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Curso Rápido de Introdução à Análise Técnica Revisado em agosto/2000

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A fim de diminuir a incerteza no Jogo das Bolsas lançamos mão de duas grandes Escolas – aFundamentalista e a Técnica.A primeira estuda os ativos pela percepção de seus fundamentos. A administração dos seus bens e oresultado que podem e devem proporcionar aos seus acionistas são os fatores únicos e exclusivos quecontam para a formação de um portfólio.A Escola Técnica, ao contrário, não se reporta aos fundamentos mas tão somente à reação dos atuantes domercado sobre os preços vigentes desses ativos. Interessa única e exclusivamente o desenvolvimento dospreços negociados nas bolsas de valores.

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Curso Rápido de Introdução àAnálise Técnica

Revisado em agosto/2000

Análise Técnica - pág. 2

São Paulo (11) 3846-7340Rio de Janeiro (21) 533-1107

ÍNDICE

1 – Fundamentos das Bolsas de Valores

2 – Especulação

3 – Jogo de Azar X Jogo da Incerteza

4 – Análises Fundamentalista e Técnica

5 – Tipos de Análise Técnica

6 – Teoria de Dowa – Princípios

7 – Análise Gráficaa – Gráfico de Barras, escalas, volume, contratos em aberto, gráficos de linhab – Conceito de Tendênciac – Linhas e Pontos de Suporte e Resistênciad – Canaise - Gapsf – Figuras de reversãog – Figuras de continuação

8 – Gráfico de Velas - Candlestick

9 – Indicadores

10 – Osciladores

11 – Sistemas de Operação: Smartrack

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1 - Fundamentos das Bolsas de Valores

As Bolsas de Valores são empresas autorizadas por governos a negociarem títulos de valores especificados.A negociação é procedida por outras empresas qualificadas para o serviço ditas normalmente Corretoras.No caso específico de negociação de commodities e futuros ainda temos a figura do scalper que opera norecinto de negociação com devida autorização.Nesses recintos, livremente, são apregoadas as ofertas de compra e venda de determinados ativos. Aprincipal ação das Bolsas de Valores é dar, aos que nela operam, a liquidez necessária aos desejos decompra e venda dos ativos nela negociados. Esse tipo de negociação é chamado de secundário.Pelo lado das empresas, a principal importância da Bolsa de Valores é dar liquidez aos seus lançamentosprimários chamados de subscrição onde ela arrecada valores monetários sem a obrigação de pagar juros,apenas distribuindo seus resultados em forma de dividendos e bonificações.

2 – Especulação

Palavra amaldiçoada, sinônimo de ato legal ou não, mas sempre perversa, falácia em boca de político,discurso fácil para chamar a atenção de ignorantes, nada mais é que comprar um bem a um nível e vendê-loa um nível mais alto ou vendê-lo a um nível e comprá-lo a um nível mais baixo. Pelo menos essa é acompreensão da palavra neste trabalho.Todos nós pretendemos isso ou não, ao negociarmos qualquer ativo?Esse entendimento correto da especulação é primordial para que o especulador possa operar comserenidade e sem culpa na consciência. Sem o especulador os mercados não existiriam. Mais tarde iremosabordar esse assunto quando apresentarmos o módulo Psicologia do Mercado.Não confundir especulação com manipulação, meio desonesto de alcançar objetivos escusos.

3 – Jogo de Azar X Jogo da Incerteza

A maioria, se não a totalidade dos autores que consideram a negociação de ativos em Bolsas de Valorescomo um jogo, não diferencia os diversos aspectos do significado da palavra, incorrendo em erros damesma maneira quando trata da especulação. Existe jogo e jogo. Vamos diferenciá-los.Um jogo carteado, uma roleta, um bingo, mega sena, etc são considerados jogos de azar. O que issosignifica em termos de resultados? Simplesmente que o valor aportado pode ser perdido sem culpa, dando-se a obtenção do resultado negativo à razão do azar e ao positivo à sorte.Nos jogos da incerteza isso não deve acontecer. O resultado do Capital aportado em jogos desse tipo sãoconsiderados investimentos desde que utilize-se processos que diminuam a INCERTEZA a um nível talque tenha-se um certo controle durante a maturação dessas aplicações. Nós veremos no decorrer do cursoque a incerteza pode ser diminuída a níveis suportáveis e controlada a níveis aceitáveis desde queutilizemos conceitos e técnicas que nos defendam quando as análises aplicadas se tornam inoperantes.Não queremos dizer aqui que o jogo da bolsa não pode ser um jogo de azar. Aliás, para um bom porcentualdos atuantes desses mercados a coisa funciona como um perfeito jogo de azar. E para eles, aí está a graça

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do negócio. Se você se enquadra nessa categoria, vá fundo, tenha sorte e não gaste seu precioso tempocontinuando a ler e aprender o que se segue – será pura perda de tempo.

4 – Análise Fundamentalista e Técnica

A fim de diminuir a incerteza no Jogo das Bolsas lançamos mão de duas grandes Escolas – aFundamentalista e a Técnica.A primeira estuda os ativos pela percepção de seus fundamentos. A administração dos seus bens e oresultado que podem e devem proporcionar aos seus acionistas são os fatores únicos e exclusivos quecontam para a formação de um portfólio.A Escola Técnica, ao contrário, não se reporta aos fundamentos mas tão somente à reação dos atuantes domercado sobre os preços vigentes desses ativos. Interessa única e exclusivamente o desenvolvimento dospreços negociados nas bolsas de valores.Em tempos idos, os integrantes de uma escola não se preocupavam com os resultados das análises daoutra. Hoje, essas idiossincrasias já não são facilmente detectáveis, utilizando-se o que existe de melhor emcada escola para maximizar os resultados. Pode-se, por exemplo, selecionar as empresas de bomfundamento e, através da Análise Técnica, determinar-se a melhor hora (timing) para a compra ou venda doativo.

5 – Tipos de Análise Técnica

O primeiro grande desenvolvimento da Análise Técnica Ocidental, deve-se a Charles Dow que com apublicação de suas observações sobre os índices setoriais da bolsa de Nova York no Wall Street Journal desua edição e fundação, revolucionou as operações, proporcionando um aumento considerável departicipantes no mercado, tendo em vista a universalização dos conhecimentos básicos necessários àatuação racional de novos investidores.Mas a coisa não parou por aí. Os estudos de Dow provocaram um interesse muito grande nos participantesdo mercado mostrando que o ambiente não precisava ser considerado como de jogo de azar ou se basearapenas na análise fundamentalista. Era possível encontrar meios de diminuir as incertezas e aí entãofloresceu ramificações da analise técnica, sendo prolífera a criação de indicadores e osciladores. Com oadvento do PC o assunto ganhou aceleração e hoje temos centenas de processos que colaboram na arte eciência de ganhar dinheiro nas bolsas de valores.Uma técnica oriental, mais antiga que a teoria de Dow, chegou por fim ao ocidente e hoje rivaliza com ográfico de barras na preferência dos analistas técnicos. É o Gráfico das Velas ou simplesmente Candlestick.Outra antiga técnica – Ponto e Figura - também foi extensivamente usada pela facilidade com que eraplotada . Hoje perdeu influência apesar de certos analistas considerarem-na excepcional.Ondas de Elliot e Redes Neurais. Já existem analistas que não as dispensam.Nosso curso, por ser introdutório à Análise Técnica, deixará de lado algumas dessas ramificações e seocupará das mais conhecidas, abordando a teoria de Dow, os principais indicadores e osciladores.

6 – Teoria de Dow

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A Teoria de Dow é baseada em seis princípios fundamentais:

a) A ação do mercado já considera todos os fatores que interferem nos preços, ou seja os fundamentos,como o mercado interpretou, os fatores econômicos, políticos, psicológicos, etc, tudo já estárepresentado nos níveis de preço.

Ou seja, os preços descontam tudo. O que é mostrado pelo mercado no momento é o preço justo da ação,não havendo ativo avaliado para mais ou para menos que este parâmetro.

b) Os preços se desenvolvem em três tendências. A primária, a secundária e a menor. A primeira tem aduração de pelo menos 1 ano, podendo durar vários anos. A secundária representa correções sobre aprimária e pode durar de 3 semanas a 3 meses. Por fim a menor que deve durar menos de 3 semanas eque representa pequenas flutuações na tendência secundária.

c) A tendência primária tem três fases. A primeira é chamada de acumulação, onde estão localizados osinsiders. A Segunda onde normalmente os analistas gráficos entram. A terceira, caracterizada pelopúblico animado com as informações muito positivas dos jornais e mídia em geral.

No mercado de Alta: Acumulação, Alta propriamente dita e Euforia.No mercado de Baixa : Distribuição, Baixa propriamente dita e Pânico.

d) Os índices devem confirmar-se uns aos outros. Como a Teoria de Dow se referia a índices, isso querdizer que para se confirmar uma tendência é necessário que os índices que medem o desenvolvimentode grupos de ativos devem apontar na mesma direção.

e) O volume deve confirmar a tendência. Quer dizer que a confirmação da tendência é acompanhada deaumento de volume.

f) Uma tendência é considerada em progressão até que sejam dados sinais de sua reversão. É umaaproximação da lei da conservação do movimento, de Newton.

Enquanto não houver um sinal evidente de mudança de tendência, admiti-se a continuação da anterior. Oanalista gráfico não deve, portanto, se antecipar a novas formações, a pena de aumentar demasiadamente orisco envolvido na operação.

As principais críticas à Teoria de Dow são :Os sinais de tendência são lentos, só se verificando na segunda fase.

7 – Análise Gráfica

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a) Gráfico de Barras, escalas, volume, contratos em aberto, gráfico de linhas

Inicialmente, vamos analisar a forma como os dados históricos são apresentados, ou seja o desenho queinterpreta os valores de mercado.

Os preços são representados por uma linha vertical chamada de BARRA na qual oponto superior indica o valor máximo ocorrido em um determinado espaço detempo. O ponto inferior representa a mínima ocorrida nesse mesmo intervalo. Àdireita, perpendicularmente, um pequeno traço revela o último valor ocorridonesse espaço de tempo, normalmente chamado de fechamento ou última cotaçãodo período. À esquerda, outro traço semelhante representa o valor da abertura , ouseja, o primeiro valor ocorrido no período. O mais comum é apresentar-se o

gráfico sem a notação da abertura.

Uma seqüência de barras ordenadas pelo tempo e dispostas em uma superfície devidamente escalada,forma o que denominamos Gráfico de Barras.

Conforme seja o período escolhido para a notação dos preços teremos gráficos de barras Diário, SemanalMensal, etc.. Se fizermos uma comparação com o sistema métrico, a seqüência apresentada seria a dosmúltiplos. A seqüência dos sub múltiplos seria a série do intraday, períodos de observação a cada 1, 5, 15,30, 60, etc minutos. O gráfico de barras mais usado é o Diário, razão pela qual vamos tomá-lo comoexemplo daqui para a frente.

A escala horizontal abaixo das barras representa o tempo (no nosso caso, os dias). A escala verticalrepresenta a variação dos preços. A escala dos preços pode ser aritmética ou logarítimica. A escalaaritmética tem a distância entre valores de mesma diferença iguais. Por exemplo a distância escalar entre 5e 10 é igual à mesma distância entre 20 e 25. Na escala logarítimica isso não acontece. As distâncias só seigualam quando os porcentuais da diferença são iguais. Por exemplo, a distância entre 1 e 2 é igual àdistância entre 30 e 60 pois as variações em ambas as diferenças são 100%.

Normalmente usamos a escala logarítmica quando estudamos um espaço de tempo muito grande comvariações de preços razoáveis.

Gráfico de Barras do Diário - Escala de preços Aritmética

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Gráfico de Barras do Diário - Escala de preços Logarítmica

Uma outra informação que usualmente é apresentada com o gráfico de barras é o volume. Quando tratar-sede commodities ou futuros é usual aparecer contratos em aberto em substituição ao volume

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Algumas vezes o analista prefere visualizar um gráfico de linhas ao invés do de barras. Para esse efeitoconsidera apenas um dos preços contido na barra, geralmente o fechamento ou última. Sua seqüência formauma linha como resultado conforme a seguir se apresenta:

b) Conceito de Tendência

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O elemento básico da Análise Gráfica é a tendência e seu conceito deve ser dominado pelo analista técnico.Sua definição é intuitiva, bastando o exame da figura a seguir:

Considerando que a linha da figura representa a seqüência dos valores diários de um determinado ativo,intuitivamente dizemos que os preços estão caindo no intervalo considerado, ou seja, os preços estão emtendência de baixa. E como definir essa proposição? É simples, bastando notar que em uma tendência debaixa, SEMPRE cada fundo formado está em nível inferior ao antecedente.Portanto, por definição, uma seqüência de fundos mais baixos que os antecedentes forma uma tendência debaixa. Por analogia, uma seqüência de topos mais altos que os antecedentes define uma tendência de alta.

c) Linhas e Pontos de Suporte e Resistência

Suporte – Ao definirmos tendências o fizemos através dos fundos e topos. Quando através dosfundos podemos traçar uma reta que passe por eles ou parte deles, chamamos essa linha de Suporte.Características do Suporte:a) direção da tendênciab) quando alcançado, encontra muitos compradores, fazendo com que os preços reajam.c) quando rompido denota fraqueza daquele segmento de tendência.

Resistência – Se raciocinarmos da mesma maneira, agora com os topos, quando através dos topospodemos traçar uma reta que passe por eles ou parte deles, chamamos essa linha de Resistência.Características da Resistência:

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a) direção da tendênciab) quando alcançado, encontra muitos vendedores, fazendo com que os preços caiam a níveis mais

baixosc) quando rompidos denotam força daquele segmento de tendência

Ao se formarem fundos e topos podemos tomar cada um deles como pontos de suporte e resistênciarespectivamente:

Reversão de Regras

É interessante notar que quando uma linha de suporte é rompida ela se transforma imediatamente emresistência para os preços. Da mesma maneira uma linha de resistência ao ser rompida, se transforma emsuporte para os preços.Essa reversão de regras é válida para os Pontos de Suporte e Reversão.

d) Canais

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As linhas de Suporte, e Resistência podem se apresentar paralelas ou proximamente paralelas, formandoum canal dentro do qual os preços oscilam.Esses canais podem ser usados como método de compra e venda – comprando-se no suporte e vendendo-sena resistência.

e) Gaps

Cada barra de preços seguinte está de alguma forma contida na anterior ou a contém.No entanto, em certas ocasiões, ocorrem falhas neste processo, dando origem a uma lacuna ou hiato- gap –entre o máximo de um dia e o mínimo do dia seguinte, ou vice-versa, conforme estejamos numa alta ounuma baixa, respectivamente.

Gaps são vazios nos gráficos de representação de preços. No gráfico de linhas não existem gaps,somente nos gráficos de barras e candlestick.

Existem três tipos de Gaps: De arranque, de continuação e de exaustão, Existe uma regra segundo a qual osGaps de continuação ou de exaustão, sejam de alta ou de baixa, serão sempre fechados, isto é, haverá ummovimento posterior de preços que preencherá o espaço aberto por ele. Lembrem-se que isso é uma regra...

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O de exaustão se apresenta no final da tendência, muitas vezes sendo um prenúncio de Ilha de Reversão.

Não há obrigatoriedade da presença de um ou mais gaps no desenvolvimento das tendências.

Ilha de Reversão

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Após um gap que denominamos de exaustão, há uma formação de topo seguida de um novo gap emsentido contrário que preenche totalmente o gap de exaustão. Revela-se aí uma forte conotação dereversão.

f) Figuras de Reversão

Características das reversões:- O primeiro sinal de uma provável reversão é o corte de uma importante linha de tendência;- Quanto maior o tempo de transição entre tendências opostas, tanto mais forte será essa

reversão;- As configurações de topo geralmente são menos duráveis que as de fundo;- As configurações de fundo normalmente têm uma menor variação de preços e são mais

duradouras;- O exame do volume é mais importante na reversão para alta.

Pá de Ventilador

Vamos iniciar esse tópico com uma figura derivada diretamente das linhas de tendência jáestudadas.Consideraremos primeiro as linhas de suporte.Em algumas ocasiões uma primeira linha de suporte 1 é rompida e os preços depois de um certodeclínio formam novo fundo em nível menor que o anterior. A partir desse fundo podemos traçar alinha de suporte 2. Os preços reagem a partir desse fundo e ao encontrarem a linha 1 referida desuporte agora transformada em resistência, tornam a cair rompendo o suporte 2 e formando novofundo abaixo do anterior. Por ele traçamos o suporte 3 Os preços novamente reagem e ao tocar osuporte 2 transformado em resistência, caem rompendo o suporte 3.. As três linhas de suportetraçadas é que dão nome à configuração. Quando a terceira linha de suporte é rompida a figura secompleta e sinaliza a figura de reversão da tendência de alta para baixa.

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Se considerarmos agora as linhas de resistência e invertermos o raciocínio de baixa para altateremos a figura a seguir que define a Pá de Ventilador de alta:

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Dia de Reversão

É uma ocorrência de menor importância mas pode sinalizar bons pontos de reversão quandoassociados a outros sinais. Essas reversões são na maioria das vezes secundárias representandoapenas uma correção da tendência.É chamado dia de reversão de baixa a ocorrência de, após várias barras com o fechamento acimadas barras anteriores, a barra do dia de reversão ultrapassa a barra anterior mas fecha abaixo de pelomenos a mínima da barra anterior, podendo incluir várias barras.

Dia de reversão de alta se verifica depois de várias barras abaixo das barras anteriores, uma barraapresenta a mínima abaixo da barra anterior mas os preços reagem e o fechamento se faz acima dabarra anterior.Uma particularidade do dia de reversão é o aumento de volume.

Ombro-Cabeça-Ombro

É a mais importante figura de reversão. Vamos estudá-la considerando uma tendência prévia dealta.Nessa condição cada topo que se forma está em nível mais alto que o anterior. Em um determinadotempo é formado um novo topo A com volume maior. Em seguida os preços cedem alcançando umnível B com queda de volume. Até aí nenhum sinal de reversão. Os preços reagem para formar novotopo C , acima de A com bom volume, porém menor do que o ocorrido em A. Essa condição é oprimeiro alerta sobre “algo não vai bem com a tendência de alta”. A partir de C os preços cedem

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até D, abaixo de A A linha de tendência de alta é cortada. Isto já representa uma conotação debaixa.

Os preços de D reagem e alcançam E, menor que C e com baixo volume. O nível de E sendomenor que C, interrompe a tendência de alta. As condições descritas até aqui já formam oarcabouço para o fechamento das posições compradas. O ombro-cabeça-ombro entretanto só secaracteriza pelo corte da linha de pescoço, assim chamada a linha reta que passa por B e D. Assim,os preços saindo de E declinam cortando a reta BD com aumento de volume. O ponto F é formado egeralmente existe uma reação que toca a linha de pescoço declinando daí.Essa formação tem um objetivo mínimo de baixa igual a distância da cabeça à linha de pescoço, daípara baixo, a partir do rompimento da linha de pescoço.Observa-se que alguns analistas consideram essa distância contada a partir da continuação da linhamedida entre o topo e a linha de pescoço.

Vejamos a seguir um exemplo prático do ombro-cabeça-onbro onde traçamos sobre o gráfico debarras uma seqüência de retas para melhor apresentar a figura formada.

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Quando o mercado é de baixa, podemos ter a figura ombro-cabeça-ombro invertida e aqui o volumetem importância fundamental em sua caracterização. Toda a descrição feita para o mercado de altacom reversão para baixa é extensiva ao mercado de baixa com reversão para alta. Algumas vezes acabeça se apresenta como topo duplo, o que reforça a figura. Vejamos a seguir um bom exemplorepresentado pela Bombril:

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Topo Duplo ou Fundo Duplo

Topo DuploComo o próprio nome indica é a formação de dois topos com aproximadamente a mesma altura. Suaocorrência é no mercado de alta. Entre os dois topos forma-se um fundo (Fundo de Suporte, jámencionado). A figura de reversão só é formada quando os preços caem abaixo do fundoreferenciado.

Topo Duplo e seu fundo de Suporte

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Fundo DuploFormação de dois fundos com aproximadamente o mesmo nível. Sua ocorrência é no mercado debaixa. Entre os fundos forma-se um topo (Topo de Resistência). A figura só é formada quando ospreços sobem acima do topo referenciado.

Topo Tríplo ou Fundo TríploDeve ser considerado casos especiais do ombro-cabeça-ombro.

g) Figuras de Continuação

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As figuras de continuação se caracterizam pela formação de pequena congestão, com o mercadonormalmente se desenvolvendo de lado sendo apenas um descanso na trajetória desenvolvida pelatendência de alta ou de baixa.

Triângulos: Simétricos, Ascendentes e DescendentesO Triângulo simétrico é formado por um zig-zag dos preços com uma amortização do movimentosemelhante a uma vibração que perde energia. As linhas de suporte e resistência desenham umtriângulo isósceles. Pode ser de alta ou de baixa conforme instalado na tendência de alta ou baixa. Elese evidencia pelo corte de um dos seus lados, isto é, suporte ou resistência. Geralmente ele serve paradefinir a continuação do movimento. A partir do rompimento espera-se um movimento mínimo igual àbase do triângulo.

Triângulo Simétrico Descendente

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Triângulos Ascendentes e DescendentesOs triângulos ascendentes têm as linhas de suporte e resistência ligeiramente inclinadas para cima

com nítida conotação altista. Pode apresentar a linha de resistência horizontal.Os triângulos descendentes têm as linhas de suporte e resistência ligeiramente inclinadas para baixo.A partir do rompimento espera-se um movimento mínimo igual à altura do primeiro zig-zag.

É importante frisar que as figuras triangulares só se caracterizam pelo corte final de um dos seuslados e que um triângulo em uma tendência de alta pode se traduzir em triângulo de baixa se o corte forrealizado pela linha de suporte. Raciocínio simétrico deve ser feito quando a tendência é de baixa.

O corte de uma das linhas que definem os triângulos devem se verificar até o máximo de 2/3 desuas alturas a contar de suas bases para que sejam válidas as características que os acompanham.

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Bandeiras e Flâmulas

BandeirasSão figuras de continuação de tendência. Raramente causam reversões. Normalmente são

antecedidas por movimentos bruscos de grande aceleração e essas figuras representam apenas umdescanso ou consolidação do movimento principal. De maneira geral a sua formação é contra a direçãoda tendência e costuma situar-se no ponto médio da tendência. Costuma-se esperar pelo menos umdesenvolvimento imediato igual ao segmento de tendência anterior, chamado “Pau da Bandeira”.

FlâmulasAs flâmulas têm as mesmas características das bandeiras. Apenas sua forma é diferente. São

triângulos de curta direção suportados também por movimentos antecedentes de grande aceleração. Ovolume no interior das bandeiras e flâmulas diminui.

Bandeira Flâmula

Bandeiras e Flâmulas

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Existe uma forma de triângulo que deveria estar relacionada no tópico de Figuras de Reversão.Resolvemos apresentá-lo aqui como uma maneira de melhor alertar os leitores sobre a necessidade demuita atenção com as figuras que podem com pequenas sutilezas enganar o analista. Precisamoslembrar que realmente o que decide a direção do movimento é o lado para o qual o corte se dá: Ou o daresistência ou o do suporte .

A figura que queremos nos referir é a Cunha, exposta abaixo:

Cunha de Alta Cunha de Baixa

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Provável Cunha de Baixa

8 -Fundamentos do Candlestick

Originária do Japão, esta simbologia tem seu registro datado do final do século XVIII, objetivandoclassificar um padrão de comportamento de preços de arroz.

O criador desta metodologia, Munehisa Homma, utilizava este tipo de representação para a operação decontratos futuros de arroz no Japão, e registrou em livros o que convencionou-se chamar de Método deSakata (cidade portuária japonesa – centro de distribuição de arroz nos idos de 1800), o qual fazem parte osgráficos de Candlestick.

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De uma forma geral, os elementos mais visados na formação de um Candlestick são a abertura e ofechamento de uma barra:

Dizemos que um Candlestick é “cheio” quando a Abertura é maior que o Fechamento;Dizemos que um Candlestick é “vazado” quando a Abertura é menor que o Fechamento;

Por razões óbvias, é comum alguns livros classificarem o candle cheio como sendo um candle de baixa(negativo), ou seja de ação baixista no mercado e para o candle vazado, o inverso – candle de alta(positivo), de ação altista.

A compreensão do gráfico de Candlestick é bastante complexa, necessitando de um tempo considerável deestudo para alcançá-la. Na metodologia, encontramos algumas figuras interessantes, determinantes depadrões de reversão, tais como, os “Dojis” (abertura e fechamento no mesmo preço), os “Martelos”, os“Enforcados” (corpo – vazado ou cheio - próximo do topo da oscilação), etc. como vemos abaixo:

É importante notarmos que as reversões determinadas pela leitura dos Candlesticks podem não ocorrerimediatamente, funcionando acima de tudo como um alerta para o acontecimento das mesmas.

As figuras de Candlestick, podem ser analisadas sozinhas ou em conjunto. Existem combinações quepodem chegar a 15, 30 ou mais candles e que determinam um certo padrão de comportamento dos preços.

No grupo de figuras compostas, podemos citar como uma das mais conhecidas e importantes o “Engulfing”(Engolfamento). Como padrão de reversão é uma das figuras mais confiáveis. Vejamos como reconhecê-lo:

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➨ O mercado apresenta uma tendência bem definida, de alta ou de baixa;➨ O padrão de engolfamento é sempre composto somente de dois candles;➨ Para estar caracterizado o engolfamento, os candles têm que apresentar cores opostas, ou seja, um temque ser vazado, enquanto o outro tem que ser cheio.

9 – Indicadores

a) Médias Móveis

Vários são os tipos de médias aplicadas à análise técnica. Vamos apresentar apenas a aritmética, a maissimples e mais utilizada.Média móvel aritmética vem a ser uma sucessão de médias aritméticas plotadas em seqüência. Usualmenteé utilizado o valor do fechamento das barras e cada média calculada, tem um número fixo de parcelasdenominado período. Ela é quase sempre plotada sobreposta ao gráfico de barras.Em uma seqüência de preços de um ativo ordenado por datas, se utilizarmos uma média móvel de 5fechamentos (período 5), estaremos considerando para cada cálculo de cada data, a soma dos quatroúltimos valores de fechamentos anteriores à data considerada, mais o fechamento da data considerada,tudo dividido por 5.Normalmente, feito o cálculo da média aritmética, ela é plotada na direção da última barra, acima, abaixoou sobre ela, conforme seu valor.Ela é dita móvel porque, a cada nova data, calcularemos uma nova média de maneira similar e assimsucessivamente. A média móvel constata mudanças de tendência e acompanha o seu desenvolvimento.

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Pode-se definir que:

Quando a média está abaixo do gráfico de barras,caracteriza-se o mercado de alta. A partir domomento em que ela foi cortada pelas barras dospreços, a tendência se inverteu.

Se está acima, o mercado é dito de baixa. Pode-seconsiderar o corte da média pelas barras como umponto de compra.

Quando a média se horizontaliza, e as barras dográfico de barras se alternam acima e abaixo, omercado é chamado em desenvolvimento lateral ou“mercado de lado”.

Existem técnicas de operação que consideram a plotagem da média móvel não referenciado à últimacotação mas sim na posição média do período considerado bem como em certos casos essas médias podemser plotadas adiantadas. O programa SmartStation contempla essas opções.

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Podemos plotar várias médias móveis de períodos diferentes em um mesmo gráfico. Se plotarmos duasmédias móveis, poderemos utilizar os seus cruzamentos como pontos de compra e venda.

b) Momento

A noção de Momento é importantíssima na Análise Gráfica uma vez que muitos indicadores são variaçõesde sua concepção.Consideremos uma seqüência de preços 12 – 13 – 15 – 17 – 20 – 18 – 17Consideremos agora a seqüência das diferenças entre um preço e o seu antecedente:13–12 = 1; 15–13= 2; 17–15 = 2; 20–17 = 3; 18–20 = -2; 17–18 = -1

Essas diferenças representam o acréscimo ou decréscimo nos preços e podem ser associadas à velocidadecom que os preços variam. Como examinamos essa variação de elemento para elemento vizinho,consideramos o período igual a 1. Quando essa diferença é crescente dizemos que o Momento é crescente.Ao contrário, quando a diferença vai diminuindo dizemos que o Momento é decrescente. Podemosobservar que o Momento também pode ser positivo ou negativo, conforme seja o resultado da diferença umvalor positivo ou negativo. Levando esses resultados para um sistema de coordenadas onde o valor dadiferença é cotado no eixo vertical associado ao tempo discriminado no eixo horizontal e, finalmente,unindo esses pontos, teremos a representação gráfica do Momento.

O período padrão é 10. Assim, a cada momento estamos fazendo a diferença entre o preço da barra atual eo respectivo preço da décima barra anterior.

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Gráfico de Barras Diário e Momento de período 10

Os valores do Momento oscilam em torno da linha “zero” e toma-se como ponto de compra ou venda apassagem da linha do Momento pela linha “zero”, de baixo para cima e de cima para baixo,respectivamente.

Os pontos máximos e mínimos do Momento podem ser tomados como sobre comprado ou sobre vendidosignificando que a partir desses níveis a probabilidade de reversão é grande.

Além desses sinais, podemos também verificar o fenômeno dito de Divergência que é uma variação gráficaem desacordo entre o Gráfico de Barras e o Momento. Observe na figura anterior que enquanto o gráficode barras formou um canal horizontal na região de seus máximos, o Momento desenhou um canaldescendente, chamando a atenção para uma provável reversão que afinal aconteceu. No final da figuraobserva-se uma divergência dita de alta pois enquanto o Momento sobe em canal, o gráfico de Barrasdesenha um canal que pode ser tomado como uma região de acumulação.

c) MACDTM

Essa sigla corresponde a Moving Average Convergence Divergence Trading Method. Ele é conhecido maispor MACD pronunciando-se macdi, macd ou simplesmente MAC.Esse indicador foi criado por Gerald Appel e se compõe de duas linhas representando duas médias móveisexponenciais. A unidade básica de cálculo é o fechamento de cada barra considerada.

Como se calcula uma média exponencial?Vamos começar considerando o primeiro ponto de uma média exponencial. Esse ponto é arbitrado como opróprio fechamento do ponto inicial ou a média aritmética de um certo número de fechamentos. Oprograma SmartStation considera uma média aritmética do conjunto de fechamentos igual ao período damédia móvel exponencial escolhida, a partir do ponto inicial e seus respectivos antecedentes.

Obtido facilmente o primeiro ponto, aplicamos a seguinte fórmula:

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M n = M n-1 + (K (F n – M n-1)) onde:

M n = Média exponencial do enésimo ponto

M n-1 =Média exponencial do (enésimo – 1) ponto

F n = Fechamento do enésimo ponto

K = (2/p) + 1 = Constante de suavização

p = Período considerado da média exponencial

Sabendo-se calcular todos os pontos de uma média exponencial estamos prontos para descrever o métodocriado por Appel.Como dissemos anteriormente o estudo é composto de duas linhas de médias móveis exponenciaisA primeira é a diferença entre duas médias exponenciais cujos períodos Appel recomenda serem 12 e26. Atenção deve ser dada para que a diferença seja entre a de menor período e a de maior período. Aocontrário se obterá resultados inversos.A segunda resume-se a uma média móvel dos valores resultantes da primeira, considerando-se umperíodo recomendado de 9.autor, aplicando o indicador no mercado, chegou a conclusão que deveria utilizar dois tipos de primeiralinha para melhor expressar o comportamento emocional de tendências de alta e baixa.

Assim, para mercados em alta onde se interessa determinar o ponto de venda, deve-se utilizar para aprimeira linha os períodos 12 e 26. Nos mercados de baixa onde procuramos o ponto de compra osperíodos devem ser 8 e 17. A Segunda linha, em ambos os casos, terá sempre o período igual a 9.

Vamos agora às diversas maneiras de interpretar o MACD:Divergências: Assim como foi mostrado no Momento, o MACD admite a interpretação de divergênciascomo um fator de alta probabilidade de reversão de tendência. Aliás, o seu próprio nome já indica essapropriedade. Porém, as divergências são melhores aproveitadas mostrando a retomada de uma tendênciaapós uma fase de correção.

Pontos de compra e venda: O cruzamento das duas linhas – Quando a média de período 9 é cruzada e ficapor baixo, está dado um ponto de compra. Quando o cruzamento se verifica e a média de período 9 fica porcima, está apresentado um ponto de venda.estudo admite o traçado de linhas de tendência e quando essa linha é ultrapassada, serve como forteconfirmador do sinal respectivo. Normalmente o corte dessa linha de tendência ocorre antes do corte dalinha similar aplicada ao gráfico de barras sinalizando antes deste gráfico, projetando-se como um ótimoantecipador.

A aplicação ideal do MACD é combinar a ocorrência dessas várias maneiras:

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Como o estudo é a aplicação de médias móveis, deve-se cuidar para que os movimentos de preços ditos “delado” não sejam acompanhados pelo MACD pois ele é essencialmente detetor de tendências e dará muitospontos falsos aplicados aos mercados de desenvolvimento lateral.

Duas divergências – Dois sinais – Duas linhas de tendência violadas.Um ponto de Venda e um Ponto de Compra.

10 – Osciladores

Antes de apresentarmos os dois osciladores que fazem parte dessa introdução à análise técnica, devemoschamar a atenção sobre a diferença entre os indicadores e osciladores.Os osciladores são estudos que numericamente possuem limites inferiores e superiores. Independentementedo desenvolvimento do gráfico de barras não há possibilidade numérica para os osciladores ultrapassaremdeterminados valores, geralmente 0 e 100. São excelentes para o acompanhamento dos mercados comdesenvolvimento lateral e podem ser aplicados nos ativos em tendência sempre a favor dessa tendência, ouseja, somente serão usados os sinais a favor da tendência dominante. Uma outra aplicação dos osciladoresestá na geração de divergências e que alguns analistas usam para estudar reversões. O problema maior éjudiciosamente determinar o momento em que essa divergência emite o sinal de reversão.

a) Índice de Força Relativa – IFR

É o mais popular oscilador utilizado pelos analistas técnicos.. Seu criador, J. Welles Wider, Jr. deupublicidade ao IFR, através seu livro New Concepts in Technical Trading Systems cuja primeira tiragem

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foi realizada em 1978. Sua fórmula RSI = 100 – (100 + RS), onde RS representa a média dos fechamentosem alta ocorridos nos últimos “n” dias dividido pela média dos fechamentos em baixa ocorridos nesses

mesmos “n” dias. A escala vertical é limitada em zero na parte inferior e 100 na superior. Leituraspróximas de 0 (zero) indicam mercado sobre vendido e leituras próximas a 100 revelam mercado sobrecomprado. O período standard indicado pelo autor é 14. É esperado que o mercado marque topos e fundosao alcançar as cotas 70 ou mais e 30 ou menos respectivamente quando estamos lidando com mercados “delado”.Os melhores pontos são aqueles seguidos de falha de swing, ou seja o IFR cai abaixo de 30 e sobe. Aodescer novamente o novo fundo situa-se em nível superior ao anterior e na próxima subida, o sinal decompra se esclarece quando o IFR supera o topo formado anteriormente, ao sair de 30. O sinal de venda seforma de maneira análoga, considerando agora o nível 70.

Divergências como já foram anteriormente explicadas são muito encontradas nesse estudo e associadascom a falha de swing geram bons pontos de compra e venda.

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Uma excelente aplicação do IFR destaca-se em reentradas.Suponha que você tenha entrado em uma posição e fixado o seu stop para evitar grandes perdas. Se ospreços alcançam o valor do stop a posição é liquidada mesmo que seus indicadores não tenham dadovenda. Pode acontecer que os preços reajam e você não tem parâmetros para a reentrada. Uma técnicamuito usada e preconizada por Charles Le Beau e David W Lucas apresentada no livro Computer Analysisof the Futures Market é a seguinte:: Após acionarmos um stop e verificarmos que a saída da posição foi umequívoco, utilizamos o IFR com período pequeno, de 3 a 5, e em sua passagem pela cota “50” (cinqüenta),reentramos na posição quando o IFR avança cortando esse nível, dirigindo-se para cima.. Se estamosoperando contratos de commodities ou futuros utilizamos essa mesma técnica quando gerenciamoscontratos na venda Nesse caso quando o IFR cai e corta o 50, reentramos na posição de venda.Muitos analistas usam plotar uma média móvel sobre o IFR não só para suavizá-lo mas também como maisuma maneira de indicação de prováveis pontos de compra e venda, obtido dos cruzamentos da média com oindicador.É usual a utilização de linhas de tendência sobre o IFR para extrair informações.

b) Estocástico

É um oscilador criado por George Lane nos meados dos anos 50. Quando aplicado exclusivamente nadireção da tendência principal é uma poderosa ferramenta para magnificar a performance dos resultados.Ele é representado por duas linhas que são denominadas %K e %DFórmula:%K = (Fn – Fn-p) / (Hn – Ln-p) onde:Fn = Fechamento do dia nFn-p = Fechamento do dia (n-p), sendo p um certo número de dias anteriores a n%D = Média Móvel de período 3 de %K

Essas duas linhas formam o que é denominado Estocástico Rápido, pouco utilizado por apresentarexcessiva sensibilidade. Para torná-lo menos sensível, aplicamos aos resultados de %K e %D umasuavização representada por uma média móvel de período 3. Observar que o resultado do novo %K é deuma dupla suavização pois por duas vezes foi aplicado uma média móvel de período 3.resultado assim obtido é denominado Estocástico Lento que será tratado simplesmente como Estocástico.

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Os valores desse estudo oscilam entre 0 e 100. Valores próximos de 0 (zero) indicam mercado sobrevendido e próximos de 100, sobre comprado.sinal básico do oscilador é a combinação do cruzamento de %K e %D com o nível de sobre comprado ousobre vendido. Usualmente valores abaixo de 30 são considerados sobre vendidos e acima de 70 sãoconsiderados sobre comprados. Os níveis de 80 e 20 também são utilizados conforme o mercado em que seestá atuando.

A utilização desse estudo está reservado para os mercados de lado ou os de tendência fraca. Quandoaplicados aos mercados de forte tendência devem ser apenas a favor da tendência dominante.Os sinais de compra e venda acompanhados de divergência estabelecida por linhas de tendência, reforçamos sinais.

Nos cortes de %K e %D assume maior importância aquelas em que %D se antecipa a %K.Veja a seguir essa antecipação chamada de corte à esquerda.

Joelhos e ombros são outras figuras particulares a esse oscilador que têm alguma importância.

Joelho: %D cruza %K de baixo para cima e sobe. Logo após recua sem todavia cortar novamente %K etorna a subir Isso denota força no movimento de alta.

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Ombro: %D cruza %K de cima para baixo. Logo depois retorna sem cortar %K e em seguida restabelece adescida. Isso denota força no movimento de baixa.

Como o Estocástico é um estudo bastante rápido, aconselha-se àqueles que conseguirem um bom lucro everificarem que está em uma tendência, realizarem o bom resultado rapidamente, não esperando pelo sinalcontrário para realizá-lo. Isso pode ser a diferença entre ganhar e perder.

Observar o mal comportamento do Estocástico na tendência e sua excelente performance nomercado de lado: