e gestão do Plano Diretor;
IV - promover a participação, o controle social e a integração entre as políticas públicas
municipais, através da criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, composto
pela sociedade civil e Prefeitura Municipal;
V - implantar e atualizar um banco de dados e informações georreferenciadas do município,
que auxiliará no planejamento e monitoramento municipal;
VI - regulamentar o processo de consulta, discussão e deliberação de questões ligadas ao
planejamento e gestão municipal, promovendo a participação de representantes de órgãos
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federais e estaduais atuantes em Paranaguá;
VII - promover a gestão municipal participativa, através da consulta permanente às esferas de
representação popular;
VIII – melhorar a comunicação com os órgãos ambientais estaduais e federais, atuantes no
município, visando o exercício harmônico de competências comuns, em matéria de controle do
uso e da ocupação do solo municipal.
Parágrafo único. Para a consecução da Política de Desenvolvimento Institucional
devem ser observadas as seguintes diretrizes:
I - promover a gestão municipal participativa.
II - estabelecer um sistema de informações sobre o município, organizando banco de
dados georreferenciado, periodicamente atualizado, que auxiliará no planejamento e
monitoramento municipal;
III – fortalecer a capacidade municipal de regulação e gestão da cidade, dotando os
setores competentes de condições técnicas, institucionais e operacionais necessárias ao
exercício de suas funções.
Art. 24 Para a construção de uma gestão democrática, devem ser observadas as
seguintes diretrizes:
I - criar instâncias participativas e deliberativas de gestão democrática, com participação
popular, no nível municipal e regional;
II - adotar mecanismos de participação democrática e de repartição de poder, tais como
Orçamento Participativo, Conselhos Setoriais, iniciativa popular de leis e projetos, audiências
públicas, conferências;
III - garantir a efetiva participação popular na elaboração e implementação do Plano
Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá, do Zoneamento Ecológico-Econômico de
Paranaguá e dos orçamentos municipais, bem como na definição e implementação da política
urbana;
IV - buscar apoio dos governos Federal e Estadual com recursos e programas de
capacitação para a execução da política urbana integrada;
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V - assegurar aos habitantes o acesso à informação em poder dos órgãos públicos, bem
como a sua participação em um processo contínuo, descentralizado e democrático de gestão;
VI – integrar as ações públicas e privadas através de programas, projetos e parcerias.
CAPÍTULO V
DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA URBANA
Art. 25 As diretrizes gerais da Política Urbana do Município de Paranaguá são:
I – Promover o direito à cidade sustentável, entendido o direito à terra urbanizada, à
moradia, à saúde, à educação, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura e aos equipamentos
urbanos de qualidade, o acesso ao trabalho, cultura e lazer, para as presentes e futuras
gerações;
II - Garantir o direito de toda pessoa à igualdade e à equidade enquanto beneficiário de
políticas e programas públicos, sem distinção de raça, cor, origem nacional ou étnica e gênero,
o que implica na tomada de ações positivas do Estado em proibir e eliminar a discriminação
quanto ao desfrute dos direitos humanos, em particular dos direitos econômicos, sociais e
culturais;
III - Articular e integrar as políticas urbanas com políticas de inclusão social como a
universalização da assistência técnica e jurídica;
IV - Articular e integrar as políticas locais com políticas regionais e nacionais;
V - Tornar a função social da propriedade em eixo de uma política urbana inclusiva que
modifique a realidade pela implementação combinada dos diversos instrumentos de reforma
urbana, visando à regulação pública da propriedade privada, à justa distribuição dos custos e
benefícios do processo de urbanização, ao reconhecimento da cidade informal, à gestão
democrática e ao desenvolvimento sustentável;
VI - Apoiar a implementação de política fundiária de ampliação de acesso à terra para
famílias de baixa renda, utilizando-se de Zonas Especiais de Interesse Social e demais
instrumentos do Estatuto da Cidade;
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VII - Promover o incremento da gestão local de desenvolvimento urbano através de
política e linhas de financiamento de acesso aos recursos públicos, para a construção das
bases de informação sobre o território e a capacitação de quadros técnicos;
VIII - Planejar e executar políticas e programas municipais, estaduais e nacionais,
habitacionais, de saneamento e de transporte levando devidamente em conta os interesses
legítimos das pessoas pertencentes às minorias, tais como os índios, as pessoas portadoras de
deficiências físicas e mentais e de necessidades especiais, dentre outros.
Art. 26 A Política Urbana do Município de Paranaguá tem como eixos estruturais:
I - A promoção do desenvolvimento socioeconômico envolvendo município e porto;
II - A geração de emprego e renda;
III - A melhoria das condições ambientais do município;
IV - O direito à moradia;
V - A ampliação da participação dos cidadãos na gestão municipal.
Seção I
Das Diretrizes da Política Municipal de Habitação
Art. 27 A Política Municipal de Habitação do Município de Paranaguá tem como objetivo
permitir o acesso à moradia, bem como melhorar as condições de habitabilidade da população
de baixa renda, atendendo às seguintes diretrizes:
I - Desenvolver projetos de urbanização de assentamentos precários estabelecendo
padrões especiais de uso do solo - desde que haja condições de fixação da população nestas
áreas - visando melhorar a sua condição de habitabilidade, propiciando segurança, garantindo
a mobilidade urbana e promovendo a inclusão social e integração das áreas ao tecido urbano
da cidade;
II - Remover unidades residenciais dos núcleos habitacionais que estejam em condições
de risco, tanto para a população quanto para o meio, garantindo a relocação em melhores
condições de habitabilidade e a recuperação ambiental da área;
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III - Estimular programas de urbanização e regularização fundiária como partes
integrantes da política municipal de habitação;
IV - Adotar instrumentos de política urbana previstos na Lei Federal n° 10.257 –
Estatuto da Cidade, para aumentar a oferta de terra para habitação de interesse social e
incentivar a participação da iniciativa privada na produção dessas habitações;
V - Promover a prestação de assistência jurídica e técnica gratuita para população de
baixa renda;
VI – Coibir as ocupações em áreas de risco ambiental, áreas de preservação ambiental
e outras áreas não edificáveis, a partir de ação integrada dos setores municipais responsáveis
pelo planejamento, controle urbano, defesa civil, obras e manutenção e as redes de agentes
comunitários ambientais e de saúde;
VII - Promover a participação da população beneficiada nos programas habitacionais no
gerenciamento e administração dos recursos, através de autogestão e co-gestão;
VIII - Constituir e capacitar permanentemente equipe técnica da administração municipal
para os programas de urbanização e regularização fundiária;
IX - Integrar o Município em ações de Política Habitacional Estadual e Nacional;
X - Agilizar os processos de transferência de áreas públicas federais destinadas a
programas de urbanização e regularização fundiária.
Seção II
Das Diretrizes da Política Municipal do Patrimônio
Art. 28 A Política Municipal do Patrimônio de Paranaguá tem como objetivo identificar,
valorizar, proteger e conversar os bens naturais e culturais do Município, atendendo as
seguintes diretrizes:
I – Valorizar o patrimônio natural e cultural do município através de ações de
salvaguarda dos bens considerados patrimônios;
II – Considerar os grandes conjuntos patrimoniais existentes no município e que
contribuem para a consolidação da sua identidade, quais sejam:
a) A Baia de Paranaguá e as Ilhas;
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b) O Centro Histórico tombado;
c) O Porto;
d) A Área do Rocio;
e) O atual Distrito de Alexandra;
f) A arborização urbana, as áreas verdes, as unidades de conservação e áreas de
preservação permanente estabelecidas, regidas por leis específicas;
g)O Casario representativo dos diferentes momentos históricos e representações por
imóveis e/ou conjuntos protegidos pelas leis de tombamento;
h)As manifestações culturais representativas da história e da cultura do município;
III – Integrar as políticas de preservação, conservação e valorização do patrimônio
natural e cultural do Município, àquelas estabelecidas pelos poderes federal e estadual;
IV – Constituir e capacitar, permanentemente, equipe técnica da administração
municipal para os programas de preservação, conservação e valorização do patrimônio natural
e cultural;
V – Estabelecer programas e ações permanentes de preservação, conservação e
valorização do patrimônio arqueológico do Município;
VI – Incentivar a valorização do patrimônio natural e cultural por meio de projetos de
educação patrimonial, como parte de um programa permanente de educação urbana nas
escolas de 1º e 2º grau.
CAPÍTULO VI
DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA AMBIENTAL
Art. 29 As diretrizes da Política Ambiental do Município de Paranaguá visam garantir a
preservação, a conservação e a recuperação do ambiente natural com vistas a promover a
qualidade de vida da população.
Parágrafo Único. São diretrizes da Política Ambiental:
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I - Promover o adequado ordenamento territorial, urbano e rural, mediante planejamento
e controle do parcelamento, do uso e da ocupação do solo, visando à preservação,
conservação e recuperação do meio ambiente;
II - Readequar a atividade agrosilvopastoril de acordo com a aptidão dos solos;
III - Readequar as atividades de mineração;
IV - Garantir a preservação e a conservação dos recursos hídricos;
V - Garantir a preservação e a conservação da biodiversidade;
VI - Diagnosticar áreas potenciais para a implantação de novas unidades de
conservação;
VII - Garantir a preservação, a conservação e a recuperação do ambiente natural e
construído, mediante controle da poluição visual, sonora, da água, do ar e do solo;
VIII – Estabelecer normas, critérios e padrões de emissão de efluentes e de qualidade
ambiental, bem como normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais, naturais ou
não, em conjunto com os órgãos estadual e federal, adequando-os permanentemente em face
da legislação e de inovações tecnológicas;
IX - Adequar a legislação, com o objetivo de classificar os empreendimentos segundo
sua natureza, porte e localização, de modo a exigir medidas mitigadoras de impactos
ambientais negativos;
X - Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação, conservação e recuperação do meio ambiente.
CAPÍTULO VII
DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
Art. 30 As diretrizes referentes à Política de Saneamento Ambiental do Município de
Paranaguá são:
I - Recuperar, tratar e higienizar o ambiente e promover a reciclagem dos resíduos
industriais e domésticos;
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II - Definição e caracterização de novos mananciais hídricos para usos futuros,
observado-se que inicialmente deve ser trabalhada a questão da conservação da água nos
sistemas existentes para posteriormente utilizar outros mananciais;
III - Promover a extensão do sistema de saneamento nas áreas urbanas, rurais,
comunidades insulares e de expansão urbana;
IV - Adoção do Sistema Separador Absoluto em áreas urbanas e sistemas
descentralizados de esgotamento sanitário nas Áreas Peri-Urbanas e Rurais;
V - Estimular práticas de conservação quali-quantitativa da água como o uso racional, o
uso de fontes alternativas, o tratamento do esgoto e a limpeza pública adequada, no sentido de
reduzir desperdícios e garantir recursos hídricos naturais saudáveis para promoção da saúde
pública e da sustentabilidade ambiental;
VI - Aproveitamento dos sub-produtos, em especial do esgoto tratado, em áreas rurais.
Este aproveitamento, se adequado, pode ser importante tanto para proteção do meio ambiente
e saúde pública, quanto para a geração de renda;
VII - Fixar diretrizes ambientais para elaboração dos projetos de parcelamento no solo,
bem como para a instalação de atividades e empreendimentos no âmbito da coleta e
disposição dos resíduos;
VIII - Para o Sistema de Limpeza Pública é importante trabalhar questões como a
redução do consumo, o reaproveitamento dos resíduos na edificação, a disposição adequada
do resíduo na edificação e no espaço público, além da coleta seletiva. Tais questões estão
relacionadas a uma revisão de postura por parte do usuário;
IX - Gerenciar os resíduos sólidos, compreendendo a geração, a coleta, o tratamento e
a destinação adequados, fomentando parceiras com entidades associativas não-
governamentais, e o incremento de sistemas alternativos e não-convencionais de coleta;
X - Controlar e fiscalizar a produção, armazenamento, transporte, comercialização,
utilização e destino final de substâncias efetiva ou potencialmente tóxicas, explosivas ou
radioativas.
CAPÍTULO VIII
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DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E SEGURIDADE SOCIAL
Art. 31 As diretrizes referentes à Política de Desenvolvimento e Seguridade Social são:
I - adequar a infra-estrutura básica e disponibilizar os serviços públicos por todo
território municipal de acordo com as necessidades de cada bairro ou comunidade rural ou
insular;
II - integrar a assistência social às demais políticas públicas para a promoção da
autonomia social e econômica, e do convívio social;
III - prevenir as situações circunstanciais de vulnerabilidade, exercendo permanente
vigilância para manutenção e ampliação do padrão básico de inclusão social alcançado;
IV - determinar organização institucional e corpo técnico da secretaria da saúde para
que haja atendimento eficiente à toda população, inclusive nas comunidades rurais e insulares;
V - desenvolver programas de saúde prioritários para as áreas de risco sócio-ambiental,
de forma articulada com as áreas de educação, meio ambiente e obras;
VI - proporcionar ações e serviços de saúde de menor grau de complexidade nas
unidades de saúde, distribuídas por todo o território municipal
VII - estabelecer formas de promover a gestão democrática e o controle social na
Educação.
VIII - atender às necessidades da população com relação ao número de vagas na rede
de ensino fundamental, infantil e creches e disponibilizar estruturas de qualidade, inclusive nas
comunidades rurais e insulares, possibilitando o acesso igualitário às unidades de ensino;
IX - promover parcerias com universidades, sociedade organizada, empresas e governo
estadual e municipal, para acesso ao Ensino Médio, técnico e profissionalizante, atendendo às
necessidades da população;
X - fomentar o desenvolvimento socioeconômico das comunidades rurais e insulares a
partir da construção de formas eficientes de relacionamento com a administração pública;
XI - proporcionar o acesso facilitado da população insular à área urbana do município;
XII - descentralizar os serviços de segurança para atendimento a todos os bairros;
XIII - incentivar a formação de Conselhos Comunitários de Segurança Pública;
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XIV - atuar no sentido da ação conjunta entre as Polícias Militar e Civil, sediadas no
município e, caso criada, a Guarda Municipal;
XV - favorecer a descentralização das atividades de esporte e lazer, melhorando a
qualidade de vida e permitindo aos cidadãos a ocupação prazerosa de seu tempo livre.
CAPÍTULO IX
DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO
Art. 32 As diretrizes referentes à Política de Desenvolvimento Socioeconômico do
Município de Paranaguá são:
I - Promover o desenvolvimento das atividades econômicas características do
município, buscando a participação da iniciativa privada nos investimentos necessários;
II - Criar incentivos que estimulem o investimento e a infra-estrutura para a implantação
de atividades turísticas locais e regionais;
III - Estimular o investimento e a integração do sistema portuário com o Município;
IV - Incentivar ações cooperadas entre APPA (Administração dos Portos de Paranaguá
e Antonina), concessionárias da ferrovia e da rodovia, operadores de terminais privados e
operadores portuários para melhoria e desenvolvimento do sistema logístico;
V - Estabelecer um programa de dinamização econômica em consórcio com os demais
municípios da região, principalmente quanto à viabilização de projetos que visem o
desenvolvimento regional;
VI - Atualizar e adequar a legislação de uso e ocupação do solo, com mecanismos que
possibilitem atrair e estimular novas atividades produtivas, assegurando espaços para o
desenvolvimento das atividades econômicas;
VII - Agilizar o processo de arrecadação municipal, aumentando a capacidade de
investimento do Município;
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VIII - Estimular iniciativas de produção cooperativa, empresas ou atividades
desenvolvidas por micro e pequenos empreendimentos;
IX -Integrar o município ao Sistema Regional de Qualificação e Capacitação da Força
de Trabalho;
X - Incentivar a atividade pesqueira industrial;
XI - Incentivar o desenvolvimento do turismo e da produção artesanal;
XII - Ampliar o tecido empresarial com foco na micro empresa e pequena empresa;
XIII - Estimular o desenvolvimento de culturas florestais sustentáveis e fruticultura.
CAPÍTULO X
DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE CIRCULAÇÃO E DE TRANSPORTE
Art. 33 As diretrizes referentes à Política de Sistema Viário, de Circulação e de
Transporte do Município de Paranaguá são:
I - Organizar e integrar as modalidades de transportes de maneira a otimizar e facilitar
os acessos marítimos e terrestres às áreas de interesse portuário, industrial, comercial e
residencial, adequando-as em planejamento estratégico municipal e minimizando conflitos
entre as rodovias Estaduais e Federais com o tráfego local e o sistema viário municipal;
II - Considerar o aspecto microrregional do sistema viário, coordenando trabalhos e
projetos com os demais municípios litorâneos;
III. Evitar a sobreposição dos tráfegos local, de longa distância e de cargas de maneira
a melhorar o nível de serviço e a capacidade atual da malha viária – redirecionamento dos
fluxos Porto/Município/Litoral;
IV - Determinar um novo sítio aeroportuário para a implantação de linhas aéreas
regulares para transporte de passageiros e exploração do transporte de cargas;
V - Dinamizar a capacidade da atual ferrovia, solucionar as limitações técnicas e
operacionais dos pátios e ramais ferroviários que se encontra dentro do perímetro urbano e
minimizar as interferências do modal ferroviário com o sistema viário e tráfego local;
VI - Para o sistema viário, dar a prioridade aos investimentos referentes aos
equipamentos de gerenciamento do trânsito, sinalização, operação, fiscalização e infra-
estrutura propriamente dita, visando a sua estruturação e integração municipal e regional, além
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 28
das obras de complementação do sistema viário estrutural e correção da geometria, visando a
eliminação dos pontos ou trechos com estrangulamento ou insegurança, melhorando a fluidez
e a segurança do trânsito;
VII - Estabelecer normas e procedimentos que possibilitem a mitigação do impacto da
implantação de empreendimentos em pólos geradores de tráfego, quanto ao sistema de
circulação e de estacionamento, harmonizando-os com o entorno, bem como para a adaptação
de pólos existentes, eliminando os conflitos provocados;
VIII - Criar condições para que a iniciativa privada possa, com recursos próprios,
viabilizar a implantação de dispositivos de sinalização e obras viárias, necessárias ao sistema
viário, inclusive em decorrência dos empreendimentos mencionados no inciso anterior;
IX - Estabelecer um sistema de transporte coletivo com integração física, operacional e
tarifária;
X - Priorizar a execução das transposições da via férrea, com soluções adequadas ao
trânsito e à segurança;
XI - Promover a melhoria da acessibilidade dos núcleos urbanos isolados e dos centros
de bairros à Área Central, através de intervenções no sistema viário e nos transportes públicos,
quando for o caso;
XII - Priorizar a pavimentação das vias arteriais, coletoras e destinadas ao transporte
coletivo;
XIII - Promover medidas de redução dos níveis de poluição, tanto do ar quanto a
sonora, provocada pela circulação de veículos;
XIV - Desenvolver um plano estratégico de transportes associado à implementação do
sistema viário estrutural, estimulando, inclusive, o modo de deslocamento a pé e por bicicleta;
XV - Estabelecer a rede cicloviária, com implantação de novas ciclovias e melhoria das
atuais;
XVI - Garantir a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, através de
dispositivos especiais, nos passeios e logradouros públicos;
XVII - Promover a educação no trânsito;
XVIII - Promover a substituição de combustíveis fósseis por outros de fontes renováveis
e menos poluentes, como o biodiesel e o álcool, para o transporte coletivo e para a frota,
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 29
própria ou terceirizada, de veículos automotivos da municipalidade e de veículos das
prestadoras de serviços para a municipalidade;
XIX - Regulamentar a circulação de bens e a carga e descarga de mercadorias em
regiões urbanas e, em particular, nas áreas centrais e mais congestionadas, de forma a
minimizar seus conflitos com o trânsito;
XX - Definir e regulamentar áreas para armazenagem de containers;
XXI - Buscar a integração de órgãos governamentais com concessionárias de serviços
públicos, visando um planejamento racional de intervenção nas vias públicas.
CAPÍTULO XI
DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Art. 34 As diretrizes referentes à Política Municipal de Uso e Ocupação do Solo são:
I - Delimitação do território do Município, definindo as áreas urbanas, de expansão
urbana e de proteção ambiental, com parâmetros diferenciados de parcelamento, uso e
ocupação do solo;
II - Disciplinar o uso e ocupação do solo nas áreas de proteção ambiental (APAs),
incentivando a implantação de atividades compatíveis e a execução de planos de manejo, de
forma a garantir a sua sustentação;
III – Regulamentar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e de expansão urbana,
de acordo com os seguintes critérios:
IV - Estímulo ao adensamento planejado da área urbana central, dotada de serviços,
infra-estrutura e equipamentos públicos ou privados, de forma a otimizar o aproveitamento da
capacidade instalada;
V - Promoção da distribuição de usos e intensificação do aproveitamento do solo de
forma equilibrada em relação à infra-estrutura, aos transportes e ao meio ambiente, evitando a
ociosidade ou a sobrecarga, a fim de otimizar os investimentos coletivos;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 30
VI - Proposição e admissão de novas formas de urbanização adequadas às
necessidades decorrentes de novas tecnologias e modos de vida, inclusive para recuperação
de áreas consideradas irregulares;
VII - Otimização dos investimentos urbanos e incentivo à geração de novos recursos,
buscando reduzir progressivamente o déficit social representado pela carência de infra-
estrutura urbana, de serviços e de moradia para a população;
VIII - Instituição, na área urbana de mecanismos e regras urbanísticas destinadas à
estimular o adensamento de áreas com infra-estrutura ociosa;
IX - Estímulo à construção de habitações de interesse social;
X - Implantação de mecanismos de incentivo à recuperação e conservação do
patrimônio natural e cultural;
XI - Dotação das áreas do território do Município de infra e superestrutura necessárias
ao seu desenvolvimento;
XII - Estabelecimento de exigências e sanções para controle do impacto da implantação
de empreendimentos que possam representar excepcional sobrecarga na capacidade de infra-
estrutura, inclusive viária ou danos ao ambiente natural e construído;
XIII - Desenvolvimento, através de instrumentos de incentivo, de parcerias com a
iniciativa privada, visando a implantação de programas de preservação, revitalização e
urbanização do solo municipal;
XIV - Dar prioridade às áreas de intervenção, através das denominadas operações
urbanas, que se constituem num conjunto integrado de instrumentos urbanísticos em áreas
específicas, com a participação da iniciativa privada, sob a coordenação e fiscalização do
Poder Público.
TÍTULO III
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
Art. 35 O ordenamento territorial tem como objetivo orientar o poder municipal na
gestão do território, mediante a definição de:
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I - Macrozoneamento Municipal, que considere a inter-relação entre fatores naturais e
antrópicos, em toda a extensão territorial do município de Paranaguá;
II - Zoneamento Rural, que define e delimita as zonas rurais de acordo com a aptidão do
solo e restrição à ocupação e à exploração das áreas;
III - Zoneamento Urbano, que define e delimita as zonas urbanas de acordo com o grau
de urbanização e o padrão de uso e ocupação desejável para as mesmas.
Parágrafo único. Os zoneamentos referidos nos incisos II e III desse artigo serão
definidos em lei específica.
CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO MUNICIPAL
Art. 36 O Macrozoneamento Municipal fixa as regras fundamentais de ordenamento do
território e tem como objetivo definir diretrizes para a integração harmônica entre a preservação
e conservação do patrimônio natural, cultural e as atividades antrópicas.
Art. 37 O território do Município de Paranaguá fica dividido em duas Macrozonas
complementares, delimitadas no Mapa de Macrozoneamento Municipal, integrante desta Lei:
I - Macrozona Urbana (MU) - corresponde à porção já urbanizada e/ou passível de
urbanização do território;
II - Macrozona Rural (MR) - corresponde às áreas de proteção do ambiente natural e de
uso rural.
Parágrafo Único. A delimitação das macrozonas está definida no Anexo I, parte
integrante desta Lei.
Art. 38 Fica determinada como Macrozona Urbana (MU), a área compreendida pelo
perímetro urbano municipal, definido pela Lei do Perímetro Urbano, tendo como características,
a grande diversidade de usos, dentre eles a ocupação residencial intensiva, a concentração de
atividades de comércio, os serviços especializados, o Porto e sua área de influência e as
edificações de interesse histórico.
§1° Para Macrozona Urbana ficam estabelecidos os seguintes objetivos:
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I - controlar e direcionar o adensamento urbano, em especial nas áreas centrais, melhor
urbanizadas, adequando-o à infra-estrutura disponível;
II - possibilitar a instalação de uso múltiplo no território do Município e de atividades de
caráter urbano e portuário, desde que atendidos os requisitos de instalação;
III - aprimorar o desenho e a paisagem urbana;
IV - expandir a rede de infra-estrutura, equipamentos e serviços públicos, fortalecendo
os centros de convivência nos bairros;
V - ocupar vazios urbanos, configurados como áreas de expansão da ocupação;
VI - garantir a inclusão urbana da população marginalizada, mediante acesso a espaços
de expressão cultural, política e lazer;
VII - proteger, conservar, recuperar e valorizar o patrimônio cultural;
VIII - proteger, conservar, recuperar e valorizar o patrimônio natural, atendendo ao
definido pela legislação ambiental vigente e pelo Sistema Nacional de Unidades de
Conservação – SNUC, regulamentado pela Lei Federal n 9.985, de 2000;
IX - estimular e ordenar as atividades de turismo, implementando políticas próprias.
§2° A Macrozona Urbana apresenta diferentes graus de consolidação e infra-estrutura
básica instalada e destina-se a concentrar o adensamento urbano.
§3°A delimitação das zonas urbanas, bem como os parâmetros de ocupação da área da
sede urbana do Município de Paranaguá estão definidos na Lei Municipal de Zoneamento de
Uso e Ocupação do Solo.
§4° O Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo institui as regras gerais de uso e
ocupação do solo para cada uma das Zonas em que se subdividem as Macrozonas.
Art. 39 Fica determinada como Macrozona Rural (MR), aquelas áreas do território
municipal não localizadas dentro do perímetro urbano, definido pela Lei de Perímetro Urbano.
§1° Para a Macrozona Rural - MR ficam estabelecidos os seguintes objetivos:
I - manter, incentivar e ordenar as atividades agrícolas, silviculturais, pastoris, e outras
formas de cultivo e exploração em superfície terrestre e/ou liquida (maricultura, pesca,
mineração etc)
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II - proteger, conservar, recuperar e valorizar de patrimônio cultural;
III - proteger, conservar, recuperar e valorizar o patrimônio natural, atendendo ao
definido pela legislação ambiental vigente e pelo Sistema Nacional de Unidades de
Conservação – SNUC (Lei n.9985 – 2000);
IV - estimular e ordenar as atividades de turismo, implementando políticas próprias;
V - permitir o uso industrial, desde que mantidas as características de baixa densidade
ocupacional, respeitando o módulo mínimo rural, a compatibilidade de uso com áreas rurais
vizinhas e a baixa impermeabilização do imóvel, a ser aferida na proporção entre área
construída e área total.
§2° A delimitação das zonas rurais, bem como os parâmetros de ocupação da área rural
do Município de Paranaguá ficam definidos na Lei Municipal de Zoneamento de Uso e
Ocupação do Solo.
TÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL
Art. 40 Consideram-se instrumentos da política municipal:
I – Instrumentos de planejamento:
a) Plano Plurianual;
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias;
c) Lei de Orçamento Anual;
d) Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo;
e) Lei de Parcelamento do Solo Urbano;
f) Lei de Sistema Viário;
g) Códigos de Obras e Edificações e Código de Posturas;
h) planos de desenvolvimento econômico e social;
i) planos, programas e projetos setoriais;
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j) programas e projetos especiais de urbanização;
k) instituição de unidades de conservação;
l) instituição de unidades de preservação de bens sócio-ambientais;
m) demais planos definidos nesta lei.
II – Instrumentos jurídicos e urbanísticos:
a) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
b) IPTU progressivo no tempo;
c) desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;
d) zonas especiais de interesse social - ZEIS;
e) outorga onerosa do direito de construir;
f) transferência do direito de construir;
g) operações urbanas consorciadas;
h) consórcio imobiliário;
i) direito de preempção;
j) direito de superfície;
k) estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV);
l) tombamento;
m) desapropriação;
n) demais instrumentos jurídicos definidos nesta lei.
III – Instrumentos de regularização fundiária:
a) concessão de direito real de uso para fins de moradia;
b) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais
menos favorecidos, especialmente na propositura de ações de usucapião individual e coletiva;
IV – Instrumentos tributários e financeiros:
a) tributos municipais diversos;
b) taxas e tarifas públicas específicas;
c) contribuição de melhoria;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 35
d) incentivos e benefícios fiscais.
V – Instrumentos jurídico-administrativos:
a) servidão administrativa e limitações administrativas;
b) concessão, permissão ou autorização de uso de bens públicos municipais;
c) contratos de concessão dos serviços públicos urbanos;
d) definição de objetivos de expansão de atendimento da rede municipal de água e
esgoto como elemento essencial do contrato com a concessionária pública municipal desses
serviços públicos;
e) convênios e acordos técnicos, operacionais e de cooperação institucional;
f) termo administrativo de ajustamento de conduta;
g) doação de imóveis em pagamento da dívida.
Parágrafo Único. Outros instrumentos de desenvolvimento, não mencionados nesta
Lei, poderão ser utilizados, desde que atendam ao disposto no Plano Diretor e demais
Legislações e normas do Município.
CAPÍTULO I
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS
Art. 41 O parcelamento, a edificação e a utilização compulsória do solo urbano visam,
complementarmente, garantir o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, por
meio da indução da ocupação de áreas vazias ou subutilizadas, onde for considerado
prioritário, na forma de Lei específica dispondo sobre a matéria.
Art. 42 A implementação do parcelamento, da edificação e da utilização compulsória do
solo urbano objetiva:
I - otimizar a ocupação de regiões da cidade dotadas de infra-estrutura e equipamentos
urbanos, inibindo a expansão urbana na direção de áreas não servidas de infra-estrutura, bem
como nas áreas ambientalmente frágeis;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 36
II - aumentar a oferta de lotes urbanizados, nas regiões já consolidadas da malha
urbana de Paranaguá;
III - combater o processo de periferização ou de expansão desnecessária e
desordenada da malha urbana;
IV - combater a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua
subutilização ou não utilização.
Art. 43 É facultado ao Poder Público Municipal exigir, do proprietário do imóvel urbano
não edificado, subutilizado, utilizado inadequadamente ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena de parcelamento, edificação ou utilização compulsória,
nos termos das disposições contidas nos artigos 5º e 6º, da Lei Federal n.º 10.257/2001 -
Estatuto da Cidade.
Art. 44 O Parcelamento, a Edificação e a Utilização Compulsória serão aplicados em
toda a macrozona urbana, sendo que as áreas prioritárias para aplicação desses instrumentos
serão definidas na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, integrante do Plano Diretor
de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá.
Parágrafo Único. Fica facultado aos proprietários dos imóveis localizados nas áreas
prioritárias, de que trata este artigo, propor, ao Executivo, o estabelecimento do Consórcio
Imobiliário, conforme disposições do art. 46 Lei Federal n.º 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
Art. 45 A descrição dos imóveis que estarão sujeitos aos instrumentos definidos nesse
capítulo será levada a cabo em lei específica, que conceituará os casos de sub-utilização, não
utilização e não ocupação em cada zona do município em que se pretender a aplicação
daqueles instrumentos.
Art. 46 Os imóveis nas condições a que se refere o art. 43 dessa Lei serão
identificados e seus proprietários notificados.
§ 1º. A notificação far-se-á:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 37
I - por funcionário do órgão competente do Executivo, ao proprietário do imóvel ou, no
caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administrativa;
II - por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma
prevista pelo inciso I.
§ 2º. Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de um ano a partir do
recebimento da notificação, protocolar pedido de aprovação e execução de parcelamento ou
edificação.
§ 3º. Somente poderão apresentar pedidos de aprovação de projeto até 02 (duas) vezes
para o mesmo lote.
§ 4º. Os parcelamentos e edificações deverão ser iniciados e concluídos no prazo
máximo de dois anos a contar da primeira aprovação do projeto.
§ 5º. As edificações enquadradas no inciso V do Art.38 desta Lei deverão estar
ocupadas no prazo máximo de um ano a partir do recebimento da notificação.
§ 6º. A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da
notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas neste
artigo, sem interrupção de quaisquer prazos.
§ 7º. Os imóveis enquadrados nos incisos I e III do Art.38 desta Lei não poderão sofrer
parcelamento sem que esteja condicionado à aprovação de projeto pelo órgão competente do
Poder Público Municipal.
CAPÍTULO II
DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO
Art. 47 Em caso de descumprimento do art. 43 desta Lei, deverá o Poder Público
Municipal exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado, utilizado
inadequadamente ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento sob pena de
ser instituído o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo
– IPTU Progressivo, conforme as disposições constantes da Lei Federal n.º 10.257/2001 -
Estatuto da Cidade.
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§ 1º O valor da alíquota a ser aplicada a cada ano será fixado em Lei específica e não
excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15%
(quinze por cento).
§ 2º É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas à tributação progressiva
de que trata este artigo.
Art. 48 A aplicação do IPTU Progressivo no Tempo, objetiva:
I - cumprimento da função social da cidade e da propriedade por meio da indução da
ocupação de áreas vazias ou subutilizadas, onde o Plano Diretor considerar prioritário;
II - fazer cumprir o disposto na Seção que trata do parcelamento, edificação ou
utilização compulsória;
III - aumentar a oferta de lotes urbanizados nas regiões já consolidadas da malha
urbana de Paranaguá;
IV - combater o processo de periferização;
V - inibir o processo de retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua
subutilização ou não utilização.
CAPÍTULO III
DA DESAPROPRIAÇÃO SANÇÃO COM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA
Art. 49 É facultado ao Poder Público Municipal, decorridos cinco anos de cobrança do
IPTU Progressivo, sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento,
edificação ou utilização adequada, proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento de
títulos da dívida pública, os quais deverão ter sua emissão previamente aprovada pelo Senado
Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.
§ 1º O valor real da indenização, nos termos do art. 8º da Lei Federal nº 10.257/2001:
I -corresponde ao valor venal, estabelecido na planta genérica de valores, na data da
primeira notificação, conforme previsto nos arts. 43 e 44 desta Lei.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 39
II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.
§ 2º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de
tributos.
§ 3º O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo
de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.
§ 4º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público
Municipal ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nestes casos, o
devido procedimento licitatório.
§ 5º Ficam mantidas, para o adquirente de imóvel, nos termos do § 4º, as mesmas
obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no Art. 43 desta Lei.
Art. 50 A desapropriação com títulos da dívida pública visa aplicar uma sanção ao
proprietário do imóvel urbano, para garantir o cumprimento da função social da cidade e da
propriedade urbana nos termos deste Plano Diretor.
CAPÍTULO IV
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
Art. 51 O Consórcio Imobiliário é um instrumento de cooperação entre o Poder Público
Municipal e a iniciativa privada, para fins de realizar urbanização em áreas que tenham
carência de infra-estrutura e serviços urbanos e que contenham imóveis urbanos subutilizados,
não utilizados ou utilizados inadequadamente, conforme define o Art. 9° desta Lei.
§ 1º Como forma de viabilização do Consórcio Imobiliário, expresso por meio de planos
de urbanização ou edificação, o proprietário poderá transferir ao Poder Público Municipal o seu
imóvel, recebendo como pagamento, após a realização das obras, percentual de unidades
imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.
§ 2º O Poder Público Municipal poderá promover o aproveitamento do imóvel que
receber por transferência nos termos deste artigo, direta ou indiretamente, mediante concessão
urbanística ou outra forma de contratação.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 40
Art. 52 O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será
correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras.
Parágrafo Único. O valor do imóvel, de que trata o caput deste artigo, corresponde ao
venal, estabelecido na planta genérica de valores oficial, adotada pela Prefeitura antes da
execução das obras, observado o disposto no § 2º, do art. 8º da Lei Federal n.º 10.257/2001 -
Estatuto da Cidade.
Art. 53 O instrumento do Consórcio Imobiliário objetiva:
I - realizar obras de urbanização, como abertura de vias públicas, pavimentação, rede
de água e esgoto e iluminação pública;
II - realizar planos de edificação.
Art. 54 O Poder Público Municipal poderá facultar ao proprietário de imóvel
enquadrado nos casos estabelecidos no Art. 43, a requerimento deste, o estabelecimento de
Consórcio Imobiliário como forma de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel,
conforme o disposto na Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
Art. 55 O Consórcio Imobiliário aplica-se tanto aos imóveis sujeitos à obrigação legal
de parcelar, edificar ou utilizar, nos termos desta lei, quanto àqueles, por esta não abrangidos,
mas necessários à realização de intervenções urbanísticas previstas nesta Lei.
Art. 56 Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por termo de
responsabilidade e participação, pactuado entre o proprietário urbano e a Municipalidade,
visando à garantia da execução das obras do empreendimento, bem como das obras de uso
público.
CAPÍTULO V
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DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
Art. 57 O Direito de Preempção confere ao Poder Público Municipal a preferência para
a aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, no caso deste
necessitar de áreas para realização de programas e projetos municipais.
Art. 58 O Direito de Preempção será exercido nos termos das disposições contidas nos
artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal n.º 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
Art. 59 O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, em conjunto com Órgão de
Planejamento e Urbanismo, por meio de Lei Municipal específica, com base nas diretrizes do
Plano Diretor, poderá delimitar as áreas em que incidirá o direito de preempção, definir
procedimentos e fixar prazos de vigência.
Parágrafo Único. A Lei Municipal descrita no caput deste artigo, deverá enquadrar
cada área em uma ou mais das finalidades enumeradas no art. 26 da Lei Federal n.º
10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
CAPÍTULO VI
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR
Art. 60 Entende-se como Outorga Onerosa do Direito de Construir a faculdade
concedida ao proprietário de imóvel, para que este, mediante contrapartida ao Poder Público
Municipal, possa construir acima do coeficiente de aproveitamento básico até o limite
estabelecido pelo Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido para a zona e dentro dos
parâmetros determinados na Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 61 O Poder Executivo Municipal poderá exercer a faculdade de outorgar
onerosamente o exercício do direito de construir, mediante contrapartida financeira a ser
prestada pelo beneficiário, conforme disposições dos artigos 28, 29, 30 e 31 da Lei Federal n.º
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 42
10.257/2001 - Estatuto da Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos em
legislação especifica.
Parágrafo Único. A concessão da Outorga Onerosa do Direito de Construir poderá ser
negada pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano, caso se verifique possibilidade de impacto
não suportável pela infra-estrutura ou o risco de comprometimento da paisagem urbana.
Art. 62 A utilização dos recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito
de construir será definida pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, em legislação
específica.
Art. 63 A Lei Municipal Específica estabelecerá os imóveis que poderão receber e as
condições a serem observadas para a outorga onerosa do direito de construir, determinando no
mínimo:
I - a fórmula de cálculo da cobrança;
II - os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
III - a contrapartida do beneficiário;
IV - os procedimentos administrativos necessários.
Parágrafo Único. As áreas em que poderá ser aplicada a outorga onerosa do direito de
construir serão definidas pela Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, a qual deverá
definir índices construtivos máximos para a aplicação desse instrumento.
Art. 64 Poderá ser permitida a utilização do coeficiente máximo, sem contrapartida
financeira, na produção de Habitação de Interesse Social (HIS).
Art. 65 O impacto da Outorga Onerosa do Direito de Construir deverá ser controlado,
permanentemente, pelo Órgão de Planejamento e Urbanismo, que tornará públicos os
relatórios do monitoramento do uso do instrumento.
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CAPÍTULO VII
DA TRANSFERÊNCIA DE POTENCIAL CONSTRUTIVO
Art. 66 O direito de construir do proprietário de imóvel é limitado pelos direitos de
vizinhança, pelos coeficientes de aproveitamento, estabelecidos na Lei Municipal de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, pelas determinações do Plano Diretor e pelas
demais legislações urbanísticas.
Art. 67 Entende-se como Transferência de Potencial Construtivo o instrumento de
política urbana por meio do qual se permite, como forma de compensação, ao proprietário de
imóvel sobre o qual incide um interesse público de preservação de bens de interesse sócio-
ambiental ou de interesse social, a transferência, para outro local, do potencial construtivo que
foi impedido de utilizar.
Parágrafo Único. Para efeito de aplicação da Transferência de Potencial Construtivo, o
enquadramento dos imóveis, conforme o caput deste artigo, será definido em lei específica
aprovada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Art. 68 A transferência total ou parcial de potencial construtivo também poderá ser
autorizada pelo Poder Público Municipal, como forma de indenização, mediante acordo com o
proprietário, nas desapropriações destinadas a melhoramentos viários, equipamentos públicos,
programas habitacionais de interesse social e programas de recuperação de bens de interesse
sócio ambiental.
Art. 69 O volume construtivo, base de cálculo e demais critérios necessários à
aplicação da Transferência de Potencial Construtivo serão definidos em legislação municipal
específica, observando-se o coeficiente de aproveitamento máximo permitido na zona para
onde ele for transferido.
Parágrafo Único. O proprietário de Imóvel, enquadrado na forma da Legislação
Urbanística específica, que transferir potencial construtivo assumirá a obrigação de manter
aquele preservado e conservado, mediante projeto e cronograma aprovado por órgão
competente do poder público municipal.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 44
Art. 70 O impacto da transferência de potencial construtivo deverá ser controlado
permanentemente pelo Órgão de Planejamento e Urbanismo, que tornará públicos os relatórios
do monitoramento do uso do instrumento.
Art. 71 As alterações de potencial construtivo, resultantes da transferência total ou
parcial de potencial construtivo deverão constar em registro de imóveis.
CAPÍTULO VIII
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
Art. 72 Compreende-se como operação urbana consorciada o conjunto de intervenções
e medidas, coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a participação dos proprietários,
moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar, em uma
área, transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.
Art. 73 Mediante leis específicas, o Poder Público Municipal utilizará Operações
Urbanas Consorciadas e estabelecerá as condições a serem observadas em cada operação,
com as seguintes finalidades:
I - ampliação e melhoria da Rede Viária Estrutural e outras infra-estruturas;
II - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Coletivo;
III - implantação e melhoria de espaços públicos;
IV - implantação de programas de habitação de interesse social;
V - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano.
Art. 74 Cada operação urbana consorciada deverá ser aprovada por lei específica, a
partir de um plano de operação urbana consorciada, contendo no mínimo:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 45
I - definição da área a ser atingida;
II - finalidade da operação;
III - programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;
IV - instrumentos previstos na operação;
V - estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores
privados em função dos benefícios recebidos;
VII - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação
da sociedade civil;
VIII - cronograma físico-financeiro, com demonstrativo das expectativas de receitas e
despesas.
CAPÍTULO IX
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE
Art. 75 O Direito de Superfície é o direito real de construir, assentar qualquer obra ou
plantar em solo de outrem.
Art. 76 O instrumento do Direito de Superfície, objetiva a regularização fundiária e o
ordenamento e direcionamento da expansão urbana de modo adequado às diretrizes da
presente Lei.
Art. 77 É facultado ao proprietário de imóvel urbano, conceder a outrem o direito de
superfície do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública
registrada no Cartório de Registro de Imóveis, conforme o disposto na Lei Federal n.º
10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
Art. 78 O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território municipal.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 46
§ 1º O Poder Público Municipal poderá exercer o Direito de Superfície em áreas
particulares onde haja carência de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º O Poder Público Municipal poderá utilizar o Direito de Superfície em caráter
transitório para remoção temporária de moradores de núcleos habitacionais de baixa renda,
pelo tempo que durarem as obras de urbanização.
Art. 79 O Poder Público Municipal poderá conceder, onerosamente, o Direito de
Superfície do solo, subsolo ou espaço aéreo, nas áreas públicas integrantes do seu patrimônio,
para exploração por parte das concessionárias de serviços públicos, mediante contratos
especificamente fixados para tanto.
Art. 80 O proprietário de terreno poderá conceder à Administração Direta e Indireta do
Município o direito de superfície, nos termos da legislação em vigor, objetivando a
implementação de diretrizes constantes desta lei.
CAPÍTULO X
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
Art. 81 Lei Municipal específica poderá condicionar a autorização de empreendimentos
e atividades que causam grande impacto urbanístico e ambiental, adicionalmente ao
cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação urbanística, à elaboração e à
aprovação de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV), a ser apreciado pelos órgãos
competentes da Administração Municipal e aprovado pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano.
Art. 82 A lei municipal referida no artigo anterior deverá enquadrar, no mínimo, os
seguintes empreendimentos na obrigação de EIV:
I - parcelamentos urbanos com área total superior a 500.000 m² (quinhentos mil metros
quadrados);
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 47
II - empreendimentos comerciais com área total superior a 5.000 m² (cinco mil metros
quadrados);
III - cemitérios e crematórios;
IV - plantas industriais com mais de 1.000 m² (mil metros quadrados) e quaisquer
empreendimentos industriais situados na área rural do município.
Art. 83 O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) deverá esclarecer sobre os
aspectos positivos e negativos do empreendimento, sobre a qualidade de vida da população
residente ou usuária da área em questão e de seu entorno, devendo incluir, no que couber, a
análise e proposição de solução para as seguintes questões:
I - adensamento populacional;
II - uso e ocupação do solo;
III - valorização imobiliária;
IV - áreas de interesse histórico, cultural, paisagístico e ambiental;
V - equipamentos urbanos, incluindo consumo de água e de energia elétrica, bem como
geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem de águas pluviais;
VI - equipamentos comunitários, tais como os de saúde e educação;
VII - sistema de circulação e transportes, incluindo, entre outros, tráfego gerado,
acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;
VIII - poluição sonora, atmosférica e hídrica;
IX - vibração;
X - periculosidade;
XI - geração de resíduos sólidos;
XII - riscos ambientais;
XIII - impacto sócio-econômico na população residente ou atuante no entorno;
XIV – ventilação e iluminação.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 48
Art. 84 O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar impactos negativos a
serem gerados pelo empreendimento, quando não entender pela desaprovação do projeto,
deverá solicitar, como condição para aprovação do projeto, alterações e complementações
neste, bem como a execução de melhorias na infra-estrutura urbana e de equipamentos
comunitários, tais como:
I - ampliação das redes de infra-estrutura urbana;
II - área de terreno ou área edificada, para instalação de equipamentos comunitários,
em percentual compatível com o necessário para o atendimento da demanda a ser gerada pelo
empreendimento;
III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de
ônibus, faixa de pedestres, semaforização;
IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos
da atividade;
V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou naturais,
considerados de interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem como recuperação
ambiental da área;
VI - cotas de emprego e cursos de capacitação profissional, entre outros;
VII - percentual de habitação de interesse social no empreendimento;
VIII - possibilidade de construção de equipamentos sociais em outras áreas da cidade.
§ 1º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais ao porte e
ao impacto do empreendimento.
§ 2º A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo de
Compromisso pelo interessado, em que este se compromete a arcar integralmente com as
despesas decorrentes das obras e serviços necessários à minimização dos impactos
decorrentes da implantação do empreendimento e às demais exigências apontadas pelo Poder
Executivo Municipal, antes da finalização do empreendimento.
§ 3º O Certificado de Conclusão da Obra e/ou o Alvará de Funcionamento só serão
emitidos mediante comprovação da conclusão da obra.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 49
Art. 85 A elaboração do EIV não substitui o licenciamento ambiental requerido nos
termos da legislação ambiental.
Art. 86 Dar-se-á obrigatória publicidade aos documentos integrantes do EIV, que
ficarão disponíveis para consulta pública, no órgão municipal competente, para qualquer
interessado.
§ 1°. Serão fornecidas cópias do EIV, quando solicitadas pelos moradores da área
afetada ou suas associações.
§ 2°. Antes da decisão sobre o projeto, o órgão público responsável pelo exame do EIV
deverá, sempre que exigido, na forma da Lei, realizar audiência pública com os moradores da
área afetada ou com suas respectivas associações.
TÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Art. 87 Para fins desta Lei, consideram-se instrumentos de regularização fundiária
aqueles destinados a legalizar a permanência de ocupações populacionais em
desconformidade com a lei.
Art. 88 São considerados Instrumentos de Regularização Fundiária:
I – zonas especiais de interesse social;
II – usucapião especial, coletiva e individual, de imóvel urbano;
III – concessão de direito real de uso para fins de moradia.
Art. 89 Os instrumentos mencionados neste capítulo regem-se pela legislação que lhes
é própria, observando, ainda e no que couber, o disposto nesta lei.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 50
CAPÍTULO I
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS
Art. 90 As Zonas Especiais de Interesse Social compreendem áreas, criadas e
delimitadas em leis específicas, destinadas prioritariamente à regularização fundiária,
urbanização e à produção de Habitação de Interesse Social, a partir de um tratamento
diferenciado na definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo, sobrepondo-
se ao zoneamento.
Parágrafo Único. A flexibilização de parâmetros urbanísticos será condicionada a
aprovação de Planos de Urbanização Específica, a serem elaborados pelo poder público
exclusivamente, ou em parceria com entidades civis, para cada Zona Especial de Interesse
Social, aprovados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Art. 91 O Plano de Urbanização Específica de cada ZEIS deverá conter:
I - diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos para o parcelamento, uso e ocupação do
solo e instalação de infra-estrutura urbana respeitadas as normas técnicas pertinentes;
II - diagnóstico da ZEIS que contenha no mínimo: análise físico-ambiental, análise
urbanística e fundiária e caracterização socioeconômica da população residente;
III - as intervenções urbanísticas necessárias, incluindo, de acordo com as
características locais, áreas verdes públicas, instalação de equipamentos sociais e os usos
complementares ao habitacional;
IV - instrumentos necessários à regularização fundiária;
V - forma de participação da população na implementação e gestão das intervenções
previstas;
VI - forma de integração das ações dos diversos setores públicos que interferem na
ZEIS objeto do Plano;
VII - possíveis fontes de recursos para a implementação das intervenções;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 51
VIII - atividades de geração de emprego e renda.
Parágrafo Único. Um Plano de Urbanização Específica poderá abranger mais de uma
Zona Especial de Interesse Social - ZEIS.
Art. 92 A lei municipal específica, com fulcro neste Plano, estabelecerá os critérios para
delimitação das Zonas Especiais de Interesse Social.
Parágrafo Único. O processo de elaboração deste plano deverá ser participativo, de
acordo com o estabelecido no Título VI desta Lei.
CAPÍTULO II
DO USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO
Art. 93 Entende-se como Usucapião Especial de Imóvel Urbano a aquisição do domínio
por aquele que possuir, como sua, área ou edificação urbana de até 250m² (duzentos e
cinqüenta metros quadrados), por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família.
Parágrafo Único. Só será concedido o Usucapião Especial de Imóvel Urbano aos
possuidores que não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
CAPÍTULO III
DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA
Art. 94 Terá direito à Concessão de Uso Especial para fins de Moradia todo cidadão
que mantiver posse, até 31 de junho de 2001, para sua moradia ou de sua família, por cinco
anos, ininterruptamente e sem oposição, imóvel público situado em área urbana de até 250m²
(duzentos e cinqüenta metros quadrados).
Parágrafo Único. O Direito Especial de Uso para Fins de Moradia será concedido
somente àqueles que não sejam proprietários ou concessionários, a qualquer título, de outro
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 52
imóvel urbano ou rural, e seguirá os parâmetros legais da Medida Provisória nº 2.220, de 04 de
setembro de 2001.
CAPÍTULO IV
DA CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO
Art. 95 Compreende-se, como Concessão do Direito Real de Uso, o direito real
resolúvel, aplicável a terrenos públicos, de caráter gratuito ou oneroso, para fins de
urbanização, edificação, cultivo da terra ou outra utilização de interesse social.
Art. 96 A Concessão do Direito Real de Uso rege-se pela legislação que lhe é própria,
observado o disposto nesta Lei e, em especial, as disposições do Decreto-Lei nº 271, de 28 de
fevereiro de 1967, ou de legislação federal que venha a substituí-la.
TÍTULO VI
DO PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL
Art. 97 Para os efeitos desta Lei entende-se por instrumentos de democratização da
gestão municipal todos aqueles que tem por objetivo promover a gestão municipal
descentralizada e participativa, quais sejam:
I - órgãos colegiados de política urbana;
II - debates, audiências e consultas públicas;
III - conferências;
IV - conselhos;
V - gestão orçamentária participativa;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 53
VI - estudo de impacto de vizinhança;
VII - projetos e programas específicos;
VIII - iniciativa popular de projeto de lei.
Art. 98 Além dos instrumentos previstos nesta lei, a Prefeitura Municipal de Paranaguá
poderá estimular a criação de outros espaços de participação popular.
Art. 99 A participação de toda população na gestão municipal será assegurada pelo
Poder Público, mediante a convocação obrigatória das entidades da sociedade civil e da
cidadania, especialmente daqueles que serão diretamente atingidos por decisões e atos
tomados nos termos da presente Lei.
Art. 100 A informação acerca da realização dos Debates, Conferências, Audiências
Públicas e Gestão Orçamentária Participativa será garantida por meio de veiculação nas rádios
locais, jornais locais e internet, podendo ainda, ser utilizados outros meios de divulgação,
desde que assegurados os constantes nesta Lei.
Art. 101 As informações referentes ao artigo anterior deverão ser divulgadas com, no
mínimo, cinco dias de antecedência.
Parágrafo Único. Deverá constar da informação o local, o dia, o horário e o assunto
respectivo à reunião.
Art. 102 O Poder Público assegurará a participação da população economicamente
desfavorecida, colocando, à sua disposição, transporte coletivo gratuito, nos horários e dias em
que houver a realização de Debates, Conferências, Audiências Públicas e reuniões sobre
Gestão da Política Urbana Municipal.
Art. 103 Os instrumentos mencionados neste capítulo regem-se pela legislação que
lhes é própria, observado o disposto nesta Lei.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 54
Seção I
Dos Debates
Art. 104 O Poder Público promoverá a realização periódica de sessões públicas de
debates sobre temas relevantes de interesse público.
Art. 105 A realização dos debates poderá ser solicitada à Prefeitura pelos Conselhos
Municipais e por outras instituições representativas de classe e demais entidades de
representação da sociedade.
Seção II
Das Audiências Públicas
Art. 106 A Audiência Pública é um instituto de participação administrativa, aberta a
indivíduos e a grupos sociais determinados, visando à legitimidade da ação administrativa,
formalmente disciplinada em lei, por meio da qual se exerce o direito de expor tendências,
preferências e opções que podem conduzir o Poder Público a uma decisão de maior aceitação
consensual.
Art. 107 As Audiências Públicas serão promovidas, pelo Poder Público, para garantir a
gestão democrática da cidade, nos termos do Artigo 43 da Lei Federal n° 10.257/2001 -
Estatuto da Cidade.
Parágrafo Único. Ainda que com caráter não deliberativo, as audiências públicas
implicam o dever de motivação do administrador quando da tomada das decisões em face dos
debates e indagações realizados.
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Art. 108 Serão realizadas Audiências Públicas nos processos de implantação de
empreendimentos ou atividades de significativo impacto urbanístico ou ambiental com efeitos
potencialmente danosos em seu entorno, bem como nos demais casos que forem de interesse
público relevante.
§ 1º. Todos os documentos relativos ao tema da audiência pública serão colocados à
disposição de qualquer interessado para exame e extração de cópias, inclusive por meio
eletrônico, com antecedência mínima de trinta dias da data da realização da respectiva
audiência pública.
§ 2º. As intervenções realizadas em audiência pública serão registradas por escrito e
gravadas para acesso e divulgação públicos, devendo, o Conselho respectivo ao tema, reter
para seu acervo, uma cópia da lavratura da Ata de Realização da Audiência.
§ 3º. Serão obrigatórias as audiências públicas quando da realização de Estudos de
Impactos de Vizinhanças, como condição prévia e indispensável à sua aprovação.
Seção III
Das Conferências Públicas
Art. 109 As Conferências terão por objetivo a mobilização, do Governo Municipal e da
sociedade civil, na elaboração e avaliação das políticas públicas, onde serão discutidas as
metas e prioridades para o Município.
Art. 110 O instrumento Conferências Públicas deverá ser regulamentado em legislação
própria.
Art. 111 Este instrumento deverá ser utilizado, necessariamente, para definir alterações
na legislação urbanística, como condição prévia para a sua aprovação, em especial quando da
revisão da presente Lei do Plano Diretor.
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Seção IV
Dos Conselhos
Art. 112 A participação da população na gestão municipal se dará, também, por meio
de:
I - Conselhos Municipais;
II - Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano;
Art. 113 Todos os Conselhos referidos no artigo anterior terão caráter consultivo,
propositivo, fiscalizatório e deliberativo dentro de suas atribuições e apenas nos limites de sua
competência, que deverá sempre ser fixada por lei.
Art. 114 São atribuições gerais de todos os Conselhos Municipais:
I - intervir em todas as etapas do processo de planejamento do Município;
II - analisar e propor medidas de concretização de políticas setoriais;
III - participar da gestão dos fundos previstos em lei e garantir a aplicação de recursos
conforme ações previstas no Plano Diretor;
IV - solicitar ao Poder Público a realização de audiências públicas, debates,
conferências e consultas públicas, no âmbito de suas competências.
Seção V
Da Gestão Orçamentária Participativa
Art. 115 Fica instituída a gestão orçamentária participativa, na qual inclui-se a
realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual,
da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua
aprovação pela Câmara Municipal.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 57
Art. 116 O Poder Executivo Municipal deverá estimular a discussão sobre o Orçamento
Municipal.
Parágrafo Único. A apresentação das demandas existentes no município e as
propostas de destinação de recursos serão levadas ao conhecimento da sociedade civil,
especificando a destinação de recursos por áreas temáticas e localização geográfica.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL
Art. 117 Entende-se por Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Territorial o
conjunto de órgãos, normas, recursos humanos e técnicos que objetivam a coordenação
articulada das ações dos setores público e privado e da sociedade em geral, bem como a
integração entre os diversos programas setoriais e a dinamização e modernização da ação
governamental.
Parágrafo único. O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, conduzido
pelo setor público, deverá garantir a necessária transparência e a participação dos cidadãos e
de entidades representativas.
Art. 118 O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão é composto por:
I - Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano;
II – Órgão de Planejamento do Município;
III – Sistema de Informações.
Seção I
Do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano
Art. 119 Fica instituído o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, órgão
consultivo e deliberativo em matéria de gestão de políticas públicas territoriais, urbanas ou
rurais, a ser regulamentado em lei específica.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 58
Parágrafo Único. Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, nos termos de lei
específica será composto, de forma paritária, por representantes do governo municipal, da
sociedade civil organizada e das comunidades de Paranaguá, observada a proporcionalidade
populacional e a ampla cobertura territorial.
Art. 120 A lei municipal específica deverá atribuir ao Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano, no mínimo, as seguintes competências:
I - acompanhar a implementação do Plano Diretor, analisando e deliberando sobre
questões relativas à sua aplicação;
II - propor e emitir pareceres sobre proposta de alteração de Plano Diretor;
III - emitir parecer sobre projetos de lei de interesse da política territorial, antes de seu
encaminhamento para o processo de aprovação pela Câmara Municipal;
IV - monitorar a concessão de Outorga Onerosa do Direito de Construir e a aplicação da
transferência do direito de construir;
V - aprovar e acompanhar a implementação das Operações Urbanas Consorciadas;
VI - acompanhar a implementação dos demais instrumentos de desenvolvimento
municipal e de democratização da gestão;
VII - aprovar e acompanhar a implementação dos Planos Setoriais definidos pelo Plano
de Ação;
VIII - zelar pela integração das políticas setoriais e pelo funcionamento do Sistema
Único de Informações;
IX - deliberar sobre os casos omissos da legislação pertinente à gestão territorial;
X - convocar audiências públicas;
XI - aprovar os Estudos de Impacto de Vizinhança, conforme Capítulo X, do Título IV,
desta lei;
XII - promover a otimização dos investimentos públicos.
Art. 121 Para criação ou alteração de leis que disponham sobre matéria pertinente ao
Plano Diretor, à Lei Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e à Lei de Parcelamento do Solo
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 59
Urbano, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano deverá emitir parecer prévio como
pré-requisito para o processo de aprovação pela Câmara Municipal.
Art. 122 O Poder Executivo Municipal garantirá suporte técnico e operacional exclusivo
ao Conselho Municipal Desenvolvimento Urbano, para o seu regular funcionamento.
Parágrafo Único. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano definirá a sua
estrutura e seu suporte técnico e operacional, em regimento interno.
Seção II
Órgão de Planejamento do Município
Art. 123 O Órgão de Planejamento do Município de Paranaguá, definido na Lei da
Organização Administrativa da Prefeitura Municipal, deverá exercer as seguintes competências
no sistema de planejamento municipal:
I – detalhar propostas necessárias para a implantação do Plano Diretor;
II – discutir e concretizar, com órgãos federais, estaduais e municipais, parcerias,
consórcios e/ou financiamentos para a implantação do Plano Diretor;
III - produzir e sistematizar informações necessárias à gestão e ao planejamento do
município;
IV - regular a capacidade de utilização dos equipamentos públicos;
V - integrar serviços públicos e atividades afins, otimizando a utilização dos espaços e
equipamentos públicos;
VI - elaborar, coordenar e avaliar a execução integrada dos Planos e ações
determinadas nesta Lei, promovendo sua viabilização junto ao processo de elaboração do
orçamento municipal;
VII - dar subsídio para a tomada de decisões no Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano;
VIII - executar as decisões do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 60
IX - informar e orientar sobre questões atinentes à legislação urbanística, rural e
ambiental municipal;
X - monitorar a implementação das políticas de desenvolvimento estabelecidas nesta
Lei.
XI - firmar convênios com órgãos de outras instâncias para troca de informações.
Seção III
Do Sistema Único de Informações
Art. 124 O Poder Executivo deverá implantar um Sistema de Informações, que
possibilite o monitoramento e a avaliação de dados sobre o Município.
Parágrafo Único. O Sistema de Informações estará vinculado à estrutura do Órgão de
Planejamento.
Art. 125 O Sistema Único de Informações tem como objetivo:
I - produzir e sistematizar informações públicas, evitando a duplicação de meios e
instrumentos para fins idênticos;
II - controlar e monitorar o uso e ocupação do solo municipal;
III - alimentar e facilitar a integração de sistemas e mecanismos setoriais (viário e
transporte, tributário, preservação e recuperação ambiental, bens sócio-ambientais e outros),
garantindo o registro das informações produzidas;
IV - difundir as informações públicas.
Art. 126 O Sistema Único de Informações deverá conter necessariamente:
I - delimitação precisa das zonas urbanas ou unidades territoriais de planejamento;
II - informações geo-ambientais;
III - cadastros que contenham a relação de equipamentos urbanos públicos,
equipamentos sociais, cadastro imobiliário, áreas vazias, sistema viário, rede de transporte
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 61
público, arruamento, infra-estrutura de água, esgoto, energia elétrica, telefonia,
estabelecimentos industriais, de comércio, de serviços, áreas verdes e configuração da área
rural;
IV - legislação urbanística, em especial as Leis de Zoneamento de Uso e Ocupação do
Solo, Parcelamento do Solo Urbano e Código de Obras e Edificações;
V - informações sócio-econômicas, em especial demografia, emprego e renda.
Art. 127 Os agentes públicos e privados ficam obrigados a fornecer à Prefeitura todos
os dados e informações que forem considerados necessários ao Sistema Único de
Informações, obedecendo aos prazos, condições e penalidades fixados pelo Poder Executivo
Municipal.
Parágrafo Único. Para efeito do disposto neste artigo, incluem-se, também, as pessoas
jurídicas federais e estaduais, inclusive empresas públicas, autarquias, sociedades de
economia mista, fundações, empresas privadas, concessionárias, permissionárias ou
autorizatárias de serviços públicos, sob regime privado ou não.
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 128 Os Conselhos Municipais referidos nesta Lei e aqueles já existentes deverão,
no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da publicação desta, ser instalados e
adequar-se às exigências expressas nesta lei.
Art. 129 O Plano Diretor terá vigência de no máximo 10 (dez) anos, contados a partir
da data da sua publicação no Diário Oficial do Município, devendo ser revisado e atualizado
nesse prazo máximo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 62
Art. 130 O Poder Público Municipal promoverá edição popular desta Lei, com
distribuição gratuita às escolas municipais, bibliotecas, faculdades, demais órgãos e entidades
públicas, bem como entidades da sociedade civil.
Art. 131 Deverão ser regulamentados, no prazo de um ano, contado da data da
publicação desta lei, os instrumentos de política municipal instituídos pela presente.
Art. 132 O Plano de Ação, contendo a priorização das ações a serem realizadas para
concretização das diretrizes definidas nesta Lei, deverá ser elaborado e regulamentado em um
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da publicação desta Lei.
Art. 133 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 134 Revogam-se todas as disposições contrárias a esta Lei.
Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 63
Anexo 1
Macrozoneamento Municipal
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LEI DO PERÍMETRO URBANO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
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LEI DO PERÍMETRO URBANO
Dispõe sobre o Perímetro Urbano
do Município de Paranaguá.
A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná aprovou e eu, Prefeito Municipal,
sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DO PERÍMETRO URBANO
Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre o perímetro urbano do Município de Paranaguá, incluindo
as zonas urbanas.
Art. 2º. A poligonal que delimita o perímetro urbano, do Município de Paranaguá,
representada no mapa em anexo à presente lei, está assim definida:
“Inicia-se em um ponto de intersecção entre a baía de Paranaguá e o Rio Ribeirão,
seguindo por sua margem direita até o encontro com a foz do Rio do Toral. Deste ponto toma-
se a sua margem esquerda e segue-se por essa até o encontro com a estrada que liga
Alexandra à Rodovia BR 277. Segue-se pela estrada de Alexandra em direção à Rodovia BR
277. Encontrando a Rodovia BR 277 segue-se por sua margem direita percorrendo uma
distância de 1500m. Nesse ponto toma-se uma paralela à margem esquerda dessa BR, com
uma distância de 300 metros. Segue-se por essa paralela na direção leste até encontrar a linha
de transmissão de energia elétrica. Segue-se por essa linha até encontrar a PR 407 no seu Km
5. Toma-se uma paralela contígua à PR 407, na sua margem esquerda e segue-se por essa
em direção 297° SE por 1150m. Desse ponto segue-se em linha reta até encontrar o Rio dos
Almeidas, seguindo por este, na sua margem esquerda, até sua foz na baía de Paranaguá. Na
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 66
foz do Rio dos Almeidas, segue-se em direção 48° NNW, até o extremo leste do Porto de
Paranaguá, toma-se então a direção oeste até a foz do Rio Ribeirão.”
Art. 3º. Considerar-se-ão, no todo, urbanas aquelas propriedades que, embora não
abrangidas na integralidade pelo perímetro urbano, tenham a parte remanescente rural com
área inferior ao módulo mínimo rural.
Art. 4º. Integra esta Lei o Anexo I – Mapa de Perímetro Urbano.
Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º. Revogam-se todas as disposições contrárias a esta Lei, especialmente as
definições de perímetro urbano anteriores à sua publicação.
Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.
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ANEXO I - MAPA DO PERÍMETRO URBANO
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LEI DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – ANTEPROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 69
LEI DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Institui o Zoneamento de Uso e Ocupação do
Solo do Município de Paranaguá e dá outras providências.
A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito
Municipal, sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º Esta lei dispõe sobre a divisão do território do Município de Paranaguá em zonas
e setores e estabelece critérios e parâmetros de uso e ocupação do solo, com o objetivo de
orientar e ordenar o crescimento da cidade.
Art. 2º São partes integrantes desta lei os seguintes anexos:
I. Anexo I - Tabelas de Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo;
II. Anexo II - Classificação, Definição e Relação dos Usos do Solo para Implantação
do Zoneamento;
III. Anexo III – Mapa de Zoneamento Rural;
IV. Anexo IV – Mapa de Zoneamento Urbano;
V. Anexo V – Mapa Detalhamento dos Setores da ZPTI (setores);
VI. Anexo VI – Mapa Detalhamento dos Setores Especiais.
Art. 3º Zoneamento é a divisão do território do Município que visa dar a cada região
melhor utilização em função das condições ambientais, da topografia, do sistema viário e da
infra-estrutura existente, através da criação de zonas e setores de uso e ocupação do solo e
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 70
adensamentos diferenciados, tanto para a área Rural quanto para área Urbana, ora
denominadas de Macrozona Rural e Macrozona Urbana.
Parágrafo único. As zonas e setores serão delimitados por vias, logradouros públicos,
acidentes topográficos e divisas de lote.
Art. 4º As disposições desta lei deverão ser observadas, obrigatoriamente:
I. na concessão de alvarás de construção;
II. na concessão de alvarás de localização de usos e de atividades urbanas;
III. na execução de planos, programas, projetos, obras e serviços referentes a
edificações de qualquer natureza;
IV. na urbanização de áreas;
V. no parcelamento do solo.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
Art. 5º O Zoneamento e os critérios de Uso e Ocupação do Solo atendem à Política
Urbana e à Política de Uso e Ocupação do Solo, contidas na Lei do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado do Município de Paranaguá, que estabelece os seguintes objetivos:
I. a ordenação das funções da cidade através da utilização racional do território, dos
recursos naturais, e do uso dos sistemas viário e de transporte, quando do parcelamento do
solo, da implantação e do funcionamento das atividades essenciais à vida da cidade
(residenciais, comerciais, de serviços e industriais);
II. estímulo à geração de empregos e renda, incentivando o desenvolvimento e a
distribuição equilibrada de novas atividades;
III. compatibilização do uso do solo com a morfologia da cidade e com o sistema viário e
transporte coletivo;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 71
IV. hierarquização do sistema viário, de forma a garantir o efetivo deslocamento de
veículos, atendendo às necessidades da população, do sistema de transporte coletivo;
V. adensamento habitacional e das atividades comerciais e de serviços em áreas que
dispõem de sistema viário e demais infra-estruturas;
VI. desenvolvimento e recuperação das áreas e comunidades rurais e insulares
integrando-as às atividades e ao espaço urbano;
VII . viabi l ização de meios que proporcionem qualidade de vida à
população, em espaço urbano adequado e funcional e com planejamento integrado das
políticas públicas;
VII I. preservação da escala da cidade e de seus valores naturais, culturais
e paisagísticos;
IX. compatibilização das políticas de incentivos à preservação do Patrimônio
Ambiental,Cultural e Paisagístico;
X. participação da comunidade na gestão urbana;
XI. atendimento à função social da propriedade imobiliária urbana, preconizado na
Constituição Federal e na Lei n° 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade.
CAPÍTULO III
DAS DEFINIÇÕES
Art. 6º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I. ACRÉSCIMO ou AMPLIAÇÃO - é a obra que resulta no aumento do volume ou da
área construída total da edificação existente;
II. ALINHAMENTO – linha divisória legal entre o lote e a via ou logradouro público;
III. ALTURA MÁXIMA DA EDIFICAÇÃO - é a distância vertical tomada em meio da
fachada, e o ponto mais alto da cobertura, incluindo as construções auxiliares,
situadas acima do teto do último pavimento (caixa d'água, casas de máquinas, halls
de escadas) e os elementos de composição da referida fachada (platibandas e
frontões), observando-se:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 72
IV. relativamente ao afastamento das construções quanto ao alinhamento com o
logradouro público, a altura será contada a partir da cota altimétrica do passeio, no
plano da fachada, coincidindo com o centro da mesma;
V. relativamente ao afastamento das construções, quanto às divisas laterais e de
fundos, a altura será contada a partir da cota altimétrica do terreno que coincidir
com o centro da fachada correspondente.
VI. ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO - documento expedido pela Prefeitura que autoriza a
execução de obras sujeitas à sua fiscalização;
VII. ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO - documento expedido pela
Prefeitura que autoriza o funcionamento de uma determinada atividade ou serviço;
VIII. ALVARÁ DE OBRA - ato administrativo que corresponde ao Habite-se;
IX. ALVARÁ SANITÁRIO - documento fornecido pela Autoridade de Saúde, que
autoriza a ocupação e uso de imóvel recém construído ou reformado e/ou
funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, agropecuários, através
de vistoria prévia das condições físico-sanitárias do mesmo;
X. ÁREA COBERTA - é a medida da superfície da projeção, em plano horizontal, de
qualquer área coberta da edificação, nela incluída superfícies das projeções de
paredes, pilares, marquises, beirais e demais componentes das fachadas;
XI. ÁREA COMUM - é a medida da superfície constituída dos locais destinados ao uso
de todas as unidades e/ou mais de uma unidade que compõe um condomínio, tais
como: estacionamento em qualquer pavimento, lazer, pilotis, rampas de acesso,
elevadores, circulações e depósitos comunitários, apartamento de zelador, depósito
de lixo, casa de gás, guarita, e subsolo quando destinado a estacionamento ou
qualquer uso de caráter comum;
XII. ÁREA CONSTRUÍDA DO PAVIMENTO - é a área de construção de piso do
pavimento, inclusive as ocupadas por paredes e pilares, incluindo-se as áreas
comuns e excluindo-se os vazios de poços de ventilação, iluminação e elevador;
XIII. ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA - somatório das áreas de todos os pisos da edificação,
cobertos ou não, inclusive áreas ocupadas por paredes e pilares;
XIV. ÁREA LIVRE DO LOTE - é a superfície do lote não ocupada pela projeção da
edificação;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 73
XV. ÁREA "NON AEDIFICANDI" ou NÃO EDIFICÁVEL - é a área situada ao longo das
águas correntes e dormentes, das faixas de ferrovias, rodovias e dutos bem como
ao longo de equipamentos urbanos, definida em leis federal, estadual ou municipal
onde não é permitida qualquer edificação;
XVI. ÁREAS PÚBLICAS - são áreas de loteamento destinadas à circulação, à
implantação de equipamentos urbanos e comunitários bem como espaços livres e
áreas verdes de uso público;
XVII. ÁREA DE USO COMUM - é a área edificada ou não, que se destina ao uso comum
dos proprietários ou ocupantes de uma gleba ou de uma edificação, constituídas de
unidades autônomas;
XVIII. ÁREA PARA USO INSTITUCIONAL - é o percentual da área objeto de
parcelamento destinada exclusivamente à implantação de equipamentos
comunitários para usufruto da população;
XIX. ÁREA ÚTIL - superfície utilizável de uma edificação, excluindo-se a área ocupada
com paredes e estruturas;
XX. ÁREA VERDE - é o percentual da área objeto de parcelamento destinada
exclusivamente a praças, parques, jardins para usufruto da população;
XXI. ATIVIDADES COMERCIAIS - são atividades econômicas que têm como função
específica a troca de bens;
XXII. ATIVIDADES INDUSTRIAIS - são atividades voltadas para a extração, ou
transformação de substâncias ou produtos, em novos bens ou produtos;
XXIII. ATIVIDADES INSTITUCIONAIS - são atividades voltadas para o aspecto social,
cultural, artístico e lazer, instituídas por iniciativa do Poder Público ou privado;
XXIV. ATIVIDADES RESIDENCIAIS - são atividades correspondentes às formas de morar,
em caráter permanente de pessoas ou grupos de pessoas;
XXV. ATIVIDADES DE SERVIÇOS - são atividades econômicas que têm como função
específica a prestação de serviços de qualquer natureza;
XXVI. BALANÇO SOBRE O TÉRREO - avanço da edificação acima do térreo sobre os
alinhamentos ou recuos regulares;
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XXVII. BEIRA, BEIRAL ou BEIRADO - prolongamento do telhado, além da prumada das
edificações;
XXVIII. CALÇADA - é a parte da via, normalmente segregada em nível diferente, não
destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e quando
possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros;
XXIX. COTA - é a indicação ou registro numérico de dimensões: medida;
XXX. DELIMITAÇÃO - é o processo através do qual o Executivo Municipal estabelece o
perímetro de áreas do território (para fins administrativos, de planejamento ou
estabelecimento de normas);
XXXI. DENSIDADE - é a relação entre o número de habitantes e uma determinada área,
inclusive ruas, áreas verdes e institucionais;
XXXII. DIVISA - são as linhas limítrofes de um terreno;
XXXIII. EDIFICAÇÃO - é a construção acima, no nível ou abaixo da superfície de um
terreno, de estruturas físicas que possibilitem a instalação e o exercício de
atividades;
XXXIV. ESTACIONAMENTO - é o espaço público ou privado destinado à guarda ou
estacionamento de veículos, constituído pelas áreas de vagas e circulação;
XXXV. FAIXA DE DOMÍNIO DE VIAS - é a área que compreende a largura ou caixa da via
acrescida da área "non aedificandí";
XXXVI. FRAÇÃO DO LOTE - é o índice utilizado para o cálculo do número máximo de
unidades destinadas a habitação ou ao comércio e serviço no lote;
XXXVII. GLEBA - é o terreno que ainda não foi objeto de parcelamento, sob qualquer
forma;
XXXVIII. HABITAÇÃO - é a edificação organizada e dimensionada para o exercício de
atividade residencial unifamiliar;
XXXIX. HABITAÇÃO EM SÉRIE - são edificações destinadas à atividade residencial,
construídas em seqüência, sem interrupção, constituindo no seu aspecto externo,
uma unidade arquitetônica homogênea, cada uma das quais dispondo de acessos
exclusivos para o logradouro público ou particular,
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 75
XL. HABITAÇÕES GEMINADAS - são edificações destinadas a duas unidades
domiciliares residenciais, cada uma das quais dispondo de acessos exclusivos para
o logradouro, constituindo-se, no seu aspecto externo, uma unidade arquitetônica
homogênea, com pelo menos uma das seguintes características:
XLI. paredes externas total ou parcialmente contíguas ou comuns, em um ou dois lotes;
XLII. superposição total ou parcial de pisos em um só lote;
XLIII. ÍNDICE DE APROVEITAMENTO - o instrumento de controle urbanístico que
estabelece a relação entre as áreas máximas de construção permitidas e as áreas
dos terrenos sobre os quais ascendem as construções;
XLIV. LARGURA DE UMA VIA - é a distância entre os alinhamentos da via;
XLV. LAUDO DE VISTORIA ou “HABITE-SE” – certidão expedida pela Prefeitura
Municipal de Paranaguá após vistoria efetuada a partir da conclusão da obra;
XLVI. LINDEIRO - limítrofe;
XLVII. LOGRADOURO PÚBLICO - toda parcela de território de propriedade pública e de
uso comum da população;
XLVIII. LOTE - é a parcela de terreno contida em uma quadra, resultante de loteamento ou
de desmembramento, com pelo menos uma das divisas lindeira à via pública;
XLIX. MARQUISE - cobertura em balanço aplicada às fachadas de um edifício, podendo
estar sobre o logradouro;
L. MEIO FIO - é a linha composta de blocos de cantaria ou concreto que separa o
passeio da faixa de rolamento ou do acostamento;
LI. PAVIMENTO - conjunto de compartimentos situados no mesmo nível, de uma
edificação, entre piso de uma edificação, desconsiderados os mezaninos ou sobre
lojas;
LII. PAVIMENTO TÉRREO - é o pavimento definido pelo projeto, cujo piso não fique
acima de 1,00m (um metro) em relação ao ponto médio do(s) passeio(s) do(s)
logradouro(s) que lhe(s) sejam lindeiro(s);
LIII. PAVIMENTO TIPO - são pavimentos com a mesma planta que se repetem na
edificação;
LIV. PÉ DIREITO - distância vertical entre o piso e o forro de um compartimento;
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LV. PROFUNDIDADE DO LOTE - é a distância média entre a frente e o fundo do lote;
LVI. PROJETO - é o plano geral de edificações, de parcelamentos ou de outras obras
quaisquer;
LVII. PROJETO URBANÍSTICO - é o projeto desenvolvido para determinada área
urbana, mediante a prévia aprovação do Município, considerando, entre outros os
seguintes aspectos:
LVIII. revitalização do espaço urbano;
LIX. criação de áreas e equipamentos de uso público;
LX. preservação de edificações e espaços de valor histórico;
LXI. definições dos usos;
LXII. definição do sistema de circulação;
LXIII. reserva de áreas para alargamento do sistema viário;
LXIV. reserva de área para estacionamento e terminais de transporte público;
LXV. RECUO - é a área de terreno não edificável, compreendida entre as divisas do
terreno e os alinhamentos dos recuos;
LXVI. REFORMA - são serviços ou obras que impliquem em modificações na estrutura da
construção, nos compartimentos ou no número de pavimentos da edificação,
podendo haver ou não alteração da área edificada;
LXVII. SUBSOLO - pavimento total ou parcialmente situado em nível inferior do pavimento
térreo ou ao terreno natural, medido no ponto médio da fachada perpendicular às
curvas de nível;
LXVIII. TAXA DE OCUPAÇÃO – é o instrumento de controle urbanístico que estabelece a
relação entre as projeções horizontais máximas de construção permitidas e as áreas
dos terrenos sobre os quais ascendem as construções;
LXIX. TAXA DE PERMEABILIDADE - é a relação entre a parte do lote ou gleba que
permite a infiltração de água, permanecendo totalmente livre de qualquer edificação
e a área total dos mesmos;
LXX. TESTADA - é a linha divisória que separa o logradouro público do lote;
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LXXI. USO DO SOLO - é o resultado de toda e qualquer atividade, que implique em
dominação ou apropriação de um espaço ou terreno;
LXXII. VISTORIA - é a inspeção efetuada pelo Poder Público com objetivo de verificar as
condições exigidas em lei para uma obra, edificação, arruamento, ou atividade.
CAPÍTULO IV
DO ZONEAMENTO
Art 7º De acordo com a Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do
Município de Paranaguá o território municipal fica dividido nas seguintes Macrozonas:
I. Macrozona Rural;
II. Macrozona Urbana.
Art. 8º O zoneamento institui as regras gerais de uso e ocupação do solo para cada
uma das Zonas em que se subdividem as Macrozonas.
Art. 9º A delimitação das Zonas constantes da Macrozona Rural e da Macrozona
Urbana de Paranaguá está definida nos Anexos III e IV da presente lei.
CAPÍTULO V
DO ZONEAMENTO RURAL
Art. 10 A Macrozona Rural, correspondente à área rural do município, nos termos da Lei
do Perímetro Urbano, é composta por áreas com restrição à ocupação urbana, destinadas à
preservação e conservação ambiental, bem como por áreas destinadas a atividades que
permitam um desenvolvimento econômico sustentável e compatível com os aspectos culturais
locais e de aptidão de solos.
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§ 1º. Na Macrozona Rural não é permitido o parcelamento do solo para fins urbanos.
§ 2º. Para o parcelamento do solo na Macrozona Rural devem ser observadas as
normas e legislação definidas pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária), além da legislação federal e estadual pertinentes.
§ 3º. As edificações e benfeitorias a serem executadas na área a que se refere o
parágrafo primeiro, ficam sujeitas, quanto a seus usos funcionais, à fiscalização do Município.
Art. 11 A Macrozona Rural subdivide-se em:
I. Zona de Uso Sustentável;
II. Zona de Proteção Integral;
III. Zona Agrosilvopastoril;
IV. Corredor de Comércio e Serviços.
SEÇÃO I
DA ZONA DE USO SUSTENTÁVEL- ZUS
Art. 12 A Zona de Uso Sustentável (ZUS) é composta por áreas onde a exploração e o
aproveitamento econômico direto são permitidos desde que de forma planejada e
regulamentada, visando o desenvolvimento sustentável.
Art. 13 São objetivos, na Zona de Uso Sustentável:
I. impedir a ocupação desordenada do solo rural;
II. preservar os ecossistemas, as margens e as nascentes dos canais de drenagem;
III. possibilitar o uso e coleta dos recursos naturais, de forma planejada em
compatibilidade com a conservação da natureza, seguindo os ensinamentos do
desenvolvimento sustentável;
IV. possibilitar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades
de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo
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ecológico.
SEÇÃO II
DA ZONA DE PROTEÇÃO INTEGRAL - ZPI
Art. 14 A Zona de Proteção Integral (ZPI) é composta por áreas de interesse à
preservação da biodiversidade, em que se pretende a mínima interferência antrópica,
admitindo-se apenas o aproveitamento indireto dos benefícios naturais.
Art. 15 São objetivos da Zona de Proteção Integral:
I. preservar de forma integral os ecossistemas, as margens e as nascentes e os canais
de drenagem aí existentes de forma a promover a qualidade ambiental;
III. possibilitar, de forma planejada e controlada, atividades de pesquisa, de lazer,
recreio e contemplação;
IV. restringir a exploração ou o aproveitamento dos recursos naturais.
SEÇÃO III
DA ZONA AGROSILVOPASTORIL - ZA
Art. 16 A Zona Agrosilvopastoril (ZA) é composta por áreas de interesse ao
desenvolvimento econômico sustentável e compatíveis com os aspectos culturais locais e de
aptidão de solos.
Parágrafo Único. Somente são permitidos, na Zona Agrosilvopastoril, as habitações
unifamiliares e os usos necessários às atividades agrosilvopastoris ou de caráter
eminentemente rural.
Art. 17 São objetivos, na Zona Agrosilvopastoril (ZA):
I. promover o desenvolvimento econômico sustentável;
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II. estabelecer metas de promoção do desenvolvimento econômico sustentável em
função das aptidões dos solos locais;
III. adequar a produção econômica em função das aptidões culturais locais.
SEÇÃO IV
DO CORREDOR DE COMÉRCIO E SERVIÇOS - CCS
Art. 18 O Corredor de Comércio e Serviços (CCS) caracteriza-se por imóveis voltados
para a Rodovia BR 277, fora do perímetro urbano, em uma faixa com largura máxima de 100
metros a partir do limite da faixa de domínio desta rodovia.
Art. 19 São objetivos do Corredor de Comércio e Serviços (CCS):
I. disponibilizar áreas para instalação de comércio e serviços ligados à circulação de
veículos, tais como postos de combustíveis e estações de apoio aos motoristas e
caminhoneiros;
II. compatibilizar o uso do solo com o sistema viário.
Art. 20 No Corredor de Comércio e Serviços, as edificações nos imóveis voltados para
a estrada devem ter recuo mínimo frontal de quinze metros, contados entre o limite da faixa de
domínio da rodovia e a edificação, bem como devem contar com obras de paisagismo e de
acostamento e acesso viário obrigatórios, de acordo com normas e padrões estabelecidos pelo
Executivo Municipal, pelo DER/PR e pelo órgão ambiental competente.
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CAPÍTULO VI
DO ZONEAMENTO URBANO
Art. 21 A Macrozona Urbana, correspondente à área urbana do município, nos termos
da Lei do Perímetro Urbano, apresenta diferentes graus de consolidação e infra-estrutura
básica instalada e destina-se a concentrar o desenvolvimento e adensamento urbano.
Parágrafo Único. Na Macrozona Urbana do Município de Paranaguá, os parâmetros
urbanísticos ou construtivos e os usos funcionais admitidos serão os constantes dos Anexos I e
II, da presente Lei, relacionados aos setores territoriais urbanos, demarcados graficamente no
mapa de que trata o inciso III do artigo 2º desta Lei.
Art. 22 A Macrozona Urbana subdivide-se em:
I. Zona de Requalificação Urbana;
II. Zona de Consolidação e Qualificação Urbana I, II e III;
III. Zona de Consolidação e Expansão Urbana I e II;
IV. Zona de Interesse Portuário;
V. Zona de Interesse para Expansão Portuária;
VI. Zona de Desenvolvimento Econômico;
VII. Zona de Interesse Patrimonial e Turístico
VIII. Zona de Ocupação Dirigida
IX. Zona de Recuperação Ambiental I e II;
X. Zona de Restrição à Ocupação;
XI. Zona Urbanizada de Interesse Especial – Ilha dos Valadares.
Parágrafo Único. A Macrozona Urbana ainda contém os seguinte setores:
I. Setores Especiais de Adensamento I, II e III;
II. Setor Especial Recuo Zero;
III. Setor Especial Preferencial de Pedestres;
IV. Setor Especial de Proteção ao Santuário do Rocio.
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SEÇÃO I
DA ZONA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - ZRU
Art. 23 A Zona de Requalificação Urbana (ZRU) caracteriza-se pelo uso misto, nela
permitido, e pela existência de infra-estrutura consolidada, com características de centralidade.
Art. 24 São objetivos, na Zona de Requalificação Urbana:
I. ordenar o adensamento construtivo;
II. evitar a saturação do sistema viário;
III. permitir o adensamento populacional onde este ainda for possível, como forma de
aproveitar a infra-estrutura disponível;
IV. estabelecer um controle ambiental eficiente;
V. ampliar a disponibilidade de equipamentos públicos, espaços verdes e áreas de
lazer;
VI. ampliar a oferta de infra-estrutura, de forma a possibilitar o adensamento construtivo.
SEÇÃO II
DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA - ZCQ
Art. 25 A Zona de Consolidação e Qualificação Urbana (ZCQ) caracteriza-se pela
predominância de uso misto, carência de equipamentos públicos, existência de áreas
consolidadas e de áreas para ocupação com fragilidade ambiental.
Parágrafo Único. A ZCQ se subdivide em ZCQ-1, ZCQ-2 e ZCQ-3, conforme
subseções I, II e III.
Art. 26 São objetivos da Zona de Consolidação e Qualificação Urbana:
I. promover a consolidação e qualificação da malha urbana;
II. promover a ocupação ordenada do território;
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III. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional;
IV. ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;
V. ampliar a oferta de infra-estrutura, de forma a possibilitar a ocupação do território;
VI. conservar e recuperar o meio ambiente.
SUBSEÇÃO I
DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA UM
Art. 27 A Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Um (ZCQ-1) caracteriza-se pela
predominância de uso misto, carência de equipamentos públicos e existência de duas grandes
glebas a serem reincorporadas à malha urbana, quais sejam, o aeroporto e o pátio de
manobras férreas.
Art. 28 São objetivos da Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Um:
I. Promover a integração entre a porção mais consolidada da malha urbana,
correspondente à ZRU, e suas áreas de consolidação, correspondentes à ZCQ-2 e ZCEU-1;
II. qualificar a paisagem;
III. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional;
IV.ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;
V. ampliar a oferta de infra-estrutura.
SUBSEÇÃO II
DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA DOIS
Art. 29 A Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Dois (ZCQ-2) caracteriza-se por
possuir áreas consolidadas regulares e irregulares, áreas passíveis de ocupação e proximidade
com área de proteção e conservação ambiental.
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Art. 30 São objetivos da Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Dois:
I. promover a ocupação ordenada do território;
II. qualificar a paisagem;
III. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional;
IV. ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;
V. ampliar a oferta de infra-estrutura, de forma a possibilitar a ocupação do
território;
VI. garantir a integridade do entorno, ambientalmente frágil.
SUBSEÇÃO III
DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA TRÊS
Art. 31 A Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Três (ZCQ-3) caracteriza-se por
possuir áreas consolidadas regulares e irregulares, áreas passíveis de ocupação e áreas
ambientalmente degradadas.
Art. 32 São objetivos da Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Três:
I. promover a ocupação ordenada do território;
II. qualificar a paisagem;
III. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional;
IV. ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;
V. ampliar a oferta de infra-estrutura, de forma a possibilitar a ocupação do
território;
VI. promover a recuperação do meio ambiente.
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SEÇÃO III
DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E EXPANSÃO URBANA - ZCEU
Art. 33 A Zona de Consolidação e Expansão Urbana (ZCEU) caracteriza-se pela
ocupação rarefeita e por possuir aptidão para receber a expansão da malha urbana.
Parágrafo Único. A ZCEU se subdivide em ZCEU-1 e ZCEU-2, conforme subseções I e
II.
Art. 34 São objetivos da Zona de Consolidação e Expansão Urbana:
I. consolidar o uso urbano;
II. proporcionar a expansão da malha urbana.
SUBSEÇÃO I
DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E EXPANSÃO URBANA UM
Art. 35 A Zona de Consolidação e Expansão Urbana Um (ZCEU-1) caracteriza-se por
possuir áreas com grandes porções de terra, ocupadas de forma rarefeita, aptas à ocupação,
carentes de infra-estrutura, serviços e atividades socioeconômicas.
Art. 36 São objetivos da Zona de Consolidação e Expansão Urbana Um:
I. promover a ocupação ordenada do território;
II. qualificar a paisagem;
III. implantar novos usos e atividades;
IV. ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;
V. ampliar a oferta de infra-estrutura.
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SUBSEÇÃO II
DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E EXPANSÃO URBANA DOIS
Art. 37 A Zona de Consolidação e Expansão Urbana Dois (ZCEU-2) caracteriza-se por
possuir grandes porções de terra, parcialmente ocupadas, aptas à ocupação, isoladas do
restante da malha urbana.
Art. 38 São objetivos da Zona de Consolidação e Expansão Urbana Dois:
I. integrar a ocupação existente ao restante da malha urbana;
II. promover a ocupação ordenada do território;
III. qualificar a paisagem;
IV. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional.
SEÇÃO IV
DA ZONA DE INTERESSE PORTUÁRIO - ZIP
Art. 39 A Zona de Interesse Portuário (ZIP) caracteriza-se pelo uso prioritário e
preponderante de atividades portuárias e correlatas, com potencial de impacto ambiental e
urbano significativos.
Art. 40 São objetivos da Zona de Interesse Portuário:
I. dar condições de desenvolvimento e incrementar as atividades portuárias;
II. concentrar atividades incômodas ao uso residencial;
III. concentrar atividades de risco ambiental de forma controlada.
§1º. O uso e a ocupação da ZIP deverá respeitar a legislação ambiental federal e
estadual pertinente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 87
§2º. Na Zona referida no caput desse artigo, poderá ser aplicado o instrumento da
utilização compulsória, IPTU progressivo no tempo e desapropriação com pagamento em
títulos da dívida pública, nos termos da lei específica.
SEÇÃO V
ZONA DE INTERESSE PARA EXPANSÃO PORTUÁRIA - ZIEP
Art. 41 A Zona de Interesse para Expansão Portuária (ZIEP) caracteriza-se por ser uma
área continua à Zona de Interesse Portuário, livre de ocupação, apta a receber a expansão das
atividades portuárias.
Parágrafo Único. Para ocupação da ZIEP devem ser elaborados planos específicos de
urbanização e sistema viário, de acordo com a legislação municipal referentes a estes
assuntos.
Art. 42 É objetivo da Zona de Interesse para Expansão Portuária garantir condições de
ampliação e incremento das atividades portuárias.
Parágrafo Único. O uso e a ocupação da ZIEP deverá estar em consonância com a
legislação ambiental federal e estadual pertinente.
SEÇÃO VI
DA ZONA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - ZDE
Art. 43 A Zona de Desenvolvimento Econômico (ZDE) caracteriza-se por grandes
glebas, ocupadas parcialmente, servidas por importante rede viária, aptas para ocupação por
atividades industriais, comércio e serviços de grande porte, com potencial de incômodo ao uso
residencial.
Parágrafo Único. Para ocupação da ZED devem ser elaborados planos específicos de
urbanização e sistema viário, de acordo com a legislação municipal referentes a estes
assuntos.
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Art. 44 São objetivos na Zona de Desenvolvimento Econômico:
I. concentrar atividades econômicas de grande porte;
II. potencializar as atividades econômicas;
III. concentrar atividades de risco ambiental de forma controlada.
IV. concentrar atividades incômodas ao uso residencial de forma controlada.
Parágrafo Único. O uso e a ocupação da ZDE deverão estar em consonância com a
legislação ambiental federal e estadual pertinente.
SEÇÃO VII
DA ZONA DE INTERESSE PATRIMONIAL E TURÍSTICO - ZIPT
Art. 45 A Zona de Interesse Patrimonial e Turístico (ZIPT) é uma área formada por
conjunto de relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja
manutenção é necessária à preservação da memória da cidade, do patrimônio cultural do
Município e ao desenvolvimento de atividades econômicas ligadas ao turismo.
Art. 46 A Zona de Interesse Patrimonial e Turístico (ZPTI) é constituída por:
I. Setor Histórico (SH);
II. Setor da Área Envoltória (SAE).
III. Setor de Proteção (SP).
§ 1º Os projetos de recuperação, reforma, ampliação ou construção nesta zona deverão
ser previamente apreciados pelos órgãos estadual e federal de proteção do Patrimônio
Cultural.
§ 2º Os Setores citados no caput do artigo, que constituem a ZPTI, serão detalhados
nos artigos 86 a 107.
Art. 47 São objetivos da Zona de Interesse Patrimonial e Turístico:
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I. proteção e a recuperação do ambiente construído e do espaço urbano e a valorização
da paisagem;
II. desenvolvimento sustentável de atividades econômicas ligadas ao turismo.
Parágrafo Único. O uso e ocupação da ZPTI deverão estar em consonância com a
legislação federal e estadual pertinente.
Art. 48 As normas de uso e ocupação da Zona de Interesse Patrimonial e Turístico
destinam-se a garantir a paisagem urbana, a integridade dos monumentos e promover a
recuperação das edificações de interesse, que tiveram suas características alteradas.
§ 1º Quaisquer intervenções urbanísticas deverão produzir uma ambiência urbana que
se harmonize com as características da Zona de Interesse Patrimonial e Turístico, entre outras
proposições, alinhamentos, materiais, elementos paisagísticos.
§ 2º O não cumprimento dos parâmetros estabelecidos implicará as penalidades
previstas por lei específica.
SEÇÃO VIII
DA ZONA DE OCUPAÇÃO DIRIGIDA - ZOD
Art. 49 A Zona de Ocupação Dirigida (ZOD) caracteriza-se pela baixa densidade
populacional e presença de vegetação significativa, apresentando um parcelamento em
grandes lotes, chácaras e sítios, assim como glebas passíveis de parcelamento.
Art. 50 São objetivos da Zona de Ocupação Dirigida:
I. garantir ocupação de baixa densidade, com atividades econômicas compatíveis com
a preservação ambiental;
II. promover a manutenção da qualidade ambiental.
SEÇÃO IX
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DA ZONA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL - ZRA
Art. 51 A Zona de Recuperação Ambiental (ZRA) caracteriza-se pela existência de
atividades ambientalmente inadequadas e com potencial de uso para atividades comunitárias e
de lazer, e possui localização privilegiada dentro do perímetro urbano.
Parágrafo Único. A ZRA se subdivide em ZRA-1 e ZRA-2, conforme subseções I e II.
Art. 52 São objetivos gerais da Zona de Recuperação Ambiental:
I. qualificar a ocupação existente, minimizando os impactos ambientais e promovendo sua
regularização urbanística e fundiária;
II. evitar novas ocupações;
III. implementar infra-estrutura com soluções alternativas;
IV. recuperar ambientalmente as áreas degradadas;
V. incentivar a implantação de atividades de recreio e lazer.
Parágrafo Único. A recuperação das áreas contidas na ZRA deverá ter por objetivo o
retorno do sítio degradado a alguma forma de utilização, de acordo com um plano pré-
estabelecido para o uso do solo, visando à obtenção da estabilidade do meio ambiente.
SUBSEÇÃO I
ZONA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL UM
Art. 53 A Zona de Recuperação Ambiental Um (ZRA -1) caracteriza-se pela região
onde, na data desta lei, se localiza a área de deposição de resíduos sólidos, o chamado “lixão”.
Art. 54 São objetivos específicos da Zona de Recuperação Ambiental Um:
I. desenvolver Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), de acordo com
legislação correlata vigente, principalmente: Lei n° 6.938/1981, Decreto n° 97.632/1989,
Decreto n° 99.274/1990, Resolução CONAMA n° 09/1990 e Resolução CONAMA n° 10/1990;
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II. implantar sistema de tratamento e decomposição dos resíduos orgânicos existentes
na área e de reaproveitamento do lixo reciclável, de forma articulada com as famílias que
utilizam o “lixão” como seu sustento;
III. desenvolver programas sociais para as famílias que habitam a área, notadamente
aquelas vinculadas ao sistema de separação de lixo;
IV. utilizar a área, ou parte sua, para a instalação de atividades de recreio, esporte e
lazer para a população de todo o município;
V. inserir a área, ou parte sua, no Programa de Sistema de Parques e Áreas Verdes do
Município de Paranaguá, a ser elaborado de acordo com diretrizes desta lei e da Lei do Plano
Diretor.
Parágrafo Único. Os objetivos dos incisos IV e V, do presente artigo, deverão ser
aplicados quando do início das atividades do Aterro Sanitário de Paranaguá e apenas após a
finalização de atividades na área do “lixão”, a critério do Poder Executivo Municipal.
SUBSEÇÃO II
ZONA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DOIS
Art. 55 A Zona de Recuperação Ambiental Dois (ZRA - 2) caracteriza-se pela área
onde, na data desta lei, encontram-se as cavas de extração de areia.
Art. 56 São objetivos específicos da Zona de Recuperação Ambiental Dois:
I. desenvolver Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), de acordo com
legislação correlata vigente, principalmente: Lei n° 6.938/1981, Decreto n° 97.632/1989,
Decreto n° 99.274/1990, Resolução CONAMA n° 09/1990 e Resolução CONAMA n° 10/1990;
II. utilizar a área para a instalação de atividades de recreio, esporte e lazer para a
população de todo o município;
III. inserir a área no Programa de Sistema de Parques e Áreas Verdes do Município de
Paranaguá, a ser elaborado de acordo com diretrizes desta lei e da Lei do Plano Diretor.
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Parágrafo Único. No caso das cavas em atividade e regulamentadas, os objetivos
desta lei se aplicarão após a finalização das atividades.
SEÇÃO X
DA ZONA DE RESTRIÇÃO À OCUPAÇÃO - ZRO
Art. 57 A Zona de Restrição à Ocupação (ZRO) caracteriza-se pela existência de áreas
com características naturais que exigem tratamento especial devido a seu potencial
paisagístico e ambiental.
Art. 58 São objetivos da Zona de Restrição à Ocupação:
I. impedir a ocupação de forma a assegurar a qualidade de vida da população;
II. preservar os manguezais, as margens e as nascentes dos canais de drenagem;
III. possibilitar o uso e coleta dos recursos naturais, de forma planejada em
compatibilidade com a conservação da natureza, seguindo as diretrizes e os objetivos do
desenvolvimento sustentável;
IV. possibilitar a realização de atividades culturais, de lazer, de turismo e de
contemplação de forma planejada;
V. valorizar o potencial paisagístico das áreas de beleza cênica.
§1º. Constituem-se como áreas de restrição à ocupação, além das delimitadas pela
ZRO, as seguintes:
I. as faixas marginais ao longo dos corpos d’água;
II. as áreas cobertas por matas;
III. as áreas com declividade superior a 30% (trinta por cento);
IV. as áreas sujeitas à inundação;
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V. as áreas de preservação permanente, definidas em legislação federal e estadual;
VI. outras áreas de interesse a serem incluídas mediante prévia aprovação do Conselho
Municipal de Meio Ambiente e através de lei municipal.
§2º. A título de incentivo à preservação e em atendimento ao princípio da justa
distribuição dos ônus e bônus do processo urbano, os imóveis particulares localizados na
ZRO receberão potencial construtivo fictício, conforme tabela do Anexo I, apenas e tão
somente para fins de transferência de potencial construtivo, nos termos da lei específica.
SEÇÃO XI
DA ZONA URBANIZADA DE INTERESSE ESPECIAL - ZIE
ILHA DOS VALADARES
Art. 59 A Zona Urbanizada de Interesse Especial – Ilha dos Valadares (ZIE) caracteriza-
se pela ocupação de baixa densidade, irregular do ponto de vista fundiário, carente de infra-
estrutura e serviços, localizada em região ambientalmente frágil e dotada de grande potencial
turístico.
Art. 60 São objetivos da Zona Urbanizada de Interesse Especial – Ilha dos Valadares:
I. preservar a paisagem e o equilíbrio ambiental;
II. garantir e ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;
III. ampliar a oferta de infra-estrutura;
IV. promover a regularização fundiária do território.
V. garantir o acesso ao direito à moradia, com segurança na posse;
VI. relocar as moradias em situação de risco;
VII. criar e qualificar espaços públicos e comunitários;
VIII. garantir o desenvolvimento econômico com atividades ambientalmente sustentáveis
e compatíveis com as peculiaridades locais;
IX. restringir o uso do espaço urbano de modo a garantir uma densidade compatível à
fragilidade ambiental do sitio;
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X. restringir a presença de veículos automotores àqueles exclusivamente de uso do
interesse público e em situações emergenciais.
CAPÍTULO VII
DOS SETORES ESPECIAIS
Art. 61 Os Setores Especiais, compreendem áreas para as quais são estabelecidas
ordenações especiais de uso e ocupação do solo, condicionadas às suas características
locacionais, funcionais ou de ocupação urbanística, já existentes ou projetadas e aos objetivos
e diretrizes de ocupação da cidade.
Art. 62 Os Setores Especiais - SE, conforme sua precípua destinação, são subdivididos
em:
I. Setores Especiais de Adensamento I, II e III;
II. Setor Especial Recuo Zero;
III. Setor Especial Preferencial de Pedestres;
IV. Setor Especial de Proteção ao Santuário do Rocio.
Parágrafo Único. Por proposta do Órgão de Planejamento ao Poder Executivo
Municipal, novos Setores Especiais poderão ser criados, mediante iniciativa legislativa do
Prefeito Municipal e aprovação de lei pela Câmara Municipal.
SEÇÃO I
DOS SETORES ESPECIAIS DE ADENSAMENTO - SEA
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Art. 63 Os Setores Especiais de Adensamento (SEA) caracterizam-se pela existência
de infra-estrutura compatível com a verticalização e o adensamento populacional,
configurando-se como eixo de crescimento, em que se permite ocupação mista e de média e
alta densidade habitacional.
Art. 64 São objetivos do Setor Especial de Adensamento:
I. proporcionar condições de infra-estrutura, principalmente relacionada ao
saneamento, para que ocorra a verticalização e o adensamento dos eixos
específicos;
II. qualificar a paisagem urbana;
III. Aproveitar a infra-estrutura existente.
Art. 65 Os Setores Especiais de Adensamento se dividem em SEA-1, SEA-2 e SEA-3, e
possuem seus parâmetros construtivos e seus usos diferenciados, de acordo com informações
contidas no Anexo I da presente Lei.
Art. 66 O Setor Especial de Adensamento compreende os terrenos e lotes com testada
voltada para as vias definidas para este setor.
§ 1º. Os terrenos ou frações de terrenos, com testada para a via definida como Setor
Especial de Adensamento, seguirão até 40m (quarenta metros) de profundidade, contados a
partir do seu alinhamento predial, os parâmetros de uso e ocupação do solo definidos no
Anexo I desta lei para o SEA, independente da profundidade total do terreno ou lote em
questão.
§ 2º. Os demais terrenos, lotes ou fração de lotes, situados além de 40m (quarenta
metros) contados a partir da via definida como Setor Especial de Adensamento, seguirão
apenas os parâmetros definidos para a Zona onde se inserem.
§ 3º No que couberem, deverão ser aplicados, subsidiariamente, nos terrenos ou
frações de terrenos a que se refere o parágrafo primeiro do presente artigo, os parâmetros de
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uso e ocupação do solo definidos para a zona à qual o SEA está sobreposto, nos termos da
presente lei.
SUBSEÇÃO I
DO SETOR ESPECIAL DE ADENSAMENTO UM
Art. 67 Ficam definidos como Setor Especial de Adensamento Um (SEA-1) os terrenos
com testada para as seguintes vias:
I. E02 – Composta pelas vias Rua Antônio Pereira e Avenida Ayrton Senna, e pelo
trecho da BR 277 compreendido entre a Avenida Curitiba e a interseção com a Via Estrutural
01;
II. E03 – Avenida Bento Rocha, em toda a sua extensão;
III. E04 – Composta pela Avenida Senador Atílio Fontana e a via diretriz proposta para
implantação de acesso à Zona de expansão portuária, de acordo com a Lei do Plano Diretor e
a presente lei;
IV. A03 – Rua Professor Cleto, trecho compreendido entre as vias Rua Júlia da Costa e
Avenida Bento Rocha;
V. A04 – Avenida Coronel Santa Rita, trecho compreendido entre as vias Rua Júlia da
Costa e Avenida Bento Rocha;
VI. A05 – Composta pelas vias Estrada Velha do Rocio e Rua dos Expedicionários,
trecho compreendido entre as vias Avenida Bento Rocha e Rua Domingos Peneda, seguindo
diretrizes e traçado viário estabelecidos pela Lei do Sistema Viário;
VII. A06 – Composta pela via Rua Prefeito Roque Vernalha, trecho compreendido entre
as vias Rua Tamoio e Rua Domingos Peneda, e por trecho proposto que conecta-se com a Via
Estrutural E04, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos pela Lei do Sistema Viário;
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VIII. A07 – Composta pelas vias Rua Samuel Pires de Mello e Rua Tapuiba, trecho
compreendido entre as vias Rua Guaianá e Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, e por
trecho proposto que conecta-se com a Via Estrutural E04, seguindo diretrizes e traçado viário
estabelecidos pela Lei do Sistema Viário.
Parágrafo Único. Para a Via Arterial A06 deverão,ainda, ser observados os parâmetros
definidos pelo Anexo I para o Setor Especial Recuo Zero.
Art. 68 No SEA-1 é possível construir até 8 (oito) pavimentos, observados os demais
parâmetros do Anexo I, sem a transferência de potencial construtivo ou aplicação de Outorga
Onerosa do Direito de Construir; com a aplicação desses instrumentos, é possível construir até
12 (doze) pavimentos, observadas os demais parâmetros do Anexo I.
Parágrafo Único. A aplicação dos instrumentos de Transferência de Potencial
Construtivo e Outorga Onerosa do Direito de Construir será definida em legislação específica,
contendo os procedimentos e as fórmulas de cálculo para troca e compra de potencial,
observados os parâmetros construtivos máximos regulamentados na presente lei.
Art. 69 Os parâmetros definidos pelo Anexo I desta lei para este Setor Especial aplicar-
se-ão apenas até uma profundidade máxima de 40m (quarenta metros), contados a partir do
alinhamento predial dos terrenos e/ou lotes com testada para as vias definidas no artigo 67.
SUBSEÇÃO II
DO SETOR ESPECIAL DE ADENSAMENTO DOIS
Art. 70. Ficam definidos como Setor Especial de Adensamento Dois (SEA-2) os
terrenos com testada para as seguintes vias:
I. A02 – Rua Manoel Bonifácio, trecho compreendido entre as vias Avenida Portuária e
a Rua João Eugênio, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos pela Lei do Sistema
Viário;
II. A09 – Avenida Curitiba, trecho entre as vias Via Estrutural E04 e a Avenida Belmiro
Sebastião;
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III. A12 – Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, trecho compreendido entre as vias
Rua Prefeito Roque Vernalha e Via Estrutural E05;
IV. A13 – Rua Manoel Correia, trecho compreendido entre as vias Avenida Coronel José
Lobo e Rua Aníbal Dias Paiva;
V. A14 – Rua Baronesa do Cerro Azul, trecho compreendido entre as vias Avenida
Coronel José Lobo e Estrada do Emboguaçu;
VI. A15 – Avenida Governador Manoel Ribas, trecho compreendido entre as vias
Avenida Portuária e Rua dos Expedicionários, encontrando a via Avenida Tufi Maron na
margem norte da ferrovia e continuando por esta até a via Rua Ford, seguindo pela via
proposta ao longo da atual Pátio de Manobras da RFFA até a via Avenida Curitiba, seguindo
diretrizes e traçados estabelecidos pela Lei do Sistema Viário;
VII. A16 – Rua Frei José Thomaz, em toda sua extensão.
Art. 71 No SEA-2 é possível construir até 8 (oito) pavimentos, observados os demais
parâmetros do Anexo I, sem a transferência de potencial construtivo ou aplicação de Outorga
Onerosa do Direito de Construir; com a aplicação desses instrumentos, é possível construir até
10 (dez) pavimentos, observadas os demais parâmetros do Anexo I.
Parágrafo Único. A aplicação dos instrumentos de Transferência de Potencial
Construtivo e Outorga Onerosa do Direito de Construir será definida em legislação específica,
contendo os procedimentos e as fórmulas de cálculo para troca e compra de potencial,
observados os parâmetros construtivos máximos regulamentados na presente lei.
Art. 72 Os parâmetros definidos pelo Anexo I desta lei para este Setor Especial aplicar-
se-ão apenas até uma profundidade máxima de 40m (quarenta metros), contados a partir do
alinhamento predial dos terrenos e/ou lotes com testada para as vias definidas no artigo 70.
SUBSEÇÃO III
DO SETOR ESPECIAL DE ADENSAMENTO TRÊS
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Art. 73. Ficam definidos como Setor Especial de Adensamento Três (SEA-3) os
terrenos com testadas para as seguintes vias:
I. C01 – Rua Ermelino de Leão, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin
Constant e Rua Manoel Correia;
II. C02 – Rua Marechal Floriano, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin
Constant e Rua Manoel Pereira;
III. C03 – Avenida Coronel José Lobo, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin
Constant e Rua Manoel Correia;
IV. C04 – Rua Manuel Bonifácio, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin
Constant e Rua Manoel Correia;
V. C05 – Rua Comendador Correia Junior, trecho compreendido entre as vias Rua
Manoel Ribas e Rua João Eugênio;
VI. C06 – Rua Nestor Vitor, trecho compreendido entre as vias Rua Manoel Ribas e Rua
Júlia da Costa;
VII. C07 – Avenida Gabriel de Lara, trecho compreendido entre as vias Avenida Bento
Rocha e Rua Júlia da Costa;
VIII. C08 – Rua Arthur Bernardes, em toda a sua extensão;
IX. C09 – Somente na Rua Alfredo Budant;
X. C10 – Rua Nicolau Mader, em toda a sua extensão;
XI. C11 – Estrada Velha do Emboguaçu, em toda a sua extensão.
XII. C12 – Rua Bento de Oliveira Rocha , trecho compreendido entre as vias Rua
Domingos Peneda e Rua Cláudio Pontes;
XIII. C14 – Rua Guaráguaçu, trecho compreendido entre as vias Rua Domingos Peneda
e Rua Japurá;
XIV. C15 – Rua Capibaribe, trecho compreendido entre as vias Avenida Ayrton Senna e
Rua Japurá;
XV. C16 – Rua Manoel Jordão Cavalheiroa, em toda a sua extensão;
XVI. C17 – Rua Renato Leone, em toda a sua extensão;
XVII. C19 – Rua Julio Groth, em toda a sua extensão;
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XVIII. C20 – Rua Antônio Pelintro de Lima, trecho compreendido entre as vias Avenida
Chico Mendes e a BR 277, e incluindo trecho projetado, seguindo diretrizes e traçado viário
estabelecidos pela Lei de Sistema Viário;
XIX. C23 – Composta pelas vias Rua João da Silva Rebello, em toda sua extensão, e
Rua Lisboa, até a via Rua Rosário;
XX. C24 – Rua das Codornas, trecho compreendido entre as vias Estrada das Colônias
e a extensão até a via proposta para a Via Arterial A10, seguindo diretrizes e traçado viário
estabelecidos pela Lei de Sistema Viário;
XXI. C26 – no trecho compreendido entre a Praça Fernando Amaro e a via C01;
XXII. C27 – Alameda Coronel Elysio Pereira, trecho compreendido entre as vias
Avenida Roque Vernalha e Rua dos Expedicionários;
XXIII. C28 – Rua Júlia da Costa, em toda a sua extensão;
XXIV. C29 – Composta pelas vias Rua José Gomes, trecho compreendido entre as vias
Rua dos Expedicionários e Rua Gabriel de Lara, e Rua João Eugênio, em toda a sua extensão;
XXV. C30 – Rua Arthur de Souza, trecho compreendido entre as vias Rua dos
Expedicionários e Estrada do Emboguaçu;
XXVI. C31 – Composta pelas vias Ruas Maneco Viana, em toda sua extensão, e Rua
Barão do Rio Branco, em toda a sua extensão;
XXVII. C32 – Rua Manoel Pereira, em toda a sua extensão;
XXVIII. C33 – Rua Conselheiro Correia, em toda a sua extensão;
XXIX. C34 – Avenida Governador Manoel Ribas, trecho compreendido entre as vias
Rua dos Expedicionários e Rua Alfredo Bundant;
XXX. C35 – Rua Claudionor Nascimento, em toda a sua extensão;
XXXI. C36 – Rua José Cadilhe, em toda a sua extensão;
XXXII. C37 – Rua Barão do Amazonas, em toda a sua extensão;
XXXIII. C38 – Rua Xingu, em toda a sua extensão;
XXXIV. C41 – Rua Aníbal Roque, em toda a sua extensão;
XXXV. C43 – Rua Zélia Simeão Oplade e sua extensão até a Via Estrutural E05,
seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos pela Lei de Sistema Viário;
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XXXVI. C44 – Composta pelas vias Rua Germano Crispi Oliveira, Rua Antônio Policarpo
e Rua 02 do Jardim Paranaguá até a Via Estrutural E05;
XXXVII. C45 – Rua Montevideo, trecho compreendido entre as vias Ruas Julio Groth e
Rua Lisboa;
XXXVIII. C50 – Rua Francisco Machado, em toda sua extensão, e Rua Brasílio Itiberê,
em toda a sua extensão. Ver Lei de Sistema Viário;
XXXIX. A08 - PR 407, trecho compreendido entre os entroncamentos da BR 277 e o
Km 5, sendo este ponto o encontro com a Via Estrutural E05;
XXXX. A10 - Avenida Belmiro Sebastião Marques, e sua continuação entre as vias Via
estrutural E05 e a Avenida Curitiba, seguindo diretrizes e traçado viário, estabelecidos pela Lei
de Sistema Viário;
XXXXI. A11 – Rua Domingos Peneda, trecho compreendido entre as vias Rua México e
Rua dos Expedicionários.
Art. 74 No SEA-3 é possível construir até 4 (oito) pavimentos, observados os demais
parâmetros do Anexo I, sem a transferência de potencial construtivo ou aplicação de Outorga
Onerosa do Direito de Construir; com a aplicação desses instrumentos, nos casos cabíveis é
possível construir até 6 (seis) pavimentos, observadas os demais parâmetros do Anexo I.
Parágrafo Único. A aplicação dos instrumentos de Transferência de Potencial
Construtivo e Outorga Onerosa do Direito de Construir será definida em legislação específica,
contendo os procedimentos e as fórmulas de cálculo para troca e compra de potencial,
observados os parâmetros construtivos máximos regulamentados na presente lei.
Art. 75 É possível aplicar os instrumentos citados no artigo anterior apenas nos terrenos
com testada paras vias C02, C03, C05, C06, C07, C26, C28, C30, C31, C32, C33, C34, C35,
A08, A10 e A11.
§ 1º. A aplicação dos instrumentos de Transferência de Potencial Construtivo e Outorga
Onerosa do Direito de Construir nos terrenos com testada para a via A11 será permitida
apenas no trecho compreendido entre as vias A05 e A06,.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 102
§ 2º. Nos terrenos com testada para as vias C20 e C29 não será possível a aplicação
dos instrumentos definidos no artigo anterior, sendo que a construção de 4 (quatro)
pavimentos, nos mesmos terrenos, dependerá de consulta prévia ao Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano.
Art. 76 Além das vias definidas no artigo 73, considera-se dentro do SEA-3 a área
compreendida pelo polígono a seguir descrito:
“Inicia-se no encontro das vias C24 e A12, seguindo por esta a nordeste até
encontrar a via C23, seguindo por esta a sudeste até encontrar a via A10,
seguindo por esta a sul e depois a oeste até encontrar a via C24, seguindo por
esta até encontrar novamente a via A12.”
§ 1º. O mapa contendo a delimitação da área referida no caput desse artigo consta do
Anexo VI da presente lei.
§ 2º.. Para a área definida no caput desse artigo é permitida a construção de até 4
(quatro) pavimentos, observados os demais parâmetros do Anexo I para o SEA-3, sem a
possibilidade de aplicação de Transferência de Potencial Construtivo ou Outorga Onerosa do
Direito de Construir.
Art. 77 Os parâmetros definidos pelo Anexo I desta lei para o Setor Especial de
Adensamento 3 aplicar-se-ão apenas até uma profundidade máxima de 40m (quarenta
metros), contados a partir do alinhamento predial dos terrenos com testada para as vias
definidas nesta Subseção.
SEÇÃO II
DO SETOR ESPECIAL DE RECUO ZERO
Art. 78. O Setor Especial Recuo Zero (SRZ) caracteriza-se por vias que apresentam
edificações construídas sem recuo, encontrando-se em condição consolidada.
Art. 79. São objetivos do Setor Especial Recuo Zero:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 103
I. regularizar as edificações já existentes e que se encontram construídas no
alinhamento predial;
II. incentivar o comércio nas vias nele compreendidas.
Art. 80. Ficam definidas como Setor Especial de Recuo Zero as seguintes vias:
I. Rua Prefeito Roque Vernalha;
II. Rua Maneco Viana;
III. Avenida Coronel Elísio Pereira.
§ 1º. As novas construções, reformas ou ampliações, poderão ter Recuo Zero, desde a
edificação não ultrapasse dois pavimentos e que o pavimento térreo apresente uso
exclusivamente comercial.
§ 2º. Os parâmetros definidos pelo Anexo I desta lei para o Setor Especial Recuo Zero
aplicar-se-ão apenas até uma profundidade máxima de 40m (quarenta metros), contados a
partir do alinhamento predial dos terrenos com testadas para as vias descritas nos incisos I a III
do presente artigo.
SEÇÃO III
DO SETOR ESPECIAL PREFERENCIAL DE PEDESTRES - SPP
Art. 81. O Setor Especial Preferencial de Pedestres (SPP) caracteriza-se por vias de
uso exclusivo de pedestres e, em casos específicos, de uso compartilhado com veículos
autorizados.
Art. 82. São objetivos do Setor Especial Preferencial de Pedestres:
I. otimizar o fluxo de pedestres;
II. assegurar proteção ao deslocamento dos pedestres, reduzindo os conflitos com a
circulação de veículos.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 104
Art. 83. Ficam definidas como Setor Especial Preferencial de Pedestres as seguintes
vias:
I. Rua Hugo Simas, entre as vias Rua XV de Novembro e a Rua Marechal Deodoro
da Fonseca;
II. Rua General Carneiro, entre as vias Rua Princeza Izabel e Rua Presciliano
Correa.
Parágrafo Único. Outras vias de interesse podem ser definidas como Setor Especial
Preferencial de Pedestres mediante prévia aprovação do Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano e através de lei municipal.
SEÇÃO IV
DO SETOR ESPECIAL DE PROTEÇÃO DO SANTUÁRIO DO ROCIO - SSR
Art. 84. O Setor Especial de Proteção do Santuário do Rocio (SSR) caracteriza-se por
compreender a área entre a Igreja Nossa Senhora do Rocio, ao sul, e a Baía de Paranaguá, ao
norte.
Art. 85. São objetivos do Setor Especial de Proteção do Santuário do Rocio:
I. proteção do patrimônio histórico e cultural;
II. proteção paisagística da Baía de Paranaguá.
CAPÍTULO VIII
DOS SETORES QUE INTEGRAM A ZONA DE INTERESSE PATRIMONIAL E
TURÍSTICO - ZIPT
SEÇÃO I
DO SETOR HISTÓRICO - SH
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 105
Art. 86. Define-se como Setor Histórico (SH) a área delimitada e regulamentada em seu
uso e ocupação pelo tombamento estadual, com parâmetros estabelecidos pela Coordenadoria
do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, de acordo com a Lei nº 1.211/53.
Art 87. No Setor Histórico, define-se que:
I. o uso dos imóveis tombados deverá ser compatível com a necessidade de proteção do
conjunto urbanístico e de suas edificações, bem como deverá garantir o bem estar de seus
habitantes e usuários;
II. não serão permitidas atividades que ponham em risco a integridade física da área e de suas
edificações, tais como:
i. depósitos de inflamáveis, explosivos ou fogos de artifícios;
ii. indústrias cujo padrão de emissão seja incompatível com esta área protegida;
iii. atividades cuja natureza requeira a utilização de transportes pesados;
iv. edifícios e pátios de estacionamento de grande porte.
Art 88 Quanto à instalação de Infra-Estrutura Urbana no Setor Histórico, define-se que:
I. A instalação, ampliação, reforma ou recuperação dos sistemas de infra-estrutura
urbana, tais como de energia elétrica, telecomunicações, esgotos sanitários, água
potável, águas pluviais e de transporte e circulação, deverá se dar de forma a garantir a
integridade física e paisagística do Setor Histórico, quer no conjunto urbano, quer em
relação às suas edificações;
II. As redes de distribuição de energia elétrica, de iluminação e de telecomunicações, bem
como seus elementos componentes, deverão estar dispostos de forma a se harmonizar
com a paisagem urbana, respeitando suas características relevantes e a importância
histórica das edificações
III. As redes de distribuição existentes deverão, sempre que possível, ser substituídas por
redes subterrâneas;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 106
IV. A pavimentação de vias e passeios deverá ser executada mediante a utilização de
materiais pétreos, em especial, os tradicionalmente utilizados na cidade.
Parágrafo Único. Os projetos deverão ser submetidos à apreciação e aprovação prévia
da Coordenadoria do Patrimônio Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de
Paranaguá.
Art 89 Quanto à instalação de Mobiliário Urbano no Setor Histórico, define-se que:
I.a instalação, aplicação, reforma ou recuperação de quaisquer mobiliários urbanos, tais
como ponto de transporte coletivo, de táxi, quiosques, bancos, lixeiras, cabines
telefônicas, floreiras, caixas de correio, luminárias e sinalizações verticais,
equipamentos de lazer e outros, deverá se dar de forma a respeitar as características
físicas e paisagísticas do setor, quer do conjunto urbano, quer de suas edificações;
II.o mobiliário urbano não deverá interferir na visibilidade dos bens de interesse histórico
no Setor Histórico tombado.
§ 1º Os projetos deverão ser previamente apreciados e aprovados pela Coordenadoria
do Patrimônio Cultural.
§ 2º Na análise de tais projetos serão considerados: a localização, escalas, proporções,
materiais, cores e comunicação visual.
Art 90 Quanto à implantação de Paisagismo no Setor Histórico, define-se que as
intervenções paisagísticas, nas áreas de domínio público, voltadas à substituição ou
implantação de espécies isoladas ou a instalação de praças e jardins, jardineiras, jardinetes,
passeios, floreiras e outros, deverão se dar de forma a respeitar as características físicas e
paisagísticas do Setor.
Parágrafo Único. Os projetos deverão ser previamente apreciados e aprovados pela
Coordenadoria do Patrimônio Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de
Paranaguá.
Art 91 Quanto ao Sistema Viário no Setor Histórico, define-se que, nessa área não será
permitida a circulação de veículos pesados, com peso total acima de 12t (doze toneladas).
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 107
Art 92 Quanto à instalação de Publicidade ao Ar Livre no Setor Histórico define-se que:
I. a publicidade ao ar livre, veiculada por meio de anúncios com placas e letreiros, afixada em
estabelecimentos comerciais e de serviços, em logradouros públicos, em locais visíveis ou
expostos ao público, em mobiliário urbano ou outros equipamentos, para a indicação de
referência de produtos, de serviços ou de atividades, deverá se harmonizar, pelas suas
dimensões, escala, proporções e cromatismo, com as características do Setor,
compatibilizando-se com a paisagem urbana e garantindo a integridade arquitetônica de suas
edificações;
II. a área para letreiro, anúncio ou placa não poderá ser superior à terça parte do comprimento
de fachada do próprio estabelecimento multiplicada por 1m (um metro);
III. no caso de mais de um estabelecimento em uma mesma edificação, a área destinada à
publicidade deverá ser subdividida proporcionalmente entre todos;
IV. qualquer inscrição direta nos toldos será levada em consideração para efeito de cálculo da
área de publicidade;
V.será permitida a subdivisão do letreiro desde que a soma das áreas não ultrapasse a área
total permitida;
VI.a localização da publicidade nas edificações não poderá ultrapassar o nível do piso do
2º pavimento;
VII.as placas e letreiros perpendiculares à fachada não poderão ultrapassar 60cm
(sessenta centímetros) de balanço, deverão ter como limite superior a verga dos vãos
e permitir uma altura livre de 2.50m (dois metros e cinqüenta centímetros), observada
a distancia mínima de 50cm (cinqüenta centímetros) do meio fio;
VIII.será vedada a publicidade que afete a perspectiva ou deprecie, de qualquer modo, o
aspecto do edifício ou paisagem, vias e logradouros públicos, bem como em calçadas,
em árvores, postes e monumentos;
IX.não será permitida a colocação de publicidade que obstrua porta, janela ou qualquer
abertura destinada à iluminação ou ventilação;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 108
X.não será permitida a publicidade colocada no alto de edifícios e nem colocada ou
pintada diretamente em muros ou paredes frontais ao passeio ou às vias e logradouros
públicos;
XI.não será permitida a utilização de qualquer elemento de vedação de fachada.
Parágrafo Único. A critério da Prefeitura Municipal de Paranaguá e com a aprovação
da Coordenadoria do Patrimônio Cultural, poderá ser admitida publicidade no mobiliário urbano
e equipamento social urbano e a execução de painéis artísticos em muros e paredes.
Art 93 Quanto às Edificações no Setor Histórico define-se que:
I.as edificações existentes ou a serem construídas ou reformadas deverão se harmonizar
com o conjunto urbano, com seu entorno imediato e com os pontos relevantes à paisagem
urbana;
II.os projetos de ampliação, reforma ou construção deverão ser previamente apreciados e
aprovados pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural.
Parágrafo Único. Na análise dos projetos a que se referem os incisos desse artigo,
serão considerados a implantação e a composição volumétrica, as saliências, as reentrâncias,
os detalhes decorativos, os materiais, as cores, as escalas e outros.
Art. 94 Quanto à Proteção das Edificações no Setor Histórico, de acordo com o valor
histórico e/ou arquitetônico, são atribuídos os seguintes Graus de Proteção:
I.Grau de Proteção Um (GP1) - proteção rigorosa, diz respeito aos edifícios com
importância histórica e/ou arquitetônica relevantes para o conjunto urbano, que deverão
ser mantidos integralmente com os aspectos originais de sua concepção sendo
permitidas intervenções que venham a recuperar as suas características originais e
modificações internas e tão somente aquelas destinadas à melhoria de habitabilidade;
II.Grau de Proteção Dois (GP2) - proteção rigorosa, diz respeito aos edifícios com
importância histórica e/ ou arquitetônica relevantes para o conjunto urbano, os
quais sofreram, no decorrer do tempo, alterações de maior significação na
concepção originais, e que, portanto, deverão ser mantidos integralmente com os
aspectos originais remanescentes de sua concepção, sendo permitidas
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 109
intervenções que venham a recuperar suas características originais e
modificações internas exclusivamente para melhoria da habitabilidade;
III.Grau de Proteção Três (GP3) – também denominado de Unidade de Acompanhamento,
diz respeito aos edifícios que necessitam de acompanhamento técnico em caso de
reforma, para garantir que as intervenções mantenham a sua volumetria e assegurem a
sua harmonia com o conjunto urbano;
IV.Grau de Proteção Quatro (GP4) - unidades que poderão ser substituídas
integralmente, obedecendo, para as novas edificações, as normas estabelecidas
nesta lei ou legislação pertinente para o assunto.
Art. 95 A construção de Novas Edificações no Setor Histórico obedecerá às seguintes
disposições:
I.as aberturas nas fachadas frontais deverão corresponder a, no máximo, 2 (dois)
pavimentos;
II.a inclinação máxima da cobertura será de 45% (quarenta e cinco por cento);
III.as edificações deverão ser executadas no alinhamento predial sem recuo, podendo-se
executar afastamento lateral a partir de 5m (cinco metros) contados do alinhamento;
IV.os muros deverão ter altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) e
máxima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), sendo permitidos elementos
vazados de até o máximo de 30% (trinta por cento) de sua superfície;
V.não será admitida a construção de marquises ou de quaisquer elementos construtivos
que avancem além do alinhamento predial, exceção feita para toldos, sendo que estes
não poderão seccionar os vãos;
VI.será autorizada a colocação de toldos somente no pavimento térreo, sendo que: para os
imóveis com GP1 e GP2 os toldos deverão ser retráteis (de recolher) e fixados
imediatamente acima das vergas das bandeiras das portas; e para os imóveis com GP3
e GP4 os toldos poderão ser fixos;
VII.os vãos deverão harmonizar-se com o conjunto, levando em conta o ritmo e as
proporções das edificações existentes nas adjacências;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 110
VIII.não será permitida a utilização de técnicas construtivas que coloquem em risco a
integridade física das edificações lindeiras dos bens de interesse histórico e artístico do
Setor Histórico tombado.
§ 1º. Os toldos poderão se estender até uma distância de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) a contar do alinhamento, devendo permitir altura livre de 2,50 m (dois metros e
cinqüenta centímetros).
§ 2º. No caso de passeios estreitos em ruas de tráfego, a extensão dos toldos será
limitada pela distância livre de 0,50 m (cinqüenta centímetros) do meio fio.
Art. 96 Quanto a Altura Máxima das Edificações no Setor Histórico define-se que:
I.para as edificações situadas na Rua Conselheiro Sinimbu, entre o largo da
Matriz e a Igreja de São Benedito, e na Rua XV de Novembro, entre as Ruas
Fernando Simas e Princesa Izabel, a altura máxima permitida será de 6m (seis metros)
na fachada e de 9m (nove metros) na cumeeira, medidas a partir do nível do terreno no
alinhamento. As aberturas nas fachadas frontais deverão corresponder a, no máximo, 2
(dois) pavimentos;
II.para edificações situadas na Rua XV de Novembro, entre as Ruas Presciliano Correa e
Fernando Simas, e na Rua General Carneiro, entre as Ruas Princesa Izabel e Professor
Cleto, a altura máxima permitida será de 9m (nove metros) na fachada e de 12m (doze
metros) na cumeeira , medidos a partir do nível do terreno no alinhamento e as
aberturas frontais deverão corresponder a, no máximo, 3 (três) pavimentos;
III.para edificações situadas na Rua Visconde de Nácar, entre as Ruas Manoel Bonifácio e
Princesa Isabel; na Rua Princesa Isabel, entre as ruas General Carneiro e Visconde de
Nácar;na rua Benjamim Constant, entre o largo Prof. Acioly e o final da área protegida
pelo Tombamento; na Rua Prof. Cleto, entre a Rua João Estevão (excluídas as
esquinas) e o final da área protegida pelo Tombamento no Largo Íria Corrêa; na Rua
João Régis entre a Rua João Estevão (excluída a esquina) e o Largo Monsenhor Celso;
na Rua Faria Sobrinho, entre a Rua João Régis e o final da área protegida pelo
Tombamento; na Rua Pêcego Júnior, entre a Rua João Régis e o final da área
protegida pelo Tombamento; no Largo Íria Corrêa, entre a Rua Prof. Cleto e o final da
área protegida pelo Tombamento; na Travessa Itiberê de Lima, entre a Conselheiro
Sinimbu e o final da área protegida pelo tombamento; e na rua Mestre Leopoldino, nos
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limites da área protegida pelo tombamento, a altura máxima permitida será de 6m (seis
metros) na fachada, medidos a partir do nível do terreno no alinhamento;
IV.para edificações situadas na Rua Visconde de Nácar, entre a Rua XV de Novembro e o
final da área protegida pelo tombamento, e na Rua João Estevão, entre as Ruas Prof.
Cleto e João Régis, incluindo as esquinas, a altura máxima permitida será de 9m (nove
metros) na fachada e de 12m (doze metros) na cumeeira, medidos a partir do nível do
terreno no alinhamento e as aberturas frontais deverão corresponder a, no máximo, 3
(três) pavimentos.
SEÇÃO II
DO SETOR DA ÁREA ENVOLTÓRIA - SAE
Art. 97 Define-se como Setor da Área Envoltória (SAE) a área definida e regulamentada
no seu uso e ocupação pelos parâmetros estabelecidos pela Coordenadoria do Patrimônio
Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, de acordo com a Lei nº 1.211/53, tendo como
função específica proteger a visibilidade dos bens tombados na cidade.
Art 98 Quanto ao Uso e Ocupação do Solo no Setor da Área Envoltória do define-se
que:
I.o uso dos imóveis no interior do Setor da Área Envoltória deverá ser compatível com a
necessidade de proteção do conjunto urbanístico e das edificações;
II.não serão permitidas atividades que coloquem em risco a integridade física da área e
de suas edificações, tais como: depósito de inflamáveis, explosivos ou fogos de artifício,
industrias com padrão de incompatível com a área tombada, atividades que requeiram a
utilização de veículos pesados ou edifícios e pátios de estacionamento de grande porte.
Art 99 Quanto à instalação de Infra-Estrutura Urbana no Setor da Área Envoltória
define-se que:
I. a instalação, ampliação, reforma ou recuperação dos sistemas de infra-estrutura
urbana, tais como de energia elétrica, telecomunicações, esgoto sanitário, água potável,
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águas pluviais e de transporte e circulação, deverão se dar de forma a garantir a
integridade física e paisagística do Setor da Área Envoltória;
II. as redes de distribuição de energia elétrica, iluminação e telecomunicações, bem como
seus elementos componentes, deverão estar dispostos de maneira a se harmonizarem
com a paisagem urbana;
III. a pavimentação deverá ser executada com material pétreo, preferentemente os
tradicionais utilizados na pavimentação existente na área.
§ 1º. As redes de distribuição de energia elétrica, iluminação e telecomunicações
existentes deverão, sempre que possível, serem substituídas por redes subterrâneas.
§ 2º. Os projetos deverão ser submetidos à apreciação da Coordenadoria do Patrimônio
Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de Paranaguá.
Art 100 Quanto à instalação de Mobiliário Urbano no Setor da Área Envoltória define-se
que a instalação, ampliação, reforma ou recuperação de qualquer mobiliário urbano deverá
respeitar as características físicas e paisagísticas quer do conjunto urbano, quer de suas
edificações.
§ 1º. Os projetos deverão ser submetidos à apreciação da Coordenadoria do Patrimônio
Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de Paranaguá.
§ 2º. Na análise dos projetos serão considerados:
I. localização;
II. escalas;
III. materiais;
IV. cores;
V. comunicação visual.
Art 101 Quanto à implantação de Paisagismo no Setor da Área Envoltória, define-se
que as intervenções paisagísticas na área de domínio público, voltadas à implantação ou
substituição de espécies isoladas, ou à instalação, substituição, reforma ou ampliação de
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 113
praças, jardins, jardineiras, jardinetes, floreiras e outros, deverão respeitar as características
físicas e paisagísticas do entorno.
Parágrafo Único. Os projetos de paisagismo deverão ser submetidos à apreciação da
Coordenadoria do Patrimônio Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de
Paranaguá.
Art 102 Quanto ao Sistema Viário no Setor da Área Envoltória, define-se que:
I.o sistema viário deverá garantir a fluidez na circulação de pessoas e bens, integrando-
se ao sistema viário e de circulação de toda a cidade e seus padrões de operação
deverão ser especificados de forma a garantir a integridade física do SAE;
II.não será permitida a circulação de veículos pesados, com peso total acima de 12 (doze)
toneladas.
Art 103 Quanto à instalação de Publicidade ao Ar Livre no Setor da Área Envoltória
define-se que:
I. a publicidade ao ar livre, veiculada por meios de anúncios com placas e letreiros, afixadas em
estabelecimentos comerciais e de serviços, em logradouros públicos, em locais visíveis ou
expostos ao público, em mobiliário urbano ou outros equipamentos, para a indicação de
referência de produtos, de serviços ou de atividades, deverá se harmonizar, pelas suas
dimensões, escala, proporções e cromatismo, com as características do Setor Histórico,
compatibilizando-se com a paisagem urbana e garantindo a integridade arquitetônica de suas
edificações;
II. a área para letreiro, anúncio ou placa não poderá ser superior a terça parte do comprimento
de fachada do próprio estabelecimento multiplicada por 1m (um metro);
III. no caso de mais de um estabelecimento em uma mesma edificação, a área destinada à
publicidade deverá ser subdividida proporcionalmente entre todos;
IV. qualquer inscrição direta nos toldos será levada em consideração para efeito de cálculo da
área de publicidade;
V. será permitida a subdivisão do letreiro desde que a soma das áreas não ultrapasse a área
total permitida;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 114
VI. a localização da publicidade nas edificações não poderá ultrapassar o nível do piso do
2º pavimento;
VII. as placas e letreiros perpendiculares à fachada não poderão ultrapassar 60cm
(sessenta centímetros) de balanço, deverão ter como limite superior a verga dos vãos
e permitir uma altura livre de 2.50m (dois metros e cinqüenta centímetros), observada
a distancia mínima de 50cm (cinqüenta centímetros) do meio fio;
VIII. será vedada a publicidade que afete a perspectiva ou deprecie, de qualquer modo, o
aspecto do edifício ou paisagem, vias e logradouros públicos, bem como em calçadas,
em árvores, postes e monumentos;
IX. não será permitida a colocação de publicidade que obstrua porta, janela ou qualquer
abertura destinada à iluminação ou ventilação;
X. não será permitida a publicidade colocada no alto de edifícios e nem colocada ou
pintada diretamente em muros ou paredes frontais ao passeio ou às vias e logradouros
públicos;
XI.não será permitida a utilização de elemento de vedação de fachada.
Parágrafo Único. A critério da Prefeitura Municipal de Paranaguá e com aprovação da
Coordenadoria do Patrimônio Cultural, poderá ser admitida publicidade no mobiliário urbano e
equipamento social e urbano e a execução de painéis artístico em muros e paredes .
Art 104 Quanto às Edificações no Setor da Área Envoltória define-se que:
I.As edificações deverão se harmonizar com o conjunto urbano, com seu entorno
imediato e com os pontos relevantes à paisagem urbana;
II.A altura máxima permitida para as edificações será de 10m (dez metros) na fachada e
de 13m (treze metros) na cumeeira, medidos a partir do nível do terreno no
alinhamento;
III.As coberturas deverão ser de telhados cerâmicos com inclinação máxima de 45%
(quarenta e cinco por cento);
IV.As edificações deverão ser executadas no alinhamento predial sem recuo, podendo
existir afastamento lateral a partir de 5m (cinco metros) desde o alinhamento;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 115
V.Os muros deverão ter altura máxima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), sendo
permitidos elementos vazados de até o máximo de 30% (trinta por cento) de sua
superfície;
VI.não será admitida a construção de marquises ou de quaisquer elementos construtivos
que avancem além do alinhamento predial, exceção feita para toldos, sendo que estes
não poderão seccionar os vãos;
VII.os vãos deverão harmonizar-se com o conjunto, levando em conta o ritmo e as
proporções das edificações existentes nas adjacências;
VIII.não será permitida a utilização de técnicas construtivas que coloquem em risco a
integridade física das edificações do entorno;
IX.Os toldos poderão ser fixos, se estendendo até a distância máxima de 1,20m (um metro
e vinte centímetros) a partir do alinhamento predial, devendo permitir uma altura livre de
2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), e, para o caso de passeios estreitos, a
extensão dos toldos será limitada pela distância livre de 50cm (cinqüenta centímetros)
do meio-fio, devendo permitir uma altura livre de 2,50 (dois metros e cinqüenta
centímetros).
§ 1º. Os projetos deverão ser submetidos à apreciação da Coordenadoria do Patrimônio
Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de Paranaguá.
§ 2º. Na análise dos projetos serão considerados a implantação e a composição de
elementos arquitetônicos, tais como:
I.fachadas;
II.vãos;
III.cobertura;
IV.volumetria;
V.saliências e reentrâncias;
VI.detalhes decorativos;
VII.materiais;
VIII.cores;
IX.escalas.
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SEÇÃO III
DO SETOR DE PROTEÇÃO - SP
Art. 105. Define-se como Setor de Proteção (SP) a área caracterizada na Lei
Complementar Municipal 37/2005 mantidas as regulamentações que não conflitem com a
presente Lei.
Art. 106. São objetivos do Setor Proteção:
I. servir de espaço de transição entre a área tombada e a área urbana, integrando-as de
modo harmônico
II. proteção do patrimônio histórico e cultural;
III. valorização da paisagem urbana do Setor Histórico.
Art. 107 Os parâmetros de Uso e Ocupação para esta área encontram-se detalhados
nos Anexos I e II.
CAPÍTULO IX
DOS BENS TOMBADOS INDIVIDUALMENTE E DAS UNIDADES
DE INTERESSE DE PRESERVAÇÃO
SEÇÃO I
DOS BENS TOMBADOS INDIVIDUALMENTE
Art. 108 Atendendo ao disposto no artigo 15 da Lei Estadual nº 1.211/53, que tem por
objetivo proteger a ambiência dos bens tombados individualmente, são estabelecidas, nesta
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 117
Seção, normas que orientam reformas e novas construções no entorno dos bens tombados no
Município de Paranaguá.
Parágrafo Único. Cada bem tombado possui uma área de proteção imediata, onde as
intervenções devem ser executadas de forma a manter sua integridade e proteger sua
visibilidade.
Art 109 São Bens (móveis e imóveis) Tombados Individualmente no Município de
Paranaguá, nas instâncias Estadual (E) e Federal (F):
I. Antiga Alfândega de Paranaguá; (E)
II. Antigo Colégio dos Jesuítas; (E), (F)
III. Casa Elfrida Lobo; (E)
IV. Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso; (E)
V. Casa sita à Praça Monsenhor Celso, 106; (E)
VI. Crucifixo Professional; (E)
VII. Estação Ferroviária de Paranaguá; (E)
VIII. Fonte Velha; (E)
IX. Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres; (E), (F)
X. Igreja da Irmandade de São Benedito; (E), (F)
XI. Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Chagas; (E), (F)
XII. Igreja de Nossa Senhora do Santíssimo (Matriz de Paranaguá); (E)
XIII. Ilha do Mel; (E)
XIV. Imagem – Nossa Senhora da Candelária; (E)
XV. Imagem – Nossa Senhora do Rosário; (E)
XVI. Imagem – Santa Efigênia; (E)
XVII. Imagem – Santa Luzia; (E)
XVIII. Imagem – São Benedito; (E)
XIX. Instituto de Educação “Dr. Caetano Munhoz da Rocha”; (E)
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XX. Jazigo da Família Correia; (E)
XXI. Originais da obra: “Memória Histórica da Cidade”; (E)
XXII. Prédio da Prefeitura Municipal – Antigo Palácio Visconde de Nácar; (E)
XXIII. Serra do Mar – Porção em território do Município. (E)
Art. 110 A Área de Proteção da Fonte Velha possui as seguintes características:
I.Área de Proteção Imediata – constituída pela área da Praça da Fonte da Gamboa e
delimitada ao norte pela Alameda Coronel Elysio Pereira desde 70m (setenta metros); a
oeste até 20m (vinte metros), a leste pela Rua Padre Albino; e a sul e sudeste pela Rua
João Estevão;
II.Área Não Edificável – delimitada pela área da Praça da Fonte da Gamboa;
III.Área Edificável – delimitada pelas demais áreas da Área de Proteção Imediata, onde a
altura máxima permitida para as edificações é de 6m (seis metros) na fachada e 9m
(nove metros) na cumeeira, medidos a partir do nível do terreno no alinhamento; e as
aberturas nas fachadas frontais deverão corresponder a, no máximo, 2 (dois)
pavimentos.
Art. 111 A Área de Proteção do Instituto de Educação de Paranaguá, “Dr. Caetano
Munhoz da Rocha”, possui as seguintes características:
I.Área de Proteção Imediata – constituída pela quadra do terreno da edificação do
Instituto de Educação, bem como pelo lote lateral de esquina das vias Rua João
Eugênio e Rua Comendador Correia Júnior, de frente para a Praça da Marinha do
Brasil;
II.Área Não Edificável – delimitada pelo terreno da edificação do Instituto de Educação,
sendo que a alteração dos anexos já existentes deve ser analisada pela Coordenadoria
do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura;
III.Área Edificável – para as demais áreas, os parâmetros para novas edificações são os
estabelecidos pelo Anexo I da presente lei, de acordo com a zona em que se
encontram; para os lotes lindeiros ao edifício tombado e o lote da esquina das vias Rua
João Eugênio e Rua Comendador Correia Junior, os recuos frontais serão de 17m
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 119
(dezessete metros) na Rua João Eugênio e de 11m (onze metros) na Rua Comendador
Correia Junior.
Art. 112 A Área de Proteção da Estação Ferroviária de Paranaguá possui as seguintes
características:
I.Área de Proteção Imediata – compreendida pelos lotes frontais ao terreno da Estação
Ferroviária na Praça da Marinha do Brasil, entre a Praça Fernando Amaro e a Rua
João Eugênio, e pelo terreno onde está contida a edificação da Estação Ferroviária,
compreendido entre as vias Rua Rodrigues Alves, Rua João Eugênio e a Praça da
Marinha do Brasil, até a divisa na parte posterior do referido lote;
II.Para os lotes frontais à Praça da Marinha do Brasil a altura máxima permitida é de 13m
(treze metros) atendidos os parâmetros construtivos estabelecidos por esta lei, de
acordo com o Anexo I;
III.Para o lote da Estação:
a) Área não Edificável – delimitada lateralmente pela plataforma de
embarque e desembarque e profundidade equivalente ao fundo do lote;
b) Área Edificável – área remanescente nas laterais posteriores ao trilho de
trem do referido lote, sendo que a altura máxima permitida deve equivaler a altura
do edifício da Estação Ferroviária.
SEÇÃO II
DAS UNIDADES DE INTERESSE DE PRESERVAÇÃO
Art 113 Fica instituída a Unidade de Interesse de Preservação, constituída por
edificações que, de alguma forma, apresentam interesse histórico, patrimonial e arquitetônico
significativos para a manutenção da memória do Município de Paranaguá.
§ 1º. É considerado como Unidade de Interesse de Preservação todo imóvel edificado
até o final da década de 1940 (mil, novecentos e quarenta), situado nas áreas delimitadas
como Setor Histórico e Setor da Área Envoltória.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 120
§ 2º. Mediante decreto, novas edificações poderão se tornar Unidade de Interesse de
Preservação, desde que incluídas nas instâncias estéticas e/ou históricas, independente da
zona em que estiverem localizadas.
Art. 114 Cada Unidade de Interesse de Preservação deverá receber tratamento
específico, visando adequá-la à vizinhança mais imediata.
Art 115 As Unidades de Interesse de Preservação não poderão ser demolidas ou sofrer
qualquer tipo de alteração física sem que seja consultado o Conselho de Defesa e Preservação
do Patrimônio Histórico de Paranaguá (CONDEPH).
§ 1º. As solicitações de demolição serão analisadas pelo Conselho de Defesa e
Preservação do Patrimônio Histórico de Paranaguá (CONDEPH), acompanhado do projeto de
substituição do referido imóvel que considerará as qualidades históricas ou estéticas do edifício
antigo, sua presença enquanto componente de um conjunto de edifícios históricos e se a
substituição proposta é compatível com seu entorno imediato e as necessidades da
comunidade.
§ 2º. As Unidades de Interesse de Preservação não estarão sujeitas aos parâmetros
estabelecidos para o uso e ocupação da zona ou setor onde se inserem.
§ 3º. O não cumprimento dos termos expostos neste artigo implicará a aplicação de
multa, cujo valor será definido em decreto específico, penalidade que será imposta com estrita
observância do procedimento de infrações regulamentado no Código de Obras e Edificações
do Município.
CAPÍTULO X
DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU
UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS
Art. 116. O parcelamento, a edificação e a utilização compulsória do solo urbano visam
garantir o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, por meio da indução da
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 121
ocupação de áreas vazias, subutilizadas ou não utilizadas, de acordo com as disposições da
Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá.
Art. 117. O Poder Público Municipal, nos termos de lei específica, exigirá do proprietário
do imóvel urbano não edificado, subutilizado, utilizado inadequadamente ou não utilizado, que
promova seu adequado aproveitamento, sob pena de aplicação de IPTU progressivo no tempo
e desapropriação com títulos da dívida pública, nos termos da Lei do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado e das disposições contidas nos Artigos 5º e 6º da Lei federal nº
10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
Art. 118. O parcelamento, a edificação e a utilização compulsória, bem como o IPTU
progressivo no tempo e a desapropriação com títulos da dívida pública, poderão ser aplicados
pelo Poder Executivo, com base em lei específica, nas seguintes Zonas definidas na presente
lei e nos seus anexos:
I - Zona de Requalificação Urbana;
II - Zona de Interesse Portuário;
III - Zona de Interesse Patrimonial e Turístico;
IV – Zona de Consolidação e Qualificação Urbana 1;
V - Setores Especiais, quando for o caso.
CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 119. Todas as atividades a serem desenvolvidas no Município devem ocorrer sem
riscos de causar poluição sonora e visual, poluição do ar, da água, do solo e do subsolo.
Parágrafo Único. Considera-se poluição, para os efeitos desta Lei, a presença, o
lançamento e a liberação de toda e qualquer forma de matéria ou energia, capaz de tomar ou
vir a tomar as águas, o ar, o solo e o subsolo:
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I. impróprios, nocivos ou ofensivos à saúde;
II. inconvenientes ao bem estar público;
III. danosos à fauna e à flora;
IV. prejudiciais à segurança, ao uso e ao gozo da propriedade, e às atividades normais
da comunidade.
Art. 120. Compete ao Executivo Municipal o enquadramento de cada atividade
econômica nos usos e portes descritos no Anexo II desta Lei, autorizando ou não o seu
funcionamento, de acordo com os usos admitidos nas Zonas em que se insere.
Art. 121. Nos Setores Especiais sem rede de esgotamento sanitário, quando for
utilizado o Índice de Aproveitamento maior que 1,0 (um), a solução final do esgotamento não
poderá ser a de fossa ou sumidouro.
Art. 122. A implantação das atividades em áreas de influência de monumentos,
edificações, sítios ou parques tombados pelo patrimônio histórico federal, estadual ou
municipal deverá observar as disposições legais pertinentes.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 123. A ocupação de terrenos ou glebas, situados em duas ou mais zonas, desde
que o uso seja adequado às zonas nas quais incidir, observará as exigências da legislação em
vigor definidas para a zona de maior percentagem de inserção da gleba.
Art. 124. Quando um empreendimento se destinar ao funcionamento de várias
atividades, sua implantação será admitida se atender cumulativamente às seguintes condições:
I. todas as atividades deverão ser adequadas à zona;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 123
II. todas as atividades deverão ser adequadas à via ou setor;
III. os indicadores urbanos, as normas e restrições que incidirão sobre o
empreendimento são os relativos à atividade com maiores exigências.
Parágrafo Único - O enquadramento do empreendimento no subgrupo de uso será
relativo à atividade que maior impacto causar ao meio urbano.
Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando todas as
disposições em contrário.
Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.
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ANEXO I - TABELAS DE PARÂMETROS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
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ZUS
ZUS (Zona de Uso Sustentável)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilida
de Mínima (%)
Afastamento
Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Predominantes
Recuperação de áreas degradadas; Recomposição florística com espécies nativas; Pesquisa Científica (1); Atividades de educação ambiental (1); Atividades de Ecoturismo (1); Manejo Sustentado da Biota (2)
(1) (1) 3% (4) 2 (3) 90 (3) 20000/10
0 (5)
Possíveis
Habitação Unifamiliar; Fruticultura sem uso de agrotóxicos e biocidas; Apicultura; Psicultura; Outras atividades que permitam o manejo moderado e auto sustentado da biota (2); Pousadas, camping, clubes, campos desportivos; Outros serviços ligados ao Turismo e Lazer
Observações:
(1) Mediante licença prévia do IAP e demais órgãos competentes.
(2) Conforme Plano próprio de Manejo aprovado pelo IAP e demais órgãos competentes.
(3) Conforme orientação do IAP e demais órgãos competentes.
(4) Construções com no máximo 600m² (seissentos metros quadrados), mediante licença prévia do IAP e demais órgãos competentes.
(5) De acordo com legislação federal e orientação e normas do INCRA. (Observação Geral) Proibidos todos os usos que por suas características comprometam a conservação do meio ambiente.
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ZA
ZA (Zona Agrosilvopastoril)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação
Máxima (%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Predominantes
Atividades agrícolas (1); Atividades de Turismo e Lazer; Plantação de mudas
(3) (3) 5% 2 (3) 90% (3) 20000/10
0 (4)
Possíveis
Indústria de beneficiamento mineral; Indústria de beneficiamento vegetal; Habitação unifamiliar (2)
Observações: (1) A implantação das atividades agrosilvopastoris existentes, e a implantação de novas, deverão seguir a orientação de Plano próprio de Manejo, adotando práticas de conservação do solo e manejo adequados.
(2) Permitida uma habitação complementar por lote, respeitada a taxa de ocupação.
(3) Conforme orientação do IAP e demais órgãos competentes.
(4) De acordo com legislação federal e orientação e normas do INCRA.
(Observação Geral) Proibidos todos os usos que por suas características comprometam a conservação do meio ambiente.
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ZPI
ZPI (Zona de Proteção Integral)
Usos
Ocupação
Porte
Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Predominantes
Recomposição florística com espécies nativas; recuperação de áreas degradadas; reciclagem do uso atual para outras atividades que possam garantir a qualidade ambiental.
(2) 20000/10
0 (3)
Possíveis
Equipamentos de lazer, recreação e cultura, conforme plano próprio de manejo (1)
Observações:
(1) Mediante licença prévia do IAP, conforme RAP (Relatório Ambiental Prévio)
(2) No caso de projetos especiais de apoio às atividades, a definição de parâmetros fica a cargo do IAP.
(3) De acordo com legislação federal e orientação e normas do INCRA.
(Observação Geral) Proibidos todos os usos que por suas características comprometam a conservação do meio ambiente.
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CCS
CCS (Corredor de Comércio e Serviços)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Predominantes
Estações de apoio a motoristas e caminhoneiros (1) (2)
(1) (2) 20000/100
(2)
Possíveis
Postos de combustível (1) (2); Quiosques de venda de artesanato e produtos regionais (1) (2)
Observações:
(1) A critério do DER/DNIT.
(2) De acordo com legislação federal e orientação e normas do INCRA.
(Observação Geral) Proibidos todos os usos que por suas características comprometam a conservação do meio ambiente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 129
ZRU
ZRU (Zona de Requalificação Urbana)
Usos
Ocupação
Porte Coef.
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade Mínima
(%)
Afastamento
Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina (testada /
área)
Permitidos
Habitação Unifamiliar
- 1
Subsolo, térreo e
1º pavimento = 75% Demais Pav. = 50%
2 3 (2) 20% Facultativ
o (3) 10/300
15/450 (5)
Habitação Coletiva, Comunitário 1, Comunitário 2,
Comércio e Serviço Vicinal, Comércio e Serviço de Bairro,
Comércio e Serviço Setorial, Indústria
Caseira (1)
pequeno e médio
porte 2 2 (4) 3 (2) 20%
Facultativo (3)
10/300 15/450
(5)
Permissíveis
Habitação de Uso Institucional, Habitação Transitória,
Comércio e serviço Geral, Comércio e Serviço Transitório,
Indústria 1
pequeno e médio
porte 2 2 (4) 5 20%
Facultativo (3)
15/450 15/450
(5)
Observações: (1) Uso Conjugado ao uso residencial
(2) Para os setores de adensamento e/ou Recuo Zero, observar parâmetros específicos.
(3) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).
(4) Verificar tabela de parâmetros construtivos para os setores especiais. (5) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 130
ZCQ1
ZCQ 1 (Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Um)
Usos
Ocupação
Porte Coef.
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabi
lidade Mínima
(%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina (testada /
área)
Permitidos
Habitação Unifamiliar
-
1
60
2
5 (2) (5) 20%
Facultativo (3)
10/300 15/450
(6)
Habitação Coletiva,
Comunitário 1, Comunitário 2,
Comércio e Serviço Vicinal,
Comércio e Serviço de
Bairro, Comércio e
Serviço Setorial, Indústria
Caseira (1)
1,5 2 (4) Facultativo
(3) 10/300
15/600 (6)
Permissíveis
Habitação de Uso
Institucional, Habitação Transitória, Comércio e
serviço Geral, Comércio e
Serviço Transitório, Indústria 1
pequeno, médio e médio-grande porte
2 2 (4) Facultativo
(3) 15/450
15/450 (6)
Observações: (1) Uso Conjugado ao uso residencial.
(2) Para os Setores Especiais de Adensamento e/ou Recuo Zero, observar parâmetros específicos.
(3) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).
(4) Verificar tabela de parâmetros construtivos para os setores especiais. (5) Permissível recuo de 3m (três metros) quando:
a) terreno de meio de quadra com testada inferior a 10m (dez metros) ou área inferior a 300m² (trezentos metros quadrados), já existente. b) terreno de esquina com testada inferior que 15m (quinze metros) ou área inferior a 450m² (quatrocentos e cinquenta metros quadrados), já existente.
c) Em caso de ZEIS. (6) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimebnto Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 131
ZCQ2
ZCQ 2 (Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Dois)
Usos
Ocupação
Porte Coef.
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabi
lidade Mínima
(%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina
(testada / área)
Permitidos
Habitação Unifamiliar
-
1 75 2 3 20% Facultativo
(3) 10/250
15/250 (5)
Habitação Coletiva 2 75 2 (4) 5 20% Facultativo
(3) 10/300
15/360 (5)
Comunitário 1, Comunitário 2,
Comércio e Serviço Vicinal, Comércio e Serviço de Bairro, Indústria Caseira
(1)
pequeno e médio
porte 1 60 2 (4) 3 20%
Facultativo (3)
10/300 15/350
(5)
Permissíveis
Habitação de Uso Institucional, Habitação Transitória,
Comércio e serviço Geral, Comércio e serviço Setorial,
Comércio e Serviço Transitório, Indústria 1
pequeno e médio
porte 2 60 2 (4) 5 20%
Facultativo (3)
15/600 15/600
(5)
Observações: (1) Uso Conjugado ao uso
residencial. (2) Para os Setores Especiais de Adensamento e/ou Recuo Zero, observar
parâmetros específicos. (3) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e
cinquenta centímetros). (4) Verificar tabela de parâmetros construtivos para os setores
especiais. (5) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da
publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 132
ZCQ3
ZCQ 3 (Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Três)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo (testada / área)
Lote Esquina (testada / área)
Permitidos
Habitação Unifamiliar
-
1 75 2 3 20% Facultativo
(2) 10 x 250
15/250 (4)
Habitação Coletiva
2 60 2 (3) 5 20% Facultativo
(2) 10/300
15/300 (4)
Comunitário 1, Comunitário 2,
Comércio e Serviço Vicinal,
Comércio e Serviço de
Bairro, Indústria
Caseira (1)
pequeno e médio
porte 1 60 2 (3) 3 20%
Facultativo (2)
10/300 15/300
(4)
Permissíveis
Habitação de Uso
Institucional, Habitação Transitória
pequeno e médio
porte 2 60 2 (3) 5 20%
Facultativo (2)
15/450 15/450
(4)
Observações: (1) Uso Conjugado ao uso
residencial. (2) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e
cinquenta centímetros). (3) Verificar tabela de parâmetros construtivos para os
setores especiais. (4) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da
publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 133
ZCEU1
ZCEU 1 (Zona de Consolidação e Expansão Urbana Um)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo (testada / área)
Lote Esquina (testada / área)
Permitidos
Habitação Unifamiliar
-
1 75 2 3 20% Facultativo
(2) 10/250
15/250 (3)
Habitação Coletiva
3 75 4 5 20%
Até 2 pav. = Facultativo (2) Acima de 2 pav.
10 x 300
15/300 (3)
Comunitário 1, Comunitário 2,
Comércio e Serviço Vicinal,
Comércio e Serviço de
Bairro, Indústria
Caseira (1)
1 75 2 3 20% Facultativo
(2) 10 x 300
15/300 (3)
Permissíveis
Habitação de Uso
Institucional, Habitação Transitória
pequeno e médio
1 60 3 5 30%
Facultativo (2) Acima
de 2 pav. = 2
15 x 450
15/450 (3)
Observações: (1) Uso Conjugado ao uso
residencial. (2) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e
cinquenta centímetros). (3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da
publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 134
ZCEU2
ZCEU 2 (Zona de Consolidação e Expansão Urbana Dois)
Usos
Ocupação
Porte Coef.
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabi
lidade Mínima
(%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina
(testada / área)
Permitidos
Habitação Unifamiliar
-
1 75 2 5 25% Facultativo
(2) 12/360 15/450 (3)
Habitação Coletiva
2 60 3 5 30%
Até 2 pav. =
Facultativo (2) 3º pav =
2
15/600 15/600 (3)
Comunitário 1, Comunitário 2,
Comércio e Serviço Vicinal,
Comércio e Serviço de
Bairro, Indústria
Caseira (1)
pequeno e médio
porte 1.5 60 2 3 30%
Facultativo (2)
15/450 15/450 (3)
Permissíveis
Habitação de Uso
Institucional, Habitação Transitória
pequeno e médio
porte 1.5 60 3 5 30%
Até 2 pav. =
Facultativo (2) 3º pav =
2
15/450 15/450 (3)
Comunitário 3, Indústria 1, Indústria 2, Comércio e
Serviço Setorial,
Comércio e Serviço Geral
pequeno, médio e médio-grande porte
1 60 2 5 30% 5 15/600 15/600 (3)
Observações: (1) Uso Conjugado ao uso residencial.
(2) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).
(3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 135
ZIP
ZIP (Zona de Interesse Portuário)
Usos
Ocupação
Porte Coef.
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabi
lidade Mínima
(%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Permitidos
Indústrias 1, 2 e 3, Comércio e Serviço Geral, Comércio e Serviço Específico, Comércio e Serviço
Setorial
(3)
1 50 _ 10 (2) 20% 5 20/600
(4)
Permissíveis
Industria Caseira (1), Comércio e Serviço Vicinal, Comércio e Serviço de Bairro
médio, médio-
grande e grande
Observações: (1) Somente em edificações
residenciais já existentes. (2) Em terrenos com testada para vias estruturais, recuo minimo de alinhamento predial de 15m (quinze metros).
(3) Definido através de avaliação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. (4) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 136
ZIEP
ZIEP (Zona de Interesse para Expansão Portuária)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Permitidos
Indústrias 1, 2 e 3, Comércio e Serviço Geral,
Comércio e Serviço
Específico, Comércio e
Serviço Setorial
médio, médio-grande
e grande
1 50 _ 10 (2) 25% 5 25/2000
(3)
Permissíveis
Indústria Caseira (1), Comércio e Serviço Vicinal,
Comércio e Serviço de
Bairro
Observações: (1) Somente em edificações residenciais já existentes (2) Em terrenos com testada para vias estruturais, recuo minimo de alinhamento predial de 15m (quinze metros).
(3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima desde, que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 137
ZDE
ZDE (Zona de Desenvolvimento Econômico)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabili
dade Mínima
(%)
Afastamento
Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Permitidos
Indústrias 2, 3 e 4, Comércio e Serviço Geral, Comércio e Serviço Específico
(3)
1 50 _ 10 (2) 30% 5 20/600
(4)
Permissíveis
Indústria Caseira (1), Indústria 1, Comércio e
Serviço Vicinal, Comércio e serviço de
Bairro, Comércio e Serviço Setorial,
Comunitário 2 e 3
médio, médio-
grande e grande
Observações: (1) Somente em edificações residenciais já
existentes. (2) Em terrenos com testada para vias estruturais, recuo minimo de alinhamento predial de 15m (quinze metros).
(3) Definido através de avaliação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. (4) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 138
ZIPT
ZIPT (Zona de Interesse Patrimonial e Turístico)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recuo Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo (testada / área)
Permitidos
De acordo com o texto da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo para os Setores SH, SAE e SP.
Permissíveis
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 139
ZOD
ZOD (Zona de Ocupação Dirigida)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabili
dade Mínima
(%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Permitidos
Uso Agropecuário (2)
Habitação Unifamiliar
Pequeno e médio
porte 0,2 0,2 2 5 60% 5
20/2000 (3)
Permissíveis
Habitação Transitória,
Comunitário 1, 2 e 3, Comércio e Serviço
Vicinal, Indústria Caseira (1)
Pequeno e médio
porte 0,2 0,2 2 5 60% 5
20/2000 (3)
Observações: (1) Uso Conjugado ao uso
residencial. (2) Serão permitidas apenas edificações de apoio à atividade e estas ficam sujeitas à fiscalização
do Município. (3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data
da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 140
ZRA 1 E 2
ZRA-1 e ZRA-2 (Zona de Recuperação Ambiental Um e Dois)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabili
dade Mínima
(%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Permitidos
Recomposição Florística com espécies nativas, Recuperação de Áreas Degradadas, Esportes aquáticos e veículos náuticos (1), Pesca desportiva (2), parques públicos (3), Pesquisa Científica, atividades ligadas à educação ambiental.
pequeno e médio
porte
0,2 0,2 2 8 60% 5 20 / 2000
(5)
Permissíveis Habitação Unifamiliar (4)
Pequeno e médio
porte (até 400m²)
Observações:
(1) Proibida a utilização de motores à combustão.
(2) Apenas com uso de caniço e linha de mão.
(3) As áreas de acesso público deverão estar providas de infra-estrutura sanitária adequada, sujeitas ao licenciamento ambiental.
(4) Uma unidade habitacional por lote. (5) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 141
ZRO
ZRO (Zona de Restrição á Ocupação)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial (m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo (testada /
área)
Permitidos
(2) 0,3 (1) (2)
Permissíveis
Observações: (1) Unicamente para fins de Transferência de Potencial Construtivo para os Setores Especiais de Adensamento I, II e III, de acordo com a presente lei.
(2) De acordo com o Plano de Manejo específico existente ou a ser desenvolvido para cada área.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 142
ZIE
ZIE (Zona Urbanizada de Interesse Especial - Ilha dos Valadares)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Permitidos
De acordo com Plano Específico a ser desenvolvido para a área, de acordo com as diretrizes e objetivos apresentados na Lei do Plano Diretor e na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
Permissíveis
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 143
SEA1
SEA1 (Setor Especial Adensamento 1)
Usos
Ocupação
Porte Coef. Aprov. Mínimo
Coef. Aprov. Básico
Coef. Aprov.
Máximo
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade Mínima
(%)
Afastamento
Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina (testada/
área)
Permitidos
(1) Habitação Coletiva,
Comércio e Serviço setorial,
Habitação Transitória.
Médio-grande porte e grande porte
1 4 6 (3) 8 (4) 5 (3) (5) (6) (7) 20/800
(8) 25/1000
(8)
Permissíveis
(2) Comunitário 1, Comunitário 2,
Comércio e Serviço de
Bairro, Comércio e
Serviço Geral, Comércio e
Serviço Específico.
Médio-grande porte e grande porte
1 4 6 (3) 8 (4) 5 (3) (5) (6) (7) 20/800
(8) 25/1000
(8)
Observações: (1) São permitidos todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando
parâmetros construtivos da zona. (2) São permissíveis todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando
parâmetros construtivos da zona. (3) Utilizar parâmetros da Zona onde se insere o terreno, lote ou gleba. (4) Altura máxima pode chegar a 10 (dez) ou 12 (doze) com compra de potencial construtivo ou com aplicação de Outorga Onerosa do
Direito de Construir. (5) Até o segundo pavimento o afastamento das divisas é facultativo sendo, em caso de aberturas, obrigatório recuo mínimo lateral
e/ou fundos de 1,5 metros. (6) Para edificações até 4 (quatro) pavimentos, até o 2º (segundo) pavimento o afastamento é facultativo (ver observação 5) para o 3º (terceiro) e
4º (quarto) pavimentos recuo mínimo obrigatório de 2m (dois metros)
(7) Para edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos, afastamento obrigatório de 3m (três metros) para todos os pavimentos. (8) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da
publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 144
SEA2
SEA2 (Setor Especial Adensamento 2)
Usos
Ocupação
Porte
Coef. Aprov
. Mínimo
Coef. Aprov. Básico
Coef. Aprov.
Máximo
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilida
de Mínima
(%)
Afastamento
Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina (testada/
área)
Permitidos
(1) Habitação Coletiva,
Comércio e Serviço setorial,
Habitação Transitória.
Médio-grande porte e grande porte
1 4 5 (3) 8 (4) 5 (3) (5) (6) (7) 20/800
(8) 25/1000
(8)
Permissíveis
(2) Comunitário 1, Comunitário 2,
Comércio e Serviço de
Bairro, Comércio e
Serviço Geral, Comércio e
Serviço Específico.
Médio-grande porte e grande porte
1 4 5 (3) 8 (4) 5 (3) (5) (6) (7) 20/800
(8) 25/1000
(8)
Observações: (1) São permitidos todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando
parâmetros construtivos da zona. (2) São permissíveis todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando
parâmetros construtivos da zona. (3) Utilizar parâmetros da Zona onde se insere o terreno, lote ou gleba. (4) Altura máxima pode chegar a 10 (dez) com compra de potencial construtivo ou com aplicação de Outorga Onerosa do Direito de
Construir. (5) Até o 2º (segundo) pavimento o afastamento das divisas é facultativo sendo, em caso de aberturas, obrigatório recuo mínimo lateral
e/ou fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros). (6) Para edificações até 4 (quatro) pavimentos, até o 2º (segundo) pavimento o afastamento é facultativo (ver observação 5) para o 3º (terceiro) e 4º
(quarto) pavimentos recuo mínimo obrigatório de 2m (dois metros).
(7) Para edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos, afastamento obrigatório de 3m (três metros) para todos os pavimentos. (8) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da
publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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SEA3
SEA3 (Setor Especial Adensamento 3)
Usos
Ocupação
Porte
Coef. de
Aprov. Mínimo
Coef. Aprov. Mínimo
Coef. Aprov. Básico
Coef. Aprov.
Máximo
Taxa Ocupaç
ão Máxima
(%)
Altura Máxima
(pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade Mínima
(%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina (testada/
área)
Permitidos
(1) Habitação coletiva,
habitação uso
institucional, habitação transitória, comércio e
serviço bairro.
Médio-grande porte e grande porte
(3) 0,5 2 3 (3) 4 (4) 5 (3) (5) (6)
(7) 20/800
(8) 25/1000
(8)
Permissíveis (2)
Comunitário 3.
Médio-grande porte e grande porte
(3) 0,5 2 3 (3) 4 (4) 5 (3) (5) (6)
(7) 20/800
(8) 25/1000
(8)
Observações: (1) São permitidos todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando
parâmetros construtivos da zona. (2) São permissíveis todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando
parâmetros construtivos da zona. (3) Utilizar parâmetros da Zona onde se insere o terreno, lote ou gleba. (4) Altura máxima pode chegar a 6 (seis) com compra de potencial construtivo ou com aplicação de Outorga Onerosa do Direito de Construir. (5) Até o 2º (segundo) pavimento o afastamento das divisas é facultativo sendo, em caso de aberturas, obrigatório recuo mínimo lateral e/ou
fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros). (6) Para edificações até 4 (quatro) pavimentos, até o 2º (segundo) pavimento o afastamento é facultativo (ver observação 5) para o 3º (terceiro) e 4º
(quarto) pavimentos recuo mínimo obrigatório de 2m (dois metros).
(7) Para edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos, afastamento obrigatório de 3m (três metros) para todos os pavimentos. (8) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação
desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 146
SRZ
SRZ (Setor Especial Recuo Zero)
Usos
Ocupação
Porte Coefi.
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabi
lidade Mínima
(%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina
(testada / área)
Permitidos (1)
Pequeno porte e médio porte
(3) (3) (3) (3) (3) (3) (3) (3)
Permissíveis
(2) Comércio e
serviço vicinal e/ou comércio e serviço de bairro e/ou comércio e serviço setorial
no térreo e habitação
unifamiliar no 2º pavimento - habitação
coletiva(?) (pode ter 2
apartamentos).
Pequeno porte e médio porte
1,5 75% 2 (4) 20% (5) 10/300
(6) 15/450 (6)
Observações: (1) São permitidos todos os usos da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando
parâmetros construtivos da zona. (2) São permissíveis todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba,
observando parâmetros construtivos da zona. (3) Utilizar parâmetros da Zona onde se insere o terreno,
lote ou gleba. (4) Recuo facultativo, podendo apresentar recuo zero, ou seja, edificação no alinhamento predial, desde que uso para comércio ou serviço no
térreo e habitação no 2º (segundo) pavimento. (5) Facultativo ou, em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e/ou fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).
(6) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 147
SPP
SPP (Setor Especial Preferencial Pedestres)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabil
idade Mínima
(%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina
(testada/área)
Permitidos
(1) (2)
Permissíveis
Observações:
(1) Observar parâmetros construtivos das zonas onde se encontra o terreno, lote ou gleba.
(2)Vias de uso exclusivo para pedestres e, em casos específicos, veículos autorizados pela Prefeitura Municipal.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 148
SSR
SSR (Setor Especial de Proteção ao Santuário do Rocio)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recou Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabi
lidade Mínima
(%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Lote Esquina (testada/
área)
Permitidos
(1) Comunitário 2,
Comércio e Serviço Vicinal,
Comércio e Serviço de
Bairro, Comércio e Serviço Setorial.
(1) 1,3 65% 2 3 20% Facultativo
(2) 12/480
(3) 15/600
(3)
Permissíveis
(1) Habitação
Unifamiliar e Habitação
Unifamiliar em série.
(1) 1,3 65% 2 3 20% Facultativo
(2) 12/480
(3) 15/600
(3)
Observações:
(1) Sujeito à análise do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. (2) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).
(3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 149
SH
SH (Setor Histórico)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recuo Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Permitidos
Uso e Ocupação Regulamentados pelos parâmetros estabelecidos pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural da secretaria de Estado da Cultura, de acordo com a Lei nº 1.211/53.
Permissíveis
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 150
SAE
SAE (Setor da Área Envoltória)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recuo Mínimo
Alinham. Predial (m)
Taxa Permeabilidade
Mínima (%)
Afastamento Divisas (m)
Lote Mínimo
(testada / área)
Permitidos
Uso e Ocupação Regulamentados pelos parâmetros estabelecidos pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural da secretaria de Estado da Cultura, de acordo com a Lei nº 1.211/53.
Permissíveis
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 151
SP
SP (Setor de Proteção)
Usos
Ocupação
Porte Coeficiente
Aproveitamento
Taxa Ocupação Máxima
(%)
Altura Máxima (pav.)
Recuo Mínimo
Alinham. Predial
(m)
Taxa Permeabi
lidade Mínima
(%)
Afastamento Divisas
(m)
Lote Mínimo (testad
a / área)
Permitidos (1)
Habitação Unifamiliar, Habitação Coletiva, Comércio e Serviço Vicinal, Comunitário 1 e Comunitário 2
pequeno e
médio porte
3 75 4 5 (1) 20% 1,5 6 / 180
Permissíveis (1)
Comércio e Serviço de Bairro, Indústria Caseira, Indústria 1
pequeno e
médio porte
Observações:
(1) Sujeito à análise da SEMPLOG.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 152
ANEXO II
CLASSIFICAÇÃO, DEFINIÇÃO E RELAÇÃO DOS USOS DO SOLO PARA
IMPLANTAÇÃO DO ZONEAMENTO
1. QUANTO À DEFINIÇÃO DOS USOS DO SOLO
1.1 Habitacional : Edificação destinada à habitação permanente ou transitória;
1.2 Comunitário : Espaço, estabelecimento ou instalação destinada à educação, lazer,
cultura, saúde, assistência social e cultos religiosos;
1.3 Comercial e de serviço : Atividade caracterizada pela relação de troca visando o
lucro e estabelecendo-se a circulação de mercadorias, ou atividades caracterizada pelo
préstimo de mão-de-obra e assistência de ordem intelectual ou espiritual;
1.4 Industrial : Atividade pela qual resulta a produção de bens pela transformação de
insumos;
1.5 Agricultura : Atividade pela qual resulta a fertilidade do solo para a produção de
plantas para atender as necessidades do próprio agricultor ou com vistas ao mercado
consumidor.
1.6 Mineração : Atividade pela qual são extraídos minerais ou substâncias não
metálicas do solo e sub-solo.
1.7 Manejo Florestal e/ou Agrossilvopastoril: É o conjunto de atividades de
administração (gerenciamento) de uma floresta e/ou área de atividades Agrossilvopastoril a fim
de que seja possível utilizar otimizadamente os recursos agroflorestais. Abrange aspectos
físicos, financeiros, informativos e organizacionais e tem como resultado precípuo o
aproveitamento dos bens e benefícios produzidos pela floresta e pelo solo, associado à
manutenção da qualidade ambiental.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 153
2. QUANTO À NATUREZA
2.1. Perigosas : Atividades que possam dar origem a explosões, incêndios,
trepidações, produção de gases, poeiras, exalação de detritos danosos à saúde ou que
eventualmente, possam por em perigo pessoas ou propriedades circunvizinhas.
2.2. Nocivas : Atividades que impliquem a manipulação de ingredientes, matérias-
primas ou processos que prejudiquem a saúde ou cujos resíduos sólidos, líquidos ou gasosos
possam poluir a atmosfera, o solo e/ou os cursos d’água.
2.3. Incômodas : Atividades que possam produzir ruídos, trepidações, gases, poeiras,
exalações ou conturbações no tráfego, induções à implantação de atividades urbanisticamente
indesejáveis, que venham incomodar a vizinhança e/ou por em risco o zoneamento municipal.
3. QUANTO À ESCALA DAS ATIVIDADES DE COMÉRCIO E SERVIÇOS
3.1. Pequeno Porte : Área de construção até 100,00 m2 (cem metros quadrados);
3.2. Médio Porte : Área de construção entre 100,00 m2 (cem metros quadrados) e
800,00 m2 (quatrocentos metros quadrados);
3.3. Médio-Grande Porte : Área de construção entre 800,00 m2 (quatrocentos metros
quadrados) e 2.000m² (dois mil metros quadrados);
3.4 Grande Porte: Área de construção acima de 2.000m² (dois mil metros quadrados).
4. QUANTO À ESCALA DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS
4.1. Pequeno Porte : Área de construção até 100,00 m2 (cem metros quadrados);
4.2. Médio Porte : Área de construção entre 100,00 m2 (cem metros quadrados) e
800,00 m2 (quatrocentos metros quadrados);
4.3. Médio-Grande Porte : Área de construção entre 800,00 m2 (quatrocentos metros
quadrados) e 2.000m² (dois mil metros quadrados);
4.4 Grande Porte: Área de construção acima de 2.000m² (dois mil metros quadrados).
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 154
5. QUANTO AO GRAU DE ADEQUADAÇÃO À ZONA
5.1. Permitidas : Compreendem as atividades que apresentem clara compatibilidade
com as finalidades urbanísticas da zona ou setor correspondente;
5.2. Permissíveis : Compreendem as atividades cujo grau de adequação à zona ou
setor dependerá da análise ou regulamentação específica do Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano para cada caso;
5.3. Proibidas : Compreendem as atividades que, por sua categoria,porte ou natureza,
são nocivas, perigosas, incômodas e incompatíveis com as finalidades urbanísticas da zona ou
setor correspondente.
5.4. Toleradas: atividades e edificações já existentes e que tem garantido o
direito de ampliar e/ou reformar.
6. QUANTO A CLASSIFICAÇÃO DOS USOS DO SOLO
6.1 Uso Habitacional : Edificações destinadas à habitação permanente ou transitória
subclassificando-se em:
6.1.1 HABITAÇÃO UNIFAMILIAR : edificação destinada à moradia de uma só família;
6.1.2 HABITAÇÃO COLETIVA : edificações destinadas a servir de moradia a mais de
uma família, contendo uma ou mais unidades autônomas;
6.1.3 HABITAÇÃO UNIFAMILIAR EM SÉRIE : 2 (duas) ou mais unidades autônomas de
residências unifamiliares, agrupadas horizontalmente, paralelas ou transversais ao alinhamento
predial;
6.1.4 HABITAÇÃO DE USO INSTITUCIONAL : edificação destinada à assistência
social, abrigando estudantes, crianças, idosos e necessitados, tais como albergues,
alojamentos estudantis, casa do estudante, asilos, conventos, seminários, internatos e
orfanatos;
6.1.5 HABITAÇÃO TRANSITÓRIA : edificação com unidades habitacionais destinadas
ao uso transitório, onde se recebem hóspedes mediante remuneração, subclassificadas em:
Habitação Transitória 1: hotel, apart-hotel, pousada, hotel fazenda e pensão;
Habitação Transitória 2: motel.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 155
6.2 Usos Comunitários : Espaços, estabelecimentos ou instalações destinadas à
educação, lazer, cultura, saúde, assistência social, cultos religiosos, com parâmetros de
ocupação específicos, subclassificando-se em:
6.2.1 USO COMUNITÁRIO 1 : atividades de atendimento direto e funcional ao uso
residencial, tais como: ambulatório, unidade de saúde, assistência social, berçário, creche,
hotel para bebês, biblioteca, ensino maternal, ensino pré-escolar, jardim de infância, escola
especial, casas de culto e templos religiosos de pequeno porte.
6.2.2 USO COMUNITÁRIO 2 : atividades que impliquem em concentração de pessoas
ou veículos, níveis altos de ruídos e padrões viários especiais, tais como: auditórios, casas de
boliche, casa de espetáculos artísticos, cancha de esportes, centro de recreação, centro de
convenções, centro de exposições, cinema, colônia de férias, museu, sede cultural, esportiva e
recreativa, sociedade cultural, teatro, estabelecimentos de ensino fundamental e médio,
hospital, maternidade e pronto-socorro, casas de culto e templos religiosos de médio e grande
portes.
6.2.3 USO COMUNITÁRIO 3 : atividades de grande porte, que impliquem em
concentração de pessoas ou veículos, não compatíveis diretamente ao uso residencial e
sujeitas a controle específico, tais como: autódromo, cartódromo, centro de equitação, pista de
treinamento, estádio e rodeio, universidades, faculdades e estabelecimentos de ensino de nível
superior.
6.3 Usos Comerciais e de Serviços : Atividades pelas quais fica definida uma relação
de troca visando o lucro e estabelecendo-se a circulação de mercadorias, ou atividades pelas
quais fica caracterizado o préstimo de mão de obra ou assistência de ordem intelectual ou
espiritual.
6.3.1 COMÉRCIO E SERVIÇO VICINAL - Atividade comercial varejista e atividades
profissionais e serviços pessoais de pequeno porte, disseminada no interior das zonas, de
utilização imediata e cotidiana, entendida como um prolongamento do uso residencial.
- Açougue;
- Agência de Serviços Postais;
- Alfaiataria;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 156
- Armarinho;
- Atelier de Profissionais Autônomos;
- Aviário;
- Bar;
- Bicicletaria;
- Bilhar, Snooker, Pebolim;
- Cafeteria;
- Cantina;
- Casa de Chá;
- Casa Lotérica;
- Comércio de Artesanato;
- Comércio de Brinquedos;
- Comércio de Refeições Embaladas;
- Confeitaria;
- Consultório Médico;
- Consultório Odontológico;
- Consultório Psicológico;
- Consultório Veterinário;
- Correio;
- Curso de artes plásticas;
- Curso de processamento de dados;
- Curso de programação de computadores;
- Despachante do detran autônomo;
- Drogaria;
- Entregador autônomo de alimentos, com domicílio tributário;
- Entregador autônomo de encomendas com motocicleta (motoboy);
- Entregador de alimentos autônomo;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 157
- Ervanário;
- Escritório de Comércio Varejista;
- Escritório de Profissionais Autônomos;
- Escritório de serviços de recepção para festas;
- Farmácia;
- Floricultura;
- Jogos Eletrônicos, Lan Houses;
- Lanchonete;
- Leiteria;
- Livraria;
- Locadora de cds, games, filmes e dvds;
- Locadora de roupas;
- Loja de antiguidades;
- Mercearia;
- Montagem de Bijuterias;
- Oficina de consertos de bolsas e similares;
- Oficina de consertos de eletrodomésticos;
- Oficina de reparação de instrumentos musicais;
- Ótica;
- Padaria;
- Panificadora;
- Papelaria
- Pastelaria;
- Pastelaria;
- Peixaria;
- Posto de Venda de Gás Liquefeito;
- Quitanda;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 158
- Relojoaria;
- Revistaria;
- Salão de Beleza;
- Sapataria;
- Serviços de Datilografia e Digitação;
- Serviços de Dedetização;
- Serviços de Encadernação;
- Serviços de Limpeza de caixas d’água;
- Serviços de plotagens;
- Sorveteria.
6.3.2 COMÉRCIO E SERVIÇO DE BAIRRO - Atividades comerciais e varejistas de
proteção de serviços de médio porte destinadas a atendimento de determinado bairro ou zona.
- Academias;
- Agência Bancária, Banco;
- Borracharia;
- Choparia, Churrascaria, Petiscaria, Pizzaria;
- Comércio de Material de Construção;
- Comércio de Veículos e Acessórios;
- Escritórios Administrativos;
- Estabelecimentos de Ensino de Cursos Livres;
- Estacionamento Comercial;
- Joalheria;
- Laboratórios de Análises Clínicas, Radiológicos e Fotográficos;
- Lavanderia;
- Oficina Mecânica de Veículos;
- Restaurante.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 159
6.3.3 COMÉRCIO E SERVIÇO SETORIAL - Atividades comerciais varejistas e de
prestação de serviços, destinadas a um atendimento de maior abrangência.
- Buffet com Salão de Festas;
- Centros Comerciais;
- Clínicas;
- Edifícios de Escritórios;
- Entidades Financeiras;
- Escritório de Comércio Atacadista;
- Imobiliárias;
- Lojas de Departamentos;
- Sede de Empresas;
- Serv-Car;
- Serviços de Lavagem de Veículos;
- Serviços Públicos;
- Super e Hipermercados.
6.3.4 COMÉRCIO E SERVIÇO GERAL - Atividades comerciais varejistas e atacadistas
ou de prestação de serviços destinadas a atender à população em geral, que por seu porte ou
natureza, exijam confinamento em área própria.
- Agenciamento de Cargas
- Canil
- Comércio Atacadista
- Comércio Varejista de Grandes Equipamentos
- Depósitos, Armazéns Gerais
- Entrepostos, Cooperativas, Silos
- Grandes Oficinas
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 160
- Grandes Oficinas de Lataria e Pintura
- Hospital Veterinário
- Hotel para Animais
- Impressoras, Editoras
- Marmorarias
- Serviços de Coleta de Lixo
- Transportadora.
6.3.5 COMÉRCIO E SERVIÇO ESPECÍFICO - Atividade peculiar cuja adequação à
vizinhança, ao sistema viário e ao meio ambiente depende de análise especial.
- Capela Mortuária
- Cemitério
- Centro de Controle de Vôo
- Comércio Varejista de Combustíveis
- Comércio Varejista de Derivados de Petróleo
- Ossário.
- Posto de Abastecimento de Aeronaves
- Posto de Gasolina
- Serviços de Bombas de Combustível para Abastecimento de Veículos da Empresa
6.4 USO AGROPECUÁRIO
- Abate de Animais
- Aração e/ou Adubação
- Cocheira
- Colheita
- Criação de animais em tanques (Peixes, Camarões, Rãs, Répteis)
- Criação de Pequenos Animais (Chinchila, Codorna, Minhocas)
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 161
- Granja
- Pesque e Pague
- Produção de Húmus
- Serviços de Imunização e Tratamento de Hortifrutigranjeiros
- Serviços de Irrigação
- Serviços de Lavagem de Cereais
- Serviços de Produção de Mudas e Sementes
- Viveiro de Animais
6.5 USO EXTRATIVISTA
- Extração de Areia
- Extração de Argila
- Extração de Cal
- Extração de Caulim
- Extração de Cimento
- Extração de Madeira
- Extração de Minérios
- Extração de Pedras
- Extração Vegetal
- Olaria
6.7 Uso Industrial: espaços, estabelecimentos ou instalações destinadas à indústria
e/ou agro-indústria, ou seja, produção de algum tipo de produto final ou desenvolvimento de
algum processo produtivo.
6.7.1 INDÚSTRIA CASEIRA : atividade industrial não incômoda à vizinhança,
compatível com as instalações residenciais, podendo ser desenvolvida junto à residência;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 162
6.7.2 INDÚSTRIA TIPO 1 : atividade industrial compatível ao uso residencial, não
incômoda ao entorno no que diz respeito aos níveis de ruído, de vibração e de poluição
ambiental, tais como:
-indústria de calçado (artesanal);
-indústria alimentícia (de pequeno porte e não poluitiva);
-indústria cerâmica artesanal (de pequeno porte).
6.7.3 INDÚSTRIA TIPO 2 : atividade industrial compatível com o seu entorno, no
que diz respeito aos níveis de ruído, de vibração e de poluição ambiental, e aos
parâmetros construtivos da zona, não geradoras de intenso fluxo de pessoas e
veículos, tais como:
-indústria de calçado (de pequeno e médio porte);
-indústria alimentícia (de pequeno e médio porte);
-indústria cerâmica artesanal;
-indústria gráfica;
-indústria de fiação (de pequeno e médio porte);
-indústria de tecelagem (de pequeno e médio porte);
-indústria de malharia (de pequeno e médio porte)
-indústria vidreira (de pequeno e médio porte).
6.7.4 INDÚSTRIA TIPO 3 : atividades industriais em estabelecimento que impliquem na
fixação de padrões específicos, no que diz respeito aos níveis de ruído, de vibração e de
poluição ambiental, quanto as características de ocupação do lote, de acesso, de localização,
de tráfego, de serviços urbanos e disposição dos resíduos gerados, tais como:
-indústria agro-alimentar (de médio-grande porte);
-indústria alimentícia (de médio-grande porte);
-indústria cerâmica;
-indústria da construção (de médio-grande porte);
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 163
-indústria de bebidas;
-indústria de laticínios;
-indústria de transformação;
-indústria elétrica;
-indústria madeireira;
-indústria metalúrgica;
-indústria mineira;
-indústria náutica ou naval.
6.7.5 INDÚSTRIA TIPO 4 : atividades industriais cujo funcionamento pode gerar um
intenso fluxo de veículos de carga e cujo nível de interferência ambiental requer estudos e
avaliações de impactos específicos, tais como:
-indústria agroquímica;
-indústria alimentícia (de grande porte);
-indústria automobilística;
-indústria cerâmica (de grande porte);
-indústria da construção civil (de grande porte);
-indústria de abrasivos;
-indústria de bebidas (de grande porte);
-indústria de laticínios (de grande porte);
-indústria de maquinaria;
-indústria de tintas;
-indústria de transformação (de grande porte);
-indústria de refinação;
-indústria energética;
-indústria farmacêutica;
-indústria ferroviária;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 164
-indústria metalúrgica (de grande porte);
-indústria papeleira;
-indústria petroquímica;
-indústria química.
7 Observações Gerais
7.1 Todas as indústrias deverão possuir licenciamento dos órgãos ambientais
competentes.
7.2 Os casos não incluídos nesta lei deverão ser submetidos à apreciação e aprovação
do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 165
ANEXO III – MAPA DE ZONEAMENTO RURAL
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 166
ANEXO IV – MAPA DE ZONEAMENTO URBANO
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 167
ANEXO V – MAPA DETALHE SETORES DA ZPTI (SETORES)
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 168
ANEXO VI – MAPA DETALHE DEMAIS SETORES ESPECIAIS.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 169
LEI DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL – ANTEPROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 170
LEI DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL – ZEIS
Dispõe sobre as Zonas Especiais de Interesse Social,
determina a criação das ZEIS I, II, III, IV e V, e dá outras providências.
Art. 1º A presente lei se destina a regulamentar a criação de Zonas Especiais de
Interesse Social, em atendimento ao disposto nos artigos 90 a 92 da Lei do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado de Paranaguá.
Art. 2º As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS são porções do território
municipal, delimitadas pelo Poder Executivo para promover recuperação urbanística,
regularização fundiária de assentamento irregular já existente, produção de Habitações de
Interesse Social - HIS, bem como recuperação de imóveis degradados, implantação de
equipamentos sociais e culturais e espaços públicos e serviço e comércio de caráter local.
Art. 3º São objetivos das Zonas Especiais de Interesse Social:
I. permitir a inclusão urbana de parcelas da população que se encontram à margem do
mercado legal de terras;
II. possibilitar a extensão dos serviços e da infra-estrutura urbana nas regiões não
atendidas;
III. permitir a permanência de ocupações irregulares já existentes, desde que não
acarretem risco à vida ou ao meio ambiente, nem apresentem graves impactos negativos ao
planejamento da infra-estrutura de serviços municipais.
Art. 4º As ZEIS podem ser aplicadas, prioritariamente, em áreas públicas ou privadas,
ocupadas espontaneamente, parceladas de forma irregular e/ou clandestinamente, habitadas
por população de baixa renda familiar, ou ainda em área vazias, onde exista interesse público
em se promover a regularização da posse, a legalização do parcelamento do solo, a integração
da área à estrutura urbana, ou ainda, promover a implantação de novas unidades
habitacionais.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 171
Art. 5º A criação das Zonas Especiais de Interesse Social imprescinde da elaboração
de Plano de Urbanização específica para intervenção em cada área, que deverá ser aprovado
mediante Decreto do Poder Executivo.
Art. 6º O Plano de Urbanização Específica deverá conter o seguinte:
I. diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos para o parcelamento, uso e ocupação do
solo e instalação de infra-estrutura urbana, respeitadas as normas técnicas pertinentes;
II. diagnóstico da ZEIS que contenha no mínimo:
a) análise físico-ambiental;
b) análise urbanística com levantamento planilatimétrico;
c) caracterização socioeconômica da população residente;
III. os projetos básicos e as intervenções urbanísticas necessárias à recuperação física
da área, incluindo, de acordo com as características locais, sistema de abastecimento de água
e solução para o esgoto, drenagem de águas pluviais, coleta regular de resíduos sólidos,
iluminação pública, adequação dos sistemas de circulação de veículos e pedestres, eliminação
de situações de risco, estabilização de taludes e de margens de córregos, tratamento
adequado das áreas verdes públicas, instalação de equipamentos sociais e os usos
complementares ao habitacional;
IV. análise da condição jurídica das edificações, em face da legislação municipal,
estadual e federal, e da regularidade da posse dos habitantes da área;
V. levantamento da condição de segurança e da sustentabilidade ambiental das
edificações, bem com avaliação da necessidade de relocação de ocupações irregulares;
VI. Plano de Regularização Fundiária, incluindo projetos de loteamento, outorga de
concessões de uso especial para fim de moradia e/ou assistência jurídica à população de baixa
renda para a obtenção judicial de usucapião especial de imóvel urbano;
VII. previsão de fontes de recursos para execução dos projetos da ZEIS.
Parágrafo Único. Poderão ser previstos, na forma do inciso VII deste artigo, recursos
financeiros oriundos do orçamento municipal, estadual ou federal ou da iniciativa privada para
custeio da implantação de planos urbanísticos específicos.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 172
Art. 7º Quando for necessária a implantação de novos loteamentos em ZEIS, o projeto
de parcelamento, a constar do Plano de Urbanização Específica referido no artigo anterior,
deverá observar os seguintes requisitos:
I. o parcelamento do solo nas ZEIS não será permitido nas áreas que apresentem risco
à saúde ou à vida, em especial:
a) em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, salvo aqueles objeto de
intervenção que assegure a drenagem e o escoamento das águas;
b) em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, salvo
se previamente saneados;
c) em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo aqueles
objeto de intervenção que assegure a contenção das encostas, atestando a viabilidade da
urbanização;
d) em terrenos onde não é recomendada a construção devido às condições físicas;
e) nas áreas em que a degradação ambiental impeça condições sanitárias adequadas à
moradia digna;
f) nas áreas encravadas, sem acesso à via pública;
g) nas áreas contaminadas no subsolo ou lençol freático por infiltrações químicas que
causem dano à saúde.
II. largura mínima das vias de circulação de 15 metros;
III. tamanho do lote mínimo de 125 m²;
IV. taxa de ocupação máxima de 70%.
Art. 8º Quando a área atingida pela ZEIS demandar apenas a manutenção da
população local nos loteamentos existentes, o Plano de Urbanização Específica poderá
promover a regularização fundiária mediante a regulamentação de parâmetros de uso,
ocupação e parcelamento do solo próprios e específicos, distintos daqueles mencionados no
artigo anterior, e dos constantes nas demais leis urbanísticas vigentes, desde que atendidas as
normas da legislação ambiental estadual e federal pertinente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 173
Art. 9º No processo de elaboração do Plano Urbanístico Específico, o Poder Executivo
deverá realizar, no mínimo, uma audiência pública para consulta à comunidade atingida pelas
ZEIS.
Art. 10 Ficam, através da presente lei, instituídas 5 (cinco) ZEIS, no território do
Município de Paranaguá, conforme ANEXOS II, III, VI e V, partes integrantes da presente lei.
§1º O Poder Executivo Municipal deverá, no prazo de 2 (dois) anos após a publicação
da presente lei, elaborar e aprovar, em Decreto Municipal, o Plano Urbanístico Específico das
ZEIS referidas neste artigo, delimitando a sua área, através de levantamento planialtimétrico, e
atendendo aos demais requisitos previstos no art. 6º da presente lei.
§2º O Plano de Urbanização Específica mencionado no parágrafo anterior deverá ser
implantado no prazo máximo de 1 (um) ano, contado a partir a data de sua aprovação em
Decreto Municipal.
Art. 11 Através de Decreto Municipal, o Poder Executivo poderá criar outras Zonas
Especiais de Interesse Social, que somente serão implantadas após a aprovação do Plano de
Urbanização Específica, referido nos artigos. 5º e 6º da presente lei.
Parágrafo Único. O Anexo IV da presente Lei indica as áreas prioritárias para a futura
instituição de ZEIS.
Art.12 A presente lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as
disposições em contrário.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 174
Anexo I – Mapa de Áreas Prioritárias para ZEIS
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 175
Anexo II – Mapa ZEIS
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 176
Anexo III – Mapa ZEIS
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 177
Anexo IV – Mapa ZEIS
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 178
Anexo V – Mapa ZEIS
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 179
3 LEI DE SISTEMA VIÁRIO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 180
LEI DE SISTEMA VIÁRIO
Dispõe sobre o Sistema Viário Básico do
Município de Paranaguá, e adota outras
providências.
CAPÍTULO I
DO SISTEMA VIÁRIO
Art. 1°. Esta Lei dispõe sobre a regulação do Sistema Viário Básico do Município de
Paranaguá, visando os seguintes objetivos:
I - induzir o desenvolvimento pleno da área urbana do Município, através de uma
compatibilização coerente entre circulação, uso e ocupação do solo, face à forte relação
existente entre o ordenamento do sistema viário e o estabelecimento das condições adequadas
ao desenvolvimento das diversas atividades no meio urbano;
II - adaptar a malha viária existente às melhorias das condições de circulação;
III - hierarquizar as vias urbanas, bem como implementar soluções visando maior fluidez
no tráfego, de modo a assegurar segurança e conforto;
IV - eliminar pontos críticos de circulação, principalmente em locais de maiores
ocorrências de acidentes;
V - adequar os locais de concentração, acesso e circulação pública às pessoas
portadoras de deficiências.
§ 1°. O sistema de circulação e de transportes do Município de Paranaguá será objeto
de plano específico a ser desenvolvido pelo Município de Paranaguá, de acordo com as
diretrizes estabelecidas na Lei do Plano Diretor e na Lei de Zoneamento do Uso e Ocupação
do Solo e conforme o que estabelece a presente lei, quanto à circulação viária, transportes
coletivos, de carga e passageiros e circulação de pedestres.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 181
§ 2°. Os projetos de médio e grande porte, que envolvam construção de novos eixos
viários, pontes, viadutos, duplicação de vias ou de reestruturação viária, deverão elaborar
estudos e relatórios de impacto ambiental, bem como deverão estar inseridos na Lei do Plano
Plurianual.
Art. 2°. Para efeito de aplicação desta lei, são adotadas as seguintes definições:
I - ACESSO - é o dispositivo que permite a interligação, para veículos e pedestres,
entre:
a) logradouro público e propriedade privada;
b) propriedade privada e áreas de uso comum em condomínio;
c) logradouro público e espaço de uso comum em condomínio.
II - ACOSTAMENTO - é a parcela da área adjacente à pista de rolamento, objetivando:
a) permitir que veículos em início de processo de desgoverno retomem a direção
correta;
b) proporcionar aos veículos acidentados, com defeitos, ou cujos motoristas fiquem
incapacitados de continuar dirigindo, um local seguro para serem estacionados fora da
trajetória dos demais veículos;
c) permitir o embarque e desembarque sem interrupção de fluxo de tráfego.
III - ALINHAMENTO - é a linha divisória entre o terreno e o logradouro público;
IV - CAIXA CARROÇÁVEL ou FAIXA DE ROLAMENTO - é a faixa da via destinada á
circulação de veículos, excluídos os passeios, os canteiros centrais e o acostamento;
V - CALÇADA ou PASSEIO - é a parte do logradouro destinada ao trânsito de pedestres
e de bicicletas quando este for dotado de ciclofaixa, segregada e em nível diferente à via,
dotada quando possível de mobiliário urbano, sinalização e vegetação;
VI - CALÇADÃO - é a parte do logradouro público, destinada ao pedestre e equipada de
forma a impedir o estacionamento e o transito de veículos, exceto quando dotado de ciclofaixa,
tendo por propósito oferecer condições adequadas à circulação e lazer da coletividade;
VII - CANTEIRO CENTRAL - é o espaço compreendido entre os bordos internos das
pistas de rolamento, objetivando separá-las física, operacional, psicológica e esteticamente;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 182
VIII - CANTEIRO LATERAL - é o espaço compreendido entre os bordos externos das
pistas expressas e o bordo interno da pista coletora objetivando separá-las física, operacional,
psicológica e esteticamente;
IX - CICLOFAIXA - é a faixa exclusiva para bicicletas nas calçadas, passeios e
calçadões ou contíguas às vias de circulação, indicada por linha separadora pintada no solo ou
com auxílio de outros recursos de sinalização;
X - CICLOVIA - é a via destinada única e exclusivamente, à circulação de biciclos ou
seus equivalentes, não motorizados, sendo totalmente segregada do tráfego motorizado;
XI - ESTACIONAMENTO - é o espaço público ou privado destinado à guarda ou
estacionamento de veículos, constituído pelas áreas de vagas e circulação;
XII - FAIXA de DOMÍNIO de VIAS - é a área que compreende a largura ou caixa da via
acrescida da área "non aedificandi";
XIII - "GRADE" - é a linha reguladora de uma via, composta de uma seqüência de retas
com declividades permitidas, traçadas sobre o perfil longitudinal do terreno;
XIV - LARGURA de uma VIA - é a distância entre os alinhamentos da via;
XV - LOGRADOURO PÚBLICO - é o espaço livre, reconhecido pela municipalidade,
destinado ao trânsito, tráfego, comunicação ou lazer públicos (rua, avenida, praça, largo, etc);
XVI - MEIO-FIO - é a linha composta de blocos de cantaria ou concreto que separa o
passeio da faixa de rolamento ou do acostamento;
XVII - NIVELAMENTO - é a medida do nível da soleira de entrada ou do nível do
pavimento térreo considerando o grade da via urbana;
XVIII – SEÇÃO NORMAL da VIA - é a largura total ideal da via incluindo caixa de
rolamento, passeios, ciclovias e canteiros centrais;
XIX – SEÇÃO REDUZIDA da VIA - é a largura total mínima exigida da via incluindo
caixa de rolamento, passeios, ciclovias e canteiros centrais;
XX – SISTEMA VIÁRIO BÁSICO - conjunto de vias que, de forma hierarquizada e
articuladas com as vias locais, viabilizam a circulação de pessoas, veículos e cargas;
XXI – VIA de CIRCULAÇÃO - é o espaço organizado para a circulação de veículos,
motorizados ou não, pedestres e animais, compreendendo a pista de rolamento, o passeio, o
acostamento e canteiro central.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 183
Art. 3°. Considera-se Sistema Viário Básico do Município de Paranaguá o conjunto de
vias que, de forma hierarquizada e articulada, viabilizam a circulação de pessoas, veículos e
cargas.
Art. 4°. Caberá ao Poder Público Municipal o disciplinamento do uso das vias de
circulação no que concerne:
I. ao estabelecimento de locais e horários adequados e exclusivos para carga
e descarga e estacionamento de veículos;
II. ao estabelecimento de rotas especiais para veículos de carga, de produtos
perigosos e para veículos turísticos e de fretamento;
III. a construção de vias de circulação exclusiva para pedestres na Área Central
e Centro Histórico;
IV. a criação de áreas de estacionamento ao longo das vias e de equipamentos
do tipo “parada fácil” e remansos, adequados ao atual sistema de cobrança
de taxa para estacionamento.
Parágrafo Único. A implantação de atividades afins e correlatas às referidas no caput
do artigo poderão ser realizadas em conjunto com a iniciativa privada e órgãos de outras
esferas governamentais.
Art. 5°. O projeto geométrico das vias de circulação deverá obedecer às definições
desta lei e às Normas Técnicas estabelecidas pela ABNT.
CAPÍTULO II
DA CLASSIFICAÇÃO VIÁRIA
Art. 6°. As vias do Sistema Viário Básico são classificadas de forma a compor um
sistema viário hierarquicamente definido, atendendo ao papel que desempenham ou venham a
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 184
desempenhar na cidade, em consonância com a Lei de Parcelamento do Solo e Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Município de Paranaguá.
Art. 7°. O Sistema Viário Básico e a rede viária do Município de Paranaguá, compostos
por vias existentes e diretrizes de vias a serem implantadas, serão classificados de acordo com
as seguintes categorias:
I. Vias Estruturais – vias com altos volumes de tráfego que promovem a ligação entre o
sistema rodoviário interurbano e o sistema viário urbano, estruturando a acessibilidade
e a mobilidade urbana;
II. Vias Arteriais – vias ou trechos de vias com significativo volume de tráfego e com a
função de fazer a ligação entre bairros, de bairros com os centros ou ainda com os
municípios vizinhos;
III. Vias Coletoras – vias ou trechos de vias com a função de receber e distribuir o tráfego
das vias arteriais para as vias locais;
IV. Vias Locais – vias ou trechos de vias, com baixo volume de tráfego, cuja função é
possibilitar o acesso aos lotes lindeiros;
V. Via Panorâmica – via com características paisagísticas e ambientais de elevado valor,
tendo como principal função conter a ocupação em direção ao Rio Itiberê e permitir a
circulação desde a área consolidada até a área de expansão urbana;
VI. Via Parque – via de ligação entre áreas de parques ou em proximidades de parques,
com características especiais no que diz respeito a sua implantação, manutenção,
operação de tráfego, na qual é proibido o tráfego e circulação de veículos pesados, com
a finalidade de minimizar os impactos ao meio em que está instalada,
VII. Vias de Pedestres – vias ou trechos de vias destinadas apenas à circulação de
pedestres e veículos autorizados;
VIII. Vias Municipais – aquelas situadas na Macrozona Rural e nas áreas de
expansão urbana, nos trechos ainda não parcelados, que estão sob jurisdição
municipal, tendo função de acesso às propriedades rurais e escoamento da produção;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 185
IX. Vias Portuárias – aquelas que preferencialmente atendem à atividade portuária,
inseridas em área definida pelo PDZPO - Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do
Porto Organizado.
§ 1°. A modificação da classificação viária só poderá ser feita através de Lei.
§ 2°. As rodovias federais e estaduais, que estão sob jurisdição da União e do Estado,
respectivamente, ficam classificadas como vias estruturais.
CAPÍTULO III
DAS DIMENSÕES DAS VIAS
Art. 8°. Objetivando o perfeito funcionamento das vias, os padrões de urbanização para
o sistema viário obedecerão aos requisitos estabelecidos pelo Município quanto a:
I. Definição das dimensões das caixas das vias, caixas de rolamento e das dimensões
dos passeios;
II. Tratamento paisagístico das vias.
Art. 9°. Todas as vias abertas à circulação de veículos, com pavimento e passeio
definitivos implantados, permanecem com as dimensões existentes, exceto as vias
estabelecidas na hierarquia definida por esta Lei, de acordo com o Anexo II (Mapa do Sistema
Viário Básico), que serão objeto de projetos específicos e, sempre que possível, estarão
sujeitas à adequação com as dimensões legais mínimas, de acordo com sua classificação.
Art. 10. As vias a serem implantadas ou adequadas para atender a classificação
hierárquica deverão obedecer, minimamente, às seguintes dimensões:
I. Rodovias Federais e Estaduais – respeitar as faixas de domínio previstas pelos órgãos
federais e estaduais competentes para as respectivas rodovias, bem como as marginais
e transposições, definidas em projetos específicos e faixa não edificável;
II. Vias Estruturais – caixa de via mínima de 28 (vinte e oito) metros;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 186
III. Vias Arteriais – caixa de via mínima de 23 (vinte e três) metros;
IV. Vias Coletoras – caixa de via mínima de 15 (quinze) metros;
V. Vias Locais – caixa de via mínima de 12 (doze) metros;
VI. Via Panorâmica – caixa de via mínima de 23 (vinte e três) metros;
VII. Vias Parque – caixa de via mínima de 23 (vinte e três) metros;
VIII. Vias Municipais – caixa de via mínima de 14 (catorze) metros.
§ 1°. Deve ser elaborado estudo de viabilidade técnico-econômica e de impactos
urbanístico e ambiental, para definição do melhor traçado para a implantação das Vias
Estruturais do ramal Ferroviário de acesso à Zona de Interesse Portuário (ZIP) e à Zona de
Interesse de Expansão Portuária (ZIEP), bem como para implantação das demais vias,
conforme diretrizes dos Anexos I e II da presente lei.
§ 2°. Deve ser aprovado regulamento, pelo Poder Executivo, para a definição da
tipologia de cada classe viária, incluindo dimensões de faixas de rolagem e calçadas ou
passeios, pavimentação e revestimento, paisagismo, mobiliário urbano, ciclovias ou ciclofaixas
e demais especificidades que se façam necessárias.
§ 3°. As Vias Municipais, além das normas definidas por esta lei, devem obedecer às
Legislações Estadual e Federal pertinentes.
Art. 11. O Poder Executivo Municipal estabelecerá normas e condições para a
implantação de acessos, locais de paradas de ônibus e mirantes ao longo das vias.
Art. 12 . As Vias que compõe o Sistema Viário Básico do Município de Paranaguá são
aquelas demonstradas no Anexo I e descritas no Anexo II , partes integrantes desta Lei.
§ 1°. As dimensões das vias resultantes de novos parcelamentos do solo obedecerão
ao padrão previsto nesta Lei e na Lei de Parcelamento do Solo.
§ 2°. No interior das ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, observando o disposto
na Lei do Plano Diretor, na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e em leis
específicas sobre a matéria, as vias locais, a critério da Secretaria Municipal de Urbanismo e
do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, poderão ter dimensões menores do que
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 187
as estabelecidas no caput deste artigo, de acordo com os projetos específicos a serem
desenvolvidos para cada ZEIS.
§ 3°. Quando da implantação do Sistema Viário Básico em áreas já ocupadas, as caixas
das vias deverão ser adaptadas conforme disposição da ocupação, podendo haver
desapropriações de áreas particulares.
Art. 13. A rampa máxima de acesso permitida nas vias de circulação será de 15%
(quinze por cento) e a declividade mínima de 0,5% (meio por cento).
Parágrafo Único. As condições que deverão ser adotadas nas ruas ou trechos de ruas
com diferença de nível que obriguem rampas superiores a 15% (quinze por cento) serão
determinadas pelo Órgão de Urbanismo de Paranaguá, ouvido o Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano.
CAPÍTULO IV
DAS DIRETRIZES PARA INTERVENÇÕES NO SISTEMA VIÁRIO
Art. 14. Ficam definidas como diretrizes para intervenções no Sistema Viário de
Paranaguá:
I. Elaborar estudos para as novas transposições e para as adequações das transposições
existentes;
II. Estabelecer diretrizes para a implantação das marginais das Rodovias Federais e
Estaduais;
III. Estabelecer diretrizes de arruamento que contemplem áreas ainda não parceladas e/ou
áreas de expansão urbana;
IV. Estabelecer padrões para a implantação de calçadas e passeios;
V. Estabelecer incentivos para implantação, por parte dos proprietários, de projeto
paisagístico e de passeios de acordo com padrões da prefeitura;
VI. Realizar a iluminação adequada das vias, observando a hierarquia viária.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 188
Art. 15. Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes prioritárias para as áreas lindeiras
às vias que compõem o Sistema Viário Estadual e Federal:
I. Na Rodovia Federal BR-277 e nas Rodovias Estaduais PR-407 e PR-508, será
necessária apreciação do DNIT e do DER, respectivamente, para a liberação de
qualquer atividade, sendo que ao longo das mesmas serão exigidas vias marginais,
para acesso às glebas ou lotes lindeiros;
II. Prevê-se a implantação da Via Estrutural E05, conforme diretriz do Plano Diretor
Municipal e, quando executada, o município deverá assumir o trecho substituído da PR-
407, entre os entroncamentos com a BR-277 e o Km 5, transformando-o na Via Arterial
A08, que permita a integração dos bairros lindeiros ao Sistema Viário Básico;
III. Ao longo das Vias Municipais fica considerada como área não edificável uma faixa de
6.00m para cada lado da via;
IV. Ao longo das Vias Arteriais poderão ser exigidos recuos visando adequação de sua
largura, observados os parâmetros dispostos na Lei de Zoneamento de Uso e
Ocupação do Solo.
Parágrafo Único. Nos terrenos lindeiros às vias que constituem o Sistema Viário
Estadual e Federal, quando permitida a ocupação, será obrigatória a reserva de uma faixa de
15,00m (quinze metros) para a implantação de via local marginal à rodovia. A Via Local terá
dimensões conforme disposto nesta Lei.
Art. 16. Os projetos de loteamento deverão conter detalhamento do sistema viário e
este deverá ser implantado pelo empreendedor, de acordo com a Lei de Parcelamento do Solo
Urbano e Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, sem ônus para a Prefeitura
Municipal de Paranaguá, e respeitando as diretrizes para o Sistema Viário definidas na Lei do
Plano Diretor.
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CAPÍTULO V
DO SISTEMA CICLOVIÁRIO
Art. 17. As ciclovias e ciclofaixas deverão ser implantadas, prioritariamente, nas vias
estruturais e arteriais, de maneira a determinar um Sistema Cicloviário consolidado e contínuo.
Art. 18. O Sistema Cicloviário deverá ser tratado e detalhado em lei específica
municipal.
CAPÍTULO VI
DOS ANEXOS
Art. 19. São partes integrantes desta Lei os seguintes anexos:
I. Anexo 01 – Nomenclatura das Vias do Sistema Viário Básico;
II. Anexo 02 – Mapa do Sistema Viário Básico;
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 20. O Poder Executivo divulgará, de forma ampla e didática, o conteúdo desta Lei
visando o acesso da população aos instrumentos de política urbana que orientam a produção e
organização do espaço habitado.
Art. 21. As modificações que por ventura vierem a ser feitas no Sistema Viário Básico
deverão considerar a Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
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Art. 23. Esta Lei entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data da publicação, revogadas
as disposições em contrário.
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ANEXO I
NOMENCLATURA E DESCRIÇÃO DAS VIAS PERTENCENTES AO SISTEMA
VIÁRIO BÁSICO DE PARANAGUÁ.
01.Vias Estruturais:
E01 – BR 277, trecho compreendido entre o Km 0 e a divisa do município com o
Município de Morretes;
E02 – Composta pelas vias Rua Antônio Pereira e Avenida Ayrton Senna, e pelo
trecho da BR 277 compreendido entre a Avenida Curitiba e a intersecção com a Via Estrutural
E01.
E03 – Avenida Bento Rocha, em toda sua extensão.
E04 – Composta pela Avenida Senador Atílio Fontana e a via diretriz proposta
para implantação de acesso à Zona de Expansão Portuária, de acordo com a Lei do Plano
Diretor e Lei de Zoneamento de Ocupação e Uso do solo.
E05 – Composta pela via proposta para implantação de contorno, localizada ao
longo da linha de transmissão de energia elétrica, em substituição ao trecho da PR 407
compreendido entre os entroncamentos da BR 277 e o Km 5, de acordo com diretrizes desta lei
e demais leis integrantes da Lei do Plano Diretor. Ver Anexo 02.
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02. Vias Arteriais:
A01 - Avenida Coronel José Lobo, trecho compreendido entre as vias Avenida
Portuária e a Rua João Eugênio, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei
(Ver Anexo 02).
A02 - Rua Manoel Bonifácio, trecho compreendido entre as vias Avenida
Portuária e a Rua João Eugênio.
A03 - Rua Professor Cleto, trecho compreendido entre as vias Avenida Bento
Rocha e Rua Júlia da Costa.
A04 - Avenida Coronel Santa Rita, trecho compreendido entre as vias Avenida
Bento Rocha e Rua Júlia da Costa.
A05 – Composta pelas vias Estrada Velha do Rocio e Rua dos Expedicionários,
trecho compreendido entre as vias Avenida Bento Rocha e Rua Domingos Peneda, seguindo
diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
A06 – Composta pela via Rua Prefeito Roque Vernalha, trecho compreendido
entre as vias Rua Tamoio e Rua Domingos Penada, e por trecho proposto que conecta-se com
a Via Estrutural E04, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo
02).
A07 – Composta pelas vias Rua Samuel Pires de Mello e Rua Tapuiba, trecho
compreendido entre as vias Rua Guaianá e Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, e por
trecho proposto que conecta-se com a Via Estrutural E04, seguindo diretrizes e traçado viário
estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
A08 - PR 407, trecho compreendido entre os entroncamentos da BR 277 e o Km
5, sendo este ponto o encontro com a Via Estrutural E05.
A09 – Avenida Curitiba, trecho entre as vias Via Estrutural E04 e a Avenida
Belmiro Sebastião.
A10 - Avenida Belmiro Sebastião Marques, e sua continuação entre as vias Via
estrutural E05 e a Avenida Curitiba, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta
lei (Ver Anexo 02).
A11 – Rua Domingos Peneda, trecho compreendido entre as vias Rua México e
Rua dos Expedicionários.
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A12 – Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, trecho compreendido entre as
vias Via Estrutural E05 e Rua Prefeito Roque Vernalha.
A13 – Rua Manoel Correia, trecho compreendido entre as vias Rua Aníbal Paiva
e Avenida Coronel José Lobo.
A14 – Rua Baroneza do Cerro Azul, trecho compreendido entre as vias Estrada
do Emboguaçu e Avenida Coronel José Lobo.
A15 – Avenida Governador Manoel Ribas, trecho compreendido entre as vias
Avenida Portuária e Rua dos Expedicionários, encontrando a via Avenida Tufi Maron na
margem Norte da Ferrovia e continuando por esta até a via Rua Ford, seguindo pela via
projetada ao longo do atual Pátio de Manobras da RFFA até a Avenida Curitiba, seguindo
diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
A16 – Rua Frei José Thomaz, em toda sua extensão.
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03. Vias Coletoras:
C01 – Rua Ermelino de Leão, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin
Constant e Rua Manoel Correia.
C02 – Rua Marechal Floriano, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin
Constant e Rua Manoel Pereira.
C03 – Avenida Coronel José Lobo, trecho compreendido entre as vias Rua
Benjamin Constant e Rua Manoel Correia.
C04 – Rua Manuel Bonifácio, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin
Constant e Rua Manoel Correia.
C05 – Rua Comendador Correia Junior, trecho compreendido entre as vias Rua
Manoel Ribas e Rua João Eugênio.
C06 – Rua Nestor Vitor, trecho compreendido entre as vias Rua Manoel Ribas e
Rua Júlia da Costa.
C07 – Avenida Gabriel de Lara, trecho compreendido entre as vias Avenida
Bento Rocha e Rua Júlia da Costa;
C08 – Rua Arthur Bernardes, em toda a sua extensão.
C09 – Constituída pela Estrada do Correia Velho e Rua Alfredo Bundant, em
toda a sua extensão.
C10 – Rua Nicolau Mader, em toda a sua extensão.
C11 – Estrada Velha do Emboguaçu, em toda a sua extensão.
C12 – Rua Bento de Oliveira Rocha , trecho compreendido entre as vias Rua
Domingos Peneda e Rua Cláudio Pontes.
C13 – Rua Pirapora, trecho compreendido entre as vias Rua Domingos Peneda
e Rua Cláudio Pontes.
C14 – Rua Guaráguaçu, trecho compreendido entre as vias Rua Domingos
Peneda e Rua Japurá.
C15 – Rua Capibaribe, trecho compreendido entre as vias Avenida Ayrton Senna
e Rua Japurá.
C16 – Rua Manoel Jordão Cavalheiroa, em toda a sua extensão.
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C17 – Rua Renato Leone, em toda a sua extensão.
C18 – Rua Gilberto Elias Chaiben, em toda a sua extensão.
C19 – Rua Julio Groth, em toda a sua extensão.
C20 – Rua Antônio Pelintro de Lima, trecho compreendido entre as vias Avenida
Chico Mendes e a BR 277, e incluindo trecho projetado, seguindo diretrizes e traçado viário
estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
C21 - Rua das Rosas, em toda a sua extensão.
C22 – Composta pelas vias Rua Mohamed Hamud Hamud, em toda sua
extensão, e Rua Roma, até a via Rua Atenas.
C23 – Composta pelas vias Rua João da Silva Rebello, em toda sua extensão, e
Rua Lisboa, até a via Rua Rosário.
C24 – Rua das Codornas, trecho compreendido entre as vias Estrada das
Colônias e a extensão até a via proposta para a Via Arterial A10, seguindo diretrizes e traçado
viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
C25 – Rua das Jaçanãs, entre a estrada das Colônias e a extensão proposta
para a Via Arterial A10, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver
Anexo 02).
C26 – Rua Rodrigues Alves, em toda a sua extensão.
C27 – Alameda Coronel Elysio Pereira, trecho compreendido entre as vias
Avenida Roque Vernalha e Rua dos Expedicionários.
C28 – Rua Júlia da Costa, em toda a sua extensão.
C29 – Composta pelas vias Rua José Gomes, trecho compreendido entre as
vias Rua dos Expedicionários e Rua Gabriel de Lara, e Rua João Eugênio, em toda a sua
extensão.
C30 – Rua Arthur de Souza, trecho compreendido entre as vias Rua dos
Expedicionários e Estrada do Emboguaçu.
C31 – Composta pelas vias Ruas Maneco Viana, em toda sua extensão, e Rua
Barão do Rio Branco, em toda a sua extensão.
C32 – Rua Manoel Pereira, em toda a sua extensão.
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C33 – Rua Conselheiro Correia, em toda a sua extensão.
C34 – Avenida Governador Manoel Ribas, trecho compreendido entre as vias
Rua dos Expedicionários e Rua Alfredo Bundant.
C35 – Rua Claudionor Nascimento, em toda a sua extensão.
C36 – Rua José Cadilhe, em toda a sua extensão.
C37 – Rua Barão do Amazonas, em toda a sua extensão.
C38 – Rua Xingu, em toda a sua extensão.
C39 – Composta pela Avenida José da Costa Leite e trecho proposto, seguindo
diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
C40 – Rua Lucinda Rodrigues, em toda a sua extensão.
C41 – Rua Aníbal Roque, em toda a sua extensão.
C42 – Composta pelas seguintes vias: Rua Regina de Félix, entre a Rua Manoel
Jordão Cavalheiro e a Rua Renato Leon, conectando-se à Rua Alberto Pereira dos Santos até
a Rua do Agapanto, seguindo por esta, em direção Norte até a Rua das Margaridas,
conectando-se com a Rua Vidal Vanhoni até a Rua Nelson Pereira, seguindo por esta até a
Rua 04 do Jardim Paranaguá e seguindo por esta até a Via Estrutural E05.
C43 – Rua Zélia Simeão Oplade e sua extensão até a Via Estrutural E05,
seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
C44 – Composta pelas vias Rua Germano Crispi Oliveira, Rua Antônio Policarpo
e Rua 02 do Jardim Paranaguá até a Via Estrutural E05.
C45 – Rua Montevideo, trecho compreendido entre as vias Ruas Julio Groth e
Rua Lisboa.
C46 – Rua 04 da Vila Garcia, trecho compreendido entre as vias Via Estrutural
E05 e Via Arterial A08.
C47 – Rua 01 da Vila Gracia, trecho compreendido entre as vias Via Estrutural
E05 e Via Arterial A08, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver
Anexo 02).
C48 – Rua dos Macucos, trecho compreendido entre as vias Via Estrutural E05 e
Via Arterial A08, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
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C49 – Rua dos Gansos, trecho compreendido entre as vias Via Estrutural E05 e
Via Arterial A08, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
C50 – Rua Francisco Machado, em toda a sua extensão, e Rua Brasílio Itiberê,
em toda a sua extensão.
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04. Via Panorâmica:
PA01 – Via a ser implantada ao longo do Rio Itiberê, entre a Via Arterial A10 e
Via Arterial A11, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).
05. Via Parque:
P01 – Via a ser implantada, tendo início na Via Arterial A09, estendendo-se até a
Zona de Recuperação Ambiental Dois (ZRA 2), de acordo com a Lei de Zoneamento de Uso e
ocupação do solo, e seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo
02).
06. Vias de Pedestres
PE01 – Rua Hugo Simas, entre as vias Rua XV de Novembro e a Rua Marechal
Deodoro da Fonseca
PE02 – Rua General Carneiro, entre as vias Rua Princeza Izabel e Rua Presciliano
Correa.
06. Vias Portuárias:
PO01 – Avenida Portuária, em toda sua extensão;
PO02 – Avenida Governador Manoel Ribas, do entroncamento com Avenida Portuária
até a Rua Manoel Bonifácio.
PO03 – Avenida Antonio Pereira, do entroncamento com Avenida Portuária até a Rua
Manoel Bonifácio.
PO04 – Rua Soares Gomes, do entroncamento com Avenida Portuária até a Rua
Manoel Bonifácio.
PO05 – Rua Barão do Rio Branco, entre o TCP e a Rua Manoel Bonifácio.
PO06 – Avenida Coronel José Lobo, entre a Rua Barão do Rio Branco e Avenida
Portuária;
PO07 - Rua Manoel Bonifácio desde a Manoel Correia até o limite da baía.
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PO08 – Complexo de vias internas que acessam ao silo da APPA e terminal de
containeres – TCP.
PO09 – Rua Manoel Correia, trecho compreendido entre via interna da APPA e a
Avenida Coronel José Lobo.
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ANEXO II
MAPA DE SISTEMA VIÁRIO
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LEI DO SISTEMA CICLOVIÁRIO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 202
LEI DO SISTEMA CICLOVIÁRIO
Dispõe sobre o uso da bicicleta e o
Sistema Cicloviário do Município de
Paranaguá, e dá outras providências.
A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná aprovou e eu, Prefeito Municipal,
sanciono a seguinte Lei Complementar:
Art. 1º. Esta lei regula o uso da bicicleta e o sistema cicloviário, integrando-os aos
sistemas municipais viário e de transportes, de modo a alcançar a utilização segura da bicicleta
como veículo de transporte alternativo no atendimento às demandas de deslocamento e lazer
da população.
Art. 2°. São objetivos do sistema cicloviário:
I – Oferecer, à população, a opção de transporte de bicicleta em condições de
segurança e o atendimento da demanda de deslocamento no espaço urbano, mediante
planejamento e gestão integrada ao sistema municipal de transportes, atendendo a hierarquia
segundo a qual o pedestre tem a preferência, seguido pela bicicleta, pelo transporte coletivo e,
por último, pelo veículo particular;
II - Integrar a modalidade de transporte individual não motorizado às modalidades de
transporte público;
III - Reduzir a poluição atmosférica e sonora, o congestionamento das vias públicas por
veículos automotores e promover a melhoria da qualidade de vida;
IV - Promover o lazer ciclístico e a conscientização ecológica.
Art. 3°. Constituem o sistema cicloviário:
I - A malha básica de ciclovias, ciclofaixas e faixas-compartilhadas, com traçados e
dimensões de segurança e sinalização adequados;
II - Estacionamentos de curta duração;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 203
III - Bicicletários junto aos terminais, prédios públicos e demais pontos de afluxo da
população, servidos pela malha viária do sistema.
Art. 4°. Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - Ciclovia: via aberta ao uso público caracterizada como pista destinada ao trânsito
exclusivo de bicicletas, separada da via pública de tráfego motorizado por meio fio ou obstáculo
similar, e separada da área destinada aos pedestres por dispositivo semelhante ou em
desnível, que a distingua das áreas citadas;
II - Ciclofaixa: via aberta ao uso público, caracterizada como faixa destinada ao trânsito
exclusivo de bicicletas, demarcada na pista de rolamento ou calçadas por sinalização
específica;
III - Faixa-compartilhada ou via de tráfego compartilhado: via aberta ao uso público,
caracterizada como pista compartilhada com o trânsito de veículos motorizados, bicicletas e
pedestres, sendo via preferencial ao pedestre quando demarcada na calçada e preferencial a
bicicleta quando demarcada na pista de rolamento;
IV - Estacionamento de bicicletas: local público equipado com dispositivo para a guarda
de bicicletas, que também serve como ponto de apoio ao ciclista;
V – Bicicletário: espaço com controle de acesso destinado ao estacionamento de
bicicletas, podendo ser coberto ou ao ar livre, e podendo contar com banheiros e vestiários,
além de ponto de vendas de bebidas não alcóolicas, lanches prontos e produtos destinados à
manutenção de bicicletas.
§ 1º. As faixas-compartilhadas poderão ser demarcadas sobre os passeios, desde que
tecnicamente demonstrada a viabilidade para o uso compartilhado do mesmo espaço por
pedestres e ciclistas, conforme art. 59 do Código de Trânsito Brasileiro.
§ 2º. Os bicicletários deverão ser edificados com utilização de técnicas e materiais que
promovam o desenvolvimento ambiental, o aproveitamento da energia solar para aquecimento
da água dos chuveiros, promoção do conforto ambiental (ventilação e insolação adequados) e
locais para depósitos de lixo reciclável.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 204
Art. 5°. A proposta, elaboração do projeto, implantação e operação dos bicicletários
com controle de acesso poderão ser realizadas pela iniciativa privada, sem qualquer ônus
financeiro para a municipalidade, mediante o respectivo procedimento licitatório em troca de
exploração de publicidade em espaço a ser definido pelo Órgão Municipal de Planejamento nos
próprios equipamentos, levando-se em conta o tipo, tamanho e localização da publicidade.
§1º. O particular responsável pela implantação, operação e manutenção dos
bicicletários poderá receber, no certame licitatório a que se refere o caput desse artigo, a
permissão para exploração do serviço de bicicletário, remunerando-se pelos serviços prestados
através da cobrança de tarifa dos usuários.
§2º. A permissão a que se refere o parágrafo anterior será regulamentada em lei
específica, que definirá os critérios que pautarão a fixação do valor da tarifa diária de
estacionamento particular de bicicletas em bicicletários, incumbência que caberá ao Poder
Executivo Municipal.
§3º O Poder Executivo, conforme critérios da lei específica, poderá fixar valor
diferenciado de tarifa para bicicletários que possuam seguro contra roubos.
Art. 6°. É obrigatória a destinação de local reservado para o estacionamento de
bicicletas em toda e qualquer área pública que gere tráfego de pessoas e veículos, que será
determinado pelo Órgão Municipal de Planejamento.
Art. 7º. Nas novas vias públicas, observando diretrizes do Plano Diretor e da Lei de
Sistema Viário, deverá ser implantado sistema cicloviário, conforme estudo prévio de
viabilidade física e sócio-econômica, que estabelecerá, no mínimo, a implantação de faixa
compartilhada devidamente sinalizada.
§ 1°. Na elaboração de projetos e construção de praças a parques com área superior a
4.000,00m2 (quatro mil metros quadrados), é obrigatória a inserção de sistema cicloviário e
seus equipamentos complementares.
§ 2°. Nos casos em que a implantação da via implicar a construção de pontes, viadutos
e abertura de túneis, tais obras também serão dotadas de sistemas cicloviários integrados ao
projeto.
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§ 3°. A implantação de ciclovias deverá ocorrer nos principais eixos de deslocamento da
cidade, inserindo este sistema nas principais áreas geradoras de tráfego que sejam pontos
potenciais de origem e destino dos ciclistas.
Art. 8°. Os projetos e os serviços de reforma para alargamento, estreitamento e
retificação do sistema viário existente, realizados a partir da data em que entra em vigor esta
Lei, contemplarão a implantação de sistema cicloviário, conforme estudo prévio de viabilidade
física e sócio-econômica, estabelecendo, no mínimo, a faixa compartilhada devidamente
sinalizada.
Art. 9º. Os terminais integrados de transporte coletivo municipal terão espaços
reservados para bicicletas na forma de estacionamentos e/ou bicicletários.
Art. 10. É permitido, nas ciclovias, ciclofaixas a faixas-compartilhadas, além da
bicicleta:
I - Circular com cadeira de rodas;
II - Circular com ambulâncias, viaturas do Corpo de Bombeiros, da Polícia e da Defesa
Civil, apenas em caráter de emergência, respeitando-se, acima de tudo, a segurança dos
usuários do sistema cicloviário;
III - Patinar nas pistas onde sua presença não seja expressamente proibida, desde que
se mantenha ao passo, na mão, alinhado à direita, e sem obstruir a ultrapassagem.
Art. 11. São vedados nas ciclovias e ciclofaixas:
I - O estacionamento e o tráfego de veículos motorizados, bem como qualquer
obstrução ao trânsito;
II - A utilização da pista, por veículos tracionados por animais;
III - A utilização da pista por pedestres;
VI – O trânsito de ciclistas em conduta que coloque em risco a segurança de outros
munícipes.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 206
Art. 12. A inobservância das vedações estabelecidas nesta Lei, sujeita o infrator, ciclista
ou não, às seguintes penalidades:
I - Advertência oral ou escrita;
II - Multa em valor não inferior a 20 UFIRs (vinte Unidades Fiscais de Referência);
III - Remoção e apreensão da bicicleta;
§ 1º. A aplicação de penalidades será graduada segundo a natureza e a gravidade da
infração e de suas conseqüências, nos termos do regulamento a ser instituído pelo Poder
Executivo.
§ 2º. Os recursos oriundos das multas deverão ser destinados a programas de
educação no trânsito, para o respeito aos ciclistas, à sinalização, bem como para programas de
manutenção e implantação de ciclovias.
Art. 13. Fica instituída na ________ quinzena de _________ a Semana da Bicicleta, e
no dia ____ de __________ o Dia do Ciclista.
Art. 14. A Secretaria de Planejamento desenvolverá programas educativos, dirigidos a
orientar e conscientizar motoristas, pedestres e ciclistas quanto ao uso da bicicleta, do sistema
cicloviário a das regras de segurança a serem compartilhadas entre eles.
Art. 15. Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal obrigado, no prazo máximo de 180
(cento e oitenta dias) a contar da data da publicação desta Lei, a submeter à apreciação do
Poder Legislativo projeto de lei disciplinando a conduta do ciclista no sistema cicloviário da
cidade.
Art. 16. Esta Lei entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data da publicação, revogadas
as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal, ___ de__________ de 2007.
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4 LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO – ANTEPROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 208
LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO
"Dispõe Sobre a Lei de Parcelamento do Solo
Urbano, sobre remembramento e Condomínios
Horizontais no Município de Paranaguá."
A CÂMARA MUNICIPAL DE PARANAGUÁ, ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu,
Prefeito Municipal, no uso das atribuições legais estabelecidas na Lei Orgânica do Município,
sanciono a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. A presente Lei se destina a disciplinar o parcelamento do solo, para fins
urbanos, no Município de Paranaguá, os condomínios horizontais e os remembramentos,
sendo elaborada nos termos da Lei Federal n.º 6.766/79, suas alterações e demais disposições
sobre a matéria, complementada pelas normas específicas de competência do Município.
Art. 2º. Esta Lei tem como objetivos:
I - Estimular e orientar o desenvolvimento urbano no Município, com adensamento
populacional equilibrado, proporcional à capacidade de atendimento dos equipamentos
urbanos e comunitários, assegurando condições dignas de habitação, trabalho, lazer e
circulação no espaço urbano;
II - Definir os procedimentos para a elaboração de projeto e a execução de todo
empreendimento de parcelamento do solo, para fins urbanos, e implantação de condomínios
horizontais;
III - Assegurar a existência de padrões urbanísticos e ambientais de interesse da
comunidade, nos processos de parcelamento do solo.
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Parágrafo Único. O disposto na presente Lei obriga não só os loteamentos,
desmembramentos e remembramentos, realizados para venda ou melhor aproveitamento de
imóveis, como também os efetivados em inventários, por decisão amigável ou judicial, para
extinção de comunhão de bens ou qualquer outro título.
Art. 3º. O parcelamento do solo urbano, e os empreendimentos condominiais poderão
ser feitos mediante loteamento, desmembramento ou condomínio horizontal, observadas as
disposições desta Lei, as exigências da legislação ambiental federal, estadual e municipal,
especialmente a Lei Complementar que institui o Plano Diretor, a Lei de Zoneamento de Uso e
Ocupação do Solo e a Lei de Sistema Viário.
§ 1º. O disposto no caput deste artigo também se aplica ao remembramento.
§ 2º. Considera-se loteamento a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação,
com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos, prolongamentos,
modificação ou ampliação dos já existentes.
§ 3º. Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados à
edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique a abertura
de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já
existentes.
§ 4º. Considera-se remembramento a junção de dois ou mais lotes para formarem
apenas um imóvel.
§ 5º Considera-se condomínio horizontal o aproveitamento de área de terreno em partes
individualizadas ou unidades autônomas, com respectiva construção, para uso exclusivo de
cada condômino, e partes destinadas para o uso comum do condomínio.
Art. 4º. Os projetos e a execução de qualquer parcelamento do solo para fins urbanos e
empreendimentos condominiais dependerão sempre de prévia autorização da Prefeitura
Municipal, obedecidas as normas desta Lei e as normas Federais, Estaduais e Municipais.
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CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 5º. Para efeito de aplicação da presente Lei, são adotadas as seguintes definições:
I. Gleba: área de terra que não foi objeto de parcelamento urbano;
II. Área de Domínio Público: área ocupada pelas vias de circulação, áreas
institucionais e espaços livres;
III. Espaços Livres: áreas de interesse de preservação e/ou espaços livres de
uso público destinados à implantação de praças, áreas de recreação e
esportivas, monumentos e demais referenciais urbanos e paisagísticos;
IV. Área Institucional: área destinada à implantação dos equipamentos públicos
de educação, cultura, saúde, lazer e similares;
V. Equipamentos Comunitários: são os equipamentos públicos de educação,
cultura, saúde, lazer, segurança e assistência social;
VI. Equipamentos Urbanos: são as instalações de infra-estrutura básica, sendo
rede de abastecimento de água potável, rede de esgoto sanitário, rede de
energia elétrica, rede de drenagem, rede telefônica e outras de interesse
público;
VII. Área Verde: são as áreas com cobertura vegetal de porte arbustivo-arbóreo,
não impermeabilizáveis, visando a contribuir para a melhoria de vida urbana,
permitindo-se seu uso para atividades de lazer;
VIII. Logradouro Público: área de propriedade pública e de uso comum destinada
a vias de circulação e espaços livres;
IX. Arruamento: logradouro ou conjunto de logradouros públicos destinados à
circulação viária ou utilização pública, e acesso aos lotes;
X. Via de Circulação: área destinada ao sistema de circulação de veículos e
pedestres, existentes ou projetadas;
XI. Caixa da Via: distância entre os limites dos alinhamentos prediais de cada
um dos lados da rua;
XII. Alinhamento Predial: linha divisória entre o lote e o logradouro público;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 211
XIII. Infra-Estrutura Básica: equipamentos urbanos de escoamento de águas
pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário, de abastecimento de
água potável, de energia elétrica pública e domiciliar e as vias de circulação;
XIV. Quadra: área resultante de loteamento, delimitada por vias de circulação
e/ou limites deste mesmo loteamento;
XV. Lote: parcela de terra delimitada, resultante de loteamento ou
desmembramento, inscrita no Cartório de Registro de Imóveis, com pelo
menos uma divisa lindeira à via de circulação, servida de infra-estrutura
básica, cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pela Lei
de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, na zona em que se situe;
XVI. Testada: largura mínima do lote voltada para a via pública;
XVII. Unidade Autônoma: fração da gleba de uso exclusivo que abriga a unidade
residencial, excluídas as áreas comuns da gleba;
XVIII. Faixa não Edificável: área do terreno onde não é permitida qualquer
construção;
XIX. Alvará: documento expedido pela Prefeitura Municipal concedendo licença
para o funcionamento de atividades ou a execução de serviços e obras.
CAPÍTULO III
DAS ÁREAS PARCELÁVEIS E NÃO PARCELÁVEIS
Art. 6º. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos nas áreas
inseridas no perímetro urbano do Município, assim definidas pela Lei do Perímetro Urbano.
Art. 7º. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos se dele
resultarem lotes edificáveis, de acordo com a Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 8º. Não será permitido o parcelamento do solo:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 212
I. Em terrenos alagadiços, antes de tomadas as medidas saneadoras e assegurado o
escoamento das águas;
II. Nas nascentes, corpos d’água e fundo de vale e nas demais áreas de preservação
permanente, conforme legislação específica;
III. Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que
sejam previamente saneados;
IV. Em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas exigências específicas das autoridades competentes;
V. Em áreas de preservação ecológica, ou naquelas onde a poluição impeça condições
sanitárias suportáveis, até a sua correção;
VI. Em terrenos onde exista degradação da qualidade ambiental, até sua correção;
VII. Em terrenos onde for necessária a preservação para o sistema de controle de erosão
urbana;
VIII. Em terrenos situados sem o atendimento dos equipamentos urbanos, especialmente as
redes públicas de abastecimento de água potável e de energia elétrica, salvo se
atendidas exigências específicas dos Órgãos Estaduais e Municipais Competentes.
§1º Para terrenos, lotes ou glebas que possuem vegetação nativa do Bioma da Mata
Atlântica, observar as disposições da Lei n°11.428, de 22 de dezembro de 2006.
§2º Em áreas de uso sustentável, quando do parcelamento, será obrigatória a
apresentação de plano de manejo das unidades desmembradas.
CAPÍTULO IV
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS
Art. 9º. Os parcelamentos do solo urbano deverão atender aos seguintes requisitos
urbanísticos:
I. Respeito ao sitio natural e à hidrografia, considerando as restrições ambientais de
Paranaguá;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 213
II. Articulação com o sistema viário principal e definição de hierarquia interna, com a
criação de sistema de quadras e lotes;
III. Distribuição equilibrada de áreas livres, favorecendo as conexões e otimizando sua
utilização;
IV. Distribuição de equipamentos comunitários, fundamentada na demanda local e
favorecendo a acessibilidade aos serviços públicos, no atendimento prioritário à
população;
V. Qualificação da paisagem, atendendo aos aspectos econômicos e funcionais, sem
ignorar os aspectos estéticos, formais e simbólicos.
SEÇÃO I
DAS ÁREAS INSTITUCIONAIS E ESPAÇOS LIVRES
Art. 10. Os loteamentos deverão destinar, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) da
gleba para o sistema de circulação, para a implantação de equipamento urbano e comunitário,
bem como para espaços livres de usos públicos, proporcionais à densidade para a gleba,
cedidos ao Município, com aprovação do Órgão Competente.
§1º. As áreas institucionais doadas ao Município serão no mínimo iguais a 10% (dez por
cento) da gleba, e terão no mínimo 30% (trinta por cento) do seu total em um só
perímetro e com área edificável mínima correspondente aos parâmetros definidos para a
zona em que se localiza, e com testada para via pública.
§2º. As áreas públicas restantes a serem doadas ao município serão destinadas às áreas
verdes, equipamentos urbanos e ao sistema viário.
§3º. A localização das áreas verdes públicas e das áreas destinadas à implantação de
equipamentos comunitários urbanos será definida de acordo com os interesses do
Município e/ou de acordo com o projeto de loteamento.
§4º. A porcentagem de áreas públicas previstas no parágrafo 1º, deste artigo, não poderá
ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da gleba salvo nos loteamentos destinados ao
uso industrial, onde lotes forem superiores a 15.000,00 m² (quinze mil metros quadrados),
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caso em que a porcentagem poderá ser reduzida a critério do Órgão Municipal
competente.
§5º. Nas ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, e nas demais zonas urbanas,
quando destinadas à regularização fundiária, a porcentagem mínima destinada a espaços
livres e a área institucional poderá ser redefinida após estudo específico, considerando a
densidade da ocupação, os equipamentos comunitários e urbanos existentes na zona em
que esteja inserida.
§6º. Ao longo das faixas de domínio público das rodovias, ferrovias e dutos, será
obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de 15,00 m (quinze metros) de cada
lado, salvo maiores exigências de legislação específica.
§7º. O Município poderá exigir complementarmente em cada parcelamento a reserva de
faixa não edificável destinada a equipamentos urbanos.
Art. 11. Os lotes reservados para os usos referidos no artigo anterior não poderão ser
caucionados para o cumprimento dos dispositivos previstos nesta Lei.
§1º. A Prefeitura não poderá alienar, em nenhuma hipótese, as áreas previstas no
Artigo 10, nem outorgar concessão de uso, devendo assegurar-lhe o uso institucional ou de
recreação adequados, tais como, praça, parque, estabelecimento educacional, unidade de
saúde, ou ainda, de puericultura, posto policial ou de bombeiro, mercado, abrigo para
passageiros de transportes coletivos, instalações esportivas, ou outras que visem atender
necessidades da população, de caráter coletivo e público.
§2º. Excluem-se da vedação do parágrafo anterior as permutas efetuadas para
implantação de equipamentos comunitários em outras áreas.
SEÇÃO II
DOS LOTES
Art. 12. Para efeito deste Código, os parâmetros a serem considerados para o
dimensionamento dos lotes na área urbana, sejam eles de propriedade pública ou privada,
serão a testada mínima e a área mínima.
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Art. 13. Os lotes terão as áreas e testadas mínimas definidas nas Tabelas de
Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo constantes do Anexo I da Lei de Zoneamento de Uso
e Ocupação do Solo.
Parágrafo Único. Os lotes de esquina terão sua menor testada acrescida do recuo
frontal obrigatório para a respectiva zona.
Art. 14. Os loteamentos destinados à habitação de interesse social e regularização
fundiária estarão situados nas ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social e serão implantados
pelo Poder Público.
SEÇÃO III
DAS VIAS DE CIRCULAÇÃO E DAS QUADRAS
Art. 15. Os padrões de urbanização para o sistema viário deverão obedecer, além das
normas municipais especificas, as diretrizes expedidas pelo Órgão Municipal Competente.
§1º. Qualquer gleba objeto de parcelamento para fins urbanos deverá ter acesso por
vias públicas, com conexão à rede viária urbana, de acordo com a Lei do Sistema Viário e
demais leis que integram o Plano Diretor.
§2º. Os ônus das obras necessárias para a execução ou alargamento das vias de
acesso referidas nesta Lei serão de responsabilidade do parcelador.
§3º As vias de circulação de qualquer parcelamento deverão garantir a
continuidade do traçado das vias existentes nas proximidades da gleba, e deverão estar de
acordo com as diretrizes expedidas pelo Poder Publico Municipal, com a Lei de Sistema Viário
e com as demais leis que integram o Plano Diretor.
§4º. Os passeios de vias deverão seguir as diretrizes constantes da Lei do Sistema
Viário e da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 216
Art. 16. As vias projetadas do loteamento deverão harmonizar-se com a topografia local
e articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas com declividade máxima
de 20% (vinte por cento), bem como deverão obedecer ao disposto na Lei do Sistema Viário.
Art. 17. O arruamento deverá ser projetado de modo a constituir rede hierarquizada de
vias integradas ao sistema viário existente e previsto, classificadas conforme a Lei do Sistema
Viário.
§ 1°. O comprimento máximo das quadras dos loteamentos não poderá ser superior a
150,00 m (cento e cinqüenta metros);
§ 2º. As vias locais sem saída deverão prever bolsões de retorno (“cull de sac”),
executados com diâmetro mínimo de 12,00m (doze metros);
Art. 18. Os parcelamentos situados ao longo das Rodovias Federais e Estaduais
deverão conter vias marginais paralelas à faixa de domínio das referidas rodovias, com largura
mínima de 15,00 m (quinze metros).
SEÇÃO IV
DA INFRA-ESTRUTURA E PRAZO DE IMPLANTAÇÃO
Art. 19. Os parcelamentos do solo sob a forma de loteamentos e condomínios
horizontais deverão atender a infra-estrutura básica mínima a seguir estabelecida:
I. Terraplenagem e pavimentação das vias de circulação, com base de saibro de
no mínimo 15 cm (quinze centímetros), revestimento asfáltico do tipo CBUQ
(Concreto Betuminoso Usinado a Quente) com 3 cm (três centímetros), ou PMF
(Tratamento pré-misturado a frio) com espessura mínima de 4 cm (quatro
centímetros), com capa selante;
II. Meio fio, calçamento e paisagismo;
III. Rede de abastecimento de água potável;
IV. Rede de esgotamento sanitário;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 217
V. Rede de energia elétrica e iluminação pública;
VI. Rede de drenagem (aterros, pontes, pontilhões e bueiros que se fizerem
necessários);
VII. Demarcação de quadras, lotes ou unidades autônomas;
VIII. Tratamento das faixas ao longo das margens dos córregos, linhas de drenagem
sazonais e corpos d’água em geral, que atendam à condição de Área de
Preservação Permanente.
§ 1º. A infra-estrutura básica a que se refere o artigo deverá se conectar com as redes
existentes, nos padrões estabelecidos pelo Plano Diretor, pela municipalidade e pelas
concessionárias dos serviços.
§ 2º As obras deverão ser previamente aprovadas, autorizadas e fiscalizadas pelo
Órgão Municipal competente.
§ 3º Na ausência da infra-estrutura no Município, deverá o loteamento estar preparado
para recebê-la futuramente, sendo obrigatório no caso da rede de esgoto implantar soluções
alternativas para seu armazenamento e tratamento, aprovadas pelos órgãos estaduais e
municipais competentes, após elaboração de estudos específicos na zona em que se insere o
empreendimento.
Art. 20. As obras e serviços de infra-estrutura urbana, exigidos para loteamento e
condomínio horizontal, deverão ser executados de acordo com o cronograma físico aprovado
pela Prefeitura Municipal.
§ 1°. O loteador terá o prazo máximo de 2 (dois) anos, a contar da data de expedição do
alvará de aprovação do loteamento, para executar as obras e serviços de infra-estrutura.
§ 2°. Poderão ser feitas alterações na seqüência de execução dos serviços e obras
mencionados neste artigo, mediante apresentação de cronograma que justifique as alterações,
devendo as mesmas ser autorizadas previamente pela Prefeitura Municipal.
Art. 21. Fica sob a responsabilidade do empreendedor, nos condomínios e loteamentos
a execução e o custeio das obras e instalações de:
I. Demarcação:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 218
a) dos lotes;
b) das vias;
c) dos terrenos a serem transferidos para o domínio do Município;
d) das áreas não edificáveis;
e) a demarcação e sinalização das áreas de fragilidade ou de proteção
ambiental;
II. Abertura das vias de circulação e os respectivos trabalhos de terraplanagem;
III. Rede de drenagem superficial e profunda de águas pluviais com o pleno
atendimento das normas do Órgão Municipal Competente;
IV. Rede de abastecimento de água potável, dentro das normas da empresa
concessionária ou órgão responsável;
V. Rede de saneamento, dentro das normas e padrões da empresa
concessionária ou órgão responsável;
VI. Rede de distribuição compacta de energia elétrica e de iluminação pública,
dentro das normas da empresa concessionária ou órgão responsável;
VII. Pavimentação asfáltica das pistas de rolamento, das vias de acesso e
circulação e praças, incluindo a construção de guias e sarjetas, dentro das
normas e padrões determinados pelo Órgão Municipal Competente e de acordo
com a Lei do Sistema Viário e demais legislações pertinentes;
VIII. Passeios e muretas;
IX. Arborização das vias de circulação e o ajardinamento dos espaços livres de
uso público, além do replantio dos fundos de vale, dentro dos padrões e
normas do Órgão Municipal Competente;
X. Recobrimento vegetal de cortes e taludes do terreno além da proteção de
encostas, quando necessário, além da implantação e/ou a reconstituição da
mata ciliar.
XI. Rampas de acesso no meio-fio, junto às esquinas, para uso das pessoas
portadoras de necessidades especiais, dentro dos padrões estabelecidos pelas
leis federais, estaduais e municipais.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 219
§ 1º. Para os casos de impossibilidade técnica de execução de qualquer dos elementos
referentes à infra-estrutura, na forma mencionada neste artigo, o proprietário deverá anexar ao
projeto de loteamento certidão do Órgão Municipal Competente ou da concessionária
responsável pelo serviço, com o devido atesto de tal impedimento.
§ 2º. As obras e os serviços de infra-estrutura exigidos deverão ser executados
obedecendo ao cronograma físico previamente aprovado pelo Órgão Municipal Competente.
Art. 22. Nos parcelamentos de solo sob a forma de desmembramento é obrigatório:
I. Em áreas críticas, sujeitas à erosão, elaborar e implantar os devidos projetos
de drenagem, de acordo com diretrizes do Órgão Municipal Competente;
II. Apresentar solução para tratamento de esgoto compatível com densidade e
tamanho dos lotes sendo obrigatória a interligação na rede existente ou a ser
implantada, de acordo com projetos específicos;
III. Nas áreas sujeitas à erosão e onde se faça necessária a drenagem, as
exigências do inciso anterior serão complementadas com galerias de águas
pluviais, de acordo com a orientação do Órgão Municipal Competente.
CAPITULO V
DOS CONDOMINIOS HORIZONTAIS
Art. 23. Será admitida a implantação de Condomínios Horizontais Residenciais nas
zonas definidas de acordo com o Anexo I da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
Parágrafo único. Os Condomínios Industriais poderão ser implantados na Zona de
Interesse Portuário, na Zona de Interesse de Expansão Portuária e na Zona de
Desenvolvimento Econômico, de acordo como disposto na Lei do Plano Diretor e na Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 24. Os Condomínios Horizontais satisfarão obrigatoriamente as seguintes
exigências:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 220
I. Não poderão ter área superior a 50.000,00 m² (cinqüenta mil metros
quadrados);
II. As unidades autônomas edificadas em altura máxima de 02 (dois)
pavimentos e taxa de ocupação compatível com o zoneamento local;
III. Entre 02 (dois) ou mais Condomínios Horizontais deverá ser respeitada uma
distância mínima que garanta a permeabilidade do Sistema Viário;
IV. Deverá ser reservada área interna, destinada ao uso de Recreação dos
condôminos, na proporção mínima de 8% (oito por cento ) da área total da
gleba;
V. As vias de circulação interna deverão ter a pista de rolamento com largura
mínima de 6,00 m (seis metros), e, passeio mínimo de 1,50 m (um metro e
cinqüenta centímetros) de cada lado da via;
VI. Deverão ser previstas áreas para estacionamento de veículos para uso
comum dos condôminos (vagas para visitantes) na proporção de 01 (uma)
vaga para cada 10 (dez) unidades autônomas, e, para uso exclusivo dos
condôminos deverá ser prevista 01 (uma) vaga para cada unidade
autônoma;
VII. Os limites externos do condomínio deverão ser delimitados com alguma
forma de vedação podendo ser por muros, grades, cercas vivas ou outras,
conforme o Código de Obras e Edificações;
VIII. A doação de área correspondente a 10% (dez por cento) da gleba, com área
edificável mínima correspondente aos parâmetros para a zona em que se
localize, mediante transferência para o Município através de escritura pública
de doação, formalizada junto ao Registro de Imóveis competente, sem
quaisquer ônus ou encargos sob qualquer título para o Município.
§ 1° O Município poderá, a seu exclusivo critério, optar por receber em substituição à
doação de que trata o inciso, outra área situada na Macrozona Urbana do Município, desde
que com valor comprovadamente equivalente.
§ 2°. Poderão ser admitidos condomínios horizontais com dimensão maior do que a
determinada no inciso I deste Artigo, após análise e parecer do órgão municipal competente, e
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 221
desde que sejam respeitadas as diretrizes de arruamento definidas pelo setor técnico, e as
legislações ambientais vigentes.
§3°. Para os condomínios implantados em gleba com área inferior a 5.000,00 m² (cinco
mil metros quadrados) fica dispensada a doação de área prevista no inciso VIII deste Artigo.
Art.25. A infra-estrutura mínima exigida para os condomínios é a mesma definida para
os loteamentos nesta Lei.
Art. 26. O Condomínio Horizontal deverá adequar-se ao traçado do sistema viário
principal, à Lei do Sistema Viário, às diretrizes urbanísticas e de preservação ambiental
determinadas pelo Município na Lei do Plano Diretor, à Lei do Zoneamento de Uso e Ocupação
do Solo, demais disposições relativas ao parcelamento do solo e aos parâmetros estabelecidos
por regulamento específico, de modo a assegurar a integração de empreendimento com a
estrutura urbana existente.
§1º. Os Condomínios Horizontais somente serão permitidos em áreas compatíveis
localizadas na Macrozona Urbana do Município.
§2º. A implantação de Condomínio Horizontal está sujeita a diretrizes viárias locais,
devendo atender preliminarmente às disposições urbanísticas aplicáveis nos loteamentos.
Art. 27. Todo condomínio horizontal respeitará, para as áreas de uso exclusivo
correspondentes às unidades autônomas, as dimensões mínimas estabelecidas no Anexo I da
Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 28. Os projetos destinados a edificações em condomínio horizontal deverão
aprovar, concomitantemente, as respectivas construções individualizadas, com prazo máximo
de 02 (dois) anos para as suas conclusões, contadas a partir da data de aprovação do projeto,
podendo este prazo ser prorrogado por igual período e por uma única vez, desde que seja
solicitado pelo interessado, apresentando as devidas justificativas.
§1º. A inobservância do prazo estabelecido implicará a aplicação de multa pecuniária,
da responsabilidade do condomínio-adquirinte no valor de 500 (quinhentas) UFM’s por unidade
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 222
residencial não executada, acrescida de multa complementar de 200 (duzentas) UFM’s por
unidade residencial não executada por mês de atraso da conclusão da obra, observando o
último prazo oficial concedido.
§2º. O inteiro teor do parágrafo anterior será obrigatoriamente transcrito no instrumento
contratual de compromisso de compra e venda a ser firmado entre o vendedor e o comprador.
§3º. Os condomínios horizontais em execução terão o prazo de 01 (um) ano para se
adequarem ao estabelecido neste artigo.
Art. 29. O condomínio horizontal aprovado pela municipalidade não poderá sofrer
qualquer modificação ou alteração na sua forma original, exceto com prévia e expressa
autorização do município, emanada em processo administrativo formalizado e fundamentado,
diante de situações supervenientes ou de interesse público relevante que justifiquem
deferimento ao pedido de adaptação.
Art.30. O projeto devidamente aprovado pelo município para a implantação de
condomínio horizontal, será levado obrigatoriamente para averbação e matrícula junto ao
Registro Imobiliário competente, em cujo ato deverá constar que o uso da área condominiada
se presta tão somente para Condomínio Horizontal, sendo vedada sua subdivisão ou
desmembramento em lotes individualizados que contrariem a forma originariamente aprovada.
§1º. Ao ser registrado no Registro de Imóveis, o projeto do Condomínio Horizontal
deverá especificar a condição de uso da área, somente para Condomínio Horizontal, e a
proibição de subdivisão da área em lotes.
§2º. As habitações em série paralelas ou transversais ao alinhamento predial com 2
(duas) ou mais unidades autônomas até o limite de 20 (vinte), deverão atender aos parâmetros
estabelecidos no Anexo I da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, bem como
demais exigências previstas no Código de Obras e Edificações.
Art.31. Cabe exclusivamente aos Condôminos a responsabilidade e ônus pela
indispensável limpeza, manutenção e preservação de vias, espaços, logradouros e áreas
internas de uso exclusivo do Condomínio Horizontal, assim como as obras de urbanização
interna previstas neste Código.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 223
Art.32. O pedido de aprovação do projeto de Condomínio Horizontal será instruído
conforme documentação descrita no CAPÍTULO VI deste Código.
SEÇÃO I
DAS RESIDÊNCIAS EM SÉRIE
Art. 33 As residências em série são agrupamentos residenciais constituídos de
conjuntos de 2 (duas) até 20 (vinte) habitações unifamiliares implantadas em um mesmo
terreno, tendo a seguinte classificação:
I. Residências em série transversais ao alinhamento predial, com paredes
contíguas ou não, cuja ligação com a via pública, se faz através de corredor
de acesso interno ao lote;
II. Residências em série paralelas ao alinhamento predial, contíguas ou não,
cuja ligação com a via pública, se faz através de cada unidade.
Art. 34 Os corredores de acesso das residências em série deverão atender as
seguintes disposições:
I. Quando as edificações unifamiliares se situarem em um só lado do corredor
de acesso, e este se destinar a veículos e pedestres, terão as seguintes
larguras mínimas:
a) Caixa da Via: 7,00 m (sete metros);
b) Passeio: 1,00 m (um metro);
c) Pista de rolamento: 6,00m (seis metros);
II. Quando as edificações unifamiliares se situarem em ambos os lados do
corredor de acesso, e este se destinar a veículos e pedestres, terão as
seguintes larguras mínimas:
a) Caixa da Via: 8,00 m (oito metros);
b) Passeio: 1,00m (um metro) para cada lado;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 224
c) Pista de rolamento: 6,00 m (seis metros);
III. Nos corredores de acesso para 10 (dez) ou mais unidades residenciais
alinhadas, ou com extensão superior a 50,00m (cinqüenta metros), contados
a partir do alinhamento predial, deverá ser previsto um bolsão de retorno
com diâmetro mínimo de 12,00m (doze metros);
IV. Os corredores de acesso não poderão interligar duas vias públicas e a sua
interrupção poderá ocorrer através de área edificada;
V. As edificações deverão estar afastadas do alinhamento do corredor de
acesso de veículos e pedestres em, no mínimo, 3,00m (três metros), exceto
quando se tratar de acesso exclusivo de pedestres ou exclusivo de veículos,
quando o afastamento mínimo será de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros).
Parágrafo único. Nos casos em que as unidades residenciais ao lado do corredor de
acesso estejam voltadas para a via principal, poderá ser dispensado o recuo mínimo de 3,00m
(três metros) ou quando fizerem frente para dois acessos, o recuo poderá ser dispensado em
um deles.
Art. 35 Cada unidade residencial deverá ter no mínimo 5,20 (cinco metros e vinte
centímetros) de largura de fachada, valor totalizado dos eixos das paredes de divisa entre as
unidades, e ainda deverá obedecer aos parâmetros estabelecidos no Anexo I da Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
Parágrafo Único. Para residências em série transversais ao alinhamento predial, 25%
(vinte e cinco por cento) das unidades poderão apresentar dimensão de largura de fachada de
no mínimo 4,20m (quatro metros e vinte centímetros).
Art. 36 As dimensões e áreas mínimas dos compartimentos ou ambientes, assim como
as condições, dimensões e áreas mínimas para os vãos destinados à iluminação, ventilação e
insolação, deverão obedecer às condições mínimas contidas no Código de Obras e
Edificações.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 225
Art. 37 A partir de 5 (cinco) unidades residenciais transversais ao alinhamento predial, o
empreendimento deverá possuir 10% (dez por cento) da área total do terreno para área de
recreação.
Art. 38 As residências em série deverão possuir áreas de estacionamento na proporção
mínima de 1 (uma) vaga para cada unidade residencial e atender às regras estabelecidas para
estacionamentos presentes no Código de Obras e Edificações.
§1º. As vagas de estacionamento poderão estar indicadas na fração ideal de cada
unidade residencial ou agrupadas, em áreas únicas, para conjuntos homogêneos de moradia.
§2º. Poderá ser admitida a vaga para estacionamento ocupando parcialmente o recuo
do alinhamento do corredor de acesso, desde que transversal a ele, e individualizada.
CAPÍTULO VI
DA CONSULTA PRÉVIA
Art. 39 O interessado em elaborar projeto de loteamento e condomínio horizontal
deverá solicitar à Prefeitura Municipal, em consulta prévia, a viabilidade do mesmo, os
requisitos urbanísticos e as diretrizes para o Uso e Ocupação do Solo e para o Sistema Viário,
apresentando para este fim os seguintes documentos e informações:
I. Requerimento assinado pelo proprietário da área ou seu representante legal;
II. Matrícula do Registro de Imóveis atualizada;
III. Malha de coordenada UTM com, no mínimo, dois vértices na poligonal
georreferenciados;
IV. Planta planialtimétrica da área a ser loteada, ou empreendido condomínio
horizontal em duas vias, na escala 1:1.000 (um para mil), com referências da
rede oficial, assinada pelo responsável técnico e pelo proprietário ou seu
representante, indicando:
a) divisas da propriedade perfeitamente definidas;
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b) localização dos cursos d’água, áreas sujeitas a inundações, bosques,
monumentos naturais ou artificiais, vegetação com classificação de porte e
construções existentes, tipologia do solo e principais acidentes topográficos;
c) relevo, por meio de curvas de nível eqüidistantes de 1m (um metro);
d) arruamento contíguo a todo perímetro;
V. O tipo de uso predominante a que a área se destina;
VI. Planta de situação da área em duas vias, na escala 1:5.000 (um para cinco
mil), indicando:
a) norte magnético e verdadeiro, área total e dimensões do terreno e seus
principais pontos de referência, assinalando as áreas limítrofes que já
estejam arruadas;
b) arruamentos contíguos a todo o perímetro;
c) localização de vias de comunicação, dos espaços livres, dos
equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas
adjacências num raio de 1.000m (um mil metros) com as respectivas
distâncias da área.
Art. 40. Havendo viabilidade de implantação, o Poder Público, de acordo com as
diretrizes de planejamento do Município e Legislação do Plano Diretor, e após consulta aos
Órgãos Municipais Competentes pelos serviços e equipamentos urbanos, indicará na planta
apresentada na consulta prévia:
I. As diretrizes das vias de circulação existentes ou projetadas que compõem
o sistema viário do Município, relacionadas com o empreendimento
pretendido, a serem respeitadas;
II. A fixação da zona ou zonas de uso predominante de acordo com a Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo;
III. A localização aproximada das áreas institucionais e dos espaços livres de
uso público, de acordo com as prioridades para cada zona;
IV. As faixas sanitárias do terreno para o escoamento de águas pluviais e
outras faixas não-edificáveis;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 227
V. A relação dos equipamentos urbanos que deverão ser projetados e
executados pelo interessado.
§ 1º. O prazo máximo para estudos e fornecimento das diretrizes será de 30 (trinta)
dias, neles não sendo computado o tempo despendido na prestação de esclarecimentos pela
parte interessada.
§ 2º. As diretrizes vigorarão pelo prazo máximo de 1 (um) ano, a contar da data de sua
expedição, sendo que após este prazo deverá ser solicitada nova Consulta Prévia.
§ 3º. A aceitação da consulta prévia não implica em aprovação da proposta do
empreendimento.
CAPÍTULO VII
DO PROJETO DE LOTEAMENTO
Art. 41 Cumpridas as etapas do Capítulo anterior e havendo viabilidade da implantação
do loteamento, o interessado apresentará projeto, em conformidade com as normas e diretrizes
definidas pela Prefeitura Municipal, em requerimento escrito, juntando os seguintes
documentos e informações:
I. Planta do imóvel, em meio digital e 4 (quatro) cópias em escala 1:1.000 (um
para mil) ou 1:500 (um para quinhentos), indicando:
a) delimitação exata, confrontantes, curva de nível de metro em metro, norte
magnético e verdadeiro e sistema de vias com o devido estaqueamento a
cada 20,00 m (vinte metros);
b) quadras e lotes com respectivas dimensões e numeração;
c) cursos d’água e nascentes e respectivas faixas de preservação
permanente - escrevendo no interior das faixas a expressão “FAIXA NÃO
EDIFICÁVEL - Lei Federal n.° 6.766/79 e suas alterações”;
d) sentido de escoamento das águas pluviais;
e) delimitação e indicação das áreas públicas institucionais e espaços livres;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 228
f) faixas não edificáveis, nos lotes onde forem necessárias, para obras de
saneamento ou outras de interesse público, de acordo com as diretrizes do
Plano Diretor;
g) raios de curvatura e desenvolvimento das vias e seus cruzamentos;
h) larguras das vias, das caixas de rolamento e dos passeios;
i) ruas adjacentes que se articulam com o plano de loteamento;
j) faixas não edificáveis ao longo das águas correntes e dormentes - Áreas
de Preservação Permanente, de acordo com Lei Federal 4.771/65 e suas
alterações;
k) faixas de domínio das rodovias, ferrovias, dutos e sob as linhas de alta
tensão, escrevendo no interior das faixas, a expressão “FAIXA NÃO
EDIFICÁVEL - Lei Federal n.° 6.766/79 e suas alterações”;
l) áreas verdes e construções existentes;
m) áreas que poderão receber acréscimo de potencial construtivo, quando
for o caso;
n) quadro estatístico de áreas, constante no carimbo da planta, conforme Lei
Municipal específica.
II. Perfis Longitudinais das Vias de Circulação, contendo os eixos das vias,
apresentados em escala 1:1.000 (um para mil) horizontal e 1:100 (um para
cem) vertical, sendo aceitas outras escalas, apresentando ainda:
a) estaqueamento, a cada 20m (vinte metros);
b) número da estaca;
c) traçado do terreno original e da via projetada com as declividades
longitudinais e respectivas cotas referidas à RN (referência de nível) a ser
fornecida pela Prefeitura Municipal.
III. Perfis Transversais das Vias de Circulação, em escala 1:500 (um para
quinhentos) horizontal e 1:100 (um para cem) vertical, sendo aceitas outras
escalas, caso necessário, com traçado da(s) pista(s) de rolamento, passeios
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 229
e canteiro central, quando for o caso, com as devidas dimensões e
desenhos;
IV. Memorial descritivo, em 04 (quatro) vias contendo obrigatoriamente:
a) denominação do loteamento;
b) descrição sucinta do loteamento com suas características;
c) condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre
os lotes e suas construções, além daquelas constantes das diretrizes
fixadas;
d) indicação das áreas que passarão ao domínio do Município no ato do
registro do loteamento;
e) enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços
públicos e de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências, e
dos que serão implantados;
f) limites e confrontações, área total do loteamento, área total dos lotes, área
total da área pública, discriminando as áreas de sistema viário, espaços
livres e área institucional, com suas respectivas percentagens;
g) especificação das quadras e lotes;
h) discriminação dos lotes a serem caucionados, à escolha da Prefeitura
Municipal, de acordo com o valor de cada serviço ou obra pública de infra-
estrutura pertinentes, dentro dos critérios definidos nesta Lei;
i) descrição do sistema viário, constando identificação das vias (nome ou
número), largura da pista de rolamento, largura do passeio, declividade
máxima e tipo de revestimento.
V. Cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, do Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, relativa ao projeto
de loteamento;
VI. Projetos das obras de infra-estrutura exigidos, a seguir transcritos,
acompanhados do respectivo orçamento e cronograma, que deverão ser
previamente aprovados pelos Órgãos Competentes, e apresentados em
meio digital, acompanhados de 4 (quatro) cópias:
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a) projeto detalhado de arruamento, incluindo planta com dimensões angulares e
lineares dos traçados, perfis longitudinais e transversais, detalhes dos meios-fios e
sarjetas e projeto de pavimentação;
b) projeto detalhado da rede de escoamento das águas pluviais e das obras
complementares necessárias;
c) projeto de abastecimento de água potável, aprovado pelo órgão responsável;
d) projeto da rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública,
aprovados pelo órgão responsável;
e) projeto da rede de coleta de esgoto e do seu tratamento, indicando a destinação
final, aprovados pelo órgão ambiental competente;
f) rede de gás e de telefone, quando for o caso.
VII. Modelo de contrato de Compra e Venda, em 2 (duas) vias, elaborado de
acordo com a Lei Federal e demais cláusulas que especifiquem:
a) compromisso do loteador quanto à execução das obras de infra-estrutura,com a
devida especificação e numerando-as;
b) prazo de execução da infra-estrutura, dentro dos critérios legais;
c) condição de que os lotes só poderão receber construções depois de executadas
as obras previstas nesta Lei;
d) possibilidade de suspensão do pagamento das prestações pelo comprador,
vencido o prazo e não executadas as obras, que passará a depositá-las, em juízo;
e) enquadramento do lote ou gleba de acordo com o Mapa de Zoneamento de Uso
e Ocupação do Solo, definindo as zonas a que pertence e os parâmetros
urbanísticos incidentes.
VIII. Documentos relativos à área em parcelamento a serem anexados ao projeto
definitivo, quais sejam:
a) título de propriedade devidamente registrado no Registro Geral de Imóveis;
b) certidões negativas de Tributos Municipais, estaduais e federais.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 231
Art. 42 As pranchas de desenho devem obedecer à normatização da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
§1º. O conteúdo dos projetos de infra-estrutura referidos no inciso VI do artigo anterior
deverá atender às exigências específicas definidas pela Prefeitura Municipal.
§2º. Todas as peças do projeto definitivo deverão ser assinadas pelo requerente e pelo
responsável técnico, devendo o último mencionar o número de seu registro no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA desta região e o número do seu
registro na Prefeitura.
§3º Caso seja constatado, a qualquer tempo, que a certidão da matrícula exigida não
tem mais correspondência com os registros e averbações cartorárias no tempo da sua
apresentação, além das conseqüências penais cabíveis, serão consideradas insubsistentes
tanto as diretrizes expedidas anteriormente, quanto a aprovação daí decorrente.
CAPÍTULO VIII
DO PROJETO E APROVAÇÃO DO DESMEMBRAMENTO E REMEMBRAMENTO
Art. 43 O pedido de desmembramento ou remembramento será feito mediante
requerimento do interessado à Prefeitura Municipal, acompanhado de matrícula do Registro de
Imóveis, da certidão negativa de tributos municipais, estaduais e federais, da planta do imóvel
a ser desmembrado ou remembrado, na escala 1:1.000 (um para mil), contendo as seguintes
indicações:
I. Situação do imóvel, com vias existentes e ocupação das adjacências;
II. Tipo de uso predominante no local;
III. Áreas e testadas mínimas, determinadas por este Código, válidas para a(s)
zona(s) a qual afeta o imóvel;
IV. Divisão ou agrupamento de lotes pretendido, com respectivas áreas;
V. Dimensões lineares e angulares;
VI. Indicação das edificações existentes.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 232
Parágrafo Único. Todas as peças gráficas e demais documentos exigidos terão a(s)
assinatura(s) do(s) responsável(eis) e deverão estar dentro das especificações da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
Art. 44. Verificadas as condições apresentadas no artigo anterior, fica a aprovação do
projeto condicionada à comprovação de que:
I. os lotes desmembrados e/ou remembrados tenham as dimensões mínimas
para a respectiva zona, conforme Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do
Solo Urbano;
II. a parte restante do lote, ainda que edificada, compreende uma porção que
possa constituir lote independente, observadas as dimensões mínimas
previstas em Lei.
§1°. O prazo máximo para aprovação do projeto definitivo, após cumpridas todas as
exigências pelo interessado, será de 30 (trinta) dias.
§2°. Após a aprovação do projeto o interessado, no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias, deverá encaminhar o mesmo para averbação no Registro de Imóveis.
CAPÍTULO IX
DA APROVAÇÃO E DO REGISTRO DE LOTEAMENTO
Art. 45. Recebido o projeto definitivo de loteamento, com todos os elementos e de
acordo com as exigências deste Código, a Prefeitura Municipal procederá:
I. exame de exatidão do projeto definitivo;
II. exame de todos os elementos apresentados, conforme exigência do
Capítulos VI e VII.
§1º. A Prefeitura Municipal poderá exigir as modificações que se façam necessárias.
§ 2º. A Prefeitura Municipal disporá de 60 (sessenta) dias para se pronunciar, ouvidos
os Órgãos Públicos Competentes, inclusive os sanitários e os ambientais, no que lhes disser
respeito.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 233
Art. 46. Deferido o processo, o projeto de loteamento terá sua aprovação publicada,
através de Decreto Municipal, no qual deverá constar:
I. condições em que o loteamento foi autorizado;
II. obras a serem realizadas;
III. cronograma e o orçamento para execução;
IV. áreas caucionadas para garantia da execução das obras;
V. áreas transferidas ao domínio público;
VI. lotes que poderão receber aumento do potencial construtivo, quando for o
caso.
Art. 47 No ato de recebimento da cópia do projeto aprovado pela Prefeitura, o
interessado assinará um Termo de Compromisso no qual se obrigará a:
I. Executar as obras de infra-estrutura referidas nesta Lei, conforme
cronograma aprovado, observando o prazo máximo ali consignado;
II. Executar as obras de consolidação e arrimo para a boa conservação das
vias de circulação, pontilhões e bueiros necessários, sempre que as obras
mencionadas forem consideradas indispensáveis à vista das condições
viárias, de segurança e sanitárias do terreno a arruar;
III. Permitir e facilitar a fiscalização permanente da Prefeitura Municipal durante
a execução das obras e serviços;
IV. Não outorgar qualquer escritura de compra e venda ou compromisso de
compra e venda dos lotes caucionados antes de concluídas as obras
previstas nos incisos I e II deste artigo;
V. Utilizar o modelo de Contrato de Compra e Venda aprovado pela Prefeitura
Municipal;
VI. Preservar as áreas verdes existentes, sob pena de responsabilização cível,
administrativa e criminal.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 234
Art. 48. No Termo de Compromisso deverão constar especificamente as obras e
serviços que o loteador é obrigado a executar e o prazo máximo fixado para sua execução.
Art. 49. Em garantia da execução das obras e serviços de infra-estrutura urbana exigida
para o loteamento, dar-se-á em caução área de terreno correspondente ao custo da época de
aprovação das obras e serviços a serem realizados.
§1º. Os lotes caucionados deverão ser discriminados, correspondentemente ao valor
total dos serviços ou obras de infra-estrutura especificada nesta Lei, cabendo ao Município
escolher os lotes a serem caucionados.
§ 2º. O valor dos lotes será calculado, para efeito deste artigo, pelo preço da área, sem
considerar as benfeitorias previstas no projeto aprovado.
§ 3º. Concluídos todos os serviços e obras de infra-estrutura exigidos para o
loteamento, a Prefeitura liberará as garantias de sua execução.
§ 4º. A caução será formalizada mediante escritura pública que deverá ser levada ao
Registro de Imóveis, no ato do registro do loteamento.
§ 5º. As áreas a serem transferidas ao domínio público não poderão ser caucionadas
para o cumprimento dos dispositivos previstos nesta Lei.
§ 6º. A liberação das áreas caucionadas não poderá ser parcial e somente ocorrerá
quando todas as obras estiverem realizadas.
Art. 50. Após a aprovação do projeto definitivo, o loteador deverá submeter o
loteamento ao Registro de Imóveis, apresentando a documentação exigida pela Lei Federal
6.766/79 e suas alterações.
§ 1º. No ato do registro do projeto de loteamento, o loteador transferirá ao Município,
mediante Escritura Pública e sem qualquer ônus ou encargos para este, o domínio das vias de
circulação e das demais áreas, conforme requisitos constantes desta Lei.
§ 2º O prazo máximo para que o loteamento seja submetido ao Registro de Imóveis é
de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da aprovação do projeto definitivo, sob pena de
caducidade da aprovação.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 235
§ 3º O título de propriedade será dispensado quando se tratar de parcelamento popular,
destinado às classes de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública, com processo
de desapropriação judicial em curso e imissão provisória na posse, desde que promovido pela
União, Estado do Paraná, Município ou suas entidades delegadas, autorizadas por lei a
implantar projetos de habitação.
§ 4º No caso de que trata o parágrafo anterior, o pedido de registro do parcelamento,
além da documentação mencionada no caput deste artigo, será instruído com cópias
autênticas da decisão que tenha concedido a imissão provisória na posse, do decreto de
desapropriação, do comprovante de sua publicação na imprensa oficial e, quando formulado
por entidades delegadas, da lei de criação e de seus atos constitutivos.
Art. 51. Examinada a documentação e encontrada em ordem, o Oficial do Registro de
Imóveis encaminhará comunicação à Prefeitura Municipal e dará publicação.
§ 1º Findo o prazo sem impugnação, será feito imediatamente o registro.
§ 2º Caso haja impugnação de terceiros, o Oficial do Registro de Imóveis intimará o
requerente e a Prefeitura Municipal, sob pena de arquivamento do processo. Com tais
manifestações o processo será enviado ao Juiz competente para decisão.
§ 3º Registrado o loteamento, o Oficial de Registro comunicará, por certidão, o seu
registro à Prefeitura Municipal.
Art. 52. Uma vez realizadas todas as obras e serviços exigidos para o loteamento, o
loteador ou seu representante legal solicitará à Prefeitura Municipal, através de requerimento,
que seja feita a vistoria através de seu Órgão Municipal Competente.
§ 1º O requerimento do interessado deverá ser acompanhado de uma planta atualizada
do loteamento que será considerada oficial para todos os efeitos.
§ 2º Após a vistoria, a Prefeitura Municipal expedirá um laudo de vistoria e, caso todas
as obras estejam de acordo com o Termo de Compromisso e com as demais exigências
municipais, expedirá um Termo de Conclusão da Execução das Obras e Serviços, o qual
deverá ser encaminhado ao Registro Geral de Imóveis para liberação da caução.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 236
Art. 53. A não execução total das obras e serviços no prazo legal caracterizará
inadimplência do loteador, ficando a cargo do Município a realização das mesmas.
Parágrafo Único. Para cumprimento do disposto no caput deste artigo, a administração
pública promoverá a adjudicação de tantos lotes caucionados quantos forem necessários,
atendendo aos critérios e requisitos legais exigidos.
Art. 54. Qualquer alteração ou cancelamento parcial do loteamento registrado
dependerá de acordo entre o loteador e os adquirentes de lotes atingidos pela alteração, bem
como da aprovação da Prefeitura Municipal, devendo ser averbados no Registro de Imóveis,
em complemento ao projeto original.
§ 1º. Em se tratando de simples alteração de perfis, o interessado apresentará novas
plantas, de conformidade com o disposto na Lei, para que seja feita a anotação de modificação
no Decreto de Aprovação do Loteamento pela Prefeitura Municipal.
§ 2º. Quando houver mudança substancial do projeto, este será analisado total ou
parcialmente, com a observância das disposições desta Lei e do ato normativo da aprovação.
§ 3º Após a aprovação do projeto alterado, de que trata o parágrafo anterior, será
concedida nova Licença por intermédio de ato normativo municipal.
Art. 55. A aprovação do projeto de loteamento, desmembramento ou remembramento
não implica nenhuma responsabilidade por parte da Prefeitura Municipal, quanto a eventuais
divergências referentes a dimensões de quadras ou lotes, quanto ao direito de terceiros em
relação à área loteada, desmembrada ou remembrada, nem quanto a quaisquer indenizações
decorrentes de traçados que não obedeçam aos arruamentos de plantas limítrofes mais
antigas ou as disposições legais aplicáveis.
Parágrafo Único. Os casos citados no caput desse artigo serão de inteira
responsabilidade do proprietário e do responsável técnico pelo projeto e/ou pela obra.
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CAPÍTULO X
DAS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS
Art.56. Sem prejuízo do embargo administrativo da obra, ficará sujeito à multa todo
aquele que:
I. der início, de qualquer modo, ou efetuar parcelamento do solo para fins
urbanos, sem autorização da Prefeitura Municipal ou em desacordo com as
disposições desta Lei, ou ainda das normas Federais e Estaduais
pertinentes;
II. der início, de qualquer modo, ou efetuar parcelamento do solo para fins
urbanos sem observância das determinações do projeto aprovado e do ato
administrativo de licença;
III. registrar loteamento, desmembramento ou remembramento não aprovado
pelos Órgão Municipal Competente, registrar o compromisso de compra e
venda, a cessão ou promessa de cessão de direito ou efetuar registro de
contrato de venda de loteamento, desmembramento ou remembramento não
aprovado.
§ 1º. A multa a que se refere este artigo será definida em regulamento específico.
§ 2º. O pagamento da multa não eximirá o responsável das demais cominações legais,
nem sana a infração, ficando o infrator na obrigação de regularizar as obras, no prazo de 90
(noventa) dias a partir do embargo, de acordo com as disposições vigentes.
§ 3º. A reincidência específica da infração acarretará, ao responsável pela obra, multa
no valor do dobro da inicial, além da suspensão de sua licença para o exercício da atividade de
construir no Município pelo prazo de 2 (dois) anos.
§4º. O procedimento para a aplicação da penalidade referida neste parágrafo será o
mesmo definido para a aplicação das penalidades do Código de Obras e Edificações.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 238
CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 57 São passíveis de punição, conforme lei específica municipal pertinente aos
servidores públicos, os servidores da Prefeitura Municipal que, direta ou indiretamente,
fraudando a presente Lei, concedam ou contribuam para que sejam concedidos licenças,
alvarás, certidões, declarações ou laudos técnicos irregulares ou falsos.
Art. 58. Os loteamentos aprovados, registrados e não implantados, em época anterior a
presente Lei e cujos lotes já tenham sido alienados ou compromissados a terceiros, no todo ou
em parte, serão analisados pelo Órgão Municipal Competente, sob a ótica deste Código.
Art. 59 Entendendo necessário, o Poder Executivo Municipal poderá regulamentar a
presente Lei, através de ato normativo específico.
Art. 60 Esta Lei Complementar estará em vigor na data de sua publicação, ficando
revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.
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5 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES – ANTEPROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 240
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
Define o Código de Obras e Edificações do
Município de Paranaguá, e dá outras providências.
A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito
Municipal, sanciono a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO I
OBJETIVOS DO CÓDIGO
Art. 1º. Este Código, parte integrante do Plano Diretor Municipal, estabelece normas de
projeto e padrões de construção em geral no Município de Paranaguá, Estado do
Paraná.
Art. 2º. Toda construção, reconstrução, reforma, ampliação ou demolição efetuada por
particulares, entidades ou órgãos públicos no Município de Paranaguá é
regulamentada por este Código, obedecidas as normas Federais e Estaduais relativas
à matéria.
Parágrafo único. Para o licenciamento das atividades de que reza este Código, serão
observadas as disposições da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo,
incidentes sobre os lotes situados na área urbana municipal, e as disposições da Lei
do Plano Diretor.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 241
Art. 3º Este Código tem como objetivos:
I. Orientar os projetos e a execução de edificações no Município;
II. Assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene,
salubridade e conforto das edificações de interesse para a comunidade;
III. Promover a melhoria dos padrões de segurança, higiene, salubridade e
conforto de todas as edificações em seu território;
IV. Destacar, para rigorosa aplicação, normas técnicas, visando o progressivo
aperfeiçoamento da construção voltado principalmente para a paisagem
urbana, para o aprimoramento da arquitetura nas edificações e,
conseqüentemente, para a melhoria da qualidade de vida da população.
CAPITULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 4º. Para efeito deste Código, são adotadas as seguintes definições:
I. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, cuja finalidade é reger as
normas técnicas das edificações e materiais de costrução;
II. ACLIVIDADE - diferença altimétrica entre dois pontos, em que o segundo
ponto está acima do ponto de referência;
III. ACRÉSCIMO ou AMPLIAÇÃO - é a obra que resulta no aumento do volume
ou da área construída total da edificação existente;
IV. AEAAL – Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Litoral do
Paraná;
V. AFASTAMENTO - menor distância entre duas edificações, ou entre uma
edificação e as linhas de divisa do lote onde ela estiver inserida;
VI. ÁGUA – termo genérico designado ao plano ou pano do telhado;
VII. ALICERCE - elemento da construção que transmite ao solo a carga da
edificação.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 242
VIII. ALINHAMENTO – linha divisória legal entre o lote e a via ou logradouro
público;
IX. ALINHAMENTO PREDIAL - linha divisória legal que limita o lote com a via
pública, projetada e locada pelas autoridades municipais;
X. ALPENDRE - área coberta saliente da edificação, cuja abertura sustenta-se
por colunas, pilares ou consolos;
XI. ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO - documento expedido pela Prefeitura que autoriza
a execução de obras sujeitas à sua fiscalização;
XII. ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO - documento expedido pela
Prefeitura que autoriza o funcionamento de uma determinada atividade ou
serviço;
XIII. ALVARÁ SANITÁRIO - documento fornecido pela Autoridade de Saúde, que
autoriza a ocupação e uso de imóvel recém construído ou reformado e/ou
funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, agropecuários,
através de vistoria prévia das condições físico-sanitárias do mesmo;
XIV. ALVENARIAS - são maciços construídos de pedras naturais ou artificiais,
ligadas entre si de modo estável, pela combinação de juntas de interposição
de argamassas, ou somente por um desses meios;
XV. ANDAIME - plataforma elevada destinada a sustentar os materiais e
operários na execução de uma edificação ou reparos;
XVI. APARTAMENTO - unidade autônoma de moradia em residência
multifamiliar;
XVII. APROVAÇÃO DO PROJETO - ato administrativo que precede o
licenciamento de uma construção;
XVIII. ÁREA ABERTA - espaço não edificado, contíguo à edificação, com um ou
mais acessos ou saídas, diretamente à via ou logradouro público;
XIX. ÁREA COBERTA - é a medida da superfície da projeção, em plano
horizontal, de qualquer área coberta da edificação, nela incluída superfícies
das projeções de paredes, pilares, marquises, beirais e demais componentes
das fachadas;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 243
XX. ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA - somatório das áreas cobertas de todos os
pisos de uma edificação, inclusive as áreas ocupadas por paredes e pilares;
XXI. ÁREA COMUM - é a medida da superfície constituída dos locais destinados
ao uso de todas as unidades e/ou mais de uma unidade que compõe um
condomínio, tais como: estacionamento em qualquer pavimento, lazer,
pilotis, rampas de acesso, elevadores, circulações e depósitos comunitários,
apartamento de zelador, depósito de lixo, casa de gás, guarita, e subsolo
quando destinado a estacionamento;
XXII. ÁREA CONSTRUÍDA do PAVIMENTO - é a área de construção de piso do
pavimento, inclusive as ocupadas por paredes e pilares, incluindo-se as
áreas comuns e excluindo-se os vazios de poços de ventilação, iluminação e
elevador;
XXIII. ÁREA DE FRENTE – o mesmo que testada do lote;
XXIV. ÁREA DE FUNDO – área situada entre a fachada posterior e a divisa de
fundo do lote;
XXV. ÁREA LIVRE DO LOTE - é a superfície do lote não ocupada pela projeção
da edificação.
XXVI. ÁREA SOB PILOTIS - área coberta contendo apenas as colunas de
sustentação de uma edificação.
XXVII. ÁREA NÃO COMPUTÁVEL – é a somatória das áreas edificadas que não
serão computadas no cálculo do coeficiente de aproveitamento, com o
objetivo de incentivar a construção de áreas complementares;
XXVIII. ÁREA "NON AEDIFICANDI" ou NÃO EDIFICÁVEL - é a área situada ao
longo das águas correntes e dormentes, das faixas de ferrovias, rodovias e
dutos bem como ao longo de equipamentos urbanos, definidas em leis
federal, estadual ou municipal onde não é permitida qualquer edificação;
XXIX. ÁREA ÚTIL - superfície utilizável de uma edificação, excluindo-se a área
ocupada com paredes e estruturas;
XXX. ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, liberada pelo Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA da região;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 244
XXXI. ÁTRIO - pátio interno de acesso a uma edificação;
XXXII. ÁTICO – projeção da área coberta sobre a laje de cobertura do último
pavimento;
XXXIII. BALANÇO - avanço da edificação acima do térreo sobre os alinhamentos ou
recuos regulares.
XXXIV. BALCÃO - varanda ou sacada saída da parede, com balaústres ou qualquer
tipo de guarda corpo;
XXXV. BEIRAL - prolongamento do telhado, além da prumada das edificações;
XXXVI. BIOMBO – parede de altura interrompida, permitindo ventilação e iluminação
pela parte superior;
XXXVII. BRISE - conjunto de placas ou chapa de material variável que se coloca
nas fachadas expostas ao sol para evitar o aquecimento excessivo dos
ambientes sem prejudicar a ventilação e a iluminação;
XXXVIII. CASA DE BOMBAS – compartimento onde se instalam as bombas de
recalque;
XXXIX. CAIXA DE ESCADA - espaço ocupado por uma escada, desde o pavimento
inferior até o último pavimento;
XL. CASA DE MÁQUINAS – compartimento onde se instalam as máquinas
comuns de uma edificação;
XLI. CAIXA DE ROLAMENTO – parte dos logradouros destinada ao rolamento de
veículos;
XLII. CALÇADA - é a parte da via, normalmente segregada em nível diferente, não
destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e
quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação
e outros;
XLIII. CANTEIRO - área destinada a ajardinamento junto ou não aos passeios
públicos;
XLIV. CARAMANCHÃO - construção em ripas, canos ou estacas com o objetivo de
sustentar vegetação;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 245
XLV. CENTRO COMERCIAL - áreas destinadas a espaços comerciais compostos
por um conjunto de lojas ou salas, também entendido como “shopping
center” ou centro comercial quando de grande porte;
XLVI. CIRCULAÇÕES – designação genérica dos espaços destinados à
movimentação de pessoas ou veículos;
XLVII. CISTERNA - reservatório de água situado na porção inferior da edificação;
XLVIII. COBERTURA – último teto de uma edificação;
XLIX. CONSTRUÇÃO CLANDESTINA - obra feita sem prévia aprovação do projeto
ou sem alvará de licença;
L. CONSULTA PRÉVIA - documento fornecido pela municipalidade informando os
usos e parâmetros de construção vigentes em determinado imóvel;
LI. COMPARTIMENTO - cada uma das divisões dos pavimentos de uma edificação.
LII. COPA – compartimento destinado a refeitório auxiliar;
LIII. CORRIMÃO - peça ao longo e ao(s) lado(s) de uma escada ou rampa, que
serve de resguardo, ou apoio para a mão, de quem sobe ou desce;
LIV. COTA – indicação ou registro numérico de dimensões, medidas, indicação
do nível de um ponto em relação a outro tomado como referência;
LV. COTA EMERGENCIAL - cota determinada em metros, em relação ao nível
dos rios, que é facilmente alagável;
LVI. CUMEEIRA - a parte mais alta de uma edificação;
LVII. CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
LVIII. CROQUI - esboço preliminar de um projeto;
LIX. DECLIVIDADE - diferença altimétrica entre dois pontos em que o segundo
ponto está abaixo do ponto de referência;
LX. DECIBEL (DB) - unidade de intensidade física relativa a som;
LXI. DEGRADAÇÃO AMBIENTAL - é a alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente, causado por qualquer forma de
energia ou substância sólida, gasosa ou combinação de elementos
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 246
produzidos por atividades humanas ou delas decorrentes em níveis capazes
de direta ou indiretamente:
a) prejudicar a saúde, a segurança e o bem estar da população;
b) criar condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) ocasionar danos relevantes à flora, à fauna e outros recursos naturais.
LXII. DEJETOS - resíduos, excrementos, restos;
LXIII. DEPENDÊNCIA DE USO COMUM - conjunto de dependências da edificação
que poderão ser utilizadas em comum por todos ou por parte dos titulares de
direito das unidades de moradia;
LXIV. DEPENDÊNCIA DE USO PRIVATIVO - conjunto de dependências de uma
unidade de moradia, cuja utilização é reservada aos respectivos titulares de
direito;
LXV. DEPÓSITO – edificação ou espaço aberto destinado à armazenagem;
quando compartimento de uma edificação é o compartimento não habitado,
destinado à guarda de utensílios e objetos ou materiais de qualquer
natureza;
LXVI. DESMEMBRAMENTO – aspecto particular de parcelamento do solo, que se
caracteriza pela subdivisão de um terreno, sem implicar na abertura de uma
via ou logradouro;
LXVII. DUTO DE VENTILAÇÃO - área de ventilação interna ao corpo de uma
edificação, destinado a ventilar somente compartimentos de permanência
transitória;
LXVIII. ECONOMIA – unidade autônoma de uma edificação;
LXIX. EDÍCULA – edificação complementar à edificação principal, sem
comunicação interna com a mesma;
LXX. EDIFICAÇÕES CONTÍGUAS ou GEMINADAS – aquelas que apresentam
uma ou mais paredes contíguas às de uma outra edificação, e estão dentro
do mesmo lote ou em lotes vizinhos;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 247
LXXI. EDIFÍCIO COMERCIAL – aquele destinado a lojas ou salas comerciais, ou
ambas, e no qual somente as dependências do porteiro ou zelador são
utilizadas para fins residenciais;
LXXII. EDIFICAÇÃO DE APARTAMENTOS – o mesmo que edificação residencial
coletiva multifamiliar;
LXXIII. EDIFÍCIO GARAGEM - construção destinada ao estacionamento de
veículos;
LXXIV. EDIFÍCIO MISTO – edificação que abriga usos diferentes, e quando um
destes for residencial, o acesso às unidades residenciais se fará sempre
através de circulação independente dos demais usos, desde a via pública.
LXXV. EDIFÍCIO PÚBLICO – aquele no qual são exercidas atividades de governo,
administração, serviços públicos, lazer e outros;
LXXVI. EMBARGO - ato administrativo que determina a paralisação de uma obra;
LXXVII. ESCALA - relação entre as dimensões de um desenho e objeto
representado;
LXXVIII. ESCRITÓRIO – sala ou grupo de salas destinadas ao exercício de
negócios, das profissões liberais, de comércio e atividades afins.
LXXIX. ESPECIFICAÇÕES - discriminação dos materiais, mão de obra e serviços
empregados na construção.
LXXX. ESPELHO – parte do degrau da escada;
LXXXI. ESTACIONAMENTO - espaço reservado para um ou mais veículos;
LXXXII. FACHADA - elevação das paredes externas de uma edificação;
LXXXIII. FAIXA DE DOMÍNIO - é a área do terreno destinada ao poder público
para a implantação e proteção de uma rodovia ou ferrovias e seus
acessórios;
LXXXIV. FAIXA DE DRENAGEM – faixa de largura variável, compreendendo a
faixa não edificável de drenagem propriamente dita e mais uma faixa de
proteção, destinada a garantir um perfeito escoamento das águas pluviais da
respectiva bacia hidrográfica;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 248
LXXXV. FEIRA LIVRE - local ao ar livre que funciona com objetivo de facilitar aos
produtores a venda de sua produção;
LXXXVI. FILTRO ANAERÓBIO - unidade de tratamento biológico do efluente da
fossa séptica de fluxo ascendente em condições anaeróbias, cujo meio
filtrante mantém-se afogadas;
LXXXVII. FOSSA SÉPTICA – tanque de alvenaria ou concreto onde se depositam
as águas de esgoto e as matérias sofrem processo de desintegração;
LXXXVIII. FUNDAÇÃO - parte da construção destinada a distribuir as cargas da
edificação sobre um terreno;
LXXXIX. GABARITO – perfil transversal de um logradouro, com a definição da
largura total, largura dos passeios, pistas de rolamento, canteiros, galerias e
outros, podendo também fixar a altura das edifiações;
XC. GALERIA PÚBLICA – passeio coberto por uma edificação;
XCI. GALPÃO - construção constituída por uma cobertura fechada, total ou
parcialmente, pelo menos em três de suas faces por meio de paredes ou
tapumes, sem forro, não podendo servir para uso residencial. Caso as quatro
faces sejam fechadas a edificação classifica-se como barracão;
XCII. GARAGEM – abrigo, e oficina para automóveis;
XCIII. GUARDA CORPO - é a vedação de proteção contra quedas; parapeito;
XCIV. GUIA AMARELA – documento meramente informativo com as informações
cadastrais, documentais e de parâmetros construtivos e de usos;
XCV. GUIA REBAIXADA – meio fio na função desejável para permitir a
transposição do passeio;
XCVI. HABITAÇÃO COLETIVA – edificação destinada a abrigar pessoas e
atividades assistenciais e comunitárias (internatos, asilos, albergues,
conventos e similares);
XCVII. HABITAÇÃO COLETIVA MULTIFAMILIAR – edificação destinada a servir de
moradia para mais de uma família, contendo duas ou mais unidades
autônomas e partes de uso comum;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 249
XCVIII. HABITE-SE - documento expedido pela Prefeitura, que autoriza a ocupação
de uma edificação;
XCIX. HALL - dependência de uma edificação que serve de ligação entre outros
compartimentos;
C. JIRAU – piso elevado no interior de um compartimento, com altura reduzida,
sem fechamento ou divisões, cobrindo apenas parcialmente a área do
mesmo e satisfazendo as alturas mínimas exigidas pela legislação;
CI. KITINETE - unidade residencial formada de sala, quarto, banheiro e pequena
cozinha, não necessariamente separada da sala;
CII. LAVABO - instalação sanitária composta de pia e vaso sanitário;
CIII. LICENÇA - ato administrativo, com validade determinada, que autoriza
execução de obras, instalações, localização de usos e atividades permitidas;
CIV. LINDEIRO – limítrofe;
CV. LOGRADOURO PÚBLICO - toda parcela de território de propriedade pública
e de uso comum da população;
CVI. LOTE – porção do terreno que faz frente para um logradouro público,
descrito e assegurado por título de propriedade;
CVII. LOTEAMENTO – aspecto particular do parcelamento do solo que se
caracteriza pela subdivisão de um terreno em lotes envolvendo,
obrigatoriamente, a abertura de novas vias ou logradouros públicos ou o
prolongamento de vias existentes;
CVIII. MARQUISE - cobertura em balanço sobre o logradouro;
CIX. MATERIAL INCOMBUSTÍVEL - material de construção como o concreto
simples ou armado, peças metálicas, tijolos, pedras, materiais cerâmicos ou
de fibrocimento e outros cuja incombustibilidade seja reconhecida pelas
especificações da ABNT;
CX. MEIO-FIO - peça de pedra, concreto ou similar que separa em desnível o
passeio da pista de rolamento;
CXI. MEMORIAL - texto contendo especificações sobre materiais e técnicas
construtivas a serem utilizadas numa edificação ou parcelamento de solo;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 250
CXII. MEZANINO - pavimento situado no interior de outro compartimento com
acesso exclusivamente através deste e pé direito reduzido;
CXIII. MOBILIÁRIO URBANO - são equipamentos de uso comercial, de serviços ou
urbanos, localizados em logradouro público;
CXIV. NBR – Norma Técnica Brasileira, estipulado pela ABNT;
CXV. NIVELAMENTO – regularização do terreno através de cortes ou aterros.
CXVI. PÁRA-RAIOS - dispositivo destinado a proteger as edificações contra os
efeitos dos raios;
CXVII. PAREDE CEGA - parede sem abertura;
CXVIII. PASSEIO - superfície pavimentada ou não, ladeando logradouros ou
circundando edificações, destinada exclusivamente ao trânsito de pedestres;
CXIX. PATAMAR - superfície intermediária entre dois lances de escada;
CXX. PÁTIO – área confinada e descoberta, adjacente à edificação, ou circinscrita
pela mesma.
CXXI. PAVIMENTO - conjunto de compartimentos situados no mesmo nível, de uma
edificação, entre piso de uma edificação, desconsiderados os mezaninos ou
sobre lojas;
CXXII. PÉ DIREITO – distância vertical entre o piso e o forro de um compartimento;
CXXIII. PLATIBANDA – coroamento de uma edificação formada pelo prolongamento;
CXXIV. PLAYGROUND - local destinado à recreação infantil, aparelhado com
brinquedos e/ou equipamentos de ginástica;
CXXV. POÇO DE VENTILAÇÃO – área de pequenas dimensões, destinada à
ventilação de compartimentos de utilização transitória ou especial.
CXXVI. PORÃO – pavimento de edificação que tem mais de 2/3 (dois terços) da
altura total do pé direito abaixo do nível do terreno circundante exterior;
CXXVII. PRODUTO PERIGOSO - substância que possa ser considerada
combustível, inflamável, explosiva, tóxica, corrosiva ou radioativa;
CXXVIII. PROFUNDIDADE DE UM COMPARTIMENTO - é a distância entre a face
que dispõe de abertura para insolação à face oposta;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 251
CXXIX. RECONSTRUIR – construir de novo, no mesmo lugar e na forma
primitiva, qualquer obra, em parte ou no todo;
CXXX. REFORMA – alteração da edificação em seus elementos construtivos
essenciais, sem modificar, entretanto, a forma, área ou altura;
CXXXI. RUÍDO - qualquer som que cause ou tenda a causar perturbações do
sossego público ou produzir efeitos psicológicos e/ou fisiológicos negativos
em seres humanos e animais;
CXXXII. SACADA - balcão de janela, construção que ressai da parede;
CXXXIII. SAGUÃO - sala de entrada da edificação onde se encontra o hall e a
circulação principal;
CXXXIV. SALA COMERCIAL - unidade autônoma para comércio e prestação de
serviços;
CXXXV. SARJETA – escoadouro, nos logradouros públicos, para as águas das
chuvas;
CXXXVI. SOBRELOJA - pavimento situado acima da loja, com acesso exclusivo
através desta e sem numeração independente;
CXXXVII. SÓTÃO - compartimento de edificação situado no interior do volume
formado pelo telhado com inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco
graus);
CXXXVIII. SUBSOLO - é o pavimento semi-enterrado desde que o primeiro piso do
pavimento imediatamente superior (térreo) não fique acima da cota mais
1,20m em relação ao nível do meio fio ou ao seu nível mediano, medido do
eixo do lote; as normas de cálculo da cota mediana deverão ser aplicadas
nos seguintes casos:
a) em terrenos de esquina com testadas iguais ou menores que 30m (trinta
metros) o nível mediano deverá ser calculado pela média aritmética dos
níveis medianos das testadas;
b) em terrenos de esquina com testadas superiores a 30m (trinta metros),
cada trecho de no mínimo 15,00m (quinze metros) e no máximo 30,00m
(trinta metros) deverá ser considerado como independente para efeito da
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 252
determinação do nível mediano, ou será adotado como nível mediano único
o nível mediano do trecho mais baixo do meio fio, quando se tratar de
terreno de uma só testada, ou a média aritmética dos trechos mais baixos
do meio fio quando se tratar de terreno de esquina.
CXXXIX. SUMIDOURO - poço destinado a receber o efluente da fossa séptica e a
facilitar sua infiltração;
CXL. TAPUME - vedação provisória feita em tábuas ou material similar para
proteção de obras;
CXLI. TELHEIRO - superfície coberta e sem paredes em todas as faces;
CXLII. TERRENO BALDIO - terreno não edificado, sem proveito ou uso definido;
CXLIII. TERRAÇO - espaço descoberto sobre edifício ou ao nível de um pavimento
desse;
CXLIV. TESTADA DO LOTE - é a linha divisória que separa o logradouro público do
lote;
CXLV. UNIDADE AUTÔNOMA – parte da edificação vinculada a uma fração ideal
do terreno, sujeita às limitações legais, constituídas de dependências e
instalações de uso privativo e de parcelas das dependências e instalações
de uso comum da edificação, destinada a fins residenciais ou não,
assinaladas por designação especial;
CXLVI. UFM - Unidade Fiscal do Município;
CXLVII. VARANDA – terreço coberto;
CXLVIII. VISTORIA - diligência efetuada por órgão competente com a finalidade
de verificar as condições de uma edificação;
CXLIX. ZENITAL – iluminação e/ou ventilação feita através da cobertura.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 253
SEÇÃO III
DAS ÁREAS COMPUTÁVEIS E NÃO COMPUTÁVEIS
Art. 5 . Área não computável é a somatória das áreas edificadas que não serão computadas no
cálculo do coeficiente de aproveitamento, de acordo com o regulamento específico.
Art. 6 . Área computável é a somatória das áreas edificadas que serão computadas no cálculo
do coeficiente de aproveitamento.
Art. 7 . Para fins de cálculo do coeficiente de aproveitamento, não serão computadas as
seguintes áreas:
I. Elementos em balanço, tais como sacadas, balcões, varandas e floreiras abertas, desde
que a somatória de suas áreas não seja superior a 5% da área total do imóvel, por
unidade de habitação;
II. Área total ocupada por poços de elevadores, escadas enclausuradas, centrais de gás,
piscinas descobertas e áreas de lazer, dentro das áreas estabelecidas no presente
Código;
III. Áreas de garagem, independentemente de sua localização, dentro do limite exigido
neste Código;
IV. Terraços descobertos, em qualquer tipo de edificação, desde que não possuam
qualquer estrutura do tipo pérgula, ou que caracterize cobertura;
V. Ático destinado à instalação de casa de máquinas de elevadores, caixas d´água e
outros equipamentos de uso comum do edifício.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 254
SEÇÃO IV
DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANÍSTICOS
Art. 8 . Coeficiente de aproveitamento é o índice estabelecido pela Lei de Zoneamento de Uso
e Ocupação do Solo definido para cada zona urbana, que multiplicado pela área do terreno,
fornece a área máxima da construção a ser implantada no lote.
Art. 9 . Área construída é a somatória das áreas computáveis e não computáveis de todos os
pisos de uma edificação, inclusive as ocupadas por paredes e pilares.
Art. 10 . Taxa de ocupação é a relação entre a área ocupada pela edificação e a área do terreno
em que ela está inserida.
Art. 11 . A construção e o revestimento de pisos em áreas de recuo frontal, mesmo em subsolo,
são proibidos, à exceção de:
I. Muros de arrimo construídos em função dos desníveis naturais dos terrenos;
II. Floreira;
III. Vedação nos alinhamentos ou nas divisas laterais;
IV. Pisos, escadarias ou rampas de acesso, portarias, guaritas, bilheterias e toldos, desde
que em conjunto ocupe no máximo 6 m2 da área do recuo frontal e não sejam
definitivas, com exceção de guaritas e portarias, sempre com anuência da Prefeitura.
Art. 12 . É permitida a construção de edificações nas divisas laterais do lote, quando a
ocupação total do mesmo estiver de acordo com as disposições da Lei de Zoneamento de Uso
e Ocupação do Solo, não podendo a edificação apresentar abertura na parede sobre a divisa.
Parágrafo Único. Qualquer abertura implica afastamento mínimo de 1,50 m ( um metro
e cinqüenta centímetros), obedecidas também as disposições relativas à área de ventilação e
iluminação e os parâmetros definidos na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 255
Art. 13 . Taxa de permeabilidade é a relação entre a área total do terreno a área na qual não é
permitido edificar ou revestir o solo com material que impeça ou dificulte absorção das águas
de chuva, conforme disposições da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
Parágrafo Único. As taxas de permeabilidade que deverão ser obedecidas para cada
zona estão definidas na da Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano.
Art. 14 . A altura de uma edificação é a média em metros, tomada verticalmente entre o menor
nível do alinhamento, em relação ao plano horizontal, e o ponto mais alto da edificação.
CAPÍTULO III
DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS E TÉCNICAS
SEÇÃO I
DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 15 . Somente poderão ser responsáveis técnicos os profissionais e firmas legalmente
habilitadas, devidamente registradas na Prefeitura Municipal, e estando absolutamente em dia
com a Fazenda Municipal e com o CREA.
Art. 16 . A assinatura do profissional nos desenhos, projetos, cálculos ou memoriais
submetidos à Prefeitura será obrigatoriamente precedida da função que lhe couber no caso, e
sucedida do título que lhe competir, bem como o número do registro profissional.
Art. 17 . A substituição de um responsável técnico durante a execução de uma obra ou serviço
de construção deverá ser comunicada à Prefeitura através do pedido por escrito, que será
firmado entre o proprietário com a anuência dos profissionais substituto e substituído.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 256
Parágrafo Único. A anuência do profissional substituído somente será dispensada
quando o mesmo se encontrar em local desconhecido, por força de sentença judicial ou em
caso de morte.
Art. 18 . Ficam dispensadas de responsabilidade técnica as construções liberadas por decisão
do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Art. 19 . No local das obras deverão ser afixadas as placas dos profissionais intervenientes, de
acordo com a legislação do CREA.
SEÇÃO II
DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA
Art. 20 . A responsabilidade pelos Projetos cabe, exclusivamente, aos profissionais que os
assinarem como autores e a execução das obras aos que tiverem assinado como seus
responsáveis, não assumindo a Municipalidade, em conseqüência da aprovação, qualquer tipo
de responsabilidade.
Art. 21 . As penalidades impostas aos profissionais pelo CREA serão observadas pela
Municipalidade no que lhe couber.
Art. 22 . Se, no decurso da obra, o responsável técnico quiser dar baixa de responsabilidade
assumida por ocasião da aprovação do Projeto, deverá comunicar, por escrito, à
Municipalidade essa pretensão, a qual só será concedida após vistoria procedida pela
Municipalidade e se nenhuma infração for verificada.
§1º. Realizada a vistoria, será intimado o interessado para que dentro de 5 (cinco) dias
úteis, sob pena de embargo e/ou multa, apresente novo responsável técnico, o qual deverá
satisfazer as condições deste Código e assinar também a comunicação a ser dirigida à
Municipalidade.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 257
§2º. A comunicação da baixa de responsabilidade poderá ser feita conjuntamente com a
assunção do novo responsável técnico, desde que o interessado e os dois responsáveis
técnicos assinem conjuntamente.
Art. 23 . Poderá, ainda, ser concedida a exoneração de qualquer responsabilidade do autor do
projeto, desde que este o requeira, fundamentado a ocorrência de alteração feita ao projeto a
sua revelia ou contra sua vontade, com os serviços suspensos de imediato.
SEÇÃO III
DA ISENÇÃO DE ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
Art. 24 . São obras e serviços sujeitos a mera Licença da Prefeitura Municipal e, como tal,
isentas, perante a Prefeitura, de Anotação do Responsável Técnico legalmente habilitado pelas
mesmas e de taxas de Alvará, além, dos emolumentos relativos ao cadastramento e à
expedição da própria Licença, os seguintes:
I. Construções permanentes, desde que não ultrapassem a 20,00 m² (vinte metros
quadrados) de área coberta e não estejam acopladas a edificações com área maior que
esse limite;
II. Construções provisórias, destinadas a guarda e depósitos de materiais e ferramentas
ou tapumes, durante a execução de obras ou serviços de extração ou construção,
dentro dos padrões regulamentares para esses casos, com prazos pré-fixados para a
sua demolição;
III. Erguimento de muros, cercas e grades, até a altura de 1,80 m (um metro e oitenta
centímetros) quando maciços, e 1,20 m (um metro e vinte centímetros) quando
vazados;
IV. Construção de moradia de baixo custo ou habitação social, em áreas destinadas pela
Prefeitura para este fim, quando executada dentro de projeto-padrão fornecido pelo
órgão competente da Prefeitura Municipal, se submetendo à fiscalização do
responsável técnico indicado pelo mesmo e não ultrapassando 70 m2 (setenta metros
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 258
quadrados) de área coberta, e um pavimento, desde que exista convênio com o CREA
e a AEAAL para tal efeito;
V. Obras de pavimentação, paisagismo e manutenção em vias exclusivamente
residenciais, assim definidas na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, que
não interfiram nos sistemas de água, esgoto, escoamento pluvial, energia, iluminação
pública, telecomunicações, coleta de lixo e circulação eventual de pessoas e veículos,
desde que com desenho aprovado previamente no órgão competente da Prefeitura
Municipal, a qual se responsabilizará por sua fiscalização;
VI. Demolições que, a critério da Prefeitura, não se enquadrem nos demais Artigos e
Capítulos desta Lei.
SEÇÃO IV
DAS CONDIÇÕES RELATIVAS À APRESENTAÇÃO DE PROJETOS
Art. 25 . Os projetos deverão conter os seguintes elementos:
I. Planta baixa dos pavimentos contendo:
a) Indicação de escala;
b) Descrição do uso do(s) pavimento(s) e área(s) útil(eis);
c) Indicação da(s) área(s) do(s) pavimento(s), discriminando áreas computáveis e total;
d) Indicação das dimensões de todos os compartimentos, inclusive dos vãos de
iluminação, ventilação, garagem e áreas de estacionamento;
e) Tabela de esquadrias;
f) Linha(s) de corte(s), com a indicação do mesmo;
g) Níveis;
h) Indicação de vistas.
II. Apresentação de no mínimo dois cortes, um longitudinal e um transversal, indicando:
a) Cotas de níveis dos pavimentos;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 259
b) Cotas de níveis das coberturas;
c) Altura dos pavimentos (pé-direito);
d) Uso dos compartimentos;
e) Cotas das aberturas;
f) Altura da edificação até a cumeeira;
g) Altura livre sobre a(s) rampa(s) ou escada(s) quando houver;
h) Indicação de escala;
i) Indicação do corte;
j) Cotas dos beirais, quando houver;
III. Elevação para cada testada do lote, indicando:
a) Indicação de escala;
b) Nome da rua correspondente.
IV. Perfis do terreno, contendo:
a) Indicação de escala;
b) Indicação do perfil (transversal e longitudinal).
c) Cotas.
V. Implantação, contendo:
a) Indicação de escala;
b) Nome(s) da(s) rua(s) frontal(ais) e tipo de pavimento existente;
c) Recuos frontal e laterais da edificação;
d) Projeto do contorno da edificação no lote, devidamente cotado;
e) Cotas de níveis do lotes;
f) Dimensões do lote;
g) Acesso de pedestres e veículos;
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h) Rampa para veículos e portadores de deficiência física;
i) Passeio, meio fio, guia rebaixada e ajardinamento;
j) Estacionamento descoberto, quando houver;
k) Muro, grades, cercas, ou qualquer elemento de delimitação do lote (nas testadas e
divisas onde houver), indicando as suas respectivas alturas;
l) Indicação do tipo de pavimentação e/ou ajardinamento, com suas respectivas áreas.
VI. Cobertura, contendo:
a) Sentido de inclinação do telhado;
b) Tipo de Cobertura;
c) Indicação de escala;
d) Platibanda, rufo e calhas;
e) Porcentagem de inclinação do(s) telhado(s).
VII. Planta de situação, contendo:
a) Indicação de escala:
b) Dimensões do terreno, recuos laterais e frontal e construção;
c) Dimensão do terreno à esquina mais próxima;
d) Indicação Norte Geográfico;
e) Nome(s) da(s) rua(s) que circundam o terreno.
VIII. Memorial descritivo, contendo:
a) Descrição objetiva dos acabamentos e execução da obra, tais como: fundações,
paredes, pisos, cobertura, esquadrias, instalação elétrica, instalação hidráulica.
IX. Quadro de identificação e legenda, contendo:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 261
a) O quadro de identificação ou legenda deverá possuir dimensões máximas de 17,5cm X
9cm;
b) Finalidade e natureza da construção;
c) Nome do proprietário;
d) Número da prancha e referência, como: planta, corte, elevação;
e) Nome do autor do projeto e número de registro no CREA;
f) Nome do responsável técnico e número de registro no CREA;
g) Nome da firma construtora, quando for o caso;
h) Nome da firma de projeto, quando for o caso;
i) Espaço reservado a PMP, Consulta Aprovada, Secretário da SEMUR e Diretor do
Departamento de Urbanismo.
§ 1° A primeira prancha deverá conter a tabela de estatística e a planta de situação e
localização.
§ 2° Para condomínios, será necessário especificar a área exclusiva construída, a área
comum construída, a área total construída, a área livre exclusiva, a área livre comum e a fração
ideal, em decimal e metros quadrados.
§ 3° Os projetos para análise e aprovação deverão obedecer às normas técnicas
brasileiras especificadas na NBR – 8, que regulamenta o maior tamanho tolerado das pranchas
em A-0. Serão aceitas apenas pranchas normatizadas pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT – ou seja, em formatos: A-0, A-1, A-2, A-3 e A-4.
§ 4° O papel deverá ser obrigatoriamente branco e as cotas, desenhos e informações,
em preto, sendo que em hipótese alguma serão aceitas rasuras e/ou emendas nos projetos.
§ 5° Somente serão aceitos para verificação os projetos desenhados e escritos com o
uso de normógrafos, plotados ou equivalentes, obedecidas as escalas especificadas no §10°
do presente artigo.
§ 6° Deverá ser adotada a ordenação lógica das espessuras das linhas como, linhas
auxiliares com 0,2mm (dois décimos de milímetro), linha secundárias com 0,4mm (quatro
décimos de milímetro) e linha principais com 0,6mm (seis décimos de milímetro). Serão aceitas
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 262
as linhas com no mínimo 0,1mm (um décimo de milímetro), letras e números com no mínimo
2mm X 2mm (dois milímetros por dois milímetros), e o traço das letras e números com no
mínimo 0,4mm (quatro décimos de milímetro).Tais especificações são referência para
elaboração de projetos podendo as mesmas ser alteradas desde que seja preservada a
condição de legibilidade dos desenhos.
§ 7° Não serão aceitas quaisquer informações nas pranchas e/ou descrições do(s)
compartimento(s) em língua diferente do português.
§ 8° Casos específicos e devidamente justificados, que não atendam quaisquer das
instruções descritas, somente serão tolerados mediante análise e liberação, com justificativa,
do departamento de urbanismo.
§ 9° O projeto de cobertura da edificação, especificado no inciso VI, poderá ser
apresentado em conjunto com a planta de implantação.
§ 10° A escala mínima para a apresentação da Planta Baixa, Cortes e Elevações
deverá ser de 1:50 (um para cinqüenta). Para a apresentação da Planta de Situação, a escala
mínima deverá ser de 1:500 (um para quinhentos). Para as Plantas de Implantação e
Cobertura a escala mínima deverá ser de 1:100 (um para cem). E para as pranchas de perfil do
terreno a escala mínima deverá ser de 1:200 (um para duzentos).
§ 11° Nos casos de projetos para construção de edificações de grandes proporções, as
escalas mencionadas poderão ser alteradas, devendo contudo ser consultado previamente o
órgão competente da Prefeitura Municipal.
§ 12° No caso de reforma ou ampliação deverá ser indicado no projeto o que será
demolido, construído ou conservado, mediante a utilização da seguinte convenção de cores:
I. cor vermelha para as partes novas a serem acrescidas;
II. cor amarela para as partes a serem demolidas;
III. cor natural da cópia ou plotagem, para as partes existentes que serão conservadas.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 263
SEÇÃO V
DA APROVAÇÃO DE PROJETO
Art. 26 . Todas as obras e serviços de construção, realizadas sobre o território do município de
Paranaguá, serão executadas, obrigatoriamente, mediante licença ou alvará prévios, expedidos
pela Prefeitura Municipal, obedecidas as normas desta Lei e das Leis Estaduais e Federais
aplicáveis.
Art. 27 . O processo de aprovação dos projetos será constituído dos seguintes elementos:
I. Consulta prévia;
II. Requerimento solicitando aprovação do projeto;
III. Projeto arquitetônico completo, contendo os elementos descritos no artigo
25;
IV. Memorial Descritivo da Obra;
V. Prova de domínio do terreno ou autorização para edificar, fornecida pelo
proprietário;
VI. Vias da ART, destinada aos órgãos públicos;
VII. Projetos de fossa e de sumidouro (em formulário padrão prefeitura);
Parágrafo Único. O requerimento e os projetos deverão estar assinados pelo
proprietário , pelo autor e pelo responsável técnico da obra.
Art. 28 . Os processos de aprovação de projetos só serão iniciados após o cumprimento das
exigências estabelecidas pela Prefeitura Municipal.
Art. 29 . Estando o projeto deferido, o departamento competente da Prefeitura Municipal
entregará ao interessado o Alvará de Construção e as cópias, com validade estabelecida para
24 (vinte e quatro) meses, prorrogáveis.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 264
Parágrafo único. Todas as cópias do projeto aprovado serão vistadas pelo Diretor e
Secretário do departamento de urbanismo, sendo que uma delas permanecerá arquivada na
Prefeitura.
Art. 30 . A responsabilidade dos projetos, especificações, cálculos e outros apresentados
cabem aos respectivos autores e executores da obra.
Art. 31 . A municipalidade não assumirá qualquer responsabilidade em razão da aprovação de
projetos, ou de obras mal executadas.
Art. 32 . Para fins de fiscalização, o alvará de construção e o projeto aprovado deverão ser
mantidos na obra.
Art. 33 . O projeto de uma construção será examinado em função da utilização lógica da
edificação, e não apenas pela sua denominação em planta.
SEÇÃO VI
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Art. 34 . As obras e serviços de construção citadas no artigo 2º deste Código, com exceção de
demolição, estarão sujeitas aos seguintes procedimentos administrativos perante a Prefeitura
Municipal:
I. Consulta Prévia, anterior a solicitação de aprovação de projeto, em formulário
próprio, contendo os usos e demais intenções do serviço ou da edificação
pretendida, os documentos comprobatórios de sua propriedade. À Municipalidade,
em reposta ao pedido de consulta prévia, cabe apontar por escrito as normas
urbanísticas incidentes sobre o lote (zona, taxa de ocupação, coeficiente de
aproveitamento, número máximo de pavimentos permitidos, recuos e afastamentos
mínimos, diretrizes de arruamento, projeção de vias, atingimento, fachos de
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 265
telefonia,energia e drenagem, croqui da localização). O prazo de entrega ao
interessado pela Prefeitura é de 48 (quarenta e oito) horas;
II. Elaboração de Projeto Arquitetônico completo, quando obra de construção civil ou
de projeto técnico, quando outra modalidade de serviço ou obra, com designação do
projetista legalmente habilitado perante a Prefeitura Municipal, onde sejam
atendidas todas as exigências indicadas pelo órgão municipal competente na
Consulta Prévia, bem como nos regulamentos e instruções que complementam a
Legislação Urbanística do município, com ênfase à Lei de Zoneamento de Uso e
Ocupação do Solo, à Lei de Parcelamento do Solo, a esta Lei e aos Decretos que
regulam essas Leis;
III. Revisão do projeto referido no inciso anterior, perante o órgão municipal
competente, se necessário ajustando-o às normas legais e regulamentares que por
ventura não tenham sido atendidas, até a sua aprovação final, por profissional
legalmente habilitado perante o CREA-PR. O prazo para a revisão é de 5 (cinco)
dias;
IV. Elaboração dos projetos complementares completos (Hidro-Sanitário,
Elétrico,Telefônico, Estrutural e o de Prevenção Contra Incêndio) para edificações
em dois pavimentos e demais edificações com área igual ou superior a 100m²,
conforme o ATO 37-CREA-PR, respeitando-se as Normas Técnicas estabelecidas
pela ABNT;
V. O projeto Hidráulico será exigido para toda a edificação servida de água e deverá
atender ao que dispõe o Regulamento de Serviços de Água e Esgoto Sanitário da
Concessionária local;
VI. Solicitação de Alvará para execução de obras ou serviços o qual sempre terá prazo
determinado, fazendo acompanhar desta anotação todos os responsáveis
envolvidos na propriedade, incorporação, elaboração de projetos complementares
exigíveis, fiscalização desses projetos e execução das obras, os quais assinarão,
em conjunto, o solicitado;
VII. Execução de obras e serviços de construção rigorosamente de acordo com o
projeto, na sua versão aprovada nos termos do item III deste artigo e objeto de
Alvará referido no item V deste artigo, bem como nos prazos contidos no dito Alvará;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 266
VIII. Solicitação de Certidão de Conclusão de Obras, fazendo acompanhar destas as
Certidões de Habite-se da Saúde Pública, e dos demais órgãos competentes
relacionados à aprovação de projetos, tanto arquitetônicos quanto complementares,
tais como os de energia elétrica, comunicações, saneamento, segurança pública e
de proteção do meio ambiente ou do patrimônio histórico, Corpo de Bombeiros,
quando for o caso, todos confirmando a satisfação dos serviços realizados e
concluídos, na obra ou serviço, dentro da sua própria área de competência.
Acrescente-se a necessidade da Minuta da Incorporação, se for o caso.
Art. 35 . Todos os projetos citados nos itens e parágrafos do Art. 25 desta Lei deverão ser
elaborados por profissionais legalmente habilitados, de acordo com a Legislação Estadual e
Federal sobre suas atribuições, os quais deverão estar previamente cadastrados na Prefeitura
e em dia com a Fazenda Municipal, quer seja pessoa física ou jurídica.
SEÇÃO VII
VALIDADE, APROVAÇÃO DO PROJETO E LICENCIAMENTO
Art. 36 . O projeto arquivado, por não ter sido retirado em tempo hábil pelo interessado é
passível de revalidação, desde que a parte interessada a requeira e, desde que as exigências
legais sejam as mesmas vigentes à época do licenciamento anterior.
Art. 37 . O alvará fixará o prazo de 90 (noventa) dias para o início da construção, prorrogável
por mais 90 (noventa) dias; findos esse prazos, sem que a obra tenha sido iniciada, o
licenciamento será cancelado.
§ 1° Para efeito da presente Lei, uma construção será considerada iniciada quando
estiver evidenciado o início da execução de serviços constantes do projeto aprovado.
§ 2° Se dentro do prazo fixado, a construção não for concluída, deverá ser solicitada a
prorrogação de prazo, que, se deferida, importará no pagamento da taxa de licenciamento
correspondente a essa prorrogação.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 267
§ 3° O prazo de validade do alvará de construção é de 2 (dois) anos e das prorrogações
de 1 (um) ano.
Art. 38 . A execução da obra somente poderá ser iniciada depois de aprovado o projeto e
expedido alvará para a construção.
SEÇÃO VIII
DAS MODIFICAÇÕES DOS PROJETOS APROVADOS
Art. 39 . Depois de aprovados os Projetos Arquitetônicos e Complementares e expedido o
Alvará de Construção, se houver alteração no Projeto, o interessado deverá requerer nova
aprovação.
Art. 40 . Para modificações em Projeto, assim como para alteração do destino de qualquer
compartimento constante do mesmo, será necessária a aprovação de Projeto modificado.
§1º. O requerimento solicitando a aprovação do Projeto modificado deverá ser
acompanhado de cópia do Projeto anteriormente aprovado e, quando já expedido, também do
respectivo “Alvará de Construção”.
§2º. A aprovação do Projeto modificado será anotada no “Alvará de Construção”, se já
houver sido concedido, que será devolvido ao requerente juntamente com o Projeto.
SEÇÃO VIII
DO HABITE-SE E DA ACEITAÇÃO DE OBRAS PARCIAIS
Art. 41 . Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja procedida a vistoria da
Municipalidade e expedido o respectivo “Habite-se”.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 268
Art. 42 . Terminada a obra de construção, modificação ou acréscimo, deverá ser requerida sua
aceitação, pelo proprietário ou responsável pela execução, através do requerimento do Habite-
se.
§1º. O Habite-se é solicitado à Municipalidade pelo proprietário através de requerimento
assinado por este, acompanhado da respectiva certidão de Vistoria Sanitária.
§2º. A vistoria para expedição da Certidão de Vistoria Sanitária poderá ser solicitada
pelo proprietário junto ao Departamento de Vigilância Sanitária, enquanto os elementos que
compõem o quadro sanitário estejam a descoberto e possibilitem perfeita identificação das
soluções propostas no projeto.
§3º. O Habite-se só será expedido quando a edificação apresentar condições de
habitabilidade, estando em funcionamento as instalações hidro-sanitárias, elétricas, prevenção
de incêndio e demais instalações necessárias.
§4º. A Municipalidade tem um prazo de 20 (vinte) dias para vistoriar a obra e para
expedir o Habite-se, juntamente com a numeração predial.
§5º. Poderá ser concedido o Habite-se parcial, ou seja, a autorização para utilização
das partes concluídas de uma obra em andamento desde que:
I. não haja perigo para o público ou para os habitantes da edificação;
II. trate-se de prédio composto de parte comercial e parte residencial e haja utilização
independente destas partes;
III. trate-se de prédio constituído de unidades autônomas;
IV. trate-se de prédios licenciados por um só Alvará e construídos no interior de um
mesmo lote;
§6º. O Habite-se Parcial não será concedido sem que o interessado assine um termo,
obrigando-se a concluir a obra dentro de prazo estipulado pelo órgão municipal competente.
§7º. A Municipalidade só fornecerá o Habite-se a obras regularizadas através de
aprovação de Projeto e Alvará de Construção.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 269
SEÇÃO IX
DAS VISTORIAS
Art. 43 . A Municipalidade fiscalizará as diversas obras requeridas, a fim de que as mesmas
estejam de acordo com disposições deste Código, demais Leis pertinentes e de acordo com os
projetos aprovados.
§1º. Os fiscais do Município de Paranaguá terão ingresso a todas as obras mediante a
apresentação de prova de identidade, independentemente de qualquer outra formalidade.
§2º. Os funcionários investidos em função fiscalizadora poderão, observadas as
formalidades legais, inspecionar bens e papéis de qualquer natureza, desde que constituam
objeto da presente legislação.
Art. 44 . Em qualquer período da execução da obra, o órgão competente da Municipalidade
poderá exigir que lhe sejam exibidos as plantas, cálculos e demais detalhes que julgar
necessário.
Art. 45 . Se, por ocasião da vistoria, for constatado que a edificação não foi construída,
ampliada, reconstruída ou reformada de acordo com o Projeto aprovado, o responsável técnico
e o proprietário serão notificados, de acordo com as disposições deste Código, e intimados a
legalizar as obras, caso as alterações possam ser executadas ou a fazer a demolição ou
modificação necessária para regularizar a situação da obra, de acordo com o projeto.
SEÇÃO X
DAS OBRAS PARALISADAS
Art. 46 . No caso de paralisação de uma obra por mais de 180 (cento e oitenta) dias, deverá ser
feito o fechamento do terreno no alinhamento do logradouro, dotado de portão de entrada.
Parágrafo único. No caso de continuar paralisada a obra, depois de decorridos mais
180 (cento e oitenta) dias, o órgão competente da Municipalidade examinará o local, a fim de
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 270
verificar se a construção oferece perigo e promover as providências julgadas convenientes, nos
termos deste Código.
Art. 47 . As disposições desta Seção serão aplicadas também às obras que já se encontram
paralisadas na data de vigência deste Código, contando-se o prazo do artigo anterior a partir
da data de publicação da presente lei.
SEÇÃO XI
DA LICENÇA PARA DEMOLIÇÃO
Art. 48 . A demolição de qualquer edificação, excetuados apenas os muros de fechamento de
até 3,00m (três metros) de altura, só poderá ser executada mediante licença expedida pela
Municipalidade.
§1º. Qualquer edificação que esteja, a juízo do departamento competente da
Municipalidade, ameaçada de desabamento, deverá ser demolida pelo proprietário ou, em caso
de recusa deste, pela Municipalidade, cobrando daquele as despesas correspondentes,
acrescidas da taxa de 20 % (vinte por cento) de administração.
§2º. Tratando-se de edificação com mais de dois pavimentos, ou que tenha 6,00m (seis
metros) ou mais de altura, a demolição só poderá ser efetuada sob a responsabilidade de
profissional legalmente habilitado.
§3º. Tratando-se de edificação situada no Setor Histórico Tombado, Setor de Área
Envoltória e Setor de Proteção, definidas pela Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo,
a demolição só poderá ser efetuada sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado
e a critério do Departamento de Patrimônio Histórico.
§4º. No caso de edificação no alinhamento do logradouro ou sobre uma ou mais divisas
do lote, mesmo que seja de um só pavimento, será exigida a responsabilidade de profissional
habilitado.
§5º. Em qualquer demolição o profissional responsável ou o proprietário, conforme o
caso, providenciará a construção de tapumes e demais medidas necessárias e possíveis para
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 271
garantir a segurança dos proprietários e do público, das benfeitorias do logradouro e
propriedades vizinhas obedecendo ao que dispõem, os artigos 249 a 256 do presente Código.
§6º. A Municipalidade poderá, sempre que julgar conveniente, estabelecer horário
dentro do qual uma demolição deva ou possa ser executada.
§7º. O requerimento em que for solicitada a licença para uma demolição será assinado
pelo profissional responsável juntamente com o proprietário.
§8º. No pedido de licença para a demolição deverá constar o prazo de duração dos
trabalhos, o qual poderá ser prorrogado atendendo solicitação justificada do interessado e a
juízo da Municipalidade, salvo os casos fortuitos e de força maior, quando o prazo será
prorrogado automaticamente pelo tempo do evento.
§9º. Caso a demolição não fique concluída dentro do prazo prorrogado, o responsável
ficará sujeito às multas previstas neste Código.
§10º. Em casos especiais, a Municipalidade poderá exigir obras de proteção para
demolição de muro de altura inferior a 3,00m (três metros).
SEÇÃO XII
DAS OBRIGAÇÕES DURANTE A EXECUÇÃO DE OBRAS
Art. 49 . Para fins de documentação e fiscalização, os alvarás e licenças para obras em geral,
deverão permanecer no local da obra, juntamente com o Projeto aprovado.
Parágrafo único. Os documentos referidos no caput desse artigo deverão ser
protegidos contra a ação do tempo e facilmente acessíveis à fiscalização da Municipalidade,
durante as horas de trabalho.
Art. 50 . Durante a execução das obras, o profissional responsável e/ou proprietário deverá pôr
em prática todas as medidas possíveis para garantir a segurança dos operários, do público e
das propriedades vizinhas e providenciar para que o leito do logradouro no trecho abrangido
pelas mesmas obras seja permanentemente mantido em perfeito estado de limpeza.
§1º. Quaisquer detritos caídos das obras assim como resíduos de materiais que ficarem
sobre parte do leito do logradouro público, deverão ser imediatamente recolhidos sendo, caso
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 272
necessário, feita a varredura de todo o trecho do mesmo logradouro cuja limpeza ficar
prejudicada, além de irrigação para impedir o levantamento do pó.
§2º. O responsável por uma obra deverá pôr em prática todas as medidas possíveis no
sentido de evitar incômodos para a vizinhança pela queda de detritos nas propriedades
vizinhas, pela produção da poeira ou ruído excessivo.
CAPÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
SEÇÃO I
GENERALIDADES
Art. 51 . Às infrações cometidas ao disposto neste Código serão aplicadas as seguintes penas:
I) Embargo;
II) Multa;
III) Interdição do prédio ou dependência;
IV) Demolição.
SEÇÃO II
DAS AUTUAÇÕES E MULTAS
Art. 52 . As multas, independente de outras penalidades legais aplicáveis, serão impostas
quando:
I. Forem falseadas cotas e outras medidas no projeto, ou qualquer elemento do
processo de aprovação do mesmo;
II. As obras forem executadas em desacordo com o projeto aprovado, com a licença
fornecida ou com as normas da presente Lei;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 273
III. A obra for iniciada sem projeto aprovado ou licenciado;
IV. A edificação for ocupada antes da expedição pela Prefeitura do Habite-se, quer seja
pela não solicitação do mesmo ou ainda quando da inexistência de alvará de
construção a qualquer tempo;
V. Não for obedecido o embargo imposto pela autoridade municipal competente;
VI. Houver prosseguimento da obra, vencido o prazo de licenciamento, sem que tenha
sido concedida a necessária prorrogação do prazo;
VII. Demais penalidades previstas em legislação específica.
Art. 53 . A multa será imposta pela autoridade municipal competente, à vista do auto de infração
lavrado pelo funcionário habilitado, que apenas registrará a falta ou infração verificada,
indicando o dispositivo infringido.
Art. 54 . O auto de infração, em quatro vias, deverá ser assinado pelo funcionário que tiver
constatado a existência da irregularidade e também, sempre que possível, pelo próprio
autuado; na sua ausência, poderá ser colhida a assinatura de representante, preposto, ou de
quem lhe fizer vezes.
§1º. A recusa de assinatura no auto de infração será anotada pelo autuante perante
duas testemunhas, considerando-se neste caso, formalizada a autuação.
§2º. A última via do auto de infração, quando o infrator não for encontrado, será
encaminhada oficialmente ao responsável pela empresa construtora, sendo considerado,para
todos os efeitos legais, como estando o infrator cientificado da mesma.
Art. 55 . O auto de infração deverá conter:
I. A indicação do dia e lugar em que se deu a infração, ou em que esta foi constatada
pelo autuante;
II. Fato ou ato que constituía a infração, indicando o dispositivo legal infringido;
III. Nome e assinatura do infrator, ou, na sua falta, denominação que o identifique, e
endereço;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 274
IV. Nome e assinatura do autuante, bem como a sua função ou cargo;
V. Nome, assinatura e endereço das testemunhas, no caso do §1º do artigo anterior.
Art. 56 . Lavrado o ato de infração, o infrator poderá apresentar defesa escrita dirigida à
autoridade municipal competente no prazo máximo de 15 (quinze) dias corridos, a contar de
seu recebimento, findo o qual ou indeferido o recurso interposto o auto será encaminhado para
imposição da multa e cobrança.
Art. 57 . Imposta a multa, será dado conhecimento da mesma ao infrator, no local da infração ou
na sede da empresa construtora, mediante entrega da segunda via do auto da infração, na qual
deverá constar o despacho da autoridade municipal competente que a aplicou.
§1º. O infrator terá o prazo de 15 (quinze) dias para efetuar o pagamento da multa.
§2º. Decorridos o prazo estipulado no Parágrafo §1º, a multa não paga será cobrada por
via executiva, sem prejuízo de outras penalidades.
Art. 58 . Terá andamento sustado o processo de aprovação de projeto ou licenciamento de
construção cujo responsável técnico ou empresa construtora esteja em débito com a Prefeitura.
Art. 59 . As multas pelo descumprimento dos dispositivos desta Lei, serão fixadas
considerando-se a maior ou menor gravidade e natureza da infração, suas circunstâncias e os
antecedentes do infrator, sendo seu valor estabelecido de acordo com a Unidade Fiscal do
Município.
Art. 60 . O pagamento da multa não isenta o requerente da regularização da infração, que
deverá ser atendida de acordo com que dispõe a presente Lei.
Art. 61 . Pelas infrações às disposições deste Código serão aplicadas ao construtor ou
profissional responsável pela execução das obras, ao autor do projeto e ao proprietário,
conforme o caso, as seguintes multas, em Unidade Fiscal do Município (UFM):
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 275
Item Infração Multa em
UFM
I Pelo falseamento de medidas, cotas, e demais indicações do projeto:
ao profissional infrator
500
II Pelo viciamento do projeto aprovado, introduzindo-lhe alteração de
qualquer espécie:
ao proprietário
ao executor da obra
ao profissional habilitado responsável pela execução
500
500
500
III Pelo início da execução da obra sem licença:
ao proprietário
ao construtor
500
500
IV Pelo início de obras sem os dados oficiais de alinhamento e nivelamento:
ao proprietário
ao construtor
300
300
V Pela execução da obra em desacordo com o projeto aprovado:
ao proprietário
ao construtor
ao profissional responsável
500
500
500
VI Pela falta de projeto aprovado e documentos exigidos no local da obra:
ao proprietário
ao construtor
300
300
VII Pela inobservância das prescrições sobre andaimes e tapumes:
ao construtor
500
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 276
VIII Pela paralisação da obra sem comunicação à Municipalidade:
ao proprietário
300
IX Pela desobediência ao embargo municipal:
ao proprietário
ao construtor
ao profissional responsável
600
600
600
X Pela ocupação da edificação sem que à Municipalidade tenha fornecido o
Habite–se:
ao proprietário
500
XI Concluída a reconstrução ou reforma se não for requerida a vistoria:
ao proprietário
300
SEÇÃO III
DOS EMBARGOS
Art. 62 . Obras em andamento de qualquer natureza serão embargadas, sem prejuízo das
multas, quando:
I. Estiverem sendo executadas sem o respectivo alvará de licenciamento nos casos
em que este for necessário;
II. Houver desobediência ao projeto aprovado ou inobservância de qualquer prescrição
essencial do alvará de licença;
III. Não for respeitado o alinhamento predial ou recuo mínimo;
IV. Estiverem sendo executadas sem a responsabilidade de profissional legalmente
habilidado e matriculado na Prefeitura, quando indispensável;
V. Estiver em risco sua estabilidade;
VI. Constituírem ameaça para o público ou para o pessoal que a executa;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 277
VII. For constatada ser fictícia a assunção de responsabilidade profissional, o seu
projeto ou execução;
VIII. Profissional responsável tiver sofrido suspensão ou cassação pelo Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA;
IX. A obra, já autuada, não tenha sido regularizada no tempo previsto.
Art. 63 . Ocorrendo as hipóteses do Artigo anterior, a autoridade municipal competente fará
notificação por escrito ao infrator, dando ciência da mesma à autoridade superior, através de
Relatório semanal que conste local, horário e proprietário da obra.
Art. 64 . Verificada a procedência da notificação pela autoridade municipal competente, esta
determinará o embargo em termo próprio que mandará lavrar, e no qual fará constar as
exigências a serem cumpridas para o prosseguimento da obra, sem prejuízo de imposição de
multas.
Art. 65 . O termo de embargo será apresentado ao infrator para que o assine e, no caso deste
não ser encontrado, o termo será encaminhado oficialmente ao responsável pela empresa
construtora, seguindo-se o processo administrativo para a respectiva paralização da obra.
Art. 66 . O embargo será levantado após o cumprimento das exigências consignadas no
respectivo termo e satisfeito o pagamento de todos os emolumentos e multas em que haja o
responsável incidido.
SEÇÃO IV
DA INTERDIÇÃO
Art. 67 . Uma edificação, ou qualquer uma de suas dependências, poderá ser interditada em
qualquer tempo, com impedimento de sua ocupação, quando oferecer iminente perigo de
caráter público.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 278
Art. 68 . A interdição será imposta por escrito após vistoria efetuada pela autoridade
competente.
Parágrafo Único. Não atendida a interdição, e não interposto recurso ou indeferido
este, a Prefeitura tomará as medidas cabíveis.
SEÇÃO V
DAS DEMOLIÇÕES
Art. 69 . A demolição parcial ou total da edificação será imposta quando:
I. A obra estiver sendo executada sem projeto aprovado e sem alvará de
licenciamento e não puder ser regularizada, nos termos da legislação vigente;
II. Houver desrespeito ao alinhamento.
SEÇÃO VI
DA DEMOLIÇÃO
Art. 70 . A demolição parcial ou total da edificação será imposta nos seguintes casos:
I. A obra estiver sendo executada sem projeto aprovado e sem alvará de
licenciamento, e não houver condições de regularização nos termos da legislação
pertinente;
II. Construção feita sem observância do alinhamento ou nivelamento fornecido pela
Municipalidade, ou sem as respectivas cotas ou com desrespeito ao projeto
aprovado, nos seus elementos essenciais, não havendo possibilidade para ajustá-la
à legislação pertinente;
III. Obra julgada em risco, quando o proprietário se recusar a tomar as providências
determinadas pela Municipalidade para sua segurança;
IV. Construção que ameace ruína e que o proprietário não queira demolir ou não
possa reparar, por falta de recursos, ou disposição regulamentar.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 279
Art. 71 . A demolição será precedida de vistoria por uma comissão composta por 03 (três)
engenheiros e/ou arquitetos, designados pelo Chefe do Poder Executivo, pertencentes
ou não ao quadro de funcionários da Municipalidade.
Parágrafo único. A comissão designada procederá da seguinte forma:
I. Determinará dia e hora para vistoria, fazendo intimar o proprietário para
acompanhar o ato; não sendo o mesmo encontrado, far-se-á intimação por edital
com prazo de 10 (dez) dias;
II. não comparecendo o proprietário ou seu representante, a comissão fará rápido
exame da construção e, se verificar que a vistoria pode ser adiada, mandará fazer
nova intimação ao proprietário;
III. não podendo fazer adiamento, ou se o proprietário não atender à segunda
intimação, a comissão fará os exames que julgar necessário, findo os tais dará seu
laudo dentro de 3 (três) dias, devendo constar no mesmo o que for verificado, o que
o proprietário deve fazer para evitar a demolição e o prazo para essas providências,
o qual, salvo em caso de urgência, não poderá ser inferior a 3 (três) dias e nem
superior a 90 (noventa) dias;
IV. serão concedidas cópias do laudo ao proprietário e aos moradores do prédio,
se for alugado, obrigatoriamente acompanhadas da intimação para o cumprimento
das decisões proferidas;
V. a cópia do laudo e a intimação do proprietário serão entregues mediante
comprovante de recebimento, ou, no caso de não ser aquele encontrado ou recusar
recebê-los, serão publicados em resumo, por 3 (três) vezes, pela imprensa local, e
afixados no mural de publicações ou boletim oficial;
VI. no caso de ruína iminente, a vistoria será feita com urgência, dispensando-se a
presença do proprietário, se não houver tempo hábil para encontrá-lo, e levando-se
ao conhecimento do Chefe do Poder Executivo as conclusões do laudo, para que
ordene a demolição.
Art. 72 . Informado o proprietário do resultado da vistoria e feita a devida intimação, seguir-se-
ão as providências administrativas.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 280
Art. 73 . Se não forem cumpridas as decisões do laudo, nos termos do artigo anterior, serão
adotadas as medidas judiciais cabíveis.
SEÇÃO VI
DAS SANÇÕES
Art. 74 . A Municipalidade poderá cancelar a inscrição de profissionais (Pessoa Física ou
Jurídica), após decisão da Comissão de Ética nomeada pelo Chefe do Poder
Executivo, e comunicar ao CREA especialmente os responsáveis técnicos que:
I. prosseguirem a execução de obra embargada pela Municipalidade;
II. não obedecerem aos projetos previamente aprovados, ampliando ou reduzindo
as dimensões indicadas nas plantas e cortes;
III. hajam incorrido em 3 (três) multas por infração cometida na mesma obra;
IV. alterem as especificações indicadas no projeto ou as dimensões, ou elementos
das peças de resistência previamente aprovados pela Municipalidade;
V. iniciarem qualquer obra sem o necessário Alvará de Construção;
VI. cometerem, por imperícia, faltas que venham a comprometer a segurança da
obra.
Parágrafo único. A Comissão de Ética referida no caput deste artigo será composta
por um representante do CREA, um representante da Associação dos Engenheiros
e Arquitetos e por um funcionário lotado na Secretaria Municipal de Urbanismo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 281
TÍTULO II
DA CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
Art. 75 . Dentro de um lote, uma construção ou edificação é considerada isolada das divisas
quando a área livre, em torno do volume edificado, é contínua em qualquer que seja o
nível do piso considerado.
Art. 76 . Dentro de um lote, uma construção ou edificação é considerada contígua a uma ou
mais divisas, quando a área deixar de contornar, continuamente, o volume edificado
no nível de qualquer piso.
Art. 77 . Quando num lote houver duas edificações, formar-se-á o “Grupamento de Edificações”,
que, conforme suas utilizações, poderá ser residencial ou não residencial.
Art. 78 . Conforme a utilização a que se destinam, as edificações classificam-se em:
I. residenciais;
II. não residenciais;
III. mistas.
CAPÍTULO I
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS
Art. 79 . Segundo o tipo de utilização, as edificações residenciais subdividem-se em:
I. Edificações residenciais unifamiliares;
II. Edificações residenciais multifamiliares.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 282
Parágrafo único. Toda unidade residencial será constituída de no mínimo 1 (um)
compartimento de permanência prolongada, desde que tenha área não inferior a 20m²
(vinte metros quadrados), com instalações sanitárias e uma cozinha.
SEÇÃO I
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES
Art. 80 . Uma edificação é considerada unifamiliar quando nela existir uma única unidade
residencial, podendo ser:
I. isolada;
II. geminada.
Art. 81 . Uma residência é considerada isolada quando sozinha ocupar o interior de um lote.
Art. 82 . Consideram-se residências geminadas duas unidades de residências contíguas, que
possam usar uma parede comum em alvenaria, alcançando até a altura da cobertura,
constituindo no seu aspecto externo uma unidade arquitetônica homogênea, não implicando
simetria bilateral.
§1º. As residências geminadas obedecerão, além das demais normas dessa lei e da Lei
de Parcelamento do Solo Urbano, ao que segue:
I. cada unidade deverá ter acesso independente;
II. terão no máximo 2 (dois) pavimentos por unidade residencial, sendo permitido 1
(um) subsolo, considerado como pavimento;
III. terão instalações elétricas, hidrosanitárias e complementares independentes.
§2º. O lote das residências geminadas, só poderá ser desmembrado quando cada
unidade estiver de acordo com as leis de Parcelamento do Solo Urbano e Zoneamento de Uso
e Ocupação do Solo Urbano.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 283
SUBSEÇÃO ÚNICA
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES EM SÉRIE
Art. 83 . As edificações residenciais unifamiliares em série se caracterizam por 2 (duas) ou mais
unidades autônomas, até o limite de 20 (vinte), de residências unifamiliares agrupadas
horizontalmente, paralelas ou transversais ao alinhamento predial.
Art. 84 . As especificações e os parâmetros construtivos das edificações residenciais
unifamiliares estão definidos na Lei de Parcelamento do Solo Urbano.
SEÇÃO II
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES
Art. 85 . Uma edificação é considerada multifamiliar, quando possuir duas ou mais unidades
residenciais, podendo ser:
I. Edificação residencial multifamiliar permanente;
II. Edificação residencial multifamiliar especial.
Art. 86 . São consideradas edificações residenciais unifamiliares permanentes aquelas que
comportam mais de duas unidades residenciais autônomas, agrupadas verticalmente, com
áreas comuns de circulação interna e acesso ao logradouro público.
Parágrafo único. As edificações referidas neste artigo deverão possuir:
I. Local para coleta de resíduos sólidos;
II. Equipamentos para extinção de incêndio, de acordo com as exigências do Corpo de
Bombeiros e disposições do presente Código;
III. Área de recreação, nos termos dos artigos 182 e 183 deste Código;
VI. Local para estacionamento ou guarda de veículos, conforme o disposto no Título
VIII do presente regulamento;
VII. Instalação de pára-raios.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 284
Art. 87 . As edificações residenciais multifamiliares permanentes podem apresentar-se sob
forma de conjuntos habitacionais, onde os conjuntos habitacionais são constituídos por dois ou
mais blocos de edifícios de habitação, com área de uso comum, implantados no mesmo
terreno.
Parágrafo único. O afastamento mínimo entre blocos será de 3 m (três metros) para
edificações de até 4 (quatro) pavimentos, com acréscimo de 0,8 m (oitenta centímetros) a cada
pavimento adicional.
SEÇÃO III
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS COLETIVAS
Art. 88 . Edificações residenciais coletivas são aquelas nas quais as atividades residenciais se
desenvolvem em compartimentos de utilização coletiva, como dormitórios, salões de refeições,
sanitários comuns, podendo ser: internatos, pensionatos, asilos ou orfanatos, e similares.
SEÇÃO IV
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS TRANSITÓRIAS
Art. 89 . Entende-se por edificações residenciais transitórias as edificações destinadas a hotéis,
motéis, apart-hotéis e congêneres, nas quais deverão existir sempre, como partes
comuns obrigatórias:
I. Recepção ou espera;
II. Quartos de hóspedes;
III. Instalações sanitárias;
IV. Acesso e circulação de pessoas;
V. Serviços;
VI. Acesso a veículos e estacionamento;
VII. Área de recreação, no caso de apart-hotel, hotel residencial, “camping”, colônia de
férias e pousadas;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 285
VIII. Acesso e condições de utilização especial de pelo menos uma unidade de
dormitório para usuários de cadeiras de rodas, excetuando-se os motéis;
IX. Equipamentos para extinção de incêndio, de acordo com as normas exigidas pelo
Corpo de Bombeiros e disposições deste Código;
X. Todas as demais exigências contidas no Código Sanitário do Estado;
XI. Local fechado e interno a edificação para depósito de lixo.
§1º. Os hotéis deverão ter, além do exigido no artigo anterior, salas de estar ou visitas,
local para refeições, copa, cozinha, despensa, lavanderia, vestiário de empregados e escritório
para o encarregado do estabelecimento.
§2º. Nos motéis, edificações com características horizontais, cada unidade de
hospedagem deve ser constituída de, no mínimo, quarto e instalação sanitária, podendo dispor
de uma garagem abrigo ou vaga para estacionamento.
Art. 90 . A adaptação de qualquer edificação para sua utilização como hotel, motel, apart-hotel e
congêneres terá que atender integralmente todos os dispositivos do presente Código.
Art. 91 . Deverá ser previsto o local para embarque e desembarque de usuários, bem como
estacionamento de veículos, segundo capítulo específico deste Código, que trata do
tema.
CAPITULO II
DAS EDIFICAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS
Art. 92 . As edificações não residenciais são aquelas destinadas a:
I. Comércio e prestação de serviços;
II. Indústrias;
III. Edificações para usos de saúde;
IV. Estabelecimentos educacionais;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 286
V. Usos comunitários diversos.
SEÇÃO I
DAS EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Art. 93 . As unidades destinadas a comércio e serviços são as lojas, salas e escritórios.
§1º. Entende-se por loja o espaço destinado à comercialização de produtos;
§2º. entende-se por sala ou escritório o espaço destinado a prestação de serviços.
Art. 94 . As farmácias, além de atender o disposto neste código, deverão também atender as
exigências contidas no Código Sanitário do Estado e outras legislações específicas.
Art. 95 . As unidades destinadas ao comércio de gêneros alimentícios deverão também atender
as exigências contidas no Código Sanitário do Estado e outras legislações específicas.
Art. 96 . As edificações destinadas a comércio, serviços ou atividades profissionais deverão ter
dispositivo de prevenção contra incêndio em conformidade com as determinações
deste Código e normas específicas do Corpo de Bombeiros.
Art. 97 . Todas as edificações comerciais deverão possuir sanitários nas seguintes proporções:
I. acima de 150,00m² (cento e cinqüenta metros quadrados) da área total, sanitários
separados para os dois sexos, na proporção de um sanitário a cada 200,00m²
(duzentos metros quadrados) de área acrescida considerando a metragem da área
de vendas e serviços.
II. quando se tratar de um conjunto de lojas ou salas em um mesmo pavimento, poderá
ser feito um agrupamento de instalações sanitárias, observado o inciso I deste
artigo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 287
Art. 98 . As galerias comerciais, além das disposições do presente Código que lhes forem
aplicáveis, deverão ter largura mínima igual 2,50m (dois e meio metros).
Parágrafo único. O hall de elevadores que se ligar às galerias não deverá interferir na
circulação das mesmas quando a edificação exceder 02 (dois) pavimentos atendidos pelos
elevadores.
Art. 99 . As galerias comerciais, além das disposições do presente Código que lhes forem
aplicáveis, deverão ter pé direito mínimo de 3,00m (três metros).
Art. 100 . Nos locais onde houver preparo, manipulação ou depósito de alimentos, os pisos e as
paredes até 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) deverão ser revestidos com
material liso, resistente, lavável e impermeável.
Art. 101 . As salas de refeições não poderão ter ligação direta com os compartimentos
sanitários.
Art. 102 . Os compartimentos sanitários destinados ao público deverão obedecer as seguintes
condições:
I. para o sexo feminino, em áreas de até 50,00m² (cinqüenta metros quadrados), 1
(um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório;
II. para o sexo masculino, em áreas de até 50,00m² (cinqüenta metros quadrados) 1
(um) vaso sanitário, 1 (um) mictório e 1 (um) lavatório.
Parágrafo único. Para cada área adicional de 50,00m² (cinqüenta metros quadrados)
deverão ser acrescidas as exigências dos incisos I e II deste artigo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 288
SEÇÃO II
DAS OFICINAS MECÂNICAS
Art. 103 . As edificações destinadas a oficinas mecânicas deverão obedecer as seguintes
condições:
I. ter área coberta capaz de comportar os veículos em reparo;
II. ter pé direito mínimo de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros), inclusive nas
partes inferiores dos mezaninos, a menos que os mesmos sejam utilizados como
área de apoio (copa, bwc, administração);
III. ter compartimentos sanitários e demais dependências destinadas aos empregados,
de conformidade com as determinações do artigo 99 deste Código;
IV. ter acessos e saídas devidamente sinalizados e sem barreiras visuais;
V. ter equipamentos de prevenção de incêndio;
VI. possuir local para depósito do lixo no interior do lote;
VII. possuir as divisas laterais fechadas com muros;
VIII. tratamento especial para resíduos, óleos e graxas, conforme legislação estadual
específica.
Art. 104 . Nas edificações onde houver produção de ruídos intensos, estes deverão ser
tecnicamente isolados não podendo haver propagação de ruídos para o exterior.
SEÇÃO III
DAS INDÚSTRIAS
Art. 105 . As edificações destinadas a indústrias em geral, fábricas e oficinas, além das
disposições constantes nas legislações federais e estaduais trabalhistas, deverão:
I. ser de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material
combustível apenas nas esquadrias e estruturas de cobertura;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 289
II. ter dispositivo de prevenção contra incêndio de conformidade com as
determinações deste Código e do Corpo de Bombeiros;
III. ter, no mínimo, 2 (dois) sanitários, separados por sexo, quando possuírem área
superior a 150,00m² (cento e cinqüenta metros quadrados);
§1º. Quando os compartimentos das edificações referidas no caput desse artigo forem
destinados à manipulação ou depósito de inflamáveis, esses deverão estar em conformidade
com as normas de segurança ditadas pelos órgãos competentes.
§2º. Quando os compartimentos das edificações referidas no caput desse artigo tiverem
área superior a 150,00m² (cento e cinqüenta metros quadrados), deverão ter pé direito mínimo
de 3,20m (três metros e vinte centímetros).
Art. 106 . As edificações destinadas ao uso industrial terão tratamento especial para os efluentes
líquidos e gasosos, quando apresentarem características físico-químicas, biológicas
ou bacteriológicas agressivas, obrigando-se as indústrias a esgotarem seus efluentes
líquidos e/ou gasosos dentro dos padrões exigidos pela legislação Municipal, Estadual
e Federal vigente.
§1º. O tratamento de efluentes industriais mencionado neste artigo deverá estar
instalado antes da indústria começar a operar e poderá ser comum a mais de uma indústria.
§2º. O sistema de tratamento proposto, bem como o memorial descritivo, planta e
relatório de eficiência, deverá ser apresentado ao órgão Estadual ou Federal competentes para
análise e aprovação e, posteriormente, à aprovação da Municipalidade.
§3º. A Municipalidade poderá negar aprovação ou aprovar em caráter temporário, se
entender que o sistema será inoperante.
§4º. Os despejos deverão ser emitidos em regime de vazão constante, principalmente
durante o período de funcionamento da indústria.
§5º. Os resíduos sólidos serão transportados para local designado pelo órgão de
limpeza pública do Município.
§6º. Nas indústrias a serem instaladas e nas indústrias existentes que passem a possuir
lançamento de efluentes industriais, o tratamento de efluêntes deverá ser feito à montante de
captação de água da própria indústria quando ambos se derem em cursos d’água.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 290
Art. 107 . As novas unidades industriais a serem edificadas serão isoladas visualmente da
vizinhança através de um cinturão verde constituído por árvores e arbustos de no
mínimo 1,5 m (um metro e meio) de altura.
SEÇÃO IV
DAS EDIFICAÇÕES PARA USOS DE SAÚDE
Art. 108 . Consideram-se edificações para uso de saúde as destinadas à prestação de
assistência médico-cirúrgica e social, com ou sem internamento de pacientes, quais
sejam:
I. hospitais;
II. maternidades;
III. clínicas, laboratórios de análises e pronto-socorros;
IV. postos de saúde.
Art. 109 . As edificações para uso de saúde deverão obedecer, além das normas deste Código,
as condições estabelecidas pelo Governo Federal, observando ainda as legislações
Estadual e Municipal pertinentes à matéria.
Art. 110 . A edificação para posto de saúde - estabelecimento de atendimento primário
destinado à prestação de assistência médico-sanitária a uma população pertencente a
um pequeno núcleo - deverá ter, no mínimo, compartimentos, ambientes ou locais
para:
I. espera;
II. guarda de material e medicamentos;
III. atendimento e imunização;
IV. curativos e esterilização;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 291
V. material de limpeza;
VI. sanitário público e de funcionários;
VII. acesso e estacionamento de veículos.
Art. 111 . A edificação para centro de saúde - estabelecimento de atendimento primário,
destinado à prestação de assistência médico-sanitária a uma população determinada,
tendo como característica o atendimento permanente por clínicos gerais - deverá ter,
no mínimo, compartimentos, ambientes ou locais para:
I. espera;
II. sanitário público e de funcionários;
III. registro e arquivo médico;
IV. administração e material;
V. consultório médico;
VI. atendimento e imunização;
VII. preparo de pacientes;
VIII. curativos e reidratação;
IX. laboratório;
X. despensa para medicamentos;
XI. esterilização e roupa limpa;
XII. utilidade e despejo;
XIII. serviços;
XIV. acesso e estacionamento de veículos, dependendo do porte e conforme
regulamento específico.
Art. 112 . A edificação para clínica sem internamento - destinada a consultas médicas,
odontológicas ou ambas, com dois ou mais consultórios sem internamento - deverá
ter, no mínimo, compartimentos, ambientes ou locais para:
I. recepção, espera e atendimento;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 292
II. esterilização e roupa limpa;
III. utilidade e despejo;
IV. acesso e circulação de pessoas;
V. instalações sanitárias;
VI. serviços;
VII. armazenamento de resíduos;
VIII. acesso e estacionamento de veículos;
IX. administração;
X. material.
Art. 113 . A edificação para clínica com internamento, destinada a consultas médicas,
odontológicas ou ambas, com internamento e dois ou mais consultórios, deverá ter, no
mínimo, compartimentos, ambientes ou locais para:
I. recepção, espera e atendimento;
II. acesso e circulação de pessoas;
III. instalações sanitárias;
IV. serviços;
V. acesso e estacionamento de veículos.
VI. administração;
VII. quartos ou enfermarias para pacientes;
VIII. serviços médico-cirúrgicos;
IX. material.
Art. 114 . Os laboratórios de análises clínicas - edificações nas quais se fazem exames de
tecidos ou líquidos do organismo humano - deverão ter, no mínimo, compartimentos,
ambientes ou locais para:
I. atendimento de clientes;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 293
II. coleta de material;
III. laboratório propriamente dito;
IV. administração;
V. serviços;
VI. instalações sanitárias;
VII. acesso e estacionamento de veículos;
VIII. material.
Art. 115 . A edificação destinada à fabricação ou manipulação de produtos farmacêuticos deverá
ter, no mínimo, compartimentos para:
I. manipulação e fabricação;
II. acondicionamento;
III. laboratório de controle;
IV. embalagem de produto acabado;
V. armazenamento de produtos acabados e de material de embalagem;
VI. depósito de matéria-prima;
VII. instalações sanitárias;
VIII. serviços;
IX. acesso e estacionamento de veículos;
X. armazenamento de resíduos.
Art. 116 . A edificação para hospital - estabelecimento de saúde, de atendimento de nível
terciário, de prestação de assistência médica em regime de internação e emergência
nas diferentes especialidades médicas - deverá ter, no mínimo, compartimentos,
ambientes ou locais para:
I. recepção, espera e atendimento;
II. acesso e circulação;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 294
III. instalações sanitárias;
IV. serviços;
V. quartos ou enfermarias para pacientes;
VI. administração;
VII. serviços médico-cirúrgicos e serviços de análise ou tratamento;
VIII. ambulatório;
IX. acesso e estacionamento de veículos;
X. disposição adequada de resíduos hospitalares.
SEÇÃO V
DOS ESTABELECIMENTOS EDUCACIONAIS
Art. 117 . Os Estabelecimentos Educacionais,que abrigam atividades do processo educativo ou
instrutivo, público ou privado,conforme suas características e finalidades, podem ser:
I. Centro de educação infantil, pré-escola,maternal ou creche
II. Escola de arte, ofícios e profissionalizantes;
III. Ensino Fundamental;
IV. Ensino Médio;
V. Ensino superior;
VI. Ensino não seriado.
Art. 118 . Os estabelecimentos Educacionais deverão, ter, no mínimo, compartimentos,
ambientes e locais de:
I. Recepção, espera ou atendimento ao público;
II. Instalações sanitárias;
III. Acesso e circulação de pessoas;
IV. Serviços;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 295
V. Administração;
VI. Salas de aula;
VII. Salas especiais para laboratório, leitura e outros fins;
VIII. Esporte e recreação;
IX. Cozinhas, refeitórios, cantinas, lanchonetes e congêneres;
X. Acesso e estacionamento para veículos.
Art. 119 . Os estabelecimentos educacionais, além das disposições da Legislação Municipal
cabível, obedecerão às condições estabelecidas pelas normas estaduais e federais
pertinentes.
Art. 120 . Todo estabelecimento de ensino deverá ter seus equipamentos, revestimentos interno
e externo, instalações e mobiliários de material inócuo, a fim de garantir a segurança
de seus usuários.
Art. 121 . Nas salas de aula, corresponderá a cada aluno área não inferior a 1,30m² (um metro e
trinta centímetros quadrados), excluídos os corredores, áreas de circulação interna e
áreas destinadas a professores e equipamentos didáticos.
Art. 122 . O pé direito mínimo das salas de aula em geral nunca poderá ser inferior a 3,00m (três
metros), incluindo vigas ou luminárias, devendo ser aumentado sempre que as
condições de iluminação natural assim exigirem.
Art. 123 . Na existência de salas destinadas à aula prática, especialmente de química, física e
biologia, deverão essas possuir dispositivos apropriados para refrigeração, circulação,
renovação e filtração de ar.
Art. 124 . As salas ambientes deverão seguir as normas da ABNT, de acordo com os cursos a
que se destinarem.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 296
Art. 125 . Os compartimentos correspondentes a cantinas, refeitórios e congêneres deverão
seguir as normas sanitárias específicas do Município, Estado e União.
Art. 126 . As instalações sanitárias dos estabelecimentos educacionais deverão:
I. ser separadas por sexo, com acessos independentes;
II. ser dotadas de bacias sanitárias em número correspondente, a no mínimo 1 (uma)
bacia para cada 20 (vinte) alunos e 1 (um) lavatório para cada 40 (quarenta) alunos;
III. ter mictórios em forma de cuba ou calha, na proporção de 1 (um) para cada 40
(quarenta) alunos, separados uns dos outros, por uma distância de 60cm (sessenta
centímetros);
IV. ter paredes revestidas de material liso, lavável, impermeável e resistente, até a
altura de 2,00m (dois metros);
V. ter condições de ventilação permanente;
VI. ter pisos impermeáveis e resistentes;
VII. ter chuveiros na proporção de 1 (um) para cada 5 (cinco) alunos do grupo que utiliza
os vestiários simultaneamente, quando for previsto a prática de esportes ou
educação física;
VIII. ter “box” sanitários com tamanho mínimo de 80cm (oitenta centímetros) de largura
por 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de profundidade ou o equivalente
em área para larguras maiores, com portas de largura não inferior a 0,60m
(sessenta centímetros) e suspensa dos pisos deixando vãos livres de 0,15m (quinze
centímetros) de altura na parte inferior e 0,30m (trinta centímetros), no mínimo, na
parte superior.
SEÇÃO VI
DOS USOS COMUNITÁRIOS DIVERSOS
Art. 127 . São consideradas edificações para usos comuntários:
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I. estádios;
II. auditórios, ginásios esportivos, centros de convenção e salões de exposição;
III. templos religiosos;
IV. cinemas;
V. teatros;
VI. parques de diversão;
VII. circos;
VIII. feiras livres;
IX. feiras de exposição permanentes;
X. piscinas públicas;
XI. boates e salões de dança.
XII. clubes.
Art. 128 . As partes destinadas ao público, em geral, terão que prever:
I. circulação de acesso e de escoamento;
II. condições de perfeita visibilidade;
III. espaçamento entre filas e séries de assentos;
IV. locais de espera;
V. instalações sanitárias para ambos os sexos;
VI. lotação máxima fixada;
VII. acessibilidade a deficientes físicos.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 298
SUBSEÇÃO I
DOS ESTÁDIOS, AUDITÓRIOS, GINÁSIOS ESPORTIVOS, CENTROS DE CONVENÇÕES, SALÕES DE EXPOSIÇÕES, TEMPLOS RELIGIOSOS, CINEMAS E TEATROS
Art. 129 . A disposição dos assentos deverá garantir perfeita visibilidade do espetáculo, o que
ficará demonstrado através de curva de visibilidade.
Art. 130 . O espaço entre duas filas consecutivas de assentos não será inferior a 0,90m (noventa
centímetros) de encosto a encosto, de acordo com normas da ABNT.
Art. 131 . Os espaçamentos entre as séries, bem como o número máximo de assentos por fila,
obedecerão ao seguinte :
I. número máximo de 14 (quatorze) assentos por fila;
II. espaçamento mínimo de 1,20m (um metro e vinte centímetros) entre as séries.
Parágrafo único. Quando a série terminar junto à parede, a circulação entre estas
deverá ser de no mínimo 1,50m (um metro e meio).
Art. 132 . Deverá ser previsto local para parada de cadeira de rodas conforme determinado pela
norma para eliminação de barreiras arquitetônicas para deficientes físicos da ABNT.
Art. 133 . Os auditórios, cinemas, ginásios esportivos, halls de convenções e salões de
exposições, além das demais condições estabelecidas por este regulamento,
obedecerão às seguintes condições:
I. Os locais de espera, serão independentes das circulações com área equivalente,
no mínimo, a 1,00m² (um metro quadrado) para cada 10 (dez) espectadores no
caso de cinemas e para cada 5 (cinco) espectadores, no caso de teatros, auditórios,
centros de convenção e salões de exposição, considerando a lotação máxima.
II. Quanto à renovação e condicionamento do ar:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 299
a) Os auditórios com capacidade superior a 300 (trezentas) pessoas, possuirão
obrigatoriamente, equipamentos de condicionamento de ar;
b) Quando a lotação for inferior a 300 (trezentas) pessoas, bastará a existência de
sistema de renovação de ar.
III. Quanto às instalações sanitárias:
a) deverão ser separadas por sexo, com as seguintes proporções mínimas:
- para o sanitário masculino, 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório e 1 (um)
mictório para cada 100 (cem) lugares;
- para o sanitário feminino, 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório para cada
100 (cem) lugares;
b) para efeito do cálculo do número de pessoas a serem consideradas, quando não
houver lugares fixos, a proporção de 1,00m² (um metro quadrado) por pessoa,
referente à área efetivamente destinada às mesmas.
§1º. Quando o local de reunião ou salas de espetáculos estiver situado em
pavimento que não seja térreo, serão necessárias duas escadas, no mínimo, que
deverão ter largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), para
salas de até 100 (cem) lugares, e ser acrescidas de 0,10m (dez centímetros) por
fração de 50 (cinqüenta) lugares excedentes.
§2º. O guarda corpo das localidades elevadas terá altura mínima de 1,10m (um
metro e dez centímetros)
§3º. As escadas poderão ser substituídas por rampas com no máximo 8% (oito por
cento) de declividade, observadas entretanto, as demais exigências para escadas e
rampas estabelecidas neste regulamento.
Art. 134 . As paredes externas deverão possuir tratamento acústico de acordo com as normas
da ABNT.
Art. 135 . Nos cinemas, as cabines onde se situam os equipamentos de projeção
cinematográfica deverão atender regulamentação federal específica.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 300
Art. 136 . Os camarins dos teatros serão providos de instalações sanitárias privativas.
Art. 137 . Os estádios, além das demais condições estabelecidas por este regulamento,
obedecerão, ainda, às seguintes:
I. as entradas e saídas só poderão ser feitas através de rampas. Essas rampas terão
a soma de suas larguras calculadas na base de 1,40m (um metro e quarenta
centímetros) para cada 1.000 (um mil espectadores), não podendo ser inferior a
2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros);
II. para o cálculo da capacidade das arquibancadas gerais serão admitidas para cada
metro quadrado, 2 (duas) pessoas sentadas ou 3 (três) em pé.
Art. 138 . Os auditórios dos estabelecimentos de ensino terão área útil não inferior a 0,80m²
(oitenta centímetros quadrados) por pessoa, observando-se ventilação adequada e
perfeita visibilidade da mesa, quadros ou telas de projeção, para todos os
espectadores.
SUBSEÇÃO II
DOS PARQUES DE DIVERSÕES
Art. 139 . A instalação do parque de diversões - lugar amplo, com equipamento mecanizado ou
não, com finalidade recreativa - deverá obedecer às seguintes disposições:
I. o material dos equipamentos será incombustível;
II. serão obrigatorios vãos de “entrada” e “saída” independentes;
III. os equipamentos devem estar em perfeito estado de conservação e funcionamento;
IV. ter compartimentos sanitários.
Art. 140 . Os interessados deverão apresentar ART da estrutura metálica quando existente, da
parte elétrica, de montagem e da prevenção de incêndios, para evitar riscos à
população.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 301
Parágrafo Único. Os parques de diversões só serão liberados para
funcionamento após vistoria pelo Órgão Sanitário Municipal competente, demais órgãos
municipais envolvidos e fiscais do Corpo de Bombeiros e, se for o caso, da Polícia Civil e
Militar.
SUBSEÇÃO III
DOS CIRCOS E DAS FEIRAS DE EXPOSIÇÕES
Art. 141 . A armação e montagem de circos e feiras de exposições atenderão às seguintes
condições:
I. Haverá obrigatoriedade de vãos de “entrada” e “saída” independentes;
II. A largura dos vãos de entrada e saída será proporcional a 1,00m (um metro) para
cada 100 (cem) pessoas, não podendo, todavia, ser inferior a 3,00m (três metros)
para cada vão;
III. A largura das passagens de circulação será proporcional a 1,00m (um metro) para
cada 100 (cem) pessoas, não podendo, todavia, ser inferior a 2,00m (dois metros);
IV. A capacidade máxima de espectadores permitida será proporcional a 2 (duas)
pessoas sentadas, por metro quadrado de espaço destinado a espectadores;
V. A segurança dos funcionários, artistas e do público, far-se-á conforme o disposto no
Artigo 139.
VI. Cumprimento do disposto no artigo 140 deste Código;
VII. Possuir compartimentos sanitários separados por sexo;
Parágrafo único. Os circos somente serão liberados para funcionamento após vistoria
do órgão municipal competente.
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SUBSEÇÃO IV
DAS FEIRAS LIVRES
Art. 142 . A Municipalidade determinará locais e horários para realização de Feiras Livres.
Art. 143 . As barracas serão conforme o modelo estabelecido pela Municipalidade.
Art. 144 . Quando se tratar de local fixo, deverá dispor de sanitários masculino e feminino.
SUBSEÇÃO V
DAS FEIRAS DE EXPOSIÇÃO PERMANENTE
Art. 145 . Os boxes e stands de feiras e exposições, instalados internamente em edificações e
dispostos na forma de blocos ou conjuntos, separados por paredes divisórias leves,
deverão observar o seguinte:
I. possuir sanitário masculino e feminino, para atendimento ao público, com 2 (dois)
vasos sanitários e um lavatório cada um, para o limite de até 10 (dez) boxes e stand
e mais um vaso para cada fração de 10 (dez);
II. possuir circulação entre boxes ou stands com largura mínima de até 2,50m (dois
metros e cinqüenta centímetros) para extensão de até 15,00 m (quinze metros),
sendo esta largura acrescida em 10% (dez por cento) a cada fração de 5,00 m
(cinco metros) acima dos 15,00m (quinze metros);
III. a cada extensão de 15,00m (quinze metros) de circulação, possuir área de no
mínimo de 18,00m² (dezoito metros quadrados), destinada ao uso público.
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SUBSEÇÃO VI
DAS PISCINAS PÚBLICAS
Art. 146 . No projeto e construção de piscinas públicas, serão observadas condições que
assegurem:
I. facilidade de limpeza;
II. distribuição e circulação satisfatória de água;
III. impedimento de refluxo das águas de piscinas para a rede de abastecimento e
quando houver calhas, destas para o interior da piscina;
IV. instalação completa de tratamento de água (correção do PH e desinfecção);
V. ducha para banho anterior ao de piscina;
VI. existência de sanitários e vestiários masculinos e femininos na proporção conforme
artigo 66 deste Código;
VII. existência de lava-pés.
Art. 147 . As piscinas destinadas ao aprendizado, mesmo que de particulares, estão sujeitas ao
que especifica o artigo anterior.
Parágrafo único. O não cumprimento do que especifica este artigo implica na não
liberação do alvará de funcionamento.
CAPÍTULO III
DAS EDIFICAÇÕES DE USOS ESPECIAIS DIVERSOS
Art. 148 . Enquadram-se neste Capítulo as edificações destinadas a:
I. Cemitérios;
II. Abatedouros;
III. Depósitos de explosivos, munições e inflamáveis;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 304
IV. Depósitos de gás (GLP);
V. Depósitos de armazenagem;
VI. Postos de serviços e de abastecimento de veículos;
VII. Quartéis e Corpos de Bombeiros;
VIII. Penitenciária e casa de detenção;
IX. Mobiliário urbano.
Art. 149 . Todas as edificações citadas no artigo anterior deverão observar as exigências
quanto a estacionamento, especificadas neste Código e legislação específica.
SEÇÃO I
DOS CEMITÉRIOS
Art. 150 . Os cemitérios deverão ser construídos em áreas elevadas, na contravertente das
águas que possam alimentar poços e outras fontes de abastecimento.
§1º. Os projetos para implantação de cemitérios deverão ser dotados de drenagem de
águas superficiais, bem como de sistema independente para a coleta e tratamento
dos líquidos liberados pela decomposição dos cadáveres.
§2º. Os projetos para implantação de cemitérios deverão atender ainda as exigências
do Código Sanitário do Estado e demais regulamentações específicas.
Art. 151 . A área dos cemitérios deverá ser toda murada sendo ainda dotada de:
I. Sanitários masculino e feminino;
II. Local para a administração;
III. Torneira para procedimento de limpeza e luz elétrica;
IV. Depósito de materiais e ferramentas;
V. Local para culto;
VI. Capela mortuária, contendo sala de vigília, sala de descanso, instalações sanitárias
para o público, separadas por sexo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 305
SEÇÃO II
DOS ABATEDOUROS
Art. 152 . As edificações destinadas a abatedouros deverão atender, além das normas da
presente lei, as exigências do Código de Posturas e das legislações estaduais e
federais pertinentes.
SEÇÃO III
DOS DEPÓSITOS DE EXPLOSIVOS, MUNIÇÕES E INFLAMÁVEIS
Art. 153 . As edificações para depósito de explosivos e munições observarão as normas
estabelecidas em regulamentação própria do Ministério do Exército, e para
inflamáveis, as normas dos órgãos Federais e Estaduais competentes.
§1º. Os locais para armazenagem de inflamáveis ou explosivos deverão estar
protegidos com pára-raios de construção adequada, a juízo da autoridade competente.
§2º. Os locais para armazenagem de materiais explosivos, químicos e outros, que em
contato com a água de enchentes possam causar danos à saúde pública deverão
estar acima da cota de 6,00m (seis metros), cota máxima de enchente.
§3º. Os depósitos de explosivos e inflamáveis deverão ter afastamento mínimo de
80,00m (oitenta metros) de escolas, asilos, creches, e hospitais, o qual será medido
entre o ponto de instalação do depósito e o terreno dos citados.
§5º. As edificações citadas neste artigo deverão ainda atender as exigências do Corpo
de Bombeiros.
Art. 154 . As edificações de que trata esta seção só poderão ser construídas em zonas nas
quais esses usos são permitidos, conforme a Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação
do Solo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 306
Parágrafo único. As edificações de que trata esta seção poderão ser construídas em
outras áreas não definidas no zoneamento somente em casos especiais e em instalações
militares, mediante análise e aprovação do Município.
Art. 155 . O pedido de aprovação do projeto deverá ser instruído com a especificação da
instalação, mencionando o tipo do produto, a natureza e capacidade dos tanques ou
recipientes, aparelhos de sinalização, assim como todo aparelho ou maquinário a ser
empregado na instalação.
§1º. São considerados como inflamáveis, para efeito da presente lei, os líquidos que
tenham seu ponto de inflamabilidade acima de 93°C (noventa e três graus
centígrados), entendendo-se como tal a temperatura em que o líquido emite vapores
em quantidade em que possam inflamar-se no contato da chama.
§2º. Para efeito desta lei, não são considerados depósitos de inflamáveis os
reservatórios das colunas de abastecimento de combustível, os reservatórios e
autoclaves empregados na fusão de materiais gordurosos, fábrica de velas, sabões,
limpeza a seco, bem como tanques de gasolina, essência ou álcool, que façam parte
de motores de explosão ou combustão interna, em qualquer parte em que estejam
instalados.
SEÇÃO IV
DOS DEPÓSITOS DE GÁS (GLP)
Art. 156 . Em todas as áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, deverão
ser observadas as condições da norma de segurança contra incêndios do Corpo de
Bombeiros e as normas dos órgãos estaduais e federais competentes.
Art. 157 . Toda a área do depósito deverá ser delimitada por cerca de arame, muro ou similar.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 307
SEÇÃO V
DOS DEPÓSITOS DE ARMAZENAGEM
Art. 158 . Quando os depósitos de armazenagem se utilizarem de galpões, estes deverão
satisfazer todas as condições estabelecidas neste Código.
§1º. Qualquer depósito de armazenagem deverá ser devidamente cercado no
alinhamento do logradouro com altura mínima de 2,00m (dois metros).
§2º. A carga e descarga de quaisquer mercadorias deverá ser feita no interior do lote.
SEÇÃO VI
DOS ESTABELECIMENTOS DESTINADOS AO COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS MINERAIS E SERVIÇOS CORRELATOS
SUBSEÇÃO I
DAS NORMAS GERAIS
Art. 159 . São estabelecimentos de comércio varejista de combustíveis e serviços correlatos:
I. Postos de abastecimento;
II. Postos de serviços;
III. Posto garagem.
§1º. Posto de Abastecimento é o estabelecimento que se destina à venda, no varejo,
de combustíveis minerais, álcool etílico hidratado e óleos lubrificantes.
§2º. Posto de Serviço é o estabelecimento que além de exercer as atividades previstas
para Posto de Abastecimento, oferece serviços de lavação, lubrificação de veículos e
outros serviços correlatos;
§3º. Posto Garagem é o estabelecimento que, além de exercer as atividades previstas
para Posto de Abastecimento, oferece também áreas destinadas à guarda de veículos.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 308
Art. 160 . Aos Postos de Abastecimento serão permitidas as seguintes atividades:
I. abastecimento de combustíveis;
II. troca de óleos lubrificantes, em área apropriada e com equipamento adequado;
III. comércio de:
a) acessórios e peças de pequeno porte e fácil reposição;
b) utilidades relacionadas com higiene e segurança dos veículos;
c) pneus, câmara de ar e prestação de serviços de borracharia;
d) jornais, revistas, mapas, roteiros turísticos e souvenirs;
e) lanchonete, sorveteria e restaurante.
Art. 161 . Aos Postos de Serviços, além das atividades previstas no artigo anterior, será
permitida a lavagem e a lubrificaçao de veículos.
Art. 162 . Aos Postos Garagens, além das atividades relativas aos postos de serviços, serão
permitidos:
I. guarda de veículos;
II. lojas para exposição.
Art. 163 . O Município, por meio do órgão competente, exigirá medidas especiais de proteção e
isolamento para a instalação de postos de abastecimento, posto de serviços e posto
garagem, considerando.
I. Sistema viário e possíveis perturbações ao tráfego;
II. Possível prejuízo à segurança, sossego e saúde dos moradores do entorno;
III. Efeitos poluidores e de contaminação e degradação do meio ambiente.
Art. 164 . As edificações destinadas comércio varejista de combustíveis e serviços correlatos,
além do disposto nesta Lei, deverão obedecer á regulamentação federal especifica,
além das exigências do Corpo de Bombeiros.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 309
Art. 165 . Os postos de abastecimento à margem das rodovias estaduais estão sujeitos às
normas do Estado quanto à localização em relação às pistas de rolamento e às
condições mínimas do acesso.
Art. 166 . Instalação e depósitos de combustíveis ou inflamáveis obedecerão às normas técnicas
específicas, além das prevista na Lei do Sistema Viário.
SUBSEÇÃO II
DAS INSTALAÇÕES
Art. 167 . As instalações para limpeza de carros, lubrificação e serviços correlatos não poderão
ficar a menos de 4,00m (quatro metros) de afastamento dos prédios vizinhos.
Parágrafo único. Quando os serviços de lavagem e lubrificação estiverem localizados a
menos de 4,00m (quatro metros) das divisas, deverão ser efetuados em recintos cobertos e
fechados nessas divisas.
Art. 168 . Os postos de serviços e de abastecimento de veículos deverão possuir instalações
sanitárias com chuveiro para uso dos empregados, além de instalações sanitárias para
os usuários, separadas por sexo, bem como independentes daquelas destinadas ao
uso dos empregados.
Art. 169 . As instalações nos estabelecimentos de comércio varejista de combustível mineral,
álcool etílico hidratado, combustível e serviços correlatos obedecerão as prescrições
fixadas pela ABNT.
Art. 170 . O requerimento para instalação de estabelecimento de comércio de combustível
deverá ser acompanhado de planta de localização dos aparelhos, devidamente
cotados.
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SUBSEÇÃO III
DA LOCALIZAÇÃO
Art. 171 . Somente serão aprovados projetos para a construção de estabelecimento de comércio
varejista de combustíveis e serviços na área urbana se atendidas as seguintes
exigências:
I. Rua possuir largura mínima de 12m (doze metros), incluindo passeio;
II. Não causar congestionamento nem pertencer a cruzamentos definido pelo uso como
conflitante;
III. Se localizados na BR-277, PR-407 e demais Vias Estruturais, quando necessário.
deverão possuir trevo ou estar interligado com via marginal, mediante ainda parecer
do Departamento Estadual Competente;
IV. Se localizados em terrenos de esquina, devem possuir 40m (quarenta metros) de
testada para a frente principal e no mínimo 30m (trinta metros) para ruas
secundárias;
V. Para terrenos em meio de quadra, a testada do lote deve ser de no mínimo 60m
(sessenta metros);
VI. A área de projeção da edificação não deverá ser inferior a 250m² (duzentos e
cinqüenta metros quadrados) e nem superior a 50% (cinqüenta por cento) da área
do terreno.
Parágrafo único. Cabe à Municipalidade a definição de aspectos que possam gerar
dúvidas, bem como elaborar a análise justificativa de sua decisão.
SUBSEÇÃO IV
DO MEIO FIO E PASSEIOS
Art. 172 . Quando não houver muros no alinhamento do lote, este terá uma mureta com 30cm
(trinta centímetros) de altura para evitar a passagem de veículos sobre o passeio.
Art. 173 . O rebaixamento dos meios-fios para o acesso aos postos será executado mediante
alvará a ser expedido pela Municipalidade, obedecidas as seguintes condições:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 311
I. Em postos de abastecimento de meio de quadra, o rebaixamento será feito em dois
trechos de no máximo 8m (oito metros) cada um, junto às divisas laterais do terreno;
II. Em postos de abastecimento situados nas esquinas poderá haver mais um trecho
de 8m (oito metros) de meio fio rebaixado, desde que haja uma distância de 5m
(cinco metros) um do outro.
§1º. Não haverá sob hipótese alguma, rebaixamento de meio-fio nas curvas de
concordância e a mais de um metro de cada curva. Nesta situação deverá haver passeio e
faixa de travessia para pedestres.
§2º. Os postos existentes, na data da publicação deste Código, terão o prazo de 6 (seis)
meses para adaptarem-se ao que determina este artigo, sob pena de cassação da licença para
localização e funcionamento do estabelecimento.
SUBSEÇÃO V
DO ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO
Art. 174 . Não será concedido alvará de licença para as atividades mencionadas neste Código
sem que o requerente tenha o seu projeto de edificação aprovado pela Municipalidade.
Art. 175 . As transgressões às exigências prescritas nesta Subseção sujeitarão os infratores à
multa por infração, prevista por este Código, acrescida em 20% (vinte por cento) em
caso de reincidência.
Parágrafo único. Se a multa revelar-se inócua para fazer cessar a infração, o órgão
competente poderá efetuar cassação de licença para localização do estabelecimento.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 312
SEÇÃO VII
QUARTÉIS E CORPO DE BOMBEIROS
Art. 176 . As edificações destinadas a abrigar Quartéis e Corpo de Bombeiros obedecerão às
normas que regem os compartimentos da edificação, constantes deste Código, além
da regulamentação específica.
SEÇÃO VIII
PENITENCIÁRIA E CASA DE DETENÇÃO
Art. 177 . Penitenciária e Casa de Detenção são estabelecimentos oficiais que abrigam
condenados à detenção ou reclusão.
Art. 178 . As normas para construção de Penitenciárias e Casas de Detenção serão
estabelecidas pelo órgão estadual competente e as partes dessas edificações
destinadas a administração e serviços, serão regidas pelas normas constantes deste
Código.
CAPÍTULO VI
DAS EDIFICAÇÕES MISTAS
Art. 179 . As edificações mistas são aquelas destinadas a abrigar as atividades de diferentes
usos.
Art. 180 . Nas edificações mistas onde houver uso residencial serão obedecidas as seguintes
normas:
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I. no pavimento de acesso e ao nível de cada piso, os halls, as circulações,
horizontais e verticais, relativas a cada uso, serão obrigatoriamente independentes
entre si;
II. os pavimentos destinados ao uso residencial serão agrupados continuamente
horizontal ou verticalmente na mesma prumada;
III. as vagas de estacionamento serão separadas, sendo que no caso de uso misto com
garagens ou estacionamentos com finalidade comercial, os acessos às vagas serão
independentes e diferenciados.
Parágrafo Único - Será permitido o uso de um único acesso e uma única circulação
vertical, quando não exceder a 4 (quatro) pavimentos, e as unidades residenciais estiverem
localizadas nos últimos pavimentos, os quais deverão ter uso exclusivamente residencial.
CAPÍTULO VII
MOBILIÁRIO URBANO
Art. 181 . O mobiliário urbano deverá ser construído atendendo normas técnicas da ABNT, em
especial a NBR 9050/1985, que trata da adequação das edificações e do mobiliário
urbano à pessoa deficiente.
Parágrafo único. A instalação de equipamentos ou mobiliário de uso comercial ou de
serviços, em logradouro público reger-se-á pelo Código de Posturas, obedecidos os critérios de
localização e uso aplicáveis a cada caso.
CAPÍTULO VIII
DAS ÁREAS DE LAZER E RECREAÇÃO
Art. 182 . Todos os conjuntos habitacionais ou agrupamentos residenciais – casas, casas em
série, edifícios de habitação coletiva, quitinetes, apart-hotel, “flat-service” – com cinco
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 314
ou mais unidades de moradia, deverão ter uma área mínima destinada à recreação e
ao lazer, que deverá obedecer aos seguintes requisitos mínimos:
I. 6 m² (seis metros quadrados) de área para recreação por unidade de moradia; não
podendo ter área inferior a 40,00m² (quarenta metros quadrados);
II. Localização de áreas sempre isoladas e contínuas, sobre os terraços ou ainda do
térreo, desde que protegidas de ruas, locais de acesso e estacionamento para
veículos.
Parágrafo único. A área destinada a recreação e lazer em nenhuma hipótese poderá
receber outra finalidade.
Art. 183 . Todo estabelecimento de ensino deverá atender às seguintes condições em relação a
locais de recreio, esporte, parques infantis e congêneres:
I. Ter área coberta para educação física e festividades com dimensões mínimas de
10,00m (dez metros) de largura e 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) de
altura;
II. Ter área descoberta para recreio e esporte com 3,00m² (três metros quadrados) a
5,00m² (cinco metros quadrados) por aluno e/ou quadra cimentada de 20,00m (vinte
metros) por 30,00m (trinta metros);
III. Ter zonas sombreadas e ensolaradas e protegidas de ventos frios;
IV. Ter quadras orientadas para norte/sul.
§1º. As escolas ao ar livre, parques infantis e congêneres obedecerão às exigências
deste regulamento, no que couber, obedecendo as especificações contidas no regulamento
referente a locais de lazer.
§2º. Nos estabelecimentos de ensino escolar é obrigatória a existência de local coberto
para recreio, com área mínima de 1/3 da soma das áreas das salas de aula.
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TÍTULO IV
DAS EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO I
DO PREPARO DO TERRENO, ESCAVAÇÕES E SUSTENTAÇÃO DE TERRA
Art. 184 . Na execução do preparo do terreno e escavações, serão obrigatórias as seguintes
precauções:
I. Evitar que as terras ou outros materiais alcancem o passeio ou o leito do
logradouro;
II. A retirada dos materiais escavados deve ser realizado com destino a critério da
Municipalidade, sem causar quaisquer prejuízos a terceiros e meio ambiente;
III. Adoção de providências que se façam necessárias para a sustentação dos prédios
vizinhos limítrofes.
Art. 185 . Os proprietários de terrenos deverão efetuar a fixação, estabilização ou sustentação
das respectivas terras ou de terceiros, se colocadas em risco, por meio de obras e
medidas de precaução contra erosão do solo, desmoronamento de terras, escoamento
de materiais, detritos e lixo para as valas, sarjetas e canalizações, pública ou
particular, e logradouros públicos.
Art. 186 . Os movimentos de terra observarão ainda o seguinte:
I. Os cortes e aterros não terão altura contínua superior a 3 (três metros), em qualquer
ponto, exceto quando necessariamente comprovados para execução de:
a) garagens embutidas ou semi-embutidas;
b) embasamento com pavimento exclusivamente destinado a estacionamento ou
guarda de veículos;
c) obras de contenção indispensáveis à segurança ou à regularização de encostas;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 316
II. Aos cortes corresponderão patamares horizontais na proporção de 2/1 (dois por
um);
III. Os cortes e aterros que resultarem inclinação de até 30% (trinta por cento) em
relação à horizontal deverão ter contenção vegetal.
IV. Os cortes e aterros que resultarem inclinação superior a 30% (trinta por cento)
serão objeto de contenção de engenharia com cortina de pedra, concreto armado ou
gabião, sendo que sua execução deverá ser acompanhada por profissional
competente da área.
Parágrafo único. Em nenhum caso os cortes e aterros ficarão a descoberto.
Art. 187 . Serão observadas, ainda, no que couber, a Lei de Parcelamento do Solo Urbano e a
Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, quanto ao disposto na presente
seção.
Art. 188 . A Municipalidade deverá instituir multa e cassar o licenciamento da terraplanagem,
bem como o da pessoa física ou jurídica que estiver realizando o serviço, quando este
estiver em desacordo com a aprovação do projeto.
Art. 189 . As pessoas físicas ou jurídicas, de que trata esta Seção, deverão ter licenciamento
anual da Municipalidade para operarem no Município.
Art. 190 . A responsabilidade das obras efetuadas por máquinas de terraplanagem é exclusiva
do proprietário do imóvel.
Parágrafo único. O projeto aprovado pela Municipalidade deverá obrigatoriamente ser
mantido na obra.
Art. 191 . É expressamente proibida a abertura de ruas quando não previstas pelo Plano Diretor
ou não pertencerem a projetos de loteamentos aprovados pela Municipalidade.
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CAPÍTULO II
DAS FUNDAÇÕES
Art. 192 . O projeto e execução de uma fundação, assim como as respectivas sondagens, o
exame de laboratório, provas de carga e outras que se fizerem necessárias, serão
feitas de acordo com as normas adotadas ou recomendadas pela ABNT e por
profissionais devidamente habilitados.
CAPÍTULO III
DAS ESTRUTURAS
Art. 193 . O projeto e a execução de uma estrutura obedecerá às normas da ABNT.
Art. 194 . A movimentação dos materiais e equipamentos necessários à execução de uma
estrutura deverá ser sempre feita dentro do espaço aéreo delimitado pelas divisas do
lote, ou em lotes de terceiros quando por eles autorizado.
Art. 195 . Na impossibilidade do cumprimento do disposto no artigo anterior, a Municipalidade
definirá a solução mais adequada.
CAPÍTULO IV
DAS PAREDES
Art. 196 . As paredes, quando executadas em alvenaria comum deverão ter espessura mínima
de:
I. Externa - 0,20m (vinte centímetros);
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II. Interna - 0,12m (doze centímetros).
Art. 197 . Quando forem empregadas paredes autoportantes em uma edificação, serão
obedecidas as respectivas normas da ABNT, para os diferentes tipos de material
utilizado.
Art. 198 . Todas as paredes, quando executadas em alvenaria, serão revestidas internamente e
externamente de emboço e reboco.
Parágrafo único. O revestimento será dispensado:
I. Quando a alvenaria for convenientemente rejuntada e receber cuidadosamente
acabamento;
II. Em se tratando de parede de concreto que haja recebido tratamento de
impermeabilidade;
III. Quando convenientemente justificado no Projeto;
IV. Quando se tratar de tijolo à vista tratado;
V. Quando se tratar de outro material adequado para divisórias.
Art. 199 . Em edificações geminadas, a parede de divisa entre as unidades deverá passar no
mínimo 20 cm (vinte centímetros) acima da cobertura.
Art. 200 . Uma edificação quando construída nas divisas laterais do lote não poderá ocupar com
parede cega da edificação mais que 75% (setenta e cinco por cento) do comprimento
total da linha divisória.
Art. 201 . As paredes cegas que constituírem divisões entre habitações distintas, ou estejam nas
divisas do lote deverão ter no mínimo 18 cm (dezoito centímetros) de espessura.
Parágrafo único. As espessuras poderão ser alteradas quando forem utilizados
materiais de natureza diversa, desde que possuam, comprovadamente, no mínimo, os mesmos
índices de resistência, impermeabilidade, isolamento térmico e acústico, conforme o caso.
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CAPÍTULO V
DO FORRO, PISO E ENTREPISO
Art. 202 . O forro das edificações será incombustível, excetuando-se residências unifamiliares.
Parágrafo único. O forro das edificações residenciais unifamiliares, caso não seja em
plano horizontal, terá como altura mínima o estabelecido no Anexo I deste Código, sendo
nunca inferior a 2,20m (dois metros e vinte centímetros).
Art. 203 . Os entrepisos das edificações serão incombustíveis, tolerando-se entrepisos de
madeiras ou similar em edificações de até dois pavimentos, unifamiliares e isoladas
das divisas do lote.
Art. 204 . Os entrepisos que constituírem passadiços, galerias ou jiraus em edificações
ocupadas por casas de diversões, sociedades, clubes e edificações residenciais
multifamiliares, deverão ser incombustíveis.
Art. 205 . Os pisos deverão ser convenientemente tratados, obedecendo a especificação técnica
do projeto.
CAPÍTULO VI
DAS COBERTURAS
Art. 206 . As coberturas das edificações serão construídas com materiais que permitam:
I. perfeita impermeabilização;
II. isolamento térmico.
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Art. 207 . Nas edificações destinadas a locais de reunião e trabalho, as coberturas serão
construídas em material incombustível.
Art. 208 . As águas pluviais provenientes das coberturas serão esgotadas dentro dos limites do
lote, não sendo permitido o deságue sobre os lotes vizinhos ou sobre o passeio.
CAPÍTULO VII
DAS PORTAS
Art. 209 . As portas de acesso às edificações, bem como as passagens ou corredores, terão
largura suficiente para o escoamento dos compartimentos ou setores da edificação a
que dão acesso, exceto para as atividades específicas detalhadas na própria Seção:
§1º. Quando de uso privativo, a largura mínima das portas será de 80 cm (oitenta
centímetros).
§2º. As portas de acessos a gabinetes sanitários e banheiros terão largura mínima de
60 cm (sessenta centímetros).
§3º. As portas dos estabelecimentos educacionais deverão seguir os seguintes
parâmetros:
I. as portas de comunicação dos ambientes com as circulações deverão ter largura
mínima de 90 cm (noventa centímetros);
III. as aberturas de entrada e saída do estabelecimento deverão ter largura mínima
de 3,00m (três metros).
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CAPÍTULO VIII
DAS CIRCULAÇÕES EM UM MESMO NÍVEL
Art. 210 . As circulações em um mesmo nível, de utilização privativa em uma unidade residencial
ou comercial, terão largura mínima de 90 cm (noventa centímetros) para uma
extensão até 6,00m (seis metros), sendo que, excedido este comprimento, haverá um
acréscimo de 5 cm (cinco centímetros) na largura, para cada metro ou fração de
excesso.
Art. 211 . Os corredores de utilização coletiva terão as seguintes dimensões mínimas:
I. Uso residencial - largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para uma
extensão máxima de 10,00m (dez metros). Excedido esse comprimento, haverá um
acréscimo de 5 cm (cinco centímetros) na largura, para cada metro ou fração de
excesso;
II. Uso comercial - largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para uma
extensão máxima de 10,00m (dez metros). Excedido esse comprimento, haverá um
acréscimo de 10 cm (dez centímetros) na largura, para cada metro ou fração de
excesso;
III. Uso educacional:
a) largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para
corredores e passagens de uso coletivo;
b) nas áreas de circulação que servem às salas de aula, deverá haver um acréscimo
na largura de 20 (vinte centímetros) por sala, até o máximo de 3,50m (três metros e
cinqüenta centímetros);
c) acréscimo de 52 cm (cinqüenta centímetros) por lado utilizado, caso seja instalado
armário ou vestiário.
IV. O acesso aos locais de reunião, deverá obedecer a largura mínima de 2,50m (dois
metros e cinqüenta centímetros) para os locais cuja área destinada à assentos seja
igual ou inferior a 500,00m² (quinhentos metros quadrados). Excedida esta área,
haverá um acréscimo de 5 cm (cinco centímetros) na largura para cada metro
quadrado de excesso;
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V. Nos hotéis e motéis, a largura mínima será de 1,80m (um metro e oitenta
centímetros) para uma extensão máxima de 15,00m (quinze metros). Excedido este
comprimento, haverá um acréscimo de 10 cm (dez centímetros) na largura para cada
metro ou fração;
VI. As galerias de lojas comerciais terão a largura mínima de 2,50m (três metros) para
cada extensão de no máximo 15,00m (quinze metros);
VII. Os auditórios, cinemas, ginásios esportivos, halls de convenções e salões de
exposições, obedecerão as seguintes condições quanto às circulações e portas de
acesso:
a) Haverá sempre mais de uma porta de saída e cada uma delas não poderá
ter largura inferior a 2,00 m (dois metros);
b) A soma das larguras de todas as portas de saídas equivalerá a uma largura
total correspondente 1 cm (um centímetro) por espectador;
c) O dimensionamento das portas de saídas independe daquele considerado
para as portas de entrada;
d) As portas de saída terão a inscrição “Saída”, sempre luminosa, e deverão
abrir sempre para o exterior do recinto;
e) Os corredores de acesso aos locais de reunião, deverão obedecer a largura
mínima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) para os locais cuja área
destinada a assentos seja igual ou inferior a 500,00 m² (quinhentos metros
quadrados). Excedida esta área haverá um acréscimo de 5 cm (cinco centímetros) na
largura para cada metro quadrado de excesso.
f) As circulações internas à sala de espetáculos de até 100 (cem) lugares, terão
nos seus corredores longitudinais e transversais largura mínima de 1,50m (um metro
e cinqüenta centímetros). Estas larguras mínimas serão acrescidas de 0,10m (dez
centímetros) por fração de 50 (cinqüenta) lugares.
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SEÇÃO ÚNICA
DOS HALLS
Art. 212 . O Hall é o elemento de circulação que estabelece a conexão das circulações verticais
com as de um mesmo nível, apresentando-se como:
I. hall do pavimento de acesso que faz conexão com o logradouro;
II . hall de cada pavimento.
Art. 213 . Nos edifícios de uso comercial, o hall do pavimento de acesso e o hall de cada
pavimento deverá ter área proporcional ao mínimo de elevadores de passageiros e ao
número de pavimentos da edificação. Essa área “S” deverá ter uma dimensão linear
mínima “D”, perpendicular às portas dos elevadores e que deverá ser mantida até o
vão de acesso do hall.
Art. 214 . As áreas e distâncias mínimas a que se refere o artigo anterior atenderão ao disposto
no quadro seguinte a ainda ao valor de 10% (dez por cento) a mais sobre os índices
estabelecidos para 3 elevadores, para cada elevador acima de 3 unidades:
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Parágrafo único. Para as edificações até 8 pavimentos em lotes com área máxima de
180,00 m² (cento e oitenta metros quadrados), os valores “S” e “D” serão 4,00 m² (quatro
metros quadrados) e 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), respectivamente.
Art. 215 . Nos edifícios residenciais dotados de elevadores, o hall do pavimento de acesso
poderá ter área igual a do hall de cada pavimento. Essa área “S2” e sua dimensão
“D2” linear perpendicular às portas dos elevadores não poderão ter dimensões
inferiores às estabelecidas no quadro seguinte e ainda a 10% a mais sobre os índices
estabelecidos para 3 elevadores, para cada elevador acima de 3 unidades:
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Número de Pavimentos Número de Elevadores
1 2 3 Acima de 3
Hall
do
pavim
ento
de a
cesso
Até 5
pavimentos
S m²
D m
3
1,5
6
1,5
9
1,5
+ 10%
+ 10%
de 6 a 12
pavimentos
S m²
D m
3
1,5
6
1,5
9
1,5
+ 10%
+ 10%
Parágrafo único. Para as edificações até 8 (oito) pavimentos em lotes com área
máxima de 180,00 m² (cento e oitenta metros quadrados), os valores de “S2” e “D2” serão de
3,00 m² (três metros quadrados) e 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros),
respectivamente.
Art. 216 . No caso das portas dos elevadores serem fronteiras umas às outras, as distâncias “D”
e “D2” estabelecidas nos artigos 214 e 215 serão acrescidas de 50% (cinqüenta por
cento).
Art. 217 . Nos edifícios servidos apenas por escadas e/ou rampas, serão dispensados halls em
cada pavimento, mas o hall de acesso não poderá ter largura inferior a 1,50 m (um
metro e cinqüenta centímetros).
Art. 218 . Nos edifícios, seja de uso residencial, seja de uso comercial, haverá, obrigatoriamente,
interligação entre o hall de cada pavimento e a circulação vertical, seja esta por meio
de escada, seja por meio de rampas.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 326
Art. 219 . As dimensões mínimas dos halls e circulações estabelecidas nesta Seção
determinarão espaços livres e obrigatórios, não sendo permitida a existência de
qualquer obstáculo de caráter permanente ou transitório.
CAPÍTULO IX
DA CIRCULAÇÃO DE NÍVEIS DIFERENTES
Art. 220. Os elementos de circulação que estabelecem a ligação de dois ou mais níveis
consecutivos são:
I. escadas;
II. rampas;
III. escadas rolantes;
IV. elevadores.
SEÇÃO I
DAS ESCADAS
Art. 220 . As escadas podem ser privativas quando adotadas para acesso interno das
residências e de uso exclusivo de uma unidade autônoma ou coletiva quando
adotadas para acesso às diversas unidades autônomas e acessos internos de uso
comum.
Art. 221 . As escadas de uso privativo, dentro de uma unidade familiar, bem como as de uso
nitidamente secundário e eventual, como as de adega, pequenos depósitos e casas de
máquinas, poderão ter sua largura reduzida para um mínimo de 70 cm (setenta
centímetros).
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 327
Art. 222 . As escadas de uso coletivo nas edificações em geral, terão largura mínima de 1,20m
(um metro e vinte centímetros) e deverão ser construídas com material resistente e
incombustível;
§1º. Nas edificações destinadas a locais de reunião, o dimensionamento das escadas
deverá atender ao fluxo de circulação de cada nível contíguo (superior ou inferior) de
maneira que no nível de saída do logradouro haja sempre um somatório de fluxos
correspondentes à lotação total.
§2º. As escadas de acesso às localidades elevadas nas edificações que se destinam a
locais de reunião deverão atender as seguintes normas:
I. ter largura mínima de 2,00m (dois metros);
II. o lance extremo que se comunicar com a saída deverá estar orientado na direção
desta.
§3º. Nos estádios, as escadas das circulações dos diferentes níveis deverão ter
largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para cada mil pessoas e
nunca inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).
§4º. Nas escadas de uso coletivo, sempre que o número de degraus consecutivos
exceder a 16 (dezesseis) será obrigatório intercalar um patamar com extensão mínima
de 0,80m (oitenta centímetros) e com a mesma largura do degrau.
§5º. Nas escadas circulares coletivas deverá ficar assegurada uma faixa de 1,20 m
(um metro e vinte centímetros) de largura, na qual os pisos dos degraus terão as
profundidades mínimas de 0,20m (vinte centímetros) e 0,40m (quarenta centímetros)
nos bordos internos e externos, respectivamente.
§6º. As escadas dos estabelecimentos de ensino deverão observar, além do disposto
nos incisos anteriores do presente artigo, o seguinte:
I. largura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros);
II. piso revestido com material antiderrapante e adequado à sua finalidade;
III. corrimão com altura de 85 cm (oitenta e cinco centímetros);
IV. lances retos, números de degraus não superior a 10 (dez);
V. patamares planos entre os andares, quando necessário, de no mínimo 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros);
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VI. corrimão intermediário para escadas com largura superior a 2,50m (dois metros e
cinqüenta centímetros), não ultrapassando as subdivisões de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros) de largura;
VII. terão iluminação natural, direta ou indireta.
§7º. Os degraus de escadas de uso coletivo não poderão ser desenvolvidos em
leques.
Art. 223 . As dimensões dos degraus das escadas coletivas e privativas deverá satisfazer,
em conjunto, a relação:
0,63 m < 2E + P < 0,64m onde “E “ equivale a altura ou espelho e “P “ a profundidade
do piso obedecendo os seguintes limites:
I. a altura máxima do degrau será de 0,18m (dezoito centímetros) e a largura mínima
será de 0,27m (vinte e sete centímetros) para escadas de uso coletivo;
II. para edificações unifamiliares, nas escadas de uso privativo, a altura máxima
será de 19,00 cm (dezenove centímetros) e largura mínima de 0,25 cm (vinte e
cinco centímetros).
Art. 224 . As escadas do tipo “marinheiro”, “caracol” ou “leque” só serão permitidas para acesso
a torres, adegas, mezaninos, casa de máquinas, sobrelojas ou antepisos de uma
mesma unidade residencial;
Art. 225 . As escadas deverão oferecer passagem livre com altura nunca inferior a 2,20m (dois
metros e vinte centímetros).
Art. 226 . As escadas de uso comum ou coletivo terão obrigatoriamente corrimão (mesmo entre
paredes) de ambos os lados, obedecendo aos requisitos seguintes:
I. manter-se-ão a uma altura constante, situada entre 80 cm (oitenta centímetros) e 90
cm (noventa centímetros), acima da borda do piso dos degraus;
II. somente serão fixadas pela sua face inferior;
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III. terão largura mínima de 6 cm (seis centímetros);
IV. estarão afastadas das paredes, no mínimo 4 cm (quatro centímetros).
Art. 227 . Os edifícios com 04 (quatro) ou mais pavimentos deverão dispor de:
I. um saguão ou patamar de escada independente do hall de distribuição;
II. iluminação natural ou sistema de emergência para alimentação da iluminação
artificial na caixa de escada.
Art. 228 . As escadas deverão ainda observar todas as exigências das normas pertinentes ao
Corpo de Bombeiros.
SEÇÃO II
DAS RAMPAS
Art. 229 . No emprego de rampas, aplicam-se as mesmas exigências de dimensionamento e
especificações de materiais fixadas para as escadas.
Art. 230 . As rampas para pedestres não poderão apresentar declividade superior a 8% (oito por
cento).
§1º. Se a declividade for superior a 6% (seis por cento), o piso deverá ser revestido
com material antiderrapante e o corrimão prolongado em 30 cm (trinta centímetros)
nos dois finais da rampa.
§2º. As rampas para uso coletivo deverão possuir largura mínima de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros) e possuir corrimão nos dois lados.
§3º. As saídas e entradas das rampas de uso coletivo deverão ter patamar livre com
diâmetro de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para acesso de deficientes
físicos.
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§4º. As rampas deverão observar todas as exigências das normas pertinentes ao
Corpo de Bombeiros, diferenciadas em função do número de pavimentos da
edificação;
§5º. Nenhuma porta poderá abrir de forma à obstruir o movimento nos patamares
intermediários iniciais ou finais de uma rampa.
§6º. As rampas terão passagens livres com altura não inferior a 2,20m (dois metros e
vinte centímetros).
§7º. As rampas terão corrimão com altura de 0,85m (oitenta e cinco centímetros).
§8º. O acesso nos estabelecimentos de ensino deverá ser facilitado para deficientes
físicos, mediante rampas ou planos inclinados de materiais especiais, conforme o
estabelecido no NBR 9050/85.
Art. 231 . As rampas para acesso de veículos não poderão ter declividade superior a 22,5%
(vinte e dois e meio por cento)
Parágrafo único. As rampas de acesso para veículos situadas no interior dos lotes
deverão ter seu início com recuo mínimo de 1,5m (um metro e meio) do alinhamento
predial, por meio de patamar horizontal.
SEÇÃO III
ESCADAS ROLANTES
Art. 232 . As escadas rolantes estarão sujeitas às normas técnicas da ABNT e não serão
computadas no cálculo do escoamento de pessoas da edificação, nem no cálculo de
largura mínima das escadas fixas.
SEÇÃO IV
DOS ELEVADORES
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 331
Art. 233 . Qualquer edifício que contenha mais que 04 (quatro) pavimentos deverá ser provido
de elevador.
§1º. O número de elevadores de cada prédio e sua capacidade deverá obedecer o
disposto no quadro a seguir e estar de acordo com as normas da ABNT em vigor na
ocasião da aprovação do projeto pela Municipalidade, seja em relação ao seu
dimensionamento, instalação ou utilização, cálculo, tráfego e intervalo de tráfego
comprovados através de laudo emitido pelo responsável técnico da obra:
§2º. O térreo contará como 02 (dois) pavimentos quando seu pé direito for superior a
6,00m (seis metros).
§3º. Sempre que o pé direito por pavimento ultrapassar a 2,70 m (dois metros e
setenta centímetros) será contado como novo pavimento.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 332
§4º. As unidades situadas no último pavimento poderão deixar de ser servidas por
elevador desde que o pavimento imediatamente inferior seja servido por, pelo menos,
1 (um) ou 2 (dois) elevadores, conforme o estabelecido na tabela do §1º deste artigo,
tendo aquelas unidades acesso direto aos mesmos elevadores.
§5º. Nas edificações com previsão de subsolo, é obrigatório o assentamento de
elevadores nos seguintes casos:
I. mais de 4 (quatro) pavimentos acima do nível do logradouro principal, incluindo o
pavimento térreo;
II. mais de 3 (três) pavimentos abaixo do nível do logradouro.
§6º. Nos edifícios hospitalares ou asilos de mais de 2 (dois) pavimentos, será
obrigatória a instalação de elevadores.
Art. 234 . Excluem-se do cálculo da altura para instalação do elevador:
I. As partes sobrelevadas destinadas a casa de máquinas, caixas de água, casa do
zelador e áreas de lazer ou recreação;
II. O último pavimento quando de uso exclusivo do penúltimo ou ático.
Art. 235 . Será exigido elevador em edifício garagem sempre que ele for constituído de térreo
com mais 03 (três) lajes.
§1º. O subsolo deve ser servido, mas não entra no cômputo geral.
§2º. Somente será dado o desconto referido no parágrafo anterior a um nível de
subsolo.
Art. 236 . Os elevadores não poderão ser o único meio de acesso aos pavimentos superiores ou
inferiores da edificação.
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CAPÍTULO X
DOS MEZANINOS
Art. 237 . As edificações com dois pavimentos poderão ter altura livre de 10,00m (dez metros)
medida do nível do piso do pavimento térreo até o ponto mais alto da edificação,
incluídas as partes sobre-elevadas da edificação e ático.
Art. 238 . O pavimento da edificação deverá possuir pé-direito mínimo de acordo com a sua
destinação, sendo que o pé-direito máximo admitido será de 1,5 (uma vez e meia) o
pé-direito mínimo.
Parágrafo Único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo para as edificações
destinadas a habitação, comércio e serviço vicinal, de bairro e setorial.
Art. 239 . O pé-direito máximo nos compartimentos que possuírem mezanino será de 6 m (seis
metros), atendido o disposto nesse decreto.
Art. 240 . Não serão computados no número máximo de pavimentos, jirau e mezaninos desde
que ocupem área equivalente a no máximo ½ (metade) da área do piso do pavimento
térreo, com acesso interno e exclusivo desse compartimento, não caracterizando
unidade autônoma.
Art. 241 . A área destinada a mezanino ou jirau será computada para efeito de coeficiente de
aproveitamento, área máxima de comércio e prestação de serviço e área mínima
necessária para estacionamento.
Art. 242 . Os mezaninos ou jiraus localizados em outros pavimentos serão considerados como
pavimento.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 334
CAPÍTULO XI
DAS CHAMINÉS
Art. 243 . A chaminé, de qualquer natureza, em uma edificação terá altura suficiente para que a
fumaça, a fuligem ou resíduos que possam expelir não incomodem a vizinhança.
§1º. A altura de chaminés de edificações não residenciais não poderá ser inferior a
5,00m (cinco metros) do ponto mais alto das coberturas existentes num raio de
50,00m (cinqüenta metros).
§2º. Independente da exigência do parágrafo anterior, ou no caso da
impossibilidade de seu cumprimento, deverá ser obrigatória a instalação de aparelho
fumívoro conveniente.
CAPÍTULO XII
DOS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA
Art. 244 . Toda edificação deverá possuir pelo menos um reservatório de água própria.
Parágrafo único. Nas edificações em mais de uma unidade independente que tiverem
reservatórios de água comum, o acesso aos mesmos e ao sistema de controle de
distribuição, se fará obrigatoriamente através de partes comuns.
Art. 245 . Os reservatórios de água serão dimensionados pela estimativa de consumo mínimo de
água por edificação, conforme sua utilização, e deverão obedecer aos seguintes
índices:
I. Unidade residencial - 100 litros / dia por compartimento de uso prolongado;
II. Hotéis sem cozinha, sem lavanderia - 120 litros / dia por hóspede;
III. Escolas com internatos - 120 litros / dia por aluno;
IV. Escolas externatos - 50 litros / dia por aluno;
V. Estabelecimentos hospitalares - 250 litros / dia por leito;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 335
VI. Unidade de comércio, negócios e atividades profissionais - 6 litros/dia por metro
quadrado de área útil;
VII. Cinemas, teatros e auditórios - 2 litros / dia por lugar.
Art. 246 . As caixas de água, reservatórios, cisternas ou poços deverão:
I. Possuir cobertura que não permita a poluição da água;
II. Possuir torneira bóia que regule automaticamente a entrada de água no
reservatório;
III. Possuir extravasor (ladrão) com diâmetro superior ao tubo alimentador, com
descarga em um ponto visível para a imediata verificação de defeito da torneira
bóia;
IV. Ter canalização de descarga para limpeza periódica do reservatório;
V. Ser constuídos de material impermeável, inócuo, não corrosível, de fácil limpeza;
VI. Ser protegidos contra contaminação de qualquer natureza, devendo ser
submetidos à limpeza e desinfecção, a cada 6 (seis) meses.
Art. 247 . Será adotado reservatório inferior quando as condições de abastecimento do órgão
distribuidor forem insuficientes para que a água atinja o reservatório superior e ainda
nas edificações de 4 (quatro) ou mais pavimentos, as quais deverão possuir
reservatório do tipo cisterna.
Art. 248 . Os motores e/ou bombas de recalque não poderão emanar ruídos que prejudiquem,
principalmente no horário noturno, populações vizinhas.
CAPÍTULO XIII
DOS TAPUMES, ANDAIMES E TELAS DE PROTEÇÃO
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 336
Art. 249 . Será obrigatória a colocação de tapume em toda a testada do lote, sempre que sejam
executadas obras de construção, reforma, ampliação ou demolição, para qualquer
obra que, a critério da Municipalidade, ofereça perigo aos transeuntes.
§1º. O tapume deverá ser mantido enquanto perdurarem as obras que possam afetar
a segurança dos pedestres que se utilizam dos passeios dos logradouros.
§2º. O tapume de que trata este artigo deverá atender às seguintes normas:
I. a faixa compreendida pelo tapume não poderá ter largura superior à 2/3
(dois terços) da largura do passeio, não computada a área do canteiro quando
existir, devendo ser deixado no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros)
de passeio livre;
II. quando for construído em esquinas de logradouros, as placas existentes
indicadoras do tráfego de veículos e outras de interesse público, serão, mediante
prévio entendimento com o órgão competente em matéria de trânsito, transferidas
para o tapume e fixadas de forma a serem bem visíveis;
III. a sua altura não poderá ser inferior a 2,00m (três metros) e terá bom acabamento;
IV. quando executado formando galerias para circulação de pedestres, será
permitida a existência de compartimentos superpostos, como complemento da
instalação do canteiro da obra, respeitada sempre a norma contida no item “I” deste
parágrafo, desde que os limites destes compartimentos fiquem contidos até 0,50m
(cinqüenta centímetros) de distância do meio-fio.
§3º. Dispensa-se o tapume quando se tratar de:
I. construção ou reparo de muros ou grades com altura não superior a 2m (dois
metros);
II. pinturas ou pequenos reparos.
Art. 250 . Os tapumes deverão apresentar perfeitas condições de segurança em seus diversos
elementos e garantir efetiva proteção às árvores, aparelhos de iluminação pública,
postes e outros dispositivos existentes, sem prejuízo da completa eficiência de tais
aparelhos.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 337
Art. 251 . Os tapumes deverão ser periodicamente vistoriados pelo construtor, sem prejuízo de
fiscalização pela Municipalidade, a fim de ser verificada sua eficiência e segurança.
Art. 252 . Durante a execução da obra será obrigatório a colocação de andaime de proteção do
tipo “bandeja salva-vidas”, para edifícios de três pavimentos ou mais.
§1º. Os andaimes terão que garantir perfeitas condições de segurança de trabalho
para os operários, de acordo com a legislação federal que trata deste assunto.
§2º. As “bandejas salva-vidas” constarão de um estrado horizontal de 1,20m (um
metro e vinte centímetros) de largura mínima com guarda-corpo até a altura de 1,00
m (um metro), este tendo inclinação aproximada de 135º (cento e trinta e cinco
graus), em relação ao estrado horizontal.
Art. 253 . No caso de emprego de andaimes mecânicos suspensos, estes deverão ser dotados
de guarda-corpo com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros).
Art. 254 . Após o término das obras ou no caso de sua paralisação por prazo superior a 6 (seis)
meses, os tapumes deverão ser recuados até o alinhamento e os andaimes retirados.
Art. 255 . Será obrigatório o uso de tela de proteção para construções acima de 2 (dois)
pavimentos, quando construídas no alinhamento e/ou nas suas divisas.
Art. 256 . Os tapumes, andaimes e telas de proteção, além das normas estabelecidas nesta
Seção, deverão atender o disposto no Título III do Código de Posturas do Município de
Paranaguá.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 338
TÍTULO V
DOS COMPARTIMENTOS
CAPÍTULO I
DA CLASSIFICAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS
Art. 257 . Classificam-se os compartimentos da edificação, segundo sua destinação e o tempo
estimado de permanência humana em seu interior, em:
I. compartimentos de permanência prolongada;
II. compartimentos de permanência transitória;
III. compartimentos especiais;
IV. compartimentos sem permanência.
Art. 258 . São compartimentos de permanência prolongada:
I. quartos e salas em geral;
II. locais de trabalho, tais como lojas, escritórios, oficinas e indústrias;
III. salas de aula e laboratórios didáticos;
IV. salas de leitura e bibliotecas;
V. laboratórios, enfermarias, ambulatórios e consultórios;
VI. cozinhas;
VII. refeitórios, bares e restaurantes;
VIII. locais de reunião e salão de festas;
IX. locais fechados para a prática de esportes e ginástica.
Art. 259 . São considerados compartimentos de permanência transitória:
I. escadas e seus patamares, rampas e seus patamares e suas respectivas
antecâmaras:
II. patamares de elevadores;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 339
III. corredores e passagens;
IV. átrios e vestíbulos;
V. banheiros, lavabos e instalações sanitárias;
VI. depósitos, despejos, rouparias e adegas;
VII. vestiários e camarins;
VIII. lavanderias e áreas de serviços.
Art. 260 . São considerados compartimentos especiais:
I. auditórios e anfiteatros:
II. cinemas, teatros e salas de espetáculos;
III. museus e galerias de arte;
IV. estúdios de gravação, rádio e televisão;
V. laboratórios fotográficos, cinematográficos e de som;
VI. centros cirúrgicos e salas de raios x;
VII. salas de computadores, transformadores e telefonia;
VIII. locais para ducha e saunas;
IX. garagens;
X. instalações para serviços de copa em edificações destinadas ao comércio e
serviços.
Art. 261 . Os compartimentos sem permanência são aqueles que não se destinam à
permanência humana, perfeitamente caracterizados no projeto.
Art. 262 . Compartimentos com outras destinações ou particularidades especiais serão
classificados com base na similaridade com os usos listados no presente regulamento
e observadas as exigências de higiene, salubridade e conforto de cada função e
atividade.
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CAPÍTULO II
DAS DIMENSÕES MÍNIMAS DOS COMPARTIMENTOS
Art. 263 . Todos os compartimentos deverão ter forma e dimensões adequadas à função ou
atividade a que se destinam.
Art. 264 . Os compartimentos de permanência prolongada deverão ter, no plano do piso, formato
capaz de conter um círculo com diâmetro mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta
centímetros centímetros) e área mínima de 6m² (seis metros quadrados), exceto na
cozinha, cuja área mínima poderá ser de 4 m² (quatro metros quadrados).
Art. 265 . As áreas mínimas dos compartimentos serão fixadas segundo a destinação ou
atividade, de acordo com o quadro I, anexo e integrante desta lei.
Art. 266 . Os compartimentos de permanência prolongada deverão ter pé direito mínimo de 2,40
m (dois metros e quarenta centímetros) e os compartimentos permanência transitória
poderão ter 2,20 m (dois metros e vinte centímetros), conforme o previsto no quadro I,
anexo e integrante desta lei.
Art. 267 . Os banheiros, lavabos e instalações sanitárias deverão situar-se, quando não no
mesmo andar dos compartimentos a que servirem, em andar imediatamente superior
ou inferior, caso em que, para o cálculo das instalações sanitárias obrigatórias, será
computada a área total dos andares servidos pelo mesmo conjunto de sanitários.
Art. 268 . Toda edificação de uso público deverá ter, no mínimo, um sanitário apropriado ao
deficiente físico, com todos os acessórios (espelhos, saboneteira e outros) ao seu
alcance, com dispositivos auxiliares de apoio, com largura suficiente para mobilidade
de cadeira de rodas, com abertura de acesso de, no mínimo, 80 cm (oitenta
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 341
centímetros), com dimensão interna mínima de 1,05 m (um metro e cinco centímetros),
e com porta abrindo para fora.
Art. 269 . O número de instalações sanitárias nas edificações não residenciais será definido em
regulamento específico, de acordo com o uso, porte, atividade e fluxo de pessoas
provável.
CAPÍTULO III
DOS PADRÕES CONSTRUTIVOS
Art. 270 . Todas as edificações de utilização humana, de categoria funcional, deverão satisfazer
as condições mínimas de conforto ambiental estabelecidas nesta lei.
§1º. As condições de conforto ambiental e higiene das edificações são padrões
construtivos caracterizados por situações-limite e por padrões de desempenho quanto
à iluminação artificial, desempenho térmico dos elementos e tratamento acústico.
§2º. O Município admitirá demonstrações dos padrões de desempenho, desde que
respaldados por normas técnicas legais e por procedimento técnico-científico
comprovado.
CAPÍTULO IV
ILUMINAÇÃO
Art. 271 . As aberturas de iluminação e insolação dos compartimentos são classificadas em:
I. Abertura do tipo lateral, quando situados em planos verticais ou inclinados até
30º (trinta graus) em relação a vertical (janelas em paredes, mansardas, planos
iluminantes tipo “shed” e lanternins).
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 342
II. Abertura do tipo zenital, quando situados em coberturas (domos e coberturas
em acrílico e telha de plástico, transparente ou translúcida) ou em planos
inclinados de 30º (trinta graus) em relação à vertical.
§1º. A área das aberturas, em metros quadrados, será definida pelas dimensões do
vão que comporta a esquadria ou o painel iluminante.
§2º. O índice de janela de um compartimento é obtido pela relação entre a área das
aberturas que atende e a área da superfície do piso, em m² (metros quadrados),
representado pela seguinte fórmula:
J=AL+AZ
S
(Onde J é o índice de janela, AL é área total das aberturas laterais, AZ a área de zenitais e S é
área total do piso do compartimento.)
§3º. O índice mínimo de janela é de J=1/6 (um sexto) para os compartimentos de
permanência prolongada e 1/8 (um oitavo) para os compartimentos de permanência
transitória.
§4º. Não serão computadas, para efeito de cálculo do índice de janelas, as áreas de
aberturas situadas abaixo de um plano hipotético, paralelo ao piso, a 0,80 (oitenta
centímetros) de altura.
Art. 272 . As áreas mínimas de abertura de iluminação não poderão ser inferiores a 25cm² (vinte
e cinco centímetros quadrados).
Art. 273 . A profundidade dos compartimentos de uso prolongado, em relação ao plano de
aberturas laterais, será de, no máximo, 3 (três) vezes o pé-direito.
§1º. Quando o pé-direito não for constante, será adotada a média aritmética dos pés
direitos, para efeito da aplicação desta relação.
§2º. Não haverá limite de profundidade para recintos iluminados pela cobertura, desde
que a distância horizontal da projeção de uma abertura, até o ponto do piso mais
afastado, não ultrapasse o menor pé-direito do recinto.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 343
Art. 274 . Áreas de iluminação são aquelas no interior do lote, não edificadas, para as quais se
voltam as aberturas para iluminação, insolação e ventilação.
§1º. Os limites das áreas de iluminação são definidos pelas divisas com lotes vizinhos
e pelos planos das paredes das edificações.
§2º. As áreas de iluminação classificam-se em:
I. abertas, quando limitadas em dois lados;
II. semi-abertas, quando limitadas em três lados;
III. fechadas, quando limitadas em quatro lados.
§3º. A dimensão mínima de uma área de iluminação será de 1,50 (um metro e
cinqüenta centímetros), e, sua área mínima, de 9 m² (nove metros quadrados).
§4º. Os compartimentos das residências poderão ser iluminados através de aberturas
para pátios internos, cujas dimensões não deverão estar abaixo dos seguintes índices:
I. 1 (um) pavimento: diâmetro mínimo do círculo inscrito de 1,50 m (um metro e
cinqüenta centímetros), sem beiral, e 2 m (dois metros), com beiral, apresentando área
mínima de 6 m² (seis metros quadrados) para compartimentos de permanência
prolongada;
II. 2 pavimentos: diâmetro mínimo do círculo inscrito de 2 m (dois metros), com área
mínima de 6 m² (seis metros quadrados) acrescidos de 15% a cada pavimento para
compartimentos de permanência prolongada;
§5º. As laterais livres e áreas abertas e semi-abertas e fechadas deverão satisfazer os
requisitos mínimos indicados nos quadros anexos e integrante à presente lei.
§6º. Os compartimentos de residências, onde é permitida a utilização de área de
iluminação para abertura de janelas, são banheiros, circulação e lavanderias.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 344
CAPÍTULO V
VENTILAÇÃO NATURAL
Art. 275 . As aberturas de ventilação poderão ou não estar integradas às janelas de iluminação e
insolação.
Art. 276 . A área das aberturas de ventilação deverá representar, no mínimo, 1/12 (um doze
avos) da área do piso, para os compartimentos de permanência prolongada, e 1/16
(um dezesseis avos), para os de permanência transitória.
§1º. A área de ventilação – quando integrada à abertura de iluminação – não será
acrescida à de iluminação, desde que suas artes móveis não sejam opacas.
§2º. As aberturas de passagem não serão computadas para efeito deste artigo, exceto
quando derem acesso a galerias comerciais e lojas.
Art. 277 . As aberturas de ventilação deverão ter controles de vazão de ar, que possibilitem a
vedação completa do vão.
§1º. As aberturas poderão ser fixas, para ventilação permanente, quando servirem
áreas comuns de centros comerciais e “shopping centers”, pavilhões industriais ou de
exposição, ginásio de esporte, depósito e armazéns, e edificações provisórias.
§2º. Garagens coletivas e instalações poluentes, prejudiciais ao conforto, bem-estar e
saúde de seus ocupantes, terão aberturas fixas e permanentes para renovação do ar.
Art. 278 . Será admitida ventilação zenital, por clarabóias, chaminés ou similares, quando houver
aberturas laterais de entrada de ar;
Parágrafo único. Aberturas em portas serão toleradas, quando protegidas por grelhas,
persianas ou venezianas fixas.
Art. 279 . A ventilação de lojas, por área comum de galerias abertas, será tolerada, desde que
haja aberturas em ambas as extremidades e que seja aquela linear e sua extensão
não exceda a 100 m (cem metros).
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 345
Art. 280 . A ventilação por poços verticais, dutos horizontais ou área de ventilação será tolerada
para compartimento de permanência transitória ou quando usada como complemento
da ventilação de compartimentos de permanência prolongada.
§1º. Os poços verticais para ventilação deverão:
I. estar ligados, na base, à área de pilotis aberta ou a compartimento com ventilação
permanente, sendo que, quando isto não for possível, será tolerada ligação ao exterior,
por duto da mesma seção do poço;
II. permitir a inscrição de um circulo, de 0,60 m (sessenta centímetros) de diâmetro, em
qualquer de seus trechos;
III. ter revestimento interno liso, sem cabos, canalizações, estrangulamentos da seção
por elementos estruturais e tubos de queda;
IV. ter abertura de saída 50 cm (cinqüenta centímetros) acima dos pontos mais altos do
edifício.
§2º. Os dutos horizontais para ventilação deverão:
I. ter proteção contra o alojamento de animais;
II. ter abertura mínima para o exterior igual a sua seção;
III. ter seção mínima de 15 cm (quinze centímetros);
IV. ter comprimento máximo de 6,00 m (seis metros), exceto no caso de abrir para o
exterior em extremidades opostas.
Art. 281 . Instalações geradoras de gases, vapores e partículas em suspensão deverão ter
sistema de exaustão mecânica, sem prejuízo de outras normas legais pertinentes à
higiene e segurança do trabalho.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 346
TÍTULO VI
DAS INSTALAÇÕES EM GERAL
Art. 282 . As instalações e equipamentos abrangem os conjuntos de serviços complementares
executados durante a construção de um edifício, os quais deverão ser projetados,
calculados e executados visando a segurança, a higiene e o conforto dos usuários, de
acordo com as normas e especificações da ABNT, salvo os casos previstos nas
Seções deste Capítulo, onde prevalecerá o determinado por este Código.
Art. 283 . Este Título trata das instalações e equipamentos de:
I. Águas pluviais;
II. Sistemas hidraúlico-sanitários;
III. Gás canalizado;
IV. Distribuição interna da rede telefônica;
V. Antenas de televisão;
VI. Depósito de lixo;
VII. Extinção de incêndios.
VIII. Pára-raios
IX. Condicionamento ambiental;
X. Isolamento acústico;
XI. Isolamento térmico;
XII. Impermeabilização.
Parágrafo único. As entradas, tomadas e dimensões das instalações prediais referidas
no caput deste artigo deverão obedecer às normas técnicas exigidas pelas
concessionárias locais.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 347
CAPÍTULO I
DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS
Art. 284 . O escoamento de águas pluviais do lote edificado para a sarjeta será feito em
canalização construída sob o passeio.
§1º. Em casos especiais de inconveniência ou impossibilidade de conduzir as águas
para as galerias de águas pluviais, essas poderão ser conduzidas para outro local
adequado, após a aprovação pela Municipalidade.
§2º. As despesas com a execução da ligação às galerias pluviais, quando existirem,
correrão integralmente por conta do interessado.
§3º. A ligação será concedida a título provisório, cancelável a qualquer momento pela
Municipalidade, caso haja qualquer prejuízo ou inconveniência.
§4º. Nos lotes devidamente registrados no Registro de Imóveis e cujas vias de
circulação sejam do patrimônio do município, as despesas com escoamento pluvial da
referida via de circulação correrão por conta da Municipalidade.
Art. 285 . Nas edificações construídas no alinhamento, as águas pluviais provenientes de
telhados, balcões e marquises deverão ser captadas por meio de calhas e condutores.
Parágrafo único. Os condutores nas fachadas lindeiras à via pública serão
embutidos até altura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) acima do
nível do passeio.
Art. 286 . Não será permitida a ligação de condutores de águas pluviais à rede de esgotos.
Art. 287 . As águas provenientes das coberturas e dos aparelhos de ar condicionado serão
esgotadas dentro dos limites do lote, não sendo permitido o deságue sobre lotes
lindeiros ou no passeio da via de circulação.
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CAPÍTULO II
DAS INSTALAÇÕES HIDRAÚLICO-SANITÁRIAS
Art. 288 . Todas as edificações em lotes com testada para logradouros que possuam redes de
água potável e de esgoto deverão, obrigatoriamente, servir-se dessas redes.
Art. 289 . Quando não existir rede de abastecimento de água na via pública, a edificação deverá
possuir poço adequado para seu abastecimento, devidamente protegido contra as
infiltrações de águas servidas.
Art. 290 . Quando não existir rede de esgotamento sanitário na via pública, a edificação deverá
ser dotada de sistema individualizado de saneamento, composto por tanque séptico
(fossa) seguido de alternativa complementar de tratamento, conforme previsto pelas
NBR 7229/93 e NBR 13969/97.
Parágrafo único. A forma de tratamento escolhida deverá levar em consideração a
capacidade de absorção do solo, bem como o nível do lençol freático existente.
Art. 291 . Toda unidade residencial deverá possuir, no mínimo, um vaso sanitário, um chuveiro,
um lavatório e uma pia de cozinha que deverão ser ligados à rede geral de esgotos ou
ao sistema individualizado de tratamento.
Parágrafo único. Os vasos sanitários e mictórios serão providos de dispositivos de
lavagem para sua perfeita limpeza.
Art. 292 . Os compartimentos sanitários terão uma caixa auto-sifonada provida de inspeção, que
receberá as águas servidas dos lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros, não podendo
estes aparelhos ter comunicação com as tubulações dos vasos e mictórios.
Parágrafo único. Será obrigatório o uso de tubo de ventilação nos vasos sanitários e
mictórios, com diâmetro mínimo de 40mm (quarenta milímetros).
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 349
Art. 293 . Deverá ser elaborado teste de percolação do solo visando definir a sua capacidade de
absorção nas diferentes regiões da área urbana, para a indicação da medida correta
no que se refere a tratamento de dejetos.
Art. 294 . Toda tubulação de esgoto em contato com o solo deverá ser feita com PVC, manilhas
cerâmicas ou material equivalente.
Art. 295 . Em edificações com mais de um pavimento, os ramais de esgoto serão ligados à rede
principal por canalização vertical (tubo de queda).
Parágrafo único. Os ramais de esgoto dos pavimentos superiores e de tubo de queda
deverão ser de material impermeável, resistente e com paredes internas lisas, não
sendo permitido o emprego de manilhas cerâmicas.
Art. 296 . A declividade mínima dos ramais de esgoto será de 3% (três por cento).
Art. 297 . É vedada, em qualquer hipótese, a utilização das galerias das águas pluviais, bem
como o sistema de drenagem pluvial (sarjetas e vias públicas) para o escoamento do
esgoto sanitário “in natura”.
Art. 298 . A concessão de Certificado de Vistoria de Conclusão da Obra (Habite-se) deverá ser
antecedida de vistoria da execução do sistema de tratamento de esgotamento
sanitário, deixado a descoberto afim de comprovação da solução exigida pela
Municipalidade.
Parágrafo único. A vistoria será realizada pelo Órgão de Vigilância Sanitária do
Município.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 350
CAPÍTULO III
DA INSTALAÇÃO DE GÁS CANALIZADO
Art. 299 . A instalação de equipamento de distribuição interna de gás canalizado obedecerá ao
disposto nas normas técnicas oficiais em vigor no país, bem como as normas de
segurança contra incêndio do Corpo de Bombeiros.
§1º. É obrigatória a instalação de chaminés para descarga dos gases de combustão
dos aquecedores a gás.
§2º. Nos edifícios sem instalação central de gás, os compartimentos que possuírem
botijões de gás destinados a fogões e aquecedores deverão ter ventilação natural.
Art. 300 . É obrigatória instalação de Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - tipo de
instalação em que os recipientes são situados num ponto centralizado e o gás é
distribuído através de tubulação apropriada até os pontos de consumo - em
edificações com 4 (quatro) ou mais pavimentos e hotéis, restaurantes, panificadoras,
confeitarias e demais edificações ou estabelecimentos que utilizem mais de um botijão
de gás tipo P45 (quarenta e cinco quilogramas) de GLP ou conjunto de botijões tipo
P13 (treze quilogramas), independente do número de pavimentos ou área construída.
Art. 301 . A central de gás, canalização, medidores e demais equipamentos deverão atender as
normas de segurança contra incêndio do Corpo de Bombeiros.
Art. 302 . A central da GLP deverá obedecer também aos seguintes critérios:
I. ser instalada na parte externa das edificações, em locais protegidos do trânsito de
veículos e pedestres, mas de fácil acesso em caso de emergência;
II. ter afastamento mínimo de 2,00m (dois metros) das divisas e de 1,00m (um metro)
da projeção da edificação, sendo admitida a implantação ao longo das divisas desde
que suas paredes sejam em concreto armado com altura de 0,50m (cinqüenta
centímetros) acima da cobertura do abrigo dos recipientes.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 351
Art. 303 . No caso de ocupação total do terreno, poderá ser admitida a instalação de central de
gás no interior da edificação, desde que observadas todas as condições de ventilação
e tomadas as precauções contra uma eventual explosão e seus efeitos na estrutura da
edificação.
Art. 304 . Os abrigos para a central de GLP deverão ser construídos obedecendo as normas de
segurança contra incêndio do Corpo de Bombeiros.
Art. 305 . Para efeitos de ventilação, a central de gás deverá:
I. Ter ventilação natural e eficiente para proporcionar a diluição de vazamentos,
evitando a concentração do GLP a níveis de explosão;
II. Ter na porta de acesso, sinalização com os dizeres “INFLAMÁVEL” e
“PROIBIDO FUMAR”.
CAPÍTULO IV
DAS INSTALAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA DA REDE TELEFÔNICA
Art. 306 . A instalação de equipamentos da rede telefônica estará sujeita às normas da
concessionária local de telefonia.
Art. 307 . Salvo nas edificações residenciais unifamiliares, nas quais é facultativo, em todas as
demais é obrigatória a instalação de tubulações, armários e caixas para serviços
telefônicos.
§1º. Em cada unidade autônoma, haverá no mínimo, instalação de tubulações para
um aparelho.
§2º. A tubulação para serviços telefônicos não poderá ser utilizada para outro fim.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 352
CAPÍTULO V
DAS ANTENAS DE TELEVISÃO
Art. 308 . Nas edificações residenciais multifamiliares permanentes é obrigatória a instalação de
tubulações para antenas de televisão, para cada unidade.
CAPÍTULO VI
DAS INSTALAÇÕES PARA DEPÓSITO DE LIXO
Art. 309 . Toda edificação, independente de sua destinação deverá ter local apropriado,
desimpedido e de fácil acesso com capacidade adequada e suficiente para acomodar
os diferentes componentes do resíduo sólido, obedecendo as normas estabelecidas
pela autoridade competente.
Art. 310 . Nas edificações multifamiliares e mistas haverá local para depósito de lixo situado no
térreo ou subsolo para acondicionamento geral.
§1º. O depósito coletor de lixo deverá ter acesso direto da rua por passagem de
dimensão mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura, e 2,40m (dois
metros e quarenta centímetros) de altura e atender as normas estabelecidas neste
Código.
§2º. O depósito coletor geral deverá ter área mínima de 3,00m² (três metros
quadrados).
§3º. É proibida a utilização de tubos de queda para eliminação do lixo.
Art. 311 . Não será permitida a colocação de suporte para lixo sobre os passeios públicos.
Parágrafo único. O suporte para colocação de lixo devem ser alocados sempre dentro
do lote, no alinhamento, ou em reentrâncias criadas para este fim.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 353
Art. 312 . Conforme a natureza e volume do lixo ou resíduos sólidos, serão adotadas medidas
especiais para sua remoção, obedecendo as normas estabelecidas pela
Municipalidade, nos termos da regulamentação específica.
§1º. Serão proibidos incineradores de resíduos sólidos em edificações residenciais,
comerciais e de prestação de serviços.
Art. 313 . Os compartimentos destinados à incineração de resíduos hospitalares e congêneres
deverão obedecer às normas específicas estabelecidas pelo órgão competente para
sua construção e operação.
Art. 314 . Toda edificação destinada à instalação de indústria ficará obrigada à implantação de
medidas para eliminar ou reduzir a níveis toleráveis o grau de poluição com o
reaproveitamento de resíduos e subprodutos, obedecida a regulamentação pertinente.
CAPÍTULO VII
DAS CAIXAS RECEPTORAS DE CORRESPONDÊNCIA
Art. 315 . Nos edifícios residenciais com mais de um pavimento e que não disponham de
portaria é obrigatória a instalação de caixas individuais para o depósito de objetos de
correspondência.
Art. 316 . Nos estabelecimentos bancários, hospitalares, de ensino, empresas, industriais,
comerciais, escritórios, repartições públicas, associações e outros edifícios não
residenciais de ocupação coletiva, deve ser instalado, obrigatoriamente, local
destinado ao recebimento de objetos de correspondência.
Art. 317 . As caixas receptoras de correspondências serão instaladas nos muros, nos portões ou
grades dos imóveis ou ainda, suportadas em pedestais, necessariamente em locais
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 354
facilmente acessíveis da rua, evitando-se sua instalação em lugares de difícil acesso
ao carteiro.
CAPÍTULO VIII
DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PARA EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
Art. 318 . As edificações com mais de 3 (três) pavimentos ou com área total superior a 1.500m²
(mil e quinhentos metros quadrados) deverão ter sistema de segurança contra
incêndios de acordo com as disposições técnicas e normas do Corpo de Bombeiros.
Art. 319 . Em qualquer caso, deverão ser atendidos os detalhes construtivos e colocação de
peças especiais do Sistema Preventivo de Incêndio, de acordo com as normas e
padrões fornecidos pelo Corpo de Bombeiros.
Art. 320 . Independente das exigências deste Código, as instalações preventivas de incêndio
dos edifícios existentes destinados à utilização coletiva, tais como escolas, hospitais,
hotéis, motéis, casas de diversão, fábricas, grandes estabelecimentos comerciais e
outros, ficam sujeitas a adotar, em benefício da segurança do público, as medidas que
forem julgadas convenientes pelo Corpo de Bombeiros ou pela Municipalidade.
CAPÍTULO IX
DOS PÁRA-RAIOS
Art. 321 . Será obrigatória a instalação de pára-raios, conforme as normas estabelecidas pela
ABNT e pelo Corpo de Bombeiros, nas edificações com 4 (quatro) ou mais
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 355
pavimentos, ou área construída superior a 700,00m² (setecentos metros quadrados) e
nas seguintes:
I. aquelas que reúnam grande número de pessoas;
II. fábrica ou depósitos de explosivos ou inflamáveis;
III. torres e chaminés elevados em edificações isoladas e expostas.
Parágrafo único. O sistema de pára-raios deve ser parte integrante do projeto das
instalações elétricas, contendo sua especificação, localização, área de atuação e
aterramento.
Art. 322 . A fiscalização da correta execução da instalação de pára-raios será feita pelo Corpo
de Bombeiros ou pela Municipalidade.
CAPÍTULO X
CONDICIONAMENTO DE AR
Art. 323 . A instalação do equipamento de condicionamento de ar está sujeito às normas
técnicas oficiais.
Parágrafo único. Nos compartimentos em que for instalado ar condicionado, só poderá
ser dispensada a abertura de vãos para o exterior em casos especiais a critério da
Municipalidade.
Art. 324 . É obrigatória a canalização dos fluidos condensados nos aparelhos de ar condicionado
e similares, quando voltados para as vias ou logradouros públicos.
Parágrafo único. A canalização deverá ser compatível com a potência do equipamento,
podendo ser aparente, conectada por tubos de queda ou às galerias de águas pluviais
ou ainda, lançadas nas sarjetas, por sob o passeio.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 356
CAPÍTULO XI
ISOLAMENTO TÉRMICO
Art. 325 . Todos os compartimentos de permanência prolongada deverão ter forro, quando
cobertos por telhado.
§1º. Não sendo o forro possível, a telha deverá receber isolamento térmico fixado ou
aplicado imediatamente abaixo de sua superfície.
§2º. O forro e o isolamento poderão ser interrompidos em trechos destinados à
iluminação e à ventilação zenital.
CAPÍTULO XII
IMPERMEABILIZAÇÃO
Art. 326 . Todas as superfícies internas das áreas molhadas das edificações deverão receber
acabamento impermeável à água.
CAPÍTULO XIII
ISOLAMENTO ACÚSTICO
Art. 327 . Os pisos de separação entre pavimentos, de unidades autônomas com espessura total
inferior a 15 cm (quinze centímetros), deverão receber tratamento acústico contra
ruídos de impacto.
Art. 328 . É vedada a ligação, por aberturas diretas, entre locais ruidosos e áreas de escritório,
lazer, estar ou locais que exijam condições ambientais de tranqüilidade.
Parágrafo Único. Se necessária a ligação, deverá ser feita através de antecâmaras,
vestíbulos ou circulações adequadamente tratadas.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 357
Art. 329 . Recintos destinados a reuniões, palestras, auditórios e similares, com capacidade para
mais de 60 (sessenta) pessoas, deverão manter uma relação mínima de volume da
sala/espectador, em função da capacidade, conforme o quadro abaixo:
Art. 330 . As parcelas externas das edificações, bem como as paredes divisórias de unidades
autônomas, deverão ter desempenho término e acústico equivalentes aos de uma
parede de tijolos inteiros, revestidos em ambas as faces, assim como deverão ter
espessura mínima de 18 cm (dezoito centímetros).
Art. 331 . A apresentação de projeto acústico é obrigatória quando a edificação for destinada a
atividade que produza ruídos.
Parágrafo único. Os níveis de intensidade de ruídos serão medidos em decibéis,
verificados pelo órgão competente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 358
TÍTULO VII
DOS COMPLEMENTOS DA EDIFICAÇÃO
CAPÍTULO I
DA VEDAÇÃO DE TERRENOS NO ALINHAMENTO
DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS
Art. 332 . São consideradas vedações no alinhamento predial dos logradouros públicos, os
muros, muretas, gradis, floreiras, cercas vivas, ou qualquer outro elemento que defina
o alinhamento predial do imóvel.
Art. 333 . As vedações situadas no alinhamento do logradouro público, em terrenos de esquina,
deverão estar em consonância com as curvas de concordância horizontal.
Art. 334 . Em terrenos com edificações de uso residencial poderá ser dispensado o fechamento
frontal e lateral, desde que nos mesmos seja mantido um ajardinamento rigoroso e
permanentemente conservado, e que o limite entre o logradouro e o terreno fique
marcado com meio-fio, cordão de cimento ou processo equivalente.
Art. 335 . Em terrenos com edificações de uso não residencial é obrigatória a construção de
vedação no alinhamento dos logradouros públicos, exceto no caso em que o recuo
obrigatório seja totalmente ajardinado com tratamento paisagístico, e com acessos de
veículos e pedestres definidos, de forma a não permitir a utilização desta área para
qualquer atividade.
Art. 336 . Em terrenos sem vedação, as divisas e o alinhamento do logradouro público deverão
ser demarcados com elementos que permitam a identificação de todos os seus limites.
Art. 337 . Em casos especiais, envolvendo segurança pública, a altura e o tipo de vedação serão
definidos pelos órgãos competentes da Municipalidade.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 359
Art. 338 . Nas zonas em que forem permitidas construções no alinhamento predial, os terrenos
com suas testadas parcialmente edificadas ou sem edificação deverão obedecer ao
disposto neste capítulo.
CAPÍTULO II
DOS MEIOS-FIOS, CALÇADAS E PASSEIOS
Art. 339 . Fica limitada a 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros), por setor rebaixado, a
extensão máxima do rebaixamento do meio fio para acessos e saídas de veículos.
§1º. O rebaixamento do meio-fio só acontecerá nas áreas de acesso aos lotes e nas
faixas de travessia de pedestres.
§2º. O meio-fio das calçadas deverá ser rebaixado com rampa ligada a faixa de
travessia de pedestres, visando propiciar às pessoas com deficiência física melhores
condições de circulação urbana.
Art. 340 . Os meios-fios e calçadas serão rebaixados nas esquinas em atendimento à NBR
9050/1985, no que diz respeito à garantia de acessibilidade para deficientes físicos.
Art. 341 . É obrigatória a construção e reconstrução, pelos proprietários dos terrenos edificados
ou não, das calçadas de logradouros dotados de meio-fio, em toda a extensão das
testadas.
Art. 342 . A calçada em logradouro público, na frente de terrenos edificados ou não, obedecerá
ao padrão definido pelo órgão competente e às seguintes disposições:
I. Não poderá ter degraus ou rampas de acesso às edificações;
II. Deverá ser plana do meio-fio até o alinhamento, ressalvada a inclinação de 2 %
(dois por cento) para o escoamento das águas pluviais;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 360
III. Deverá ser revestida com material antiderrapante.
IV. As guias de rebaixamento do meio fio poderão ter largura de até um terço da
testada do lote, com a dimensão máxima de 10,00 m (dez metros) contínuos,
intercalados de,no mínimo, 10,00 m (dez metros).
Art. 343 . Em caso de descumprimento do disposto no artigo anterior, a Municipalidade fará a
notificação ao proprietário, para que no prazo de 30 (trinta) dias proceda a
regularização.
Parágrafo único. Esgotado o prazo, sem que sejam tomadas as devidas providências
pelo proprietário, a Municipalidade executará a obra, cobrando do proprietário do
imóvel os custos dela decorrentes.
CAPÍTULO III
DOS AFASTAMENTOS E AVANÇOS
Art. 344 . Os afastamentos das edificações deverão estar de acordo com o disposto na Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e na Lei do Sistema Viário.
Art. 345 . Os edifícios construídos nos cruzamentos dos logradouros públicos, onde não houver
afastamento frontal, o pavimento térreo deverá ser de forma chanfrada ou
semicircular, respeitando o raio interno de concordância prevista entre as vias.
Parágrafo único. Os muros de vedação de qualquer edificação nos cruzamentos dos
logradouros públicos também estão sujeitos à exigência deste artigo.
Art. 346 . Nenhuma edificação será construída avançando sobre a calçada, quer no térreo, quer
nos outros pavimentos, se a calçada for igual ou inferior a 2,00m (dois metros) de
largura.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 361
Parágrafo único. Nos casos de calçadas com largura igual ou inferior a 2,00m (dois
metros), só será permitida a marquise.
Art. 347 . As edificações frontais a calçadas com largura superior a 3,00m (três metros) poderão
avançar em balanço sobre a calçada em, no máximo, 0,80 m (oitenta centímetros).
Art. 348 . Deverão ainda ser observadas as normas da concessionária local de energia.
CAPÍTULO IV
DAS MARQUISES E SALIÊNCIAS
Art. 349 . Entende-se por marquise o avanço da laje que cobre parte do passeio, na qual podem
ser colocadas floreiras e/ou vitrines para exposição comercial.
Art. 350 . A construção de marquises na fachada das edificações obedecerá as seguintes
condições:
I. ser em balanço;
II. a face extrema do balanço deverá ficar afastada da prumada do meio-fio 0,30m
(trinta centímetros) no mínimo;
III. ter altura mínima de 3,00m (três metros) acima do nível do passeio, podendo a
Municipalidade indicar a cota adequada, em função das marquises existentes na
mesma face de quadra;
IV. permitir o escoamento das águas pluviais exclusivamente para dentro dos
limites do lote através de condutores, e encaminhados à sarjeta sob o passeio;
V. não prejudicar a arborização e iluminação pública, assim como não ocultar
placas de nomenclatura ou numeração.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 362
Art. 351 . Será obrigatória a construção de marquises ou outro elemento fixo de proteção contra
intempéries, em toda a fachada, nos edifícios de uso comercial cujo pavimento térreo
tenha essa destinação, quando construídos no alinhamento.
Art. 352 . As fachadas dos edifícios, quando construídos no alinhamento predial, poderão ter
sacadas, floreiras, caixas para ar condicionado e brises, se:
I. estiverem acima da marquise;
II. o escoamento das águas pluviais for exclusivamente dentro dos limites do lote
através de condutores embutidos e encaminhados à sarjeta sob o passeio.
Parágrafo único. Os elementos mencionados no caput deste artigo poderão projetar-
se além do alinhamento predial, a uma distância máxima de 0,60m (sessenta
centímetros)
Art. 353 . Nos pavimentos térreos construídos no alinhamento será permitido o uso de toldos
protetores localizados nas extremidades das marquises, desde que, abaixo de sua
extremidade inferior, seja reservado espaço livre com altura mínima de 2,20m (dois
metros e vinte centímetros).
Art. 354 . Deverão ser obedecidas normas estabelecidas pela concessionária local de energia.
CAPÍTULO V
DAS PÉRGULAS
Art. 355 . A pérgula, estrutura horizontal composta de vigamento regular ou em grelha,
sustentada por pilares, que se constrói como um teto vazado, poderá localizar-se
sobre aberturas de iluminação, ventilação e insolação de compartimentos e não terá
sua projeção incluída na taxa de ocupação e de coeficiente de aproveitamento máximo
do lote, desde que:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 363
I. tenha a parte vazada, uniformemente distribuída por metros quadrados,
correspondentes a, no mínimo, 70% (setenta por cento) da área de sua projeção
horizontal;
II. somente 10% (dez por cento) da extensão do pavimento de sua projeção
horizontal sejam ocupados por colunas de sustentação
Parágrafo único. As pérgulas que não obedecerem ao disposto neste artigo serão
consideradas áreas cobertas para efeito de observância do afastamento, taxa de
ocupação e iluminação de compartimentos.
CAPÍTULO VI
DOS TOLDOS
Art. 356 . Toldos são coberturas leves removíveis, sem vedações laterais, ligando blocos ou
prédios entre si ou cobrindo acesso entre o alinhamento e as entradas da edificação,
em zonas onde é exigido o afastamento obrigatório, e deverão satisfazer os seguintes
requisitos:
I. o afastamento mínimo das divisas laterais será de 0,25m (vinte cinco
centímetros).
II. não excederem a largura das calçadas e ficarem sujeitos ao balanço máximo
de 2,00m (dois metros);
III. não prejudicarem a arborização e a iluminação pública, nem ocultarem placas
de nomenclatura de logradouros;
IV. serem feitos de material de boa qualidade e convenientemente acabados;
V. a área coberta máxima não poderá exceder 25% (vinte cinco por cento) da área
do afastamento frontal;
VI. o pé direito mínimo deverá ser de 2,20m (dois metros e vinte centímetros).
Art. 357 . Em vias onde são permitidas edificações no alinhamento predial, os toldos poderão
estender-se em toda a testada do lote.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 364
§1º. Os toldos, quando fixos, deverão atender, no que couber, ao disposto nos
artigos 351 a 355.
§2º. Os toldos deverão, ainda, estar em conformidade com o disposto no Capítulo
VI, do Título III do Código de Posturas do Município de Paranaguá.
CAPÍTULO VII
DAS PISCINAS
Art. 358 . As piscinas deverão ter:
I. estrutura adequada para resistir às pressões da água incidentes sobre as suas
paredes e fundo, quando enterradas sobre o terreno circundante;
II. paredes e fundo revestidas com material impermeável e de superfície lisa;
III. equipamento para tratamento e renovação de água.
Parágrafo único. Aplicam-se às piscinas, no que couberem, as disposições
determinadas pelo Código de Posturas de Paranaguá e pelo Código Sanitário do
Estado.
CAPÍTULO VIII
DAS VITRINES E MOSTRUÁRIOS
Art. 359 . A instalação de vitrines e mostruários só será permitida quando não advenha prejuízo
para ventilação e iluminação dos locais em que sejam integradas e não perturbem a
circulação do público.
§1º. A abertura de vão para vitrine e mostruário em fachadas ou paredes de áreas
de circulação horizontal será permitida desde que o espaço livre dessas circulações,
em toda a sua altura, atenda às dimensões mínimas estabelecidas neste Código.
§2º. Não será permitida a colocação de balcões ou vitrines nos halls de entrada e
circulação das edificações.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 365
CAPÍTULO IX
DOS ANÚNCIOS E LETREIROS
Art. 360 . A colocação de anúncios e letreiros só será feita mediante prévia licença da
Municipalidade, se estiver de acordo com o Código de Posturas de Paranaguá, bem
como se não interferir:
I. na sinalização de tráfego;
II. na visão de monumento histórico;
III. na visão de locais de interesse paisagístico.
§1º. Os anúncios e letreiros sobre as marquises somente serão licenciados mediante
prévia autorização do condomínio do respectivo prédio ou do proprietário.
§2º. Os anúncios e letreiros situados no SH (Setor Histórico), na SAE (Setor de Área
Envoltória) e na SP (Setor de Proteção) dererão ser licenciados mediante prévia
autorização do Departamento de Patrimônio Histórico.
TÍTULO VIII
DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO
CAPÍTULO I
DOS ESTACIONAMENTOS
Art. 361 . Na zona urbana, serão destinados locais para estacionamento, embarque e
desembarque, carga e descarga, que serão:
I. proporcionais às áreas edificadas;
II. cobertos ou descobertos.
Art. 362 . A fração excedente a 50,00m² (cinqüenta metros quadrados) de área construída, no
cálculo exigido para vaga de estacionamento, corresponderá sempre a mais uma
vaga.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 366
Art. 363 . Quando no mesmo terreno coexistirem usos e atividades diferentes, o número de
vagas exigidas será igual à soma das vagas necessárias para cada uso e atividade.
Art. 364 . Os espaços destinados a garagens ou estacionamentos não poderão sofrer
modificações de uso.
Parágrafo único. Nos casos de desobediência a este artigo, será aplicada multa de 100
(cem) UFMs.
Art. 365 . Nos casos de acréscimos em edificações existentes, o cálculo da reserva de
estacionamento ou guarda de veículos considerará a área de acréscimo quando este
aumento representar unidades residenciais e comerciais.
Art. 366 . As exigências relativas a estacionamento de automóveis não se aplicam:
I. a lotes com frente inferior a 8,00m (oito metros);
II. a lotes lindeiros a logradouros públicos onde seja vedado o livre trânsito de
automóveis ou a construção de garagens;
III. quando se tratar de apartamento de zelador de edificação multifamiliar
permanente.
Art. 367 . As áreas de estacionamento descoberto deverão obedecer aos mesmos critérios
definidos para as áreas cobertas e deverão, ainda, ser arborizadas na proporção de
uma árvore para cada 4 (quatro) vagas.
Art. 368 . As dependências destinadas a estacionamento deverão atender as seguintes
exigências:
I. ter pé direito mínimo livre de 2,20m (dois metros e vinte centímetros);
II. ter sistema de ventilação permanente representando 1/8 (um oitavo) da área do
piso, (neste item poderá ser incluído as portas de acesso);
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 367
III. não possuírem abertura para divisas laterais e fundos quando ocuparem as
referidas divisas;
IV. possuir vão de entrada com largura mínima de 3,00m (três metros) e o mínimo de
2 (dois) vãos quando comportarem mais de 50 (cinqüenta) veículos;
V. ter vagas de estacionamento para cada veículo locado em planta e numeradas,
com largura mínima de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) e comprimento
mínimo de 5,00m (cinco metros).
VI. os pisos serão impermeáveis, antiderrapantes e dotados de sistema que permita
um perfeito escoamento das águas da superfície;
VII. as paredes que as delimitarem serão incombustíveis;
VIII. as vagas serão do tipo livre, sendo que só poderão ser bloqueadas quando
pertencerem a mesma unidade residencial;
IX. quando houver mais de um pavimento garagem, será obrigatória uma interligação
para pedestres isolada dos veículos;
X. as escadarias deverão ser construídas dentro dos terrenos, iniciando-se a 1,20 m
( um metro e vinte centímetros ) do alinhamento e as rampas de acesso poderão ser
iniciadas junto ao alinhamento;
XI. quando tratar-se de edificação multifamiliar não será permitido rampa com
inclinação superior a 22,5 % (vinte e dois por cento);
XII. quando tratar-se de mão única, o corredor será de 3,00m (três metros) e, quando
tratar-se de mão dupla, de 5,00m (cinco metros).
§1º. O portão de acesso às garagens para edifícios multifamiliares ou
mistos deverão ter afastamento mínimo de 3,00m (três metros) do meio-fio.
§2º. Os locais cobertos para estacionamento ou guarda de veículos, para fins
privativos, unidade residencial unifamiliar, só poderão ser construídos no alinhamento
frontal com no máximo 3m (três metros) de largura e que a mesma não utltrapasse 1/3
(um terço) da testada.
§3º. No caso de edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos as rampas de acesso
não poderão ter início no alinhamento predial
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 368
Art. 369 . O dimensionamento de cada vaga de estacionamento deverá seguir o seguinte:
I. Para veículos, a vaga deverá ter a dimensão mínima de 2,40 x 5,0 metros;
II. Para ônibus, a vaga deverá ter a dimensão mínima de 3,20 x 13,00 metros;
III. Para veículos de carga, a vaga deverá ter a dimensão mínima de 3,50 x 11,0
metros.
Parágrafo único. Para edificações residenciais multifamiliares e coletivas, a dimensão
de cada vaga de automóvel poderá ser reduzida para 2,20 x 4,50 metros, até o limite de 30%
do total exigido no Artigo 371.
Art. 370 . A disposição das vagas poderá ser em paralelo ou em ângulo de 30, 45, 60 ou 90°.
Art. 371 . O espaço para manobras dependerá do tipo de veículo e da forma da disposição das
vagas, devendo seguir o disposto no quadro seguinte.
Tipo de
veículo
Largura mínima do espaço reservado para manobras (m)
Estac.
Paralelo
Estac. em
ângulo de 30º
Estac. em
ângulo de 45º
Estac. em
ângulo de 60º
Estac. em
ângulo de 90º
Automóvel 3,3
0
2,40 3,80 4,50 5,00
Ônibus 5,4
0
4,70 8,20 10,85 14,50
Veículo de
carga
5,3
0
3,70 5,70 8,50 11,50
Art. 372 . Em todo estacionamento devem ser reservadas vagas preferenciais para
estacionamento de veículos pertencentes à pessoa portadora de deficiência física.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 369
Parágrafo único. As normas relativas à localização e demarcação das vagas devem
atender também ao disposto na NBR 9050/1985.
CAPÍTULO II
DOS LOCAIS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE
Art. 373 . Serão reservadas áreas para embarque e desembarque diante de edificações de uso
público, industrial e comercial, conforme Tabela do artigo 375 deste Código, as quais
deverão ser resolvidas dentro dos lotes.
Art. 374 . A descontinuidade do passeio público será submetida à aprovação da Municipalidade.
CAPÍTULO III
DO ESTACIONAMENTO EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS
Art. 375 . Para o atendimento do número mínimo de vagas de garagem ou estacionamento, de
acordo com os tipos de edificações, observar o quadro a seguir:
USO NÚMERO DE VAGAS
Residencial Unifamiliar
1 (uma) vaga de estacionamento por unidade
residencial, quando se tratar de edificação com área igual
ou acima de 100,00m² (cem metros quadrados) de área
construída
Residencial Multifamiliar
Permanente
1 (uma) vaga de estacionamento para cada
unidade residencial ou para cada 200 m² (duzentos
metros quadrados) de área construída
Residencial Multifamiliar
Transitória
1 (uma) vaga para embarque e desembarque
1 (uma) vaga para carga e descarga.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 370
1 (uma) vaga para cada 3 unidades (dormitórios
ou apartamentos). Neste caso, as garagens poderão
ser do tipo bloqueada, desde que com manobrista.
Residencial Multifamiliar
Coletiva
1 (uma) vaga para cada 3 (três) unidades
Prestação de Serviços,
consultórios, bancos e
escritórios em geral
1 vaga para cada 50 m² de área construída, com
no mínimo de 2 vagas
Serviços de Alimentação 1 vaga para cada 10 m² de salão de refeições ou
similar
Serviços de Manutenção
Pesada, Oficinas
Mecânicas e Postos de
Abastecimento
5 vagas para terrenos até 500 m²
uma vaga para cada 100 m² de terreno, quando
este tiver área superior a 500 m²
Comércio e serviço vicinal e
de bairro em geral
Facultado até 100m² de área construída
1 vaga para cada 40 m² de área construída
adicional, com o mínimo de 2 (duas) vagas
Comércio Atacadista até
400m² (1)
1 vaga para cada 60 m² de área útil
1 vaga para carga e descarga
Comércio Atacadista acima
de 400m² (1)
1 vaga para cada 100 m² de área útil
1 vaga para carga e descarga
Lojas de Departamentos (1) 1 vaga para cada 40 m² de área construída
1 vaga para carga e descarga
Mercados e Supermercados
(1)
1 vaga para cada 30 m² de área construída
1 vaga para carga Ce descarga.
Shopping Centers, Galerias
e Centros Comerciais (1)
1 vaga para cada 30 m² de área construída
1 vaga para carga e descarga
Indústrias 15 % da área do terreno, mínimo de 100 m²
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 371
Ambulatórios,
Postos de Saúde, Prontos-
socorros, Laboratórios e
Clínicas
1 vaga para cada 50 m² de área construída, com o
mínimo de 03 (três) vagas
Hospitais,
Maternidades
1 vaga por leito, até 50 leitos
1 vaga por 1,5 leito, entre 50 e 200 (duzentos)
leitos
2 vagas para ambulância
1 vaga para táxi;
2 vagas para embarque e desembarque
1 vaga para carga e descarga.
Estabelecimentos de
educação infantil, ensino de
1º grau e e ensino especial
1 vaga para cada 50 m² de área construída;
3 vagas para embarque e desembarque.
Escolas de 2º
Grau e Profissionalizantes
1 vaga para cada 50 m² de área construída, com o
mínimo de 8 vagas.
Cursos Superiores,
Supletivos e
Cursinhos
1 vaga para cada 20 m² de área construída;
1 vaga de ônibus para embarque e
desembarque
Salas Públicas e
Bibliotecas
1 vaga para cada 50 m² de área construída
Centro de
Convenções, Auditórios,
Cinemas e Teatros
1 vaga para cada 10 m² de auditório.
Igrejas, Templos e
Locais de Culto
1 vaga para cada 30 m² de área útil dos locais
destinados aos fiéis.
1 vaga para embarque e desembarque
Cemitérios 1 vaga para cada 500 m² de terreno, com mínimo
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 372
de 20 vagas.
Campings 1 vaga por barraca ou trailler
Parque de
Exposições
1 vaga para cada 50 m² de área edificada, com o
mínimo de 30 vagas;
2 vagas para táxi;
2 vagas para carga e descarga;
2 vagas para embarque e desembarque
Uso Recreacional 1 vaga para cada 30 m² de área útil dos locais
destinados ao público
Estádios, Ginásios
Cobertos e Similares
1 vaga para cada 40 m² de área construída ou
utilizada, com o mínimo de 3 vagas.
Academias de
Ginástica/Esportes,
Piscinas e Salas de Jogos
em Geral
1 vaga para cada 40 m² de área construída ou
utilizada, com o mínimo de 3 vagas.
Locais para Lazer
Noturno, Salões de Baile,
Boates e Casas de
Espetáculo, Cinemas e
Teatros
1 vaga para cada 25 m² de área construída, com o
mínimo de 3 vagas.
Clubes e
Associações
1 vaga para cada 500 m² de terreno;
1 vaga para cada 25 m² de área construída para
salão de baile ou similar
Parágrafo único. Deverá ser prevista área que permita a circulação, o carregamento e
a descarga de caminhões dentro do próprio terreno, sem que gere transtornos ao tráfego de
veículos local. Para as construções existentes e em desacordo com as normas deste Código, a
municipalidade definirá locais e horários adequados.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 373
Art. 376 . Nas edificações não contempladas no quadro apresentado no Artigo anterior, a área
de estacionamento será calculada na proporção de 1 (uma) vaga de garagem livre
para cada 100,00m² (cem metros quadrados) de área construída.
Art. 377 . Nos usos e atividades que necessitem estacionamento frontal dentro do imóvel, este
deverá ter uma profundidade mínima de 6,00m (seis metros), não computados os
passeios.
Art. 378 . Para edifícios de uso público, deverá ser reservada uma vaga para portadores de
deficiência de 3,50 x 5,00m a cada 25 vagas regulares.
Parágrafo único. A dimensão da vaga poderá ser reduzida para 2,40 x 5,0m, desde
que seja garantida a circulação para acesso ao veículo e abertura de portas.
Art. 379 . Os acessos aos estacionamentos deverão ter distancia mínima de 5,00m (cinco
metros) do encontro dos alinhamentos prediais na esquina, exceto quando se tratar de
garagem ou estacionamento com área superior a 2.000m² (dois mil metros
quadrados), quando essa distância passa a ser de 10,00m (dez metros).
CAPÍTULO IV
DO ESTACIONAMENTO DAS EDIFICAÇÕES ESPECIAIS E DE USO DIVERSO
Art. 380 . Nas edificações não residenciais de uso especiais diversos, ou em casos não
previstos neste Código, o estacionamento será definido pela Municipalidade que
poderá suprimir ou aditar regras.
CAPÍTULO V
DOS EDIFÍCIOS GARAGEM
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 374
Art. 381 . Os edifícios garagem visam o interesse mercantil e para sua instalação deverão
atender as seguintes normas:
I. a entrada deverá ser localizada antes dos serviços de controle e recepção, em
que deverá ser reservada área destinada à acumulação de veículos correspondente
a 5% (cinco por cento) no mínimo, da área total de vagas;
II. a entrada e saída deverão ser feitas por dois vãos, no mínimo, com largura
mínima de 3,00m (três metros) cada um, tolerando-se a existência de um único vão
com largura mínima de 6,00m (seis metros);
III. quando houver vãos de entrada e saída voltados cada um para logradouros
diferentes, deverá haver, no pavimento de acesso, passagem para pedestres;
IV. quando providos de rampas ou de elevadores simples de veículos, em que haja
circulação interna desses veículos, deverá haver, em todos os pavimentos, vãos de
ventilação para o exterior na proporção mínima de 1/8 (um oitavo) da área de piso,
sendo que as pistas de circulação, nesse caso, deverão ter largura mínima de 3,00 m
(três metros) quando de mão única ou 5,00 m (cinco metros) quando de mão dupla;
V. deverão dispor de salas de administração, espera e instalações sanitárias para
usuários e empregados, completamente independentes;
VI. pé direito mínimo livre de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros);
VII. quando possuírem mais de 4 (quatro) pavimentos, deverão ter além da escada,
pelo menos, um elevador com capacidade para 5 (cinco) pessoas;
VIII. para segurança de visibilidade dos pedestres que transitam pelo passeio do
logradouro público, a saída será feita por vão com medida mínima de 2,50 m (dois
metros e cinqüenta centímetros) para cada lado do eixo da pista de saída, mantida
esta largura para dentro do afastamento até 1,50 m (um metro e cinqüenta
centímetros) no mínimo;
IX. nos projetos deverão constar, obrigatoriamente, as indicações gráficas
referentes a localização de cada vaga de veículo e do sistema de circulação das
áreas necessárias aos locais de estacionamento, as rampas, passagens e
circulação;
X. vaga de estacionamento para cada carro, com largura mínima de 2,50m (dois
metros e cinquenta centímetros) e comprimento mínimo de 5,00m (cinco metros);
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 375
XI. o corredor de circulação deverá ter a largura mínima de 3,00m (três metros),
3,50m (três metros e cinquenta centímetros) ou 5,00m (cinco metros) quando os
locais de estacionamento formarem, em relação ao mesmo, ângulos de 30º (trinta
graus), 45º (quarenta cinco graus) ou 90º (noventa graus), respectivamente;
XII. não serão permitidas residências em edifício garagem, ressalvando-se as
instalações destinadas a segurança e zeladoria.
XIII. a capacidade máxima de estacionamento deverá constar obrigatoriamente nos
projetos e alvarás de obras e localização e, no caso de edifício garagem provido de
rampas, as vagas serão demarcadas nos pisos e em cada nível será afixado um
aviso:
AVISO
Capacidade máxima de estacionamento: “X” veículos.
A utilização acima destes limites é perigosa e ilegal, estando sujeitos os infratores às
penalidades da Legislação Municipal
IX. a declividade das rampas desenvolvidas em reta será de 10 a 15% e quando
em curva, de 8 a 10%.
TÍTULO IX
DA ACESSIBILIDADE AOS DEFICIENTES FÍSICOS
Art. 382 . Em qualquer edificação, à exceção das habitações unifamiliares, deverá ser garantido
o acesso aos deficientes físicos em cadeiras de rodas ou com aparelhos ortopédicos,
observadas as disposições da NBR 9050/85 que dispõe sobre a adequação das
edificações e do mobiliário urbano à pessoa deficiente.
Parágrafo único. Nas edificações não residenciais já existentes, o acesso ao
deficiente físico deverá ser garantido pelo menos até o pavimento térreo e, se houver
necessidade de rampa, essa deverá ser executada conforme o estabelecido na NBR
9050/85.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 376
Art. 383 . Quando existir desnível entre o piso e o passeio, ou quando houver desníveis internos,
será obrigatória a utilização de rampas de acesso e locomoção de deficientes físicos.
Parágrafo único. Quando não houver rampas, o acesso dos deficientes físicos a
outros pavimentos deverá ser feito através de elevador com largura mínima de 1,40m
(um metro e quarenta centímetros).
Art. 384 . Nos cinemas, auditórios, templos, teatros, estádios, ginásios esportivos e congêneres
deverão existir espaços para espectadores portadores de deficiência física ao longo
dos corredores, na proporção de 1% (um por cento) da lotação do estabelecimento,
sendo no mínimo 1 (uma) unidade especial.
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 385 . Os casos omissos no presente Código serão estudados e julgados pelo Órgão de
Planejamento, ouvida a Procuradoria Municipal e consultado, quando for o caso e nos
termos da lei, Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. observando-se as
Leis, Decretos e Regulamentos Especiais.
Art. 386 . É parte integrante desta lei o Anexo I, que dispõe sobre o dimensionamento dos
compartimentos.
Art. 387 . Os valores constantes no presente Código serão corrigidos anualmente, de
conformidade com o índice de correção fornecido pela Prefeitura Municipal.
Art. 388 . Este Código entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 389 . Ficam revogadas as disposições em contrário.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 377
Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 378
ANEXO I – DIMENSIONAMENTO DOS COMPARTIMENTOS E SEUS ELEMENTOS
CONSTITUINTES
QUADRO I – RESIDÊNCIAS
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 379
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 380
QUADRO II – CASAS POPULARES
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 381
QUADRO III - EDIFÍCIOS COMERCIAIS
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 382
QUADRO IV - EDIFÍCIOS MULTIFAMILIARES
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 383
6 CÓDIGO DE POSTURAS – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 384
CÓDIGO DE POSTURAS
Dispõe sobre normas relativas ao Código de
Posturas do Município de Paranaguá, e dá outras
providências.
A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito
Municipal, sanciono a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1°. Este Código, parte integrante do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do
Município de Paranaguá, contém medidas de polícia administrativa, a cargo do
Município, em matéria de higiene, segurança, ordem e costumes públicos; institui
normas disciplinadoras do funcionamento dos estabelecimentos industriais,
comerciais e prestadores de serviços, estatui as necessárias relações jurídicas entre
o Poder Público e os munícipes, visando disciplinar o uso e gozo dos direitos
individuais e do bem-estar geral.
Art. 2°. Todas as funções referentes à execução deste Código, bem como a aplicação das
penalidades nele previstas, serão exercidas por órgãos municipais, cuja
competência, para tanto, estiver definida na Legislação Municipal.
Art. 3°. Os casos omissos desse Código serão resolvidos pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano por analogia às disposições concernentes.
Art. 4°. Sujeita-se às normas do presente Código a forma de utilização de todas as Áreas de
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 385
Domínio Público e demais espaços de utilização pública, quer pertencentes a
entidades públicas ou privada.
Art. 5°. Sujeitam-se, igualmente, às normas do presente Código, no que couber, edificações
e atividades particulares que no seu todo ou em parte, interfiram ou participem de
alguma forma das relações cotidianas do meio urbano.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA
Art. 6°. Ao Chefe do Poder Executivo e em geral aos servidores municipais, incumbe zelar
pela observância dos preceitos deste Código.
Art. 7°. Este Código não compreende as infrações previstas no Código Penal e em outras
leis federais e estaduais, bem como a Legislação Sanitária em vigor no país.
CAPÍTULO III
DOS OBJETIVOS
Art. 8°. As disposições sobre as normas arquitetônicas e urbanísticas contidas nos Códigos
de Posturas, visam:
I. Assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene, salubridade
e conforto nos espaços e edificações deste Município;
II. Garantir o respeito às relações sociais e culturais específicas da região;
III. Estabelecer padrões relativos à qualidade de vida e de conforto ambiental
IV. Promover a segurança e harmonia entre os munícipes.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 386
TÍTULO II
DAS INFRAÇÕES
CAPITULO I
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES
Art. 9º. É infração, para os fins da presente lei, todo e qualquer ato ou omissão que contrarie
o disposto neste Código, ou outras Leis, Decretos, Resoluções ou Atos baixados
pelo Poder Executivo Municipal no uso de seu poder de polícia.
Art. 10. Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger ou auxiliar
alguém a praticar infração, além dos encarregados de executar este Código, que tendo
conhecimento da infração, deixarem de aplicá-la.
Parágrafo único. Serão punidos de conformidade com o presente Código:
I. os servidores que se negarem a prestar assistência aos munícipes
quando solicitados para prestar esclarecimentos das normas
consubstanciadas neste Código;
II. os agentes fiscais que, por culpa ou má-fé, lavrarem autos sem
obediência aos requisitos legais, de forma a lhes acarretar nulidade;
III. os agentes fiscais que tendo conhecimento da infração, deixarem de
aplicá-la.
Art. 11. A penalidade, além de impor a obrigação de fazer ou não fazer, consistirá em multa
e/ou apreensão.
§1º. Nas reincidências, as multas serão consideradas com acréscimo de 20% (vinte
por cento).
§2º. Considera-se reincidente, para aplicação da multa, a prática de outra infração da
mesma natureza.
Art. 12. Na imposição da multa, e para graduá-la, considerar-se-á:
I. a gravidade da infração;
II. as suas circunstâncias atenuantes ou agravantes;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 387
III. os antecedentes do infrator, com relação às disposições deste Código.
Art. 13. Os contribuintes que estiverem em débito em relação a tributos e multas junto à
municipalidade, não poderão receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a o
Município, participar de concorrência, coleta ou tomada de preços, celebrar contratos ou termos
de qualquer natureza, ou transacionar a qualquer título com o Município de Paranaguá.
Art. 14. As penalidades a que se refere este Código não isentam o infrator da obrigação de
reparar o dano resultante da infração, no termos da legislação civil federal.
Parágrafo único. Aplicada a multa, não fica o infrator desobrigado do cumprimento
da exigência regulamentar que a houver determinado.
Art. 15. Nos casos de apreensão, os objetos apreendidos serão recolhidos ao depósito da
Municipalidade, suportando com os encargos de fiel depositário.
Parágrafo único. Quando a providência referida no caput não for possível, ou a
apreensão se realizar fora da cidade, poderão ser depositados em mãos de terceiros,
ou do próprio infrator, se idôneo, observadas as formalidades legais.
Art. 16. Serão sustadas as apreensões feitas por força das disposições deste Código, se o
infrator prontificar-se a pagar incontinenti a multa devida, cumprindo, de imediato, os demais
preceitos que houver violado, ou prestar fiança correspondente ao valor dos objetos
apreendidos, em dinheiro, depositado nos cofres municipais, bem como ressarcir a
Municipalidade das despesas com apreensão, transporte e depósito, dentre outras.
Art. 17. Não são diretamente passíveis das penalidades definidas neste Capítulo:
I. os incapazes na forma da Lei;
II. os que forem coagidos ou induzidos a cometer infração.
Art. 18. Sempre que a infração for praticada por qualquer dos agentes a que se refere o artigo
anterior, a penalidade recairá:
I. sobre os pais, tutores ou pessoas sob cuja guarda estiver o menor;
II. sobre o curador ou pessoa sob cuja guarda estiver o incapaz de toda
ordem;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 388
III. sobre aquele que der causa à contravenção forçada.
Art. 19. A infração de qualquer disposição para a qual não haja penalidade expressamente
estabelecida neste Código, será punida com a multa de até 300 (trezentas) UFMs – Unidades
Fiscais do Município, variável segundo a gravidade da infração.
CAPÍTULO II
DOS AUTOS DE INFRAÇÃO E DOS RECURSOS
Art. 20. Auto de infração é o instrumento legal por meio do qual a autoridade municipal apura a
violação da Legislação Municipal.
Art. 21. Verificando-se infração às normas deste Código, será expedida contra o infrator,
notificação preliminar para que regularize a situação no prazo máximo de até 15 (quinze) dias
corridos, contados da ciência, determinado pela autoridade competente.
Art. 22. São autoridades competentes para lavrar auto de infração, os fiscais municipais.
Art. 23. Ensejará também a lavratura de auto de infração, qualquer violação das normas deste
Código, que for levada ao conhecimento do Chefe do Poder Executivo ou dos Secretários
Municipais, por servidor municipal ou cidadão que tiver conhecimento, devendo a comunicação
ser acompanhada de prova documental ou testemunhal.
Parágrafo único. Recebendo tal comunicação, a autoridade competente, sempre
que puder, ordenará para que se proceda de acordo com o artigo 21.
Art. 24. O auto de infração obedecerá a modelos especiais, podendo ser impresso ou por
sistema de processamento de dados.
Art. 25. O auto de infração conterá obrigatoriamente:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 389
I. dia, mês, ano, hora e lugar em que foi lavrado;
II. o nome do autuante, bem como sua função ou cargo;
III. relato, com toda clareza, do fato constitutivo da infração e os pormenores
que possam servir de atenuantes ou agravantes à ação;
IV. nome do infrator, sua profissão e residência;
V. dispositivo legal violado;
VI. intimação ao infrator para pagar os tributos e multas devidas ou
apresentar defesa e prova nos prazos previstos por este Código;
VII. assinatura de quem o lavrou, do infrator e de duas testemunhas
capazes, se houver.
Parágrafo único. Negando-se o infrator a assinar o auto, deverá ser anotada a sua
recusa e remetido pelo correio o documento, sob registro com aviso de recebimento
do infrator.
Art. 26. Lavrado e devidamente processado o auto, aguardar-se-á, no serviço competente, o
decurso de prazo da apresentação de defesa, que deverá ser apresentada por escrito ao
Secretário ao qual estiver subordinado o autuante.
Parágrafo único. Se o autuado apresentar defesa, sobre a mesma, se manifestará o
autuante prestando as necessárias informações.
Art. 27. Se, decorrido o prazo estipulado, não apresentar o autuado a sua defesa, será o
mesmo considerado revel, do que será lavrado um termo pelo servidor competente, lançando
de ofício, multas e demais penalidades, previstas neste Código e em Legislação Municipal.
Art. 28. Decorrido o prazo sem o devido pagamento, a multa será inscrita em dívida ativa,
extraindo-se a competente certidão, para se proceder a cobrança executiva.
Art. 29. A intimação do(s) infrator(s) será feita, sempre que possível, pessoalmente, via postal
e não sendo encontrado, será publicada em edital, no mural público na sede da Municipalidade
e no Boletim Oficial.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 390
CAPÍTULO III
DA DECISÃO EM PRIMEIRA E SEGUNDA INSTÂNCIA
Art. 30. As defesas contra a ação dos agentes fiscais serão decididas pela Secretaria de
Planejamento, que proferirá decisão no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 31. A decisão redigida com simplicidade e clareza, concluirá pela procedência ou
improcedência do auto de infração ou da reclamação, definindo expressamente os seus efeitos
nos casos respectivos.
Parágrafo único. Em sendo considerado procedente o auto de infração, proceder-se-
á com a aplicação da penalidade nele prevista.
TÍTULO III
DO TRATAMENTO DA PROPRIEDADE, DOS LOGRADOUROS E DOS BENS PÚBLICOS
CAPÍTULO I
DAS VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS
Art. 32. As vias e logradouros públicos urbanos do Município de Paranaguá devem ser
utilizados para o fim básico a que se destinam, respeitadas as limitações e restrições prescritas
neste Código.
Art. 33. A ninguém é lícito, sob qualquer pretexto, salvo nos casos previstos no presente
Código e desde que antecipadamente autorizado pela Municipalidade ou órgão competente
afim:
I. abrir rua, travessas ou praças sem prévio alinhamento e nivelamento
fornecido pela Municipalidade;
II. deixar em mau estado de conservação as calçadas e passeios
fronteiriços, paredes frontais das edificações e dos muros que fazem
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 391
frente para as vias públicas;
III. danificar ou alterar de qualquer modo, calçamento, passeios, calçadas e
meio-fio;
IV. danificar por qualquer modo, postes, fios e instalações de energia elétrica,
telégrafo, telefone, antenas de televisão nas zonas urbanas e suburbanas
da Sede e dos Distritos;
V. deixar de remover os restos de entulhos resultantes de construção e
reconstrução, bem como de podas de jardins e cortes de árvores;
VI. deixar nas ruas, praças, travessas ou logradouros públicos, águas
servidas e quaisquer detritos prejudiciais ao asseio e à higiene pública;
VII. estreitar, mudar ou impedir de qualquer modo a servidão pública das
estradas e caminhos;
VIII. colocar tranqueiras ou mesmo porteiras em estradas e caminhos públicos;
IX. danificar por qualquer forma, as estradas de rodagem e caminhos
públicos;
X. embaraçar ou impedir por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou
veículos nas vias, praças, passeios e logradouros públicos;
XI. impedir que se façam escoadouros de águas pluviais por dentro de
propriedades marginais das estradas e caminhos públicos, desde que
devidamente tubulados;
XII. lavar veículos em áreas públicas;
XIII. embaraçar ou impedir por qualquer modo o livre trânsito nas estradas e
caminhos públicos, bem como nas ruas, praças e passeios da cidade.
§1°. Compreende-se na proibição deste artigo o depósito de qualquer material,
inclusive de construção, nas vias públicas em geral.
§2°. As autorizações previstas no caput deste artigo deverão ser requeridas pelos
interessados, acompanhadas de uma descrição ou croqui do ato a ser praticado e de
sua finalidade.
Art. 34. É expressamente proibido nas ruas do Município:
I. conduzir animais ou veículos de tração animal em disparada;
II. conduzir animais bravios sem a necessária precaução;
III. conduzir ou conservar animais de tração sobre os passeios;
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IV. manter soltos ou guardados sem as devidas cautelas animais bravios ou
ferozes;
V. amarrar animais em postes, árvores, grades ou portas;
VI. arrastar madeiras ou quaisquer outros materiais volumosos pesados;
VII. conduzir carros de boi sem guieiros;
VIII. armar quaisquer barraquinhas sem licença da Municipalidade;
IX. atirar ou deixar qualquer tipo de material ou detrito, sacudir objetos que
possam causar riscos aos trauseuntes e veículos, ou capazes de afetar a
estética e a higiene da via pública;
X. realizar jogos de bola ou outros esportes fora do horário estipulado pela
Municipalidade;
XI. reformar, pintar, consertar veículos;
XII. depositar materiais;
XIII. conduzir em veículos abertos, materiais que possam comprometer o
asseio das vias públicas;
XIV. conduzir pessoas ou animais portadores de moléstias infecto-
contagiosas sem as necessárias precauções de higiene e isolamento.
Parágrafo único. Não será permitida a passagem e estacionamento de tropas ou
rebanhos na cidade, a não ser em vias públicas e locais para isso designados
quando devidamente autorizados pela Municipalidade, ficando o infrator sujeito a
multa de 500 (quinhentas) UFMs – Unidade Fiscal do Município.
Art. 35. Quem realizar escavações, obras ou demolições, fica obrigado a colocar divisas ou
sinais de advertência, mesmo quando se tratar de serviços públicos, conservando os locais
devidamente iluminados à noite.
Art. 36. Todo aquele que danificar ou retirar sinais colocados nas vias públicas para
advertência de perigo, orientação ou impedimento de trânsito será punido com multa, além da
responsabilidade criminal e civil que couber.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 393
Art. 37. É vedado fazer escavações que diminuam ou desviem as águas de servidão pública,
bem como represar águas pluviais de modo a alagar qualquer logradouro público ou
propriedade de terceiros.
Art. 38. Nas árvores dos logradouros não poderão ser afixados ou amarrados fios, nem
colocados anúncios, cartazes e outros objetos.
Art. 39. É atribuição exclusiva da Municipalidade, podar, cortar, derrubar ou sacrificar as
árvores de arborização pública.
Art. 40. É proibido ainda lançar nos logradouros, nos terrenos sem edificações ou nas várzeas,
valas, bueiros e sarjetas, lixo de qualquer origem, entulhos, cadáveres de animais, fragmentos
pontiagudos ou qualquer material que possa causar incômodo à população ou prejudicar a
estética da cidade, bem como queimar, dentro do perímetro urbano, qualquer substância
nociva à população e ao meio ambiente.
§1°. Aplicam-se também estas medidas nas áreas situadas nos cursos d'água que
passam dentro do perímetro urbano.
§2°. Fica sujeito à regulamentação pela Municipalidade, o uso das áreas em função
do barlavento dos ventos predominantes.
Art. 41. A Municipalidade poderá impedir o trânsito de qualquer veículo ou meio de transporte
que possa ocasionar danos aos logradouros.
Art. 42. Para comícios políticos e festividades cívicas, religiosas ou de caráter popular, poderão
ser armados coretos ou palanques provisórios nos logradouros públicos, desde que solicitado à
Municipalidade a autorização para sua localização.
Parágrafo único. Para a autorização do disposto neste artigo deverão ser
observados os seguintes requisitos:
I. ser aprovado pela Municipalidade quanto à sua localização;
II. não prejudicar o calçamento nem o escoamento das águas pluviais,
vegetação e outros bens públicos, correndo por conta dos responsáveis
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 394
pelas festividades, os estragos porventura verificados;
III. serem removidos no prazo de 24 horas (vinte e quatro horas) a contar do
encerramento das festividades;
IV. não perturbar o trânsito público;
V. sejam aprovados previamente pelo órgão sanitário competente deste
Município.
SEÇÃO ÚNICA
DO MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO URBANO
Art. 43. A instalação de mobiliário ou equipamentos urbanos que comporte os usos: telefone,
correio, segurança, comércio de jornais, revistas, cigarros, doces embalados, café e similares,
flores, lanchonete, sucos, sorvete e outros do gênero em logradouros públicos, reger-se-á por
este Código, obedecidos os critérios de localização e usos aplicáveis a cada caso, e só será
permitido quando não acarretar:
I. prejuízo a circulação de veículos e pedestres ou ao acesso de bombeiros
e serviços de emergência;
II. interferência no aspecto visual e no acesso às construções de valor
arquitetônico, artístico e cultural;
III. interferência em toda extensão da testada de escolas, templos de culto,
prédios públicos e hospitais;
IV. interferência nas redes de serviços públicos;
V. obstrução ou diminuição do panorama significativo ou eliminação de
mirante;
VI. redução de espaços abertos, importantes para paisagismo, recreação
pública ou eventos sociais e políticos;
VII. prejuízo à escala, ao ambiente e às características naturais do entorno.
Art. 44. A instalação de equipamento, além das condições exigidas no artigo anterior,
pressupõe:
I. diretrizes de planejamento da área ou projeto existente de ocupação;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 395
II. características do comércio existente no entorno;
III. diretrizes de zoneamento de uso e ocupação do solo;
IV. riscos para o equipamento.
Parágrafo único. A instalação de equipamentos em parques, praças, largos e
jardins públicos, depende da anuência prévia da Municipalidade ouvido o órgão
responsável pelo meio ambiente e o Conselho Municipal de desenvolvimento
Urbano.
Art. 45. Os padrões para o equipamento serão estabelecidos em projetos do órgão de
planejamento competente.
Art. 46. A ocupação do logradouro público com mesas e cadeiras poderá ser permitida, desde
que, satisfeitas as seguintes condições:
I. preservem uma faixa mínima para o trânsito público, não inferior a 2,00m
(dois metros);
II. corresponderem, apenas, às testadas dos estabelecimentos comerciais
para os quais forem licenciados;
III. não excedam a linha média dos passeios, de modo a ocuparem no
máximo a metade desses, a partir da testada;
IV. guardem as mesas, entre si, distância mínima de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros);
V. sua instalação, estando em concordância com a Legislação Sanitária
vigente no Município, Estado ou Federação, seja previamente aprovada
pelo órgão sanitário competente no Município.
Parágrafo único. O pedido de licença será acompanhado de uma planta ou desenho
cotado, indicando a testada da casa comercial, a largura do passeio, o número e a
disposição das mesas e cadeiras, bem como de uma declaração do proprietário ou
responsável legal sobre o fluxo, metodologia empregada e tipo de gênero alimentício
envolvido, quando for o caso.
Art. 47. Através de requerimento à Assessoria de Planejamento, poderão ser permitidos nos
logradouros públicos, a instalação de relógios, estátuas, fontes e qualquer monumento, se
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comprovado o seu valor artístico ou cívico a juízo da Municipalidade, da qual dependerá a
aprovação do local para instalação dos mesmos.
§1°. Os relógios colocados nos logradouros públicos ou em qualquer ponto exterior
de edifícios serão obrigatoriamente mantidos em perfeito estado de funcionamento e
precisão horária pelo requerente.
§2°. As fontes ou similares de que trata este artigo serão obrigatoriamente mantidas
em perfeitas condições materiais e sanitárias pelo requerente, de modo a não causar
risco a saúde da população.
Art. 48. As infrações dos dispositivos constantes deste Capítulo serão punidas com multa de
100 (cem) UFMs – Unidade Fiscal do Município, elevadas em 20% (vinte por cento) nas
reincidências, sem prejuízos das responsabilidades criminal e civil cabíveis.
CAPÍTULO II
DAS CALÇADAS E PASSEIOS
Art. 49. Calçada é a parte da via, normalmente segregada em nível diferente, não destinada à
circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e quando possível, à implantação do
mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros.
Parágrafo único. Passeio é a parte da calçada ou pista de rolamento, neste último
caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à
circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
Art. 50. As calçadas públicas são de responsabilidade exclusiva dos proprietários, possuidores
do domínio útil ou a qualquer título, de imóveis, no tocante a sua construção, restauração,
conservação e limpeza, observando as normas e padrões a serem fixados em Legislação
Específica.
Art. 51. Nas calçadas públicas, é expressamente proibido:
I. depositar lixo ou detritos sólidos e líquidos de qualquer natureza;
II. apresentar superfície inteiramente lisa ou com desnível que possa
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 397
produzir escorregamento ou queda;
III. possuir em seu piso qualquer tipo de letreiro ou anúncio de caráter
permanente ou não;
IV. escoar rejeitos e dejetos líquidos de qualquer natureza;
V. transitar com qualquer tipo de meio de transporte, exceto carrinhos de
crianças e cadeiras de rodas;
VI. conduzir volumes de grande porte, que possam embaraçar o trânsito de
pedestres;
VII. estacionar, temporária ou permanentemente, qualquer tipo de meio de
transporte;
VIII. depositar materiais ou entulhos provenientes de construções sem o uso
de acondicionantes e protetores adequados (tapumes) e autorização
prévia da Municipalidade;
IX. executar qualquer benfeitoria ou modificação nas calçadas que
impliquem na alteração de sua estrutura normal, sem prévia autorização
da Municipalidade;
X. implantar ou instalar equipamentos que possam afetar prejudicialmente a
espacialidade horizontal e vertical e a circulação natural de transeuntes,
observando-se no caso dos equipamentos de ar condicionado, uma altura
não inferior a 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) e a adoção de
dutos para condução de água ao solo;
XI. instalar nas fachadas dos prédios e edificações, elementos que
coloquem em risco a integridade física dos transeuntes;
XII. preparar materiais para a construção de obra, na calçada pública;
XIII. lavar meios de transporte ou outros equipamentos nas calçadas públicas;
XIV. executar qualquer tipo de obra, para a implantação de infra-estrutura ou
serviço de utilidade pública sem a prévia autorização por escrito da
Municipalidade;
XV. colocar mesas e cadeiras para atendimento ao público.
Art. 52. As calçadas deverão apresentar uma declividade de 2% (dois por cento) do
alinhamento para o meio fio.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 398
Art. 53. Nas calçadas públicas podem ser instalados equipamentos temporários ou
permanentes, para a coleta de lixo, contanto que obedeçam as normas e padrões da
Municipalidade.
Art. 54. Os proprietários são obrigados a manter as calçadas permanentemente em bom
estado de conservação, sendo expedidas a juízo do setor competente, as intimações
necessárias aos respectivos proprietários, para consertos ou para reconstrução dos mesmos.
Art. 55. Caberá à municipalidade o conserto ou reconstrução das calçadas, quando forem por
ela danificadas, no prazo de 60 (sessenta) dias, findo qual o proprietário poderá reconstruí-la e
solicitar reembolso, mediante requerimento e autorização legal prévios e apresentação de
orçamento e notas fiscais à Secretaria de Urbanismo.
Art. 56. As canalizações para escoamento das águas pluviais e outras passarão sob as
calçadas.
Art. 57. Quando se tornar necessário fazer escavação nas calçadas dos logradouros, para
assentamento de canalização, galerias, instalações de subsolo ou qualquer outro serviço,
a reposição do revestimento das mesmas calçadas deverá ser feita de maneira a não
resultarem remendos, ainda que seja necessário refazer ou substituir completamente todo o
revestimento, cabendo as despesas respectivas aos responsáveis pelas escavações, seja um
particular, empresa contratante de serviços de utilidade pública ou repartição pública.
Art. 58. Se intimados pela Municipalidade a executar o fechamento de terrenos, a construção
de calçada ou outras obras necessárias ou serviços, os proprietários não atenderem a
intimação, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, ficarão sujeitos a pagar o valor do mercado dos
serviços efetuados pela municipalidade, acrescido de 20 % (vinte por cento) adicionais,
relativos à administração.
Parágrafo único. Ficam isentos do pagamento da taxa adicional relativa à
administração, os proprietários cuja renda familiar não ultrapasse a 5 (cinco) salários
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mínimos e sejam proprietários de um único imóvel.
Art. 59. Quando, em virtude dos serviços de calçamento executados pela Municipalidade em
logradouro situado em qualquer das zonas da cidade, em que forem alterados o nível ou
largura das calçadas, cujos serviços já tenham sido realizados sem que a Municipalidade tenha
fornecido a cota e o alinhamento anterior, competirá aos proprietários a reposição destas
calçadas em bom estado, de acordo com a nova posição dos meios-fios.
Parágrafo único. Caso a Municipalidade tenha fornecido a cota e o alinhamento
anteriormente e tenha modificado o projeto inicial, competirá a essa a reposição
destas calçadas em bom estado de acordo com o novo projeto.
Art. 60. Não poderão ser feitas rampas de acesso nos passeios dos logradouros destinados à
entrada de veículos.
Parágrafo único. Tendo em vista a natureza dos veículos que tenham de trafegar
sobre a calçada, a Secretaria competente indicará, no alvará de licença a ser
concedido, a espécie de calçamento que neles deva ser adotado, bem como a faixa
das calçadas destinadas a esse tráfego de veículos.
Art. 61. O rampeamento das soleiras e o rebaixamento do meio-fio são obrigatórios sempre
que tiver entrada de veículos nos terrenos ou prédios com travessia de calçada de logradouro,
sendo proibida a colocação de cunhas ou rampas de madeira ou de outros materiais fixos ou
móveis, nas sarjetas ou sobre a calçada, junto às soleiras de alinhamento para o acesso de
veículos.
Art. 62. As intimações para correção dos rampeamentos objetivando obedecer este capítulo,
quando necessárias, deverão ser cumpridas no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias.
Art. 63. Os munícipes que desatenderem às disposições desse capítulo estarão sujeitos ao
pagamento de multa de 100 (cem) UFMs – Unidade Fiscal do Município, elevadas em 20%
(vinte por cento) nas reincidências, sem prejuízos das responsabilidades criminal e civil
cabíveis.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 400
CAPÍTULO III
DO FECHAMENTO E CONSERVAÇÃO DE TERRENOS NO ALINHAMENTO
Art. 64. Os terrenos não edificados situados dentro da Macrozona Urbana, com testada para
logradouro público, loteados ou não, serão obrigatoriamente fechados no alinhamento, desde
que o logradouro público seja pavimentado.
Art. 65. O fechamento dos terrenos não edificados, na Macrozona Urbana e na Macrozona
Rural, poderá ser exigido pela Municipalidade, quando assim julgar conveniente, sendo
permitido o emprego de muro, cerca de madeira, cerca de arame liso, tela ou cerca viva.
Art. 66. Os terrenos que margeiam as estradas de rodagem serão obrigatoriamente fechados
no alinhamento frontal.
Art. 67. Nas áreas de uso residencial poderá ser dispensado o fechamento frontal dos terrenos
construídos, desde que nos mesmos seja mantido um ajardinamento rigoroso e
permanentemente conservado, e que o limite entre o logradouro e o terreno fique marcado com
meio-fio, cordão de cimento ou processo equivalente.
Art. 68. Não será permitido o emprego de espinheiros para fechamento de terrenos.
Art. 69. Quando os terrenos forem fechados por meio de cercas vivas e estas não forem
convenientemente conservadas, a Municipalidade poderá exigir a substituição desse
fechamento por outro.
Art. 70. Os terrenos não construídos dentro do perímetro urbano deverão ser mantidos limpos,
capinados e drenados.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 401
Art. 71. Os terrenos pantanosos ou alagados, situados nas zonas urbanas, serão drenados
pelos respectivos proprietários, quando intimados pela Municipalidade.
Art. 72. É proibido colocar cacos de vidro, arames farpados e cercas elétricas, nos muros
frontais, laterais e de fundos.
Art. 73. Os munícipes que desatenderem às disposições desse capítulo estarão sujeitos ao
pagamento de multa de 20 (vinte) UFMs – Unidade Fiscal do Município, elevadas em 20%
(vinte por cento) nas reincidências, sem prejuízos das responsabilidades criminal e civil
cabíveis.
CAPÍTULO IV
DAS CERCAS E FECHOS DIVISÓRIOS
Art. 74. Presumem-se comuns as cercas entre propriedades urbanas ou rurais, devendo os
proprietários dos imóveis confinantes concorrerem em partes iguais para as despesas de sua
construção e conservação, na forma da legislação civil brasileira.
Parágrafo único. As cercas divisórias em terrenos rurais, salvo acordo expresso
entre os proprietários, serão construídas por:
I. cerca de arame liso ou farpado, com quatro fios, no mínimo, e 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros) de altura;
II. telas de fio metálico resistente, com altura de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros);
III. cerca vivas, de espécies vegetais adequadas e resistentes;
IV. valas, quando o terreno no local não for suscetível de erosão, com 2,00m
(dois metros) de largura na boca e 50 cm (cinqüenta centímetros) de
base.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 402
Art. 75. Correrão por conta exclusiva dos proprietários ou detentores a construção e
conservação das cercas para conter aves domésticas, cabritos, carneiros, porcos, gados ou
outros animais que exijam cercas especiais em terrenos rurais e nas Zonas de Consolidação e
Expansão Urbana e na Zona de Ocupação Dirigida.
§1°. A criação de animais na Macrozona Urbana não é permitida, exceto os de
estimação, os quais deverão ser mantidos de modo a não causarem risco à saúde da
população, devidamente abrigados e tratados, obedecendo ainda o disposto na
Legislação Sanitária vigente.
§2°. As cercas especiais a que se refere o caput deste artigo serão feitas do
seguinte modo:
I. por cerca de arame farpado, com 10 (dez) fios no mínimo e altura de
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros);
II. por muro de pedras ou de tijolos, de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) de altura;
III. por telas de fio metálico resistente, com malha fina, com altura de 1,50m
(um metro e cinqüenta centímetros);
IV. por sebes vivas e compactas que impeçam a passagem de animais de
pequeno porte.
§3°. Os proprietários de bovinos, eqüinos e outros animais na Macrozona Rural, são
obrigados a ter cercas reforçadas e adotar providências adequadas para que os
mesmos não incomodem ou causem prejuízos a terceiros, nem vaguem pelas
estradas, ficando, pela inobservância deste preceito, sujeito às penalidades legais.
Art. 76. Será aplicada a multa de 100 (cem) UFMs – Unidade Fiscal do Município, elevada a 20
% (vinte por cento) na reincidência, ao proprietário que fizer cercas em desacordo com as
normas fixadas no artigo 74 deste Código.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 403
CAPÍTULO V
DO EMPACHAMENTO DAS VIAS PÚBLICAS
Art. 77. Nenhuma obra, inclusive demolição, quando feita no alinhamento das vias públicas,
poderá dispensar o tapume provisório, que deverá ocupar uma faixa de no máximo 2/3 (dois
terços) do vão livre do passeio, com o mínimo de 1,5m (um metro e cinqüenta centímetros) de
vão livre, e em casos especiais, conforme especificações do Código de Obras e Edificações e
mediante autorização de órgãos competentes.
§1°. Quando os tapumes forem construídos em esquinas, as placas de nomenclatura
dos logradouros serão nele afixadas, de forma bem visível.
§ 2°. Dispensa-se o tapume quando se tratar de:
I. construção ou reparo de muros ou grades com altura não superior a
2,00m (dois metros);
II. pinturas ou pequenos reparos.
Art. 78. Os andaimes deverão satisfazer as seguintes condições:
I. apresentarem perfeitas condições de segurança;
II. a sua altura não poderá ser inferior a 2,00m (dois metros), e providos de
platibanda de proteção contra queda de objetos na via pública;
III. não causarem danos às árvores, aparelhos de iluminação e redes
telegráficas e de distribuição de energia elétrica.
Parágrafo único. O andaime deverá ser retirado quando ocorrer a paralisação da
obra por mais de 6 (seis) meses.
Art. 79. Todo aquele que, a título precário, ocupar logradouro público, nele afixando barracas
ou similares, ficará obrigado a prestar caução quando da concessão da autorização respectiva,
em valor que será arbitrado pela autoridade competente, destinada a garantir a boa
conservação ou restauração do logradouro.
§1°. Não será exigida caução para localização de bancas de jornais, revistas e
barracas de feiras-livre ou quaisquer outras instalações que não impliquem
escavações do passeio ou da pavimentação.
§2°. Findo o período de utilização do logradouro, e verificado pelo órgão competente
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 404
da Municipalidade que se encontra nas condições anteriores à ocupação, o
interessado poderá requerer o levantamento da caução.
§3°. O não levantamento da caução, no prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data em
que poderia ser requerido, importará na sua perda, em benefício da Municipalidade.
Art. 80. Em caso de infração de dispositivos deste capítulo, será imposta a multa
correspondente de 50 (cinqüenta) UFMs – Unidade Fiscal do Município.
CAPÍTULO VI
DOS TOLDOS
Art. 81. A instalação de toldos à frente de lojas ou de outros estabelecimentos comerciais será
permitida desde que esses satisfaçam as seguintes condições:
I. não excedam a largura das calçadas e fiquem sujeitos ao balanço
máximo de 2,00m (dois metros);
II. não desçam, quando instalados no pavimento térreo, os seus elementos
constitutivos, inclusive bambinelas, abaixo de 2,20m (dois metros e vinte
centímetros) em cota referida ao nível da calçada;
III. não prejudiquem a arborização e a iluminação pública, nem ocultem
placas de nomenclatura de logradouros;
IV. sejam aparelhados com ferragens e roldanas necessárias ao completo
recolhimento da peça junto a fachada;
V. sejam feitos de material de boa qualidade e convenientemente acabados.
§1°. Será permitida a colocação de toldos metálicos, constituídos por placas e
providos de dispositivos reguladores de inclinação com relação ao plano da fachada,
dotados de movimentos de contração e distensão, desde que satisfaçam as
seguintes exigências:
I. o material utilizado deverá ser indeteriorável, não sendo permitida a
utilização de materiais quebráveis ou estilhaçáveis;
II. o mecanismo de inclinação dando para o logradouro deverá garantir
perfeita segurança e estabilidade ao toldo e não poderá permitir que seja atingido o
ponto abaixo da cota de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), a contar do nível do
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 405
passeio.
§2°. Para colocação de toldos, o requerimento à Municipalidade deverá ser
acompanhado de desenho técnico representando uma seção normal à fachada, na
qual figurarão o toldo, o segmento da fachada e o passeio, com as respectivas cotas,
no caso de se destinarem ao pavimento térreo.
§3º. Os toldos, deverão ainda, estar em conformidade com o disposto no Código de
Edificações.
Art. 82. É vedado pendurar, fixar ou expor mercadorias nas armações dos toldos.
Art. 83. Na infração dos dispositivos deste Capítulo, será imposta a multa correspondente de
30 (trinta) UFMs.
Parágrafo único - Na primeira reincidência dos dispositivos deste Capítulo será o
toldo retirado pela Municipalidade, proibindo-se a reposição.
CAPÍTULO VII
DOS MASTROS NAS FACHADAS DOS EDIFÍCIOS
Art. 84. A colocação de mastros nas fachadas será permitida, desde que sem prejuízo da
segurança dos transeuntes.
Art. 85. Os mastros não poderão ser instalados em altura abaixo de 2,20m (dois metros e vinte
centímetros) em cota referida ao nível da calçada.
Parágrafo único. Os mastros que não satisfizerem os requisitos do presente artigo
deverão ser substituídos, removidos ou suprimidos, sem prejuízo à aplicação de
multa equivalente à definida no art. 83, da presente lei.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 406
TÍTULO IV
DA HIGIENE PÚBLICA
CAPÍTULO ÚNICO
DA HIGIENE DOS LOTES E DAS EDIFICAÇÕES
Art. 86. As edificações e respectivos lotes serão conservados em perfeito estado de asseio e
usados de forma a não causar qualquer prejuízo ao sossego, à salubridade ou à segurança
dos seus habitantes ou vizinhos.
Parágrafo único. Os proprietários de terrenos pantanosos são obrigados a drená-
los a fim de evitar a formação de focos de insetos, répteis, aracnídeos e outros que
ofereçam risco à saúde pública.
Art. 87. É vedado:
I. sujar ou danificar qualquer parte das edificações públicas ou de uso
coletivo;
II. jogar cascas de frutas, papéis ou detritos de qualquer natureza fora dos
lugares apropriados.
Art. 88. O lixo das edificações será recolhido em vasilhames apropriados, do tipo aprovado
pela autoridade competente para ser removido pelo serviço de limpeza pública.
Parágrafo único. Não serão considerados como lixo os resíduos industriais das
fábricas ou oficinas, restos de materiais de construção, entulhos provenientes de
demolições, terra, galhos de árvores, resíduos de cocheiras ou estábulos, os quais
serão transportados por conta do morador do edifício ou habitação de qualquer
natureza ou proprietário do estabelecimento para local adequado, aprovado pela
autoridade sanitária competente, e de acordo com a solução definida pelo órgão
Municipal, Estadual ou Federal do Meio Ambiente.
Art. 89. Quando o destino final do lixo for o aterro sanitário, deverá atender a legislação
específica.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 407
Art. 90. Nenhuma edificação situada em via pública dotada de rede de água e esgoto poderá
ser habitada sem que disponha dessas utilidades e seja provida de instalações sanitárias.
Art. 91. Não é permitido conservar água estagnada nos quintais ou pátios dos prédios situados
na Macrozona Urbana.
Parágrafo único. As providências para o escoamento das águas estagnadas em
terrenos particulares competem aos respectivos proprietários, que as executarão
dentro do prazo que lhe for marcado na intimação.
Art. 92. Na infração dos dispositivos deste Capítulo, será imposta a multa correspondente de
30 (trinta) UFMs, acrescida de 20 % em caso de reincidência.
SEÇÃO ÚNICA
Dos Terrenos Baldios
Art. 93. Todo possuidor, a qualquer título, de imóvel localizado na Macrozona Urbana deste
Município, deverá conservá-lo limpo, de tal forma a não se constituir prejudicial à saúde e à
segurança pública.
Art. 94. O descumprimento das obrigações de que trata o artigo anterior, importará em:
I. intimação para que o proprietário do imóvel ou seu responsável legal
execute a limpeza do terreno;
II. execução dos serviços de limpeza pela Municipalidade, se o intimado não
realizar a limpeza do terreno no prazo determinado na intimação, ficando
sujeito os proprietários ou responsáveis do terreno a pagar o valor de
mercado dos serviços efetuados, acrescidos das taxas, despesas
administrativas e multas.
Art. 95. Compete à Municipalidade:
I. fiscalizar, controlar, notificar e aplicar as penalidades;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 408
II. executar ou contratar a limpeza do terreno no caso previsto no item II do
artigo 94 deste Código.
Art. 96. O proprietário ou responsável infrator terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir
do primeiro dia de conclusão da limpeza do terreno, para recolher o valor previsto na
Legislação Tributária Municipal.
Parágrafo único. Terminado o prazo previsto neste artigo, o proprietário ou
responsável pelo terreno terá seu débito inscrito em dívida ativa.
Art. 97. Ficam proibidos em terrenos baldios, os espetáculos ou depósitos de animais
perigosos, sem a prévia autorização do órgão sanitário do Município.
TÍTULO V
DA POLÍCIA DE ORDEM PÚBLICA
CAPÍTULO I
DOS COSTUMES, DO BEM ESTAR PÚBLICO E DOS DIVERTIMENTOS
Art. 98. A Municipalidade através de seus órgãos competentes exercerá, em cooperação com
os poderes do Estado e União, as funções de polícia de sua competência, regulamentando-as
e estabelecendo medidas preventivas e repressivas no sentido de garantir a ordem, a
moralidade, a segurança e a saúde pública.
Parágrafo único. A Municipalidade através de seus órgãos competentes, poderá
negar ou cassar a licença para funcionamento dos estabelecimentos comerciais,
industriais, prestação de serviços, casas de diversões e similares, que forem
danosos à saúde, ao sossego público, aos bons costumes ou à segurança pública.
Art. 99. Os proprietários de bares, e demais estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas,
serão responsáveis pela boa ordem e sossego público, evitando barulho e algazarra nos
mesmos.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 409
Art. 100. É expressamente proibida a manutenção de quartos de aluguéis nos bares, boates e
similares.
Art. 101. Nenhum divertimento ou festejo poderá ocorrer em logradouro público sem
autorização prévia dos órgãos competentes da Municipalidade.
§1°. O requerimento de licença para funcionamento de qualquer casa de diversão
será instruído com prova de terem sido satisfeitas as exigências regulamentares
referentes à construção e higiene do edifício.
§2°. As exigências do presente artigo, não atingem reuniões de ordem particular.
Art. 102. Não serão fornecidas licenças para a realização de diversões e jogos ruidosos em
locais compreendidos em área até um raio de 200,00m (duzentos metros) de hospitais, casas
de saúde, escolas e asilos.
Art. 103. É expressamente proibido, sob pena de multa:
I. danificar as paredes externas dos prédios públicos e privados;
II. colocar recipientes de lixo na via pública, fora do horário estabelecido pela
Municipalidade;
III. despejar lixo em frente às casas, terrenos baldios ou nas vias públicas;
IV. deixar de aparar as árvores dos quintais, quando deitarem galhos para as
vias públicas ou para imóveis confrontantes;
V. tirar pedra, terras ou areia das ruas, praças ou logradouros públicos;
VI. danificar a arborização ou plantas das ruas, praças ou jardins públicos, ou
colher flores destes;
VII. descobrir encanamentos públicos e/ou de terceiros, sem licença da
Municipalidade, e do proprietário quando for o caso;
VIII. colocar, nas vias públicas, cartazes ou qualquer outro sistema de
publicidade, sem prévio consentimento da Municipalidade;
IX. colocar estacas para prender animais nas vias e logradouros públicos;
X. danificar ou retirar placas indicativas de casas, ruas ou logradouros
públicos;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 410
XI. impedir ou danificar o livre escoamento das águas, pelos canos, valas,
sarjetas ou canais das vias públicas, danificando ou obstruindo tais
servidões.
XII. banhar-se ou lavar roupas em chafarizes, fontes ou tanques situados em
vias públicas;
XIII. conduzir, sem as precauções devidas, quaisquer materiais que possam
comprometer o asseio das vias públicas;
XIV. pintar, riscar, borrar, desenhar e escrever nos muros, paredes, postes,
passeios, monumentos ou obras de arte;
XV. depositar na via pública qualquer objeto ou mercadoria, salvo pelo tempo
necessário à descarga e sua remoção para o interior do lote ou
edificação, não excedentes de 24 horas (vinte e quatro horas);
XVI. usar, para fins de esporte ou jogos de recreio, as vias públicas e outros
logradouros, a isso não destinados sem a prévia autorização;
XVII. comprometer a limpeza das águas destinadas ao consumo público ou
particular.
Art. 104. Em todas as casas de diversões públicas serão observadas as seguintes disposições,
além das estabelecidas pelo Código de Obras e Edificações:
I. todos os compartimentos deverão ser mantidos rigorosamente limpos;
II. as portas e os corredores para o exterior conservar-se-ão sempre livres
de móveis ou quaisquer objetos que possam dificultar a retirada rápida do
público em caso de emergência;
III. todas as portas de saída serão encimadas pela inscrição "SAÍDA",
legível a distância e luminosa de forma suave e as portas se abrirão de
dentro para fora;
IV. os aparelhos destinados a renovação do ar deverão ser conservados e
mantidos em perfeito funcionamento;
V. deverão possuir bebedouro de água filtrada em perfeito estado de
funcionamento;
VI. durante os espetáculos deverão as portas conservar-se abertas, vedadas
apenas por cortinas.
Parágrafo único. As casas de diversões de que trata o caput deste artigo estão
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 411
sujeitas ainda à legislação sanitária vigente no país, bem como às normas do Corpo
de Bombeiros e da Polícia Militar ou Civil, relativas à saúde e segurança nestes
recintos.
Art. 105. Em todos os teatros, circos ou salas de espetáculos, previamente aprovados e
licenciados pelos órgãos municipais competentes serão reservados 4 (quatro) lugares
destinados às autoridades policiais e municipais, encarregados da fiscalização, para o
cumprimento de suas funções.
Art. 106. Os bilhetes de entrada não poderão ser vendidos por preço superior ao anunciado, e
em número excedente à lotação do teatro, cinema, circo ou sala de espetáculo.
Art. 107. Os programas anunciados serão executados integralmente, não podendo os
espetáculos iniciar-se após 30 (trinta) minutos da hora marcada.
Parágrafo único. O empresário devolverá aos espectadores o preço da entrada, em
caso de modificação do programa ou transferência de horário.
Art. 108. As disposições do artigo anterior aplicam-se também, às competições esportivas para
as quais se exigir pagamento de entrada.
Art. 109. A armação de circos de pano, parques de diversões, acampamentos e outros
divertimentos semelhantes só poderá ser permitida em locais determinados pela
Municipalidade.
§1°. A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de que trata este artigo
não poderá ser por prazo superior a 3 (três) meses.
§2°. Os circos e parques de diversões, embora autorizados, só poderão ser
franqueados ao público depois de vistoriados em todas as suas instalações pelo
órgão sanitário municipal competente, demais órgãos municipais envolvidos e fiscais
do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil e Militar, se julgado conveniente.
§3º. Poderá a Municipalidade, se julgar conveniente, exigir um depósito em caução
no valor de 200 (duzentas) UFMs, como garantia de despesas com eventual limpeza
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 412
e recomposição do logradouro. O referido depósito será restituído integralmente se
não houver necessidade de limpeza especial ou reparos. Em caso contrário, serão
deduzidos do mesmo as despesas feitas com tal serviço, acrescidas de taxa de
administração.
Art. 110. Para funcionamento de cinemas, serão ainda observadas as seguintes disposições:
I. os aparelhos de projeção ficarão em cabinas de fácil saída, construídas
em materiais incombustíveis;
II. não poderá existir em depósito, no próprio recinto, nem nos
compartimentos anexos, maior número de películas que as necessárias
para as exibições do dia;
III. as películas deverão ficar sempre em estojos metálicos hermeticamente
fechados, não podendo ser abertos por mais tempo que o indispensável
para o serviço;
IV. apresentação de laudo anual de vistoria do Corpo de Bombeiros.
Art. 111. As infrações deste capítulo serão punidas com penas de multa de 100 (cem) UFMs,
acrescidas em 20% (vinte por cento) quando reincidente, além das responsabilidades civil e
criminal que couberem.
CAPÍTULO II
DO SOSSEGO PÚBLICO
SEÇÃO ÚNICA
DOS RUÍDOS
Art. 112. São expressamente proibidas perturbações do sossego público, com ruídos ou sons
excessivos e evitáveis, sob pena de multa, tais como:
I. os motores de explosão desprovidos de abafadores ou com estes em mau
estado de funcionamento;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 413
II. os veículos com escapamento aberto ou com carroceria semi-solta;
III. os de buzinas, clarins, campainhas ou quaisquer outros aparelhos;
IV. a propaganda realizada com alto-falante na via pública ou para ela
dirigidos, sem licença da Municipalidade, exceto para propaganda política
durante a época autorizada pela Legislação Federal competente;
V. os produzidos por armas de fogo;
VI. os de morteiros, bombas e demais fogos ruidosos, sem licença da
Municipalidade;
VII. apitos ou silvos de sirenes de fábricas, máquinas, cinemas, entre outros,
por mais de 30 segundos (trinta segundos) ou entre as 22:00h (vinte e
duas horas) e 06:00h (seis horas);
VIII. promover batuques, e outros divertimentos congêneres na cidade, sem
licença das autoridades, desde que realizados em locais públicos.
§1°. Ficam proibidos os ruídos, barulhos, rumores, bem como a produção de sons
mencionados no caput deste artigo, num raio mínimo de 200,00 m (duzentos metros)
de repartições públicas, escolas, creches, asilos e igrejas, em horário de
funcionamento.
§2°. No raio mínimo de 200 m (duzentos metros) de hospitais, casas de saúde e
sanatórios, as proibições referidas no caput deste artigo têm caráter permanente.
§3°. Excetuam-se das proibições deste artigo, desde que atendendo as legislações
Estaduais e Federais pertinentes:
I. os tímpanos, sinetas ou sirenes dos veículos de assistência, corpo de
bombeiros e polícia, quando em serviço;
II. os apitos das rondas e guardas policiais;
III. os sinos de igreja, conventos ou capelas, desde que sirvam
exclusivamente para indicar horas ou para anunciar a realização de atos
religiosos, devendo ser evitados os toques antes das 06:00h (seis horas)
e depois das 22:00h (vinte e duas horas), exceto os toques de rebates,
por ocasiões de incêndios ou inundações;
IV. as fanfarras ou bandas de música, em procissões, cortejos ou desfiles
públicos;
V. as máquinas ou aparelhos utilizados em construções ou obras em geral,
devidamente licenciados pela Municipalidade, desde que funcionem entre
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 414
às 07:00h(sete horas) 19:00h (dezenove horas);
VI. as manifestações nos divertimentos públicos, nas reuniões dos clubes
desportivos, com horário previamente licenciado.
Art. 113. Em zonas estritamente residenciais, é proibido executar qualquer trabalho ou serviço
que produza ruído ou que venha perturbar a população, antes das 06:00h (seis horas) e depois
da 22:00h (vinte e duas horas).
Art. 114. É permitida a propaganda realizada com alto-falante, quando estes forem instalados
em viaturas e com as mesmas em movimento, autorizados pelos órgãos competentes, desde
que:
I. estejam os veículos calibrados pelo medidor de decibel da
Municipalidade;
II. respeitem como limite máximo, o índice de ruído de 70 (setenta)
decibéis;
III. limitem sua atividade de segunda a sábado, das 08:30h (oito horas e trinta
minutos) às 11:30h (onze horas e trinta minutos) e das 13:30h (treze
horas e trinta minutos) às 17:30h(dezessete horas e trinta minutos);
IV. possuam autorização prévia da Municipalidade.
Art. 115. As proibições, limitações e permissões contidas neste capítulo deverão atender as
medições efetuadas de acordo com a NBR 10.151-ABNT.
Art. 116. Nas infrações de dispositivos desta seção, serão aplicadas, sucessivamente, as
seguintes penalidades, sem prejuízo da ação penal cabível:
I. notificação para interromper ou cessar o ruído;
II. multa correspondente a 100 (cem) UFMs;
III. interdição de atividade causadora do ruído.
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CAPÍTULO III
DA PROPAGANDA EM GERAL
Art. 117. A exploração dos meios de publicidade nas vias e logradouros públicos dependerá de
regulamentação definindo, quanto aos locais, à expedição de licença e do pagamento das
respectivas taxas.
§1º Excetuam-se do pagamento de taxas, as placas nas obras de construção civil,
com indicação do responsável técnico pela sua execução bem como as faixas e
placas que se referirem as campanhas educativas de saúde, cultura e esporte,
quando desenvolvidas pelos órgãos públicos ou associações beneficentes.
§2º. Incluem-se na obrigatoriedade deste artigo todos os cartazes, letreiros,
programas, quadros, painéis, emblemas, placas, avisos, anúncios, mostruários,
luminosos ou não, feitos de qualquer modo, processo ou engenho, suspensos,
distribuídos, afixados ou pintados em paredes, muros, tapumes, veículos ou
calçadas.
§3º. Depende ainda de licença da Municipalidade, a distribuição de anúncios,
cartazes ou quaisquer outros meios de publicidade e propaganda escrita.
Art. 118. Não será permitida a colocação de anúncios, faixas ou cartazes quando:
I. pela sua natureza provoquem aglomerações prejudiciais ao trânsito;
II. prejudiquem, de alguma forma, os aspectos ecológicos e paisagísticos típicos,
históricos e tradicionais;
III. em sua mensagem, venham a contrariar a moral e os bons costumes da
comunidade;
IV. contenham incorreções de linguagem;
V. obstruam, interceptem ou reduzam o vão de portas e janelas e respectivas
bandeiras;
VI. obstruam a visibilidade de placas de sinalização ou informativas relevantes à
circulação de veículos e pedestres.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 416
Art. 119. Os pedidos de licença para publicidade devem mencionar:
I. a indicação dos locais em que será realizada a publicidade;
II. a natureza do material de confecção;
III. as dimensões;
IV. os desenhos e o texto;
V. as cores empregadas;
VI. em caso de distribuição de panfletos,a quantidade a ser distribuída.
Art. 120. Os anúncios luminosos devem ser colocados a uma altura mínima de 2,50 m (dois
metros e cinqüenta centímetros) do nível da calçada.
Art. 121. Os anúncios e letreiros deverão ser conservados em boas condições, renovados ou
consertados, sempre que tais providências sejam necessárias para o seu bom aspecto e
segurança.
Art. 122. Os anúncios que desatendam as formalidades deste Capítulo deverão ser
apreendidos pela Municipalidade, até a sua correção, estando os responsáveis ainda sujeitos
ao pagamento de multa prevista neste Código e cobrança de despesas para retirada dos
anúncios.
Art. 123. A propaganda falada em lugares públicos por meio de amplificadores de som, alto
falante e propagandistas, está igualmente sujeita à prévia licença, e o pagamento da taxa ou
preço respectivo, atendidas as demais exigências deste Código.
Art. 124. A retirada de propaganda eleitoral, afixada em postes de iluminação pública, pontes,
passarelas e viadutos, bem como em qualquer ponto dos logradouros públicos, é de
responsabilidade dos Diretórios e Comitês Municipais, dentro de um prazo máximo de 30 dias
contados a partir do dia da eleição, ou na forma que a Lei eleitoral vier a estabelecer.
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Art. 125. As infrações definidas neste capítulo serão punidas com multa de 50 (cinqüenta)
UFMs, com acréscimo de 20% em caso de reincidência.
CAPÍTULO IV
DOS ANÚNCIOS E CARTAZES
Art. 126. A afixação de anúncios, cartazes e quaisquer outros meios de publicidade e
propaganda, referente a estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais, escritórios,
consultórios ou gabinetes, casas de diversões ou qualquer tipo de estabelecimento depende de
licença da Municipalidade, mediante requerimento dos interessados.
§1°. Estão incluídos nas exigências do presente artigo, os letreiros, painéis,
tabuletas, emblemas, placas, avisos e faixas.
§2°. As prescrições do presente artigo abrangem os meios de publicidade com
propaganda, afixados, suspensos ou pintado em paredes, muros e tapumes.
§3°. Depende, ainda, de licença da Municipalidade, a distribuição de anúncios,
cartazes e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda escrita.
§4º. Estão ainda incluídos na obrigatoriedade deste artigo, os anúncios que, embora
fixados em terrenos próprios ou de condomínio privado, forem visíveis de locais
públicos.
Art. 127. Os pedidos de licença a Municipalidade para colocação, pintura ou distribuição de
anúncios e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda deverão mencionar o local em
que serão colocados, pintados ou distribuídos, as dimensões, as inscrições e o texto.
Parágrafo único. No caso de anúncios luminosos, os pedidos de licença deverão
indicar o sistema de iluminação a ser adotado, não podendo os referidos anúncios
ser localizados a uma altura inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros)
da calçada.
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TÍTULO VI
DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA PÚBLICA
CAPÍTULO I
DO CONTROLE DA POLUIÇÃO AMBIENTAL
Art. 128. É proibida qualquer alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas do
meio ambiente, causada por qualquer forma de energia ou substâncias sólidas, líquidas,
gasosas ou em qualquer estado de matéria que, direta ou indiretamente:
I. crie ou propicie condições nocivas ou ofensivas à saúde, à segurança e ao bem
estar público;
II. ocasione danos relevantes à flora, à fauna e a outros recursos naturais;
III. crie condições adversas às atividades sociais e econômicas;
IV. prejudique o uso dos recursos naturais para fins domésticos, agropecuários,
recreativos, de piscicultura e para outros fins úteis ou que afetem sua estética.
§1º. Meio ambiente é a interação dos fatores físicos químicos e biológicos que
condicionam a existências de seres vivos e de recursos naturais e culturais.
§2º. Recursos naturais são:
I. a atmosfera;
II. as águas interiores, superficiais e subterrâneas;
III. os estuários e lagunas;
IV. o solo, fauna e flora.
Art. 129. Os esgotos domésticos ou resíduos líquidos das indústrias, ou resíduos sólidos
domésticos ou industriais, só poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nas águas
interiores, se estas não se tornarem poluídas, conforme o disposto no artigo 128 deste Código.
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Art. 130. As proibições estabelecidas nos artigos 128 e 129 aplicam-se a águas superficiais ou
de subsolo e solo de propriedade pública, privada ou de uso comum.
Art. 131. A Municipalidade desenvolverá ação no sentido de:
I. determinar medidas corretivas das instalações capazes de poluir o meio ambiente,
de acordo com as exigências deste Código e/ou legislações pertinentes;
II. controlar as novas fontes de poluição ambiental;
III. controlar a poluição através de análise, estudos e levantamento das características
do solo, das águas e do ar.
Art. 132. As autoridades incumbidas da fiscalização ou inspeção, para fins de controle da
poluição ambiental, terão livre acesso às instalações industriais, comerciais, agropecuárias ou
outras fontes particulares ou públicas, capazes de poluir o meio ambiente, acompanhados do
proprietário ou de preposto por ele indicado.
Art. 133. Para a instalação, construção, reconstrução, reforma, conversão, ampliação e
adaptação de estabelecimentos industriais, é obrigatória a consulta ao órgão competente
Municipal, Estadual e Federal.
Art. 134. O Município poderá celebrar convênios com órgãos públicos, federais ou estaduais,
para a execução de tarefas que objetivem o controle da poluição do meio ambiente e dos
planos estabelecidos para a sua proteção.
Art. 135. A Municipalidade poderá, sempre que necessário, contratar especialistas para
execução de tarefas que visem a proteção do meio ambiente contra os efeitos da poluição,
inclusive a causada por ruídos conforme disposto neste Código.
Art. 136. No que dispõe sobre a preservação do meio ambiente, deverá ser observada ainda a
legislação federal e estadual pertinente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 420
Art. 137. É proibida a queima ao ar livre de resíduos sólidos, líquidos ou de qualquer outro
material combustível que cause degradação da qualidade ambiental, na forma estabelecida no
artigo 128 desta lei.
Art. 138. É proibido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular no solo,
resíduos em qualquer estado de matéria, desde que causem degradação da qualidade
ambiental, na forma estabelecida no artigo 128 desta lei.
Art. 139. Na infração de dispositivos deste capítulo, serão aplicadas as seguintes penalidades:
I. multa de 100 (cem) UFMs;
II. interdição da atividade causadora da poluição.
CAPÍTULO II
DAS QUEIMADAS
Art. 140. Para evitar a propagação de incêndios, observar-se-ão nas queimadas as medidas
preventivas necessárias.
Art. 141. A ninguém é permitido atear fogo em roçados, palhadas ou matos que limitem com
terras de outrem:
I. sem tomar as devidas precauções, inclusive o preparo de aceiros, que terão 7,00m
(sete metros) de largura, sendo 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros)
capinados e varridos e o restante roçado;
II. sem comunicar aos confinantes, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro)
horas, através de aviso escrito e testemunhado marcando dia, hora e lugar para
lançamento do fogo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 421
Art. 142. Salvo acordo entre os interessados, a ninguém é permitido queimar campos de
criações em comum.
Art. 143. A ninguém é permitido, sob qualquer pretexto, atear fogo em matas, capoeiras,
campos alheios e áreas de domínio das vias públicas.
Art. 144. É proibido queimar, mesmo no interior dos próprios lotes, inclusive nos das entidades
públicas, lixos ou quaisquer corpos, em quantidade capaz de molestar a vizinhança, causar
riscos á saúde da população ou propriedade alheia.
Art. 145. É expressamente proibido atear fogo, bem como cortar qualquer tipo de vegetação,
em área regulamentada pelo Código Florestal, Lei Federal nº 4771/65 ou por Leis Estaduais e
Municipais que disponham sobre a matéria.
Parágrafo único. A recuperação das áreas de preservação permanente que
sofrerem degradação será procedida mediante reflorestamento com espécies nativas
típicas da região.
Art. 146. É Incorrerão em multa de 200 (duzentas) UFMs, os infratores deste capítulo, além
das responsabilidades criminal e civil que couberem.
CAPÍTULO III
DAS ESTRADAS MUNICIPAIS
Art. 147. As estradas municipais são bens públicos de uso comum do povo, conforme
estabelece o artigo 66 do Código Civil.
Art. 148. É proibido abrir, fechar, desviar ou modificar estradas, sem licença da Municipalidade.
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Art. 149. As estradas e caminhos públicos terão as dimensões e condições técnicas
determinadas pela legislação municipal, em especial pela Lei de Sistema Viário.
Art. 150. A construção de muros, cercas e tapumes de qualquer natureza, bem como a
abertura de valas ao longo das estradas, deverá ser submetida à prévia aprovação da
Municipalidade.
Art. 151. No alinhamento das estradas municipais não se permitirá:
I. a construção de qualquer natureza, a menos de 6,00m (seis metros).
II. Cercas de arame ou vivas, deverão recuar 3,00m (três metros) de cada lado do
alinhamento da estrada;
III. arborização espessa a menos de 5,00m (cinco metros) do alinhamento da estrada.
Art. 152. É expressamente proibido, nas estradas municipais, o emprego de qualquer meio que
possa causar estragos ao leito das mesmas.
Art. 153. A Municipalidade tem autonomia para remover árvores nativas ou plantadas do leito
das estradas municipais, quando estas estiverem, de alguma forma, prejudicando o livre
trânsito de veículos.
Art. 154. É de responsabilidade do proprietário a remoção de cercas de sua propriedade
quando isto se fizer necessário para a manutenção das estradas pela Municipalidade.
Art. 155. O escoamento de águas pluviais será feito de forma que não prejudique a parte
trafegável da estrada.
Parágrafo único. A Municipalidade poderá abrir escoadouros, valas ou sarjetas em
propriedade particular, quando isto for tecnicamente recomendável, desde que não
haja prejuízo de qualquer natureza às lavouras, fontes de água ou benfeitorias,
ficando o proprietário responsável pela sua limpeza e manutenção.
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Art. 156. Sem prévia autorização da Municipalidade, é proibida a construção de bueiros ou
pontilhões nas estradas públicas, destinados especialmente para o desvio do curso normal
das águas.
Art. 157. É expressamente proibida a obstrução do leito das estradas municipais, bem como
das valas e escoadouros, com o entulho de forragem, ciscos, palhas, madeiras, pedras, terra
ou materiais de qualquer espécie.
Art. 158. Fica o proprietário rural obrigado a manter desobstruídos os bueiros, escoadouros e
valas das estradas municipais, no limite de sua propriedade, a fim de evitar a erosão do leito
das estradas.
Parágrafo único. Quando a estrada for divisa de propriedade, cada proprietário fica
responsável, pela parte em que suas terras confrontam-se com a estrada.
Art. 159. É obrigação do proprietário ou ocupante de terras, manter roçada toda extensão da
propriedade que margeia as estradas, sob pena dos serviços serem feitos pela Municipalidade,
ou terceiros contratados por esta, a qual cobrará do proprietário ou responsável, as despesas,
acrescidas das respectivas multas, bem como de taxa de administração pela execução dos
serviços.
§1º. Os valores dos serviços, quando realizados ou contratados pela Municipalidade,
serão estabelecidos por Decreto do Poder Executivo.
§2º. A roçada obrigatória será de 3,00 m (três metros) a cada lado das estradas.
Art. 160. Aos infratores de qualquer artigo deste capítulo será cobrada a multa de 200
(duzentas) UFMs, acrescida em 20% em caso de reincidência.
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CAPÍTULO IV
DA EXPLORAÇÃO MINERAL
Art. 161. A autorização para exploração mineral em áreas situadas dentro do território
Municipal só poderá ser concedida se observados os preceitos deste Código.
§1º. A solicitação para expedição do Alvará de Licenciamento Municipal para
exploração mineral deverá estar acompanhada das seguintes indicações e
documentos:
I. Tipo do licenciamento;
II. Nome do proprietário da área;
III. Denominação do imóvel, do Distrito, do Município e Estado em que se situa a jazida;
IV. Localização do imóvel;
V. Substância mineral licenciada;
VI. Área licenciada em hectares (máximo 50 ha);
VII. Prazo, data de expedição e número da licença.
VIII. Prova de registro da sociedade na Junta Comercial;
IX. Certidão negativa de débito municipal;
X. Título de propriedade do solo (escritura e certidão de registro de imóveis
atualizada);
XI. Autorização do proprietário para exploração quando não for este o requerente;
XII. Plantas de detalhe e situação da área;
XIII. Memorial descritivo da área, assinado por profissional legalmente habilitado,
devidamente registrado no CREA / PR, acompanhado de ART;
XIV. Licença da Secretaria Municipal do Meio Ambiente;
XV. Registro de licenciamento expedido pelo DNPM – Departamento Nacional de
Produção Mineral;
XVI. Plano de recuperação do solo.
§2º. Tratando-se de área que compreenda mais de um Município, a solicitação
deverá ser acompanhada das licenças dos Municípios envolvidos.
Art. 162. A fim de preservar a estética e a paisagem natural do local da jazida, obriga-se o
requerente e interessado, a apresentar plano de recomposição e urbanização da área que será
implantada, na medida em que a exploração for sendo realizada.
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Parágrafo único. A obrigatoriedade de cumprimento do plano de recomposição e
urbanização da área de que trata este artigo será manifestada através de termo de
compromisso firmado entre o licenciado e a Municipalidade.
Art. 163. O não cumprimento das obrigações impostas neste Capítulo implicará nas seguintes
sanções:
I. embargo da exploração e multa de 500 (quinhentas) UFMs, cobradas com
acréscimo de 20% (vinte por cento) no caso de reincidência;
II. cancelamento e revogação da licença.
CAPÍTULO V
DA DEFESA DAS ÁRVORES E DA ARBORIZAÇÃO PÚBLICA
Art. 164. É expressamente proibido podar, cortar, derrubar, remover ou sacrificar as árvores da
arborização pública, sendo estes serviços de atribuição específica da Municipalidade.
§1°. A proibição contida neste artigo é extensiva às concessionárias de serviço
público ou de utilidade pública, ressalvados os casos de autorização específica da
Municipalidade, em cada caso.
§2°. Nos loteamentos particulares os proprietários poderão arborizar as vias de
acordo com o projeto previamente aprovado pela Municipalidade.
Art. 165. Não será permitida a utilização das árvores de arborização pública para colocar
cartazes e anúncios ou afixar cabos e fios, nem para suporte ou apoio e instalações de
qualquer natureza ou finalidade.
Art. 166. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa de 100 (cem)
UFMs.
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CAPÍTULO VI
DOS ANIMAIS
Art. 167. Aos animais em geral, aplicam-se as normas previstas na Legislação Federal,
Estadual e Municipal, cabendo a Municipalidade o exercício do poder de polícia, visando a
proteção das pessoas e dos animais.
Art. 168. Os animais são de integral responsabilidade de seus respectivos proprietários, quanto
à criação, alimentação, tratamento veterinário e abrigo, inclusive no tocante a eventuais danos
e prejuízos causados a pessoas e ao patrimônio público, comum e privado.
Art. 169. Os cães poderão andar na via pública desde que em companhia de seu dono,
respondendo este pelas perdas e danos que o animal causar a terceiros.
Art. 170. Os animais evadidos serão recolhidos pela Municipalidade e encaminhados para
locais adequados e convenientes, assumindo o proprietário integral responsabilidade pelo
ressarcimento de eventuais danos ou prejuízos a pessoas e ao patrimônio público comum e
privado.
Parágrafo único. A Municipalidade, em caso do proprietário não procurar o animal
apreendido, dentro de 5 (cinco) dias de sua apreensão, dará ao mesmo o destino
que melhor convier ao interesse público.
Art. 171. Os proprietários de animais devem tomar todas as medidas cabíveis e indicadas
pelas normas veterinárias no tocante à ação preventiva e curativa dos animais tais como a
vacina contra a raiva.
Art. 172. É expressamente proibido:
I. criar abelhas, aves, porcos, gado ou qualquer espécie de animais em áreas situadas
na macrozona Urbana;
II. amarrar animais em cercas, muros, grades ou árvores da via pública;
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III. domar ou adestrar animais nas vias públicas;
IV. dar espetáculos de feras e exibições de cobras ou quaisquer animais perigosos,
sem as necessárias precauções para garantir a segurança dos espectadores e
autorização expressa da Municipalidade;
V. comercializar animais que ofereçam periculosidade à integridade física das pessoas,
sem a devida providência no tocante as medidas de segurança;
VI. praticar, privada ou publicamente, qualquer tipo de ação que caracterize
crueldade ou atrocidade aos animais.
Art. 173. :Os animais acometidos de doenças ou males infecto-contagiosos que possam pôr
em risco a integridade das pessoas e outros animais devem ser sacrificados imediatamente,
devendo o fato ser comunicado às autoridades competentes, por escrito.
Art. 174. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa de 100 (cem)
UFMs.
CAPÍTULO VII
DOS CEMITÉRIOS
Art. 175. O exercício da atividade do Cemitério compete exclusivamente a Municipalidade ou a
quem for outorgada a exploração na forma da Lei.
Art. 176. Para o exercício da atividade, a Municipalidade, através do Chefe do Poder Executivo
Municipal, baixará normas regulamentares exercendo rigorosa e permanente fiscalização.
Art. 177. Os sepultamentos de pessoas somente serão efetuados após a apresentação da
declaração de óbito, outorgado pelo Instituto Médico Legal ou médico competente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 428
Art. 178. Toda pessoa responsável por sepultamento, embalsamento, exumação e cremação
deve cumprir normas regulamentares, entre as quais as referentes a prazo de enterro,
translado e transporte de cadáveres, técnicas, substâncias e métodos empregados.
Art. 179. A regulamentação do serviço de utilidade pública municipal de cemitério contempla
no mínimo, tratamento de matéria relativa a:
I. implantação de cemitérios;
II. administração de cemitérios;
III. manutenção e conservação do seu funcionamento;
IV. promoção de velório;
V. promoção de sepultamento;
VI. promoção da exumação de cadáveres, obedecidas as normas de saúde pública e a
Legislação Federal e Estadual pertinentes;
VII. promoção de tramitação de documentos e legislação para efeitos de sepultamento,
exumação e translado de cadáveres;
VIII. comercialização de lotes, materiais e artigos mortuários.
Art. 180. Para a outorga da exploração de serviços de cemitérios a terceiros, a Municipalidade
exigirá condições e documentação estabelecidas em normas regulamentares, dando-se
especial ênfase à exigência de projeto técnico completo.
Art. 181. A localização de cemitério é determinada pela Municipalidade, mediante consulta
prévia e escrita, respeitada a legislação, observando-se independentemente de qualquer
dispositivo legal ou diretriz urbanística a vedação de instalação em zonas comerciais ou na
proximidade de hospitais, casas de saúde, estabelecimentos de ensino e bairros residenciais.
§1º. A localização de cemitério, quando for o caso, ainda deverá observar o disposto
na legislação ambiental Estadual e Federal, sujeitando-se à aprovação dos órgãos
estaduais e federais competentes.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 429
§2º Não será permitida, em hipótese alguma, a instalação de cemitérios em bacias
hidrográficas destinadas ao abastecimento público do Município.
Art. 182. O concessionário ou permissionário é responsável pela construção, administração,
conservação e funcionamento do cemitério, nos termos da legislação vigente, sempre sob a
supervisão e fiscalização da Municipalidade.
Parágrafo único. O concessionário ou permissionário dentro da sua competência
deve promover e executar:
I. aquisição de área de terra destinada a construção do cemitério;
II. a construção do cemitério de acordo com o projeto aprovado pela
Municipalidade;
III. a administração e conservação do cemitério, de acordo com as normas fixadas
pela Municipalidade;
IV. a promoção de vendas de lotes, jazigos, túmulos e similares, devendo a tabela
de preços ser submetida à aprovação da Municipalidade, que deve obedecer os
critérios de mercado;
V. manutenção de administração e zeladoria, as quais se encarregarão de manter a
ordem e limpeza do cemitério.
Art. 183. O concessionário ou permissionário do serviço de utilidade pública municipal de
cemitério é obrigado a mantê-lo em bom estado de conservação, primando pelo asseio, higiene
e apresentação, acatando de pronto as orientações e determinações emanadas da
Municipalidade, que visem a melhora da qualidade das instalações e aprimoramento dos
serviços.
Art. 184. O serviço de utilidade pública municipal de cemitério deve ser prestado com
observância aos princípios éticos, legais e com urbanidade, observando, ainda, o seguinte:
I. fica expressamente vedada a permanência do concessionário ou permissionário de
cemitério, por seus agentes ou equipamentos, nos hospitais, casas de saúde e
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 430
similares, com a finalidade de contratação ou agenciamento de serviços funerários,
efetivos ou em potencial;
II. o concessionário ou permissionário fica responsabilizado pelo sepultamento de
todos os indigentes ou pessoas carentes encaminhadas pela Municipalidade, as
suas exclusivas expensas, vedada a recusa;
III. no caso de cadáveres cujo óbito se deu em decorrência de doença infecto-
contagiosa, devem ser tomadas todas as providências e precauções estabelecidas
pelas normas de saúde pública;
IV. em caso de calamidade ou eventos similares, os serviços devem ser prestados
com intenção estritamente social;
V. o concessionário ou permissionário fará a exploração dos serviços sob única e
exclusiva responsabilidade, respondendo integralmente pelos encargos trabalhistas,
sociais, tributários e comerciais inerentes ao empreendimento;
VI. o concessionário ou permissionário do serviço de utilidade pública municipal de
cemitério, somente executará sepultamento de cadáveres, após a expedição da
respectiva certidão de óbito, ou excepcionalmente, do Atestado Médico de Óbito,
além de outros instrumentos legais exigíveis, à sua exclusiva responsabilidade;
VII. fica assegurado o sepultamento de pessoas de todas as classes sociais e de todas
as crenças religiosas, sendo vedada a recusa por motivo de raça, cor, crença
religiosa ou convicção política, salvo quando se tratar de cemitério particular
autorizado pela Municipalidade.
Art. 185. Os serviços de exploração e utilização de cemitério permitidos ou concedidos no
Município de Paranaguá serão permanentemente fiscalizados pela Municipalidade, que em
caso de inobservância das suas normas regulamentares ou reguladoras aplicará penalidade
aos infratores.
Parágrafo único. O Chefe do Poder Executivo, considerando petição escrita do
permissionário, enviará periódica e circunstancialmente as tarifas de exploração do
serviço de utilidade pública municipal de cemitério.
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Art. 186. O sepultamento processar-se-á, observando o seguinte:
I. apresentação de requerimento, por escrito, do responsável legal, observando a
ordem de descendência ou parentesco pelo sepultamento, podendo esta
responsabilidade ser delegada por escrito, mediante a comunicação a
Municipalidade, à empresa funerária credenciada, solicitando o sepultamento, a
modalidade e identificando, expressamente, as características físicas e civis do
sepultando;
II. o recolhimento ao erário municipal das taxas incidentes;
III. apresentação, no ato do requerimento, declaração de óbito fornecido por autoridade
médica competente;
IV. a Municipalidade poderá extinguir, incorporar, reformar, transferir ou recuperar
cemitérios mediante autorização da parte responsável legal e na falta desta, por
autorização judicial;
V. na impossibilidade de identificação do sepultado, por carência ou inexistência de
informações ou de responsáveis, a Municipalidade procederá a exumação e o
translado após a anuência do Poder Judiciário e dos órgãos responsáveis pela
saúde pública.
Art. 187. A utilização do cemitério para sepultamento, exumação e visitação obedecerá ao
seguinte:
I. é proibido o comércio no interior do cemitério, devendo este ser realizado em locais
definidos pela Municipalidade;
II. os atos deverão respeitar os preceitos morais, éticos e religiosos da comunidade;
III. a limpeza, reforma, pintura ou construção não deverá prejudicar a circulação nas
vias, a estética do local e as sepulturas circundantes.
Art. 188. É vedado, sob pena da multa:
I. violar ou danificar sepulturas, profanar cadáveres ou praticar qualquer desacato
tendente a quebrantar o respeito devido aos mortos;
II. fazer sepultamento fora dos cemitérios;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 432
III. fazer sepultamento na vala comum, ou antes de decorrido o prazo legal, salvo
motivo de força maior;
IV. retirar, tocar nos objetos ou caminhar sobre as sepulturas.
Parágrafo único. Em qualquer das ocorrências deste artigo será comunicada a
autoridade policial.
Art. 189. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa de 100 (cem)
UFMs.
CAPÍTULO VIII
DOS CULTOS
Art. 190. A realização de cultos de qualquer ordem deve ser precedida de autorização por
escrito da Municipalidade no tocante ao seu local de efetivação.
Art. 191. Em relação aos cultos, não é permitido qualquer tipo de publicidade, manifestação,
ato ou omissão que implique atentado à honra, à ética, a integridade física das pessoas e
animais, ao patrimônio público comum e privado, a ordem e ao bem-estar público.
Art. 192. As igrejas, templos e casas de culto não podem contar com maior número de
assistentes, a qualquer de seus ofícios, do que a lotação comportada por suas instalações.
Art. 193. É vedada a realização de cultos religiosos em logradouros públicos, praças ou locais
não destinados a isso sem expressa autorização da Municipalidade.
Art. 194. Os locais para o exercício do culto devem conter-se dentro das normas de conforto,
higiene, acessibilidade e segurança.
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Art. 195. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa de 500
(quinhentas) UFMs.
CAPÍTULO IX
DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS
Art. 196. No interesse público, a Municipalidade, através do órgão sanitário e demais órgãos
competentes fiscalizará a fabricação, o comércio, o transporte, o depósito e o emprego de
inflamáveis e explosivos.
Art. 197. São considerados inflamáveis entre outros: fósforos e materiais fosforados, gasolina e
demais derivados do petróleo, éteres, álcoois, aguardentes e óleos em geral, carburetos,
alcatrão e materiais betuminosos líquidos e toda e qualquer outra substância cujo ponto de
inflamabilidade seja acima de 93 ºC (noventa e três graus Celsius).
Art. 198. Consideram-se explosivos dentre outros: fogos de artifício, nitroglicerina, seus
compostos e derivados, pólvora, algodão-pólvora, espoletas e estopins, fulminatos, coratos,
formiatos e congêneres, cartuchos de guerra, caça e mina.
Art. 199. É absolutamente proibido:
I. fabricar explosivos sem licença especial da autoridade federal competente
e em local não aprovado e não autorizado pelo órgão sanitário municipal e
demais órgãos municipais competentes;
II. manter depósitos de substâncias inflamáveis ou de explosivos sem atender às
exigências legais, quanto à construção e segurança;
III. depositar ou conservar nas vias públicas, embora provisoriamente, inflamáveis
ou explosivos.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 434
§1°. Aos varejistas é permitido conservar em cômodos apropriados em seus
armazéns ou lojas, a quantidade fixada na respectiva licença, de material inflamável
ou explosivo que não ultrapassar a venda provável em 20 (vinte) dias.
§2°. Os usuários e exploradores de pedreiras poderão manter depósitos de
explosivos desde que atendam à regulamentação das Forças Armadas e as
legislações Municipal, Estadual e Federal pertinentes.
Art. 200. Os depósitos de explosivos e inflamáveis serão construídos conforme as prescrições
das forças armadas, Corpo de Bombeiros e o disposto nas legislações Municipal, Estadual e
Federal pertinentes.
Art. 201. Para exploração de pedreiras com explosivos, será observado o seguinte:
I. colocação de sinais nas proximidades das minas que possam ser percebidos
distintamente pelos transeuntes, pelo menos a 100,00m (cem metros) de distância;
II. adoção de um toque convencional e de um brado prolongado dando o sinal de fogo.
Art. 202. Não será permitido o transporte de explosivos ou inflamáveis sem as precauções
devidas.
§1°. Não poderão ser transportados simultaneamente no mesmo veículo, explosivos
e inflamáveis.
§2°. Os veículos que transportarem explosivos ou inflamáveis não poderão conduzir
outras pessoas, além do motorista e do ajudante.
§3°. Não será permitida descarga de explosivos nos passeios e vias públicas.
Art. 203. É vedado, sob pena de multa, além de responsabilidade criminal e civil que couber:
I. soltar balões, fogos de artifício, bombas, busca-pés, morteiros e outros fogos
perigosos, bem como fazer fogueira nos logradouros públicos, ou em janelas ou
portas que confrontarem com os mesmos, sem prévia licença da Municipalidade, e
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 435
de outros órgãos competentes, a qual será concedida por ocasião de festejos,
indicando-se para isso, quando conveniente, locais apropriados e horários;
II. fazer fogos ou armadilhas com armas de fogo.
Art. 204. Fica sujeito à licença e aprovação dos órgãos municipais competentes a instalação
de bombas de gasolina e de depósitos de outros inflamáveis, mesmo para uso exclusivo de
seus proprietários.
§1º. A Municipalidade poderá negar a licença se reconhecer que a instalação do
depósito ou bomba irá prejudicar, de algum modo, a segurança pública.
§2º. Os projetos de construção de estabelecimento de comércio varejista de
combustíveis minerais deverão observar, além das disposições deste Código, os
demais dispositivos legais aplicáveis, bem como as determinações do Código de
Obras e Edificações e das legislações Municipal, Estadual e Federal pertinentes.
Art. 205. O transporte de inflamáveis para os postos de abastecimento será feito em recipiente
apropriado, hermeticamente fechado, devendo a descarga nos depósitos subterrâneos realizar-
se por meio de mangueiras ou tubos adequados, de modo que os inflamáveis passem
diretamente dos recipientes de transporte para o depósito.
§1°. O abastecimento de veículos será feito por meio de bombas ou por gravidade
devendo o tubo alimentador ser introduzido diretamente no interior do tanque do
veículo.
§2°. É proibido o abastecimento de veículos ou quaisquer recipientes nos postos, por
qualquer processo de despejo livre dos inflamáveis, sem o emprego de mangueiras.
§3°. Para depósitos de lubrificantes, localizados nos postos de abastecimento, serão
utilizados recipientes fechados, à prova de poeira e adotados dispositivos que
permitam alimentação dos tanques dos veículos sem qualquer extravasamento.
§4°. É obrigatória a sinalização nos Postos de Abastecimento, com advertências de
perigo, inclusive proibição de utilização de cigarros e similares.
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Art. 206. Nos Postos de Abastecimento equipados com serviços de limpeza, lavagem e
lubrificação de veículos, esses serão feitos nos recintos dos postos dotados, para tanto, de
instalações adequadas em concordância com determinações da autoridade sanitária municipal,
destinadas a evitarem a acumulação de água e de resíduos lubrificantes no solo ou seu
escoamento para o logradouro público, ou outro destino.
Parágrafo único. As disposições deste artigo estendem-se às garagens comerciais
e demais estabelecimentos onde se executem tais serviços.
Art. 207. As infrações deste capítulo serão punidas com multa de 800 (oitocentas) UFMs,
acrescida em 20% em caso de reincidência.
TÍTULO VII
DO FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO, DA INDÚSTRIA, DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
E DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS
CAPÍTULO I
DO COMÉRCIO LOCALIZADO
Art. 208. O funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais e de prestação de
serviços somente será permitido após a concessão do Alvará de Licença e Localização, e do
Alvará Sanitário se for o caso, o qual só será concedido se observadas as disposições deste
Código e as demais normas legais e regulamentares pertinentes, obedecida a Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Município de Paranaguá.
Art. 209. Para efeito de fiscalização, o Alvará de Localização e o Alvará Sanitário, quando for o
caso, deverão ser conservados no estabelecimento em lugar visível ao público.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 437
Art. 210. O Alvará de Localização, bem como o Alvará Sanitário, somente poderá ser
concedido mediante vistoria e aprovação prévia dos departamentos municipais competentes.
Art. 211. O Alvará de Localização será exigido mesmo que o estabelecimento esteja localizado
no recinto de outro já munido de licença.
Art. 212. Não será concedida a licença aos estabelecimentos industriais que pela natureza dos
produtos, pelas matérias primas utilizadas, pelos combustíveis empregados ou por qualquer
outro motivo venham a prejudicar a saúde pública.
Art. 213. A licença poderá ser cassada pela Municipalidade e o estabelecimento fechado
imediatamente:
I. quando se tratar de negócio diferente daquele requerido e liberado na licença;
II. se o licenciado usá-la para fins ilícitos ou para atos ofensivos à moral e bons
costumes;
III. se o licenciado se opuser, de qualquer modo, à fiscalização;
IV. por solicitação de autoridades, fundamentada em motivos justificados;
V. para reprimir especulações de atravessadores de gêneros de primeira
necessidade;
VI. como medida preventiva, a bem da higiene, do sossego e segurança pública.
§1º. Caçada a licença, o estabelecimento será imediatamente fechado.
§2º. A reabertura do estabelecimento fechado será permitida depois de sanados os
motivos que ocasionaram o seu fechamento, e mediante a concessão de nova
licença.
Art. 214. A autorização a que se refere este Capítulo não confere o direito de vender ou
mandar vender mercadorias fora do recinto do estabelecimento, salvo a hipótese de
agenciamento para encomenda.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 438
Art. 215. Para a mudança do local do estabelecimento comercial ou industrial e de prestação
de serviços, deverá ser solicitada a necessária permissão aos órgãos municipais competentes
envolvidos, os quais verificarão se o novo local satisfaz as condições exigidas.
Art. 216. A abertura e o fechamento dos estabelecimentos comerciais, industriais e de
prestação de serviços serão controlados pelos órgãos municipais competentes e
regulamentados por este Código.
Art. 217. Não é permitida a exposição de mercadorias do lado de fora dos estabelecimentos
comerciais, nem o depósito de qualquer objeto sobre a calçada.
Parágrafo único. Não constitui infração o depósito de mercadorias sobre a calçada
no momento de desembarque ou embarque das mesmas, desde que a operação se
proceda em horário regulamentado pela Municipalidade de acordo com legislação
específica, e não dificulte o livre trânsito de pedestres.
Art. 218. A Municipalidade exercerá rigorosa fiscalização sobre a localização e funcionamento
das atividades industriais, comerciais e de serviços, em particular no que diz respeito às
condições de higiene e segurança, qualquer que seja o ramo de atividade que se destina, sem
que caiba direito aos fiscalizados de reclamação, obstrução e indenização, aplicando aos
infratores as sanções e penalidades previstas na legislação.
Art. 219. As infrações dos dispositivos deste Capítulo ficarão sujeitas à multa de 200
(duzentas) UFMs.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 439
CAPÍTULO II
DO COMÉRCIO AMBULANTE
Art. 220. O exercício do comércio ambulante, de vendedores ou compradores, por conta
própria ou de terceiros, em logradouros públicos ou lugares franqueados ao público, dependerá
sempre de licença especial da Municipalidade, mediante requerimento do interessado.
§1°. Caberá ao Município a definição dos locais permitidos para a exploração das
atividades mencionadas no caput deste artigo, sendo que as demais regras serão
regulamentadas por ato próprio.
§2°. A licença a que se refere o presente artigo será concedida em conformidade
com as prescrições deste Código, da Legislação Fiscal e Sanitária deste Município.
§3°. A licença do vendedor ambulante será concedida exclusivamente a quem
exercer o mister, sendo pessoal e intransferível.
Art. 221. Deferido o requerimento, a Municipalidade passará um alvará de licença pessoal e
intransferível, no qual constarão as indicações necessárias à sua identificação, com o nome e
sobrenome, idade, nacionalidade, Cadastro de Pessoas Físicas, residência, fotografia, objeto
de comércio e, quando for empregado, o nome do empregador ou o seu estabelecimento
comercial ou industrial, inscrições Federal e Estadual, se houver.
Art. 222. Com o alvará, a Municipalidade fornecerá ao licenciado um cartão indicativo do ramo
de comércio ambulante que irá exercer.
§1°. Além do cartão, todo vendedor ambulante é obrigado a trazer consigo o alvará
de licença, para apresentá-lo quando for exigido pela autoridade fiscal.
§2°. O vendedor ambulante que for encontrado sem este comprovante, ou com ele
em situação irregular, estará sujeito à multa e apreensão da mercadoria em seu
poder.
§3°. As mercadorias apreendidas serão recolhidas ao depósito municipal, e não
sendo retiradas no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, mediante o pagamento das
multas e emolumentos a que estiver sujeito o infrator, bem como a regularização da
licença, terão o destino regulado por dispositivos deste Código.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 440
§4º. Quando as mercadorias apreendidas forem suscetíveis de deterioração, serão
avaliadas e doadas à casas de instituições de caridade, mediante recibo.
Art. 223. A Municipalidade só concederá licença para o comércio ambulante, quando, a seu
critério, esse não venha a prejudicar o comércio estabelecido.
Art. 224. Ao ambulante é vedado:
I. O comércio de qualquer mercadoria ou objeto não mencionado na licença;
II. Impedir ou dificultar o trânsito nas vias públicas ou logradouros;
III. Estacionar nas vias públicas ou logradouros, fora dos locais previamente destinados
pela Municipalidade, senão o tempo necessário ao ato da venda;
IV. A venda de bebidas alcoólicas;
V. A venda de armas e munições;
VI. A venda de medicamentos ou quaisquer outros produtos farmacêuticos;
VII. A venda de aparelhos eletrodomésticos;
VIII. A venda de quaisquer gêneros ou objetos que, a juízo do órgão competente, sejam
julgados inconvenientes ou possam oferecer dano à coletividade.
IX. Transitar pela calçada ou passeio conduzindo cestas ou outros volumes grandes
que venham a obstruir a passagem dos transeuntes;
X. Oferecer a mercadoria em altas vozes ou usar qualquer instrumento como apito,
corneta, campainha ou semelhantes de som estridente;
XI. Fazer uso dos ônibus de passageiros para o comércio de mercadorias.
Art. 225. A Municipalidade determinará para o exercício da atividade eventual ou ambulante,
normas, padrões, locais e horários.
Art. 226. As infrações ao disposto neste capítulo estão sujeitas à apreensão da mercadoria e
multa de 200 (duzentas) UFMs.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 441
CAPÍTULO III
DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS
Art. 227. Aplicam-se à indústria, no que couber, as disposições sobre o comércio, além das
contidas neste capítulo.
Art. 228. No interesse do controle da poluição sonora, do ar e da água, a Municipalidade
exigirá relatório de impacto ambiental, expedido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente ou
outra que venha a substituí-la, sempre que lhe for solicitada licença de funcionamento para
estabelecimentos industriais ou quaisquer outros que se configurem em eventuais poluidores
do meio ambiente.
Art. 229. Para efetuar o recolhimento do lixo tóxico proveniente de resíduos industriais a
Municipalidade poderá cobrar uma taxa especial de coleta, destinada a implantação de
equipamento especial.
Parágrafo único. Cabe ao órgão sanitário municipal, em conjunto com os demais
órgãos competentes a aprovação e a indicação de local adequado para tal fim.
Art. 230. A localização das industrias obedecerão ao zoneamento estabelecido na Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Município de Paranaguá.
Art. 231. As infrações deste capítulo estão sujeitas à multa de 800 (oitocentas) UFMs.
CAPÍTULO IV
DOS “TRAILLERS” E BARRACAS DE EXPLORAÇÃO COMERCIAL
Art. 232. A autorização para funcionamento de Traillers, barracas de exploração comercial e
similares será sempre precedida de consulta da viabilidade, aos órgãos municipais
competentes.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 442
Art. 233. Para a concessão de Alvará de Localização de Traillers e barracas de exploração
comercial, acompanharão o pedido de licença para funcionamento, os seguintes documentos:
I. consulta de viabilidade aprovada;
II. declaração da atividade a ser explorada;
III. planta ou desenho cotado, indicando a disposição do trailler;
IV. apresentação de Contrato Social ou Declaração de Firma Individual, se for o caso,
devidamente registrado na Junta Comercial do Estado;
V. fotografia ou perspectiva externa do trailler a ser utilizado;
VI. licença para funcionamento noturno, expedida por órgão próprio da Secretaria de
Segurança Pública;
VII. título de propriedade, contrato de locação ou documento que habilite a utilização do
local, nos casos de terrenos particulares.
Art. 234. A viabilidade aprovada de que trata o artigo 231 não garantirá a concessão do Alvará
Sanitário Municipal, ficando o estabelecimento sujeito ao cumprimento da legislação sanitária
vigente.
Art. 235. O alvará de localização será expedido pela Secretaria de Finanças, em caráter
provisório, obedecendo às exigências deste Código.
§1°. A Municipalidade poderá determinar aos proprietários, através de notificação, a
retirada de seu comércio do local, desde que o referido local seja declarado de
utilidade pública.
§2°. Em caso de não acatamento à determinação contida no parágrafo anterior, após
30 (trinta) dias de sua notificação, a Municipalidade procederá a remoção dos traillers
e barracas de exploração comercial ao seu depósito, incorrendo os infratores em
multa cabível.
Art. 236. A taxa de licença para funcionamento do comércio de que trata este Código será
fixada de acordo com o que estabelece o Código Tributário Municipal.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 443
Art. 237. O proprietário do trailler e/ou barraca de exploração comercial obriga-se a retirar
diariamente o lixo gerado pela atividade explorada.
Art. 238. Fica proibida a locação do trailler e/ou barraca de exploração comercial e similares a
menos de 50m (cinqüenta metros) de outros congêneres, bem como em locais julgados
inconvenientes pela Municipalidade.
Art. 239. Fica proibida a execução de qualquer benfeitoria complementar, sem prévia
autorização da Municipalidade.
Art. 240. O Alvará de Licença será válido para o ano fiscal, e somente para o local requerido.
Art. 241. O não cumprimento do que estabelece este Capítulo implicará a cassação da
autorização de funcionamento.
Art. 242. As infrações destes dispositivos também serão punidas com multa de 300 (trezentas)
UFMs.
CAPÍTULO V
DAS FEIRAS LIVRES
Art. 243. Ao A Municipalidade através de seus órgãos competentes determinará, data, local e
mobiliário para realização de feiras livres.
Parágrafo único. Cabe ainda à Municipalidade estabelecer regulamentos visando o
bom funcionamento das feiras livres.
Art. 244. A nenhum comerciante regularmente estabelecido será permitido vender produtos
hortifrutigranjeiros ou outros na feira livre.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 444
Art. 245. Os feirantes deverão ter tabela de preços de seus produtos, observados os
tabelamentos oficiais, quando houver.
Parágrafo único. Verificada a falta de observância da tabela de preços, o feirante
fica sujeito à multa prevista e à cassação da licença para vender na feira livre.
Art. 246. A Municipalidade estabelecerá a cobrança de uma taxa pela utilização do local,
devendo a limpeza deste ser efetuada pelos feirantes.
Art. 247. O horário de funcionamento das feiras será estabelecido por decreto do executivo.
Parágrafo único. A alteração do horário poderá ser solicitada pelos feirantes
mediante abaixo assinado contendo no mínimo assinatura de 2/3 (dois terços) dos
feirantes cadastrados e em dia com suas responsabilidades junto à municipalidade.
Art. 248. Os feirantes obrigam-se a observar as normas do Código de Defesa do Consumidor,
a Legislação Sanitária, bem como a cumprirem o horário de funcionamento e atendimento ao
público.
Art. 249. As infrações destes dispositivos serão punidas com multa de 200 (duzentas) UFMs.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, será automaticamente cassada a
respectiva licença.
CAPÍTULO VI
DA HIGIENE ALIMENTAR
Art. 250. A Municipalidade exercerá, em colaboração com as autoridades sanitárias do Estado
e União, severa fiscalização sobre a produção, o comércio e o consumo de gêneros
alimentícios em geral.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 445
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, consideram-se gêneros alimentícios
todas as substâncias destinadas ao preparo e consumo alimentar, excetuados os
medicamentos.
Art. 251. Sem prejuízo das normas e ações Federais e Estaduais sobre alimentos, fica proibida
a produção, exposição, armazenamento, comercialização e consumo de alimentos
deteriorados, falsificados, adulterados, vencidos ou nocivos à saúde, os quais serão
apreendidos pelos funcionários encarregados pela fiscalização e removidos para local
destinado à inutilização dos mesmos.
Parágrafo único. A inutilização dos gêneros não eximirá o autuado do pagamento
das multas e demais penalidades.
Art. 252. A comercialização de alimentos deve ser feita sob condições físicas, ambientais e de
manuseio adequadas, através de estabelecimentos e pessoas rigorosamente limpas, sadias e
asseadas.
Art. 253. Os alimentos perecíveis devem ser expostos para sua comercialização, em
equipamentos de superfície impermeável que garantam a sua conservação através de
processo de refrigeração e mantenham-se protegidos de insetos, de manipulação de terceiros
e da exposição à ação dos agentes naturais.
Art. 254. No tocante ao transporte de alimentos devem ser obedecidas, no mínimo, as
seguintes normas:
I. do veículo:
a) ser dividido e previamente higienizado;
b) não ter comunicação direta com o motorista e/ou motor;
c) ser revestido adequadamente de modo a proteger os produtos de qualquer
espécie de contaminação;
d) quando não houver prateleiras é obrigatória a existência de estrados;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 446
e) no caso de produtos perecíveis é obrigatório o uso de estufas ou refrigeração;
f) todo produto será transportado convenientemente embalado e protegido;
g) todo veículo será licenciado pelo serviço de fiscalização de alimentos, através
de prévia vistoria;
II. do motorista:
a) ter carteira de saúde devidamente atualizada;
b) fazer uso de uniforme, bem como luvas e boné;
c) ter bons hábitos de higiene;
d) ter carteira de habilitação devidamente atualizada.
§1º. Fica vedado o uso do veículo para outras atividades, assim como o transporte
de pessoas alheias ao serviço.
§2º. O manuseio de produtos, quando não puder ser evitado, será realizado com as
mãos protegidas, sendo que a proteção indicada para o manuseio será mantida
limpa e higienizada.
Art. 255. No caso de manipulação de alimentos, deve ser observado no mínimo o seguinte:
I. o pessoal que trabalha nos estabelecimentos de gêneros alimentícios deve
realizar exames médicos, registrados em carteira de saúde, no mínimo
semestralmente;
II. a manipulação de alimentos não pode ser realizada por pessoa portadora de
doenças transmissíveis.
Art. 256. Para o preparo dos alimentos, os estabelecimentos comerciais devem observar, no
mínimo, o seguinte:
I. utilização de material impermeável, como tampo de mesa de preparo ou
utensílio, quando estes entrem em contato direto com os alimentos;
II. utilização de louças sem trincos ou lascas, em perfeito estado de
conservação e limpeza;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 447
III. o local de preparo deve ter uma pia exclusiva para lavagem de alimentos e
outra para utensílios;
IV. utilização de métodos eficientes de desinfecção dos utensílios;
V. o lixo e os restos de alimentos devem ser acondicionados em recipientes de bom
material, fácil limpeza e com tampa;
VI. alimentos potencialmente perigosos (maionese, carnes, pescados, leite, ovos e
outros) devem ser acondicionados em refrigeradores imediatamente após seu
preparo.
Art. 257. Os estabelecimentos comerciais, para o armazenamento de alimentos, devem
observar no mínimo as disposições a seguir:
I. possuir local próprio e separado para o armazenamento de inseticidas, venenos,
detergentes ou desinfetantes;
II. os alimentos em embalagem permeável devem ser colocados em estrados, numa
altura nunca inferior a 20 cm (vinte centímetros ) do piso;
III. os alimentos potencialmente perecíveis devem ser mantidos em temperaturas
apropriadas;
IV. moscas, baratas, roedores e animais domésticos, bem como suas fezes, não
devem ser encontrados em locais de armazenamento dos alimentos;
V. evitar os vazamentos hidráulicos e restos de alimentos ou lixos nos locais
destinados ao armazenamento dos alimentos;
VI. não é permitida a venda de alimentos industrializados sem rótulo ou com rótulo
incompleto ou ainda com embalagens danificadas ;
VII. não é permitida a presença de alimentos impróprios para o consumo, nos locais de
armazenamento ou exposição de mercadorias.
Art. 258. Todo alimento somente será exposto ao consumo ou entregue à comercialização
depois de registrado no órgão competente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 448
Art. 259. Os rótulos devem mencionar em caracteres perfeitamente legíveis:
I. a qualidade, a natureza e o tipo de alimento, observada a definição, a
descrição e a classificação estabelecida no respectivo padrão de identidade e
qualidade, no rótulo arquivado no órgão competente do Ministério da Saúde, no caso
de alimento de fantasia ou artificial, ou de alimento não padronizado;
II. nome e / ou marca do alimento;
III. nome do fabricante ou produtor;
IV. sede da fábrica ou local de produção;
V. número do registro do alimento no órgão competente do Ministério da Saúde;
VI. indicação do emprego de aditivo intencional, mencionando-o
expressamente ou indicando o código de identificação correspondente com a
especificação da classe a que pertencer;
VII. número de identificação da partida do alimento perecível;
VIII. data de fabricação e validade do produto;
IX. o peso ou volume líquido;
X. outras indicações que venham a ser fixadas em regulamentos.
Art. 260. Na infração de qualquer norma deste Capítulo, será imposta a multa de 100 (cem)
UFMs.
CAPITULO VII
DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS, COMERCIAIS,
PRESTADORES DE SERVIÇOS E LAZER
Art. 261. Os estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços, instalados no
Município de Paranaguá, Estado do Paraná, bem como os de lazer, serão mantidos sob
rigorosos cuidados de higiene e asseio, em observância às normas deste Código e as demais
exigências estaduais e federais.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 449
SEÇÃO I
HIGIENE DOS HOTÉIS, RESTAURANTES, BARES E SIMILARES
Art. 262. Sem prejuízo das demais disposições contidas na legislação que trata da matéria, os
hotéis, restaurantes, bares e similares, obedecerão, no mínimo, o seguinte:
I. possuir talheres unicamente metálicos;
II. os talheres, louças e utensílios de cozinha, devem ser mantidos em perfeito
estado de limpeza e conservação, não podendo ficar exposto a poeira e insetos;
III. o mobiliário deve possuir tampos impermeáveis;
IV. possuir instalações sanitárias para ambos os sexos, não sendo permitida a
entrada comum;
V. no tocante aos funcionários, devem estar sempre limpos, convenientemente
trajados, de preferência uniformizados.
VI. a rouparia utilizada no hotel e restaurante pode ser substituída por tecidos
sintéticos desde que não ofereçam perigo de contaminação aos alimentos;
VII. as dependências do estabelecimento devem ser mantidas em perfeito estado de
higiene e conservação.
Art. 263. Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta a multa de 300 (trezentas)
UFMs.
SEÇÃO II
HIGIENE DOS SALÕES DE BELEZA, BARBEARIA E CONGÊNERES
Art. 264. Os salões de beleza, barbearias e estabelecimentos congêneres, obedecerão, no
mínimo o seguinte:
I. usar toalhas, golas individuais e panos que recubram as cadeiras apenas uma vez;
II. mergulhar em solução anti-séptica e lavar em água corrente os instrumentos de
trabalho;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 450
III. utilizar os uniformes rigorosamente limpos;
IV. as dependências do estabelecimento devem ser mantidas em perfeito estado de
higiene e conservação.
Art. 265. Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta a multa de 200 (duzentos)
UFMs.
SEÇÃO III
HIGIENE DAS CASAS DE CARNE E PEIXARIAS
Art. 266. As casas de carnes, os açougues e peixarias devem atender as seguintes condições:
I. ter balcão com tampo de aço inoxidável, mármore ou fórmica;
II. utilizar utensílios de manipulação, ferramentas e instrumentos de corte feitos de
material apropriado e conservado em rigoroso estado de limpeza;
III. não fazer uso de lâmpadas coloridas na iluminação artificial;
IV. os móveis de madeira devem ter revestimento impermeável;
V. manter o estabelecimento em perfeito estado de asseio e limpeza;
VI. os funcionários devem usar aventais, gorros brancos e luvas;
VII. manter coletores de lixo e resíduos com tampa a prova de moscas e roedores;
VIII. vender apenas carnes provenientes de abatedouros devidamente licenciados,
regularmente inspecionados e carimbados;
IX. as aves abatidas devem ser expostas à venda completamente limpas, livres
tanto da plumagem como das vísceras e partes não comestíveis;
X. os estabelecimentos devem manter um funcionário exclusivo para o caixa.
Art. 267. Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta a multa de 200 (duzentas)
UFMs.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 451
SEÇÃO IV
HIGIENE DOS SUPERMERCADOS E SIMILARES
Art. 268. Os estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios, da modalidade de
supermercados e similares, devem observar no mínimo, o seguinte:
I. todo o supermercado e similar deve ter alvará sanitário em dia;
II. os funcionários devem ter carteira de saúde atualizada a cada ano;
III. os funcionários devem ser sadios e limpos;
IV. os funcionários devem usar uniforme adequado (guarda-pó, botas, luvas e
gorro, conforme o caso);
V. os alimentos perecíveis devem permanecer à temperatura adequada a cada caso;
VI. o estabelecimento deve estar rigorosamente limpo;
VII. só é permitido expor à venda ao consumidor, alimentos devidamente registrado no
órgão competente;
VIII. ter vestiário para uso dos funcionários;
IX. ter sanitário para ambos os sexos, rigorosamente limpos, não tendo comunicação
direta com as salas de manipulação, lavatório com água corrente, toalhas de papel
(de uso individual), recipientes com tampa para o lixo, sabonete líquido, paredes e
pisos impermeáveis de material resistente sem falhas ou rachaduras, vasos
sanitários com tampa e descarga a jato de água;
X. deve possuir recipiente próprio para coleta de lixo, de material resistente, boa
qualidade e fácil limpeza, com tampa para evitar proliferação de moscas, baratas e
roedores. Quando não houver coleta pública, o destino final do lixo deve ser
adequado, dentro das normas de saúde pública;
XI. é expressamente proibido fumar durante o serviço;
XII. deve haver sempre funcionário(s) exclusivo(s) apenas para o(s) caixa(s);
XIII. o estabelecimento deve ser dedetizado regularmente por empresa especializada.
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Art. 269. Na infração de qualquer artigo desta Seção será imposta a multa de 500 (quinhentas)
UFMs.
SEÇÃO V
HIGIENE DAS PANIFICADORAS, LANCHONETES E/OU CONFEITARIAS E SIMILARES
Art. 270. Os estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios, da modalidade de
panificadoras, lanchonetes e /ou confeitarias e similares, devem observar no mínimo, o
seguinte:
I. piso revestido por material lavável, impermeável, resistente e não corrosível;
II. paredes de material resistente, lavável, impermeável, não corrosível, em cor clara,
até 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) de altura na área de atendimento ao
público, e até o teto na área de manipulação. A faixa a partir de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros) até o teto na área de atendimento ao público, deve ser
pintada com tinta lavável, e em cor clara;
III. as salas de manipulação devem ter aberturas (portas e janelas) teladas;
IV. as chaminés devem ficar no mínimo 5m (cinco metros) acima da cumeeira, num
raio de 50 m (cinqüenta metros);
V. os fornos não devem produzir fumaça aos compartimentos de trabalho;
VI. os fornos, as caldeiras e as máquinas devem ser instalados em
compartimentos especiais a 0,50 m (cinqüenta centímetros) das paredes próximas.
VII. não se permite construção alguma sobre fornos, a não ser a cobertura para protegê-
los;
VIII. ter depósito ou local diferenciado, adequado para armazenamento de combustível,
nos estabelecimentos que lidam com carvão, lenha, gás e similares;
IX. ter depósito especial para farinhas, açúcar e outros, com pisos e paredes
impermeabilizadas e protegidas de insetos e animais, com telas, estrados e
aberturas especiais;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 453
X. é obrigatório o emprego de amassadeiras mecânicas;
XI. a secagem dos produtos será levada a efeito em ambiente e equipamento
adequado e protegido;
XII. o preparo das massas, doces, salgados e demais produtos será, sempre que
possível, realizado por processo mecânico, evitando ao máximo o uso das mãos;
XIII. todos os aparelhos e utensílios de trabalho serão de material inócuo, inatacável e de
fácil limpeza;
XIV. os equipamentos estarão sempre em boas condições de higiene;
XV. o produto pronto para uso deve ficar abrigado de contaminação exterior;
XVI. as embalagens a serem utilizadas devem estar protegidas da poeira, insetos,
animais e serem registradas no órgão competente;
XVII. é obrigatório o uso de estilete inoxidável, não se permitindo, em hipótese alguma, o
emprego de qualquer outro material, sobremodo os comumente encontrados,
rústicos, perigosos e sem higiene;
XVIII. só é permitido o uso de aditivos intencionais previstos na Legislação Sanitária
Federal;
XIX. a manipulação dos produtos prontos para o consumo, na impossibilidade do uso de
pegadores inox, será feita com as mãos protegidas por luvas de material aprovado
pelo Serviço de Fiscalização de Alimentos Federal.
Art. 271. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa de 200 (duzentas)
UFMs.
SEÇÃO VI
HIGIENE DOS HOSPITAIS, CASAS DE SAÚDE E MATERNIDADES
Art. 272. Nos Hospitais, Casas de Saúde e Maternidades, além das disposições em geral deste
Código, do Código de obras e edificações e das legislações Federal e Estadual específicas,
que lhes forem aplicáveis é obrigatório:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 454
I. a existência de depósito para roupa servida;
II. a existência de uma lavanderia com água quente com instalação de esterilizador;
III. a esterilização de louças, talheres e utensílios diversos;
IV. a desinfeção de colchões, travesseiros, lençóis e cobertores;
V. a instalação de necrotério;
VI . processo especial para eliminação de lixo hospitalar;
VII. a manutenção da cozinha, copa e despensa devidamente asseada e em
condições de completa higiene.
Art. 273. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa de 300 (trezentas)
UFMs.
SEÇÃO VII
DAS ESCOLAS E CRECHES
Art. 274. Em todas as Escolas e Creches do Município de Paranaguá deve ser observado no
mínimo o seguinte:
I. as salas de aula devem ser mantidas rigorosamente limpas e asseadas, possuir
boa iluminação natural e ter dimensões compatíveis com o número de alunos;
II. o estabelecimento deve possuir sanitários, que deverão ser mantidos
rigorosamente limpos, separados para ambos os sexos, sendo que o número de
sanitários deve ser compatível com o número de alunos da escola, de acordo com o
estabelecido pelo Código de Obras e Edificações;
III. devem ser tomadas medidas que tornem os pátios absolutamente seguros com
relação ao trânsito das ruas adjacentes, nos estabelecimentos pré-escolares e de 1º
grau;
IV. as escolas deverão ser dotadas de recipientes para depósito de lixo no seu pátio
interno;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 455
V. nas cozinhas, onde é preparada a merenda escolar, deve ser observada a
máxima higiene;
VI. as cozinheiras utilizarão uniformes, gorros e luvas.
Art. 275. Aplicam-se às Escolas e Creches, ainda, no que couber, as disposições determinadas
pelo Código de Obras e Edificações e pela Secretaria de Educação.
Art. 276. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa de 200 (duzentas)
UFMs.
SEÇÃO VIII
DAS PISCINAS
Art. 277. As piscinas de natação devem obedecer as seguintes prescrições:
I. todo o freqüentador é obrigado ao banho prévio de chuveiro;
II. no trajeto entre o chuveiro e a piscina será necessária a passagem do banhista
por um lava-pés, provido de água corrente, situado de modo a reduzir ao mínimo o
espaço a ser percorrido para atingir a piscina após o trânsito pelo lava-pés;
III. o equipamento da piscina deve assegurar perfeita e uniforme circulação,
filtragem e purificação da água.
Art. 278. A água das piscinas deve ser convenientemente tratada contra algas, fungos e
outros.
Parágrafo único. As piscinas que recebem continuamente água de boa qualidade e
cuja renovação total se realiza em tempo inferior a 12 (doze) horas, podem ser
dispensadas das exigências deste artigo, a critério da Municipalidade.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 456
Art. 279. Em todas as piscinas é obrigatório o registro diário das operações de tratamento e
controle.
Art. 280. Os freqüentadores das piscinas devem ser submetidos a exames médicos pelo
menos uma vez por ano.
Parágrafo único. As piscinas públicas são obrigadas a dispor de salva-vidas durante
todo o horário de funcionamento.
Art. 281. Para uso dos banhistas, devem existir vestiários para ambos os sexos, com chuveiros
e instalações sanitárias adequadas.
Art. 282. Nenhuma piscina pode ser usada quando suas águas forem julgadas poluídas pela
autoridade sanitária competente, que fará vistorias trimestrais.
Art. 283. Das exigências desta Seção, salvo em relação ao artigo anterior, ficam excluídas as
piscinas das residências particulares, quando para uso exclusivo de seus proprietários e
pessoas de suas relações.
Art. 284. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa de 200 (duzentas)
UFMs.
TÍTULO VIII
DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Art. 285. O horário de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais, prestação
de serviços e de crédito, obedecerá aos horários estipulados neste Capítulo, observadas as
normas da Legislação Federal do Trabalho vigente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 457
Art. 286. Estão sujeitos a horários especiais:
I. de 0 a 24:00h, nos dias úteis, domingos e feriados:
a) postos de gasolina;
b) hotéis e similares;
c) hospitais e similares;
d) farmácias de plantão, conforme escala estabelecida por Decreto do Chefe do
Poder Executivo Municipal.
II. de 06:00 às 22:00h, nos dias úteis, domingos e feriados:
a) padarias;
b) mercearias;
c) casas de carnes e peixarias;
III. de 07:30h às 20:00h, de segunda a sexta-feira e, das 7:30h às 12:00h, nos
sábados:
a) farmácias que não estiverem de plantão.
IV. das 08:00h às 21:00h, de segunda a domingo e feriados:
a) supermercados e lojas de artesanato;
IV. funcionamento livre:
a) indústrias;
b) restaurantes, sorveterias, confeitarias, bares, cafés e similares;
c) bancas de revistas;
d) casas de dança e casas de diversão pública;
§ 1º As farmácias, quando fechadas, poderão em caso de urgência, atender o
público a qualquer hora do dia ou da noite.
§ 2º As farmácias que não estiverem de plantão deverão afixar à porta, após o
horário de funcionamento estabelecido no inciso III deste artigo, uma placa com
indicação do estabelecimento plantonista.
Art. 287. Outros ramos do comércio ou prestadores de serviços que exploram atividades não
previstas neste Capítulo, que necessitem funcionar em horário especial deverão requerê-los a
Municipalidade.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 458
Art. 288. Em casos excepcionais, obedecido o interesse público, o Chefe do Poder Executivo
poderá conceder licenças extraordinárias a estabelecimentos e atividades, alterando por
decreto o horário normal de funcionamento.
Parágrafo único. Fora do horário normal, os estabelecimentos que funcionarem
com as licenças extraordinárias, somente poderão vender mercadorias pertencentes
ao ramo do comércio, conforme sua licença de localização.
Art. 289. Toda operação de carga e descarga realizada no Município de Paranaguá, seja por
particulares, estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviço, fica sujeita à
regulamentação específica da Municipalidade.
TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 290. As infrações caracterizadas por lei como infrações sanitárias constituem exceção a
este Código e serão tratadas pelo órgão sanitário municipal competente em processo próprio e
em conformidade com o disposto na Legislação Sanitária Federal, Estadual e Municipal.
Parágrafo único. As penalidades referentes às infrações sanitárias são de
competência exclusiva do órgão sanitário municipal.
Art. 291. As normas relativas à cobrança de taxas de qualquer tipo de serviços prestados pela
Municipalidade ou terceiros contratados pelo mesmo, regulamentações referentes aos
transportes coletivos urbanos, administração dos cemitérios, táxis e outros, serão objeto de leis
ordinárias específicas.
Art. 292. Este Código entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as
disposições em contrário.
Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 459
7 CÓDIGO AMBIENTAL – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 460
CÓDIGO AMBIENTAL
A Constituição Federal em seu artigo 23, combinado com o artigo 30, incisos I e II,
atribui aos municípios a competência comum de proteger o meio ambiente, preservando as
florestas, a fauna, a flora, as obras, os monumentos, as paisagens notáveis, os sítios
arqueológicos e outros bens, assim como legislar sobre assuntos de interesse local, atendendo
suas peculiaridades.
Cabe ressaltar que os municípios possuem a competência plena de legislar sobre o que
lhes é peculiar e, no que couber, suplementar a legislação Federal e Estadual.
A necessidade de atender à desenfreada demanda de urbanização e industrialização
está exaurindo os recursos naturais e a sua insignificante renovação está acelerando os
problemas causados pela poluição do meio ambiente.
Nos centros urbanos, a mentalidade preservacionista parece limitada à genérica
legislação vigente. Poucos municípios adotam leis específicas para a preservação de suas
áreas verdes. Uns por desconhecimento, outros por relegarem a questão a um plano inferior.
Paranaguá, hoje, alcançou dimensões que a classificam como uma cidade de porte
médio e se situa entre as maiores do Estado do Paraná, além de citar a presença do Porto de
Paranaguá que sofre influência direta de todo o Estado do Paraná e Estados vizinhos. Em
razão dessas características e de como se procedeu ao desenvolvimento nas últimas décadas,
sente-se a necessidade de dotar a cidade da legislação ambiental, para que possa haver o
crescimento ordenado e causando o menor impacto possível ao meio.
Este Código contém medidas que disciplinam o uso dos recursos ambientais, de
maneira a trazer melhores benefícios aos seres vivos e a melhoria da qualidade de vida da
população.
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Dispõe sobre o Código Ambiental do
Município de Paranaguá.
TÍTULO I
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Com base nos artigos 30 e 225 da Constituição Federal, no Plano Diretor do
Município, no Estatuto da Cidade e no Estatuto da Terra, este Código tem como finalidade,
respeitadas as competências da União e do Estado do Paraná, regulamentar as ações do
Poder Público Municipal e a sua relação com a coletividade na conservação, defesa, melhoria,
recuperação e controle do meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida para as presentes e futuras gerações, e estabelecer
normas para a administração, proteção e controle do Patrimônio Ambiental, da qualidade do
meio ambiente e do desenvolvimento sustentável do Município de Paranaguá.
§ 1º. Os dispositivos desta lei e das demais normas municipais, bem com das normas
federais e estaduais, quando aplicados no Município de Paranaguá, interpretam-se
sistematicamente e, sempre, em favor da proteção ao meio ambiente.
§ 2º. Em caso de dúvida ou divergência na interpretação de qualquer dos dispositivos
deste Código e das demais normas ambientais federais e estaduais, a Administração Pública
Municipal e o CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, deverão adotar a interpretação
mais favorável ao meio ambiente.
Art. 2º - Para o estabelecimento da política ambiental, além do disposto na Lei do Plano
Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá, serão observados, ainda, os seguintes
princípios e conceitos fundamentais:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 462
I – o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e a obrigação de defendê-
lo, preservá-lo e recuperá-lo para as presentes e futuras gerações;
II – promoção do desenvolvimento integral do ser humano;
III – princípios de Direito Ambiental Internacional não conflitante com o ordenamento jurídico
brasileiro;
IV – planejamento e racionalização do uso do Patrimônio Ambiental;
V – imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos
causados e, internalizar as externalidades, sem prejuízo das demais sanções.
VI – imposição ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais para fins
econômicos;
VII – democratização e caráter público das informações relativas ao meio ambiente.
VIII – multidisciplinariedade no trato das questões ambientais;
IX – participação comunitária na preservação, conservação e defesa do ambiente;
X – integração com as políticas ambientais nacional, estadual, regionais, setoriais e demais
ações do governo;
XI – manutenção do equilíbrio ecológico;
XII – racionalização do uso do solo, água, ar e dos recursos energéticos e minerais;
XIII – planejamento e fiscalização do uso dos recursos naturais;
XIV – controle e zoneamento das atividades potencialmente ou efetivamente poluidoras;
XV – proteção dos ecossistemas, com a preservação e manutenção de áreas representativas;
XVI – incentivo ao estudo científico e tecnológico direcionado ao uso e proteção do Patrimônio
Ambiental;
XVII – prevalência do interesse público;
XVIII - o controle da produção, da extração, da comercialização, do transporte e do emprego de
materiais, bens e serviços, métodos e técnicas que comportem risco para a vida ou
comprometam a qualidade de vida e o meio ambiente;
XIX – a educação ambiental na sociedade, visando ao conhecimento da realidade, o exercício
da cidadania e a adoção de mecanismos de estímulo destinados a conduzir o cidadão à
melhor prática ambiental;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 463
XX – atuação autônoma do poder municipal nas atribuições compatíveis com o interesse
ambiental local;
XXI – o gerenciamento da utilização adequada do Patrimônio Ambiental, baseada na ação
conjunta do Poder Público e da coletividade, visando proteger, conservar e recuperar a
qualidade ambiental propícia à vida, garantindo o desenvolvimento sustentável;
XXII – a prevenção dos danos e degradações ambientais, através da adoção de medidas que
neutralizem ou minimizem, para níveis tecnicamente seguros, os efeitos desejados;
XXIII – a organização e utilização adequada do solo urbano e rural, objetivando compatibilizar
sua ocupação com as condições exigidas para a recuperação, conservação e melhoria
da qualidade ambiental;
XXIV – proteção dos ecossistemas, das unidades de conservação, da fauna e da flora;
XXV – realização de planejamento e zoneamento ambientais, bem como o controle e
fiscalização das atividades potencial ou efetivamente degradadora;
XXVI – promoção de estímulos e incentivos às ações que visem à proteção, manutenção e
recuperação do meio ambiente;
XXVII – articulação, coordenação e integração da ação pública entre os órgãos e entidades do
Município com os dos demais níveis de governo e municípios que compõe a região
litorânea do Estado do Paraná, bem como a realização de parcerias com o setor privado
e organizações da sociedade civil e não governamental, visando à preservação,
conservação e recuperação do meio ambiente;
Parágrafo Único. Para os efeitos desta lei, além dos citados no parágrafo anterior, são
adotados os seguintes conceitos:
I – Agenda 21 local: processo participativo multi setorial de construção de um programa de
ação estratégico, dirigido às questões prioritárias para o desenvolvimento sustentável local,
que impliquem mudanças no atual padrão de desenvolvimento e que integre as dimensões
socioeconômicas, político-institucionais, culturais e ambientais da sustentabilidade;
II – Ambiente: soma dos inúmeros fatores que influenciam a vida dos seres vivos, considerado
sinônimo de ambiência;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 464
III – Área de aterro: área cuja característica física e destinação permita a deposição de forma
controlada de resíduos sólidos inertes, terra e/ou entulho, excedente de serviços de
terraplenagem e/ou demolição;
IV – Auditoria ambiental: instrumento de controle previsto na legislação ambiental; exame
periódico e ordenado dos aspectos normativos, técnicos e administrativos relativos às
atividades de um empreendimento capaz de provocar efeitos prejudiciais ao meio
ambiente; instrumento complementar nos processos de certificação de qualidade;
V – Avaliação de impacto ambiental: processo de avaliação dos impactos ecológicos,
econômicos e sociais que podem advir da implantação de atividades antrópicas e de
monitoramento e controle desses efeitos pelo poder público e pela sociedade;
VI – Bacia hidrográfica: área limitada por divisores de água, dentro da qual são drenados os
recursos hídricos, através de um curso de água, como um rio e seus afluentes. A área
física, assim delimitada, constitui-se em importante unidade de planejamento e de
execução de atividades sócio-econômicas, ambientais, culturais e educativas;
VII – Biodiversidade: a variedade de vida existente no planeta, seja terra ou água;
VIII – Bioma: comunidade principal de plantas e animais associada a uma zona de vida ou
região com condições ambientais, principalmente climáticas, estáveis;
IX – Biota: conjunto dos componentes vivos de um ecossistema. Todas as espécies de plantas
e animais existentes dentro de uma determinada área;
X – Conservação: ação de reunir atividades de preservação, manutenção, utilização
sustentada, restauração e melhoria do meio ambiente, de forma a produzir o maior
benefício sustentado para as gerações atuais e, ao mesmo tempo, manter sua
potencialidade para satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras e a
sobrevivência das espécies vegetais e animais e de seu ambiente natural;
XI – Contaminação: introdução, no meio, de elementos em concentrações nocivas à saúde
humana, tais como: organismos patogênicos e substâncias tóxicas ou radioativas;
XII – Controle ambiental: conjunto de ações tomadas, visando a manter em níveis satisfatórios
as condições do ambiente. O termo pode também se referir à atuação do Poder Público
na orientação, correção, fiscalização e monitoração ambiental de acordo com as
diretrizes administrativas e as leis em vigor;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 465
XIII – Degradação ambiental: processo gradual de alteração negativa do ambiente, resultante
de atividades humanas; esgotamento ou destruição de todos ou da maior parte dos
elementos de um determinado ambiente; destruição de um determinado ambiente;
destruição de um recurso potencialmente renovável; o mesmo que devastação
ambiental;
XIV – Desenvolvimento sustentado: desenvolvimento que possibilita a gestão do
desenvolvimento, da utilização e da proteção dos recursos naturais, segundo os
padrões nacionais ou internacionais, em ritmos e nos limites que permitam à população
presente assegurar seu bem-estar sócio-econômico e cultural, de forma a garantir a
preservação desses recursos também para as futuras gerações - é a proteção e a
recuperação da função de sustento vital do ar, da água, do solo e dos ecossistemas
naturais e construídos, visando evitar, atenuar e mitigar todo efeito prejudicial das
atividades que afetem o meio ambiente;
XV – Distúrbio por vibração: qualquer ruído ou vibração que ponha em perigo ou prejudique a
saúde, o sossego e o bem-estar públicos, cause danos de qualquer natureza às
propriedades públicas ou privadas ou pssa ser considerado incômodo;
XVI – Ecossistema: ambiente em que há a troca de energia entre o meio e seus habitantes;
XVII – Educação ambiental: todo o processo educativo, que utiliza metodologias diversas,
alicerçadas em base científica, com objetivo de formar indivíduos capacitados a
analisar, compreender e julgar problemas ambientais, na busca de soluções que
permitam ao homem coexistir de forma harmoniosa com a natureza;
XVIII – Estação de separação e reciclagem: local onde se efetua a seleção, mecânica ou
manual, armazenamento e comercialização dos resíduos potencialmente re-
aproveitáveis comercialmente;
XIX – Estudo de Impacto Ambiental: mecanismo administrativo preventivo e obrigatório de
planejamento, visando à preservação da qualidade ambiental; exigido como condição
de licenciamento em obras, atividades ou empreendimentos potencialmente causadores
de significativa degradação ambiental; deve ser executado por equipe multidisciplinar e
apresentado à população afetada ou interessada, mediante audiência pública; previsto
na Constituição Federal, na Lei n.° 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente) e
regulamentado pela Resolução CONAMA 001/86;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 466
XX – Fauna: conjunto dos animais que vivem em um determinado ambiente, região ou época.
A existência e conservação da fauna estão vinculadas à conservação dos respectivos
habitats;
XXI – Flora: a totalidade das espécies vegetais que compreende a vegetação de uma
determinada região, sem qualquer expressão de importância individual. Compreende
também as algas e fitoplânctons marinhos flutuantes. A flora se organiza geralmente
em estratos, que determinam formações específicas como campos e pradarias,
savanas e estepes, bosques e florestas e outros;
XXII – Gestão ambiental: ação integrada do poder público e da sociedade, visando à
otimização do uso dos recursos naturais de forma sustentável, tomando por base a
sua recuperação;
XXIII – Impacto ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas
do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, diretamente, afetem a saúde, a segurança, o bem estar da
população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais;
XXIV – Incômodo à vizinhança, desconforto ou perturbação do sossego público: emissão de
sons, odores ou resíduos produzidos, direta ou indiretamente, por animal, criatório,
máquinas, equipamentos elétricos ou eletrônicos, música ao vivo e qualquer outra
espécie de atividade, eventual ou não, dentro da área urbana;
XXV – Instrumentos publicitários: aqueles veiculados por meio de elementos de comunicação
visual e sonora, fixos e móveis, referentes à apresentação de produtos e serviços
(letreiros, anúncios, out-doors, back-lights, front-lights, multimídia e outros)
veiculados em logradouros públicos ou particulares, em locais visíveis ou expostos
ao público;
XXVI – Jardins botânicos: unidades de conservação que visam à preservação e propagação de
espécies da flora e também à educação do público visitante dessas áreas. Atuam na
manutenção dos processos ecológicos e sistemas vitais essenciais, preservação da
diversidade genética e apoio à utilização sustentável das espécies vegetais e dos
ecossistemas nos quais ocorrem;
XXVII – Licenciamento ambiental: instrumento de política e gestão ambiental de caráter
preventivo. Conjunto de leis, normas técnicas e procedimentos administrativos que
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 467
consubstanciam, na forma de licenças, as obrigações e responsabilidades do Poder
Público e dos empresários, com vistas à autorização para implantar, ampliar ou
iniciar a operação de qualquer empreendimento potencial ou efetivamente capaz de
causar alterações no meio ambiente, promovendo sua implantação de acordo com
os princípios do desenvolvimento sustentável;
XXVIII – Manancial: qualquer extensão de água, superficial ou subterrânea, utilizada para
abastecimento humano, industrial, animal ou irrigação;
XXIX – Manejo: programa de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais, baseado em
teorias ecológicas que contemplem a manutenção da biodiversidade e o aumento da
produção de insumos necessários à vida na região (produção agrícola, energética,
pecuária), além de propiciar o conhecimento científico, o planejamento, a
manipulação, o consumo e o controle de um determinado recurso;
XXX – Matas ciliares: mata das margens dos rios, lagos, represas, córregos e nascentes;
XXXI – Meio ambiente: tudo aquilo que cerca ou envolve os seres vivos e as coisas, incluindo o
meio social-cultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados
pelo ser humano;
XXXII – Mobiliário urbano: conjunto de elementos de micro-escala arquitetônica, integrantes do
espaço urbano, de natureza utilitária ou não, implantados em espaços públicos e/ou
privados, compreendendo os sistemas de circulação e transporte, cultural, esportivo,
de lazer e de infra-estrutura urbana (comunicações, energia e iluminação pública,
saneamento, segurança, comércio, informação e comunicação visual e sonora,
ornamentação e sinalização urbana);
XXXIII – Monitoramento ambiental: acompanhamento, através de análises qualitativas e
quantitativas, de um recurso natural, com vista ao conhecimento das suas condições
ao longo do tempo;
XXXIV – Nascente: local onde se verifica o aparecimento de água por afloramento do lençol
freático;
XXXV – Obra: realização de ações sobre terreno que impliquem alteração do seu estado físico
original, agregando-se ou não, a ele, uma edificação;
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XXXVI – Paisagem: parte do espaço apreendida visualmente; resultado da combinação
dinâmica de elementos físico-químicos, biológicos e antropológicos que, em mútua
dependência, geram um conjunto único e indissociável em permanente evolução;
XXXVII – Passivo ambiental: custos e responsabilidades civis geradoras de dispêndios
referentes às atividades de adequação de um empreendimento aos requisitos da
legislação ambiental e à compensação de danos ambientais;
XXXVIII – Patrimônio Ambiental: conjunto de recursos naturais e artificiais, renováveis ou não,
disponíveis no meio ambiente;
XXXIX – Plano de Destinação e Deposição de Resíduos Urbanos: previsão de disposição dos
resíduos gerados ou recebidos pela atividade, elaborado sob responsabilidade
técnica de profissional habilitado, documento a ser emitido pela SEMMA no processo
de licenciamento ambiental;
XL – Poluentes: detritos sólidos, líquidos ou gasosos nocivos à saúde, de origem natural ou
industrializado, que são lançados no ar, na água ou no solo;
XLI – Poluição: qualquer interferência prejudicial aos usos preponderantes das águas, do ar e
do solo, previamente estabelecidos;
XLII – Poluição sonora: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou
nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar público ou transgrida as disposições
fixadas na norma competente;
XLIII – Preservação: cuidar da sobrevivência das espécies de organismos vivos, animais e
vegetais;
XLIV – Proprietário: o detentor do título de propriedade ou do direito real de uso do terreno e
seus sucessores a qualquer título;
XLV – Qualidade da paisagem urbana: grau de excelência das suas características espaciais,
visíveis e perceptíveis; valor intrínseco decorrente de seus atributos e de sua utilização
e que implica no controle de fontes de impactos ambientais, na presença,
acessibilidade e visibilidade dos espaços livres e de áreas verdes e no contato com o
meio ambiente urbano;
XLVI – Reciclagem: obtenção de materiais a partir de resíduos, introduzindo-os de novo no
ciclo da reutilização, com a finalidade de reduzir o lixo industrial e doméstico;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 469
XLVII – Recuperação: ato de intervir num ecossistema degradado, visando ao resgate das
suas condições naturais;
XLVIII – Recursos naturais: denominação que se dá à totalidade das riquezas materiais que se
encontram em estado natural, como florestas e reservas minerais;
XLIX – Responsável técnico: técnico habilitado para exercício profissional, pelo órgão
fiscalizador federal, identificado na Prefeitura como autor do projeto ou responsável
técnico pela obra;
L – RIMA: Relatório de Impacto Ambiental: documento que apresenta os resultados dos
estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental; resume o Estudo Prévio
de Impacto (EIA) e deve esclarecer todos os elementos do projeto em estudo, de modo
compreensível aos leigos, para que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos
sociais interessados e por todas as instituições envolvidas na tomada de decisão;
LI – Ruídos: qualquer som que cause ou possa causar perturbações ao sossego público ou
produzir efeitos psicológicos ou fisiológicos negativos em seres humanos;
LII – Sítios significativos: espaços, bens e imóveis, públicos ou privados, de interesse
paisagístico, cultural, turístico, arquitetônico, ambiental ou de consagração popular,
tombado ou não;
LIII – Som: fenômeno físico provocado pela propagação de vibrações mecânicas em um meio
elástico, dentro da faixa de freqüência de 16 Hz a 20 kHz e passível de excitar o
aparelho auditivo humano;
LIV – Vibração: oscilação ou movimento mecânico alternado de um sistema elástico,
transmitido pelo solo por um meio qualquer;
LV – Zona sensível a ruídos: áreas situadas no entorno de hospitais, escolas, creches,
unidades de saúde, bibliotecas, asilos e área de preservação ambiental;
LVI – Zoneamento Ecológico Econômico: zoneamento que inclui planejamentos racionais,
técnicos, econômicos, sociais e ambientais do uso do solo;
Art. 3º. Compete ao Poder Público Municipal elaborar e implementar a política municipal
de defesa do meio ambiente, mediante conciliação da Administração Pública Local, Estadual e
Federal.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 470
Parágrafo Único.Para o cumprimento desta Lei, o Poder Executivo Municipal pode firmar
convênio com quaisquer organismos públicos ou privados, visando à solução dos problemas
comuns de saneamento básico, conservação e preservação dos recursos naturais.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
Art. 4º. São objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente, além dos definidos pela Lei
do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá, os seguintes:
I – normatização, no território municipal, da utilização dos recursos ambientais de
interesse local;
I - manter a fiscalização permanente do Patrimônio Ambiental, visando à garantia da
qualidade de vida e ao equilíbrio ecológico;
II – formular novas técnicas, estabelecendo padrões de proteção, conservação e
melhoria do meio ambiente e incentivando o desenvolvimento de tecnologia apropriada de
reciclagem;
III – dotar o município de infra-estrutura material e quadros funcionais adequados e
qualificados para a administração do meio ambiente;
IV – estabelecer as áreas prioritárias, a fim de promover a melhoria da qualidade de
vida e o equilíbrio ecológico;
V – planejar o uso dos recursos naturais, compatibilizando o desenvolvimento
econômico-social com a proteção dos ecossistemas;
VI – controlar as atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VII – promover a pesquisa e a conscientização da população sobre o meio ambiente em
que vive;
VIII – coletar, catalogar e colocar à disposição de todo e qualquer cidadão,
independentemente de formalidades, todos os dados e informações sobre a qualidade do
Patrimônio Ambiental e a qualidade de vida no município;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 471
IX – impor ao degradador e/ou ao poluidor do meio ambiente a obrigação de recuperar
ou indenizar os danos causados.
X – integração com demais políticas setoriais da União, Estado, Município e região
litorânea;
XI – implementar e fomentar a educação ambiental no âmbito municipal;
CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA
Art. 5º - Ao Município de Paranaguá, no exercício de sua competência constitucional
relacionada ao meio ambiente, incumbe mobilizar e coordenar suas ações, recursos humanos,
financeiros, materiais, técnicos e científicos, bem como a participação da população na
consecução dos objetivos e interesses estabelecidos nesta Lei.
CAPÍTULO IV
DA ESTRUTURA DO SISTEMA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
Seção I
Da Estrutura
Art 6º A estrutura do Sistema Municipal do Ambiente é formada por um Órgão Executivo,
a SEMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por um Órgão Colegiado, o COMDEMA –
Conselho de Defesa do Meio Ambiente; Procuradoria Ambiental e a Guarda Florestal
Municipal;
Parágrafo único. Integram o Sistema Municipal do Ambiente, os demais órgãos e
entidades públicas e privadas voltados para a conservação, a defesa, a melhoria, a
recuperação e o controle do meio ambiente e para o uso adequado dos recursos ambientais,
com os quais o Município de Paranaguá tenha convênio, consoante o disposto neste Código.
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Seção II
Do Órgão Executivo
Art. 7º. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente é o órgão de coordenação, controle e
execução da política municipal de meio ambiente, com as atribuições e competências definidas
nesta Lei, além de outras competências atribuídas pelo Executivo Municipal e COMDEMA,
definidas por meio de regulamento.
Art. 8º. São atribuições da SEMMA:
I – propor, executar e fiscalizar, direta ou indiretamente, a política ambiental do Município de
Paranaguá.
II - articular-se com organismos federais, estaduais, municipais e organizações não-
governamentais (ONGs), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP),
com a finalidade de garantir a execução integrada da Política Municipal de Meio Ambiente;
III – participar, no que couber e quando solicitado, do planejamento de políticas públicas do
Município;
IV – elaborar o Plano de Ação de Meio Ambiente e a respectiva proposta orçamentária;
V – coordenar, supervisionar e fiscalizar os planos, programas, projetos e atividades de
preservação, proteção, conservação, controle e uso de recursos ambientais no Município;
VI – atuar, em caráter permanente, na preservação, proteção, conservação e controle de
recursos ambientais e na recuperação de áreas e recursos ambientais poluídos ou
degradados;
VII – exercer o controle e a fiscalização das atividades e empreendimentos utilizadores de
recursos ambientais ou considerados, efetiva ou potencialmente, poluidores, bem como,
sob qualquer forma, capazes de causar degradação ambiental;
VIII – propor, em articulação com os demais órgãos e entidades afins e competentes do
SISNAMA e do Poder Público Municipal, normas e critérios de aplicação e
complementação do Zoneamento Ecológico Econômico;
IX – propor a criação e gerenciar as unidades de conservação, implementando os planos de
manejo;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 473
X – determinar a realização de estudos ambientais;
XI – manifestar-se, mediante estudos e pareceres técnicos, sobre questões de interesse
ambiental do Município;
XII – controlar a utilização de produtos químicos em atividades agrossilvopastoris, industriais e
prestação de serviço;
XIII – participar da elaboração de planos de ocupação de bacias ou sub-bacias hidrográfica; do
zoneamento, e de outras atividades de uso e ocupação do solo de iniciativa de outros
organismos;
XIV – recomendar ao COMDEMA a elaboração de normas, critérios e padrões de qualidade
ambiental e de uso e manejo de recursos ambientais no Município;
XV – promover a aplicação e zelar pela observância da legislação e das normas ambientais;
XVI – homologar e fazer cumprir as decisões do COMDEMA, observada a legislação
pertinente;
XVII – coordenar a gestão do Fundo Municipal do Meio Ambiente, nos aspectos técnicos,
administrativos e financeiros, segundo as diretrizes fixadas pelo COMDEMA;
XVIII – promover as medidas administrativas e requerer as medidas judiciais cabíveis para
coibir, punir e responsabilizar os agentes poluidores e degradadores do meio
ambiente;
XIX – exercer a vigilância ambiental e o poder de polícia administrativa para condicionar e
restringir o uso e gozo dos bens, atividades e direitos, em benefício da preservação,
conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente;
XX – prestar apoio técnico, administrativo e financeiro ao COMDEMA;
XXI – apoiar as ações das organizações da sociedade civil e entidades de terceiros setor, que
tenham a questão ambiental entre seus objetivos;
XXII – promover a sensibilização pública para a proteção do meio ambiente, criando os
instrumentos adequados para a educação ambiental como processo permanente,
integrado e multidisciplinar;
XXIII – impedir as atividades realizadas no Município de Paranaguá que causem, ou que
possam causar desconforto à qualidade de vida da população e/ou ao equilíbrio
ambiental do Município, consoante à legislação específica;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 474
XXIV – emitir parecer prévio ao Órgão Estadual competente em processos de concessão de
Licença para Desmatamento no Perímetro Urbano e Rural;
XXV – emitir parecer técnico aos projetos de lei e regulamentos que tratem de matéria
ambiental;
XXVI – executar outras atividades correlatas atribuídas pela Administração Municipal;
XXVII – elaborar projetos ambientais e paisagísticos.
Seção III
Do Órgão Colegiado
Art. 9º. O Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMDEMA é o órgão, consultivo,
deliberativo e recursal da Política Municipal de Meio Ambiente.
Parágrafo único: O Poder Executivo estabelecerá por decreto a instituição e a
composição do COMDEMA, verificando a paritariedade entre as os membros, no prazo de 180
(cento e oitenta dias), a contar da publicação desta Lei.
Art. 10. São atribuições do COMDEMA:
I – participar da formulação das diretrizes da política municipal do Ambiente, com caráter global
e integrado de planos e projetos que contemplem o respectivo setor, de modo a assegurar,
em cooperação com os órgãos da Administração Direta e Indireta do Município, a
preservação, a conservação, a melhoria e a recuperação dos recursos naturais;
II – participar da elaboração, com os poderes públicos, de todo os atos legislativos e
regulamentadores concernentes ao meio ambiente;
III – estabelecer normas técnicas e padrões de proteção, conservação e melhoria do meio
ambiente, observadas as legislações federal, estadual e municipal;
IV – propor aos executivos as áreas prioritárias de ação governamental relativa ao meio
ambiente, visando à melhoria da qualidade ambiental do Município;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 475
V – opinar sobre a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências
ambientais de projetos públicos e privados, requisitando das entidades envolvidas as
informações necessárias;
VI – desenvolver, pelos meios necessários, ação educacional que sensibilize a sociedade
quanto ao dever de defesa e preservação/conservação do meio ambiente;
VII – decidir, em grau de recurso, como segunda e última instância administrativa, sobre as
multas e outras penalidades impostas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
IX – Aprovar e determinar a forma de aplicação dos recursos do Fundo Municipal do Meio
Ambiente;
X – formular e aprovar o seu Regimento Interno no prazo de 180 (cento e oitenta dias);
XI – convidar técnicos, devidamente habilitados nos respectivos órgãos de classe, para
prestarem assessoria ou comporem as Câmaras Técnicas do COMDEMA, na qualidade
de conselheiros ad hoc sem direito a voto;
XII – aprovar a política ambiental do município e acompanhar a sua execução, tomando as
medidas que a assegure quando entender necessárias.
Art. 11. Todos os recursos humanos e materiais necessários ao funcionamento do
COMDEMA serão fornecidos pela Prefeitura Municipal de Paranaguá, por meio de rubrica
própria que constará do orçamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Parágrafo Único. O Executivo Municipal deverá, por meio de ato competente, promover
as aquisições necessárias à instalação física do COMDEMA e a regular viabilidade de suas
atividades.
Art. 12. Os atos do COMDEMA são de domínio público e deverão ser obrigatórios e
amplamente divulgados.
Art. 13. Os integrantes do COMDEMA não receberão qualquer espécie de remuneração,
sendo sua participação no referido conselho considerado de relevante interesse público.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 476
Seção IV
Da Procuradoria Ambiental
Art. 14. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente manterá setor especializado em tutelas
ambientais, defesas de interesses difusos, do patrimônio histórico, culturais, paisagísticos,
arquitetônicos e urbanísticos, como forma de apoio técnico-jurídico à implementação dos
objetivos desta lei e demais normas ambientais vigentes.
Art. 15. Caberá a Procuradoria Ambiental julgar as defesas administrativas apresentadas
em face das sanções administrativas ambientais aplicadas.
Seção V
Da Guarda Florestal Municipal
Art. 16. Fica criada na Guarda Municipal do Município de Paranaguá a Divisão Florestal
da Guarda, com objetivo de defesa do patrimônio ambiental, no território do município e dar
suporte a Secretaria Municipal do Meio ambiente em suas ações.
§ 1º. Compete a Guarda Florestal Municipal exercer as seguintes atividades:
I - o patrulhamento ostensivo e preventivo diuturno nas áreas de interesse ambiental
existente no Município de Paranaguá.
II - fiscalização do Patrimônio Ambiental do Município;
III - manter uma Brigada de Incêndio Florestal Urbano em condições de atuar na
prevenção e extinção de incêndios;
IV - dar suporte as ações da Secretaria do Meio Ambiente.
§ 2º. Compete aos Guardas Florestais Municipais de Paranaguá:
I - Proteger as reservas, parques, lagos, represas, e sua fauna, flora e belezas naturais;
II - Defender os rios e mananciais que abastecem a cidade, fiscalizando a incidência de
agentes poluidores para evitar prejuízo à saúde pública;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 477
III - Impedir a caça, pesca e exploração de produtos florestais sem a necessária licença
do órgão competente;
IV - Atuar os infratores, apreendendo os produtos e instrumentos utilizados na infração
de natureza administrativa e encaminhar aos órgãos públicos competentes nos casos de
crimes ambientais.
§ 3º. O destacamento de que trata este artigo, manterá um destacamento na Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, que dará suporte as atividades de fiscalização e a contenção de
incêndios urbanos, com objetivo de dar maior agilidade às suas ações uma vez que a política
municipal de meio ambiente está diretamente ligada a essa Secretaria através do SISNAMA.
§4º. O Poder Executivo Municipal deverá realizar concursos públicos para contratar
servidores municipais para desempenhar a função de Guarda Florestal Municipal e cumprir o
disposto nesse artigo.
CAPÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS
Seção I
Dos Instrumentos
Art. 17. A aplicação da Política do Meio Ambiente rege-se pelos seguintes instrumentos:
I – Planejamento Ambiental;
II – Banco de Dados Ambientais;
III – Zoneamento Ecológico Econômico;
IV – Compensação pelo Dano ou Uso de Recursos Naturais;
V – Prevenção, Controle, Monitoramento, Licenciamento, Fiscalização e Auditoria das
Atividades;
VI – Avaliação de Impactos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto
de Meio Ambiente – EIA/RIMA e Audiências Públicas;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 478
VII – A fiscalização ambiental e aplicação de sanções disciplinares administrativas e
compensatórias ao descumprimento das providências necessárias à
preservação/conservação ou recuperação de dano;
VIIII – Pesquisa e Tecnologia;
IX – Educação Ambiental;
X – Turismo Ecológico;
XI – Estímulos e incentivos com o objetivo de proteger, manter, melhorar e recuperar a
qualidade ambiental;
XII - O estabelecimento de incentivos fiscais com vistas à produção e instalação de
equipamentos e à criação ou absorção de tecnologia, voltados para melhoria da
qualidade ambiental;
XIII – Os acordos, convênios, consórcios e outros mecanismos associados de gerenciamento
de recursos ambientais;
XIV – Gestão Ambiental Regional;
XV – A Certificação Ambiental como forma de reconhecimento aos métodos, técnicas e
tecnologias de produção limpas e sustentáveis;
XVI – Os Termos de Ajustamento de Conduta (TAC’s);
XVII – Definir, na área do município, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos;
XVIII – O estabelecimento de normas, padrões, critérios e parâmetros de qualidade ambiental;
XIX – Cobrança de taxa de conservação e limpeza pela utilização de parques, praças e outros
logradouros públicos;
XX – Conselho Municipal de Meio Ambiente, Procuradoria Ambiental e a Guarda Florestal
Municipal;
XXI – Fundo Municipal do Meio Ambiente;
XXII – Cadastro Ambiental da Atividade Poluidoras e/ou degradadoras do meio ambiente.
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Seção II
Do Planejamento Ambiental
Art. 18. O Planejamento Ambiental estabelecerá as diretrizes ambientais, visando ao
desenvolvimento sustentável, sendo um processo dinâmico e permanente, baseado na
realidade local, e se realizará a partir da análise das condições do meio ambiente, natural e
construído, e das tendências econômicas e sociais.
Art. 19. Para atender às premissas estabelecidas no artigo anterior, o Planejamento
Ambiental deverá basear-se:
I – na adoção da região litorânea do Paraná como unidade físico-territorial de planejamento e
gerenciamento ambiental.
II – no diagnóstico ambiental, considerado a partir das condições do Patrimônio Ambiental e da
qualidade do meio ambiente, incluindo-se o grau de degradação dos recursos naturais, das
fontes poluidoras e do uso do solo no território do Município e das características de
desenvolvimento sócio econômico;
III – na avaliação da capacidade de suporte dos ecossistemas, indicando limites de absorção
de impactos provocados pela instalação de atividades produtivas e de obras de infra-
estrutura, bem como a capacidade de saturação resultante de todos os demais fatores
naturais e antrópicos;
IV – no Zoneamento Ecológico Econômico.
Art. 20. O Planejamento Ambiental deverá:
I – produzir subsídios para formulação e reformulação da Política Municipal do Meio Ambiente;
II – definir as metas plurianuais a serem atingidas para a qualidade da água, do ar e do solo;
III – fixar as diretrizes e parâmetros ambientais para o uso e ocupação do solo, para a
conservação e ampliação da cobertura vegetal e para manutenção e melhoria da qualidade
das águas superficiais e subterrâneas;
IV – elaborar planos, programas e projetos de interesse ambiental;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 480
V – recomendar ações, visando ao aproveitamento sustentável do Patrimônio Ambiental;
VI – recomendar ações destinadas a articular e integrar os aspectos ambientais e o
desenvolvimento social dos planos, programas, projetos e ações desenvolvidas pelos
diferentes órgãos municipais, ou da esfera estadual e federal.
Art. 21. A coordenação da elaboração do Planejamento Ambiental cabe à Secretaria
Municipal do Meio Ambiente, que fornecerá a infra-estrutura técnica e operacional necessária,
e poderá elaborar convênios com outras instituições para sua elaboração.
Art. 22. O Planejamento Ambiental indicará os problemas ambientais, os agentes
envolvidos e identificará, sempre que possível, as soluções a serem adotadas, os prazos de
sua implementação e os recursos a serem mobilizados.
Parágrafo Único: O Planejamento Ambiental de que trata esta Seção deverá ser
aprovado pelo COMDEMA.
Seção III
Do Banco de Dados Ambiental
Art. 23. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente manterá um Banco de Dados
Ambientais, com as informações relativas ao meio ambiente no Município de Paranaguá, que
conterá o Cadastro Técnico de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, resultado de
estudos, pesquisas, ações de fiscalização, estudos de impacto ambiental, autorizações e
licenciamentos, monitoramentos, inspeções e informações geográficas.
§ 1º. É obrigatório o cadastramento das atividades poluidoras e/ou degradadoras do meio
ambiente, bem como os depósitos ou posto de revenda de produtos inflamáveis,
principalmente dos seguintes serviços e atividades:
I – firmas prestadoras de serviços sanitários;
II – usuários de matéria-prima florestal;
III – produtores, comerciantes, transportadores e outros manipuladores de produtos químicos;
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IV – prestadores de serviços de arborização e paisagismo;
V – curtumes;
VI – abatedores ou frigoríficos;
VII – depósitos e posto de revenda de GLP;
VII – depósitos e revendedores de fogos de artifício.
§ 2º. As informações disponíveis em outros órgãos municipais, estaduais e federais
poderão, também, constar deste sistema.
§ 3º. É garantido ao público, o total acesso às informações contidas no Banco de Dados
Ambientais.
Art. 24. Não constarão do Banco de Dados Ambientais as matérias protegidas por
segredo industrial ou comercial.
Seção IV
Do Zoneamento Ecológico Econômico
Art. 25. O Zoneamento Ecológico Econômico consiste na definição de áreas do território
do Município, de modo a regular atividades bem como definir ações para a proteção e melhoria
da qualidade do ambiente, em face das características ou atributos das áreas.
Art. 26. O Zoneamento Ecológico Econômico será definido por Lei Específica, integrada
ao Plano Diretor Municipal, e estabelecerá as Zonas de Proteção Ambiental, respeitados, em
qualquer caso, os princípios, objetivos e as normas gerais consagrados neste Código.
Art. 27. Fica o Executivo Municipal, autorizado a transformar as áreas do domínio público
de relevante interesse ambiental, em Unidades de Conservação de acordo com a legislação
em vigor.
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Art. 28. A alteração adversa, a redução da área ou a extinção de Unidades de
Conservação somente será possível por meio de Lei Específica, vedada qualquer utilização
que comprometa a integridade dos atributos que justifique sua proteção.
Seção V
Da Compensação pelo Dano ou Uso de Recursos Naturais
Art. 29 - Aquele que explorar recursos naturais, ou desenvolver qualquer atividade que
altere negativamente as condições ambientais fica sujeito às exigências estabelecidas pela
Secretaria Municipal do Meio Ambiente a título de compensação ambiental, tais como:
I – recuperar o meio ambiente degradado;
II – monitorar as condições ambientais, tanto da área do empreendimento como nas áreas
afetadas ou de influência;
III – desenvolver programas de educação ambiental para a comunidade local;
IV – desenvolver ações, medidas, investimentos ou doações destinadas a diminuir ou impedir
os impactos gerados;
V – adotar outras formas de intervenção que possam, mesmo em áreas diversas aquela do
impacto direto, contribuir para a manutenção ou melhoria da qualidade ambiental do
Município de Paranaguá.
Seção VI
Do Monitoramento Ambiental
Art 30. Monitoramento ambiental é o acompanhamento da qualidade e disponibilidade
dos recursos ambientais, com o objetivo de:
I - aferir o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e aos padrões de emissão;
II - controlar o uso e a exploração de recursos ambientais;
III - avaliar os efeitos de planos, políticas e programas de gestão ambiental e de
desenvolvimento econômico social;
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IV - acompanhar o estágio populacional de espécies de fauna e flora, especialmente as
ameaçadas de extinção e em extinção;
V - subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais em casos de acidentes ou episódios
críticos de poluição;
VI - acompanhar e avaliar a recuperação de ecossistemas ou áreas degradadas;
VII - subsidiar a tomada de decisão quanto à necessidade de auditoria ambiental.
Seção VII
Do Licenciamento Ambiental Municipal
Art. 31 - As atividades impactantes ao meio ambiente local, seja pela utilização de
recursos naturais, seja pelas transformações produzidas no meio, serão objeto de prévio
parecer da Secretaria Municipal do Ambiente, a ser dirigido ao órgão estadual competente nos
processos de licenciamento ambiental.
Parágrafo Único. Para exercer o disposto neste artigo a Prefeitura Municipal deverá
firmar convênio específico com o órgão ambiental estadual competente.
Seção VIII
Da Certidão Negativa de Débito Ambiental
Art. 32. A prova de quitação de multas, do cumprimento das medidas de prevenção, e,
outras obrigações referentes ao meio ambiente assumidas perante o Poder Público Municipal
serão feitas através de Certidão Negativa de Débito Ambiental – CNDA, expedida pela SEMMA
mediante requerimento do interessado.
§ 1º. A expedição de Certidão Negativa não impede a cobrança de débitos anteriores.
§ 2º. O SEMMA firmará convênio com os Órgãos Estaduais do Meio Ambiente com
objetivo agilizar informações da existência ou não de infrações, cometidas pelo interessado em
obter Certidão Negativa, ou poderá consultar estes órgãos através de ofício.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 484
§ 3º. Quando ocorrer a comprovação de infrações e/ou reincidências de que trata o artigo
anterior, não será concedida Certidão Negativa.
§ 4º. A Certidão Negativa de Débito Ambiental (CNDA) terá validade de 30 dias a contar
da data de expedição da mesma.
§ 5º. A inscrição para participação em concorrências coletas ou tomadas de preços, a
celebração de contratos ou termos de qualquer natureza ou a transação a qualquer título com a
administração pública municipal, direta ou indireta, inclusive com empresas públicas e
sociedades de economia mista, bem como, o recebimento de quaisquer quantias e/ou créditos,
benefícios ou serviços das mesmas ficam condicionadas à apresentação de Certidão Negativa
prevista na presente Lei.
Seção IX
Da certidão de Tratamento Acústico
Art. 33. Os estabelecimentos ou instalações potencialmente causadoras de poluição
sonora deverão requerer à Secretaria Municipal do Meio Ambiente certidão de tratamento
acústico adequado, sendo os requerimentos instruídos com os documentos legalmente
exigidos, acrescidos das seguintes informações:
I - Tipo(s) de atividade(s) do estabelecimento e os equipamentos sonoros utilizados;
II - Zona e categoria de uso do local;
III - Horário de funcionamento do estabelecimento;
IV - Capacidade ou lotação máxima do estabelecimento;
V - Níveis máximos de ruídos permitidos;
VI - Laudo técnico comprobatório de tratamento acústico, assinado por técnico especializado
ou empresa idônea não fiscalizadora;
VII - Descrição dos procedimentos recomendados pelo laudo técnico para o perfeito
desempenho da proteção acústica do local;
VIII - Declaração do responsável legal pelo estabelecimento quanto às condições compatíveis
com a legislação.
Parágrafo Único. A certidão de que trata este caput será regulamentada em lei
especifica de acústica.
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Seção X
Da Fiscalização Ambiental
Art. 34. Para a realização das atividades decorrentes do disposto nesta lei e seus
regulamentos, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente poderá utilizar-se, além dos recursos
técnicos e funcionários de que dispõe, do concurso de outros órgãos ou entidades públicas ou
privadas, mediante convênios.
Art. 35. Os funcionários públicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente,
responsáveis pela fiscalização ambiental, deverão ter qualificação profissional específica,
exigindo-se para sua admissão a prévia aprovação em concurso público de provas ou provas e
títulos.
Art. 36. No exercício da ação fiscalizadora, fica assegurada à entrada dos agentes
credenciados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e dos demais fiscais da Prefeitura, a
qualquer dia ou hora, bem como a sua permanência pelo tempo que se tornar necessário, em
estabelecimentos públicos ou privados existentes no Município de Paranaguá.
Parágrafo único. Os agentes, quando impedidos, poderão requisitar força policial para o
exercício de suas atribuições em qualquer parte do município.
Art. 37. Aos agentes credenciados, além das funções que lhes forem determinadas pela
Secretaria Municipal do Meio Ambiente, cabe:
I – efetuar vistoria em geral, levantamento, avaliações e verificar a documentação técnica
pertinente;
II – colher amostras e efetuar medições, a fim de averiguar o cumprimento das disposições
desta Lei;
III – verificar a ocorrência de infrações, lavrar de imediato o auto de inspeção, Auto de infração,
Auto de Apreensão, Notificação fornecendo cópia ao interessado, devidamente assinada
pelo fiscal ou agente credenciado, indicando prazo para solução das irregularidades
observadas.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 486
IV – emitir Parecer Técnico e Relatórios de Vistorias para acompanhar o processo.
Parágrafo Único. O laudo de inspeção ou de infração conterá todos os elementos que
permitam a clara e inequívoca identificação do fiscal, ou agente credenciado pela Secretaria
Municipal do Meio Ambiente, que o emitir.
Art. 38. Qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, é parte legítima
para denunciar ao Poder Público Municipal qualquer ato lesivo ao meio ambiente, solicitando
ao mesmo as providências cabíveis.
Seção XI
Da Auditoria Ambiental
Art. 39. Para os efeitos deste Código, denomina-se Auditoria Ambiental, o
desenvolvimento de um processo documentado de inspeção, análise e avaliação periódica ou
ocasional das condições gerais e específicas de funcionamento de atividades ou
desenvolvimento de obras, causadores de impacto ambiental, com o objetivo de:
I – verificar os níveis efetivos ou potenciais de poluição e degradação ambiental provocados
pelas atividades ou obras auditadas;
II – verificar o cumprimento de normas ambientais federais, estaduais e municipais;
III – examinar a política ambiental adotada pelo empreendedor ou responsável pela atividade e
a sua conformidade com os padrões legais em vigor;
IV – avaliar os impactos sobre o meio ambiente causado por obras ou atividades auditadas;
V – analisar as condições de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de
controle das fontes poluidoras e degradadoras;
VI – examinar, através de padrões e normas de operação e de manutenção, a capacitação dos
operadores e a qualidade do desempenho da operação e manutenção dos sistemas,
rotinas, instalações e equipamentos de proteção do meio ambiente;
VII – identificar os riscos de acidentes e de emissões contínuas, que possam afetar, direta ou
indiretamente, a saúde da população residente na área de influência;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 487
VIII – analisar as medidas adotadas para a correção de não-conformidades legais detectadas
em auditorias ambientais anteriores;
§ 1º. O prazo para implementação das medidas referidas no inciso VIII deste artigo será
determinado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
§ 2º. O não cumprimento das medidas, nos prazos estabelecidos na forma do parágrafo
anterior deste artigo, sujeitará o infrator, pessoa física ou jurídica, às penalidades
administrativas, cíveis e penais cabíveis.
Art. 40. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em conjunto com o Conselho
Municipal do Meio Ambiente, poderá determinar ao responsável pela atividade poluidora a
realização de auditorias ambientais periódicas ou ocasionais, estabelecendo diretrizes e prazos
específicos.
Parágrafo Único. Nos casos de auditorias periódicas, os procedimentos relacionados à
elaboração das diretrizes a que se refere o caput deste artigo deverão incluir a consulta aos
responsáveis por sua realização e à comunidade afetada.
Art. 41. Correrá por conta e ônus do auditado, pessoa física ou jurídica, os custos das
auditorias ambientais, que serão realizadas por equipe técnica ou empresa de sua livre
escolha, devidamente cadastrada no órgão ambiental municipal e acompanhada por servidor
público técnico legalmente habilitado.
§ 1º. Antes de dar início ao processo de inspeção, a empresa comunicará a SEMMA, a
equipe técnica ou empresa contratada que realizará a auditoria, assim como os instrumentos e
métodos utilizados por ela;
§ 2º. A omissão ou sonegação de informações relevantes descredenciarão os
responsáveis para a realização de novas auditorias, pelo prazo mínimo de 05 (cinco) anos,
assegurados os direitos ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, sendo o
fato comunicado ao Ministério Público para as medidas judiciais cabíveis.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 488
Art. 42. Deverão, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais periódicas, as
atividades que necessitarem de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto de Meio
Ambiente – EIA/RIMA, nos termos da legislação estadual.
§ 1º. Demais atividades poderão sofrer auditoria, desde que regulamentadas por lei
específica.
§ 2º. Para os casos previstos neste artigo, o intervalo máximo entre as auditorias
ambientais periódicas será de 02 (dois) anos.
§ 3º. Sempre que constatadas infrações aos regulamentos federais, estaduais e
municipais de proteção ao meio ambiente, deverão ser realizadas auditorias periódicas sobre
os aspectos relacionados às infrações, até a efetiva correção das irregularidades,
independentemente de aplicação de penalidades administrativa, cível ou penal, de Termo de
Ajuste de Conduta ou de proposição de ação civil pública.
Art. 43. Não realizada a auditoria nos prazos e condições determinados, se sujeitará o
infrator, pessoa física ou jurídica, à pena pecuniária nunca inferior ao custo da auditoria, que
será promovida por instituição ou equipe técnica designada pela Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, independentemente de aplicação de outras penalidades legais já previstas.
Art. 44. Todos os documentos decorrentes das auditorias ambientais, ressalvados
aqueles que contenham matéria de sigilo industrial, conforme definido pelos empreendedores,
serão acessíveis à consulta pública nas dependências da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, independentemente do recolhimento de taxas ou emolumentos.
Art. 45. O requerimento de certidões ou de fotocópias dos documentos referidos no
artigo anterior será efetuado após o recolhimento da taxa de expediente estipulada pela lei
tributária municipal.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 489
Seção XIII
Das Infrações e Penalidades
Art. 46. Para os efeitos deste Código, considera-se infração administrativa toda ação ou
omissão, que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do
meio ambiente ou que importe em inobservância das normas previstas nesta Lei
Complementar e na legislação federal e estadual pertinente.
Art. 47. Respondem pela infração, conjunta ou separadamente, todos aqueles que, de
qualquer forma, concorrerem para sua prática ou deixarem de adotar medidas preventivas
destinadas a evitar a sua ocorrência.
Art. 48. São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar
processo administrativo, afora os servidores dos órgãos estatuais e federais integrantes do
Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de
fiscalização, os servidores municipais integrantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e
do Grupamento Florestal da Guarda Municipal, incumbidos da função de fiscalização.
§ 1º. Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às
autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de
polícia.
§ 2º. A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a
promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-
responsabilidade.
Art. 49. As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio,
assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.
Art. 50. Os autos de infração lavrados por infrações ambientais serão processados junto
à Secretaria de Municipal do Meio Ambiente.
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Art. 51. Nos casos em que a infração administrativa configurar crime incumbe ao agente
de fiscalização levá-la ao conhecimento da autoridade policial.
Art. 52. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:
I – advertência;
II – multa simples;
III – multa diária;
IV – apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos,
petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
V – destruição ou inutilização do produto;
VI – suspensão de venda e fabricação do produto;
VII – embargo de obra e atividade;
VIII – demolição de obra;
IX – suspensão parcial ou total de atividades;
X – restritiva de direitos;
XI – Interdição temporária.
§ 1º. As infrações configuram-se como: Leves, Graves e Gravíssimas.
a) as infrações graves e gravíssimas, serão aquelas que:
I - que resultam em danos sérios ao patrimônio ambiental, ainda que reparáveis;
II - que resultam em danos irreparáveis ao patrimônio ambiental.
§ 2º. As infrações leves serão, pela exclusão, as que não se enquadrem nos incisos do
parágrafo anterior.
Art. 53 - Para imposição e gradação da penalidade, além das circunstancias atenuantes
e agravantes, a autoridade competente observará:
I – a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüência para
a saúde pública e para o meio ambiente;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 491
II – os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse
ambiental;
III – a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Art. 54 - A autoridade competente deve, de ofício ou mediante provocação,
independentemente do recolhimento da multa aplicada, majorar, manter ou minorar o seu valor,
respeitados os limites estabelecidos nos artigos infringidos, observando os incisos do caput.
Parágrafo Único. A autoridade competente, ao analisar o processo administrativo de
auto de infração, observará, no que couber, além das disposições deste Código, o disposto
nos arts. 14 e 15 da Lei Federal no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Código Estadual de
Meio Ambiente.
Art. 55. Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão
aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.
Art. 56. Constitui reincidência a prática de nova infração ambiental cometida pelo
mesmo agente no período de três anos, classificada como:
I - específica: cometimento de infração da mesma natureza; ou
II - genérica: o cometimento de infração ambiental de natureza diversa.
Parágrafo Único. No caso de reincidência específica ou genérica, a multa a ser imposta
pela prática da nova infração terá seu valor aumentado ao triplo e ao dobro, respectivamente.
Art. 57. A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da
legislação em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções
previstas neste artigo.
Art. 58. A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo
violar as regras de as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do
meio ambiente, opuser embaraço à fiscalização ou deixar de sanar irregularidade pela qual
tenha sido advertido.
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§ 1º. as multas simples serão aplicadas de acordo com o grau de infração:
I - infrações leves - De 10 (Dez) UFMs a 200 (Duzentas) UFMs;
II - infrações graves - De 201 (Duzentas e uma) UFMs a 20.000 (Vinte mil) UFMs;
III - infrações gravíssimas - acima de 20.000 ( vinte mil) UFMs
§ 2º. A multa simples, no caso de infração leve, pode ser convertida em serviços de
preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.
§ 3º. A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar.
§ 4º. O valor da multa por infração será definido no regulamento desta Lei e corrigido
periodicamente, observada a equivalência com os valores fixados na legislação federal.
Art. 59. A apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora,
instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na
infração, bem como a destruição ou inutilização do produto serão precedidas da lavratura dos
respectivos termos.
Art. 60. Os animais apreendidos terão a seguinte destinação:
I - libertados em seu habitat natural, após verificação da sua adaptação às condições de vida
silvestre;
II - entregues a jardins zoológicos, fundações ambientalistas ou entidades assemelhadas,
desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados;
III - na impossibilidade de atendimento imediato das condições previstas nas alíneas
anteriores, o órgão ambiental autuante poderá confiar os animais a um fiel depositário na
forma da legislação federal vigente.
Art. 61. Os produtos e subprodutos perecíveis apreendidos pela fiscalização serão
avaliados e doados pela autoridade competente às instituições científicas, hospitalares,
penais, militares, públicas e outras com fins beneficentes, bem como às comunidades
carentes, lavrando-se os respectivos termos, sendo que, no caso de produtos da fauna não
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 493
perecíveis, os mesmos serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou
educacionais;
§ 1º. Os produtos e subprodutos florestais apreendidos serão avaliados e vendidos em
pregão, revertendo os recursos arrecadados para a preservação, melhoria e qualidade do
meio ambiente.
§ 2º. Tratando-se de produtos ou subproduto florestais cuja extração seja vedada
legalmente os mesmos serão avaliados e doados a instituições com fins beneficentes.
§ 3º. Os equipamentos e os demais instrumentos utilizados na prática da infração serão
vendidos pelo órgão responsável pela apreensão, garantida a sua descaracterização por meio
da reciclagem.
§ 4º. Caso os instrumentos a que se refere o parágrafo anterior tenham utilidade para
uso nas atividades dos órgãos ambientais e de entidades científicas, culturais, educacionais,
hospitalares, penais, militares, públicas e outras entidades com fins beneficentes, serão
doados a estas, após prévia avaliação do órgão responsável pela apreensão.
Art. 62. Tratando-se de apreensão de substâncias ou produtos tóxicos, perigosos ou
nocivos à saúde humana ou ao meio ambiente, as medidas a serem adotadas, seja destinação
final ou destruição, serão determinadas pelo órgão competente e correrão às expensas do
infrator.
Art. 63. Os veículos e as embarcações utilizados na prática da infração, apreendidos
pela autoridade ambiental competente, poderão ser confiados a um fiel depositário até a sua
alienação.
Art. 64. As sanções indicadas nos incisos VI e IX do art. 51 serão aplicadas, quando o
produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não estiver obedecendo às prescrições
legais ou regulamentares.
Art. 65. O embargo deve paralisar a obra ou atividade e o seu desrespeito caracteriza
crime de desobediência previsto no Código Penal.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 494
§ 1º. O embargo será aplicado sem prejuízo da multa sempre que a atividade estiver
sendo executada sem licença ambiental ou em desacordo com as normas ambientais.
§ 2º. Independente da existência de infração, poderá ser determinada a redução ou
paralisação temporária de qualquer atividade causadora de poluição, nos casos em que se
caracterizar um episódio agudo de poluição ambiental que ponha em risco a saúde ou o bem-
estar da população.
Art. 66. As sanções restritivas de direito são:
I – suspensão de registro, licença ou autorização;
II – cancelamento de registro, licença ou autorização;
III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;
IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito;
V – proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.
Art. 67. O pagamento de multa por infração ambiental imposta pelos Estados,
Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a aplicação de penalidade pecuniária pelo
órgão federal, em decorrência do mesmo fato, respeitados os limites estabelecidos nesta Lei.
§ 1º. Em caso de aplicação de multa concomitante, pelo Estado e Município, prevalecerá
a que foi lavrado primeiro, deste que esta não configura continuidade da infração e esta no
prazo estipulado para solução dos problemas.
§ 2º. Em caso de aplicação de multa concomitante, pelo Estado e Município, prevalecerá
a do Município.
Art. 68. As infrações à legislação ambiental serão apuradas em procedimento
administrativo próprio e sua instauração dar-se-á com a lavratura do Auto de Infração, em 3
(três) vias, devendo a primeira via ser destinada à formalização do procedimento.
Parágrafo único. O Auto de Infração será lavrado pela autoridade ambiental que a
houver constatado, devendo conter:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 495
I - o nome da pessoa física ou jurídica autuada e respectivo endereço;
II - local, hora e data da constatação da ocorrência;
III - descrição da infração e menção ao dispositivo legal ou regulamentar transgredido;
IV – penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito legal que autoriza a sua
imposição;
V - ciência do autuado de que responderá pelo fato em processo administrativo;
VI - assinatura da autoridade competente;
VII - assinatura do autuado, ou na ausência ou recusa, de duas testemunhas e do autuante;
VIII - prazo para o recolhimento da multa, quando aplicada, no caso do infrator abdicar do
direito de defesa;
IX - prazo para defesa de 10 (dez) dias.
Art. 69. O agente autuante, ao lavrar o auto de infração, indicará a multa prevista para a
conduta, bem como, se for o caso, as demais sanções previstas na legislação ambiental em
vigor.
Art. 70. A segunda via do Auto de Infração será entregue ao autuado, pessoa física ou
jurídica, oportunidade em que será, também, cientificado de que terá o prazo de 10 (dez) dias
para apresentação de defesa ou impugnação perante o órgão ambiental.
Art. 71. A intimação a que se refere o artigo anterior dar-se-á, alternativamente, da
seguinte forma:
I - pessoalmente;
II - por seu representante legal ou preposto;
III - por carta registrada ou com aviso de recebimento;
IV - por edital, se estiver o infrator autuado em lugar incerto ou não sabido.
§ 1º. Se o infrator, cientificado pessoalmente, se recusar a apor o seu “ciente”, essa
circunstância será expressamente mencionada pelo agente encarregado da diligência.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 496
§ 2º. O edital a que se refere o inciso IV, do caput desse artigo será publicado uma só
vez, na imprensa oficial, considerando-se efetivada a intimação 5 (cinco) dias após a
publicação.
§ 3º. Decorrido o prazo sem apresentação de defesa, será o autuado considerado revel,
caso em que os prazos, a partir daí, correrão independentemente de intimação, salvo se,
posteriormente, habilitar-se regularmente nos autos, quando então será intimado dos atos
verificados após essa habilitação.
Art. 71. Os agentes dos órgãos ambientais são responsáveis administrativa e
criminalmente pelas declarações constantes de Auto de Infração que subscreverem.
Art. 72. Constatada a revelia do infrator, ou após a apresentação de sua defesa, o
processo será encaminhado à Procuradoria Ambiental, cabendo à autoridade julgadora formar
sua convicção mediante o exame das provas constantes dos autos, no prazo de 20(vinte) dias,
proferindo a sua decisão.
Art. 73. As decisões da Procuradoria Ambiental proferida no julgamento de autuações
administrativas serão homologadas pelo Secretário Municipal do Meio Ambiente.
Art. 74. Da decisão proferida pela Secretaria de Meio Ambiente no julgamento de
autuações administrativas caberá recurso para o COMDEMA no prazo de 10 (dez) dias
contados da intimação do autuado.
Art. 75. Transitada em julgado a decisão administrativa será o infrator notificado a
recolher no prazo de 05 (cinco) dias a multa.
§ 1º. O valor da multa poderá ser parcelado, na forma do regulamento.
§ 2º. Os valores arrecadados em pagamentos de multas por infração ambiental serão
revertidos ao Fundo Municipal do Meio Ambiente -FMA.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 497
§ 3º. Verificado o não recolhimento da multa no prazo estabelecido no artigo anterior, a
autoridade administrativa providenciara o encaminhamento do processo para inscrição em
Divida Ativa e cobrança judicial.
Art. 76. As multas previstas neste Decreto podem ter a sua exigibilidade suspensa,
quando o infrator, por termo de compromisso aprovado pela autoridade competente, obrigar-se
à adoção de medidas específicas, para fazer cessar ou corrigir a degradação ambiental.
§ 1º. A correção do dano de que trata este artigo será feita mediante a apresentação de
projeto técnico de reparação do dano.
§ 2º. A autoridade competente pode dispensar o infrator de apresentação de projeto
técnico, na hipótese em que a reparação não o exigir.
§ 3º. Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a multa será
reduzida em até 90% (noventa por cento) do valor atualizado, monetariamente.
§ 4º. Na hipótese de interrupção do cumprimento das obrigações de cessar e corrigir a
degradação ambiental quer seja por decisão da autoridade ambiental ou por culpa do infrator,
o valor da multa atualizado monetariamente será proporcional ao dano não reparado.
§ 5º. Os valores apurados nos parágrafos 3° e 4° serão recolhidos no prazo de cinco
dias do recebimento da notificação.
Art. 78. Os infratores ambientais que estiverem em débito com as Fazendas Federal,
Estadual e Municipal não poderão participar de concorrência, convite ou tomada de preços
junto à Administração Pública Direta ou Indireta do Município de Paranaguá.
Seção XIV
Do Fundo Municipal do Meio Ambiente - FMA
Art. 79. Fica criado o Fundo Municipal do Meio Ambiente, com o objetivo de desenvolver
os projetos, planos, programas, pesquisas e atividades que visem o uso racional e sustentável
dos recursos ambientais, por meio de controle, preservação, conservação e recuperação do
meio ambiente, no sentido de elevar a qualidade de vida, constituindo-se de:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 498
I - dotações orçamentárias do Município;
II - recursos pagos por pessoas físicas ou jurídicas, de ação judicial, processo administrativo e
Termo de Ajustamento de Conduta, visando à reparação do dano ambiental oriunda de sua
atividade ou empreendimento;
III - arrecadação de multas oriundas de infrações ambientais, previstas em Lei;
IV - contribuições, subvenções e auxílios da União, do Estado e do Município e de suas
respectivas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações;
V – compensação financeira que o Município receber em decorrência dos aproveitamentos
hidroenergético e mineral;
VI - rendimentos de qualquer natureza que venha a auferir, como remuneração decorrente de
aplicação de seu patrimônio;
VII - resultantes de acordos, convênios, contratos e consórcios celebrados entre o Município e
Instituições públicas e/ou privadas, cuja execução seja de competência dos órgãos
ambientais competentes, observadas as obrigações contidas nos respectivos
instrumentos;
VIII - receitas resultantes de doações, legados, contribuições em dinheiro, valores, bens móveis
e imóveis que venha a receber de pessoas físicas ou jurídicas ou de organismos públicos
e privados, nacionais, estrangeiros e internacionais;
IX - os recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente.
X - outros recursos que, por sua natureza, possam ser destinados ao Fundo Municipal do Meio
Ambiente.
§ 1º. As pessoas físicas ou jurídicas que fizerem doação ao Fundo poderão gozar de
benefícios relativos aos impostos municipais.
§ 2º. Os recursos mencionados neste artigo serão depositados na conta específica do
Fundo Municipal do Meio Ambiente, no banco escolhido pelo Poder Executivo Municipal e
serão geridos pelo órgão responsável pelo controle ambiental.
Art. 80. O Fundo Municipal de Meio Ambiente será administrado pela Secretaria de Meio
Ambiente Municipal, de acordo com as diretrizes fixadas pela Lei Orçamentária, sem prejuízo
das competências do Conselho Municipal de Meio Ambiente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 499
Art. 81. A Secretaria Municipal Meio Ambiente de Paranaguá prestará contas anualmente
da aplicação dos recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente à Câmara Municipal,
acompanhada de balancetes e cópias dos documentos utilizados no período.
Art. 82. Os recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente poderão ser aplicados em
financiamentos, participação acionária, a fundo perdido ou com retorno a juros de mercado ou
a taxas subsidiadas, mediante projeto aprovado pelo órgão responsável, de acordo com as
especificações técnicas, apresentado por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou
privado, e que atendam aos objetivos previstos neste Código.
Parágrafo Único. O Fundo remunerará o órgão competente pelos pareceres técnicos e
fiscalização dos projetos aprovados.
Seção XV
Da Educação Ambiental
Art. 83. Educação Ambiental é um processo de aprendizagem permanente que visa ao
conhecimento, à reflexão e à incorporação dos conceitos relativos às questões ambientais.
Art. 84. A Administração Pública deverá promover programas de educação ambiental,
assegurando o caráter interdisciplinar e interinstitucional das ações desenvolvidas.
Parágrafo Único. O conhecimento relacionado às questões ambientais deverá ser
difundido em ações educativas e de divulgação, visando estimular a cooperação e a
participação da comunidade na gestão ambiental.
Art. 85. A educação ambiental deverá ser desenvolvida:
I – nas redes pública e particular de ensino de 1º e 2º graus, em todas as áreas do
conhecimento e no decorrer de todo o processo educativo, em conformidade com os
currículos e programas elaborados pelos órgãos competentes.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 500
II – nos segmentos da sociedade, com a participação ativa principalmente daqueles que
possam atuar como agentes multiplicadores das informações, práticas e posturas
desenvolvidas nos programas de educação ambiental.
III – nas faculdades e universidades existentes no Município, conforme determina o artigo 225,
VI, da Constituição Federal, de modo que a temática ambiental permeie as diferentes
formações profissionais.
§ 1º. O Poder Público, por meio dos órgãos que compõem o Sistema Municipal do
Ambiente, atuará no apoio, estímulo e promoção da capacitação da comunidade escolar das
instituições de ensino, atualizando-os quanto às informações, práticas e posturas referentes à
temática ambiental.
§ 2º. A educação ambiental deverá ser realizada através de programas, projetos,
campanhas e outras ações desenvolvidas por órgãos e entidades públicas do município,
especialmente pela SEMMA, com a cooperação e participação das instituições privadas.
Art. 86. Quanto à Educação Ambiental, caberá a SEMMA:
I – criar condições para o desenvolvimento de educação ambiental em áreas públicas,
especialmente nas unidades de conservação, parques urbanos e praças;
II – estimular e apoiar a implantação de Centros de Apoio à Educação Ambiental em
áreas públicas, particularmente nas Unidades de Conservação;
III – coordenar e supervisionar os programas e atividades desenvolvidas nos Centros de
Apoio à Educação Ambiental;
IV – contar, em seu quadro funcional, com profissionais habilitados em diferentes áreas
do conhecimento, para assegurar o adequado desenvolvimento metodológico das ações de
educação ambiental;
V – estimular a participação da sociedade, particularmente das empresas privadas, no
desenvolvimento dos programas de educação ambiental.
§ 1º. As atividades pedagógicas dos Centros de Apoio à Educação Ambiental poderão
ser efetuadas por Organizações Não Governamentais (ONG’s) e demais instituições
interessadas, com o gerenciamento e a supervisão da SEMMA.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 501
§ 2º. A supervisão se dará por meio de acompanhamento na implantação e
desenvolvimento de projetos.
§ 3º. Os Centros de Educação Ambiental disporão de espaço físico, estrutura e
equipamentos de forma a permitir o desenvolvimento de atividades de educação ambiental.
Art. 87. A Administração Pública deverá buscar parcerias e convênios com instituições de
ensino e pesquisa, empresas privadas e organizações não governamentais, para o
desenvolvimento de projetos de educação ambiental.
TÍTULO II
DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DA FAUNA E FLORA
Art. 88. Compete ao Poder Executivo Municipal:
I - proteger a fauna e a flora, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica
ou que submetam os animais à crueldade; provoquem extinção das espécies, estimulando
e promovendo o reflorestamento, preferencialmente com espécies nativas, em áreas
degradadas, objetivando especialmente, a proteção de encostas e dos recursos hídricos;
II - preservar os habitantes de ecossistemas associados das espécies raras, endêmicas,
vulneráveis ou em perigo de extinção;
III - a introdução e reintrodução de exemplares da fauna e da flora em ambientes naturais de
interesse local e áreas reconstituídas, devendo ser efetuada com base em dados técnicos
e científicos e com a devida autorização ou licença ambiental do órgão competente;
IV - adotar medidas de proteção de espécies da fauna nativas ameaçadas de extinção;
V - garantir a elaboração de inventários e censos florísticos periódicos.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 502
Art. 89. As espécies animais silvestres autóctones, bem como as migratórias, em
qualquer fase de seu desenvolvimento, seus ninhos, abrigos, criadouros naturais, habitats e
ecossistemas necessários à sua sobrevivência são bens públicos de uso restrito, sendo sua
utilização a qualquer título estabelecida pela presente Lei.
Art. 90. Para os fins previstos nesta lei entende-se por:
I – animais autóctones: aqueles representativos da fauna primitiva de uma ou mais regiões ou
limites biogeográficos;
II – animais silvestres: todas as espécies, terrestres ou aquáticas, representantes da fauna
autóctone e migratória da região da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul;
III – espécies silvestres não autóctones: todas aquelas cujo âmbito de distribuição natural
não se inclui nos limites geográficos da região da Encosta Superior do Nordeste do Rio
Grande do Sul;
IV – minizoológicos e zoológicos: as instituições especializadas na manutenção e exposição
de animais silvestres em cativeiro ou semicativeiro, que preencham os requisitos definidos
na forma da lei.
Art. 91. A política sobre a fauna silvestre do Município tem por finalidade seu uso
adequado e racional, com base nos conhecimentos taxonômicos, biológicos e ecológicos,
visando à melhoria da qualidade de vida da sociedade e compatibilização do desenvolvimento
sócio-econômico com a preservação do ambiente e do equilíbrio ecológico.
Art. 92. É proibida a utilização, perseguição, destruição, caça, pesca, apanha, captura,
coleta, extermínio, depauperação, mutilação e manutenção em cativeiro ou em semicativeiro de
exemplares da fauna silvestre, por meios diretos ou indiretos, bem como o seu comércio e de
seus produtos e subprodutos, sem a devida licença ou autorização do órgão competente, ou
em desacordo com a obtida.
Art. 93. É proibida a introdução, transporte, posse e utilização de espécies de animais
silvestres não autóctones no Município, salvo as autorizadas pelo órgão ambiental do
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 503
Município, com rigorosa observância à integridade física, biológica e sanitária dos
ecossistemas, pessoas, culturas e animais do território municipal.
Art. 94. A existência de animais domésticos no território do Município, sem finalidade
comercial, somente será permitida se não for imprópria, nociva ou ofensiva à saúde, à
segurança e ao bem-estar da população.
§ 1º. O comércio de animais domésticos deverá obedecer às normas e regulamentos
existentes.
§ 2º. Não será permitida a criação e/ou engorda de galináceos, bovinos, caprinos e
ovinos no perímetro urbano do município;
§ 3º. Não será permitido canil na área urbana do município;
§ 4º. Ficam os proprietários de cães obrigados a adotar focinheira para o passeio em
vias públicas.
Art. 95. A flora nativa do território municipal e as demais formas de vegetação de
utilidade reconhecida, de domínio público ou privado, elementos necessários do meio ambiente
e dos ecossistemas são considerados bens de interesse comum a todos e ficam sob a
proteção do Município, sendo seu uso, manejo e proteção regulados por esta Lei e pela
legislação em vigor.
Art. 96. O uso e exploração das florestas existentes no município e demais formas de
vegetação, atenderão ao disposto nesta lei, bem como nas leis federal e estadual em vigor.
Art. 97. Qualquer exemplar ou pequenos conjuntos da flora poderão ser declarados
imunes ao corte ou supressão, mediante ato da autoridade competente, por motivo de sua
localização, raridade, beleza ou condição de porta-semente.
§ 1º. A extração de exemplar pertencente a qualquer das espécies mencionadas no caput
só poderá ser feita com autorização expressa da SEMMA e nos limites estabelecidos neste
Código.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 504
§ 2º. Além da multa do corte irregular, deverá o infrator compensar o dano com o plantio,
às suas expensas, de 20 a 500 mudas, conforme o tamanho, idade, copa e diâmetro do caule,
a ser determinado por laudo técnico da SEMMA.
Art. 98. É proibido o uso ou o emprego de fogo nas florestas e demais formas de
vegetação, para atividades agrossilvopastoris, para simples limpeza de terrenos ou para
qualquer outra finalidade.
Parágrafo único - A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade
de multa no valor de 10 (dez) a 150 (cento e cinqüenta) UFM´s por hectare ou fração.
Art. 99. O Sistema de Áreas Verdes compreende toda área de interesse ambiental ou
paisagístico, de domínio público ou privado, cuja preservação ou recuperação venha a ser
justificada pela SEMMA, e abrangerá:
I – praças, parques urbanos e áreas verdes e de lazer previstas nos projetos de loteamentos e
urbanização;
II – arborização de vias públicas;
III – unidades de conservação;
IV – parques lineares;
V – áreas arborizadas de clubes esportivos sociais, de chácaras urbanas e de condomínios
fechados;
VI – remanescentes de vegetação regional, natural, representativo dos segmentos do
ecossistema;
VII – Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais protegidas pelo Código
Florestal;
VIII – outras determinadas pela SEMMA.
§ 1º. Parques Urbanos são aqueles inseridos na malha urbana, com objetivo principal de
propiciar a preservação e lazer à população.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 505
§ 2º. Áreas Verdes são espaços livres, de uso público, com tratamento paisagístico
efetivamente implantado, reservado, permitindo-se ainda a instalação de mobiliário urbano de
apoio a estas atividades.
§ 3º. Área de lazer é o espaço livre, de uso público, integrante das Áreas Verdes,
destinadas aos usos recreativos, na qual podem ser feitas construções que objetivem
segurança, saúde e educação.
§ 4º - São consideradas Unidades de Conservação, os Parques Municipais, os Parques
Estaduais, as Estações Ecológicas, os remanescentes de vegetação natural e outras áreas
cujo objetivo principal é a preservação de atributos naturais.
§ 5º. Parques Lineares são aqueles que acompanham os cursos d’água, com objetivo
principal de proteção hídrica, das matas nativas, destinadas também à recreação e lazer.
§ 6º. A SEMMA criará e manterá atualizado o cadastro das áreas verdes e área de lazer
da área urbana.
§ 7º. Qualquer intervenção ou uso especial das áreas verdes ou de lazer do município de
Paranaguá somente será permitido após autorização expressa da SEMMA.
Art. 100. O Habite-se será expedido pela Prefeitura, somente após ter sido plantada pelo
proprietário, incorporador ou quem de direito, pelo menos, uma árvore para cada lote de
terreno.
Art. 101 - No município de Paranaguá, as Áreas de Preservação Permanente ao longo
de rios, córregos, nascentes, lagos e reservatórios corresponderão a faixas bilaterais
contínuas, definidas no Art. 204 deste código.
Parágrafo Único. A faixa de Preservação Permanente abrangerá toda a planície
inundável do leito maior do corpo d’água em questão, mesmo que esta área de inundação
supere a largura das faixas definidas nos incisos deste artigo.
Art. 102. Compete a SEMMA, planejar e integrar o Sistema de Áreas Verdes,
observando, dentre outros, os seguintes critérios:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 506
I – a importância do segmento do ecossistema na reprodução, alimentação e refúgio de
representantes da fauna silvestre remanescente, ou cuja reintrodução seja compatível com
o desenvolvimento urbano;
II – a importância dos remanescentes de vegetação na proteção das áreas com restrição de
uso;
III – a existência de espécies raras ou árvores imunes ao corte;
IV – a proximidade entre reservas de vegetação, importantes para a disseminação da flora e
fauna ou constituição de corredores ecológicos;
V – a possibilidade de um ou mais segmentos do ecossistema atuarem como moderadores de
clima, amenizadores de poluição sonora e atmosférica, banco genético ou referencial pela
sua beleza cênica;
VI – a necessidade de evitar a excessiva fragmentação das áreas verdes nos projetos de
loteamento e urbanização;
VII – a utilização da arborização urbana como elemento de integração entre os elementos do
Sistema de Áreas Verdes;
VIII – a necessidade de implantação dos Parques criados por legislação específica;
IX – o adequado manejo da arborização das vias públicas; e
X – o incentivo à arborização de áreas particulares.
Art. 103 - A integração e conservação dos remanescentes de vegetação natural serão
feitas por meio de corredores ecológicos que interliguem dois ou mais segmentos do
ecossistema original.
Seção I
Do Manejo da Fauna
Art. 104. A introdução de animais silvestres regionais em segmentos de ecossistemas
naturais existentes no município, que se compreendem das áreas de preservação permanente,
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 507
reservas legais, remanescentes de vegetação natural e unidades de conservação, só será
permitida com autorização do órgão ambiental competente.
§ 1º. A permissão a que se refere o caput somente será expedida após estudos sobre a
capacidade de suporte do ecossistema.
§ 2º. Para efeito do caput, a Administração Pública incentivará a pesquisa científica sobre
ecologia de populações de espécies da fauna silvestre regional.
Art. 105. É proibida a introdução de animais exóticos em segmentos de ecossistemas
naturais existentes no município, compreendendo-se as áreas de preservação permanente,
reservas legais, remanescentes de vegetação natural, unidades de conservação e corpos
d’água.
Art. 106. É proibido o abandono de qualquer espécime da fauna silvestre, ou exótica,
domesticada ou não, e de animais domésticos ou de estimação nos parques urbanos, praças,
áreas de preservação permanente e demais logradouros públicos municipais.
Art. 107. É proibida a entrada de animal doméstico em parques municipais, excetuados
os cães-guias que acompanhem deficientes visuais.
Art. 108. São protegidos os pontos de pouso de aves migratórias.
CAPÍTULO II
DO PATRIMÔNIO GENÉTICO
Art. 109 - Compete ao Poder Público Municipal em conjunto com o Estado:
I - a proteção do patrimônio genético, objetivando a manutenção da biodiversidade pela
garantia dos processos naturais que permitam a reprodução deste mesmo patrimônio;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 508
II - a garantia da preservação de amostras significativas dos diversos componentes de seu
patrimônio genético e de seus habitats;
III - a criação e a manutenção de bancos de germoplasma que preservem amostras
significativas de seu patrimônio genético, em especial das espécies raras e ameaçadas de
extinção;
IV - a garantia de pesquisas e do desenvolvimento de tecnologia de manejo de bancos
genéticos e gestão dos habitats das espécies raras, endêmicas, vulneráveis ou em perigo
de extinção, bem como de seus ecossistemas associados.
CAPÍTULO III
DA ARBORIZAÇÃO URBANA
Art. 110. As árvores existentes nas ruas, praças e parques do perímetro urbano do
Município são bens de interesse comum a todos os munícipes. Todas as ações que interfiram
nestes bens ficam limitadas aos dispositivos estabelecidos nesta Lei e pela legislação em
geral.
Art. 111. A extração de qualquer árvore somente será admitida com prévia autorização
expedida pela SEMMA, através de laudo técnico, nos seguintes casos:
I – quando o estado sanitário da árvore justificar;
II – quando a árvore, ou parte dela, apresentar risco de queda;
III – quando a árvore constituir risco à segurança nas edificações, sem que haja outra solução
para o problema;
IV – quando a árvore estiver causando danos comprovados ao patrimônio público ou privado,
não havendo alternativas para solução do problema;
V – quando o plantio irregular ou a propagação espontânea de espécies impossibilitar o
desenvolvimento adequado de árvores vizinhas;
VI – quando se tratar de espécie invasora, tóxica ou inadequada, com propagação prejudicial
comprovada;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 509
VII – quando da implantação de empreendimentos, reformas ou benfeitorias, públicos ou
privados, não existir solução técnica comprovada que evite a necessidade da extração ou
corte, caso em que se exigirá o transplante ou a reposição;
§ 1º. Na autorização para supressão de vegetação arbórea a que se refere este artigo
será indicada à reposição adequada para cada caso.
§ 2º. As reposições indicadas são de cumprimento obrigatório, cuja inobservância
constitui infração sujeita a multa e a embargo da obra ou do empreendimento.
§ 3º. Causar danos, derrubar ou extrair sem autorização, ou causar morte às árvores
constitui infração passível de multa.
§ 4º. A multa a que se refere o artigo anterior será atenuada:
I – em 1/3, se o dano causado a árvores não for suficiente para comprometer a sobrevivência
do espécime;
II – em 1/2, se houver a pronta reparação do dano pelo infrator, mediante constatação pela
SEMMA.
§ 5º. A multa será agravada pelo triplo, se o dano, corte ou derrubada:
I – atingir árvore declarada imune ao corte;
II – atingir vegetação protegida por legislação específica, excetuando o caso previsto na alínea
anterior;
III – atingir vegetação pertencente às unidades de conservação do município.
Art. 112. Em situações emergenciais que envolvam segurança pública, onde seja
necessária a poda ou extração, dispensa-se a autorização referida no artigo anterior,
especialmente ao Corpo de Bombeiros e às concessionárias de serviços públicos de energia
elétrica, telecomunicações e saneamento.
Parágrafo Único. Os órgãos referidos no caput deverão justificar por escrito a SEMMA,
em três dias, a intervenção efetuada, sob pena de multa.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 510
Art. 113. As despesas decorrentes da reposição de espécimes suprimidos
irregularmente, inclusive decorrentes de acidentes de trânsito, correrão por conta do
responsável pela infração, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis.
Art. 114. Os projetos de infra-estrutura urbana (água, esgoto, eletrificação, telefonia ou
equivalente) e de sistema viário deverão ser compatibilizados com a arborização e áreas
verdes existentes, desde que os exemplares a serem mantidos justifiquem as alterações
necessárias nos referidos projetos.
§ 1º. Os projetos referidos neste artigo deverão ser submetidos à análise e parecer da
SEMMA, que exigirá a adequação dos projetos e obras às necessidades de preservar a
arborização existente.
§ 2º. Nas áreas já implantadas, as árvores existentes que apresentarem interferência com
os sistemas de infra-estrutura urbana e viária, deverão ser submetidas ao manejo adequado e
à fiação aérea deverá ser convenientemente isolada.
§ 3º. Sempre que ocorrer extração ou mutilação de árvores, em função da presença ou
execução de infra-estrutura urbana, o responsável pelo dano, ou aquele que dele se beneficiar,
deverá providenciar a reposição por espécie compatível, sem prejuízo das demais sanções
legais cabíveis.
Art. 115. O uso do logradouro público ajardinado, como praças e parques, por
particulares para colocação de barracas ou festividades, promoções e outros eventos, está
condicionado à licença prévia da SEMMA.
Seção I
Das Normas Para Arborização
Art. 116. A arborização só poderá ser feita:
I - nos canteiros centrais das avenidas, conciliando a arborização com a presença de fiação
elétrica, se existir;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 511
II - quando as ruas e passeios tiverem largura compatível com a expansão da copa da espécie
a ser utilizada, observando-se o devido afastamento das construções.
Parágrafo Único. Além do disposto nesta lei, a arborização e o ajardinamento deverão
seguir padrões definidos pela Prefeitura Municipal.
Art. 117. Nos passeios e canteiros centrais, a pavimentação será interrompida deixando
espaços com área mínima de 0,70m x 0,70m para o plantio de árvores em espaçamentos
compatíveis com o porte da espécie a ser utilizada.
Art. 118. A arborização dos logradouros públicos deverá obedecer as seguintes condições:
I - as árvores da arborização não poderão estar a uma distância inferior a 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros) do meio fio;
II - para calçadas de até 3,0m (três metros) de largura a distância não pode ser inferior a
2,00m (dois metros) do meio fio;
III - para calçadas com largura superior a 3,0m (três metros) a distância não pode ser inferior
a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) do meio-fio;
IV - para calçadas com largura igual ou inferior a 2,0m (dois metros) a arborização fica a critério
do Órgão Responsável pela Arborização e Paisagismo.
Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal classificará por Decreto as vias quanto às
dimensões e as normas de arborização quanto ao afastamento e largura das calçadas.
Art. 119. Compete exclusivamente à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, selecionar
as espécies para a arborização, considerando as suas características, os fatores físicos e
ambientais, bem como o espaçamento para o plantio.
Art. 120. Quando se tratar de ajardinamento, este deverá obedecer as seguintes
condições:
I - somente poderá ser executado em passeios onde permita a largura mínima de 1,0m(um
metro) para circulação de pedestres, em faixas desenvolvidas longitudinalmente,
localizadas junto ao alinhamento do lote;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 512
II - para passeios com largura superior a 3,0m (três metros), será facultada a execução de
outra faixa ajardinada junto ao meio-fio;
III - nas faixas ajardinadas, junto ao alinhamento do lote, será permitido somente o plantio de
grama, vegetação rasteira e plantas arbustivas de pequeno porte, obedecendo a distância
mínima da arborização;
IV - as faixas ajardinadas deverão ser interrompidas, em toda a extensão, à frente das portas
de garagens, pelo pavimento do passeio, ou por faixas pavimentadas com largura mínima
de 40cm (quarenta centímetros) para passagem de veículos.
Art. 121. Os passeios, para receberem simultaneamente o plantio de árvores e
ajardinamentos, deverão ter largura mínima de 3,0m (três metros), nas ruas onde é exigido
afastamento ou recuo de frente, e 4,0m (quatro metros), naquelas onde são permitidas
edificações no alinhamento.
Art. 122. A arborização urbana será feita preferencialmente com espécies nativas.
Parágrafo único - Fica proibida a arborização com a espécie espatódea Spatodea
campanulata, uma vez que suas flores produzem substâncias tóxicas que causam
desequilíbrio do ecossistema natural.
Seção II
Da Obstrução das Vias Públicas
Art. 123. Os andaimes das construções ou reformas não poderão danificar as árvores,
sendo obrigatória sua retirada logo após a conclusão da obra.
Art. 124. Os coretos e palanques não poderão danificar a arborização urbana.
Art. 125. As bancas de jornal ou revistas devem ter sua localização aprovada pelo Órgão
Competente, de modo a não afetar a arborização.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 513
Art. 126. Toda edificação, passagem ou arruamento que implique prejuízo à arborização
urbana deverá ter a aprovação do Órgão Responsável pela arborização urbana.
Seção III
Dos Muros e Cercas
Art. 127. Compete ao proprietário do terreno o zelo da arborização e ajardinamento
existente na área pública em toda testada do lote.
Art. 128. Compete ao agente danificador a reconstrução dos muros, cercas e passeios
afetados pela arborização das vias públicas.
Art. 129. As árvores mortas existentes nas vias públicas serão substituídas pela
Prefeitura, através do Órgão Responsável pela Arborização e Paisagismo, que procederá a
retirada de galhos secos ou doentes.
Seção IV
Da Paisagem Urbana
Art. 130. A paisagem urbana é patrimônio visual de uso comum da população, recurso de
planejamento ambiental que requer ordenação, distribuição, conservação e preservação, com o
objetivo de evitar a poluição visual e de contribuir para a melhoria da qualidade de vida no meio
urbano.
Art. 131. Cabe à comunidade, em especial aos órgãos e entidades da Administração
Pública, zelar pela qualidade da paisagem urbana, promovendo as medidas adequadas para:
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 514
I - disciplinar e controlar os impactos ambientais que possam afetar a paisagem urbana;
II - ordenar a publicidade ao ar livre;
III - dotar e ordenar o mobiliário urbano;
IV - manter as condições de acessibilidade e visibilidade dos espaços livres e de áreas
verdes;
V - recuperar as áreas degradadas;
VI - conservar e preservar os sítios significativos.
Art. 132. O controle das atividades e ações, que possam causar impactos ambientais à
paisagem urbana, caberá a SEMMA, em conjunto com os órgãos e entidades da Administração
Pública.
Art. 133 Os instrumentos publicitários, bem como as instalações de elementos de
comunicação visuais e do mobiliário urbano na área do município, somente serão permitidos
mediante autorização Secretaria Municipal de Meio Ambiente e observadas as disposições
pertinentes previstas no Código de Posturas, em lei que trate do mobiliário urbano e/ou em
legislação específica, cabendo sanções e penalidades previstas nesta lei.
Art. 134. É proibida a publicidade, bem como a instalação, afixação ou veiculação de
instrumentos publicitários, sejam quais forem as suas finalidades, formas ou composições, nos
seguintes locais:
I – nas árvores e postes;
II – nos tapumes de obras públicas, em estátuas, em monumentos, nos viadutos, nas
pontes, nos túneis;
III – nos cemitérios e em seus muros;
IV – nos hidrantes, nas cabines telefônicas, nas caixas de correio e de alarme de
incêndio;
V – nos passeios públicos, exceto os agregados equipamentos do mobiliário urbano de
interesses públicos, definidos e normatizados em legislação específica;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 515
VI – em muros ou paredes de imóveis públicos ou privados, observadas as disposições
previstas em legislação específica.
Art. 135. A afixação de instrumentos publicitários, em logradouros públicos e em áreas
de domínio público, deverá atender a regulamentação específica.
Art. 136. As edificações nas áreas institucionais, nos lotes das áreas de uso especial, e
corredores comerciais, definidos em legislação específica, e nos lotes ao longo das vias de
circulação, com largura igual ou superior a 18 metros, deverão manter recuo frontal obrigatório,
com tratamento paisagístico adequado.
§ 1º. Os recuos frontais obrigatórios serão estabelecidos na Lei de Zoneamento de Uso e
Ocupação do Solo de Paranaguá.
§ 2º. Os estabelecimentos comerciais, de prestação de serviços e institucionais, ao
solicitarem o alvará de funcionamento, deverão apresentar o projeto de tratamento paisagístico
do recuo obrigatório, devidamente aprovado pela SEMMA, observadas as disposições
pertinentes em legislação específica;
§ 3º. No caso de Obras destinadas aos estabelecimentos Comerciais e/ou Industriais
que por sua natureza se enquadram como degradadora do meio ambiente, o Alvará de
Construção somente poderá ser emitido após a apresentação da Licença Prévia expedida pelo
órgão ambiental competente;
§ 4º. O alvará de funcionamento somente será expedido após a execução do tratamento
paisagístico mencionado no caput e a apresentação da Licença de Operação expedida pelo
Órgão Ambiental competente.
Art. 137. O uso e ocupação do solo nas áreas de entorno dos parques, dos
remanescentes de vegetação natural, das unidades de conservação e dos sítios significativos
deverão preencher os requisitos e obedecer aos critérios técnicos estabelecidos para cada
área específica.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 516
§ 1º. Os requisitos e os critérios técnicos referidos no caput deste artigo serão definidos
especificamente para cada área de entorno, por meio de portaria conjunta da SEMMA e da
Secretaria Municipal responsável sobre a matéria.
§ 2º. O exercício da publicidade ao ar livre, bem como a instalação de elementos de
comunicação visual e do mobiliário urbano, nas áreas referidas no caput deste artigo, deverá
obedecer às disposições da legislação específica e somente serão permitidos mediante
autorização da SEMMA e dos demais órgãos competentes.
Seção V
Dos Loteamentos e Construções
Art. 138. As áreas pertencentes a particulares cobertas por vegetação natural primária ou
secundária poderão obter redução ou isenção de imposto territorial urbano.
Parágrafo Único. O Poder Executivo regulamentará por Decreto, as normas da isenção
prevista no Caput deste artigo.
Art. 139. Nos setores habitacionais de interesse social, o "habite-se" somente será
expedido após o plantio de, no mínimo, uma árvore para cada unidade habitacional.
Art. 140 - Todo loteamento deverá manter um índice mínimo de área verde de 20%
acordo com o número de lotes na área de terreno loteada, respeitado o limite máximo de áreas
institucionais a serem doadas pelo proprietário definido da Lei Municipal de Parcelamento do
Solo.
Art. 141. O proprietário fica responsável pela proteção das árvores durante a construção,
de forma a evitar qualquer dano, o que será objeto de fiscalização pelo Órgão Responsável
pela Arborização e Paisagismo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 517
Art. 142. Todo loteamento deverá manter afastamento das áreas de preservação de
fundos de vale conforme previsto na Lei Federal 4.771 de 15 de setembro de 1.965, e, pela Lei
Orgânica Municipal e demais restrições previstas.
Art. 143. Nos projetos de parcelamento do solo, que apresentem áreas de interesse
ambiental ou paisagístico, serão exigidas medidas convenientes a sua defesa.
Parágrafo Único. Para efeito do disposto no caput, poderão ser adotadas medidas
previstas nos instrumentos de gestão urbanística da Lei de Parcelamento do Solo.
Art. 144. Todos os projetos de loteamentos, condomínios, conjuntos habitacionais de
interesse social, distritos industriais e arruamentos deverão incluir o projeto de arborização
urbana e tratamento paisagístico das áreas verdes e de lazer, a ser submetido à aprovação da
SEMMA.
Parágrafo Único. Os empreendimentos deverão ser entregues com a arborização de
ruas e avenidas concluídas e áreas verdes e de lazer tratadas paisagisticamente.
Art. 145. Será obrigatória, nos projetos de edificações, reformas e ampliações
residenciais, comerciais ou industriais a serem analisadas pelo órgão competente da Prefeitura
Municipal, a indicação da localização das árvores existentes.
Parágrafo Único. O proprietário do imóvel ou o empreendedor ficará responsável pela
proteção das árvores ali já existentes.
Seção VI
Dos Cortes e Podas
Art. 146. É competência privativa da Prefeitura definir a Política de Arborização Urbana,
fornecendo orientação técnica para podar, cortar, derrubar ou sacrificar árvores da arborização
pública de ruas, praças, jardins e parques urbanos.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 518
Art. 147. Qualquer pessoa poderá requerer a licença para derrubada, corte ou sacrifício
de árvores no Município. A Prefeitura através do Órgão Responsável pela Arborização e
Paisagismo decidirá, sob orientação técnica, as medidas cabíveis.
§ 1º. Concedida licença para corte de árvores, deverá ser implantada na mesma
propriedade uma espécie de porte semelhante, quando adulta, no ponto cujo afastamento seja
o menor possível da antiga posição.
§ 2º. Os interessados de desmate deverão preencher os formulários necessários criados
pela SEMMA, com referencia ao aproveitamento do material lenhoso, constando
principalmente o volume em m³ e um Termo de Compromisso de Averbação de Reserva Legal
para as Áreas Rurais e em caso de área urbana, manter o limite de área verde constante na
legislação pertinente.
§ 3º. Esta licença será negada se a árvore for considerada imune de corte, pelo Poder
Público, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta sementes,
conforme Lei Federal 4.771 de 15 de setembro de 1.965 no seu artigo 7º.
Art. 148. O Poder Público Municipal não autorizará o corte de árvores quando se tratar
da colocação de luminosos, letreiros e similares.
Art. 149. Nas ruas arborizadas, os fios condutores de energia elétrica e telefônica
deverão ser colocados à distância razoável ou convenientemente isolados.
Parágrafo Único. Quando as copas destas árvores estiverem atingindo a rede elétrica,
elas deverão ser podadas seguindo orientação técnica condizente de tal forma que não
prejudique ou danifique a mesma.
Art. 150 - Ficam consideradas imunes de corte as árvores, pela sua beleza e localização, com
as seguintes características:
I - Espécie: Araucária angustifólia;
II - Família: Araucareaceae;
III - Nome vernacular: Pinheiro do Paraná.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 519
Art. 151. Ocorrendo acidente de trânsito com destruição ou dano à arborização urbana,
são solidários o proprietário do veículo e o causador do dano, ficando a liberação do veículo do
infrator vinculada à apresentação ao DETRAN ou Secretaria Municipal de Transporte Urbano,
do comprovante de recolhimento da multa ao Poder Executivo municipal.
Seção VII
Do Uso e Conservação do Solo
Art. 152. O uso do solo na área urbana do Município deverá estar em conformidade com
a política municipal de parcelamento, uso e ocupação do solo, com a dinâmica sócio-
econômica ecológica regional e local e com o que dispõe este código e demais legislações
pertinentes.
Art. 153. A utilização do solo, para quaisquer fins, far-se-á através da adoção de
técnicas, processos e métodos que visem à sua conservação, recuperação e melhoria,
observadas as características geofísicas, morfológicas, ambientais e sua função sócio-
econômica.
§ 1º. O uso do solo abrange atividades rurais, através de sua preparação manual ou
mecânica, tratamento químico e orgânico e cultivo, bem como atividades urbanas, através do
parcelamento e uso do solo residencial, de serviços, de lazer, comercial, institucional e
industrial.
§ 2º. A inobservância das disposições legais de uso e ocupação do solo, que culminará
na degradação ambiental, serão passíveis de sanção e reparação do dano.
Art. 154. Considera-se poluição do solo a disposição, descarga, infiltração, acumulação,
injeção ou o enterramento no solo, em caráter temporário ou definitivo, de substância ou
produtos potencialmente poluentes, em estado sólido, pastoso, líquido ou gasoso.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 520
Art. 155. É vedado ao proprietário de lotes e terrenos urbanos destinados à edificação, e
ainda não edificados, o plantio e/ou preservação de cobertura vegetal cuja altura ultrapasse a
um metro.
Parágrafo Único. É facultado ao Município, por meio de lei, estabelecer incentivos ficais
para o plantio, nos lotes e terrenos mencionados no caput, de cobertura vegetal cuja altura não
ultrapasse um metro.
Art. 156. É obrigatória aos proprietários das terras agrícolas, ainda que em caso de
arrendamentos ou parcerias, a adoção de sistemas de conservação do solo agricultado,
independente de divisões ou limite de propriedades, em caso de interesse ambiental.
§ 1°. Entenda-se por conservação do solo agricultável, a minimização de suas perdas por
erosão e a sustentação ou elevação da sua produtividade mediante sistemas de produção não
impactantes ou que comportem técnicas mitigadoras.
§ 2º. As estradas vicinais deverão dispor de mecanismos para conter e direcionar o
escoamento das águas pluviais, de modo a não prejudicar a sua funcionalidade e a não
permitir a degradação das áreas adjacentes, não sendo permitido o lançamento das águas
pluviais nas estradas.
§ 3º. As propriedades adjacentes não poderão utilizar-se do leito das estradas para
canalizar as águas das chuvas oriundas da própria propriedade.
§ 4º. Entende-se por atividades de interesse ambiental, para efeito deste artigo, quando
da exploração agrícola, todas as práticas que visem:
I – controlar a erosão em todas as suas formas;
II – criar medidas para o controle da desertificação;
III – evitar a prática de queimadas em áreas de solo agrícola , a não ser em casos
especificados pela SEMMA;
IV – recuperar, manter e melhorar as características físicas, químicas e biológicas do
solo;
V – evitar assoreamento de cursos d’água e bacias de acumulação.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 521
Art. 157. A critério do Executivo Municipal, as águas pluviais precipitadas nas estradas
públicas poderão ser conduzidas para as propriedades rurais, atendendo às práticas
conservacionistas.
Art. 158. Ficam os proprietários das terras agrícolas, independentemente de
arrendamentos e parcerias, obrigados a recuperar as terras agricultadas, erodidas ou
depauperadas, pela adoção de sistemas de produção prejudiciais à conservação dos solos, ou
pelo mau uso de máquinas, de produtos químicos ou de materiais.
Art. 159. O Município, por meio da SEMMA através da Coordenadoria de Agricultura,
auxiliará os órgãos diretamente responsáveis no cumprimento do que determina a legislação
federal e estadual pertinente a defensivos agrícolas e domiciliares.
Art. 160. Compete à Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, difundir e
estimular o emprego de técnicas ou sistemas de produção alternativos que reduzam ou
mitiguem o impacto ambiental decorrente do uso de defensivos agrícolas.
Art. 161. Os projetos de uso e ocupação do solo urbano, bem como a sua
implementação, que implicarem riscos potenciais ou efetivos à fauna, à cobertura vegetal, à
atmosfera, aos recursos hídricos e ao controle de drenagem local, sujeitar-se-ão à análise e
licenciamento ambiental, devendo ser exigido, ainda:
I – projeto de conservação e aproveitamento das águas;
II – projeto de controle de assoreamento dos cursos d’água;
III – apresentação de traçados, bem como a previsão da utilização de técnicas que contemplem
a desaceleração do deflúvio e, por conseguinte, o processo erosivo;
IV – projetos construtivos de corte e/ou aterro, contemplando a reutilização da camada
superficial de solo para fins nobres;
V – projeto de proteção do solo pelos proprietários de terrenos, quando suas condições físicas
e topográficas os tornarem vulneráveis à erosão e comprometer a qualidade das águas
superficiais;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 522
VI – projeto específico da restauração de superfícies de terrenos degradados, contemplando a
dinâmica do processo erosivo e as medidas para deter a erosão;
VII – projeto de contenção e infiltração de águas pluviais, a critério da SEMMA e da Secretaria
Municipal de Obras e Pavimentação.
Art. 162. Os projetos urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo deverão
contemplar métodos para retardar o acúmulo da água pluvial resultante desta urbanização e
métodos para infiltrar essa água, conforme diretrizes da Secretaria Municipal responsável pela
matéria.
Art. 163. As diretrizes viárias das áreas a serem loteadas e que apresentarem cursos
d’água de qualquer porte deverão respeitar a Área de Preservação Permanente prevista no
Código Florestal.
Parágrafo Único. As obras viárias de transposição ficam sujeitas ao licenciamento
ambiental.
Art. 164. Depende de prévia autorização da SEMMA, a obra que envolva movimentação
de terras tais como desmonte de rocha, escavação, movimento de terra, aterro, desaterro e
depósito de entulho.
Parágrafo Único. Para quaisquer obras referidas no caput deverão ser previstos
mecanismos de manutenção da estabilidade de taludes, drenagem superficial, recomposição
do solo e de cobertura vegetal adequada à contenção do carreamento pluvial de sólidos.
Art. 165. Os projetos de implantação e operação de cemitérios necessitam de
licenciamento ambiental, devendo considerar as características geológicas e hidrogeológicas
da área, bem como a proteção dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
Art. 166. As taxas dos serviços serão regulamentadas pelo Poder Executivo através de
Decreto.
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CAPÍTULO IV
DAS PROIBIÇÕES
Art. 167. É proibido, sob pena de multa:
I – cortar, extrair, remover, matar, danificar ou usar inadequadamente a vegetação de porte
arbóreo do Município, por qualquer modo ou meio, salvo os casos permitidos neste código;
II – pintar, pichar, grafitar, fixar pregos, faixas, fios elétricos, cartazes, anúncios ou similares, na
vegetação de porte arbóreo, para qualquer fim;
III – podar ou extrair árvores para colocação de luminosos, letreiros, out-doors ou elementos de
comunicação visual similares;
IV – desviar águas de lavagem com substâncias nocivas, para os canteiros arborizados, ou
lançar substâncias nocivas nos canteiros;
V – plantar árvores em canteiros centrais de avenidas, rotatórias, praças, áreas verdes e
demais logradouros públicos, em desacordo com o Plano de Arborização Municipal;
VI – danificar as mudas plantadas nos passeios públicos, áreas verdes e de lazer, áreas
institucionais e demais áreas de uso público;
VII – depositar resíduos domésticos ou industriais, entulhos, materiais de construção e
resíduos de jardim nos canteiros centrais de avenidas, praças, parques e demais áreas
verdes municipais, a não ser aqueles locais previstos pela gestão de resíduos do
município;
VIII – o trânsito ou o estacionamento de veículos de qualquer natureza sobre os passeios,
canteiros, praças e jardins públicos, com exceção dos veículos utilizados pela
Administração Pública, destinados aos serviços de manutenção;
IX – cimentar ou colocar mureta de tijolos no entorna do caule da árvore;
X – depositar resíduos de qualquer natureza junto ao caule da árvore;
XI – aplicar a arvore qualquer substância química, com exceção de cupinicida.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 524
Art. 168. É proibida a instalação de qualquer tipo de comércio ou serviços, nas áreas
verdes do Município, salvo em casos em que estas atividades estejam contempladas no projeto
original devidamente aprovado pela SEMMA.
§ 1º. A inobservância do disposto no caput deste artigo sujeita o infrator à interdição,
apreensão e demolição.
§ 2º. O comércio e serviço mencionados no caput deste artigo, que encontrem em pleno
exercício na data de promulgação desta lei, ficarão sujeitos às normas aplicáveis, quando da
renovação do alvará de funcionamento.
CAPÍTULO V
DOS RECURSOS HIDRICOS
Seção I
Da Água
Art. 169. As ações do Município no sentido da gestão, uso, proteção, conservação,
recuperação e preservação dos recursos hídricos atenderão ao disposto na legislação federal
pertinente, na Política Estadual de Recursos Hídricos e nas demais leis estaduais e municipais,
com os seguintes fundamentos:
I – a água é um bem de domínio público, limitado e de valor econômico;
II – o poder público e a sociedade, em todos os seus segmentos, são responsáveis pela
preservação e conservação dos recursos hídricos;
III – a gestão dos recursos hídricos deve contar com a participação do poder público, das
comunidades e do usuário;
IV – prioritariamente, a água será utilizada para o abastecimento humano, de forma racional e
econômica;
V – a gestão municipal considerará a bacia hidrográfica como unidade de pesquisa,
planejamento e gestão dos recursos hídricos;
VI – a gestão dos recursos hídricos deverá integrar-se com o planejamento urbano e rural do
Município de Paranaguá.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 525
§ 1º. A água, recurso natural essencial à vida, ao desenvolvimento e ao bem-estar social,
deverá ser controlada e utilizada conforme padrões de qualidade satisfatória, de forma a
garantir sua perenidade em todo o território do Município de Paranaguá.
§ 2º. São instrumentos da gestão municipal dos recursos hídricos, a Avaliação Anual dos
Recursos Hídricos e o Plano Quadrienal de Recursos Hídricos.
Art. 170. Todas as normas estabelecidas neste Capítulo aplicam-se à totalidade do
território do Município de Paranaguá, seja a área urbana, de expansão urbana ou rural.
Art. 171 - O Município, sob coordenação, aprovação e fiscalização da SEMMA, poderá
buscar parceria no setor privado para a realização de projetos, serviços e obras de
recuperação, preservação e melhoria dos recursos hídricos.
Art. 172. A Política Municipal de Controle de Poluição, Recuperação da qualidade
ambiental e Manejo dos Recursos Hídricos objetiva:
I – proteger a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida da população do Município de
Paranaguá;
II – proteger, conservar e recuperar os ecossistemas aquáticos, com especial atenção às áreas
de nascentes, mananciais de abastecimento público e outras relevantes para a
manutenção dos ciclos biológicos;
III – reduzir, progressivamente, a toxicidade e a quantidade dos poluentes lançados nos corpos
d’água;
IV – compatibilizar e controlar os usos efetivos e potenciais da água, tanto qualitativa quanto
quantitativamente;
V – controlar os processos erosivos que resultem no transporte de sólidos, no assoreamento
dos corpos d’água e da rede pública de drenagem;
VI – assegurar o acesso e o uso público às águas superficiais, exceto em áreas de nascentes e
outras de preservação permanente, quando expressamente disposto em norma específica;
VII – assegurar o adequado tratamento dos efluentes líquidos para preservar a qualidade dos
recursos hídricos.
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Art. 173. É proibida a ligação de esgoto à rede de drenagem pluvial.
Art. 174. Toda edificação fica obrigada a ligar o esgoto doméstico ao sistema público de
esgotamento sanitário, quando da sua existência, ou, sendo o caso, instalar estação de
tratamento própria e adequada.
Parágrafo Único. O projeto da Estação de Tratamento deverá ser aprovado pela
SEMMA.
Art. 175. Os parâmetros deste Código aplicam-se a lançamentos de quaisquer efluentes
líquidos provenientes de atividades, efetiva e potencialmente poluidoras instaladas no
Município de Paranaguá, em águas superficiais ou subterrâneas, diretamente ou através de
quaisquer meios de lançamento, incluindo redes de coleta e emissários.
Parágrafo Único. A SEMMA poderá estabelecer critérios e etapas de implementação em
áreas específicas de processo de produção ou geração de efluentes, com o objetivo de a
impedir a sua diluição e assegurar a redução das cargas poluidoras totais.
Art. 176. Os lançamentos de efluentes líquidos não poderão conferir aos corpos
receptores características em desacordo com os critérios e padrões vigentes de qualidade de
água, ou que criem obstáculos ao trânsito de espécies migratórias, exceto nas áreas de
mistura.
Art. 177. Os padrões de qualidade da água, nas áreas de mistura, serão avaliados, de
acordo com o corpo receptor, conforme critérios estabelecidos pela SEMMA especificamente
para cada caso.
Art. 178. A captação de água, superficial ou subterrânea, seu tratamento, transporte e
distribuição deverão atender aos requisitos estabelecidos pela legislação específica, sem
prejuízo das demais exigências legais, a critério técnico da SEMMA.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 527
Art. 179. Os responsáveis por atividades, efetivas ou potencialmente poluidoras e
atividades de captação, tratamento, transporte e distribuição de água, ficam obrigados a
implementar programas de monitoramento de esgoto e efluentes e da qualidade ambiental, em
suas áreas de influência, previamente estabelecidos ou aprovados pela SEMMA.
§ 1º. Os programas referidos no caput integrarão o Banco de Dados Ambientais do
Município de Paranaguá.
§ 2º. A coleta e análise dos efluentes líquidos deverão ser baseadas em metodologias
aprovadas pela SEMMA.
§ 3º. Todas as avaliações relacionadas aos lançamentos de efluentes líquidos deverão
ser feitas para as condições de dispersão mais desfavoráveis, sempre incluídas as previsões
de margens de segurança.
§ 4º. Os técnicos da SEMMA terão acesso a todas as fases do monitoramento que se
refere o caput deste artigo, incluindo procedimentos laboratoriais.
Art. 180. A critério da SEMMA e da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, as
atividades, efetiva ou potencialmente poluidoras, deverão implantar sistemas para retenção das
águas de drenagem, incluindo procedimentos laboratoriais.
Parágrafo Único. O disposto no caput deste artigo aplica-se às águas de drenagem
correspondente à precipitação de um período inicial de chuvas a ser definido em função das
concentrações e das cargas de poluentes.
Seção II
Das Normas Ambientais Referentes ao Controle da Água
Art. 181. Todo e qualquer despejo industrial ou de atividade de serviços deverá possuir
um sistema de medição de vazão adequada.
Parágrafo Único. A amostra de material coletada para análises laboratoriais será
considerada como representativa do despejo.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 528
Art. 182. As indústrias e atividades de serviços que não possuírem tratamento de
efluentes deverão apresentar a SEMMA o respectivo projeto em um mês e a sua efetiva
instalação, em seis meses, a contar da vigência deste Código.
Art. 183. Os efluentes de hospitais e de outros estabelecimentos que a SEMMA entenda
existir microorganismos patogênicos, deverão ser tratados adequadamente antes do
lançamento nos corpos d’água, conforme classificação pelo CONAMA e normas estabelecidas
pela ANVISA.
Parágrafo Único. A SEMMA monitorará constantemente os despejos efluentes referidos
no caput.
Art. 184 - Os estabelecimentos que manipulem óleo, graxa ou gasolina, deverão possuir
sistemas de destinação aprovados pela SEMMA.
Parágrafo Único. A expedição ou renovação do Alvará de Licença para funcionamento
dos estabelecimentos que manipulem óleo, graxa ou gasolina, fica condicionada à aprovação
exigida no caput.
Art. 185..- Os efluentes de qualquer atividade só poderão ser, direta ou indiretamente,
lançados nas águas superficiais ou subterrâneas e nas galerias de água pluviais do município
de Paranaguá, se obedecerem as seguintes condições:
I – enquadrar-se nos padrões de emissão estabelecidos pelas legislações federal, estadual e
municipal;
II – não conferir ao corpo receptor características superiores ao seu enquadramento na
classificação das águas.
§ 1º. Na hipótese de fonte de poluição geradora de diferentes despejos, ou de emissões
individualizadas, os limites constantes neste artigo se aplicarão a cada um dos despejos ou
emissões, a critério da SEMMA;
§ 2º No caso de efluentes com mais de uma substância potencialmente prejudicial, a
SEMMA poderá reduzir os respectivos limites individuais, proporcionalmente ao número de
substâncias presentes.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 529
§ 3º. Compete ao Município, sempre que a vazão traga danos ao curso d'água, orientar e
estipular o regime de lançamento, direto ou indireto, de efluentes industriais ao corpo receptor.
§ 4º. A presente disposição aplica-se aos lançamentos feitos diretamente por fonte de
poluição, indiretamente, por meio de canalizações públicas ou privadas, ou por qualquer outro
meio de transporte próprio ou de terceiros.
Art. 186. Os efluentes líquidos deverão obedecer aos padrões específicos e não poderão
conferir ao corpo receptor características em desacordo com os critérios e padrões de
qualidade de água, adequados aos diversos casos benéficos previstos para o corpo d’água.
Art. 187. Para toda e qualquer finalidade, desde o licenciamento até a fiscalização e
penalização, quando tratar-se de instalação de fonte potencialmente degradadora, existente ou
que venha a existir no Município de Paranaguá, as avaliações e exigências contidas neste
Código levarão em consideração a carga máxima de poluição possível e as condições mais
desfavoráveis que esta instalação possa, ainda que potencialmente, representar para o corpo
d’água.
Art. 188. Os responsáveis por atividades poluidoras poderão realizar tratamento conjunto
e unificado de seus respectivos efluentes líquidos.
Art. 189. Quando o sistema de abastecimento Público não puder promover o pleno
suprimento de água a qualquer área urbana ou rural, será permitida a construção de poços,
desde que concedida à outorga pela SUDERSHA e segundo as condições hidrológicas do
local, com aprovação e acompanhamento técnico da SEMMA.
Art. 190. Os poços artesianos e profundos só poderão ser construídos nos casos de
grande demanda e quando o lençol profundo possibilitar o fornecimento de volume suficiente
de água potável.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 530
Art. 191. Os estudos, projetos e execução das perfurações de poços deverão apresentar
ART em todas as suas fases e deverão ser aprovados pelos órgãos federais, estaduais e
municipais competentes.
§ 1º. Para a aprovação da construção de poço, é obrigatória a realização de testes
dinâmicos, de vazão e do equipamento de elevação, quando for o caso.
§ 2º. Os poços artesianos e profundos deverão ter a necessária proteção sanitária, por
meio de encamisamento e vedação adequada.
§ 3º. Os responsáveis por poços no Município de Paranaguá ficam obrigados a informar
aos consumidores a análise semestral da qualidade da água distribuída.
Art. 1919 Os poços que não estiverem em conformidade com os padrões de higiene
estabelecidos serão interditados pela SEMMA;
Art. 203. O fechamento dos poços será de ônus e responsabilidade dos seus
proprietários, que deverão lacrá-los e monitorá-los, de acordo com as normas estabelecidas
pela SEMMA, sob pena de multa.
Seção III
Das áreas de preservação permanente
Art. 194. Consideram-se Áreas de Preservação Permanente, para o efeito desta Lei,
observado o disposto no Código Florestal Brasileiro, as áreas de florestas e demais formas de
vegetação natural cuja finalidade e de dar proteção aos mananciais, situadas:
I - ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água desde o seu nível mais alto, em faixa
marginal cuja largura mínima seja:
a) de 30 m (trinta metros) para os cursos d’água de menos de 10 m (dez metros) de
largura na zona urbano e de 50 metros para a zona rural ;
b) de 50 m (cinqüenta metros) para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50
m (cinqüenta metros) de largura;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 531
c) de 100m (cem metros) para os cursos d’água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200
m (duzentos metros) de largura;
II - de 100m (cem metros) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou
artificiais;
III - nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d’água", qualquer que seja
a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 m (cinqüenta metros) de largura;
IV - no topo de morros, montes, montanhas e serras;
V - nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45%, equivalente a 100% na
linha de maior declive;
VI – as áreas de recarga, delimitadas nas bacias hidrográficas destinadas a mananciais de
abastecimento;
VII – várzeas, com largura mínima de 50 metros, a partir das margens ou cota de inundação.
§ 1º. Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando assim declaradas por
ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas:
I - a atenuar a erosão das terras;
II - a fixar as dunas;
III - a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
IV - a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;
V - a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;
VI - a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;
VII - a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;
VIII - a assegurar condições de bem-estar público.
§ 2º. A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só será
admitida com prévio licenciamento ambiental e assentimento do órgão responsável de
patrimônio da união, quando for necessária, à execução de obras, planos, atividades ou
projetos de utilidade pública ou interesse social.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 532
§ 3º. Por ocasião da análise do licenciamento, o órgão licenciador indicará as medidas
de compensação ambiental que deverão ser adotadas pelo empreendedor sempre que
possível.
§ 4º. A SEMMA poderá ampliar as faixas e áreas especificadas neste artigo, com o
objetivo de proteger áreas de especial interesse ecológico, solo com baixa capacidade de
infiltração ou faixas de afloramento do lençol freático.
§ 5º. Nos casos de planícies de inundação ou várzeas, as faixas bilaterais são contadas a
partir de suas margens.
Art. 195. Qualquer projeto de implantação de indústrias, agroindústrias, loteamentos,
serviços, perfuração de poços, construção de lagos e outros, seja na área urbana ou rural,
elaborado nas proximidades dos pontos de captação de água para abastecimento da cidade
de Paranaguá, deverá ser previamente aprovado pela SEMMA.
Seção IV
Da Proteção dos Recursos Hídricos
Art. 196. Toda pessoa física ou jurídica que cause transformações nas condições físicas
dos rios, córregos, ribeirões ou nascentes d’água, causando-lhes prejuízos, ficará obrigada a
restaurar as suas características originais e a tomar todas as providências que a SEMMA exigir
para o caso, sem prejuízo das demais penalidades administrativa, cível e penal.
Art. 197. É proibida qualquer espécie de construção capaz de inutilizar recurso hídrico do
Município de Paranaguá
Art. 198. Na gestão dos recursos hídricos, a SEMMA deverá desenvolver programas de
monitoramento da qualidade das águas.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 533
Art.199. A SEMMA deverá efetuar o cadastramento de todas as captações de água para
irrigação ou abastecimento urbano e industrial, caracterizando as condições de uso.
Art. 200. Os produtores rurais que possuírem equipamentos de irrigação terão o prazo de
180 dias, contados da data de publicação deste código, para cadastrá-los na SEMMA.
Art. 201. Respeitadas as restrições que possam ser impostas pela Legislação do Estado
e da União, são regidas por esta Lei, as águas públicas de uso comum, quando situadas
exclusivamente no território Municipal.
§ 1º. São águas públicas de uso comum:
I - as correntes, canais, lagos e lagoas navegáveis ou flutuáveis;
II - as correntes de que se façam estas águas;
III - as fontes e reservatórios públicos;
IV - as nascentes quando forem de tais modos consideráveis que por si só, constituem o uso
comum;
V - os braços de quaisquer correntes públicas desde que os mesmos influam na
navegabilidade ou flutuabilidade.
§ 2º. São águas públicas dominicais, todas as situadas em terreno público municipal,
quando as mesmas não forem de domínio público de uso comum.
Art. 202. Compete ao Poder Público Municipal a proteção e conservação, de forma
suplementar a União, dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos no sentido de:
I - obrigar a conservação, e proteção das águas, para o abastecimento das populações
inclusive através da implantação de matas ciliares;
II - exigir que a captação em cursos d’água para fins industriais seja feita a jusante do ponto de
lançamento dos efluentes líquidos da própria indústria, sendo PROIBIDO o despejo de
qualquer substância poluente capaz de tornar as águas impróprias, ainda que
temporariamente, para o consumo e utilização normais ou para sobrevivência das
espécies;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 534
III - regulamentar as atividades de lazer e turismo ligadas aos cursos d’água como forma de
promover a vigilância civil sobre a qualidade da água.
IV - monitorar a qualidade das águas, visando seu uso racional para o abastecimento público,
industrial e outras atividades essenciais, assim como garantir a perfeita reprodução da
fauna e da flora aquática;
V - registrar, acompanhar e fiscalizar as outorgas de uso e derivação de recursos hídricos.
Art. 203. É vedada a implantação de sistema de coleta de águas pluviais em redes
conjuntas com esgotos domésticos ou industriais.
Art. 204.- As empresas que utilizam diretamente recursos hídricos, ficam obrigadas a
restaurar e manter os ecossistemas naturais, conforme as condições exigíveis para o local,
numa faixa marginal de 100,0 m (cem metros) dos reservatórios.
Art. 205. Os frigoríficos, curtumes e demais atividades industriais deverão fazer a
instalação de aparelhos próprios para evitar a poluição dos córregos e rios do Município.
Parágrafo Único. As empresas poluidoras que não estão de acordo com esta Lei, terão
um prazo de 90(noventa) dias para regularização a partir da data de aprovação desta Lei.
CAPÍTULO VI
DOS RECURSOS MINERAIS
Art. 206. A SEMMA, em face do Plano Diretor de Mineração, determinará as áreas de
exploração potencial de minerais, para emprego direto na construção civil, visando estabelecer
prioridades de uso e a compatibilidade da atividade de mineração com os demais usos do solo,
nas respectivas zonas.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 535
Art. 207. As atividades de mineração que venham a se instalar ou ser ampliadas deverão
atender aos requisitos exigidos para licenciamento ambiental e, em especial, deverão
apresentar o Plano de Recuperação da Área Degradada.
Parágrafo Único. Operar, sem licença ambiental, ou em desacordo com a licença
emitida, constitui infração sujeita a embargo, interdição e multa.
Art. 208. O Plano de Recuperação de Área Degradada deverá ser executado
concomitantemente com a exploração da mineração, sempre que possível.
Art. 209. A recuperação de áreas de mineração abandonadas ou desativadas é de
responsabilidade do minerador.
Art. 210. No caso de mineração paralisada, é obrigatória a adoção, pelo empreendedor,
de medidas que garantam a estabilidade dos taludes, de modo a não permitir a instalação de
processos erosivos, bem como o acúmulo de água nas respectivas cavas.
Art. 211. Com o objetivo de evitar a instalação de processos erosivos e de
desestabilização de massas, os taludes resultantes de atividades minerárias deverão receber
cobertura vegetal e dispor de sistema de drenagem com apresentação de projeto elaborado
por profissional habilitado.
Art. 212. Os empreendimentos de mineração, que utilizem como método de lavra o
desmonte por explosivos primário e secundário, deverão atender aos limites de ruído e
vibração estabelecidos na legislação vigente.
Art. 213. Nas pedreiras, deverão ser adotados procedimentos que visem à minimização
da emissão de particulados na atmosfera, tanto na atividade de lavra quanto na de transporte
nas estradas, internas e externas, bem como nos locais de beneficiamento.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 536
Art. 214. As atividades de mineração deverão adotar sistema de tratamento e disposição
de efluentes sanitários e de águas residuárias provenientes da lavagem de máquinas.
Parágrafo Único. É obrigatória a existência de caixa de retenção de óleo, devidamente
dimensionada, proveniente da manutenção de veículos e equipamentos do empreendimento.
Art. 215. Quando, na atividade de mineração, forem gerados rejeitos sólidos e pastosos,
o método de disposição final dos mesmos deverá ser previamente aprovado pela SEMMA, que
atenderá às normas técnicas pertinentes e as exigências dispostas neste Código.
Art. 216. Para impedir o assoreamento dos corpos d’água, os empreendimentos de
mineração deverão dispor de tanque de captação de resíduos finos transportados pelas águas
superficiais ou outros recursos tecnicamente justificados e de eficácia comprovada.
Art. 217. O minerador é responsável pelo isolamento das frentes de lavra e deverá adotar
medidas que minimizem ou suprimam os impactos sobre a paisagem da região, por meio da
implantação de cinturão arborizado que isole visualmente o empreendimento.
Art. 218. Os depósitos ou posto de venda de recursos minerais existentes no município
de Paranaguá, ou a que vierem se instalar deverão obter o Licenciamento Municipal e estar
legalmente habilita como empresa sediada no município.
Parágrafo Único. Estes empreendimentos deverão apresentar trimestralmente a
SEMMA a Cópia da Nota Fiscal da Origem do Minério.
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TÍTULO III
DA POLUIÇÃO
CAPÍTULO I
DA POLUÍÇÃO SONORA
Art. 219 - Poluição sonora é toda a emissão de som que, direta ou indiretamente, seja
ofensiva ou nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade, ou transgrida as
disposições fixadas nesta Lei.
§ 1º. A emissão de sons, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais,
sociais, recreativas, ou outras que envolvam a amplificação ou produção de sons intensos,
deverá obedecer, no interesse da saúde e do sossego público, aos padrões, critérios, diretrizes
e normas estabelecidas pelos órgãos municipais competentes.
§ 2º. As questões referentes à poluição sonora, além do disposto nesta lei, devem
observar as disposições do Código de Posturas de Paranaguá.
Art. 220. A realização de eventos que causem impactos de poluição sonora em Unidades
de Conservação (UCs), e entorno, dependerá de prévia autorização da Secretaria Municipal do
Meio Ambiente.
Parágrafo Único. A infração do disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade
de multa no valor de 100 (cem) a 1.000 (um mil) UFM’s.
Art. 221. É vedado perturbar o sossego e o bem-estar público ou de vizinhanças com
ruídos, vibrações, sons excessivos ou incômodos de qualquer natureza, produzidos por
quaisquer formas, acima dos limites legais permitidos.
Parágrafo Único. O não-cumprimento do previsto no caput acarretará em multa de 10
(dez) a 1000 (mil) UFM’s.
Art. 222. É vedada a utilização ou funcionamento de qualquer instrumento ou
equipamento que produza, reproduza ou amplifique o som, em qualquer período, de modo que
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 538
crie distúrbio sonoro através do limite real da propriedade ou dentro de uma zona sensível a
ruídos.
§ 1º. Distúrbio sonoro significa qualquer som que:
I – coloque em perigo ou prejudique a saúde de seres humanos ou animais;
II – cause danos de qualquer natureza à propriedade pública ou privada; ou
III – possa ser considerado incômodo ou que ultrapasse os níveis máximos fixados na
legislação em vigor.
§ 2º. A infração do disposto no caput deste artigo acarreta a pena de multa de 10 (dez) a
100 (cem) UFM’s.
Art. 223. Para impedir ou reduzir a poluição, proveniente de sons ou ruídos excessivos,
incumbe ao Município:
I – disciplinar a localização, em áreas residenciais, de estabelecimentos industriais, fábricas e
oficinas que produzam ruídos, sons excessivos ou incômodos;
II – disciplinar o uso de qualquer aparelho, dispositivo ou motor de explosão que produza
ruídos incômodos ou sons além dos limites permitidos;
III – sinalizar convenientemente as áreas próximas a hospitais, casas de saúde e
maternidades;
IV – disciplinar o horário de funcionamento noturno das construções; e
V - disciplinar a localização, em local de silêncio ou nas áreas residenciais, de casas de
divertimentos públicos que, pela natureza de suas atividades, produzam sons excessivos
ou ruídos incômodos.
Art. 224. Fica proibido:
I – queimar ou permitir a queima de foguetes, morteiros, bombas ou outros fogos de artifício;
explosivos ou ruidosos, nos estádios de futebol ou em qualquer praça de esportes;
II – a utilização de buzinas, trompas, apitos, tímpanos, sinos, campainhas e sirenas, ou de
quaisquer outros aparelhos semelhantes;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 539
III – a utilização de matracas, cornetas ou outros sinais exagerados e contínuos, usados como
anúncios por ambulantes, para venderem seus produtos; e
IV – a utilização de alto-falantes, rádios e outros aparelhos sonoros usados como meio de
propaganda, mesmo em casas de negócio, ou para outros fins, desde que se façam ouvir
fora do recinto onde funcionam.
Parágrafo Único. A infração do disposto em qualquer dos incisos deste artigo acarreta
multa de 10 (dez) a 500 (quinhentos) UFM’s.
Art. 225. Não se compreendem nas proibições do artigo 232 os sons produzidos por:
I – vozes ou aparelhos usados na propaganda eleitoral, de acordo com a legislação própria;
II – que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou para anunciar a realização de atos ou
cultos religiosos;
III – bandas de música, desde que em procissões, cortejos ou desfiles públicos;
IV – sirenas ou aparelhos de sinalização sonora de ambulâncias, carros de bombeiros ou
assemelhados;
V – apitos, buzinas ou outros aparelhos de advertência de veículos em movimento, dentro do
período compreendido entre as 7 (sete) e as 20 (vinte) horas;
VI – explosivos empregados no arrebentamento de pedreiras, rochas ou nas demolições,
desde que detonados em horário previamente definido, pelo setor competente do
Município e com a devida autorização de órgão federal competente;
VII – manifestações em recintos destinados à prática de esportes, em horários previamente
licenciados, cuja localização e funcionamento tenham sido autorizados pelo Município; e
VIII – os apitos tradicionais das fábricas, desde que notificado o horário de suas atividades.
Art. 226. Durante os festejos carnavalescos, festas juninas, de Ano Novo, e tradicionais
do Município de Paranaguá, são toleradas, excepcionalmente, as manifestações normalmente
proibidas por esta Lei.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 540
Art. 227. Casas de comércio ou locais de diversões públicas, como parques, bares,
cafés, restaurantes, cantinas, boates e danceterias, nas quais haja execução ou reprodução de
números musicais por orquestras, bandas, instrumentos isolados ou aparelhos de som,
deverão adotar instalações adequadas a reduzir sensivelmente a intensidade das execuções
ou reproduções de modo a não perturbar o sossego da vizinhança.
Parágrafo Único. A infração do disposto neste artigo acarreta a pena de multa de 10
(dez) a 1.000 (um mil) UFM’s.
Art. 228. Os níveis máximos de intensidade de som ou ruídos permitidos são os
seguintes:
I - em área residencial: 60 db (sessenta decibéis) no período diurno, medidos na curva "A" ou
"C", e 55 db (cinqüenta e cinco decibéis) no período noturno; medidos na curva "A" ou "C";
II - em área industrial: 70 db (setenta decibéis) no período diurno, medidos na curva "A" ou "C",
e 60 db (sessenta decibéis) no período noturno, medidos na curva "A" ou "C"; e
III - em outras áreas não elencadas neste artigo, seguem-se às definições da NBR 10151/2000.
§ 1º. A infração do disposto neste artigo e incisos acarreta a pena de multa de 30 (trinta)
a 1.000 (um mil) UFM’s.
§ 2º. Para os efeitos desta Lei, ficam definidos os seguintes horários:
I - DIURNO: compreendido entre as 8 (oito) e as 19 (dezenove) horas;
II - NOTURNO: compreendido entre as 19 (dezenove) e as 8 (oito) horas.
III - Nos domingos e feriados, considera-se NOTURNO: horário compreendido entre as 20
(vinte) e as 8 (oito) horas.
§ 3º. Os níveis de intensidade de sons ou ruídos fixados por esta Lei, bem como o
método utilizado para medição e avaliação, obedecerão às recomendações das normas NBR
10151/2000 e NBR 10152/87, ou às que vierem a sucedê-las.
Art. 229. Toda a empresa que possuir alarmes deverá responsabilizar-se em desligá-lo
imediatamente caso acione acidentalmente, especialmente à noite e finais de semana.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 541
Parágrafo Único. À não-observância do disposto neste artigo será aplicada a pena de
multa de 30 (trinta) a 500 (quinhentos) UFM’s.
Art. 230 - As lojas de conveniência instaladas, inclusive nos postos de gasolina e
assemelhados, que utilizarem ou permitirem, no espaço físico em que atuam, a utilização de
alto falantes, rádios, buzinas, ruídos provenientes de veículos automotores, aparelhos sonoros
e qualquer outro tipo de ruído que supere os índices de medição de ruídos definidos no artigo
238, serão responsabilizadas por tais atos.
Parágrafo Único. A infração do disposto neste artigo acarreta a pena de multa de 30
(trinta) a 1.000 (um mil) UFM’s.
Art. 231. É vedada a utilização de aparelhos de telefone celular ou de emissão sonora
pessoal no interior de casas de espetáculos e de eventos culturais, como cinemas e teatros.
§ 1º. É obrigatória a divulgação da proibição contida neste artigo, através da fixação de
cartazes nos locais a que se refere.
§ 2º. A infração ao disposto neste artigo acarreta a aplicação da penalidade de multa de 5
(cinco) a 10 (dez) UFM’s.
CAPÍTULO II
DA POLUÍÇÃO VISUAL
Art. 232. A exploração ou utilização dos veículos de divulgação presentes na paisagem
urbanas e visíveis dos logradouros públicos poderá ser promovida por pessoas físicas ou
jurídicas que explorem essa atividade econômica, desde que devidamente autorizadas pelo
Município.
§ 1º. Esta Lei se aplica a todo veículo localizado em logradouro público ou dele
visualizado, construído ou instalado em imóveis edificados, não edificados ou em construção.
§ 2º. Todas as atividades que industrializem, fabriquem e comercializem veículos de
divulgação e seus espaços devem ser cadastrados no Município.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 542
§ 3º. Os equipamentos do mobiliário urbano somente poderão ser utilizados para
vinculação de anúncios mediante aprovação prévia do Município e através de concessão
decorrente de licitação.
§ 4º. Os contratos de concessão de veiculação de anúncios serão efetuados com
duração de até quarenta e oito meses.
§ 5º. As questões referentes à poluição sonora, além do disposto nesta lei, devem
observar as disposições do Código de Posturas de Paranaguá.
Art. 233. São anúncios de propaganda as indicações, por meio de inscrições, letreiros,
tabuletas, dísticos, legendas, cartazes, painéis, placas, faixas, visíveis da via pública, em locais
freqüentados pelo público, e/ou por qualquer forma expostos ao público, e referentes a
estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais, a empresas ou produtos de qualquer
espécie, ou reclamo de qualquer pessoa ou coisa.
Parágrafo Único. Executam-se, das disposições deste artigo, a propaganda efetuada em
vitrinas de estabelecimentos comerciais.
Art. 234. Considera-se, para efeitos desta Lei, as seguintes definições:
I – paisagem urbana – é a configuração resultante da contínua e dinâmica interação entre os
elementos naturais, edificados ou criados, e o próprio homem, numa constante relação da
escala, função e movimento;
II – veículo de divulgação ou veículo – é qualquer elemento de divulgação visual utilizado para
transmitir anúncio público;
III – anúncio – é qualquer indicação executada sobre veículo de divulgação, cuja finalidade seja
de promover, orientar, indicar ou transmitir mensagem relativa a estabelecimentos,
empresas, produtos de qualquer espécie, idéias, pessoas ou coisas;
IV – mobiliário urbano – são elementos de escala microarquitetônica de utilidade pública, de
interesse urbanístico, implantado nos logradouros públicos e integrantes do espaço visual
urbano;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 543
V – áreas de interesse visual – são sítios significativos, espaços públicos ou privados e demais
bens de relevante interesse paisagístico, inclusive o de valor sócio-cultural, turístico,
arquitetônico, ambiental, legalmente definidos ou de consagração popular; e
VI – pintura mural – são pinturas executadas sobre muros, fachadas e empenas cegas de
edificações, com área máxima de trinta metros quadrados;
Art. 235. O Poder Executivo Municipal poderá usar elementos do mobiliário urbano para
veiculação de anúncios de caráter institucional ou educativo.
Art. 236. A exploração comercial de fachada e empena cega de edifícios e muros de
qualquer tipo só será permitida com o seu tratamento sob forma de mural artístico, com o
máximo de vinte por cento de espaço destinado à publicidade, excetuando-se o direito de
identificação específica da atividade existente no local.
§ 1º. Todo o mural executado deverá ser previamente autorizado pelo Poder Executivo.
§ 2º. Os condôminos da edificação que receber tratamento através da pintura mural
deverão ser previamente consultados e a aprovação deverá constar em ata de reunião.
Art. 237. Veículos de divulgação transferidos para local diverso daquele a que se refere a
autorização serão sempre considerados como novos, para efeito desta Lei.
§ 1º. A infração do disposto no caput deste artigo acarreta a pena de multa de 10 (dez)
UFM’s.
§ 2º. Anúncios de qualquer espécie, luminosos ou não, com pinturas decorativas ou
simplesmente letreiros, terão de submeter-se à aprovação de desenhos e dizeres em escala
adequada, devidamente cotada, em duas vias, contendo:
a) as cores que serão usadas;
b) a disposição do anúncio ou onde será colocado;
c) as dimensões e a altura da sua colocação em relação ao passeio;
d) a natureza do material de que será feito;
e) a apresentação de responsável técnico, quando julgado necessário;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 544
f) o sistema de iluminação a ser adotado; e
g) a identificação do sistema de colocação e segurança a ser adotado.
§ 3º. O Município, através de seus órgãos técnicos, regulamentará a matéria, visando à
defesa do panorama urbano.
§ 4º. Os veículos de divulgação e anúncios serão previamente aprovados pelo Município,
mediante pedido formulado em requerimento padronizado, obrigatoriamente instruído com os
seguintes elementos:
I – desenhos apresentados em duas vias, devidamente cotadas, obedecendo aos padrões da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
II – disposição do veículo de divulgação em relação à situação e localização no terreno e/ou
prédio, vista frontal e lateral, quando for o caso;
III – dimensões e altura de sua cotação em relação ao passeio e à largura da rua ou avenida; e
IV – descrição pormenorizada dos materiais que o compõem, suas formas de sustentação e
fixação, sistema de iluminação, cores a serem empregadas e demais elementos pertinentes.
Art. 238. Para o fornecimento da autorização poderão ainda ser solicitados os seguintes
documentos:
I – termo de responsabilidade assinado pela empresa responsável ou Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo CREA;
II – prova de direito de uso do local, ressalvado o caso de colocação de faixas, anúncios
orientadores e institucionais;
III – apresentação de seguro de Responsabilidade Civil, sempre que o veículo apresente
estrutura que, por qualquer forma, possa apresentar risco à segurança pública; e
IV – alvará de localização.
Art. 239. As placas e anúncios de propaganda acima de três metros quadrados conterão
obrigatoriamente frases educativas.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 545
Art. 240. Os veículos de divulgação devem ser compatíveis ou compatibilizados com os
usos de solo adjacentes e com o visual ambiental do espaço físico onde se situam, de modo a
não criar condições adversas que decorram em prejuízo de ordem ambiental e/ou econômica à
comunidade como um todo.
Parágrafo Único. O Município deverá identificar e propor normas específicas para as
áreas de interesse visual, em face da inserção de elementos construídos ou a construir.
Art. 241. A toda e qualquer entidade que fizer uso das faixas e painéis afixados em locais
públicos cumpre a obrigação de remover tais objetos até setenta e duas horas após o
encerramento dos atos que aludirem.
Parágrafo Único. O descumprimento ao caput deste artigo acarreta pena de multa de 5
(cinco) a 10 (dez) UFM’s.
Art. 242. Será facultado às casas de diversões, teatros, cinemas e outros, a colocação de
programas e de cartazes artísticos na sua parte externa, desde que colocados em lugar próprio
e que se refiram exclusivamente às diversões neles exploradas.
Art. 243. É vedada a colocação de anúncios:
I – que obstruam ou reduzam o vão de portas, janelas e bandeirolas;
II - que, pela quantidade, proporção ou disposição, prejudiquem o aspecto das fachadas;
III – que desfigurem, de qualquer forma, as linhas arquitetônicas dos edifícios;
IV – que, de qualquer modo, prejudiquem os aspectos paisagísticos da cidade, suas
panoramas, monumentos, edifícios públicos, igrejas ou templos;
V – que, pela natureza, provoquem aglomerações prejudiciais ao trânsito;
VI – que sejam ofensivos à moral ou contenham dizeres desfavoráveis a indivíduos, crenças ou
instituições;
VII – que contenham incorreções de linguagem; e
VIII – que não atendam ao disposto no § 4º do artigo 59 desta Lei.
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Parágrafo Único. O descumprimento ao previsto neste artigo acarreta pena de multa de
5 (cinco) a 50 (cinqüenta) UPF’s.
Art. 244. São também proibidos os anúncios:
I – inscritos ou afixados nas folhas das portas ou janelas;
II - pregados, colocados ou dependurados em árvores das vias públicas ou outros logradouros,
e nos postes telefônicos ou de iluminação, bem assim a propaganda panfletária por
quaisquer meios, inclusive cartazes ou folhetins distribuídos na via pública diretamente aos
transeuntes;
III – confeccionados em material não resistente às intempéries, exceto os que forem para uso
no interior dos estabelecimentos, para distribuição a domicílio ou em avulsos;
IV – aderentes, colocados nas fachadas dos prédios, paredes, muros ou tapumes, salvo
licença especial do Município; e
V – em faixas que atravessem a via pública, salvo licença especial do Município.
Parágrafo Único. O descumprimento ao previsto neste artigo acarreta pena de multa de
5 (cinco) a 30 (trinta) UPF’s.
Art. 245. Fica vedada a colocação e/ou fixação de veículos de divulgação:
I – nos logradouros públicos, viadutos, túneis, pontes, elevadas, monumentos, inclusive
canteiros, rótulas e pistas de rolamento de tráfego, muros, fachadas e empenas cegas,
com exceção daqueles veiculados pelo Município e que possuam caráter institucional ou
educativo;
II – que utilizem dispositivos luminosos que produzam ofuscamento ou causem insegurança ao
trânsito de veículos ou pedestres;
III – que prejudiquem a visualização das sinalizações viárias e outras destinadas à orientação
do público;
IV – que desviem a atenção dos motoristas ou obstruam sua visão ao entrar e sair de
estabelecimentos, caminhos privados, ruas e estradas;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 547
V – que apresentem conjunto de forma e cores que possam causar mimetismo com as
sinalizações de trânsito e/ou de segurança;
VI – em veículos automotores sem condições de operacionalidade;
VII – que se constituam em perigo à segurança e à saúde da população ou que, de qualquer
forma, prejudiquem a fluidez dos seus deslocamentos nos logradouros públicos;
VIII – que atravessem a via pública ou fixada em árvores;
IX – que prejudiquem, de alguma maneira, as edificações vizinhas ou direitos de terceiros;
X – que por qualquer forma prejudiquem a insolação ou a aeração da edificação em que
estiverem instalados;
XI – no mobiliário urbano, se utilizados como mero suporte de anúncio, desvirtudes de suas
funções próprias;
XII – em obras públicas de arte, tais como pontes, viadutos, monumentos e assemelhados, ou
que prejudiquem a identificação e preservação dos marcos referenciais urbanos;
XIII – quando um ou mais veículos de divulgação se constituírem em bloqueio de visuais
significativos de edificação, conjuntos arquitetônicos e elementos naturais de expressão na
paisagem urbana e rural;
XIV – em cemitérios, salvo com a finalidade orientadora;
XV – que veiculem mensagem fora do prazo autorizado ou de estabelecimentos desativados;
XVI – em mau estado de conservação no aspecto visual, como também estrutural;
XVII – mediante emprego de balões inflamáveis;
XVIII – veiculados mediante uso de animais;
XIX – fora das dimensões e especificações elaboradas na regulamentação desta Lei;
XX – quando se referirem pejorativamente a pessoas, instituições ou crenças, ou quando
utilizarem incorretamente o vernáculo;
XXI – quando favorecerem ou estimularem qualquer espécie de ofensas ou discriminação
racial, social ou religiosa; e
XXII – quando veicularem elementos que possam induzir à atividade criminosa ou ilegal, à
violência, ou que possam favorecer, enaltecer ou estimular tais atividades.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 548
Parágrafo Único. As infrações ao disposto neste artigo acarretam pena de multa de 5
(cinco) a 100 (cem) UFM’s
Art. 246. Os proprietários de veículos de divulgação são responsáveis perante o
Município pela segurança, conservação e manutenção.
Parágrafo Único. Respondem, solidariamente, com o proprietário do veículo, o
construtor, o anunciante, bem como o proprietário e/ou locatário do imóvel.
Art. 247. Aplicam-se, ainda, as disposições desta Lei:
I – a placas ou letreiros de escritórios, consultórios, estabelecimentos comerciais, industriais,
profissionais e outros; e
II – a todo e qualquer anúncio colocado em local estranho à atividade ali realizada.
Parágrafo Único. Fazem exceção ao inciso I deste artigo as placas ou letreiros que, nas
suas medidas, não excedam 0,30m X 0,50m (trinta centímetros por cinqüenta centímetros) e
que contenham apenas a indicação da atividade exercida pelo interessado, nome, profissão e
horário de trabalho.
Art. 248. São responsáveis pelo pagamento das taxas e multas regulamentares:
I – os proprietários de estabelecimentos franqueados ao público ou de imóveis que permitam
inscrição ou colocação de anúncios no interior dos mesmos, inclusive de seu
estabelecimento;
II – os proprietários de veículos automotores, pelos anúncios colocados nos mesmos; e
III – as companhias, empresas ou particulares que se encarregarem de afixação do anúncio em
qualquer parte e em quaisquer condições.
Art. 249. Os anúncios de veículos de divulgação que forem encontrados sem a
necessária autorização ou em desacordo com as disposições deste Capítulo deverão ser
retirados e apreendidos, sem prejuízo de aplicação de penalidade ao responsável.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 549
Parágrafo Único. Qualquer veículo de divulgação cujo prazo de validade de autorização
estiver vencido deverá solicitar nova autorização ou ser retirado em prazo não superior a
setenta e duas horas, sob pena de apreensão e multa.
Art. 250. Será permitida a utilização de veículos de divulgação com finalidade educativa,
bem como o de propaganda política de Partidos regularmente inscritos no Tribunal Regional
Eleitoral, na forma, períodos e locais indicados pelo Poder Executivo.
Parágrafo Único. Em se tratando de propaganda política, o Partido é responsável pelo
candidato infrator, caso este não assuma a responsabilidade.
CAPÍTULO III
DO SANEAMENTO BÁSICO
Art. 251. A execução de medidas de saneamento básico domiciliar, residencial, comercial
e industrial essencial à proteção do meio ambiente, constitui obrigação do Poder Público, da
coletividade e do indivíduo, que, para tanto, no uso da propriedade, no manejo dos meios de
produção e no exercício de atividade, fica adstrita ao cumprimento das determinações legais,
regulamentares, recomendações, vedações e interdições ditadas pelas autoridades ambientais,
sanitárias e outras competentes.
Art. 252. Os serviços de saneamento básico, como os de abastecimento de água, coleta,
tratamento e disposição final de esgotos, operados por órgãos e entidades de qualquer
natureza, estão sujeitos à avaliação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sem prejuízo
daquele exercido por outros órgãos competentes.
§ 1º. Os projetos, a construção, reconstrução, reforma, ampliação e operação de
sistemas de saneamento básico dependem de prévia avaliação pela Secretaria Municipal do
Meio Ambiente.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 550
§ 2º. Os órgãos e entidades referidos no caput deste artigo estão obrigados a adotar as
medidas técnicas corretivas destinadas a sanar as possíveis falhas que impliquem a
inobservância das normas e padrões vigentes.
Art. 253. Os órgãos e entidades responsáveis pela operação do sistema de
abastecimento público de água deverão adotar as normas e o padrão de potabilidade
estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pelo Estado, complementados pelos órgãos
municipais competentes.
Art. 254. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente manterá público o registro
permanente de informações sobre a qualidade dos sistemas de saneamento.
Art. 255. O loteador e o proprietário do imóvel ficam obrigados a adequar-se às normas,
padrões e procedimentos definidos pela Política Municipal de Saneamento Ambiental.
Art. 256. Quando não existir rede coletora de esgotos, as medidas adequadas ficam
sujeitas à avaliação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sem prejuízo das de outros
órgãos, que fiscalizará a sua execução e manutenção, sendo vedado o lançamento de águas
servidas a céu aberto ou na rede de águas pluviais.
Art. 257. A coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos de
qualquer espécie ou natureza processar-se-á em condições que não tragam malefícios ou
inconvenientes à saúde, ao bem-estar público ou ao meio ambiente.
§ 1º. Fica expressamente proibido:
I – a deposição de resíduos sólidos em locais inapropriados, em área urbana ou rural;
II – a queima e a disposição final de resíduos de qualquer natureza ou espécie a céu aberto,
em locais fechados ou em caldeiras sem sistema de tratamento de particulados;
III – a utilização de resíduos sólidos in natura para alimentação de animais e adubação
orgânica;
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 551
IV – o lançamento de resíduos de qualquer natureza ou espécie em sistemas de drenagem de
águas pluviais;
V – o lançamento de águas servidas ou efluente e local em logradouros públicos; e
VI - o banho em animais ou a lavagem de veículos nas zonas balneários, represas, fontes,
arroios, piscinas ou espelhos d’água.
§ 2º. É obrigatória a adequada coleta, transporte, tratamento e destinação final de
resíduos de serviços de saúde e de resíduos perigosos, de acordo com a legislação em vigor.
§ 3º. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no
valor de 10 (dez) a 1000 (mil) UFM’s
CAPÍTULO IV
DA HIGIENE E LIMPEZA
Art. 258. A limpeza das vias públicas e outros logradouros, bem como a retirada do lixo
domiciliar, são serviços privativos da Municipalidade, podendo ser delegado, observando-se as
disposições legais.
Art. 259. O lixo será coletado no passeio público fronteiriço ao imóvel, acondicionado em
recipiente adequado, devendo ser colocado meia hora antes da passagem do veículo coletor.
Parágrafo Único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade
de multa no valor de 4 (quatro) a 20 (vinte) UFM’s.
Art. 260. Os proprietários de imóveis devem mantê-los em perfeito estado de limpeza e
drenados, bem como o passeio público fronteiriço aos mesmos, não permitindo, de qualquer
forma, o uso dos mesmos como depósito de resíduos, além de outras disposições previstas em
lei.
Parágrafo Único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade
de multa no valor de 4 (quatro) a 30 (trinta) UFM’s
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 552
Art. 261. Os condomínios residenciais e comerciais, os prédios com mais de quatro
residências ou acima de três pavimentos, bem como as indústrias localizadas no perímetro
urbano do Município de Paranaguá, ficam obrigados a instalar e manter em condições
adequadas, no passeio público, lixeiras para lixo orgânico e lixo seletivo.
Parágrafo Único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade
de multa no valor de 5 (cinco) a 30 (trinta) UFM’s.
Art. 262. O lixo séptico de hospitais, ambulatórios, casas de saúde, clínicas e
consultórios médicos e veterinários, bem como os restos de alimentos daqueles
estabelecimentos que servirem refeições, deverão ter destinação adequada conforme
determinado em lei.
Parágrafo Único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade
de multa no valor de 10 (dez) a 100 (cem) UPF’s
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 263. Somente será renovado o alvará de funcionamento da empresas já instaladas
no Município de Paranaguá, após a comprovação de sua adequação ao que dispõe este
Código, por meio de certidão a ser expedida pela SEMMA.
Art. 264. Deverão ser previstos na dotação orçamentária da SEMMA e dos demais
órgãos relacionados, os recursos financeiros necessários à implementação deste Código.
Art. 265. Todas as situações e fatos ambientais que se encontrem ou se encontrarem em
desacordo com o que dispõe este Código, ou contrarie seus princípios, mas não estejam
previstos em texto legal, serão gerenciados pela SEMMA, que estabelecerá os procedimentos
a serem seguidos pelos interessados e fixará prazos para a sua observância.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 553
Art. 266. No prazo de cento e oitenta dias, contados da publicação, o Poder Executivo
regulamentará a presente Lei, no que couber, estabelecendo as normas técnicas, padrões e
critérios definidos com base em estudos e propostas realizados pela SEMMA e demais órgãos
integrantes do Sistema Municipal do Ambiente, e os demais procedimentos para licenciamento,
controle e fiscalização, necessários à implementação do disposto neste Código.
Art. 267. São recepcionados, por este código, todos os dispositivos de leis municipais
que tratam de matéria ambiental, com ele não conflitantes, em especial na lei municipal nº
4.859/91, e suas alterações, que trata do lixo hospitalar.
Art. 268. Este Código entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Prefeitura de Paranaguá, de de 2007.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 554
8 RECOMENDAÇÕES PARA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PROPOSTA
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 555
Para a correta aplicação da Lei nº10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade,
há a necessidade da formulação de um conjunto de leis municipais disciplinando a utilização
dos instrumentos definidos por esta Lei Federal para que seja possível atingir as metas de
desenvolvimento do Município de Paranaguá.
No conjunto de leis apresentados como proposta para este município aparecem, por
vezes, a necessidade de criar uma série normativas para que se possa aplicá-lo com eficácia.
Para tanto, a seguir são descritas algumas recomendações para o melhor aproveitamento da
utilização da legislação proposta.
8.1 Recomendações Gerais
I. Definição do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, órgão consultivo
e deliberativo em matéria de gestão de políticas públicas territoriais, urbanas ou
rurais, que tem como atribuição o acompanhamento da aplicação do Plano
Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Paranaguá, analisando e
deliberando sobre questões relativas à sua aplicação, entre outras, de acordo
com a proposta da Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.
II. Criação e instituição do Sistema Único de Informações da Prefeitura Municipal
de Paranaguá, que possibilite o monitoramento e a avaliação de dados do
município entre todas as secretarias e departamentos da prefeitura,
possibilitando difundir as informações públicas
III. Criação de Legislação Municipal específica para a criação e instituição das
Conferências Públicas, de acordo com a proposta da Lei do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado.
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8.2 Recomendações para a aplicação da Lei do PDDI - Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado e da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do
Solo
I. Criação de Lei Municipal específica para a determinação regulamentar os
instrumentos da parcelamento, edificação e utilização compulsórios, IPTU
progressivo e desapropriação com títulos da dívida pública.. Esta lei dará
respaldo para as diretrizes definidas na Lei do PDDI e para a Lei de Zoneamento
de Uso e Ocupação do Solo.
II. Criação de Lei Municipal específica para determinar as áreas onde incidirão o
Direito de Preempção, definindo procedimentos e fixando prazos de vigência.
Esta lei dará respaldo para as diretrizes definidas na Lei do PDDI e para a Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
III. Criação de Lei Municipal específica para a utilização do instrumento de Outorga
Onerosa do Direito de Construí, de acordo com a Lei do PDDI e a Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
IV. Criação de Lei Municipal específica para a utilização do instrumento de
Operações Urbanas Consorciadas, de acordo com a Lei do PDDI e a Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
V. Definição em Lei Municipal específica dos critérios para aplicação da
Transferência de Potencial Construtivo, de acordo com o descrito na Lei do
PDDI e como respaldo à Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.
VI. Criação Lei Municipal específica para a instituição do Estudo de Impacto de
Vizinhança (EIV), de acordo com o descrito na Lei do PDDI.
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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 557
VII. Criação de Lei Municipal específica que dê suporte à criação das ZEIS, onde
estas serão tratadas uma a uma, através da criação de decretos e planos
próprios de urbanização, seguindo as diretrizes da Lei do PDDI e as propostas
apresentadas por este PDDI.
8.3 Recomendações para a aplicação do Código de Obras e Edificações e do
Código de Posturas
I. Criação e instituição da Comissão de Ética, conforme diretrizes e composição
citada no Código de Obras e Edificações.
II. Definição de um Sistema de Fiscalização eficiente para a aplicação das normas
definidas pelo Código de Obras e Edificações e pelo Código de Posturas.
III. Criação de Lei Municipal específica ou Decreto específico instituindo os valores
de taxas administrativas, assim como contratação de serviços terceirizados ou
executados pela prefeitura, quando não executados pelo proprietário.
8.4 Recomendações para a aplicação da Lei do Sistema Viário e Lei do Sistema
Cicloviário
I. Definição da padronização de tipologia e desenho para calçadas e interseções
das ciclovias e calçadas com as vias, e instituição através de Lei Municipal
específica;
II. Criação de Lei Municipal específica para o Sistema Viário Municipal, incluindo
levantamento e diagnóstico de todas as vias, de acordo com Legislações
Estadual e Federal pertinentes.