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Universidade Federal do Paraná Fundação da Universidade Federal do Paraná Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá _________________________________________________________________________________________________________ VOLUME IV Proposta de Legislação Para o Município de Paranaguá .

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VOLUME IV – Proposta de Legislação Para o Município de Paranaguá .

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 2

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 4

2 LEI DO PLANO DIRETOR - ANTEPROJETO DE LEI................................................................. 6

3 LEI DO PERÍMETRO URBANO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR....................... 64

4 LEI DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – ANTEPROJETO DE LEI

COMPLEMENTAR.......................................................................................................................... 68

5 LEI DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL – ANTEPROJETO DE LEI

COMPLEMENTAR........................................................................................................................ 169

6 LEI DE SISTEMA VIÁRIO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR .............................. 179

7 LEI DO SISTEMA CICLOVIÁRIO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR ................. 201

8 LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

............................................................................................................................................... 207

9 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR........ 239

10 CÓDIGO DE POSTURAS – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR .............................. 383

11 CÓDIGO AMBIENTAL – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR................................... 459

12 RECOMENDAÇÕES PARA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PROPOSTA............................. 554

12.1 Recomendações Gerais ............................................................................................................... 555

12.2 Recomendações para a aplicação da Lei do PDDI - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado

e da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo .......................................................................... 556

12.3 Recomendações para a aplicação do Código de Obras e Edificações e do Código de Posturas .. 557

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12.4 Recomendações para a aplicação da Lei do Sistema Viário e Lei do Sistema Cicloviário .......... 557

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 4

1 INTRODUÇÃO

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O processo de elaboração do Plano Diretor de Paranaguá atinge o momento de

formatação dos Anteprojetos que irão para avaliação da Comissão de Acompanhamento e para

a Câmara de Vereadores, finalizando a documentação a ser entregue pela FUNPAR/UFPR

com relação ao PDDI Paranaguá.

Este VOLUME IV – Proposta da Legislação apresenta os Anteprojetos de Leis e

Códigos para o Município de Paranaguá.

Os anteprojetos de Lei propostos foram elaborados com base na avaliação e discussão

dos resultados das fases anteriores do PDDI, em reuniões técnicas com o Grupo Técnico

Municipal e com o Núcleo do plano Diretor, e têm o compromisso de subsidiar a gestão do

desenvolvimento municipal pelos próximos dez anos.

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2 LEI DO PLANO DIRETOR - ANTEPROJETO DE LEI

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 7

LEI DO PLANO DIRETOR

Institui o Plano Diretor de

Desenvolvimento Integrado, estabelece

objetivos, instrumentos e diretrizes para as

ações de planejamento no Município de

Paranaguá e dá outras providências.

A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito

Municipal, sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

DA FUNDAMENTAÇÃO

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta lei, com fundamento na Constituição da República, em especial no que

estabelecem os seus artigos 30 e 182; na Lei Federal n° 10.257/01, Estatuto da Cidade, na

Constituição do Estado do Paraná e na Lei Orgânica do Município de Paranaguá, institui o

Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e estabelece as normas, os princípios básicos e

as diretrizes para sua implantação.

Art. 2º O Plano Diretor, nos termos das leis que o compõem, aplica-se a toda a

extensão territorial do Município de Paranaguá.

Art. 3º. As políticas, diretrizes, normas, planos, programas, orçamentos anuais e

plurianuais deverão atender ao estabelecido nesta Lei e nas Leis que integram o Plano Diretor.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 8

Art. 4º Integram a lei do Plano Diretor instituído pela presente as seguintes leis:

I - Lei do Perímetro Urbano;

II - Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo;

III - Lei de Parcelamento do Solo Urbano;

IV - Lei do Sistema Viário;

V - Código de Obras e Edificações;

VI - Código de Posturas;

VIII – Zoneamento Ecológico-Econômico Municipal.

Parágrafo Único. Outras leis e decretos poderão integrar o Plano Diretor de

Desenvolvimento Integrado, desde que, cumulativamente:

I - tratem de matéria pertinente ao desenvolvimento urbano e às ações de planejamento

municipal;

II – mencionem, expressamente, em seu texto a condição de integrantes do conjunto de

leis componentes do Plano;

III - definam as ligações existentes e a compatibilidade entre os seus dispositivos e

aqueles das outras leis já componentes do Plano fazendo remissão, quando for o caso, aos

artigos dessas leis.

Art. 5º O Plano Diretor deverá ser revisado e atualizado em um prazo máximo de 10

(dez) anos, bem como terá suas diretrizes e propostas avaliadas e monitoradas,

periodicamente.

CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 9

Art. 6º O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Paranaguá é o

instrumento básico da política de desenvolvimento sob os aspectos físico, social, econômico e

administrativo, visando a orientação da atuação do Poder Público e da iniciativa privada, bem

como o atendimento às aspirações da comunidade, sendo a principal referência normatizadora

das relações entre o cidadão, as instituições e o meio físico.

Art. 7º Este Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado rege-se pelos seguintes

princípios:

I - garantia da função social da cidade e da propriedade;

II - promoção do desenvolvimento sustentável, entendido este como o acesso à

moradia, infra-estrutura, serviços e equipamentos, para as atuais e futuras gerações, de forma

ambientalmente correta;

III - garantia da gestão democrática com a participação da população no processo de

desenvolvimento da cidade;

IV - adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira, aos

objetivos do desenvolvimento urbano;

V – preservação, recuperação e valorização do ambiente e patrimônio natural e cultural;

VI - inclusão social, compreendida como garantia de acesso a bens, serviços e políticas

sociais a todos os munícipes;

VII - justiça social e redução das desigualdades sociais e regionais;

VIII - cumprimento das exigências dispostas no Estatuto da Cidade, bem como na

Política de Desenvolvimento Urbano e Regional para o Estado do Paraná – PDU, nos termos

dos princípios da Agenda 21, e o previsto nas legislações federal, estadual e municipal

pertinentes.

Seção I

Da Função Social da Cidade e da Propriedade

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Art. 8º A função social da cidade e da propriedade no Município de Paranaguá se dará

pelo pleno exercício, de todos, dos direitos à terra, aos meios de subsistência, ao trabalho, à

saúde, à educação, à cultura, à moradia, à proteção social, à segurança, ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, ao saneamento, ao transporte público, ao lazer, à informação, e

demais direitos assegurados pela legislação vigente.

Art. 9º Para cumprir a sua função social, a propriedade deve atender, simultaneamente,

no mínimo, às seguintes exigências:

I - intensidade de uso adequada à disponibilidade da infra-estrutura, de equipamentos e

de serviços;

II - uso compatível com as condições de preservação da qualidade do meio ambiente,

da paisagem e do patrimônio local;

III - aproveitamento e utilização compatíveis com a segurança e saúde de seus usuários

e da vizinhança;

IV – utilização adequada do terreno, segundo os parâmetros mínimos definidos na Lei

de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e legislações correlatas.

§1°. O direito de propriedade sobre o solo não acarreta, obrigatoriamente, o direito de

construir, cujo exercício deverá ser autorizado pelo Poder Executivo, segundo os critérios

estabelecidos nesta Lei, na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e no Código de

Obras e Edificações.

§2°. Os direitos decorrentes da propriedade individual estarão subordinados aos

interesses da coletividade.

§ 3°. O Município utilizará os instrumentos previstos nesta lei e demais legislações

pertinentes para assegurar o cumprimento da função social da cidade e da propriedade.

Art. 10 Em caso de descumprimento da função social da cidade e da propriedade

descritas pela legislação vigente, deverão ser utilizados os instrumentos da política municipal

constantes do Título IV desta Lei.

Seção II

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 11

Da Gestão Democrática

Art. 11 Entende-se por gestão democrática a participação da população e de

associações representativas dos vários segmentos da comunidade nos processos de

planejamento, tomada de decisão e controle das ações públicas, por meio de espaços

institucionalizados onde o Poder Público constituído delega o seu direito de decisão.

Art. 12 Deverá ser respeitada a participação de todas as entidades da sociedade civil

organizada, bem como daqueles que tiverem interesse em todas as políticas públicas,

programas, projetos, planos, diretrizes e prioridades contidas neste plano, de modo a garantir o

controle direto das atividades e o pleno exercício da cidadania, constituindo obrigação do poder

público proceder à efetiva convocação das entidades e cidadãos para as atividades onde tal

participação é exigida.

Seção III

Da Sustentabilidade Ambiental

Art. 13 Todas as ações contempladas nesta Lei têm como pressuposto a

sustentabilidade ambiental, de acordo com o artigo 225 da Constituição da Federal, com o

objetivo de assegurar ao Município de Paranaguá os recursos naturais básicos necessários à

qualidade de vida das gerações atuais e futuras.

Art. 14 É dever da Prefeitura, da Câmara Municipal e da comunidade zelar pela

proteção ambiental em todo o território do Município, de acordo com as disposições da

Legislação Municipal e das normas adotadas pelo Estado e União.

Seção IV

Da Preservação do Patrimônio Natural e Cultural

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Art. 15 O desenvolvimento de políticas de preservação e valorização do patrimônio

natural e cultural do Município de Paranaguá visa à proteção, recuperação e conservação da

paisagem dos bens culturais, devendo ter como objetivos:

I - garantia de integridade do patrimônio natural e cultural do Município;

II - incorporação da proteção desse patrimônio natural e cultural ao processo

permanente de planejamento e ordenação do território;

III - aplicação de instrumentos normativos, administrativos e financeiros para viabilizar

sua gestão;

IV - conscientização da população sobre a necessidade da proteção e recuperação dos

valores culturais e ambientais;

V - impedimento ou controle do funcionamento e da implantação ou ampliação de

construções ou atividades que comportem risco efetivo ou potencial de dano à qualidade de

vida e ao patrimônio natural e cultural.

CAPÍTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS

Art. 16 São diretrizes e objetivos gerais do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado

de Paranaguá:

I - estabelecer processo contínuo, integrado e participativo de planejamento e gestão

entre o governo municipal e a comunidade;

II - aumentar a eficácia da ação governamental, promovendo a integração e a

cooperação com os governos federal e estadual e com os municípios da Região Litorânea do

Paraná, no processo de planejamento e gestão das questões de interesse comum;

III – stabelecer o bairro como parâmetro de acessibilidade aos serviços, infra-estrutura e

equipamentos urbanos, bem como local de expressão cultural e de cidadania;

IV - elevar a qualidade de vida da população, particularmente no que se refere à saúde,

à educação, às condições habitacionais, à infra-estrutura e aos serviços públicos, de forma a

promover a inclusão social, reduzindo as desigualdades sociais;

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V - prevenir distorções e especulação da propriedade urbana, de modo a assegurar o

cumprimento da função social da propriedade e da cidade;

VI - garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes das obras e serviços

de infra-estrutura urbana;

VII - condicionar a organização espacial à sustentabilidade ambiental e ao

desenvolvimento socioeconômico.

VIII - estabelecer política de longo prazo junto às concessionárias de serviços de

saneamento e órgãos de controle ambiental;

IX - elevar a qualidade do ambiente urbano, por meio da preservação, proteção e

recuperação do meio ambiente e do patrimônio cultural e paisagístico;

X - fortalecer economicamente o município e promover o desenvolvimento do setor de

serviços, da logística e do comércio local;

XI – garantir e adequar as relações entre as funções do Porto e as funções da cidade;

XII – estabelecer condições para que os fluxos de tráfego do Porto e em direção ao

litoral não comprometam o desenvolvimento do tráfego da cidade;

XII - promover a comunicação ampla para construção e manutenção de bancos de

dados, cadastros urbanos, parâmetros e indicadores, que permitam o monitoramento e a

avaliação sistemática do desenvolvimento urbano e rural, garantindo plena acessibilidade

desses dados a todo o cidadão.

TÍTULO II

DAS DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO

Art. 17 A consecução do Plano Diretor dar-se-á com base na implementação de

políticas setoriais integradas, definindo-se diretrizes que contemplem os eixos: territorial,

institucional, ambiental, social, econômico, patrimonial, de circulação e de infra-estrutura e

serviços, nas escalas regional, municipal e urbana.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 14

Parágrafo Único. As diretrizes estabelecidas nesta Lei deverão ser observadas de

forma integrada e simultânea pelo Poder Público Municipal, visando garantir a sustentabilidade

do Município.

Art. 18 Para garantir a implementação das diretrizes, a Prefeitura Municipal deverá

implantar um Plano de Ação que estabeleça prioridades, prazos e orçamento preliminar para

sua consecução.

§ 1º. Os recursos necessários para a implementação das obras indicadas no Plano de

Ação referido no caput deste artigo deverão estar previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias

e nos orçamentos anuais.

§ 2º. Os Planos Plurianuais, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos Anuais

devem ser elaborados e compatibilizados com o Plano de Ação referido neste artigo,

assegurada ampla participação da cidadania na elaboração e controle social de todas essas

peças.

CAPÍTULO I

DAS DIRETRIZES REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO

Art. 19 Para a promoção do desenvolvimento na escala regional devem ser observadas

as seguintes diretrizes:

I - implementar os instrumentos legais regidos pelo Estatuto da Cidade, de forma a

consolidar os espaços urbanos municipais, e preservar as áreas rurais na região do litoral,

propiciando a manutenção e o desenvolvimento de atividades agropecuárias que sejam

compatíveis com o espaço urbano e com as restrições ambientais;

II - aperfeiçoar os canais de participação da sociedade para discussão das questões

referentes ao planejamento urbano e à problemática litorânea, por meio da criação de fóruns

regionais no município para o debate de questões de interesse da população;

III - fortalecer as políticas litorâneas através da implementação de consórcios

intermunicipais que tratem de questões comuns aos municípios e ao estado;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 15

IV - implementar uma política ambiental municipal em consonância com a política

ambiental estadual, tendo como estratégia de ação a criação de Áreas de Proteção,

Preservação e Conservação;

V - implementar a política regional de saneamento ambiental, através do Consórcio

Intermunicipal de Resíduos Sólidos;

VI - fortalecer o sistema viário regional que passa pelo município, visando a

acessibilidade regional, a fluidez no trânsito e a segurança viária, de modo a incentivar a

implantação de atividades econômicas em seu território;

VII - criar eixos de transportes coletivos, de forma a propiciar maior fluidez nos

deslocamentos intermunicipais;

VIII – aproveitar as condições da localização do município, assim como sua vocação

portuária, para integração na dinâmica econômica nacional, tendo como estratégia de ação o

fortalecimento dos terminais intermodais do município;

IX – elaborar estudo para a identificação das cadeias produtivas regionais e

desenvolvimento rural, incentivando a preservação das atividades econômicas de caráter rural

de importância para o equilíbrio regional;

X - consolidação do sistema viário regional no município, através de convênios com os

poderes públicos estadual e federal, considerando-se como vias prioritárias.

CAPÍTULO II

DAS DIRETRIZES MUNICIPAIS DE DESENVOLVIMENTO

Art. 20 São diretrizes municipais de desenvolvimento:

I - estruturar a cidade segundo Centros de Bairro, contemplados com espaços de área

de lazer, comércio e de acesso a serviços e informações da Prefeitura;

II – garantir a existência de um perímetro urbano que atenda às necessidades de

crescimento da população, sem significar custos adicionais, de infra-estrutura e de serviços

públicos, à municipalidade;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 16

III – alterar a condição de distrito da área de Alexandra, tornando-a área urbana

contígua à mancha urbana de Paranaguá, na condição de centro industrial, de prestação de

serviço e de expansão urbana;

IV - recuperar e preservar a paisagem urbana, valorizando aspectos naturais e culturais;

V - promover a distribuição de usos e a intensificação do aproveitamento do solo de

forma equilibrada com a infra-estrutura, com os transportes e com o meio ambiente, de modo a

evitar sua sobrecarga ou ociosidade;

VI - definir áreas impróprias à ocupação, segundo: declividade, solo, áreas inundáveis,

paisagem notável, áreas de preservação permanente e demais áreas com restrições

ambientais;

VII – revitalizar a área central, fortalecendo o comércio local e diminuindo conflitos de

tráfego;

VIII – valorizar a relação do morador com seu bairro e promover a integração da cidade;

IX – propiciar a melhoria das unidades habitacionais, assim como sua regularização

urbanística e fundiária;

X – ordenar e segregar o tráfego de veículos e trens de carga, de forma a garantir a

fluidez do sistema e a qualidade de vida aos moradores e usuários da malha urbana.

CAPÍTULO III

DO PLANO DE AÇÕES PRIORITÁRIAS

Art. 21 São instrumentos adequados para a efetiva implantação da política de

desenvolvimento do Município de Paranaguá:

I – as diretrizes definidas neste Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

II – os Planos de Ação Integrada;

III – as leis especiais que vierem a regulamentar a presente lei visando à consecução

dos objetivos e metas do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 17

Art. 22 Ficam estabelecidos os seguintes setores prioritários de ação:

I – organização institucional da prefeitura e implementação de sistema integrado de

informações municipais;

II. – saneamento básico;

III – ordenamento do sistema viário;

IV – regularização fundiária e provisão habitacional;

V – expansão portuária;

VI – valorização do patrimônio cultural.

VII – desenvolvimento das atividades turísticas;

VIII – capacitação técnica e/ou profissionalizante da população para atendimento ao

mercado de trabalho local.

CAPÍTULO IV

DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E GESTÃO

DEMOCRÁTICA

Art. 23 São diretrizes da Política de Desenvolvimento Institucional:

I - reorganizar a estrutura administrativa municipal, racionalizando atribuições, funções e

inter-relações entre as secretarias municipais e demais órgãos;

III - fortalecer, qualificar e capacitar o quadro técnico municipal, para implementação de

um processo contínuo de planejamento e gestão do Plano Diretor;

IV - promover a participação, o controle social e a integração entre as políticas públicas

municipais, através da criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, composto

pela sociedade civil e Prefeitura Municipal;

V - implantar e atualizar um banco de dados e informações georreferenciadas do município,

que auxiliará no planejamento e monitoramento municipal;

VI - regulamentar o processo de consulta, discussão e deliberação de questões ligadas ao

planejamento e gestão municipal, promovendo a participação de representantes de órgãos

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 18

federais e estaduais atuantes em Paranaguá;

VII - promover a gestão municipal participativa, através da consulta permanente às esferas de

representação popular;

VIII – melhorar a comunicação com os órgãos ambientais estaduais e federais, atuantes no

município, visando o exercício harmônico de competências comuns, em matéria de controle do

uso e da ocupação do solo municipal.

Parágrafo único. Para a consecução da Política de Desenvolvimento Institucional

devem ser observadas as seguintes diretrizes:

I - promover a gestão municipal participativa.

II - estabelecer um sistema de informações sobre o município, organizando banco de

dados georreferenciado, periodicamente atualizado, que auxiliará no planejamento e

monitoramento municipal;

III – fortalecer a capacidade municipal de regulação e gestão da cidade, dotando os

setores competentes de condições técnicas, institucionais e operacionais necessárias ao

exercício de suas funções.

Art. 24 Para a construção de uma gestão democrática, devem ser observadas as

seguintes diretrizes:

I - criar instâncias participativas e deliberativas de gestão democrática, com participação

popular, no nível municipal e regional;

II - adotar mecanismos de participação democrática e de repartição de poder, tais como

Orçamento Participativo, Conselhos Setoriais, iniciativa popular de leis e projetos, audiências

públicas, conferências;

III - garantir a efetiva participação popular na elaboração e implementação do Plano

Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá, do Zoneamento Ecológico-Econômico de

Paranaguá e dos orçamentos municipais, bem como na definição e implementação da política

urbana;

IV - buscar apoio dos governos Federal e Estadual com recursos e programas de

capacitação para a execução da política urbana integrada;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 19

V - assegurar aos habitantes o acesso à informação em poder dos órgãos públicos, bem

como a sua participação em um processo contínuo, descentralizado e democrático de gestão;

VI – integrar as ações públicas e privadas através de programas, projetos e parcerias.

CAPÍTULO V

DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA URBANA

Art. 25 As diretrizes gerais da Política Urbana do Município de Paranaguá são:

I – Promover o direito à cidade sustentável, entendido o direito à terra urbanizada, à

moradia, à saúde, à educação, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura e aos equipamentos

urbanos de qualidade, o acesso ao trabalho, cultura e lazer, para as presentes e futuras

gerações;

II - Garantir o direito de toda pessoa à igualdade e à equidade enquanto beneficiário de

políticas e programas públicos, sem distinção de raça, cor, origem nacional ou étnica e gênero,

o que implica na tomada de ações positivas do Estado em proibir e eliminar a discriminação

quanto ao desfrute dos direitos humanos, em particular dos direitos econômicos, sociais e

culturais;

III - Articular e integrar as políticas urbanas com políticas de inclusão social como a

universalização da assistência técnica e jurídica;

IV - Articular e integrar as políticas locais com políticas regionais e nacionais;

V - Tornar a função social da propriedade em eixo de uma política urbana inclusiva que

modifique a realidade pela implementação combinada dos diversos instrumentos de reforma

urbana, visando à regulação pública da propriedade privada, à justa distribuição dos custos e

benefícios do processo de urbanização, ao reconhecimento da cidade informal, à gestão

democrática e ao desenvolvimento sustentável;

VI - Apoiar a implementação de política fundiária de ampliação de acesso à terra para

famílias de baixa renda, utilizando-se de Zonas Especiais de Interesse Social e demais

instrumentos do Estatuto da Cidade;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 20

VII - Promover o incremento da gestão local de desenvolvimento urbano através de

política e linhas de financiamento de acesso aos recursos públicos, para a construção das

bases de informação sobre o território e a capacitação de quadros técnicos;

VIII - Planejar e executar políticas e programas municipais, estaduais e nacionais,

habitacionais, de saneamento e de transporte levando devidamente em conta os interesses

legítimos das pessoas pertencentes às minorias, tais como os índios, as pessoas portadoras de

deficiências físicas e mentais e de necessidades especiais, dentre outros.

Art. 26 A Política Urbana do Município de Paranaguá tem como eixos estruturais:

I - A promoção do desenvolvimento socioeconômico envolvendo município e porto;

II - A geração de emprego e renda;

III - A melhoria das condições ambientais do município;

IV - O direito à moradia;

V - A ampliação da participação dos cidadãos na gestão municipal.

Seção I

Das Diretrizes da Política Municipal de Habitação

Art. 27 A Política Municipal de Habitação do Município de Paranaguá tem como objetivo

permitir o acesso à moradia, bem como melhorar as condições de habitabilidade da população

de baixa renda, atendendo às seguintes diretrizes:

I - Desenvolver projetos de urbanização de assentamentos precários estabelecendo

padrões especiais de uso do solo - desde que haja condições de fixação da população nestas

áreas - visando melhorar a sua condição de habitabilidade, propiciando segurança, garantindo

a mobilidade urbana e promovendo a inclusão social e integração das áreas ao tecido urbano

da cidade;

II - Remover unidades residenciais dos núcleos habitacionais que estejam em condições

de risco, tanto para a população quanto para o meio, garantindo a relocação em melhores

condições de habitabilidade e a recuperação ambiental da área;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 21

III - Estimular programas de urbanização e regularização fundiária como partes

integrantes da política municipal de habitação;

IV - Adotar instrumentos de política urbana previstos na Lei Federal n° 10.257 –

Estatuto da Cidade, para aumentar a oferta de terra para habitação de interesse social e

incentivar a participação da iniciativa privada na produção dessas habitações;

V - Promover a prestação de assistência jurídica e técnica gratuita para população de

baixa renda;

VI – Coibir as ocupações em áreas de risco ambiental, áreas de preservação ambiental

e outras áreas não edificáveis, a partir de ação integrada dos setores municipais responsáveis

pelo planejamento, controle urbano, defesa civil, obras e manutenção e as redes de agentes

comunitários ambientais e de saúde;

VII - Promover a participação da população beneficiada nos programas habitacionais no

gerenciamento e administração dos recursos, através de autogestão e co-gestão;

VIII - Constituir e capacitar permanentemente equipe técnica da administração municipal

para os programas de urbanização e regularização fundiária;

IX - Integrar o Município em ações de Política Habitacional Estadual e Nacional;

X - Agilizar os processos de transferência de áreas públicas federais destinadas a

programas de urbanização e regularização fundiária.

Seção II

Das Diretrizes da Política Municipal do Patrimônio

Art. 28 A Política Municipal do Patrimônio de Paranaguá tem como objetivo identificar,

valorizar, proteger e conversar os bens naturais e culturais do Município, atendendo as

seguintes diretrizes:

I – Valorizar o patrimônio natural e cultural do município através de ações de

salvaguarda dos bens considerados patrimônios;

II – Considerar os grandes conjuntos patrimoniais existentes no município e que

contribuem para a consolidação da sua identidade, quais sejam:

a) A Baia de Paranaguá e as Ilhas;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 22

b) O Centro Histórico tombado;

c) O Porto;

d) A Área do Rocio;

e) O atual Distrito de Alexandra;

f) A arborização urbana, as áreas verdes, as unidades de conservação e áreas de

preservação permanente estabelecidas, regidas por leis específicas;

g)O Casario representativo dos diferentes momentos históricos e representações por

imóveis e/ou conjuntos protegidos pelas leis de tombamento;

h)As manifestações culturais representativas da história e da cultura do município;

III – Integrar as políticas de preservação, conservação e valorização do patrimônio

natural e cultural do Município, àquelas estabelecidas pelos poderes federal e estadual;

IV – Constituir e capacitar, permanentemente, equipe técnica da administração

municipal para os programas de preservação, conservação e valorização do patrimônio natural

e cultural;

V – Estabelecer programas e ações permanentes de preservação, conservação e

valorização do patrimônio arqueológico do Município;

VI – Incentivar a valorização do patrimônio natural e cultural por meio de projetos de

educação patrimonial, como parte de um programa permanente de educação urbana nas

escolas de 1º e 2º grau.

CAPÍTULO VI

DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA AMBIENTAL

Art. 29 As diretrizes da Política Ambiental do Município de Paranaguá visam garantir a

preservação, a conservação e a recuperação do ambiente natural com vistas a promover a

qualidade de vida da população.

Parágrafo Único. São diretrizes da Política Ambiental:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 23

I - Promover o adequado ordenamento territorial, urbano e rural, mediante planejamento

e controle do parcelamento, do uso e da ocupação do solo, visando à preservação,

conservação e recuperação do meio ambiente;

II - Readequar a atividade agrosilvopastoril de acordo com a aptidão dos solos;

III - Readequar as atividades de mineração;

IV - Garantir a preservação e a conservação dos recursos hídricos;

V - Garantir a preservação e a conservação da biodiversidade;

VI - Diagnosticar áreas potenciais para a implantação de novas unidades de

conservação;

VII - Garantir a preservação, a conservação e a recuperação do ambiente natural e

construído, mediante controle da poluição visual, sonora, da água, do ar e do solo;

VIII – Estabelecer normas, critérios e padrões de emissão de efluentes e de qualidade

ambiental, bem como normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais, naturais ou

não, em conjunto com os órgãos estadual e federal, adequando-os permanentemente em face

da legislação e de inovações tecnológicas;

IX - Adequar a legislação, com o objetivo de classificar os empreendimentos segundo

sua natureza, porte e localização, de modo a exigir medidas mitigadoras de impactos

ambientais negativos;

X - Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização

pública para a preservação, conservação e recuperação do meio ambiente.

CAPÍTULO VII

DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

Art. 30 As diretrizes referentes à Política de Saneamento Ambiental do Município de

Paranaguá são:

I - Recuperar, tratar e higienizar o ambiente e promover a reciclagem dos resíduos

industriais e domésticos;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 24

II - Definição e caracterização de novos mananciais hídricos para usos futuros,

observado-se que inicialmente deve ser trabalhada a questão da conservação da água nos

sistemas existentes para posteriormente utilizar outros mananciais;

III - Promover a extensão do sistema de saneamento nas áreas urbanas, rurais,

comunidades insulares e de expansão urbana;

IV - Adoção do Sistema Separador Absoluto em áreas urbanas e sistemas

descentralizados de esgotamento sanitário nas Áreas Peri-Urbanas e Rurais;

V - Estimular práticas de conservação quali-quantitativa da água como o uso racional, o

uso de fontes alternativas, o tratamento do esgoto e a limpeza pública adequada, no sentido de

reduzir desperdícios e garantir recursos hídricos naturais saudáveis para promoção da saúde

pública e da sustentabilidade ambiental;

VI - Aproveitamento dos sub-produtos, em especial do esgoto tratado, em áreas rurais.

Este aproveitamento, se adequado, pode ser importante tanto para proteção do meio ambiente

e saúde pública, quanto para a geração de renda;

VII - Fixar diretrizes ambientais para elaboração dos projetos de parcelamento no solo,

bem como para a instalação de atividades e empreendimentos no âmbito da coleta e

disposição dos resíduos;

VIII - Para o Sistema de Limpeza Pública é importante trabalhar questões como a

redução do consumo, o reaproveitamento dos resíduos na edificação, a disposição adequada

do resíduo na edificação e no espaço público, além da coleta seletiva. Tais questões estão

relacionadas a uma revisão de postura por parte do usuário;

IX - Gerenciar os resíduos sólidos, compreendendo a geração, a coleta, o tratamento e

a destinação adequados, fomentando parceiras com entidades associativas não-

governamentais, e o incremento de sistemas alternativos e não-convencionais de coleta;

X - Controlar e fiscalizar a produção, armazenamento, transporte, comercialização,

utilização e destino final de substâncias efetiva ou potencialmente tóxicas, explosivas ou

radioativas.

CAPÍTULO VIII

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 25

DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E SEGURIDADE SOCIAL

Art. 31 As diretrizes referentes à Política de Desenvolvimento e Seguridade Social são:

I - adequar a infra-estrutura básica e disponibilizar os serviços públicos por todo

território municipal de acordo com as necessidades de cada bairro ou comunidade rural ou

insular;

II - integrar a assistência social às demais políticas públicas para a promoção da

autonomia social e econômica, e do convívio social;

III - prevenir as situações circunstanciais de vulnerabilidade, exercendo permanente

vigilância para manutenção e ampliação do padrão básico de inclusão social alcançado;

IV - determinar organização institucional e corpo técnico da secretaria da saúde para

que haja atendimento eficiente à toda população, inclusive nas comunidades rurais e insulares;

V - desenvolver programas de saúde prioritários para as áreas de risco sócio-ambiental,

de forma articulada com as áreas de educação, meio ambiente e obras;

VI - proporcionar ações e serviços de saúde de menor grau de complexidade nas

unidades de saúde, distribuídas por todo o território municipal

VII - estabelecer formas de promover a gestão democrática e o controle social na

Educação.

VIII - atender às necessidades da população com relação ao número de vagas na rede

de ensino fundamental, infantil e creches e disponibilizar estruturas de qualidade, inclusive nas

comunidades rurais e insulares, possibilitando o acesso igualitário às unidades de ensino;

IX - promover parcerias com universidades, sociedade organizada, empresas e governo

estadual e municipal, para acesso ao Ensino Médio, técnico e profissionalizante, atendendo às

necessidades da população;

X - fomentar o desenvolvimento socioeconômico das comunidades rurais e insulares a

partir da construção de formas eficientes de relacionamento com a administração pública;

XI - proporcionar o acesso facilitado da população insular à área urbana do município;

XII - descentralizar os serviços de segurança para atendimento a todos os bairros;

XIII - incentivar a formação de Conselhos Comunitários de Segurança Pública;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 26

XIV - atuar no sentido da ação conjunta entre as Polícias Militar e Civil, sediadas no

município e, caso criada, a Guarda Municipal;

XV - favorecer a descentralização das atividades de esporte e lazer, melhorando a

qualidade de vida e permitindo aos cidadãos a ocupação prazerosa de seu tempo livre.

CAPÍTULO IX

DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO

Art. 32 As diretrizes referentes à Política de Desenvolvimento Socioeconômico do

Município de Paranaguá são:

I - Promover o desenvolvimento das atividades econômicas características do

município, buscando a participação da iniciativa privada nos investimentos necessários;

II - Criar incentivos que estimulem o investimento e a infra-estrutura para a implantação

de atividades turísticas locais e regionais;

III - Estimular o investimento e a integração do sistema portuário com o Município;

IV - Incentivar ações cooperadas entre APPA (Administração dos Portos de Paranaguá

e Antonina), concessionárias da ferrovia e da rodovia, operadores de terminais privados e

operadores portuários para melhoria e desenvolvimento do sistema logístico;

V - Estabelecer um programa de dinamização econômica em consórcio com os demais

municípios da região, principalmente quanto à viabilização de projetos que visem o

desenvolvimento regional;

VI - Atualizar e adequar a legislação de uso e ocupação do solo, com mecanismos que

possibilitem atrair e estimular novas atividades produtivas, assegurando espaços para o

desenvolvimento das atividades econômicas;

VII - Agilizar o processo de arrecadação municipal, aumentando a capacidade de

investimento do Município;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 27

VIII - Estimular iniciativas de produção cooperativa, empresas ou atividades

desenvolvidas por micro e pequenos empreendimentos;

IX -Integrar o município ao Sistema Regional de Qualificação e Capacitação da Força

de Trabalho;

X - Incentivar a atividade pesqueira industrial;

XI - Incentivar o desenvolvimento do turismo e da produção artesanal;

XII - Ampliar o tecido empresarial com foco na micro empresa e pequena empresa;

XIII - Estimular o desenvolvimento de culturas florestais sustentáveis e fruticultura.

CAPÍTULO X

DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE CIRCULAÇÃO E DE TRANSPORTE

Art. 33 As diretrizes referentes à Política de Sistema Viário, de Circulação e de

Transporte do Município de Paranaguá são:

I - Organizar e integrar as modalidades de transportes de maneira a otimizar e facilitar

os acessos marítimos e terrestres às áreas de interesse portuário, industrial, comercial e

residencial, adequando-as em planejamento estratégico municipal e minimizando conflitos

entre as rodovias Estaduais e Federais com o tráfego local e o sistema viário municipal;

II - Considerar o aspecto microrregional do sistema viário, coordenando trabalhos e

projetos com os demais municípios litorâneos;

III. Evitar a sobreposição dos tráfegos local, de longa distância e de cargas de maneira

a melhorar o nível de serviço e a capacidade atual da malha viária – redirecionamento dos

fluxos Porto/Município/Litoral;

IV - Determinar um novo sítio aeroportuário para a implantação de linhas aéreas

regulares para transporte de passageiros e exploração do transporte de cargas;

V - Dinamizar a capacidade da atual ferrovia, solucionar as limitações técnicas e

operacionais dos pátios e ramais ferroviários que se encontra dentro do perímetro urbano e

minimizar as interferências do modal ferroviário com o sistema viário e tráfego local;

VI - Para o sistema viário, dar a prioridade aos investimentos referentes aos

equipamentos de gerenciamento do trânsito, sinalização, operação, fiscalização e infra-

estrutura propriamente dita, visando a sua estruturação e integração municipal e regional, além

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 28

das obras de complementação do sistema viário estrutural e correção da geometria, visando a

eliminação dos pontos ou trechos com estrangulamento ou insegurança, melhorando a fluidez

e a segurança do trânsito;

VII - Estabelecer normas e procedimentos que possibilitem a mitigação do impacto da

implantação de empreendimentos em pólos geradores de tráfego, quanto ao sistema de

circulação e de estacionamento, harmonizando-os com o entorno, bem como para a adaptação

de pólos existentes, eliminando os conflitos provocados;

VIII - Criar condições para que a iniciativa privada possa, com recursos próprios,

viabilizar a implantação de dispositivos de sinalização e obras viárias, necessárias ao sistema

viário, inclusive em decorrência dos empreendimentos mencionados no inciso anterior;

IX - Estabelecer um sistema de transporte coletivo com integração física, operacional e

tarifária;

X - Priorizar a execução das transposições da via férrea, com soluções adequadas ao

trânsito e à segurança;

XI - Promover a melhoria da acessibilidade dos núcleos urbanos isolados e dos centros

de bairros à Área Central, através de intervenções no sistema viário e nos transportes públicos,

quando for o caso;

XII - Priorizar a pavimentação das vias arteriais, coletoras e destinadas ao transporte

coletivo;

XIII - Promover medidas de redução dos níveis de poluição, tanto do ar quanto a

sonora, provocada pela circulação de veículos;

XIV - Desenvolver um plano estratégico de transportes associado à implementação do

sistema viário estrutural, estimulando, inclusive, o modo de deslocamento a pé e por bicicleta;

XV - Estabelecer a rede cicloviária, com implantação de novas ciclovias e melhoria das

atuais;

XVI - Garantir a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, através de

dispositivos especiais, nos passeios e logradouros públicos;

XVII - Promover a educação no trânsito;

XVIII - Promover a substituição de combustíveis fósseis por outros de fontes renováveis

e menos poluentes, como o biodiesel e o álcool, para o transporte coletivo e para a frota,

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 29

própria ou terceirizada, de veículos automotivos da municipalidade e de veículos das

prestadoras de serviços para a municipalidade;

XIX - Regulamentar a circulação de bens e a carga e descarga de mercadorias em

regiões urbanas e, em particular, nas áreas centrais e mais congestionadas, de forma a

minimizar seus conflitos com o trânsito;

XX - Definir e regulamentar áreas para armazenagem de containers;

XXI - Buscar a integração de órgãos governamentais com concessionárias de serviços

públicos, visando um planejamento racional de intervenção nas vias públicas.

CAPÍTULO XI

DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Art. 34 As diretrizes referentes à Política Municipal de Uso e Ocupação do Solo são:

I - Delimitação do território do Município, definindo as áreas urbanas, de expansão

urbana e de proteção ambiental, com parâmetros diferenciados de parcelamento, uso e

ocupação do solo;

II - Disciplinar o uso e ocupação do solo nas áreas de proteção ambiental (APAs),

incentivando a implantação de atividades compatíveis e a execução de planos de manejo, de

forma a garantir a sua sustentação;

III – Regulamentar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e de expansão urbana,

de acordo com os seguintes critérios:

IV - Estímulo ao adensamento planejado da área urbana central, dotada de serviços,

infra-estrutura e equipamentos públicos ou privados, de forma a otimizar o aproveitamento da

capacidade instalada;

V - Promoção da distribuição de usos e intensificação do aproveitamento do solo de

forma equilibrada em relação à infra-estrutura, aos transportes e ao meio ambiente, evitando a

ociosidade ou a sobrecarga, a fim de otimizar os investimentos coletivos;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 30

VI - Proposição e admissão de novas formas de urbanização adequadas às

necessidades decorrentes de novas tecnologias e modos de vida, inclusive para recuperação

de áreas consideradas irregulares;

VII - Otimização dos investimentos urbanos e incentivo à geração de novos recursos,

buscando reduzir progressivamente o déficit social representado pela carência de infra-

estrutura urbana, de serviços e de moradia para a população;

VIII - Instituição, na área urbana de mecanismos e regras urbanísticas destinadas à

estimular o adensamento de áreas com infra-estrutura ociosa;

IX - Estímulo à construção de habitações de interesse social;

X - Implantação de mecanismos de incentivo à recuperação e conservação do

patrimônio natural e cultural;

XI - Dotação das áreas do território do Município de infra e superestrutura necessárias

ao seu desenvolvimento;

XII - Estabelecimento de exigências e sanções para controle do impacto da implantação

de empreendimentos que possam representar excepcional sobrecarga na capacidade de infra-

estrutura, inclusive viária ou danos ao ambiente natural e construído;

XIII - Desenvolvimento, através de instrumentos de incentivo, de parcerias com a

iniciativa privada, visando a implantação de programas de preservação, revitalização e

urbanização do solo municipal;

XIV - Dar prioridade às áreas de intervenção, através das denominadas operações

urbanas, que se constituem num conjunto integrado de instrumentos urbanísticos em áreas

específicas, com a participação da iniciativa privada, sob a coordenação e fiscalização do

Poder Público.

TÍTULO III

DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

Art. 35 O ordenamento territorial tem como objetivo orientar o poder municipal na

gestão do território, mediante a definição de:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 31

I - Macrozoneamento Municipal, que considere a inter-relação entre fatores naturais e

antrópicos, em toda a extensão territorial do município de Paranaguá;

II - Zoneamento Rural, que define e delimita as zonas rurais de acordo com a aptidão do

solo e restrição à ocupação e à exploração das áreas;

III - Zoneamento Urbano, que define e delimita as zonas urbanas de acordo com o grau

de urbanização e o padrão de uso e ocupação desejável para as mesmas.

Parágrafo único. Os zoneamentos referidos nos incisos II e III desse artigo serão

definidos em lei específica.

CAPÍTULO I

DO MACROZONEAMENTO MUNICIPAL

Art. 36 O Macrozoneamento Municipal fixa as regras fundamentais de ordenamento do

território e tem como objetivo definir diretrizes para a integração harmônica entre a preservação

e conservação do patrimônio natural, cultural e as atividades antrópicas.

Art. 37 O território do Município de Paranaguá fica dividido em duas Macrozonas

complementares, delimitadas no Mapa de Macrozoneamento Municipal, integrante desta Lei:

I - Macrozona Urbana (MU) - corresponde à porção já urbanizada e/ou passível de

urbanização do território;

II - Macrozona Rural (MR) - corresponde às áreas de proteção do ambiente natural e de

uso rural.

Parágrafo Único. A delimitação das macrozonas está definida no Anexo I, parte

integrante desta Lei.

Art. 38 Fica determinada como Macrozona Urbana (MU), a área compreendida pelo

perímetro urbano municipal, definido pela Lei do Perímetro Urbano, tendo como características,

a grande diversidade de usos, dentre eles a ocupação residencial intensiva, a concentração de

atividades de comércio, os serviços especializados, o Porto e sua área de influência e as

edificações de interesse histórico.

§1° Para Macrozona Urbana ficam estabelecidos os seguintes objetivos:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 32

I - controlar e direcionar o adensamento urbano, em especial nas áreas centrais, melhor

urbanizadas, adequando-o à infra-estrutura disponível;

II - possibilitar a instalação de uso múltiplo no território do Município e de atividades de

caráter urbano e portuário, desde que atendidos os requisitos de instalação;

III - aprimorar o desenho e a paisagem urbana;

IV - expandir a rede de infra-estrutura, equipamentos e serviços públicos, fortalecendo

os centros de convivência nos bairros;

V - ocupar vazios urbanos, configurados como áreas de expansão da ocupação;

VI - garantir a inclusão urbana da população marginalizada, mediante acesso a espaços

de expressão cultural, política e lazer;

VII - proteger, conservar, recuperar e valorizar o patrimônio cultural;

VIII - proteger, conservar, recuperar e valorizar o patrimônio natural, atendendo ao

definido pela legislação ambiental vigente e pelo Sistema Nacional de Unidades de

Conservação – SNUC, regulamentado pela Lei Federal n 9.985, de 2000;

IX - estimular e ordenar as atividades de turismo, implementando políticas próprias.

§2° A Macrozona Urbana apresenta diferentes graus de consolidação e infra-estrutura

básica instalada e destina-se a concentrar o adensamento urbano.

§3°A delimitação das zonas urbanas, bem como os parâmetros de ocupação da área da

sede urbana do Município de Paranaguá estão definidos na Lei Municipal de Zoneamento de

Uso e Ocupação do Solo.

§4° O Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo institui as regras gerais de uso e

ocupação do solo para cada uma das Zonas em que se subdividem as Macrozonas.

Art. 39 Fica determinada como Macrozona Rural (MR), aquelas áreas do território

municipal não localizadas dentro do perímetro urbano, definido pela Lei de Perímetro Urbano.

§1° Para a Macrozona Rural - MR ficam estabelecidos os seguintes objetivos:

I - manter, incentivar e ordenar as atividades agrícolas, silviculturais, pastoris, e outras

formas de cultivo e exploração em superfície terrestre e/ou liquida (maricultura, pesca,

mineração etc)

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 33

II - proteger, conservar, recuperar e valorizar de patrimônio cultural;

III - proteger, conservar, recuperar e valorizar o patrimônio natural, atendendo ao

definido pela legislação ambiental vigente e pelo Sistema Nacional de Unidades de

Conservação – SNUC (Lei n.9985 – 2000);

IV - estimular e ordenar as atividades de turismo, implementando políticas próprias;

V - permitir o uso industrial, desde que mantidas as características de baixa densidade

ocupacional, respeitando o módulo mínimo rural, a compatibilidade de uso com áreas rurais

vizinhas e a baixa impermeabilização do imóvel, a ser aferida na proporção entre área

construída e área total.

§2° A delimitação das zonas rurais, bem como os parâmetros de ocupação da área rural

do Município de Paranaguá ficam definidos na Lei Municipal de Zoneamento de Uso e

Ocupação do Solo.

TÍTULO IV

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL

Art. 40 Consideram-se instrumentos da política municipal:

I – Instrumentos de planejamento:

a) Plano Plurianual;

b) Lei de Diretrizes Orçamentárias;

c) Lei de Orçamento Anual;

d) Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo;

e) Lei de Parcelamento do Solo Urbano;

f) Lei de Sistema Viário;

g) Códigos de Obras e Edificações e Código de Posturas;

h) planos de desenvolvimento econômico e social;

i) planos, programas e projetos setoriais;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 34

j) programas e projetos especiais de urbanização;

k) instituição de unidades de conservação;

l) instituição de unidades de preservação de bens sócio-ambientais;

m) demais planos definidos nesta lei.

II – Instrumentos jurídicos e urbanísticos:

a) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

b) IPTU progressivo no tempo;

c) desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;

d) zonas especiais de interesse social - ZEIS;

e) outorga onerosa do direito de construir;

f) transferência do direito de construir;

g) operações urbanas consorciadas;

h) consórcio imobiliário;

i) direito de preempção;

j) direito de superfície;

k) estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV);

l) tombamento;

m) desapropriação;

n) demais instrumentos jurídicos definidos nesta lei.

III – Instrumentos de regularização fundiária:

a) concessão de direito real de uso para fins de moradia;

b) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais

menos favorecidos, especialmente na propositura de ações de usucapião individual e coletiva;

IV – Instrumentos tributários e financeiros:

a) tributos municipais diversos;

b) taxas e tarifas públicas específicas;

c) contribuição de melhoria;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 35

d) incentivos e benefícios fiscais.

V – Instrumentos jurídico-administrativos:

a) servidão administrativa e limitações administrativas;

b) concessão, permissão ou autorização de uso de bens públicos municipais;

c) contratos de concessão dos serviços públicos urbanos;

d) definição de objetivos de expansão de atendimento da rede municipal de água e

esgoto como elemento essencial do contrato com a concessionária pública municipal desses

serviços públicos;

e) convênios e acordos técnicos, operacionais e de cooperação institucional;

f) termo administrativo de ajustamento de conduta;

g) doação de imóveis em pagamento da dívida.

Parágrafo Único. Outros instrumentos de desenvolvimento, não mencionados nesta

Lei, poderão ser utilizados, desde que atendam ao disposto no Plano Diretor e demais

Legislações e normas do Município.

CAPÍTULO I

DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS

Art. 41 O parcelamento, a edificação e a utilização compulsória do solo urbano visam,

complementarmente, garantir o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, por

meio da indução da ocupação de áreas vazias ou subutilizadas, onde for considerado

prioritário, na forma de Lei específica dispondo sobre a matéria.

Art. 42 A implementação do parcelamento, da edificação e da utilização compulsória do

solo urbano objetiva:

I - otimizar a ocupação de regiões da cidade dotadas de infra-estrutura e equipamentos

urbanos, inibindo a expansão urbana na direção de áreas não servidas de infra-estrutura, bem

como nas áreas ambientalmente frágeis;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 36

II - aumentar a oferta de lotes urbanizados, nas regiões já consolidadas da malha

urbana de Paranaguá;

III - combater o processo de periferização ou de expansão desnecessária e

desordenada da malha urbana;

IV - combater a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua

subutilização ou não utilização.

Art. 43 É facultado ao Poder Público Municipal exigir, do proprietário do imóvel urbano

não edificado, subutilizado, utilizado inadequadamente ou não utilizado, que promova seu

adequado aproveitamento, sob pena de parcelamento, edificação ou utilização compulsória,

nos termos das disposições contidas nos artigos 5º e 6º, da Lei Federal n.º 10.257/2001 -

Estatuto da Cidade.

Art. 44 O Parcelamento, a Edificação e a Utilização Compulsória serão aplicados em

toda a macrozona urbana, sendo que as áreas prioritárias para aplicação desses instrumentos

serão definidas na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, integrante do Plano Diretor

de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá.

Parágrafo Único. Fica facultado aos proprietários dos imóveis localizados nas áreas

prioritárias, de que trata este artigo, propor, ao Executivo, o estabelecimento do Consórcio

Imobiliário, conforme disposições do art. 46 Lei Federal n.º 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 45 A descrição dos imóveis que estarão sujeitos aos instrumentos definidos nesse

capítulo será levada a cabo em lei específica, que conceituará os casos de sub-utilização, não

utilização e não ocupação em cada zona do município em que se pretender a aplicação

daqueles instrumentos.

Art. 46 Os imóveis nas condições a que se refere o art. 43 dessa Lei serão

identificados e seus proprietários notificados.

§ 1º. A notificação far-se-á:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 37

I - por funcionário do órgão competente do Executivo, ao proprietário do imóvel ou, no

caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administrativa;

II - por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma

prevista pelo inciso I.

§ 2º. Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de um ano a partir do

recebimento da notificação, protocolar pedido de aprovação e execução de parcelamento ou

edificação.

§ 3º. Somente poderão apresentar pedidos de aprovação de projeto até 02 (duas) vezes

para o mesmo lote.

§ 4º. Os parcelamentos e edificações deverão ser iniciados e concluídos no prazo

máximo de dois anos a contar da primeira aprovação do projeto.

§ 5º. As edificações enquadradas no inciso V do Art.38 desta Lei deverão estar

ocupadas no prazo máximo de um ano a partir do recebimento da notificação.

§ 6º. A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da

notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas neste

artigo, sem interrupção de quaisquer prazos.

§ 7º. Os imóveis enquadrados nos incisos I e III do Art.38 desta Lei não poderão sofrer

parcelamento sem que esteja condicionado à aprovação de projeto pelo órgão competente do

Poder Público Municipal.

CAPÍTULO II

DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO

Art. 47 Em caso de descumprimento do art. 43 desta Lei, deverá o Poder Público

Municipal exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado, utilizado

inadequadamente ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento sob pena de

ser instituído o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo

– IPTU Progressivo, conforme as disposições constantes da Lei Federal n.º 10.257/2001 -

Estatuto da Cidade.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 38

§ 1º O valor da alíquota a ser aplicada a cada ano será fixado em Lei específica e não

excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15%

(quinze por cento).

§ 2º É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas à tributação progressiva

de que trata este artigo.

Art. 48 A aplicação do IPTU Progressivo no Tempo, objetiva:

I - cumprimento da função social da cidade e da propriedade por meio da indução da

ocupação de áreas vazias ou subutilizadas, onde o Plano Diretor considerar prioritário;

II - fazer cumprir o disposto na Seção que trata do parcelamento, edificação ou

utilização compulsória;

III - aumentar a oferta de lotes urbanizados nas regiões já consolidadas da malha

urbana de Paranaguá;

IV - combater o processo de periferização;

V - inibir o processo de retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua

subutilização ou não utilização.

CAPÍTULO III

DA DESAPROPRIAÇÃO SANÇÃO COM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA

Art. 49 É facultado ao Poder Público Municipal, decorridos cinco anos de cobrança do

IPTU Progressivo, sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento,

edificação ou utilização adequada, proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento de

títulos da dívida pública, os quais deverão ter sua emissão previamente aprovada pelo Senado

Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,

assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.

§ 1º O valor real da indenização, nos termos do art. 8º da Lei Federal nº 10.257/2001:

I -corresponde ao valor venal, estabelecido na planta genérica de valores, na data da

primeira notificação, conforme previsto nos arts. 43 e 44 desta Lei.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 39

II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.

§ 2º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de

tributos.

§ 3º O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo

de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.

§ 4º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público

Municipal ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nestes casos, o

devido procedimento licitatório.

§ 5º Ficam mantidas, para o adquirente de imóvel, nos termos do § 4º, as mesmas

obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no Art. 43 desta Lei.

Art. 50 A desapropriação com títulos da dívida pública visa aplicar uma sanção ao

proprietário do imóvel urbano, para garantir o cumprimento da função social da cidade e da

propriedade urbana nos termos deste Plano Diretor.

CAPÍTULO IV

DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Art. 51 O Consórcio Imobiliário é um instrumento de cooperação entre o Poder Público

Municipal e a iniciativa privada, para fins de realizar urbanização em áreas que tenham

carência de infra-estrutura e serviços urbanos e que contenham imóveis urbanos subutilizados,

não utilizados ou utilizados inadequadamente, conforme define o Art. 9° desta Lei.

§ 1º Como forma de viabilização do Consórcio Imobiliário, expresso por meio de planos

de urbanização ou edificação, o proprietário poderá transferir ao Poder Público Municipal o seu

imóvel, recebendo como pagamento, após a realização das obras, percentual de unidades

imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.

§ 2º O Poder Público Municipal poderá promover o aproveitamento do imóvel que

receber por transferência nos termos deste artigo, direta ou indiretamente, mediante concessão

urbanística ou outra forma de contratação.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 40

Art. 52 O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será

correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras.

Parágrafo Único. O valor do imóvel, de que trata o caput deste artigo, corresponde ao

venal, estabelecido na planta genérica de valores oficial, adotada pela Prefeitura antes da

execução das obras, observado o disposto no § 2º, do art. 8º da Lei Federal n.º 10.257/2001 -

Estatuto da Cidade.

Art. 53 O instrumento do Consórcio Imobiliário objetiva:

I - realizar obras de urbanização, como abertura de vias públicas, pavimentação, rede

de água e esgoto e iluminação pública;

II - realizar planos de edificação.

Art. 54 O Poder Público Municipal poderá facultar ao proprietário de imóvel

enquadrado nos casos estabelecidos no Art. 43, a requerimento deste, o estabelecimento de

Consórcio Imobiliário como forma de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel,

conforme o disposto na Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 55 O Consórcio Imobiliário aplica-se tanto aos imóveis sujeitos à obrigação legal

de parcelar, edificar ou utilizar, nos termos desta lei, quanto àqueles, por esta não abrangidos,

mas necessários à realização de intervenções urbanísticas previstas nesta Lei.

Art. 56 Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por termo de

responsabilidade e participação, pactuado entre o proprietário urbano e a Municipalidade,

visando à garantia da execução das obras do empreendimento, bem como das obras de uso

público.

CAPÍTULO V

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 41

DO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 57 O Direito de Preempção confere ao Poder Público Municipal a preferência para

a aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, no caso deste

necessitar de áreas para realização de programas e projetos municipais.

Art. 58 O Direito de Preempção será exercido nos termos das disposições contidas nos

artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal n.º 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 59 O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, em conjunto com Órgão de

Planejamento e Urbanismo, por meio de Lei Municipal específica, com base nas diretrizes do

Plano Diretor, poderá delimitar as áreas em que incidirá o direito de preempção, definir

procedimentos e fixar prazos de vigência.

Parágrafo Único. A Lei Municipal descrita no caput deste artigo, deverá enquadrar

cada área em uma ou mais das finalidades enumeradas no art. 26 da Lei Federal n.º

10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

CAPÍTULO VI

DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 60 Entende-se como Outorga Onerosa do Direito de Construir a faculdade

concedida ao proprietário de imóvel, para que este, mediante contrapartida ao Poder Público

Municipal, possa construir acima do coeficiente de aproveitamento básico até o limite

estabelecido pelo Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido para a zona e dentro dos

parâmetros determinados na Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 61 O Poder Executivo Municipal poderá exercer a faculdade de outorgar

onerosamente o exercício do direito de construir, mediante contrapartida financeira a ser

prestada pelo beneficiário, conforme disposições dos artigos 28, 29, 30 e 31 da Lei Federal n.º

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 42

10.257/2001 - Estatuto da Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos em

legislação especifica.

Parágrafo Único. A concessão da Outorga Onerosa do Direito de Construir poderá ser

negada pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano, caso se verifique possibilidade de impacto

não suportável pela infra-estrutura ou o risco de comprometimento da paisagem urbana.

Art. 62 A utilização dos recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito

de construir será definida pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, em legislação

específica.

Art. 63 A Lei Municipal Específica estabelecerá os imóveis que poderão receber e as

condições a serem observadas para a outorga onerosa do direito de construir, determinando no

mínimo:

I - a fórmula de cálculo da cobrança;

II - os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;

III - a contrapartida do beneficiário;

IV - os procedimentos administrativos necessários.

Parágrafo Único. As áreas em que poderá ser aplicada a outorga onerosa do direito de

construir serão definidas pela Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, a qual deverá

definir índices construtivos máximos para a aplicação desse instrumento.

Art. 64 Poderá ser permitida a utilização do coeficiente máximo, sem contrapartida

financeira, na produção de Habitação de Interesse Social (HIS).

Art. 65 O impacto da Outorga Onerosa do Direito de Construir deverá ser controlado,

permanentemente, pelo Órgão de Planejamento e Urbanismo, que tornará públicos os

relatórios do monitoramento do uso do instrumento.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 43

CAPÍTULO VII

DA TRANSFERÊNCIA DE POTENCIAL CONSTRUTIVO

Art. 66 O direito de construir do proprietário de imóvel é limitado pelos direitos de

vizinhança, pelos coeficientes de aproveitamento, estabelecidos na Lei Municipal de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, pelas determinações do Plano Diretor e pelas

demais legislações urbanísticas.

Art. 67 Entende-se como Transferência de Potencial Construtivo o instrumento de

política urbana por meio do qual se permite, como forma de compensação, ao proprietário de

imóvel sobre o qual incide um interesse público de preservação de bens de interesse sócio-

ambiental ou de interesse social, a transferência, para outro local, do potencial construtivo que

foi impedido de utilizar.

Parágrafo Único. Para efeito de aplicação da Transferência de Potencial Construtivo, o

enquadramento dos imóveis, conforme o caput deste artigo, será definido em lei específica

aprovada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Art. 68 A transferência total ou parcial de potencial construtivo também poderá ser

autorizada pelo Poder Público Municipal, como forma de indenização, mediante acordo com o

proprietário, nas desapropriações destinadas a melhoramentos viários, equipamentos públicos,

programas habitacionais de interesse social e programas de recuperação de bens de interesse

sócio ambiental.

Art. 69 O volume construtivo, base de cálculo e demais critérios necessários à

aplicação da Transferência de Potencial Construtivo serão definidos em legislação municipal

específica, observando-se o coeficiente de aproveitamento máximo permitido na zona para

onde ele for transferido.

Parágrafo Único. O proprietário de Imóvel, enquadrado na forma da Legislação

Urbanística específica, que transferir potencial construtivo assumirá a obrigação de manter

aquele preservado e conservado, mediante projeto e cronograma aprovado por órgão

competente do poder público municipal.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 44

Art. 70 O impacto da transferência de potencial construtivo deverá ser controlado

permanentemente pelo Órgão de Planejamento e Urbanismo, que tornará públicos os relatórios

do monitoramento do uso do instrumento.

Art. 71 As alterações de potencial construtivo, resultantes da transferência total ou

parcial de potencial construtivo deverão constar em registro de imóveis.

CAPÍTULO VIII

DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Art. 72 Compreende-se como operação urbana consorciada o conjunto de intervenções

e medidas, coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a participação dos proprietários,

moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar, em uma

área, transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

Art. 73 Mediante leis específicas, o Poder Público Municipal utilizará Operações

Urbanas Consorciadas e estabelecerá as condições a serem observadas em cada operação,

com as seguintes finalidades:

I - ampliação e melhoria da Rede Viária Estrutural e outras infra-estruturas;

II - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Coletivo;

III - implantação e melhoria de espaços públicos;

IV - implantação de programas de habitação de interesse social;

V - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano.

Art. 74 Cada operação urbana consorciada deverá ser aprovada por lei específica, a

partir de um plano de operação urbana consorciada, contendo no mínimo:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 45

I - definição da área a ser atingida;

II - finalidade da operação;

III - programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;

IV - instrumentos previstos na operação;

V - estudo prévio de impacto de vizinhança;

VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores

privados em função dos benefícios recebidos;

VII - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação

da sociedade civil;

VIII - cronograma físico-financeiro, com demonstrativo das expectativas de receitas e

despesas.

CAPÍTULO IX

DO DIREITO DE SUPERFÍCIE

Art. 75 O Direito de Superfície é o direito real de construir, assentar qualquer obra ou

plantar em solo de outrem.

Art. 76 O instrumento do Direito de Superfície, objetiva a regularização fundiária e o

ordenamento e direcionamento da expansão urbana de modo adequado às diretrizes da

presente Lei.

Art. 77 É facultado ao proprietário de imóvel urbano, conceder a outrem o direito de

superfície do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública

registrada no Cartório de Registro de Imóveis, conforme o disposto na Lei Federal n.º

10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 78 O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território municipal.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 46

§ 1º O Poder Público Municipal poderá exercer o Direito de Superfície em áreas

particulares onde haja carência de equipamentos públicos e comunitários.

§ 2º O Poder Público Municipal poderá utilizar o Direito de Superfície em caráter

transitório para remoção temporária de moradores de núcleos habitacionais de baixa renda,

pelo tempo que durarem as obras de urbanização.

Art. 79 O Poder Público Municipal poderá conceder, onerosamente, o Direito de

Superfície do solo, subsolo ou espaço aéreo, nas áreas públicas integrantes do seu patrimônio,

para exploração por parte das concessionárias de serviços públicos, mediante contratos

especificamente fixados para tanto.

Art. 80 O proprietário de terreno poderá conceder à Administração Direta e Indireta do

Município o direito de superfície, nos termos da legislação em vigor, objetivando a

implementação de diretrizes constantes desta lei.

CAPÍTULO X

DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 81 Lei Municipal específica poderá condicionar a autorização de empreendimentos

e atividades que causam grande impacto urbanístico e ambiental, adicionalmente ao

cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação urbanística, à elaboração e à

aprovação de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV), a ser apreciado pelos órgãos

competentes da Administração Municipal e aprovado pelo Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano.

Art. 82 A lei municipal referida no artigo anterior deverá enquadrar, no mínimo, os

seguintes empreendimentos na obrigação de EIV:

I - parcelamentos urbanos com área total superior a 500.000 m² (quinhentos mil metros

quadrados);

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 47

II - empreendimentos comerciais com área total superior a 5.000 m² (cinco mil metros

quadrados);

III - cemitérios e crematórios;

IV - plantas industriais com mais de 1.000 m² (mil metros quadrados) e quaisquer

empreendimentos industriais situados na área rural do município.

Art. 83 O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) deverá esclarecer sobre os

aspectos positivos e negativos do empreendimento, sobre a qualidade de vida da população

residente ou usuária da área em questão e de seu entorno, devendo incluir, no que couber, a

análise e proposição de solução para as seguintes questões:

I - adensamento populacional;

II - uso e ocupação do solo;

III - valorização imobiliária;

IV - áreas de interesse histórico, cultural, paisagístico e ambiental;

V - equipamentos urbanos, incluindo consumo de água e de energia elétrica, bem como

geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem de águas pluviais;

VI - equipamentos comunitários, tais como os de saúde e educação;

VII - sistema de circulação e transportes, incluindo, entre outros, tráfego gerado,

acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;

VIII - poluição sonora, atmosférica e hídrica;

IX - vibração;

X - periculosidade;

XI - geração de resíduos sólidos;

XII - riscos ambientais;

XIII - impacto sócio-econômico na população residente ou atuante no entorno;

XIV – ventilação e iluminação.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 48

Art. 84 O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar impactos negativos a

serem gerados pelo empreendimento, quando não entender pela desaprovação do projeto,

deverá solicitar, como condição para aprovação do projeto, alterações e complementações

neste, bem como a execução de melhorias na infra-estrutura urbana e de equipamentos

comunitários, tais como:

I - ampliação das redes de infra-estrutura urbana;

II - área de terreno ou área edificada, para instalação de equipamentos comunitários,

em percentual compatível com o necessário para o atendimento da demanda a ser gerada pelo

empreendimento;

III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de

ônibus, faixa de pedestres, semaforização;

IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos

da atividade;

V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou naturais,

considerados de interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem como recuperação

ambiental da área;

VI - cotas de emprego e cursos de capacitação profissional, entre outros;

VII - percentual de habitação de interesse social no empreendimento;

VIII - possibilidade de construção de equipamentos sociais em outras áreas da cidade.

§ 1º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais ao porte e

ao impacto do empreendimento.

§ 2º A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo de

Compromisso pelo interessado, em que este se compromete a arcar integralmente com as

despesas decorrentes das obras e serviços necessários à minimização dos impactos

decorrentes da implantação do empreendimento e às demais exigências apontadas pelo Poder

Executivo Municipal, antes da finalização do empreendimento.

§ 3º O Certificado de Conclusão da Obra e/ou o Alvará de Funcionamento só serão

emitidos mediante comprovação da conclusão da obra.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 49

Art. 85 A elaboração do EIV não substitui o licenciamento ambiental requerido nos

termos da legislação ambiental.

Art. 86 Dar-se-á obrigatória publicidade aos documentos integrantes do EIV, que

ficarão disponíveis para consulta pública, no órgão municipal competente, para qualquer

interessado.

§ 1°. Serão fornecidas cópias do EIV, quando solicitadas pelos moradores da área

afetada ou suas associações.

§ 2°. Antes da decisão sobre o projeto, o órgão público responsável pelo exame do EIV

deverá, sempre que exigido, na forma da Lei, realizar audiência pública com os moradores da

área afetada ou com suas respectivas associações.

TÍTULO V

DOS INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Art. 87 Para fins desta Lei, consideram-se instrumentos de regularização fundiária

aqueles destinados a legalizar a permanência de ocupações populacionais em

desconformidade com a lei.

Art. 88 São considerados Instrumentos de Regularização Fundiária:

I – zonas especiais de interesse social;

II – usucapião especial, coletiva e individual, de imóvel urbano;

III – concessão de direito real de uso para fins de moradia.

Art. 89 Os instrumentos mencionados neste capítulo regem-se pela legislação que lhes

é própria, observando, ainda e no que couber, o disposto nesta lei.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 50

CAPÍTULO I

DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS

Art. 90 As Zonas Especiais de Interesse Social compreendem áreas, criadas e

delimitadas em leis específicas, destinadas prioritariamente à regularização fundiária,

urbanização e à produção de Habitação de Interesse Social, a partir de um tratamento

diferenciado na definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo, sobrepondo-

se ao zoneamento.

Parágrafo Único. A flexibilização de parâmetros urbanísticos será condicionada a

aprovação de Planos de Urbanização Específica, a serem elaborados pelo poder público

exclusivamente, ou em parceria com entidades civis, para cada Zona Especial de Interesse

Social, aprovados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Art. 91 O Plano de Urbanização Específica de cada ZEIS deverá conter:

I - diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos para o parcelamento, uso e ocupação do

solo e instalação de infra-estrutura urbana respeitadas as normas técnicas pertinentes;

II - diagnóstico da ZEIS que contenha no mínimo: análise físico-ambiental, análise

urbanística e fundiária e caracterização socioeconômica da população residente;

III - as intervenções urbanísticas necessárias, incluindo, de acordo com as

características locais, áreas verdes públicas, instalação de equipamentos sociais e os usos

complementares ao habitacional;

IV - instrumentos necessários à regularização fundiária;

V - forma de participação da população na implementação e gestão das intervenções

previstas;

VI - forma de integração das ações dos diversos setores públicos que interferem na

ZEIS objeto do Plano;

VII - possíveis fontes de recursos para a implementação das intervenções;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 51

VIII - atividades de geração de emprego e renda.

Parágrafo Único. Um Plano de Urbanização Específica poderá abranger mais de uma

Zona Especial de Interesse Social - ZEIS.

Art. 92 A lei municipal específica, com fulcro neste Plano, estabelecerá os critérios para

delimitação das Zonas Especiais de Interesse Social.

Parágrafo Único. O processo de elaboração deste plano deverá ser participativo, de

acordo com o estabelecido no Título VI desta Lei.

CAPÍTULO II

DO USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO

Art. 93 Entende-se como Usucapião Especial de Imóvel Urbano a aquisição do domínio

por aquele que possuir, como sua, área ou edificação urbana de até 250m² (duzentos e

cinqüenta metros quadrados), por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a

para sua moradia ou de sua família.

Parágrafo Único. Só será concedido o Usucapião Especial de Imóvel Urbano aos

possuidores que não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

CAPÍTULO III

DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA

Art. 94 Terá direito à Concessão de Uso Especial para fins de Moradia todo cidadão

que mantiver posse, até 31 de junho de 2001, para sua moradia ou de sua família, por cinco

anos, ininterruptamente e sem oposição, imóvel público situado em área urbana de até 250m²

(duzentos e cinqüenta metros quadrados).

Parágrafo Único. O Direito Especial de Uso para Fins de Moradia será concedido

somente àqueles que não sejam proprietários ou concessionários, a qualquer título, de outro

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 52

imóvel urbano ou rural, e seguirá os parâmetros legais da Medida Provisória nº 2.220, de 04 de

setembro de 2001.

CAPÍTULO IV

DA CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO

Art. 95 Compreende-se, como Concessão do Direito Real de Uso, o direito real

resolúvel, aplicável a terrenos públicos, de caráter gratuito ou oneroso, para fins de

urbanização, edificação, cultivo da terra ou outra utilização de interesse social.

Art. 96 A Concessão do Direito Real de Uso rege-se pela legislação que lhe é própria,

observado o disposto nesta Lei e, em especial, as disposições do Decreto-Lei nº 271, de 28 de

fevereiro de 1967, ou de legislação federal que venha a substituí-la.

TÍTULO VI

DO PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DOS INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL

Art. 97 Para os efeitos desta Lei entende-se por instrumentos de democratização da

gestão municipal todos aqueles que tem por objetivo promover a gestão municipal

descentralizada e participativa, quais sejam:

I - órgãos colegiados de política urbana;

II - debates, audiências e consultas públicas;

III - conferências;

IV - conselhos;

V - gestão orçamentária participativa;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 53

VI - estudo de impacto de vizinhança;

VII - projetos e programas específicos;

VIII - iniciativa popular de projeto de lei.

Art. 98 Além dos instrumentos previstos nesta lei, a Prefeitura Municipal de Paranaguá

poderá estimular a criação de outros espaços de participação popular.

Art. 99 A participação de toda população na gestão municipal será assegurada pelo

Poder Público, mediante a convocação obrigatória das entidades da sociedade civil e da

cidadania, especialmente daqueles que serão diretamente atingidos por decisões e atos

tomados nos termos da presente Lei.

Art. 100 A informação acerca da realização dos Debates, Conferências, Audiências

Públicas e Gestão Orçamentária Participativa será garantida por meio de veiculação nas rádios

locais, jornais locais e internet, podendo ainda, ser utilizados outros meios de divulgação,

desde que assegurados os constantes nesta Lei.

Art. 101 As informações referentes ao artigo anterior deverão ser divulgadas com, no

mínimo, cinco dias de antecedência.

Parágrafo Único. Deverá constar da informação o local, o dia, o horário e o assunto

respectivo à reunião.

Art. 102 O Poder Público assegurará a participação da população economicamente

desfavorecida, colocando, à sua disposição, transporte coletivo gratuito, nos horários e dias em

que houver a realização de Debates, Conferências, Audiências Públicas e reuniões sobre

Gestão da Política Urbana Municipal.

Art. 103 Os instrumentos mencionados neste capítulo regem-se pela legislação que

lhes é própria, observado o disposto nesta Lei.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 54

Seção I

Dos Debates

Art. 104 O Poder Público promoverá a realização periódica de sessões públicas de

debates sobre temas relevantes de interesse público.

Art. 105 A realização dos debates poderá ser solicitada à Prefeitura pelos Conselhos

Municipais e por outras instituições representativas de classe e demais entidades de

representação da sociedade.

Seção II

Das Audiências Públicas

Art. 106 A Audiência Pública é um instituto de participação administrativa, aberta a

indivíduos e a grupos sociais determinados, visando à legitimidade da ação administrativa,

formalmente disciplinada em lei, por meio da qual se exerce o direito de expor tendências,

preferências e opções que podem conduzir o Poder Público a uma decisão de maior aceitação

consensual.

Art. 107 As Audiências Públicas serão promovidas, pelo Poder Público, para garantir a

gestão democrática da cidade, nos termos do Artigo 43 da Lei Federal n° 10.257/2001 -

Estatuto da Cidade.

Parágrafo Único. Ainda que com caráter não deliberativo, as audiências públicas

implicam o dever de motivação do administrador quando da tomada das decisões em face dos

debates e indagações realizados.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 55

Art. 108 Serão realizadas Audiências Públicas nos processos de implantação de

empreendimentos ou atividades de significativo impacto urbanístico ou ambiental com efeitos

potencialmente danosos em seu entorno, bem como nos demais casos que forem de interesse

público relevante.

§ 1º. Todos os documentos relativos ao tema da audiência pública serão colocados à

disposição de qualquer interessado para exame e extração de cópias, inclusive por meio

eletrônico, com antecedência mínima de trinta dias da data da realização da respectiva

audiência pública.

§ 2º. As intervenções realizadas em audiência pública serão registradas por escrito e

gravadas para acesso e divulgação públicos, devendo, o Conselho respectivo ao tema, reter

para seu acervo, uma cópia da lavratura da Ata de Realização da Audiência.

§ 3º. Serão obrigatórias as audiências públicas quando da realização de Estudos de

Impactos de Vizinhanças, como condição prévia e indispensável à sua aprovação.

Seção III

Das Conferências Públicas

Art. 109 As Conferências terão por objetivo a mobilização, do Governo Municipal e da

sociedade civil, na elaboração e avaliação das políticas públicas, onde serão discutidas as

metas e prioridades para o Município.

Art. 110 O instrumento Conferências Públicas deverá ser regulamentado em legislação

própria.

Art. 111 Este instrumento deverá ser utilizado, necessariamente, para definir alterações

na legislação urbanística, como condição prévia para a sua aprovação, em especial quando da

revisão da presente Lei do Plano Diretor.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 56

Seção IV

Dos Conselhos

Art. 112 A participação da população na gestão municipal se dará, também, por meio

de:

I - Conselhos Municipais;

II - Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano;

Art. 113 Todos os Conselhos referidos no artigo anterior terão caráter consultivo,

propositivo, fiscalizatório e deliberativo dentro de suas atribuições e apenas nos limites de sua

competência, que deverá sempre ser fixada por lei.

Art. 114 São atribuições gerais de todos os Conselhos Municipais:

I - intervir em todas as etapas do processo de planejamento do Município;

II - analisar e propor medidas de concretização de políticas setoriais;

III - participar da gestão dos fundos previstos em lei e garantir a aplicação de recursos

conforme ações previstas no Plano Diretor;

IV - solicitar ao Poder Público a realização de audiências públicas, debates,

conferências e consultas públicas, no âmbito de suas competências.

Seção V

Da Gestão Orçamentária Participativa

Art. 115 Fica instituída a gestão orçamentária participativa, na qual inclui-se a

realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual,

da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua

aprovação pela Câmara Municipal.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 57

Art. 116 O Poder Executivo Municipal deverá estimular a discussão sobre o Orçamento

Municipal.

Parágrafo Único. A apresentação das demandas existentes no município e as

propostas de destinação de recursos serão levadas ao conhecimento da sociedade civil,

especificando a destinação de recursos por áreas temáticas e localização geográfica.

CAPÍTULO II

DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL

Art. 117 Entende-se por Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Territorial o

conjunto de órgãos, normas, recursos humanos e técnicos que objetivam a coordenação

articulada das ações dos setores público e privado e da sociedade em geral, bem como a

integração entre os diversos programas setoriais e a dinamização e modernização da ação

governamental.

Parágrafo único. O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, conduzido

pelo setor público, deverá garantir a necessária transparência e a participação dos cidadãos e

de entidades representativas.

Art. 118 O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão é composto por:

I - Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano;

II – Órgão de Planejamento do Município;

III – Sistema de Informações.

Seção I

Do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano

Art. 119 Fica instituído o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, órgão

consultivo e deliberativo em matéria de gestão de políticas públicas territoriais, urbanas ou

rurais, a ser regulamentado em lei específica.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 58

Parágrafo Único. Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, nos termos de lei

específica será composto, de forma paritária, por representantes do governo municipal, da

sociedade civil organizada e das comunidades de Paranaguá, observada a proporcionalidade

populacional e a ampla cobertura territorial.

Art. 120 A lei municipal específica deverá atribuir ao Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano, no mínimo, as seguintes competências:

I - acompanhar a implementação do Plano Diretor, analisando e deliberando sobre

questões relativas à sua aplicação;

II - propor e emitir pareceres sobre proposta de alteração de Plano Diretor;

III - emitir parecer sobre projetos de lei de interesse da política territorial, antes de seu

encaminhamento para o processo de aprovação pela Câmara Municipal;

IV - monitorar a concessão de Outorga Onerosa do Direito de Construir e a aplicação da

transferência do direito de construir;

V - aprovar e acompanhar a implementação das Operações Urbanas Consorciadas;

VI - acompanhar a implementação dos demais instrumentos de desenvolvimento

municipal e de democratização da gestão;

VII - aprovar e acompanhar a implementação dos Planos Setoriais definidos pelo Plano

de Ação;

VIII - zelar pela integração das políticas setoriais e pelo funcionamento do Sistema

Único de Informações;

IX - deliberar sobre os casos omissos da legislação pertinente à gestão territorial;

X - convocar audiências públicas;

XI - aprovar os Estudos de Impacto de Vizinhança, conforme Capítulo X, do Título IV,

desta lei;

XII - promover a otimização dos investimentos públicos.

Art. 121 Para criação ou alteração de leis que disponham sobre matéria pertinente ao

Plano Diretor, à Lei Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e à Lei de Parcelamento do Solo

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 59

Urbano, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano deverá emitir parecer prévio como

pré-requisito para o processo de aprovação pela Câmara Municipal.

Art. 122 O Poder Executivo Municipal garantirá suporte técnico e operacional exclusivo

ao Conselho Municipal Desenvolvimento Urbano, para o seu regular funcionamento.

Parágrafo Único. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano definirá a sua

estrutura e seu suporte técnico e operacional, em regimento interno.

Seção II

Órgão de Planejamento do Município

Art. 123 O Órgão de Planejamento do Município de Paranaguá, definido na Lei da

Organização Administrativa da Prefeitura Municipal, deverá exercer as seguintes competências

no sistema de planejamento municipal:

I – detalhar propostas necessárias para a implantação do Plano Diretor;

II – discutir e concretizar, com órgãos federais, estaduais e municipais, parcerias,

consórcios e/ou financiamentos para a implantação do Plano Diretor;

III - produzir e sistematizar informações necessárias à gestão e ao planejamento do

município;

IV - regular a capacidade de utilização dos equipamentos públicos;

V - integrar serviços públicos e atividades afins, otimizando a utilização dos espaços e

equipamentos públicos;

VI - elaborar, coordenar e avaliar a execução integrada dos Planos e ações

determinadas nesta Lei, promovendo sua viabilização junto ao processo de elaboração do

orçamento municipal;

VII - dar subsídio para a tomada de decisões no Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano;

VIII - executar as decisões do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 60

IX - informar e orientar sobre questões atinentes à legislação urbanística, rural e

ambiental municipal;

X - monitorar a implementação das políticas de desenvolvimento estabelecidas nesta

Lei.

XI - firmar convênios com órgãos de outras instâncias para troca de informações.

Seção III

Do Sistema Único de Informações

Art. 124 O Poder Executivo deverá implantar um Sistema de Informações, que

possibilite o monitoramento e a avaliação de dados sobre o Município.

Parágrafo Único. O Sistema de Informações estará vinculado à estrutura do Órgão de

Planejamento.

Art. 125 O Sistema Único de Informações tem como objetivo:

I - produzir e sistematizar informações públicas, evitando a duplicação de meios e

instrumentos para fins idênticos;

II - controlar e monitorar o uso e ocupação do solo municipal;

III - alimentar e facilitar a integração de sistemas e mecanismos setoriais (viário e

transporte, tributário, preservação e recuperação ambiental, bens sócio-ambientais e outros),

garantindo o registro das informações produzidas;

IV - difundir as informações públicas.

Art. 126 O Sistema Único de Informações deverá conter necessariamente:

I - delimitação precisa das zonas urbanas ou unidades territoriais de planejamento;

II - informações geo-ambientais;

III - cadastros que contenham a relação de equipamentos urbanos públicos,

equipamentos sociais, cadastro imobiliário, áreas vazias, sistema viário, rede de transporte

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 61

público, arruamento, infra-estrutura de água, esgoto, energia elétrica, telefonia,

estabelecimentos industriais, de comércio, de serviços, áreas verdes e configuração da área

rural;

IV - legislação urbanística, em especial as Leis de Zoneamento de Uso e Ocupação do

Solo, Parcelamento do Solo Urbano e Código de Obras e Edificações;

V - informações sócio-econômicas, em especial demografia, emprego e renda.

Art. 127 Os agentes públicos e privados ficam obrigados a fornecer à Prefeitura todos

os dados e informações que forem considerados necessários ao Sistema Único de

Informações, obedecendo aos prazos, condições e penalidades fixados pelo Poder Executivo

Municipal.

Parágrafo Único. Para efeito do disposto neste artigo, incluem-se, também, as pessoas

jurídicas federais e estaduais, inclusive empresas públicas, autarquias, sociedades de

economia mista, fundações, empresas privadas, concessionárias, permissionárias ou

autorizatárias de serviços públicos, sob regime privado ou não.

TÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 128 Os Conselhos Municipais referidos nesta Lei e aqueles já existentes deverão,

no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da publicação desta, ser instalados e

adequar-se às exigências expressas nesta lei.

Art. 129 O Plano Diretor terá vigência de no máximo 10 (dez) anos, contados a partir

da data da sua publicação no Diário Oficial do Município, devendo ser revisado e atualizado

nesse prazo máximo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 62

Art. 130 O Poder Público Municipal promoverá edição popular desta Lei, com

distribuição gratuita às escolas municipais, bibliotecas, faculdades, demais órgãos e entidades

públicas, bem como entidades da sociedade civil.

Art. 131 Deverão ser regulamentados, no prazo de um ano, contado da data da

publicação desta lei, os instrumentos de política municipal instituídos pela presente.

Art. 132 O Plano de Ação, contendo a priorização das ações a serem realizadas para

concretização das diretrizes definidas nesta Lei, deverá ser elaborado e regulamentado em um

prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da publicação desta Lei.

Art. 133 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 134 Revogam-se todas as disposições contrárias a esta Lei.

Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 63

Anexo 1

Macrozoneamento Municipal

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 64

LEI DO PERÍMETRO URBANO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 65

LEI DO PERÍMETRO URBANO

Dispõe sobre o Perímetro Urbano

do Município de Paranaguá.

A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná aprovou e eu, Prefeito Municipal,

sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

DO PERÍMETRO URBANO

Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre o perímetro urbano do Município de Paranaguá, incluindo

as zonas urbanas.

Art. 2º. A poligonal que delimita o perímetro urbano, do Município de Paranaguá,

representada no mapa em anexo à presente lei, está assim definida:

“Inicia-se em um ponto de intersecção entre a baía de Paranaguá e o Rio Ribeirão,

seguindo por sua margem direita até o encontro com a foz do Rio do Toral. Deste ponto toma-

se a sua margem esquerda e segue-se por essa até o encontro com a estrada que liga

Alexandra à Rodovia BR 277. Segue-se pela estrada de Alexandra em direção à Rodovia BR

277. Encontrando a Rodovia BR 277 segue-se por sua margem direita percorrendo uma

distância de 1500m. Nesse ponto toma-se uma paralela à margem esquerda dessa BR, com

uma distância de 300 metros. Segue-se por essa paralela na direção leste até encontrar a linha

de transmissão de energia elétrica. Segue-se por essa linha até encontrar a PR 407 no seu Km

5. Toma-se uma paralela contígua à PR 407, na sua margem esquerda e segue-se por essa

em direção 297° SE por 1150m. Desse ponto segue-se em linha reta até encontrar o Rio dos

Almeidas, seguindo por este, na sua margem esquerda, até sua foz na baía de Paranaguá. Na

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 66

foz do Rio dos Almeidas, segue-se em direção 48° NNW, até o extremo leste do Porto de

Paranaguá, toma-se então a direção oeste até a foz do Rio Ribeirão.”

Art. 3º. Considerar-se-ão, no todo, urbanas aquelas propriedades que, embora não

abrangidas na integralidade pelo perímetro urbano, tenham a parte remanescente rural com

área inferior ao módulo mínimo rural.

Art. 4º. Integra esta Lei o Anexo I – Mapa de Perímetro Urbano.

Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º. Revogam-se todas as disposições contrárias a esta Lei, especialmente as

definições de perímetro urbano anteriores à sua publicação.

Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 67

ANEXO I - MAPA DO PERÍMETRO URBANO

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 68

LEI DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – ANTEPROJETO DE LEI

COMPLEMENTAR

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 69

LEI DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Institui o Zoneamento de Uso e Ocupação do

Solo do Município de Paranaguá e dá outras providências.

A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito

Municipal, sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Art. 1º Esta lei dispõe sobre a divisão do território do Município de Paranaguá em zonas

e setores e estabelece critérios e parâmetros de uso e ocupação do solo, com o objetivo de

orientar e ordenar o crescimento da cidade.

Art. 2º São partes integrantes desta lei os seguintes anexos:

I. Anexo I - Tabelas de Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo;

II. Anexo II - Classificação, Definição e Relação dos Usos do Solo para Implantação

do Zoneamento;

III. Anexo III – Mapa de Zoneamento Rural;

IV. Anexo IV – Mapa de Zoneamento Urbano;

V. Anexo V – Mapa Detalhamento dos Setores da ZPTI (setores);

VI. Anexo VI – Mapa Detalhamento dos Setores Especiais.

Art. 3º Zoneamento é a divisão do território do Município que visa dar a cada região

melhor utilização em função das condições ambientais, da topografia, do sistema viário e da

infra-estrutura existente, através da criação de zonas e setores de uso e ocupação do solo e

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 70

adensamentos diferenciados, tanto para a área Rural quanto para área Urbana, ora

denominadas de Macrozona Rural e Macrozona Urbana.

Parágrafo único. As zonas e setores serão delimitados por vias, logradouros públicos,

acidentes topográficos e divisas de lote.

Art. 4º As disposições desta lei deverão ser observadas, obrigatoriamente:

I. na concessão de alvarás de construção;

II. na concessão de alvarás de localização de usos e de atividades urbanas;

III. na execução de planos, programas, projetos, obras e serviços referentes a

edificações de qualquer natureza;

IV. na urbanização de áreas;

V. no parcelamento do solo.

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 5º O Zoneamento e os critérios de Uso e Ocupação do Solo atendem à Política

Urbana e à Política de Uso e Ocupação do Solo, contidas na Lei do Plano Diretor de

Desenvolvimento Integrado do Município de Paranaguá, que estabelece os seguintes objetivos:

I. a ordenação das funções da cidade através da utilização racional do território, dos

recursos naturais, e do uso dos sistemas viário e de transporte, quando do parcelamento do

solo, da implantação e do funcionamento das atividades essenciais à vida da cidade

(residenciais, comerciais, de serviços e industriais);

II. estímulo à geração de empregos e renda, incentivando o desenvolvimento e a

distribuição equilibrada de novas atividades;

III. compatibilização do uso do solo com a morfologia da cidade e com o sistema viário e

transporte coletivo;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 71

IV. hierarquização do sistema viário, de forma a garantir o efetivo deslocamento de

veículos, atendendo às necessidades da população, do sistema de transporte coletivo;

V. adensamento habitacional e das atividades comerciais e de serviços em áreas que

dispõem de sistema viário e demais infra-estruturas;

VI. desenvolvimento e recuperação das áreas e comunidades rurais e insulares

integrando-as às atividades e ao espaço urbano;

VII . viabi l ização de meios que proporcionem qualidade de vida à

população, em espaço urbano adequado e funcional e com planejamento integrado das

políticas públicas;

VII I. preservação da escala da cidade e de seus valores naturais, culturais

e paisagísticos;

IX. compatibilização das políticas de incentivos à preservação do Patrimônio

Ambiental,Cultural e Paisagístico;

X. participação da comunidade na gestão urbana;

XI. atendimento à função social da propriedade imobiliária urbana, preconizado na

Constituição Federal e na Lei n° 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade.

CAPÍTULO III

DAS DEFINIÇÕES

Art. 6º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I. ACRÉSCIMO ou AMPLIAÇÃO - é a obra que resulta no aumento do volume ou da

área construída total da edificação existente;

II. ALINHAMENTO – linha divisória legal entre o lote e a via ou logradouro público;

III. ALTURA MÁXIMA DA EDIFICAÇÃO - é a distância vertical tomada em meio da

fachada, e o ponto mais alto da cobertura, incluindo as construções auxiliares,

situadas acima do teto do último pavimento (caixa d'água, casas de máquinas, halls

de escadas) e os elementos de composição da referida fachada (platibandas e

frontões), observando-se:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 72

IV. relativamente ao afastamento das construções quanto ao alinhamento com o

logradouro público, a altura será contada a partir da cota altimétrica do passeio, no

plano da fachada, coincidindo com o centro da mesma;

V. relativamente ao afastamento das construções, quanto às divisas laterais e de

fundos, a altura será contada a partir da cota altimétrica do terreno que coincidir

com o centro da fachada correspondente.

VI. ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO - documento expedido pela Prefeitura que autoriza a

execução de obras sujeitas à sua fiscalização;

VII. ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO - documento expedido pela

Prefeitura que autoriza o funcionamento de uma determinada atividade ou serviço;

VIII. ALVARÁ DE OBRA - ato administrativo que corresponde ao Habite-se;

IX. ALVARÁ SANITÁRIO - documento fornecido pela Autoridade de Saúde, que

autoriza a ocupação e uso de imóvel recém construído ou reformado e/ou

funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, agropecuários, através

de vistoria prévia das condições físico-sanitárias do mesmo;

X. ÁREA COBERTA - é a medida da superfície da projeção, em plano horizontal, de

qualquer área coberta da edificação, nela incluída superfícies das projeções de

paredes, pilares, marquises, beirais e demais componentes das fachadas;

XI. ÁREA COMUM - é a medida da superfície constituída dos locais destinados ao uso

de todas as unidades e/ou mais de uma unidade que compõe um condomínio, tais

como: estacionamento em qualquer pavimento, lazer, pilotis, rampas de acesso,

elevadores, circulações e depósitos comunitários, apartamento de zelador, depósito

de lixo, casa de gás, guarita, e subsolo quando destinado a estacionamento ou

qualquer uso de caráter comum;

XII. ÁREA CONSTRUÍDA DO PAVIMENTO - é a área de construção de piso do

pavimento, inclusive as ocupadas por paredes e pilares, incluindo-se as áreas

comuns e excluindo-se os vazios de poços de ventilação, iluminação e elevador;

XIII. ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA - somatório das áreas de todos os pisos da edificação,

cobertos ou não, inclusive áreas ocupadas por paredes e pilares;

XIV. ÁREA LIVRE DO LOTE - é a superfície do lote não ocupada pela projeção da

edificação;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 73

XV. ÁREA "NON AEDIFICANDI" ou NÃO EDIFICÁVEL - é a área situada ao longo das

águas correntes e dormentes, das faixas de ferrovias, rodovias e dutos bem como

ao longo de equipamentos urbanos, definida em leis federal, estadual ou municipal

onde não é permitida qualquer edificação;

XVI. ÁREAS PÚBLICAS - são áreas de loteamento destinadas à circulação, à

implantação de equipamentos urbanos e comunitários bem como espaços livres e

áreas verdes de uso público;

XVII. ÁREA DE USO COMUM - é a área edificada ou não, que se destina ao uso comum

dos proprietários ou ocupantes de uma gleba ou de uma edificação, constituídas de

unidades autônomas;

XVIII. ÁREA PARA USO INSTITUCIONAL - é o percentual da área objeto de

parcelamento destinada exclusivamente à implantação de equipamentos

comunitários para usufruto da população;

XIX. ÁREA ÚTIL - superfície utilizável de uma edificação, excluindo-se a área ocupada

com paredes e estruturas;

XX. ÁREA VERDE - é o percentual da área objeto de parcelamento destinada

exclusivamente a praças, parques, jardins para usufruto da população;

XXI. ATIVIDADES COMERCIAIS - são atividades econômicas que têm como função

específica a troca de bens;

XXII. ATIVIDADES INDUSTRIAIS - são atividades voltadas para a extração, ou

transformação de substâncias ou produtos, em novos bens ou produtos;

XXIII. ATIVIDADES INSTITUCIONAIS - são atividades voltadas para o aspecto social,

cultural, artístico e lazer, instituídas por iniciativa do Poder Público ou privado;

XXIV. ATIVIDADES RESIDENCIAIS - são atividades correspondentes às formas de morar,

em caráter permanente de pessoas ou grupos de pessoas;

XXV. ATIVIDADES DE SERVIÇOS - são atividades econômicas que têm como função

específica a prestação de serviços de qualquer natureza;

XXVI. BALANÇO SOBRE O TÉRREO - avanço da edificação acima do térreo sobre os

alinhamentos ou recuos regulares;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 74

XXVII. BEIRA, BEIRAL ou BEIRADO - prolongamento do telhado, além da prumada das

edificações;

XXVIII. CALÇADA - é a parte da via, normalmente segregada em nível diferente, não

destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e quando

possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros;

XXIX. COTA - é a indicação ou registro numérico de dimensões: medida;

XXX. DELIMITAÇÃO - é o processo através do qual o Executivo Municipal estabelece o

perímetro de áreas do território (para fins administrativos, de planejamento ou

estabelecimento de normas);

XXXI. DENSIDADE - é a relação entre o número de habitantes e uma determinada área,

inclusive ruas, áreas verdes e institucionais;

XXXII. DIVISA - são as linhas limítrofes de um terreno;

XXXIII. EDIFICAÇÃO - é a construção acima, no nível ou abaixo da superfície de um

terreno, de estruturas físicas que possibilitem a instalação e o exercício de

atividades;

XXXIV. ESTACIONAMENTO - é o espaço público ou privado destinado à guarda ou

estacionamento de veículos, constituído pelas áreas de vagas e circulação;

XXXV. FAIXA DE DOMÍNIO DE VIAS - é a área que compreende a largura ou caixa da via

acrescida da área "non aedificandí";

XXXVI. FRAÇÃO DO LOTE - é o índice utilizado para o cálculo do número máximo de

unidades destinadas a habitação ou ao comércio e serviço no lote;

XXXVII. GLEBA - é o terreno que ainda não foi objeto de parcelamento, sob qualquer

forma;

XXXVIII. HABITAÇÃO - é a edificação organizada e dimensionada para o exercício de

atividade residencial unifamiliar;

XXXIX. HABITAÇÃO EM SÉRIE - são edificações destinadas à atividade residencial,

construídas em seqüência, sem interrupção, constituindo no seu aspecto externo,

uma unidade arquitetônica homogênea, cada uma das quais dispondo de acessos

exclusivos para o logradouro público ou particular,

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 75

XL. HABITAÇÕES GEMINADAS - são edificações destinadas a duas unidades

domiciliares residenciais, cada uma das quais dispondo de acessos exclusivos para

o logradouro, constituindo-se, no seu aspecto externo, uma unidade arquitetônica

homogênea, com pelo menos uma das seguintes características:

XLI. paredes externas total ou parcialmente contíguas ou comuns, em um ou dois lotes;

XLII. superposição total ou parcial de pisos em um só lote;

XLIII. ÍNDICE DE APROVEITAMENTO - o instrumento de controle urbanístico que

estabelece a relação entre as áreas máximas de construção permitidas e as áreas

dos terrenos sobre os quais ascendem as construções;

XLIV. LARGURA DE UMA VIA - é a distância entre os alinhamentos da via;

XLV. LAUDO DE VISTORIA ou “HABITE-SE” – certidão expedida pela Prefeitura

Municipal de Paranaguá após vistoria efetuada a partir da conclusão da obra;

XLVI. LINDEIRO - limítrofe;

XLVII. LOGRADOURO PÚBLICO - toda parcela de território de propriedade pública e de

uso comum da população;

XLVIII. LOTE - é a parcela de terreno contida em uma quadra, resultante de loteamento ou

de desmembramento, com pelo menos uma das divisas lindeira à via pública;

XLIX. MARQUISE - cobertura em balanço aplicada às fachadas de um edifício, podendo

estar sobre o logradouro;

L. MEIO FIO - é a linha composta de blocos de cantaria ou concreto que separa o

passeio da faixa de rolamento ou do acostamento;

LI. PAVIMENTO - conjunto de compartimentos situados no mesmo nível, de uma

edificação, entre piso de uma edificação, desconsiderados os mezaninos ou sobre

lojas;

LII. PAVIMENTO TÉRREO - é o pavimento definido pelo projeto, cujo piso não fique

acima de 1,00m (um metro) em relação ao ponto médio do(s) passeio(s) do(s)

logradouro(s) que lhe(s) sejam lindeiro(s);

LIII. PAVIMENTO TIPO - são pavimentos com a mesma planta que se repetem na

edificação;

LIV. PÉ DIREITO - distância vertical entre o piso e o forro de um compartimento;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 76

LV. PROFUNDIDADE DO LOTE - é a distância média entre a frente e o fundo do lote;

LVI. PROJETO - é o plano geral de edificações, de parcelamentos ou de outras obras

quaisquer;

LVII. PROJETO URBANÍSTICO - é o projeto desenvolvido para determinada área

urbana, mediante a prévia aprovação do Município, considerando, entre outros os

seguintes aspectos:

LVIII. revitalização do espaço urbano;

LIX. criação de áreas e equipamentos de uso público;

LX. preservação de edificações e espaços de valor histórico;

LXI. definições dos usos;

LXII. definição do sistema de circulação;

LXIII. reserva de áreas para alargamento do sistema viário;

LXIV. reserva de área para estacionamento e terminais de transporte público;

LXV. RECUO - é a área de terreno não edificável, compreendida entre as divisas do

terreno e os alinhamentos dos recuos;

LXVI. REFORMA - são serviços ou obras que impliquem em modificações na estrutura da

construção, nos compartimentos ou no número de pavimentos da edificação,

podendo haver ou não alteração da área edificada;

LXVII. SUBSOLO - pavimento total ou parcialmente situado em nível inferior do pavimento

térreo ou ao terreno natural, medido no ponto médio da fachada perpendicular às

curvas de nível;

LXVIII. TAXA DE OCUPAÇÃO – é o instrumento de controle urbanístico que estabelece a

relação entre as projeções horizontais máximas de construção permitidas e as áreas

dos terrenos sobre os quais ascendem as construções;

LXIX. TAXA DE PERMEABILIDADE - é a relação entre a parte do lote ou gleba que

permite a infiltração de água, permanecendo totalmente livre de qualquer edificação

e a área total dos mesmos;

LXX. TESTADA - é a linha divisória que separa o logradouro público do lote;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 77

LXXI. USO DO SOLO - é o resultado de toda e qualquer atividade, que implique em

dominação ou apropriação de um espaço ou terreno;

LXXII. VISTORIA - é a inspeção efetuada pelo Poder Público com objetivo de verificar as

condições exigidas em lei para uma obra, edificação, arruamento, ou atividade.

CAPÍTULO IV

DO ZONEAMENTO

Art 7º De acordo com a Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do

Município de Paranaguá o território municipal fica dividido nas seguintes Macrozonas:

I. Macrozona Rural;

II. Macrozona Urbana.

Art. 8º O zoneamento institui as regras gerais de uso e ocupação do solo para cada

uma das Zonas em que se subdividem as Macrozonas.

Art. 9º A delimitação das Zonas constantes da Macrozona Rural e da Macrozona

Urbana de Paranaguá está definida nos Anexos III e IV da presente lei.

CAPÍTULO V

DO ZONEAMENTO RURAL

Art. 10 A Macrozona Rural, correspondente à área rural do município, nos termos da Lei

do Perímetro Urbano, é composta por áreas com restrição à ocupação urbana, destinadas à

preservação e conservação ambiental, bem como por áreas destinadas a atividades que

permitam um desenvolvimento econômico sustentável e compatível com os aspectos culturais

locais e de aptidão de solos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 78

§ 1º. Na Macrozona Rural não é permitido o parcelamento do solo para fins urbanos.

§ 2º. Para o parcelamento do solo na Macrozona Rural devem ser observadas as

normas e legislação definidas pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma

Agrária), além da legislação federal e estadual pertinentes.

§ 3º. As edificações e benfeitorias a serem executadas na área a que se refere o

parágrafo primeiro, ficam sujeitas, quanto a seus usos funcionais, à fiscalização do Município.

Art. 11 A Macrozona Rural subdivide-se em:

I. Zona de Uso Sustentável;

II. Zona de Proteção Integral;

III. Zona Agrosilvopastoril;

IV. Corredor de Comércio e Serviços.

SEÇÃO I

DA ZONA DE USO SUSTENTÁVEL- ZUS

Art. 12 A Zona de Uso Sustentável (ZUS) é composta por áreas onde a exploração e o

aproveitamento econômico direto são permitidos desde que de forma planejada e

regulamentada, visando o desenvolvimento sustentável.

Art. 13 São objetivos, na Zona de Uso Sustentável:

I. impedir a ocupação desordenada do solo rural;

II. preservar os ecossistemas, as margens e as nascentes dos canais de drenagem;

III. possibilitar o uso e coleta dos recursos naturais, de forma planejada em

compatibilidade com a conservação da natureza, seguindo os ensinamentos do

desenvolvimento sustentável;

IV. possibilitar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades

de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 79

ecológico.

SEÇÃO II

DA ZONA DE PROTEÇÃO INTEGRAL - ZPI

Art. 14 A Zona de Proteção Integral (ZPI) é composta por áreas de interesse à

preservação da biodiversidade, em que se pretende a mínima interferência antrópica,

admitindo-se apenas o aproveitamento indireto dos benefícios naturais.

Art. 15 São objetivos da Zona de Proteção Integral:

I. preservar de forma integral os ecossistemas, as margens e as nascentes e os canais

de drenagem aí existentes de forma a promover a qualidade ambiental;

III. possibilitar, de forma planejada e controlada, atividades de pesquisa, de lazer,

recreio e contemplação;

IV. restringir a exploração ou o aproveitamento dos recursos naturais.

SEÇÃO III

DA ZONA AGROSILVOPASTORIL - ZA

Art. 16 A Zona Agrosilvopastoril (ZA) é composta por áreas de interesse ao

desenvolvimento econômico sustentável e compatíveis com os aspectos culturais locais e de

aptidão de solos.

Parágrafo Único. Somente são permitidos, na Zona Agrosilvopastoril, as habitações

unifamiliares e os usos necessários às atividades agrosilvopastoris ou de caráter

eminentemente rural.

Art. 17 São objetivos, na Zona Agrosilvopastoril (ZA):

I. promover o desenvolvimento econômico sustentável;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 80

II. estabelecer metas de promoção do desenvolvimento econômico sustentável em

função das aptidões dos solos locais;

III. adequar a produção econômica em função das aptidões culturais locais.

SEÇÃO IV

DO CORREDOR DE COMÉRCIO E SERVIÇOS - CCS

Art. 18 O Corredor de Comércio e Serviços (CCS) caracteriza-se por imóveis voltados

para a Rodovia BR 277, fora do perímetro urbano, em uma faixa com largura máxima de 100

metros a partir do limite da faixa de domínio desta rodovia.

Art. 19 São objetivos do Corredor de Comércio e Serviços (CCS):

I. disponibilizar áreas para instalação de comércio e serviços ligados à circulação de

veículos, tais como postos de combustíveis e estações de apoio aos motoristas e

caminhoneiros;

II. compatibilizar o uso do solo com o sistema viário.

Art. 20 No Corredor de Comércio e Serviços, as edificações nos imóveis voltados para

a estrada devem ter recuo mínimo frontal de quinze metros, contados entre o limite da faixa de

domínio da rodovia e a edificação, bem como devem contar com obras de paisagismo e de

acostamento e acesso viário obrigatórios, de acordo com normas e padrões estabelecidos pelo

Executivo Municipal, pelo DER/PR e pelo órgão ambiental competente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 81

CAPÍTULO VI

DO ZONEAMENTO URBANO

Art. 21 A Macrozona Urbana, correspondente à área urbana do município, nos termos

da Lei do Perímetro Urbano, apresenta diferentes graus de consolidação e infra-estrutura

básica instalada e destina-se a concentrar o desenvolvimento e adensamento urbano.

Parágrafo Único. Na Macrozona Urbana do Município de Paranaguá, os parâmetros

urbanísticos ou construtivos e os usos funcionais admitidos serão os constantes dos Anexos I e

II, da presente Lei, relacionados aos setores territoriais urbanos, demarcados graficamente no

mapa de que trata o inciso III do artigo 2º desta Lei.

Art. 22 A Macrozona Urbana subdivide-se em:

I. Zona de Requalificação Urbana;

II. Zona de Consolidação e Qualificação Urbana I, II e III;

III. Zona de Consolidação e Expansão Urbana I e II;

IV. Zona de Interesse Portuário;

V. Zona de Interesse para Expansão Portuária;

VI. Zona de Desenvolvimento Econômico;

VII. Zona de Interesse Patrimonial e Turístico

VIII. Zona de Ocupação Dirigida

IX. Zona de Recuperação Ambiental I e II;

X. Zona de Restrição à Ocupação;

XI. Zona Urbanizada de Interesse Especial – Ilha dos Valadares.

Parágrafo Único. A Macrozona Urbana ainda contém os seguinte setores:

I. Setores Especiais de Adensamento I, II e III;

II. Setor Especial Recuo Zero;

III. Setor Especial Preferencial de Pedestres;

IV. Setor Especial de Proteção ao Santuário do Rocio.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 82

SEÇÃO I

DA ZONA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - ZRU

Art. 23 A Zona de Requalificação Urbana (ZRU) caracteriza-se pelo uso misto, nela

permitido, e pela existência de infra-estrutura consolidada, com características de centralidade.

Art. 24 São objetivos, na Zona de Requalificação Urbana:

I. ordenar o adensamento construtivo;

II. evitar a saturação do sistema viário;

III. permitir o adensamento populacional onde este ainda for possível, como forma de

aproveitar a infra-estrutura disponível;

IV. estabelecer um controle ambiental eficiente;

V. ampliar a disponibilidade de equipamentos públicos, espaços verdes e áreas de

lazer;

VI. ampliar a oferta de infra-estrutura, de forma a possibilitar o adensamento construtivo.

SEÇÃO II

DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA - ZCQ

Art. 25 A Zona de Consolidação e Qualificação Urbana (ZCQ) caracteriza-se pela

predominância de uso misto, carência de equipamentos públicos, existência de áreas

consolidadas e de áreas para ocupação com fragilidade ambiental.

Parágrafo Único. A ZCQ se subdivide em ZCQ-1, ZCQ-2 e ZCQ-3, conforme

subseções I, II e III.

Art. 26 São objetivos da Zona de Consolidação e Qualificação Urbana:

I. promover a consolidação e qualificação da malha urbana;

II. promover a ocupação ordenada do território;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 83

III. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional;

IV. ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;

V. ampliar a oferta de infra-estrutura, de forma a possibilitar a ocupação do território;

VI. conservar e recuperar o meio ambiente.

SUBSEÇÃO I

DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA UM

Art. 27 A Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Um (ZCQ-1) caracteriza-se pela

predominância de uso misto, carência de equipamentos públicos e existência de duas grandes

glebas a serem reincorporadas à malha urbana, quais sejam, o aeroporto e o pátio de

manobras férreas.

Art. 28 São objetivos da Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Um:

I. Promover a integração entre a porção mais consolidada da malha urbana,

correspondente à ZRU, e suas áreas de consolidação, correspondentes à ZCQ-2 e ZCEU-1;

II. qualificar a paisagem;

III. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional;

IV.ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;

V. ampliar a oferta de infra-estrutura.

SUBSEÇÃO II

DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA DOIS

Art. 29 A Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Dois (ZCQ-2) caracteriza-se por

possuir áreas consolidadas regulares e irregulares, áreas passíveis de ocupação e proximidade

com área de proteção e conservação ambiental.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 84

Art. 30 São objetivos da Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Dois:

I. promover a ocupação ordenada do território;

II. qualificar a paisagem;

III. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional;

IV. ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;

V. ampliar a oferta de infra-estrutura, de forma a possibilitar a ocupação do

território;

VI. garantir a integridade do entorno, ambientalmente frágil.

SUBSEÇÃO III

DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA TRÊS

Art. 31 A Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Três (ZCQ-3) caracteriza-se por

possuir áreas consolidadas regulares e irregulares, áreas passíveis de ocupação e áreas

ambientalmente degradadas.

Art. 32 São objetivos da Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Três:

I. promover a ocupação ordenada do território;

II. qualificar a paisagem;

III. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional;

IV. ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;

V. ampliar a oferta de infra-estrutura, de forma a possibilitar a ocupação do

território;

VI. promover a recuperação do meio ambiente.

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SEÇÃO III

DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E EXPANSÃO URBANA - ZCEU

Art. 33 A Zona de Consolidação e Expansão Urbana (ZCEU) caracteriza-se pela

ocupação rarefeita e por possuir aptidão para receber a expansão da malha urbana.

Parágrafo Único. A ZCEU se subdivide em ZCEU-1 e ZCEU-2, conforme subseções I e

II.

Art. 34 São objetivos da Zona de Consolidação e Expansão Urbana:

I. consolidar o uso urbano;

II. proporcionar a expansão da malha urbana.

SUBSEÇÃO I

DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E EXPANSÃO URBANA UM

Art. 35 A Zona de Consolidação e Expansão Urbana Um (ZCEU-1) caracteriza-se por

possuir áreas com grandes porções de terra, ocupadas de forma rarefeita, aptas à ocupação,

carentes de infra-estrutura, serviços e atividades socioeconômicas.

Art. 36 São objetivos da Zona de Consolidação e Expansão Urbana Um:

I. promover a ocupação ordenada do território;

II. qualificar a paisagem;

III. implantar novos usos e atividades;

IV. ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;

V. ampliar a oferta de infra-estrutura.

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SUBSEÇÃO II

DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO E EXPANSÃO URBANA DOIS

Art. 37 A Zona de Consolidação e Expansão Urbana Dois (ZCEU-2) caracteriza-se por

possuir grandes porções de terra, parcialmente ocupadas, aptas à ocupação, isoladas do

restante da malha urbana.

Art. 38 São objetivos da Zona de Consolidação e Expansão Urbana Dois:

I. integrar a ocupação existente ao restante da malha urbana;

II. promover a ocupação ordenada do território;

III. qualificar a paisagem;

IV. implantar novos usos e atividades, principalmente o habitacional.

SEÇÃO IV

DA ZONA DE INTERESSE PORTUÁRIO - ZIP

Art. 39 A Zona de Interesse Portuário (ZIP) caracteriza-se pelo uso prioritário e

preponderante de atividades portuárias e correlatas, com potencial de impacto ambiental e

urbano significativos.

Art. 40 São objetivos da Zona de Interesse Portuário:

I. dar condições de desenvolvimento e incrementar as atividades portuárias;

II. concentrar atividades incômodas ao uso residencial;

III. concentrar atividades de risco ambiental de forma controlada.

§1º. O uso e a ocupação da ZIP deverá respeitar a legislação ambiental federal e

estadual pertinente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 87

§2º. Na Zona referida no caput desse artigo, poderá ser aplicado o instrumento da

utilização compulsória, IPTU progressivo no tempo e desapropriação com pagamento em

títulos da dívida pública, nos termos da lei específica.

SEÇÃO V

ZONA DE INTERESSE PARA EXPANSÃO PORTUÁRIA - ZIEP

Art. 41 A Zona de Interesse para Expansão Portuária (ZIEP) caracteriza-se por ser uma

área continua à Zona de Interesse Portuário, livre de ocupação, apta a receber a expansão das

atividades portuárias.

Parágrafo Único. Para ocupação da ZIEP devem ser elaborados planos específicos de

urbanização e sistema viário, de acordo com a legislação municipal referentes a estes

assuntos.

Art. 42 É objetivo da Zona de Interesse para Expansão Portuária garantir condições de

ampliação e incremento das atividades portuárias.

Parágrafo Único. O uso e a ocupação da ZIEP deverá estar em consonância com a

legislação ambiental federal e estadual pertinente.

SEÇÃO VI

DA ZONA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - ZDE

Art. 43 A Zona de Desenvolvimento Econômico (ZDE) caracteriza-se por grandes

glebas, ocupadas parcialmente, servidas por importante rede viária, aptas para ocupação por

atividades industriais, comércio e serviços de grande porte, com potencial de incômodo ao uso

residencial.

Parágrafo Único. Para ocupação da ZED devem ser elaborados planos específicos de

urbanização e sistema viário, de acordo com a legislação municipal referentes a estes

assuntos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 88

Art. 44 São objetivos na Zona de Desenvolvimento Econômico:

I. concentrar atividades econômicas de grande porte;

II. potencializar as atividades econômicas;

III. concentrar atividades de risco ambiental de forma controlada.

IV. concentrar atividades incômodas ao uso residencial de forma controlada.

Parágrafo Único. O uso e a ocupação da ZDE deverão estar em consonância com a

legislação ambiental federal e estadual pertinente.

SEÇÃO VII

DA ZONA DE INTERESSE PATRIMONIAL E TURÍSTICO - ZIPT

Art. 45 A Zona de Interesse Patrimonial e Turístico (ZIPT) é uma área formada por

conjunto de relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja

manutenção é necessária à preservação da memória da cidade, do patrimônio cultural do

Município e ao desenvolvimento de atividades econômicas ligadas ao turismo.

Art. 46 A Zona de Interesse Patrimonial e Turístico (ZPTI) é constituída por:

I. Setor Histórico (SH);

II. Setor da Área Envoltória (SAE).

III. Setor de Proteção (SP).

§ 1º Os projetos de recuperação, reforma, ampliação ou construção nesta zona deverão

ser previamente apreciados pelos órgãos estadual e federal de proteção do Patrimônio

Cultural.

§ 2º Os Setores citados no caput do artigo, que constituem a ZPTI, serão detalhados

nos artigos 86 a 107.

Art. 47 São objetivos da Zona de Interesse Patrimonial e Turístico:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 89

I. proteção e a recuperação do ambiente construído e do espaço urbano e a valorização

da paisagem;

II. desenvolvimento sustentável de atividades econômicas ligadas ao turismo.

Parágrafo Único. O uso e ocupação da ZPTI deverão estar em consonância com a

legislação federal e estadual pertinente.

Art. 48 As normas de uso e ocupação da Zona de Interesse Patrimonial e Turístico

destinam-se a garantir a paisagem urbana, a integridade dos monumentos e promover a

recuperação das edificações de interesse, que tiveram suas características alteradas.

§ 1º Quaisquer intervenções urbanísticas deverão produzir uma ambiência urbana que

se harmonize com as características da Zona de Interesse Patrimonial e Turístico, entre outras

proposições, alinhamentos, materiais, elementos paisagísticos.

§ 2º O não cumprimento dos parâmetros estabelecidos implicará as penalidades

previstas por lei específica.

SEÇÃO VIII

DA ZONA DE OCUPAÇÃO DIRIGIDA - ZOD

Art. 49 A Zona de Ocupação Dirigida (ZOD) caracteriza-se pela baixa densidade

populacional e presença de vegetação significativa, apresentando um parcelamento em

grandes lotes, chácaras e sítios, assim como glebas passíveis de parcelamento.

Art. 50 São objetivos da Zona de Ocupação Dirigida:

I. garantir ocupação de baixa densidade, com atividades econômicas compatíveis com

a preservação ambiental;

II. promover a manutenção da qualidade ambiental.

SEÇÃO IX

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 90

DA ZONA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL - ZRA

Art. 51 A Zona de Recuperação Ambiental (ZRA) caracteriza-se pela existência de

atividades ambientalmente inadequadas e com potencial de uso para atividades comunitárias e

de lazer, e possui localização privilegiada dentro do perímetro urbano.

Parágrafo Único. A ZRA se subdivide em ZRA-1 e ZRA-2, conforme subseções I e II.

Art. 52 São objetivos gerais da Zona de Recuperação Ambiental:

I. qualificar a ocupação existente, minimizando os impactos ambientais e promovendo sua

regularização urbanística e fundiária;

II. evitar novas ocupações;

III. implementar infra-estrutura com soluções alternativas;

IV. recuperar ambientalmente as áreas degradadas;

V. incentivar a implantação de atividades de recreio e lazer.

Parágrafo Único. A recuperação das áreas contidas na ZRA deverá ter por objetivo o

retorno do sítio degradado a alguma forma de utilização, de acordo com um plano pré-

estabelecido para o uso do solo, visando à obtenção da estabilidade do meio ambiente.

SUBSEÇÃO I

ZONA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL UM

Art. 53 A Zona de Recuperação Ambiental Um (ZRA -1) caracteriza-se pela região

onde, na data desta lei, se localiza a área de deposição de resíduos sólidos, o chamado “lixão”.

Art. 54 São objetivos específicos da Zona de Recuperação Ambiental Um:

I. desenvolver Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), de acordo com

legislação correlata vigente, principalmente: Lei n° 6.938/1981, Decreto n° 97.632/1989,

Decreto n° 99.274/1990, Resolução CONAMA n° 09/1990 e Resolução CONAMA n° 10/1990;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 91

II. implantar sistema de tratamento e decomposição dos resíduos orgânicos existentes

na área e de reaproveitamento do lixo reciclável, de forma articulada com as famílias que

utilizam o “lixão” como seu sustento;

III. desenvolver programas sociais para as famílias que habitam a área, notadamente

aquelas vinculadas ao sistema de separação de lixo;

IV. utilizar a área, ou parte sua, para a instalação de atividades de recreio, esporte e

lazer para a população de todo o município;

V. inserir a área, ou parte sua, no Programa de Sistema de Parques e Áreas Verdes do

Município de Paranaguá, a ser elaborado de acordo com diretrizes desta lei e da Lei do Plano

Diretor.

Parágrafo Único. Os objetivos dos incisos IV e V, do presente artigo, deverão ser

aplicados quando do início das atividades do Aterro Sanitário de Paranaguá e apenas após a

finalização de atividades na área do “lixão”, a critério do Poder Executivo Municipal.

SUBSEÇÃO II

ZONA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DOIS

Art. 55 A Zona de Recuperação Ambiental Dois (ZRA - 2) caracteriza-se pela área

onde, na data desta lei, encontram-se as cavas de extração de areia.

Art. 56 São objetivos específicos da Zona de Recuperação Ambiental Dois:

I. desenvolver Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), de acordo com

legislação correlata vigente, principalmente: Lei n° 6.938/1981, Decreto n° 97.632/1989,

Decreto n° 99.274/1990, Resolução CONAMA n° 09/1990 e Resolução CONAMA n° 10/1990;

II. utilizar a área para a instalação de atividades de recreio, esporte e lazer para a

população de todo o município;

III. inserir a área no Programa de Sistema de Parques e Áreas Verdes do Município de

Paranaguá, a ser elaborado de acordo com diretrizes desta lei e da Lei do Plano Diretor.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 92

Parágrafo Único. No caso das cavas em atividade e regulamentadas, os objetivos

desta lei se aplicarão após a finalização das atividades.

SEÇÃO X

DA ZONA DE RESTRIÇÃO À OCUPAÇÃO - ZRO

Art. 57 A Zona de Restrição à Ocupação (ZRO) caracteriza-se pela existência de áreas

com características naturais que exigem tratamento especial devido a seu potencial

paisagístico e ambiental.

Art. 58 São objetivos da Zona de Restrição à Ocupação:

I. impedir a ocupação de forma a assegurar a qualidade de vida da população;

II. preservar os manguezais, as margens e as nascentes dos canais de drenagem;

III. possibilitar o uso e coleta dos recursos naturais, de forma planejada em

compatibilidade com a conservação da natureza, seguindo as diretrizes e os objetivos do

desenvolvimento sustentável;

IV. possibilitar a realização de atividades culturais, de lazer, de turismo e de

contemplação de forma planejada;

V. valorizar o potencial paisagístico das áreas de beleza cênica.

§1º. Constituem-se como áreas de restrição à ocupação, além das delimitadas pela

ZRO, as seguintes:

I. as faixas marginais ao longo dos corpos d’água;

II. as áreas cobertas por matas;

III. as áreas com declividade superior a 30% (trinta por cento);

IV. as áreas sujeitas à inundação;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 93

V. as áreas de preservação permanente, definidas em legislação federal e estadual;

VI. outras áreas de interesse a serem incluídas mediante prévia aprovação do Conselho

Municipal de Meio Ambiente e através de lei municipal.

§2º. A título de incentivo à preservação e em atendimento ao princípio da justa

distribuição dos ônus e bônus do processo urbano, os imóveis particulares localizados na

ZRO receberão potencial construtivo fictício, conforme tabela do Anexo I, apenas e tão

somente para fins de transferência de potencial construtivo, nos termos da lei específica.

SEÇÃO XI

DA ZONA URBANIZADA DE INTERESSE ESPECIAL - ZIE

ILHA DOS VALADARES

Art. 59 A Zona Urbanizada de Interesse Especial – Ilha dos Valadares (ZIE) caracteriza-

se pela ocupação de baixa densidade, irregular do ponto de vista fundiário, carente de infra-

estrutura e serviços, localizada em região ambientalmente frágil e dotada de grande potencial

turístico.

Art. 60 São objetivos da Zona Urbanizada de Interesse Especial – Ilha dos Valadares:

I. preservar a paisagem e o equilíbrio ambiental;

II. garantir e ampliar a disponibilidade de equipamentos e serviços públicos;

III. ampliar a oferta de infra-estrutura;

IV. promover a regularização fundiária do território.

V. garantir o acesso ao direito à moradia, com segurança na posse;

VI. relocar as moradias em situação de risco;

VII. criar e qualificar espaços públicos e comunitários;

VIII. garantir o desenvolvimento econômico com atividades ambientalmente sustentáveis

e compatíveis com as peculiaridades locais;

IX. restringir o uso do espaço urbano de modo a garantir uma densidade compatível à

fragilidade ambiental do sitio;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 94

X. restringir a presença de veículos automotores àqueles exclusivamente de uso do

interesse público e em situações emergenciais.

CAPÍTULO VII

DOS SETORES ESPECIAIS

Art. 61 Os Setores Especiais, compreendem áreas para as quais são estabelecidas

ordenações especiais de uso e ocupação do solo, condicionadas às suas características

locacionais, funcionais ou de ocupação urbanística, já existentes ou projetadas e aos objetivos

e diretrizes de ocupação da cidade.

Art. 62 Os Setores Especiais - SE, conforme sua precípua destinação, são subdivididos

em:

I. Setores Especiais de Adensamento I, II e III;

II. Setor Especial Recuo Zero;

III. Setor Especial Preferencial de Pedestres;

IV. Setor Especial de Proteção ao Santuário do Rocio.

Parágrafo Único. Por proposta do Órgão de Planejamento ao Poder Executivo

Municipal, novos Setores Especiais poderão ser criados, mediante iniciativa legislativa do

Prefeito Municipal e aprovação de lei pela Câmara Municipal.

SEÇÃO I

DOS SETORES ESPECIAIS DE ADENSAMENTO - SEA

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 95

Art. 63 Os Setores Especiais de Adensamento (SEA) caracterizam-se pela existência

de infra-estrutura compatível com a verticalização e o adensamento populacional,

configurando-se como eixo de crescimento, em que se permite ocupação mista e de média e

alta densidade habitacional.

Art. 64 São objetivos do Setor Especial de Adensamento:

I. proporcionar condições de infra-estrutura, principalmente relacionada ao

saneamento, para que ocorra a verticalização e o adensamento dos eixos

específicos;

II. qualificar a paisagem urbana;

III. Aproveitar a infra-estrutura existente.

Art. 65 Os Setores Especiais de Adensamento se dividem em SEA-1, SEA-2 e SEA-3, e

possuem seus parâmetros construtivos e seus usos diferenciados, de acordo com informações

contidas no Anexo I da presente Lei.

Art. 66 O Setor Especial de Adensamento compreende os terrenos e lotes com testada

voltada para as vias definidas para este setor.

§ 1º. Os terrenos ou frações de terrenos, com testada para a via definida como Setor

Especial de Adensamento, seguirão até 40m (quarenta metros) de profundidade, contados a

partir do seu alinhamento predial, os parâmetros de uso e ocupação do solo definidos no

Anexo I desta lei para o SEA, independente da profundidade total do terreno ou lote em

questão.

§ 2º. Os demais terrenos, lotes ou fração de lotes, situados além de 40m (quarenta

metros) contados a partir da via definida como Setor Especial de Adensamento, seguirão

apenas os parâmetros definidos para a Zona onde se inserem.

§ 3º No que couberem, deverão ser aplicados, subsidiariamente, nos terrenos ou

frações de terrenos a que se refere o parágrafo primeiro do presente artigo, os parâmetros de

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 96

uso e ocupação do solo definidos para a zona à qual o SEA está sobreposto, nos termos da

presente lei.

SUBSEÇÃO I

DO SETOR ESPECIAL DE ADENSAMENTO UM

Art. 67 Ficam definidos como Setor Especial de Adensamento Um (SEA-1) os terrenos

com testada para as seguintes vias:

I. E02 – Composta pelas vias Rua Antônio Pereira e Avenida Ayrton Senna, e pelo

trecho da BR 277 compreendido entre a Avenida Curitiba e a interseção com a Via Estrutural

01;

II. E03 – Avenida Bento Rocha, em toda a sua extensão;

III. E04 – Composta pela Avenida Senador Atílio Fontana e a via diretriz proposta para

implantação de acesso à Zona de expansão portuária, de acordo com a Lei do Plano Diretor e

a presente lei;

IV. A03 – Rua Professor Cleto, trecho compreendido entre as vias Rua Júlia da Costa e

Avenida Bento Rocha;

V. A04 – Avenida Coronel Santa Rita, trecho compreendido entre as vias Rua Júlia da

Costa e Avenida Bento Rocha;

VI. A05 – Composta pelas vias Estrada Velha do Rocio e Rua dos Expedicionários,

trecho compreendido entre as vias Avenida Bento Rocha e Rua Domingos Peneda, seguindo

diretrizes e traçado viário estabelecidos pela Lei do Sistema Viário;

VII. A06 – Composta pela via Rua Prefeito Roque Vernalha, trecho compreendido entre

as vias Rua Tamoio e Rua Domingos Peneda, e por trecho proposto que conecta-se com a Via

Estrutural E04, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos pela Lei do Sistema Viário;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 97

VIII. A07 – Composta pelas vias Rua Samuel Pires de Mello e Rua Tapuiba, trecho

compreendido entre as vias Rua Guaianá e Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, e por

trecho proposto que conecta-se com a Via Estrutural E04, seguindo diretrizes e traçado viário

estabelecidos pela Lei do Sistema Viário.

Parágrafo Único. Para a Via Arterial A06 deverão,ainda, ser observados os parâmetros

definidos pelo Anexo I para o Setor Especial Recuo Zero.

Art. 68 No SEA-1 é possível construir até 8 (oito) pavimentos, observados os demais

parâmetros do Anexo I, sem a transferência de potencial construtivo ou aplicação de Outorga

Onerosa do Direito de Construir; com a aplicação desses instrumentos, é possível construir até

12 (doze) pavimentos, observadas os demais parâmetros do Anexo I.

Parágrafo Único. A aplicação dos instrumentos de Transferência de Potencial

Construtivo e Outorga Onerosa do Direito de Construir será definida em legislação específica,

contendo os procedimentos e as fórmulas de cálculo para troca e compra de potencial,

observados os parâmetros construtivos máximos regulamentados na presente lei.

Art. 69 Os parâmetros definidos pelo Anexo I desta lei para este Setor Especial aplicar-

se-ão apenas até uma profundidade máxima de 40m (quarenta metros), contados a partir do

alinhamento predial dos terrenos e/ou lotes com testada para as vias definidas no artigo 67.

SUBSEÇÃO II

DO SETOR ESPECIAL DE ADENSAMENTO DOIS

Art. 70. Ficam definidos como Setor Especial de Adensamento Dois (SEA-2) os

terrenos com testada para as seguintes vias:

I. A02 – Rua Manoel Bonifácio, trecho compreendido entre as vias Avenida Portuária e

a Rua João Eugênio, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos pela Lei do Sistema

Viário;

II. A09 – Avenida Curitiba, trecho entre as vias Via Estrutural E04 e a Avenida Belmiro

Sebastião;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 98

III. A12 – Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, trecho compreendido entre as vias

Rua Prefeito Roque Vernalha e Via Estrutural E05;

IV. A13 – Rua Manoel Correia, trecho compreendido entre as vias Avenida Coronel José

Lobo e Rua Aníbal Dias Paiva;

V. A14 – Rua Baronesa do Cerro Azul, trecho compreendido entre as vias Avenida

Coronel José Lobo e Estrada do Emboguaçu;

VI. A15 – Avenida Governador Manoel Ribas, trecho compreendido entre as vias

Avenida Portuária e Rua dos Expedicionários, encontrando a via Avenida Tufi Maron na

margem norte da ferrovia e continuando por esta até a via Rua Ford, seguindo pela via

proposta ao longo da atual Pátio de Manobras da RFFA até a via Avenida Curitiba, seguindo

diretrizes e traçados estabelecidos pela Lei do Sistema Viário;

VII. A16 – Rua Frei José Thomaz, em toda sua extensão.

Art. 71 No SEA-2 é possível construir até 8 (oito) pavimentos, observados os demais

parâmetros do Anexo I, sem a transferência de potencial construtivo ou aplicação de Outorga

Onerosa do Direito de Construir; com a aplicação desses instrumentos, é possível construir até

10 (dez) pavimentos, observadas os demais parâmetros do Anexo I.

Parágrafo Único. A aplicação dos instrumentos de Transferência de Potencial

Construtivo e Outorga Onerosa do Direito de Construir será definida em legislação específica,

contendo os procedimentos e as fórmulas de cálculo para troca e compra de potencial,

observados os parâmetros construtivos máximos regulamentados na presente lei.

Art. 72 Os parâmetros definidos pelo Anexo I desta lei para este Setor Especial aplicar-

se-ão apenas até uma profundidade máxima de 40m (quarenta metros), contados a partir do

alinhamento predial dos terrenos e/ou lotes com testada para as vias definidas no artigo 70.

SUBSEÇÃO III

DO SETOR ESPECIAL DE ADENSAMENTO TRÊS

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 99

Art. 73. Ficam definidos como Setor Especial de Adensamento Três (SEA-3) os

terrenos com testadas para as seguintes vias:

I. C01 – Rua Ermelino de Leão, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin

Constant e Rua Manoel Correia;

II. C02 – Rua Marechal Floriano, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin

Constant e Rua Manoel Pereira;

III. C03 – Avenida Coronel José Lobo, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin

Constant e Rua Manoel Correia;

IV. C04 – Rua Manuel Bonifácio, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin

Constant e Rua Manoel Correia;

V. C05 – Rua Comendador Correia Junior, trecho compreendido entre as vias Rua

Manoel Ribas e Rua João Eugênio;

VI. C06 – Rua Nestor Vitor, trecho compreendido entre as vias Rua Manoel Ribas e Rua

Júlia da Costa;

VII. C07 – Avenida Gabriel de Lara, trecho compreendido entre as vias Avenida Bento

Rocha e Rua Júlia da Costa;

VIII. C08 – Rua Arthur Bernardes, em toda a sua extensão;

IX. C09 – Somente na Rua Alfredo Budant;

X. C10 – Rua Nicolau Mader, em toda a sua extensão;

XI. C11 – Estrada Velha do Emboguaçu, em toda a sua extensão.

XII. C12 – Rua Bento de Oliveira Rocha , trecho compreendido entre as vias Rua

Domingos Peneda e Rua Cláudio Pontes;

XIII. C14 – Rua Guaráguaçu, trecho compreendido entre as vias Rua Domingos Peneda

e Rua Japurá;

XIV. C15 – Rua Capibaribe, trecho compreendido entre as vias Avenida Ayrton Senna e

Rua Japurá;

XV. C16 – Rua Manoel Jordão Cavalheiroa, em toda a sua extensão;

XVI. C17 – Rua Renato Leone, em toda a sua extensão;

XVII. C19 – Rua Julio Groth, em toda a sua extensão;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 100

XVIII. C20 – Rua Antônio Pelintro de Lima, trecho compreendido entre as vias Avenida

Chico Mendes e a BR 277, e incluindo trecho projetado, seguindo diretrizes e traçado viário

estabelecidos pela Lei de Sistema Viário;

XIX. C23 – Composta pelas vias Rua João da Silva Rebello, em toda sua extensão, e

Rua Lisboa, até a via Rua Rosário;

XX. C24 – Rua das Codornas, trecho compreendido entre as vias Estrada das Colônias

e a extensão até a via proposta para a Via Arterial A10, seguindo diretrizes e traçado viário

estabelecidos pela Lei de Sistema Viário;

XXI. C26 – no trecho compreendido entre a Praça Fernando Amaro e a via C01;

XXII. C27 – Alameda Coronel Elysio Pereira, trecho compreendido entre as vias

Avenida Roque Vernalha e Rua dos Expedicionários;

XXIII. C28 – Rua Júlia da Costa, em toda a sua extensão;

XXIV. C29 – Composta pelas vias Rua José Gomes, trecho compreendido entre as vias

Rua dos Expedicionários e Rua Gabriel de Lara, e Rua João Eugênio, em toda a sua extensão;

XXV. C30 – Rua Arthur de Souza, trecho compreendido entre as vias Rua dos

Expedicionários e Estrada do Emboguaçu;

XXVI. C31 – Composta pelas vias Ruas Maneco Viana, em toda sua extensão, e Rua

Barão do Rio Branco, em toda a sua extensão;

XXVII. C32 – Rua Manoel Pereira, em toda a sua extensão;

XXVIII. C33 – Rua Conselheiro Correia, em toda a sua extensão;

XXIX. C34 – Avenida Governador Manoel Ribas, trecho compreendido entre as vias

Rua dos Expedicionários e Rua Alfredo Bundant;

XXX. C35 – Rua Claudionor Nascimento, em toda a sua extensão;

XXXI. C36 – Rua José Cadilhe, em toda a sua extensão;

XXXII. C37 – Rua Barão do Amazonas, em toda a sua extensão;

XXXIII. C38 – Rua Xingu, em toda a sua extensão;

XXXIV. C41 – Rua Aníbal Roque, em toda a sua extensão;

XXXV. C43 – Rua Zélia Simeão Oplade e sua extensão até a Via Estrutural E05,

seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos pela Lei de Sistema Viário;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 101

XXXVI. C44 – Composta pelas vias Rua Germano Crispi Oliveira, Rua Antônio Policarpo

e Rua 02 do Jardim Paranaguá até a Via Estrutural E05;

XXXVII. C45 – Rua Montevideo, trecho compreendido entre as vias Ruas Julio Groth e

Rua Lisboa;

XXXVIII. C50 – Rua Francisco Machado, em toda sua extensão, e Rua Brasílio Itiberê,

em toda a sua extensão. Ver Lei de Sistema Viário;

XXXIX. A08 - PR 407, trecho compreendido entre os entroncamentos da BR 277 e o

Km 5, sendo este ponto o encontro com a Via Estrutural E05;

XXXX. A10 - Avenida Belmiro Sebastião Marques, e sua continuação entre as vias Via

estrutural E05 e a Avenida Curitiba, seguindo diretrizes e traçado viário, estabelecidos pela Lei

de Sistema Viário;

XXXXI. A11 – Rua Domingos Peneda, trecho compreendido entre as vias Rua México e

Rua dos Expedicionários.

Art. 74 No SEA-3 é possível construir até 4 (oito) pavimentos, observados os demais

parâmetros do Anexo I, sem a transferência de potencial construtivo ou aplicação de Outorga

Onerosa do Direito de Construir; com a aplicação desses instrumentos, nos casos cabíveis é

possível construir até 6 (seis) pavimentos, observadas os demais parâmetros do Anexo I.

Parágrafo Único. A aplicação dos instrumentos de Transferência de Potencial

Construtivo e Outorga Onerosa do Direito de Construir será definida em legislação específica,

contendo os procedimentos e as fórmulas de cálculo para troca e compra de potencial,

observados os parâmetros construtivos máximos regulamentados na presente lei.

Art. 75 É possível aplicar os instrumentos citados no artigo anterior apenas nos terrenos

com testada paras vias C02, C03, C05, C06, C07, C26, C28, C30, C31, C32, C33, C34, C35,

A08, A10 e A11.

§ 1º. A aplicação dos instrumentos de Transferência de Potencial Construtivo e Outorga

Onerosa do Direito de Construir nos terrenos com testada para a via A11 será permitida

apenas no trecho compreendido entre as vias A05 e A06,.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 102

§ 2º. Nos terrenos com testada para as vias C20 e C29 não será possível a aplicação

dos instrumentos definidos no artigo anterior, sendo que a construção de 4 (quatro)

pavimentos, nos mesmos terrenos, dependerá de consulta prévia ao Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano.

Art. 76 Além das vias definidas no artigo 73, considera-se dentro do SEA-3 a área

compreendida pelo polígono a seguir descrito:

“Inicia-se no encontro das vias C24 e A12, seguindo por esta a nordeste até

encontrar a via C23, seguindo por esta a sudeste até encontrar a via A10,

seguindo por esta a sul e depois a oeste até encontrar a via C24, seguindo por

esta até encontrar novamente a via A12.”

§ 1º. O mapa contendo a delimitação da área referida no caput desse artigo consta do

Anexo VI da presente lei.

§ 2º.. Para a área definida no caput desse artigo é permitida a construção de até 4

(quatro) pavimentos, observados os demais parâmetros do Anexo I para o SEA-3, sem a

possibilidade de aplicação de Transferência de Potencial Construtivo ou Outorga Onerosa do

Direito de Construir.

Art. 77 Os parâmetros definidos pelo Anexo I desta lei para o Setor Especial de

Adensamento 3 aplicar-se-ão apenas até uma profundidade máxima de 40m (quarenta

metros), contados a partir do alinhamento predial dos terrenos com testada para as vias

definidas nesta Subseção.

SEÇÃO II

DO SETOR ESPECIAL DE RECUO ZERO

Art. 78. O Setor Especial Recuo Zero (SRZ) caracteriza-se por vias que apresentam

edificações construídas sem recuo, encontrando-se em condição consolidada.

Art. 79. São objetivos do Setor Especial Recuo Zero:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 103

I. regularizar as edificações já existentes e que se encontram construídas no

alinhamento predial;

II. incentivar o comércio nas vias nele compreendidas.

Art. 80. Ficam definidas como Setor Especial de Recuo Zero as seguintes vias:

I. Rua Prefeito Roque Vernalha;

II. Rua Maneco Viana;

III. Avenida Coronel Elísio Pereira.

§ 1º. As novas construções, reformas ou ampliações, poderão ter Recuo Zero, desde a

edificação não ultrapasse dois pavimentos e que o pavimento térreo apresente uso

exclusivamente comercial.

§ 2º. Os parâmetros definidos pelo Anexo I desta lei para o Setor Especial Recuo Zero

aplicar-se-ão apenas até uma profundidade máxima de 40m (quarenta metros), contados a

partir do alinhamento predial dos terrenos com testadas para as vias descritas nos incisos I a III

do presente artigo.

SEÇÃO III

DO SETOR ESPECIAL PREFERENCIAL DE PEDESTRES - SPP

Art. 81. O Setor Especial Preferencial de Pedestres (SPP) caracteriza-se por vias de

uso exclusivo de pedestres e, em casos específicos, de uso compartilhado com veículos

autorizados.

Art. 82. São objetivos do Setor Especial Preferencial de Pedestres:

I. otimizar o fluxo de pedestres;

II. assegurar proteção ao deslocamento dos pedestres, reduzindo os conflitos com a

circulação de veículos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 104

Art. 83. Ficam definidas como Setor Especial Preferencial de Pedestres as seguintes

vias:

I. Rua Hugo Simas, entre as vias Rua XV de Novembro e a Rua Marechal Deodoro

da Fonseca;

II. Rua General Carneiro, entre as vias Rua Princeza Izabel e Rua Presciliano

Correa.

Parágrafo Único. Outras vias de interesse podem ser definidas como Setor Especial

Preferencial de Pedestres mediante prévia aprovação do Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano e através de lei municipal.

SEÇÃO IV

DO SETOR ESPECIAL DE PROTEÇÃO DO SANTUÁRIO DO ROCIO - SSR

Art. 84. O Setor Especial de Proteção do Santuário do Rocio (SSR) caracteriza-se por

compreender a área entre a Igreja Nossa Senhora do Rocio, ao sul, e a Baía de Paranaguá, ao

norte.

Art. 85. São objetivos do Setor Especial de Proteção do Santuário do Rocio:

I. proteção do patrimônio histórico e cultural;

II. proteção paisagística da Baía de Paranaguá.

CAPÍTULO VIII

DOS SETORES QUE INTEGRAM A ZONA DE INTERESSE PATRIMONIAL E

TURÍSTICO - ZIPT

SEÇÃO I

DO SETOR HISTÓRICO - SH

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 105

Art. 86. Define-se como Setor Histórico (SH) a área delimitada e regulamentada em seu

uso e ocupação pelo tombamento estadual, com parâmetros estabelecidos pela Coordenadoria

do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, de acordo com a Lei nº 1.211/53.

Art 87. No Setor Histórico, define-se que:

I. o uso dos imóveis tombados deverá ser compatível com a necessidade de proteção do

conjunto urbanístico e de suas edificações, bem como deverá garantir o bem estar de seus

habitantes e usuários;

II. não serão permitidas atividades que ponham em risco a integridade física da área e de suas

edificações, tais como:

i. depósitos de inflamáveis, explosivos ou fogos de artifícios;

ii. indústrias cujo padrão de emissão seja incompatível com esta área protegida;

iii. atividades cuja natureza requeira a utilização de transportes pesados;

iv. edifícios e pátios de estacionamento de grande porte.

Art 88 Quanto à instalação de Infra-Estrutura Urbana no Setor Histórico, define-se que:

I. A instalação, ampliação, reforma ou recuperação dos sistemas de infra-estrutura

urbana, tais como de energia elétrica, telecomunicações, esgotos sanitários, água

potável, águas pluviais e de transporte e circulação, deverá se dar de forma a garantir a

integridade física e paisagística do Setor Histórico, quer no conjunto urbano, quer em

relação às suas edificações;

II. As redes de distribuição de energia elétrica, de iluminação e de telecomunicações, bem

como seus elementos componentes, deverão estar dispostos de forma a se harmonizar

com a paisagem urbana, respeitando suas características relevantes e a importância

histórica das edificações

III. As redes de distribuição existentes deverão, sempre que possível, ser substituídas por

redes subterrâneas;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 106

IV. A pavimentação de vias e passeios deverá ser executada mediante a utilização de

materiais pétreos, em especial, os tradicionalmente utilizados na cidade.

Parágrafo Único. Os projetos deverão ser submetidos à apreciação e aprovação prévia

da Coordenadoria do Patrimônio Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de

Paranaguá.

Art 89 Quanto à instalação de Mobiliário Urbano no Setor Histórico, define-se que:

I.a instalação, aplicação, reforma ou recuperação de quaisquer mobiliários urbanos, tais

como ponto de transporte coletivo, de táxi, quiosques, bancos, lixeiras, cabines

telefônicas, floreiras, caixas de correio, luminárias e sinalizações verticais,

equipamentos de lazer e outros, deverá se dar de forma a respeitar as características

físicas e paisagísticas do setor, quer do conjunto urbano, quer de suas edificações;

II.o mobiliário urbano não deverá interferir na visibilidade dos bens de interesse histórico

no Setor Histórico tombado.

§ 1º Os projetos deverão ser previamente apreciados e aprovados pela Coordenadoria

do Patrimônio Cultural.

§ 2º Na análise de tais projetos serão considerados: a localização, escalas, proporções,

materiais, cores e comunicação visual.

Art 90 Quanto à implantação de Paisagismo no Setor Histórico, define-se que as

intervenções paisagísticas, nas áreas de domínio público, voltadas à substituição ou

implantação de espécies isoladas ou a instalação de praças e jardins, jardineiras, jardinetes,

passeios, floreiras e outros, deverão se dar de forma a respeitar as características físicas e

paisagísticas do Setor.

Parágrafo Único. Os projetos deverão ser previamente apreciados e aprovados pela

Coordenadoria do Patrimônio Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de

Paranaguá.

Art 91 Quanto ao Sistema Viário no Setor Histórico, define-se que, nessa área não será

permitida a circulação de veículos pesados, com peso total acima de 12t (doze toneladas).

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 107

Art 92 Quanto à instalação de Publicidade ao Ar Livre no Setor Histórico define-se que:

I. a publicidade ao ar livre, veiculada por meio de anúncios com placas e letreiros, afixada em

estabelecimentos comerciais e de serviços, em logradouros públicos, em locais visíveis ou

expostos ao público, em mobiliário urbano ou outros equipamentos, para a indicação de

referência de produtos, de serviços ou de atividades, deverá se harmonizar, pelas suas

dimensões, escala, proporções e cromatismo, com as características do Setor,

compatibilizando-se com a paisagem urbana e garantindo a integridade arquitetônica de suas

edificações;

II. a área para letreiro, anúncio ou placa não poderá ser superior à terça parte do comprimento

de fachada do próprio estabelecimento multiplicada por 1m (um metro);

III. no caso de mais de um estabelecimento em uma mesma edificação, a área destinada à

publicidade deverá ser subdividida proporcionalmente entre todos;

IV. qualquer inscrição direta nos toldos será levada em consideração para efeito de cálculo da

área de publicidade;

V.será permitida a subdivisão do letreiro desde que a soma das áreas não ultrapasse a área

total permitida;

VI.a localização da publicidade nas edificações não poderá ultrapassar o nível do piso do

2º pavimento;

VII.as placas e letreiros perpendiculares à fachada não poderão ultrapassar 60cm

(sessenta centímetros) de balanço, deverão ter como limite superior a verga dos vãos

e permitir uma altura livre de 2.50m (dois metros e cinqüenta centímetros), observada

a distancia mínima de 50cm (cinqüenta centímetros) do meio fio;

VIII.será vedada a publicidade que afete a perspectiva ou deprecie, de qualquer modo, o

aspecto do edifício ou paisagem, vias e logradouros públicos, bem como em calçadas,

em árvores, postes e monumentos;

IX.não será permitida a colocação de publicidade que obstrua porta, janela ou qualquer

abertura destinada à iluminação ou ventilação;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 108

X.não será permitida a publicidade colocada no alto de edifícios e nem colocada ou

pintada diretamente em muros ou paredes frontais ao passeio ou às vias e logradouros

públicos;

XI.não será permitida a utilização de qualquer elemento de vedação de fachada.

Parágrafo Único. A critério da Prefeitura Municipal de Paranaguá e com a aprovação

da Coordenadoria do Patrimônio Cultural, poderá ser admitida publicidade no mobiliário urbano

e equipamento social urbano e a execução de painéis artísticos em muros e paredes.

Art 93 Quanto às Edificações no Setor Histórico define-se que:

I.as edificações existentes ou a serem construídas ou reformadas deverão se harmonizar

com o conjunto urbano, com seu entorno imediato e com os pontos relevantes à paisagem

urbana;

II.os projetos de ampliação, reforma ou construção deverão ser previamente apreciados e

aprovados pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural.

Parágrafo Único. Na análise dos projetos a que se referem os incisos desse artigo,

serão considerados a implantação e a composição volumétrica, as saliências, as reentrâncias,

os detalhes decorativos, os materiais, as cores, as escalas e outros.

Art. 94 Quanto à Proteção das Edificações no Setor Histórico, de acordo com o valor

histórico e/ou arquitetônico, são atribuídos os seguintes Graus de Proteção:

I.Grau de Proteção Um (GP1) - proteção rigorosa, diz respeito aos edifícios com

importância histórica e/ou arquitetônica relevantes para o conjunto urbano, que deverão

ser mantidos integralmente com os aspectos originais de sua concepção sendo

permitidas intervenções que venham a recuperar as suas características originais e

modificações internas e tão somente aquelas destinadas à melhoria de habitabilidade;

II.Grau de Proteção Dois (GP2) - proteção rigorosa, diz respeito aos edifícios com

importância histórica e/ ou arquitetônica relevantes para o conjunto urbano, os

quais sofreram, no decorrer do tempo, alterações de maior significação na

concepção originais, e que, portanto, deverão ser mantidos integralmente com os

aspectos originais remanescentes de sua concepção, sendo permitidas

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 109

intervenções que venham a recuperar suas características originais e

modificações internas exclusivamente para melhoria da habitabilidade;

III.Grau de Proteção Três (GP3) – também denominado de Unidade de Acompanhamento,

diz respeito aos edifícios que necessitam de acompanhamento técnico em caso de

reforma, para garantir que as intervenções mantenham a sua volumetria e assegurem a

sua harmonia com o conjunto urbano;

IV.Grau de Proteção Quatro (GP4) - unidades que poderão ser substituídas

integralmente, obedecendo, para as novas edificações, as normas estabelecidas

nesta lei ou legislação pertinente para o assunto.

Art. 95 A construção de Novas Edificações no Setor Histórico obedecerá às seguintes

disposições:

I.as aberturas nas fachadas frontais deverão corresponder a, no máximo, 2 (dois)

pavimentos;

II.a inclinação máxima da cobertura será de 45% (quarenta e cinco por cento);

III.as edificações deverão ser executadas no alinhamento predial sem recuo, podendo-se

executar afastamento lateral a partir de 5m (cinco metros) contados do alinhamento;

IV.os muros deverão ter altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) e

máxima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), sendo permitidos elementos

vazados de até o máximo de 30% (trinta por cento) de sua superfície;

V.não será admitida a construção de marquises ou de quaisquer elementos construtivos

que avancem além do alinhamento predial, exceção feita para toldos, sendo que estes

não poderão seccionar os vãos;

VI.será autorizada a colocação de toldos somente no pavimento térreo, sendo que: para os

imóveis com GP1 e GP2 os toldos deverão ser retráteis (de recolher) e fixados

imediatamente acima das vergas das bandeiras das portas; e para os imóveis com GP3

e GP4 os toldos poderão ser fixos;

VII.os vãos deverão harmonizar-se com o conjunto, levando em conta o ritmo e as

proporções das edificações existentes nas adjacências;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 110

VIII.não será permitida a utilização de técnicas construtivas que coloquem em risco a

integridade física das edificações lindeiras dos bens de interesse histórico e artístico do

Setor Histórico tombado.

§ 1º. Os toldos poderão se estender até uma distância de 1,20m (um metro e vinte

centímetros) a contar do alinhamento, devendo permitir altura livre de 2,50 m (dois metros e

cinqüenta centímetros).

§ 2º. No caso de passeios estreitos em ruas de tráfego, a extensão dos toldos será

limitada pela distância livre de 0,50 m (cinqüenta centímetros) do meio fio.

Art. 96 Quanto a Altura Máxima das Edificações no Setor Histórico define-se que:

I.para as edificações situadas na Rua Conselheiro Sinimbu, entre o largo da

Matriz e a Igreja de São Benedito, e na Rua XV de Novembro, entre as Ruas

Fernando Simas e Princesa Izabel, a altura máxima permitida será de 6m (seis metros)

na fachada e de 9m (nove metros) na cumeeira, medidas a partir do nível do terreno no

alinhamento. As aberturas nas fachadas frontais deverão corresponder a, no máximo, 2

(dois) pavimentos;

II.para edificações situadas na Rua XV de Novembro, entre as Ruas Presciliano Correa e

Fernando Simas, e na Rua General Carneiro, entre as Ruas Princesa Izabel e Professor

Cleto, a altura máxima permitida será de 9m (nove metros) na fachada e de 12m (doze

metros) na cumeeira , medidos a partir do nível do terreno no alinhamento e as

aberturas frontais deverão corresponder a, no máximo, 3 (três) pavimentos;

III.para edificações situadas na Rua Visconde de Nácar, entre as Ruas Manoel Bonifácio e

Princesa Isabel; na Rua Princesa Isabel, entre as ruas General Carneiro e Visconde de

Nácar;na rua Benjamim Constant, entre o largo Prof. Acioly e o final da área protegida

pelo Tombamento; na Rua Prof. Cleto, entre a Rua João Estevão (excluídas as

esquinas) e o final da área protegida pelo Tombamento no Largo Íria Corrêa; na Rua

João Régis entre a Rua João Estevão (excluída a esquina) e o Largo Monsenhor Celso;

na Rua Faria Sobrinho, entre a Rua João Régis e o final da área protegida pelo

Tombamento; na Rua Pêcego Júnior, entre a Rua João Régis e o final da área

protegida pelo Tombamento; no Largo Íria Corrêa, entre a Rua Prof. Cleto e o final da

área protegida pelo Tombamento; na Travessa Itiberê de Lima, entre a Conselheiro

Sinimbu e o final da área protegida pelo tombamento; e na rua Mestre Leopoldino, nos

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 111

limites da área protegida pelo tombamento, a altura máxima permitida será de 6m (seis

metros) na fachada, medidos a partir do nível do terreno no alinhamento;

IV.para edificações situadas na Rua Visconde de Nácar, entre a Rua XV de Novembro e o

final da área protegida pelo tombamento, e na Rua João Estevão, entre as Ruas Prof.

Cleto e João Régis, incluindo as esquinas, a altura máxima permitida será de 9m (nove

metros) na fachada e de 12m (doze metros) na cumeeira, medidos a partir do nível do

terreno no alinhamento e as aberturas frontais deverão corresponder a, no máximo, 3

(três) pavimentos.

SEÇÃO II

DO SETOR DA ÁREA ENVOLTÓRIA - SAE

Art. 97 Define-se como Setor da Área Envoltória (SAE) a área definida e regulamentada

no seu uso e ocupação pelos parâmetros estabelecidos pela Coordenadoria do Patrimônio

Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, de acordo com a Lei nº 1.211/53, tendo como

função específica proteger a visibilidade dos bens tombados na cidade.

Art 98 Quanto ao Uso e Ocupação do Solo no Setor da Área Envoltória do define-se

que:

I.o uso dos imóveis no interior do Setor da Área Envoltória deverá ser compatível com a

necessidade de proteção do conjunto urbanístico e das edificações;

II.não serão permitidas atividades que coloquem em risco a integridade física da área e

de suas edificações, tais como: depósito de inflamáveis, explosivos ou fogos de artifício,

industrias com padrão de incompatível com a área tombada, atividades que requeiram a

utilização de veículos pesados ou edifícios e pátios de estacionamento de grande porte.

Art 99 Quanto à instalação de Infra-Estrutura Urbana no Setor da Área Envoltória

define-se que:

I. a instalação, ampliação, reforma ou recuperação dos sistemas de infra-estrutura

urbana, tais como de energia elétrica, telecomunicações, esgoto sanitário, água potável,

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 112

águas pluviais e de transporte e circulação, deverão se dar de forma a garantir a

integridade física e paisagística do Setor da Área Envoltória;

II. as redes de distribuição de energia elétrica, iluminação e telecomunicações, bem como

seus elementos componentes, deverão estar dispostos de maneira a se harmonizarem

com a paisagem urbana;

III. a pavimentação deverá ser executada com material pétreo, preferentemente os

tradicionais utilizados na pavimentação existente na área.

§ 1º. As redes de distribuição de energia elétrica, iluminação e telecomunicações

existentes deverão, sempre que possível, serem substituídas por redes subterrâneas.

§ 2º. Os projetos deverão ser submetidos à apreciação da Coordenadoria do Patrimônio

Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de Paranaguá.

Art 100 Quanto à instalação de Mobiliário Urbano no Setor da Área Envoltória define-se

que a instalação, ampliação, reforma ou recuperação de qualquer mobiliário urbano deverá

respeitar as características físicas e paisagísticas quer do conjunto urbano, quer de suas

edificações.

§ 1º. Os projetos deverão ser submetidos à apreciação da Coordenadoria do Patrimônio

Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de Paranaguá.

§ 2º. Na análise dos projetos serão considerados:

I. localização;

II. escalas;

III. materiais;

IV. cores;

V. comunicação visual.

Art 101 Quanto à implantação de Paisagismo no Setor da Área Envoltória, define-se

que as intervenções paisagísticas na área de domínio público, voltadas à implantação ou

substituição de espécies isoladas, ou à instalação, substituição, reforma ou ampliação de

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 113

praças, jardins, jardineiras, jardinetes, floreiras e outros, deverão respeitar as características

físicas e paisagísticas do entorno.

Parágrafo Único. Os projetos de paisagismo deverão ser submetidos à apreciação da

Coordenadoria do Patrimônio Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de

Paranaguá.

Art 102 Quanto ao Sistema Viário no Setor da Área Envoltória, define-se que:

I.o sistema viário deverá garantir a fluidez na circulação de pessoas e bens, integrando-

se ao sistema viário e de circulação de toda a cidade e seus padrões de operação

deverão ser especificados de forma a garantir a integridade física do SAE;

II.não será permitida a circulação de veículos pesados, com peso total acima de 12 (doze)

toneladas.

Art 103 Quanto à instalação de Publicidade ao Ar Livre no Setor da Área Envoltória

define-se que:

I. a publicidade ao ar livre, veiculada por meios de anúncios com placas e letreiros, afixadas em

estabelecimentos comerciais e de serviços, em logradouros públicos, em locais visíveis ou

expostos ao público, em mobiliário urbano ou outros equipamentos, para a indicação de

referência de produtos, de serviços ou de atividades, deverá se harmonizar, pelas suas

dimensões, escala, proporções e cromatismo, com as características do Setor Histórico,

compatibilizando-se com a paisagem urbana e garantindo a integridade arquitetônica de suas

edificações;

II. a área para letreiro, anúncio ou placa não poderá ser superior a terça parte do comprimento

de fachada do próprio estabelecimento multiplicada por 1m (um metro);

III. no caso de mais de um estabelecimento em uma mesma edificação, a área destinada à

publicidade deverá ser subdividida proporcionalmente entre todos;

IV. qualquer inscrição direta nos toldos será levada em consideração para efeito de cálculo da

área de publicidade;

V. será permitida a subdivisão do letreiro desde que a soma das áreas não ultrapasse a área

total permitida;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 114

VI. a localização da publicidade nas edificações não poderá ultrapassar o nível do piso do

2º pavimento;

VII. as placas e letreiros perpendiculares à fachada não poderão ultrapassar 60cm

(sessenta centímetros) de balanço, deverão ter como limite superior a verga dos vãos

e permitir uma altura livre de 2.50m (dois metros e cinqüenta centímetros), observada

a distancia mínima de 50cm (cinqüenta centímetros) do meio fio;

VIII. será vedada a publicidade que afete a perspectiva ou deprecie, de qualquer modo, o

aspecto do edifício ou paisagem, vias e logradouros públicos, bem como em calçadas,

em árvores, postes e monumentos;

IX. não será permitida a colocação de publicidade que obstrua porta, janela ou qualquer

abertura destinada à iluminação ou ventilação;

X. não será permitida a publicidade colocada no alto de edifícios e nem colocada ou

pintada diretamente em muros ou paredes frontais ao passeio ou às vias e logradouros

públicos;

XI.não será permitida a utilização de elemento de vedação de fachada.

Parágrafo Único. A critério da Prefeitura Municipal de Paranaguá e com aprovação da

Coordenadoria do Patrimônio Cultural, poderá ser admitida publicidade no mobiliário urbano e

equipamento social e urbano e a execução de painéis artístico em muros e paredes .

Art 104 Quanto às Edificações no Setor da Área Envoltória define-se que:

I.As edificações deverão se harmonizar com o conjunto urbano, com seu entorno

imediato e com os pontos relevantes à paisagem urbana;

II.A altura máxima permitida para as edificações será de 10m (dez metros) na fachada e

de 13m (treze metros) na cumeeira, medidos a partir do nível do terreno no

alinhamento;

III.As coberturas deverão ser de telhados cerâmicos com inclinação máxima de 45%

(quarenta e cinco por cento);

IV.As edificações deverão ser executadas no alinhamento predial sem recuo, podendo

existir afastamento lateral a partir de 5m (cinco metros) desde o alinhamento;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 115

V.Os muros deverão ter altura máxima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), sendo

permitidos elementos vazados de até o máximo de 30% (trinta por cento) de sua

superfície;

VI.não será admitida a construção de marquises ou de quaisquer elementos construtivos

que avancem além do alinhamento predial, exceção feita para toldos, sendo que estes

não poderão seccionar os vãos;

VII.os vãos deverão harmonizar-se com o conjunto, levando em conta o ritmo e as

proporções das edificações existentes nas adjacências;

VIII.não será permitida a utilização de técnicas construtivas que coloquem em risco a

integridade física das edificações do entorno;

IX.Os toldos poderão ser fixos, se estendendo até a distância máxima de 1,20m (um metro

e vinte centímetros) a partir do alinhamento predial, devendo permitir uma altura livre de

2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), e, para o caso de passeios estreitos, a

extensão dos toldos será limitada pela distância livre de 50cm (cinqüenta centímetros)

do meio-fio, devendo permitir uma altura livre de 2,50 (dois metros e cinqüenta

centímetros).

§ 1º. Os projetos deverão ser submetidos à apreciação da Coordenadoria do Patrimônio

Cultural, ouvida previamente a Prefeitura Municipal de Paranaguá.

§ 2º. Na análise dos projetos serão considerados a implantação e a composição de

elementos arquitetônicos, tais como:

I.fachadas;

II.vãos;

III.cobertura;

IV.volumetria;

V.saliências e reentrâncias;

VI.detalhes decorativos;

VII.materiais;

VIII.cores;

IX.escalas.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 116

SEÇÃO III

DO SETOR DE PROTEÇÃO - SP

Art. 105. Define-se como Setor de Proteção (SP) a área caracterizada na Lei

Complementar Municipal 37/2005 mantidas as regulamentações que não conflitem com a

presente Lei.

Art. 106. São objetivos do Setor Proteção:

I. servir de espaço de transição entre a área tombada e a área urbana, integrando-as de

modo harmônico

II. proteção do patrimônio histórico e cultural;

III. valorização da paisagem urbana do Setor Histórico.

Art. 107 Os parâmetros de Uso e Ocupação para esta área encontram-se detalhados

nos Anexos I e II.

CAPÍTULO IX

DOS BENS TOMBADOS INDIVIDUALMENTE E DAS UNIDADES

DE INTERESSE DE PRESERVAÇÃO

SEÇÃO I

DOS BENS TOMBADOS INDIVIDUALMENTE

Art. 108 Atendendo ao disposto no artigo 15 da Lei Estadual nº 1.211/53, que tem por

objetivo proteger a ambiência dos bens tombados individualmente, são estabelecidas, nesta

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 117

Seção, normas que orientam reformas e novas construções no entorno dos bens tombados no

Município de Paranaguá.

Parágrafo Único. Cada bem tombado possui uma área de proteção imediata, onde as

intervenções devem ser executadas de forma a manter sua integridade e proteger sua

visibilidade.

Art 109 São Bens (móveis e imóveis) Tombados Individualmente no Município de

Paranaguá, nas instâncias Estadual (E) e Federal (F):

I. Antiga Alfândega de Paranaguá; (E)

II. Antigo Colégio dos Jesuítas; (E), (F)

III. Casa Elfrida Lobo; (E)

IV. Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso; (E)

V. Casa sita à Praça Monsenhor Celso, 106; (E)

VI. Crucifixo Professional; (E)

VII. Estação Ferroviária de Paranaguá; (E)

VIII. Fonte Velha; (E)

IX. Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres; (E), (F)

X. Igreja da Irmandade de São Benedito; (E), (F)

XI. Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Chagas; (E), (F)

XII. Igreja de Nossa Senhora do Santíssimo (Matriz de Paranaguá); (E)

XIII. Ilha do Mel; (E)

XIV. Imagem – Nossa Senhora da Candelária; (E)

XV. Imagem – Nossa Senhora do Rosário; (E)

XVI. Imagem – Santa Efigênia; (E)

XVII. Imagem – Santa Luzia; (E)

XVIII. Imagem – São Benedito; (E)

XIX. Instituto de Educação “Dr. Caetano Munhoz da Rocha”; (E)

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 118

XX. Jazigo da Família Correia; (E)

XXI. Originais da obra: “Memória Histórica da Cidade”; (E)

XXII. Prédio da Prefeitura Municipal – Antigo Palácio Visconde de Nácar; (E)

XXIII. Serra do Mar – Porção em território do Município. (E)

Art. 110 A Área de Proteção da Fonte Velha possui as seguintes características:

I.Área de Proteção Imediata – constituída pela área da Praça da Fonte da Gamboa e

delimitada ao norte pela Alameda Coronel Elysio Pereira desde 70m (setenta metros); a

oeste até 20m (vinte metros), a leste pela Rua Padre Albino; e a sul e sudeste pela Rua

João Estevão;

II.Área Não Edificável – delimitada pela área da Praça da Fonte da Gamboa;

III.Área Edificável – delimitada pelas demais áreas da Área de Proteção Imediata, onde a

altura máxima permitida para as edificações é de 6m (seis metros) na fachada e 9m

(nove metros) na cumeeira, medidos a partir do nível do terreno no alinhamento; e as

aberturas nas fachadas frontais deverão corresponder a, no máximo, 2 (dois)

pavimentos.

Art. 111 A Área de Proteção do Instituto de Educação de Paranaguá, “Dr. Caetano

Munhoz da Rocha”, possui as seguintes características:

I.Área de Proteção Imediata – constituída pela quadra do terreno da edificação do

Instituto de Educação, bem como pelo lote lateral de esquina das vias Rua João

Eugênio e Rua Comendador Correia Júnior, de frente para a Praça da Marinha do

Brasil;

II.Área Não Edificável – delimitada pelo terreno da edificação do Instituto de Educação,

sendo que a alteração dos anexos já existentes deve ser analisada pela Coordenadoria

do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura;

III.Área Edificável – para as demais áreas, os parâmetros para novas edificações são os

estabelecidos pelo Anexo I da presente lei, de acordo com a zona em que se

encontram; para os lotes lindeiros ao edifício tombado e o lote da esquina das vias Rua

João Eugênio e Rua Comendador Correia Junior, os recuos frontais serão de 17m

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 119

(dezessete metros) na Rua João Eugênio e de 11m (onze metros) na Rua Comendador

Correia Junior.

Art. 112 A Área de Proteção da Estação Ferroviária de Paranaguá possui as seguintes

características:

I.Área de Proteção Imediata – compreendida pelos lotes frontais ao terreno da Estação

Ferroviária na Praça da Marinha do Brasil, entre a Praça Fernando Amaro e a Rua

João Eugênio, e pelo terreno onde está contida a edificação da Estação Ferroviária,

compreendido entre as vias Rua Rodrigues Alves, Rua João Eugênio e a Praça da

Marinha do Brasil, até a divisa na parte posterior do referido lote;

II.Para os lotes frontais à Praça da Marinha do Brasil a altura máxima permitida é de 13m

(treze metros) atendidos os parâmetros construtivos estabelecidos por esta lei, de

acordo com o Anexo I;

III.Para o lote da Estação:

a) Área não Edificável – delimitada lateralmente pela plataforma de

embarque e desembarque e profundidade equivalente ao fundo do lote;

b) Área Edificável – área remanescente nas laterais posteriores ao trilho de

trem do referido lote, sendo que a altura máxima permitida deve equivaler a altura

do edifício da Estação Ferroviária.

SEÇÃO II

DAS UNIDADES DE INTERESSE DE PRESERVAÇÃO

Art 113 Fica instituída a Unidade de Interesse de Preservação, constituída por

edificações que, de alguma forma, apresentam interesse histórico, patrimonial e arquitetônico

significativos para a manutenção da memória do Município de Paranaguá.

§ 1º. É considerado como Unidade de Interesse de Preservação todo imóvel edificado

até o final da década de 1940 (mil, novecentos e quarenta), situado nas áreas delimitadas

como Setor Histórico e Setor da Área Envoltória.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 120

§ 2º. Mediante decreto, novas edificações poderão se tornar Unidade de Interesse de

Preservação, desde que incluídas nas instâncias estéticas e/ou históricas, independente da

zona em que estiverem localizadas.

Art. 114 Cada Unidade de Interesse de Preservação deverá receber tratamento

específico, visando adequá-la à vizinhança mais imediata.

Art 115 As Unidades de Interesse de Preservação não poderão ser demolidas ou sofrer

qualquer tipo de alteração física sem que seja consultado o Conselho de Defesa e Preservação

do Patrimônio Histórico de Paranaguá (CONDEPH).

§ 1º. As solicitações de demolição serão analisadas pelo Conselho de Defesa e

Preservação do Patrimônio Histórico de Paranaguá (CONDEPH), acompanhado do projeto de

substituição do referido imóvel que considerará as qualidades históricas ou estéticas do edifício

antigo, sua presença enquanto componente de um conjunto de edifícios históricos e se a

substituição proposta é compatível com seu entorno imediato e as necessidades da

comunidade.

§ 2º. As Unidades de Interesse de Preservação não estarão sujeitas aos parâmetros

estabelecidos para o uso e ocupação da zona ou setor onde se inserem.

§ 3º. O não cumprimento dos termos expostos neste artigo implicará a aplicação de

multa, cujo valor será definido em decreto específico, penalidade que será imposta com estrita

observância do procedimento de infrações regulamentado no Código de Obras e Edificações

do Município.

CAPÍTULO X

DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU

UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS

Art. 116. O parcelamento, a edificação e a utilização compulsória do solo urbano visam

garantir o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, por meio da indução da

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 121

ocupação de áreas vazias, subutilizadas ou não utilizadas, de acordo com as disposições da

Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá.

Art. 117. O Poder Público Municipal, nos termos de lei específica, exigirá do proprietário

do imóvel urbano não edificado, subutilizado, utilizado inadequadamente ou não utilizado, que

promova seu adequado aproveitamento, sob pena de aplicação de IPTU progressivo no tempo

e desapropriação com títulos da dívida pública, nos termos da Lei do Plano Diretor de

Desenvolvimento Integrado e das disposições contidas nos Artigos 5º e 6º da Lei federal nº

10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 118. O parcelamento, a edificação e a utilização compulsória, bem como o IPTU

progressivo no tempo e a desapropriação com títulos da dívida pública, poderão ser aplicados

pelo Poder Executivo, com base em lei específica, nas seguintes Zonas definidas na presente

lei e nos seus anexos:

I - Zona de Requalificação Urbana;

II - Zona de Interesse Portuário;

III - Zona de Interesse Patrimonial e Turístico;

IV – Zona de Consolidação e Qualificação Urbana 1;

V - Setores Especiais, quando for o caso.

CAPÍTULO XI

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 119. Todas as atividades a serem desenvolvidas no Município devem ocorrer sem

riscos de causar poluição sonora e visual, poluição do ar, da água, do solo e do subsolo.

Parágrafo Único. Considera-se poluição, para os efeitos desta Lei, a presença, o

lançamento e a liberação de toda e qualquer forma de matéria ou energia, capaz de tomar ou

vir a tomar as águas, o ar, o solo e o subsolo:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 122

I. impróprios, nocivos ou ofensivos à saúde;

II. inconvenientes ao bem estar público;

III. danosos à fauna e à flora;

IV. prejudiciais à segurança, ao uso e ao gozo da propriedade, e às atividades normais

da comunidade.

Art. 120. Compete ao Executivo Municipal o enquadramento de cada atividade

econômica nos usos e portes descritos no Anexo II desta Lei, autorizando ou não o seu

funcionamento, de acordo com os usos admitidos nas Zonas em que se insere.

Art. 121. Nos Setores Especiais sem rede de esgotamento sanitário, quando for

utilizado o Índice de Aproveitamento maior que 1,0 (um), a solução final do esgotamento não

poderá ser a de fossa ou sumidouro.

Art. 122. A implantação das atividades em áreas de influência de monumentos,

edificações, sítios ou parques tombados pelo patrimônio histórico federal, estadual ou

municipal deverá observar as disposições legais pertinentes.

CAPÍTULO XII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 123. A ocupação de terrenos ou glebas, situados em duas ou mais zonas, desde

que o uso seja adequado às zonas nas quais incidir, observará as exigências da legislação em

vigor definidas para a zona de maior percentagem de inserção da gleba.

Art. 124. Quando um empreendimento se destinar ao funcionamento de várias

atividades, sua implantação será admitida se atender cumulativamente às seguintes condições:

I. todas as atividades deverão ser adequadas à zona;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 123

II. todas as atividades deverão ser adequadas à via ou setor;

III. os indicadores urbanos, as normas e restrições que incidirão sobre o

empreendimento são os relativos à atividade com maiores exigências.

Parágrafo Único - O enquadramento do empreendimento no subgrupo de uso será

relativo à atividade que maior impacto causar ao meio urbano.

Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando todas as

disposições em contrário.

Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 124

ANEXO I - TABELAS DE PARÂMETROS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 125

ZUS

ZUS (Zona de Uso Sustentável)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilida

de Mínima (%)

Afastamento

Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Predominantes

Recuperação de áreas degradadas; Recomposição florística com espécies nativas; Pesquisa Científica (1); Atividades de educação ambiental (1); Atividades de Ecoturismo (1); Manejo Sustentado da Biota (2)

(1) (1) 3% (4) 2 (3) 90 (3) 20000/10

0 (5)

Possíveis

Habitação Unifamiliar; Fruticultura sem uso de agrotóxicos e biocidas; Apicultura; Psicultura; Outras atividades que permitam o manejo moderado e auto sustentado da biota (2); Pousadas, camping, clubes, campos desportivos; Outros serviços ligados ao Turismo e Lazer

Observações:

(1) Mediante licença prévia do IAP e demais órgãos competentes.

(2) Conforme Plano próprio de Manejo aprovado pelo IAP e demais órgãos competentes.

(3) Conforme orientação do IAP e demais órgãos competentes.

(4) Construções com no máximo 600m² (seissentos metros quadrados), mediante licença prévia do IAP e demais órgãos competentes.

(5) De acordo com legislação federal e orientação e normas do INCRA. (Observação Geral) Proibidos todos os usos que por suas características comprometam a conservação do meio ambiente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 126

ZA

ZA (Zona Agrosilvopastoril)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação

Máxima (%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Predominantes

Atividades agrícolas (1); Atividades de Turismo e Lazer; Plantação de mudas

(3) (3) 5% 2 (3) 90% (3) 20000/10

0 (4)

Possíveis

Indústria de beneficiamento mineral; Indústria de beneficiamento vegetal; Habitação unifamiliar (2)

Observações: (1) A implantação das atividades agrosilvopastoris existentes, e a implantação de novas, deverão seguir a orientação de Plano próprio de Manejo, adotando práticas de conservação do solo e manejo adequados.

(2) Permitida uma habitação complementar por lote, respeitada a taxa de ocupação.

(3) Conforme orientação do IAP e demais órgãos competentes.

(4) De acordo com legislação federal e orientação e normas do INCRA.

(Observação Geral) Proibidos todos os usos que por suas características comprometam a conservação do meio ambiente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 127

ZPI

ZPI (Zona de Proteção Integral)

Usos

Ocupação

Porte

Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Predominantes

Recomposição florística com espécies nativas; recuperação de áreas degradadas; reciclagem do uso atual para outras atividades que possam garantir a qualidade ambiental.

(2) 20000/10

0 (3)

Possíveis

Equipamentos de lazer, recreação e cultura, conforme plano próprio de manejo (1)

Observações:

(1) Mediante licença prévia do IAP, conforme RAP (Relatório Ambiental Prévio)

(2) No caso de projetos especiais de apoio às atividades, a definição de parâmetros fica a cargo do IAP.

(3) De acordo com legislação federal e orientação e normas do INCRA.

(Observação Geral) Proibidos todos os usos que por suas características comprometam a conservação do meio ambiente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 128

CCS

CCS (Corredor de Comércio e Serviços)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Predominantes

Estações de apoio a motoristas e caminhoneiros (1) (2)

(1) (2) 20000/100

(2)

Possíveis

Postos de combustível (1) (2); Quiosques de venda de artesanato e produtos regionais (1) (2)

Observações:

(1) A critério do DER/DNIT.

(2) De acordo com legislação federal e orientação e normas do INCRA.

(Observação Geral) Proibidos todos os usos que por suas características comprometam a conservação do meio ambiente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 129

ZRU

ZRU (Zona de Requalificação Urbana)

Usos

Ocupação

Porte Coef.

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade Mínima

(%)

Afastamento

Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina (testada /

área)

Permitidos

Habitação Unifamiliar

- 1

Subsolo, térreo e

1º pavimento = 75% Demais Pav. = 50%

2 3 (2) 20% Facultativ

o (3) 10/300

15/450 (5)

Habitação Coletiva, Comunitário 1, Comunitário 2,

Comércio e Serviço Vicinal, Comércio e Serviço de Bairro,

Comércio e Serviço Setorial, Indústria

Caseira (1)

pequeno e médio

porte 2 2 (4) 3 (2) 20%

Facultativo (3)

10/300 15/450

(5)

Permissíveis

Habitação de Uso Institucional, Habitação Transitória,

Comércio e serviço Geral, Comércio e Serviço Transitório,

Indústria 1

pequeno e médio

porte 2 2 (4) 5 20%

Facultativo (3)

15/450 15/450

(5)

Observações: (1) Uso Conjugado ao uso residencial

(2) Para os setores de adensamento e/ou Recuo Zero, observar parâmetros específicos.

(3) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).

(4) Verificar tabela de parâmetros construtivos para os setores especiais. (5) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 130

ZCQ1

ZCQ 1 (Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Um)

Usos

Ocupação

Porte Coef.

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabi

lidade Mínima

(%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina (testada /

área)

Permitidos

Habitação Unifamiliar

-

1

60

2

5 (2) (5) 20%

Facultativo (3)

10/300 15/450

(6)

Habitação Coletiva,

Comunitário 1, Comunitário 2,

Comércio e Serviço Vicinal,

Comércio e Serviço de

Bairro, Comércio e

Serviço Setorial, Indústria

Caseira (1)

1,5 2 (4) Facultativo

(3) 10/300

15/600 (6)

Permissíveis

Habitação de Uso

Institucional, Habitação Transitória, Comércio e

serviço Geral, Comércio e

Serviço Transitório, Indústria 1

pequeno, médio e médio-grande porte

2 2 (4) Facultativo

(3) 15/450

15/450 (6)

Observações: (1) Uso Conjugado ao uso residencial.

(2) Para os Setores Especiais de Adensamento e/ou Recuo Zero, observar parâmetros específicos.

(3) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).

(4) Verificar tabela de parâmetros construtivos para os setores especiais. (5) Permissível recuo de 3m (três metros) quando:

a) terreno de meio de quadra com testada inferior a 10m (dez metros) ou área inferior a 300m² (trezentos metros quadrados), já existente. b) terreno de esquina com testada inferior que 15m (quinze metros) ou área inferior a 450m² (quatrocentos e cinquenta metros quadrados), já existente.

c) Em caso de ZEIS. (6) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimebnto Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 131

ZCQ2

ZCQ 2 (Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Dois)

Usos

Ocupação

Porte Coef.

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabi

lidade Mínima

(%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina

(testada / área)

Permitidos

Habitação Unifamiliar

-

1 75 2 3 20% Facultativo

(3) 10/250

15/250 (5)

Habitação Coletiva 2 75 2 (4) 5 20% Facultativo

(3) 10/300

15/360 (5)

Comunitário 1, Comunitário 2,

Comércio e Serviço Vicinal, Comércio e Serviço de Bairro, Indústria Caseira

(1)

pequeno e médio

porte 1 60 2 (4) 3 20%

Facultativo (3)

10/300 15/350

(5)

Permissíveis

Habitação de Uso Institucional, Habitação Transitória,

Comércio e serviço Geral, Comércio e serviço Setorial,

Comércio e Serviço Transitório, Indústria 1

pequeno e médio

porte 2 60 2 (4) 5 20%

Facultativo (3)

15/600 15/600

(5)

Observações: (1) Uso Conjugado ao uso

residencial. (2) Para os Setores Especiais de Adensamento e/ou Recuo Zero, observar

parâmetros específicos. (3) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e

cinquenta centímetros). (4) Verificar tabela de parâmetros construtivos para os setores

especiais. (5) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da

publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 132

ZCQ3

ZCQ 3 (Zona de Consolidação e Qualificação Urbana Três)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo (testada / área)

Lote Esquina (testada / área)

Permitidos

Habitação Unifamiliar

-

1 75 2 3 20% Facultativo

(2) 10 x 250

15/250 (4)

Habitação Coletiva

2 60 2 (3) 5 20% Facultativo

(2) 10/300

15/300 (4)

Comunitário 1, Comunitário 2,

Comércio e Serviço Vicinal,

Comércio e Serviço de

Bairro, Indústria

Caseira (1)

pequeno e médio

porte 1 60 2 (3) 3 20%

Facultativo (2)

10/300 15/300

(4)

Permissíveis

Habitação de Uso

Institucional, Habitação Transitória

pequeno e médio

porte 2 60 2 (3) 5 20%

Facultativo (2)

15/450 15/450

(4)

Observações: (1) Uso Conjugado ao uso

residencial. (2) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e

cinquenta centímetros). (3) Verificar tabela de parâmetros construtivos para os

setores especiais. (4) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da

publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 133

ZCEU1

ZCEU 1 (Zona de Consolidação e Expansão Urbana Um)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo (testada / área)

Lote Esquina (testada / área)

Permitidos

Habitação Unifamiliar

-

1 75 2 3 20% Facultativo

(2) 10/250

15/250 (3)

Habitação Coletiva

3 75 4 5 20%

Até 2 pav. = Facultativo (2) Acima de 2 pav.

10 x 300

15/300 (3)

Comunitário 1, Comunitário 2,

Comércio e Serviço Vicinal,

Comércio e Serviço de

Bairro, Indústria

Caseira (1)

1 75 2 3 20% Facultativo

(2) 10 x 300

15/300 (3)

Permissíveis

Habitação de Uso

Institucional, Habitação Transitória

pequeno e médio

1 60 3 5 30%

Facultativo (2) Acima

de 2 pav. = 2

15 x 450

15/450 (3)

Observações: (1) Uso Conjugado ao uso

residencial. (2) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e

cinquenta centímetros). (3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da

publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 134

ZCEU2

ZCEU 2 (Zona de Consolidação e Expansão Urbana Dois)

Usos

Ocupação

Porte Coef.

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabi

lidade Mínima

(%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina

(testada / área)

Permitidos

Habitação Unifamiliar

-

1 75 2 5 25% Facultativo

(2) 12/360 15/450 (3)

Habitação Coletiva

2 60 3 5 30%

Até 2 pav. =

Facultativo (2) 3º pav =

2

15/600 15/600 (3)

Comunitário 1, Comunitário 2,

Comércio e Serviço Vicinal,

Comércio e Serviço de

Bairro, Indústria

Caseira (1)

pequeno e médio

porte 1.5 60 2 3 30%

Facultativo (2)

15/450 15/450 (3)

Permissíveis

Habitação de Uso

Institucional, Habitação Transitória

pequeno e médio

porte 1.5 60 3 5 30%

Até 2 pav. =

Facultativo (2) 3º pav =

2

15/450 15/450 (3)

Comunitário 3, Indústria 1, Indústria 2, Comércio e

Serviço Setorial,

Comércio e Serviço Geral

pequeno, médio e médio-grande porte

1 60 2 5 30% 5 15/600 15/600 (3)

Observações: (1) Uso Conjugado ao uso residencial.

(2) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).

(3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 135

ZIP

ZIP (Zona de Interesse Portuário)

Usos

Ocupação

Porte Coef.

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabi

lidade Mínima

(%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Permitidos

Indústrias 1, 2 e 3, Comércio e Serviço Geral, Comércio e Serviço Específico, Comércio e Serviço

Setorial

(3)

1 50 _ 10 (2) 20% 5 20/600

(4)

Permissíveis

Industria Caseira (1), Comércio e Serviço Vicinal, Comércio e Serviço de Bairro

médio, médio-

grande e grande

Observações: (1) Somente em edificações

residenciais já existentes. (2) Em terrenos com testada para vias estruturais, recuo minimo de alinhamento predial de 15m (quinze metros).

(3) Definido através de avaliação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. (4) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 136

ZIEP

ZIEP (Zona de Interesse para Expansão Portuária)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Permitidos

Indústrias 1, 2 e 3, Comércio e Serviço Geral,

Comércio e Serviço

Específico, Comércio e

Serviço Setorial

médio, médio-grande

e grande

1 50 _ 10 (2) 25% 5 25/2000

(3)

Permissíveis

Indústria Caseira (1), Comércio e Serviço Vicinal,

Comércio e Serviço de

Bairro

Observações: (1) Somente em edificações residenciais já existentes (2) Em terrenos com testada para vias estruturais, recuo minimo de alinhamento predial de 15m (quinze metros).

(3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima desde, que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 137

ZDE

ZDE (Zona de Desenvolvimento Econômico)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabili

dade Mínima

(%)

Afastamento

Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Permitidos

Indústrias 2, 3 e 4, Comércio e Serviço Geral, Comércio e Serviço Específico

(3)

1 50 _ 10 (2) 30% 5 20/600

(4)

Permissíveis

Indústria Caseira (1), Indústria 1, Comércio e

Serviço Vicinal, Comércio e serviço de

Bairro, Comércio e Serviço Setorial,

Comunitário 2 e 3

médio, médio-

grande e grande

Observações: (1) Somente em edificações residenciais já

existentes. (2) Em terrenos com testada para vias estruturais, recuo minimo de alinhamento predial de 15m (quinze metros).

(3) Definido através de avaliação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. (4) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 138

ZIPT

ZIPT (Zona de Interesse Patrimonial e Turístico)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recuo Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo (testada / área)

Permitidos

De acordo com o texto da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo para os Setores SH, SAE e SP.

Permissíveis

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 139

ZOD

ZOD (Zona de Ocupação Dirigida)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabili

dade Mínima

(%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Permitidos

Uso Agropecuário (2)

Habitação Unifamiliar

Pequeno e médio

porte 0,2 0,2 2 5 60% 5

20/2000 (3)

Permissíveis

Habitação Transitória,

Comunitário 1, 2 e 3, Comércio e Serviço

Vicinal, Indústria Caseira (1)

Pequeno e médio

porte 0,2 0,2 2 5 60% 5

20/2000 (3)

Observações: (1) Uso Conjugado ao uso

residencial. (2) Serão permitidas apenas edificações de apoio à atividade e estas ficam sujeitas à fiscalização

do Município. (3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data

da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 140

ZRA 1 E 2

ZRA-1 e ZRA-2 (Zona de Recuperação Ambiental Um e Dois)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabili

dade Mínima

(%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Permitidos

Recomposição Florística com espécies nativas, Recuperação de Áreas Degradadas, Esportes aquáticos e veículos náuticos (1), Pesca desportiva (2), parques públicos (3), Pesquisa Científica, atividades ligadas à educação ambiental.

pequeno e médio

porte

0,2 0,2 2 8 60% 5 20 / 2000

(5)

Permissíveis Habitação Unifamiliar (4)

Pequeno e médio

porte (até 400m²)

Observações:

(1) Proibida a utilização de motores à combustão.

(2) Apenas com uso de caniço e linha de mão.

(3) As áreas de acesso público deverão estar providas de infra-estrutura sanitária adequada, sujeitas ao licenciamento ambiental.

(4) Uma unidade habitacional por lote. (5) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 141

ZRO

ZRO (Zona de Restrição á Ocupação)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial (m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo (testada /

área)

Permitidos

(2) 0,3 (1) (2)

Permissíveis

Observações: (1) Unicamente para fins de Transferência de Potencial Construtivo para os Setores Especiais de Adensamento I, II e III, de acordo com a presente lei.

(2) De acordo com o Plano de Manejo específico existente ou a ser desenvolvido para cada área.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 142

ZIE

ZIE (Zona Urbanizada de Interesse Especial - Ilha dos Valadares)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Permitidos

De acordo com Plano Específico a ser desenvolvido para a área, de acordo com as diretrizes e objetivos apresentados na Lei do Plano Diretor e na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Permissíveis

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 143

SEA1

SEA1 (Setor Especial Adensamento 1)

Usos

Ocupação

Porte Coef. Aprov. Mínimo

Coef. Aprov. Básico

Coef. Aprov.

Máximo

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade Mínima

(%)

Afastamento

Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina (testada/

área)

Permitidos

(1) Habitação Coletiva,

Comércio e Serviço setorial,

Habitação Transitória.

Médio-grande porte e grande porte

1 4 6 (3) 8 (4) 5 (3) (5) (6) (7) 20/800

(8) 25/1000

(8)

Permissíveis

(2) Comunitário 1, Comunitário 2,

Comércio e Serviço de

Bairro, Comércio e

Serviço Geral, Comércio e

Serviço Específico.

Médio-grande porte e grande porte

1 4 6 (3) 8 (4) 5 (3) (5) (6) (7) 20/800

(8) 25/1000

(8)

Observações: (1) São permitidos todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando

parâmetros construtivos da zona. (2) São permissíveis todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando

parâmetros construtivos da zona. (3) Utilizar parâmetros da Zona onde se insere o terreno, lote ou gleba. (4) Altura máxima pode chegar a 10 (dez) ou 12 (doze) com compra de potencial construtivo ou com aplicação de Outorga Onerosa do

Direito de Construir. (5) Até o segundo pavimento o afastamento das divisas é facultativo sendo, em caso de aberturas, obrigatório recuo mínimo lateral

e/ou fundos de 1,5 metros. (6) Para edificações até 4 (quatro) pavimentos, até o 2º (segundo) pavimento o afastamento é facultativo (ver observação 5) para o 3º (terceiro) e

4º (quarto) pavimentos recuo mínimo obrigatório de 2m (dois metros)

(7) Para edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos, afastamento obrigatório de 3m (três metros) para todos os pavimentos. (8) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da

publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 144

SEA2

SEA2 (Setor Especial Adensamento 2)

Usos

Ocupação

Porte

Coef. Aprov

. Mínimo

Coef. Aprov. Básico

Coef. Aprov.

Máximo

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilida

de Mínima

(%)

Afastamento

Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina (testada/

área)

Permitidos

(1) Habitação Coletiva,

Comércio e Serviço setorial,

Habitação Transitória.

Médio-grande porte e grande porte

1 4 5 (3) 8 (4) 5 (3) (5) (6) (7) 20/800

(8) 25/1000

(8)

Permissíveis

(2) Comunitário 1, Comunitário 2,

Comércio e Serviço de

Bairro, Comércio e

Serviço Geral, Comércio e

Serviço Específico.

Médio-grande porte e grande porte

1 4 5 (3) 8 (4) 5 (3) (5) (6) (7) 20/800

(8) 25/1000

(8)

Observações: (1) São permitidos todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando

parâmetros construtivos da zona. (2) São permissíveis todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando

parâmetros construtivos da zona. (3) Utilizar parâmetros da Zona onde se insere o terreno, lote ou gleba. (4) Altura máxima pode chegar a 10 (dez) com compra de potencial construtivo ou com aplicação de Outorga Onerosa do Direito de

Construir. (5) Até o 2º (segundo) pavimento o afastamento das divisas é facultativo sendo, em caso de aberturas, obrigatório recuo mínimo lateral

e/ou fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros). (6) Para edificações até 4 (quatro) pavimentos, até o 2º (segundo) pavimento o afastamento é facultativo (ver observação 5) para o 3º (terceiro) e 4º

(quarto) pavimentos recuo mínimo obrigatório de 2m (dois metros).

(7) Para edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos, afastamento obrigatório de 3m (três metros) para todos os pavimentos. (8) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da

publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 145

SEA3

SEA3 (Setor Especial Adensamento 3)

Usos

Ocupação

Porte

Coef. de

Aprov. Mínimo

Coef. Aprov. Mínimo

Coef. Aprov. Básico

Coef. Aprov.

Máximo

Taxa Ocupaç

ão Máxima

(%)

Altura Máxima

(pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade Mínima

(%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina (testada/

área)

Permitidos

(1) Habitação coletiva,

habitação uso

institucional, habitação transitória, comércio e

serviço bairro.

Médio-grande porte e grande porte

(3) 0,5 2 3 (3) 4 (4) 5 (3) (5) (6)

(7) 20/800

(8) 25/1000

(8)

Permissíveis (2)

Comunitário 3.

Médio-grande porte e grande porte

(3) 0,5 2 3 (3) 4 (4) 5 (3) (5) (6)

(7) 20/800

(8) 25/1000

(8)

Observações: (1) São permitidos todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando

parâmetros construtivos da zona. (2) São permissíveis todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando

parâmetros construtivos da zona. (3) Utilizar parâmetros da Zona onde se insere o terreno, lote ou gleba. (4) Altura máxima pode chegar a 6 (seis) com compra de potencial construtivo ou com aplicação de Outorga Onerosa do Direito de Construir. (5) Até o 2º (segundo) pavimento o afastamento das divisas é facultativo sendo, em caso de aberturas, obrigatório recuo mínimo lateral e/ou

fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros). (6) Para edificações até 4 (quatro) pavimentos, até o 2º (segundo) pavimento o afastamento é facultativo (ver observação 5) para o 3º (terceiro) e 4º

(quarto) pavimentos recuo mínimo obrigatório de 2m (dois metros).

(7) Para edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos, afastamento obrigatório de 3m (três metros) para todos os pavimentos. (8) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação

desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 146

SRZ

SRZ (Setor Especial Recuo Zero)

Usos

Ocupação

Porte Coefi.

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabi

lidade Mínima

(%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina

(testada / área)

Permitidos (1)

Pequeno porte e médio porte

(3) (3) (3) (3) (3) (3) (3) (3)

Permissíveis

(2) Comércio e

serviço vicinal e/ou comércio e serviço de bairro e/ou comércio e serviço setorial

no térreo e habitação

unifamiliar no 2º pavimento - habitação

coletiva(?) (pode ter 2

apartamentos).

Pequeno porte e médio porte

1,5 75% 2 (4) 20% (5) 10/300

(6) 15/450 (6)

Observações: (1) São permitidos todos os usos da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba, observando

parâmetros construtivos da zona. (2) São permissíveis todos os usos, além dos definidos nesta tabela, da zona onde se encontra o terreno, lote ou gleba,

observando parâmetros construtivos da zona. (3) Utilizar parâmetros da Zona onde se insere o terreno,

lote ou gleba. (4) Recuo facultativo, podendo apresentar recuo zero, ou seja, edificação no alinhamento predial, desde que uso para comércio ou serviço no

térreo e habitação no 2º (segundo) pavimento. (5) Facultativo ou, em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e/ou fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).

(6) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 147

SPP

SPP (Setor Especial Preferencial Pedestres)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabil

idade Mínima

(%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina

(testada/área)

Permitidos

(1) (2)

Permissíveis

Observações:

(1) Observar parâmetros construtivos das zonas onde se encontra o terreno, lote ou gleba.

(2)Vias de uso exclusivo para pedestres e, em casos específicos, veículos autorizados pela Prefeitura Municipal.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 148

SSR

SSR (Setor Especial de Proteção ao Santuário do Rocio)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recou Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabi

lidade Mínima

(%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Lote Esquina (testada/

área)

Permitidos

(1) Comunitário 2,

Comércio e Serviço Vicinal,

Comércio e Serviço de

Bairro, Comércio e Serviço Setorial.

(1) 1,3 65% 2 3 20% Facultativo

(2) 12/480

(3) 15/600

(3)

Permissíveis

(1) Habitação

Unifamiliar e Habitação

Unifamiliar em série.

(1) 1,3 65% 2 3 20% Facultativo

(2) 12/480

(3) 15/600

(3)

Observações:

(1) Sujeito à análise do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. (2) Em caso de aberturas, recuo mínimo lateral e fundos de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros).

(3) Lote Mínimo referente a novos parcelamentos, desmembramentos e remembramentos. Para lotes ou terrenos já eistentes, até a data da publicação desta lei, com área inferior á minima definida, aplicar os demais parâmetros da tabela acima, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 149

SH

SH (Setor Histórico)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recuo Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Permitidos

Uso e Ocupação Regulamentados pelos parâmetros estabelecidos pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural da secretaria de Estado da Cultura, de acordo com a Lei nº 1.211/53.

Permissíveis

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 150

SAE

SAE (Setor da Área Envoltória)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recuo Mínimo

Alinham. Predial (m)

Taxa Permeabilidade

Mínima (%)

Afastamento Divisas (m)

Lote Mínimo

(testada / área)

Permitidos

Uso e Ocupação Regulamentados pelos parâmetros estabelecidos pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural da secretaria de Estado da Cultura, de acordo com a Lei nº 1.211/53.

Permissíveis

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 151

SP

SP (Setor de Proteção)

Usos

Ocupação

Porte Coeficiente

Aproveitamento

Taxa Ocupação Máxima

(%)

Altura Máxima (pav.)

Recuo Mínimo

Alinham. Predial

(m)

Taxa Permeabi

lidade Mínima

(%)

Afastamento Divisas

(m)

Lote Mínimo (testad

a / área)

Permitidos (1)

Habitação Unifamiliar, Habitação Coletiva, Comércio e Serviço Vicinal, Comunitário 1 e Comunitário 2

pequeno e

médio porte

3 75 4 5 (1) 20% 1,5 6 / 180

Permissíveis (1)

Comércio e Serviço de Bairro, Indústria Caseira, Indústria 1

pequeno e

médio porte

Observações:

(1) Sujeito à análise da SEMPLOG.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 152

ANEXO II

CLASSIFICAÇÃO, DEFINIÇÃO E RELAÇÃO DOS USOS DO SOLO PARA

IMPLANTAÇÃO DO ZONEAMENTO

1. QUANTO À DEFINIÇÃO DOS USOS DO SOLO

1.1 Habitacional : Edificação destinada à habitação permanente ou transitória;

1.2 Comunitário : Espaço, estabelecimento ou instalação destinada à educação, lazer,

cultura, saúde, assistência social e cultos religiosos;

1.3 Comercial e de serviço : Atividade caracterizada pela relação de troca visando o

lucro e estabelecendo-se a circulação de mercadorias, ou atividades caracterizada pelo

préstimo de mão-de-obra e assistência de ordem intelectual ou espiritual;

1.4 Industrial : Atividade pela qual resulta a produção de bens pela transformação de

insumos;

1.5 Agricultura : Atividade pela qual resulta a fertilidade do solo para a produção de

plantas para atender as necessidades do próprio agricultor ou com vistas ao mercado

consumidor.

1.6 Mineração : Atividade pela qual são extraídos minerais ou substâncias não

metálicas do solo e sub-solo.

1.7 Manejo Florestal e/ou Agrossilvopastoril: É o conjunto de atividades de

administração (gerenciamento) de uma floresta e/ou área de atividades Agrossilvopastoril a fim

de que seja possível utilizar otimizadamente os recursos agroflorestais. Abrange aspectos

físicos, financeiros, informativos e organizacionais e tem como resultado precípuo o

aproveitamento dos bens e benefícios produzidos pela floresta e pelo solo, associado à

manutenção da qualidade ambiental.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 153

2. QUANTO À NATUREZA

2.1. Perigosas : Atividades que possam dar origem a explosões, incêndios,

trepidações, produção de gases, poeiras, exalação de detritos danosos à saúde ou que

eventualmente, possam por em perigo pessoas ou propriedades circunvizinhas.

2.2. Nocivas : Atividades que impliquem a manipulação de ingredientes, matérias-

primas ou processos que prejudiquem a saúde ou cujos resíduos sólidos, líquidos ou gasosos

possam poluir a atmosfera, o solo e/ou os cursos d’água.

2.3. Incômodas : Atividades que possam produzir ruídos, trepidações, gases, poeiras,

exalações ou conturbações no tráfego, induções à implantação de atividades urbanisticamente

indesejáveis, que venham incomodar a vizinhança e/ou por em risco o zoneamento municipal.

3. QUANTO À ESCALA DAS ATIVIDADES DE COMÉRCIO E SERVIÇOS

3.1. Pequeno Porte : Área de construção até 100,00 m2 (cem metros quadrados);

3.2. Médio Porte : Área de construção entre 100,00 m2 (cem metros quadrados) e

800,00 m2 (quatrocentos metros quadrados);

3.3. Médio-Grande Porte : Área de construção entre 800,00 m2 (quatrocentos metros

quadrados) e 2.000m² (dois mil metros quadrados);

3.4 Grande Porte: Área de construção acima de 2.000m² (dois mil metros quadrados).

4. QUANTO À ESCALA DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS

4.1. Pequeno Porte : Área de construção até 100,00 m2 (cem metros quadrados);

4.2. Médio Porte : Área de construção entre 100,00 m2 (cem metros quadrados) e

800,00 m2 (quatrocentos metros quadrados);

4.3. Médio-Grande Porte : Área de construção entre 800,00 m2 (quatrocentos metros

quadrados) e 2.000m² (dois mil metros quadrados);

4.4 Grande Porte: Área de construção acima de 2.000m² (dois mil metros quadrados).

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 154

5. QUANTO AO GRAU DE ADEQUADAÇÃO À ZONA

5.1. Permitidas : Compreendem as atividades que apresentem clara compatibilidade

com as finalidades urbanísticas da zona ou setor correspondente;

5.2. Permissíveis : Compreendem as atividades cujo grau de adequação à zona ou

setor dependerá da análise ou regulamentação específica do Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano para cada caso;

5.3. Proibidas : Compreendem as atividades que, por sua categoria,porte ou natureza,

são nocivas, perigosas, incômodas e incompatíveis com as finalidades urbanísticas da zona ou

setor correspondente.

5.4. Toleradas: atividades e edificações já existentes e que tem garantido o

direito de ampliar e/ou reformar.

6. QUANTO A CLASSIFICAÇÃO DOS USOS DO SOLO

6.1 Uso Habitacional : Edificações destinadas à habitação permanente ou transitória

subclassificando-se em:

6.1.1 HABITAÇÃO UNIFAMILIAR : edificação destinada à moradia de uma só família;

6.1.2 HABITAÇÃO COLETIVA : edificações destinadas a servir de moradia a mais de

uma família, contendo uma ou mais unidades autônomas;

6.1.3 HABITAÇÃO UNIFAMILIAR EM SÉRIE : 2 (duas) ou mais unidades autônomas de

residências unifamiliares, agrupadas horizontalmente, paralelas ou transversais ao alinhamento

predial;

6.1.4 HABITAÇÃO DE USO INSTITUCIONAL : edificação destinada à assistência

social, abrigando estudantes, crianças, idosos e necessitados, tais como albergues,

alojamentos estudantis, casa do estudante, asilos, conventos, seminários, internatos e

orfanatos;

6.1.5 HABITAÇÃO TRANSITÓRIA : edificação com unidades habitacionais destinadas

ao uso transitório, onde se recebem hóspedes mediante remuneração, subclassificadas em:

Habitação Transitória 1: hotel, apart-hotel, pousada, hotel fazenda e pensão;

Habitação Transitória 2: motel.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 155

6.2 Usos Comunitários : Espaços, estabelecimentos ou instalações destinadas à

educação, lazer, cultura, saúde, assistência social, cultos religiosos, com parâmetros de

ocupação específicos, subclassificando-se em:

6.2.1 USO COMUNITÁRIO 1 : atividades de atendimento direto e funcional ao uso

residencial, tais como: ambulatório, unidade de saúde, assistência social, berçário, creche,

hotel para bebês, biblioteca, ensino maternal, ensino pré-escolar, jardim de infância, escola

especial, casas de culto e templos religiosos de pequeno porte.

6.2.2 USO COMUNITÁRIO 2 : atividades que impliquem em concentração de pessoas

ou veículos, níveis altos de ruídos e padrões viários especiais, tais como: auditórios, casas de

boliche, casa de espetáculos artísticos, cancha de esportes, centro de recreação, centro de

convenções, centro de exposições, cinema, colônia de férias, museu, sede cultural, esportiva e

recreativa, sociedade cultural, teatro, estabelecimentos de ensino fundamental e médio,

hospital, maternidade e pronto-socorro, casas de culto e templos religiosos de médio e grande

portes.

6.2.3 USO COMUNITÁRIO 3 : atividades de grande porte, que impliquem em

concentração de pessoas ou veículos, não compatíveis diretamente ao uso residencial e

sujeitas a controle específico, tais como: autódromo, cartódromo, centro de equitação, pista de

treinamento, estádio e rodeio, universidades, faculdades e estabelecimentos de ensino de nível

superior.

6.3 Usos Comerciais e de Serviços : Atividades pelas quais fica definida uma relação

de troca visando o lucro e estabelecendo-se a circulação de mercadorias, ou atividades pelas

quais fica caracterizado o préstimo de mão de obra ou assistência de ordem intelectual ou

espiritual.

6.3.1 COMÉRCIO E SERVIÇO VICINAL - Atividade comercial varejista e atividades

profissionais e serviços pessoais de pequeno porte, disseminada no interior das zonas, de

utilização imediata e cotidiana, entendida como um prolongamento do uso residencial.

- Açougue;

- Agência de Serviços Postais;

- Alfaiataria;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 156

- Armarinho;

- Atelier de Profissionais Autônomos;

- Aviário;

- Bar;

- Bicicletaria;

- Bilhar, Snooker, Pebolim;

- Cafeteria;

- Cantina;

- Casa de Chá;

- Casa Lotérica;

- Comércio de Artesanato;

- Comércio de Brinquedos;

- Comércio de Refeições Embaladas;

- Confeitaria;

- Consultório Médico;

- Consultório Odontológico;

- Consultório Psicológico;

- Consultório Veterinário;

- Correio;

- Curso de artes plásticas;

- Curso de processamento de dados;

- Curso de programação de computadores;

- Despachante do detran autônomo;

- Drogaria;

- Entregador autônomo de alimentos, com domicílio tributário;

- Entregador autônomo de encomendas com motocicleta (motoboy);

- Entregador de alimentos autônomo;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 157

- Ervanário;

- Escritório de Comércio Varejista;

- Escritório de Profissionais Autônomos;

- Escritório de serviços de recepção para festas;

- Farmácia;

- Floricultura;

- Jogos Eletrônicos, Lan Houses;

- Lanchonete;

- Leiteria;

- Livraria;

- Locadora de cds, games, filmes e dvds;

- Locadora de roupas;

- Loja de antiguidades;

- Mercearia;

- Montagem de Bijuterias;

- Oficina de consertos de bolsas e similares;

- Oficina de consertos de eletrodomésticos;

- Oficina de reparação de instrumentos musicais;

- Ótica;

- Padaria;

- Panificadora;

- Papelaria

- Pastelaria;

- Pastelaria;

- Peixaria;

- Posto de Venda de Gás Liquefeito;

- Quitanda;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 158

- Relojoaria;

- Revistaria;

- Salão de Beleza;

- Sapataria;

- Serviços de Datilografia e Digitação;

- Serviços de Dedetização;

- Serviços de Encadernação;

- Serviços de Limpeza de caixas d’água;

- Serviços de plotagens;

- Sorveteria.

6.3.2 COMÉRCIO E SERVIÇO DE BAIRRO - Atividades comerciais e varejistas de

proteção de serviços de médio porte destinadas a atendimento de determinado bairro ou zona.

- Academias;

- Agência Bancária, Banco;

- Borracharia;

- Choparia, Churrascaria, Petiscaria, Pizzaria;

- Comércio de Material de Construção;

- Comércio de Veículos e Acessórios;

- Escritórios Administrativos;

- Estabelecimentos de Ensino de Cursos Livres;

- Estacionamento Comercial;

- Joalheria;

- Laboratórios de Análises Clínicas, Radiológicos e Fotográficos;

- Lavanderia;

- Oficina Mecânica de Veículos;

- Restaurante.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 159

6.3.3 COMÉRCIO E SERVIÇO SETORIAL - Atividades comerciais varejistas e de

prestação de serviços, destinadas a um atendimento de maior abrangência.

- Buffet com Salão de Festas;

- Centros Comerciais;

- Clínicas;

- Edifícios de Escritórios;

- Entidades Financeiras;

- Escritório de Comércio Atacadista;

- Imobiliárias;

- Lojas de Departamentos;

- Sede de Empresas;

- Serv-Car;

- Serviços de Lavagem de Veículos;

- Serviços Públicos;

- Super e Hipermercados.

6.3.4 COMÉRCIO E SERVIÇO GERAL - Atividades comerciais varejistas e atacadistas

ou de prestação de serviços destinadas a atender à população em geral, que por seu porte ou

natureza, exijam confinamento em área própria.

- Agenciamento de Cargas

- Canil

- Comércio Atacadista

- Comércio Varejista de Grandes Equipamentos

- Depósitos, Armazéns Gerais

- Entrepostos, Cooperativas, Silos

- Grandes Oficinas

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 160

- Grandes Oficinas de Lataria e Pintura

- Hospital Veterinário

- Hotel para Animais

- Impressoras, Editoras

- Marmorarias

- Serviços de Coleta de Lixo

- Transportadora.

6.3.5 COMÉRCIO E SERVIÇO ESPECÍFICO - Atividade peculiar cuja adequação à

vizinhança, ao sistema viário e ao meio ambiente depende de análise especial.

- Capela Mortuária

- Cemitério

- Centro de Controle de Vôo

- Comércio Varejista de Combustíveis

- Comércio Varejista de Derivados de Petróleo

- Ossário.

- Posto de Abastecimento de Aeronaves

- Posto de Gasolina

- Serviços de Bombas de Combustível para Abastecimento de Veículos da Empresa

6.4 USO AGROPECUÁRIO

- Abate de Animais

- Aração e/ou Adubação

- Cocheira

- Colheita

- Criação de animais em tanques (Peixes, Camarões, Rãs, Répteis)

- Criação de Pequenos Animais (Chinchila, Codorna, Minhocas)

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 161

- Granja

- Pesque e Pague

- Produção de Húmus

- Serviços de Imunização e Tratamento de Hortifrutigranjeiros

- Serviços de Irrigação

- Serviços de Lavagem de Cereais

- Serviços de Produção de Mudas e Sementes

- Viveiro de Animais

6.5 USO EXTRATIVISTA

- Extração de Areia

- Extração de Argila

- Extração de Cal

- Extração de Caulim

- Extração de Cimento

- Extração de Madeira

- Extração de Minérios

- Extração de Pedras

- Extração Vegetal

- Olaria

6.7 Uso Industrial: espaços, estabelecimentos ou instalações destinadas à indústria

e/ou agro-indústria, ou seja, produção de algum tipo de produto final ou desenvolvimento de

algum processo produtivo.

6.7.1 INDÚSTRIA CASEIRA : atividade industrial não incômoda à vizinhança,

compatível com as instalações residenciais, podendo ser desenvolvida junto à residência;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 162

6.7.2 INDÚSTRIA TIPO 1 : atividade industrial compatível ao uso residencial, não

incômoda ao entorno no que diz respeito aos níveis de ruído, de vibração e de poluição

ambiental, tais como:

-indústria de calçado (artesanal);

-indústria alimentícia (de pequeno porte e não poluitiva);

-indústria cerâmica artesanal (de pequeno porte).

6.7.3 INDÚSTRIA TIPO 2 : atividade industrial compatível com o seu entorno, no

que diz respeito aos níveis de ruído, de vibração e de poluição ambiental, e aos

parâmetros construtivos da zona, não geradoras de intenso fluxo de pessoas e

veículos, tais como:

-indústria de calçado (de pequeno e médio porte);

-indústria alimentícia (de pequeno e médio porte);

-indústria cerâmica artesanal;

-indústria gráfica;

-indústria de fiação (de pequeno e médio porte);

-indústria de tecelagem (de pequeno e médio porte);

-indústria de malharia (de pequeno e médio porte)

-indústria vidreira (de pequeno e médio porte).

6.7.4 INDÚSTRIA TIPO 3 : atividades industriais em estabelecimento que impliquem na

fixação de padrões específicos, no que diz respeito aos níveis de ruído, de vibração e de

poluição ambiental, quanto as características de ocupação do lote, de acesso, de localização,

de tráfego, de serviços urbanos e disposição dos resíduos gerados, tais como:

-indústria agro-alimentar (de médio-grande porte);

-indústria alimentícia (de médio-grande porte);

-indústria cerâmica;

-indústria da construção (de médio-grande porte);

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 163

-indústria de bebidas;

-indústria de laticínios;

-indústria de transformação;

-indústria elétrica;

-indústria madeireira;

-indústria metalúrgica;

-indústria mineira;

-indústria náutica ou naval.

6.7.5 INDÚSTRIA TIPO 4 : atividades industriais cujo funcionamento pode gerar um

intenso fluxo de veículos de carga e cujo nível de interferência ambiental requer estudos e

avaliações de impactos específicos, tais como:

-indústria agroquímica;

-indústria alimentícia (de grande porte);

-indústria automobilística;

-indústria cerâmica (de grande porte);

-indústria da construção civil (de grande porte);

-indústria de abrasivos;

-indústria de bebidas (de grande porte);

-indústria de laticínios (de grande porte);

-indústria de maquinaria;

-indústria de tintas;

-indústria de transformação (de grande porte);

-indústria de refinação;

-indústria energética;

-indústria farmacêutica;

-indústria ferroviária;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 164

-indústria metalúrgica (de grande porte);

-indústria papeleira;

-indústria petroquímica;

-indústria química.

7 Observações Gerais

7.1 Todas as indústrias deverão possuir licenciamento dos órgãos ambientais

competentes.

7.2 Os casos não incluídos nesta lei deverão ser submetidos à apreciação e aprovação

do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 165

ANEXO III – MAPA DE ZONEAMENTO RURAL

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ANEXO IV – MAPA DE ZONEAMENTO URBANO

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ANEXO V – MAPA DETALHE SETORES DA ZPTI (SETORES)

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 168

ANEXO VI – MAPA DETALHE DEMAIS SETORES ESPECIAIS.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 169

LEI DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL – ANTEPROJETO DE LEI

COMPLEMENTAR

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 170

LEI DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL – ZEIS

Dispõe sobre as Zonas Especiais de Interesse Social,

determina a criação das ZEIS I, II, III, IV e V, e dá outras providências.

Art. 1º A presente lei se destina a regulamentar a criação de Zonas Especiais de

Interesse Social, em atendimento ao disposto nos artigos 90 a 92 da Lei do Plano Diretor de

Desenvolvimento Integrado de Paranaguá.

Art. 2º As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS são porções do território

municipal, delimitadas pelo Poder Executivo para promover recuperação urbanística,

regularização fundiária de assentamento irregular já existente, produção de Habitações de

Interesse Social - HIS, bem como recuperação de imóveis degradados, implantação de

equipamentos sociais e culturais e espaços públicos e serviço e comércio de caráter local.

Art. 3º São objetivos das Zonas Especiais de Interesse Social:

I. permitir a inclusão urbana de parcelas da população que se encontram à margem do

mercado legal de terras;

II. possibilitar a extensão dos serviços e da infra-estrutura urbana nas regiões não

atendidas;

III. permitir a permanência de ocupações irregulares já existentes, desde que não

acarretem risco à vida ou ao meio ambiente, nem apresentem graves impactos negativos ao

planejamento da infra-estrutura de serviços municipais.

Art. 4º As ZEIS podem ser aplicadas, prioritariamente, em áreas públicas ou privadas,

ocupadas espontaneamente, parceladas de forma irregular e/ou clandestinamente, habitadas

por população de baixa renda familiar, ou ainda em área vazias, onde exista interesse público

em se promover a regularização da posse, a legalização do parcelamento do solo, a integração

da área à estrutura urbana, ou ainda, promover a implantação de novas unidades

habitacionais.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 171

Art. 5º A criação das Zonas Especiais de Interesse Social imprescinde da elaboração

de Plano de Urbanização específica para intervenção em cada área, que deverá ser aprovado

mediante Decreto do Poder Executivo.

Art. 6º O Plano de Urbanização Específica deverá conter o seguinte:

I. diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos para o parcelamento, uso e ocupação do

solo e instalação de infra-estrutura urbana, respeitadas as normas técnicas pertinentes;

II. diagnóstico da ZEIS que contenha no mínimo:

a) análise físico-ambiental;

b) análise urbanística com levantamento planilatimétrico;

c) caracterização socioeconômica da população residente;

III. os projetos básicos e as intervenções urbanísticas necessárias à recuperação física

da área, incluindo, de acordo com as características locais, sistema de abastecimento de água

e solução para o esgoto, drenagem de águas pluviais, coleta regular de resíduos sólidos,

iluminação pública, adequação dos sistemas de circulação de veículos e pedestres, eliminação

de situações de risco, estabilização de taludes e de margens de córregos, tratamento

adequado das áreas verdes públicas, instalação de equipamentos sociais e os usos

complementares ao habitacional;

IV. análise da condição jurídica das edificações, em face da legislação municipal,

estadual e federal, e da regularidade da posse dos habitantes da área;

V. levantamento da condição de segurança e da sustentabilidade ambiental das

edificações, bem com avaliação da necessidade de relocação de ocupações irregulares;

VI. Plano de Regularização Fundiária, incluindo projetos de loteamento, outorga de

concessões de uso especial para fim de moradia e/ou assistência jurídica à população de baixa

renda para a obtenção judicial de usucapião especial de imóvel urbano;

VII. previsão de fontes de recursos para execução dos projetos da ZEIS.

Parágrafo Único. Poderão ser previstos, na forma do inciso VII deste artigo, recursos

financeiros oriundos do orçamento municipal, estadual ou federal ou da iniciativa privada para

custeio da implantação de planos urbanísticos específicos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 172

Art. 7º Quando for necessária a implantação de novos loteamentos em ZEIS, o projeto

de parcelamento, a constar do Plano de Urbanização Específica referido no artigo anterior,

deverá observar os seguintes requisitos:

I. o parcelamento do solo nas ZEIS não será permitido nas áreas que apresentem risco

à saúde ou à vida, em especial:

a) em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, salvo aqueles objeto de

intervenção que assegure a drenagem e o escoamento das águas;

b) em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, salvo

se previamente saneados;

c) em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo aqueles

objeto de intervenção que assegure a contenção das encostas, atestando a viabilidade da

urbanização;

d) em terrenos onde não é recomendada a construção devido às condições físicas;

e) nas áreas em que a degradação ambiental impeça condições sanitárias adequadas à

moradia digna;

f) nas áreas encravadas, sem acesso à via pública;

g) nas áreas contaminadas no subsolo ou lençol freático por infiltrações químicas que

causem dano à saúde.

II. largura mínima das vias de circulação de 15 metros;

III. tamanho do lote mínimo de 125 m²;

IV. taxa de ocupação máxima de 70%.

Art. 8º Quando a área atingida pela ZEIS demandar apenas a manutenção da

população local nos loteamentos existentes, o Plano de Urbanização Específica poderá

promover a regularização fundiária mediante a regulamentação de parâmetros de uso,

ocupação e parcelamento do solo próprios e específicos, distintos daqueles mencionados no

artigo anterior, e dos constantes nas demais leis urbanísticas vigentes, desde que atendidas as

normas da legislação ambiental estadual e federal pertinente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 173

Art. 9º No processo de elaboração do Plano Urbanístico Específico, o Poder Executivo

deverá realizar, no mínimo, uma audiência pública para consulta à comunidade atingida pelas

ZEIS.

Art. 10 Ficam, através da presente lei, instituídas 5 (cinco) ZEIS, no território do

Município de Paranaguá, conforme ANEXOS II, III, VI e V, partes integrantes da presente lei.

§1º O Poder Executivo Municipal deverá, no prazo de 2 (dois) anos após a publicação

da presente lei, elaborar e aprovar, em Decreto Municipal, o Plano Urbanístico Específico das

ZEIS referidas neste artigo, delimitando a sua área, através de levantamento planialtimétrico, e

atendendo aos demais requisitos previstos no art. 6º da presente lei.

§2º O Plano de Urbanização Específica mencionado no parágrafo anterior deverá ser

implantado no prazo máximo de 1 (um) ano, contado a partir a data de sua aprovação em

Decreto Municipal.

Art. 11 Através de Decreto Municipal, o Poder Executivo poderá criar outras Zonas

Especiais de Interesse Social, que somente serão implantadas após a aprovação do Plano de

Urbanização Específica, referido nos artigos. 5º e 6º da presente lei.

Parágrafo Único. O Anexo IV da presente Lei indica as áreas prioritárias para a futura

instituição de ZEIS.

Art.12 A presente lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as

disposições em contrário.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 174

Anexo I – Mapa de Áreas Prioritárias para ZEIS

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 175

Anexo II – Mapa ZEIS

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Anexo III – Mapa ZEIS

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 177

Anexo IV – Mapa ZEIS

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 178

Anexo V – Mapa ZEIS

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 179

3 LEI DE SISTEMA VIÁRIO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 180

LEI DE SISTEMA VIÁRIO

Dispõe sobre o Sistema Viário Básico do

Município de Paranaguá, e adota outras

providências.

CAPÍTULO I

DO SISTEMA VIÁRIO

Art. 1°. Esta Lei dispõe sobre a regulação do Sistema Viário Básico do Município de

Paranaguá, visando os seguintes objetivos:

I - induzir o desenvolvimento pleno da área urbana do Município, através de uma

compatibilização coerente entre circulação, uso e ocupação do solo, face à forte relação

existente entre o ordenamento do sistema viário e o estabelecimento das condições adequadas

ao desenvolvimento das diversas atividades no meio urbano;

II - adaptar a malha viária existente às melhorias das condições de circulação;

III - hierarquizar as vias urbanas, bem como implementar soluções visando maior fluidez

no tráfego, de modo a assegurar segurança e conforto;

IV - eliminar pontos críticos de circulação, principalmente em locais de maiores

ocorrências de acidentes;

V - adequar os locais de concentração, acesso e circulação pública às pessoas

portadoras de deficiências.

§ 1°. O sistema de circulação e de transportes do Município de Paranaguá será objeto

de plano específico a ser desenvolvido pelo Município de Paranaguá, de acordo com as

diretrizes estabelecidas na Lei do Plano Diretor e na Lei de Zoneamento do Uso e Ocupação

do Solo e conforme o que estabelece a presente lei, quanto à circulação viária, transportes

coletivos, de carga e passageiros e circulação de pedestres.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 181

§ 2°. Os projetos de médio e grande porte, que envolvam construção de novos eixos

viários, pontes, viadutos, duplicação de vias ou de reestruturação viária, deverão elaborar

estudos e relatórios de impacto ambiental, bem como deverão estar inseridos na Lei do Plano

Plurianual.

Art. 2°. Para efeito de aplicação desta lei, são adotadas as seguintes definições:

I - ACESSO - é o dispositivo que permite a interligação, para veículos e pedestres,

entre:

a) logradouro público e propriedade privada;

b) propriedade privada e áreas de uso comum em condomínio;

c) logradouro público e espaço de uso comum em condomínio.

II - ACOSTAMENTO - é a parcela da área adjacente à pista de rolamento, objetivando:

a) permitir que veículos em início de processo de desgoverno retomem a direção

correta;

b) proporcionar aos veículos acidentados, com defeitos, ou cujos motoristas fiquem

incapacitados de continuar dirigindo, um local seguro para serem estacionados fora da

trajetória dos demais veículos;

c) permitir o embarque e desembarque sem interrupção de fluxo de tráfego.

III - ALINHAMENTO - é a linha divisória entre o terreno e o logradouro público;

IV - CAIXA CARROÇÁVEL ou FAIXA DE ROLAMENTO - é a faixa da via destinada á

circulação de veículos, excluídos os passeios, os canteiros centrais e o acostamento;

V - CALÇADA ou PASSEIO - é a parte do logradouro destinada ao trânsito de pedestres

e de bicicletas quando este for dotado de ciclofaixa, segregada e em nível diferente à via,

dotada quando possível de mobiliário urbano, sinalização e vegetação;

VI - CALÇADÃO - é a parte do logradouro público, destinada ao pedestre e equipada de

forma a impedir o estacionamento e o transito de veículos, exceto quando dotado de ciclofaixa,

tendo por propósito oferecer condições adequadas à circulação e lazer da coletividade;

VII - CANTEIRO CENTRAL - é o espaço compreendido entre os bordos internos das

pistas de rolamento, objetivando separá-las física, operacional, psicológica e esteticamente;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 182

VIII - CANTEIRO LATERAL - é o espaço compreendido entre os bordos externos das

pistas expressas e o bordo interno da pista coletora objetivando separá-las física, operacional,

psicológica e esteticamente;

IX - CICLOFAIXA - é a faixa exclusiva para bicicletas nas calçadas, passeios e

calçadões ou contíguas às vias de circulação, indicada por linha separadora pintada no solo ou

com auxílio de outros recursos de sinalização;

X - CICLOVIA - é a via destinada única e exclusivamente, à circulação de biciclos ou

seus equivalentes, não motorizados, sendo totalmente segregada do tráfego motorizado;

XI - ESTACIONAMENTO - é o espaço público ou privado destinado à guarda ou

estacionamento de veículos, constituído pelas áreas de vagas e circulação;

XII - FAIXA de DOMÍNIO de VIAS - é a área que compreende a largura ou caixa da via

acrescida da área "non aedificandi";

XIII - "GRADE" - é a linha reguladora de uma via, composta de uma seqüência de retas

com declividades permitidas, traçadas sobre o perfil longitudinal do terreno;

XIV - LARGURA de uma VIA - é a distância entre os alinhamentos da via;

XV - LOGRADOURO PÚBLICO - é o espaço livre, reconhecido pela municipalidade,

destinado ao trânsito, tráfego, comunicação ou lazer públicos (rua, avenida, praça, largo, etc);

XVI - MEIO-FIO - é a linha composta de blocos de cantaria ou concreto que separa o

passeio da faixa de rolamento ou do acostamento;

XVII - NIVELAMENTO - é a medida do nível da soleira de entrada ou do nível do

pavimento térreo considerando o grade da via urbana;

XVIII – SEÇÃO NORMAL da VIA - é a largura total ideal da via incluindo caixa de

rolamento, passeios, ciclovias e canteiros centrais;

XIX – SEÇÃO REDUZIDA da VIA - é a largura total mínima exigida da via incluindo

caixa de rolamento, passeios, ciclovias e canteiros centrais;

XX – SISTEMA VIÁRIO BÁSICO - conjunto de vias que, de forma hierarquizada e

articuladas com as vias locais, viabilizam a circulação de pessoas, veículos e cargas;

XXI – VIA de CIRCULAÇÃO - é o espaço organizado para a circulação de veículos,

motorizados ou não, pedestres e animais, compreendendo a pista de rolamento, o passeio, o

acostamento e canteiro central.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 183

Art. 3°. Considera-se Sistema Viário Básico do Município de Paranaguá o conjunto de

vias que, de forma hierarquizada e articulada, viabilizam a circulação de pessoas, veículos e

cargas.

Art. 4°. Caberá ao Poder Público Municipal o disciplinamento do uso das vias de

circulação no que concerne:

I. ao estabelecimento de locais e horários adequados e exclusivos para carga

e descarga e estacionamento de veículos;

II. ao estabelecimento de rotas especiais para veículos de carga, de produtos

perigosos e para veículos turísticos e de fretamento;

III. a construção de vias de circulação exclusiva para pedestres na Área Central

e Centro Histórico;

IV. a criação de áreas de estacionamento ao longo das vias e de equipamentos

do tipo “parada fácil” e remansos, adequados ao atual sistema de cobrança

de taxa para estacionamento.

Parágrafo Único. A implantação de atividades afins e correlatas às referidas no caput

do artigo poderão ser realizadas em conjunto com a iniciativa privada e órgãos de outras

esferas governamentais.

Art. 5°. O projeto geométrico das vias de circulação deverá obedecer às definições

desta lei e às Normas Técnicas estabelecidas pela ABNT.

CAPÍTULO II

DA CLASSIFICAÇÃO VIÁRIA

Art. 6°. As vias do Sistema Viário Básico são classificadas de forma a compor um

sistema viário hierarquicamente definido, atendendo ao papel que desempenham ou venham a

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 184

desempenhar na cidade, em consonância com a Lei de Parcelamento do Solo e Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Município de Paranaguá.

Art. 7°. O Sistema Viário Básico e a rede viária do Município de Paranaguá, compostos

por vias existentes e diretrizes de vias a serem implantadas, serão classificados de acordo com

as seguintes categorias:

I. Vias Estruturais – vias com altos volumes de tráfego que promovem a ligação entre o

sistema rodoviário interurbano e o sistema viário urbano, estruturando a acessibilidade

e a mobilidade urbana;

II. Vias Arteriais – vias ou trechos de vias com significativo volume de tráfego e com a

função de fazer a ligação entre bairros, de bairros com os centros ou ainda com os

municípios vizinhos;

III. Vias Coletoras – vias ou trechos de vias com a função de receber e distribuir o tráfego

das vias arteriais para as vias locais;

IV. Vias Locais – vias ou trechos de vias, com baixo volume de tráfego, cuja função é

possibilitar o acesso aos lotes lindeiros;

V. Via Panorâmica – via com características paisagísticas e ambientais de elevado valor,

tendo como principal função conter a ocupação em direção ao Rio Itiberê e permitir a

circulação desde a área consolidada até a área de expansão urbana;

VI. Via Parque – via de ligação entre áreas de parques ou em proximidades de parques,

com características especiais no que diz respeito a sua implantação, manutenção,

operação de tráfego, na qual é proibido o tráfego e circulação de veículos pesados, com

a finalidade de minimizar os impactos ao meio em que está instalada,

VII. Vias de Pedestres – vias ou trechos de vias destinadas apenas à circulação de

pedestres e veículos autorizados;

VIII. Vias Municipais – aquelas situadas na Macrozona Rural e nas áreas de

expansão urbana, nos trechos ainda não parcelados, que estão sob jurisdição

municipal, tendo função de acesso às propriedades rurais e escoamento da produção;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 185

IX. Vias Portuárias – aquelas que preferencialmente atendem à atividade portuária,

inseridas em área definida pelo PDZPO - Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do

Porto Organizado.

§ 1°. A modificação da classificação viária só poderá ser feita através de Lei.

§ 2°. As rodovias federais e estaduais, que estão sob jurisdição da União e do Estado,

respectivamente, ficam classificadas como vias estruturais.

CAPÍTULO III

DAS DIMENSÕES DAS VIAS

Art. 8°. Objetivando o perfeito funcionamento das vias, os padrões de urbanização para

o sistema viário obedecerão aos requisitos estabelecidos pelo Município quanto a:

I. Definição das dimensões das caixas das vias, caixas de rolamento e das dimensões

dos passeios;

II. Tratamento paisagístico das vias.

Art. 9°. Todas as vias abertas à circulação de veículos, com pavimento e passeio

definitivos implantados, permanecem com as dimensões existentes, exceto as vias

estabelecidas na hierarquia definida por esta Lei, de acordo com o Anexo II (Mapa do Sistema

Viário Básico), que serão objeto de projetos específicos e, sempre que possível, estarão

sujeitas à adequação com as dimensões legais mínimas, de acordo com sua classificação.

Art. 10. As vias a serem implantadas ou adequadas para atender a classificação

hierárquica deverão obedecer, minimamente, às seguintes dimensões:

I. Rodovias Federais e Estaduais – respeitar as faixas de domínio previstas pelos órgãos

federais e estaduais competentes para as respectivas rodovias, bem como as marginais

e transposições, definidas em projetos específicos e faixa não edificável;

II. Vias Estruturais – caixa de via mínima de 28 (vinte e oito) metros;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 186

III. Vias Arteriais – caixa de via mínima de 23 (vinte e três) metros;

IV. Vias Coletoras – caixa de via mínima de 15 (quinze) metros;

V. Vias Locais – caixa de via mínima de 12 (doze) metros;

VI. Via Panorâmica – caixa de via mínima de 23 (vinte e três) metros;

VII. Vias Parque – caixa de via mínima de 23 (vinte e três) metros;

VIII. Vias Municipais – caixa de via mínima de 14 (catorze) metros.

§ 1°. Deve ser elaborado estudo de viabilidade técnico-econômica e de impactos

urbanístico e ambiental, para definição do melhor traçado para a implantação das Vias

Estruturais do ramal Ferroviário de acesso à Zona de Interesse Portuário (ZIP) e à Zona de

Interesse de Expansão Portuária (ZIEP), bem como para implantação das demais vias,

conforme diretrizes dos Anexos I e II da presente lei.

§ 2°. Deve ser aprovado regulamento, pelo Poder Executivo, para a definição da

tipologia de cada classe viária, incluindo dimensões de faixas de rolagem e calçadas ou

passeios, pavimentação e revestimento, paisagismo, mobiliário urbano, ciclovias ou ciclofaixas

e demais especificidades que se façam necessárias.

§ 3°. As Vias Municipais, além das normas definidas por esta lei, devem obedecer às

Legislações Estadual e Federal pertinentes.

Art. 11. O Poder Executivo Municipal estabelecerá normas e condições para a

implantação de acessos, locais de paradas de ônibus e mirantes ao longo das vias.

Art. 12 . As Vias que compõe o Sistema Viário Básico do Município de Paranaguá são

aquelas demonstradas no Anexo I e descritas no Anexo II , partes integrantes desta Lei.

§ 1°. As dimensões das vias resultantes de novos parcelamentos do solo obedecerão

ao padrão previsto nesta Lei e na Lei de Parcelamento do Solo.

§ 2°. No interior das ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, observando o disposto

na Lei do Plano Diretor, na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e em leis

específicas sobre a matéria, as vias locais, a critério da Secretaria Municipal de Urbanismo e

do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, poderão ter dimensões menores do que

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 187

as estabelecidas no caput deste artigo, de acordo com os projetos específicos a serem

desenvolvidos para cada ZEIS.

§ 3°. Quando da implantação do Sistema Viário Básico em áreas já ocupadas, as caixas

das vias deverão ser adaptadas conforme disposição da ocupação, podendo haver

desapropriações de áreas particulares.

Art. 13. A rampa máxima de acesso permitida nas vias de circulação será de 15%

(quinze por cento) e a declividade mínima de 0,5% (meio por cento).

Parágrafo Único. As condições que deverão ser adotadas nas ruas ou trechos de ruas

com diferença de nível que obriguem rampas superiores a 15% (quinze por cento) serão

determinadas pelo Órgão de Urbanismo de Paranaguá, ouvido o Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano.

CAPÍTULO IV

DAS DIRETRIZES PARA INTERVENÇÕES NO SISTEMA VIÁRIO

Art. 14. Ficam definidas como diretrizes para intervenções no Sistema Viário de

Paranaguá:

I. Elaborar estudos para as novas transposições e para as adequações das transposições

existentes;

II. Estabelecer diretrizes para a implantação das marginais das Rodovias Federais e

Estaduais;

III. Estabelecer diretrizes de arruamento que contemplem áreas ainda não parceladas e/ou

áreas de expansão urbana;

IV. Estabelecer padrões para a implantação de calçadas e passeios;

V. Estabelecer incentivos para implantação, por parte dos proprietários, de projeto

paisagístico e de passeios de acordo com padrões da prefeitura;

VI. Realizar a iluminação adequada das vias, observando a hierarquia viária.

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Art. 15. Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes prioritárias para as áreas lindeiras

às vias que compõem o Sistema Viário Estadual e Federal:

I. Na Rodovia Federal BR-277 e nas Rodovias Estaduais PR-407 e PR-508, será

necessária apreciação do DNIT e do DER, respectivamente, para a liberação de

qualquer atividade, sendo que ao longo das mesmas serão exigidas vias marginais,

para acesso às glebas ou lotes lindeiros;

II. Prevê-se a implantação da Via Estrutural E05, conforme diretriz do Plano Diretor

Municipal e, quando executada, o município deverá assumir o trecho substituído da PR-

407, entre os entroncamentos com a BR-277 e o Km 5, transformando-o na Via Arterial

A08, que permita a integração dos bairros lindeiros ao Sistema Viário Básico;

III. Ao longo das Vias Municipais fica considerada como área não edificável uma faixa de

6.00m para cada lado da via;

IV. Ao longo das Vias Arteriais poderão ser exigidos recuos visando adequação de sua

largura, observados os parâmetros dispostos na Lei de Zoneamento de Uso e

Ocupação do Solo.

Parágrafo Único. Nos terrenos lindeiros às vias que constituem o Sistema Viário

Estadual e Federal, quando permitida a ocupação, será obrigatória a reserva de uma faixa de

15,00m (quinze metros) para a implantação de via local marginal à rodovia. A Via Local terá

dimensões conforme disposto nesta Lei.

Art. 16. Os projetos de loteamento deverão conter detalhamento do sistema viário e

este deverá ser implantado pelo empreendedor, de acordo com a Lei de Parcelamento do Solo

Urbano e Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, sem ônus para a Prefeitura

Municipal de Paranaguá, e respeitando as diretrizes para o Sistema Viário definidas na Lei do

Plano Diretor.

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CAPÍTULO V

DO SISTEMA CICLOVIÁRIO

Art. 17. As ciclovias e ciclofaixas deverão ser implantadas, prioritariamente, nas vias

estruturais e arteriais, de maneira a determinar um Sistema Cicloviário consolidado e contínuo.

Art. 18. O Sistema Cicloviário deverá ser tratado e detalhado em lei específica

municipal.

CAPÍTULO VI

DOS ANEXOS

Art. 19. São partes integrantes desta Lei os seguintes anexos:

I. Anexo 01 – Nomenclatura das Vias do Sistema Viário Básico;

II. Anexo 02 – Mapa do Sistema Viário Básico;

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 20. O Poder Executivo divulgará, de forma ampla e didática, o conteúdo desta Lei

visando o acesso da população aos instrumentos de política urbana que orientam a produção e

organização do espaço habitado.

Art. 21. As modificações que por ventura vierem a ser feitas no Sistema Viário Básico

deverão considerar a Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

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Art. 23. Esta Lei entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data da publicação, revogadas

as disposições em contrário.

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ANEXO I

NOMENCLATURA E DESCRIÇÃO DAS VIAS PERTENCENTES AO SISTEMA

VIÁRIO BÁSICO DE PARANAGUÁ.

01.Vias Estruturais:

E01 – BR 277, trecho compreendido entre o Km 0 e a divisa do município com o

Município de Morretes;

E02 – Composta pelas vias Rua Antônio Pereira e Avenida Ayrton Senna, e pelo

trecho da BR 277 compreendido entre a Avenida Curitiba e a intersecção com a Via Estrutural

E01.

E03 – Avenida Bento Rocha, em toda sua extensão.

E04 – Composta pela Avenida Senador Atílio Fontana e a via diretriz proposta

para implantação de acesso à Zona de Expansão Portuária, de acordo com a Lei do Plano

Diretor e Lei de Zoneamento de Ocupação e Uso do solo.

E05 – Composta pela via proposta para implantação de contorno, localizada ao

longo da linha de transmissão de energia elétrica, em substituição ao trecho da PR 407

compreendido entre os entroncamentos da BR 277 e o Km 5, de acordo com diretrizes desta lei

e demais leis integrantes da Lei do Plano Diretor. Ver Anexo 02.

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02. Vias Arteriais:

A01 - Avenida Coronel José Lobo, trecho compreendido entre as vias Avenida

Portuária e a Rua João Eugênio, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei

(Ver Anexo 02).

A02 - Rua Manoel Bonifácio, trecho compreendido entre as vias Avenida

Portuária e a Rua João Eugênio.

A03 - Rua Professor Cleto, trecho compreendido entre as vias Avenida Bento

Rocha e Rua Júlia da Costa.

A04 - Avenida Coronel Santa Rita, trecho compreendido entre as vias Avenida

Bento Rocha e Rua Júlia da Costa.

A05 – Composta pelas vias Estrada Velha do Rocio e Rua dos Expedicionários,

trecho compreendido entre as vias Avenida Bento Rocha e Rua Domingos Peneda, seguindo

diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

A06 – Composta pela via Rua Prefeito Roque Vernalha, trecho compreendido

entre as vias Rua Tamoio e Rua Domingos Penada, e por trecho proposto que conecta-se com

a Via Estrutural E04, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo

02).

A07 – Composta pelas vias Rua Samuel Pires de Mello e Rua Tapuiba, trecho

compreendido entre as vias Rua Guaianá e Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, e por

trecho proposto que conecta-se com a Via Estrutural E04, seguindo diretrizes e traçado viário

estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

A08 - PR 407, trecho compreendido entre os entroncamentos da BR 277 e o Km

5, sendo este ponto o encontro com a Via Estrutural E05.

A09 – Avenida Curitiba, trecho entre as vias Via Estrutural E04 e a Avenida

Belmiro Sebastião.

A10 - Avenida Belmiro Sebastião Marques, e sua continuação entre as vias Via

estrutural E05 e a Avenida Curitiba, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta

lei (Ver Anexo 02).

A11 – Rua Domingos Peneda, trecho compreendido entre as vias Rua México e

Rua dos Expedicionários.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 193

A12 – Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, trecho compreendido entre as

vias Via Estrutural E05 e Rua Prefeito Roque Vernalha.

A13 – Rua Manoel Correia, trecho compreendido entre as vias Rua Aníbal Paiva

e Avenida Coronel José Lobo.

A14 – Rua Baroneza do Cerro Azul, trecho compreendido entre as vias Estrada

do Emboguaçu e Avenida Coronel José Lobo.

A15 – Avenida Governador Manoel Ribas, trecho compreendido entre as vias

Avenida Portuária e Rua dos Expedicionários, encontrando a via Avenida Tufi Maron na

margem Norte da Ferrovia e continuando por esta até a via Rua Ford, seguindo pela via

projetada ao longo do atual Pátio de Manobras da RFFA até a Avenida Curitiba, seguindo

diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

A16 – Rua Frei José Thomaz, em toda sua extensão.

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03. Vias Coletoras:

C01 – Rua Ermelino de Leão, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin

Constant e Rua Manoel Correia.

C02 – Rua Marechal Floriano, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin

Constant e Rua Manoel Pereira.

C03 – Avenida Coronel José Lobo, trecho compreendido entre as vias Rua

Benjamin Constant e Rua Manoel Correia.

C04 – Rua Manuel Bonifácio, trecho compreendido entre as vias Rua Benjamin

Constant e Rua Manoel Correia.

C05 – Rua Comendador Correia Junior, trecho compreendido entre as vias Rua

Manoel Ribas e Rua João Eugênio.

C06 – Rua Nestor Vitor, trecho compreendido entre as vias Rua Manoel Ribas e

Rua Júlia da Costa.

C07 – Avenida Gabriel de Lara, trecho compreendido entre as vias Avenida

Bento Rocha e Rua Júlia da Costa;

C08 – Rua Arthur Bernardes, em toda a sua extensão.

C09 – Constituída pela Estrada do Correia Velho e Rua Alfredo Bundant, em

toda a sua extensão.

C10 – Rua Nicolau Mader, em toda a sua extensão.

C11 – Estrada Velha do Emboguaçu, em toda a sua extensão.

C12 – Rua Bento de Oliveira Rocha , trecho compreendido entre as vias Rua

Domingos Peneda e Rua Cláudio Pontes.

C13 – Rua Pirapora, trecho compreendido entre as vias Rua Domingos Peneda

e Rua Cláudio Pontes.

C14 – Rua Guaráguaçu, trecho compreendido entre as vias Rua Domingos

Peneda e Rua Japurá.

C15 – Rua Capibaribe, trecho compreendido entre as vias Avenida Ayrton Senna

e Rua Japurá.

C16 – Rua Manoel Jordão Cavalheiroa, em toda a sua extensão.

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C17 – Rua Renato Leone, em toda a sua extensão.

C18 – Rua Gilberto Elias Chaiben, em toda a sua extensão.

C19 – Rua Julio Groth, em toda a sua extensão.

C20 – Rua Antônio Pelintro de Lima, trecho compreendido entre as vias Avenida

Chico Mendes e a BR 277, e incluindo trecho projetado, seguindo diretrizes e traçado viário

estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

C21 - Rua das Rosas, em toda a sua extensão.

C22 – Composta pelas vias Rua Mohamed Hamud Hamud, em toda sua

extensão, e Rua Roma, até a via Rua Atenas.

C23 – Composta pelas vias Rua João da Silva Rebello, em toda sua extensão, e

Rua Lisboa, até a via Rua Rosário.

C24 – Rua das Codornas, trecho compreendido entre as vias Estrada das

Colônias e a extensão até a via proposta para a Via Arterial A10, seguindo diretrizes e traçado

viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

C25 – Rua das Jaçanãs, entre a estrada das Colônias e a extensão proposta

para a Via Arterial A10, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver

Anexo 02).

C26 – Rua Rodrigues Alves, em toda a sua extensão.

C27 – Alameda Coronel Elysio Pereira, trecho compreendido entre as vias

Avenida Roque Vernalha e Rua dos Expedicionários.

C28 – Rua Júlia da Costa, em toda a sua extensão.

C29 – Composta pelas vias Rua José Gomes, trecho compreendido entre as

vias Rua dos Expedicionários e Rua Gabriel de Lara, e Rua João Eugênio, em toda a sua

extensão.

C30 – Rua Arthur de Souza, trecho compreendido entre as vias Rua dos

Expedicionários e Estrada do Emboguaçu.

C31 – Composta pelas vias Ruas Maneco Viana, em toda sua extensão, e Rua

Barão do Rio Branco, em toda a sua extensão.

C32 – Rua Manoel Pereira, em toda a sua extensão.

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C33 – Rua Conselheiro Correia, em toda a sua extensão.

C34 – Avenida Governador Manoel Ribas, trecho compreendido entre as vias

Rua dos Expedicionários e Rua Alfredo Bundant.

C35 – Rua Claudionor Nascimento, em toda a sua extensão.

C36 – Rua José Cadilhe, em toda a sua extensão.

C37 – Rua Barão do Amazonas, em toda a sua extensão.

C38 – Rua Xingu, em toda a sua extensão.

C39 – Composta pela Avenida José da Costa Leite e trecho proposto, seguindo

diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

C40 – Rua Lucinda Rodrigues, em toda a sua extensão.

C41 – Rua Aníbal Roque, em toda a sua extensão.

C42 – Composta pelas seguintes vias: Rua Regina de Félix, entre a Rua Manoel

Jordão Cavalheiro e a Rua Renato Leon, conectando-se à Rua Alberto Pereira dos Santos até

a Rua do Agapanto, seguindo por esta, em direção Norte até a Rua das Margaridas,

conectando-se com a Rua Vidal Vanhoni até a Rua Nelson Pereira, seguindo por esta até a

Rua 04 do Jardim Paranaguá e seguindo por esta até a Via Estrutural E05.

C43 – Rua Zélia Simeão Oplade e sua extensão até a Via Estrutural E05,

seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

C44 – Composta pelas vias Rua Germano Crispi Oliveira, Rua Antônio Policarpo

e Rua 02 do Jardim Paranaguá até a Via Estrutural E05.

C45 – Rua Montevideo, trecho compreendido entre as vias Ruas Julio Groth e

Rua Lisboa.

C46 – Rua 04 da Vila Garcia, trecho compreendido entre as vias Via Estrutural

E05 e Via Arterial A08.

C47 – Rua 01 da Vila Gracia, trecho compreendido entre as vias Via Estrutural

E05 e Via Arterial A08, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver

Anexo 02).

C48 – Rua dos Macucos, trecho compreendido entre as vias Via Estrutural E05 e

Via Arterial A08, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

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C49 – Rua dos Gansos, trecho compreendido entre as vias Via Estrutural E05 e

Via Arterial A08, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

C50 – Rua Francisco Machado, em toda a sua extensão, e Rua Brasílio Itiberê,

em toda a sua extensão.

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04. Via Panorâmica:

PA01 – Via a ser implantada ao longo do Rio Itiberê, entre a Via Arterial A10 e

Via Arterial A11, seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo 02).

05. Via Parque:

P01 – Via a ser implantada, tendo início na Via Arterial A09, estendendo-se até a

Zona de Recuperação Ambiental Dois (ZRA 2), de acordo com a Lei de Zoneamento de Uso e

ocupação do solo, e seguindo diretrizes e traçado viário estabelecidos por esta lei (Ver Anexo

02).

06. Vias de Pedestres

PE01 – Rua Hugo Simas, entre as vias Rua XV de Novembro e a Rua Marechal

Deodoro da Fonseca

PE02 – Rua General Carneiro, entre as vias Rua Princeza Izabel e Rua Presciliano

Correa.

06. Vias Portuárias:

PO01 – Avenida Portuária, em toda sua extensão;

PO02 – Avenida Governador Manoel Ribas, do entroncamento com Avenida Portuária

até a Rua Manoel Bonifácio.

PO03 – Avenida Antonio Pereira, do entroncamento com Avenida Portuária até a Rua

Manoel Bonifácio.

PO04 – Rua Soares Gomes, do entroncamento com Avenida Portuária até a Rua

Manoel Bonifácio.

PO05 – Rua Barão do Rio Branco, entre o TCP e a Rua Manoel Bonifácio.

PO06 – Avenida Coronel José Lobo, entre a Rua Barão do Rio Branco e Avenida

Portuária;

PO07 - Rua Manoel Bonifácio desde a Manoel Correia até o limite da baía.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 199

PO08 – Complexo de vias internas que acessam ao silo da APPA e terminal de

containeres – TCP.

PO09 – Rua Manoel Correia, trecho compreendido entre via interna da APPA e a

Avenida Coronel José Lobo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 200

ANEXO II

MAPA DE SISTEMA VIÁRIO

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 201

LEI DO SISTEMA CICLOVIÁRIO – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 202

LEI DO SISTEMA CICLOVIÁRIO

Dispõe sobre o uso da bicicleta e o

Sistema Cicloviário do Município de

Paranaguá, e dá outras providências.

A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná aprovou e eu, Prefeito Municipal,

sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º. Esta lei regula o uso da bicicleta e o sistema cicloviário, integrando-os aos

sistemas municipais viário e de transportes, de modo a alcançar a utilização segura da bicicleta

como veículo de transporte alternativo no atendimento às demandas de deslocamento e lazer

da população.

Art. 2°. São objetivos do sistema cicloviário:

I – Oferecer, à população, a opção de transporte de bicicleta em condições de

segurança e o atendimento da demanda de deslocamento no espaço urbano, mediante

planejamento e gestão integrada ao sistema municipal de transportes, atendendo a hierarquia

segundo a qual o pedestre tem a preferência, seguido pela bicicleta, pelo transporte coletivo e,

por último, pelo veículo particular;

II - Integrar a modalidade de transporte individual não motorizado às modalidades de

transporte público;

III - Reduzir a poluição atmosférica e sonora, o congestionamento das vias públicas por

veículos automotores e promover a melhoria da qualidade de vida;

IV - Promover o lazer ciclístico e a conscientização ecológica.

Art. 3°. Constituem o sistema cicloviário:

I - A malha básica de ciclovias, ciclofaixas e faixas-compartilhadas, com traçados e

dimensões de segurança e sinalização adequados;

II - Estacionamentos de curta duração;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 203

III - Bicicletários junto aos terminais, prédios públicos e demais pontos de afluxo da

população, servidos pela malha viária do sistema.

Art. 4°. Para os efeitos desta Lei, considera-se:

I - Ciclovia: via aberta ao uso público caracterizada como pista destinada ao trânsito

exclusivo de bicicletas, separada da via pública de tráfego motorizado por meio fio ou obstáculo

similar, e separada da área destinada aos pedestres por dispositivo semelhante ou em

desnível, que a distingua das áreas citadas;

II - Ciclofaixa: via aberta ao uso público, caracterizada como faixa destinada ao trânsito

exclusivo de bicicletas, demarcada na pista de rolamento ou calçadas por sinalização

específica;

III - Faixa-compartilhada ou via de tráfego compartilhado: via aberta ao uso público,

caracterizada como pista compartilhada com o trânsito de veículos motorizados, bicicletas e

pedestres, sendo via preferencial ao pedestre quando demarcada na calçada e preferencial a

bicicleta quando demarcada na pista de rolamento;

IV - Estacionamento de bicicletas: local público equipado com dispositivo para a guarda

de bicicletas, que também serve como ponto de apoio ao ciclista;

V – Bicicletário: espaço com controle de acesso destinado ao estacionamento de

bicicletas, podendo ser coberto ou ao ar livre, e podendo contar com banheiros e vestiários,

além de ponto de vendas de bebidas não alcóolicas, lanches prontos e produtos destinados à

manutenção de bicicletas.

§ 1º. As faixas-compartilhadas poderão ser demarcadas sobre os passeios, desde que

tecnicamente demonstrada a viabilidade para o uso compartilhado do mesmo espaço por

pedestres e ciclistas, conforme art. 59 do Código de Trânsito Brasileiro.

§ 2º. Os bicicletários deverão ser edificados com utilização de técnicas e materiais que

promovam o desenvolvimento ambiental, o aproveitamento da energia solar para aquecimento

da água dos chuveiros, promoção do conforto ambiental (ventilação e insolação adequados) e

locais para depósitos de lixo reciclável.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 204

Art. 5°. A proposta, elaboração do projeto, implantação e operação dos bicicletários

com controle de acesso poderão ser realizadas pela iniciativa privada, sem qualquer ônus

financeiro para a municipalidade, mediante o respectivo procedimento licitatório em troca de

exploração de publicidade em espaço a ser definido pelo Órgão Municipal de Planejamento nos

próprios equipamentos, levando-se em conta o tipo, tamanho e localização da publicidade.

§1º. O particular responsável pela implantação, operação e manutenção dos

bicicletários poderá receber, no certame licitatório a que se refere o caput desse artigo, a

permissão para exploração do serviço de bicicletário, remunerando-se pelos serviços prestados

através da cobrança de tarifa dos usuários.

§2º. A permissão a que se refere o parágrafo anterior será regulamentada em lei

específica, que definirá os critérios que pautarão a fixação do valor da tarifa diária de

estacionamento particular de bicicletas em bicicletários, incumbência que caberá ao Poder

Executivo Municipal.

§3º O Poder Executivo, conforme critérios da lei específica, poderá fixar valor

diferenciado de tarifa para bicicletários que possuam seguro contra roubos.

Art. 6°. É obrigatória a destinação de local reservado para o estacionamento de

bicicletas em toda e qualquer área pública que gere tráfego de pessoas e veículos, que será

determinado pelo Órgão Municipal de Planejamento.

Art. 7º. Nas novas vias públicas, observando diretrizes do Plano Diretor e da Lei de

Sistema Viário, deverá ser implantado sistema cicloviário, conforme estudo prévio de

viabilidade física e sócio-econômica, que estabelecerá, no mínimo, a implantação de faixa

compartilhada devidamente sinalizada.

§ 1°. Na elaboração de projetos e construção de praças a parques com área superior a

4.000,00m2 (quatro mil metros quadrados), é obrigatória a inserção de sistema cicloviário e

seus equipamentos complementares.

§ 2°. Nos casos em que a implantação da via implicar a construção de pontes, viadutos

e abertura de túneis, tais obras também serão dotadas de sistemas cicloviários integrados ao

projeto.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 205

§ 3°. A implantação de ciclovias deverá ocorrer nos principais eixos de deslocamento da

cidade, inserindo este sistema nas principais áreas geradoras de tráfego que sejam pontos

potenciais de origem e destino dos ciclistas.

Art. 8°. Os projetos e os serviços de reforma para alargamento, estreitamento e

retificação do sistema viário existente, realizados a partir da data em que entra em vigor esta

Lei, contemplarão a implantação de sistema cicloviário, conforme estudo prévio de viabilidade

física e sócio-econômica, estabelecendo, no mínimo, a faixa compartilhada devidamente

sinalizada.

Art. 9º. Os terminais integrados de transporte coletivo municipal terão espaços

reservados para bicicletas na forma de estacionamentos e/ou bicicletários.

Art. 10. É permitido, nas ciclovias, ciclofaixas a faixas-compartilhadas, além da

bicicleta:

I - Circular com cadeira de rodas;

II - Circular com ambulâncias, viaturas do Corpo de Bombeiros, da Polícia e da Defesa

Civil, apenas em caráter de emergência, respeitando-se, acima de tudo, a segurança dos

usuários do sistema cicloviário;

III - Patinar nas pistas onde sua presença não seja expressamente proibida, desde que

se mantenha ao passo, na mão, alinhado à direita, e sem obstruir a ultrapassagem.

Art. 11. São vedados nas ciclovias e ciclofaixas:

I - O estacionamento e o tráfego de veículos motorizados, bem como qualquer

obstrução ao trânsito;

II - A utilização da pista, por veículos tracionados por animais;

III - A utilização da pista por pedestres;

VI – O trânsito de ciclistas em conduta que coloque em risco a segurança de outros

munícipes.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 206

Art. 12. A inobservância das vedações estabelecidas nesta Lei, sujeita o infrator, ciclista

ou não, às seguintes penalidades:

I - Advertência oral ou escrita;

II - Multa em valor não inferior a 20 UFIRs (vinte Unidades Fiscais de Referência);

III - Remoção e apreensão da bicicleta;

§ 1º. A aplicação de penalidades será graduada segundo a natureza e a gravidade da

infração e de suas conseqüências, nos termos do regulamento a ser instituído pelo Poder

Executivo.

§ 2º. Os recursos oriundos das multas deverão ser destinados a programas de

educação no trânsito, para o respeito aos ciclistas, à sinalização, bem como para programas de

manutenção e implantação de ciclovias.

Art. 13. Fica instituída na ________ quinzena de _________ a Semana da Bicicleta, e

no dia ____ de __________ o Dia do Ciclista.

Art. 14. A Secretaria de Planejamento desenvolverá programas educativos, dirigidos a

orientar e conscientizar motoristas, pedestres e ciclistas quanto ao uso da bicicleta, do sistema

cicloviário a das regras de segurança a serem compartilhadas entre eles.

Art. 15. Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal obrigado, no prazo máximo de 180

(cento e oitenta dias) a contar da data da publicação desta Lei, a submeter à apreciação do

Poder Legislativo projeto de lei disciplinando a conduta do ciclista no sistema cicloviário da

cidade.

Art. 16. Esta Lei entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data da publicação, revogadas

as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal, ___ de__________ de 2007.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 207

4 LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO – ANTEPROJETO DE LEI

COMPLEMENTAR

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 208

LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO

"Dispõe Sobre a Lei de Parcelamento do Solo

Urbano, sobre remembramento e Condomínios

Horizontais no Município de Paranaguá."

A CÂMARA MUNICIPAL DE PARANAGUÁ, ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu,

Prefeito Municipal, no uso das atribuições legais estabelecidas na Lei Orgânica do Município,

sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. A presente Lei se destina a disciplinar o parcelamento do solo, para fins

urbanos, no Município de Paranaguá, os condomínios horizontais e os remembramentos,

sendo elaborada nos termos da Lei Federal n.º 6.766/79, suas alterações e demais disposições

sobre a matéria, complementada pelas normas específicas de competência do Município.

Art. 2º. Esta Lei tem como objetivos:

I - Estimular e orientar o desenvolvimento urbano no Município, com adensamento

populacional equilibrado, proporcional à capacidade de atendimento dos equipamentos

urbanos e comunitários, assegurando condições dignas de habitação, trabalho, lazer e

circulação no espaço urbano;

II - Definir os procedimentos para a elaboração de projeto e a execução de todo

empreendimento de parcelamento do solo, para fins urbanos, e implantação de condomínios

horizontais;

III - Assegurar a existência de padrões urbanísticos e ambientais de interesse da

comunidade, nos processos de parcelamento do solo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 209

Parágrafo Único. O disposto na presente Lei obriga não só os loteamentos,

desmembramentos e remembramentos, realizados para venda ou melhor aproveitamento de

imóveis, como também os efetivados em inventários, por decisão amigável ou judicial, para

extinção de comunhão de bens ou qualquer outro título.

Art. 3º. O parcelamento do solo urbano, e os empreendimentos condominiais poderão

ser feitos mediante loteamento, desmembramento ou condomínio horizontal, observadas as

disposições desta Lei, as exigências da legislação ambiental federal, estadual e municipal,

especialmente a Lei Complementar que institui o Plano Diretor, a Lei de Zoneamento de Uso e

Ocupação do Solo e a Lei de Sistema Viário.

§ 1º. O disposto no caput deste artigo também se aplica ao remembramento.

§ 2º. Considera-se loteamento a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação,

com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos, prolongamentos,

modificação ou ampliação dos já existentes.

§ 3º. Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados à

edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique a abertura

de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já

existentes.

§ 4º. Considera-se remembramento a junção de dois ou mais lotes para formarem

apenas um imóvel.

§ 5º Considera-se condomínio horizontal o aproveitamento de área de terreno em partes

individualizadas ou unidades autônomas, com respectiva construção, para uso exclusivo de

cada condômino, e partes destinadas para o uso comum do condomínio.

Art. 4º. Os projetos e a execução de qualquer parcelamento do solo para fins urbanos e

empreendimentos condominiais dependerão sempre de prévia autorização da Prefeitura

Municipal, obedecidas as normas desta Lei e as normas Federais, Estaduais e Municipais.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 210

CAPÍTULO II

DAS DEFINIÇÕES

Art. 5º. Para efeito de aplicação da presente Lei, são adotadas as seguintes definições:

I. Gleba: área de terra que não foi objeto de parcelamento urbano;

II. Área de Domínio Público: área ocupada pelas vias de circulação, áreas

institucionais e espaços livres;

III. Espaços Livres: áreas de interesse de preservação e/ou espaços livres de

uso público destinados à implantação de praças, áreas de recreação e

esportivas, monumentos e demais referenciais urbanos e paisagísticos;

IV. Área Institucional: área destinada à implantação dos equipamentos públicos

de educação, cultura, saúde, lazer e similares;

V. Equipamentos Comunitários: são os equipamentos públicos de educação,

cultura, saúde, lazer, segurança e assistência social;

VI. Equipamentos Urbanos: são as instalações de infra-estrutura básica, sendo

rede de abastecimento de água potável, rede de esgoto sanitário, rede de

energia elétrica, rede de drenagem, rede telefônica e outras de interesse

público;

VII. Área Verde: são as áreas com cobertura vegetal de porte arbustivo-arbóreo,

não impermeabilizáveis, visando a contribuir para a melhoria de vida urbana,

permitindo-se seu uso para atividades de lazer;

VIII. Logradouro Público: área de propriedade pública e de uso comum destinada

a vias de circulação e espaços livres;

IX. Arruamento: logradouro ou conjunto de logradouros públicos destinados à

circulação viária ou utilização pública, e acesso aos lotes;

X. Via de Circulação: área destinada ao sistema de circulação de veículos e

pedestres, existentes ou projetadas;

XI. Caixa da Via: distância entre os limites dos alinhamentos prediais de cada

um dos lados da rua;

XII. Alinhamento Predial: linha divisória entre o lote e o logradouro público;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 211

XIII. Infra-Estrutura Básica: equipamentos urbanos de escoamento de águas

pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário, de abastecimento de

água potável, de energia elétrica pública e domiciliar e as vias de circulação;

XIV. Quadra: área resultante de loteamento, delimitada por vias de circulação

e/ou limites deste mesmo loteamento;

XV. Lote: parcela de terra delimitada, resultante de loteamento ou

desmembramento, inscrita no Cartório de Registro de Imóveis, com pelo

menos uma divisa lindeira à via de circulação, servida de infra-estrutura

básica, cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pela Lei

de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, na zona em que se situe;

XVI. Testada: largura mínima do lote voltada para a via pública;

XVII. Unidade Autônoma: fração da gleba de uso exclusivo que abriga a unidade

residencial, excluídas as áreas comuns da gleba;

XVIII. Faixa não Edificável: área do terreno onde não é permitida qualquer

construção;

XIX. Alvará: documento expedido pela Prefeitura Municipal concedendo licença

para o funcionamento de atividades ou a execução de serviços e obras.

CAPÍTULO III

DAS ÁREAS PARCELÁVEIS E NÃO PARCELÁVEIS

Art. 6º. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos nas áreas

inseridas no perímetro urbano do Município, assim definidas pela Lei do Perímetro Urbano.

Art. 7º. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos se dele

resultarem lotes edificáveis, de acordo com a Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 8º. Não será permitido o parcelamento do solo:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 212

I. Em terrenos alagadiços, antes de tomadas as medidas saneadoras e assegurado o

escoamento das águas;

II. Nas nascentes, corpos d’água e fundo de vale e nas demais áreas de preservação

permanente, conforme legislação específica;

III. Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que

sejam previamente saneados;

IV. Em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se

atendidas exigências específicas das autoridades competentes;

V. Em áreas de preservação ecológica, ou naquelas onde a poluição impeça condições

sanitárias suportáveis, até a sua correção;

VI. Em terrenos onde exista degradação da qualidade ambiental, até sua correção;

VII. Em terrenos onde for necessária a preservação para o sistema de controle de erosão

urbana;

VIII. Em terrenos situados sem o atendimento dos equipamentos urbanos, especialmente as

redes públicas de abastecimento de água potável e de energia elétrica, salvo se

atendidas exigências específicas dos Órgãos Estaduais e Municipais Competentes.

§1º Para terrenos, lotes ou glebas que possuem vegetação nativa do Bioma da Mata

Atlântica, observar as disposições da Lei n°11.428, de 22 de dezembro de 2006.

§2º Em áreas de uso sustentável, quando do parcelamento, será obrigatória a

apresentação de plano de manejo das unidades desmembradas.

CAPÍTULO IV

DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS

Art. 9º. Os parcelamentos do solo urbano deverão atender aos seguintes requisitos

urbanísticos:

I. Respeito ao sitio natural e à hidrografia, considerando as restrições ambientais de

Paranaguá;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 213

II. Articulação com o sistema viário principal e definição de hierarquia interna, com a

criação de sistema de quadras e lotes;

III. Distribuição equilibrada de áreas livres, favorecendo as conexões e otimizando sua

utilização;

IV. Distribuição de equipamentos comunitários, fundamentada na demanda local e

favorecendo a acessibilidade aos serviços públicos, no atendimento prioritário à

população;

V. Qualificação da paisagem, atendendo aos aspectos econômicos e funcionais, sem

ignorar os aspectos estéticos, formais e simbólicos.

SEÇÃO I

DAS ÁREAS INSTITUCIONAIS E ESPAÇOS LIVRES

Art. 10. Os loteamentos deverão destinar, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) da

gleba para o sistema de circulação, para a implantação de equipamento urbano e comunitário,

bem como para espaços livres de usos públicos, proporcionais à densidade para a gleba,

cedidos ao Município, com aprovação do Órgão Competente.

§1º. As áreas institucionais doadas ao Município serão no mínimo iguais a 10% (dez por

cento) da gleba, e terão no mínimo 30% (trinta por cento) do seu total em um só

perímetro e com área edificável mínima correspondente aos parâmetros definidos para a

zona em que se localiza, e com testada para via pública.

§2º. As áreas públicas restantes a serem doadas ao município serão destinadas às áreas

verdes, equipamentos urbanos e ao sistema viário.

§3º. A localização das áreas verdes públicas e das áreas destinadas à implantação de

equipamentos comunitários urbanos será definida de acordo com os interesses do

Município e/ou de acordo com o projeto de loteamento.

§4º. A porcentagem de áreas públicas previstas no parágrafo 1º, deste artigo, não poderá

ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da gleba salvo nos loteamentos destinados ao

uso industrial, onde lotes forem superiores a 15.000,00 m² (quinze mil metros quadrados),

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 214

caso em que a porcentagem poderá ser reduzida a critério do Órgão Municipal

competente.

§5º. Nas ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, e nas demais zonas urbanas,

quando destinadas à regularização fundiária, a porcentagem mínima destinada a espaços

livres e a área institucional poderá ser redefinida após estudo específico, considerando a

densidade da ocupação, os equipamentos comunitários e urbanos existentes na zona em

que esteja inserida.

§6º. Ao longo das faixas de domínio público das rodovias, ferrovias e dutos, será

obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de 15,00 m (quinze metros) de cada

lado, salvo maiores exigências de legislação específica.

§7º. O Município poderá exigir complementarmente em cada parcelamento a reserva de

faixa não edificável destinada a equipamentos urbanos.

Art. 11. Os lotes reservados para os usos referidos no artigo anterior não poderão ser

caucionados para o cumprimento dos dispositivos previstos nesta Lei.

§1º. A Prefeitura não poderá alienar, em nenhuma hipótese, as áreas previstas no

Artigo 10, nem outorgar concessão de uso, devendo assegurar-lhe o uso institucional ou de

recreação adequados, tais como, praça, parque, estabelecimento educacional, unidade de

saúde, ou ainda, de puericultura, posto policial ou de bombeiro, mercado, abrigo para

passageiros de transportes coletivos, instalações esportivas, ou outras que visem atender

necessidades da população, de caráter coletivo e público.

§2º. Excluem-se da vedação do parágrafo anterior as permutas efetuadas para

implantação de equipamentos comunitários em outras áreas.

SEÇÃO II

DOS LOTES

Art. 12. Para efeito deste Código, os parâmetros a serem considerados para o

dimensionamento dos lotes na área urbana, sejam eles de propriedade pública ou privada,

serão a testada mínima e a área mínima.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 215

Art. 13. Os lotes terão as áreas e testadas mínimas definidas nas Tabelas de

Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo constantes do Anexo I da Lei de Zoneamento de Uso

e Ocupação do Solo.

Parágrafo Único. Os lotes de esquina terão sua menor testada acrescida do recuo

frontal obrigatório para a respectiva zona.

Art. 14. Os loteamentos destinados à habitação de interesse social e regularização

fundiária estarão situados nas ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social e serão implantados

pelo Poder Público.

SEÇÃO III

DAS VIAS DE CIRCULAÇÃO E DAS QUADRAS

Art. 15. Os padrões de urbanização para o sistema viário deverão obedecer, além das

normas municipais especificas, as diretrizes expedidas pelo Órgão Municipal Competente.

§1º. Qualquer gleba objeto de parcelamento para fins urbanos deverá ter acesso por

vias públicas, com conexão à rede viária urbana, de acordo com a Lei do Sistema Viário e

demais leis que integram o Plano Diretor.

§2º. Os ônus das obras necessárias para a execução ou alargamento das vias de

acesso referidas nesta Lei serão de responsabilidade do parcelador.

§3º As vias de circulação de qualquer parcelamento deverão garantir a

continuidade do traçado das vias existentes nas proximidades da gleba, e deverão estar de

acordo com as diretrizes expedidas pelo Poder Publico Municipal, com a Lei de Sistema Viário

e com as demais leis que integram o Plano Diretor.

§4º. Os passeios de vias deverão seguir as diretrizes constantes da Lei do Sistema

Viário e da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 216

Art. 16. As vias projetadas do loteamento deverão harmonizar-se com a topografia local

e articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas com declividade máxima

de 20% (vinte por cento), bem como deverão obedecer ao disposto na Lei do Sistema Viário.

Art. 17. O arruamento deverá ser projetado de modo a constituir rede hierarquizada de

vias integradas ao sistema viário existente e previsto, classificadas conforme a Lei do Sistema

Viário.

§ 1°. O comprimento máximo das quadras dos loteamentos não poderá ser superior a

150,00 m (cento e cinqüenta metros);

§ 2º. As vias locais sem saída deverão prever bolsões de retorno (“cull de sac”),

executados com diâmetro mínimo de 12,00m (doze metros);

Art. 18. Os parcelamentos situados ao longo das Rodovias Federais e Estaduais

deverão conter vias marginais paralelas à faixa de domínio das referidas rodovias, com largura

mínima de 15,00 m (quinze metros).

SEÇÃO IV

DA INFRA-ESTRUTURA E PRAZO DE IMPLANTAÇÃO

Art. 19. Os parcelamentos do solo sob a forma de loteamentos e condomínios

horizontais deverão atender a infra-estrutura básica mínima a seguir estabelecida:

I. Terraplenagem e pavimentação das vias de circulação, com base de saibro de

no mínimo 15 cm (quinze centímetros), revestimento asfáltico do tipo CBUQ

(Concreto Betuminoso Usinado a Quente) com 3 cm (três centímetros), ou PMF

(Tratamento pré-misturado a frio) com espessura mínima de 4 cm (quatro

centímetros), com capa selante;

II. Meio fio, calçamento e paisagismo;

III. Rede de abastecimento de água potável;

IV. Rede de esgotamento sanitário;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 217

V. Rede de energia elétrica e iluminação pública;

VI. Rede de drenagem (aterros, pontes, pontilhões e bueiros que se fizerem

necessários);

VII. Demarcação de quadras, lotes ou unidades autônomas;

VIII. Tratamento das faixas ao longo das margens dos córregos, linhas de drenagem

sazonais e corpos d’água em geral, que atendam à condição de Área de

Preservação Permanente.

§ 1º. A infra-estrutura básica a que se refere o artigo deverá se conectar com as redes

existentes, nos padrões estabelecidos pelo Plano Diretor, pela municipalidade e pelas

concessionárias dos serviços.

§ 2º As obras deverão ser previamente aprovadas, autorizadas e fiscalizadas pelo

Órgão Municipal competente.

§ 3º Na ausência da infra-estrutura no Município, deverá o loteamento estar preparado

para recebê-la futuramente, sendo obrigatório no caso da rede de esgoto implantar soluções

alternativas para seu armazenamento e tratamento, aprovadas pelos órgãos estaduais e

municipais competentes, após elaboração de estudos específicos na zona em que se insere o

empreendimento.

Art. 20. As obras e serviços de infra-estrutura urbana, exigidos para loteamento e

condomínio horizontal, deverão ser executados de acordo com o cronograma físico aprovado

pela Prefeitura Municipal.

§ 1°. O loteador terá o prazo máximo de 2 (dois) anos, a contar da data de expedição do

alvará de aprovação do loteamento, para executar as obras e serviços de infra-estrutura.

§ 2°. Poderão ser feitas alterações na seqüência de execução dos serviços e obras

mencionados neste artigo, mediante apresentação de cronograma que justifique as alterações,

devendo as mesmas ser autorizadas previamente pela Prefeitura Municipal.

Art. 21. Fica sob a responsabilidade do empreendedor, nos condomínios e loteamentos

a execução e o custeio das obras e instalações de:

I. Demarcação:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 218

a) dos lotes;

b) das vias;

c) dos terrenos a serem transferidos para o domínio do Município;

d) das áreas não edificáveis;

e) a demarcação e sinalização das áreas de fragilidade ou de proteção

ambiental;

II. Abertura das vias de circulação e os respectivos trabalhos de terraplanagem;

III. Rede de drenagem superficial e profunda de águas pluviais com o pleno

atendimento das normas do Órgão Municipal Competente;

IV. Rede de abastecimento de água potável, dentro das normas da empresa

concessionária ou órgão responsável;

V. Rede de saneamento, dentro das normas e padrões da empresa

concessionária ou órgão responsável;

VI. Rede de distribuição compacta de energia elétrica e de iluminação pública,

dentro das normas da empresa concessionária ou órgão responsável;

VII. Pavimentação asfáltica das pistas de rolamento, das vias de acesso e

circulação e praças, incluindo a construção de guias e sarjetas, dentro das

normas e padrões determinados pelo Órgão Municipal Competente e de acordo

com a Lei do Sistema Viário e demais legislações pertinentes;

VIII. Passeios e muretas;

IX. Arborização das vias de circulação e o ajardinamento dos espaços livres de

uso público, além do replantio dos fundos de vale, dentro dos padrões e

normas do Órgão Municipal Competente;

X. Recobrimento vegetal de cortes e taludes do terreno além da proteção de

encostas, quando necessário, além da implantação e/ou a reconstituição da

mata ciliar.

XI. Rampas de acesso no meio-fio, junto às esquinas, para uso das pessoas

portadoras de necessidades especiais, dentro dos padrões estabelecidos pelas

leis federais, estaduais e municipais.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 219

§ 1º. Para os casos de impossibilidade técnica de execução de qualquer dos elementos

referentes à infra-estrutura, na forma mencionada neste artigo, o proprietário deverá anexar ao

projeto de loteamento certidão do Órgão Municipal Competente ou da concessionária

responsável pelo serviço, com o devido atesto de tal impedimento.

§ 2º. As obras e os serviços de infra-estrutura exigidos deverão ser executados

obedecendo ao cronograma físico previamente aprovado pelo Órgão Municipal Competente.

Art. 22. Nos parcelamentos de solo sob a forma de desmembramento é obrigatório:

I. Em áreas críticas, sujeitas à erosão, elaborar e implantar os devidos projetos

de drenagem, de acordo com diretrizes do Órgão Municipal Competente;

II. Apresentar solução para tratamento de esgoto compatível com densidade e

tamanho dos lotes sendo obrigatória a interligação na rede existente ou a ser

implantada, de acordo com projetos específicos;

III. Nas áreas sujeitas à erosão e onde se faça necessária a drenagem, as

exigências do inciso anterior serão complementadas com galerias de águas

pluviais, de acordo com a orientação do Órgão Municipal Competente.

CAPITULO V

DOS CONDOMINIOS HORIZONTAIS

Art. 23. Será admitida a implantação de Condomínios Horizontais Residenciais nas

zonas definidas de acordo com o Anexo I da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Parágrafo único. Os Condomínios Industriais poderão ser implantados na Zona de

Interesse Portuário, na Zona de Interesse de Expansão Portuária e na Zona de

Desenvolvimento Econômico, de acordo como disposto na Lei do Plano Diretor e na Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 24. Os Condomínios Horizontais satisfarão obrigatoriamente as seguintes

exigências:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 220

I. Não poderão ter área superior a 50.000,00 m² (cinqüenta mil metros

quadrados);

II. As unidades autônomas edificadas em altura máxima de 02 (dois)

pavimentos e taxa de ocupação compatível com o zoneamento local;

III. Entre 02 (dois) ou mais Condomínios Horizontais deverá ser respeitada uma

distância mínima que garanta a permeabilidade do Sistema Viário;

IV. Deverá ser reservada área interna, destinada ao uso de Recreação dos

condôminos, na proporção mínima de 8% (oito por cento ) da área total da

gleba;

V. As vias de circulação interna deverão ter a pista de rolamento com largura

mínima de 6,00 m (seis metros), e, passeio mínimo de 1,50 m (um metro e

cinqüenta centímetros) de cada lado da via;

VI. Deverão ser previstas áreas para estacionamento de veículos para uso

comum dos condôminos (vagas para visitantes) na proporção de 01 (uma)

vaga para cada 10 (dez) unidades autônomas, e, para uso exclusivo dos

condôminos deverá ser prevista 01 (uma) vaga para cada unidade

autônoma;

VII. Os limites externos do condomínio deverão ser delimitados com alguma

forma de vedação podendo ser por muros, grades, cercas vivas ou outras,

conforme o Código de Obras e Edificações;

VIII. A doação de área correspondente a 10% (dez por cento) da gleba, com área

edificável mínima correspondente aos parâmetros para a zona em que se

localize, mediante transferência para o Município através de escritura pública

de doação, formalizada junto ao Registro de Imóveis competente, sem

quaisquer ônus ou encargos sob qualquer título para o Município.

§ 1° O Município poderá, a seu exclusivo critério, optar por receber em substituição à

doação de que trata o inciso, outra área situada na Macrozona Urbana do Município, desde

que com valor comprovadamente equivalente.

§ 2°. Poderão ser admitidos condomínios horizontais com dimensão maior do que a

determinada no inciso I deste Artigo, após análise e parecer do órgão municipal competente, e

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 221

desde que sejam respeitadas as diretrizes de arruamento definidas pelo setor técnico, e as

legislações ambientais vigentes.

§3°. Para os condomínios implantados em gleba com área inferior a 5.000,00 m² (cinco

mil metros quadrados) fica dispensada a doação de área prevista no inciso VIII deste Artigo.

Art.25. A infra-estrutura mínima exigida para os condomínios é a mesma definida para

os loteamentos nesta Lei.

Art. 26. O Condomínio Horizontal deverá adequar-se ao traçado do sistema viário

principal, à Lei do Sistema Viário, às diretrizes urbanísticas e de preservação ambiental

determinadas pelo Município na Lei do Plano Diretor, à Lei do Zoneamento de Uso e Ocupação

do Solo, demais disposições relativas ao parcelamento do solo e aos parâmetros estabelecidos

por regulamento específico, de modo a assegurar a integração de empreendimento com a

estrutura urbana existente.

§1º. Os Condomínios Horizontais somente serão permitidos em áreas compatíveis

localizadas na Macrozona Urbana do Município.

§2º. A implantação de Condomínio Horizontal está sujeita a diretrizes viárias locais,

devendo atender preliminarmente às disposições urbanísticas aplicáveis nos loteamentos.

Art. 27. Todo condomínio horizontal respeitará, para as áreas de uso exclusivo

correspondentes às unidades autônomas, as dimensões mínimas estabelecidas no Anexo I da

Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 28. Os projetos destinados a edificações em condomínio horizontal deverão

aprovar, concomitantemente, as respectivas construções individualizadas, com prazo máximo

de 02 (dois) anos para as suas conclusões, contadas a partir da data de aprovação do projeto,

podendo este prazo ser prorrogado por igual período e por uma única vez, desde que seja

solicitado pelo interessado, apresentando as devidas justificativas.

§1º. A inobservância do prazo estabelecido implicará a aplicação de multa pecuniária,

da responsabilidade do condomínio-adquirinte no valor de 500 (quinhentas) UFM’s por unidade

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 222

residencial não executada, acrescida de multa complementar de 200 (duzentas) UFM’s por

unidade residencial não executada por mês de atraso da conclusão da obra, observando o

último prazo oficial concedido.

§2º. O inteiro teor do parágrafo anterior será obrigatoriamente transcrito no instrumento

contratual de compromisso de compra e venda a ser firmado entre o vendedor e o comprador.

§3º. Os condomínios horizontais em execução terão o prazo de 01 (um) ano para se

adequarem ao estabelecido neste artigo.

Art. 29. O condomínio horizontal aprovado pela municipalidade não poderá sofrer

qualquer modificação ou alteração na sua forma original, exceto com prévia e expressa

autorização do município, emanada em processo administrativo formalizado e fundamentado,

diante de situações supervenientes ou de interesse público relevante que justifiquem

deferimento ao pedido de adaptação.

Art.30. O projeto devidamente aprovado pelo município para a implantação de

condomínio horizontal, será levado obrigatoriamente para averbação e matrícula junto ao

Registro Imobiliário competente, em cujo ato deverá constar que o uso da área condominiada

se presta tão somente para Condomínio Horizontal, sendo vedada sua subdivisão ou

desmembramento em lotes individualizados que contrariem a forma originariamente aprovada.

§1º. Ao ser registrado no Registro de Imóveis, o projeto do Condomínio Horizontal

deverá especificar a condição de uso da área, somente para Condomínio Horizontal, e a

proibição de subdivisão da área em lotes.

§2º. As habitações em série paralelas ou transversais ao alinhamento predial com 2

(duas) ou mais unidades autônomas até o limite de 20 (vinte), deverão atender aos parâmetros

estabelecidos no Anexo I da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, bem como

demais exigências previstas no Código de Obras e Edificações.

Art.31. Cabe exclusivamente aos Condôminos a responsabilidade e ônus pela

indispensável limpeza, manutenção e preservação de vias, espaços, logradouros e áreas

internas de uso exclusivo do Condomínio Horizontal, assim como as obras de urbanização

interna previstas neste Código.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 223

Art.32. O pedido de aprovação do projeto de Condomínio Horizontal será instruído

conforme documentação descrita no CAPÍTULO VI deste Código.

SEÇÃO I

DAS RESIDÊNCIAS EM SÉRIE

Art. 33 As residências em série são agrupamentos residenciais constituídos de

conjuntos de 2 (duas) até 20 (vinte) habitações unifamiliares implantadas em um mesmo

terreno, tendo a seguinte classificação:

I. Residências em série transversais ao alinhamento predial, com paredes

contíguas ou não, cuja ligação com a via pública, se faz através de corredor

de acesso interno ao lote;

II. Residências em série paralelas ao alinhamento predial, contíguas ou não,

cuja ligação com a via pública, se faz através de cada unidade.

Art. 34 Os corredores de acesso das residências em série deverão atender as

seguintes disposições:

I. Quando as edificações unifamiliares se situarem em um só lado do corredor

de acesso, e este se destinar a veículos e pedestres, terão as seguintes

larguras mínimas:

a) Caixa da Via: 7,00 m (sete metros);

b) Passeio: 1,00 m (um metro);

c) Pista de rolamento: 6,00m (seis metros);

II. Quando as edificações unifamiliares se situarem em ambos os lados do

corredor de acesso, e este se destinar a veículos e pedestres, terão as

seguintes larguras mínimas:

a) Caixa da Via: 8,00 m (oito metros);

b) Passeio: 1,00m (um metro) para cada lado;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 224

c) Pista de rolamento: 6,00 m (seis metros);

III. Nos corredores de acesso para 10 (dez) ou mais unidades residenciais

alinhadas, ou com extensão superior a 50,00m (cinqüenta metros), contados

a partir do alinhamento predial, deverá ser previsto um bolsão de retorno

com diâmetro mínimo de 12,00m (doze metros);

IV. Os corredores de acesso não poderão interligar duas vias públicas e a sua

interrupção poderá ocorrer através de área edificada;

V. As edificações deverão estar afastadas do alinhamento do corredor de

acesso de veículos e pedestres em, no mínimo, 3,00m (três metros), exceto

quando se tratar de acesso exclusivo de pedestres ou exclusivo de veículos,

quando o afastamento mínimo será de 1,50m (um metro e cinqüenta

centímetros).

Parágrafo único. Nos casos em que as unidades residenciais ao lado do corredor de

acesso estejam voltadas para a via principal, poderá ser dispensado o recuo mínimo de 3,00m

(três metros) ou quando fizerem frente para dois acessos, o recuo poderá ser dispensado em

um deles.

Art. 35 Cada unidade residencial deverá ter no mínimo 5,20 (cinco metros e vinte

centímetros) de largura de fachada, valor totalizado dos eixos das paredes de divisa entre as

unidades, e ainda deverá obedecer aos parâmetros estabelecidos no Anexo I da Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Parágrafo Único. Para residências em série transversais ao alinhamento predial, 25%

(vinte e cinco por cento) das unidades poderão apresentar dimensão de largura de fachada de

no mínimo 4,20m (quatro metros e vinte centímetros).

Art. 36 As dimensões e áreas mínimas dos compartimentos ou ambientes, assim como

as condições, dimensões e áreas mínimas para os vãos destinados à iluminação, ventilação e

insolação, deverão obedecer às condições mínimas contidas no Código de Obras e

Edificações.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 225

Art. 37 A partir de 5 (cinco) unidades residenciais transversais ao alinhamento predial, o

empreendimento deverá possuir 10% (dez por cento) da área total do terreno para área de

recreação.

Art. 38 As residências em série deverão possuir áreas de estacionamento na proporção

mínima de 1 (uma) vaga para cada unidade residencial e atender às regras estabelecidas para

estacionamentos presentes no Código de Obras e Edificações.

§1º. As vagas de estacionamento poderão estar indicadas na fração ideal de cada

unidade residencial ou agrupadas, em áreas únicas, para conjuntos homogêneos de moradia.

§2º. Poderá ser admitida a vaga para estacionamento ocupando parcialmente o recuo

do alinhamento do corredor de acesso, desde que transversal a ele, e individualizada.

CAPÍTULO VI

DA CONSULTA PRÉVIA

Art. 39 O interessado em elaborar projeto de loteamento e condomínio horizontal

deverá solicitar à Prefeitura Municipal, em consulta prévia, a viabilidade do mesmo, os

requisitos urbanísticos e as diretrizes para o Uso e Ocupação do Solo e para o Sistema Viário,

apresentando para este fim os seguintes documentos e informações:

I. Requerimento assinado pelo proprietário da área ou seu representante legal;

II. Matrícula do Registro de Imóveis atualizada;

III. Malha de coordenada UTM com, no mínimo, dois vértices na poligonal

georreferenciados;

IV. Planta planialtimétrica da área a ser loteada, ou empreendido condomínio

horizontal em duas vias, na escala 1:1.000 (um para mil), com referências da

rede oficial, assinada pelo responsável técnico e pelo proprietário ou seu

representante, indicando:

a) divisas da propriedade perfeitamente definidas;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 226

b) localização dos cursos d’água, áreas sujeitas a inundações, bosques,

monumentos naturais ou artificiais, vegetação com classificação de porte e

construções existentes, tipologia do solo e principais acidentes topográficos;

c) relevo, por meio de curvas de nível eqüidistantes de 1m (um metro);

d) arruamento contíguo a todo perímetro;

V. O tipo de uso predominante a que a área se destina;

VI. Planta de situação da área em duas vias, na escala 1:5.000 (um para cinco

mil), indicando:

a) norte magnético e verdadeiro, área total e dimensões do terreno e seus

principais pontos de referência, assinalando as áreas limítrofes que já

estejam arruadas;

b) arruamentos contíguos a todo o perímetro;

c) localização de vias de comunicação, dos espaços livres, dos

equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas

adjacências num raio de 1.000m (um mil metros) com as respectivas

distâncias da área.

Art. 40. Havendo viabilidade de implantação, o Poder Público, de acordo com as

diretrizes de planejamento do Município e Legislação do Plano Diretor, e após consulta aos

Órgãos Municipais Competentes pelos serviços e equipamentos urbanos, indicará na planta

apresentada na consulta prévia:

I. As diretrizes das vias de circulação existentes ou projetadas que compõem

o sistema viário do Município, relacionadas com o empreendimento

pretendido, a serem respeitadas;

II. A fixação da zona ou zonas de uso predominante de acordo com a Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo;

III. A localização aproximada das áreas institucionais e dos espaços livres de

uso público, de acordo com as prioridades para cada zona;

IV. As faixas sanitárias do terreno para o escoamento de águas pluviais e

outras faixas não-edificáveis;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 227

V. A relação dos equipamentos urbanos que deverão ser projetados e

executados pelo interessado.

§ 1º. O prazo máximo para estudos e fornecimento das diretrizes será de 30 (trinta)

dias, neles não sendo computado o tempo despendido na prestação de esclarecimentos pela

parte interessada.

§ 2º. As diretrizes vigorarão pelo prazo máximo de 1 (um) ano, a contar da data de sua

expedição, sendo que após este prazo deverá ser solicitada nova Consulta Prévia.

§ 3º. A aceitação da consulta prévia não implica em aprovação da proposta do

empreendimento.

CAPÍTULO VII

DO PROJETO DE LOTEAMENTO

Art. 41 Cumpridas as etapas do Capítulo anterior e havendo viabilidade da implantação

do loteamento, o interessado apresentará projeto, em conformidade com as normas e diretrizes

definidas pela Prefeitura Municipal, em requerimento escrito, juntando os seguintes

documentos e informações:

I. Planta do imóvel, em meio digital e 4 (quatro) cópias em escala 1:1.000 (um

para mil) ou 1:500 (um para quinhentos), indicando:

a) delimitação exata, confrontantes, curva de nível de metro em metro, norte

magnético e verdadeiro e sistema de vias com o devido estaqueamento a

cada 20,00 m (vinte metros);

b) quadras e lotes com respectivas dimensões e numeração;

c) cursos d’água e nascentes e respectivas faixas de preservação

permanente - escrevendo no interior das faixas a expressão “FAIXA NÃO

EDIFICÁVEL - Lei Federal n.° 6.766/79 e suas alterações”;

d) sentido de escoamento das águas pluviais;

e) delimitação e indicação das áreas públicas institucionais e espaços livres;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 228

f) faixas não edificáveis, nos lotes onde forem necessárias, para obras de

saneamento ou outras de interesse público, de acordo com as diretrizes do

Plano Diretor;

g) raios de curvatura e desenvolvimento das vias e seus cruzamentos;

h) larguras das vias, das caixas de rolamento e dos passeios;

i) ruas adjacentes que se articulam com o plano de loteamento;

j) faixas não edificáveis ao longo das águas correntes e dormentes - Áreas

de Preservação Permanente, de acordo com Lei Federal 4.771/65 e suas

alterações;

k) faixas de domínio das rodovias, ferrovias, dutos e sob as linhas de alta

tensão, escrevendo no interior das faixas, a expressão “FAIXA NÃO

EDIFICÁVEL - Lei Federal n.° 6.766/79 e suas alterações”;

l) áreas verdes e construções existentes;

m) áreas que poderão receber acréscimo de potencial construtivo, quando

for o caso;

n) quadro estatístico de áreas, constante no carimbo da planta, conforme Lei

Municipal específica.

II. Perfis Longitudinais das Vias de Circulação, contendo os eixos das vias,

apresentados em escala 1:1.000 (um para mil) horizontal e 1:100 (um para

cem) vertical, sendo aceitas outras escalas, apresentando ainda:

a) estaqueamento, a cada 20m (vinte metros);

b) número da estaca;

c) traçado do terreno original e da via projetada com as declividades

longitudinais e respectivas cotas referidas à RN (referência de nível) a ser

fornecida pela Prefeitura Municipal.

III. Perfis Transversais das Vias de Circulação, em escala 1:500 (um para

quinhentos) horizontal e 1:100 (um para cem) vertical, sendo aceitas outras

escalas, caso necessário, com traçado da(s) pista(s) de rolamento, passeios

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 229

e canteiro central, quando for o caso, com as devidas dimensões e

desenhos;

IV. Memorial descritivo, em 04 (quatro) vias contendo obrigatoriamente:

a) denominação do loteamento;

b) descrição sucinta do loteamento com suas características;

c) condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre

os lotes e suas construções, além daquelas constantes das diretrizes

fixadas;

d) indicação das áreas que passarão ao domínio do Município no ato do

registro do loteamento;

e) enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços

públicos e de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências, e

dos que serão implantados;

f) limites e confrontações, área total do loteamento, área total dos lotes, área

total da área pública, discriminando as áreas de sistema viário, espaços

livres e área institucional, com suas respectivas percentagens;

g) especificação das quadras e lotes;

h) discriminação dos lotes a serem caucionados, à escolha da Prefeitura

Municipal, de acordo com o valor de cada serviço ou obra pública de infra-

estrutura pertinentes, dentro dos critérios definidos nesta Lei;

i) descrição do sistema viário, constando identificação das vias (nome ou

número), largura da pista de rolamento, largura do passeio, declividade

máxima e tipo de revestimento.

V. Cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, do Conselho

Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, relativa ao projeto

de loteamento;

VI. Projetos das obras de infra-estrutura exigidos, a seguir transcritos,

acompanhados do respectivo orçamento e cronograma, que deverão ser

previamente aprovados pelos Órgãos Competentes, e apresentados em

meio digital, acompanhados de 4 (quatro) cópias:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 230

a) projeto detalhado de arruamento, incluindo planta com dimensões angulares e

lineares dos traçados, perfis longitudinais e transversais, detalhes dos meios-fios e

sarjetas e projeto de pavimentação;

b) projeto detalhado da rede de escoamento das águas pluviais e das obras

complementares necessárias;

c) projeto de abastecimento de água potável, aprovado pelo órgão responsável;

d) projeto da rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública,

aprovados pelo órgão responsável;

e) projeto da rede de coleta de esgoto e do seu tratamento, indicando a destinação

final, aprovados pelo órgão ambiental competente;

f) rede de gás e de telefone, quando for o caso.

VII. Modelo de contrato de Compra e Venda, em 2 (duas) vias, elaborado de

acordo com a Lei Federal e demais cláusulas que especifiquem:

a) compromisso do loteador quanto à execução das obras de infra-estrutura,com a

devida especificação e numerando-as;

b) prazo de execução da infra-estrutura, dentro dos critérios legais;

c) condição de que os lotes só poderão receber construções depois de executadas

as obras previstas nesta Lei;

d) possibilidade de suspensão do pagamento das prestações pelo comprador,

vencido o prazo e não executadas as obras, que passará a depositá-las, em juízo;

e) enquadramento do lote ou gleba de acordo com o Mapa de Zoneamento de Uso

e Ocupação do Solo, definindo as zonas a que pertence e os parâmetros

urbanísticos incidentes.

VIII. Documentos relativos à área em parcelamento a serem anexados ao projeto

definitivo, quais sejam:

a) título de propriedade devidamente registrado no Registro Geral de Imóveis;

b) certidões negativas de Tributos Municipais, estaduais e federais.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 231

Art. 42 As pranchas de desenho devem obedecer à normatização da Associação

Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

§1º. O conteúdo dos projetos de infra-estrutura referidos no inciso VI do artigo anterior

deverá atender às exigências específicas definidas pela Prefeitura Municipal.

§2º. Todas as peças do projeto definitivo deverão ser assinadas pelo requerente e pelo

responsável técnico, devendo o último mencionar o número de seu registro no Conselho

Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA desta região e o número do seu

registro na Prefeitura.

§3º Caso seja constatado, a qualquer tempo, que a certidão da matrícula exigida não

tem mais correspondência com os registros e averbações cartorárias no tempo da sua

apresentação, além das conseqüências penais cabíveis, serão consideradas insubsistentes

tanto as diretrizes expedidas anteriormente, quanto a aprovação daí decorrente.

CAPÍTULO VIII

DO PROJETO E APROVAÇÃO DO DESMEMBRAMENTO E REMEMBRAMENTO

Art. 43 O pedido de desmembramento ou remembramento será feito mediante

requerimento do interessado à Prefeitura Municipal, acompanhado de matrícula do Registro de

Imóveis, da certidão negativa de tributos municipais, estaduais e federais, da planta do imóvel

a ser desmembrado ou remembrado, na escala 1:1.000 (um para mil), contendo as seguintes

indicações:

I. Situação do imóvel, com vias existentes e ocupação das adjacências;

II. Tipo de uso predominante no local;

III. Áreas e testadas mínimas, determinadas por este Código, válidas para a(s)

zona(s) a qual afeta o imóvel;

IV. Divisão ou agrupamento de lotes pretendido, com respectivas áreas;

V. Dimensões lineares e angulares;

VI. Indicação das edificações existentes.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 232

Parágrafo Único. Todas as peças gráficas e demais documentos exigidos terão a(s)

assinatura(s) do(s) responsável(eis) e deverão estar dentro das especificações da Associação

Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Art. 44. Verificadas as condições apresentadas no artigo anterior, fica a aprovação do

projeto condicionada à comprovação de que:

I. os lotes desmembrados e/ou remembrados tenham as dimensões mínimas

para a respectiva zona, conforme Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do

Solo Urbano;

II. a parte restante do lote, ainda que edificada, compreende uma porção que

possa constituir lote independente, observadas as dimensões mínimas

previstas em Lei.

§1°. O prazo máximo para aprovação do projeto definitivo, após cumpridas todas as

exigências pelo interessado, será de 30 (trinta) dias.

§2°. Após a aprovação do projeto o interessado, no prazo máximo de 180 (cento e

oitenta) dias, deverá encaminhar o mesmo para averbação no Registro de Imóveis.

CAPÍTULO IX

DA APROVAÇÃO E DO REGISTRO DE LOTEAMENTO

Art. 45. Recebido o projeto definitivo de loteamento, com todos os elementos e de

acordo com as exigências deste Código, a Prefeitura Municipal procederá:

I. exame de exatidão do projeto definitivo;

II. exame de todos os elementos apresentados, conforme exigência do

Capítulos VI e VII.

§1º. A Prefeitura Municipal poderá exigir as modificações que se façam necessárias.

§ 2º. A Prefeitura Municipal disporá de 60 (sessenta) dias para se pronunciar, ouvidos

os Órgãos Públicos Competentes, inclusive os sanitários e os ambientais, no que lhes disser

respeito.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 233

Art. 46. Deferido o processo, o projeto de loteamento terá sua aprovação publicada,

através de Decreto Municipal, no qual deverá constar:

I. condições em que o loteamento foi autorizado;

II. obras a serem realizadas;

III. cronograma e o orçamento para execução;

IV. áreas caucionadas para garantia da execução das obras;

V. áreas transferidas ao domínio público;

VI. lotes que poderão receber aumento do potencial construtivo, quando for o

caso.

Art. 47 No ato de recebimento da cópia do projeto aprovado pela Prefeitura, o

interessado assinará um Termo de Compromisso no qual se obrigará a:

I. Executar as obras de infra-estrutura referidas nesta Lei, conforme

cronograma aprovado, observando o prazo máximo ali consignado;

II. Executar as obras de consolidação e arrimo para a boa conservação das

vias de circulação, pontilhões e bueiros necessários, sempre que as obras

mencionadas forem consideradas indispensáveis à vista das condições

viárias, de segurança e sanitárias do terreno a arruar;

III. Permitir e facilitar a fiscalização permanente da Prefeitura Municipal durante

a execução das obras e serviços;

IV. Não outorgar qualquer escritura de compra e venda ou compromisso de

compra e venda dos lotes caucionados antes de concluídas as obras

previstas nos incisos I e II deste artigo;

V. Utilizar o modelo de Contrato de Compra e Venda aprovado pela Prefeitura

Municipal;

VI. Preservar as áreas verdes existentes, sob pena de responsabilização cível,

administrativa e criminal.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 234

Art. 48. No Termo de Compromisso deverão constar especificamente as obras e

serviços que o loteador é obrigado a executar e o prazo máximo fixado para sua execução.

Art. 49. Em garantia da execução das obras e serviços de infra-estrutura urbana exigida

para o loteamento, dar-se-á em caução área de terreno correspondente ao custo da época de

aprovação das obras e serviços a serem realizados.

§1º. Os lotes caucionados deverão ser discriminados, correspondentemente ao valor

total dos serviços ou obras de infra-estrutura especificada nesta Lei, cabendo ao Município

escolher os lotes a serem caucionados.

§ 2º. O valor dos lotes será calculado, para efeito deste artigo, pelo preço da área, sem

considerar as benfeitorias previstas no projeto aprovado.

§ 3º. Concluídos todos os serviços e obras de infra-estrutura exigidos para o

loteamento, a Prefeitura liberará as garantias de sua execução.

§ 4º. A caução será formalizada mediante escritura pública que deverá ser levada ao

Registro de Imóveis, no ato do registro do loteamento.

§ 5º. As áreas a serem transferidas ao domínio público não poderão ser caucionadas

para o cumprimento dos dispositivos previstos nesta Lei.

§ 6º. A liberação das áreas caucionadas não poderá ser parcial e somente ocorrerá

quando todas as obras estiverem realizadas.

Art. 50. Após a aprovação do projeto definitivo, o loteador deverá submeter o

loteamento ao Registro de Imóveis, apresentando a documentação exigida pela Lei Federal

6.766/79 e suas alterações.

§ 1º. No ato do registro do projeto de loteamento, o loteador transferirá ao Município,

mediante Escritura Pública e sem qualquer ônus ou encargos para este, o domínio das vias de

circulação e das demais áreas, conforme requisitos constantes desta Lei.

§ 2º O prazo máximo para que o loteamento seja submetido ao Registro de Imóveis é

de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da aprovação do projeto definitivo, sob pena de

caducidade da aprovação.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 235

§ 3º O título de propriedade será dispensado quando se tratar de parcelamento popular,

destinado às classes de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública, com processo

de desapropriação judicial em curso e imissão provisória na posse, desde que promovido pela

União, Estado do Paraná, Município ou suas entidades delegadas, autorizadas por lei a

implantar projetos de habitação.

§ 4º No caso de que trata o parágrafo anterior, o pedido de registro do parcelamento,

além da documentação mencionada no caput deste artigo, será instruído com cópias

autênticas da decisão que tenha concedido a imissão provisória na posse, do decreto de

desapropriação, do comprovante de sua publicação na imprensa oficial e, quando formulado

por entidades delegadas, da lei de criação e de seus atos constitutivos.

Art. 51. Examinada a documentação e encontrada em ordem, o Oficial do Registro de

Imóveis encaminhará comunicação à Prefeitura Municipal e dará publicação.

§ 1º Findo o prazo sem impugnação, será feito imediatamente o registro.

§ 2º Caso haja impugnação de terceiros, o Oficial do Registro de Imóveis intimará o

requerente e a Prefeitura Municipal, sob pena de arquivamento do processo. Com tais

manifestações o processo será enviado ao Juiz competente para decisão.

§ 3º Registrado o loteamento, o Oficial de Registro comunicará, por certidão, o seu

registro à Prefeitura Municipal.

Art. 52. Uma vez realizadas todas as obras e serviços exigidos para o loteamento, o

loteador ou seu representante legal solicitará à Prefeitura Municipal, através de requerimento,

que seja feita a vistoria através de seu Órgão Municipal Competente.

§ 1º O requerimento do interessado deverá ser acompanhado de uma planta atualizada

do loteamento que será considerada oficial para todos os efeitos.

§ 2º Após a vistoria, a Prefeitura Municipal expedirá um laudo de vistoria e, caso todas

as obras estejam de acordo com o Termo de Compromisso e com as demais exigências

municipais, expedirá um Termo de Conclusão da Execução das Obras e Serviços, o qual

deverá ser encaminhado ao Registro Geral de Imóveis para liberação da caução.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 236

Art. 53. A não execução total das obras e serviços no prazo legal caracterizará

inadimplência do loteador, ficando a cargo do Município a realização das mesmas.

Parágrafo Único. Para cumprimento do disposto no caput deste artigo, a administração

pública promoverá a adjudicação de tantos lotes caucionados quantos forem necessários,

atendendo aos critérios e requisitos legais exigidos.

Art. 54. Qualquer alteração ou cancelamento parcial do loteamento registrado

dependerá de acordo entre o loteador e os adquirentes de lotes atingidos pela alteração, bem

como da aprovação da Prefeitura Municipal, devendo ser averbados no Registro de Imóveis,

em complemento ao projeto original.

§ 1º. Em se tratando de simples alteração de perfis, o interessado apresentará novas

plantas, de conformidade com o disposto na Lei, para que seja feita a anotação de modificação

no Decreto de Aprovação do Loteamento pela Prefeitura Municipal.

§ 2º. Quando houver mudança substancial do projeto, este será analisado total ou

parcialmente, com a observância das disposições desta Lei e do ato normativo da aprovação.

§ 3º Após a aprovação do projeto alterado, de que trata o parágrafo anterior, será

concedida nova Licença por intermédio de ato normativo municipal.

Art. 55. A aprovação do projeto de loteamento, desmembramento ou remembramento

não implica nenhuma responsabilidade por parte da Prefeitura Municipal, quanto a eventuais

divergências referentes a dimensões de quadras ou lotes, quanto ao direito de terceiros em

relação à área loteada, desmembrada ou remembrada, nem quanto a quaisquer indenizações

decorrentes de traçados que não obedeçam aos arruamentos de plantas limítrofes mais

antigas ou as disposições legais aplicáveis.

Parágrafo Único. Os casos citados no caput desse artigo serão de inteira

responsabilidade do proprietário e do responsável técnico pelo projeto e/ou pela obra.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 237

CAPÍTULO X

DAS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS

Art.56. Sem prejuízo do embargo administrativo da obra, ficará sujeito à multa todo

aquele que:

I. der início, de qualquer modo, ou efetuar parcelamento do solo para fins

urbanos, sem autorização da Prefeitura Municipal ou em desacordo com as

disposições desta Lei, ou ainda das normas Federais e Estaduais

pertinentes;

II. der início, de qualquer modo, ou efetuar parcelamento do solo para fins

urbanos sem observância das determinações do projeto aprovado e do ato

administrativo de licença;

III. registrar loteamento, desmembramento ou remembramento não aprovado

pelos Órgão Municipal Competente, registrar o compromisso de compra e

venda, a cessão ou promessa de cessão de direito ou efetuar registro de

contrato de venda de loteamento, desmembramento ou remembramento não

aprovado.

§ 1º. A multa a que se refere este artigo será definida em regulamento específico.

§ 2º. O pagamento da multa não eximirá o responsável das demais cominações legais,

nem sana a infração, ficando o infrator na obrigação de regularizar as obras, no prazo de 90

(noventa) dias a partir do embargo, de acordo com as disposições vigentes.

§ 3º. A reincidência específica da infração acarretará, ao responsável pela obra, multa

no valor do dobro da inicial, além da suspensão de sua licença para o exercício da atividade de

construir no Município pelo prazo de 2 (dois) anos.

§4º. O procedimento para a aplicação da penalidade referida neste parágrafo será o

mesmo definido para a aplicação das penalidades do Código de Obras e Edificações.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 238

CAPÍTULO XI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 57 São passíveis de punição, conforme lei específica municipal pertinente aos

servidores públicos, os servidores da Prefeitura Municipal que, direta ou indiretamente,

fraudando a presente Lei, concedam ou contribuam para que sejam concedidos licenças,

alvarás, certidões, declarações ou laudos técnicos irregulares ou falsos.

Art. 58. Os loteamentos aprovados, registrados e não implantados, em época anterior a

presente Lei e cujos lotes já tenham sido alienados ou compromissados a terceiros, no todo ou

em parte, serão analisados pelo Órgão Municipal Competente, sob a ótica deste Código.

Art. 59 Entendendo necessário, o Poder Executivo Municipal poderá regulamentar a

presente Lei, através de ato normativo específico.

Art. 60 Esta Lei Complementar estará em vigor na data de sua publicação, ficando

revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 239

5 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES – ANTEPROJETO DE LEI

COMPLEMENTAR

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 240

CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES

Define o Código de Obras e Edificações do

Município de Paranaguá, e dá outras providências.

A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito

Municipal, sanciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

SEÇÃO I

OBJETIVOS DO CÓDIGO

Art. 1º. Este Código, parte integrante do Plano Diretor Municipal, estabelece normas de

projeto e padrões de construção em geral no Município de Paranaguá, Estado do

Paraná.

Art. 2º. Toda construção, reconstrução, reforma, ampliação ou demolição efetuada por

particulares, entidades ou órgãos públicos no Município de Paranaguá é

regulamentada por este Código, obedecidas as normas Federais e Estaduais relativas

à matéria.

Parágrafo único. Para o licenciamento das atividades de que reza este Código, serão

observadas as disposições da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo,

incidentes sobre os lotes situados na área urbana municipal, e as disposições da Lei

do Plano Diretor.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 241

Art. 3º Este Código tem como objetivos:

I. Orientar os projetos e a execução de edificações no Município;

II. Assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene,

salubridade e conforto das edificações de interesse para a comunidade;

III. Promover a melhoria dos padrões de segurança, higiene, salubridade e

conforto de todas as edificações em seu território;

IV. Destacar, para rigorosa aplicação, normas técnicas, visando o progressivo

aperfeiçoamento da construção voltado principalmente para a paisagem

urbana, para o aprimoramento da arquitetura nas edificações e,

conseqüentemente, para a melhoria da qualidade de vida da população.

CAPITULO II

DAS DEFINIÇÕES

Art. 4º. Para efeito deste Código, são adotadas as seguintes definições:

I. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, cuja finalidade é reger as

normas técnicas das edificações e materiais de costrução;

II. ACLIVIDADE - diferença altimétrica entre dois pontos, em que o segundo

ponto está acima do ponto de referência;

III. ACRÉSCIMO ou AMPLIAÇÃO - é a obra que resulta no aumento do volume

ou da área construída total da edificação existente;

IV. AEAAL – Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Litoral do

Paraná;

V. AFASTAMENTO - menor distância entre duas edificações, ou entre uma

edificação e as linhas de divisa do lote onde ela estiver inserida;

VI. ÁGUA – termo genérico designado ao plano ou pano do telhado;

VII. ALICERCE - elemento da construção que transmite ao solo a carga da

edificação.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 242

VIII. ALINHAMENTO – linha divisória legal entre o lote e a via ou logradouro

público;

IX. ALINHAMENTO PREDIAL - linha divisória legal que limita o lote com a via

pública, projetada e locada pelas autoridades municipais;

X. ALPENDRE - área coberta saliente da edificação, cuja abertura sustenta-se

por colunas, pilares ou consolos;

XI. ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO - documento expedido pela Prefeitura que autoriza

a execução de obras sujeitas à sua fiscalização;

XII. ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO - documento expedido pela

Prefeitura que autoriza o funcionamento de uma determinada atividade ou

serviço;

XIII. ALVARÁ SANITÁRIO - documento fornecido pela Autoridade de Saúde, que

autoriza a ocupação e uso de imóvel recém construído ou reformado e/ou

funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, agropecuários,

através de vistoria prévia das condições físico-sanitárias do mesmo;

XIV. ALVENARIAS - são maciços construídos de pedras naturais ou artificiais,

ligadas entre si de modo estável, pela combinação de juntas de interposição

de argamassas, ou somente por um desses meios;

XV. ANDAIME - plataforma elevada destinada a sustentar os materiais e

operários na execução de uma edificação ou reparos;

XVI. APARTAMENTO - unidade autônoma de moradia em residência

multifamiliar;

XVII. APROVAÇÃO DO PROJETO - ato administrativo que precede o

licenciamento de uma construção;

XVIII. ÁREA ABERTA - espaço não edificado, contíguo à edificação, com um ou

mais acessos ou saídas, diretamente à via ou logradouro público;

XIX. ÁREA COBERTA - é a medida da superfície da projeção, em plano

horizontal, de qualquer área coberta da edificação, nela incluída superfícies

das projeções de paredes, pilares, marquises, beirais e demais componentes

das fachadas;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 243

XX. ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA - somatório das áreas cobertas de todos os

pisos de uma edificação, inclusive as áreas ocupadas por paredes e pilares;

XXI. ÁREA COMUM - é a medida da superfície constituída dos locais destinados

ao uso de todas as unidades e/ou mais de uma unidade que compõe um

condomínio, tais como: estacionamento em qualquer pavimento, lazer,

pilotis, rampas de acesso, elevadores, circulações e depósitos comunitários,

apartamento de zelador, depósito de lixo, casa de gás, guarita, e subsolo

quando destinado a estacionamento;

XXII. ÁREA CONSTRUÍDA do PAVIMENTO - é a área de construção de piso do

pavimento, inclusive as ocupadas por paredes e pilares, incluindo-se as

áreas comuns e excluindo-se os vazios de poços de ventilação, iluminação e

elevador;

XXIII. ÁREA DE FRENTE – o mesmo que testada do lote;

XXIV. ÁREA DE FUNDO – área situada entre a fachada posterior e a divisa de

fundo do lote;

XXV. ÁREA LIVRE DO LOTE - é a superfície do lote não ocupada pela projeção

da edificação.

XXVI. ÁREA SOB PILOTIS - área coberta contendo apenas as colunas de

sustentação de uma edificação.

XXVII. ÁREA NÃO COMPUTÁVEL – é a somatória das áreas edificadas que não

serão computadas no cálculo do coeficiente de aproveitamento, com o

objetivo de incentivar a construção de áreas complementares;

XXVIII. ÁREA "NON AEDIFICANDI" ou NÃO EDIFICÁVEL - é a área situada ao

longo das águas correntes e dormentes, das faixas de ferrovias, rodovias e

dutos bem como ao longo de equipamentos urbanos, definidas em leis

federal, estadual ou municipal onde não é permitida qualquer edificação;

XXIX. ÁREA ÚTIL - superfície utilizável de uma edificação, excluindo-se a área

ocupada com paredes e estruturas;

XXX. ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, liberada pelo Conselho

Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA da região;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 244

XXXI. ÁTRIO - pátio interno de acesso a uma edificação;

XXXII. ÁTICO – projeção da área coberta sobre a laje de cobertura do último

pavimento;

XXXIII. BALANÇO - avanço da edificação acima do térreo sobre os alinhamentos ou

recuos regulares.

XXXIV. BALCÃO - varanda ou sacada saída da parede, com balaústres ou qualquer

tipo de guarda corpo;

XXXV. BEIRAL - prolongamento do telhado, além da prumada das edificações;

XXXVI. BIOMBO – parede de altura interrompida, permitindo ventilação e iluminação

pela parte superior;

XXXVII. BRISE - conjunto de placas ou chapa de material variável que se coloca

nas fachadas expostas ao sol para evitar o aquecimento excessivo dos

ambientes sem prejudicar a ventilação e a iluminação;

XXXVIII. CASA DE BOMBAS – compartimento onde se instalam as bombas de

recalque;

XXXIX. CAIXA DE ESCADA - espaço ocupado por uma escada, desde o pavimento

inferior até o último pavimento;

XL. CASA DE MÁQUINAS – compartimento onde se instalam as máquinas

comuns de uma edificação;

XLI. CAIXA DE ROLAMENTO – parte dos logradouros destinada ao rolamento de

veículos;

XLII. CALÇADA - é a parte da via, normalmente segregada em nível diferente, não

destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e

quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação

e outros;

XLIII. CANTEIRO - área destinada a ajardinamento junto ou não aos passeios

públicos;

XLIV. CARAMANCHÃO - construção em ripas, canos ou estacas com o objetivo de

sustentar vegetação;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 245

XLV. CENTRO COMERCIAL - áreas destinadas a espaços comerciais compostos

por um conjunto de lojas ou salas, também entendido como “shopping

center” ou centro comercial quando de grande porte;

XLVI. CIRCULAÇÕES – designação genérica dos espaços destinados à

movimentação de pessoas ou veículos;

XLVII. CISTERNA - reservatório de água situado na porção inferior da edificação;

XLVIII. COBERTURA – último teto de uma edificação;

XLIX. CONSTRUÇÃO CLANDESTINA - obra feita sem prévia aprovação do projeto

ou sem alvará de licença;

L. CONSULTA PRÉVIA - documento fornecido pela municipalidade informando os

usos e parâmetros de construção vigentes em determinado imóvel;

LI. COMPARTIMENTO - cada uma das divisões dos pavimentos de uma edificação.

LII. COPA – compartimento destinado a refeitório auxiliar;

LIII. CORRIMÃO - peça ao longo e ao(s) lado(s) de uma escada ou rampa, que

serve de resguardo, ou apoio para a mão, de quem sobe ou desce;

LIV. COTA – indicação ou registro numérico de dimensões, medidas, indicação

do nível de um ponto em relação a outro tomado como referência;

LV. COTA EMERGENCIAL - cota determinada em metros, em relação ao nível

dos rios, que é facilmente alagável;

LVI. CUMEEIRA - a parte mais alta de uma edificação;

LVII. CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

LVIII. CROQUI - esboço preliminar de um projeto;

LIX. DECLIVIDADE - diferença altimétrica entre dois pontos em que o segundo

ponto está abaixo do ponto de referência;

LX. DECIBEL (DB) - unidade de intensidade física relativa a som;

LXI. DEGRADAÇÃO AMBIENTAL - é a alteração das propriedades físicas,

químicas e biológicas do meio ambiente, causado por qualquer forma de

energia ou substância sólida, gasosa ou combinação de elementos

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 246

produzidos por atividades humanas ou delas decorrentes em níveis capazes

de direta ou indiretamente:

a) prejudicar a saúde, a segurança e o bem estar da população;

b) criar condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) ocasionar danos relevantes à flora, à fauna e outros recursos naturais.

LXII. DEJETOS - resíduos, excrementos, restos;

LXIII. DEPENDÊNCIA DE USO COMUM - conjunto de dependências da edificação

que poderão ser utilizadas em comum por todos ou por parte dos titulares de

direito das unidades de moradia;

LXIV. DEPENDÊNCIA DE USO PRIVATIVO - conjunto de dependências de uma

unidade de moradia, cuja utilização é reservada aos respectivos titulares de

direito;

LXV. DEPÓSITO – edificação ou espaço aberto destinado à armazenagem;

quando compartimento de uma edificação é o compartimento não habitado,

destinado à guarda de utensílios e objetos ou materiais de qualquer

natureza;

LXVI. DESMEMBRAMENTO – aspecto particular de parcelamento do solo, que se

caracteriza pela subdivisão de um terreno, sem implicar na abertura de uma

via ou logradouro;

LXVII. DUTO DE VENTILAÇÃO - área de ventilação interna ao corpo de uma

edificação, destinado a ventilar somente compartimentos de permanência

transitória;

LXVIII. ECONOMIA – unidade autônoma de uma edificação;

LXIX. EDÍCULA – edificação complementar à edificação principal, sem

comunicação interna com a mesma;

LXX. EDIFICAÇÕES CONTÍGUAS ou GEMINADAS – aquelas que apresentam

uma ou mais paredes contíguas às de uma outra edificação, e estão dentro

do mesmo lote ou em lotes vizinhos;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 247

LXXI. EDIFÍCIO COMERCIAL – aquele destinado a lojas ou salas comerciais, ou

ambas, e no qual somente as dependências do porteiro ou zelador são

utilizadas para fins residenciais;

LXXII. EDIFICAÇÃO DE APARTAMENTOS – o mesmo que edificação residencial

coletiva multifamiliar;

LXXIII. EDIFÍCIO GARAGEM - construção destinada ao estacionamento de

veículos;

LXXIV. EDIFÍCIO MISTO – edificação que abriga usos diferentes, e quando um

destes for residencial, o acesso às unidades residenciais se fará sempre

através de circulação independente dos demais usos, desde a via pública.

LXXV. EDIFÍCIO PÚBLICO – aquele no qual são exercidas atividades de governo,

administração, serviços públicos, lazer e outros;

LXXVI. EMBARGO - ato administrativo que determina a paralisação de uma obra;

LXXVII. ESCALA - relação entre as dimensões de um desenho e objeto

representado;

LXXVIII. ESCRITÓRIO – sala ou grupo de salas destinadas ao exercício de

negócios, das profissões liberais, de comércio e atividades afins.

LXXIX. ESPECIFICAÇÕES - discriminação dos materiais, mão de obra e serviços

empregados na construção.

LXXX. ESPELHO – parte do degrau da escada;

LXXXI. ESTACIONAMENTO - espaço reservado para um ou mais veículos;

LXXXII. FACHADA - elevação das paredes externas de uma edificação;

LXXXIII. FAIXA DE DOMÍNIO - é a área do terreno destinada ao poder público

para a implantação e proteção de uma rodovia ou ferrovias e seus

acessórios;

LXXXIV. FAIXA DE DRENAGEM – faixa de largura variável, compreendendo a

faixa não edificável de drenagem propriamente dita e mais uma faixa de

proteção, destinada a garantir um perfeito escoamento das águas pluviais da

respectiva bacia hidrográfica;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 248

LXXXV. FEIRA LIVRE - local ao ar livre que funciona com objetivo de facilitar aos

produtores a venda de sua produção;

LXXXVI. FILTRO ANAERÓBIO - unidade de tratamento biológico do efluente da

fossa séptica de fluxo ascendente em condições anaeróbias, cujo meio

filtrante mantém-se afogadas;

LXXXVII. FOSSA SÉPTICA – tanque de alvenaria ou concreto onde se depositam

as águas de esgoto e as matérias sofrem processo de desintegração;

LXXXVIII. FUNDAÇÃO - parte da construção destinada a distribuir as cargas da

edificação sobre um terreno;

LXXXIX. GABARITO – perfil transversal de um logradouro, com a definição da

largura total, largura dos passeios, pistas de rolamento, canteiros, galerias e

outros, podendo também fixar a altura das edifiações;

XC. GALERIA PÚBLICA – passeio coberto por uma edificação;

XCI. GALPÃO - construção constituída por uma cobertura fechada, total ou

parcialmente, pelo menos em três de suas faces por meio de paredes ou

tapumes, sem forro, não podendo servir para uso residencial. Caso as quatro

faces sejam fechadas a edificação classifica-se como barracão;

XCII. GARAGEM – abrigo, e oficina para automóveis;

XCIII. GUARDA CORPO - é a vedação de proteção contra quedas; parapeito;

XCIV. GUIA AMARELA – documento meramente informativo com as informações

cadastrais, documentais e de parâmetros construtivos e de usos;

XCV. GUIA REBAIXADA – meio fio na função desejável para permitir a

transposição do passeio;

XCVI. HABITAÇÃO COLETIVA – edificação destinada a abrigar pessoas e

atividades assistenciais e comunitárias (internatos, asilos, albergues,

conventos e similares);

XCVII. HABITAÇÃO COLETIVA MULTIFAMILIAR – edificação destinada a servir de

moradia para mais de uma família, contendo duas ou mais unidades

autônomas e partes de uso comum;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 249

XCVIII. HABITE-SE - documento expedido pela Prefeitura, que autoriza a ocupação

de uma edificação;

XCIX. HALL - dependência de uma edificação que serve de ligação entre outros

compartimentos;

C. JIRAU – piso elevado no interior de um compartimento, com altura reduzida,

sem fechamento ou divisões, cobrindo apenas parcialmente a área do

mesmo e satisfazendo as alturas mínimas exigidas pela legislação;

CI. KITINETE - unidade residencial formada de sala, quarto, banheiro e pequena

cozinha, não necessariamente separada da sala;

CII. LAVABO - instalação sanitária composta de pia e vaso sanitário;

CIII. LICENÇA - ato administrativo, com validade determinada, que autoriza

execução de obras, instalações, localização de usos e atividades permitidas;

CIV. LINDEIRO – limítrofe;

CV. LOGRADOURO PÚBLICO - toda parcela de território de propriedade pública

e de uso comum da população;

CVI. LOTE – porção do terreno que faz frente para um logradouro público,

descrito e assegurado por título de propriedade;

CVII. LOTEAMENTO – aspecto particular do parcelamento do solo que se

caracteriza pela subdivisão de um terreno em lotes envolvendo,

obrigatoriamente, a abertura de novas vias ou logradouros públicos ou o

prolongamento de vias existentes;

CVIII. MARQUISE - cobertura em balanço sobre o logradouro;

CIX. MATERIAL INCOMBUSTÍVEL - material de construção como o concreto

simples ou armado, peças metálicas, tijolos, pedras, materiais cerâmicos ou

de fibrocimento e outros cuja incombustibilidade seja reconhecida pelas

especificações da ABNT;

CX. MEIO-FIO - peça de pedra, concreto ou similar que separa em desnível o

passeio da pista de rolamento;

CXI. MEMORIAL - texto contendo especificações sobre materiais e técnicas

construtivas a serem utilizadas numa edificação ou parcelamento de solo;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 250

CXII. MEZANINO - pavimento situado no interior de outro compartimento com

acesso exclusivamente através deste e pé direito reduzido;

CXIII. MOBILIÁRIO URBANO - são equipamentos de uso comercial, de serviços ou

urbanos, localizados em logradouro público;

CXIV. NBR – Norma Técnica Brasileira, estipulado pela ABNT;

CXV. NIVELAMENTO – regularização do terreno através de cortes ou aterros.

CXVI. PÁRA-RAIOS - dispositivo destinado a proteger as edificações contra os

efeitos dos raios;

CXVII. PAREDE CEGA - parede sem abertura;

CXVIII. PASSEIO - superfície pavimentada ou não, ladeando logradouros ou

circundando edificações, destinada exclusivamente ao trânsito de pedestres;

CXIX. PATAMAR - superfície intermediária entre dois lances de escada;

CXX. PÁTIO – área confinada e descoberta, adjacente à edificação, ou circinscrita

pela mesma.

CXXI. PAVIMENTO - conjunto de compartimentos situados no mesmo nível, de uma

edificação, entre piso de uma edificação, desconsiderados os mezaninos ou

sobre lojas;

CXXII. PÉ DIREITO – distância vertical entre o piso e o forro de um compartimento;

CXXIII. PLATIBANDA – coroamento de uma edificação formada pelo prolongamento;

CXXIV. PLAYGROUND - local destinado à recreação infantil, aparelhado com

brinquedos e/ou equipamentos de ginástica;

CXXV. POÇO DE VENTILAÇÃO – área de pequenas dimensões, destinada à

ventilação de compartimentos de utilização transitória ou especial.

CXXVI. PORÃO – pavimento de edificação que tem mais de 2/3 (dois terços) da

altura total do pé direito abaixo do nível do terreno circundante exterior;

CXXVII. PRODUTO PERIGOSO - substância que possa ser considerada

combustível, inflamável, explosiva, tóxica, corrosiva ou radioativa;

CXXVIII. PROFUNDIDADE DE UM COMPARTIMENTO - é a distância entre a face

que dispõe de abertura para insolação à face oposta;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 251

CXXIX. RECONSTRUIR – construir de novo, no mesmo lugar e na forma

primitiva, qualquer obra, em parte ou no todo;

CXXX. REFORMA – alteração da edificação em seus elementos construtivos

essenciais, sem modificar, entretanto, a forma, área ou altura;

CXXXI. RUÍDO - qualquer som que cause ou tenda a causar perturbações do

sossego público ou produzir efeitos psicológicos e/ou fisiológicos negativos

em seres humanos e animais;

CXXXII. SACADA - balcão de janela, construção que ressai da parede;

CXXXIII. SAGUÃO - sala de entrada da edificação onde se encontra o hall e a

circulação principal;

CXXXIV. SALA COMERCIAL - unidade autônoma para comércio e prestação de

serviços;

CXXXV. SARJETA – escoadouro, nos logradouros públicos, para as águas das

chuvas;

CXXXVI. SOBRELOJA - pavimento situado acima da loja, com acesso exclusivo

através desta e sem numeração independente;

CXXXVII. SÓTÃO - compartimento de edificação situado no interior do volume

formado pelo telhado com inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco

graus);

CXXXVIII. SUBSOLO - é o pavimento semi-enterrado desde que o primeiro piso do

pavimento imediatamente superior (térreo) não fique acima da cota mais

1,20m em relação ao nível do meio fio ou ao seu nível mediano, medido do

eixo do lote; as normas de cálculo da cota mediana deverão ser aplicadas

nos seguintes casos:

a) em terrenos de esquina com testadas iguais ou menores que 30m (trinta

metros) o nível mediano deverá ser calculado pela média aritmética dos

níveis medianos das testadas;

b) em terrenos de esquina com testadas superiores a 30m (trinta metros),

cada trecho de no mínimo 15,00m (quinze metros) e no máximo 30,00m

(trinta metros) deverá ser considerado como independente para efeito da

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 252

determinação do nível mediano, ou será adotado como nível mediano único

o nível mediano do trecho mais baixo do meio fio, quando se tratar de

terreno de uma só testada, ou a média aritmética dos trechos mais baixos

do meio fio quando se tratar de terreno de esquina.

CXXXIX. SUMIDOURO - poço destinado a receber o efluente da fossa séptica e a

facilitar sua infiltração;

CXL. TAPUME - vedação provisória feita em tábuas ou material similar para

proteção de obras;

CXLI. TELHEIRO - superfície coberta e sem paredes em todas as faces;

CXLII. TERRENO BALDIO - terreno não edificado, sem proveito ou uso definido;

CXLIII. TERRAÇO - espaço descoberto sobre edifício ou ao nível de um pavimento

desse;

CXLIV. TESTADA DO LOTE - é a linha divisória que separa o logradouro público do

lote;

CXLV. UNIDADE AUTÔNOMA – parte da edificação vinculada a uma fração ideal

do terreno, sujeita às limitações legais, constituídas de dependências e

instalações de uso privativo e de parcelas das dependências e instalações

de uso comum da edificação, destinada a fins residenciais ou não,

assinaladas por designação especial;

CXLVI. UFM - Unidade Fiscal do Município;

CXLVII. VARANDA – terreço coberto;

CXLVIII. VISTORIA - diligência efetuada por órgão competente com a finalidade

de verificar as condições de uma edificação;

CXLIX. ZENITAL – iluminação e/ou ventilação feita através da cobertura.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 253

SEÇÃO III

DAS ÁREAS COMPUTÁVEIS E NÃO COMPUTÁVEIS

Art. 5 . Área não computável é a somatória das áreas edificadas que não serão computadas no

cálculo do coeficiente de aproveitamento, de acordo com o regulamento específico.

Art. 6 . Área computável é a somatória das áreas edificadas que serão computadas no cálculo

do coeficiente de aproveitamento.

Art. 7 . Para fins de cálculo do coeficiente de aproveitamento, não serão computadas as

seguintes áreas:

I. Elementos em balanço, tais como sacadas, balcões, varandas e floreiras abertas, desde

que a somatória de suas áreas não seja superior a 5% da área total do imóvel, por

unidade de habitação;

II. Área total ocupada por poços de elevadores, escadas enclausuradas, centrais de gás,

piscinas descobertas e áreas de lazer, dentro das áreas estabelecidas no presente

Código;

III. Áreas de garagem, independentemente de sua localização, dentro do limite exigido

neste Código;

IV. Terraços descobertos, em qualquer tipo de edificação, desde que não possuam

qualquer estrutura do tipo pérgula, ou que caracterize cobertura;

V. Ático destinado à instalação de casa de máquinas de elevadores, caixas d´água e

outros equipamentos de uso comum do edifício.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 254

SEÇÃO IV

DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANÍSTICOS

Art. 8 . Coeficiente de aproveitamento é o índice estabelecido pela Lei de Zoneamento de Uso

e Ocupação do Solo definido para cada zona urbana, que multiplicado pela área do terreno,

fornece a área máxima da construção a ser implantada no lote.

Art. 9 . Área construída é a somatória das áreas computáveis e não computáveis de todos os

pisos de uma edificação, inclusive as ocupadas por paredes e pilares.

Art. 10 . Taxa de ocupação é a relação entre a área ocupada pela edificação e a área do terreno

em que ela está inserida.

Art. 11 . A construção e o revestimento de pisos em áreas de recuo frontal, mesmo em subsolo,

são proibidos, à exceção de:

I. Muros de arrimo construídos em função dos desníveis naturais dos terrenos;

II. Floreira;

III. Vedação nos alinhamentos ou nas divisas laterais;

IV. Pisos, escadarias ou rampas de acesso, portarias, guaritas, bilheterias e toldos, desde

que em conjunto ocupe no máximo 6 m2 da área do recuo frontal e não sejam

definitivas, com exceção de guaritas e portarias, sempre com anuência da Prefeitura.

Art. 12 . É permitida a construção de edificações nas divisas laterais do lote, quando a

ocupação total do mesmo estiver de acordo com as disposições da Lei de Zoneamento de Uso

e Ocupação do Solo, não podendo a edificação apresentar abertura na parede sobre a divisa.

Parágrafo Único. Qualquer abertura implica afastamento mínimo de 1,50 m ( um metro

e cinqüenta centímetros), obedecidas também as disposições relativas à área de ventilação e

iluminação e os parâmetros definidos na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 255

Art. 13 . Taxa de permeabilidade é a relação entre a área total do terreno a área na qual não é

permitido edificar ou revestir o solo com material que impeça ou dificulte absorção das águas

de chuva, conforme disposições da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Parágrafo Único. As taxas de permeabilidade que deverão ser obedecidas para cada

zona estão definidas na da Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano.

Art. 14 . A altura de uma edificação é a média em metros, tomada verticalmente entre o menor

nível do alinhamento, em relação ao plano horizontal, e o ponto mais alto da edificação.

CAPÍTULO III

DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS E TÉCNICAS

SEÇÃO I

DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 15 . Somente poderão ser responsáveis técnicos os profissionais e firmas legalmente

habilitadas, devidamente registradas na Prefeitura Municipal, e estando absolutamente em dia

com a Fazenda Municipal e com o CREA.

Art. 16 . A assinatura do profissional nos desenhos, projetos, cálculos ou memoriais

submetidos à Prefeitura será obrigatoriamente precedida da função que lhe couber no caso, e

sucedida do título que lhe competir, bem como o número do registro profissional.

Art. 17 . A substituição de um responsável técnico durante a execução de uma obra ou serviço

de construção deverá ser comunicada à Prefeitura através do pedido por escrito, que será

firmado entre o proprietário com a anuência dos profissionais substituto e substituído.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 256

Parágrafo Único. A anuência do profissional substituído somente será dispensada

quando o mesmo se encontrar em local desconhecido, por força de sentença judicial ou em

caso de morte.

Art. 18 . Ficam dispensadas de responsabilidade técnica as construções liberadas por decisão

do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Art. 19 . No local das obras deverão ser afixadas as placas dos profissionais intervenientes, de

acordo com a legislação do CREA.

SEÇÃO II

DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Art. 20 . A responsabilidade pelos Projetos cabe, exclusivamente, aos profissionais que os

assinarem como autores e a execução das obras aos que tiverem assinado como seus

responsáveis, não assumindo a Municipalidade, em conseqüência da aprovação, qualquer tipo

de responsabilidade.

Art. 21 . As penalidades impostas aos profissionais pelo CREA serão observadas pela

Municipalidade no que lhe couber.

Art. 22 . Se, no decurso da obra, o responsável técnico quiser dar baixa de responsabilidade

assumida por ocasião da aprovação do Projeto, deverá comunicar, por escrito, à

Municipalidade essa pretensão, a qual só será concedida após vistoria procedida pela

Municipalidade e se nenhuma infração for verificada.

§1º. Realizada a vistoria, será intimado o interessado para que dentro de 5 (cinco) dias

úteis, sob pena de embargo e/ou multa, apresente novo responsável técnico, o qual deverá

satisfazer as condições deste Código e assinar também a comunicação a ser dirigida à

Municipalidade.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 257

§2º. A comunicação da baixa de responsabilidade poderá ser feita conjuntamente com a

assunção do novo responsável técnico, desde que o interessado e os dois responsáveis

técnicos assinem conjuntamente.

Art. 23 . Poderá, ainda, ser concedida a exoneração de qualquer responsabilidade do autor do

projeto, desde que este o requeira, fundamentado a ocorrência de alteração feita ao projeto a

sua revelia ou contra sua vontade, com os serviços suspensos de imediato.

SEÇÃO III

DA ISENÇÃO DE ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Art. 24 . São obras e serviços sujeitos a mera Licença da Prefeitura Municipal e, como tal,

isentas, perante a Prefeitura, de Anotação do Responsável Técnico legalmente habilitado pelas

mesmas e de taxas de Alvará, além, dos emolumentos relativos ao cadastramento e à

expedição da própria Licença, os seguintes:

I. Construções permanentes, desde que não ultrapassem a 20,00 m² (vinte metros

quadrados) de área coberta e não estejam acopladas a edificações com área maior que

esse limite;

II. Construções provisórias, destinadas a guarda e depósitos de materiais e ferramentas

ou tapumes, durante a execução de obras ou serviços de extração ou construção,

dentro dos padrões regulamentares para esses casos, com prazos pré-fixados para a

sua demolição;

III. Erguimento de muros, cercas e grades, até a altura de 1,80 m (um metro e oitenta

centímetros) quando maciços, e 1,20 m (um metro e vinte centímetros) quando

vazados;

IV. Construção de moradia de baixo custo ou habitação social, em áreas destinadas pela

Prefeitura para este fim, quando executada dentro de projeto-padrão fornecido pelo

órgão competente da Prefeitura Municipal, se submetendo à fiscalização do

responsável técnico indicado pelo mesmo e não ultrapassando 70 m2 (setenta metros

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 258

quadrados) de área coberta, e um pavimento, desde que exista convênio com o CREA

e a AEAAL para tal efeito;

V. Obras de pavimentação, paisagismo e manutenção em vias exclusivamente

residenciais, assim definidas na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, que

não interfiram nos sistemas de água, esgoto, escoamento pluvial, energia, iluminação

pública, telecomunicações, coleta de lixo e circulação eventual de pessoas e veículos,

desde que com desenho aprovado previamente no órgão competente da Prefeitura

Municipal, a qual se responsabilizará por sua fiscalização;

VI. Demolições que, a critério da Prefeitura, não se enquadrem nos demais Artigos e

Capítulos desta Lei.

SEÇÃO IV

DAS CONDIÇÕES RELATIVAS À APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

Art. 25 . Os projetos deverão conter os seguintes elementos:

I. Planta baixa dos pavimentos contendo:

a) Indicação de escala;

b) Descrição do uso do(s) pavimento(s) e área(s) útil(eis);

c) Indicação da(s) área(s) do(s) pavimento(s), discriminando áreas computáveis e total;

d) Indicação das dimensões de todos os compartimentos, inclusive dos vãos de

iluminação, ventilação, garagem e áreas de estacionamento;

e) Tabela de esquadrias;

f) Linha(s) de corte(s), com a indicação do mesmo;

g) Níveis;

h) Indicação de vistas.

II. Apresentação de no mínimo dois cortes, um longitudinal e um transversal, indicando:

a) Cotas de níveis dos pavimentos;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 259

b) Cotas de níveis das coberturas;

c) Altura dos pavimentos (pé-direito);

d) Uso dos compartimentos;

e) Cotas das aberturas;

f) Altura da edificação até a cumeeira;

g) Altura livre sobre a(s) rampa(s) ou escada(s) quando houver;

h) Indicação de escala;

i) Indicação do corte;

j) Cotas dos beirais, quando houver;

III. Elevação para cada testada do lote, indicando:

a) Indicação de escala;

b) Nome da rua correspondente.

IV. Perfis do terreno, contendo:

a) Indicação de escala;

b) Indicação do perfil (transversal e longitudinal).

c) Cotas.

V. Implantação, contendo:

a) Indicação de escala;

b) Nome(s) da(s) rua(s) frontal(ais) e tipo de pavimento existente;

c) Recuos frontal e laterais da edificação;

d) Projeto do contorno da edificação no lote, devidamente cotado;

e) Cotas de níveis do lotes;

f) Dimensões do lote;

g) Acesso de pedestres e veículos;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 260

h) Rampa para veículos e portadores de deficiência física;

i) Passeio, meio fio, guia rebaixada e ajardinamento;

j) Estacionamento descoberto, quando houver;

k) Muro, grades, cercas, ou qualquer elemento de delimitação do lote (nas testadas e

divisas onde houver), indicando as suas respectivas alturas;

l) Indicação do tipo de pavimentação e/ou ajardinamento, com suas respectivas áreas.

VI. Cobertura, contendo:

a) Sentido de inclinação do telhado;

b) Tipo de Cobertura;

c) Indicação de escala;

d) Platibanda, rufo e calhas;

e) Porcentagem de inclinação do(s) telhado(s).

VII. Planta de situação, contendo:

a) Indicação de escala:

b) Dimensões do terreno, recuos laterais e frontal e construção;

c) Dimensão do terreno à esquina mais próxima;

d) Indicação Norte Geográfico;

e) Nome(s) da(s) rua(s) que circundam o terreno.

VIII. Memorial descritivo, contendo:

a) Descrição objetiva dos acabamentos e execução da obra, tais como: fundações,

paredes, pisos, cobertura, esquadrias, instalação elétrica, instalação hidráulica.

IX. Quadro de identificação e legenda, contendo:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 261

a) O quadro de identificação ou legenda deverá possuir dimensões máximas de 17,5cm X

9cm;

b) Finalidade e natureza da construção;

c) Nome do proprietário;

d) Número da prancha e referência, como: planta, corte, elevação;

e) Nome do autor do projeto e número de registro no CREA;

f) Nome do responsável técnico e número de registro no CREA;

g) Nome da firma construtora, quando for o caso;

h) Nome da firma de projeto, quando for o caso;

i) Espaço reservado a PMP, Consulta Aprovada, Secretário da SEMUR e Diretor do

Departamento de Urbanismo.

§ 1° A primeira prancha deverá conter a tabela de estatística e a planta de situação e

localização.

§ 2° Para condomínios, será necessário especificar a área exclusiva construída, a área

comum construída, a área total construída, a área livre exclusiva, a área livre comum e a fração

ideal, em decimal e metros quadrados.

§ 3° Os projetos para análise e aprovação deverão obedecer às normas técnicas

brasileiras especificadas na NBR – 8, que regulamenta o maior tamanho tolerado das pranchas

em A-0. Serão aceitas apenas pranchas normatizadas pela Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT – ou seja, em formatos: A-0, A-1, A-2, A-3 e A-4.

§ 4° O papel deverá ser obrigatoriamente branco e as cotas, desenhos e informações,

em preto, sendo que em hipótese alguma serão aceitas rasuras e/ou emendas nos projetos.

§ 5° Somente serão aceitos para verificação os projetos desenhados e escritos com o

uso de normógrafos, plotados ou equivalentes, obedecidas as escalas especificadas no §10°

do presente artigo.

§ 6° Deverá ser adotada a ordenação lógica das espessuras das linhas como, linhas

auxiliares com 0,2mm (dois décimos de milímetro), linha secundárias com 0,4mm (quatro

décimos de milímetro) e linha principais com 0,6mm (seis décimos de milímetro). Serão aceitas

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 262

as linhas com no mínimo 0,1mm (um décimo de milímetro), letras e números com no mínimo

2mm X 2mm (dois milímetros por dois milímetros), e o traço das letras e números com no

mínimo 0,4mm (quatro décimos de milímetro).Tais especificações são referência para

elaboração de projetos podendo as mesmas ser alteradas desde que seja preservada a

condição de legibilidade dos desenhos.

§ 7° Não serão aceitas quaisquer informações nas pranchas e/ou descrições do(s)

compartimento(s) em língua diferente do português.

§ 8° Casos específicos e devidamente justificados, que não atendam quaisquer das

instruções descritas, somente serão tolerados mediante análise e liberação, com justificativa,

do departamento de urbanismo.

§ 9° O projeto de cobertura da edificação, especificado no inciso VI, poderá ser

apresentado em conjunto com a planta de implantação.

§ 10° A escala mínima para a apresentação da Planta Baixa, Cortes e Elevações

deverá ser de 1:50 (um para cinqüenta). Para a apresentação da Planta de Situação, a escala

mínima deverá ser de 1:500 (um para quinhentos). Para as Plantas de Implantação e

Cobertura a escala mínima deverá ser de 1:100 (um para cem). E para as pranchas de perfil do

terreno a escala mínima deverá ser de 1:200 (um para duzentos).

§ 11° Nos casos de projetos para construção de edificações de grandes proporções, as

escalas mencionadas poderão ser alteradas, devendo contudo ser consultado previamente o

órgão competente da Prefeitura Municipal.

§ 12° No caso de reforma ou ampliação deverá ser indicado no projeto o que será

demolido, construído ou conservado, mediante a utilização da seguinte convenção de cores:

I. cor vermelha para as partes novas a serem acrescidas;

II. cor amarela para as partes a serem demolidas;

III. cor natural da cópia ou plotagem, para as partes existentes que serão conservadas.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 263

SEÇÃO V

DA APROVAÇÃO DE PROJETO

Art. 26 . Todas as obras e serviços de construção, realizadas sobre o território do município de

Paranaguá, serão executadas, obrigatoriamente, mediante licença ou alvará prévios, expedidos

pela Prefeitura Municipal, obedecidas as normas desta Lei e das Leis Estaduais e Federais

aplicáveis.

Art. 27 . O processo de aprovação dos projetos será constituído dos seguintes elementos:

I. Consulta prévia;

II. Requerimento solicitando aprovação do projeto;

III. Projeto arquitetônico completo, contendo os elementos descritos no artigo

25;

IV. Memorial Descritivo da Obra;

V. Prova de domínio do terreno ou autorização para edificar, fornecida pelo

proprietário;

VI. Vias da ART, destinada aos órgãos públicos;

VII. Projetos de fossa e de sumidouro (em formulário padrão prefeitura);

Parágrafo Único. O requerimento e os projetos deverão estar assinados pelo

proprietário , pelo autor e pelo responsável técnico da obra.

Art. 28 . Os processos de aprovação de projetos só serão iniciados após o cumprimento das

exigências estabelecidas pela Prefeitura Municipal.

Art. 29 . Estando o projeto deferido, o departamento competente da Prefeitura Municipal

entregará ao interessado o Alvará de Construção e as cópias, com validade estabelecida para

24 (vinte e quatro) meses, prorrogáveis.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 264

Parágrafo único. Todas as cópias do projeto aprovado serão vistadas pelo Diretor e

Secretário do departamento de urbanismo, sendo que uma delas permanecerá arquivada na

Prefeitura.

Art. 30 . A responsabilidade dos projetos, especificações, cálculos e outros apresentados

cabem aos respectivos autores e executores da obra.

Art. 31 . A municipalidade não assumirá qualquer responsabilidade em razão da aprovação de

projetos, ou de obras mal executadas.

Art. 32 . Para fins de fiscalização, o alvará de construção e o projeto aprovado deverão ser

mantidos na obra.

Art. 33 . O projeto de uma construção será examinado em função da utilização lógica da

edificação, e não apenas pela sua denominação em planta.

SEÇÃO VI

DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 34 . As obras e serviços de construção citadas no artigo 2º deste Código, com exceção de

demolição, estarão sujeitas aos seguintes procedimentos administrativos perante a Prefeitura

Municipal:

I. Consulta Prévia, anterior a solicitação de aprovação de projeto, em formulário

próprio, contendo os usos e demais intenções do serviço ou da edificação

pretendida, os documentos comprobatórios de sua propriedade. À Municipalidade,

em reposta ao pedido de consulta prévia, cabe apontar por escrito as normas

urbanísticas incidentes sobre o lote (zona, taxa de ocupação, coeficiente de

aproveitamento, número máximo de pavimentos permitidos, recuos e afastamentos

mínimos, diretrizes de arruamento, projeção de vias, atingimento, fachos de

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 265

telefonia,energia e drenagem, croqui da localização). O prazo de entrega ao

interessado pela Prefeitura é de 48 (quarenta e oito) horas;

II. Elaboração de Projeto Arquitetônico completo, quando obra de construção civil ou

de projeto técnico, quando outra modalidade de serviço ou obra, com designação do

projetista legalmente habilitado perante a Prefeitura Municipal, onde sejam

atendidas todas as exigências indicadas pelo órgão municipal competente na

Consulta Prévia, bem como nos regulamentos e instruções que complementam a

Legislação Urbanística do município, com ênfase à Lei de Zoneamento de Uso e

Ocupação do Solo, à Lei de Parcelamento do Solo, a esta Lei e aos Decretos que

regulam essas Leis;

III. Revisão do projeto referido no inciso anterior, perante o órgão municipal

competente, se necessário ajustando-o às normas legais e regulamentares que por

ventura não tenham sido atendidas, até a sua aprovação final, por profissional

legalmente habilitado perante o CREA-PR. O prazo para a revisão é de 5 (cinco)

dias;

IV. Elaboração dos projetos complementares completos (Hidro-Sanitário,

Elétrico,Telefônico, Estrutural e o de Prevenção Contra Incêndio) para edificações

em dois pavimentos e demais edificações com área igual ou superior a 100m²,

conforme o ATO 37-CREA-PR, respeitando-se as Normas Técnicas estabelecidas

pela ABNT;

V. O projeto Hidráulico será exigido para toda a edificação servida de água e deverá

atender ao que dispõe o Regulamento de Serviços de Água e Esgoto Sanitário da

Concessionária local;

VI. Solicitação de Alvará para execução de obras ou serviços o qual sempre terá prazo

determinado, fazendo acompanhar desta anotação todos os responsáveis

envolvidos na propriedade, incorporação, elaboração de projetos complementares

exigíveis, fiscalização desses projetos e execução das obras, os quais assinarão,

em conjunto, o solicitado;

VII. Execução de obras e serviços de construção rigorosamente de acordo com o

projeto, na sua versão aprovada nos termos do item III deste artigo e objeto de

Alvará referido no item V deste artigo, bem como nos prazos contidos no dito Alvará;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 266

VIII. Solicitação de Certidão de Conclusão de Obras, fazendo acompanhar destas as

Certidões de Habite-se da Saúde Pública, e dos demais órgãos competentes

relacionados à aprovação de projetos, tanto arquitetônicos quanto complementares,

tais como os de energia elétrica, comunicações, saneamento, segurança pública e

de proteção do meio ambiente ou do patrimônio histórico, Corpo de Bombeiros,

quando for o caso, todos confirmando a satisfação dos serviços realizados e

concluídos, na obra ou serviço, dentro da sua própria área de competência.

Acrescente-se a necessidade da Minuta da Incorporação, se for o caso.

Art. 35 . Todos os projetos citados nos itens e parágrafos do Art. 25 desta Lei deverão ser

elaborados por profissionais legalmente habilitados, de acordo com a Legislação Estadual e

Federal sobre suas atribuições, os quais deverão estar previamente cadastrados na Prefeitura

e em dia com a Fazenda Municipal, quer seja pessoa física ou jurídica.

SEÇÃO VII

VALIDADE, APROVAÇÃO DO PROJETO E LICENCIAMENTO

Art. 36 . O projeto arquivado, por não ter sido retirado em tempo hábil pelo interessado é

passível de revalidação, desde que a parte interessada a requeira e, desde que as exigências

legais sejam as mesmas vigentes à época do licenciamento anterior.

Art. 37 . O alvará fixará o prazo de 90 (noventa) dias para o início da construção, prorrogável

por mais 90 (noventa) dias; findos esse prazos, sem que a obra tenha sido iniciada, o

licenciamento será cancelado.

§ 1° Para efeito da presente Lei, uma construção será considerada iniciada quando

estiver evidenciado o início da execução de serviços constantes do projeto aprovado.

§ 2° Se dentro do prazo fixado, a construção não for concluída, deverá ser solicitada a

prorrogação de prazo, que, se deferida, importará no pagamento da taxa de licenciamento

correspondente a essa prorrogação.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 267

§ 3° O prazo de validade do alvará de construção é de 2 (dois) anos e das prorrogações

de 1 (um) ano.

Art. 38 . A execução da obra somente poderá ser iniciada depois de aprovado o projeto e

expedido alvará para a construção.

SEÇÃO VIII

DAS MODIFICAÇÕES DOS PROJETOS APROVADOS

Art. 39 . Depois de aprovados os Projetos Arquitetônicos e Complementares e expedido o

Alvará de Construção, se houver alteração no Projeto, o interessado deverá requerer nova

aprovação.

Art. 40 . Para modificações em Projeto, assim como para alteração do destino de qualquer

compartimento constante do mesmo, será necessária a aprovação de Projeto modificado.

§1º. O requerimento solicitando a aprovação do Projeto modificado deverá ser

acompanhado de cópia do Projeto anteriormente aprovado e, quando já expedido, também do

respectivo “Alvará de Construção”.

§2º. A aprovação do Projeto modificado será anotada no “Alvará de Construção”, se já

houver sido concedido, que será devolvido ao requerente juntamente com o Projeto.

SEÇÃO VIII

DO HABITE-SE E DA ACEITAÇÃO DE OBRAS PARCIAIS

Art. 41 . Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja procedida a vistoria da

Municipalidade e expedido o respectivo “Habite-se”.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 268

Art. 42 . Terminada a obra de construção, modificação ou acréscimo, deverá ser requerida sua

aceitação, pelo proprietário ou responsável pela execução, através do requerimento do Habite-

se.

§1º. O Habite-se é solicitado à Municipalidade pelo proprietário através de requerimento

assinado por este, acompanhado da respectiva certidão de Vistoria Sanitária.

§2º. A vistoria para expedição da Certidão de Vistoria Sanitária poderá ser solicitada

pelo proprietário junto ao Departamento de Vigilância Sanitária, enquanto os elementos que

compõem o quadro sanitário estejam a descoberto e possibilitem perfeita identificação das

soluções propostas no projeto.

§3º. O Habite-se só será expedido quando a edificação apresentar condições de

habitabilidade, estando em funcionamento as instalações hidro-sanitárias, elétricas, prevenção

de incêndio e demais instalações necessárias.

§4º. A Municipalidade tem um prazo de 20 (vinte) dias para vistoriar a obra e para

expedir o Habite-se, juntamente com a numeração predial.

§5º. Poderá ser concedido o Habite-se parcial, ou seja, a autorização para utilização

das partes concluídas de uma obra em andamento desde que:

I. não haja perigo para o público ou para os habitantes da edificação;

II. trate-se de prédio composto de parte comercial e parte residencial e haja utilização

independente destas partes;

III. trate-se de prédio constituído de unidades autônomas;

IV. trate-se de prédios licenciados por um só Alvará e construídos no interior de um

mesmo lote;

§6º. O Habite-se Parcial não será concedido sem que o interessado assine um termo,

obrigando-se a concluir a obra dentro de prazo estipulado pelo órgão municipal competente.

§7º. A Municipalidade só fornecerá o Habite-se a obras regularizadas através de

aprovação de Projeto e Alvará de Construção.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 269

SEÇÃO IX

DAS VISTORIAS

Art. 43 . A Municipalidade fiscalizará as diversas obras requeridas, a fim de que as mesmas

estejam de acordo com disposições deste Código, demais Leis pertinentes e de acordo com os

projetos aprovados.

§1º. Os fiscais do Município de Paranaguá terão ingresso a todas as obras mediante a

apresentação de prova de identidade, independentemente de qualquer outra formalidade.

§2º. Os funcionários investidos em função fiscalizadora poderão, observadas as

formalidades legais, inspecionar bens e papéis de qualquer natureza, desde que constituam

objeto da presente legislação.

Art. 44 . Em qualquer período da execução da obra, o órgão competente da Municipalidade

poderá exigir que lhe sejam exibidos as plantas, cálculos e demais detalhes que julgar

necessário.

Art. 45 . Se, por ocasião da vistoria, for constatado que a edificação não foi construída,

ampliada, reconstruída ou reformada de acordo com o Projeto aprovado, o responsável técnico

e o proprietário serão notificados, de acordo com as disposições deste Código, e intimados a

legalizar as obras, caso as alterações possam ser executadas ou a fazer a demolição ou

modificação necessária para regularizar a situação da obra, de acordo com o projeto.

SEÇÃO X

DAS OBRAS PARALISADAS

Art. 46 . No caso de paralisação de uma obra por mais de 180 (cento e oitenta) dias, deverá ser

feito o fechamento do terreno no alinhamento do logradouro, dotado de portão de entrada.

Parágrafo único. No caso de continuar paralisada a obra, depois de decorridos mais

180 (cento e oitenta) dias, o órgão competente da Municipalidade examinará o local, a fim de

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 270

verificar se a construção oferece perigo e promover as providências julgadas convenientes, nos

termos deste Código.

Art. 47 . As disposições desta Seção serão aplicadas também às obras que já se encontram

paralisadas na data de vigência deste Código, contando-se o prazo do artigo anterior a partir

da data de publicação da presente lei.

SEÇÃO XI

DA LICENÇA PARA DEMOLIÇÃO

Art. 48 . A demolição de qualquer edificação, excetuados apenas os muros de fechamento de

até 3,00m (três metros) de altura, só poderá ser executada mediante licença expedida pela

Municipalidade.

§1º. Qualquer edificação que esteja, a juízo do departamento competente da

Municipalidade, ameaçada de desabamento, deverá ser demolida pelo proprietário ou, em caso

de recusa deste, pela Municipalidade, cobrando daquele as despesas correspondentes,

acrescidas da taxa de 20 % (vinte por cento) de administração.

§2º. Tratando-se de edificação com mais de dois pavimentos, ou que tenha 6,00m (seis

metros) ou mais de altura, a demolição só poderá ser efetuada sob a responsabilidade de

profissional legalmente habilitado.

§3º. Tratando-se de edificação situada no Setor Histórico Tombado, Setor de Área

Envoltória e Setor de Proteção, definidas pela Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo,

a demolição só poderá ser efetuada sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado

e a critério do Departamento de Patrimônio Histórico.

§4º. No caso de edificação no alinhamento do logradouro ou sobre uma ou mais divisas

do lote, mesmo que seja de um só pavimento, será exigida a responsabilidade de profissional

habilitado.

§5º. Em qualquer demolição o profissional responsável ou o proprietário, conforme o

caso, providenciará a construção de tapumes e demais medidas necessárias e possíveis para

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 271

garantir a segurança dos proprietários e do público, das benfeitorias do logradouro e

propriedades vizinhas obedecendo ao que dispõem, os artigos 249 a 256 do presente Código.

§6º. A Municipalidade poderá, sempre que julgar conveniente, estabelecer horário

dentro do qual uma demolição deva ou possa ser executada.

§7º. O requerimento em que for solicitada a licença para uma demolição será assinado

pelo profissional responsável juntamente com o proprietário.

§8º. No pedido de licença para a demolição deverá constar o prazo de duração dos

trabalhos, o qual poderá ser prorrogado atendendo solicitação justificada do interessado e a

juízo da Municipalidade, salvo os casos fortuitos e de força maior, quando o prazo será

prorrogado automaticamente pelo tempo do evento.

§9º. Caso a demolição não fique concluída dentro do prazo prorrogado, o responsável

ficará sujeito às multas previstas neste Código.

§10º. Em casos especiais, a Municipalidade poderá exigir obras de proteção para

demolição de muro de altura inferior a 3,00m (três metros).

SEÇÃO XII

DAS OBRIGAÇÕES DURANTE A EXECUÇÃO DE OBRAS

Art. 49 . Para fins de documentação e fiscalização, os alvarás e licenças para obras em geral,

deverão permanecer no local da obra, juntamente com o Projeto aprovado.

Parágrafo único. Os documentos referidos no caput desse artigo deverão ser

protegidos contra a ação do tempo e facilmente acessíveis à fiscalização da Municipalidade,

durante as horas de trabalho.

Art. 50 . Durante a execução das obras, o profissional responsável e/ou proprietário deverá pôr

em prática todas as medidas possíveis para garantir a segurança dos operários, do público e

das propriedades vizinhas e providenciar para que o leito do logradouro no trecho abrangido

pelas mesmas obras seja permanentemente mantido em perfeito estado de limpeza.

§1º. Quaisquer detritos caídos das obras assim como resíduos de materiais que ficarem

sobre parte do leito do logradouro público, deverão ser imediatamente recolhidos sendo, caso

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 272

necessário, feita a varredura de todo o trecho do mesmo logradouro cuja limpeza ficar

prejudicada, além de irrigação para impedir o levantamento do pó.

§2º. O responsável por uma obra deverá pôr em prática todas as medidas possíveis no

sentido de evitar incômodos para a vizinhança pela queda de detritos nas propriedades

vizinhas, pela produção da poeira ou ruído excessivo.

CAPÍTULO IV

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

SEÇÃO I

GENERALIDADES

Art. 51 . Às infrações cometidas ao disposto neste Código serão aplicadas as seguintes penas:

I) Embargo;

II) Multa;

III) Interdição do prédio ou dependência;

IV) Demolição.

SEÇÃO II

DAS AUTUAÇÕES E MULTAS

Art. 52 . As multas, independente de outras penalidades legais aplicáveis, serão impostas

quando:

I. Forem falseadas cotas e outras medidas no projeto, ou qualquer elemento do

processo de aprovação do mesmo;

II. As obras forem executadas em desacordo com o projeto aprovado, com a licença

fornecida ou com as normas da presente Lei;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 273

III. A obra for iniciada sem projeto aprovado ou licenciado;

IV. A edificação for ocupada antes da expedição pela Prefeitura do Habite-se, quer seja

pela não solicitação do mesmo ou ainda quando da inexistência de alvará de

construção a qualquer tempo;

V. Não for obedecido o embargo imposto pela autoridade municipal competente;

VI. Houver prosseguimento da obra, vencido o prazo de licenciamento, sem que tenha

sido concedida a necessária prorrogação do prazo;

VII. Demais penalidades previstas em legislação específica.

Art. 53 . A multa será imposta pela autoridade municipal competente, à vista do auto de infração

lavrado pelo funcionário habilitado, que apenas registrará a falta ou infração verificada,

indicando o dispositivo infringido.

Art. 54 . O auto de infração, em quatro vias, deverá ser assinado pelo funcionário que tiver

constatado a existência da irregularidade e também, sempre que possível, pelo próprio

autuado; na sua ausência, poderá ser colhida a assinatura de representante, preposto, ou de

quem lhe fizer vezes.

§1º. A recusa de assinatura no auto de infração será anotada pelo autuante perante

duas testemunhas, considerando-se neste caso, formalizada a autuação.

§2º. A última via do auto de infração, quando o infrator não for encontrado, será

encaminhada oficialmente ao responsável pela empresa construtora, sendo considerado,para

todos os efeitos legais, como estando o infrator cientificado da mesma.

Art. 55 . O auto de infração deverá conter:

I. A indicação do dia e lugar em que se deu a infração, ou em que esta foi constatada

pelo autuante;

II. Fato ou ato que constituía a infração, indicando o dispositivo legal infringido;

III. Nome e assinatura do infrator, ou, na sua falta, denominação que o identifique, e

endereço;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 274

IV. Nome e assinatura do autuante, bem como a sua função ou cargo;

V. Nome, assinatura e endereço das testemunhas, no caso do §1º do artigo anterior.

Art. 56 . Lavrado o ato de infração, o infrator poderá apresentar defesa escrita dirigida à

autoridade municipal competente no prazo máximo de 15 (quinze) dias corridos, a contar de

seu recebimento, findo o qual ou indeferido o recurso interposto o auto será encaminhado para

imposição da multa e cobrança.

Art. 57 . Imposta a multa, será dado conhecimento da mesma ao infrator, no local da infração ou

na sede da empresa construtora, mediante entrega da segunda via do auto da infração, na qual

deverá constar o despacho da autoridade municipal competente que a aplicou.

§1º. O infrator terá o prazo de 15 (quinze) dias para efetuar o pagamento da multa.

§2º. Decorridos o prazo estipulado no Parágrafo §1º, a multa não paga será cobrada por

via executiva, sem prejuízo de outras penalidades.

Art. 58 . Terá andamento sustado o processo de aprovação de projeto ou licenciamento de

construção cujo responsável técnico ou empresa construtora esteja em débito com a Prefeitura.

Art. 59 . As multas pelo descumprimento dos dispositivos desta Lei, serão fixadas

considerando-se a maior ou menor gravidade e natureza da infração, suas circunstâncias e os

antecedentes do infrator, sendo seu valor estabelecido de acordo com a Unidade Fiscal do

Município.

Art. 60 . O pagamento da multa não isenta o requerente da regularização da infração, que

deverá ser atendida de acordo com que dispõe a presente Lei.

Art. 61 . Pelas infrações às disposições deste Código serão aplicadas ao construtor ou

profissional responsável pela execução das obras, ao autor do projeto e ao proprietário,

conforme o caso, as seguintes multas, em Unidade Fiscal do Município (UFM):

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 275

Item Infração Multa em

UFM

I Pelo falseamento de medidas, cotas, e demais indicações do projeto:

ao profissional infrator

500

II Pelo viciamento do projeto aprovado, introduzindo-lhe alteração de

qualquer espécie:

ao proprietário

ao executor da obra

ao profissional habilitado responsável pela execução

500

500

500

III Pelo início da execução da obra sem licença:

ao proprietário

ao construtor

500

500

IV Pelo início de obras sem os dados oficiais de alinhamento e nivelamento:

ao proprietário

ao construtor

300

300

V Pela execução da obra em desacordo com o projeto aprovado:

ao proprietário

ao construtor

ao profissional responsável

500

500

500

VI Pela falta de projeto aprovado e documentos exigidos no local da obra:

ao proprietário

ao construtor

300

300

VII Pela inobservância das prescrições sobre andaimes e tapumes:

ao construtor

500

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 276

VIII Pela paralisação da obra sem comunicação à Municipalidade:

ao proprietário

300

IX Pela desobediência ao embargo municipal:

ao proprietário

ao construtor

ao profissional responsável

600

600

600

X Pela ocupação da edificação sem que à Municipalidade tenha fornecido o

Habite–se:

ao proprietário

500

XI Concluída a reconstrução ou reforma se não for requerida a vistoria:

ao proprietário

300

SEÇÃO III

DOS EMBARGOS

Art. 62 . Obras em andamento de qualquer natureza serão embargadas, sem prejuízo das

multas, quando:

I. Estiverem sendo executadas sem o respectivo alvará de licenciamento nos casos

em que este for necessário;

II. Houver desobediência ao projeto aprovado ou inobservância de qualquer prescrição

essencial do alvará de licença;

III. Não for respeitado o alinhamento predial ou recuo mínimo;

IV. Estiverem sendo executadas sem a responsabilidade de profissional legalmente

habilidado e matriculado na Prefeitura, quando indispensável;

V. Estiver em risco sua estabilidade;

VI. Constituírem ameaça para o público ou para o pessoal que a executa;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 277

VII. For constatada ser fictícia a assunção de responsabilidade profissional, o seu

projeto ou execução;

VIII. Profissional responsável tiver sofrido suspensão ou cassação pelo Conselho

Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA;

IX. A obra, já autuada, não tenha sido regularizada no tempo previsto.

Art. 63 . Ocorrendo as hipóteses do Artigo anterior, a autoridade municipal competente fará

notificação por escrito ao infrator, dando ciência da mesma à autoridade superior, através de

Relatório semanal que conste local, horário e proprietário da obra.

Art. 64 . Verificada a procedência da notificação pela autoridade municipal competente, esta

determinará o embargo em termo próprio que mandará lavrar, e no qual fará constar as

exigências a serem cumpridas para o prosseguimento da obra, sem prejuízo de imposição de

multas.

Art. 65 . O termo de embargo será apresentado ao infrator para que o assine e, no caso deste

não ser encontrado, o termo será encaminhado oficialmente ao responsável pela empresa

construtora, seguindo-se o processo administrativo para a respectiva paralização da obra.

Art. 66 . O embargo será levantado após o cumprimento das exigências consignadas no

respectivo termo e satisfeito o pagamento de todos os emolumentos e multas em que haja o

responsável incidido.

SEÇÃO IV

DA INTERDIÇÃO

Art. 67 . Uma edificação, ou qualquer uma de suas dependências, poderá ser interditada em

qualquer tempo, com impedimento de sua ocupação, quando oferecer iminente perigo de

caráter público.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 278

Art. 68 . A interdição será imposta por escrito após vistoria efetuada pela autoridade

competente.

Parágrafo Único. Não atendida a interdição, e não interposto recurso ou indeferido

este, a Prefeitura tomará as medidas cabíveis.

SEÇÃO V

DAS DEMOLIÇÕES

Art. 69 . A demolição parcial ou total da edificação será imposta quando:

I. A obra estiver sendo executada sem projeto aprovado e sem alvará de

licenciamento e não puder ser regularizada, nos termos da legislação vigente;

II. Houver desrespeito ao alinhamento.

SEÇÃO VI

DA DEMOLIÇÃO

Art. 70 . A demolição parcial ou total da edificação será imposta nos seguintes casos:

I. A obra estiver sendo executada sem projeto aprovado e sem alvará de

licenciamento, e não houver condições de regularização nos termos da legislação

pertinente;

II. Construção feita sem observância do alinhamento ou nivelamento fornecido pela

Municipalidade, ou sem as respectivas cotas ou com desrespeito ao projeto

aprovado, nos seus elementos essenciais, não havendo possibilidade para ajustá-la

à legislação pertinente;

III. Obra julgada em risco, quando o proprietário se recusar a tomar as providências

determinadas pela Municipalidade para sua segurança;

IV. Construção que ameace ruína e que o proprietário não queira demolir ou não

possa reparar, por falta de recursos, ou disposição regulamentar.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 279

Art. 71 . A demolição será precedida de vistoria por uma comissão composta por 03 (três)

engenheiros e/ou arquitetos, designados pelo Chefe do Poder Executivo, pertencentes

ou não ao quadro de funcionários da Municipalidade.

Parágrafo único. A comissão designada procederá da seguinte forma:

I. Determinará dia e hora para vistoria, fazendo intimar o proprietário para

acompanhar o ato; não sendo o mesmo encontrado, far-se-á intimação por edital

com prazo de 10 (dez) dias;

II. não comparecendo o proprietário ou seu representante, a comissão fará rápido

exame da construção e, se verificar que a vistoria pode ser adiada, mandará fazer

nova intimação ao proprietário;

III. não podendo fazer adiamento, ou se o proprietário não atender à segunda

intimação, a comissão fará os exames que julgar necessário, findo os tais dará seu

laudo dentro de 3 (três) dias, devendo constar no mesmo o que for verificado, o que

o proprietário deve fazer para evitar a demolição e o prazo para essas providências,

o qual, salvo em caso de urgência, não poderá ser inferior a 3 (três) dias e nem

superior a 90 (noventa) dias;

IV. serão concedidas cópias do laudo ao proprietário e aos moradores do prédio,

se for alugado, obrigatoriamente acompanhadas da intimação para o cumprimento

das decisões proferidas;

V. a cópia do laudo e a intimação do proprietário serão entregues mediante

comprovante de recebimento, ou, no caso de não ser aquele encontrado ou recusar

recebê-los, serão publicados em resumo, por 3 (três) vezes, pela imprensa local, e

afixados no mural de publicações ou boletim oficial;

VI. no caso de ruína iminente, a vistoria será feita com urgência, dispensando-se a

presença do proprietário, se não houver tempo hábil para encontrá-lo, e levando-se

ao conhecimento do Chefe do Poder Executivo as conclusões do laudo, para que

ordene a demolição.

Art. 72 . Informado o proprietário do resultado da vistoria e feita a devida intimação, seguir-se-

ão as providências administrativas.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 280

Art. 73 . Se não forem cumpridas as decisões do laudo, nos termos do artigo anterior, serão

adotadas as medidas judiciais cabíveis.

SEÇÃO VI

DAS SANÇÕES

Art. 74 . A Municipalidade poderá cancelar a inscrição de profissionais (Pessoa Física ou

Jurídica), após decisão da Comissão de Ética nomeada pelo Chefe do Poder

Executivo, e comunicar ao CREA especialmente os responsáveis técnicos que:

I. prosseguirem a execução de obra embargada pela Municipalidade;

II. não obedecerem aos projetos previamente aprovados, ampliando ou reduzindo

as dimensões indicadas nas plantas e cortes;

III. hajam incorrido em 3 (três) multas por infração cometida na mesma obra;

IV. alterem as especificações indicadas no projeto ou as dimensões, ou elementos

das peças de resistência previamente aprovados pela Municipalidade;

V. iniciarem qualquer obra sem o necessário Alvará de Construção;

VI. cometerem, por imperícia, faltas que venham a comprometer a segurança da

obra.

Parágrafo único. A Comissão de Ética referida no caput deste artigo será composta

por um representante do CREA, um representante da Associação dos Engenheiros

e Arquitetos e por um funcionário lotado na Secretaria Municipal de Urbanismo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 281

TÍTULO II

DA CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

Art. 75 . Dentro de um lote, uma construção ou edificação é considerada isolada das divisas

quando a área livre, em torno do volume edificado, é contínua em qualquer que seja o

nível do piso considerado.

Art. 76 . Dentro de um lote, uma construção ou edificação é considerada contígua a uma ou

mais divisas, quando a área deixar de contornar, continuamente, o volume edificado

no nível de qualquer piso.

Art. 77 . Quando num lote houver duas edificações, formar-se-á o “Grupamento de Edificações”,

que, conforme suas utilizações, poderá ser residencial ou não residencial.

Art. 78 . Conforme a utilização a que se destinam, as edificações classificam-se em:

I. residenciais;

II. não residenciais;

III. mistas.

CAPÍTULO I

DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

Art. 79 . Segundo o tipo de utilização, as edificações residenciais subdividem-se em:

I. Edificações residenciais unifamiliares;

II. Edificações residenciais multifamiliares.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 282

Parágrafo único. Toda unidade residencial será constituída de no mínimo 1 (um)

compartimento de permanência prolongada, desde que tenha área não inferior a 20m²

(vinte metros quadrados), com instalações sanitárias e uma cozinha.

SEÇÃO I

DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES

Art. 80 . Uma edificação é considerada unifamiliar quando nela existir uma única unidade

residencial, podendo ser:

I. isolada;

II. geminada.

Art. 81 . Uma residência é considerada isolada quando sozinha ocupar o interior de um lote.

Art. 82 . Consideram-se residências geminadas duas unidades de residências contíguas, que

possam usar uma parede comum em alvenaria, alcançando até a altura da cobertura,

constituindo no seu aspecto externo uma unidade arquitetônica homogênea, não implicando

simetria bilateral.

§1º. As residências geminadas obedecerão, além das demais normas dessa lei e da Lei

de Parcelamento do Solo Urbano, ao que segue:

I. cada unidade deverá ter acesso independente;

II. terão no máximo 2 (dois) pavimentos por unidade residencial, sendo permitido 1

(um) subsolo, considerado como pavimento;

III. terão instalações elétricas, hidrosanitárias e complementares independentes.

§2º. O lote das residências geminadas, só poderá ser desmembrado quando cada

unidade estiver de acordo com as leis de Parcelamento do Solo Urbano e Zoneamento de Uso

e Ocupação do Solo Urbano.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 283

SUBSEÇÃO ÚNICA

DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES EM SÉRIE

Art. 83 . As edificações residenciais unifamiliares em série se caracterizam por 2 (duas) ou mais

unidades autônomas, até o limite de 20 (vinte), de residências unifamiliares agrupadas

horizontalmente, paralelas ou transversais ao alinhamento predial.

Art. 84 . As especificações e os parâmetros construtivos das edificações residenciais

unifamiliares estão definidos na Lei de Parcelamento do Solo Urbano.

SEÇÃO II

DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES

Art. 85 . Uma edificação é considerada multifamiliar, quando possuir duas ou mais unidades

residenciais, podendo ser:

I. Edificação residencial multifamiliar permanente;

II. Edificação residencial multifamiliar especial.

Art. 86 . São consideradas edificações residenciais unifamiliares permanentes aquelas que

comportam mais de duas unidades residenciais autônomas, agrupadas verticalmente, com

áreas comuns de circulação interna e acesso ao logradouro público.

Parágrafo único. As edificações referidas neste artigo deverão possuir:

I. Local para coleta de resíduos sólidos;

II. Equipamentos para extinção de incêndio, de acordo com as exigências do Corpo de

Bombeiros e disposições do presente Código;

III. Área de recreação, nos termos dos artigos 182 e 183 deste Código;

VI. Local para estacionamento ou guarda de veículos, conforme o disposto no Título

VIII do presente regulamento;

VII. Instalação de pára-raios.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 284

Art. 87 . As edificações residenciais multifamiliares permanentes podem apresentar-se sob

forma de conjuntos habitacionais, onde os conjuntos habitacionais são constituídos por dois ou

mais blocos de edifícios de habitação, com área de uso comum, implantados no mesmo

terreno.

Parágrafo único. O afastamento mínimo entre blocos será de 3 m (três metros) para

edificações de até 4 (quatro) pavimentos, com acréscimo de 0,8 m (oitenta centímetros) a cada

pavimento adicional.

SEÇÃO III

DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS COLETIVAS

Art. 88 . Edificações residenciais coletivas são aquelas nas quais as atividades residenciais se

desenvolvem em compartimentos de utilização coletiva, como dormitórios, salões de refeições,

sanitários comuns, podendo ser: internatos, pensionatos, asilos ou orfanatos, e similares.

SEÇÃO IV

DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS TRANSITÓRIAS

Art. 89 . Entende-se por edificações residenciais transitórias as edificações destinadas a hotéis,

motéis, apart-hotéis e congêneres, nas quais deverão existir sempre, como partes

comuns obrigatórias:

I. Recepção ou espera;

II. Quartos de hóspedes;

III. Instalações sanitárias;

IV. Acesso e circulação de pessoas;

V. Serviços;

VI. Acesso a veículos e estacionamento;

VII. Área de recreação, no caso de apart-hotel, hotel residencial, “camping”, colônia de

férias e pousadas;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 285

VIII. Acesso e condições de utilização especial de pelo menos uma unidade de

dormitório para usuários de cadeiras de rodas, excetuando-se os motéis;

IX. Equipamentos para extinção de incêndio, de acordo com as normas exigidas pelo

Corpo de Bombeiros e disposições deste Código;

X. Todas as demais exigências contidas no Código Sanitário do Estado;

XI. Local fechado e interno a edificação para depósito de lixo.

§1º. Os hotéis deverão ter, além do exigido no artigo anterior, salas de estar ou visitas,

local para refeições, copa, cozinha, despensa, lavanderia, vestiário de empregados e escritório

para o encarregado do estabelecimento.

§2º. Nos motéis, edificações com características horizontais, cada unidade de

hospedagem deve ser constituída de, no mínimo, quarto e instalação sanitária, podendo dispor

de uma garagem abrigo ou vaga para estacionamento.

Art. 90 . A adaptação de qualquer edificação para sua utilização como hotel, motel, apart-hotel e

congêneres terá que atender integralmente todos os dispositivos do presente Código.

Art. 91 . Deverá ser previsto o local para embarque e desembarque de usuários, bem como

estacionamento de veículos, segundo capítulo específico deste Código, que trata do

tema.

CAPITULO II

DAS EDIFICAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS

Art. 92 . As edificações não residenciais são aquelas destinadas a:

I. Comércio e prestação de serviços;

II. Indústrias;

III. Edificações para usos de saúde;

IV. Estabelecimentos educacionais;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 286

V. Usos comunitários diversos.

SEÇÃO I

DAS EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Art. 93 . As unidades destinadas a comércio e serviços são as lojas, salas e escritórios.

§1º. Entende-se por loja o espaço destinado à comercialização de produtos;

§2º. entende-se por sala ou escritório o espaço destinado a prestação de serviços.

Art. 94 . As farmácias, além de atender o disposto neste código, deverão também atender as

exigências contidas no Código Sanitário do Estado e outras legislações específicas.

Art. 95 . As unidades destinadas ao comércio de gêneros alimentícios deverão também atender

as exigências contidas no Código Sanitário do Estado e outras legislações específicas.

Art. 96 . As edificações destinadas a comércio, serviços ou atividades profissionais deverão ter

dispositivo de prevenção contra incêndio em conformidade com as determinações

deste Código e normas específicas do Corpo de Bombeiros.

Art. 97 . Todas as edificações comerciais deverão possuir sanitários nas seguintes proporções:

I. acima de 150,00m² (cento e cinqüenta metros quadrados) da área total, sanitários

separados para os dois sexos, na proporção de um sanitário a cada 200,00m²

(duzentos metros quadrados) de área acrescida considerando a metragem da área

de vendas e serviços.

II. quando se tratar de um conjunto de lojas ou salas em um mesmo pavimento, poderá

ser feito um agrupamento de instalações sanitárias, observado o inciso I deste

artigo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 287

Art. 98 . As galerias comerciais, além das disposições do presente Código que lhes forem

aplicáveis, deverão ter largura mínima igual 2,50m (dois e meio metros).

Parágrafo único. O hall de elevadores que se ligar às galerias não deverá interferir na

circulação das mesmas quando a edificação exceder 02 (dois) pavimentos atendidos pelos

elevadores.

Art. 99 . As galerias comerciais, além das disposições do presente Código que lhes forem

aplicáveis, deverão ter pé direito mínimo de 3,00m (três metros).

Art. 100 . Nos locais onde houver preparo, manipulação ou depósito de alimentos, os pisos e as

paredes até 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) deverão ser revestidos com

material liso, resistente, lavável e impermeável.

Art. 101 . As salas de refeições não poderão ter ligação direta com os compartimentos

sanitários.

Art. 102 . Os compartimentos sanitários destinados ao público deverão obedecer as seguintes

condições:

I. para o sexo feminino, em áreas de até 50,00m² (cinqüenta metros quadrados), 1

(um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório;

II. para o sexo masculino, em áreas de até 50,00m² (cinqüenta metros quadrados) 1

(um) vaso sanitário, 1 (um) mictório e 1 (um) lavatório.

Parágrafo único. Para cada área adicional de 50,00m² (cinqüenta metros quadrados)

deverão ser acrescidas as exigências dos incisos I e II deste artigo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 288

SEÇÃO II

DAS OFICINAS MECÂNICAS

Art. 103 . As edificações destinadas a oficinas mecânicas deverão obedecer as seguintes

condições:

I. ter área coberta capaz de comportar os veículos em reparo;

II. ter pé direito mínimo de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros), inclusive nas

partes inferiores dos mezaninos, a menos que os mesmos sejam utilizados como

área de apoio (copa, bwc, administração);

III. ter compartimentos sanitários e demais dependências destinadas aos empregados,

de conformidade com as determinações do artigo 99 deste Código;

IV. ter acessos e saídas devidamente sinalizados e sem barreiras visuais;

V. ter equipamentos de prevenção de incêndio;

VI. possuir local para depósito do lixo no interior do lote;

VII. possuir as divisas laterais fechadas com muros;

VIII. tratamento especial para resíduos, óleos e graxas, conforme legislação estadual

específica.

Art. 104 . Nas edificações onde houver produção de ruídos intensos, estes deverão ser

tecnicamente isolados não podendo haver propagação de ruídos para o exterior.

SEÇÃO III

DAS INDÚSTRIAS

Art. 105 . As edificações destinadas a indústrias em geral, fábricas e oficinas, além das

disposições constantes nas legislações federais e estaduais trabalhistas, deverão:

I. ser de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material

combustível apenas nas esquadrias e estruturas de cobertura;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 289

II. ter dispositivo de prevenção contra incêndio de conformidade com as

determinações deste Código e do Corpo de Bombeiros;

III. ter, no mínimo, 2 (dois) sanitários, separados por sexo, quando possuírem área

superior a 150,00m² (cento e cinqüenta metros quadrados);

§1º. Quando os compartimentos das edificações referidas no caput desse artigo forem

destinados à manipulação ou depósito de inflamáveis, esses deverão estar em conformidade

com as normas de segurança ditadas pelos órgãos competentes.

§2º. Quando os compartimentos das edificações referidas no caput desse artigo tiverem

área superior a 150,00m² (cento e cinqüenta metros quadrados), deverão ter pé direito mínimo

de 3,20m (três metros e vinte centímetros).

Art. 106 . As edificações destinadas ao uso industrial terão tratamento especial para os efluentes

líquidos e gasosos, quando apresentarem características físico-químicas, biológicas

ou bacteriológicas agressivas, obrigando-se as indústrias a esgotarem seus efluentes

líquidos e/ou gasosos dentro dos padrões exigidos pela legislação Municipal, Estadual

e Federal vigente.

§1º. O tratamento de efluentes industriais mencionado neste artigo deverá estar

instalado antes da indústria começar a operar e poderá ser comum a mais de uma indústria.

§2º. O sistema de tratamento proposto, bem como o memorial descritivo, planta e

relatório de eficiência, deverá ser apresentado ao órgão Estadual ou Federal competentes para

análise e aprovação e, posteriormente, à aprovação da Municipalidade.

§3º. A Municipalidade poderá negar aprovação ou aprovar em caráter temporário, se

entender que o sistema será inoperante.

§4º. Os despejos deverão ser emitidos em regime de vazão constante, principalmente

durante o período de funcionamento da indústria.

§5º. Os resíduos sólidos serão transportados para local designado pelo órgão de

limpeza pública do Município.

§6º. Nas indústrias a serem instaladas e nas indústrias existentes que passem a possuir

lançamento de efluentes industriais, o tratamento de efluêntes deverá ser feito à montante de

captação de água da própria indústria quando ambos se derem em cursos d’água.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 290

Art. 107 . As novas unidades industriais a serem edificadas serão isoladas visualmente da

vizinhança através de um cinturão verde constituído por árvores e arbustos de no

mínimo 1,5 m (um metro e meio) de altura.

SEÇÃO IV

DAS EDIFICAÇÕES PARA USOS DE SAÚDE

Art. 108 . Consideram-se edificações para uso de saúde as destinadas à prestação de

assistência médico-cirúrgica e social, com ou sem internamento de pacientes, quais

sejam:

I. hospitais;

II. maternidades;

III. clínicas, laboratórios de análises e pronto-socorros;

IV. postos de saúde.

Art. 109 . As edificações para uso de saúde deverão obedecer, além das normas deste Código,

as condições estabelecidas pelo Governo Federal, observando ainda as legislações

Estadual e Municipal pertinentes à matéria.

Art. 110 . A edificação para posto de saúde - estabelecimento de atendimento primário

destinado à prestação de assistência médico-sanitária a uma população pertencente a

um pequeno núcleo - deverá ter, no mínimo, compartimentos, ambientes ou locais

para:

I. espera;

II. guarda de material e medicamentos;

III. atendimento e imunização;

IV. curativos e esterilização;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 291

V. material de limpeza;

VI. sanitário público e de funcionários;

VII. acesso e estacionamento de veículos.

Art. 111 . A edificação para centro de saúde - estabelecimento de atendimento primário,

destinado à prestação de assistência médico-sanitária a uma população determinada,

tendo como característica o atendimento permanente por clínicos gerais - deverá ter,

no mínimo, compartimentos, ambientes ou locais para:

I. espera;

II. sanitário público e de funcionários;

III. registro e arquivo médico;

IV. administração e material;

V. consultório médico;

VI. atendimento e imunização;

VII. preparo de pacientes;

VIII. curativos e reidratação;

IX. laboratório;

X. despensa para medicamentos;

XI. esterilização e roupa limpa;

XII. utilidade e despejo;

XIII. serviços;

XIV. acesso e estacionamento de veículos, dependendo do porte e conforme

regulamento específico.

Art. 112 . A edificação para clínica sem internamento - destinada a consultas médicas,

odontológicas ou ambas, com dois ou mais consultórios sem internamento - deverá

ter, no mínimo, compartimentos, ambientes ou locais para:

I. recepção, espera e atendimento;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 292

II. esterilização e roupa limpa;

III. utilidade e despejo;

IV. acesso e circulação de pessoas;

V. instalações sanitárias;

VI. serviços;

VII. armazenamento de resíduos;

VIII. acesso e estacionamento de veículos;

IX. administração;

X. material.

Art. 113 . A edificação para clínica com internamento, destinada a consultas médicas,

odontológicas ou ambas, com internamento e dois ou mais consultórios, deverá ter, no

mínimo, compartimentos, ambientes ou locais para:

I. recepção, espera e atendimento;

II. acesso e circulação de pessoas;

III. instalações sanitárias;

IV. serviços;

V. acesso e estacionamento de veículos.

VI. administração;

VII. quartos ou enfermarias para pacientes;

VIII. serviços médico-cirúrgicos;

IX. material.

Art. 114 . Os laboratórios de análises clínicas - edificações nas quais se fazem exames de

tecidos ou líquidos do organismo humano - deverão ter, no mínimo, compartimentos,

ambientes ou locais para:

I. atendimento de clientes;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 293

II. coleta de material;

III. laboratório propriamente dito;

IV. administração;

V. serviços;

VI. instalações sanitárias;

VII. acesso e estacionamento de veículos;

VIII. material.

Art. 115 . A edificação destinada à fabricação ou manipulação de produtos farmacêuticos deverá

ter, no mínimo, compartimentos para:

I. manipulação e fabricação;

II. acondicionamento;

III. laboratório de controle;

IV. embalagem de produto acabado;

V. armazenamento de produtos acabados e de material de embalagem;

VI. depósito de matéria-prima;

VII. instalações sanitárias;

VIII. serviços;

IX. acesso e estacionamento de veículos;

X. armazenamento de resíduos.

Art. 116 . A edificação para hospital - estabelecimento de saúde, de atendimento de nível

terciário, de prestação de assistência médica em regime de internação e emergência

nas diferentes especialidades médicas - deverá ter, no mínimo, compartimentos,

ambientes ou locais para:

I. recepção, espera e atendimento;

II. acesso e circulação;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 294

III. instalações sanitárias;

IV. serviços;

V. quartos ou enfermarias para pacientes;

VI. administração;

VII. serviços médico-cirúrgicos e serviços de análise ou tratamento;

VIII. ambulatório;

IX. acesso e estacionamento de veículos;

X. disposição adequada de resíduos hospitalares.

SEÇÃO V

DOS ESTABELECIMENTOS EDUCACIONAIS

Art. 117 . Os Estabelecimentos Educacionais,que abrigam atividades do processo educativo ou

instrutivo, público ou privado,conforme suas características e finalidades, podem ser:

I. Centro de educação infantil, pré-escola,maternal ou creche

II. Escola de arte, ofícios e profissionalizantes;

III. Ensino Fundamental;

IV. Ensino Médio;

V. Ensino superior;

VI. Ensino não seriado.

Art. 118 . Os estabelecimentos Educacionais deverão, ter, no mínimo, compartimentos,

ambientes e locais de:

I. Recepção, espera ou atendimento ao público;

II. Instalações sanitárias;

III. Acesso e circulação de pessoas;

IV. Serviços;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 295

V. Administração;

VI. Salas de aula;

VII. Salas especiais para laboratório, leitura e outros fins;

VIII. Esporte e recreação;

IX. Cozinhas, refeitórios, cantinas, lanchonetes e congêneres;

X. Acesso e estacionamento para veículos.

Art. 119 . Os estabelecimentos educacionais, além das disposições da Legislação Municipal

cabível, obedecerão às condições estabelecidas pelas normas estaduais e federais

pertinentes.

Art. 120 . Todo estabelecimento de ensino deverá ter seus equipamentos, revestimentos interno

e externo, instalações e mobiliários de material inócuo, a fim de garantir a segurança

de seus usuários.

Art. 121 . Nas salas de aula, corresponderá a cada aluno área não inferior a 1,30m² (um metro e

trinta centímetros quadrados), excluídos os corredores, áreas de circulação interna e

áreas destinadas a professores e equipamentos didáticos.

Art. 122 . O pé direito mínimo das salas de aula em geral nunca poderá ser inferior a 3,00m (três

metros), incluindo vigas ou luminárias, devendo ser aumentado sempre que as

condições de iluminação natural assim exigirem.

Art. 123 . Na existência de salas destinadas à aula prática, especialmente de química, física e

biologia, deverão essas possuir dispositivos apropriados para refrigeração, circulação,

renovação e filtração de ar.

Art. 124 . As salas ambientes deverão seguir as normas da ABNT, de acordo com os cursos a

que se destinarem.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 296

Art. 125 . Os compartimentos correspondentes a cantinas, refeitórios e congêneres deverão

seguir as normas sanitárias específicas do Município, Estado e União.

Art. 126 . As instalações sanitárias dos estabelecimentos educacionais deverão:

I. ser separadas por sexo, com acessos independentes;

II. ser dotadas de bacias sanitárias em número correspondente, a no mínimo 1 (uma)

bacia para cada 20 (vinte) alunos e 1 (um) lavatório para cada 40 (quarenta) alunos;

III. ter mictórios em forma de cuba ou calha, na proporção de 1 (um) para cada 40

(quarenta) alunos, separados uns dos outros, por uma distância de 60cm (sessenta

centímetros);

IV. ter paredes revestidas de material liso, lavável, impermeável e resistente, até a

altura de 2,00m (dois metros);

V. ter condições de ventilação permanente;

VI. ter pisos impermeáveis e resistentes;

VII. ter chuveiros na proporção de 1 (um) para cada 5 (cinco) alunos do grupo que utiliza

os vestiários simultaneamente, quando for previsto a prática de esportes ou

educação física;

VIII. ter “box” sanitários com tamanho mínimo de 80cm (oitenta centímetros) de largura

por 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de profundidade ou o equivalente

em área para larguras maiores, com portas de largura não inferior a 0,60m

(sessenta centímetros) e suspensa dos pisos deixando vãos livres de 0,15m (quinze

centímetros) de altura na parte inferior e 0,30m (trinta centímetros), no mínimo, na

parte superior.

SEÇÃO VI

DOS USOS COMUNITÁRIOS DIVERSOS

Art. 127 . São consideradas edificações para usos comuntários:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 297

I. estádios;

II. auditórios, ginásios esportivos, centros de convenção e salões de exposição;

III. templos religiosos;

IV. cinemas;

V. teatros;

VI. parques de diversão;

VII. circos;

VIII. feiras livres;

IX. feiras de exposição permanentes;

X. piscinas públicas;

XI. boates e salões de dança.

XII. clubes.

Art. 128 . As partes destinadas ao público, em geral, terão que prever:

I. circulação de acesso e de escoamento;

II. condições de perfeita visibilidade;

III. espaçamento entre filas e séries de assentos;

IV. locais de espera;

V. instalações sanitárias para ambos os sexos;

VI. lotação máxima fixada;

VII. acessibilidade a deficientes físicos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 298

SUBSEÇÃO I

DOS ESTÁDIOS, AUDITÓRIOS, GINÁSIOS ESPORTIVOS, CENTROS DE CONVENÇÕES, SALÕES DE EXPOSIÇÕES, TEMPLOS RELIGIOSOS, CINEMAS E TEATROS

Art. 129 . A disposição dos assentos deverá garantir perfeita visibilidade do espetáculo, o que

ficará demonstrado através de curva de visibilidade.

Art. 130 . O espaço entre duas filas consecutivas de assentos não será inferior a 0,90m (noventa

centímetros) de encosto a encosto, de acordo com normas da ABNT.

Art. 131 . Os espaçamentos entre as séries, bem como o número máximo de assentos por fila,

obedecerão ao seguinte :

I. número máximo de 14 (quatorze) assentos por fila;

II. espaçamento mínimo de 1,20m (um metro e vinte centímetros) entre as séries.

Parágrafo único. Quando a série terminar junto à parede, a circulação entre estas

deverá ser de no mínimo 1,50m (um metro e meio).

Art. 132 . Deverá ser previsto local para parada de cadeira de rodas conforme determinado pela

norma para eliminação de barreiras arquitetônicas para deficientes físicos da ABNT.

Art. 133 . Os auditórios, cinemas, ginásios esportivos, halls de convenções e salões de

exposições, além das demais condições estabelecidas por este regulamento,

obedecerão às seguintes condições:

I. Os locais de espera, serão independentes das circulações com área equivalente,

no mínimo, a 1,00m² (um metro quadrado) para cada 10 (dez) espectadores no

caso de cinemas e para cada 5 (cinco) espectadores, no caso de teatros, auditórios,

centros de convenção e salões de exposição, considerando a lotação máxima.

II. Quanto à renovação e condicionamento do ar:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 299

a) Os auditórios com capacidade superior a 300 (trezentas) pessoas, possuirão

obrigatoriamente, equipamentos de condicionamento de ar;

b) Quando a lotação for inferior a 300 (trezentas) pessoas, bastará a existência de

sistema de renovação de ar.

III. Quanto às instalações sanitárias:

a) deverão ser separadas por sexo, com as seguintes proporções mínimas:

- para o sanitário masculino, 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório e 1 (um)

mictório para cada 100 (cem) lugares;

- para o sanitário feminino, 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório para cada

100 (cem) lugares;

b) para efeito do cálculo do número de pessoas a serem consideradas, quando não

houver lugares fixos, a proporção de 1,00m² (um metro quadrado) por pessoa,

referente à área efetivamente destinada às mesmas.

§1º. Quando o local de reunião ou salas de espetáculos estiver situado em

pavimento que não seja térreo, serão necessárias duas escadas, no mínimo, que

deverão ter largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), para

salas de até 100 (cem) lugares, e ser acrescidas de 0,10m (dez centímetros) por

fração de 50 (cinqüenta) lugares excedentes.

§2º. O guarda corpo das localidades elevadas terá altura mínima de 1,10m (um

metro e dez centímetros)

§3º. As escadas poderão ser substituídas por rampas com no máximo 8% (oito por

cento) de declividade, observadas entretanto, as demais exigências para escadas e

rampas estabelecidas neste regulamento.

Art. 134 . As paredes externas deverão possuir tratamento acústico de acordo com as normas

da ABNT.

Art. 135 . Nos cinemas, as cabines onde se situam os equipamentos de projeção

cinematográfica deverão atender regulamentação federal específica.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 300

Art. 136 . Os camarins dos teatros serão providos de instalações sanitárias privativas.

Art. 137 . Os estádios, além das demais condições estabelecidas por este regulamento,

obedecerão, ainda, às seguintes:

I. as entradas e saídas só poderão ser feitas através de rampas. Essas rampas terão

a soma de suas larguras calculadas na base de 1,40m (um metro e quarenta

centímetros) para cada 1.000 (um mil espectadores), não podendo ser inferior a

2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros);

II. para o cálculo da capacidade das arquibancadas gerais serão admitidas para cada

metro quadrado, 2 (duas) pessoas sentadas ou 3 (três) em pé.

Art. 138 . Os auditórios dos estabelecimentos de ensino terão área útil não inferior a 0,80m²

(oitenta centímetros quadrados) por pessoa, observando-se ventilação adequada e

perfeita visibilidade da mesa, quadros ou telas de projeção, para todos os

espectadores.

SUBSEÇÃO II

DOS PARQUES DE DIVERSÕES

Art. 139 . A instalação do parque de diversões - lugar amplo, com equipamento mecanizado ou

não, com finalidade recreativa - deverá obedecer às seguintes disposições:

I. o material dos equipamentos será incombustível;

II. serão obrigatorios vãos de “entrada” e “saída” independentes;

III. os equipamentos devem estar em perfeito estado de conservação e funcionamento;

IV. ter compartimentos sanitários.

Art. 140 . Os interessados deverão apresentar ART da estrutura metálica quando existente, da

parte elétrica, de montagem e da prevenção de incêndios, para evitar riscos à

população.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 301

Parágrafo Único. Os parques de diversões só serão liberados para

funcionamento após vistoria pelo Órgão Sanitário Municipal competente, demais órgãos

municipais envolvidos e fiscais do Corpo de Bombeiros e, se for o caso, da Polícia Civil e

Militar.

SUBSEÇÃO III

DOS CIRCOS E DAS FEIRAS DE EXPOSIÇÕES

Art. 141 . A armação e montagem de circos e feiras de exposições atenderão às seguintes

condições:

I. Haverá obrigatoriedade de vãos de “entrada” e “saída” independentes;

II. A largura dos vãos de entrada e saída será proporcional a 1,00m (um metro) para

cada 100 (cem) pessoas, não podendo, todavia, ser inferior a 3,00m (três metros)

para cada vão;

III. A largura das passagens de circulação será proporcional a 1,00m (um metro) para

cada 100 (cem) pessoas, não podendo, todavia, ser inferior a 2,00m (dois metros);

IV. A capacidade máxima de espectadores permitida será proporcional a 2 (duas)

pessoas sentadas, por metro quadrado de espaço destinado a espectadores;

V. A segurança dos funcionários, artistas e do público, far-se-á conforme o disposto no

Artigo 139.

VI. Cumprimento do disposto no artigo 140 deste Código;

VII. Possuir compartimentos sanitários separados por sexo;

Parágrafo único. Os circos somente serão liberados para funcionamento após vistoria

do órgão municipal competente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 302

SUBSEÇÃO IV

DAS FEIRAS LIVRES

Art. 142 . A Municipalidade determinará locais e horários para realização de Feiras Livres.

Art. 143 . As barracas serão conforme o modelo estabelecido pela Municipalidade.

Art. 144 . Quando se tratar de local fixo, deverá dispor de sanitários masculino e feminino.

SUBSEÇÃO V

DAS FEIRAS DE EXPOSIÇÃO PERMANENTE

Art. 145 . Os boxes e stands de feiras e exposições, instalados internamente em edificações e

dispostos na forma de blocos ou conjuntos, separados por paredes divisórias leves,

deverão observar o seguinte:

I. possuir sanitário masculino e feminino, para atendimento ao público, com 2 (dois)

vasos sanitários e um lavatório cada um, para o limite de até 10 (dez) boxes e stand

e mais um vaso para cada fração de 10 (dez);

II. possuir circulação entre boxes ou stands com largura mínima de até 2,50m (dois

metros e cinqüenta centímetros) para extensão de até 15,00 m (quinze metros),

sendo esta largura acrescida em 10% (dez por cento) a cada fração de 5,00 m

(cinco metros) acima dos 15,00m (quinze metros);

III. a cada extensão de 15,00m (quinze metros) de circulação, possuir área de no

mínimo de 18,00m² (dezoito metros quadrados), destinada ao uso público.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 303

SUBSEÇÃO VI

DAS PISCINAS PÚBLICAS

Art. 146 . No projeto e construção de piscinas públicas, serão observadas condições que

assegurem:

I. facilidade de limpeza;

II. distribuição e circulação satisfatória de água;

III. impedimento de refluxo das águas de piscinas para a rede de abastecimento e

quando houver calhas, destas para o interior da piscina;

IV. instalação completa de tratamento de água (correção do PH e desinfecção);

V. ducha para banho anterior ao de piscina;

VI. existência de sanitários e vestiários masculinos e femininos na proporção conforme

artigo 66 deste Código;

VII. existência de lava-pés.

Art. 147 . As piscinas destinadas ao aprendizado, mesmo que de particulares, estão sujeitas ao

que especifica o artigo anterior.

Parágrafo único. O não cumprimento do que especifica este artigo implica na não

liberação do alvará de funcionamento.

CAPÍTULO III

DAS EDIFICAÇÕES DE USOS ESPECIAIS DIVERSOS

Art. 148 . Enquadram-se neste Capítulo as edificações destinadas a:

I. Cemitérios;

II. Abatedouros;

III. Depósitos de explosivos, munições e inflamáveis;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 304

IV. Depósitos de gás (GLP);

V. Depósitos de armazenagem;

VI. Postos de serviços e de abastecimento de veículos;

VII. Quartéis e Corpos de Bombeiros;

VIII. Penitenciária e casa de detenção;

IX. Mobiliário urbano.

Art. 149 . Todas as edificações citadas no artigo anterior deverão observar as exigências

quanto a estacionamento, especificadas neste Código e legislação específica.

SEÇÃO I

DOS CEMITÉRIOS

Art. 150 . Os cemitérios deverão ser construídos em áreas elevadas, na contravertente das

águas que possam alimentar poços e outras fontes de abastecimento.

§1º. Os projetos para implantação de cemitérios deverão ser dotados de drenagem de

águas superficiais, bem como de sistema independente para a coleta e tratamento

dos líquidos liberados pela decomposição dos cadáveres.

§2º. Os projetos para implantação de cemitérios deverão atender ainda as exigências

do Código Sanitário do Estado e demais regulamentações específicas.

Art. 151 . A área dos cemitérios deverá ser toda murada sendo ainda dotada de:

I. Sanitários masculino e feminino;

II. Local para a administração;

III. Torneira para procedimento de limpeza e luz elétrica;

IV. Depósito de materiais e ferramentas;

V. Local para culto;

VI. Capela mortuária, contendo sala de vigília, sala de descanso, instalações sanitárias

para o público, separadas por sexo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 305

SEÇÃO II

DOS ABATEDOUROS

Art. 152 . As edificações destinadas a abatedouros deverão atender, além das normas da

presente lei, as exigências do Código de Posturas e das legislações estaduais e

federais pertinentes.

SEÇÃO III

DOS DEPÓSITOS DE EXPLOSIVOS, MUNIÇÕES E INFLAMÁVEIS

Art. 153 . As edificações para depósito de explosivos e munições observarão as normas

estabelecidas em regulamentação própria do Ministério do Exército, e para

inflamáveis, as normas dos órgãos Federais e Estaduais competentes.

§1º. Os locais para armazenagem de inflamáveis ou explosivos deverão estar

protegidos com pára-raios de construção adequada, a juízo da autoridade competente.

§2º. Os locais para armazenagem de materiais explosivos, químicos e outros, que em

contato com a água de enchentes possam causar danos à saúde pública deverão

estar acima da cota de 6,00m (seis metros), cota máxima de enchente.

§3º. Os depósitos de explosivos e inflamáveis deverão ter afastamento mínimo de

80,00m (oitenta metros) de escolas, asilos, creches, e hospitais, o qual será medido

entre o ponto de instalação do depósito e o terreno dos citados.

§5º. As edificações citadas neste artigo deverão ainda atender as exigências do Corpo

de Bombeiros.

Art. 154 . As edificações de que trata esta seção só poderão ser construídas em zonas nas

quais esses usos são permitidos, conforme a Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação

do Solo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 306

Parágrafo único. As edificações de que trata esta seção poderão ser construídas em

outras áreas não definidas no zoneamento somente em casos especiais e em instalações

militares, mediante análise e aprovação do Município.

Art. 155 . O pedido de aprovação do projeto deverá ser instruído com a especificação da

instalação, mencionando o tipo do produto, a natureza e capacidade dos tanques ou

recipientes, aparelhos de sinalização, assim como todo aparelho ou maquinário a ser

empregado na instalação.

§1º. São considerados como inflamáveis, para efeito da presente lei, os líquidos que

tenham seu ponto de inflamabilidade acima de 93°C (noventa e três graus

centígrados), entendendo-se como tal a temperatura em que o líquido emite vapores

em quantidade em que possam inflamar-se no contato da chama.

§2º. Para efeito desta lei, não são considerados depósitos de inflamáveis os

reservatórios das colunas de abastecimento de combustível, os reservatórios e

autoclaves empregados na fusão de materiais gordurosos, fábrica de velas, sabões,

limpeza a seco, bem como tanques de gasolina, essência ou álcool, que façam parte

de motores de explosão ou combustão interna, em qualquer parte em que estejam

instalados.

SEÇÃO IV

DOS DEPÓSITOS DE GÁS (GLP)

Art. 156 . Em todas as áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, deverão

ser observadas as condições da norma de segurança contra incêndios do Corpo de

Bombeiros e as normas dos órgãos estaduais e federais competentes.

Art. 157 . Toda a área do depósito deverá ser delimitada por cerca de arame, muro ou similar.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 307

SEÇÃO V

DOS DEPÓSITOS DE ARMAZENAGEM

Art. 158 . Quando os depósitos de armazenagem se utilizarem de galpões, estes deverão

satisfazer todas as condições estabelecidas neste Código.

§1º. Qualquer depósito de armazenagem deverá ser devidamente cercado no

alinhamento do logradouro com altura mínima de 2,00m (dois metros).

§2º. A carga e descarga de quaisquer mercadorias deverá ser feita no interior do lote.

SEÇÃO VI

DOS ESTABELECIMENTOS DESTINADOS AO COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS MINERAIS E SERVIÇOS CORRELATOS

SUBSEÇÃO I

DAS NORMAS GERAIS

Art. 159 . São estabelecimentos de comércio varejista de combustíveis e serviços correlatos:

I. Postos de abastecimento;

II. Postos de serviços;

III. Posto garagem.

§1º. Posto de Abastecimento é o estabelecimento que se destina à venda, no varejo,

de combustíveis minerais, álcool etílico hidratado e óleos lubrificantes.

§2º. Posto de Serviço é o estabelecimento que além de exercer as atividades previstas

para Posto de Abastecimento, oferece serviços de lavação, lubrificação de veículos e

outros serviços correlatos;

§3º. Posto Garagem é o estabelecimento que, além de exercer as atividades previstas

para Posto de Abastecimento, oferece também áreas destinadas à guarda de veículos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 308

Art. 160 . Aos Postos de Abastecimento serão permitidas as seguintes atividades:

I. abastecimento de combustíveis;

II. troca de óleos lubrificantes, em área apropriada e com equipamento adequado;

III. comércio de:

a) acessórios e peças de pequeno porte e fácil reposição;

b) utilidades relacionadas com higiene e segurança dos veículos;

c) pneus, câmara de ar e prestação de serviços de borracharia;

d) jornais, revistas, mapas, roteiros turísticos e souvenirs;

e) lanchonete, sorveteria e restaurante.

Art. 161 . Aos Postos de Serviços, além das atividades previstas no artigo anterior, será

permitida a lavagem e a lubrificaçao de veículos.

Art. 162 . Aos Postos Garagens, além das atividades relativas aos postos de serviços, serão

permitidos:

I. guarda de veículos;

II. lojas para exposição.

Art. 163 . O Município, por meio do órgão competente, exigirá medidas especiais de proteção e

isolamento para a instalação de postos de abastecimento, posto de serviços e posto

garagem, considerando.

I. Sistema viário e possíveis perturbações ao tráfego;

II. Possível prejuízo à segurança, sossego e saúde dos moradores do entorno;

III. Efeitos poluidores e de contaminação e degradação do meio ambiente.

Art. 164 . As edificações destinadas comércio varejista de combustíveis e serviços correlatos,

além do disposto nesta Lei, deverão obedecer á regulamentação federal especifica,

além das exigências do Corpo de Bombeiros.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 309

Art. 165 . Os postos de abastecimento à margem das rodovias estaduais estão sujeitos às

normas do Estado quanto à localização em relação às pistas de rolamento e às

condições mínimas do acesso.

Art. 166 . Instalação e depósitos de combustíveis ou inflamáveis obedecerão às normas técnicas

específicas, além das prevista na Lei do Sistema Viário.

SUBSEÇÃO II

DAS INSTALAÇÕES

Art. 167 . As instalações para limpeza de carros, lubrificação e serviços correlatos não poderão

ficar a menos de 4,00m (quatro metros) de afastamento dos prédios vizinhos.

Parágrafo único. Quando os serviços de lavagem e lubrificação estiverem localizados a

menos de 4,00m (quatro metros) das divisas, deverão ser efetuados em recintos cobertos e

fechados nessas divisas.

Art. 168 . Os postos de serviços e de abastecimento de veículos deverão possuir instalações

sanitárias com chuveiro para uso dos empregados, além de instalações sanitárias para

os usuários, separadas por sexo, bem como independentes daquelas destinadas ao

uso dos empregados.

Art. 169 . As instalações nos estabelecimentos de comércio varejista de combustível mineral,

álcool etílico hidratado, combustível e serviços correlatos obedecerão as prescrições

fixadas pela ABNT.

Art. 170 . O requerimento para instalação de estabelecimento de comércio de combustível

deverá ser acompanhado de planta de localização dos aparelhos, devidamente

cotados.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 310

SUBSEÇÃO III

DA LOCALIZAÇÃO

Art. 171 . Somente serão aprovados projetos para a construção de estabelecimento de comércio

varejista de combustíveis e serviços na área urbana se atendidas as seguintes

exigências:

I. Rua possuir largura mínima de 12m (doze metros), incluindo passeio;

II. Não causar congestionamento nem pertencer a cruzamentos definido pelo uso como

conflitante;

III. Se localizados na BR-277, PR-407 e demais Vias Estruturais, quando necessário.

deverão possuir trevo ou estar interligado com via marginal, mediante ainda parecer

do Departamento Estadual Competente;

IV. Se localizados em terrenos de esquina, devem possuir 40m (quarenta metros) de

testada para a frente principal e no mínimo 30m (trinta metros) para ruas

secundárias;

V. Para terrenos em meio de quadra, a testada do lote deve ser de no mínimo 60m

(sessenta metros);

VI. A área de projeção da edificação não deverá ser inferior a 250m² (duzentos e

cinqüenta metros quadrados) e nem superior a 50% (cinqüenta por cento) da área

do terreno.

Parágrafo único. Cabe à Municipalidade a definição de aspectos que possam gerar

dúvidas, bem como elaborar a análise justificativa de sua decisão.

SUBSEÇÃO IV

DO MEIO FIO E PASSEIOS

Art. 172 . Quando não houver muros no alinhamento do lote, este terá uma mureta com 30cm

(trinta centímetros) de altura para evitar a passagem de veículos sobre o passeio.

Art. 173 . O rebaixamento dos meios-fios para o acesso aos postos será executado mediante

alvará a ser expedido pela Municipalidade, obedecidas as seguintes condições:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 311

I. Em postos de abastecimento de meio de quadra, o rebaixamento será feito em dois

trechos de no máximo 8m (oito metros) cada um, junto às divisas laterais do terreno;

II. Em postos de abastecimento situados nas esquinas poderá haver mais um trecho

de 8m (oito metros) de meio fio rebaixado, desde que haja uma distância de 5m

(cinco metros) um do outro.

§1º. Não haverá sob hipótese alguma, rebaixamento de meio-fio nas curvas de

concordância e a mais de um metro de cada curva. Nesta situação deverá haver passeio e

faixa de travessia para pedestres.

§2º. Os postos existentes, na data da publicação deste Código, terão o prazo de 6 (seis)

meses para adaptarem-se ao que determina este artigo, sob pena de cassação da licença para

localização e funcionamento do estabelecimento.

SUBSEÇÃO V

DO ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO

Art. 174 . Não será concedido alvará de licença para as atividades mencionadas neste Código

sem que o requerente tenha o seu projeto de edificação aprovado pela Municipalidade.

Art. 175 . As transgressões às exigências prescritas nesta Subseção sujeitarão os infratores à

multa por infração, prevista por este Código, acrescida em 20% (vinte por cento) em

caso de reincidência.

Parágrafo único. Se a multa revelar-se inócua para fazer cessar a infração, o órgão

competente poderá efetuar cassação de licença para localização do estabelecimento.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 312

SEÇÃO VII

QUARTÉIS E CORPO DE BOMBEIROS

Art. 176 . As edificações destinadas a abrigar Quartéis e Corpo de Bombeiros obedecerão às

normas que regem os compartimentos da edificação, constantes deste Código, além

da regulamentação específica.

SEÇÃO VIII

PENITENCIÁRIA E CASA DE DETENÇÃO

Art. 177 . Penitenciária e Casa de Detenção são estabelecimentos oficiais que abrigam

condenados à detenção ou reclusão.

Art. 178 . As normas para construção de Penitenciárias e Casas de Detenção serão

estabelecidas pelo órgão estadual competente e as partes dessas edificações

destinadas a administração e serviços, serão regidas pelas normas constantes deste

Código.

CAPÍTULO VI

DAS EDIFICAÇÕES MISTAS

Art. 179 . As edificações mistas são aquelas destinadas a abrigar as atividades de diferentes

usos.

Art. 180 . Nas edificações mistas onde houver uso residencial serão obedecidas as seguintes

normas:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 313

I. no pavimento de acesso e ao nível de cada piso, os halls, as circulações,

horizontais e verticais, relativas a cada uso, serão obrigatoriamente independentes

entre si;

II. os pavimentos destinados ao uso residencial serão agrupados continuamente

horizontal ou verticalmente na mesma prumada;

III. as vagas de estacionamento serão separadas, sendo que no caso de uso misto com

garagens ou estacionamentos com finalidade comercial, os acessos às vagas serão

independentes e diferenciados.

Parágrafo Único - Será permitido o uso de um único acesso e uma única circulação

vertical, quando não exceder a 4 (quatro) pavimentos, e as unidades residenciais estiverem

localizadas nos últimos pavimentos, os quais deverão ter uso exclusivamente residencial.

CAPÍTULO VII

MOBILIÁRIO URBANO

Art. 181 . O mobiliário urbano deverá ser construído atendendo normas técnicas da ABNT, em

especial a NBR 9050/1985, que trata da adequação das edificações e do mobiliário

urbano à pessoa deficiente.

Parágrafo único. A instalação de equipamentos ou mobiliário de uso comercial ou de

serviços, em logradouro público reger-se-á pelo Código de Posturas, obedecidos os critérios de

localização e uso aplicáveis a cada caso.

CAPÍTULO VIII

DAS ÁREAS DE LAZER E RECREAÇÃO

Art. 182 . Todos os conjuntos habitacionais ou agrupamentos residenciais – casas, casas em

série, edifícios de habitação coletiva, quitinetes, apart-hotel, “flat-service” – com cinco

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 314

ou mais unidades de moradia, deverão ter uma área mínima destinada à recreação e

ao lazer, que deverá obedecer aos seguintes requisitos mínimos:

I. 6 m² (seis metros quadrados) de área para recreação por unidade de moradia; não

podendo ter área inferior a 40,00m² (quarenta metros quadrados);

II. Localização de áreas sempre isoladas e contínuas, sobre os terraços ou ainda do

térreo, desde que protegidas de ruas, locais de acesso e estacionamento para

veículos.

Parágrafo único. A área destinada a recreação e lazer em nenhuma hipótese poderá

receber outra finalidade.

Art. 183 . Todo estabelecimento de ensino deverá atender às seguintes condições em relação a

locais de recreio, esporte, parques infantis e congêneres:

I. Ter área coberta para educação física e festividades com dimensões mínimas de

10,00m (dez metros) de largura e 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) de

altura;

II. Ter área descoberta para recreio e esporte com 3,00m² (três metros quadrados) a

5,00m² (cinco metros quadrados) por aluno e/ou quadra cimentada de 20,00m (vinte

metros) por 30,00m (trinta metros);

III. Ter zonas sombreadas e ensolaradas e protegidas de ventos frios;

IV. Ter quadras orientadas para norte/sul.

§1º. As escolas ao ar livre, parques infantis e congêneres obedecerão às exigências

deste regulamento, no que couber, obedecendo as especificações contidas no regulamento

referente a locais de lazer.

§2º. Nos estabelecimentos de ensino escolar é obrigatória a existência de local coberto

para recreio, com área mínima de 1/3 da soma das áreas das salas de aula.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 315

TÍTULO IV

DAS EDIFICAÇÕES

CAPÍTULO I

DO PREPARO DO TERRENO, ESCAVAÇÕES E SUSTENTAÇÃO DE TERRA

Art. 184 . Na execução do preparo do terreno e escavações, serão obrigatórias as seguintes

precauções:

I. Evitar que as terras ou outros materiais alcancem o passeio ou o leito do

logradouro;

II. A retirada dos materiais escavados deve ser realizado com destino a critério da

Municipalidade, sem causar quaisquer prejuízos a terceiros e meio ambiente;

III. Adoção de providências que se façam necessárias para a sustentação dos prédios

vizinhos limítrofes.

Art. 185 . Os proprietários de terrenos deverão efetuar a fixação, estabilização ou sustentação

das respectivas terras ou de terceiros, se colocadas em risco, por meio de obras e

medidas de precaução contra erosão do solo, desmoronamento de terras, escoamento

de materiais, detritos e lixo para as valas, sarjetas e canalizações, pública ou

particular, e logradouros públicos.

Art. 186 . Os movimentos de terra observarão ainda o seguinte:

I. Os cortes e aterros não terão altura contínua superior a 3 (três metros), em qualquer

ponto, exceto quando necessariamente comprovados para execução de:

a) garagens embutidas ou semi-embutidas;

b) embasamento com pavimento exclusivamente destinado a estacionamento ou

guarda de veículos;

c) obras de contenção indispensáveis à segurança ou à regularização de encostas;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 316

II. Aos cortes corresponderão patamares horizontais na proporção de 2/1 (dois por

um);

III. Os cortes e aterros que resultarem inclinação de até 30% (trinta por cento) em

relação à horizontal deverão ter contenção vegetal.

IV. Os cortes e aterros que resultarem inclinação superior a 30% (trinta por cento)

serão objeto de contenção de engenharia com cortina de pedra, concreto armado ou

gabião, sendo que sua execução deverá ser acompanhada por profissional

competente da área.

Parágrafo único. Em nenhum caso os cortes e aterros ficarão a descoberto.

Art. 187 . Serão observadas, ainda, no que couber, a Lei de Parcelamento do Solo Urbano e a

Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, quanto ao disposto na presente

seção.

Art. 188 . A Municipalidade deverá instituir multa e cassar o licenciamento da terraplanagem,

bem como o da pessoa física ou jurídica que estiver realizando o serviço, quando este

estiver em desacordo com a aprovação do projeto.

Art. 189 . As pessoas físicas ou jurídicas, de que trata esta Seção, deverão ter licenciamento

anual da Municipalidade para operarem no Município.

Art. 190 . A responsabilidade das obras efetuadas por máquinas de terraplanagem é exclusiva

do proprietário do imóvel.

Parágrafo único. O projeto aprovado pela Municipalidade deverá obrigatoriamente ser

mantido na obra.

Art. 191 . É expressamente proibida a abertura de ruas quando não previstas pelo Plano Diretor

ou não pertencerem a projetos de loteamentos aprovados pela Municipalidade.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 317

CAPÍTULO II

DAS FUNDAÇÕES

Art. 192 . O projeto e execução de uma fundação, assim como as respectivas sondagens, o

exame de laboratório, provas de carga e outras que se fizerem necessárias, serão

feitas de acordo com as normas adotadas ou recomendadas pela ABNT e por

profissionais devidamente habilitados.

CAPÍTULO III

DAS ESTRUTURAS

Art. 193 . O projeto e a execução de uma estrutura obedecerá às normas da ABNT.

Art. 194 . A movimentação dos materiais e equipamentos necessários à execução de uma

estrutura deverá ser sempre feita dentro do espaço aéreo delimitado pelas divisas do

lote, ou em lotes de terceiros quando por eles autorizado.

Art. 195 . Na impossibilidade do cumprimento do disposto no artigo anterior, a Municipalidade

definirá a solução mais adequada.

CAPÍTULO IV

DAS PAREDES

Art. 196 . As paredes, quando executadas em alvenaria comum deverão ter espessura mínima

de:

I. Externa - 0,20m (vinte centímetros);

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 318

II. Interna - 0,12m (doze centímetros).

Art. 197 . Quando forem empregadas paredes autoportantes em uma edificação, serão

obedecidas as respectivas normas da ABNT, para os diferentes tipos de material

utilizado.

Art. 198 . Todas as paredes, quando executadas em alvenaria, serão revestidas internamente e

externamente de emboço e reboco.

Parágrafo único. O revestimento será dispensado:

I. Quando a alvenaria for convenientemente rejuntada e receber cuidadosamente

acabamento;

II. Em se tratando de parede de concreto que haja recebido tratamento de

impermeabilidade;

III. Quando convenientemente justificado no Projeto;

IV. Quando se tratar de tijolo à vista tratado;

V. Quando se tratar de outro material adequado para divisórias.

Art. 199 . Em edificações geminadas, a parede de divisa entre as unidades deverá passar no

mínimo 20 cm (vinte centímetros) acima da cobertura.

Art. 200 . Uma edificação quando construída nas divisas laterais do lote não poderá ocupar com

parede cega da edificação mais que 75% (setenta e cinco por cento) do comprimento

total da linha divisória.

Art. 201 . As paredes cegas que constituírem divisões entre habitações distintas, ou estejam nas

divisas do lote deverão ter no mínimo 18 cm (dezoito centímetros) de espessura.

Parágrafo único. As espessuras poderão ser alteradas quando forem utilizados

materiais de natureza diversa, desde que possuam, comprovadamente, no mínimo, os mesmos

índices de resistência, impermeabilidade, isolamento térmico e acústico, conforme o caso.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 319

CAPÍTULO V

DO FORRO, PISO E ENTREPISO

Art. 202 . O forro das edificações será incombustível, excetuando-se residências unifamiliares.

Parágrafo único. O forro das edificações residenciais unifamiliares, caso não seja em

plano horizontal, terá como altura mínima o estabelecido no Anexo I deste Código, sendo

nunca inferior a 2,20m (dois metros e vinte centímetros).

Art. 203 . Os entrepisos das edificações serão incombustíveis, tolerando-se entrepisos de

madeiras ou similar em edificações de até dois pavimentos, unifamiliares e isoladas

das divisas do lote.

Art. 204 . Os entrepisos que constituírem passadiços, galerias ou jiraus em edificações

ocupadas por casas de diversões, sociedades, clubes e edificações residenciais

multifamiliares, deverão ser incombustíveis.

Art. 205 . Os pisos deverão ser convenientemente tratados, obedecendo a especificação técnica

do projeto.

CAPÍTULO VI

DAS COBERTURAS

Art. 206 . As coberturas das edificações serão construídas com materiais que permitam:

I. perfeita impermeabilização;

II. isolamento térmico.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 320

Art. 207 . Nas edificações destinadas a locais de reunião e trabalho, as coberturas serão

construídas em material incombustível.

Art. 208 . As águas pluviais provenientes das coberturas serão esgotadas dentro dos limites do

lote, não sendo permitido o deságue sobre os lotes vizinhos ou sobre o passeio.

CAPÍTULO VII

DAS PORTAS

Art. 209 . As portas de acesso às edificações, bem como as passagens ou corredores, terão

largura suficiente para o escoamento dos compartimentos ou setores da edificação a

que dão acesso, exceto para as atividades específicas detalhadas na própria Seção:

§1º. Quando de uso privativo, a largura mínima das portas será de 80 cm (oitenta

centímetros).

§2º. As portas de acessos a gabinetes sanitários e banheiros terão largura mínima de

60 cm (sessenta centímetros).

§3º. As portas dos estabelecimentos educacionais deverão seguir os seguintes

parâmetros:

I. as portas de comunicação dos ambientes com as circulações deverão ter largura

mínima de 90 cm (noventa centímetros);

III. as aberturas de entrada e saída do estabelecimento deverão ter largura mínima

de 3,00m (três metros).

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 321

CAPÍTULO VIII

DAS CIRCULAÇÕES EM UM MESMO NÍVEL

Art. 210 . As circulações em um mesmo nível, de utilização privativa em uma unidade residencial

ou comercial, terão largura mínima de 90 cm (noventa centímetros) para uma

extensão até 6,00m (seis metros), sendo que, excedido este comprimento, haverá um

acréscimo de 5 cm (cinco centímetros) na largura, para cada metro ou fração de

excesso.

Art. 211 . Os corredores de utilização coletiva terão as seguintes dimensões mínimas:

I. Uso residencial - largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para uma

extensão máxima de 10,00m (dez metros). Excedido esse comprimento, haverá um

acréscimo de 5 cm (cinco centímetros) na largura, para cada metro ou fração de

excesso;

II. Uso comercial - largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para uma

extensão máxima de 10,00m (dez metros). Excedido esse comprimento, haverá um

acréscimo de 10 cm (dez centímetros) na largura, para cada metro ou fração de

excesso;

III. Uso educacional:

a) largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para

corredores e passagens de uso coletivo;

b) nas áreas de circulação que servem às salas de aula, deverá haver um acréscimo

na largura de 20 (vinte centímetros) por sala, até o máximo de 3,50m (três metros e

cinqüenta centímetros);

c) acréscimo de 52 cm (cinqüenta centímetros) por lado utilizado, caso seja instalado

armário ou vestiário.

IV. O acesso aos locais de reunião, deverá obedecer a largura mínima de 2,50m (dois

metros e cinqüenta centímetros) para os locais cuja área destinada à assentos seja

igual ou inferior a 500,00m² (quinhentos metros quadrados). Excedida esta área,

haverá um acréscimo de 5 cm (cinco centímetros) na largura para cada metro

quadrado de excesso;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 322

V. Nos hotéis e motéis, a largura mínima será de 1,80m (um metro e oitenta

centímetros) para uma extensão máxima de 15,00m (quinze metros). Excedido este

comprimento, haverá um acréscimo de 10 cm (dez centímetros) na largura para cada

metro ou fração;

VI. As galerias de lojas comerciais terão a largura mínima de 2,50m (três metros) para

cada extensão de no máximo 15,00m (quinze metros);

VII. Os auditórios, cinemas, ginásios esportivos, halls de convenções e salões de

exposições, obedecerão as seguintes condições quanto às circulações e portas de

acesso:

a) Haverá sempre mais de uma porta de saída e cada uma delas não poderá

ter largura inferior a 2,00 m (dois metros);

b) A soma das larguras de todas as portas de saídas equivalerá a uma largura

total correspondente 1 cm (um centímetro) por espectador;

c) O dimensionamento das portas de saídas independe daquele considerado

para as portas de entrada;

d) As portas de saída terão a inscrição “Saída”, sempre luminosa, e deverão

abrir sempre para o exterior do recinto;

e) Os corredores de acesso aos locais de reunião, deverão obedecer a largura

mínima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) para os locais cuja área

destinada a assentos seja igual ou inferior a 500,00 m² (quinhentos metros

quadrados). Excedida esta área haverá um acréscimo de 5 cm (cinco centímetros) na

largura para cada metro quadrado de excesso.

f) As circulações internas à sala de espetáculos de até 100 (cem) lugares, terão

nos seus corredores longitudinais e transversais largura mínima de 1,50m (um metro

e cinqüenta centímetros). Estas larguras mínimas serão acrescidas de 0,10m (dez

centímetros) por fração de 50 (cinqüenta) lugares.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 323

SEÇÃO ÚNICA

DOS HALLS

Art. 212 . O Hall é o elemento de circulação que estabelece a conexão das circulações verticais

com as de um mesmo nível, apresentando-se como:

I. hall do pavimento de acesso que faz conexão com o logradouro;

II . hall de cada pavimento.

Art. 213 . Nos edifícios de uso comercial, o hall do pavimento de acesso e o hall de cada

pavimento deverá ter área proporcional ao mínimo de elevadores de passageiros e ao

número de pavimentos da edificação. Essa área “S” deverá ter uma dimensão linear

mínima “D”, perpendicular às portas dos elevadores e que deverá ser mantida até o

vão de acesso do hall.

Art. 214 . As áreas e distâncias mínimas a que se refere o artigo anterior atenderão ao disposto

no quadro seguinte a ainda ao valor de 10% (dez por cento) a mais sobre os índices

estabelecidos para 3 elevadores, para cada elevador acima de 3 unidades:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 324

Parágrafo único. Para as edificações até 8 pavimentos em lotes com área máxima de

180,00 m² (cento e oitenta metros quadrados), os valores “S” e “D” serão 4,00 m² (quatro

metros quadrados) e 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), respectivamente.

Art. 215 . Nos edifícios residenciais dotados de elevadores, o hall do pavimento de acesso

poderá ter área igual a do hall de cada pavimento. Essa área “S2” e sua dimensão

“D2” linear perpendicular às portas dos elevadores não poderão ter dimensões

inferiores às estabelecidas no quadro seguinte e ainda a 10% a mais sobre os índices

estabelecidos para 3 elevadores, para cada elevador acima de 3 unidades:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 325

Número de Pavimentos Número de Elevadores

1 2 3 Acima de 3

Hall

do

pavim

ento

de a

cesso

Até 5

pavimentos

S m²

D m

3

1,5

6

1,5

9

1,5

+ 10%

+ 10%

de 6 a 12

pavimentos

S m²

D m

3

1,5

6

1,5

9

1,5

+ 10%

+ 10%

Parágrafo único. Para as edificações até 8 (oito) pavimentos em lotes com área

máxima de 180,00 m² (cento e oitenta metros quadrados), os valores de “S2” e “D2” serão de

3,00 m² (três metros quadrados) e 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros),

respectivamente.

Art. 216 . No caso das portas dos elevadores serem fronteiras umas às outras, as distâncias “D”

e “D2” estabelecidas nos artigos 214 e 215 serão acrescidas de 50% (cinqüenta por

cento).

Art. 217 . Nos edifícios servidos apenas por escadas e/ou rampas, serão dispensados halls em

cada pavimento, mas o hall de acesso não poderá ter largura inferior a 1,50 m (um

metro e cinqüenta centímetros).

Art. 218 . Nos edifícios, seja de uso residencial, seja de uso comercial, haverá, obrigatoriamente,

interligação entre o hall de cada pavimento e a circulação vertical, seja esta por meio

de escada, seja por meio de rampas.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 326

Art. 219 . As dimensões mínimas dos halls e circulações estabelecidas nesta Seção

determinarão espaços livres e obrigatórios, não sendo permitida a existência de

qualquer obstáculo de caráter permanente ou transitório.

CAPÍTULO IX

DA CIRCULAÇÃO DE NÍVEIS DIFERENTES

Art. 220. Os elementos de circulação que estabelecem a ligação de dois ou mais níveis

consecutivos são:

I. escadas;

II. rampas;

III. escadas rolantes;

IV. elevadores.

SEÇÃO I

DAS ESCADAS

Art. 220 . As escadas podem ser privativas quando adotadas para acesso interno das

residências e de uso exclusivo de uma unidade autônoma ou coletiva quando

adotadas para acesso às diversas unidades autônomas e acessos internos de uso

comum.

Art. 221 . As escadas de uso privativo, dentro de uma unidade familiar, bem como as de uso

nitidamente secundário e eventual, como as de adega, pequenos depósitos e casas de

máquinas, poderão ter sua largura reduzida para um mínimo de 70 cm (setenta

centímetros).

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 327

Art. 222 . As escadas de uso coletivo nas edificações em geral, terão largura mínima de 1,20m

(um metro e vinte centímetros) e deverão ser construídas com material resistente e

incombustível;

§1º. Nas edificações destinadas a locais de reunião, o dimensionamento das escadas

deverá atender ao fluxo de circulação de cada nível contíguo (superior ou inferior) de

maneira que no nível de saída do logradouro haja sempre um somatório de fluxos

correspondentes à lotação total.

§2º. As escadas de acesso às localidades elevadas nas edificações que se destinam a

locais de reunião deverão atender as seguintes normas:

I. ter largura mínima de 2,00m (dois metros);

II. o lance extremo que se comunicar com a saída deverá estar orientado na direção

desta.

§3º. Nos estádios, as escadas das circulações dos diferentes níveis deverão ter

largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para cada mil pessoas e

nunca inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

§4º. Nas escadas de uso coletivo, sempre que o número de degraus consecutivos

exceder a 16 (dezesseis) será obrigatório intercalar um patamar com extensão mínima

de 0,80m (oitenta centímetros) e com a mesma largura do degrau.

§5º. Nas escadas circulares coletivas deverá ficar assegurada uma faixa de 1,20 m

(um metro e vinte centímetros) de largura, na qual os pisos dos degraus terão as

profundidades mínimas de 0,20m (vinte centímetros) e 0,40m (quarenta centímetros)

nos bordos internos e externos, respectivamente.

§6º. As escadas dos estabelecimentos de ensino deverão observar, além do disposto

nos incisos anteriores do presente artigo, o seguinte:

I. largura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros);

II. piso revestido com material antiderrapante e adequado à sua finalidade;

III. corrimão com altura de 85 cm (oitenta e cinco centímetros);

IV. lances retos, números de degraus não superior a 10 (dez);

V. patamares planos entre os andares, quando necessário, de no mínimo 1,50m (um

metro e cinqüenta centímetros);

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 328

VI. corrimão intermediário para escadas com largura superior a 2,50m (dois metros e

cinqüenta centímetros), não ultrapassando as subdivisões de 1,50m (um metro e

cinqüenta centímetros) de largura;

VII. terão iluminação natural, direta ou indireta.

§7º. Os degraus de escadas de uso coletivo não poderão ser desenvolvidos em

leques.

Art. 223 . As dimensões dos degraus das escadas coletivas e privativas deverá satisfazer,

em conjunto, a relação:

0,63 m < 2E + P < 0,64m onde “E “ equivale a altura ou espelho e “P “ a profundidade

do piso obedecendo os seguintes limites:

I. a altura máxima do degrau será de 0,18m (dezoito centímetros) e a largura mínima

será de 0,27m (vinte e sete centímetros) para escadas de uso coletivo;

II. para edificações unifamiliares, nas escadas de uso privativo, a altura máxima

será de 19,00 cm (dezenove centímetros) e largura mínima de 0,25 cm (vinte e

cinco centímetros).

Art. 224 . As escadas do tipo “marinheiro”, “caracol” ou “leque” só serão permitidas para acesso

a torres, adegas, mezaninos, casa de máquinas, sobrelojas ou antepisos de uma

mesma unidade residencial;

Art. 225 . As escadas deverão oferecer passagem livre com altura nunca inferior a 2,20m (dois

metros e vinte centímetros).

Art. 226 . As escadas de uso comum ou coletivo terão obrigatoriamente corrimão (mesmo entre

paredes) de ambos os lados, obedecendo aos requisitos seguintes:

I. manter-se-ão a uma altura constante, situada entre 80 cm (oitenta centímetros) e 90

cm (noventa centímetros), acima da borda do piso dos degraus;

II. somente serão fixadas pela sua face inferior;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 329

III. terão largura mínima de 6 cm (seis centímetros);

IV. estarão afastadas das paredes, no mínimo 4 cm (quatro centímetros).

Art. 227 . Os edifícios com 04 (quatro) ou mais pavimentos deverão dispor de:

I. um saguão ou patamar de escada independente do hall de distribuição;

II. iluminação natural ou sistema de emergência para alimentação da iluminação

artificial na caixa de escada.

Art. 228 . As escadas deverão ainda observar todas as exigências das normas pertinentes ao

Corpo de Bombeiros.

SEÇÃO II

DAS RAMPAS

Art. 229 . No emprego de rampas, aplicam-se as mesmas exigências de dimensionamento e

especificações de materiais fixadas para as escadas.

Art. 230 . As rampas para pedestres não poderão apresentar declividade superior a 8% (oito por

cento).

§1º. Se a declividade for superior a 6% (seis por cento), o piso deverá ser revestido

com material antiderrapante e o corrimão prolongado em 30 cm (trinta centímetros)

nos dois finais da rampa.

§2º. As rampas para uso coletivo deverão possuir largura mínima de 1,50m (um

metro e cinqüenta centímetros) e possuir corrimão nos dois lados.

§3º. As saídas e entradas das rampas de uso coletivo deverão ter patamar livre com

diâmetro de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para acesso de deficientes

físicos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 330

§4º. As rampas deverão observar todas as exigências das normas pertinentes ao

Corpo de Bombeiros, diferenciadas em função do número de pavimentos da

edificação;

§5º. Nenhuma porta poderá abrir de forma à obstruir o movimento nos patamares

intermediários iniciais ou finais de uma rampa.

§6º. As rampas terão passagens livres com altura não inferior a 2,20m (dois metros e

vinte centímetros).

§7º. As rampas terão corrimão com altura de 0,85m (oitenta e cinco centímetros).

§8º. O acesso nos estabelecimentos de ensino deverá ser facilitado para deficientes

físicos, mediante rampas ou planos inclinados de materiais especiais, conforme o

estabelecido no NBR 9050/85.

Art. 231 . As rampas para acesso de veículos não poderão ter declividade superior a 22,5%

(vinte e dois e meio por cento)

Parágrafo único. As rampas de acesso para veículos situadas no interior dos lotes

deverão ter seu início com recuo mínimo de 1,5m (um metro e meio) do alinhamento

predial, por meio de patamar horizontal.

SEÇÃO III

ESCADAS ROLANTES

Art. 232 . As escadas rolantes estarão sujeitas às normas técnicas da ABNT e não serão

computadas no cálculo do escoamento de pessoas da edificação, nem no cálculo de

largura mínima das escadas fixas.

SEÇÃO IV

DOS ELEVADORES

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Art. 233 . Qualquer edifício que contenha mais que 04 (quatro) pavimentos deverá ser provido

de elevador.

§1º. O número de elevadores de cada prédio e sua capacidade deverá obedecer o

disposto no quadro a seguir e estar de acordo com as normas da ABNT em vigor na

ocasião da aprovação do projeto pela Municipalidade, seja em relação ao seu

dimensionamento, instalação ou utilização, cálculo, tráfego e intervalo de tráfego

comprovados através de laudo emitido pelo responsável técnico da obra:

§2º. O térreo contará como 02 (dois) pavimentos quando seu pé direito for superior a

6,00m (seis metros).

§3º. Sempre que o pé direito por pavimento ultrapassar a 2,70 m (dois metros e

setenta centímetros) será contado como novo pavimento.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 332

§4º. As unidades situadas no último pavimento poderão deixar de ser servidas por

elevador desde que o pavimento imediatamente inferior seja servido por, pelo menos,

1 (um) ou 2 (dois) elevadores, conforme o estabelecido na tabela do §1º deste artigo,

tendo aquelas unidades acesso direto aos mesmos elevadores.

§5º. Nas edificações com previsão de subsolo, é obrigatório o assentamento de

elevadores nos seguintes casos:

I. mais de 4 (quatro) pavimentos acima do nível do logradouro principal, incluindo o

pavimento térreo;

II. mais de 3 (três) pavimentos abaixo do nível do logradouro.

§6º. Nos edifícios hospitalares ou asilos de mais de 2 (dois) pavimentos, será

obrigatória a instalação de elevadores.

Art. 234 . Excluem-se do cálculo da altura para instalação do elevador:

I. As partes sobrelevadas destinadas a casa de máquinas, caixas de água, casa do

zelador e áreas de lazer ou recreação;

II. O último pavimento quando de uso exclusivo do penúltimo ou ático.

Art. 235 . Será exigido elevador em edifício garagem sempre que ele for constituído de térreo

com mais 03 (três) lajes.

§1º. O subsolo deve ser servido, mas não entra no cômputo geral.

§2º. Somente será dado o desconto referido no parágrafo anterior a um nível de

subsolo.

Art. 236 . Os elevadores não poderão ser o único meio de acesso aos pavimentos superiores ou

inferiores da edificação.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 333

CAPÍTULO X

DOS MEZANINOS

Art. 237 . As edificações com dois pavimentos poderão ter altura livre de 10,00m (dez metros)

medida do nível do piso do pavimento térreo até o ponto mais alto da edificação,

incluídas as partes sobre-elevadas da edificação e ático.

Art. 238 . O pavimento da edificação deverá possuir pé-direito mínimo de acordo com a sua

destinação, sendo que o pé-direito máximo admitido será de 1,5 (uma vez e meia) o

pé-direito mínimo.

Parágrafo Único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo para as edificações

destinadas a habitação, comércio e serviço vicinal, de bairro e setorial.

Art. 239 . O pé-direito máximo nos compartimentos que possuírem mezanino será de 6 m (seis

metros), atendido o disposto nesse decreto.

Art. 240 . Não serão computados no número máximo de pavimentos, jirau e mezaninos desde

que ocupem área equivalente a no máximo ½ (metade) da área do piso do pavimento

térreo, com acesso interno e exclusivo desse compartimento, não caracterizando

unidade autônoma.

Art. 241 . A área destinada a mezanino ou jirau será computada para efeito de coeficiente de

aproveitamento, área máxima de comércio e prestação de serviço e área mínima

necessária para estacionamento.

Art. 242 . Os mezaninos ou jiraus localizados em outros pavimentos serão considerados como

pavimento.

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CAPÍTULO XI

DAS CHAMINÉS

Art. 243 . A chaminé, de qualquer natureza, em uma edificação terá altura suficiente para que a

fumaça, a fuligem ou resíduos que possam expelir não incomodem a vizinhança.

§1º. A altura de chaminés de edificações não residenciais não poderá ser inferior a

5,00m (cinco metros) do ponto mais alto das coberturas existentes num raio de

50,00m (cinqüenta metros).

§2º. Independente da exigência do parágrafo anterior, ou no caso da

impossibilidade de seu cumprimento, deverá ser obrigatória a instalação de aparelho

fumívoro conveniente.

CAPÍTULO XII

DOS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA

Art. 244 . Toda edificação deverá possuir pelo menos um reservatório de água própria.

Parágrafo único. Nas edificações em mais de uma unidade independente que tiverem

reservatórios de água comum, o acesso aos mesmos e ao sistema de controle de

distribuição, se fará obrigatoriamente através de partes comuns.

Art. 245 . Os reservatórios de água serão dimensionados pela estimativa de consumo mínimo de

água por edificação, conforme sua utilização, e deverão obedecer aos seguintes

índices:

I. Unidade residencial - 100 litros / dia por compartimento de uso prolongado;

II. Hotéis sem cozinha, sem lavanderia - 120 litros / dia por hóspede;

III. Escolas com internatos - 120 litros / dia por aluno;

IV. Escolas externatos - 50 litros / dia por aluno;

V. Estabelecimentos hospitalares - 250 litros / dia por leito;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 335

VI. Unidade de comércio, negócios e atividades profissionais - 6 litros/dia por metro

quadrado de área útil;

VII. Cinemas, teatros e auditórios - 2 litros / dia por lugar.

Art. 246 . As caixas de água, reservatórios, cisternas ou poços deverão:

I. Possuir cobertura que não permita a poluição da água;

II. Possuir torneira bóia que regule automaticamente a entrada de água no

reservatório;

III. Possuir extravasor (ladrão) com diâmetro superior ao tubo alimentador, com

descarga em um ponto visível para a imediata verificação de defeito da torneira

bóia;

IV. Ter canalização de descarga para limpeza periódica do reservatório;

V. Ser constuídos de material impermeável, inócuo, não corrosível, de fácil limpeza;

VI. Ser protegidos contra contaminação de qualquer natureza, devendo ser

submetidos à limpeza e desinfecção, a cada 6 (seis) meses.

Art. 247 . Será adotado reservatório inferior quando as condições de abastecimento do órgão

distribuidor forem insuficientes para que a água atinja o reservatório superior e ainda

nas edificações de 4 (quatro) ou mais pavimentos, as quais deverão possuir

reservatório do tipo cisterna.

Art. 248 . Os motores e/ou bombas de recalque não poderão emanar ruídos que prejudiquem,

principalmente no horário noturno, populações vizinhas.

CAPÍTULO XIII

DOS TAPUMES, ANDAIMES E TELAS DE PROTEÇÃO

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 336

Art. 249 . Será obrigatória a colocação de tapume em toda a testada do lote, sempre que sejam

executadas obras de construção, reforma, ampliação ou demolição, para qualquer

obra que, a critério da Municipalidade, ofereça perigo aos transeuntes.

§1º. O tapume deverá ser mantido enquanto perdurarem as obras que possam afetar

a segurança dos pedestres que se utilizam dos passeios dos logradouros.

§2º. O tapume de que trata este artigo deverá atender às seguintes normas:

I. a faixa compreendida pelo tapume não poderá ter largura superior à 2/3

(dois terços) da largura do passeio, não computada a área do canteiro quando

existir, devendo ser deixado no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros)

de passeio livre;

II. quando for construído em esquinas de logradouros, as placas existentes

indicadoras do tráfego de veículos e outras de interesse público, serão, mediante

prévio entendimento com o órgão competente em matéria de trânsito, transferidas

para o tapume e fixadas de forma a serem bem visíveis;

III. a sua altura não poderá ser inferior a 2,00m (três metros) e terá bom acabamento;

IV. quando executado formando galerias para circulação de pedestres, será

permitida a existência de compartimentos superpostos, como complemento da

instalação do canteiro da obra, respeitada sempre a norma contida no item “I” deste

parágrafo, desde que os limites destes compartimentos fiquem contidos até 0,50m

(cinqüenta centímetros) de distância do meio-fio.

§3º. Dispensa-se o tapume quando se tratar de:

I. construção ou reparo de muros ou grades com altura não superior a 2m (dois

metros);

II. pinturas ou pequenos reparos.

Art. 250 . Os tapumes deverão apresentar perfeitas condições de segurança em seus diversos

elementos e garantir efetiva proteção às árvores, aparelhos de iluminação pública,

postes e outros dispositivos existentes, sem prejuízo da completa eficiência de tais

aparelhos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 337

Art. 251 . Os tapumes deverão ser periodicamente vistoriados pelo construtor, sem prejuízo de

fiscalização pela Municipalidade, a fim de ser verificada sua eficiência e segurança.

Art. 252 . Durante a execução da obra será obrigatório a colocação de andaime de proteção do

tipo “bandeja salva-vidas”, para edifícios de três pavimentos ou mais.

§1º. Os andaimes terão que garantir perfeitas condições de segurança de trabalho

para os operários, de acordo com a legislação federal que trata deste assunto.

§2º. As “bandejas salva-vidas” constarão de um estrado horizontal de 1,20m (um

metro e vinte centímetros) de largura mínima com guarda-corpo até a altura de 1,00

m (um metro), este tendo inclinação aproximada de 135º (cento e trinta e cinco

graus), em relação ao estrado horizontal.

Art. 253 . No caso de emprego de andaimes mecânicos suspensos, estes deverão ser dotados

de guarda-corpo com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

Art. 254 . Após o término das obras ou no caso de sua paralisação por prazo superior a 6 (seis)

meses, os tapumes deverão ser recuados até o alinhamento e os andaimes retirados.

Art. 255 . Será obrigatório o uso de tela de proteção para construções acima de 2 (dois)

pavimentos, quando construídas no alinhamento e/ou nas suas divisas.

Art. 256 . Os tapumes, andaimes e telas de proteção, além das normas estabelecidas nesta

Seção, deverão atender o disposto no Título III do Código de Posturas do Município de

Paranaguá.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 338

TÍTULO V

DOS COMPARTIMENTOS

CAPÍTULO I

DA CLASSIFICAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS

Art. 257 . Classificam-se os compartimentos da edificação, segundo sua destinação e o tempo

estimado de permanência humana em seu interior, em:

I. compartimentos de permanência prolongada;

II. compartimentos de permanência transitória;

III. compartimentos especiais;

IV. compartimentos sem permanência.

Art. 258 . São compartimentos de permanência prolongada:

I. quartos e salas em geral;

II. locais de trabalho, tais como lojas, escritórios, oficinas e indústrias;

III. salas de aula e laboratórios didáticos;

IV. salas de leitura e bibliotecas;

V. laboratórios, enfermarias, ambulatórios e consultórios;

VI. cozinhas;

VII. refeitórios, bares e restaurantes;

VIII. locais de reunião e salão de festas;

IX. locais fechados para a prática de esportes e ginástica.

Art. 259 . São considerados compartimentos de permanência transitória:

I. escadas e seus patamares, rampas e seus patamares e suas respectivas

antecâmaras:

II. patamares de elevadores;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 339

III. corredores e passagens;

IV. átrios e vestíbulos;

V. banheiros, lavabos e instalações sanitárias;

VI. depósitos, despejos, rouparias e adegas;

VII. vestiários e camarins;

VIII. lavanderias e áreas de serviços.

Art. 260 . São considerados compartimentos especiais:

I. auditórios e anfiteatros:

II. cinemas, teatros e salas de espetáculos;

III. museus e galerias de arte;

IV. estúdios de gravação, rádio e televisão;

V. laboratórios fotográficos, cinematográficos e de som;

VI. centros cirúrgicos e salas de raios x;

VII. salas de computadores, transformadores e telefonia;

VIII. locais para ducha e saunas;

IX. garagens;

X. instalações para serviços de copa em edificações destinadas ao comércio e

serviços.

Art. 261 . Os compartimentos sem permanência são aqueles que não se destinam à

permanência humana, perfeitamente caracterizados no projeto.

Art. 262 . Compartimentos com outras destinações ou particularidades especiais serão

classificados com base na similaridade com os usos listados no presente regulamento

e observadas as exigências de higiene, salubridade e conforto de cada função e

atividade.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 340

CAPÍTULO II

DAS DIMENSÕES MÍNIMAS DOS COMPARTIMENTOS

Art. 263 . Todos os compartimentos deverão ter forma e dimensões adequadas à função ou

atividade a que se destinam.

Art. 264 . Os compartimentos de permanência prolongada deverão ter, no plano do piso, formato

capaz de conter um círculo com diâmetro mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta

centímetros centímetros) e área mínima de 6m² (seis metros quadrados), exceto na

cozinha, cuja área mínima poderá ser de 4 m² (quatro metros quadrados).

Art. 265 . As áreas mínimas dos compartimentos serão fixadas segundo a destinação ou

atividade, de acordo com o quadro I, anexo e integrante desta lei.

Art. 266 . Os compartimentos de permanência prolongada deverão ter pé direito mínimo de 2,40

m (dois metros e quarenta centímetros) e os compartimentos permanência transitória

poderão ter 2,20 m (dois metros e vinte centímetros), conforme o previsto no quadro I,

anexo e integrante desta lei.

Art. 267 . Os banheiros, lavabos e instalações sanitárias deverão situar-se, quando não no

mesmo andar dos compartimentos a que servirem, em andar imediatamente superior

ou inferior, caso em que, para o cálculo das instalações sanitárias obrigatórias, será

computada a área total dos andares servidos pelo mesmo conjunto de sanitários.

Art. 268 . Toda edificação de uso público deverá ter, no mínimo, um sanitário apropriado ao

deficiente físico, com todos os acessórios (espelhos, saboneteira e outros) ao seu

alcance, com dispositivos auxiliares de apoio, com largura suficiente para mobilidade

de cadeira de rodas, com abertura de acesso de, no mínimo, 80 cm (oitenta

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 341

centímetros), com dimensão interna mínima de 1,05 m (um metro e cinco centímetros),

e com porta abrindo para fora.

Art. 269 . O número de instalações sanitárias nas edificações não residenciais será definido em

regulamento específico, de acordo com o uso, porte, atividade e fluxo de pessoas

provável.

CAPÍTULO III

DOS PADRÕES CONSTRUTIVOS

Art. 270 . Todas as edificações de utilização humana, de categoria funcional, deverão satisfazer

as condições mínimas de conforto ambiental estabelecidas nesta lei.

§1º. As condições de conforto ambiental e higiene das edificações são padrões

construtivos caracterizados por situações-limite e por padrões de desempenho quanto

à iluminação artificial, desempenho térmico dos elementos e tratamento acústico.

§2º. O Município admitirá demonstrações dos padrões de desempenho, desde que

respaldados por normas técnicas legais e por procedimento técnico-científico

comprovado.

CAPÍTULO IV

ILUMINAÇÃO

Art. 271 . As aberturas de iluminação e insolação dos compartimentos são classificadas em:

I. Abertura do tipo lateral, quando situados em planos verticais ou inclinados até

30º (trinta graus) em relação a vertical (janelas em paredes, mansardas, planos

iluminantes tipo “shed” e lanternins).

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 342

II. Abertura do tipo zenital, quando situados em coberturas (domos e coberturas

em acrílico e telha de plástico, transparente ou translúcida) ou em planos

inclinados de 30º (trinta graus) em relação à vertical.

§1º. A área das aberturas, em metros quadrados, será definida pelas dimensões do

vão que comporta a esquadria ou o painel iluminante.

§2º. O índice de janela de um compartimento é obtido pela relação entre a área das

aberturas que atende e a área da superfície do piso, em m² (metros quadrados),

representado pela seguinte fórmula:

J=AL+AZ

S

(Onde J é o índice de janela, AL é área total das aberturas laterais, AZ a área de zenitais e S é

área total do piso do compartimento.)

§3º. O índice mínimo de janela é de J=1/6 (um sexto) para os compartimentos de

permanência prolongada e 1/8 (um oitavo) para os compartimentos de permanência

transitória.

§4º. Não serão computadas, para efeito de cálculo do índice de janelas, as áreas de

aberturas situadas abaixo de um plano hipotético, paralelo ao piso, a 0,80 (oitenta

centímetros) de altura.

Art. 272 . As áreas mínimas de abertura de iluminação não poderão ser inferiores a 25cm² (vinte

e cinco centímetros quadrados).

Art. 273 . A profundidade dos compartimentos de uso prolongado, em relação ao plano de

aberturas laterais, será de, no máximo, 3 (três) vezes o pé-direito.

§1º. Quando o pé-direito não for constante, será adotada a média aritmética dos pés

direitos, para efeito da aplicação desta relação.

§2º. Não haverá limite de profundidade para recintos iluminados pela cobertura, desde

que a distância horizontal da projeção de uma abertura, até o ponto do piso mais

afastado, não ultrapasse o menor pé-direito do recinto.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 343

Art. 274 . Áreas de iluminação são aquelas no interior do lote, não edificadas, para as quais se

voltam as aberturas para iluminação, insolação e ventilação.

§1º. Os limites das áreas de iluminação são definidos pelas divisas com lotes vizinhos

e pelos planos das paredes das edificações.

§2º. As áreas de iluminação classificam-se em:

I. abertas, quando limitadas em dois lados;

II. semi-abertas, quando limitadas em três lados;

III. fechadas, quando limitadas em quatro lados.

§3º. A dimensão mínima de uma área de iluminação será de 1,50 (um metro e

cinqüenta centímetros), e, sua área mínima, de 9 m² (nove metros quadrados).

§4º. Os compartimentos das residências poderão ser iluminados através de aberturas

para pátios internos, cujas dimensões não deverão estar abaixo dos seguintes índices:

I. 1 (um) pavimento: diâmetro mínimo do círculo inscrito de 1,50 m (um metro e

cinqüenta centímetros), sem beiral, e 2 m (dois metros), com beiral, apresentando área

mínima de 6 m² (seis metros quadrados) para compartimentos de permanência

prolongada;

II. 2 pavimentos: diâmetro mínimo do círculo inscrito de 2 m (dois metros), com área

mínima de 6 m² (seis metros quadrados) acrescidos de 15% a cada pavimento para

compartimentos de permanência prolongada;

§5º. As laterais livres e áreas abertas e semi-abertas e fechadas deverão satisfazer os

requisitos mínimos indicados nos quadros anexos e integrante à presente lei.

§6º. Os compartimentos de residências, onde é permitida a utilização de área de

iluminação para abertura de janelas, são banheiros, circulação e lavanderias.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 344

CAPÍTULO V

VENTILAÇÃO NATURAL

Art. 275 . As aberturas de ventilação poderão ou não estar integradas às janelas de iluminação e

insolação.

Art. 276 . A área das aberturas de ventilação deverá representar, no mínimo, 1/12 (um doze

avos) da área do piso, para os compartimentos de permanência prolongada, e 1/16

(um dezesseis avos), para os de permanência transitória.

§1º. A área de ventilação – quando integrada à abertura de iluminação – não será

acrescida à de iluminação, desde que suas artes móveis não sejam opacas.

§2º. As aberturas de passagem não serão computadas para efeito deste artigo, exceto

quando derem acesso a galerias comerciais e lojas.

Art. 277 . As aberturas de ventilação deverão ter controles de vazão de ar, que possibilitem a

vedação completa do vão.

§1º. As aberturas poderão ser fixas, para ventilação permanente, quando servirem

áreas comuns de centros comerciais e “shopping centers”, pavilhões industriais ou de

exposição, ginásio de esporte, depósito e armazéns, e edificações provisórias.

§2º. Garagens coletivas e instalações poluentes, prejudiciais ao conforto, bem-estar e

saúde de seus ocupantes, terão aberturas fixas e permanentes para renovação do ar.

Art. 278 . Será admitida ventilação zenital, por clarabóias, chaminés ou similares, quando houver

aberturas laterais de entrada de ar;

Parágrafo único. Aberturas em portas serão toleradas, quando protegidas por grelhas,

persianas ou venezianas fixas.

Art. 279 . A ventilação de lojas, por área comum de galerias abertas, será tolerada, desde que

haja aberturas em ambas as extremidades e que seja aquela linear e sua extensão

não exceda a 100 m (cem metros).

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 345

Art. 280 . A ventilação por poços verticais, dutos horizontais ou área de ventilação será tolerada

para compartimento de permanência transitória ou quando usada como complemento

da ventilação de compartimentos de permanência prolongada.

§1º. Os poços verticais para ventilação deverão:

I. estar ligados, na base, à área de pilotis aberta ou a compartimento com ventilação

permanente, sendo que, quando isto não for possível, será tolerada ligação ao exterior,

por duto da mesma seção do poço;

II. permitir a inscrição de um circulo, de 0,60 m (sessenta centímetros) de diâmetro, em

qualquer de seus trechos;

III. ter revestimento interno liso, sem cabos, canalizações, estrangulamentos da seção

por elementos estruturais e tubos de queda;

IV. ter abertura de saída 50 cm (cinqüenta centímetros) acima dos pontos mais altos do

edifício.

§2º. Os dutos horizontais para ventilação deverão:

I. ter proteção contra o alojamento de animais;

II. ter abertura mínima para o exterior igual a sua seção;

III. ter seção mínima de 15 cm (quinze centímetros);

IV. ter comprimento máximo de 6,00 m (seis metros), exceto no caso de abrir para o

exterior em extremidades opostas.

Art. 281 . Instalações geradoras de gases, vapores e partículas em suspensão deverão ter

sistema de exaustão mecânica, sem prejuízo de outras normas legais pertinentes à

higiene e segurança do trabalho.

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TÍTULO VI

DAS INSTALAÇÕES EM GERAL

Art. 282 . As instalações e equipamentos abrangem os conjuntos de serviços complementares

executados durante a construção de um edifício, os quais deverão ser projetados,

calculados e executados visando a segurança, a higiene e o conforto dos usuários, de

acordo com as normas e especificações da ABNT, salvo os casos previstos nas

Seções deste Capítulo, onde prevalecerá o determinado por este Código.

Art. 283 . Este Título trata das instalações e equipamentos de:

I. Águas pluviais;

II. Sistemas hidraúlico-sanitários;

III. Gás canalizado;

IV. Distribuição interna da rede telefônica;

V. Antenas de televisão;

VI. Depósito de lixo;

VII. Extinção de incêndios.

VIII. Pára-raios

IX. Condicionamento ambiental;

X. Isolamento acústico;

XI. Isolamento térmico;

XII. Impermeabilização.

Parágrafo único. As entradas, tomadas e dimensões das instalações prediais referidas

no caput deste artigo deverão obedecer às normas técnicas exigidas pelas

concessionárias locais.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 347

CAPÍTULO I

DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS

Art. 284 . O escoamento de águas pluviais do lote edificado para a sarjeta será feito em

canalização construída sob o passeio.

§1º. Em casos especiais de inconveniência ou impossibilidade de conduzir as águas

para as galerias de águas pluviais, essas poderão ser conduzidas para outro local

adequado, após a aprovação pela Municipalidade.

§2º. As despesas com a execução da ligação às galerias pluviais, quando existirem,

correrão integralmente por conta do interessado.

§3º. A ligação será concedida a título provisório, cancelável a qualquer momento pela

Municipalidade, caso haja qualquer prejuízo ou inconveniência.

§4º. Nos lotes devidamente registrados no Registro de Imóveis e cujas vias de

circulação sejam do patrimônio do município, as despesas com escoamento pluvial da

referida via de circulação correrão por conta da Municipalidade.

Art. 285 . Nas edificações construídas no alinhamento, as águas pluviais provenientes de

telhados, balcões e marquises deverão ser captadas por meio de calhas e condutores.

Parágrafo único. Os condutores nas fachadas lindeiras à via pública serão

embutidos até altura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) acima do

nível do passeio.

Art. 286 . Não será permitida a ligação de condutores de águas pluviais à rede de esgotos.

Art. 287 . As águas provenientes das coberturas e dos aparelhos de ar condicionado serão

esgotadas dentro dos limites do lote, não sendo permitido o deságue sobre lotes

lindeiros ou no passeio da via de circulação.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 348

CAPÍTULO II

DAS INSTALAÇÕES HIDRAÚLICO-SANITÁRIAS

Art. 288 . Todas as edificações em lotes com testada para logradouros que possuam redes de

água potável e de esgoto deverão, obrigatoriamente, servir-se dessas redes.

Art. 289 . Quando não existir rede de abastecimento de água na via pública, a edificação deverá

possuir poço adequado para seu abastecimento, devidamente protegido contra as

infiltrações de águas servidas.

Art. 290 . Quando não existir rede de esgotamento sanitário na via pública, a edificação deverá

ser dotada de sistema individualizado de saneamento, composto por tanque séptico

(fossa) seguido de alternativa complementar de tratamento, conforme previsto pelas

NBR 7229/93 e NBR 13969/97.

Parágrafo único. A forma de tratamento escolhida deverá levar em consideração a

capacidade de absorção do solo, bem como o nível do lençol freático existente.

Art. 291 . Toda unidade residencial deverá possuir, no mínimo, um vaso sanitário, um chuveiro,

um lavatório e uma pia de cozinha que deverão ser ligados à rede geral de esgotos ou

ao sistema individualizado de tratamento.

Parágrafo único. Os vasos sanitários e mictórios serão providos de dispositivos de

lavagem para sua perfeita limpeza.

Art. 292 . Os compartimentos sanitários terão uma caixa auto-sifonada provida de inspeção, que

receberá as águas servidas dos lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros, não podendo

estes aparelhos ter comunicação com as tubulações dos vasos e mictórios.

Parágrafo único. Será obrigatório o uso de tubo de ventilação nos vasos sanitários e

mictórios, com diâmetro mínimo de 40mm (quarenta milímetros).

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 349

Art. 293 . Deverá ser elaborado teste de percolação do solo visando definir a sua capacidade de

absorção nas diferentes regiões da área urbana, para a indicação da medida correta

no que se refere a tratamento de dejetos.

Art. 294 . Toda tubulação de esgoto em contato com o solo deverá ser feita com PVC, manilhas

cerâmicas ou material equivalente.

Art. 295 . Em edificações com mais de um pavimento, os ramais de esgoto serão ligados à rede

principal por canalização vertical (tubo de queda).

Parágrafo único. Os ramais de esgoto dos pavimentos superiores e de tubo de queda

deverão ser de material impermeável, resistente e com paredes internas lisas, não

sendo permitido o emprego de manilhas cerâmicas.

Art. 296 . A declividade mínima dos ramais de esgoto será de 3% (três por cento).

Art. 297 . É vedada, em qualquer hipótese, a utilização das galerias das águas pluviais, bem

como o sistema de drenagem pluvial (sarjetas e vias públicas) para o escoamento do

esgoto sanitário “in natura”.

Art. 298 . A concessão de Certificado de Vistoria de Conclusão da Obra (Habite-se) deverá ser

antecedida de vistoria da execução do sistema de tratamento de esgotamento

sanitário, deixado a descoberto afim de comprovação da solução exigida pela

Municipalidade.

Parágrafo único. A vistoria será realizada pelo Órgão de Vigilância Sanitária do

Município.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 350

CAPÍTULO III

DA INSTALAÇÃO DE GÁS CANALIZADO

Art. 299 . A instalação de equipamento de distribuição interna de gás canalizado obedecerá ao

disposto nas normas técnicas oficiais em vigor no país, bem como as normas de

segurança contra incêndio do Corpo de Bombeiros.

§1º. É obrigatória a instalação de chaminés para descarga dos gases de combustão

dos aquecedores a gás.

§2º. Nos edifícios sem instalação central de gás, os compartimentos que possuírem

botijões de gás destinados a fogões e aquecedores deverão ter ventilação natural.

Art. 300 . É obrigatória instalação de Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - tipo de

instalação em que os recipientes são situados num ponto centralizado e o gás é

distribuído através de tubulação apropriada até os pontos de consumo - em

edificações com 4 (quatro) ou mais pavimentos e hotéis, restaurantes, panificadoras,

confeitarias e demais edificações ou estabelecimentos que utilizem mais de um botijão

de gás tipo P45 (quarenta e cinco quilogramas) de GLP ou conjunto de botijões tipo

P13 (treze quilogramas), independente do número de pavimentos ou área construída.

Art. 301 . A central de gás, canalização, medidores e demais equipamentos deverão atender as

normas de segurança contra incêndio do Corpo de Bombeiros.

Art. 302 . A central da GLP deverá obedecer também aos seguintes critérios:

I. ser instalada na parte externa das edificações, em locais protegidos do trânsito de

veículos e pedestres, mas de fácil acesso em caso de emergência;

II. ter afastamento mínimo de 2,00m (dois metros) das divisas e de 1,00m (um metro)

da projeção da edificação, sendo admitida a implantação ao longo das divisas desde

que suas paredes sejam em concreto armado com altura de 0,50m (cinqüenta

centímetros) acima da cobertura do abrigo dos recipientes.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 351

Art. 303 . No caso de ocupação total do terreno, poderá ser admitida a instalação de central de

gás no interior da edificação, desde que observadas todas as condições de ventilação

e tomadas as precauções contra uma eventual explosão e seus efeitos na estrutura da

edificação.

Art. 304 . Os abrigos para a central de GLP deverão ser construídos obedecendo as normas de

segurança contra incêndio do Corpo de Bombeiros.

Art. 305 . Para efeitos de ventilação, a central de gás deverá:

I. Ter ventilação natural e eficiente para proporcionar a diluição de vazamentos,

evitando a concentração do GLP a níveis de explosão;

II. Ter na porta de acesso, sinalização com os dizeres “INFLAMÁVEL” e

“PROIBIDO FUMAR”.

CAPÍTULO IV

DAS INSTALAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA DA REDE TELEFÔNICA

Art. 306 . A instalação de equipamentos da rede telefônica estará sujeita às normas da

concessionária local de telefonia.

Art. 307 . Salvo nas edificações residenciais unifamiliares, nas quais é facultativo, em todas as

demais é obrigatória a instalação de tubulações, armários e caixas para serviços

telefônicos.

§1º. Em cada unidade autônoma, haverá no mínimo, instalação de tubulações para

um aparelho.

§2º. A tubulação para serviços telefônicos não poderá ser utilizada para outro fim.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 352

CAPÍTULO V

DAS ANTENAS DE TELEVISÃO

Art. 308 . Nas edificações residenciais multifamiliares permanentes é obrigatória a instalação de

tubulações para antenas de televisão, para cada unidade.

CAPÍTULO VI

DAS INSTALAÇÕES PARA DEPÓSITO DE LIXO

Art. 309 . Toda edificação, independente de sua destinação deverá ter local apropriado,

desimpedido e de fácil acesso com capacidade adequada e suficiente para acomodar

os diferentes componentes do resíduo sólido, obedecendo as normas estabelecidas

pela autoridade competente.

Art. 310 . Nas edificações multifamiliares e mistas haverá local para depósito de lixo situado no

térreo ou subsolo para acondicionamento geral.

§1º. O depósito coletor de lixo deverá ter acesso direto da rua por passagem de

dimensão mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura, e 2,40m (dois

metros e quarenta centímetros) de altura e atender as normas estabelecidas neste

Código.

§2º. O depósito coletor geral deverá ter área mínima de 3,00m² (três metros

quadrados).

§3º. É proibida a utilização de tubos de queda para eliminação do lixo.

Art. 311 . Não será permitida a colocação de suporte para lixo sobre os passeios públicos.

Parágrafo único. O suporte para colocação de lixo devem ser alocados sempre dentro

do lote, no alinhamento, ou em reentrâncias criadas para este fim.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 353

Art. 312 . Conforme a natureza e volume do lixo ou resíduos sólidos, serão adotadas medidas

especiais para sua remoção, obedecendo as normas estabelecidas pela

Municipalidade, nos termos da regulamentação específica.

§1º. Serão proibidos incineradores de resíduos sólidos em edificações residenciais,

comerciais e de prestação de serviços.

Art. 313 . Os compartimentos destinados à incineração de resíduos hospitalares e congêneres

deverão obedecer às normas específicas estabelecidas pelo órgão competente para

sua construção e operação.

Art. 314 . Toda edificação destinada à instalação de indústria ficará obrigada à implantação de

medidas para eliminar ou reduzir a níveis toleráveis o grau de poluição com o

reaproveitamento de resíduos e subprodutos, obedecida a regulamentação pertinente.

CAPÍTULO VII

DAS CAIXAS RECEPTORAS DE CORRESPONDÊNCIA

Art. 315 . Nos edifícios residenciais com mais de um pavimento e que não disponham de

portaria é obrigatória a instalação de caixas individuais para o depósito de objetos de

correspondência.

Art. 316 . Nos estabelecimentos bancários, hospitalares, de ensino, empresas, industriais,

comerciais, escritórios, repartições públicas, associações e outros edifícios não

residenciais de ocupação coletiva, deve ser instalado, obrigatoriamente, local

destinado ao recebimento de objetos de correspondência.

Art. 317 . As caixas receptoras de correspondências serão instaladas nos muros, nos portões ou

grades dos imóveis ou ainda, suportadas em pedestais, necessariamente em locais

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 354

facilmente acessíveis da rua, evitando-se sua instalação em lugares de difícil acesso

ao carteiro.

CAPÍTULO VIII

DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PARA EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS

Art. 318 . As edificações com mais de 3 (três) pavimentos ou com área total superior a 1.500m²

(mil e quinhentos metros quadrados) deverão ter sistema de segurança contra

incêndios de acordo com as disposições técnicas e normas do Corpo de Bombeiros.

Art. 319 . Em qualquer caso, deverão ser atendidos os detalhes construtivos e colocação de

peças especiais do Sistema Preventivo de Incêndio, de acordo com as normas e

padrões fornecidos pelo Corpo de Bombeiros.

Art. 320 . Independente das exigências deste Código, as instalações preventivas de incêndio

dos edifícios existentes destinados à utilização coletiva, tais como escolas, hospitais,

hotéis, motéis, casas de diversão, fábricas, grandes estabelecimentos comerciais e

outros, ficam sujeitas a adotar, em benefício da segurança do público, as medidas que

forem julgadas convenientes pelo Corpo de Bombeiros ou pela Municipalidade.

CAPÍTULO IX

DOS PÁRA-RAIOS

Art. 321 . Será obrigatória a instalação de pára-raios, conforme as normas estabelecidas pela

ABNT e pelo Corpo de Bombeiros, nas edificações com 4 (quatro) ou mais

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 355

pavimentos, ou área construída superior a 700,00m² (setecentos metros quadrados) e

nas seguintes:

I. aquelas que reúnam grande número de pessoas;

II. fábrica ou depósitos de explosivos ou inflamáveis;

III. torres e chaminés elevados em edificações isoladas e expostas.

Parágrafo único. O sistema de pára-raios deve ser parte integrante do projeto das

instalações elétricas, contendo sua especificação, localização, área de atuação e

aterramento.

Art. 322 . A fiscalização da correta execução da instalação de pára-raios será feita pelo Corpo

de Bombeiros ou pela Municipalidade.

CAPÍTULO X

CONDICIONAMENTO DE AR

Art. 323 . A instalação do equipamento de condicionamento de ar está sujeito às normas

técnicas oficiais.

Parágrafo único. Nos compartimentos em que for instalado ar condicionado, só poderá

ser dispensada a abertura de vãos para o exterior em casos especiais a critério da

Municipalidade.

Art. 324 . É obrigatória a canalização dos fluidos condensados nos aparelhos de ar condicionado

e similares, quando voltados para as vias ou logradouros públicos.

Parágrafo único. A canalização deverá ser compatível com a potência do equipamento,

podendo ser aparente, conectada por tubos de queda ou às galerias de águas pluviais

ou ainda, lançadas nas sarjetas, por sob o passeio.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 356

CAPÍTULO XI

ISOLAMENTO TÉRMICO

Art. 325 . Todos os compartimentos de permanência prolongada deverão ter forro, quando

cobertos por telhado.

§1º. Não sendo o forro possível, a telha deverá receber isolamento térmico fixado ou

aplicado imediatamente abaixo de sua superfície.

§2º. O forro e o isolamento poderão ser interrompidos em trechos destinados à

iluminação e à ventilação zenital.

CAPÍTULO XII

IMPERMEABILIZAÇÃO

Art. 326 . Todas as superfícies internas das áreas molhadas das edificações deverão receber

acabamento impermeável à água.

CAPÍTULO XIII

ISOLAMENTO ACÚSTICO

Art. 327 . Os pisos de separação entre pavimentos, de unidades autônomas com espessura total

inferior a 15 cm (quinze centímetros), deverão receber tratamento acústico contra

ruídos de impacto.

Art. 328 . É vedada a ligação, por aberturas diretas, entre locais ruidosos e áreas de escritório,

lazer, estar ou locais que exijam condições ambientais de tranqüilidade.

Parágrafo Único. Se necessária a ligação, deverá ser feita através de antecâmaras,

vestíbulos ou circulações adequadamente tratadas.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 357

Art. 329 . Recintos destinados a reuniões, palestras, auditórios e similares, com capacidade para

mais de 60 (sessenta) pessoas, deverão manter uma relação mínima de volume da

sala/espectador, em função da capacidade, conforme o quadro abaixo:

Art. 330 . As parcelas externas das edificações, bem como as paredes divisórias de unidades

autônomas, deverão ter desempenho término e acústico equivalentes aos de uma

parede de tijolos inteiros, revestidos em ambas as faces, assim como deverão ter

espessura mínima de 18 cm (dezoito centímetros).

Art. 331 . A apresentação de projeto acústico é obrigatória quando a edificação for destinada a

atividade que produza ruídos.

Parágrafo único. Os níveis de intensidade de ruídos serão medidos em decibéis,

verificados pelo órgão competente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 358

TÍTULO VII

DOS COMPLEMENTOS DA EDIFICAÇÃO

CAPÍTULO I

DA VEDAÇÃO DE TERRENOS NO ALINHAMENTO

DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 332 . São consideradas vedações no alinhamento predial dos logradouros públicos, os

muros, muretas, gradis, floreiras, cercas vivas, ou qualquer outro elemento que defina

o alinhamento predial do imóvel.

Art. 333 . As vedações situadas no alinhamento do logradouro público, em terrenos de esquina,

deverão estar em consonância com as curvas de concordância horizontal.

Art. 334 . Em terrenos com edificações de uso residencial poderá ser dispensado o fechamento

frontal e lateral, desde que nos mesmos seja mantido um ajardinamento rigoroso e

permanentemente conservado, e que o limite entre o logradouro e o terreno fique

marcado com meio-fio, cordão de cimento ou processo equivalente.

Art. 335 . Em terrenos com edificações de uso não residencial é obrigatória a construção de

vedação no alinhamento dos logradouros públicos, exceto no caso em que o recuo

obrigatório seja totalmente ajardinado com tratamento paisagístico, e com acessos de

veículos e pedestres definidos, de forma a não permitir a utilização desta área para

qualquer atividade.

Art. 336 . Em terrenos sem vedação, as divisas e o alinhamento do logradouro público deverão

ser demarcados com elementos que permitam a identificação de todos os seus limites.

Art. 337 . Em casos especiais, envolvendo segurança pública, a altura e o tipo de vedação serão

definidos pelos órgãos competentes da Municipalidade.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 359

Art. 338 . Nas zonas em que forem permitidas construções no alinhamento predial, os terrenos

com suas testadas parcialmente edificadas ou sem edificação deverão obedecer ao

disposto neste capítulo.

CAPÍTULO II

DOS MEIOS-FIOS, CALÇADAS E PASSEIOS

Art. 339 . Fica limitada a 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros), por setor rebaixado, a

extensão máxima do rebaixamento do meio fio para acessos e saídas de veículos.

§1º. O rebaixamento do meio-fio só acontecerá nas áreas de acesso aos lotes e nas

faixas de travessia de pedestres.

§2º. O meio-fio das calçadas deverá ser rebaixado com rampa ligada a faixa de

travessia de pedestres, visando propiciar às pessoas com deficiência física melhores

condições de circulação urbana.

Art. 340 . Os meios-fios e calçadas serão rebaixados nas esquinas em atendimento à NBR

9050/1985, no que diz respeito à garantia de acessibilidade para deficientes físicos.

Art. 341 . É obrigatória a construção e reconstrução, pelos proprietários dos terrenos edificados

ou não, das calçadas de logradouros dotados de meio-fio, em toda a extensão das

testadas.

Art. 342 . A calçada em logradouro público, na frente de terrenos edificados ou não, obedecerá

ao padrão definido pelo órgão competente e às seguintes disposições:

I. Não poderá ter degraus ou rampas de acesso às edificações;

II. Deverá ser plana do meio-fio até o alinhamento, ressalvada a inclinação de 2 %

(dois por cento) para o escoamento das águas pluviais;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 360

III. Deverá ser revestida com material antiderrapante.

IV. As guias de rebaixamento do meio fio poderão ter largura de até um terço da

testada do lote, com a dimensão máxima de 10,00 m (dez metros) contínuos,

intercalados de,no mínimo, 10,00 m (dez metros).

Art. 343 . Em caso de descumprimento do disposto no artigo anterior, a Municipalidade fará a

notificação ao proprietário, para que no prazo de 30 (trinta) dias proceda a

regularização.

Parágrafo único. Esgotado o prazo, sem que sejam tomadas as devidas providências

pelo proprietário, a Municipalidade executará a obra, cobrando do proprietário do

imóvel os custos dela decorrentes.

CAPÍTULO III

DOS AFASTAMENTOS E AVANÇOS

Art. 344 . Os afastamentos das edificações deverão estar de acordo com o disposto na Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e na Lei do Sistema Viário.

Art. 345 . Os edifícios construídos nos cruzamentos dos logradouros públicos, onde não houver

afastamento frontal, o pavimento térreo deverá ser de forma chanfrada ou

semicircular, respeitando o raio interno de concordância prevista entre as vias.

Parágrafo único. Os muros de vedação de qualquer edificação nos cruzamentos dos

logradouros públicos também estão sujeitos à exigência deste artigo.

Art. 346 . Nenhuma edificação será construída avançando sobre a calçada, quer no térreo, quer

nos outros pavimentos, se a calçada for igual ou inferior a 2,00m (dois metros) de

largura.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 361

Parágrafo único. Nos casos de calçadas com largura igual ou inferior a 2,00m (dois

metros), só será permitida a marquise.

Art. 347 . As edificações frontais a calçadas com largura superior a 3,00m (três metros) poderão

avançar em balanço sobre a calçada em, no máximo, 0,80 m (oitenta centímetros).

Art. 348 . Deverão ainda ser observadas as normas da concessionária local de energia.

CAPÍTULO IV

DAS MARQUISES E SALIÊNCIAS

Art. 349 . Entende-se por marquise o avanço da laje que cobre parte do passeio, na qual podem

ser colocadas floreiras e/ou vitrines para exposição comercial.

Art. 350 . A construção de marquises na fachada das edificações obedecerá as seguintes

condições:

I. ser em balanço;

II. a face extrema do balanço deverá ficar afastada da prumada do meio-fio 0,30m

(trinta centímetros) no mínimo;

III. ter altura mínima de 3,00m (três metros) acima do nível do passeio, podendo a

Municipalidade indicar a cota adequada, em função das marquises existentes na

mesma face de quadra;

IV. permitir o escoamento das águas pluviais exclusivamente para dentro dos

limites do lote através de condutores, e encaminhados à sarjeta sob o passeio;

V. não prejudicar a arborização e iluminação pública, assim como não ocultar

placas de nomenclatura ou numeração.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 362

Art. 351 . Será obrigatória a construção de marquises ou outro elemento fixo de proteção contra

intempéries, em toda a fachada, nos edifícios de uso comercial cujo pavimento térreo

tenha essa destinação, quando construídos no alinhamento.

Art. 352 . As fachadas dos edifícios, quando construídos no alinhamento predial, poderão ter

sacadas, floreiras, caixas para ar condicionado e brises, se:

I. estiverem acima da marquise;

II. o escoamento das águas pluviais for exclusivamente dentro dos limites do lote

através de condutores embutidos e encaminhados à sarjeta sob o passeio.

Parágrafo único. Os elementos mencionados no caput deste artigo poderão projetar-

se além do alinhamento predial, a uma distância máxima de 0,60m (sessenta

centímetros)

Art. 353 . Nos pavimentos térreos construídos no alinhamento será permitido o uso de toldos

protetores localizados nas extremidades das marquises, desde que, abaixo de sua

extremidade inferior, seja reservado espaço livre com altura mínima de 2,20m (dois

metros e vinte centímetros).

Art. 354 . Deverão ser obedecidas normas estabelecidas pela concessionária local de energia.

CAPÍTULO V

DAS PÉRGULAS

Art. 355 . A pérgula, estrutura horizontal composta de vigamento regular ou em grelha,

sustentada por pilares, que se constrói como um teto vazado, poderá localizar-se

sobre aberturas de iluminação, ventilação e insolação de compartimentos e não terá

sua projeção incluída na taxa de ocupação e de coeficiente de aproveitamento máximo

do lote, desde que:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 363

I. tenha a parte vazada, uniformemente distribuída por metros quadrados,

correspondentes a, no mínimo, 70% (setenta por cento) da área de sua projeção

horizontal;

II. somente 10% (dez por cento) da extensão do pavimento de sua projeção

horizontal sejam ocupados por colunas de sustentação

Parágrafo único. As pérgulas que não obedecerem ao disposto neste artigo serão

consideradas áreas cobertas para efeito de observância do afastamento, taxa de

ocupação e iluminação de compartimentos.

CAPÍTULO VI

DOS TOLDOS

Art. 356 . Toldos são coberturas leves removíveis, sem vedações laterais, ligando blocos ou

prédios entre si ou cobrindo acesso entre o alinhamento e as entradas da edificação,

em zonas onde é exigido o afastamento obrigatório, e deverão satisfazer os seguintes

requisitos:

I. o afastamento mínimo das divisas laterais será de 0,25m (vinte cinco

centímetros).

II. não excederem a largura das calçadas e ficarem sujeitos ao balanço máximo

de 2,00m (dois metros);

III. não prejudicarem a arborização e a iluminação pública, nem ocultarem placas

de nomenclatura de logradouros;

IV. serem feitos de material de boa qualidade e convenientemente acabados;

V. a área coberta máxima não poderá exceder 25% (vinte cinco por cento) da área

do afastamento frontal;

VI. o pé direito mínimo deverá ser de 2,20m (dois metros e vinte centímetros).

Art. 357 . Em vias onde são permitidas edificações no alinhamento predial, os toldos poderão

estender-se em toda a testada do lote.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 364

§1º. Os toldos, quando fixos, deverão atender, no que couber, ao disposto nos

artigos 351 a 355.

§2º. Os toldos deverão, ainda, estar em conformidade com o disposto no Capítulo

VI, do Título III do Código de Posturas do Município de Paranaguá.

CAPÍTULO VII

DAS PISCINAS

Art. 358 . As piscinas deverão ter:

I. estrutura adequada para resistir às pressões da água incidentes sobre as suas

paredes e fundo, quando enterradas sobre o terreno circundante;

II. paredes e fundo revestidas com material impermeável e de superfície lisa;

III. equipamento para tratamento e renovação de água.

Parágrafo único. Aplicam-se às piscinas, no que couberem, as disposições

determinadas pelo Código de Posturas de Paranaguá e pelo Código Sanitário do

Estado.

CAPÍTULO VIII

DAS VITRINES E MOSTRUÁRIOS

Art. 359 . A instalação de vitrines e mostruários só será permitida quando não advenha prejuízo

para ventilação e iluminação dos locais em que sejam integradas e não perturbem a

circulação do público.

§1º. A abertura de vão para vitrine e mostruário em fachadas ou paredes de áreas

de circulação horizontal será permitida desde que o espaço livre dessas circulações,

em toda a sua altura, atenda às dimensões mínimas estabelecidas neste Código.

§2º. Não será permitida a colocação de balcões ou vitrines nos halls de entrada e

circulação das edificações.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 365

CAPÍTULO IX

DOS ANÚNCIOS E LETREIROS

Art. 360 . A colocação de anúncios e letreiros só será feita mediante prévia licença da

Municipalidade, se estiver de acordo com o Código de Posturas de Paranaguá, bem

como se não interferir:

I. na sinalização de tráfego;

II. na visão de monumento histórico;

III. na visão de locais de interesse paisagístico.

§1º. Os anúncios e letreiros sobre as marquises somente serão licenciados mediante

prévia autorização do condomínio do respectivo prédio ou do proprietário.

§2º. Os anúncios e letreiros situados no SH (Setor Histórico), na SAE (Setor de Área

Envoltória) e na SP (Setor de Proteção) dererão ser licenciados mediante prévia

autorização do Departamento de Patrimônio Histórico.

TÍTULO VIII

DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO

CAPÍTULO I

DOS ESTACIONAMENTOS

Art. 361 . Na zona urbana, serão destinados locais para estacionamento, embarque e

desembarque, carga e descarga, que serão:

I. proporcionais às áreas edificadas;

II. cobertos ou descobertos.

Art. 362 . A fração excedente a 50,00m² (cinqüenta metros quadrados) de área construída, no

cálculo exigido para vaga de estacionamento, corresponderá sempre a mais uma

vaga.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 366

Art. 363 . Quando no mesmo terreno coexistirem usos e atividades diferentes, o número de

vagas exigidas será igual à soma das vagas necessárias para cada uso e atividade.

Art. 364 . Os espaços destinados a garagens ou estacionamentos não poderão sofrer

modificações de uso.

Parágrafo único. Nos casos de desobediência a este artigo, será aplicada multa de 100

(cem) UFMs.

Art. 365 . Nos casos de acréscimos em edificações existentes, o cálculo da reserva de

estacionamento ou guarda de veículos considerará a área de acréscimo quando este

aumento representar unidades residenciais e comerciais.

Art. 366 . As exigências relativas a estacionamento de automóveis não se aplicam:

I. a lotes com frente inferior a 8,00m (oito metros);

II. a lotes lindeiros a logradouros públicos onde seja vedado o livre trânsito de

automóveis ou a construção de garagens;

III. quando se tratar de apartamento de zelador de edificação multifamiliar

permanente.

Art. 367 . As áreas de estacionamento descoberto deverão obedecer aos mesmos critérios

definidos para as áreas cobertas e deverão, ainda, ser arborizadas na proporção de

uma árvore para cada 4 (quatro) vagas.

Art. 368 . As dependências destinadas a estacionamento deverão atender as seguintes

exigências:

I. ter pé direito mínimo livre de 2,20m (dois metros e vinte centímetros);

II. ter sistema de ventilação permanente representando 1/8 (um oitavo) da área do

piso, (neste item poderá ser incluído as portas de acesso);

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 367

III. não possuírem abertura para divisas laterais e fundos quando ocuparem as

referidas divisas;

IV. possuir vão de entrada com largura mínima de 3,00m (três metros) e o mínimo de

2 (dois) vãos quando comportarem mais de 50 (cinqüenta) veículos;

V. ter vagas de estacionamento para cada veículo locado em planta e numeradas,

com largura mínima de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) e comprimento

mínimo de 5,00m (cinco metros).

VI. os pisos serão impermeáveis, antiderrapantes e dotados de sistema que permita

um perfeito escoamento das águas da superfície;

VII. as paredes que as delimitarem serão incombustíveis;

VIII. as vagas serão do tipo livre, sendo que só poderão ser bloqueadas quando

pertencerem a mesma unidade residencial;

IX. quando houver mais de um pavimento garagem, será obrigatória uma interligação

para pedestres isolada dos veículos;

X. as escadarias deverão ser construídas dentro dos terrenos, iniciando-se a 1,20 m

( um metro e vinte centímetros ) do alinhamento e as rampas de acesso poderão ser

iniciadas junto ao alinhamento;

XI. quando tratar-se de edificação multifamiliar não será permitido rampa com

inclinação superior a 22,5 % (vinte e dois por cento);

XII. quando tratar-se de mão única, o corredor será de 3,00m (três metros) e, quando

tratar-se de mão dupla, de 5,00m (cinco metros).

§1º. O portão de acesso às garagens para edifícios multifamiliares ou

mistos deverão ter afastamento mínimo de 3,00m (três metros) do meio-fio.

§2º. Os locais cobertos para estacionamento ou guarda de veículos, para fins

privativos, unidade residencial unifamiliar, só poderão ser construídos no alinhamento

frontal com no máximo 3m (três metros) de largura e que a mesma não utltrapasse 1/3

(um terço) da testada.

§3º. No caso de edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos as rampas de acesso

não poderão ter início no alinhamento predial

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 368

Art. 369 . O dimensionamento de cada vaga de estacionamento deverá seguir o seguinte:

I. Para veículos, a vaga deverá ter a dimensão mínima de 2,40 x 5,0 metros;

II. Para ônibus, a vaga deverá ter a dimensão mínima de 3,20 x 13,00 metros;

III. Para veículos de carga, a vaga deverá ter a dimensão mínima de 3,50 x 11,0

metros.

Parágrafo único. Para edificações residenciais multifamiliares e coletivas, a dimensão

de cada vaga de automóvel poderá ser reduzida para 2,20 x 4,50 metros, até o limite de 30%

do total exigido no Artigo 371.

Art. 370 . A disposição das vagas poderá ser em paralelo ou em ângulo de 30, 45, 60 ou 90°.

Art. 371 . O espaço para manobras dependerá do tipo de veículo e da forma da disposição das

vagas, devendo seguir o disposto no quadro seguinte.

Tipo de

veículo

Largura mínima do espaço reservado para manobras (m)

Estac.

Paralelo

Estac. em

ângulo de 30º

Estac. em

ângulo de 45º

Estac. em

ângulo de 60º

Estac. em

ângulo de 90º

Automóvel 3,3

0

2,40 3,80 4,50 5,00

Ônibus 5,4

0

4,70 8,20 10,85 14,50

Veículo de

carga

5,3

0

3,70 5,70 8,50 11,50

Art. 372 . Em todo estacionamento devem ser reservadas vagas preferenciais para

estacionamento de veículos pertencentes à pessoa portadora de deficiência física.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 369

Parágrafo único. As normas relativas à localização e demarcação das vagas devem

atender também ao disposto na NBR 9050/1985.

CAPÍTULO II

DOS LOCAIS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE

Art. 373 . Serão reservadas áreas para embarque e desembarque diante de edificações de uso

público, industrial e comercial, conforme Tabela do artigo 375 deste Código, as quais

deverão ser resolvidas dentro dos lotes.

Art. 374 . A descontinuidade do passeio público será submetida à aprovação da Municipalidade.

CAPÍTULO III

DO ESTACIONAMENTO EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

Art. 375 . Para o atendimento do número mínimo de vagas de garagem ou estacionamento, de

acordo com os tipos de edificações, observar o quadro a seguir:

USO NÚMERO DE VAGAS

Residencial Unifamiliar

1 (uma) vaga de estacionamento por unidade

residencial, quando se tratar de edificação com área igual

ou acima de 100,00m² (cem metros quadrados) de área

construída

Residencial Multifamiliar

Permanente

1 (uma) vaga de estacionamento para cada

unidade residencial ou para cada 200 m² (duzentos

metros quadrados) de área construída

Residencial Multifamiliar

Transitória

1 (uma) vaga para embarque e desembarque

1 (uma) vaga para carga e descarga.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 370

1 (uma) vaga para cada 3 unidades (dormitórios

ou apartamentos). Neste caso, as garagens poderão

ser do tipo bloqueada, desde que com manobrista.

Residencial Multifamiliar

Coletiva

1 (uma) vaga para cada 3 (três) unidades

Prestação de Serviços,

consultórios, bancos e

escritórios em geral

1 vaga para cada 50 m² de área construída, com

no mínimo de 2 vagas

Serviços de Alimentação 1 vaga para cada 10 m² de salão de refeições ou

similar

Serviços de Manutenção

Pesada, Oficinas

Mecânicas e Postos de

Abastecimento

5 vagas para terrenos até 500 m²

uma vaga para cada 100 m² de terreno, quando

este tiver área superior a 500 m²

Comércio e serviço vicinal e

de bairro em geral

Facultado até 100m² de área construída

1 vaga para cada 40 m² de área construída

adicional, com o mínimo de 2 (duas) vagas

Comércio Atacadista até

400m² (1)

1 vaga para cada 60 m² de área útil

1 vaga para carga e descarga

Comércio Atacadista acima

de 400m² (1)

1 vaga para cada 100 m² de área útil

1 vaga para carga e descarga

Lojas de Departamentos (1) 1 vaga para cada 40 m² de área construída

1 vaga para carga e descarga

Mercados e Supermercados

(1)

1 vaga para cada 30 m² de área construída

1 vaga para carga Ce descarga.

Shopping Centers, Galerias

e Centros Comerciais (1)

1 vaga para cada 30 m² de área construída

1 vaga para carga e descarga

Indústrias 15 % da área do terreno, mínimo de 100 m²

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 371

Ambulatórios,

Postos de Saúde, Prontos-

socorros, Laboratórios e

Clínicas

1 vaga para cada 50 m² de área construída, com o

mínimo de 03 (três) vagas

Hospitais,

Maternidades

1 vaga por leito, até 50 leitos

1 vaga por 1,5 leito, entre 50 e 200 (duzentos)

leitos

2 vagas para ambulância

1 vaga para táxi;

2 vagas para embarque e desembarque

1 vaga para carga e descarga.

Estabelecimentos de

educação infantil, ensino de

1º grau e e ensino especial

1 vaga para cada 50 m² de área construída;

3 vagas para embarque e desembarque.

Escolas de 2º

Grau e Profissionalizantes

1 vaga para cada 50 m² de área construída, com o

mínimo de 8 vagas.

Cursos Superiores,

Supletivos e

Cursinhos

1 vaga para cada 20 m² de área construída;

1 vaga de ônibus para embarque e

desembarque

Salas Públicas e

Bibliotecas

1 vaga para cada 50 m² de área construída

Centro de

Convenções, Auditórios,

Cinemas e Teatros

1 vaga para cada 10 m² de auditório.

Igrejas, Templos e

Locais de Culto

1 vaga para cada 30 m² de área útil dos locais

destinados aos fiéis.

1 vaga para embarque e desembarque

Cemitérios 1 vaga para cada 500 m² de terreno, com mínimo

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 372

de 20 vagas.

Campings 1 vaga por barraca ou trailler

Parque de

Exposições

1 vaga para cada 50 m² de área edificada, com o

mínimo de 30 vagas;

2 vagas para táxi;

2 vagas para carga e descarga;

2 vagas para embarque e desembarque

Uso Recreacional 1 vaga para cada 30 m² de área útil dos locais

destinados ao público

Estádios, Ginásios

Cobertos e Similares

1 vaga para cada 40 m² de área construída ou

utilizada, com o mínimo de 3 vagas.

Academias de

Ginástica/Esportes,

Piscinas e Salas de Jogos

em Geral

1 vaga para cada 40 m² de área construída ou

utilizada, com o mínimo de 3 vagas.

Locais para Lazer

Noturno, Salões de Baile,

Boates e Casas de

Espetáculo, Cinemas e

Teatros

1 vaga para cada 25 m² de área construída, com o

mínimo de 3 vagas.

Clubes e

Associações

1 vaga para cada 500 m² de terreno;

1 vaga para cada 25 m² de área construída para

salão de baile ou similar

Parágrafo único. Deverá ser prevista área que permita a circulação, o carregamento e

a descarga de caminhões dentro do próprio terreno, sem que gere transtornos ao tráfego de

veículos local. Para as construções existentes e em desacordo com as normas deste Código, a

municipalidade definirá locais e horários adequados.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 373

Art. 376 . Nas edificações não contempladas no quadro apresentado no Artigo anterior, a área

de estacionamento será calculada na proporção de 1 (uma) vaga de garagem livre

para cada 100,00m² (cem metros quadrados) de área construída.

Art. 377 . Nos usos e atividades que necessitem estacionamento frontal dentro do imóvel, este

deverá ter uma profundidade mínima de 6,00m (seis metros), não computados os

passeios.

Art. 378 . Para edifícios de uso público, deverá ser reservada uma vaga para portadores de

deficiência de 3,50 x 5,00m a cada 25 vagas regulares.

Parágrafo único. A dimensão da vaga poderá ser reduzida para 2,40 x 5,0m, desde

que seja garantida a circulação para acesso ao veículo e abertura de portas.

Art. 379 . Os acessos aos estacionamentos deverão ter distancia mínima de 5,00m (cinco

metros) do encontro dos alinhamentos prediais na esquina, exceto quando se tratar de

garagem ou estacionamento com área superior a 2.000m² (dois mil metros

quadrados), quando essa distância passa a ser de 10,00m (dez metros).

CAPÍTULO IV

DO ESTACIONAMENTO DAS EDIFICAÇÕES ESPECIAIS E DE USO DIVERSO

Art. 380 . Nas edificações não residenciais de uso especiais diversos, ou em casos não

previstos neste Código, o estacionamento será definido pela Municipalidade que

poderá suprimir ou aditar regras.

CAPÍTULO V

DOS EDIFÍCIOS GARAGEM

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 374

Art. 381 . Os edifícios garagem visam o interesse mercantil e para sua instalação deverão

atender as seguintes normas:

I. a entrada deverá ser localizada antes dos serviços de controle e recepção, em

que deverá ser reservada área destinada à acumulação de veículos correspondente

a 5% (cinco por cento) no mínimo, da área total de vagas;

II. a entrada e saída deverão ser feitas por dois vãos, no mínimo, com largura

mínima de 3,00m (três metros) cada um, tolerando-se a existência de um único vão

com largura mínima de 6,00m (seis metros);

III. quando houver vãos de entrada e saída voltados cada um para logradouros

diferentes, deverá haver, no pavimento de acesso, passagem para pedestres;

IV. quando providos de rampas ou de elevadores simples de veículos, em que haja

circulação interna desses veículos, deverá haver, em todos os pavimentos, vãos de

ventilação para o exterior na proporção mínima de 1/8 (um oitavo) da área de piso,

sendo que as pistas de circulação, nesse caso, deverão ter largura mínima de 3,00 m

(três metros) quando de mão única ou 5,00 m (cinco metros) quando de mão dupla;

V. deverão dispor de salas de administração, espera e instalações sanitárias para

usuários e empregados, completamente independentes;

VI. pé direito mínimo livre de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros);

VII. quando possuírem mais de 4 (quatro) pavimentos, deverão ter além da escada,

pelo menos, um elevador com capacidade para 5 (cinco) pessoas;

VIII. para segurança de visibilidade dos pedestres que transitam pelo passeio do

logradouro público, a saída será feita por vão com medida mínima de 2,50 m (dois

metros e cinqüenta centímetros) para cada lado do eixo da pista de saída, mantida

esta largura para dentro do afastamento até 1,50 m (um metro e cinqüenta

centímetros) no mínimo;

IX. nos projetos deverão constar, obrigatoriamente, as indicações gráficas

referentes a localização de cada vaga de veículo e do sistema de circulação das

áreas necessárias aos locais de estacionamento, as rampas, passagens e

circulação;

X. vaga de estacionamento para cada carro, com largura mínima de 2,50m (dois

metros e cinquenta centímetros) e comprimento mínimo de 5,00m (cinco metros);

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 375

XI. o corredor de circulação deverá ter a largura mínima de 3,00m (três metros),

3,50m (três metros e cinquenta centímetros) ou 5,00m (cinco metros) quando os

locais de estacionamento formarem, em relação ao mesmo, ângulos de 30º (trinta

graus), 45º (quarenta cinco graus) ou 90º (noventa graus), respectivamente;

XII. não serão permitidas residências em edifício garagem, ressalvando-se as

instalações destinadas a segurança e zeladoria.

XIII. a capacidade máxima de estacionamento deverá constar obrigatoriamente nos

projetos e alvarás de obras e localização e, no caso de edifício garagem provido de

rampas, as vagas serão demarcadas nos pisos e em cada nível será afixado um

aviso:

AVISO

Capacidade máxima de estacionamento: “X” veículos.

A utilização acima destes limites é perigosa e ilegal, estando sujeitos os infratores às

penalidades da Legislação Municipal

IX. a declividade das rampas desenvolvidas em reta será de 10 a 15% e quando

em curva, de 8 a 10%.

TÍTULO IX

DA ACESSIBILIDADE AOS DEFICIENTES FÍSICOS

Art. 382 . Em qualquer edificação, à exceção das habitações unifamiliares, deverá ser garantido

o acesso aos deficientes físicos em cadeiras de rodas ou com aparelhos ortopédicos,

observadas as disposições da NBR 9050/85 que dispõe sobre a adequação das

edificações e do mobiliário urbano à pessoa deficiente.

Parágrafo único. Nas edificações não residenciais já existentes, o acesso ao

deficiente físico deverá ser garantido pelo menos até o pavimento térreo e, se houver

necessidade de rampa, essa deverá ser executada conforme o estabelecido na NBR

9050/85.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 376

Art. 383 . Quando existir desnível entre o piso e o passeio, ou quando houver desníveis internos,

será obrigatória a utilização de rampas de acesso e locomoção de deficientes físicos.

Parágrafo único. Quando não houver rampas, o acesso dos deficientes físicos a

outros pavimentos deverá ser feito através de elevador com largura mínima de 1,40m

(um metro e quarenta centímetros).

Art. 384 . Nos cinemas, auditórios, templos, teatros, estádios, ginásios esportivos e congêneres

deverão existir espaços para espectadores portadores de deficiência física ao longo

dos corredores, na proporção de 1% (um por cento) da lotação do estabelecimento,

sendo no mínimo 1 (uma) unidade especial.

TÍTULO XI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 385 . Os casos omissos no presente Código serão estudados e julgados pelo Órgão de

Planejamento, ouvida a Procuradoria Municipal e consultado, quando for o caso e nos

termos da lei, Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. observando-se as

Leis, Decretos e Regulamentos Especiais.

Art. 386 . É parte integrante desta lei o Anexo I, que dispõe sobre o dimensionamento dos

compartimentos.

Art. 387 . Os valores constantes no presente Código serão corrigidos anualmente, de

conformidade com o índice de correção fornecido pela Prefeitura Municipal.

Art. 388 . Este Código entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 389 . Ficam revogadas as disposições em contrário.

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Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 378

ANEXO I – DIMENSIONAMENTO DOS COMPARTIMENTOS E SEUS ELEMENTOS

CONSTITUINTES

QUADRO I – RESIDÊNCIAS

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QUADRO II – CASAS POPULARES

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QUADRO III - EDIFÍCIOS COMERCIAIS

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QUADRO IV - EDIFÍCIOS MULTIFAMILIARES

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 383

6 CÓDIGO DE POSTURAS – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 384

CÓDIGO DE POSTURAS

Dispõe sobre normas relativas ao Código de

Posturas do Município de Paranaguá, e dá outras

providências.

A Câmara Municipal de Paranaguá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito

Municipal, sanciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1°. Este Código, parte integrante do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do

Município de Paranaguá, contém medidas de polícia administrativa, a cargo do

Município, em matéria de higiene, segurança, ordem e costumes públicos; institui

normas disciplinadoras do funcionamento dos estabelecimentos industriais,

comerciais e prestadores de serviços, estatui as necessárias relações jurídicas entre

o Poder Público e os munícipes, visando disciplinar o uso e gozo dos direitos

individuais e do bem-estar geral.

Art. 2°. Todas as funções referentes à execução deste Código, bem como a aplicação das

penalidades nele previstas, serão exercidas por órgãos municipais, cuja

competência, para tanto, estiver definida na Legislação Municipal.

Art. 3°. Os casos omissos desse Código serão resolvidos pelo Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano por analogia às disposições concernentes.

Art. 4°. Sujeita-se às normas do presente Código a forma de utilização de todas as Áreas de

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 385

Domínio Público e demais espaços de utilização pública, quer pertencentes a

entidades públicas ou privada.

Art. 5°. Sujeitam-se, igualmente, às normas do presente Código, no que couber, edificações

e atividades particulares que no seu todo ou em parte, interfiram ou participem de

alguma forma das relações cotidianas do meio urbano.

CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA

Art. 6°. Ao Chefe do Poder Executivo e em geral aos servidores municipais, incumbe zelar

pela observância dos preceitos deste Código.

Art. 7°. Este Código não compreende as infrações previstas no Código Penal e em outras

leis federais e estaduais, bem como a Legislação Sanitária em vigor no país.

CAPÍTULO III

DOS OBJETIVOS

Art. 8°. As disposições sobre as normas arquitetônicas e urbanísticas contidas nos Códigos

de Posturas, visam:

I. Assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene, salubridade

e conforto nos espaços e edificações deste Município;

II. Garantir o respeito às relações sociais e culturais específicas da região;

III. Estabelecer padrões relativos à qualidade de vida e de conforto ambiental

IV. Promover a segurança e harmonia entre os munícipes.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 386

TÍTULO II

DAS INFRAÇÕES

CAPITULO I

DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 9º. É infração, para os fins da presente lei, todo e qualquer ato ou omissão que contrarie

o disposto neste Código, ou outras Leis, Decretos, Resoluções ou Atos baixados

pelo Poder Executivo Municipal no uso de seu poder de polícia.

Art. 10. Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger ou auxiliar

alguém a praticar infração, além dos encarregados de executar este Código, que tendo

conhecimento da infração, deixarem de aplicá-la.

Parágrafo único. Serão punidos de conformidade com o presente Código:

I. os servidores que se negarem a prestar assistência aos munícipes

quando solicitados para prestar esclarecimentos das normas

consubstanciadas neste Código;

II. os agentes fiscais que, por culpa ou má-fé, lavrarem autos sem

obediência aos requisitos legais, de forma a lhes acarretar nulidade;

III. os agentes fiscais que tendo conhecimento da infração, deixarem de

aplicá-la.

Art. 11. A penalidade, além de impor a obrigação de fazer ou não fazer, consistirá em multa

e/ou apreensão.

§1º. Nas reincidências, as multas serão consideradas com acréscimo de 20% (vinte

por cento).

§2º. Considera-se reincidente, para aplicação da multa, a prática de outra infração da

mesma natureza.

Art. 12. Na imposição da multa, e para graduá-la, considerar-se-á:

I. a gravidade da infração;

II. as suas circunstâncias atenuantes ou agravantes;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 387

III. os antecedentes do infrator, com relação às disposições deste Código.

Art. 13. Os contribuintes que estiverem em débito em relação a tributos e multas junto à

municipalidade, não poderão receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a o

Município, participar de concorrência, coleta ou tomada de preços, celebrar contratos ou termos

de qualquer natureza, ou transacionar a qualquer título com o Município de Paranaguá.

Art. 14. As penalidades a que se refere este Código não isentam o infrator da obrigação de

reparar o dano resultante da infração, no termos da legislação civil federal.

Parágrafo único. Aplicada a multa, não fica o infrator desobrigado do cumprimento

da exigência regulamentar que a houver determinado.

Art. 15. Nos casos de apreensão, os objetos apreendidos serão recolhidos ao depósito da

Municipalidade, suportando com os encargos de fiel depositário.

Parágrafo único. Quando a providência referida no caput não for possível, ou a

apreensão se realizar fora da cidade, poderão ser depositados em mãos de terceiros,

ou do próprio infrator, se idôneo, observadas as formalidades legais.

Art. 16. Serão sustadas as apreensões feitas por força das disposições deste Código, se o

infrator prontificar-se a pagar incontinenti a multa devida, cumprindo, de imediato, os demais

preceitos que houver violado, ou prestar fiança correspondente ao valor dos objetos

apreendidos, em dinheiro, depositado nos cofres municipais, bem como ressarcir a

Municipalidade das despesas com apreensão, transporte e depósito, dentre outras.

Art. 17. Não são diretamente passíveis das penalidades definidas neste Capítulo:

I. os incapazes na forma da Lei;

II. os que forem coagidos ou induzidos a cometer infração.

Art. 18. Sempre que a infração for praticada por qualquer dos agentes a que se refere o artigo

anterior, a penalidade recairá:

I. sobre os pais, tutores ou pessoas sob cuja guarda estiver o menor;

II. sobre o curador ou pessoa sob cuja guarda estiver o incapaz de toda

ordem;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 388

III. sobre aquele que der causa à contravenção forçada.

Art. 19. A infração de qualquer disposição para a qual não haja penalidade expressamente

estabelecida neste Código, será punida com a multa de até 300 (trezentas) UFMs – Unidades

Fiscais do Município, variável segundo a gravidade da infração.

CAPÍTULO II

DOS AUTOS DE INFRAÇÃO E DOS RECURSOS

Art. 20. Auto de infração é o instrumento legal por meio do qual a autoridade municipal apura a

violação da Legislação Municipal.

Art. 21. Verificando-se infração às normas deste Código, será expedida contra o infrator,

notificação preliminar para que regularize a situação no prazo máximo de até 15 (quinze) dias

corridos, contados da ciência, determinado pela autoridade competente.

Art. 22. São autoridades competentes para lavrar auto de infração, os fiscais municipais.

Art. 23. Ensejará também a lavratura de auto de infração, qualquer violação das normas deste

Código, que for levada ao conhecimento do Chefe do Poder Executivo ou dos Secretários

Municipais, por servidor municipal ou cidadão que tiver conhecimento, devendo a comunicação

ser acompanhada de prova documental ou testemunhal.

Parágrafo único. Recebendo tal comunicação, a autoridade competente, sempre

que puder, ordenará para que se proceda de acordo com o artigo 21.

Art. 24. O auto de infração obedecerá a modelos especiais, podendo ser impresso ou por

sistema de processamento de dados.

Art. 25. O auto de infração conterá obrigatoriamente:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 389

I. dia, mês, ano, hora e lugar em que foi lavrado;

II. o nome do autuante, bem como sua função ou cargo;

III. relato, com toda clareza, do fato constitutivo da infração e os pormenores

que possam servir de atenuantes ou agravantes à ação;

IV. nome do infrator, sua profissão e residência;

V. dispositivo legal violado;

VI. intimação ao infrator para pagar os tributos e multas devidas ou

apresentar defesa e prova nos prazos previstos por este Código;

VII. assinatura de quem o lavrou, do infrator e de duas testemunhas

capazes, se houver.

Parágrafo único. Negando-se o infrator a assinar o auto, deverá ser anotada a sua

recusa e remetido pelo correio o documento, sob registro com aviso de recebimento

do infrator.

Art. 26. Lavrado e devidamente processado o auto, aguardar-se-á, no serviço competente, o

decurso de prazo da apresentação de defesa, que deverá ser apresentada por escrito ao

Secretário ao qual estiver subordinado o autuante.

Parágrafo único. Se o autuado apresentar defesa, sobre a mesma, se manifestará o

autuante prestando as necessárias informações.

Art. 27. Se, decorrido o prazo estipulado, não apresentar o autuado a sua defesa, será o

mesmo considerado revel, do que será lavrado um termo pelo servidor competente, lançando

de ofício, multas e demais penalidades, previstas neste Código e em Legislação Municipal.

Art. 28. Decorrido o prazo sem o devido pagamento, a multa será inscrita em dívida ativa,

extraindo-se a competente certidão, para se proceder a cobrança executiva.

Art. 29. A intimação do(s) infrator(s) será feita, sempre que possível, pessoalmente, via postal

e não sendo encontrado, será publicada em edital, no mural público na sede da Municipalidade

e no Boletim Oficial.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 390

CAPÍTULO III

DA DECISÃO EM PRIMEIRA E SEGUNDA INSTÂNCIA

Art. 30. As defesas contra a ação dos agentes fiscais serão decididas pela Secretaria de

Planejamento, que proferirá decisão no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 31. A decisão redigida com simplicidade e clareza, concluirá pela procedência ou

improcedência do auto de infração ou da reclamação, definindo expressamente os seus efeitos

nos casos respectivos.

Parágrafo único. Em sendo considerado procedente o auto de infração, proceder-se-

á com a aplicação da penalidade nele prevista.

TÍTULO III

DO TRATAMENTO DA PROPRIEDADE, DOS LOGRADOUROS E DOS BENS PÚBLICOS

CAPÍTULO I

DAS VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 32. As vias e logradouros públicos urbanos do Município de Paranaguá devem ser

utilizados para o fim básico a que se destinam, respeitadas as limitações e restrições prescritas

neste Código.

Art. 33. A ninguém é lícito, sob qualquer pretexto, salvo nos casos previstos no presente

Código e desde que antecipadamente autorizado pela Municipalidade ou órgão competente

afim:

I. abrir rua, travessas ou praças sem prévio alinhamento e nivelamento

fornecido pela Municipalidade;

II. deixar em mau estado de conservação as calçadas e passeios

fronteiriços, paredes frontais das edificações e dos muros que fazem

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 391

frente para as vias públicas;

III. danificar ou alterar de qualquer modo, calçamento, passeios, calçadas e

meio-fio;

IV. danificar por qualquer modo, postes, fios e instalações de energia elétrica,

telégrafo, telefone, antenas de televisão nas zonas urbanas e suburbanas

da Sede e dos Distritos;

V. deixar de remover os restos de entulhos resultantes de construção e

reconstrução, bem como de podas de jardins e cortes de árvores;

VI. deixar nas ruas, praças, travessas ou logradouros públicos, águas

servidas e quaisquer detritos prejudiciais ao asseio e à higiene pública;

VII. estreitar, mudar ou impedir de qualquer modo a servidão pública das

estradas e caminhos;

VIII. colocar tranqueiras ou mesmo porteiras em estradas e caminhos públicos;

IX. danificar por qualquer forma, as estradas de rodagem e caminhos

públicos;

X. embaraçar ou impedir por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou

veículos nas vias, praças, passeios e logradouros públicos;

XI. impedir que se façam escoadouros de águas pluviais por dentro de

propriedades marginais das estradas e caminhos públicos, desde que

devidamente tubulados;

XII. lavar veículos em áreas públicas;

XIII. embaraçar ou impedir por qualquer modo o livre trânsito nas estradas e

caminhos públicos, bem como nas ruas, praças e passeios da cidade.

§1°. Compreende-se na proibição deste artigo o depósito de qualquer material,

inclusive de construção, nas vias públicas em geral.

§2°. As autorizações previstas no caput deste artigo deverão ser requeridas pelos

interessados, acompanhadas de uma descrição ou croqui do ato a ser praticado e de

sua finalidade.

Art. 34. É expressamente proibido nas ruas do Município:

I. conduzir animais ou veículos de tração animal em disparada;

II. conduzir animais bravios sem a necessária precaução;

III. conduzir ou conservar animais de tração sobre os passeios;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 392

IV. manter soltos ou guardados sem as devidas cautelas animais bravios ou

ferozes;

V. amarrar animais em postes, árvores, grades ou portas;

VI. arrastar madeiras ou quaisquer outros materiais volumosos pesados;

VII. conduzir carros de boi sem guieiros;

VIII. armar quaisquer barraquinhas sem licença da Municipalidade;

IX. atirar ou deixar qualquer tipo de material ou detrito, sacudir objetos que

possam causar riscos aos trauseuntes e veículos, ou capazes de afetar a

estética e a higiene da via pública;

X. realizar jogos de bola ou outros esportes fora do horário estipulado pela

Municipalidade;

XI. reformar, pintar, consertar veículos;

XII. depositar materiais;

XIII. conduzir em veículos abertos, materiais que possam comprometer o

asseio das vias públicas;

XIV. conduzir pessoas ou animais portadores de moléstias infecto-

contagiosas sem as necessárias precauções de higiene e isolamento.

Parágrafo único. Não será permitida a passagem e estacionamento de tropas ou

rebanhos na cidade, a não ser em vias públicas e locais para isso designados

quando devidamente autorizados pela Municipalidade, ficando o infrator sujeito a

multa de 500 (quinhentas) UFMs – Unidade Fiscal do Município.

Art. 35. Quem realizar escavações, obras ou demolições, fica obrigado a colocar divisas ou

sinais de advertência, mesmo quando se tratar de serviços públicos, conservando os locais

devidamente iluminados à noite.

Art. 36. Todo aquele que danificar ou retirar sinais colocados nas vias públicas para

advertência de perigo, orientação ou impedimento de trânsito será punido com multa, além da

responsabilidade criminal e civil que couber.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 393

Art. 37. É vedado fazer escavações que diminuam ou desviem as águas de servidão pública,

bem como represar águas pluviais de modo a alagar qualquer logradouro público ou

propriedade de terceiros.

Art. 38. Nas árvores dos logradouros não poderão ser afixados ou amarrados fios, nem

colocados anúncios, cartazes e outros objetos.

Art. 39. É atribuição exclusiva da Municipalidade, podar, cortar, derrubar ou sacrificar as

árvores de arborização pública.

Art. 40. É proibido ainda lançar nos logradouros, nos terrenos sem edificações ou nas várzeas,

valas, bueiros e sarjetas, lixo de qualquer origem, entulhos, cadáveres de animais, fragmentos

pontiagudos ou qualquer material que possa causar incômodo à população ou prejudicar a

estética da cidade, bem como queimar, dentro do perímetro urbano, qualquer substância

nociva à população e ao meio ambiente.

§1°. Aplicam-se também estas medidas nas áreas situadas nos cursos d'água que

passam dentro do perímetro urbano.

§2°. Fica sujeito à regulamentação pela Municipalidade, o uso das áreas em função

do barlavento dos ventos predominantes.

Art. 41. A Municipalidade poderá impedir o trânsito de qualquer veículo ou meio de transporte

que possa ocasionar danos aos logradouros.

Art. 42. Para comícios políticos e festividades cívicas, religiosas ou de caráter popular, poderão

ser armados coretos ou palanques provisórios nos logradouros públicos, desde que solicitado à

Municipalidade a autorização para sua localização.

Parágrafo único. Para a autorização do disposto neste artigo deverão ser

observados os seguintes requisitos:

I. ser aprovado pela Municipalidade quanto à sua localização;

II. não prejudicar o calçamento nem o escoamento das águas pluviais,

vegetação e outros bens públicos, correndo por conta dos responsáveis

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 394

pelas festividades, os estragos porventura verificados;

III. serem removidos no prazo de 24 horas (vinte e quatro horas) a contar do

encerramento das festividades;

IV. não perturbar o trânsito público;

V. sejam aprovados previamente pelo órgão sanitário competente deste

Município.

SEÇÃO ÚNICA

DO MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO URBANO

Art. 43. A instalação de mobiliário ou equipamentos urbanos que comporte os usos: telefone,

correio, segurança, comércio de jornais, revistas, cigarros, doces embalados, café e similares,

flores, lanchonete, sucos, sorvete e outros do gênero em logradouros públicos, reger-se-á por

este Código, obedecidos os critérios de localização e usos aplicáveis a cada caso, e só será

permitido quando não acarretar:

I. prejuízo a circulação de veículos e pedestres ou ao acesso de bombeiros

e serviços de emergência;

II. interferência no aspecto visual e no acesso às construções de valor

arquitetônico, artístico e cultural;

III. interferência em toda extensão da testada de escolas, templos de culto,

prédios públicos e hospitais;

IV. interferência nas redes de serviços públicos;

V. obstrução ou diminuição do panorama significativo ou eliminação de

mirante;

VI. redução de espaços abertos, importantes para paisagismo, recreação

pública ou eventos sociais e políticos;

VII. prejuízo à escala, ao ambiente e às características naturais do entorno.

Art. 44. A instalação de equipamento, além das condições exigidas no artigo anterior,

pressupõe:

I. diretrizes de planejamento da área ou projeto existente de ocupação;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 395

II. características do comércio existente no entorno;

III. diretrizes de zoneamento de uso e ocupação do solo;

IV. riscos para o equipamento.

Parágrafo único. A instalação de equipamentos em parques, praças, largos e

jardins públicos, depende da anuência prévia da Municipalidade ouvido o órgão

responsável pelo meio ambiente e o Conselho Municipal de desenvolvimento

Urbano.

Art. 45. Os padrões para o equipamento serão estabelecidos em projetos do órgão de

planejamento competente.

Art. 46. A ocupação do logradouro público com mesas e cadeiras poderá ser permitida, desde

que, satisfeitas as seguintes condições:

I. preservem uma faixa mínima para o trânsito público, não inferior a 2,00m

(dois metros);

II. corresponderem, apenas, às testadas dos estabelecimentos comerciais

para os quais forem licenciados;

III. não excedam a linha média dos passeios, de modo a ocuparem no

máximo a metade desses, a partir da testada;

IV. guardem as mesas, entre si, distância mínima de 1,50m (um metro e

cinqüenta centímetros);

V. sua instalação, estando em concordância com a Legislação Sanitária

vigente no Município, Estado ou Federação, seja previamente aprovada

pelo órgão sanitário competente no Município.

Parágrafo único. O pedido de licença será acompanhado de uma planta ou desenho

cotado, indicando a testada da casa comercial, a largura do passeio, o número e a

disposição das mesas e cadeiras, bem como de uma declaração do proprietário ou

responsável legal sobre o fluxo, metodologia empregada e tipo de gênero alimentício

envolvido, quando for o caso.

Art. 47. Através de requerimento à Assessoria de Planejamento, poderão ser permitidos nos

logradouros públicos, a instalação de relógios, estátuas, fontes e qualquer monumento, se

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 396

comprovado o seu valor artístico ou cívico a juízo da Municipalidade, da qual dependerá a

aprovação do local para instalação dos mesmos.

§1°. Os relógios colocados nos logradouros públicos ou em qualquer ponto exterior

de edifícios serão obrigatoriamente mantidos em perfeito estado de funcionamento e

precisão horária pelo requerente.

§2°. As fontes ou similares de que trata este artigo serão obrigatoriamente mantidas

em perfeitas condições materiais e sanitárias pelo requerente, de modo a não causar

risco a saúde da população.

Art. 48. As infrações dos dispositivos constantes deste Capítulo serão punidas com multa de

100 (cem) UFMs – Unidade Fiscal do Município, elevadas em 20% (vinte por cento) nas

reincidências, sem prejuízos das responsabilidades criminal e civil cabíveis.

CAPÍTULO II

DAS CALÇADAS E PASSEIOS

Art. 49. Calçada é a parte da via, normalmente segregada em nível diferente, não destinada à

circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e quando possível, à implantação do

mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros.

Parágrafo único. Passeio é a parte da calçada ou pista de rolamento, neste último

caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à

circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.

Art. 50. As calçadas públicas são de responsabilidade exclusiva dos proprietários, possuidores

do domínio útil ou a qualquer título, de imóveis, no tocante a sua construção, restauração,

conservação e limpeza, observando as normas e padrões a serem fixados em Legislação

Específica.

Art. 51. Nas calçadas públicas, é expressamente proibido:

I. depositar lixo ou detritos sólidos e líquidos de qualquer natureza;

II. apresentar superfície inteiramente lisa ou com desnível que possa

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 397

produzir escorregamento ou queda;

III. possuir em seu piso qualquer tipo de letreiro ou anúncio de caráter

permanente ou não;

IV. escoar rejeitos e dejetos líquidos de qualquer natureza;

V. transitar com qualquer tipo de meio de transporte, exceto carrinhos de

crianças e cadeiras de rodas;

VI. conduzir volumes de grande porte, que possam embaraçar o trânsito de

pedestres;

VII. estacionar, temporária ou permanentemente, qualquer tipo de meio de

transporte;

VIII. depositar materiais ou entulhos provenientes de construções sem o uso

de acondicionantes e protetores adequados (tapumes) e autorização

prévia da Municipalidade;

IX. executar qualquer benfeitoria ou modificação nas calçadas que

impliquem na alteração de sua estrutura normal, sem prévia autorização

da Municipalidade;

X. implantar ou instalar equipamentos que possam afetar prejudicialmente a

espacialidade horizontal e vertical e a circulação natural de transeuntes,

observando-se no caso dos equipamentos de ar condicionado, uma altura

não inferior a 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) e a adoção de

dutos para condução de água ao solo;

XI. instalar nas fachadas dos prédios e edificações, elementos que

coloquem em risco a integridade física dos transeuntes;

XII. preparar materiais para a construção de obra, na calçada pública;

XIII. lavar meios de transporte ou outros equipamentos nas calçadas públicas;

XIV. executar qualquer tipo de obra, para a implantação de infra-estrutura ou

serviço de utilidade pública sem a prévia autorização por escrito da

Municipalidade;

XV. colocar mesas e cadeiras para atendimento ao público.

Art. 52. As calçadas deverão apresentar uma declividade de 2% (dois por cento) do

alinhamento para o meio fio.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 398

Art. 53. Nas calçadas públicas podem ser instalados equipamentos temporários ou

permanentes, para a coleta de lixo, contanto que obedeçam as normas e padrões da

Municipalidade.

Art. 54. Os proprietários são obrigados a manter as calçadas permanentemente em bom

estado de conservação, sendo expedidas a juízo do setor competente, as intimações

necessárias aos respectivos proprietários, para consertos ou para reconstrução dos mesmos.

Art. 55. Caberá à municipalidade o conserto ou reconstrução das calçadas, quando forem por

ela danificadas, no prazo de 60 (sessenta) dias, findo qual o proprietário poderá reconstruí-la e

solicitar reembolso, mediante requerimento e autorização legal prévios e apresentação de

orçamento e notas fiscais à Secretaria de Urbanismo.

Art. 56. As canalizações para escoamento das águas pluviais e outras passarão sob as

calçadas.

Art. 57. Quando se tornar necessário fazer escavação nas calçadas dos logradouros, para

assentamento de canalização, galerias, instalações de subsolo ou qualquer outro serviço,

a reposição do revestimento das mesmas calçadas deverá ser feita de maneira a não

resultarem remendos, ainda que seja necessário refazer ou substituir completamente todo o

revestimento, cabendo as despesas respectivas aos responsáveis pelas escavações, seja um

particular, empresa contratante de serviços de utilidade pública ou repartição pública.

Art. 58. Se intimados pela Municipalidade a executar o fechamento de terrenos, a construção

de calçada ou outras obras necessárias ou serviços, os proprietários não atenderem a

intimação, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, ficarão sujeitos a pagar o valor do mercado dos

serviços efetuados pela municipalidade, acrescido de 20 % (vinte por cento) adicionais,

relativos à administração.

Parágrafo único. Ficam isentos do pagamento da taxa adicional relativa à

administração, os proprietários cuja renda familiar não ultrapasse a 5 (cinco) salários

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 399

mínimos e sejam proprietários de um único imóvel.

Art. 59. Quando, em virtude dos serviços de calçamento executados pela Municipalidade em

logradouro situado em qualquer das zonas da cidade, em que forem alterados o nível ou

largura das calçadas, cujos serviços já tenham sido realizados sem que a Municipalidade tenha

fornecido a cota e o alinhamento anterior, competirá aos proprietários a reposição destas

calçadas em bom estado, de acordo com a nova posição dos meios-fios.

Parágrafo único. Caso a Municipalidade tenha fornecido a cota e o alinhamento

anteriormente e tenha modificado o projeto inicial, competirá a essa a reposição

destas calçadas em bom estado de acordo com o novo projeto.

Art. 60. Não poderão ser feitas rampas de acesso nos passeios dos logradouros destinados à

entrada de veículos.

Parágrafo único. Tendo em vista a natureza dos veículos que tenham de trafegar

sobre a calçada, a Secretaria competente indicará, no alvará de licença a ser

concedido, a espécie de calçamento que neles deva ser adotado, bem como a faixa

das calçadas destinadas a esse tráfego de veículos.

Art. 61. O rampeamento das soleiras e o rebaixamento do meio-fio são obrigatórios sempre

que tiver entrada de veículos nos terrenos ou prédios com travessia de calçada de logradouro,

sendo proibida a colocação de cunhas ou rampas de madeira ou de outros materiais fixos ou

móveis, nas sarjetas ou sobre a calçada, junto às soleiras de alinhamento para o acesso de

veículos.

Art. 62. As intimações para correção dos rampeamentos objetivando obedecer este capítulo,

quando necessárias, deverão ser cumpridas no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias.

Art. 63. Os munícipes que desatenderem às disposições desse capítulo estarão sujeitos ao

pagamento de multa de 100 (cem) UFMs – Unidade Fiscal do Município, elevadas em 20%

(vinte por cento) nas reincidências, sem prejuízos das responsabilidades criminal e civil

cabíveis.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 400

CAPÍTULO III

DO FECHAMENTO E CONSERVAÇÃO DE TERRENOS NO ALINHAMENTO

Art. 64. Os terrenos não edificados situados dentro da Macrozona Urbana, com testada para

logradouro público, loteados ou não, serão obrigatoriamente fechados no alinhamento, desde

que o logradouro público seja pavimentado.

Art. 65. O fechamento dos terrenos não edificados, na Macrozona Urbana e na Macrozona

Rural, poderá ser exigido pela Municipalidade, quando assim julgar conveniente, sendo

permitido o emprego de muro, cerca de madeira, cerca de arame liso, tela ou cerca viva.

Art. 66. Os terrenos que margeiam as estradas de rodagem serão obrigatoriamente fechados

no alinhamento frontal.

Art. 67. Nas áreas de uso residencial poderá ser dispensado o fechamento frontal dos terrenos

construídos, desde que nos mesmos seja mantido um ajardinamento rigoroso e

permanentemente conservado, e que o limite entre o logradouro e o terreno fique marcado com

meio-fio, cordão de cimento ou processo equivalente.

Art. 68. Não será permitido o emprego de espinheiros para fechamento de terrenos.

Art. 69. Quando os terrenos forem fechados por meio de cercas vivas e estas não forem

convenientemente conservadas, a Municipalidade poderá exigir a substituição desse

fechamento por outro.

Art. 70. Os terrenos não construídos dentro do perímetro urbano deverão ser mantidos limpos,

capinados e drenados.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 401

Art. 71. Os terrenos pantanosos ou alagados, situados nas zonas urbanas, serão drenados

pelos respectivos proprietários, quando intimados pela Municipalidade.

Art. 72. É proibido colocar cacos de vidro, arames farpados e cercas elétricas, nos muros

frontais, laterais e de fundos.

Art. 73. Os munícipes que desatenderem às disposições desse capítulo estarão sujeitos ao

pagamento de multa de 20 (vinte) UFMs – Unidade Fiscal do Município, elevadas em 20%

(vinte por cento) nas reincidências, sem prejuízos das responsabilidades criminal e civil

cabíveis.

CAPÍTULO IV

DAS CERCAS E FECHOS DIVISÓRIOS

Art. 74. Presumem-se comuns as cercas entre propriedades urbanas ou rurais, devendo os

proprietários dos imóveis confinantes concorrerem em partes iguais para as despesas de sua

construção e conservação, na forma da legislação civil brasileira.

Parágrafo único. As cercas divisórias em terrenos rurais, salvo acordo expresso

entre os proprietários, serão construídas por:

I. cerca de arame liso ou farpado, com quatro fios, no mínimo, e 1,50m (um

metro e cinqüenta centímetros) de altura;

II. telas de fio metálico resistente, com altura de 1,50m (um metro e

cinqüenta centímetros);

III. cerca vivas, de espécies vegetais adequadas e resistentes;

IV. valas, quando o terreno no local não for suscetível de erosão, com 2,00m

(dois metros) de largura na boca e 50 cm (cinqüenta centímetros) de

base.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 402

Art. 75. Correrão por conta exclusiva dos proprietários ou detentores a construção e

conservação das cercas para conter aves domésticas, cabritos, carneiros, porcos, gados ou

outros animais que exijam cercas especiais em terrenos rurais e nas Zonas de Consolidação e

Expansão Urbana e na Zona de Ocupação Dirigida.

§1°. A criação de animais na Macrozona Urbana não é permitida, exceto os de

estimação, os quais deverão ser mantidos de modo a não causarem risco à saúde da

população, devidamente abrigados e tratados, obedecendo ainda o disposto na

Legislação Sanitária vigente.

§2°. As cercas especiais a que se refere o caput deste artigo serão feitas do

seguinte modo:

I. por cerca de arame farpado, com 10 (dez) fios no mínimo e altura de

1,50m (um metro e cinqüenta centímetros);

II. por muro de pedras ou de tijolos, de 1,50m (um metro e cinqüenta

centímetros) de altura;

III. por telas de fio metálico resistente, com malha fina, com altura de 1,50m

(um metro e cinqüenta centímetros);

IV. por sebes vivas e compactas que impeçam a passagem de animais de

pequeno porte.

§3°. Os proprietários de bovinos, eqüinos e outros animais na Macrozona Rural, são

obrigados a ter cercas reforçadas e adotar providências adequadas para que os

mesmos não incomodem ou causem prejuízos a terceiros, nem vaguem pelas

estradas, ficando, pela inobservância deste preceito, sujeito às penalidades legais.

Art. 76. Será aplicada a multa de 100 (cem) UFMs – Unidade Fiscal do Município, elevada a 20

% (vinte por cento) na reincidência, ao proprietário que fizer cercas em desacordo com as

normas fixadas no artigo 74 deste Código.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 403

CAPÍTULO V

DO EMPACHAMENTO DAS VIAS PÚBLICAS

Art. 77. Nenhuma obra, inclusive demolição, quando feita no alinhamento das vias públicas,

poderá dispensar o tapume provisório, que deverá ocupar uma faixa de no máximo 2/3 (dois

terços) do vão livre do passeio, com o mínimo de 1,5m (um metro e cinqüenta centímetros) de

vão livre, e em casos especiais, conforme especificações do Código de Obras e Edificações e

mediante autorização de órgãos competentes.

§1°. Quando os tapumes forem construídos em esquinas, as placas de nomenclatura

dos logradouros serão nele afixadas, de forma bem visível.

§ 2°. Dispensa-se o tapume quando se tratar de:

I. construção ou reparo de muros ou grades com altura não superior a

2,00m (dois metros);

II. pinturas ou pequenos reparos.

Art. 78. Os andaimes deverão satisfazer as seguintes condições:

I. apresentarem perfeitas condições de segurança;

II. a sua altura não poderá ser inferior a 2,00m (dois metros), e providos de

platibanda de proteção contra queda de objetos na via pública;

III. não causarem danos às árvores, aparelhos de iluminação e redes

telegráficas e de distribuição de energia elétrica.

Parágrafo único. O andaime deverá ser retirado quando ocorrer a paralisação da

obra por mais de 6 (seis) meses.

Art. 79. Todo aquele que, a título precário, ocupar logradouro público, nele afixando barracas

ou similares, ficará obrigado a prestar caução quando da concessão da autorização respectiva,

em valor que será arbitrado pela autoridade competente, destinada a garantir a boa

conservação ou restauração do logradouro.

§1°. Não será exigida caução para localização de bancas de jornais, revistas e

barracas de feiras-livre ou quaisquer outras instalações que não impliquem

escavações do passeio ou da pavimentação.

§2°. Findo o período de utilização do logradouro, e verificado pelo órgão competente

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 404

da Municipalidade que se encontra nas condições anteriores à ocupação, o

interessado poderá requerer o levantamento da caução.

§3°. O não levantamento da caução, no prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data em

que poderia ser requerido, importará na sua perda, em benefício da Municipalidade.

Art. 80. Em caso de infração de dispositivos deste capítulo, será imposta a multa

correspondente de 50 (cinqüenta) UFMs – Unidade Fiscal do Município.

CAPÍTULO VI

DOS TOLDOS

Art. 81. A instalação de toldos à frente de lojas ou de outros estabelecimentos comerciais será

permitida desde que esses satisfaçam as seguintes condições:

I. não excedam a largura das calçadas e fiquem sujeitos ao balanço

máximo de 2,00m (dois metros);

II. não desçam, quando instalados no pavimento térreo, os seus elementos

constitutivos, inclusive bambinelas, abaixo de 2,20m (dois metros e vinte

centímetros) em cota referida ao nível da calçada;

III. não prejudiquem a arborização e a iluminação pública, nem ocultem

placas de nomenclatura de logradouros;

IV. sejam aparelhados com ferragens e roldanas necessárias ao completo

recolhimento da peça junto a fachada;

V. sejam feitos de material de boa qualidade e convenientemente acabados.

§1°. Será permitida a colocação de toldos metálicos, constituídos por placas e

providos de dispositivos reguladores de inclinação com relação ao plano da fachada,

dotados de movimentos de contração e distensão, desde que satisfaçam as

seguintes exigências:

I. o material utilizado deverá ser indeteriorável, não sendo permitida a

utilização de materiais quebráveis ou estilhaçáveis;

II. o mecanismo de inclinação dando para o logradouro deverá garantir

perfeita segurança e estabilidade ao toldo e não poderá permitir que seja atingido o

ponto abaixo da cota de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), a contar do nível do

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 405

passeio.

§2°. Para colocação de toldos, o requerimento à Municipalidade deverá ser

acompanhado de desenho técnico representando uma seção normal à fachada, na

qual figurarão o toldo, o segmento da fachada e o passeio, com as respectivas cotas,

no caso de se destinarem ao pavimento térreo.

§3º. Os toldos, deverão ainda, estar em conformidade com o disposto no Código de

Edificações.

Art. 82. É vedado pendurar, fixar ou expor mercadorias nas armações dos toldos.

Art. 83. Na infração dos dispositivos deste Capítulo, será imposta a multa correspondente de

30 (trinta) UFMs.

Parágrafo único - Na primeira reincidência dos dispositivos deste Capítulo será o

toldo retirado pela Municipalidade, proibindo-se a reposição.

CAPÍTULO VII

DOS MASTROS NAS FACHADAS DOS EDIFÍCIOS

Art. 84. A colocação de mastros nas fachadas será permitida, desde que sem prejuízo da

segurança dos transeuntes.

Art. 85. Os mastros não poderão ser instalados em altura abaixo de 2,20m (dois metros e vinte

centímetros) em cota referida ao nível da calçada.

Parágrafo único. Os mastros que não satisfizerem os requisitos do presente artigo

deverão ser substituídos, removidos ou suprimidos, sem prejuízo à aplicação de

multa equivalente à definida no art. 83, da presente lei.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 406

TÍTULO IV

DA HIGIENE PÚBLICA

CAPÍTULO ÚNICO

DA HIGIENE DOS LOTES E DAS EDIFICAÇÕES

Art. 86. As edificações e respectivos lotes serão conservados em perfeito estado de asseio e

usados de forma a não causar qualquer prejuízo ao sossego, à salubridade ou à segurança

dos seus habitantes ou vizinhos.

Parágrafo único. Os proprietários de terrenos pantanosos são obrigados a drená-

los a fim de evitar a formação de focos de insetos, répteis, aracnídeos e outros que

ofereçam risco à saúde pública.

Art. 87. É vedado:

I. sujar ou danificar qualquer parte das edificações públicas ou de uso

coletivo;

II. jogar cascas de frutas, papéis ou detritos de qualquer natureza fora dos

lugares apropriados.

Art. 88. O lixo das edificações será recolhido em vasilhames apropriados, do tipo aprovado

pela autoridade competente para ser removido pelo serviço de limpeza pública.

Parágrafo único. Não serão considerados como lixo os resíduos industriais das

fábricas ou oficinas, restos de materiais de construção, entulhos provenientes de

demolições, terra, galhos de árvores, resíduos de cocheiras ou estábulos, os quais

serão transportados por conta do morador do edifício ou habitação de qualquer

natureza ou proprietário do estabelecimento para local adequado, aprovado pela

autoridade sanitária competente, e de acordo com a solução definida pelo órgão

Municipal, Estadual ou Federal do Meio Ambiente.

Art. 89. Quando o destino final do lixo for o aterro sanitário, deverá atender a legislação

específica.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 407

Art. 90. Nenhuma edificação situada em via pública dotada de rede de água e esgoto poderá

ser habitada sem que disponha dessas utilidades e seja provida de instalações sanitárias.

Art. 91. Não é permitido conservar água estagnada nos quintais ou pátios dos prédios situados

na Macrozona Urbana.

Parágrafo único. As providências para o escoamento das águas estagnadas em

terrenos particulares competem aos respectivos proprietários, que as executarão

dentro do prazo que lhe for marcado na intimação.

Art. 92. Na infração dos dispositivos deste Capítulo, será imposta a multa correspondente de

30 (trinta) UFMs, acrescida de 20 % em caso de reincidência.

SEÇÃO ÚNICA

Dos Terrenos Baldios

Art. 93. Todo possuidor, a qualquer título, de imóvel localizado na Macrozona Urbana deste

Município, deverá conservá-lo limpo, de tal forma a não se constituir prejudicial à saúde e à

segurança pública.

Art. 94. O descumprimento das obrigações de que trata o artigo anterior, importará em:

I. intimação para que o proprietário do imóvel ou seu responsável legal

execute a limpeza do terreno;

II. execução dos serviços de limpeza pela Municipalidade, se o intimado não

realizar a limpeza do terreno no prazo determinado na intimação, ficando

sujeito os proprietários ou responsáveis do terreno a pagar o valor de

mercado dos serviços efetuados, acrescidos das taxas, despesas

administrativas e multas.

Art. 95. Compete à Municipalidade:

I. fiscalizar, controlar, notificar e aplicar as penalidades;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 408

II. executar ou contratar a limpeza do terreno no caso previsto no item II do

artigo 94 deste Código.

Art. 96. O proprietário ou responsável infrator terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir

do primeiro dia de conclusão da limpeza do terreno, para recolher o valor previsto na

Legislação Tributária Municipal.

Parágrafo único. Terminado o prazo previsto neste artigo, o proprietário ou

responsável pelo terreno terá seu débito inscrito em dívida ativa.

Art. 97. Ficam proibidos em terrenos baldios, os espetáculos ou depósitos de animais

perigosos, sem a prévia autorização do órgão sanitário do Município.

TÍTULO V

DA POLÍCIA DE ORDEM PÚBLICA

CAPÍTULO I

DOS COSTUMES, DO BEM ESTAR PÚBLICO E DOS DIVERTIMENTOS

Art. 98. A Municipalidade através de seus órgãos competentes exercerá, em cooperação com

os poderes do Estado e União, as funções de polícia de sua competência, regulamentando-as

e estabelecendo medidas preventivas e repressivas no sentido de garantir a ordem, a

moralidade, a segurança e a saúde pública.

Parágrafo único. A Municipalidade através de seus órgãos competentes, poderá

negar ou cassar a licença para funcionamento dos estabelecimentos comerciais,

industriais, prestação de serviços, casas de diversões e similares, que forem

danosos à saúde, ao sossego público, aos bons costumes ou à segurança pública.

Art. 99. Os proprietários de bares, e demais estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas,

serão responsáveis pela boa ordem e sossego público, evitando barulho e algazarra nos

mesmos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 409

Art. 100. É expressamente proibida a manutenção de quartos de aluguéis nos bares, boates e

similares.

Art. 101. Nenhum divertimento ou festejo poderá ocorrer em logradouro público sem

autorização prévia dos órgãos competentes da Municipalidade.

§1°. O requerimento de licença para funcionamento de qualquer casa de diversão

será instruído com prova de terem sido satisfeitas as exigências regulamentares

referentes à construção e higiene do edifício.

§2°. As exigências do presente artigo, não atingem reuniões de ordem particular.

Art. 102. Não serão fornecidas licenças para a realização de diversões e jogos ruidosos em

locais compreendidos em área até um raio de 200,00m (duzentos metros) de hospitais, casas

de saúde, escolas e asilos.

Art. 103. É expressamente proibido, sob pena de multa:

I. danificar as paredes externas dos prédios públicos e privados;

II. colocar recipientes de lixo na via pública, fora do horário estabelecido pela

Municipalidade;

III. despejar lixo em frente às casas, terrenos baldios ou nas vias públicas;

IV. deixar de aparar as árvores dos quintais, quando deitarem galhos para as

vias públicas ou para imóveis confrontantes;

V. tirar pedra, terras ou areia das ruas, praças ou logradouros públicos;

VI. danificar a arborização ou plantas das ruas, praças ou jardins públicos, ou

colher flores destes;

VII. descobrir encanamentos públicos e/ou de terceiros, sem licença da

Municipalidade, e do proprietário quando for o caso;

VIII. colocar, nas vias públicas, cartazes ou qualquer outro sistema de

publicidade, sem prévio consentimento da Municipalidade;

IX. colocar estacas para prender animais nas vias e logradouros públicos;

X. danificar ou retirar placas indicativas de casas, ruas ou logradouros

públicos;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 410

XI. impedir ou danificar o livre escoamento das águas, pelos canos, valas,

sarjetas ou canais das vias públicas, danificando ou obstruindo tais

servidões.

XII. banhar-se ou lavar roupas em chafarizes, fontes ou tanques situados em

vias públicas;

XIII. conduzir, sem as precauções devidas, quaisquer materiais que possam

comprometer o asseio das vias públicas;

XIV. pintar, riscar, borrar, desenhar e escrever nos muros, paredes, postes,

passeios, monumentos ou obras de arte;

XV. depositar na via pública qualquer objeto ou mercadoria, salvo pelo tempo

necessário à descarga e sua remoção para o interior do lote ou

edificação, não excedentes de 24 horas (vinte e quatro horas);

XVI. usar, para fins de esporte ou jogos de recreio, as vias públicas e outros

logradouros, a isso não destinados sem a prévia autorização;

XVII. comprometer a limpeza das águas destinadas ao consumo público ou

particular.

Art. 104. Em todas as casas de diversões públicas serão observadas as seguintes disposições,

além das estabelecidas pelo Código de Obras e Edificações:

I. todos os compartimentos deverão ser mantidos rigorosamente limpos;

II. as portas e os corredores para o exterior conservar-se-ão sempre livres

de móveis ou quaisquer objetos que possam dificultar a retirada rápida do

público em caso de emergência;

III. todas as portas de saída serão encimadas pela inscrição "SAÍDA",

legível a distância e luminosa de forma suave e as portas se abrirão de

dentro para fora;

IV. os aparelhos destinados a renovação do ar deverão ser conservados e

mantidos em perfeito funcionamento;

V. deverão possuir bebedouro de água filtrada em perfeito estado de

funcionamento;

VI. durante os espetáculos deverão as portas conservar-se abertas, vedadas

apenas por cortinas.

Parágrafo único. As casas de diversões de que trata o caput deste artigo estão

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 411

sujeitas ainda à legislação sanitária vigente no país, bem como às normas do Corpo

de Bombeiros e da Polícia Militar ou Civil, relativas à saúde e segurança nestes

recintos.

Art. 105. Em todos os teatros, circos ou salas de espetáculos, previamente aprovados e

licenciados pelos órgãos municipais competentes serão reservados 4 (quatro) lugares

destinados às autoridades policiais e municipais, encarregados da fiscalização, para o

cumprimento de suas funções.

Art. 106. Os bilhetes de entrada não poderão ser vendidos por preço superior ao anunciado, e

em número excedente à lotação do teatro, cinema, circo ou sala de espetáculo.

Art. 107. Os programas anunciados serão executados integralmente, não podendo os

espetáculos iniciar-se após 30 (trinta) minutos da hora marcada.

Parágrafo único. O empresário devolverá aos espectadores o preço da entrada, em

caso de modificação do programa ou transferência de horário.

Art. 108. As disposições do artigo anterior aplicam-se também, às competições esportivas para

as quais se exigir pagamento de entrada.

Art. 109. A armação de circos de pano, parques de diversões, acampamentos e outros

divertimentos semelhantes só poderá ser permitida em locais determinados pela

Municipalidade.

§1°. A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de que trata este artigo

não poderá ser por prazo superior a 3 (três) meses.

§2°. Os circos e parques de diversões, embora autorizados, só poderão ser

franqueados ao público depois de vistoriados em todas as suas instalações pelo

órgão sanitário municipal competente, demais órgãos municipais envolvidos e fiscais

do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil e Militar, se julgado conveniente.

§3º. Poderá a Municipalidade, se julgar conveniente, exigir um depósito em caução

no valor de 200 (duzentas) UFMs, como garantia de despesas com eventual limpeza

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 412

e recomposição do logradouro. O referido depósito será restituído integralmente se

não houver necessidade de limpeza especial ou reparos. Em caso contrário, serão

deduzidos do mesmo as despesas feitas com tal serviço, acrescidas de taxa de

administração.

Art. 110. Para funcionamento de cinemas, serão ainda observadas as seguintes disposições:

I. os aparelhos de projeção ficarão em cabinas de fácil saída, construídas

em materiais incombustíveis;

II. não poderá existir em depósito, no próprio recinto, nem nos

compartimentos anexos, maior número de películas que as necessárias

para as exibições do dia;

III. as películas deverão ficar sempre em estojos metálicos hermeticamente

fechados, não podendo ser abertos por mais tempo que o indispensável

para o serviço;

IV. apresentação de laudo anual de vistoria do Corpo de Bombeiros.

Art. 111. As infrações deste capítulo serão punidas com penas de multa de 100 (cem) UFMs,

acrescidas em 20% (vinte por cento) quando reincidente, além das responsabilidades civil e

criminal que couberem.

CAPÍTULO II

DO SOSSEGO PÚBLICO

SEÇÃO ÚNICA

DOS RUÍDOS

Art. 112. São expressamente proibidas perturbações do sossego público, com ruídos ou sons

excessivos e evitáveis, sob pena de multa, tais como:

I. os motores de explosão desprovidos de abafadores ou com estes em mau

estado de funcionamento;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 413

II. os veículos com escapamento aberto ou com carroceria semi-solta;

III. os de buzinas, clarins, campainhas ou quaisquer outros aparelhos;

IV. a propaganda realizada com alto-falante na via pública ou para ela

dirigidos, sem licença da Municipalidade, exceto para propaganda política

durante a época autorizada pela Legislação Federal competente;

V. os produzidos por armas de fogo;

VI. os de morteiros, bombas e demais fogos ruidosos, sem licença da

Municipalidade;

VII. apitos ou silvos de sirenes de fábricas, máquinas, cinemas, entre outros,

por mais de 30 segundos (trinta segundos) ou entre as 22:00h (vinte e

duas horas) e 06:00h (seis horas);

VIII. promover batuques, e outros divertimentos congêneres na cidade, sem

licença das autoridades, desde que realizados em locais públicos.

§1°. Ficam proibidos os ruídos, barulhos, rumores, bem como a produção de sons

mencionados no caput deste artigo, num raio mínimo de 200,00 m (duzentos metros)

de repartições públicas, escolas, creches, asilos e igrejas, em horário de

funcionamento.

§2°. No raio mínimo de 200 m (duzentos metros) de hospitais, casas de saúde e

sanatórios, as proibições referidas no caput deste artigo têm caráter permanente.

§3°. Excetuam-se das proibições deste artigo, desde que atendendo as legislações

Estaduais e Federais pertinentes:

I. os tímpanos, sinetas ou sirenes dos veículos de assistência, corpo de

bombeiros e polícia, quando em serviço;

II. os apitos das rondas e guardas policiais;

III. os sinos de igreja, conventos ou capelas, desde que sirvam

exclusivamente para indicar horas ou para anunciar a realização de atos

religiosos, devendo ser evitados os toques antes das 06:00h (seis horas)

e depois das 22:00h (vinte e duas horas), exceto os toques de rebates,

por ocasiões de incêndios ou inundações;

IV. as fanfarras ou bandas de música, em procissões, cortejos ou desfiles

públicos;

V. as máquinas ou aparelhos utilizados em construções ou obras em geral,

devidamente licenciados pela Municipalidade, desde que funcionem entre

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 414

às 07:00h(sete horas) 19:00h (dezenove horas);

VI. as manifestações nos divertimentos públicos, nas reuniões dos clubes

desportivos, com horário previamente licenciado.

Art. 113. Em zonas estritamente residenciais, é proibido executar qualquer trabalho ou serviço

que produza ruído ou que venha perturbar a população, antes das 06:00h (seis horas) e depois

da 22:00h (vinte e duas horas).

Art. 114. É permitida a propaganda realizada com alto-falante, quando estes forem instalados

em viaturas e com as mesmas em movimento, autorizados pelos órgãos competentes, desde

que:

I. estejam os veículos calibrados pelo medidor de decibel da

Municipalidade;

II. respeitem como limite máximo, o índice de ruído de 70 (setenta)

decibéis;

III. limitem sua atividade de segunda a sábado, das 08:30h (oito horas e trinta

minutos) às 11:30h (onze horas e trinta minutos) e das 13:30h (treze

horas e trinta minutos) às 17:30h(dezessete horas e trinta minutos);

IV. possuam autorização prévia da Municipalidade.

Art. 115. As proibições, limitações e permissões contidas neste capítulo deverão atender as

medições efetuadas de acordo com a NBR 10.151-ABNT.

Art. 116. Nas infrações de dispositivos desta seção, serão aplicadas, sucessivamente, as

seguintes penalidades, sem prejuízo da ação penal cabível:

I. notificação para interromper ou cessar o ruído;

II. multa correspondente a 100 (cem) UFMs;

III. interdição de atividade causadora do ruído.

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CAPÍTULO III

DA PROPAGANDA EM GERAL

Art. 117. A exploração dos meios de publicidade nas vias e logradouros públicos dependerá de

regulamentação definindo, quanto aos locais, à expedição de licença e do pagamento das

respectivas taxas.

§1º Excetuam-se do pagamento de taxas, as placas nas obras de construção civil,

com indicação do responsável técnico pela sua execução bem como as faixas e

placas que se referirem as campanhas educativas de saúde, cultura e esporte,

quando desenvolvidas pelos órgãos públicos ou associações beneficentes.

§2º. Incluem-se na obrigatoriedade deste artigo todos os cartazes, letreiros,

programas, quadros, painéis, emblemas, placas, avisos, anúncios, mostruários,

luminosos ou não, feitos de qualquer modo, processo ou engenho, suspensos,

distribuídos, afixados ou pintados em paredes, muros, tapumes, veículos ou

calçadas.

§3º. Depende ainda de licença da Municipalidade, a distribuição de anúncios,

cartazes ou quaisquer outros meios de publicidade e propaganda escrita.

Art. 118. Não será permitida a colocação de anúncios, faixas ou cartazes quando:

I. pela sua natureza provoquem aglomerações prejudiciais ao trânsito;

II. prejudiquem, de alguma forma, os aspectos ecológicos e paisagísticos típicos,

históricos e tradicionais;

III. em sua mensagem, venham a contrariar a moral e os bons costumes da

comunidade;

IV. contenham incorreções de linguagem;

V. obstruam, interceptem ou reduzam o vão de portas e janelas e respectivas

bandeiras;

VI. obstruam a visibilidade de placas de sinalização ou informativas relevantes à

circulação de veículos e pedestres.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 416

Art. 119. Os pedidos de licença para publicidade devem mencionar:

I. a indicação dos locais em que será realizada a publicidade;

II. a natureza do material de confecção;

III. as dimensões;

IV. os desenhos e o texto;

V. as cores empregadas;

VI. em caso de distribuição de panfletos,a quantidade a ser distribuída.

Art. 120. Os anúncios luminosos devem ser colocados a uma altura mínima de 2,50 m (dois

metros e cinqüenta centímetros) do nível da calçada.

Art. 121. Os anúncios e letreiros deverão ser conservados em boas condições, renovados ou

consertados, sempre que tais providências sejam necessárias para o seu bom aspecto e

segurança.

Art. 122. Os anúncios que desatendam as formalidades deste Capítulo deverão ser

apreendidos pela Municipalidade, até a sua correção, estando os responsáveis ainda sujeitos

ao pagamento de multa prevista neste Código e cobrança de despesas para retirada dos

anúncios.

Art. 123. A propaganda falada em lugares públicos por meio de amplificadores de som, alto

falante e propagandistas, está igualmente sujeita à prévia licença, e o pagamento da taxa ou

preço respectivo, atendidas as demais exigências deste Código.

Art. 124. A retirada de propaganda eleitoral, afixada em postes de iluminação pública, pontes,

passarelas e viadutos, bem como em qualquer ponto dos logradouros públicos, é de

responsabilidade dos Diretórios e Comitês Municipais, dentro de um prazo máximo de 30 dias

contados a partir do dia da eleição, ou na forma que a Lei eleitoral vier a estabelecer.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 417

Art. 125. As infrações definidas neste capítulo serão punidas com multa de 50 (cinqüenta)

UFMs, com acréscimo de 20% em caso de reincidência.

CAPÍTULO IV

DOS ANÚNCIOS E CARTAZES

Art. 126. A afixação de anúncios, cartazes e quaisquer outros meios de publicidade e

propaganda, referente a estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais, escritórios,

consultórios ou gabinetes, casas de diversões ou qualquer tipo de estabelecimento depende de

licença da Municipalidade, mediante requerimento dos interessados.

§1°. Estão incluídos nas exigências do presente artigo, os letreiros, painéis,

tabuletas, emblemas, placas, avisos e faixas.

§2°. As prescrições do presente artigo abrangem os meios de publicidade com

propaganda, afixados, suspensos ou pintado em paredes, muros e tapumes.

§3°. Depende, ainda, de licença da Municipalidade, a distribuição de anúncios,

cartazes e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda escrita.

§4º. Estão ainda incluídos na obrigatoriedade deste artigo, os anúncios que, embora

fixados em terrenos próprios ou de condomínio privado, forem visíveis de locais

públicos.

Art. 127. Os pedidos de licença a Municipalidade para colocação, pintura ou distribuição de

anúncios e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda deverão mencionar o local em

que serão colocados, pintados ou distribuídos, as dimensões, as inscrições e o texto.

Parágrafo único. No caso de anúncios luminosos, os pedidos de licença deverão

indicar o sistema de iluminação a ser adotado, não podendo os referidos anúncios

ser localizados a uma altura inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros)

da calçada.

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TÍTULO VI

DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA PÚBLICA

CAPÍTULO I

DO CONTROLE DA POLUIÇÃO AMBIENTAL

Art. 128. É proibida qualquer alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas do

meio ambiente, causada por qualquer forma de energia ou substâncias sólidas, líquidas,

gasosas ou em qualquer estado de matéria que, direta ou indiretamente:

I. crie ou propicie condições nocivas ou ofensivas à saúde, à segurança e ao bem

estar público;

II. ocasione danos relevantes à flora, à fauna e a outros recursos naturais;

III. crie condições adversas às atividades sociais e econômicas;

IV. prejudique o uso dos recursos naturais para fins domésticos, agropecuários,

recreativos, de piscicultura e para outros fins úteis ou que afetem sua estética.

§1º. Meio ambiente é a interação dos fatores físicos químicos e biológicos que

condicionam a existências de seres vivos e de recursos naturais e culturais.

§2º. Recursos naturais são:

I. a atmosfera;

II. as águas interiores, superficiais e subterrâneas;

III. os estuários e lagunas;

IV. o solo, fauna e flora.

Art. 129. Os esgotos domésticos ou resíduos líquidos das indústrias, ou resíduos sólidos

domésticos ou industriais, só poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nas águas

interiores, se estas não se tornarem poluídas, conforme o disposto no artigo 128 deste Código.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 419

Art. 130. As proibições estabelecidas nos artigos 128 e 129 aplicam-se a águas superficiais ou

de subsolo e solo de propriedade pública, privada ou de uso comum.

Art. 131. A Municipalidade desenvolverá ação no sentido de:

I. determinar medidas corretivas das instalações capazes de poluir o meio ambiente,

de acordo com as exigências deste Código e/ou legislações pertinentes;

II. controlar as novas fontes de poluição ambiental;

III. controlar a poluição através de análise, estudos e levantamento das características

do solo, das águas e do ar.

Art. 132. As autoridades incumbidas da fiscalização ou inspeção, para fins de controle da

poluição ambiental, terão livre acesso às instalações industriais, comerciais, agropecuárias ou

outras fontes particulares ou públicas, capazes de poluir o meio ambiente, acompanhados do

proprietário ou de preposto por ele indicado.

Art. 133. Para a instalação, construção, reconstrução, reforma, conversão, ampliação e

adaptação de estabelecimentos industriais, é obrigatória a consulta ao órgão competente

Municipal, Estadual e Federal.

Art. 134. O Município poderá celebrar convênios com órgãos públicos, federais ou estaduais,

para a execução de tarefas que objetivem o controle da poluição do meio ambiente e dos

planos estabelecidos para a sua proteção.

Art. 135. A Municipalidade poderá, sempre que necessário, contratar especialistas para

execução de tarefas que visem a proteção do meio ambiente contra os efeitos da poluição,

inclusive a causada por ruídos conforme disposto neste Código.

Art. 136. No que dispõe sobre a preservação do meio ambiente, deverá ser observada ainda a

legislação federal e estadual pertinente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 420

Art. 137. É proibida a queima ao ar livre de resíduos sólidos, líquidos ou de qualquer outro

material combustível que cause degradação da qualidade ambiental, na forma estabelecida no

artigo 128 desta lei.

Art. 138. É proibido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular no solo,

resíduos em qualquer estado de matéria, desde que causem degradação da qualidade

ambiental, na forma estabelecida no artigo 128 desta lei.

Art. 139. Na infração de dispositivos deste capítulo, serão aplicadas as seguintes penalidades:

I. multa de 100 (cem) UFMs;

II. interdição da atividade causadora da poluição.

CAPÍTULO II

DAS QUEIMADAS

Art. 140. Para evitar a propagação de incêndios, observar-se-ão nas queimadas as medidas

preventivas necessárias.

Art. 141. A ninguém é permitido atear fogo em roçados, palhadas ou matos que limitem com

terras de outrem:

I. sem tomar as devidas precauções, inclusive o preparo de aceiros, que terão 7,00m

(sete metros) de largura, sendo 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros)

capinados e varridos e o restante roçado;

II. sem comunicar aos confinantes, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro)

horas, através de aviso escrito e testemunhado marcando dia, hora e lugar para

lançamento do fogo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 421

Art. 142. Salvo acordo entre os interessados, a ninguém é permitido queimar campos de

criações em comum.

Art. 143. A ninguém é permitido, sob qualquer pretexto, atear fogo em matas, capoeiras,

campos alheios e áreas de domínio das vias públicas.

Art. 144. É proibido queimar, mesmo no interior dos próprios lotes, inclusive nos das entidades

públicas, lixos ou quaisquer corpos, em quantidade capaz de molestar a vizinhança, causar

riscos á saúde da população ou propriedade alheia.

Art. 145. É expressamente proibido atear fogo, bem como cortar qualquer tipo de vegetação,

em área regulamentada pelo Código Florestal, Lei Federal nº 4771/65 ou por Leis Estaduais e

Municipais que disponham sobre a matéria.

Parágrafo único. A recuperação das áreas de preservação permanente que

sofrerem degradação será procedida mediante reflorestamento com espécies nativas

típicas da região.

Art. 146. É Incorrerão em multa de 200 (duzentas) UFMs, os infratores deste capítulo, além

das responsabilidades criminal e civil que couberem.

CAPÍTULO III

DAS ESTRADAS MUNICIPAIS

Art. 147. As estradas municipais são bens públicos de uso comum do povo, conforme

estabelece o artigo 66 do Código Civil.

Art. 148. É proibido abrir, fechar, desviar ou modificar estradas, sem licença da Municipalidade.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 422

Art. 149. As estradas e caminhos públicos terão as dimensões e condições técnicas

determinadas pela legislação municipal, em especial pela Lei de Sistema Viário.

Art. 150. A construção de muros, cercas e tapumes de qualquer natureza, bem como a

abertura de valas ao longo das estradas, deverá ser submetida à prévia aprovação da

Municipalidade.

Art. 151. No alinhamento das estradas municipais não se permitirá:

I. a construção de qualquer natureza, a menos de 6,00m (seis metros).

II. Cercas de arame ou vivas, deverão recuar 3,00m (três metros) de cada lado do

alinhamento da estrada;

III. arborização espessa a menos de 5,00m (cinco metros) do alinhamento da estrada.

Art. 152. É expressamente proibido, nas estradas municipais, o emprego de qualquer meio que

possa causar estragos ao leito das mesmas.

Art. 153. A Municipalidade tem autonomia para remover árvores nativas ou plantadas do leito

das estradas municipais, quando estas estiverem, de alguma forma, prejudicando o livre

trânsito de veículos.

Art. 154. É de responsabilidade do proprietário a remoção de cercas de sua propriedade

quando isto se fizer necessário para a manutenção das estradas pela Municipalidade.

Art. 155. O escoamento de águas pluviais será feito de forma que não prejudique a parte

trafegável da estrada.

Parágrafo único. A Municipalidade poderá abrir escoadouros, valas ou sarjetas em

propriedade particular, quando isto for tecnicamente recomendável, desde que não

haja prejuízo de qualquer natureza às lavouras, fontes de água ou benfeitorias,

ficando o proprietário responsável pela sua limpeza e manutenção.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 423

Art. 156. Sem prévia autorização da Municipalidade, é proibida a construção de bueiros ou

pontilhões nas estradas públicas, destinados especialmente para o desvio do curso normal

das águas.

Art. 157. É expressamente proibida a obstrução do leito das estradas municipais, bem como

das valas e escoadouros, com o entulho de forragem, ciscos, palhas, madeiras, pedras, terra

ou materiais de qualquer espécie.

Art. 158. Fica o proprietário rural obrigado a manter desobstruídos os bueiros, escoadouros e

valas das estradas municipais, no limite de sua propriedade, a fim de evitar a erosão do leito

das estradas.

Parágrafo único. Quando a estrada for divisa de propriedade, cada proprietário fica

responsável, pela parte em que suas terras confrontam-se com a estrada.

Art. 159. É obrigação do proprietário ou ocupante de terras, manter roçada toda extensão da

propriedade que margeia as estradas, sob pena dos serviços serem feitos pela Municipalidade,

ou terceiros contratados por esta, a qual cobrará do proprietário ou responsável, as despesas,

acrescidas das respectivas multas, bem como de taxa de administração pela execução dos

serviços.

§1º. Os valores dos serviços, quando realizados ou contratados pela Municipalidade,

serão estabelecidos por Decreto do Poder Executivo.

§2º. A roçada obrigatória será de 3,00 m (três metros) a cada lado das estradas.

Art. 160. Aos infratores de qualquer artigo deste capítulo será cobrada a multa de 200

(duzentas) UFMs, acrescida em 20% em caso de reincidência.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 424

CAPÍTULO IV

DA EXPLORAÇÃO MINERAL

Art. 161. A autorização para exploração mineral em áreas situadas dentro do território

Municipal só poderá ser concedida se observados os preceitos deste Código.

§1º. A solicitação para expedição do Alvará de Licenciamento Municipal para

exploração mineral deverá estar acompanhada das seguintes indicações e

documentos:

I. Tipo do licenciamento;

II. Nome do proprietário da área;

III. Denominação do imóvel, do Distrito, do Município e Estado em que se situa a jazida;

IV. Localização do imóvel;

V. Substância mineral licenciada;

VI. Área licenciada em hectares (máximo 50 ha);

VII. Prazo, data de expedição e número da licença.

VIII. Prova de registro da sociedade na Junta Comercial;

IX. Certidão negativa de débito municipal;

X. Título de propriedade do solo (escritura e certidão de registro de imóveis

atualizada);

XI. Autorização do proprietário para exploração quando não for este o requerente;

XII. Plantas de detalhe e situação da área;

XIII. Memorial descritivo da área, assinado por profissional legalmente habilitado,

devidamente registrado no CREA / PR, acompanhado de ART;

XIV. Licença da Secretaria Municipal do Meio Ambiente;

XV. Registro de licenciamento expedido pelo DNPM – Departamento Nacional de

Produção Mineral;

XVI. Plano de recuperação do solo.

§2º. Tratando-se de área que compreenda mais de um Município, a solicitação

deverá ser acompanhada das licenças dos Municípios envolvidos.

Art. 162. A fim de preservar a estética e a paisagem natural do local da jazida, obriga-se o

requerente e interessado, a apresentar plano de recomposição e urbanização da área que será

implantada, na medida em que a exploração for sendo realizada.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 425

Parágrafo único. A obrigatoriedade de cumprimento do plano de recomposição e

urbanização da área de que trata este artigo será manifestada através de termo de

compromisso firmado entre o licenciado e a Municipalidade.

Art. 163. O não cumprimento das obrigações impostas neste Capítulo implicará nas seguintes

sanções:

I. embargo da exploração e multa de 500 (quinhentas) UFMs, cobradas com

acréscimo de 20% (vinte por cento) no caso de reincidência;

II. cancelamento e revogação da licença.

CAPÍTULO V

DA DEFESA DAS ÁRVORES E DA ARBORIZAÇÃO PÚBLICA

Art. 164. É expressamente proibido podar, cortar, derrubar, remover ou sacrificar as árvores da

arborização pública, sendo estes serviços de atribuição específica da Municipalidade.

§1°. A proibição contida neste artigo é extensiva às concessionárias de serviço

público ou de utilidade pública, ressalvados os casos de autorização específica da

Municipalidade, em cada caso.

§2°. Nos loteamentos particulares os proprietários poderão arborizar as vias de

acordo com o projeto previamente aprovado pela Municipalidade.

Art. 165. Não será permitida a utilização das árvores de arborização pública para colocar

cartazes e anúncios ou afixar cabos e fios, nem para suporte ou apoio e instalações de

qualquer natureza ou finalidade.

Art. 166. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa de 100 (cem)

UFMs.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 426

CAPÍTULO VI

DOS ANIMAIS

Art. 167. Aos animais em geral, aplicam-se as normas previstas na Legislação Federal,

Estadual e Municipal, cabendo a Municipalidade o exercício do poder de polícia, visando a

proteção das pessoas e dos animais.

Art. 168. Os animais são de integral responsabilidade de seus respectivos proprietários, quanto

à criação, alimentação, tratamento veterinário e abrigo, inclusive no tocante a eventuais danos

e prejuízos causados a pessoas e ao patrimônio público, comum e privado.

Art. 169. Os cães poderão andar na via pública desde que em companhia de seu dono,

respondendo este pelas perdas e danos que o animal causar a terceiros.

Art. 170. Os animais evadidos serão recolhidos pela Municipalidade e encaminhados para

locais adequados e convenientes, assumindo o proprietário integral responsabilidade pelo

ressarcimento de eventuais danos ou prejuízos a pessoas e ao patrimônio público comum e

privado.

Parágrafo único. A Municipalidade, em caso do proprietário não procurar o animal

apreendido, dentro de 5 (cinco) dias de sua apreensão, dará ao mesmo o destino

que melhor convier ao interesse público.

Art. 171. Os proprietários de animais devem tomar todas as medidas cabíveis e indicadas

pelas normas veterinárias no tocante à ação preventiva e curativa dos animais tais como a

vacina contra a raiva.

Art. 172. É expressamente proibido:

I. criar abelhas, aves, porcos, gado ou qualquer espécie de animais em áreas situadas

na macrozona Urbana;

II. amarrar animais em cercas, muros, grades ou árvores da via pública;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 427

III. domar ou adestrar animais nas vias públicas;

IV. dar espetáculos de feras e exibições de cobras ou quaisquer animais perigosos,

sem as necessárias precauções para garantir a segurança dos espectadores e

autorização expressa da Municipalidade;

V. comercializar animais que ofereçam periculosidade à integridade física das pessoas,

sem a devida providência no tocante as medidas de segurança;

VI. praticar, privada ou publicamente, qualquer tipo de ação que caracterize

crueldade ou atrocidade aos animais.

Art. 173. :Os animais acometidos de doenças ou males infecto-contagiosos que possam pôr

em risco a integridade das pessoas e outros animais devem ser sacrificados imediatamente,

devendo o fato ser comunicado às autoridades competentes, por escrito.

Art. 174. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa de 100 (cem)

UFMs.

CAPÍTULO VII

DOS CEMITÉRIOS

Art. 175. O exercício da atividade do Cemitério compete exclusivamente a Municipalidade ou a

quem for outorgada a exploração na forma da Lei.

Art. 176. Para o exercício da atividade, a Municipalidade, através do Chefe do Poder Executivo

Municipal, baixará normas regulamentares exercendo rigorosa e permanente fiscalização.

Art. 177. Os sepultamentos de pessoas somente serão efetuados após a apresentação da

declaração de óbito, outorgado pelo Instituto Médico Legal ou médico competente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 428

Art. 178. Toda pessoa responsável por sepultamento, embalsamento, exumação e cremação

deve cumprir normas regulamentares, entre as quais as referentes a prazo de enterro,

translado e transporte de cadáveres, técnicas, substâncias e métodos empregados.

Art. 179. A regulamentação do serviço de utilidade pública municipal de cemitério contempla

no mínimo, tratamento de matéria relativa a:

I. implantação de cemitérios;

II. administração de cemitérios;

III. manutenção e conservação do seu funcionamento;

IV. promoção de velório;

V. promoção de sepultamento;

VI. promoção da exumação de cadáveres, obedecidas as normas de saúde pública e a

Legislação Federal e Estadual pertinentes;

VII. promoção de tramitação de documentos e legislação para efeitos de sepultamento,

exumação e translado de cadáveres;

VIII. comercialização de lotes, materiais e artigos mortuários.

Art. 180. Para a outorga da exploração de serviços de cemitérios a terceiros, a Municipalidade

exigirá condições e documentação estabelecidas em normas regulamentares, dando-se

especial ênfase à exigência de projeto técnico completo.

Art. 181. A localização de cemitério é determinada pela Municipalidade, mediante consulta

prévia e escrita, respeitada a legislação, observando-se independentemente de qualquer

dispositivo legal ou diretriz urbanística a vedação de instalação em zonas comerciais ou na

proximidade de hospitais, casas de saúde, estabelecimentos de ensino e bairros residenciais.

§1º. A localização de cemitério, quando for o caso, ainda deverá observar o disposto

na legislação ambiental Estadual e Federal, sujeitando-se à aprovação dos órgãos

estaduais e federais competentes.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 429

§2º Não será permitida, em hipótese alguma, a instalação de cemitérios em bacias

hidrográficas destinadas ao abastecimento público do Município.

Art. 182. O concessionário ou permissionário é responsável pela construção, administração,

conservação e funcionamento do cemitério, nos termos da legislação vigente, sempre sob a

supervisão e fiscalização da Municipalidade.

Parágrafo único. O concessionário ou permissionário dentro da sua competência

deve promover e executar:

I. aquisição de área de terra destinada a construção do cemitério;

II. a construção do cemitério de acordo com o projeto aprovado pela

Municipalidade;

III. a administração e conservação do cemitério, de acordo com as normas fixadas

pela Municipalidade;

IV. a promoção de vendas de lotes, jazigos, túmulos e similares, devendo a tabela

de preços ser submetida à aprovação da Municipalidade, que deve obedecer os

critérios de mercado;

V. manutenção de administração e zeladoria, as quais se encarregarão de manter a

ordem e limpeza do cemitério.

Art. 183. O concessionário ou permissionário do serviço de utilidade pública municipal de

cemitério é obrigado a mantê-lo em bom estado de conservação, primando pelo asseio, higiene

e apresentação, acatando de pronto as orientações e determinações emanadas da

Municipalidade, que visem a melhora da qualidade das instalações e aprimoramento dos

serviços.

Art. 184. O serviço de utilidade pública municipal de cemitério deve ser prestado com

observância aos princípios éticos, legais e com urbanidade, observando, ainda, o seguinte:

I. fica expressamente vedada a permanência do concessionário ou permissionário de

cemitério, por seus agentes ou equipamentos, nos hospitais, casas de saúde e

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 430

similares, com a finalidade de contratação ou agenciamento de serviços funerários,

efetivos ou em potencial;

II. o concessionário ou permissionário fica responsabilizado pelo sepultamento de

todos os indigentes ou pessoas carentes encaminhadas pela Municipalidade, as

suas exclusivas expensas, vedada a recusa;

III. no caso de cadáveres cujo óbito se deu em decorrência de doença infecto-

contagiosa, devem ser tomadas todas as providências e precauções estabelecidas

pelas normas de saúde pública;

IV. em caso de calamidade ou eventos similares, os serviços devem ser prestados

com intenção estritamente social;

V. o concessionário ou permissionário fará a exploração dos serviços sob única e

exclusiva responsabilidade, respondendo integralmente pelos encargos trabalhistas,

sociais, tributários e comerciais inerentes ao empreendimento;

VI. o concessionário ou permissionário do serviço de utilidade pública municipal de

cemitério, somente executará sepultamento de cadáveres, após a expedição da

respectiva certidão de óbito, ou excepcionalmente, do Atestado Médico de Óbito,

além de outros instrumentos legais exigíveis, à sua exclusiva responsabilidade;

VII. fica assegurado o sepultamento de pessoas de todas as classes sociais e de todas

as crenças religiosas, sendo vedada a recusa por motivo de raça, cor, crença

religiosa ou convicção política, salvo quando se tratar de cemitério particular

autorizado pela Municipalidade.

Art. 185. Os serviços de exploração e utilização de cemitério permitidos ou concedidos no

Município de Paranaguá serão permanentemente fiscalizados pela Municipalidade, que em

caso de inobservância das suas normas regulamentares ou reguladoras aplicará penalidade

aos infratores.

Parágrafo único. O Chefe do Poder Executivo, considerando petição escrita do

permissionário, enviará periódica e circunstancialmente as tarifas de exploração do

serviço de utilidade pública municipal de cemitério.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 431

Art. 186. O sepultamento processar-se-á, observando o seguinte:

I. apresentação de requerimento, por escrito, do responsável legal, observando a

ordem de descendência ou parentesco pelo sepultamento, podendo esta

responsabilidade ser delegada por escrito, mediante a comunicação a

Municipalidade, à empresa funerária credenciada, solicitando o sepultamento, a

modalidade e identificando, expressamente, as características físicas e civis do

sepultando;

II. o recolhimento ao erário municipal das taxas incidentes;

III. apresentação, no ato do requerimento, declaração de óbito fornecido por autoridade

médica competente;

IV. a Municipalidade poderá extinguir, incorporar, reformar, transferir ou recuperar

cemitérios mediante autorização da parte responsável legal e na falta desta, por

autorização judicial;

V. na impossibilidade de identificação do sepultado, por carência ou inexistência de

informações ou de responsáveis, a Municipalidade procederá a exumação e o

translado após a anuência do Poder Judiciário e dos órgãos responsáveis pela

saúde pública.

Art. 187. A utilização do cemitério para sepultamento, exumação e visitação obedecerá ao

seguinte:

I. é proibido o comércio no interior do cemitério, devendo este ser realizado em locais

definidos pela Municipalidade;

II. os atos deverão respeitar os preceitos morais, éticos e religiosos da comunidade;

III. a limpeza, reforma, pintura ou construção não deverá prejudicar a circulação nas

vias, a estética do local e as sepulturas circundantes.

Art. 188. É vedado, sob pena da multa:

I. violar ou danificar sepulturas, profanar cadáveres ou praticar qualquer desacato

tendente a quebrantar o respeito devido aos mortos;

II. fazer sepultamento fora dos cemitérios;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 432

III. fazer sepultamento na vala comum, ou antes de decorrido o prazo legal, salvo

motivo de força maior;

IV. retirar, tocar nos objetos ou caminhar sobre as sepulturas.

Parágrafo único. Em qualquer das ocorrências deste artigo será comunicada a

autoridade policial.

Art. 189. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa de 100 (cem)

UFMs.

CAPÍTULO VIII

DOS CULTOS

Art. 190. A realização de cultos de qualquer ordem deve ser precedida de autorização por

escrito da Municipalidade no tocante ao seu local de efetivação.

Art. 191. Em relação aos cultos, não é permitido qualquer tipo de publicidade, manifestação,

ato ou omissão que implique atentado à honra, à ética, a integridade física das pessoas e

animais, ao patrimônio público comum e privado, a ordem e ao bem-estar público.

Art. 192. As igrejas, templos e casas de culto não podem contar com maior número de

assistentes, a qualquer de seus ofícios, do que a lotação comportada por suas instalações.

Art. 193. É vedada a realização de cultos religiosos em logradouros públicos, praças ou locais

não destinados a isso sem expressa autorização da Municipalidade.

Art. 194. Os locais para o exercício do culto devem conter-se dentro das normas de conforto,

higiene, acessibilidade e segurança.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 433

Art. 195. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa de 500

(quinhentas) UFMs.

CAPÍTULO IX

DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

Art. 196. No interesse público, a Municipalidade, através do órgão sanitário e demais órgãos

competentes fiscalizará a fabricação, o comércio, o transporte, o depósito e o emprego de

inflamáveis e explosivos.

Art. 197. São considerados inflamáveis entre outros: fósforos e materiais fosforados, gasolina e

demais derivados do petróleo, éteres, álcoois, aguardentes e óleos em geral, carburetos,

alcatrão e materiais betuminosos líquidos e toda e qualquer outra substância cujo ponto de

inflamabilidade seja acima de 93 ºC (noventa e três graus Celsius).

Art. 198. Consideram-se explosivos dentre outros: fogos de artifício, nitroglicerina, seus

compostos e derivados, pólvora, algodão-pólvora, espoletas e estopins, fulminatos, coratos,

formiatos e congêneres, cartuchos de guerra, caça e mina.

Art. 199. É absolutamente proibido:

I. fabricar explosivos sem licença especial da autoridade federal competente

e em local não aprovado e não autorizado pelo órgão sanitário municipal e

demais órgãos municipais competentes;

II. manter depósitos de substâncias inflamáveis ou de explosivos sem atender às

exigências legais, quanto à construção e segurança;

III. depositar ou conservar nas vias públicas, embora provisoriamente, inflamáveis

ou explosivos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 434

§1°. Aos varejistas é permitido conservar em cômodos apropriados em seus

armazéns ou lojas, a quantidade fixada na respectiva licença, de material inflamável

ou explosivo que não ultrapassar a venda provável em 20 (vinte) dias.

§2°. Os usuários e exploradores de pedreiras poderão manter depósitos de

explosivos desde que atendam à regulamentação das Forças Armadas e as

legislações Municipal, Estadual e Federal pertinentes.

Art. 200. Os depósitos de explosivos e inflamáveis serão construídos conforme as prescrições

das forças armadas, Corpo de Bombeiros e o disposto nas legislações Municipal, Estadual e

Federal pertinentes.

Art. 201. Para exploração de pedreiras com explosivos, será observado o seguinte:

I. colocação de sinais nas proximidades das minas que possam ser percebidos

distintamente pelos transeuntes, pelo menos a 100,00m (cem metros) de distância;

II. adoção de um toque convencional e de um brado prolongado dando o sinal de fogo.

Art. 202. Não será permitido o transporte de explosivos ou inflamáveis sem as precauções

devidas.

§1°. Não poderão ser transportados simultaneamente no mesmo veículo, explosivos

e inflamáveis.

§2°. Os veículos que transportarem explosivos ou inflamáveis não poderão conduzir

outras pessoas, além do motorista e do ajudante.

§3°. Não será permitida descarga de explosivos nos passeios e vias públicas.

Art. 203. É vedado, sob pena de multa, além de responsabilidade criminal e civil que couber:

I. soltar balões, fogos de artifício, bombas, busca-pés, morteiros e outros fogos

perigosos, bem como fazer fogueira nos logradouros públicos, ou em janelas ou

portas que confrontarem com os mesmos, sem prévia licença da Municipalidade, e

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 435

de outros órgãos competentes, a qual será concedida por ocasião de festejos,

indicando-se para isso, quando conveniente, locais apropriados e horários;

II. fazer fogos ou armadilhas com armas de fogo.

Art. 204. Fica sujeito à licença e aprovação dos órgãos municipais competentes a instalação

de bombas de gasolina e de depósitos de outros inflamáveis, mesmo para uso exclusivo de

seus proprietários.

§1º. A Municipalidade poderá negar a licença se reconhecer que a instalação do

depósito ou bomba irá prejudicar, de algum modo, a segurança pública.

§2º. Os projetos de construção de estabelecimento de comércio varejista de

combustíveis minerais deverão observar, além das disposições deste Código, os

demais dispositivos legais aplicáveis, bem como as determinações do Código de

Obras e Edificações e das legislações Municipal, Estadual e Federal pertinentes.

Art. 205. O transporte de inflamáveis para os postos de abastecimento será feito em recipiente

apropriado, hermeticamente fechado, devendo a descarga nos depósitos subterrâneos realizar-

se por meio de mangueiras ou tubos adequados, de modo que os inflamáveis passem

diretamente dos recipientes de transporte para o depósito.

§1°. O abastecimento de veículos será feito por meio de bombas ou por gravidade

devendo o tubo alimentador ser introduzido diretamente no interior do tanque do

veículo.

§2°. É proibido o abastecimento de veículos ou quaisquer recipientes nos postos, por

qualquer processo de despejo livre dos inflamáveis, sem o emprego de mangueiras.

§3°. Para depósitos de lubrificantes, localizados nos postos de abastecimento, serão

utilizados recipientes fechados, à prova de poeira e adotados dispositivos que

permitam alimentação dos tanques dos veículos sem qualquer extravasamento.

§4°. É obrigatória a sinalização nos Postos de Abastecimento, com advertências de

perigo, inclusive proibição de utilização de cigarros e similares.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 436

Art. 206. Nos Postos de Abastecimento equipados com serviços de limpeza, lavagem e

lubrificação de veículos, esses serão feitos nos recintos dos postos dotados, para tanto, de

instalações adequadas em concordância com determinações da autoridade sanitária municipal,

destinadas a evitarem a acumulação de água e de resíduos lubrificantes no solo ou seu

escoamento para o logradouro público, ou outro destino.

Parágrafo único. As disposições deste artigo estendem-se às garagens comerciais

e demais estabelecimentos onde se executem tais serviços.

Art. 207. As infrações deste capítulo serão punidas com multa de 800 (oitocentas) UFMs,

acrescida em 20% em caso de reincidência.

TÍTULO VII

DO FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO, DA INDÚSTRIA, DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

E DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS

CAPÍTULO I

DO COMÉRCIO LOCALIZADO

Art. 208. O funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais e de prestação de

serviços somente será permitido após a concessão do Alvará de Licença e Localização, e do

Alvará Sanitário se for o caso, o qual só será concedido se observadas as disposições deste

Código e as demais normas legais e regulamentares pertinentes, obedecida a Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Município de Paranaguá.

Art. 209. Para efeito de fiscalização, o Alvará de Localização e o Alvará Sanitário, quando for o

caso, deverão ser conservados no estabelecimento em lugar visível ao público.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 437

Art. 210. O Alvará de Localização, bem como o Alvará Sanitário, somente poderá ser

concedido mediante vistoria e aprovação prévia dos departamentos municipais competentes.

Art. 211. O Alvará de Localização será exigido mesmo que o estabelecimento esteja localizado

no recinto de outro já munido de licença.

Art. 212. Não será concedida a licença aos estabelecimentos industriais que pela natureza dos

produtos, pelas matérias primas utilizadas, pelos combustíveis empregados ou por qualquer

outro motivo venham a prejudicar a saúde pública.

Art. 213. A licença poderá ser cassada pela Municipalidade e o estabelecimento fechado

imediatamente:

I. quando se tratar de negócio diferente daquele requerido e liberado na licença;

II. se o licenciado usá-la para fins ilícitos ou para atos ofensivos à moral e bons

costumes;

III. se o licenciado se opuser, de qualquer modo, à fiscalização;

IV. por solicitação de autoridades, fundamentada em motivos justificados;

V. para reprimir especulações de atravessadores de gêneros de primeira

necessidade;

VI. como medida preventiva, a bem da higiene, do sossego e segurança pública.

§1º. Caçada a licença, o estabelecimento será imediatamente fechado.

§2º. A reabertura do estabelecimento fechado será permitida depois de sanados os

motivos que ocasionaram o seu fechamento, e mediante a concessão de nova

licença.

Art. 214. A autorização a que se refere este Capítulo não confere o direito de vender ou

mandar vender mercadorias fora do recinto do estabelecimento, salvo a hipótese de

agenciamento para encomenda.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 438

Art. 215. Para a mudança do local do estabelecimento comercial ou industrial e de prestação

de serviços, deverá ser solicitada a necessária permissão aos órgãos municipais competentes

envolvidos, os quais verificarão se o novo local satisfaz as condições exigidas.

Art. 216. A abertura e o fechamento dos estabelecimentos comerciais, industriais e de

prestação de serviços serão controlados pelos órgãos municipais competentes e

regulamentados por este Código.

Art. 217. Não é permitida a exposição de mercadorias do lado de fora dos estabelecimentos

comerciais, nem o depósito de qualquer objeto sobre a calçada.

Parágrafo único. Não constitui infração o depósito de mercadorias sobre a calçada

no momento de desembarque ou embarque das mesmas, desde que a operação se

proceda em horário regulamentado pela Municipalidade de acordo com legislação

específica, e não dificulte o livre trânsito de pedestres.

Art. 218. A Municipalidade exercerá rigorosa fiscalização sobre a localização e funcionamento

das atividades industriais, comerciais e de serviços, em particular no que diz respeito às

condições de higiene e segurança, qualquer que seja o ramo de atividade que se destina, sem

que caiba direito aos fiscalizados de reclamação, obstrução e indenização, aplicando aos

infratores as sanções e penalidades previstas na legislação.

Art. 219. As infrações dos dispositivos deste Capítulo ficarão sujeitas à multa de 200

(duzentas) UFMs.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 439

CAPÍTULO II

DO COMÉRCIO AMBULANTE

Art. 220. O exercício do comércio ambulante, de vendedores ou compradores, por conta

própria ou de terceiros, em logradouros públicos ou lugares franqueados ao público, dependerá

sempre de licença especial da Municipalidade, mediante requerimento do interessado.

§1°. Caberá ao Município a definição dos locais permitidos para a exploração das

atividades mencionadas no caput deste artigo, sendo que as demais regras serão

regulamentadas por ato próprio.

§2°. A licença a que se refere o presente artigo será concedida em conformidade

com as prescrições deste Código, da Legislação Fiscal e Sanitária deste Município.

§3°. A licença do vendedor ambulante será concedida exclusivamente a quem

exercer o mister, sendo pessoal e intransferível.

Art. 221. Deferido o requerimento, a Municipalidade passará um alvará de licença pessoal e

intransferível, no qual constarão as indicações necessárias à sua identificação, com o nome e

sobrenome, idade, nacionalidade, Cadastro de Pessoas Físicas, residência, fotografia, objeto

de comércio e, quando for empregado, o nome do empregador ou o seu estabelecimento

comercial ou industrial, inscrições Federal e Estadual, se houver.

Art. 222. Com o alvará, a Municipalidade fornecerá ao licenciado um cartão indicativo do ramo

de comércio ambulante que irá exercer.

§1°. Além do cartão, todo vendedor ambulante é obrigado a trazer consigo o alvará

de licença, para apresentá-lo quando for exigido pela autoridade fiscal.

§2°. O vendedor ambulante que for encontrado sem este comprovante, ou com ele

em situação irregular, estará sujeito à multa e apreensão da mercadoria em seu

poder.

§3°. As mercadorias apreendidas serão recolhidas ao depósito municipal, e não

sendo retiradas no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, mediante o pagamento das

multas e emolumentos a que estiver sujeito o infrator, bem como a regularização da

licença, terão o destino regulado por dispositivos deste Código.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 440

§4º. Quando as mercadorias apreendidas forem suscetíveis de deterioração, serão

avaliadas e doadas à casas de instituições de caridade, mediante recibo.

Art. 223. A Municipalidade só concederá licença para o comércio ambulante, quando, a seu

critério, esse não venha a prejudicar o comércio estabelecido.

Art. 224. Ao ambulante é vedado:

I. O comércio de qualquer mercadoria ou objeto não mencionado na licença;

II. Impedir ou dificultar o trânsito nas vias públicas ou logradouros;

III. Estacionar nas vias públicas ou logradouros, fora dos locais previamente destinados

pela Municipalidade, senão o tempo necessário ao ato da venda;

IV. A venda de bebidas alcoólicas;

V. A venda de armas e munições;

VI. A venda de medicamentos ou quaisquer outros produtos farmacêuticos;

VII. A venda de aparelhos eletrodomésticos;

VIII. A venda de quaisquer gêneros ou objetos que, a juízo do órgão competente, sejam

julgados inconvenientes ou possam oferecer dano à coletividade.

IX. Transitar pela calçada ou passeio conduzindo cestas ou outros volumes grandes

que venham a obstruir a passagem dos transeuntes;

X. Oferecer a mercadoria em altas vozes ou usar qualquer instrumento como apito,

corneta, campainha ou semelhantes de som estridente;

XI. Fazer uso dos ônibus de passageiros para o comércio de mercadorias.

Art. 225. A Municipalidade determinará para o exercício da atividade eventual ou ambulante,

normas, padrões, locais e horários.

Art. 226. As infrações ao disposto neste capítulo estão sujeitas à apreensão da mercadoria e

multa de 200 (duzentas) UFMs.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 441

CAPÍTULO III

DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS

Art. 227. Aplicam-se à indústria, no que couber, as disposições sobre o comércio, além das

contidas neste capítulo.

Art. 228. No interesse do controle da poluição sonora, do ar e da água, a Municipalidade

exigirá relatório de impacto ambiental, expedido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente ou

outra que venha a substituí-la, sempre que lhe for solicitada licença de funcionamento para

estabelecimentos industriais ou quaisquer outros que se configurem em eventuais poluidores

do meio ambiente.

Art. 229. Para efetuar o recolhimento do lixo tóxico proveniente de resíduos industriais a

Municipalidade poderá cobrar uma taxa especial de coleta, destinada a implantação de

equipamento especial.

Parágrafo único. Cabe ao órgão sanitário municipal, em conjunto com os demais

órgãos competentes a aprovação e a indicação de local adequado para tal fim.

Art. 230. A localização das industrias obedecerão ao zoneamento estabelecido na Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Município de Paranaguá.

Art. 231. As infrações deste capítulo estão sujeitas à multa de 800 (oitocentas) UFMs.

CAPÍTULO IV

DOS “TRAILLERS” E BARRACAS DE EXPLORAÇÃO COMERCIAL

Art. 232. A autorização para funcionamento de Traillers, barracas de exploração comercial e

similares será sempre precedida de consulta da viabilidade, aos órgãos municipais

competentes.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 442

Art. 233. Para a concessão de Alvará de Localização de Traillers e barracas de exploração

comercial, acompanharão o pedido de licença para funcionamento, os seguintes documentos:

I. consulta de viabilidade aprovada;

II. declaração da atividade a ser explorada;

III. planta ou desenho cotado, indicando a disposição do trailler;

IV. apresentação de Contrato Social ou Declaração de Firma Individual, se for o caso,

devidamente registrado na Junta Comercial do Estado;

V. fotografia ou perspectiva externa do trailler a ser utilizado;

VI. licença para funcionamento noturno, expedida por órgão próprio da Secretaria de

Segurança Pública;

VII. título de propriedade, contrato de locação ou documento que habilite a utilização do

local, nos casos de terrenos particulares.

Art. 234. A viabilidade aprovada de que trata o artigo 231 não garantirá a concessão do Alvará

Sanitário Municipal, ficando o estabelecimento sujeito ao cumprimento da legislação sanitária

vigente.

Art. 235. O alvará de localização será expedido pela Secretaria de Finanças, em caráter

provisório, obedecendo às exigências deste Código.

§1°. A Municipalidade poderá determinar aos proprietários, através de notificação, a

retirada de seu comércio do local, desde que o referido local seja declarado de

utilidade pública.

§2°. Em caso de não acatamento à determinação contida no parágrafo anterior, após

30 (trinta) dias de sua notificação, a Municipalidade procederá a remoção dos traillers

e barracas de exploração comercial ao seu depósito, incorrendo os infratores em

multa cabível.

Art. 236. A taxa de licença para funcionamento do comércio de que trata este Código será

fixada de acordo com o que estabelece o Código Tributário Municipal.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 443

Art. 237. O proprietário do trailler e/ou barraca de exploração comercial obriga-se a retirar

diariamente o lixo gerado pela atividade explorada.

Art. 238. Fica proibida a locação do trailler e/ou barraca de exploração comercial e similares a

menos de 50m (cinqüenta metros) de outros congêneres, bem como em locais julgados

inconvenientes pela Municipalidade.

Art. 239. Fica proibida a execução de qualquer benfeitoria complementar, sem prévia

autorização da Municipalidade.

Art. 240. O Alvará de Licença será válido para o ano fiscal, e somente para o local requerido.

Art. 241. O não cumprimento do que estabelece este Capítulo implicará a cassação da

autorização de funcionamento.

Art. 242. As infrações destes dispositivos também serão punidas com multa de 300 (trezentas)

UFMs.

CAPÍTULO V

DAS FEIRAS LIVRES

Art. 243. Ao A Municipalidade através de seus órgãos competentes determinará, data, local e

mobiliário para realização de feiras livres.

Parágrafo único. Cabe ainda à Municipalidade estabelecer regulamentos visando o

bom funcionamento das feiras livres.

Art. 244. A nenhum comerciante regularmente estabelecido será permitido vender produtos

hortifrutigranjeiros ou outros na feira livre.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 444

Art. 245. Os feirantes deverão ter tabela de preços de seus produtos, observados os

tabelamentos oficiais, quando houver.

Parágrafo único. Verificada a falta de observância da tabela de preços, o feirante

fica sujeito à multa prevista e à cassação da licença para vender na feira livre.

Art. 246. A Municipalidade estabelecerá a cobrança de uma taxa pela utilização do local,

devendo a limpeza deste ser efetuada pelos feirantes.

Art. 247. O horário de funcionamento das feiras será estabelecido por decreto do executivo.

Parágrafo único. A alteração do horário poderá ser solicitada pelos feirantes

mediante abaixo assinado contendo no mínimo assinatura de 2/3 (dois terços) dos

feirantes cadastrados e em dia com suas responsabilidades junto à municipalidade.

Art. 248. Os feirantes obrigam-se a observar as normas do Código de Defesa do Consumidor,

a Legislação Sanitária, bem como a cumprirem o horário de funcionamento e atendimento ao

público.

Art. 249. As infrações destes dispositivos serão punidas com multa de 200 (duzentas) UFMs.

Parágrafo único. Em caso de reincidência, será automaticamente cassada a

respectiva licença.

CAPÍTULO VI

DA HIGIENE ALIMENTAR

Art. 250. A Municipalidade exercerá, em colaboração com as autoridades sanitárias do Estado

e União, severa fiscalização sobre a produção, o comércio e o consumo de gêneros

alimentícios em geral.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 445

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, consideram-se gêneros alimentícios

todas as substâncias destinadas ao preparo e consumo alimentar, excetuados os

medicamentos.

Art. 251. Sem prejuízo das normas e ações Federais e Estaduais sobre alimentos, fica proibida

a produção, exposição, armazenamento, comercialização e consumo de alimentos

deteriorados, falsificados, adulterados, vencidos ou nocivos à saúde, os quais serão

apreendidos pelos funcionários encarregados pela fiscalização e removidos para local

destinado à inutilização dos mesmos.

Parágrafo único. A inutilização dos gêneros não eximirá o autuado do pagamento

das multas e demais penalidades.

Art. 252. A comercialização de alimentos deve ser feita sob condições físicas, ambientais e de

manuseio adequadas, através de estabelecimentos e pessoas rigorosamente limpas, sadias e

asseadas.

Art. 253. Os alimentos perecíveis devem ser expostos para sua comercialização, em

equipamentos de superfície impermeável que garantam a sua conservação através de

processo de refrigeração e mantenham-se protegidos de insetos, de manipulação de terceiros

e da exposição à ação dos agentes naturais.

Art. 254. No tocante ao transporte de alimentos devem ser obedecidas, no mínimo, as

seguintes normas:

I. do veículo:

a) ser dividido e previamente higienizado;

b) não ter comunicação direta com o motorista e/ou motor;

c) ser revestido adequadamente de modo a proteger os produtos de qualquer

espécie de contaminação;

d) quando não houver prateleiras é obrigatória a existência de estrados;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 446

e) no caso de produtos perecíveis é obrigatório o uso de estufas ou refrigeração;

f) todo produto será transportado convenientemente embalado e protegido;

g) todo veículo será licenciado pelo serviço de fiscalização de alimentos, através

de prévia vistoria;

II. do motorista:

a) ter carteira de saúde devidamente atualizada;

b) fazer uso de uniforme, bem como luvas e boné;

c) ter bons hábitos de higiene;

d) ter carteira de habilitação devidamente atualizada.

§1º. Fica vedado o uso do veículo para outras atividades, assim como o transporte

de pessoas alheias ao serviço.

§2º. O manuseio de produtos, quando não puder ser evitado, será realizado com as

mãos protegidas, sendo que a proteção indicada para o manuseio será mantida

limpa e higienizada.

Art. 255. No caso de manipulação de alimentos, deve ser observado no mínimo o seguinte:

I. o pessoal que trabalha nos estabelecimentos de gêneros alimentícios deve

realizar exames médicos, registrados em carteira de saúde, no mínimo

semestralmente;

II. a manipulação de alimentos não pode ser realizada por pessoa portadora de

doenças transmissíveis.

Art. 256. Para o preparo dos alimentos, os estabelecimentos comerciais devem observar, no

mínimo, o seguinte:

I. utilização de material impermeável, como tampo de mesa de preparo ou

utensílio, quando estes entrem em contato direto com os alimentos;

II. utilização de louças sem trincos ou lascas, em perfeito estado de

conservação e limpeza;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 447

III. o local de preparo deve ter uma pia exclusiva para lavagem de alimentos e

outra para utensílios;

IV. utilização de métodos eficientes de desinfecção dos utensílios;

V. o lixo e os restos de alimentos devem ser acondicionados em recipientes de bom

material, fácil limpeza e com tampa;

VI. alimentos potencialmente perigosos (maionese, carnes, pescados, leite, ovos e

outros) devem ser acondicionados em refrigeradores imediatamente após seu

preparo.

Art. 257. Os estabelecimentos comerciais, para o armazenamento de alimentos, devem

observar no mínimo as disposições a seguir:

I. possuir local próprio e separado para o armazenamento de inseticidas, venenos,

detergentes ou desinfetantes;

II. os alimentos em embalagem permeável devem ser colocados em estrados, numa

altura nunca inferior a 20 cm (vinte centímetros ) do piso;

III. os alimentos potencialmente perecíveis devem ser mantidos em temperaturas

apropriadas;

IV. moscas, baratas, roedores e animais domésticos, bem como suas fezes, não

devem ser encontrados em locais de armazenamento dos alimentos;

V. evitar os vazamentos hidráulicos e restos de alimentos ou lixos nos locais

destinados ao armazenamento dos alimentos;

VI. não é permitida a venda de alimentos industrializados sem rótulo ou com rótulo

incompleto ou ainda com embalagens danificadas ;

VII. não é permitida a presença de alimentos impróprios para o consumo, nos locais de

armazenamento ou exposição de mercadorias.

Art. 258. Todo alimento somente será exposto ao consumo ou entregue à comercialização

depois de registrado no órgão competente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 448

Art. 259. Os rótulos devem mencionar em caracteres perfeitamente legíveis:

I. a qualidade, a natureza e o tipo de alimento, observada a definição, a

descrição e a classificação estabelecida no respectivo padrão de identidade e

qualidade, no rótulo arquivado no órgão competente do Ministério da Saúde, no caso

de alimento de fantasia ou artificial, ou de alimento não padronizado;

II. nome e / ou marca do alimento;

III. nome do fabricante ou produtor;

IV. sede da fábrica ou local de produção;

V. número do registro do alimento no órgão competente do Ministério da Saúde;

VI. indicação do emprego de aditivo intencional, mencionando-o

expressamente ou indicando o código de identificação correspondente com a

especificação da classe a que pertencer;

VII. número de identificação da partida do alimento perecível;

VIII. data de fabricação e validade do produto;

IX. o peso ou volume líquido;

X. outras indicações que venham a ser fixadas em regulamentos.

Art. 260. Na infração de qualquer norma deste Capítulo, será imposta a multa de 100 (cem)

UFMs.

CAPITULO VII

DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS, COMERCIAIS,

PRESTADORES DE SERVIÇOS E LAZER

Art. 261. Os estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços, instalados no

Município de Paranaguá, Estado do Paraná, bem como os de lazer, serão mantidos sob

rigorosos cuidados de higiene e asseio, em observância às normas deste Código e as demais

exigências estaduais e federais.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 449

SEÇÃO I

HIGIENE DOS HOTÉIS, RESTAURANTES, BARES E SIMILARES

Art. 262. Sem prejuízo das demais disposições contidas na legislação que trata da matéria, os

hotéis, restaurantes, bares e similares, obedecerão, no mínimo, o seguinte:

I. possuir talheres unicamente metálicos;

II. os talheres, louças e utensílios de cozinha, devem ser mantidos em perfeito

estado de limpeza e conservação, não podendo ficar exposto a poeira e insetos;

III. o mobiliário deve possuir tampos impermeáveis;

IV. possuir instalações sanitárias para ambos os sexos, não sendo permitida a

entrada comum;

V. no tocante aos funcionários, devem estar sempre limpos, convenientemente

trajados, de preferência uniformizados.

VI. a rouparia utilizada no hotel e restaurante pode ser substituída por tecidos

sintéticos desde que não ofereçam perigo de contaminação aos alimentos;

VII. as dependências do estabelecimento devem ser mantidas em perfeito estado de

higiene e conservação.

Art. 263. Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta a multa de 300 (trezentas)

UFMs.

SEÇÃO II

HIGIENE DOS SALÕES DE BELEZA, BARBEARIA E CONGÊNERES

Art. 264. Os salões de beleza, barbearias e estabelecimentos congêneres, obedecerão, no

mínimo o seguinte:

I. usar toalhas, golas individuais e panos que recubram as cadeiras apenas uma vez;

II. mergulhar em solução anti-séptica e lavar em água corrente os instrumentos de

trabalho;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 450

III. utilizar os uniformes rigorosamente limpos;

IV. as dependências do estabelecimento devem ser mantidas em perfeito estado de

higiene e conservação.

Art. 265. Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta a multa de 200 (duzentos)

UFMs.

SEÇÃO III

HIGIENE DAS CASAS DE CARNE E PEIXARIAS

Art. 266. As casas de carnes, os açougues e peixarias devem atender as seguintes condições:

I. ter balcão com tampo de aço inoxidável, mármore ou fórmica;

II. utilizar utensílios de manipulação, ferramentas e instrumentos de corte feitos de

material apropriado e conservado em rigoroso estado de limpeza;

III. não fazer uso de lâmpadas coloridas na iluminação artificial;

IV. os móveis de madeira devem ter revestimento impermeável;

V. manter o estabelecimento em perfeito estado de asseio e limpeza;

VI. os funcionários devem usar aventais, gorros brancos e luvas;

VII. manter coletores de lixo e resíduos com tampa a prova de moscas e roedores;

VIII. vender apenas carnes provenientes de abatedouros devidamente licenciados,

regularmente inspecionados e carimbados;

IX. as aves abatidas devem ser expostas à venda completamente limpas, livres

tanto da plumagem como das vísceras e partes não comestíveis;

X. os estabelecimentos devem manter um funcionário exclusivo para o caixa.

Art. 267. Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta a multa de 200 (duzentas)

UFMs.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 451

SEÇÃO IV

HIGIENE DOS SUPERMERCADOS E SIMILARES

Art. 268. Os estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios, da modalidade de

supermercados e similares, devem observar no mínimo, o seguinte:

I. todo o supermercado e similar deve ter alvará sanitário em dia;

II. os funcionários devem ter carteira de saúde atualizada a cada ano;

III. os funcionários devem ser sadios e limpos;

IV. os funcionários devem usar uniforme adequado (guarda-pó, botas, luvas e

gorro, conforme o caso);

V. os alimentos perecíveis devem permanecer à temperatura adequada a cada caso;

VI. o estabelecimento deve estar rigorosamente limpo;

VII. só é permitido expor à venda ao consumidor, alimentos devidamente registrado no

órgão competente;

VIII. ter vestiário para uso dos funcionários;

IX. ter sanitário para ambos os sexos, rigorosamente limpos, não tendo comunicação

direta com as salas de manipulação, lavatório com água corrente, toalhas de papel

(de uso individual), recipientes com tampa para o lixo, sabonete líquido, paredes e

pisos impermeáveis de material resistente sem falhas ou rachaduras, vasos

sanitários com tampa e descarga a jato de água;

X. deve possuir recipiente próprio para coleta de lixo, de material resistente, boa

qualidade e fácil limpeza, com tampa para evitar proliferação de moscas, baratas e

roedores. Quando não houver coleta pública, o destino final do lixo deve ser

adequado, dentro das normas de saúde pública;

XI. é expressamente proibido fumar durante o serviço;

XII. deve haver sempre funcionário(s) exclusivo(s) apenas para o(s) caixa(s);

XIII. o estabelecimento deve ser dedetizado regularmente por empresa especializada.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 452

Art. 269. Na infração de qualquer artigo desta Seção será imposta a multa de 500 (quinhentas)

UFMs.

SEÇÃO V

HIGIENE DAS PANIFICADORAS, LANCHONETES E/OU CONFEITARIAS E SIMILARES

Art. 270. Os estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios, da modalidade de

panificadoras, lanchonetes e /ou confeitarias e similares, devem observar no mínimo, o

seguinte:

I. piso revestido por material lavável, impermeável, resistente e não corrosível;

II. paredes de material resistente, lavável, impermeável, não corrosível, em cor clara,

até 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) de altura na área de atendimento ao

público, e até o teto na área de manipulação. A faixa a partir de 1,50m (um metro e

cinqüenta centímetros) até o teto na área de atendimento ao público, deve ser

pintada com tinta lavável, e em cor clara;

III. as salas de manipulação devem ter aberturas (portas e janelas) teladas;

IV. as chaminés devem ficar no mínimo 5m (cinco metros) acima da cumeeira, num

raio de 50 m (cinqüenta metros);

V. os fornos não devem produzir fumaça aos compartimentos de trabalho;

VI. os fornos, as caldeiras e as máquinas devem ser instalados em

compartimentos especiais a 0,50 m (cinqüenta centímetros) das paredes próximas.

VII. não se permite construção alguma sobre fornos, a não ser a cobertura para protegê-

los;

VIII. ter depósito ou local diferenciado, adequado para armazenamento de combustível,

nos estabelecimentos que lidam com carvão, lenha, gás e similares;

IX. ter depósito especial para farinhas, açúcar e outros, com pisos e paredes

impermeabilizadas e protegidas de insetos e animais, com telas, estrados e

aberturas especiais;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 453

X. é obrigatório o emprego de amassadeiras mecânicas;

XI. a secagem dos produtos será levada a efeito em ambiente e equipamento

adequado e protegido;

XII. o preparo das massas, doces, salgados e demais produtos será, sempre que

possível, realizado por processo mecânico, evitando ao máximo o uso das mãos;

XIII. todos os aparelhos e utensílios de trabalho serão de material inócuo, inatacável e de

fácil limpeza;

XIV. os equipamentos estarão sempre em boas condições de higiene;

XV. o produto pronto para uso deve ficar abrigado de contaminação exterior;

XVI. as embalagens a serem utilizadas devem estar protegidas da poeira, insetos,

animais e serem registradas no órgão competente;

XVII. é obrigatório o uso de estilete inoxidável, não se permitindo, em hipótese alguma, o

emprego de qualquer outro material, sobremodo os comumente encontrados,

rústicos, perigosos e sem higiene;

XVIII. só é permitido o uso de aditivos intencionais previstos na Legislação Sanitária

Federal;

XIX. a manipulação dos produtos prontos para o consumo, na impossibilidade do uso de

pegadores inox, será feita com as mãos protegidas por luvas de material aprovado

pelo Serviço de Fiscalização de Alimentos Federal.

Art. 271. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa de 200 (duzentas)

UFMs.

SEÇÃO VI

HIGIENE DOS HOSPITAIS, CASAS DE SAÚDE E MATERNIDADES

Art. 272. Nos Hospitais, Casas de Saúde e Maternidades, além das disposições em geral deste

Código, do Código de obras e edificações e das legislações Federal e Estadual específicas,

que lhes forem aplicáveis é obrigatório:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 454

I. a existência de depósito para roupa servida;

II. a existência de uma lavanderia com água quente com instalação de esterilizador;

III. a esterilização de louças, talheres e utensílios diversos;

IV. a desinfeção de colchões, travesseiros, lençóis e cobertores;

V. a instalação de necrotério;

VI . processo especial para eliminação de lixo hospitalar;

VII. a manutenção da cozinha, copa e despensa devidamente asseada e em

condições de completa higiene.

Art. 273. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa de 300 (trezentas)

UFMs.

SEÇÃO VII

DAS ESCOLAS E CRECHES

Art. 274. Em todas as Escolas e Creches do Município de Paranaguá deve ser observado no

mínimo o seguinte:

I. as salas de aula devem ser mantidas rigorosamente limpas e asseadas, possuir

boa iluminação natural e ter dimensões compatíveis com o número de alunos;

II. o estabelecimento deve possuir sanitários, que deverão ser mantidos

rigorosamente limpos, separados para ambos os sexos, sendo que o número de

sanitários deve ser compatível com o número de alunos da escola, de acordo com o

estabelecido pelo Código de Obras e Edificações;

III. devem ser tomadas medidas que tornem os pátios absolutamente seguros com

relação ao trânsito das ruas adjacentes, nos estabelecimentos pré-escolares e de 1º

grau;

IV. as escolas deverão ser dotadas de recipientes para depósito de lixo no seu pátio

interno;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 455

V. nas cozinhas, onde é preparada a merenda escolar, deve ser observada a

máxima higiene;

VI. as cozinheiras utilizarão uniformes, gorros e luvas.

Art. 275. Aplicam-se às Escolas e Creches, ainda, no que couber, as disposições determinadas

pelo Código de Obras e Edificações e pela Secretaria de Educação.

Art. 276. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa de 200 (duzentas)

UFMs.

SEÇÃO VIII

DAS PISCINAS

Art. 277. As piscinas de natação devem obedecer as seguintes prescrições:

I. todo o freqüentador é obrigado ao banho prévio de chuveiro;

II. no trajeto entre o chuveiro e a piscina será necessária a passagem do banhista

por um lava-pés, provido de água corrente, situado de modo a reduzir ao mínimo o

espaço a ser percorrido para atingir a piscina após o trânsito pelo lava-pés;

III. o equipamento da piscina deve assegurar perfeita e uniforme circulação,

filtragem e purificação da água.

Art. 278. A água das piscinas deve ser convenientemente tratada contra algas, fungos e

outros.

Parágrafo único. As piscinas que recebem continuamente água de boa qualidade e

cuja renovação total se realiza em tempo inferior a 12 (doze) horas, podem ser

dispensadas das exigências deste artigo, a critério da Municipalidade.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 456

Art. 279. Em todas as piscinas é obrigatório o registro diário das operações de tratamento e

controle.

Art. 280. Os freqüentadores das piscinas devem ser submetidos a exames médicos pelo

menos uma vez por ano.

Parágrafo único. As piscinas públicas são obrigadas a dispor de salva-vidas durante

todo o horário de funcionamento.

Art. 281. Para uso dos banhistas, devem existir vestiários para ambos os sexos, com chuveiros

e instalações sanitárias adequadas.

Art. 282. Nenhuma piscina pode ser usada quando suas águas forem julgadas poluídas pela

autoridade sanitária competente, que fará vistorias trimestrais.

Art. 283. Das exigências desta Seção, salvo em relação ao artigo anterior, ficam excluídas as

piscinas das residências particulares, quando para uso exclusivo de seus proprietários e

pessoas de suas relações.

Art. 284. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa de 200 (duzentas)

UFMs.

TÍTULO VIII

DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Art. 285. O horário de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais, prestação

de serviços e de crédito, obedecerá aos horários estipulados neste Capítulo, observadas as

normas da Legislação Federal do Trabalho vigente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 457

Art. 286. Estão sujeitos a horários especiais:

I. de 0 a 24:00h, nos dias úteis, domingos e feriados:

a) postos de gasolina;

b) hotéis e similares;

c) hospitais e similares;

d) farmácias de plantão, conforme escala estabelecida por Decreto do Chefe do

Poder Executivo Municipal.

II. de 06:00 às 22:00h, nos dias úteis, domingos e feriados:

a) padarias;

b) mercearias;

c) casas de carnes e peixarias;

III. de 07:30h às 20:00h, de segunda a sexta-feira e, das 7:30h às 12:00h, nos

sábados:

a) farmácias que não estiverem de plantão.

IV. das 08:00h às 21:00h, de segunda a domingo e feriados:

a) supermercados e lojas de artesanato;

IV. funcionamento livre:

a) indústrias;

b) restaurantes, sorveterias, confeitarias, bares, cafés e similares;

c) bancas de revistas;

d) casas de dança e casas de diversão pública;

§ 1º As farmácias, quando fechadas, poderão em caso de urgência, atender o

público a qualquer hora do dia ou da noite.

§ 2º As farmácias que não estiverem de plantão deverão afixar à porta, após o

horário de funcionamento estabelecido no inciso III deste artigo, uma placa com

indicação do estabelecimento plantonista.

Art. 287. Outros ramos do comércio ou prestadores de serviços que exploram atividades não

previstas neste Capítulo, que necessitem funcionar em horário especial deverão requerê-los a

Municipalidade.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 458

Art. 288. Em casos excepcionais, obedecido o interesse público, o Chefe do Poder Executivo

poderá conceder licenças extraordinárias a estabelecimentos e atividades, alterando por

decreto o horário normal de funcionamento.

Parágrafo único. Fora do horário normal, os estabelecimentos que funcionarem

com as licenças extraordinárias, somente poderão vender mercadorias pertencentes

ao ramo do comércio, conforme sua licença de localização.

Art. 289. Toda operação de carga e descarga realizada no Município de Paranaguá, seja por

particulares, estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviço, fica sujeita à

regulamentação específica da Municipalidade.

TÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 290. As infrações caracterizadas por lei como infrações sanitárias constituem exceção a

este Código e serão tratadas pelo órgão sanitário municipal competente em processo próprio e

em conformidade com o disposto na Legislação Sanitária Federal, Estadual e Municipal.

Parágrafo único. As penalidades referentes às infrações sanitárias são de

competência exclusiva do órgão sanitário municipal.

Art. 291. As normas relativas à cobrança de taxas de qualquer tipo de serviços prestados pela

Municipalidade ou terceiros contratados pelo mesmo, regulamentações referentes aos

transportes coletivos urbanos, administração dos cemitérios, táxis e outros, serão objeto de leis

ordinárias específicas.

Art. 292. Este Código entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as

disposições em contrário.

Prefeitura Municipal, ........de ............... de 2007.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 459

7 CÓDIGO AMBIENTAL – ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 460

CÓDIGO AMBIENTAL

A Constituição Federal em seu artigo 23, combinado com o artigo 30, incisos I e II,

atribui aos municípios a competência comum de proteger o meio ambiente, preservando as

florestas, a fauna, a flora, as obras, os monumentos, as paisagens notáveis, os sítios

arqueológicos e outros bens, assim como legislar sobre assuntos de interesse local, atendendo

suas peculiaridades.

Cabe ressaltar que os municípios possuem a competência plena de legislar sobre o que

lhes é peculiar e, no que couber, suplementar a legislação Federal e Estadual.

A necessidade de atender à desenfreada demanda de urbanização e industrialização

está exaurindo os recursos naturais e a sua insignificante renovação está acelerando os

problemas causados pela poluição do meio ambiente.

Nos centros urbanos, a mentalidade preservacionista parece limitada à genérica

legislação vigente. Poucos municípios adotam leis específicas para a preservação de suas

áreas verdes. Uns por desconhecimento, outros por relegarem a questão a um plano inferior.

Paranaguá, hoje, alcançou dimensões que a classificam como uma cidade de porte

médio e se situa entre as maiores do Estado do Paraná, além de citar a presença do Porto de

Paranaguá que sofre influência direta de todo o Estado do Paraná e Estados vizinhos. Em

razão dessas características e de como se procedeu ao desenvolvimento nas últimas décadas,

sente-se a necessidade de dotar a cidade da legislação ambiental, para que possa haver o

crescimento ordenado e causando o menor impacto possível ao meio.

Este Código contém medidas que disciplinam o uso dos recursos ambientais, de

maneira a trazer melhores benefícios aos seres vivos e a melhoria da qualidade de vida da

população.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 461

Dispõe sobre o Código Ambiental do

Município de Paranaguá.

TÍTULO I

DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Com base nos artigos 30 e 225 da Constituição Federal, no Plano Diretor do

Município, no Estatuto da Cidade e no Estatuto da Terra, este Código tem como finalidade,

respeitadas as competências da União e do Estado do Paraná, regulamentar as ações do

Poder Público Municipal e a sua relação com a coletividade na conservação, defesa, melhoria,

recuperação e controle do meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do

povo e essencial à sadia qualidade de vida para as presentes e futuras gerações, e estabelecer

normas para a administração, proteção e controle do Patrimônio Ambiental, da qualidade do

meio ambiente e do desenvolvimento sustentável do Município de Paranaguá.

§ 1º. Os dispositivos desta lei e das demais normas municipais, bem com das normas

federais e estaduais, quando aplicados no Município de Paranaguá, interpretam-se

sistematicamente e, sempre, em favor da proteção ao meio ambiente.

§ 2º. Em caso de dúvida ou divergência na interpretação de qualquer dos dispositivos

deste Código e das demais normas ambientais federais e estaduais, a Administração Pública

Municipal e o CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, deverão adotar a interpretação

mais favorável ao meio ambiente.

Art. 2º - Para o estabelecimento da política ambiental, além do disposto na Lei do Plano

Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá, serão observados, ainda, os seguintes

princípios e conceitos fundamentais:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 462

I – o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e a obrigação de defendê-

lo, preservá-lo e recuperá-lo para as presentes e futuras gerações;

II – promoção do desenvolvimento integral do ser humano;

III – princípios de Direito Ambiental Internacional não conflitante com o ordenamento jurídico

brasileiro;

IV – planejamento e racionalização do uso do Patrimônio Ambiental;

V – imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos

causados e, internalizar as externalidades, sem prejuízo das demais sanções.

VI – imposição ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais para fins

econômicos;

VII – democratização e caráter público das informações relativas ao meio ambiente.

VIII – multidisciplinariedade no trato das questões ambientais;

IX – participação comunitária na preservação, conservação e defesa do ambiente;

X – integração com as políticas ambientais nacional, estadual, regionais, setoriais e demais

ações do governo;

XI – manutenção do equilíbrio ecológico;

XII – racionalização do uso do solo, água, ar e dos recursos energéticos e minerais;

XIII – planejamento e fiscalização do uso dos recursos naturais;

XIV – controle e zoneamento das atividades potencialmente ou efetivamente poluidoras;

XV – proteção dos ecossistemas, com a preservação e manutenção de áreas representativas;

XVI – incentivo ao estudo científico e tecnológico direcionado ao uso e proteção do Patrimônio

Ambiental;

XVII – prevalência do interesse público;

XVIII - o controle da produção, da extração, da comercialização, do transporte e do emprego de

materiais, bens e serviços, métodos e técnicas que comportem risco para a vida ou

comprometam a qualidade de vida e o meio ambiente;

XIX – a educação ambiental na sociedade, visando ao conhecimento da realidade, o exercício

da cidadania e a adoção de mecanismos de estímulo destinados a conduzir o cidadão à

melhor prática ambiental;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 463

XX – atuação autônoma do poder municipal nas atribuições compatíveis com o interesse

ambiental local;

XXI – o gerenciamento da utilização adequada do Patrimônio Ambiental, baseada na ação

conjunta do Poder Público e da coletividade, visando proteger, conservar e recuperar a

qualidade ambiental propícia à vida, garantindo o desenvolvimento sustentável;

XXII – a prevenção dos danos e degradações ambientais, através da adoção de medidas que

neutralizem ou minimizem, para níveis tecnicamente seguros, os efeitos desejados;

XXIII – a organização e utilização adequada do solo urbano e rural, objetivando compatibilizar

sua ocupação com as condições exigidas para a recuperação, conservação e melhoria

da qualidade ambiental;

XXIV – proteção dos ecossistemas, das unidades de conservação, da fauna e da flora;

XXV – realização de planejamento e zoneamento ambientais, bem como o controle e

fiscalização das atividades potencial ou efetivamente degradadora;

XXVI – promoção de estímulos e incentivos às ações que visem à proteção, manutenção e

recuperação do meio ambiente;

XXVII – articulação, coordenação e integração da ação pública entre os órgãos e entidades do

Município com os dos demais níveis de governo e municípios que compõe a região

litorânea do Estado do Paraná, bem como a realização de parcerias com o setor privado

e organizações da sociedade civil e não governamental, visando à preservação,

conservação e recuperação do meio ambiente;

Parágrafo Único. Para os efeitos desta lei, além dos citados no parágrafo anterior, são

adotados os seguintes conceitos:

I – Agenda 21 local: processo participativo multi setorial de construção de um programa de

ação estratégico, dirigido às questões prioritárias para o desenvolvimento sustentável local,

que impliquem mudanças no atual padrão de desenvolvimento e que integre as dimensões

socioeconômicas, político-institucionais, culturais e ambientais da sustentabilidade;

II – Ambiente: soma dos inúmeros fatores que influenciam a vida dos seres vivos, considerado

sinônimo de ambiência;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 464

III – Área de aterro: área cuja característica física e destinação permita a deposição de forma

controlada de resíduos sólidos inertes, terra e/ou entulho, excedente de serviços de

terraplenagem e/ou demolição;

IV – Auditoria ambiental: instrumento de controle previsto na legislação ambiental; exame

periódico e ordenado dos aspectos normativos, técnicos e administrativos relativos às

atividades de um empreendimento capaz de provocar efeitos prejudiciais ao meio

ambiente; instrumento complementar nos processos de certificação de qualidade;

V – Avaliação de impacto ambiental: processo de avaliação dos impactos ecológicos,

econômicos e sociais que podem advir da implantação de atividades antrópicas e de

monitoramento e controle desses efeitos pelo poder público e pela sociedade;

VI – Bacia hidrográfica: área limitada por divisores de água, dentro da qual são drenados os

recursos hídricos, através de um curso de água, como um rio e seus afluentes. A área

física, assim delimitada, constitui-se em importante unidade de planejamento e de

execução de atividades sócio-econômicas, ambientais, culturais e educativas;

VII – Biodiversidade: a variedade de vida existente no planeta, seja terra ou água;

VIII – Bioma: comunidade principal de plantas e animais associada a uma zona de vida ou

região com condições ambientais, principalmente climáticas, estáveis;

IX – Biota: conjunto dos componentes vivos de um ecossistema. Todas as espécies de plantas

e animais existentes dentro de uma determinada área;

X – Conservação: ação de reunir atividades de preservação, manutenção, utilização

sustentada, restauração e melhoria do meio ambiente, de forma a produzir o maior

benefício sustentado para as gerações atuais e, ao mesmo tempo, manter sua

potencialidade para satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras e a

sobrevivência das espécies vegetais e animais e de seu ambiente natural;

XI – Contaminação: introdução, no meio, de elementos em concentrações nocivas à saúde

humana, tais como: organismos patogênicos e substâncias tóxicas ou radioativas;

XII – Controle ambiental: conjunto de ações tomadas, visando a manter em níveis satisfatórios

as condições do ambiente. O termo pode também se referir à atuação do Poder Público

na orientação, correção, fiscalização e monitoração ambiental de acordo com as

diretrizes administrativas e as leis em vigor;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 465

XIII – Degradação ambiental: processo gradual de alteração negativa do ambiente, resultante

de atividades humanas; esgotamento ou destruição de todos ou da maior parte dos

elementos de um determinado ambiente; destruição de um determinado ambiente;

destruição de um recurso potencialmente renovável; o mesmo que devastação

ambiental;

XIV – Desenvolvimento sustentado: desenvolvimento que possibilita a gestão do

desenvolvimento, da utilização e da proteção dos recursos naturais, segundo os

padrões nacionais ou internacionais, em ritmos e nos limites que permitam à população

presente assegurar seu bem-estar sócio-econômico e cultural, de forma a garantir a

preservação desses recursos também para as futuras gerações - é a proteção e a

recuperação da função de sustento vital do ar, da água, do solo e dos ecossistemas

naturais e construídos, visando evitar, atenuar e mitigar todo efeito prejudicial das

atividades que afetem o meio ambiente;

XV – Distúrbio por vibração: qualquer ruído ou vibração que ponha em perigo ou prejudique a

saúde, o sossego e o bem-estar públicos, cause danos de qualquer natureza às

propriedades públicas ou privadas ou pssa ser considerado incômodo;

XVI – Ecossistema: ambiente em que há a troca de energia entre o meio e seus habitantes;

XVII – Educação ambiental: todo o processo educativo, que utiliza metodologias diversas,

alicerçadas em base científica, com objetivo de formar indivíduos capacitados a

analisar, compreender e julgar problemas ambientais, na busca de soluções que

permitam ao homem coexistir de forma harmoniosa com a natureza;

XVIII – Estação de separação e reciclagem: local onde se efetua a seleção, mecânica ou

manual, armazenamento e comercialização dos resíduos potencialmente re-

aproveitáveis comercialmente;

XIX – Estudo de Impacto Ambiental: mecanismo administrativo preventivo e obrigatório de

planejamento, visando à preservação da qualidade ambiental; exigido como condição

de licenciamento em obras, atividades ou empreendimentos potencialmente causadores

de significativa degradação ambiental; deve ser executado por equipe multidisciplinar e

apresentado à população afetada ou interessada, mediante audiência pública; previsto

na Constituição Federal, na Lei n.° 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente) e

regulamentado pela Resolução CONAMA 001/86;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 466

XX – Fauna: conjunto dos animais que vivem em um determinado ambiente, região ou época.

A existência e conservação da fauna estão vinculadas à conservação dos respectivos

habitats;

XXI – Flora: a totalidade das espécies vegetais que compreende a vegetação de uma

determinada região, sem qualquer expressão de importância individual. Compreende

também as algas e fitoplânctons marinhos flutuantes. A flora se organiza geralmente

em estratos, que determinam formações específicas como campos e pradarias,

savanas e estepes, bosques e florestas e outros;

XXII – Gestão ambiental: ação integrada do poder público e da sociedade, visando à

otimização do uso dos recursos naturais de forma sustentável, tomando por base a

sua recuperação;

XXIII – Impacto ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas

do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das

atividades humanas que, diretamente, afetem a saúde, a segurança, o bem estar da

população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e

sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais;

XXIV – Incômodo à vizinhança, desconforto ou perturbação do sossego público: emissão de

sons, odores ou resíduos produzidos, direta ou indiretamente, por animal, criatório,

máquinas, equipamentos elétricos ou eletrônicos, música ao vivo e qualquer outra

espécie de atividade, eventual ou não, dentro da área urbana;

XXV – Instrumentos publicitários: aqueles veiculados por meio de elementos de comunicação

visual e sonora, fixos e móveis, referentes à apresentação de produtos e serviços

(letreiros, anúncios, out-doors, back-lights, front-lights, multimídia e outros)

veiculados em logradouros públicos ou particulares, em locais visíveis ou expostos

ao público;

XXVI – Jardins botânicos: unidades de conservação que visam à preservação e propagação de

espécies da flora e também à educação do público visitante dessas áreas. Atuam na

manutenção dos processos ecológicos e sistemas vitais essenciais, preservação da

diversidade genética e apoio à utilização sustentável das espécies vegetais e dos

ecossistemas nos quais ocorrem;

XXVII – Licenciamento ambiental: instrumento de política e gestão ambiental de caráter

preventivo. Conjunto de leis, normas técnicas e procedimentos administrativos que

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 467

consubstanciam, na forma de licenças, as obrigações e responsabilidades do Poder

Público e dos empresários, com vistas à autorização para implantar, ampliar ou

iniciar a operação de qualquer empreendimento potencial ou efetivamente capaz de

causar alterações no meio ambiente, promovendo sua implantação de acordo com

os princípios do desenvolvimento sustentável;

XXVIII – Manancial: qualquer extensão de água, superficial ou subterrânea, utilizada para

abastecimento humano, industrial, animal ou irrigação;

XXIX – Manejo: programa de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais, baseado em

teorias ecológicas que contemplem a manutenção da biodiversidade e o aumento da

produção de insumos necessários à vida na região (produção agrícola, energética,

pecuária), além de propiciar o conhecimento científico, o planejamento, a

manipulação, o consumo e o controle de um determinado recurso;

XXX – Matas ciliares: mata das margens dos rios, lagos, represas, córregos e nascentes;

XXXI – Meio ambiente: tudo aquilo que cerca ou envolve os seres vivos e as coisas, incluindo o

meio social-cultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados

pelo ser humano;

XXXII – Mobiliário urbano: conjunto de elementos de micro-escala arquitetônica, integrantes do

espaço urbano, de natureza utilitária ou não, implantados em espaços públicos e/ou

privados, compreendendo os sistemas de circulação e transporte, cultural, esportivo,

de lazer e de infra-estrutura urbana (comunicações, energia e iluminação pública,

saneamento, segurança, comércio, informação e comunicação visual e sonora,

ornamentação e sinalização urbana);

XXXIII – Monitoramento ambiental: acompanhamento, através de análises qualitativas e

quantitativas, de um recurso natural, com vista ao conhecimento das suas condições

ao longo do tempo;

XXXIV – Nascente: local onde se verifica o aparecimento de água por afloramento do lençol

freático;

XXXV – Obra: realização de ações sobre terreno que impliquem alteração do seu estado físico

original, agregando-se ou não, a ele, uma edificação;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 468

XXXVI – Paisagem: parte do espaço apreendida visualmente; resultado da combinação

dinâmica de elementos físico-químicos, biológicos e antropológicos que, em mútua

dependência, geram um conjunto único e indissociável em permanente evolução;

XXXVII – Passivo ambiental: custos e responsabilidades civis geradoras de dispêndios

referentes às atividades de adequação de um empreendimento aos requisitos da

legislação ambiental e à compensação de danos ambientais;

XXXVIII – Patrimônio Ambiental: conjunto de recursos naturais e artificiais, renováveis ou não,

disponíveis no meio ambiente;

XXXIX – Plano de Destinação e Deposição de Resíduos Urbanos: previsão de disposição dos

resíduos gerados ou recebidos pela atividade, elaborado sob responsabilidade

técnica de profissional habilitado, documento a ser emitido pela SEMMA no processo

de licenciamento ambiental;

XL – Poluentes: detritos sólidos, líquidos ou gasosos nocivos à saúde, de origem natural ou

industrializado, que são lançados no ar, na água ou no solo;

XLI – Poluição: qualquer interferência prejudicial aos usos preponderantes das águas, do ar e

do solo, previamente estabelecidos;

XLII – Poluição sonora: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou

nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar público ou transgrida as disposições

fixadas na norma competente;

XLIII – Preservação: cuidar da sobrevivência das espécies de organismos vivos, animais e

vegetais;

XLIV – Proprietário: o detentor do título de propriedade ou do direito real de uso do terreno e

seus sucessores a qualquer título;

XLV – Qualidade da paisagem urbana: grau de excelência das suas características espaciais,

visíveis e perceptíveis; valor intrínseco decorrente de seus atributos e de sua utilização

e que implica no controle de fontes de impactos ambientais, na presença,

acessibilidade e visibilidade dos espaços livres e de áreas verdes e no contato com o

meio ambiente urbano;

XLVI – Reciclagem: obtenção de materiais a partir de resíduos, introduzindo-os de novo no

ciclo da reutilização, com a finalidade de reduzir o lixo industrial e doméstico;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 469

XLVII – Recuperação: ato de intervir num ecossistema degradado, visando ao resgate das

suas condições naturais;

XLVIII – Recursos naturais: denominação que se dá à totalidade das riquezas materiais que se

encontram em estado natural, como florestas e reservas minerais;

XLIX – Responsável técnico: técnico habilitado para exercício profissional, pelo órgão

fiscalizador federal, identificado na Prefeitura como autor do projeto ou responsável

técnico pela obra;

L – RIMA: Relatório de Impacto Ambiental: documento que apresenta os resultados dos

estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental; resume o Estudo Prévio

de Impacto (EIA) e deve esclarecer todos os elementos do projeto em estudo, de modo

compreensível aos leigos, para que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos

sociais interessados e por todas as instituições envolvidas na tomada de decisão;

LI – Ruídos: qualquer som que cause ou possa causar perturbações ao sossego público ou

produzir efeitos psicológicos ou fisiológicos negativos em seres humanos;

LII – Sítios significativos: espaços, bens e imóveis, públicos ou privados, de interesse

paisagístico, cultural, turístico, arquitetônico, ambiental ou de consagração popular,

tombado ou não;

LIII – Som: fenômeno físico provocado pela propagação de vibrações mecânicas em um meio

elástico, dentro da faixa de freqüência de 16 Hz a 20 kHz e passível de excitar o

aparelho auditivo humano;

LIV – Vibração: oscilação ou movimento mecânico alternado de um sistema elástico,

transmitido pelo solo por um meio qualquer;

LV – Zona sensível a ruídos: áreas situadas no entorno de hospitais, escolas, creches,

unidades de saúde, bibliotecas, asilos e área de preservação ambiental;

LVI – Zoneamento Ecológico Econômico: zoneamento que inclui planejamentos racionais,

técnicos, econômicos, sociais e ambientais do uso do solo;

Art. 3º. Compete ao Poder Público Municipal elaborar e implementar a política municipal

de defesa do meio ambiente, mediante conciliação da Administração Pública Local, Estadual e

Federal.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 470

Parágrafo Único.Para o cumprimento desta Lei, o Poder Executivo Municipal pode firmar

convênio com quaisquer organismos públicos ou privados, visando à solução dos problemas

comuns de saneamento básico, conservação e preservação dos recursos naturais.

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 4º. São objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente, além dos definidos pela Lei

do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá, os seguintes:

I – normatização, no território municipal, da utilização dos recursos ambientais de

interesse local;

I - manter a fiscalização permanente do Patrimônio Ambiental, visando à garantia da

qualidade de vida e ao equilíbrio ecológico;

II – formular novas técnicas, estabelecendo padrões de proteção, conservação e

melhoria do meio ambiente e incentivando o desenvolvimento de tecnologia apropriada de

reciclagem;

III – dotar o município de infra-estrutura material e quadros funcionais adequados e

qualificados para a administração do meio ambiente;

IV – estabelecer as áreas prioritárias, a fim de promover a melhoria da qualidade de

vida e o equilíbrio ecológico;

V – planejar o uso dos recursos naturais, compatibilizando o desenvolvimento

econômico-social com a proteção dos ecossistemas;

VI – controlar as atividades potencial ou efetivamente poluidoras;

VII – promover a pesquisa e a conscientização da população sobre o meio ambiente em

que vive;

VIII – coletar, catalogar e colocar à disposição de todo e qualquer cidadão,

independentemente de formalidades, todos os dados e informações sobre a qualidade do

Patrimônio Ambiental e a qualidade de vida no município;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 471

IX – impor ao degradador e/ou ao poluidor do meio ambiente a obrigação de recuperar

ou indenizar os danos causados.

X – integração com demais políticas setoriais da União, Estado, Município e região

litorânea;

XI – implementar e fomentar a educação ambiental no âmbito municipal;

CAPÍTULO III

DA COMPETÊNCIA

Art. 5º - Ao Município de Paranaguá, no exercício de sua competência constitucional

relacionada ao meio ambiente, incumbe mobilizar e coordenar suas ações, recursos humanos,

financeiros, materiais, técnicos e científicos, bem como a participação da população na

consecução dos objetivos e interesses estabelecidos nesta Lei.

CAPÍTULO IV

DA ESTRUTURA DO SISTEMA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

Seção I

Da Estrutura

Art 6º A estrutura do Sistema Municipal do Ambiente é formada por um Órgão Executivo,

a SEMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por um Órgão Colegiado, o COMDEMA –

Conselho de Defesa do Meio Ambiente; Procuradoria Ambiental e a Guarda Florestal

Municipal;

Parágrafo único. Integram o Sistema Municipal do Ambiente, os demais órgãos e

entidades públicas e privadas voltados para a conservação, a defesa, a melhoria, a

recuperação e o controle do meio ambiente e para o uso adequado dos recursos ambientais,

com os quais o Município de Paranaguá tenha convênio, consoante o disposto neste Código.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 472

Seção II

Do Órgão Executivo

Art. 7º. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente é o órgão de coordenação, controle e

execução da política municipal de meio ambiente, com as atribuições e competências definidas

nesta Lei, além de outras competências atribuídas pelo Executivo Municipal e COMDEMA,

definidas por meio de regulamento.

Art. 8º. São atribuições da SEMMA:

I – propor, executar e fiscalizar, direta ou indiretamente, a política ambiental do Município de

Paranaguá.

II - articular-se com organismos federais, estaduais, municipais e organizações não-

governamentais (ONGs), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP),

com a finalidade de garantir a execução integrada da Política Municipal de Meio Ambiente;

III – participar, no que couber e quando solicitado, do planejamento de políticas públicas do

Município;

IV – elaborar o Plano de Ação de Meio Ambiente e a respectiva proposta orçamentária;

V – coordenar, supervisionar e fiscalizar os planos, programas, projetos e atividades de

preservação, proteção, conservação, controle e uso de recursos ambientais no Município;

VI – atuar, em caráter permanente, na preservação, proteção, conservação e controle de

recursos ambientais e na recuperação de áreas e recursos ambientais poluídos ou

degradados;

VII – exercer o controle e a fiscalização das atividades e empreendimentos utilizadores de

recursos ambientais ou considerados, efetiva ou potencialmente, poluidores, bem como,

sob qualquer forma, capazes de causar degradação ambiental;

VIII – propor, em articulação com os demais órgãos e entidades afins e competentes do

SISNAMA e do Poder Público Municipal, normas e critérios de aplicação e

complementação do Zoneamento Ecológico Econômico;

IX – propor a criação e gerenciar as unidades de conservação, implementando os planos de

manejo;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 473

X – determinar a realização de estudos ambientais;

XI – manifestar-se, mediante estudos e pareceres técnicos, sobre questões de interesse

ambiental do Município;

XII – controlar a utilização de produtos químicos em atividades agrossilvopastoris, industriais e

prestação de serviço;

XIII – participar da elaboração de planos de ocupação de bacias ou sub-bacias hidrográfica; do

zoneamento, e de outras atividades de uso e ocupação do solo de iniciativa de outros

organismos;

XIV – recomendar ao COMDEMA a elaboração de normas, critérios e padrões de qualidade

ambiental e de uso e manejo de recursos ambientais no Município;

XV – promover a aplicação e zelar pela observância da legislação e das normas ambientais;

XVI – homologar e fazer cumprir as decisões do COMDEMA, observada a legislação

pertinente;

XVII – coordenar a gestão do Fundo Municipal do Meio Ambiente, nos aspectos técnicos,

administrativos e financeiros, segundo as diretrizes fixadas pelo COMDEMA;

XVIII – promover as medidas administrativas e requerer as medidas judiciais cabíveis para

coibir, punir e responsabilizar os agentes poluidores e degradadores do meio

ambiente;

XIX – exercer a vigilância ambiental e o poder de polícia administrativa para condicionar e

restringir o uso e gozo dos bens, atividades e direitos, em benefício da preservação,

conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente;

XX – prestar apoio técnico, administrativo e financeiro ao COMDEMA;

XXI – apoiar as ações das organizações da sociedade civil e entidades de terceiros setor, que

tenham a questão ambiental entre seus objetivos;

XXII – promover a sensibilização pública para a proteção do meio ambiente, criando os

instrumentos adequados para a educação ambiental como processo permanente,

integrado e multidisciplinar;

XXIII – impedir as atividades realizadas no Município de Paranaguá que causem, ou que

possam causar desconforto à qualidade de vida da população e/ou ao equilíbrio

ambiental do Município, consoante à legislação específica;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 474

XXIV – emitir parecer prévio ao Órgão Estadual competente em processos de concessão de

Licença para Desmatamento no Perímetro Urbano e Rural;

XXV – emitir parecer técnico aos projetos de lei e regulamentos que tratem de matéria

ambiental;

XXVI – executar outras atividades correlatas atribuídas pela Administração Municipal;

XXVII – elaborar projetos ambientais e paisagísticos.

Seção III

Do Órgão Colegiado

Art. 9º. O Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMDEMA é o órgão, consultivo,

deliberativo e recursal da Política Municipal de Meio Ambiente.

Parágrafo único: O Poder Executivo estabelecerá por decreto a instituição e a

composição do COMDEMA, verificando a paritariedade entre as os membros, no prazo de 180

(cento e oitenta dias), a contar da publicação desta Lei.

Art. 10. São atribuições do COMDEMA:

I – participar da formulação das diretrizes da política municipal do Ambiente, com caráter global

e integrado de planos e projetos que contemplem o respectivo setor, de modo a assegurar,

em cooperação com os órgãos da Administração Direta e Indireta do Município, a

preservação, a conservação, a melhoria e a recuperação dos recursos naturais;

II – participar da elaboração, com os poderes públicos, de todo os atos legislativos e

regulamentadores concernentes ao meio ambiente;

III – estabelecer normas técnicas e padrões de proteção, conservação e melhoria do meio

ambiente, observadas as legislações federal, estadual e municipal;

IV – propor aos executivos as áreas prioritárias de ação governamental relativa ao meio

ambiente, visando à melhoria da qualidade ambiental do Município;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 475

V – opinar sobre a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências

ambientais de projetos públicos e privados, requisitando das entidades envolvidas as

informações necessárias;

VI – desenvolver, pelos meios necessários, ação educacional que sensibilize a sociedade

quanto ao dever de defesa e preservação/conservação do meio ambiente;

VII – decidir, em grau de recurso, como segunda e última instância administrativa, sobre as

multas e outras penalidades impostas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

IX – Aprovar e determinar a forma de aplicação dos recursos do Fundo Municipal do Meio

Ambiente;

X – formular e aprovar o seu Regimento Interno no prazo de 180 (cento e oitenta dias);

XI – convidar técnicos, devidamente habilitados nos respectivos órgãos de classe, para

prestarem assessoria ou comporem as Câmaras Técnicas do COMDEMA, na qualidade

de conselheiros ad hoc sem direito a voto;

XII – aprovar a política ambiental do município e acompanhar a sua execução, tomando as

medidas que a assegure quando entender necessárias.

Art. 11. Todos os recursos humanos e materiais necessários ao funcionamento do

COMDEMA serão fornecidos pela Prefeitura Municipal de Paranaguá, por meio de rubrica

própria que constará do orçamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Parágrafo Único. O Executivo Municipal deverá, por meio de ato competente, promover

as aquisições necessárias à instalação física do COMDEMA e a regular viabilidade de suas

atividades.

Art. 12. Os atos do COMDEMA são de domínio público e deverão ser obrigatórios e

amplamente divulgados.

Art. 13. Os integrantes do COMDEMA não receberão qualquer espécie de remuneração,

sendo sua participação no referido conselho considerado de relevante interesse público.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 476

Seção IV

Da Procuradoria Ambiental

Art. 14. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente manterá setor especializado em tutelas

ambientais, defesas de interesses difusos, do patrimônio histórico, culturais, paisagísticos,

arquitetônicos e urbanísticos, como forma de apoio técnico-jurídico à implementação dos

objetivos desta lei e demais normas ambientais vigentes.

Art. 15. Caberá a Procuradoria Ambiental julgar as defesas administrativas apresentadas

em face das sanções administrativas ambientais aplicadas.

Seção V

Da Guarda Florestal Municipal

Art. 16. Fica criada na Guarda Municipal do Município de Paranaguá a Divisão Florestal

da Guarda, com objetivo de defesa do patrimônio ambiental, no território do município e dar

suporte a Secretaria Municipal do Meio ambiente em suas ações.

§ 1º. Compete a Guarda Florestal Municipal exercer as seguintes atividades:

I - o patrulhamento ostensivo e preventivo diuturno nas áreas de interesse ambiental

existente no Município de Paranaguá.

II - fiscalização do Patrimônio Ambiental do Município;

III - manter uma Brigada de Incêndio Florestal Urbano em condições de atuar na

prevenção e extinção de incêndios;

IV - dar suporte as ações da Secretaria do Meio Ambiente.

§ 2º. Compete aos Guardas Florestais Municipais de Paranaguá:

I - Proteger as reservas, parques, lagos, represas, e sua fauna, flora e belezas naturais;

II - Defender os rios e mananciais que abastecem a cidade, fiscalizando a incidência de

agentes poluidores para evitar prejuízo à saúde pública;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 477

III - Impedir a caça, pesca e exploração de produtos florestais sem a necessária licença

do órgão competente;

IV - Atuar os infratores, apreendendo os produtos e instrumentos utilizados na infração

de natureza administrativa e encaminhar aos órgãos públicos competentes nos casos de

crimes ambientais.

§ 3º. O destacamento de que trata este artigo, manterá um destacamento na Secretaria

Municipal de Meio Ambiente, que dará suporte as atividades de fiscalização e a contenção de

incêndios urbanos, com objetivo de dar maior agilidade às suas ações uma vez que a política

municipal de meio ambiente está diretamente ligada a essa Secretaria através do SISNAMA.

§4º. O Poder Executivo Municipal deverá realizar concursos públicos para contratar

servidores municipais para desempenhar a função de Guarda Florestal Municipal e cumprir o

disposto nesse artigo.

CAPÍTULO V

DOS INSTRUMENTOS

Seção I

Dos Instrumentos

Art. 17. A aplicação da Política do Meio Ambiente rege-se pelos seguintes instrumentos:

I – Planejamento Ambiental;

II – Banco de Dados Ambientais;

III – Zoneamento Ecológico Econômico;

IV – Compensação pelo Dano ou Uso de Recursos Naturais;

V – Prevenção, Controle, Monitoramento, Licenciamento, Fiscalização e Auditoria das

Atividades;

VI – Avaliação de Impactos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto

de Meio Ambiente – EIA/RIMA e Audiências Públicas;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 478

VII – A fiscalização ambiental e aplicação de sanções disciplinares administrativas e

compensatórias ao descumprimento das providências necessárias à

preservação/conservação ou recuperação de dano;

VIIII – Pesquisa e Tecnologia;

IX – Educação Ambiental;

X – Turismo Ecológico;

XI – Estímulos e incentivos com o objetivo de proteger, manter, melhorar e recuperar a

qualidade ambiental;

XII - O estabelecimento de incentivos fiscais com vistas à produção e instalação de

equipamentos e à criação ou absorção de tecnologia, voltados para melhoria da

qualidade ambiental;

XIII – Os acordos, convênios, consórcios e outros mecanismos associados de gerenciamento

de recursos ambientais;

XIV – Gestão Ambiental Regional;

XV – A Certificação Ambiental como forma de reconhecimento aos métodos, técnicas e

tecnologias de produção limpas e sustentáveis;

XVI – Os Termos de Ajustamento de Conduta (TAC’s);

XVII – Definir, na área do município, espaços territoriais e seus componentes a serem

especialmente protegidos;

XVIII – O estabelecimento de normas, padrões, critérios e parâmetros de qualidade ambiental;

XIX – Cobrança de taxa de conservação e limpeza pela utilização de parques, praças e outros

logradouros públicos;

XX – Conselho Municipal de Meio Ambiente, Procuradoria Ambiental e a Guarda Florestal

Municipal;

XXI – Fundo Municipal do Meio Ambiente;

XXII – Cadastro Ambiental da Atividade Poluidoras e/ou degradadoras do meio ambiente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 479

Seção II

Do Planejamento Ambiental

Art. 18. O Planejamento Ambiental estabelecerá as diretrizes ambientais, visando ao

desenvolvimento sustentável, sendo um processo dinâmico e permanente, baseado na

realidade local, e se realizará a partir da análise das condições do meio ambiente, natural e

construído, e das tendências econômicas e sociais.

Art. 19. Para atender às premissas estabelecidas no artigo anterior, o Planejamento

Ambiental deverá basear-se:

I – na adoção da região litorânea do Paraná como unidade físico-territorial de planejamento e

gerenciamento ambiental.

II – no diagnóstico ambiental, considerado a partir das condições do Patrimônio Ambiental e da

qualidade do meio ambiente, incluindo-se o grau de degradação dos recursos naturais, das

fontes poluidoras e do uso do solo no território do Município e das características de

desenvolvimento sócio econômico;

III – na avaliação da capacidade de suporte dos ecossistemas, indicando limites de absorção

de impactos provocados pela instalação de atividades produtivas e de obras de infra-

estrutura, bem como a capacidade de saturação resultante de todos os demais fatores

naturais e antrópicos;

IV – no Zoneamento Ecológico Econômico.

Art. 20. O Planejamento Ambiental deverá:

I – produzir subsídios para formulação e reformulação da Política Municipal do Meio Ambiente;

II – definir as metas plurianuais a serem atingidas para a qualidade da água, do ar e do solo;

III – fixar as diretrizes e parâmetros ambientais para o uso e ocupação do solo, para a

conservação e ampliação da cobertura vegetal e para manutenção e melhoria da qualidade

das águas superficiais e subterrâneas;

IV – elaborar planos, programas e projetos de interesse ambiental;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 480

V – recomendar ações, visando ao aproveitamento sustentável do Patrimônio Ambiental;

VI – recomendar ações destinadas a articular e integrar os aspectos ambientais e o

desenvolvimento social dos planos, programas, projetos e ações desenvolvidas pelos

diferentes órgãos municipais, ou da esfera estadual e federal.

Art. 21. A coordenação da elaboração do Planejamento Ambiental cabe à Secretaria

Municipal do Meio Ambiente, que fornecerá a infra-estrutura técnica e operacional necessária,

e poderá elaborar convênios com outras instituições para sua elaboração.

Art. 22. O Planejamento Ambiental indicará os problemas ambientais, os agentes

envolvidos e identificará, sempre que possível, as soluções a serem adotadas, os prazos de

sua implementação e os recursos a serem mobilizados.

Parágrafo Único: O Planejamento Ambiental de que trata esta Seção deverá ser

aprovado pelo COMDEMA.

Seção III

Do Banco de Dados Ambiental

Art. 23. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente manterá um Banco de Dados

Ambientais, com as informações relativas ao meio ambiente no Município de Paranaguá, que

conterá o Cadastro Técnico de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, resultado de

estudos, pesquisas, ações de fiscalização, estudos de impacto ambiental, autorizações e

licenciamentos, monitoramentos, inspeções e informações geográficas.

§ 1º. É obrigatório o cadastramento das atividades poluidoras e/ou degradadoras do meio

ambiente, bem como os depósitos ou posto de revenda de produtos inflamáveis,

principalmente dos seguintes serviços e atividades:

I – firmas prestadoras de serviços sanitários;

II – usuários de matéria-prima florestal;

III – produtores, comerciantes, transportadores e outros manipuladores de produtos químicos;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 481

IV – prestadores de serviços de arborização e paisagismo;

V – curtumes;

VI – abatedores ou frigoríficos;

VII – depósitos e posto de revenda de GLP;

VII – depósitos e revendedores de fogos de artifício.

§ 2º. As informações disponíveis em outros órgãos municipais, estaduais e federais

poderão, também, constar deste sistema.

§ 3º. É garantido ao público, o total acesso às informações contidas no Banco de Dados

Ambientais.

Art. 24. Não constarão do Banco de Dados Ambientais as matérias protegidas por

segredo industrial ou comercial.

Seção IV

Do Zoneamento Ecológico Econômico

Art. 25. O Zoneamento Ecológico Econômico consiste na definição de áreas do território

do Município, de modo a regular atividades bem como definir ações para a proteção e melhoria

da qualidade do ambiente, em face das características ou atributos das áreas.

Art. 26. O Zoneamento Ecológico Econômico será definido por Lei Específica, integrada

ao Plano Diretor Municipal, e estabelecerá as Zonas de Proteção Ambiental, respeitados, em

qualquer caso, os princípios, objetivos e as normas gerais consagrados neste Código.

Art. 27. Fica o Executivo Municipal, autorizado a transformar as áreas do domínio público

de relevante interesse ambiental, em Unidades de Conservação de acordo com a legislação

em vigor.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 482

Art. 28. A alteração adversa, a redução da área ou a extinção de Unidades de

Conservação somente será possível por meio de Lei Específica, vedada qualquer utilização

que comprometa a integridade dos atributos que justifique sua proteção.

Seção V

Da Compensação pelo Dano ou Uso de Recursos Naturais

Art. 29 - Aquele que explorar recursos naturais, ou desenvolver qualquer atividade que

altere negativamente as condições ambientais fica sujeito às exigências estabelecidas pela

Secretaria Municipal do Meio Ambiente a título de compensação ambiental, tais como:

I – recuperar o meio ambiente degradado;

II – monitorar as condições ambientais, tanto da área do empreendimento como nas áreas

afetadas ou de influência;

III – desenvolver programas de educação ambiental para a comunidade local;

IV – desenvolver ações, medidas, investimentos ou doações destinadas a diminuir ou impedir

os impactos gerados;

V – adotar outras formas de intervenção que possam, mesmo em áreas diversas aquela do

impacto direto, contribuir para a manutenção ou melhoria da qualidade ambiental do

Município de Paranaguá.

Seção VI

Do Monitoramento Ambiental

Art 30. Monitoramento ambiental é o acompanhamento da qualidade e disponibilidade

dos recursos ambientais, com o objetivo de:

I - aferir o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e aos padrões de emissão;

II - controlar o uso e a exploração de recursos ambientais;

III - avaliar os efeitos de planos, políticas e programas de gestão ambiental e de

desenvolvimento econômico social;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 483

IV - acompanhar o estágio populacional de espécies de fauna e flora, especialmente as

ameaçadas de extinção e em extinção;

V - subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais em casos de acidentes ou episódios

críticos de poluição;

VI - acompanhar e avaliar a recuperação de ecossistemas ou áreas degradadas;

VII - subsidiar a tomada de decisão quanto à necessidade de auditoria ambiental.

Seção VII

Do Licenciamento Ambiental Municipal

Art. 31 - As atividades impactantes ao meio ambiente local, seja pela utilização de

recursos naturais, seja pelas transformações produzidas no meio, serão objeto de prévio

parecer da Secretaria Municipal do Ambiente, a ser dirigido ao órgão estadual competente nos

processos de licenciamento ambiental.

Parágrafo Único. Para exercer o disposto neste artigo a Prefeitura Municipal deverá

firmar convênio específico com o órgão ambiental estadual competente.

Seção VIII

Da Certidão Negativa de Débito Ambiental

Art. 32. A prova de quitação de multas, do cumprimento das medidas de prevenção, e,

outras obrigações referentes ao meio ambiente assumidas perante o Poder Público Municipal

serão feitas através de Certidão Negativa de Débito Ambiental – CNDA, expedida pela SEMMA

mediante requerimento do interessado.

§ 1º. A expedição de Certidão Negativa não impede a cobrança de débitos anteriores.

§ 2º. O SEMMA firmará convênio com os Órgãos Estaduais do Meio Ambiente com

objetivo agilizar informações da existência ou não de infrações, cometidas pelo interessado em

obter Certidão Negativa, ou poderá consultar estes órgãos através de ofício.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 484

§ 3º. Quando ocorrer a comprovação de infrações e/ou reincidências de que trata o artigo

anterior, não será concedida Certidão Negativa.

§ 4º. A Certidão Negativa de Débito Ambiental (CNDA) terá validade de 30 dias a contar

da data de expedição da mesma.

§ 5º. A inscrição para participação em concorrências coletas ou tomadas de preços, a

celebração de contratos ou termos de qualquer natureza ou a transação a qualquer título com a

administração pública municipal, direta ou indireta, inclusive com empresas públicas e

sociedades de economia mista, bem como, o recebimento de quaisquer quantias e/ou créditos,

benefícios ou serviços das mesmas ficam condicionadas à apresentação de Certidão Negativa

prevista na presente Lei.

Seção IX

Da certidão de Tratamento Acústico

Art. 33. Os estabelecimentos ou instalações potencialmente causadoras de poluição

sonora deverão requerer à Secretaria Municipal do Meio Ambiente certidão de tratamento

acústico adequado, sendo os requerimentos instruídos com os documentos legalmente

exigidos, acrescidos das seguintes informações:

I - Tipo(s) de atividade(s) do estabelecimento e os equipamentos sonoros utilizados;

II - Zona e categoria de uso do local;

III - Horário de funcionamento do estabelecimento;

IV - Capacidade ou lotação máxima do estabelecimento;

V - Níveis máximos de ruídos permitidos;

VI - Laudo técnico comprobatório de tratamento acústico, assinado por técnico especializado

ou empresa idônea não fiscalizadora;

VII - Descrição dos procedimentos recomendados pelo laudo técnico para o perfeito

desempenho da proteção acústica do local;

VIII - Declaração do responsável legal pelo estabelecimento quanto às condições compatíveis

com a legislação.

Parágrafo Único. A certidão de que trata este caput será regulamentada em lei

especifica de acústica.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 485

Seção X

Da Fiscalização Ambiental

Art. 34. Para a realização das atividades decorrentes do disposto nesta lei e seus

regulamentos, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente poderá utilizar-se, além dos recursos

técnicos e funcionários de que dispõe, do concurso de outros órgãos ou entidades públicas ou

privadas, mediante convênios.

Art. 35. Os funcionários públicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente,

responsáveis pela fiscalização ambiental, deverão ter qualificação profissional específica,

exigindo-se para sua admissão a prévia aprovação em concurso público de provas ou provas e

títulos.

Art. 36. No exercício da ação fiscalizadora, fica assegurada à entrada dos agentes

credenciados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e dos demais fiscais da Prefeitura, a

qualquer dia ou hora, bem como a sua permanência pelo tempo que se tornar necessário, em

estabelecimentos públicos ou privados existentes no Município de Paranaguá.

Parágrafo único. Os agentes, quando impedidos, poderão requisitar força policial para o

exercício de suas atribuições em qualquer parte do município.

Art. 37. Aos agentes credenciados, além das funções que lhes forem determinadas pela

Secretaria Municipal do Meio Ambiente, cabe:

I – efetuar vistoria em geral, levantamento, avaliações e verificar a documentação técnica

pertinente;

II – colher amostras e efetuar medições, a fim de averiguar o cumprimento das disposições

desta Lei;

III – verificar a ocorrência de infrações, lavrar de imediato o auto de inspeção, Auto de infração,

Auto de Apreensão, Notificação fornecendo cópia ao interessado, devidamente assinada

pelo fiscal ou agente credenciado, indicando prazo para solução das irregularidades

observadas.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 486

IV – emitir Parecer Técnico e Relatórios de Vistorias para acompanhar o processo.

Parágrafo Único. O laudo de inspeção ou de infração conterá todos os elementos que

permitam a clara e inequívoca identificação do fiscal, ou agente credenciado pela Secretaria

Municipal do Meio Ambiente, que o emitir.

Art. 38. Qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, é parte legítima

para denunciar ao Poder Público Municipal qualquer ato lesivo ao meio ambiente, solicitando

ao mesmo as providências cabíveis.

Seção XI

Da Auditoria Ambiental

Art. 39. Para os efeitos deste Código, denomina-se Auditoria Ambiental, o

desenvolvimento de um processo documentado de inspeção, análise e avaliação periódica ou

ocasional das condições gerais e específicas de funcionamento de atividades ou

desenvolvimento de obras, causadores de impacto ambiental, com o objetivo de:

I – verificar os níveis efetivos ou potenciais de poluição e degradação ambiental provocados

pelas atividades ou obras auditadas;

II – verificar o cumprimento de normas ambientais federais, estaduais e municipais;

III – examinar a política ambiental adotada pelo empreendedor ou responsável pela atividade e

a sua conformidade com os padrões legais em vigor;

IV – avaliar os impactos sobre o meio ambiente causado por obras ou atividades auditadas;

V – analisar as condições de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de

controle das fontes poluidoras e degradadoras;

VI – examinar, através de padrões e normas de operação e de manutenção, a capacitação dos

operadores e a qualidade do desempenho da operação e manutenção dos sistemas,

rotinas, instalações e equipamentos de proteção do meio ambiente;

VII – identificar os riscos de acidentes e de emissões contínuas, que possam afetar, direta ou

indiretamente, a saúde da população residente na área de influência;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 487

VIII – analisar as medidas adotadas para a correção de não-conformidades legais detectadas

em auditorias ambientais anteriores;

§ 1º. O prazo para implementação das medidas referidas no inciso VIII deste artigo será

determinado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

§ 2º. O não cumprimento das medidas, nos prazos estabelecidos na forma do parágrafo

anterior deste artigo, sujeitará o infrator, pessoa física ou jurídica, às penalidades

administrativas, cíveis e penais cabíveis.

Art. 40. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em conjunto com o Conselho

Municipal do Meio Ambiente, poderá determinar ao responsável pela atividade poluidora a

realização de auditorias ambientais periódicas ou ocasionais, estabelecendo diretrizes e prazos

específicos.

Parágrafo Único. Nos casos de auditorias periódicas, os procedimentos relacionados à

elaboração das diretrizes a que se refere o caput deste artigo deverão incluir a consulta aos

responsáveis por sua realização e à comunidade afetada.

Art. 41. Correrá por conta e ônus do auditado, pessoa física ou jurídica, os custos das

auditorias ambientais, que serão realizadas por equipe técnica ou empresa de sua livre

escolha, devidamente cadastrada no órgão ambiental municipal e acompanhada por servidor

público técnico legalmente habilitado.

§ 1º. Antes de dar início ao processo de inspeção, a empresa comunicará a SEMMA, a

equipe técnica ou empresa contratada que realizará a auditoria, assim como os instrumentos e

métodos utilizados por ela;

§ 2º. A omissão ou sonegação de informações relevantes descredenciarão os

responsáveis para a realização de novas auditorias, pelo prazo mínimo de 05 (cinco) anos,

assegurados os direitos ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, sendo o

fato comunicado ao Ministério Público para as medidas judiciais cabíveis.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 488

Art. 42. Deverão, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais periódicas, as

atividades que necessitarem de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto de Meio

Ambiente – EIA/RIMA, nos termos da legislação estadual.

§ 1º. Demais atividades poderão sofrer auditoria, desde que regulamentadas por lei

específica.

§ 2º. Para os casos previstos neste artigo, o intervalo máximo entre as auditorias

ambientais periódicas será de 02 (dois) anos.

§ 3º. Sempre que constatadas infrações aos regulamentos federais, estaduais e

municipais de proteção ao meio ambiente, deverão ser realizadas auditorias periódicas sobre

os aspectos relacionados às infrações, até a efetiva correção das irregularidades,

independentemente de aplicação de penalidades administrativa, cível ou penal, de Termo de

Ajuste de Conduta ou de proposição de ação civil pública.

Art. 43. Não realizada a auditoria nos prazos e condições determinados, se sujeitará o

infrator, pessoa física ou jurídica, à pena pecuniária nunca inferior ao custo da auditoria, que

será promovida por instituição ou equipe técnica designada pela Secretaria Municipal do Meio

Ambiente, independentemente de aplicação de outras penalidades legais já previstas.

Art. 44. Todos os documentos decorrentes das auditorias ambientais, ressalvados

aqueles que contenham matéria de sigilo industrial, conforme definido pelos empreendedores,

serão acessíveis à consulta pública nas dependências da Secretaria Municipal do Meio

Ambiente, independentemente do recolhimento de taxas ou emolumentos.

Art. 45. O requerimento de certidões ou de fotocópias dos documentos referidos no

artigo anterior será efetuado após o recolhimento da taxa de expediente estipulada pela lei

tributária municipal.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 489

Seção XIII

Das Infrações e Penalidades

Art. 46. Para os efeitos deste Código, considera-se infração administrativa toda ação ou

omissão, que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do

meio ambiente ou que importe em inobservância das normas previstas nesta Lei

Complementar e na legislação federal e estadual pertinente.

Art. 47. Respondem pela infração, conjunta ou separadamente, todos aqueles que, de

qualquer forma, concorrerem para sua prática ou deixarem de adotar medidas preventivas

destinadas a evitar a sua ocorrência.

Art. 48. São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar

processo administrativo, afora os servidores dos órgãos estatuais e federais integrantes do

Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de

fiscalização, os servidores municipais integrantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e

do Grupamento Florestal da Guarda Municipal, incumbidos da função de fiscalização.

§ 1º. Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às

autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de

polícia.

§ 2º. A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a

promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-

responsabilidade.

Art. 49. As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio,

assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.

Art. 50. Os autos de infração lavrados por infrações ambientais serão processados junto

à Secretaria de Municipal do Meio Ambiente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 490

Art. 51. Nos casos em que a infração administrativa configurar crime incumbe ao agente

de fiscalização levá-la ao conhecimento da autoridade policial.

Art. 52. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:

I – advertência;

II – multa simples;

III – multa diária;

IV – apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos,

petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

V – destruição ou inutilização do produto;

VI – suspensão de venda e fabricação do produto;

VII – embargo de obra e atividade;

VIII – demolição de obra;

IX – suspensão parcial ou total de atividades;

X – restritiva de direitos;

XI – Interdição temporária.

§ 1º. As infrações configuram-se como: Leves, Graves e Gravíssimas.

a) as infrações graves e gravíssimas, serão aquelas que:

I - que resultam em danos sérios ao patrimônio ambiental, ainda que reparáveis;

II - que resultam em danos irreparáveis ao patrimônio ambiental.

§ 2º. As infrações leves serão, pela exclusão, as que não se enquadrem nos incisos do

parágrafo anterior.

Art. 53 - Para imposição e gradação da penalidade, além das circunstancias atenuantes

e agravantes, a autoridade competente observará:

I – a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüência para

a saúde pública e para o meio ambiente;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 491

II – os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse

ambiental;

III – a situação econômica do infrator, no caso de multa.

Art. 54 - A autoridade competente deve, de ofício ou mediante provocação,

independentemente do recolhimento da multa aplicada, majorar, manter ou minorar o seu valor,

respeitados os limites estabelecidos nos artigos infringidos, observando os incisos do caput.

Parágrafo Único. A autoridade competente, ao analisar o processo administrativo de

auto de infração, observará, no que couber, além das disposições deste Código, o disposto

nos arts. 14 e 15 da Lei Federal no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Código Estadual de

Meio Ambiente.

Art. 55. Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão

aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.

Art. 56. Constitui reincidência a prática de nova infração ambiental cometida pelo

mesmo agente no período de três anos, classificada como:

I - específica: cometimento de infração da mesma natureza; ou

II - genérica: o cometimento de infração ambiental de natureza diversa.

Parágrafo Único. No caso de reincidência específica ou genérica, a multa a ser imposta

pela prática da nova infração terá seu valor aumentado ao triplo e ao dobro, respectivamente.

Art. 57. A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da

legislação em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções

previstas neste artigo.

Art. 58. A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo

violar as regras de as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do

meio ambiente, opuser embaraço à fiscalização ou deixar de sanar irregularidade pela qual

tenha sido advertido.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 492

§ 1º. as multas simples serão aplicadas de acordo com o grau de infração:

I - infrações leves - De 10 (Dez) UFMs a 200 (Duzentas) UFMs;

II - infrações graves - De 201 (Duzentas e uma) UFMs a 20.000 (Vinte mil) UFMs;

III - infrações gravíssimas - acima de 20.000 ( vinte mil) UFMs

§ 2º. A multa simples, no caso de infração leve, pode ser convertida em serviços de

preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

§ 3º. A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar.

§ 4º. O valor da multa por infração será definido no regulamento desta Lei e corrigido

periodicamente, observada a equivalência com os valores fixados na legislação federal.

Art. 59. A apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora,

instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na

infração, bem como a destruição ou inutilização do produto serão precedidas da lavratura dos

respectivos termos.

Art. 60. Os animais apreendidos terão a seguinte destinação:

I - libertados em seu habitat natural, após verificação da sua adaptação às condições de vida

silvestre;

II - entregues a jardins zoológicos, fundações ambientalistas ou entidades assemelhadas,

desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados;

III - na impossibilidade de atendimento imediato das condições previstas nas alíneas

anteriores, o órgão ambiental autuante poderá confiar os animais a um fiel depositário na

forma da legislação federal vigente.

Art. 61. Os produtos e subprodutos perecíveis apreendidos pela fiscalização serão

avaliados e doados pela autoridade competente às instituições científicas, hospitalares,

penais, militares, públicas e outras com fins beneficentes, bem como às comunidades

carentes, lavrando-se os respectivos termos, sendo que, no caso de produtos da fauna não

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 493

perecíveis, os mesmos serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou

educacionais;

§ 1º. Os produtos e subprodutos florestais apreendidos serão avaliados e vendidos em

pregão, revertendo os recursos arrecadados para a preservação, melhoria e qualidade do

meio ambiente.

§ 2º. Tratando-se de produtos ou subproduto florestais cuja extração seja vedada

legalmente os mesmos serão avaliados e doados a instituições com fins beneficentes.

§ 3º. Os equipamentos e os demais instrumentos utilizados na prática da infração serão

vendidos pelo órgão responsável pela apreensão, garantida a sua descaracterização por meio

da reciclagem.

§ 4º. Caso os instrumentos a que se refere o parágrafo anterior tenham utilidade para

uso nas atividades dos órgãos ambientais e de entidades científicas, culturais, educacionais,

hospitalares, penais, militares, públicas e outras entidades com fins beneficentes, serão

doados a estas, após prévia avaliação do órgão responsável pela apreensão.

Art. 62. Tratando-se de apreensão de substâncias ou produtos tóxicos, perigosos ou

nocivos à saúde humana ou ao meio ambiente, as medidas a serem adotadas, seja destinação

final ou destruição, serão determinadas pelo órgão competente e correrão às expensas do

infrator.

Art. 63. Os veículos e as embarcações utilizados na prática da infração, apreendidos

pela autoridade ambiental competente, poderão ser confiados a um fiel depositário até a sua

alienação.

Art. 64. As sanções indicadas nos incisos VI e IX do art. 51 serão aplicadas, quando o

produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não estiver obedecendo às prescrições

legais ou regulamentares.

Art. 65. O embargo deve paralisar a obra ou atividade e o seu desrespeito caracteriza

crime de desobediência previsto no Código Penal.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 494

§ 1º. O embargo será aplicado sem prejuízo da multa sempre que a atividade estiver

sendo executada sem licença ambiental ou em desacordo com as normas ambientais.

§ 2º. Independente da existência de infração, poderá ser determinada a redução ou

paralisação temporária de qualquer atividade causadora de poluição, nos casos em que se

caracterizar um episódio agudo de poluição ambiental que ponha em risco a saúde ou o bem-

estar da população.

Art. 66. As sanções restritivas de direito são:

I – suspensão de registro, licença ou autorização;

II – cancelamento de registro, licença ou autorização;

III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;

IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em

estabelecimentos oficiais de crédito;

V – proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.

Art. 67. O pagamento de multa por infração ambiental imposta pelos Estados,

Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a aplicação de penalidade pecuniária pelo

órgão federal, em decorrência do mesmo fato, respeitados os limites estabelecidos nesta Lei.

§ 1º. Em caso de aplicação de multa concomitante, pelo Estado e Município, prevalecerá

a que foi lavrado primeiro, deste que esta não configura continuidade da infração e esta no

prazo estipulado para solução dos problemas.

§ 2º. Em caso de aplicação de multa concomitante, pelo Estado e Município, prevalecerá

a do Município.

Art. 68. As infrações à legislação ambiental serão apuradas em procedimento

administrativo próprio e sua instauração dar-se-á com a lavratura do Auto de Infração, em 3

(três) vias, devendo a primeira via ser destinada à formalização do procedimento.

Parágrafo único. O Auto de Infração será lavrado pela autoridade ambiental que a

houver constatado, devendo conter:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 495

I - o nome da pessoa física ou jurídica autuada e respectivo endereço;

II - local, hora e data da constatação da ocorrência;

III - descrição da infração e menção ao dispositivo legal ou regulamentar transgredido;

IV – penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito legal que autoriza a sua

imposição;

V - ciência do autuado de que responderá pelo fato em processo administrativo;

VI - assinatura da autoridade competente;

VII - assinatura do autuado, ou na ausência ou recusa, de duas testemunhas e do autuante;

VIII - prazo para o recolhimento da multa, quando aplicada, no caso do infrator abdicar do

direito de defesa;

IX - prazo para defesa de 10 (dez) dias.

Art. 69. O agente autuante, ao lavrar o auto de infração, indicará a multa prevista para a

conduta, bem como, se for o caso, as demais sanções previstas na legislação ambiental em

vigor.

Art. 70. A segunda via do Auto de Infração será entregue ao autuado, pessoa física ou

jurídica, oportunidade em que será, também, cientificado de que terá o prazo de 10 (dez) dias

para apresentação de defesa ou impugnação perante o órgão ambiental.

Art. 71. A intimação a que se refere o artigo anterior dar-se-á, alternativamente, da

seguinte forma:

I - pessoalmente;

II - por seu representante legal ou preposto;

III - por carta registrada ou com aviso de recebimento;

IV - por edital, se estiver o infrator autuado em lugar incerto ou não sabido.

§ 1º. Se o infrator, cientificado pessoalmente, se recusar a apor o seu “ciente”, essa

circunstância será expressamente mencionada pelo agente encarregado da diligência.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 496

§ 2º. O edital a que se refere o inciso IV, do caput desse artigo será publicado uma só

vez, na imprensa oficial, considerando-se efetivada a intimação 5 (cinco) dias após a

publicação.

§ 3º. Decorrido o prazo sem apresentação de defesa, será o autuado considerado revel,

caso em que os prazos, a partir daí, correrão independentemente de intimação, salvo se,

posteriormente, habilitar-se regularmente nos autos, quando então será intimado dos atos

verificados após essa habilitação.

Art. 71. Os agentes dos órgãos ambientais são responsáveis administrativa e

criminalmente pelas declarações constantes de Auto de Infração que subscreverem.

Art. 72. Constatada a revelia do infrator, ou após a apresentação de sua defesa, o

processo será encaminhado à Procuradoria Ambiental, cabendo à autoridade julgadora formar

sua convicção mediante o exame das provas constantes dos autos, no prazo de 20(vinte) dias,

proferindo a sua decisão.

Art. 73. As decisões da Procuradoria Ambiental proferida no julgamento de autuações

administrativas serão homologadas pelo Secretário Municipal do Meio Ambiente.

Art. 74. Da decisão proferida pela Secretaria de Meio Ambiente no julgamento de

autuações administrativas caberá recurso para o COMDEMA no prazo de 10 (dez) dias

contados da intimação do autuado.

Art. 75. Transitada em julgado a decisão administrativa será o infrator notificado a

recolher no prazo de 05 (cinco) dias a multa.

§ 1º. O valor da multa poderá ser parcelado, na forma do regulamento.

§ 2º. Os valores arrecadados em pagamentos de multas por infração ambiental serão

revertidos ao Fundo Municipal do Meio Ambiente -FMA.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 497

§ 3º. Verificado o não recolhimento da multa no prazo estabelecido no artigo anterior, a

autoridade administrativa providenciara o encaminhamento do processo para inscrição em

Divida Ativa e cobrança judicial.

Art. 76. As multas previstas neste Decreto podem ter a sua exigibilidade suspensa,

quando o infrator, por termo de compromisso aprovado pela autoridade competente, obrigar-se

à adoção de medidas específicas, para fazer cessar ou corrigir a degradação ambiental.

§ 1º. A correção do dano de que trata este artigo será feita mediante a apresentação de

projeto técnico de reparação do dano.

§ 2º. A autoridade competente pode dispensar o infrator de apresentação de projeto

técnico, na hipótese em que a reparação não o exigir.

§ 3º. Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a multa será

reduzida em até 90% (noventa por cento) do valor atualizado, monetariamente.

§ 4º. Na hipótese de interrupção do cumprimento das obrigações de cessar e corrigir a

degradação ambiental quer seja por decisão da autoridade ambiental ou por culpa do infrator,

o valor da multa atualizado monetariamente será proporcional ao dano não reparado.

§ 5º. Os valores apurados nos parágrafos 3° e 4° serão recolhidos no prazo de cinco

dias do recebimento da notificação.

Art. 78. Os infratores ambientais que estiverem em débito com as Fazendas Federal,

Estadual e Municipal não poderão participar de concorrência, convite ou tomada de preços

junto à Administração Pública Direta ou Indireta do Município de Paranaguá.

Seção XIV

Do Fundo Municipal do Meio Ambiente - FMA

Art. 79. Fica criado o Fundo Municipal do Meio Ambiente, com o objetivo de desenvolver

os projetos, planos, programas, pesquisas e atividades que visem o uso racional e sustentável

dos recursos ambientais, por meio de controle, preservação, conservação e recuperação do

meio ambiente, no sentido de elevar a qualidade de vida, constituindo-se de:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 498

I - dotações orçamentárias do Município;

II - recursos pagos por pessoas físicas ou jurídicas, de ação judicial, processo administrativo e

Termo de Ajustamento de Conduta, visando à reparação do dano ambiental oriunda de sua

atividade ou empreendimento;

III - arrecadação de multas oriundas de infrações ambientais, previstas em Lei;

IV - contribuições, subvenções e auxílios da União, do Estado e do Município e de suas

respectivas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações;

V – compensação financeira que o Município receber em decorrência dos aproveitamentos

hidroenergético e mineral;

VI - rendimentos de qualquer natureza que venha a auferir, como remuneração decorrente de

aplicação de seu patrimônio;

VII - resultantes de acordos, convênios, contratos e consórcios celebrados entre o Município e

Instituições públicas e/ou privadas, cuja execução seja de competência dos órgãos

ambientais competentes, observadas as obrigações contidas nos respectivos

instrumentos;

VIII - receitas resultantes de doações, legados, contribuições em dinheiro, valores, bens móveis

e imóveis que venha a receber de pessoas físicas ou jurídicas ou de organismos públicos

e privados, nacionais, estrangeiros e internacionais;

IX - os recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente.

X - outros recursos que, por sua natureza, possam ser destinados ao Fundo Municipal do Meio

Ambiente.

§ 1º. As pessoas físicas ou jurídicas que fizerem doação ao Fundo poderão gozar de

benefícios relativos aos impostos municipais.

§ 2º. Os recursos mencionados neste artigo serão depositados na conta específica do

Fundo Municipal do Meio Ambiente, no banco escolhido pelo Poder Executivo Municipal e

serão geridos pelo órgão responsável pelo controle ambiental.

Art. 80. O Fundo Municipal de Meio Ambiente será administrado pela Secretaria de Meio

Ambiente Municipal, de acordo com as diretrizes fixadas pela Lei Orçamentária, sem prejuízo

das competências do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 499

Art. 81. A Secretaria Municipal Meio Ambiente de Paranaguá prestará contas anualmente

da aplicação dos recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente à Câmara Municipal,

acompanhada de balancetes e cópias dos documentos utilizados no período.

Art. 82. Os recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente poderão ser aplicados em

financiamentos, participação acionária, a fundo perdido ou com retorno a juros de mercado ou

a taxas subsidiadas, mediante projeto aprovado pelo órgão responsável, de acordo com as

especificações técnicas, apresentado por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou

privado, e que atendam aos objetivos previstos neste Código.

Parágrafo Único. O Fundo remunerará o órgão competente pelos pareceres técnicos e

fiscalização dos projetos aprovados.

Seção XV

Da Educação Ambiental

Art. 83. Educação Ambiental é um processo de aprendizagem permanente que visa ao

conhecimento, à reflexão e à incorporação dos conceitos relativos às questões ambientais.

Art. 84. A Administração Pública deverá promover programas de educação ambiental,

assegurando o caráter interdisciplinar e interinstitucional das ações desenvolvidas.

Parágrafo Único. O conhecimento relacionado às questões ambientais deverá ser

difundido em ações educativas e de divulgação, visando estimular a cooperação e a

participação da comunidade na gestão ambiental.

Art. 85. A educação ambiental deverá ser desenvolvida:

I – nas redes pública e particular de ensino de 1º e 2º graus, em todas as áreas do

conhecimento e no decorrer de todo o processo educativo, em conformidade com os

currículos e programas elaborados pelos órgãos competentes.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 500

II – nos segmentos da sociedade, com a participação ativa principalmente daqueles que

possam atuar como agentes multiplicadores das informações, práticas e posturas

desenvolvidas nos programas de educação ambiental.

III – nas faculdades e universidades existentes no Município, conforme determina o artigo 225,

VI, da Constituição Federal, de modo que a temática ambiental permeie as diferentes

formações profissionais.

§ 1º. O Poder Público, por meio dos órgãos que compõem o Sistema Municipal do

Ambiente, atuará no apoio, estímulo e promoção da capacitação da comunidade escolar das

instituições de ensino, atualizando-os quanto às informações, práticas e posturas referentes à

temática ambiental.

§ 2º. A educação ambiental deverá ser realizada através de programas, projetos,

campanhas e outras ações desenvolvidas por órgãos e entidades públicas do município,

especialmente pela SEMMA, com a cooperação e participação das instituições privadas.

Art. 86. Quanto à Educação Ambiental, caberá a SEMMA:

I – criar condições para o desenvolvimento de educação ambiental em áreas públicas,

especialmente nas unidades de conservação, parques urbanos e praças;

II – estimular e apoiar a implantação de Centros de Apoio à Educação Ambiental em

áreas públicas, particularmente nas Unidades de Conservação;

III – coordenar e supervisionar os programas e atividades desenvolvidas nos Centros de

Apoio à Educação Ambiental;

IV – contar, em seu quadro funcional, com profissionais habilitados em diferentes áreas

do conhecimento, para assegurar o adequado desenvolvimento metodológico das ações de

educação ambiental;

V – estimular a participação da sociedade, particularmente das empresas privadas, no

desenvolvimento dos programas de educação ambiental.

§ 1º. As atividades pedagógicas dos Centros de Apoio à Educação Ambiental poderão

ser efetuadas por Organizações Não Governamentais (ONG’s) e demais instituições

interessadas, com o gerenciamento e a supervisão da SEMMA.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 501

§ 2º. A supervisão se dará por meio de acompanhamento na implantação e

desenvolvimento de projetos.

§ 3º. Os Centros de Educação Ambiental disporão de espaço físico, estrutura e

equipamentos de forma a permitir o desenvolvimento de atividades de educação ambiental.

Art. 87. A Administração Pública deverá buscar parcerias e convênios com instituições de

ensino e pesquisa, empresas privadas e organizações não governamentais, para o

desenvolvimento de projetos de educação ambiental.

TÍTULO II

DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DA FAUNA E FLORA

Art. 88. Compete ao Poder Executivo Municipal:

I - proteger a fauna e a flora, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica

ou que submetam os animais à crueldade; provoquem extinção das espécies, estimulando

e promovendo o reflorestamento, preferencialmente com espécies nativas, em áreas

degradadas, objetivando especialmente, a proteção de encostas e dos recursos hídricos;

II - preservar os habitantes de ecossistemas associados das espécies raras, endêmicas,

vulneráveis ou em perigo de extinção;

III - a introdução e reintrodução de exemplares da fauna e da flora em ambientes naturais de

interesse local e áreas reconstituídas, devendo ser efetuada com base em dados técnicos

e científicos e com a devida autorização ou licença ambiental do órgão competente;

IV - adotar medidas de proteção de espécies da fauna nativas ameaçadas de extinção;

V - garantir a elaboração de inventários e censos florísticos periódicos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 502

Art. 89. As espécies animais silvestres autóctones, bem como as migratórias, em

qualquer fase de seu desenvolvimento, seus ninhos, abrigos, criadouros naturais, habitats e

ecossistemas necessários à sua sobrevivência são bens públicos de uso restrito, sendo sua

utilização a qualquer título estabelecida pela presente Lei.

Art. 90. Para os fins previstos nesta lei entende-se por:

I – animais autóctones: aqueles representativos da fauna primitiva de uma ou mais regiões ou

limites biogeográficos;

II – animais silvestres: todas as espécies, terrestres ou aquáticas, representantes da fauna

autóctone e migratória da região da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul;

III – espécies silvestres não autóctones: todas aquelas cujo âmbito de distribuição natural

não se inclui nos limites geográficos da região da Encosta Superior do Nordeste do Rio

Grande do Sul;

IV – minizoológicos e zoológicos: as instituições especializadas na manutenção e exposição

de animais silvestres em cativeiro ou semicativeiro, que preencham os requisitos definidos

na forma da lei.

Art. 91. A política sobre a fauna silvestre do Município tem por finalidade seu uso

adequado e racional, com base nos conhecimentos taxonômicos, biológicos e ecológicos,

visando à melhoria da qualidade de vida da sociedade e compatibilização do desenvolvimento

sócio-econômico com a preservação do ambiente e do equilíbrio ecológico.

Art. 92. É proibida a utilização, perseguição, destruição, caça, pesca, apanha, captura,

coleta, extermínio, depauperação, mutilação e manutenção em cativeiro ou em semicativeiro de

exemplares da fauna silvestre, por meios diretos ou indiretos, bem como o seu comércio e de

seus produtos e subprodutos, sem a devida licença ou autorização do órgão competente, ou

em desacordo com a obtida.

Art. 93. É proibida a introdução, transporte, posse e utilização de espécies de animais

silvestres não autóctones no Município, salvo as autorizadas pelo órgão ambiental do

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 503

Município, com rigorosa observância à integridade física, biológica e sanitária dos

ecossistemas, pessoas, culturas e animais do território municipal.

Art. 94. A existência de animais domésticos no território do Município, sem finalidade

comercial, somente será permitida se não for imprópria, nociva ou ofensiva à saúde, à

segurança e ao bem-estar da população.

§ 1º. O comércio de animais domésticos deverá obedecer às normas e regulamentos

existentes.

§ 2º. Não será permitida a criação e/ou engorda de galináceos, bovinos, caprinos e

ovinos no perímetro urbano do município;

§ 3º. Não será permitido canil na área urbana do município;

§ 4º. Ficam os proprietários de cães obrigados a adotar focinheira para o passeio em

vias públicas.

Art. 95. A flora nativa do território municipal e as demais formas de vegetação de

utilidade reconhecida, de domínio público ou privado, elementos necessários do meio ambiente

e dos ecossistemas são considerados bens de interesse comum a todos e ficam sob a

proteção do Município, sendo seu uso, manejo e proteção regulados por esta Lei e pela

legislação em vigor.

Art. 96. O uso e exploração das florestas existentes no município e demais formas de

vegetação, atenderão ao disposto nesta lei, bem como nas leis federal e estadual em vigor.

Art. 97. Qualquer exemplar ou pequenos conjuntos da flora poderão ser declarados

imunes ao corte ou supressão, mediante ato da autoridade competente, por motivo de sua

localização, raridade, beleza ou condição de porta-semente.

§ 1º. A extração de exemplar pertencente a qualquer das espécies mencionadas no caput

só poderá ser feita com autorização expressa da SEMMA e nos limites estabelecidos neste

Código.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 504

§ 2º. Além da multa do corte irregular, deverá o infrator compensar o dano com o plantio,

às suas expensas, de 20 a 500 mudas, conforme o tamanho, idade, copa e diâmetro do caule,

a ser determinado por laudo técnico da SEMMA.

Art. 98. É proibido o uso ou o emprego de fogo nas florestas e demais formas de

vegetação, para atividades agrossilvopastoris, para simples limpeza de terrenos ou para

qualquer outra finalidade.

Parágrafo único - A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade

de multa no valor de 10 (dez) a 150 (cento e cinqüenta) UFM´s por hectare ou fração.

Art. 99. O Sistema de Áreas Verdes compreende toda área de interesse ambiental ou

paisagístico, de domínio público ou privado, cuja preservação ou recuperação venha a ser

justificada pela SEMMA, e abrangerá:

I – praças, parques urbanos e áreas verdes e de lazer previstas nos projetos de loteamentos e

urbanização;

II – arborização de vias públicas;

III – unidades de conservação;

IV – parques lineares;

V – áreas arborizadas de clubes esportivos sociais, de chácaras urbanas e de condomínios

fechados;

VI – remanescentes de vegetação regional, natural, representativo dos segmentos do

ecossistema;

VII – Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais protegidas pelo Código

Florestal;

VIII – outras determinadas pela SEMMA.

§ 1º. Parques Urbanos são aqueles inseridos na malha urbana, com objetivo principal de

propiciar a preservação e lazer à população.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 505

§ 2º. Áreas Verdes são espaços livres, de uso público, com tratamento paisagístico

efetivamente implantado, reservado, permitindo-se ainda a instalação de mobiliário urbano de

apoio a estas atividades.

§ 3º. Área de lazer é o espaço livre, de uso público, integrante das Áreas Verdes,

destinadas aos usos recreativos, na qual podem ser feitas construções que objetivem

segurança, saúde e educação.

§ 4º - São consideradas Unidades de Conservação, os Parques Municipais, os Parques

Estaduais, as Estações Ecológicas, os remanescentes de vegetação natural e outras áreas

cujo objetivo principal é a preservação de atributos naturais.

§ 5º. Parques Lineares são aqueles que acompanham os cursos d’água, com objetivo

principal de proteção hídrica, das matas nativas, destinadas também à recreação e lazer.

§ 6º. A SEMMA criará e manterá atualizado o cadastro das áreas verdes e área de lazer

da área urbana.

§ 7º. Qualquer intervenção ou uso especial das áreas verdes ou de lazer do município de

Paranaguá somente será permitido após autorização expressa da SEMMA.

Art. 100. O Habite-se será expedido pela Prefeitura, somente após ter sido plantada pelo

proprietário, incorporador ou quem de direito, pelo menos, uma árvore para cada lote de

terreno.

Art. 101 - No município de Paranaguá, as Áreas de Preservação Permanente ao longo

de rios, córregos, nascentes, lagos e reservatórios corresponderão a faixas bilaterais

contínuas, definidas no Art. 204 deste código.

Parágrafo Único. A faixa de Preservação Permanente abrangerá toda a planície

inundável do leito maior do corpo d’água em questão, mesmo que esta área de inundação

supere a largura das faixas definidas nos incisos deste artigo.

Art. 102. Compete a SEMMA, planejar e integrar o Sistema de Áreas Verdes,

observando, dentre outros, os seguintes critérios:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 506

I – a importância do segmento do ecossistema na reprodução, alimentação e refúgio de

representantes da fauna silvestre remanescente, ou cuja reintrodução seja compatível com

o desenvolvimento urbano;

II – a importância dos remanescentes de vegetação na proteção das áreas com restrição de

uso;

III – a existência de espécies raras ou árvores imunes ao corte;

IV – a proximidade entre reservas de vegetação, importantes para a disseminação da flora e

fauna ou constituição de corredores ecológicos;

V – a possibilidade de um ou mais segmentos do ecossistema atuarem como moderadores de

clima, amenizadores de poluição sonora e atmosférica, banco genético ou referencial pela

sua beleza cênica;

VI – a necessidade de evitar a excessiva fragmentação das áreas verdes nos projetos de

loteamento e urbanização;

VII – a utilização da arborização urbana como elemento de integração entre os elementos do

Sistema de Áreas Verdes;

VIII – a necessidade de implantação dos Parques criados por legislação específica;

IX – o adequado manejo da arborização das vias públicas; e

X – o incentivo à arborização de áreas particulares.

Art. 103 - A integração e conservação dos remanescentes de vegetação natural serão

feitas por meio de corredores ecológicos que interliguem dois ou mais segmentos do

ecossistema original.

Seção I

Do Manejo da Fauna

Art. 104. A introdução de animais silvestres regionais em segmentos de ecossistemas

naturais existentes no município, que se compreendem das áreas de preservação permanente,

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 507

reservas legais, remanescentes de vegetação natural e unidades de conservação, só será

permitida com autorização do órgão ambiental competente.

§ 1º. A permissão a que se refere o caput somente será expedida após estudos sobre a

capacidade de suporte do ecossistema.

§ 2º. Para efeito do caput, a Administração Pública incentivará a pesquisa científica sobre

ecologia de populações de espécies da fauna silvestre regional.

Art. 105. É proibida a introdução de animais exóticos em segmentos de ecossistemas

naturais existentes no município, compreendendo-se as áreas de preservação permanente,

reservas legais, remanescentes de vegetação natural, unidades de conservação e corpos

d’água.

Art. 106. É proibido o abandono de qualquer espécime da fauna silvestre, ou exótica,

domesticada ou não, e de animais domésticos ou de estimação nos parques urbanos, praças,

áreas de preservação permanente e demais logradouros públicos municipais.

Art. 107. É proibida a entrada de animal doméstico em parques municipais, excetuados

os cães-guias que acompanhem deficientes visuais.

Art. 108. São protegidos os pontos de pouso de aves migratórias.

CAPÍTULO II

DO PATRIMÔNIO GENÉTICO

Art. 109 - Compete ao Poder Público Municipal em conjunto com o Estado:

I - a proteção do patrimônio genético, objetivando a manutenção da biodiversidade pela

garantia dos processos naturais que permitam a reprodução deste mesmo patrimônio;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 508

II - a garantia da preservação de amostras significativas dos diversos componentes de seu

patrimônio genético e de seus habitats;

III - a criação e a manutenção de bancos de germoplasma que preservem amostras

significativas de seu patrimônio genético, em especial das espécies raras e ameaçadas de

extinção;

IV - a garantia de pesquisas e do desenvolvimento de tecnologia de manejo de bancos

genéticos e gestão dos habitats das espécies raras, endêmicas, vulneráveis ou em perigo

de extinção, bem como de seus ecossistemas associados.

CAPÍTULO III

DA ARBORIZAÇÃO URBANA

Art. 110. As árvores existentes nas ruas, praças e parques do perímetro urbano do

Município são bens de interesse comum a todos os munícipes. Todas as ações que interfiram

nestes bens ficam limitadas aos dispositivos estabelecidos nesta Lei e pela legislação em

geral.

Art. 111. A extração de qualquer árvore somente será admitida com prévia autorização

expedida pela SEMMA, através de laudo técnico, nos seguintes casos:

I – quando o estado sanitário da árvore justificar;

II – quando a árvore, ou parte dela, apresentar risco de queda;

III – quando a árvore constituir risco à segurança nas edificações, sem que haja outra solução

para o problema;

IV – quando a árvore estiver causando danos comprovados ao patrimônio público ou privado,

não havendo alternativas para solução do problema;

V – quando o plantio irregular ou a propagação espontânea de espécies impossibilitar o

desenvolvimento adequado de árvores vizinhas;

VI – quando se tratar de espécie invasora, tóxica ou inadequada, com propagação prejudicial

comprovada;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 509

VII – quando da implantação de empreendimentos, reformas ou benfeitorias, públicos ou

privados, não existir solução técnica comprovada que evite a necessidade da extração ou

corte, caso em que se exigirá o transplante ou a reposição;

§ 1º. Na autorização para supressão de vegetação arbórea a que se refere este artigo

será indicada à reposição adequada para cada caso.

§ 2º. As reposições indicadas são de cumprimento obrigatório, cuja inobservância

constitui infração sujeita a multa e a embargo da obra ou do empreendimento.

§ 3º. Causar danos, derrubar ou extrair sem autorização, ou causar morte às árvores

constitui infração passível de multa.

§ 4º. A multa a que se refere o artigo anterior será atenuada:

I – em 1/3, se o dano causado a árvores não for suficiente para comprometer a sobrevivência

do espécime;

II – em 1/2, se houver a pronta reparação do dano pelo infrator, mediante constatação pela

SEMMA.

§ 5º. A multa será agravada pelo triplo, se o dano, corte ou derrubada:

I – atingir árvore declarada imune ao corte;

II – atingir vegetação protegida por legislação específica, excetuando o caso previsto na alínea

anterior;

III – atingir vegetação pertencente às unidades de conservação do município.

Art. 112. Em situações emergenciais que envolvam segurança pública, onde seja

necessária a poda ou extração, dispensa-se a autorização referida no artigo anterior,

especialmente ao Corpo de Bombeiros e às concessionárias de serviços públicos de energia

elétrica, telecomunicações e saneamento.

Parágrafo Único. Os órgãos referidos no caput deverão justificar por escrito a SEMMA,

em três dias, a intervenção efetuada, sob pena de multa.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 510

Art. 113. As despesas decorrentes da reposição de espécimes suprimidos

irregularmente, inclusive decorrentes de acidentes de trânsito, correrão por conta do

responsável pela infração, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis.

Art. 114. Os projetos de infra-estrutura urbana (água, esgoto, eletrificação, telefonia ou

equivalente) e de sistema viário deverão ser compatibilizados com a arborização e áreas

verdes existentes, desde que os exemplares a serem mantidos justifiquem as alterações

necessárias nos referidos projetos.

§ 1º. Os projetos referidos neste artigo deverão ser submetidos à análise e parecer da

SEMMA, que exigirá a adequação dos projetos e obras às necessidades de preservar a

arborização existente.

§ 2º. Nas áreas já implantadas, as árvores existentes que apresentarem interferência com

os sistemas de infra-estrutura urbana e viária, deverão ser submetidas ao manejo adequado e

à fiação aérea deverá ser convenientemente isolada.

§ 3º. Sempre que ocorrer extração ou mutilação de árvores, em função da presença ou

execução de infra-estrutura urbana, o responsável pelo dano, ou aquele que dele se beneficiar,

deverá providenciar a reposição por espécie compatível, sem prejuízo das demais sanções

legais cabíveis.

Art. 115. O uso do logradouro público ajardinado, como praças e parques, por

particulares para colocação de barracas ou festividades, promoções e outros eventos, está

condicionado à licença prévia da SEMMA.

Seção I

Das Normas Para Arborização

Art. 116. A arborização só poderá ser feita:

I - nos canteiros centrais das avenidas, conciliando a arborização com a presença de fiação

elétrica, se existir;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 511

II - quando as ruas e passeios tiverem largura compatível com a expansão da copa da espécie

a ser utilizada, observando-se o devido afastamento das construções.

Parágrafo Único. Além do disposto nesta lei, a arborização e o ajardinamento deverão

seguir padrões definidos pela Prefeitura Municipal.

Art. 117. Nos passeios e canteiros centrais, a pavimentação será interrompida deixando

espaços com área mínima de 0,70m x 0,70m para o plantio de árvores em espaçamentos

compatíveis com o porte da espécie a ser utilizada.

Art. 118. A arborização dos logradouros públicos deverá obedecer as seguintes condições:

I - as árvores da arborização não poderão estar a uma distância inferior a 1,50m (um metro e

cinqüenta centímetros) do meio fio;

II - para calçadas de até 3,0m (três metros) de largura a distância não pode ser inferior a

2,00m (dois metros) do meio fio;

III - para calçadas com largura superior a 3,0m (três metros) a distância não pode ser inferior

a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) do meio-fio;

IV - para calçadas com largura igual ou inferior a 2,0m (dois metros) a arborização fica a critério

do Órgão Responsável pela Arborização e Paisagismo.

Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal classificará por Decreto as vias quanto às

dimensões e as normas de arborização quanto ao afastamento e largura das calçadas.

Art. 119. Compete exclusivamente à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, selecionar

as espécies para a arborização, considerando as suas características, os fatores físicos e

ambientais, bem como o espaçamento para o plantio.

Art. 120. Quando se tratar de ajardinamento, este deverá obedecer as seguintes

condições:

I - somente poderá ser executado em passeios onde permita a largura mínima de 1,0m(um

metro) para circulação de pedestres, em faixas desenvolvidas longitudinalmente,

localizadas junto ao alinhamento do lote;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 512

II - para passeios com largura superior a 3,0m (três metros), será facultada a execução de

outra faixa ajardinada junto ao meio-fio;

III - nas faixas ajardinadas, junto ao alinhamento do lote, será permitido somente o plantio de

grama, vegetação rasteira e plantas arbustivas de pequeno porte, obedecendo a distância

mínima da arborização;

IV - as faixas ajardinadas deverão ser interrompidas, em toda a extensão, à frente das portas

de garagens, pelo pavimento do passeio, ou por faixas pavimentadas com largura mínima

de 40cm (quarenta centímetros) para passagem de veículos.

Art. 121. Os passeios, para receberem simultaneamente o plantio de árvores e

ajardinamentos, deverão ter largura mínima de 3,0m (três metros), nas ruas onde é exigido

afastamento ou recuo de frente, e 4,0m (quatro metros), naquelas onde são permitidas

edificações no alinhamento.

Art. 122. A arborização urbana será feita preferencialmente com espécies nativas.

Parágrafo único - Fica proibida a arborização com a espécie espatódea Spatodea

campanulata, uma vez que suas flores produzem substâncias tóxicas que causam

desequilíbrio do ecossistema natural.

Seção II

Da Obstrução das Vias Públicas

Art. 123. Os andaimes das construções ou reformas não poderão danificar as árvores,

sendo obrigatória sua retirada logo após a conclusão da obra.

Art. 124. Os coretos e palanques não poderão danificar a arborização urbana.

Art. 125. As bancas de jornal ou revistas devem ter sua localização aprovada pelo Órgão

Competente, de modo a não afetar a arborização.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 513

Art. 126. Toda edificação, passagem ou arruamento que implique prejuízo à arborização

urbana deverá ter a aprovação do Órgão Responsável pela arborização urbana.

Seção III

Dos Muros e Cercas

Art. 127. Compete ao proprietário do terreno o zelo da arborização e ajardinamento

existente na área pública em toda testada do lote.

Art. 128. Compete ao agente danificador a reconstrução dos muros, cercas e passeios

afetados pela arborização das vias públicas.

Art. 129. As árvores mortas existentes nas vias públicas serão substituídas pela

Prefeitura, através do Órgão Responsável pela Arborização e Paisagismo, que procederá a

retirada de galhos secos ou doentes.

Seção IV

Da Paisagem Urbana

Art. 130. A paisagem urbana é patrimônio visual de uso comum da população, recurso de

planejamento ambiental que requer ordenação, distribuição, conservação e preservação, com o

objetivo de evitar a poluição visual e de contribuir para a melhoria da qualidade de vida no meio

urbano.

Art. 131. Cabe à comunidade, em especial aos órgãos e entidades da Administração

Pública, zelar pela qualidade da paisagem urbana, promovendo as medidas adequadas para:

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 514

I - disciplinar e controlar os impactos ambientais que possam afetar a paisagem urbana;

II - ordenar a publicidade ao ar livre;

III - dotar e ordenar o mobiliário urbano;

IV - manter as condições de acessibilidade e visibilidade dos espaços livres e de áreas

verdes;

V - recuperar as áreas degradadas;

VI - conservar e preservar os sítios significativos.

Art. 132. O controle das atividades e ações, que possam causar impactos ambientais à

paisagem urbana, caberá a SEMMA, em conjunto com os órgãos e entidades da Administração

Pública.

Art. 133 Os instrumentos publicitários, bem como as instalações de elementos de

comunicação visuais e do mobiliário urbano na área do município, somente serão permitidos

mediante autorização Secretaria Municipal de Meio Ambiente e observadas as disposições

pertinentes previstas no Código de Posturas, em lei que trate do mobiliário urbano e/ou em

legislação específica, cabendo sanções e penalidades previstas nesta lei.

Art. 134. É proibida a publicidade, bem como a instalação, afixação ou veiculação de

instrumentos publicitários, sejam quais forem as suas finalidades, formas ou composições, nos

seguintes locais:

I – nas árvores e postes;

II – nos tapumes de obras públicas, em estátuas, em monumentos, nos viadutos, nas

pontes, nos túneis;

III – nos cemitérios e em seus muros;

IV – nos hidrantes, nas cabines telefônicas, nas caixas de correio e de alarme de

incêndio;

V – nos passeios públicos, exceto os agregados equipamentos do mobiliário urbano de

interesses públicos, definidos e normatizados em legislação específica;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 515

VI – em muros ou paredes de imóveis públicos ou privados, observadas as disposições

previstas em legislação específica.

Art. 135. A afixação de instrumentos publicitários, em logradouros públicos e em áreas

de domínio público, deverá atender a regulamentação específica.

Art. 136. As edificações nas áreas institucionais, nos lotes das áreas de uso especial, e

corredores comerciais, definidos em legislação específica, e nos lotes ao longo das vias de

circulação, com largura igual ou superior a 18 metros, deverão manter recuo frontal obrigatório,

com tratamento paisagístico adequado.

§ 1º. Os recuos frontais obrigatórios serão estabelecidos na Lei de Zoneamento de Uso e

Ocupação do Solo de Paranaguá.

§ 2º. Os estabelecimentos comerciais, de prestação de serviços e institucionais, ao

solicitarem o alvará de funcionamento, deverão apresentar o projeto de tratamento paisagístico

do recuo obrigatório, devidamente aprovado pela SEMMA, observadas as disposições

pertinentes em legislação específica;

§ 3º. No caso de Obras destinadas aos estabelecimentos Comerciais e/ou Industriais

que por sua natureza se enquadram como degradadora do meio ambiente, o Alvará de

Construção somente poderá ser emitido após a apresentação da Licença Prévia expedida pelo

órgão ambiental competente;

§ 4º. O alvará de funcionamento somente será expedido após a execução do tratamento

paisagístico mencionado no caput e a apresentação da Licença de Operação expedida pelo

Órgão Ambiental competente.

Art. 137. O uso e ocupação do solo nas áreas de entorno dos parques, dos

remanescentes de vegetação natural, das unidades de conservação e dos sítios significativos

deverão preencher os requisitos e obedecer aos critérios técnicos estabelecidos para cada

área específica.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 516

§ 1º. Os requisitos e os critérios técnicos referidos no caput deste artigo serão definidos

especificamente para cada área de entorno, por meio de portaria conjunta da SEMMA e da

Secretaria Municipal responsável sobre a matéria.

§ 2º. O exercício da publicidade ao ar livre, bem como a instalação de elementos de

comunicação visual e do mobiliário urbano, nas áreas referidas no caput deste artigo, deverá

obedecer às disposições da legislação específica e somente serão permitidos mediante

autorização da SEMMA e dos demais órgãos competentes.

Seção V

Dos Loteamentos e Construções

Art. 138. As áreas pertencentes a particulares cobertas por vegetação natural primária ou

secundária poderão obter redução ou isenção de imposto territorial urbano.

Parágrafo Único. O Poder Executivo regulamentará por Decreto, as normas da isenção

prevista no Caput deste artigo.

Art. 139. Nos setores habitacionais de interesse social, o "habite-se" somente será

expedido após o plantio de, no mínimo, uma árvore para cada unidade habitacional.

Art. 140 - Todo loteamento deverá manter um índice mínimo de área verde de 20%

acordo com o número de lotes na área de terreno loteada, respeitado o limite máximo de áreas

institucionais a serem doadas pelo proprietário definido da Lei Municipal de Parcelamento do

Solo.

Art. 141. O proprietário fica responsável pela proteção das árvores durante a construção,

de forma a evitar qualquer dano, o que será objeto de fiscalização pelo Órgão Responsável

pela Arborização e Paisagismo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 517

Art. 142. Todo loteamento deverá manter afastamento das áreas de preservação de

fundos de vale conforme previsto na Lei Federal 4.771 de 15 de setembro de 1.965, e, pela Lei

Orgânica Municipal e demais restrições previstas.

Art. 143. Nos projetos de parcelamento do solo, que apresentem áreas de interesse

ambiental ou paisagístico, serão exigidas medidas convenientes a sua defesa.

Parágrafo Único. Para efeito do disposto no caput, poderão ser adotadas medidas

previstas nos instrumentos de gestão urbanística da Lei de Parcelamento do Solo.

Art. 144. Todos os projetos de loteamentos, condomínios, conjuntos habitacionais de

interesse social, distritos industriais e arruamentos deverão incluir o projeto de arborização

urbana e tratamento paisagístico das áreas verdes e de lazer, a ser submetido à aprovação da

SEMMA.

Parágrafo Único. Os empreendimentos deverão ser entregues com a arborização de

ruas e avenidas concluídas e áreas verdes e de lazer tratadas paisagisticamente.

Art. 145. Será obrigatória, nos projetos de edificações, reformas e ampliações

residenciais, comerciais ou industriais a serem analisadas pelo órgão competente da Prefeitura

Municipal, a indicação da localização das árvores existentes.

Parágrafo Único. O proprietário do imóvel ou o empreendedor ficará responsável pela

proteção das árvores ali já existentes.

Seção VI

Dos Cortes e Podas

Art. 146. É competência privativa da Prefeitura definir a Política de Arborização Urbana,

fornecendo orientação técnica para podar, cortar, derrubar ou sacrificar árvores da arborização

pública de ruas, praças, jardins e parques urbanos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 518

Art. 147. Qualquer pessoa poderá requerer a licença para derrubada, corte ou sacrifício

de árvores no Município. A Prefeitura através do Órgão Responsável pela Arborização e

Paisagismo decidirá, sob orientação técnica, as medidas cabíveis.

§ 1º. Concedida licença para corte de árvores, deverá ser implantada na mesma

propriedade uma espécie de porte semelhante, quando adulta, no ponto cujo afastamento seja

o menor possível da antiga posição.

§ 2º. Os interessados de desmate deverão preencher os formulários necessários criados

pela SEMMA, com referencia ao aproveitamento do material lenhoso, constando

principalmente o volume em m³ e um Termo de Compromisso de Averbação de Reserva Legal

para as Áreas Rurais e em caso de área urbana, manter o limite de área verde constante na

legislação pertinente.

§ 3º. Esta licença será negada se a árvore for considerada imune de corte, pelo Poder

Público, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta sementes,

conforme Lei Federal 4.771 de 15 de setembro de 1.965 no seu artigo 7º.

Art. 148. O Poder Público Municipal não autorizará o corte de árvores quando se tratar

da colocação de luminosos, letreiros e similares.

Art. 149. Nas ruas arborizadas, os fios condutores de energia elétrica e telefônica

deverão ser colocados à distância razoável ou convenientemente isolados.

Parágrafo Único. Quando as copas destas árvores estiverem atingindo a rede elétrica,

elas deverão ser podadas seguindo orientação técnica condizente de tal forma que não

prejudique ou danifique a mesma.

Art. 150 - Ficam consideradas imunes de corte as árvores, pela sua beleza e localização, com

as seguintes características:

I - Espécie: Araucária angustifólia;

II - Família: Araucareaceae;

III - Nome vernacular: Pinheiro do Paraná.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 519

Art. 151. Ocorrendo acidente de trânsito com destruição ou dano à arborização urbana,

são solidários o proprietário do veículo e o causador do dano, ficando a liberação do veículo do

infrator vinculada à apresentação ao DETRAN ou Secretaria Municipal de Transporte Urbano,

do comprovante de recolhimento da multa ao Poder Executivo municipal.

Seção VII

Do Uso e Conservação do Solo

Art. 152. O uso do solo na área urbana do Município deverá estar em conformidade com

a política municipal de parcelamento, uso e ocupação do solo, com a dinâmica sócio-

econômica ecológica regional e local e com o que dispõe este código e demais legislações

pertinentes.

Art. 153. A utilização do solo, para quaisquer fins, far-se-á através da adoção de

técnicas, processos e métodos que visem à sua conservação, recuperação e melhoria,

observadas as características geofísicas, morfológicas, ambientais e sua função sócio-

econômica.

§ 1º. O uso do solo abrange atividades rurais, através de sua preparação manual ou

mecânica, tratamento químico e orgânico e cultivo, bem como atividades urbanas, através do

parcelamento e uso do solo residencial, de serviços, de lazer, comercial, institucional e

industrial.

§ 2º. A inobservância das disposições legais de uso e ocupação do solo, que culminará

na degradação ambiental, serão passíveis de sanção e reparação do dano.

Art. 154. Considera-se poluição do solo a disposição, descarga, infiltração, acumulação,

injeção ou o enterramento no solo, em caráter temporário ou definitivo, de substância ou

produtos potencialmente poluentes, em estado sólido, pastoso, líquido ou gasoso.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 520

Art. 155. É vedado ao proprietário de lotes e terrenos urbanos destinados à edificação, e

ainda não edificados, o plantio e/ou preservação de cobertura vegetal cuja altura ultrapasse a

um metro.

Parágrafo Único. É facultado ao Município, por meio de lei, estabelecer incentivos ficais

para o plantio, nos lotes e terrenos mencionados no caput, de cobertura vegetal cuja altura não

ultrapasse um metro.

Art. 156. É obrigatória aos proprietários das terras agrícolas, ainda que em caso de

arrendamentos ou parcerias, a adoção de sistemas de conservação do solo agricultado,

independente de divisões ou limite de propriedades, em caso de interesse ambiental.

§ 1°. Entenda-se por conservação do solo agricultável, a minimização de suas perdas por

erosão e a sustentação ou elevação da sua produtividade mediante sistemas de produção não

impactantes ou que comportem técnicas mitigadoras.

§ 2º. As estradas vicinais deverão dispor de mecanismos para conter e direcionar o

escoamento das águas pluviais, de modo a não prejudicar a sua funcionalidade e a não

permitir a degradação das áreas adjacentes, não sendo permitido o lançamento das águas

pluviais nas estradas.

§ 3º. As propriedades adjacentes não poderão utilizar-se do leito das estradas para

canalizar as águas das chuvas oriundas da própria propriedade.

§ 4º. Entende-se por atividades de interesse ambiental, para efeito deste artigo, quando

da exploração agrícola, todas as práticas que visem:

I – controlar a erosão em todas as suas formas;

II – criar medidas para o controle da desertificação;

III – evitar a prática de queimadas em áreas de solo agrícola , a não ser em casos

especificados pela SEMMA;

IV – recuperar, manter e melhorar as características físicas, químicas e biológicas do

solo;

V – evitar assoreamento de cursos d’água e bacias de acumulação.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 521

Art. 157. A critério do Executivo Municipal, as águas pluviais precipitadas nas estradas

públicas poderão ser conduzidas para as propriedades rurais, atendendo às práticas

conservacionistas.

Art. 158. Ficam os proprietários das terras agrícolas, independentemente de

arrendamentos e parcerias, obrigados a recuperar as terras agricultadas, erodidas ou

depauperadas, pela adoção de sistemas de produção prejudiciais à conservação dos solos, ou

pelo mau uso de máquinas, de produtos químicos ou de materiais.

Art. 159. O Município, por meio da SEMMA através da Coordenadoria de Agricultura,

auxiliará os órgãos diretamente responsáveis no cumprimento do que determina a legislação

federal e estadual pertinente a defensivos agrícolas e domiciliares.

Art. 160. Compete à Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, difundir e

estimular o emprego de técnicas ou sistemas de produção alternativos que reduzam ou

mitiguem o impacto ambiental decorrente do uso de defensivos agrícolas.

Art. 161. Os projetos de uso e ocupação do solo urbano, bem como a sua

implementação, que implicarem riscos potenciais ou efetivos à fauna, à cobertura vegetal, à

atmosfera, aos recursos hídricos e ao controle de drenagem local, sujeitar-se-ão à análise e

licenciamento ambiental, devendo ser exigido, ainda:

I – projeto de conservação e aproveitamento das águas;

II – projeto de controle de assoreamento dos cursos d’água;

III – apresentação de traçados, bem como a previsão da utilização de técnicas que contemplem

a desaceleração do deflúvio e, por conseguinte, o processo erosivo;

IV – projetos construtivos de corte e/ou aterro, contemplando a reutilização da camada

superficial de solo para fins nobres;

V – projeto de proteção do solo pelos proprietários de terrenos, quando suas condições físicas

e topográficas os tornarem vulneráveis à erosão e comprometer a qualidade das águas

superficiais;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 522

VI – projeto específico da restauração de superfícies de terrenos degradados, contemplando a

dinâmica do processo erosivo e as medidas para deter a erosão;

VII – projeto de contenção e infiltração de águas pluviais, a critério da SEMMA e da Secretaria

Municipal de Obras e Pavimentação.

Art. 162. Os projetos urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo deverão

contemplar métodos para retardar o acúmulo da água pluvial resultante desta urbanização e

métodos para infiltrar essa água, conforme diretrizes da Secretaria Municipal responsável pela

matéria.

Art. 163. As diretrizes viárias das áreas a serem loteadas e que apresentarem cursos

d’água de qualquer porte deverão respeitar a Área de Preservação Permanente prevista no

Código Florestal.

Parágrafo Único. As obras viárias de transposição ficam sujeitas ao licenciamento

ambiental.

Art. 164. Depende de prévia autorização da SEMMA, a obra que envolva movimentação

de terras tais como desmonte de rocha, escavação, movimento de terra, aterro, desaterro e

depósito de entulho.

Parágrafo Único. Para quaisquer obras referidas no caput deverão ser previstos

mecanismos de manutenção da estabilidade de taludes, drenagem superficial, recomposição

do solo e de cobertura vegetal adequada à contenção do carreamento pluvial de sólidos.

Art. 165. Os projetos de implantação e operação de cemitérios necessitam de

licenciamento ambiental, devendo considerar as características geológicas e hidrogeológicas

da área, bem como a proteção dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.

Art. 166. As taxas dos serviços serão regulamentadas pelo Poder Executivo através de

Decreto.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 523

CAPÍTULO IV

DAS PROIBIÇÕES

Art. 167. É proibido, sob pena de multa:

I – cortar, extrair, remover, matar, danificar ou usar inadequadamente a vegetação de porte

arbóreo do Município, por qualquer modo ou meio, salvo os casos permitidos neste código;

II – pintar, pichar, grafitar, fixar pregos, faixas, fios elétricos, cartazes, anúncios ou similares, na

vegetação de porte arbóreo, para qualquer fim;

III – podar ou extrair árvores para colocação de luminosos, letreiros, out-doors ou elementos de

comunicação visual similares;

IV – desviar águas de lavagem com substâncias nocivas, para os canteiros arborizados, ou

lançar substâncias nocivas nos canteiros;

V – plantar árvores em canteiros centrais de avenidas, rotatórias, praças, áreas verdes e

demais logradouros públicos, em desacordo com o Plano de Arborização Municipal;

VI – danificar as mudas plantadas nos passeios públicos, áreas verdes e de lazer, áreas

institucionais e demais áreas de uso público;

VII – depositar resíduos domésticos ou industriais, entulhos, materiais de construção e

resíduos de jardim nos canteiros centrais de avenidas, praças, parques e demais áreas

verdes municipais, a não ser aqueles locais previstos pela gestão de resíduos do

município;

VIII – o trânsito ou o estacionamento de veículos de qualquer natureza sobre os passeios,

canteiros, praças e jardins públicos, com exceção dos veículos utilizados pela

Administração Pública, destinados aos serviços de manutenção;

IX – cimentar ou colocar mureta de tijolos no entorna do caule da árvore;

X – depositar resíduos de qualquer natureza junto ao caule da árvore;

XI – aplicar a arvore qualquer substância química, com exceção de cupinicida.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 524

Art. 168. É proibida a instalação de qualquer tipo de comércio ou serviços, nas áreas

verdes do Município, salvo em casos em que estas atividades estejam contempladas no projeto

original devidamente aprovado pela SEMMA.

§ 1º. A inobservância do disposto no caput deste artigo sujeita o infrator à interdição,

apreensão e demolição.

§ 2º. O comércio e serviço mencionados no caput deste artigo, que encontrem em pleno

exercício na data de promulgação desta lei, ficarão sujeitos às normas aplicáveis, quando da

renovação do alvará de funcionamento.

CAPÍTULO V

DOS RECURSOS HIDRICOS

Seção I

Da Água

Art. 169. As ações do Município no sentido da gestão, uso, proteção, conservação,

recuperação e preservação dos recursos hídricos atenderão ao disposto na legislação federal

pertinente, na Política Estadual de Recursos Hídricos e nas demais leis estaduais e municipais,

com os seguintes fundamentos:

I – a água é um bem de domínio público, limitado e de valor econômico;

II – o poder público e a sociedade, em todos os seus segmentos, são responsáveis pela

preservação e conservação dos recursos hídricos;

III – a gestão dos recursos hídricos deve contar com a participação do poder público, das

comunidades e do usuário;

IV – prioritariamente, a água será utilizada para o abastecimento humano, de forma racional e

econômica;

V – a gestão municipal considerará a bacia hidrográfica como unidade de pesquisa,

planejamento e gestão dos recursos hídricos;

VI – a gestão dos recursos hídricos deverá integrar-se com o planejamento urbano e rural do

Município de Paranaguá.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 525

§ 1º. A água, recurso natural essencial à vida, ao desenvolvimento e ao bem-estar social,

deverá ser controlada e utilizada conforme padrões de qualidade satisfatória, de forma a

garantir sua perenidade em todo o território do Município de Paranaguá.

§ 2º. São instrumentos da gestão municipal dos recursos hídricos, a Avaliação Anual dos

Recursos Hídricos e o Plano Quadrienal de Recursos Hídricos.

Art. 170. Todas as normas estabelecidas neste Capítulo aplicam-se à totalidade do

território do Município de Paranaguá, seja a área urbana, de expansão urbana ou rural.

Art. 171 - O Município, sob coordenação, aprovação e fiscalização da SEMMA, poderá

buscar parceria no setor privado para a realização de projetos, serviços e obras de

recuperação, preservação e melhoria dos recursos hídricos.

Art. 172. A Política Municipal de Controle de Poluição, Recuperação da qualidade

ambiental e Manejo dos Recursos Hídricos objetiva:

I – proteger a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida da população do Município de

Paranaguá;

II – proteger, conservar e recuperar os ecossistemas aquáticos, com especial atenção às áreas

de nascentes, mananciais de abastecimento público e outras relevantes para a

manutenção dos ciclos biológicos;

III – reduzir, progressivamente, a toxicidade e a quantidade dos poluentes lançados nos corpos

d’água;

IV – compatibilizar e controlar os usos efetivos e potenciais da água, tanto qualitativa quanto

quantitativamente;

V – controlar os processos erosivos que resultem no transporte de sólidos, no assoreamento

dos corpos d’água e da rede pública de drenagem;

VI – assegurar o acesso e o uso público às águas superficiais, exceto em áreas de nascentes e

outras de preservação permanente, quando expressamente disposto em norma específica;

VII – assegurar o adequado tratamento dos efluentes líquidos para preservar a qualidade dos

recursos hídricos.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 526

Art. 173. É proibida a ligação de esgoto à rede de drenagem pluvial.

Art. 174. Toda edificação fica obrigada a ligar o esgoto doméstico ao sistema público de

esgotamento sanitário, quando da sua existência, ou, sendo o caso, instalar estação de

tratamento própria e adequada.

Parágrafo Único. O projeto da Estação de Tratamento deverá ser aprovado pela

SEMMA.

Art. 175. Os parâmetros deste Código aplicam-se a lançamentos de quaisquer efluentes

líquidos provenientes de atividades, efetiva e potencialmente poluidoras instaladas no

Município de Paranaguá, em águas superficiais ou subterrâneas, diretamente ou através de

quaisquer meios de lançamento, incluindo redes de coleta e emissários.

Parágrafo Único. A SEMMA poderá estabelecer critérios e etapas de implementação em

áreas específicas de processo de produção ou geração de efluentes, com o objetivo de a

impedir a sua diluição e assegurar a redução das cargas poluidoras totais.

Art. 176. Os lançamentos de efluentes líquidos não poderão conferir aos corpos

receptores características em desacordo com os critérios e padrões vigentes de qualidade de

água, ou que criem obstáculos ao trânsito de espécies migratórias, exceto nas áreas de

mistura.

Art. 177. Os padrões de qualidade da água, nas áreas de mistura, serão avaliados, de

acordo com o corpo receptor, conforme critérios estabelecidos pela SEMMA especificamente

para cada caso.

Art. 178. A captação de água, superficial ou subterrânea, seu tratamento, transporte e

distribuição deverão atender aos requisitos estabelecidos pela legislação específica, sem

prejuízo das demais exigências legais, a critério técnico da SEMMA.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 527

Art. 179. Os responsáveis por atividades, efetivas ou potencialmente poluidoras e

atividades de captação, tratamento, transporte e distribuição de água, ficam obrigados a

implementar programas de monitoramento de esgoto e efluentes e da qualidade ambiental, em

suas áreas de influência, previamente estabelecidos ou aprovados pela SEMMA.

§ 1º. Os programas referidos no caput integrarão o Banco de Dados Ambientais do

Município de Paranaguá.

§ 2º. A coleta e análise dos efluentes líquidos deverão ser baseadas em metodologias

aprovadas pela SEMMA.

§ 3º. Todas as avaliações relacionadas aos lançamentos de efluentes líquidos deverão

ser feitas para as condições de dispersão mais desfavoráveis, sempre incluídas as previsões

de margens de segurança.

§ 4º. Os técnicos da SEMMA terão acesso a todas as fases do monitoramento que se

refere o caput deste artigo, incluindo procedimentos laboratoriais.

Art. 180. A critério da SEMMA e da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, as

atividades, efetiva ou potencialmente poluidoras, deverão implantar sistemas para retenção das

águas de drenagem, incluindo procedimentos laboratoriais.

Parágrafo Único. O disposto no caput deste artigo aplica-se às águas de drenagem

correspondente à precipitação de um período inicial de chuvas a ser definido em função das

concentrações e das cargas de poluentes.

Seção II

Das Normas Ambientais Referentes ao Controle da Água

Art. 181. Todo e qualquer despejo industrial ou de atividade de serviços deverá possuir

um sistema de medição de vazão adequada.

Parágrafo Único. A amostra de material coletada para análises laboratoriais será

considerada como representativa do despejo.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 528

Art. 182. As indústrias e atividades de serviços que não possuírem tratamento de

efluentes deverão apresentar a SEMMA o respectivo projeto em um mês e a sua efetiva

instalação, em seis meses, a contar da vigência deste Código.

Art. 183. Os efluentes de hospitais e de outros estabelecimentos que a SEMMA entenda

existir microorganismos patogênicos, deverão ser tratados adequadamente antes do

lançamento nos corpos d’água, conforme classificação pelo CONAMA e normas estabelecidas

pela ANVISA.

Parágrafo Único. A SEMMA monitorará constantemente os despejos efluentes referidos

no caput.

Art. 184 - Os estabelecimentos que manipulem óleo, graxa ou gasolina, deverão possuir

sistemas de destinação aprovados pela SEMMA.

Parágrafo Único. A expedição ou renovação do Alvará de Licença para funcionamento

dos estabelecimentos que manipulem óleo, graxa ou gasolina, fica condicionada à aprovação

exigida no caput.

Art. 185..- Os efluentes de qualquer atividade só poderão ser, direta ou indiretamente,

lançados nas águas superficiais ou subterrâneas e nas galerias de água pluviais do município

de Paranaguá, se obedecerem as seguintes condições:

I – enquadrar-se nos padrões de emissão estabelecidos pelas legislações federal, estadual e

municipal;

II – não conferir ao corpo receptor características superiores ao seu enquadramento na

classificação das águas.

§ 1º. Na hipótese de fonte de poluição geradora de diferentes despejos, ou de emissões

individualizadas, os limites constantes neste artigo se aplicarão a cada um dos despejos ou

emissões, a critério da SEMMA;

§ 2º No caso de efluentes com mais de uma substância potencialmente prejudicial, a

SEMMA poderá reduzir os respectivos limites individuais, proporcionalmente ao número de

substâncias presentes.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 529

§ 3º. Compete ao Município, sempre que a vazão traga danos ao curso d'água, orientar e

estipular o regime de lançamento, direto ou indireto, de efluentes industriais ao corpo receptor.

§ 4º. A presente disposição aplica-se aos lançamentos feitos diretamente por fonte de

poluição, indiretamente, por meio de canalizações públicas ou privadas, ou por qualquer outro

meio de transporte próprio ou de terceiros.

Art. 186. Os efluentes líquidos deverão obedecer aos padrões específicos e não poderão

conferir ao corpo receptor características em desacordo com os critérios e padrões de

qualidade de água, adequados aos diversos casos benéficos previstos para o corpo d’água.

Art. 187. Para toda e qualquer finalidade, desde o licenciamento até a fiscalização e

penalização, quando tratar-se de instalação de fonte potencialmente degradadora, existente ou

que venha a existir no Município de Paranaguá, as avaliações e exigências contidas neste

Código levarão em consideração a carga máxima de poluição possível e as condições mais

desfavoráveis que esta instalação possa, ainda que potencialmente, representar para o corpo

d’água.

Art. 188. Os responsáveis por atividades poluidoras poderão realizar tratamento conjunto

e unificado de seus respectivos efluentes líquidos.

Art. 189. Quando o sistema de abastecimento Público não puder promover o pleno

suprimento de água a qualquer área urbana ou rural, será permitida a construção de poços,

desde que concedida à outorga pela SUDERSHA e segundo as condições hidrológicas do

local, com aprovação e acompanhamento técnico da SEMMA.

Art. 190. Os poços artesianos e profundos só poderão ser construídos nos casos de

grande demanda e quando o lençol profundo possibilitar o fornecimento de volume suficiente

de água potável.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 530

Art. 191. Os estudos, projetos e execução das perfurações de poços deverão apresentar

ART em todas as suas fases e deverão ser aprovados pelos órgãos federais, estaduais e

municipais competentes.

§ 1º. Para a aprovação da construção de poço, é obrigatória a realização de testes

dinâmicos, de vazão e do equipamento de elevação, quando for o caso.

§ 2º. Os poços artesianos e profundos deverão ter a necessária proteção sanitária, por

meio de encamisamento e vedação adequada.

§ 3º. Os responsáveis por poços no Município de Paranaguá ficam obrigados a informar

aos consumidores a análise semestral da qualidade da água distribuída.

Art. 1919 Os poços que não estiverem em conformidade com os padrões de higiene

estabelecidos serão interditados pela SEMMA;

Art. 203. O fechamento dos poços será de ônus e responsabilidade dos seus

proprietários, que deverão lacrá-los e monitorá-los, de acordo com as normas estabelecidas

pela SEMMA, sob pena de multa.

Seção III

Das áreas de preservação permanente

Art. 194. Consideram-se Áreas de Preservação Permanente, para o efeito desta Lei,

observado o disposto no Código Florestal Brasileiro, as áreas de florestas e demais formas de

vegetação natural cuja finalidade e de dar proteção aos mananciais, situadas:

I - ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água desde o seu nível mais alto, em faixa

marginal cuja largura mínima seja:

a) de 30 m (trinta metros) para os cursos d’água de menos de 10 m (dez metros) de

largura na zona urbano e de 50 metros para a zona rural ;

b) de 50 m (cinqüenta metros) para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50

m (cinqüenta metros) de largura;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 531

c) de 100m (cem metros) para os cursos d’água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200

m (duzentos metros) de largura;

II - de 100m (cem metros) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou

artificiais;

III - nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d’água", qualquer que seja

a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 m (cinqüenta metros) de largura;

IV - no topo de morros, montes, montanhas e serras;

V - nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45%, equivalente a 100% na

linha de maior declive;

VI – as áreas de recarga, delimitadas nas bacias hidrográficas destinadas a mananciais de

abastecimento;

VII – várzeas, com largura mínima de 50 metros, a partir das margens ou cota de inundação.

§ 1º. Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando assim declaradas por

ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas:

I - a atenuar a erosão das terras;

II - a fixar as dunas;

III - a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

IV - a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;

V - a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;

VI - a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;

VII - a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;

VIII - a assegurar condições de bem-estar público.

§ 2º. A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só será

admitida com prévio licenciamento ambiental e assentimento do órgão responsável de

patrimônio da união, quando for necessária, à execução de obras, planos, atividades ou

projetos de utilidade pública ou interesse social.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 532

§ 3º. Por ocasião da análise do licenciamento, o órgão licenciador indicará as medidas

de compensação ambiental que deverão ser adotadas pelo empreendedor sempre que

possível.

§ 4º. A SEMMA poderá ampliar as faixas e áreas especificadas neste artigo, com o

objetivo de proteger áreas de especial interesse ecológico, solo com baixa capacidade de

infiltração ou faixas de afloramento do lençol freático.

§ 5º. Nos casos de planícies de inundação ou várzeas, as faixas bilaterais são contadas a

partir de suas margens.

Art. 195. Qualquer projeto de implantação de indústrias, agroindústrias, loteamentos,

serviços, perfuração de poços, construção de lagos e outros, seja na área urbana ou rural,

elaborado nas proximidades dos pontos de captação de água para abastecimento da cidade

de Paranaguá, deverá ser previamente aprovado pela SEMMA.

Seção IV

Da Proteção dos Recursos Hídricos

Art. 196. Toda pessoa física ou jurídica que cause transformações nas condições físicas

dos rios, córregos, ribeirões ou nascentes d’água, causando-lhes prejuízos, ficará obrigada a

restaurar as suas características originais e a tomar todas as providências que a SEMMA exigir

para o caso, sem prejuízo das demais penalidades administrativa, cível e penal.

Art. 197. É proibida qualquer espécie de construção capaz de inutilizar recurso hídrico do

Município de Paranaguá

Art. 198. Na gestão dos recursos hídricos, a SEMMA deverá desenvolver programas de

monitoramento da qualidade das águas.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 533

Art.199. A SEMMA deverá efetuar o cadastramento de todas as captações de água para

irrigação ou abastecimento urbano e industrial, caracterizando as condições de uso.

Art. 200. Os produtores rurais que possuírem equipamentos de irrigação terão o prazo de

180 dias, contados da data de publicação deste código, para cadastrá-los na SEMMA.

Art. 201. Respeitadas as restrições que possam ser impostas pela Legislação do Estado

e da União, são regidas por esta Lei, as águas públicas de uso comum, quando situadas

exclusivamente no território Municipal.

§ 1º. São águas públicas de uso comum:

I - as correntes, canais, lagos e lagoas navegáveis ou flutuáveis;

II - as correntes de que se façam estas águas;

III - as fontes e reservatórios públicos;

IV - as nascentes quando forem de tais modos consideráveis que por si só, constituem o uso

comum;

V - os braços de quaisquer correntes públicas desde que os mesmos influam na

navegabilidade ou flutuabilidade.

§ 2º. São águas públicas dominicais, todas as situadas em terreno público municipal,

quando as mesmas não forem de domínio público de uso comum.

Art. 202. Compete ao Poder Público Municipal a proteção e conservação, de forma

suplementar a União, dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos no sentido de:

I - obrigar a conservação, e proteção das águas, para o abastecimento das populações

inclusive através da implantação de matas ciliares;

II - exigir que a captação em cursos d’água para fins industriais seja feita a jusante do ponto de

lançamento dos efluentes líquidos da própria indústria, sendo PROIBIDO o despejo de

qualquer substância poluente capaz de tornar as águas impróprias, ainda que

temporariamente, para o consumo e utilização normais ou para sobrevivência das

espécies;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 534

III - regulamentar as atividades de lazer e turismo ligadas aos cursos d’água como forma de

promover a vigilância civil sobre a qualidade da água.

IV - monitorar a qualidade das águas, visando seu uso racional para o abastecimento público,

industrial e outras atividades essenciais, assim como garantir a perfeita reprodução da

fauna e da flora aquática;

V - registrar, acompanhar e fiscalizar as outorgas de uso e derivação de recursos hídricos.

Art. 203. É vedada a implantação de sistema de coleta de águas pluviais em redes

conjuntas com esgotos domésticos ou industriais.

Art. 204.- As empresas que utilizam diretamente recursos hídricos, ficam obrigadas a

restaurar e manter os ecossistemas naturais, conforme as condições exigíveis para o local,

numa faixa marginal de 100,0 m (cem metros) dos reservatórios.

Art. 205. Os frigoríficos, curtumes e demais atividades industriais deverão fazer a

instalação de aparelhos próprios para evitar a poluição dos córregos e rios do Município.

Parágrafo Único. As empresas poluidoras que não estão de acordo com esta Lei, terão

um prazo de 90(noventa) dias para regularização a partir da data de aprovação desta Lei.

CAPÍTULO VI

DOS RECURSOS MINERAIS

Art. 206. A SEMMA, em face do Plano Diretor de Mineração, determinará as áreas de

exploração potencial de minerais, para emprego direto na construção civil, visando estabelecer

prioridades de uso e a compatibilidade da atividade de mineração com os demais usos do solo,

nas respectivas zonas.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 535

Art. 207. As atividades de mineração que venham a se instalar ou ser ampliadas deverão

atender aos requisitos exigidos para licenciamento ambiental e, em especial, deverão

apresentar o Plano de Recuperação da Área Degradada.

Parágrafo Único. Operar, sem licença ambiental, ou em desacordo com a licença

emitida, constitui infração sujeita a embargo, interdição e multa.

Art. 208. O Plano de Recuperação de Área Degradada deverá ser executado

concomitantemente com a exploração da mineração, sempre que possível.

Art. 209. A recuperação de áreas de mineração abandonadas ou desativadas é de

responsabilidade do minerador.

Art. 210. No caso de mineração paralisada, é obrigatória a adoção, pelo empreendedor,

de medidas que garantam a estabilidade dos taludes, de modo a não permitir a instalação de

processos erosivos, bem como o acúmulo de água nas respectivas cavas.

Art. 211. Com o objetivo de evitar a instalação de processos erosivos e de

desestabilização de massas, os taludes resultantes de atividades minerárias deverão receber

cobertura vegetal e dispor de sistema de drenagem com apresentação de projeto elaborado

por profissional habilitado.

Art. 212. Os empreendimentos de mineração, que utilizem como método de lavra o

desmonte por explosivos primário e secundário, deverão atender aos limites de ruído e

vibração estabelecidos na legislação vigente.

Art. 213. Nas pedreiras, deverão ser adotados procedimentos que visem à minimização

da emissão de particulados na atmosfera, tanto na atividade de lavra quanto na de transporte

nas estradas, internas e externas, bem como nos locais de beneficiamento.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 536

Art. 214. As atividades de mineração deverão adotar sistema de tratamento e disposição

de efluentes sanitários e de águas residuárias provenientes da lavagem de máquinas.

Parágrafo Único. É obrigatória a existência de caixa de retenção de óleo, devidamente

dimensionada, proveniente da manutenção de veículos e equipamentos do empreendimento.

Art. 215. Quando, na atividade de mineração, forem gerados rejeitos sólidos e pastosos,

o método de disposição final dos mesmos deverá ser previamente aprovado pela SEMMA, que

atenderá às normas técnicas pertinentes e as exigências dispostas neste Código.

Art. 216. Para impedir o assoreamento dos corpos d’água, os empreendimentos de

mineração deverão dispor de tanque de captação de resíduos finos transportados pelas águas

superficiais ou outros recursos tecnicamente justificados e de eficácia comprovada.

Art. 217. O minerador é responsável pelo isolamento das frentes de lavra e deverá adotar

medidas que minimizem ou suprimam os impactos sobre a paisagem da região, por meio da

implantação de cinturão arborizado que isole visualmente o empreendimento.

Art. 218. Os depósitos ou posto de venda de recursos minerais existentes no município

de Paranaguá, ou a que vierem se instalar deverão obter o Licenciamento Municipal e estar

legalmente habilita como empresa sediada no município.

Parágrafo Único. Estes empreendimentos deverão apresentar trimestralmente a

SEMMA a Cópia da Nota Fiscal da Origem do Minério.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 537

TÍTULO III

DA POLUIÇÃO

CAPÍTULO I

DA POLUÍÇÃO SONORA

Art. 219 - Poluição sonora é toda a emissão de som que, direta ou indiretamente, seja

ofensiva ou nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade, ou transgrida as

disposições fixadas nesta Lei.

§ 1º. A emissão de sons, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais,

sociais, recreativas, ou outras que envolvam a amplificação ou produção de sons intensos,

deverá obedecer, no interesse da saúde e do sossego público, aos padrões, critérios, diretrizes

e normas estabelecidas pelos órgãos municipais competentes.

§ 2º. As questões referentes à poluição sonora, além do disposto nesta lei, devem

observar as disposições do Código de Posturas de Paranaguá.

Art. 220. A realização de eventos que causem impactos de poluição sonora em Unidades

de Conservação (UCs), e entorno, dependerá de prévia autorização da Secretaria Municipal do

Meio Ambiente.

Parágrafo Único. A infração do disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade

de multa no valor de 100 (cem) a 1.000 (um mil) UFM’s.

Art. 221. É vedado perturbar o sossego e o bem-estar público ou de vizinhanças com

ruídos, vibrações, sons excessivos ou incômodos de qualquer natureza, produzidos por

quaisquer formas, acima dos limites legais permitidos.

Parágrafo Único. O não-cumprimento do previsto no caput acarretará em multa de 10

(dez) a 1000 (mil) UFM’s.

Art. 222. É vedada a utilização ou funcionamento de qualquer instrumento ou

equipamento que produza, reproduza ou amplifique o som, em qualquer período, de modo que

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 538

crie distúrbio sonoro através do limite real da propriedade ou dentro de uma zona sensível a

ruídos.

§ 1º. Distúrbio sonoro significa qualquer som que:

I – coloque em perigo ou prejudique a saúde de seres humanos ou animais;

II – cause danos de qualquer natureza à propriedade pública ou privada; ou

III – possa ser considerado incômodo ou que ultrapasse os níveis máximos fixados na

legislação em vigor.

§ 2º. A infração do disposto no caput deste artigo acarreta a pena de multa de 10 (dez) a

100 (cem) UFM’s.

Art. 223. Para impedir ou reduzir a poluição, proveniente de sons ou ruídos excessivos,

incumbe ao Município:

I – disciplinar a localização, em áreas residenciais, de estabelecimentos industriais, fábricas e

oficinas que produzam ruídos, sons excessivos ou incômodos;

II – disciplinar o uso de qualquer aparelho, dispositivo ou motor de explosão que produza

ruídos incômodos ou sons além dos limites permitidos;

III – sinalizar convenientemente as áreas próximas a hospitais, casas de saúde e

maternidades;

IV – disciplinar o horário de funcionamento noturno das construções; e

V - disciplinar a localização, em local de silêncio ou nas áreas residenciais, de casas de

divertimentos públicos que, pela natureza de suas atividades, produzam sons excessivos

ou ruídos incômodos.

Art. 224. Fica proibido:

I – queimar ou permitir a queima de foguetes, morteiros, bombas ou outros fogos de artifício;

explosivos ou ruidosos, nos estádios de futebol ou em qualquer praça de esportes;

II – a utilização de buzinas, trompas, apitos, tímpanos, sinos, campainhas e sirenas, ou de

quaisquer outros aparelhos semelhantes;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 539

III – a utilização de matracas, cornetas ou outros sinais exagerados e contínuos, usados como

anúncios por ambulantes, para venderem seus produtos; e

IV – a utilização de alto-falantes, rádios e outros aparelhos sonoros usados como meio de

propaganda, mesmo em casas de negócio, ou para outros fins, desde que se façam ouvir

fora do recinto onde funcionam.

Parágrafo Único. A infração do disposto em qualquer dos incisos deste artigo acarreta

multa de 10 (dez) a 500 (quinhentos) UFM’s.

Art. 225. Não se compreendem nas proibições do artigo 232 os sons produzidos por:

I – vozes ou aparelhos usados na propaganda eleitoral, de acordo com a legislação própria;

II – que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou para anunciar a realização de atos ou

cultos religiosos;

III – bandas de música, desde que em procissões, cortejos ou desfiles públicos;

IV – sirenas ou aparelhos de sinalização sonora de ambulâncias, carros de bombeiros ou

assemelhados;

V – apitos, buzinas ou outros aparelhos de advertência de veículos em movimento, dentro do

período compreendido entre as 7 (sete) e as 20 (vinte) horas;

VI – explosivos empregados no arrebentamento de pedreiras, rochas ou nas demolições,

desde que detonados em horário previamente definido, pelo setor competente do

Município e com a devida autorização de órgão federal competente;

VII – manifestações em recintos destinados à prática de esportes, em horários previamente

licenciados, cuja localização e funcionamento tenham sido autorizados pelo Município; e

VIII – os apitos tradicionais das fábricas, desde que notificado o horário de suas atividades.

Art. 226. Durante os festejos carnavalescos, festas juninas, de Ano Novo, e tradicionais

do Município de Paranaguá, são toleradas, excepcionalmente, as manifestações normalmente

proibidas por esta Lei.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 540

Art. 227. Casas de comércio ou locais de diversões públicas, como parques, bares,

cafés, restaurantes, cantinas, boates e danceterias, nas quais haja execução ou reprodução de

números musicais por orquestras, bandas, instrumentos isolados ou aparelhos de som,

deverão adotar instalações adequadas a reduzir sensivelmente a intensidade das execuções

ou reproduções de modo a não perturbar o sossego da vizinhança.

Parágrafo Único. A infração do disposto neste artigo acarreta a pena de multa de 10

(dez) a 1.000 (um mil) UFM’s.

Art. 228. Os níveis máximos de intensidade de som ou ruídos permitidos são os

seguintes:

I - em área residencial: 60 db (sessenta decibéis) no período diurno, medidos na curva "A" ou

"C", e 55 db (cinqüenta e cinco decibéis) no período noturno; medidos na curva "A" ou "C";

II - em área industrial: 70 db (setenta decibéis) no período diurno, medidos na curva "A" ou "C",

e 60 db (sessenta decibéis) no período noturno, medidos na curva "A" ou "C"; e

III - em outras áreas não elencadas neste artigo, seguem-se às definições da NBR 10151/2000.

§ 1º. A infração do disposto neste artigo e incisos acarreta a pena de multa de 30 (trinta)

a 1.000 (um mil) UFM’s.

§ 2º. Para os efeitos desta Lei, ficam definidos os seguintes horários:

I - DIURNO: compreendido entre as 8 (oito) e as 19 (dezenove) horas;

II - NOTURNO: compreendido entre as 19 (dezenove) e as 8 (oito) horas.

III - Nos domingos e feriados, considera-se NOTURNO: horário compreendido entre as 20

(vinte) e as 8 (oito) horas.

§ 3º. Os níveis de intensidade de sons ou ruídos fixados por esta Lei, bem como o

método utilizado para medição e avaliação, obedecerão às recomendações das normas NBR

10151/2000 e NBR 10152/87, ou às que vierem a sucedê-las.

Art. 229. Toda a empresa que possuir alarmes deverá responsabilizar-se em desligá-lo

imediatamente caso acione acidentalmente, especialmente à noite e finais de semana.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 541

Parágrafo Único. À não-observância do disposto neste artigo será aplicada a pena de

multa de 30 (trinta) a 500 (quinhentos) UFM’s.

Art. 230 - As lojas de conveniência instaladas, inclusive nos postos de gasolina e

assemelhados, que utilizarem ou permitirem, no espaço físico em que atuam, a utilização de

alto falantes, rádios, buzinas, ruídos provenientes de veículos automotores, aparelhos sonoros

e qualquer outro tipo de ruído que supere os índices de medição de ruídos definidos no artigo

238, serão responsabilizadas por tais atos.

Parágrafo Único. A infração do disposto neste artigo acarreta a pena de multa de 30

(trinta) a 1.000 (um mil) UFM’s.

Art. 231. É vedada a utilização de aparelhos de telefone celular ou de emissão sonora

pessoal no interior de casas de espetáculos e de eventos culturais, como cinemas e teatros.

§ 1º. É obrigatória a divulgação da proibição contida neste artigo, através da fixação de

cartazes nos locais a que se refere.

§ 2º. A infração ao disposto neste artigo acarreta a aplicação da penalidade de multa de 5

(cinco) a 10 (dez) UFM’s.

CAPÍTULO II

DA POLUÍÇÃO VISUAL

Art. 232. A exploração ou utilização dos veículos de divulgação presentes na paisagem

urbanas e visíveis dos logradouros públicos poderá ser promovida por pessoas físicas ou

jurídicas que explorem essa atividade econômica, desde que devidamente autorizadas pelo

Município.

§ 1º. Esta Lei se aplica a todo veículo localizado em logradouro público ou dele

visualizado, construído ou instalado em imóveis edificados, não edificados ou em construção.

§ 2º. Todas as atividades que industrializem, fabriquem e comercializem veículos de

divulgação e seus espaços devem ser cadastrados no Município.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 542

§ 3º. Os equipamentos do mobiliário urbano somente poderão ser utilizados para

vinculação de anúncios mediante aprovação prévia do Município e através de concessão

decorrente de licitação.

§ 4º. Os contratos de concessão de veiculação de anúncios serão efetuados com

duração de até quarenta e oito meses.

§ 5º. As questões referentes à poluição sonora, além do disposto nesta lei, devem

observar as disposições do Código de Posturas de Paranaguá.

Art. 233. São anúncios de propaganda as indicações, por meio de inscrições, letreiros,

tabuletas, dísticos, legendas, cartazes, painéis, placas, faixas, visíveis da via pública, em locais

freqüentados pelo público, e/ou por qualquer forma expostos ao público, e referentes a

estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais, a empresas ou produtos de qualquer

espécie, ou reclamo de qualquer pessoa ou coisa.

Parágrafo Único. Executam-se, das disposições deste artigo, a propaganda efetuada em

vitrinas de estabelecimentos comerciais.

Art. 234. Considera-se, para efeitos desta Lei, as seguintes definições:

I – paisagem urbana – é a configuração resultante da contínua e dinâmica interação entre os

elementos naturais, edificados ou criados, e o próprio homem, numa constante relação da

escala, função e movimento;

II – veículo de divulgação ou veículo – é qualquer elemento de divulgação visual utilizado para

transmitir anúncio público;

III – anúncio – é qualquer indicação executada sobre veículo de divulgação, cuja finalidade seja

de promover, orientar, indicar ou transmitir mensagem relativa a estabelecimentos,

empresas, produtos de qualquer espécie, idéias, pessoas ou coisas;

IV – mobiliário urbano – são elementos de escala microarquitetônica de utilidade pública, de

interesse urbanístico, implantado nos logradouros públicos e integrantes do espaço visual

urbano;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 543

V – áreas de interesse visual – são sítios significativos, espaços públicos ou privados e demais

bens de relevante interesse paisagístico, inclusive o de valor sócio-cultural, turístico,

arquitetônico, ambiental, legalmente definidos ou de consagração popular; e

VI – pintura mural – são pinturas executadas sobre muros, fachadas e empenas cegas de

edificações, com área máxima de trinta metros quadrados;

Art. 235. O Poder Executivo Municipal poderá usar elementos do mobiliário urbano para

veiculação de anúncios de caráter institucional ou educativo.

Art. 236. A exploração comercial de fachada e empena cega de edifícios e muros de

qualquer tipo só será permitida com o seu tratamento sob forma de mural artístico, com o

máximo de vinte por cento de espaço destinado à publicidade, excetuando-se o direito de

identificação específica da atividade existente no local.

§ 1º. Todo o mural executado deverá ser previamente autorizado pelo Poder Executivo.

§ 2º. Os condôminos da edificação que receber tratamento através da pintura mural

deverão ser previamente consultados e a aprovação deverá constar em ata de reunião.

Art. 237. Veículos de divulgação transferidos para local diverso daquele a que se refere a

autorização serão sempre considerados como novos, para efeito desta Lei.

§ 1º. A infração do disposto no caput deste artigo acarreta a pena de multa de 10 (dez)

UFM’s.

§ 2º. Anúncios de qualquer espécie, luminosos ou não, com pinturas decorativas ou

simplesmente letreiros, terão de submeter-se à aprovação de desenhos e dizeres em escala

adequada, devidamente cotada, em duas vias, contendo:

a) as cores que serão usadas;

b) a disposição do anúncio ou onde será colocado;

c) as dimensões e a altura da sua colocação em relação ao passeio;

d) a natureza do material de que será feito;

e) a apresentação de responsável técnico, quando julgado necessário;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 544

f) o sistema de iluminação a ser adotado; e

g) a identificação do sistema de colocação e segurança a ser adotado.

§ 3º. O Município, através de seus órgãos técnicos, regulamentará a matéria, visando à

defesa do panorama urbano.

§ 4º. Os veículos de divulgação e anúncios serão previamente aprovados pelo Município,

mediante pedido formulado em requerimento padronizado, obrigatoriamente instruído com os

seguintes elementos:

I – desenhos apresentados em duas vias, devidamente cotadas, obedecendo aos padrões da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

II – disposição do veículo de divulgação em relação à situação e localização no terreno e/ou

prédio, vista frontal e lateral, quando for o caso;

III – dimensões e altura de sua cotação em relação ao passeio e à largura da rua ou avenida; e

IV – descrição pormenorizada dos materiais que o compõem, suas formas de sustentação e

fixação, sistema de iluminação, cores a serem empregadas e demais elementos pertinentes.

Art. 238. Para o fornecimento da autorização poderão ainda ser solicitados os seguintes

documentos:

I – termo de responsabilidade assinado pela empresa responsável ou Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo CREA;

II – prova de direito de uso do local, ressalvado o caso de colocação de faixas, anúncios

orientadores e institucionais;

III – apresentação de seguro de Responsabilidade Civil, sempre que o veículo apresente

estrutura que, por qualquer forma, possa apresentar risco à segurança pública; e

IV – alvará de localização.

Art. 239. As placas e anúncios de propaganda acima de três metros quadrados conterão

obrigatoriamente frases educativas.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 545

Art. 240. Os veículos de divulgação devem ser compatíveis ou compatibilizados com os

usos de solo adjacentes e com o visual ambiental do espaço físico onde se situam, de modo a

não criar condições adversas que decorram em prejuízo de ordem ambiental e/ou econômica à

comunidade como um todo.

Parágrafo Único. O Município deverá identificar e propor normas específicas para as

áreas de interesse visual, em face da inserção de elementos construídos ou a construir.

Art. 241. A toda e qualquer entidade que fizer uso das faixas e painéis afixados em locais

públicos cumpre a obrigação de remover tais objetos até setenta e duas horas após o

encerramento dos atos que aludirem.

Parágrafo Único. O descumprimento ao caput deste artigo acarreta pena de multa de 5

(cinco) a 10 (dez) UFM’s.

Art. 242. Será facultado às casas de diversões, teatros, cinemas e outros, a colocação de

programas e de cartazes artísticos na sua parte externa, desde que colocados em lugar próprio

e que se refiram exclusivamente às diversões neles exploradas.

Art. 243. É vedada a colocação de anúncios:

I – que obstruam ou reduzam o vão de portas, janelas e bandeirolas;

II - que, pela quantidade, proporção ou disposição, prejudiquem o aspecto das fachadas;

III – que desfigurem, de qualquer forma, as linhas arquitetônicas dos edifícios;

IV – que, de qualquer modo, prejudiquem os aspectos paisagísticos da cidade, suas

panoramas, monumentos, edifícios públicos, igrejas ou templos;

V – que, pela natureza, provoquem aglomerações prejudiciais ao trânsito;

VI – que sejam ofensivos à moral ou contenham dizeres desfavoráveis a indivíduos, crenças ou

instituições;

VII – que contenham incorreções de linguagem; e

VIII – que não atendam ao disposto no § 4º do artigo 59 desta Lei.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 546

Parágrafo Único. O descumprimento ao previsto neste artigo acarreta pena de multa de

5 (cinco) a 50 (cinqüenta) UPF’s.

Art. 244. São também proibidos os anúncios:

I – inscritos ou afixados nas folhas das portas ou janelas;

II - pregados, colocados ou dependurados em árvores das vias públicas ou outros logradouros,

e nos postes telefônicos ou de iluminação, bem assim a propaganda panfletária por

quaisquer meios, inclusive cartazes ou folhetins distribuídos na via pública diretamente aos

transeuntes;

III – confeccionados em material não resistente às intempéries, exceto os que forem para uso

no interior dos estabelecimentos, para distribuição a domicílio ou em avulsos;

IV – aderentes, colocados nas fachadas dos prédios, paredes, muros ou tapumes, salvo

licença especial do Município; e

V – em faixas que atravessem a via pública, salvo licença especial do Município.

Parágrafo Único. O descumprimento ao previsto neste artigo acarreta pena de multa de

5 (cinco) a 30 (trinta) UPF’s.

Art. 245. Fica vedada a colocação e/ou fixação de veículos de divulgação:

I – nos logradouros públicos, viadutos, túneis, pontes, elevadas, monumentos, inclusive

canteiros, rótulas e pistas de rolamento de tráfego, muros, fachadas e empenas cegas,

com exceção daqueles veiculados pelo Município e que possuam caráter institucional ou

educativo;

II – que utilizem dispositivos luminosos que produzam ofuscamento ou causem insegurança ao

trânsito de veículos ou pedestres;

III – que prejudiquem a visualização das sinalizações viárias e outras destinadas à orientação

do público;

IV – que desviem a atenção dos motoristas ou obstruam sua visão ao entrar e sair de

estabelecimentos, caminhos privados, ruas e estradas;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 547

V – que apresentem conjunto de forma e cores que possam causar mimetismo com as

sinalizações de trânsito e/ou de segurança;

VI – em veículos automotores sem condições de operacionalidade;

VII – que se constituam em perigo à segurança e à saúde da população ou que, de qualquer

forma, prejudiquem a fluidez dos seus deslocamentos nos logradouros públicos;

VIII – que atravessem a via pública ou fixada em árvores;

IX – que prejudiquem, de alguma maneira, as edificações vizinhas ou direitos de terceiros;

X – que por qualquer forma prejudiquem a insolação ou a aeração da edificação em que

estiverem instalados;

XI – no mobiliário urbano, se utilizados como mero suporte de anúncio, desvirtudes de suas

funções próprias;

XII – em obras públicas de arte, tais como pontes, viadutos, monumentos e assemelhados, ou

que prejudiquem a identificação e preservação dos marcos referenciais urbanos;

XIII – quando um ou mais veículos de divulgação se constituírem em bloqueio de visuais

significativos de edificação, conjuntos arquitetônicos e elementos naturais de expressão na

paisagem urbana e rural;

XIV – em cemitérios, salvo com a finalidade orientadora;

XV – que veiculem mensagem fora do prazo autorizado ou de estabelecimentos desativados;

XVI – em mau estado de conservação no aspecto visual, como também estrutural;

XVII – mediante emprego de balões inflamáveis;

XVIII – veiculados mediante uso de animais;

XIX – fora das dimensões e especificações elaboradas na regulamentação desta Lei;

XX – quando se referirem pejorativamente a pessoas, instituições ou crenças, ou quando

utilizarem incorretamente o vernáculo;

XXI – quando favorecerem ou estimularem qualquer espécie de ofensas ou discriminação

racial, social ou religiosa; e

XXII – quando veicularem elementos que possam induzir à atividade criminosa ou ilegal, à

violência, ou que possam favorecer, enaltecer ou estimular tais atividades.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 548

Parágrafo Único. As infrações ao disposto neste artigo acarretam pena de multa de 5

(cinco) a 100 (cem) UFM’s

Art. 246. Os proprietários de veículos de divulgação são responsáveis perante o

Município pela segurança, conservação e manutenção.

Parágrafo Único. Respondem, solidariamente, com o proprietário do veículo, o

construtor, o anunciante, bem como o proprietário e/ou locatário do imóvel.

Art. 247. Aplicam-se, ainda, as disposições desta Lei:

I – a placas ou letreiros de escritórios, consultórios, estabelecimentos comerciais, industriais,

profissionais e outros; e

II – a todo e qualquer anúncio colocado em local estranho à atividade ali realizada.

Parágrafo Único. Fazem exceção ao inciso I deste artigo as placas ou letreiros que, nas

suas medidas, não excedam 0,30m X 0,50m (trinta centímetros por cinqüenta centímetros) e

que contenham apenas a indicação da atividade exercida pelo interessado, nome, profissão e

horário de trabalho.

Art. 248. São responsáveis pelo pagamento das taxas e multas regulamentares:

I – os proprietários de estabelecimentos franqueados ao público ou de imóveis que permitam

inscrição ou colocação de anúncios no interior dos mesmos, inclusive de seu

estabelecimento;

II – os proprietários de veículos automotores, pelos anúncios colocados nos mesmos; e

III – as companhias, empresas ou particulares que se encarregarem de afixação do anúncio em

qualquer parte e em quaisquer condições.

Art. 249. Os anúncios de veículos de divulgação que forem encontrados sem a

necessária autorização ou em desacordo com as disposições deste Capítulo deverão ser

retirados e apreendidos, sem prejuízo de aplicação de penalidade ao responsável.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 549

Parágrafo Único. Qualquer veículo de divulgação cujo prazo de validade de autorização

estiver vencido deverá solicitar nova autorização ou ser retirado em prazo não superior a

setenta e duas horas, sob pena de apreensão e multa.

Art. 250. Será permitida a utilização de veículos de divulgação com finalidade educativa,

bem como o de propaganda política de Partidos regularmente inscritos no Tribunal Regional

Eleitoral, na forma, períodos e locais indicados pelo Poder Executivo.

Parágrafo Único. Em se tratando de propaganda política, o Partido é responsável pelo

candidato infrator, caso este não assuma a responsabilidade.

CAPÍTULO III

DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 251. A execução de medidas de saneamento básico domiciliar, residencial, comercial

e industrial essencial à proteção do meio ambiente, constitui obrigação do Poder Público, da

coletividade e do indivíduo, que, para tanto, no uso da propriedade, no manejo dos meios de

produção e no exercício de atividade, fica adstrita ao cumprimento das determinações legais,

regulamentares, recomendações, vedações e interdições ditadas pelas autoridades ambientais,

sanitárias e outras competentes.

Art. 252. Os serviços de saneamento básico, como os de abastecimento de água, coleta,

tratamento e disposição final de esgotos, operados por órgãos e entidades de qualquer

natureza, estão sujeitos à avaliação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sem prejuízo

daquele exercido por outros órgãos competentes.

§ 1º. Os projetos, a construção, reconstrução, reforma, ampliação e operação de

sistemas de saneamento básico dependem de prévia avaliação pela Secretaria Municipal do

Meio Ambiente.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 550

§ 2º. Os órgãos e entidades referidos no caput deste artigo estão obrigados a adotar as

medidas técnicas corretivas destinadas a sanar as possíveis falhas que impliquem a

inobservância das normas e padrões vigentes.

Art. 253. Os órgãos e entidades responsáveis pela operação do sistema de

abastecimento público de água deverão adotar as normas e o padrão de potabilidade

estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pelo Estado, complementados pelos órgãos

municipais competentes.

Art. 254. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente manterá público o registro

permanente de informações sobre a qualidade dos sistemas de saneamento.

Art. 255. O loteador e o proprietário do imóvel ficam obrigados a adequar-se às normas,

padrões e procedimentos definidos pela Política Municipal de Saneamento Ambiental.

Art. 256. Quando não existir rede coletora de esgotos, as medidas adequadas ficam

sujeitas à avaliação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sem prejuízo das de outros

órgãos, que fiscalizará a sua execução e manutenção, sendo vedado o lançamento de águas

servidas a céu aberto ou na rede de águas pluviais.

Art. 257. A coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos de

qualquer espécie ou natureza processar-se-á em condições que não tragam malefícios ou

inconvenientes à saúde, ao bem-estar público ou ao meio ambiente.

§ 1º. Fica expressamente proibido:

I – a deposição de resíduos sólidos em locais inapropriados, em área urbana ou rural;

II – a queima e a disposição final de resíduos de qualquer natureza ou espécie a céu aberto,

em locais fechados ou em caldeiras sem sistema de tratamento de particulados;

III – a utilização de resíduos sólidos in natura para alimentação de animais e adubação

orgânica;

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 551

IV – o lançamento de resíduos de qualquer natureza ou espécie em sistemas de drenagem de

águas pluviais;

V – o lançamento de águas servidas ou efluente e local em logradouros públicos; e

VI - o banho em animais ou a lavagem de veículos nas zonas balneários, represas, fontes,

arroios, piscinas ou espelhos d’água.

§ 2º. É obrigatória a adequada coleta, transporte, tratamento e destinação final de

resíduos de serviços de saúde e de resíduos perigosos, de acordo com a legislação em vigor.

§ 3º. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no

valor de 10 (dez) a 1000 (mil) UFM’s

CAPÍTULO IV

DA HIGIENE E LIMPEZA

Art. 258. A limpeza das vias públicas e outros logradouros, bem como a retirada do lixo

domiciliar, são serviços privativos da Municipalidade, podendo ser delegado, observando-se as

disposições legais.

Art. 259. O lixo será coletado no passeio público fronteiriço ao imóvel, acondicionado em

recipiente adequado, devendo ser colocado meia hora antes da passagem do veículo coletor.

Parágrafo Único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade

de multa no valor de 4 (quatro) a 20 (vinte) UFM’s.

Art. 260. Os proprietários de imóveis devem mantê-los em perfeito estado de limpeza e

drenados, bem como o passeio público fronteiriço aos mesmos, não permitindo, de qualquer

forma, o uso dos mesmos como depósito de resíduos, além de outras disposições previstas em

lei.

Parágrafo Único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade

de multa no valor de 4 (quatro) a 30 (trinta) UFM’s

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 552

Art. 261. Os condomínios residenciais e comerciais, os prédios com mais de quatro

residências ou acima de três pavimentos, bem como as indústrias localizadas no perímetro

urbano do Município de Paranaguá, ficam obrigados a instalar e manter em condições

adequadas, no passeio público, lixeiras para lixo orgânico e lixo seletivo.

Parágrafo Único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade

de multa no valor de 5 (cinco) a 30 (trinta) UFM’s.

Art. 262. O lixo séptico de hospitais, ambulatórios, casas de saúde, clínicas e

consultórios médicos e veterinários, bem como os restos de alimentos daqueles

estabelecimentos que servirem refeições, deverão ter destinação adequada conforme

determinado em lei.

Parágrafo Único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade

de multa no valor de 10 (dez) a 100 (cem) UPF’s

TÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 263. Somente será renovado o alvará de funcionamento da empresas já instaladas

no Município de Paranaguá, após a comprovação de sua adequação ao que dispõe este

Código, por meio de certidão a ser expedida pela SEMMA.

Art. 264. Deverão ser previstos na dotação orçamentária da SEMMA e dos demais

órgãos relacionados, os recursos financeiros necessários à implementação deste Código.

Art. 265. Todas as situações e fatos ambientais que se encontrem ou se encontrarem em

desacordo com o que dispõe este Código, ou contrarie seus princípios, mas não estejam

previstos em texto legal, serão gerenciados pela SEMMA, que estabelecerá os procedimentos

a serem seguidos pelos interessados e fixará prazos para a sua observância.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 553

Art. 266. No prazo de cento e oitenta dias, contados da publicação, o Poder Executivo

regulamentará a presente Lei, no que couber, estabelecendo as normas técnicas, padrões e

critérios definidos com base em estudos e propostas realizados pela SEMMA e demais órgãos

integrantes do Sistema Municipal do Ambiente, e os demais procedimentos para licenciamento,

controle e fiscalização, necessários à implementação do disposto neste Código.

Art. 267. São recepcionados, por este código, todos os dispositivos de leis municipais

que tratam de matéria ambiental, com ele não conflitantes, em especial na lei municipal nº

4.859/91, e suas alterações, que trata do lixo hospitalar.

Art. 268. Este Código entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

Prefeitura de Paranaguá, de de 2007.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 554

8 RECOMENDAÇÕES PARA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PROPOSTA

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 555

Para a correta aplicação da Lei nº10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade,

há a necessidade da formulação de um conjunto de leis municipais disciplinando a utilização

dos instrumentos definidos por esta Lei Federal para que seja possível atingir as metas de

desenvolvimento do Município de Paranaguá.

No conjunto de leis apresentados como proposta para este município aparecem, por

vezes, a necessidade de criar uma série normativas para que se possa aplicá-lo com eficácia.

Para tanto, a seguir são descritas algumas recomendações para o melhor aproveitamento da

utilização da legislação proposta.

8.1 Recomendações Gerais

I. Definição do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, órgão consultivo

e deliberativo em matéria de gestão de políticas públicas territoriais, urbanas ou

rurais, que tem como atribuição o acompanhamento da aplicação do Plano

Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Paranaguá, analisando e

deliberando sobre questões relativas à sua aplicação, entre outras, de acordo

com a proposta da Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.

II. Criação e instituição do Sistema Único de Informações da Prefeitura Municipal

de Paranaguá, que possibilite o monitoramento e a avaliação de dados do

município entre todas as secretarias e departamentos da prefeitura,

possibilitando difundir as informações públicas

III. Criação de Legislação Municipal específica para a criação e instituição das

Conferências Públicas, de acordo com a proposta da Lei do Plano Diretor de

Desenvolvimento Integrado.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 556

8.2 Recomendações para a aplicação da Lei do PDDI - Plano Diretor de

Desenvolvimento Integrado e da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do

Solo

I. Criação de Lei Municipal específica para a determinação regulamentar os

instrumentos da parcelamento, edificação e utilização compulsórios, IPTU

progressivo e desapropriação com títulos da dívida pública.. Esta lei dará

respaldo para as diretrizes definidas na Lei do PDDI e para a Lei de Zoneamento

de Uso e Ocupação do Solo.

II. Criação de Lei Municipal específica para determinar as áreas onde incidirão o

Direito de Preempção, definindo procedimentos e fixando prazos de vigência.

Esta lei dará respaldo para as diretrizes definidas na Lei do PDDI e para a Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

III. Criação de Lei Municipal específica para a utilização do instrumento de Outorga

Onerosa do Direito de Construí, de acordo com a Lei do PDDI e a Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

IV. Criação de Lei Municipal específica para a utilização do instrumento de

Operações Urbanas Consorciadas, de acordo com a Lei do PDDI e a Lei de

Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

V. Definição em Lei Municipal específica dos critérios para aplicação da

Transferência de Potencial Construtivo, de acordo com o descrito na Lei do

PDDI e como respaldo à Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

VI. Criação Lei Municipal específica para a instituição do Estudo de Impacto de

Vizinhança (EIV), de acordo com o descrito na Lei do PDDI.

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VOLUME IV – Proposta de Legislação para o Município de Paranaguá . 557

VII. Criação de Lei Municipal específica que dê suporte à criação das ZEIS, onde

estas serão tratadas uma a uma, através da criação de decretos e planos

próprios de urbanização, seguindo as diretrizes da Lei do PDDI e as propostas

apresentadas por este PDDI.

8.3 Recomendações para a aplicação do Código de Obras e Edificações e do

Código de Posturas

I. Criação e instituição da Comissão de Ética, conforme diretrizes e composição

citada no Código de Obras e Edificações.

II. Definição de um Sistema de Fiscalização eficiente para a aplicação das normas

definidas pelo Código de Obras e Edificações e pelo Código de Posturas.

III. Criação de Lei Municipal específica ou Decreto específico instituindo os valores

de taxas administrativas, assim como contratação de serviços terceirizados ou

executados pela prefeitura, quando não executados pelo proprietário.

8.4 Recomendações para a aplicação da Lei do Sistema Viário e Lei do Sistema

Cicloviário

I. Definição da padronização de tipologia e desenho para calçadas e interseções

das ciclovias e calçadas com as vias, e instituição através de Lei Municipal

específica;

II. Criação de Lei Municipal específica para o Sistema Viário Municipal, incluindo

levantamento e diagnóstico de todas as vias, de acordo com Legislações

Estadual e Federal pertinentes.