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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA EXPERIMENTAL MARIA TEIXEIRA DO NASCIMENTO FILHA ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA DA MALÁRIA NO MUNICÍPIO DE CANDEIAS DO JAMARI NO ESTADO DE RONDÔNIA PORTO VELHO 2015

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA EXPERIMENTAL

MARIA TEIXEIRA DO NASCIMENTO FILHA

ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA DA MALÁRIA NO MUNICÍPIO DE

CANDEIAS DO JAMARI NO ESTADO DE RONDÔNIA

PORTO VELHO

2015

MARIA TEIXEIRA DO NASCIMENTO FILHA

ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA DA MALÁRIA NO MUNICÍPIO DE

CANDEIAS DO JAMARI NO ESTADO DE RONDÔNIA

Dissertação apresentada ao Programa de pós-graduação em Biologia Experimental da Universidade Federal de Rondônia como requisito para obtenção do título de Mestre. Orientador. Dr. Tony Hiroshi Katsuragawa

PORTO VELHO

2015

Aluna: MARIA TEIXEIRA DO NASCIMENTO FILHA

Título da Dissertação: ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA DA

MALÁRIA NO MUNICÍPIO DE CANDEIAS DO JAMARI NO ESTADO DE RONDÔNIA

Defesa de Dissertação do curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em

Biologia Experimental da Universidade Federal de Rondônia, nível Mestrado, em Sessão

Pública realizada em 08 de agosto de 2015.

Banca Examinadora

1) Dr. Tony Hiroshi Katsuragawa - Presidente (CEPEM)

2) Dra. Genimar Rebouças Julião – 1º Titular (FIOCRUZ)

Julgamento: ________________Assinatura: ____________________________

3) Dra. Joana D’Arc Neves Costa – 2º Titular (CEPEM)

Julgamento: ________________Assinatura: ____________________________

4) Dr. Mauro Shugiro Tada – 1º Suplente (CEPEM)

Julgamento: ________________Assinatura: ____________________________

5) Dra. Maísa da Silva Araújo – 2º Suplente (FIOCRUZ)

6)

Julgamento: ________________Assinatura: ____________________________

Dedico

À Deus pela fortaleza,

A Alcides P. J. dos Santos Júnior, esposo

e companheiro dessa longa jornada,

A minha amada filha Isabele, alegria da

minha vida,

Aos meus pais Raimundo e Maria, pela

motivação aos estudos,

A todos meus familiares que estiveram ao

meu lado durante essa caminhada.

Agradecimentos

Agradeço à Deus por me fortalecer nos momentos difíceis e por permitir a prosseguir

em mais uma caminhada nos conhecimentos.

A meu querido esposo Alcides Procópio Justiniano dos Santos Júnior pela

compreensão, amor e carinho.

Ao meu orientador Professor Tony Hiroshi Katsuragawa, pela sua generosidade,

paciência, ensinamentos e oportunidade confiada, durante essa caminhada.

Ao Dr. Mauro Shugiro Tada, pela oportunidade.

Ao Alzemar Alves de Lima, pelo apoio e colaboração.

As minhas amadas amigas Josiane Mendes da Silva, Tatiana Marcondes dos Santos

e Jeane Maia Zeferino, por estarem sempre ao meu lado, obrigada pela confiança e

amizade.

Ao meu amigo Roger Lafontaine pelo apoio na tradução do resumo.

A minha amiga Renata Santos Rodrigues que esteve ao meu lado me apoiando

durante essa caminhada.

A Dra. Joana D’Arc Neves Costa pela confiança, apoio e amizade.

A Anginéia Lima pelo apoio durante essa caminhada, obrigada Néia pelo carinho.

A todos os meus familiares pelo incentivo e por fazerem acreditar que o sonho seria

possível.

A toda equipe do Laboratório de Epidemiologia CEPEM/FIOCRUZ que contribuíram

direta e indiretamente ao longo desse trabalho.

Agradeço ao CEPEM e FIOCRUZ-RO pelo apoio logístico.

A Fundação Universidade Federal de Rondônia e o Programa de Pós-Graduação em

Biologia Experimental pela oportunidade.

Aos professores da Pós graduação pelo incentivo.

RESUMO

A malária é uma das principais doenças infecto-parasitárias do mundo. No

Brasil 99,7% dos casos notificados ocorrem na Amazônia Legal, cuja área possui

característica geográfica e ecológica propensa à transmissão da doença. Para

entender estes padrões, ferramentas de análise espacial vêm sendo ultimamente

utilizadas, para auxiliar no monitoramento e controle dessa doença. O presente estudo

analisou a distribuição da incidência da malária no município de Candeias do Jamari,

localizada no Estado de Rondônia, utilizando as ferramentas do SIG (Sistemas de

Informações Geográficas), para dar suporte no controle e vigilância da doença na

região. Os dados sobre os casos de malária, população e localidades foram obtidos

no Sistema de Vigilância Epidemiológica da malária (SIVEP-Malária). O banco de

dados foi gerado no software MS Excel®. As informações cartográficas do município,

foram obtidas através homepages de domínio público, disponibilizados no Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Agência Nacional das Águas (ANA).

Com o uso de equipamento portátil (GPS) foi possível determinar as coordenadas

geográficas das localidades do município. As localidades georreferenciadas foram

exportados para software GPS TrackMaker® para construção de mapas digitalizados

do município de Candeias do Jamari. Para a análise espacial foram utilizados os

dados da Incidência Parasitária anual do período de 2008 a 2013 de cada localidade.

A análise espacial foi realizada por meio do programa Terra View® versão 4.2.0,

utilizando o método de estimativa de densidade de Kernel, que gera uma superfície

de densidade que permite a identificação de áreas quentes. Neste estudo foram

identificadas e georreferenciadas as 84 localidades do município de Candeias do

Jamari cadastradas no SIVEP-Malária. Destas, as rurais responderam por 68,1% dos

casos de malária em 2008 e de 54,9% ao longo de 2013. No perímetro urbano do

município, no entanto, foi observado um aumento gradativo na proporção de casos de

malária no mesmo período, atingindo 45,1% em 2013. A análise espacial mostrou que

os bairros Satélite e Santa Izabel apresentaram maior intensidade para incidência da

malária nos períodos de 2012 e 2013. O presente estudo demonstrou que está

ocorrendo mudanças no padrão da distribuição da malária no município de Candeias

do Jamari, da área rural para o perímetro urbano. A técnica de Kernel se mostrou uma

ferramenta eficiente para direcionar as tomadas de decisão no controle e vigilância da

malária na região.

Palavras-chave: Malária. Candeias do Jamari. Epidemiologia. Análise

espacial.

ABSTRACT

Malaria is one of the main infectious and parasitic diseases in the world. In Brazil

99.7% of reported cases occur in the Amazon, whose area has geographical and

ecological characteristics prone to disease transmission. To understand these

patterns, spatial analysis tools have been lately used to assist in the monitoring and

control of this disease. This study analyzed the distribution of the incidence of malaria

in the municipality of Candeias do Jamari, in the state of Rondônia, using the tools GIS

(Geographic Information Systems), to support the control and surveillance of the

disease in the region. Data on cases of malaria, people and locations were obtained

from the Epidemiological Surveillance System of malaria (SIVEP-Malaria). The

database was generated in MS Excel® software. Cartographic information from the

city, were obtained homepages public domain, available in the Brazilian Institute of

Geography and Statistics (IBGE) and the National Water Agency (ANA). Using

portable equipment (GPS) it was possible to determine the geographical coordinates

of municipal locations. The georeferenced localities have been exported to

TrackMaker® GPS software for building digital maps of the municipality of Candeias

do Jamari. For spatial analysis used data from the annual incidence of the period 2008

to 2013 Parasitic of each locality. The spatial analysis was performed using the Terra

View® program version 4.2.0 using the kernel density estimation method, which

generates a surface density which allows the identification of hot spots. This study

identified and georeferenced the 84 locations in Candeias do Jamari registered in

SIVEP-Malaria. Of these, the rural areas accounted for 68.1% of malaria cases in 2008

and 54.9% over 2013. In the urban localities of the municipality noted, however a

gradual increase in the proportion of malaria cases in the same period, reaching 45.1%

in 2013. the spatial analysis showed that TV and Santa Izabel neighborhoods had

higher intensity to incidence of malaria in the periods of 2012 and 2013. This study

showed that is occurring changes in the pattern of distribution of malaria in Candeias

do Jamari municipality, from the rural area to the urban area. The Kernel technique

proved to be an efficient tool to drive decision making in the control and surveillance

of malaria in the region.

Keywords: Malaria. Candeias do Jamari. Epidemiology. Spatial analysis

Lista de Siglas e Abreviaturas

ANA Agência Nacional das Águas

CEM Campanha de Erradicação da Malária

CEPEM Centro de Pesquisa em Medicina Tropical

DDT Dicloro-dimetil-tricloroetano

EFMM Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

GPS Sistema de Posicionamento Global

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPA Incidência Parasitária Anual

OMS Organização Mundial de Saúde

PIACM Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária na

Amazônia Legal

PCMAN Projeto de Controle da Malária na Bacia Amazônica

PNCM Programa Nacional de Controle da Malária

SIG Sistemas de Informações Geográficas

SIVEP-Malária Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – Malária

SUCAM Superintendência de Campanhas de Saúde Pública

Lista de Figuras

Figura Descrição

Página

1 Distribuição mundial das áreas endêmicas de malária

do ano de 2010 por P. falciparum (A) e P. vivax (B).

15

2 Mapa de risco de transmissão da malária por município

na Amazônia Legal, do período de 2010 a 2013.

17

3 Evolução dos casos de malária no Brasil de 1960 a

2013.

20

4 Localização da área de estudo na América do Sul (A),

no estado de Rondônia (B), a área territorial (C) e área

urbana de Candeias do Jamari (D).

26

5

6

Proporção da população por sexo, e área de residência.

Fluxograma do método proposto.

27

28

7 Imagem ilustrativa da composição de camadas de

imagens para confecção do mapa temático de Kernel.

30

8 Mapa temático do município de Candeias do Jamari

com as localidades georrefernciadas.

32

9 Detalhe da área urbana da cidade de Candeias do

Jamari. Os números representam os bairros das Flores

(1), Novo Horizonte (2), Palheiral (4), Santa Izabel (5),

Satélite (6), União (7) e Santa Letícia (62), segundo a

numeração SIVEP.

33

10 Evolução dos casos de malária em Rondônia, Porto

Velho e Candeias do Jamari, no período de 2008 a

2013.

34

11

12

Mapa de risco de transmissão da malária por município

no estado de Rondônia, do período de 2010 a 2013.

Proporção de casos de malária por espécie parasitária

35

36

do município de Candeias do Jamari no período de

2008 a 2013.

13 Distribuição de casos de malária por área e espécie

parasitária, no período de 2008 a 2013 do município de

Candeias do Jamari.

37

14 Proporção de casos de malária por espécie parasitária

e área de ocorrência do município de Candeias do

Jamari no período de 2008 a 2013.

38

15 Evolução mensal dos casos de malária de Candeias do

Jamari, no período de 2008 a 2013.

39

16

17

Mapa de estimativa de densidade de Kernel da

incidência de malária no município de Candeias do

Jamari, no período de 2008.

Mapa de estimativa de densidade de Kernel da

incidência de malária na área urbana de Candeias do

Jamari, no período de 2008 a 2013.

40

41

18 Somatória percentual dos casos de malária das

localidades urbanas: Santa Izabel, Flores, Novo

Horizonte, Palheiral, Satélite, União e Santa Letícia, em

relação do total do município, no período de 2008 a

2013.

43

Lista de Tabelas

Tabela Descrição Página

1 As 10 localidades com maior número casos de malária no

período de 2008 a 2010 no município de Candeias do

Jamari.

42

Sumário

1. INTRODUÇÃO ........................................................... 14

1.1. EPIDEMIOLOGIA ........................................................... 14

1.1.2. Malária no Mundo.......................................................... 14

1.1.3. Malária no Brasil............................................................ 16

1.1.4. Malária em Rondônia.................................................... 17

1.2. PROGRAMAS DE CONTROLE DA MALÁRIA NO

BRASIL......................................................................... 18

1.3. APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE ANÁLISE

ESPACIAL NA EPIDEMIOLOGIA DA

MALÁRIA.......................................................................

22

1.4. ANÁLISE DE ESTIMATIVA DE DENSIDADE DE

KERNEL ......................................................................... 23

2. OBJETIVO GERAL ........................................................ 25

2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................... 25

3. MATERIAL E MÉTODOS ........................................ 26

3.1. ÁREA DE ESTUDO......................................................... 26

3.2. COLETA E PROCESSAMENTO DOS DADOS

SECUNDÁRIOS DE MALÁRIA ...................................... 27

3.3. DADOS DEMOGRÁFICOS E MALHAS

DIGITALIZADAS ........................................................... 27

3.4. GEORREFERENCIAMENTO DAS LOCALIDADES ....... 28

3.5. ANÁLISE ESPACIAL E ESTIMATIVA DE DENSIDADE

DE KERNEL .................................................................. 29

3.6. ANÁLISE DOS NÍVEIS DO RISCO DE TRANSMISSÃO

DA MALÁRIA ................................................................ 30

4. RESULTADOS.......................................................... 32

5. DISCUSSÃO............................................................... 44

6. CONCLUSÃO.............................................................. 48

7. REFERÊNCIAS......................................................... 49

ANEXOS

14

1. INTRODUÇÃO

A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plasmodium,

também conhecida como febre palustre, impaludismo ou febre intermitente,

transmitida pela picada do mosquito fêmea Anopheles. No homem há quatro espécies

que habitualmente o parasitam: Plasmodium malariae, Plasmodium vivax,

Plasmodium falciparum e Plasmodium ovale, sendo que este último com distribuição

limitada ao Continente Africano (BRASIL, 2009; REY, 2011). Porém uma quinta

espécie denominada Plasmodium knowlesi tem infectado humanos no sudeste da

Ásia de acordo com estudo realizado por White (2008), sendo essa espécie antes

conhecida por infectar apenas símios.

1.1. EPIDEMIOLOGIA

1.1.2. Malária no Mundo

Apesar da redução da taxa de morbidade e mortalidade observada nos

últimos anos, a malária ainda é uma das principais doenças infecciosas no

mundo. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu

último relatório, cerca da metade da população mundial está exposta ao risco

de contrair a doença, onde incidem anualmente cerca de 198 milhões de casos

e 584 mil óbitos, sobretudo entre crianças menores de cinco anos e gestantes

que corresponde a 86% das mortes ocorridas no continente Africano (WHO,

2014). A malária possui uma ampla distribuição espacial predominante nas

regiões tropicais e subtropicais da África, Sul da Ásia, Oceania e Américas

Central e do Sul (Figura 1) (WHO, 2012; WHO, 2013; WHO, 2014).

15

Figura 1. Distribuição mundial das áreas endêmicas de malária do ano

de 2010 por P. falciparum (A) e P. vivax (B).

Fonte: Gething e colaboradores (2011; 2012), adaptado.

16

1.1.3. Malária no Brasil

No Brasil a malária continua sendo problema de saúde pública, apesar de sua

taxa de incidência ter reduzido (BRASIL, 2011a). Atualmente a malária encontra-se

praticamente restrita à Amazônia Legal, que é composta pelos Estados do Acre,

Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins,

onde são registrados 99,7% dos casos notificados no país (ROCHA et al., 2006;

BRASIL, 2013a). Esse fato deve-se a região apresentar características

epidemiológicas que favorecem a transmissão, tais como fatores socioeconômicos,

culturais e políticos, fatores biológicos como a presença do parasito (plasmódio) e o

vetor (anofelino) e do homem (MOTTA, 1992; SILVEIRA, 2001).

De acordo com Ministério da Saúde, no período de 2010, foram notificados

334.672 casos, 5.273 internações e 63 óbitos devido à infecção por malária, no país.

Sendo a espécie Plamodium vivax a mais prevalente, quase 90% dos casos, enquanto

que a transmissão por Plasmodium falciparum que é responsável pelos casos graves

e letais da doença tem diminuído nos últimos anos (BRASIL, 2010).

O risco de contrair a malária no Brasil é medido por meio do indicador Incidência

Parasitária Anual (IPA), que é a razão entre o número de casos registrados e a

população da área estudada, e os valores da IPA classificam as regiões endêmicas

como: áreas de alto risco (IPA: ≥ 50,0/1.000 habitantes), médio risco (IPA: 10,0 a

49,9/1.000 hab.) e baixo risco (IPA: 0,1 a 9,9/1.000 hab.) (BRASIL, 2009; SARAIVA

et. al., 2009). Nos últimos quatro anos, foram observadas gradativas reduções da IPA

na Amazônia Legal (Figura 2). O número de casos de malária vem apresentando um

declínio na maioria dos municípios da Amazônia Legal. Esse padrão ainda não possui

estudo científico que o explique, apesar de alguns autores associarem as alterações

climáticas e ambientais como responsável pela redução/aumento das doenças

transmitidas por vetores (GETHING et al., 2010; BAI; MORTON, 2013). Porém alguns

estudos descrevem que esse declínio não só no Brasil como no mundo pode estar

ocorrendo provavelmente devido aos programas de controle da malária ter focado nas

estratégias de diagnóstico precoce e tratamento imediato (MMBANDO et al., 2010;

BARBOSA et al., 2014).

17

Figura 2. Mapa de risco de transmissão da malária por município na Amazônia

Legal, do período de 2010 a 2013.

Fonte de dados: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária /

Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde (SIVEP-Malária/SVS/MS);

Fonte da imagem: Laboratório de Epidemiologia do Centro de Pesquisa em Medicina

Tropical (CEPEM/SESAU/RO).

1.1.4. Malária em Rondônia

Em Rondônia algumas epidemias da malária estão relacionadas aos processos

migratórios que ocorreram ao longo de sua história. O primeiro fluxo migratório na

18

região ocorreu na metade do século XIX, pela busca da borracha nativa em

decorrência do interesse internacional. Durante o final do século XIX e início do século

XX, ocorreu a construção da ferrovia Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) que

também contribuiu com o fluxo de migração desordenada na região

(KATSURAGAWA et al., 2008).

Durante a década de 1940 houve uma nova onda migratória, ocasionada pela

exploração do látex designada como segundo ciclo da borracha, apresentando altos

níveis epidêmicos da malária (DEANE, 1989). Nos anos de 1960 a 1980 ocorreram

outros fatos importantes que também colaboraram para o aumento da população,

como grandes projetos de colonização, abertura da rodovia federal BR-364, entre

Cuiabá a Porto Velho, extração de minerais, descobertas de jazidas, exploração de

garimpos, favoreceram a transmissão da malária (BARATA, 1995).

Recentemente ocorreu uma nova onda migratória marcada pelas construções

das hidrelétricas no Rio Madeira, em Santo Antônio e Jirau, no município de Porto

Velho, que atraiu milhares de trabalhadores em busca de novas fontes de emprego.

(KATSURAGAWA et. al., 2008, 2009; BEZERRA, 2010).

De acordo com Freitas et al. (2010) em 2009 ocorreu um aumento no número

de casos de malária no Distrito de Jaci-Paraná, que pode estar relacionado com o

aumento da população local devido às construções das hidrelétricas na região. Estudo

anterior já alertava para a necessidade de melhorias no sistema público de saúde para

ações de combate e controle da doença, onde o mesmo já previa o aumento do

número de casos de malária não somente durante a fase de construção, mas após o

seu término (KATSURAGAWA et al., 2009).

Esse fato é plausível devido a modificação dos locais de procriação do vetor da

malária. Com o aumento da lâmina d’água ocasionado pelos dois reservatórios, existe

a possibilidade que ocorra modificação na taxa de proliferação do mosquito, que deve

se estabilizar, e aumentar, após a criação de uma extensa área às margens desses

reservatórios que se estende por mais de 600 km2 (Katsuragawa, 2006).

1.2. PROGRAMAS DE CONTROLE DA MALÁRIA NO BRASIL

No Brasil as medidas de controle contra a malária têm um amplo histórico que

se inicia a partir de pesquisas como de Adolfo Lutz, Carlos Chagas e Arthur Neiva.

Carlos Chagas, em uma de suas palestras contra a malária, já discutia a necessidade

19

de campanhas contra o impaludismo, sendo seu principal alvo seria os mosquitos

transmissores (HOCHMAN et al., 2002).

No início da década de 1930, o Anopheles gambiae adentrou a cidade de Natal,

no Rio Grande do Norte, se alastrando por todo litoral nordestino, provocando

epidemia da malária. Em 1939, foi implantado o Serviço de Malária do Nordeste com

apoio da Fundação Rockefeller, e foi desenvolvido um programa de controle que

erradicou o Anopheles gambiae da região (BRASIL, 2006).

Nos anos de 1940, a malária acometia cerca de quatro a cinco milhões de

pessoas em todo Brasil. Visto que, em 1945 o Brasil passou adotar o uso do inseticida

Dicloro-Dimetil-Tricloroetano (DDT) no controle vetorial residual, conforme

preconização da OMS, e também empregou o uso dos medicamentos antimaláricos

“sal cloroquinado”, o qual foi suspenso devido à resistência do P. falciparum à droga.

Todavia permanecia alto o índice de casos de malária no país, então foi estabelecida

a Campanha de Erradicação da Malária (CEM) que possibilitou a redução da

incidência da doença no país nos anos 60 (BARATA, 2000).

No período de 1960 a 2013, as notificações de números de casos de malária

registrados no Brasil teve uma enorme variação, como pode ser observado na figura

3. No ano de 1960 foram registrados menos de 100 mil casos notificados no país, na

década de 1980 o número de casos de malária elevou-se em função de intensos

movimentos migratórios na região Amazônica, esse aumento ocorreu devido a

construção de usinas hidrelétricas, exploração de ouro, abertura de estradas e

desenvolvimento de projetos de colonização (BRASIL, 2010).

20

Figura 3. Evolução dos casos de malária no Brasil de 1960 a 2013.

Fonte de dados: Gerência Técnica de Malária/CCDTU/DEOPE/FNS,

SIM/CENEPI/FNS, SVS/SIVEP-Malária; Rey, 2001; Loiola et al.,2002; Oliveira-

Ferreira et al., 2010; Brasll, 2014c.

Na década de 1970, a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública

(SUCAM), passa assumir a responsabilidade pelo controle da malária no Brasil, nas

quais enfrentou dificuldades principalmente na região amazônica, já que o trabalho

realizado naquela área não teve efetividade no controle da endemia. Isso se deve a

distintas ocorrências epidemiológicas com constante fluxo migratório em busca da

exploração econômica dos recursos naturais, ocasionando ocupação desordenada na

região (MOTTA, 1992; HOCHMAN; SILVA, 2011).

Diante das várias dificuldades de combater a malária na região amazônica,

mais uma medida de controle foi implantada no início da década de 80: a estratificação

epidemiológica, o programa Operação Impacto (1986) que visava reduzir a

morbimortalidade no Pará, Mato Grosso e Rondônia que apresentavam mais de 80%

dos casos de malária da região (LOIOLA et al., 2002).

Em 1989 foi efetivado o Projeto de Controle da Malária na Bacia Amazônica

(PCMAN) que tinha como finalidade diminuir a incidência da malária na região

amazônica (SILVEIRA, 2001).

21

Durante a Conferência Interministerial da OMS, realizada em Amsterdã em

outubro de 1992 foi estabelecido nova estratégia para o controle da malária no mundo,

o Brasil passa adotar as recomendações da conferência de Amsterdã no combate à

malária a qual tinha por finalidade, reduzir a morbimortalidade, danos sociais e

econômicos causados pela doença. Os princípios estratégicos para o controle da

malária eram: diagnóstico precoce e tratamento imediato dos casos (LOIOLA, et al.,

2002; LADISLAU et al., 2006; BRASIL, 2010). No entanto até o final de 1999 a região

amazônica apresentou um IPA de 31,9 onde registrou-se 635.644 casos, (BRASIL,

2003a; BRASIL, 2006). Em 2000, foi implantado o Plano de Intensificação das Ações

de Controle da Malária (PIACM) na Amazônia Legal, com finalidade de diminuir em

50% o número de casos malária, também visava impedir o aparecimento de epidemias

localizadas (BRASIL, 2004). Em sequência (2002) foi criado o Programa Nacional de

Controle da Malária (PNCM) que visava dar continuidade aos avanços do PIACM,

expandindo e estruturando os serviços de saúde além dos estados da Amazônia

Legal, sendo os principais objetivos o diagnóstico precoce, tratamento adequado dos

casos e controle vetorial (BRASIL, 2009).

O Ministério da Saúde, por meio da Secretária de Vigilância em Saúde

implantou o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP-

Malária) com intuito de notificar os casos de malária na região amazônica (BRASIL,

2011c). Essas informações são enviadas para uma base de dados para que as três

esferas do âmbito municipal, estadual e federal, possam de forma hábil ter acesso as

notificações para apreciações e decisões que auxiliem na detecção precoce da

epidemia da malária em determinada região (BRAZ et al., 2006). Apesar do SIVEP-

Malária permitir a análise da evolução da doença, o sistema ainda apresenta algumas

limitações em relação à avaliação estatística da incidência da malária. Além disso,

essa limitação não permite a informação adequada da distribuição espacial nos

municípios (BRAZ, 2013). É sabido que o abastecimento de dados é dependente do

departamento de epidemiologia de cada município, e que pode sofrer alterações em

até seis meses após o encerramento do mês a ser analisado. Esse fato se deve

principalmente a localidades notificantes de difícil acesso, e sem acesso à rede

mundial de computadores. Também é importante destacar as subnotificações dos

casos de malária, preenchimento incorreto dos dados, possíveis erros na identificação

das espécies de Plasmodium sp., duplicidade do registro quando o mesmo paciente

22

é submetido a mais de um exame e campos de preenchimento ignorados (ALMEIDA

et al., 2010; SIMÕES et al., 2014; BRASIL, 2015b).

1.3. APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE ANÁLISE ESPACIAL NA

EPIDEMIOLOGIA DA MALÁRIA

A utilização de mapas temáticos para distribuição espacial de doenças é bem

antiga, sendo explorada pioneiramente por John Snow que evidenciou por meio de

mapeamento a transmissão do cólera em Londres no ano de 1854 (GUTMANN et al.,

2008).

A moderna técnica de análise de dados epidemiológicos tem se demonstrado

favorável no entendimento da distribuição da doença na população e espaço. As

apropriações dos métodos estatísticos da análise espacial vêm sendo cada vez mais

utilizada na saúde coletiva com a finalidade de auxiliar no planejamento e

monitoramento do controle de doenças (CARVALHO; SOUZA-SANTOS, 2005).

As análises espaciais incluem diversas tecnologias como os sistemas de

informações geográficas (SIG), sensoriamento remoto e o sistema de posicionamento

global (GPS) (SAXENA et al., 2009). Nos últimos anos o SIG tem se destacado nos

serviços de saúde, na vigilância epidemiológica e estudos ecológicos (CARVALHO;

SOUZA-SANTOS, 2005).

Para Ortiz (2003), o uso dessas ferramentas permite o tratamento, cruzamento,

sobreposição, análise e visualização das informações espaciais sobre formas de

mapas temáticos para apresentação de dados geograficamente referenciados,

viabilizando possíveis decisões para planejamento.

Muitos estudos já utilizaram a ferramenta da análise espacial para investigação

epidemiológica da malária e risco de transmissão, demonstrando que o uso da técnica

mostra-se prático para vigilância e controle da doença. ZHANG et al. (2008) utilizaram

o SIG para verificar a situação da epidemia da malária em Anhui província da China.

Um outro estudo realizado por Oliveira et al. (2011), analisaram a distribuição espacial

de casos de malária associando os fatores ambientais e suas alterações em um

assentamento rural Vale do Amanhecer no estado de Mato Grosso. As ferramentas

de análise espacial empregadas no estudo de Souza-Santos et al. (2008) no estado

23

de Rondônia em reservas indígenas, auxiliou na identificação de áreas com maiores

necessidades para medidas de controle da malária.

Outros estudos realizados na Região Amazônica demonstraram que o uso das

ferramentas de análise espacial apresentaram amplo potencial para o entendimento

espacial dos dados, considerando a localização e identificação de áreas de risco para

malária, bem como apresentando resultados consistentes para apoiar as tomadas de

decisões para o controle da doença (ATANAKA-SANTOS et al., 2006; RODRIGUES

et al., 2008).

A caracterização dos padrões espaciais e temporais de risco para transmissão

da malária, demonstrados por meio dos mapas, é uma ferramenta importante para

guiar programas de controle da saúde. (KAZEMBE et. al., 2006; YESHIWONDIM et

al., (2009). Kleinschmidt et al. (2001) afirmam que o conhecimento exato da

distribuição da malária por meio de mapas é importante no monitoramento e

planejamento da avaliação da doença.

De um modo geral o mapa é uma forma clássica para focalizar de forma

explícita a localização espacial de dados referente a uma determinada área (BRASIL,

2007). Permitindo descrever a distribuição espacial global e local, além da percepção

visual da distribuição espacial do problema (SANTOS; RAIA, 2006; BRAZ, 2013).

1.4. ANÁLISE DE ESTIMATIVA DE DENSIDADE DE KERNEL

A estimativa de densidade de Kernel exerce um papel importante na

epidemiologia, por se tratar de um método simples para avaliar e estimar a intensidade

pontual de uma ocorrência em uma área de estudo (GATRELL; BAILEY, 1996;

GOMES, 2011) permite a análise do padrão de distribuição de um evento, ou mesmo

realizar a localização pontual dos agravos a serem estudados, na qual considera as

coordenadas geográficas a serem analisadas em uma superfície contínua (SOUZA-

SANTOS; CARVALHO, 2000; CARVALHO; SOUZA-SANTOS, 2005).

O método é capaz de gerar uma superfície de densidade identificando de forma

visual áreas quentes (hotspots), ou seja, a ocorrência de uma área quente como uma

concentração de eventos que indica de alguma forma a aglomeração em uma

distribuição espacial (BRASIL, 2007). De forma simplificada, é a superposição de

camadas de uma área, onde uma camada pode representar o relevo, outra a

24

hidrografia, as estradas, os eventos, etc. De acordo com Câmara e Carvalho (2001),

o estimador de Kernel é um método prático e de fácil entendimento, capaz de fornecer

uma visão geral da distribuição de primeira ordem dos eventos. Além disso, estimativa

de densidade de Kernel é considerado uma ferramenta de análise exploratória de

dados espaciais que permite a identificação de áreas de alto risco para determinadas

doenças, demonstradas por meio de mapas que avalia o risco constante para uma

dada região, sendo capaz direcionar adequadamente subsídios para intervenção de

um agravo (CÂMARA et al., 2004). A desvantagens que o método apresenta é a

dependência da escolha do raio de influência e o aumento de suavização da

superfície, que podem em alguns casos produzir variações significativas nas

localizações de interesse (CAMARGO et al., 2002)

Nesse contexto a técnica de Kernel torna-se uma ferramenta de grande

importância e aplicabilidade epidemiológica para identificação de áreas de risco, com

intuito de definir regiões com maior intensidade de transmissão de determinadas

doenças (i.e.: malária, dengue, leishmaniose e dentre outras) e assim direcionar

auxílios para ações de controle (Brasil, 2007).

O uso dos métodos de análise espacial no controle da malária tem se mostrado

como grande aliado para a saúde pública, orientando tomadas de decisões e ações

de controle. Assim sendo, é fundamental realizar a distribuição espacial da malária

para identificação das áreas de risco de transmissão no município de Candeias do

Jamari, que é o município com a maior IPA de Rondônia nos últimos oito anos. Além

disso, é importante frisar que com essas informações permitirão o direcionamento

otimizado das ações de controle e combate à malária, uma vez que foi observada

redução de casos na área rural e aumento na área urbana.

25

2. OBJETIVO GERAL

Realizar a análise espacial e epidemiológica da malária no município de

Candeias do Jamari, Estado de Rondônia.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar e georreferenciar as localidades do município de Candeias do

Jamari, cadastradas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica -

Malária, SIVEP-Malária;

• Obter os dados secundários de casos de malária do município de Candeias do

Jamari por localidade, cadastradas no Sistema de Informação de Vigilância

Epidemiológica - Malária, SIVEP-Malária, no período de 2008 a 2013;

• Distribuir os casos de malária por espécie parasitária, no período de 2008 a

2013 das 10 localidades com maior incidência;

• Elaborar mapas temáticos digitalizados do território do município de Candeias

do Jamari;

• Realizar análise espacial da IPA por meio da estimativa de densidade de Kernel

no período de 2008 a 2013.

26

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. ÁREA DE ESTUDO

O município de Candeias do Jamari está localizado ao Norte do Estado de

Rondônia, a 20 km do município de Porto Velho, capital do estado. Foi criado pela Lei

Estadual número 363, de 13 de fevereiro de 1992. Este município está cadastrado no

SIVEP-Malária sob número 110080 (BRASIL, 2014c).

Possui uma extensão territorial de 6.843,87 km2 (Figura 4), e população

estimada de 23.573 habitantes, sendo 65,2% residentes em área urbana e 34,8% em

área rural (BRASIL, 2014b), e 52,2% são do sexo masculino (Figura 5).

Figura 4. Localização da área de estudo na América do Sul (A), no estado de Rondônia (B), a área territorial (C) e área urbana de Candeias do Jamari (D).

Fonte da imagem: Laboratório de Epidemiologia CEPEM/SESAU/RO.

27

Figura 5. Proporção da população por sexo, e área de residência.

Fonte: IBGE, 2014.

Uma das principais receitas do município é representada pelos royalties

oriundos da usina hidrelétrica de Samuel, que gerou um grande reservatório d’água,

representado em azul turquesa na figura 4 C (IBGE, 2014).

3.2. COLETA E PROCESSAMENTO DOS DADOS SECUNDÁRIOS DE MALÁRIA

As informações sobre casos de malária, espécie parasitária, IPA e localidades

existentes foram coletadas no SIVEP-Malária, da Secretaria de Vigilância em Saúde

do Ministério da Saúde, no período de 2008 a 2013. Essas informações foram obtidas

através da autorização e supervisão do Laboratório de Epidemiologia do Centro de

Pesquisa em Medicina Tropical (CEPEM). As informações foram tabuladas por local

provável de infecção, em banco de dados digital, MS Excel®, o que permite analisar

a distribuição das ocorrências de malária por localidade cadastrada no SIVEP-Malária.

Dessa forma, é possível exportar para outros softwares para efetuar as análises de

georreferenciamento e espaciais.

3.3. DADOS DEMOGRÁFICOS E MALHAS DIGITALIZADAS

Para evitar possíveis distorções nas análises de IPA, a base populacional

utilizada foi a do SIVEP-Malária (BRASIL, 2014c). As informações cartográficas

digitalizadas do município foram obtidas através do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). Essas informações (malhas digitais) do território do município de

Candeias do Jamari, bem como suas estradas municipais, estaduais e federais, e

hidrografia foram obtidas através acesso à homepages de instituições públicas, sendo

28

disponibilizados gratuitamente (de domínio público) do IBGE e Agência Nacional das

Águas (ANA) (BRASIL, 2014a; 2014b). Os arquivos possuem informações vetoriais

de latitude e longitude de cada traçado de limite territorial, bem como das coleções

aquáticas. Essas informações permitem o cruzamento de dados com as coordenadas

obtidas das localidades cadastradas no SIVEP-Malária. Feito isso, os dados foram

combinadas para a elaboração dos mapas temáticos de análise espacial, conforme

representada no fluxograma (Figura 6).

Figura 6. Fluxograma do método proposto.

Fonte: A autora.

3.4. GEORREFERENCIAMENTO DAS LOCALIDADES

As coordenadas geográficas das localidades foram obtidas por meio de

levantamento de campo utilizando sistema de posicionamento global (GPS), com

equipamento portátil Garmin eTrex Vista®. As coordenadas de longitude e latitude

representam um ponto centróide de cada localidade registrada no SIVEP-Malária. A

localização foi identificada e confirmada pela Divisão de Epidemiologia da Secretaria

Municipal de Saúde de Candeias do Jamari. Após a confirmação, essas informações

29

foram exportadas para o software GPS TrackMaker® versão Pro 4.8, ajustada para

elaboração de mapas combinados do perímetro territorial, coleções aquáticas,

hidrografia, estradas e localidades.

3.5. ANÁLISE ESPACIAL E ESTIMATIVA DE DENSIDADE DE KERNEL

Para a análise espacial foram utilizados os dados da IPA, de cada ano e por

localidade, foram tabuladas numa planilha do tipo banco de dados Microsoft Excel® e

exportados para o software Terra View® versão 4.2.0, de domínio público (BRASIL,

2013b), disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dessa

forma, as informações de cada localidade são conectadas a um banco de dados que

estão relacionados a uma malha digitalizada contendo limites de localidades do

município de Candeias do Jamari. Esta técnica realiza uma interpolação que gera uma

superfície de densidade, que permite a identificação visual de áreas quentes, ou de

concentração de eventos, através de uma distribuição espacial (BRASIL, 2007). Por

meio do mapa de Kernel pode-se identificar as áreas com maior risco para ocorrência

de malária (BAILEY; GATRELL, 1995).

O mapa de Kernel analisa o comportamento de padrões de pontos e através

de interpolação, fornece a intensidade pontual do processo analisado em toda a região

de estudo. Dessa forma, é possível ter uma visão geral da intensidade desse processo

em todas as regiões de interesse no mapa (BRASIL, 2007; CARVALHO;

NASCIMENTO, 2012). A análise de estimativa de densidade de Kernel, realiza o

cálculo, baseado em dois parâmetros: o raio de influência que irá determinar o grau

de suavização da superfície de saída e a função de estimação de Kernel que irá

realizar a distribuição dos pontos dentro da área de influência (CÂMARA; CARVALHO,

2001). Com a sobreposição de imagens que o programa de computador realiza, é

possível confeccionar mapas temáticos, como o de Kernel (Figura 8).

30

Figura 7. Imagem ilustrativa da composição de camadas de imagens para confecção do mapa temático de Kernel.

Fonte da imagem: BRASIL, 2015 adaptado.

3.6. ANÁLISE DOS NÍVEIS DO RISCO DE TRANSMISSÃO DA MALÁRIA

O risco de transmissão da malária é calculado através da IPA, que representa

a razão entre o número de casos de malária pela população residente em determinado

espaço geográfico, no período considerado. Com o resultado obtido pode-se

determinar o risco de transmissão da malária em uma determinada população, num

dado período e localidade através da seguinte equação (BRASIL, 2010; DATASUS,

2011):

31

IPA = casos de malária

população x 1.000 habitantes (equação 1)

Estratificando o resultado obtido (equação 1) podemos classificar o risco de

transmissão da malária pela incidência parasitária anual (IPA) de cada localidade

avaliada (BRASIL, 2010; DATASUS, 2011):

Área de alto risco: IPA 50,0

Área de médio risco: IPA de 10,0 a 49,9

Área de baixo risco: IPA de 0,1 a 9,9

Área sem risco: IPA 0,0

32

4. RESULTADOS

O município de Candeias do Jamari possui 84 localidades cadastradas no

SIVEP-Malária, classificadas: 81 estão ativas, 2 extintas e 1 com cadastro inválido. É

oportuno relatar que nenhuma dessas localidades possui informações de

coordenadas geográficas registradas no sistema.

No presente estudo foram identificadas e georreferenciadas as 84 localidades

cadastradas no SIVEP-Malária (Anexo 1). A localização dessas áreas foram

confirmadas pelo Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde.

Essas informações possibilitaram a construção de mapas com a posição

geográficas das localidades do município de forma global (Figura 8) e de forma local

(área urbana) de Candeias do Jamari (Figura 9). Nota-se que há algumas

aglomerações de localidades, que correspondem a área de maior concentração

populacional. De acordo com SIVEP-Malária das 84 localidades, 8 estão classificadas

como urbanas.

Figura 8. Mapa temático do município de Candeias do Jamari com as localidades

georreferenciadas.

Fonte da imagem: A autora.

33

Figura 9. Detalhe da área urbana da cidade de Candeias do Jamari. Os números representam os códigos das localidades segundo a numeração SIVEP. Flores (1), Novo Horizonte (2), Palheiral (4), Santa Izabel (5), Satélite (6), União (7) e Santa Letícia (62).

Fonte da imagem: A autora.

Dessa forma, as 7 localidades apontadas na figura 9 respondem juntas por

52,8% da população total do município.

Apenas para efeito comparativo, foram obtidas as informações de casos de

malária e população dos municípios de Rondônia no período de 2008 a 2013 (Anexos

2 e 3). A finalidade foi observar a IPA de Candeias do Jamari em relação aos outros

municípios. Observamos que no período estudado o município apresentou a maior

IPA de Rondônia, exceto no ano de 2009, em que apresentou a segunda maior

incidência.

Porto Velho e Candeias do Jamari são os dois municípios com maior número

de casos registrados no período, que juntos chegaram a responder por mais de 70%

dos casos de malária de Rondônia (Figura 10). Em 2013 somente Candeias do Jamari

ainda respondeu por 12,4% do total de casos, sendo o segundo maior registro,

superado apenas por Porto Velho. Na evolução anual de casos de Rondônia,

34

observamos que o número de casos registrados vem apresentando um declínio, com

uma pequena elevação no ano de 2010.

Figura 10. Evolução dos casos de malária em Rondônia, Porto Velho e Candeias do Jamari, no período de 2008 a 2013.

Fonte dos dados: SIVEP-Malária (BRASIL, 2014c).

No período de 2010 observou-se que a maior incidência para malária ocorreu

ao norte do estado de Rondônia representados pelos municípios de Porto Velho,

Candeias do Jamari, Machadinho d’Oeste, Cujubim, Itapuã d’Oeste, Alto Paraiso e

Rio Crespo.

Esses municípios citados caracterizaram IPA ≥ 50, o que indica alto risco de

contrair a doença. Pode-se observar que nos anos de 2011 a 2013 houve redução da

área de alto risco de transmissão, e apenas o município de Candeias do Jamari

permaneceu com a IPA elevada (Figura 11).

35

Figura 11. Mapa de risco de transmissão da malária por município no estado de Rondônia, do período de 2010 a 2013.

Fonte de dados: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária / Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde (SIVEP-Malária/SVS/MS); Fonte da imagem: Laboratório de Epidemiologia do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (CEPEM/SESAU/RO).

A espécie P. vivax apresentou aumento na proporção do total de casos no

período analisado, de 92,0% (2008) para 97,3% (2013), enquanto que a espécie P.

falciparum reduziu de 8,0% (2008) para 2,7% (2013) (Figura 12). Essa tendência

acompanha o perfil de Rondônia.

No início do período analisado 68,1% dos casos de malária ocorriam em área

rural, proporção essa que diminuiu gradualmente chegando atingir valores de 54,9%.

As localidades da área urbana da cidade de Candeias do Jamari apresentaram uma

elevação gradual da proporção de casos de malária no decorrer do período analisado,

atingindo 45,1% do total em 2013 (Figuras 13 e 14). Para malária por P. falciparum a

ocorrência predominou em área rural, e nos dois últimos anos analisados tem se

mantido relativamente estável, com 69,2% em 2012 e 71,7% (2013) dos casos

registrados nessa área (Figura 14).

36

A área urbana respondeu por 18,0% dos casos de malária falciparum, e 36,9%

dos casos de malária vivax na somatória do período analisado. No ano de 2008, as

localidades urbanas responderam por 22,5% dos casos de malária falciparum, e

32,7% os casos de malária vivax. No ano de 2013, as localidades urbanas

responderam por 28,3% dos casos de malária falciparum, e 45,6% os casos de

malária vivax.

Na análise da evolução mensal dos casos de malária, 2011 foi o ano que mais

apresentou casos de malária na média, totalizando 5.335 casos, e nos anos seguintes

mostrou um forte declínio no número de casos registrados (Figura 15), acompanhando

o quadro da maioria das cidades da Amazônia Legal.

Figura 12. Proporção de casos de malária por espécie parasitária do município de Candeias do Jamari no período de 2008 a 2013.

Fonte dos dados: SIVEP-Malária (BRASIL, 2014c).

37

Figura 13. Distribuição de casos de malária por área e espécie parasitária, no período de 2008 a 2013 do município de Candeias do Jamari.

Fonte dos dados: SIVEP-Malária (BRASIL, 2014c).

38

Figura 14. Proporção de casos de malária por espécie parasitária e área de ocorrência do município de Candeias do Jamari no período de 2008 a 2013.

Fonte dos dados: SIVEP-Malária (BRASIL, 2014c).

39

Figura 15. Evolução mensal dos casos de malária de Candeias do Jamari, no período de 2008 a 2013.

Fonte dos dados: SIVEP-Malária (BRASIL, 2014c).

Na distribuição mensal observamos que os meses de maior elevação do

número de casos está entre abril e setembro, correspondendo ao período de menor

pluviosidade na Região Amazônica. Com as informações de casos de malária e da

população, foi possível calcular a incidência parasitária anual por localidade (Anexo

4).

Dessa forma, foi possível realizar a análise de estimativa densidade de Kernel

para a incidência da malária do período estudado, de maneira global e local (área

urbana) da cidade de Candeias do Jamari (Figuras 16 e 17). No período de 2008 a

2011, os mapas de Kernel mostram uma concentração de densidade em localidades

rurais a aproximadamente 10 km da área urbana.

Um fato que nos chamou a atenção na obtenção dos dados, foi a proporção de

casos de malária registrados como “LOCALIDADE NÃO INFORMADA”, que em média

representou 12,4% do total de casos anualmente. Para entender os motivos,

detectamos que são casos registrados em laboratórios notificantes de outros

municípios, e que desconhecem a lista de localidades disponibilizada no SIVEP-

Malária do município de Candeias do Jamari.

40

Nos anos de 2012 e 2013 a concentração da incidência se mostrou maior na

área urbana da cidade. Nessa área, durante todo o período analisado, as localidades

que apresentaram maior incidência nesse período forma Santa Izabel e Satélite,

situados à margem do rio Candeias (Figura 17).

Figura 16. Mapa de estimativa de densidade de Kernel da incidência de malária no município de Candeias do Jamari, no período de 2008 a 2013.

Fonte da imagem: A autora.

41

Figura 17. Mapa de estimativa de densidade de Kernel da incidência de malária na área urbana de Candeias do Jamari, no período de 2008 a 2013.

Fonte da imagem: A autora.

Outro fator a ser considerado é a densidade populacional desproporcional

observada entre as localidades rurais e urbanas. A somatória da população das

localidades rurais é de 10.060 habitantes, distribuídos por uma área de 6.840 km2.

Isso nos fornece uma densidade populacional de 1,5 hab/km2. Por outro lado, a

somatória das sete localidades urbanas é de 11.233 habitantes, residentes numa área

de aproximadamente 3,6 km2. A densidade populacional atinge 3.089 hab./km2.

42

Como apresentado na figura 9, a malha hidrográfica do município é extensa e

apresenta condições favoráveis para a proliferação do vetor da malária, como

observado em toda a Amazônia brasileira. Na área urbana de Candeias do Jamari

essa característica não é diferente.

Efetuando-se a somatória dos casos de malária de cada localidade no período

analisado, observamos que apresentaram taxas mais altas de incidência para a

malária foram os bairros Satélite, União e Palheiral ocupando as três primeiras

colocações (Tabela 1). Os bairros Santa Letícia, Santa Izabel, Novo Horizonte e Flores

ocupam respectivamente a 11ª, 14ª, 16ª e 30ª posição. Essa simples somatória

reforça que as localidades urbanas de Candeias do Jamari respondem por grande

parcela dos casos de malária no município.

Tabela 1. As 10 localidades com maior número casos de malária no período de 2008 a 2013 no município de Candeias do Jamari.

POSIÇÃO ÁREA CÓD SIVEP LOCALIDADE

CASOS DE MALÁRIA ANO

2008 2009 2010 2011 2012 2013 TOTAL

1ª U 6 BAIRRO SATELITE 337 308 548 715 504 244 2.656

2ª U 7 BAIRRO UNIAO 243 179 294 419 319 179 1.633

3ª U 4 BAIRRO PALHEIRAL 187 179 268 288 384 177 1.483

4ª R 49 TRIUNFO 339 253 239 219 88 36 1.174

5ª R 26 TAPAGEM 514 299 65 69 45 19 1.011

6ª R 59 LP 35 - DIREITA - KM 9 1/2 216 143 138 268 52 46 863

7ª R 24 MARAVILHA 190 138 159 172 103 45 807

8ª R 78 FLOR DA AMAZONAS 01 - 191 159 229 89 24 692

9ª R 79 FLOR DO AMAZONAS 02 - 136 109 200 79 26 550

10ª R 3 BOM JESUS 71 58 108 98 129 66 530

Classificação: posição em ordem decrescente do total de casos de malária. U: urbana. R: rural. CÓD SIVEP: Código do SIVEP-Malária. Fonte: BRASIL, 2014c.

Ao efetuarmos a somatória dos casos de malária das sete localidades da área

urbana da cidade de Candeias do Jamari (Santa Izabel, Flores, Novo Horizonte,

Palheiral, Satélite, União e Santa Letícia), observamos que está ocorrendo um

aumento gradativo na proporção dos casos de malária em relação ao total geral do

município (Figura 18).

Esses dados sugerem que a transmissão da malária no município de Candeias

do Jamari apresentou aumento no perímetro urbano da cidade, no período analisado.

43

Figura 18. Somatória percentual dos casos de malária das localidades urbanas: Santa Izabel, Flores, Novo Horizonte, Palheiral, Satélite, União e Santa Letícia, em

relação do total do município, no período de 2008 a 2013.

Fonte dos dados: SIVEP-Malária (BRASIL, 2014c).

44

5. DISCUSSÃO

Durante o presente estudo foram mapeadas e georreferenciadas as 84

localidades do território de Candeias do Jamari registradas no SIVEP-Malária, além

de gerados os mapas temáticos para aplicações em relação ao controle da malária.

O estudo ressalta que o georreferenciamento das áreas (localidades) permite

identificar padrões de agravos à saúde, auxiliando nas tomadas de decisões

emergentes, aplicados em estudos epidemiológicos de doenças (GASPARETTO et

al., 2010). Associada a esse fator, a metodologia e as ferramentas de informática

utilizadas no presente estudo, para as análises espaciais, são em sua maioria de

acesso público, significando baixo custo operacional.

Das 84 localidades 8 estão classificadas como urbanas e 76 são consideradas

rural, entretanto no presente estudo, foi observado que a localidade Br 364 Lado Esq

(código SIVEP 70) considerada área urbana, possui características de pequenas

propriedades rurais.

Para Silva (2011) espaço rural se caracteriza com atividades relacionadas

diretas com a natureza e dispersão da população nesse ambiente, enquanto que a

área urbana tem como sua principal marca a concentração da densidade

populacional.

De acordo com Marques (2002) a classificação entre o espaço urbano e rural é

definido pelas esferas municipais que na maioria das vezes classificam como áreas

urbanas sedes de município muito pequenas com o tamanho populacional abaixo do

esperado.

No período analisado a redução de casos de malária observada em Candeias

do Jamari acompanha a tendência nacional (BRASIL, 2014c). No entanto mesmo com

a redução de casos, o município de Candeias do Jamari ainda permanece classificado

como de alto risco para transmissão da malária nos anos de 2008 a 2013. É sabido

que para o efetivo controle da doença, a atuação do poder público local é de

fundamental importância.

Durante o presente estudo foi observado que proporcionalmente o número de

casos de malária registrados vem aumentando na área urbana de maneira

significativa e gradativa em relação à área rural, chegando a responder por 45,1% dos

casos em 2012 e 2013.

45

Uma possível explicação para esse fato, é que o município apresenta alguns

atrativos turísticos, tanto em área rural quanto urbana, representada por hotéis

fazenda, cachoeiras e centro turístico à beira do rio Candeias, sendo este último

localizado dentro da área urbana. Esses locais de lazer são ativamente frequentados

durante a estação mais seca (menor pluviosidade), no período de abril a setembro,

que corresponde ao verão amazônico. A transmissão urbana, com características

ribeirinhas, está presente no município. Isso pode ser observado nos resultados

apresentados da área urbana da cidade.

A população temporária, seja para lazer ou pesca, pode elevar o número de

casos de malária adquiridos na localidade (KATSURAGAWA et al., 2010). Estudos

realizados nessa região antes considerada distrito do município de Porto velho

mostrou alta incidência principalmente em adultos durante o período da seca

(CAMARGO et al.,1994; CAMARGO,1998). Assim sendo, a somatória desses fatores

na área urbana do município corrobora para que seja classificado como de alto risco

de transmissão.

Além disso, cabe ressaltar que durante o período de baixa pluviosidade (maio

a outubro), há tendência para o elevação da população de vetor Anopheles darlingi,

devido ao aumento de coleções d’água estáveis (MARTINS, 2010). É importante

destacar que a presença do homem e mudança ecológica são fatores determinantes

para a presença do vetor (VITTOR et al., 2009). Isso pode ser observado nos

resultados apresentados na figura 15.

Estudo conduzido em Manaus, com dados históricos entre 1986 a 2004,

demonstrou que o perfil epidemiológico da malária passou da área rural para a área

urbana (SARAIVA et al., 2009). Isso se deu principalmente devido ao desmatamento

e ocupação da população no espaço de forma desordenada sem infraestrutura.

Períodos de baixa pluviosidade demonstraram picos elevados da doença em Manaus

(SARAIVA, 2007).

Áreas recém urbanizadas apresentaram maior risco de transmissão, devido ao

aumento desordenado da população em áreas periféricas com elevado índice de

desmatamento (RODRIGUES et al., 2008).

De acordo com Mourão et al., (2014) pluviosidade, temperatura e umidade são

fatores que contribuem para proliferação do vetor da malária em áreas endêmicas

influenciando para o alto risco de transmissão da doença. Essa característica de

transmissão em área não ribeirinha já foi descrita em estudo anterior conduzido na

46

região (GIL et al., 2003). A proximidade das residências favorece a transmissão da

malária, que pode ocorrer tanto no ambiente tanto intra quanto no peridomicílio, com

um amplo raio de transmissão (GIL et al., 2007; KATSURAGAWA et al., 2010).

Quando observamos uma área com proximidade de residências (área urbana), com

elevada densidade populacional, presença do vetor e do parasito, a expectativa é de

elevada transmissão da malária.

Outro fator que chama atenção além da presença do rio Candeias, é a

vegetação nas margens do rio com alguns igarapés, o que também favorece para o

aumento da população do vetor. Estudos epidemiológicos realizados em áreas

ribeirinhas do município de Porto Velho têm demonstrado a presença de portadores

assintomáticos de infecção por plasmódio principalmente em região ribeirinha,

considerando esse fator como um grande desafio para o controle da malária (ALVES

et al., 2002; KATSURAGAWA et. al., 2008; 2009; TADA et al., 2007, 2012). Assim

sendo, esse conjunto de fatores pode estar contribuindo para a manutenção da

elevada incidência na área urbana de Candeias do Jamari.

Das oito localidades urbanas da cidade de Candeias do Jamari, quatro

margeiam o rio Candeias, apresentando características ribeirinhas. A análise mensal

de casos de malária das localidades urbanas do presente estudo mostrou que a maior

incidência ocorreu no período de abril a setembro. Nos anos de 2013 e 2014 não foi

observado medidas de controle vetorial na área urbana do município.

A malária ocasionada pelo P. vivax aumentou proporcionalmente ao longo do

período do presente estudo, com valores acima de 97% dos casos no ano de 2013,

essa proporção não foi diferente em estudos realizados na região Amazônica

(SARAIVA et al.,2009; HERMES et al., 2013).

Estudo realizado por Souza-Santos et al., (2008), em reservas indígenas em

Rondônia mostrou que o método de Kernel ajudou a determinar as áreas com maior

necessidade de medidas de controle.

Os mapas temáticos, obtidos no presente estudo pelo método de estimativa de

densidade de Kernel com os dados da IPA, permitiram a identificação das áreas de

risco para transmissão da malária no município de Candeias do Jamari. Pelas

imagens geradas, as localidades contidas na área urbana necessitam de especial

atenção do poder público para prevenção e controle da doença., principalmente as

que margeiam o rio Candeias.

47

Por meio do método de Kernel observou-se que as localidades urbanas

apresentaram alto risco de transmissão para malária, sendo as localidades Santa

Izabel e Satélite os mais críticos, visando mais atenção por parte do poder público

local, realizar medidas de controles para obter ações efetivas que levem a diminuição

da transmissão da malária nestas áreas. Sendo assim, o estimador de Kernel mostrou

ser uma ferramenta adequada para estratégias de intervenções de controle da

doença, como demonstrado em estudos anteriores (VASCONCELOS, 2004; ASSIS;

REIS, 2010).

As informações sobre os casos de malária disponíveis no Sistema SIVEP-

Malária, quando analisadas por outros softwares tornam-se ferramentas importantes

no setor da saúde para controle e vigilância da doença (COSTA et al., 2010).

É importante ressaltar que as ferramentas de análise espacial utilizadas no

presente estudo são capazes de delimitar regiões de risco para transmissão da

malária, como demonstrado em estudo anterior (ATANAKA-SANTOS et al., 2007).

A elevada concentração populacional na área urbana, associada a presença

do vetor e do parasito circulante, apresenta um desafio para o poder público no

combate e controle da doença. Como podemos observar na tabela 1 e figura 16, as

sete localidades urbanas apresentaram risco alto de transmissão para malária. Estudo

realizado em Rio Branco (AC) alertou para a aparente situação de controle da malária

em centros urbanos com baixos índices de transmissão (SANTOS; SILVA, 2011).

O georreferenciamento das localidades, através do trabalho de campo e a

análise espacial de dados, foi importante para a identificação de localidades com

elevada densidade de incidência, e que pode auxiliar o poder público local na tomada

de decisões para ações de controle da malária.

O uso das ferramentas de análise espacial em conjunto com as ações

integradas bem como a contínua atuação por parte do poder público, através dos

Agentes de Saúde realizando a busca ativa de casos, dos Microscopistas executando

um diagnóstico rápido e de qualidade, e do Departamento de Epidemiologia efetuando

a análise espacial dos dados, tornassem peças fundamentais para o sucesso das

estratégias de combate e controle da malária, com reduzido custo.

48

6. CONCLUSÃO

A utilização das ferramentas de análise espacial possibilitaram a identificação

as áreas com maior risco de transmissão da malária.

Nos mapas gerados pela análise espacial foi observado que no período de

2008 a 2011 a maior concentração de casos de malária ocorreu na área rural e nos

anos de 2012 a 2013 essa concentração incidiu na área urbana do município de

Candeias do Jamari.

As áreas que apresentaram maior densidade para incidência de casos de

malária estão localizadas em bairros urbanos às margens do rio Candeias.

A incidência parasitária anual se mostrou elevada nas localidades da área

urbana da cidade de Candeias do Jamari.

A elevada densidade populacional dessa área urbana, somada a significativa

incidência da malária e a falta de medidas de combate e controle da doença, são

fatores que expõe a população a elevado risco de transmissão.

A malha hidrográfica mostra que todo o município apresenta condições

favoráveis para a proliferação do vetor, tanto em áreas rurais quanto urbanas;

As ferramentas utilizadas no presente estudo (Softwares) em conjunto com

trabalho de campo para pontuar as localidades cadastradas no SIVEP – Malária

possibilitaram a elaboração de mapas digitais do território de Candeias do Jamari;

Os baixos custos dos softwares utilizados para análises espaciais, permitem

que o poder público local adote essa modalidade de vigilância para dar apoio as

decisões de combate e controle de agravo em seu território;

A análise dos dados podem ser efetuadas semanalmente, após o registro de

casos de malária no sistema SIVEP-Malária;

No presente estudo foi observado uma proporção significativa (12,4%) de

casos de malária com registros em “localidades não informada”. Esse fato não foi

esclarecido pelo departamento de epidemiologia do município.

49

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Anexo 1. Coordenadas geográficas obtidas no presente estudo das localidades do município

de Candeias do Jamari, e algumas variáveis disponíveis no SIVEP-Malária. UF: RO. Município: CANDEIAS DO JAMARI. Código: 110080.

SIVEP Nome da Localidade Zona Categoria Status Habitantes Latitude (Sul) Longitude (Oeste)

1 BAIRRO DAS FLORES Urbana BAIR Ativa 374 08º 47' 22,54417'' 63º 41' 48,37097''

2 BAIRRO NOVO HORIZONTE Urbana BAIR Ativa 1.244 08º 47' 40,85701'' 63º 41' 54,15253''

3 BOM JESUS Rural SIT Ativa 73 08º 44' 06,32492'' 63º 40' 19,59757''

4 BAIRRO PALHEIRAL Urbana BAIR Ativa 2.212 08º 47' 04,66049'' 63º 41' 55,69061''

5 BAIRRO SANTA IZABEL Urbana BAIR Ativa 356 08º 47' 55,82932'' 63º 42' 27,31750''

6 BAIRRO SATELITE Urbana BAIR Ativa 2.649 08º 47' 43,09204'' 63º 42' 47,02423''

7 BAIRRO UNIAO Urbana BAIR Ativa 3.748 08º 47' 26,89407'' 63º 42' 05,55084''

8 SANTA IZABEL Rural COL Ativa 184 08º 59' 05,89233'' 63º 32' 57,60864''

9 ILHINHA Rural SIT Ativa 45 08º 46' 00,93292'' 63º 43' 01,97937''

10 NOSSA SRA. APARECIDA Rural SIT Ativa 39 08º 47' 30,75645'' 63º 28' 01,30646''

11 PARAISO - RIO CANDEIAS Rural SIT Ativa 22 08º 49' 58,55690'' 63º 44' 20,75134''

12 PEDRA DE SANTANA Rural SIT Ativa 51 08º 32' 04,85952'' 63º 27' 29,19891''

13 PIRAPITINGA - RIO CANDEIAS Rural SIT Ativa 6 09º 17' 10,01289'' 63º 46' 17,72827''

14 PIRAPORA - RIO CANDEIAS Rural SIT Ativa 6 09º 19' 46,97319'' 63º 46' 41,26646''

15 PRAIA DAS ANTAS Rural SIT Ativa 29 09º 23' 13,96591'' 63º 44' 59,10736''

16 SACRIFICIO Rural SIT Ativa 24 09º 23' 31,35521'' 63º 38' 13,65692''

17 SANTA CARMEM Rural SIT Ativa 22 09º 01' 55,94009'' 63º 31' 35,33386''

18 BOA ESPERANCA Rural SIT Ativa 261 08º 47' 32,70653'' 63º 40' 24,92981''

19 CACHOEIRA DO SAMUEL Rural PAD Ativa 146 08º 44' 18,94203'' 63º 29' 10,75378''

20 LINHA 43-A Rural LINH Ativa 200 08º 58' 22,16675'' 63º 42' 06,18256''

21 LINHA 45 Rural LINH Extinta 444 08º 42' 55,32234'' 63º 25' 29,99725''

22 LINHA 54 Rural LINH Extinta 196 08º 47' 55,36926'' 63º 37' 52,38464''

23 LINHA 59-A Rural LINH Ativa 45 08º 52' 30,55962'' 63º 34' 51,15143''

24 MARAVILHA Rural SIT Ativa 212 08º 47' 47,27715'' 63º 39' 54,73114''

25 SUPERMAMA Rural FAZ Ativa 41 08º 43' 47,51770'' 63º 33' 14,38934''

26 TAPAGEM Rural PAD Ativa 89 08º 51' 09,17496'' 63º 41' 33,44330''

27 TRAVESSAO 6-A Rural SIT Ativa 103 09º 00' 23,57254'' 63º 32' 19,23798''

28 COLINA - MZ 159-A Rural SIT Ativa 121 08º 57' 56,10512'' 63º 25' 50,30823''

29 LINHA 632 Rural LINH Ativa 106 09º 02' 23,75690'' 63º 22' 44,99718''

30 LINHA 637 Rural PAD Ativa 32 09º 03' 15,05305'' 63º 31' 22,75303''

31 LINHA 639 Rural PAD Ativa 139 09º 01' 11,24555'' 63º 30' 01,49563''

32 LINHA 643 Rural PAD Ativa 128 08º 59' 02,65501'' 63º 29' 44,86481''

33 LINHA 647 Rural LINH Ativa 132 08º 56' 48,46116'' 63º 29' 45,96519''

34 LINHA 651 Rural PAD Ativa 181 08º 55' 13,12990'' 63º 30' 06,76336''

35 LINHA 655 Rural PAD Ativa 197 08º 52' 31,60675'' 63º 29' 01,04462''

36 LINHA 659 Rural PAD Ativa 136 08º 51' 44,81207'' 63º 30' 31,19313''

37 NOSSA SRA. DE FATIMA Rural SIT Ativa 188 08º 55' 49,97520'' 63º 26' 07,51556''

38 RAMAL SAO PEDRO Rural PAD Ativa 14 09º 56' 15,24376'' 63º 24' 12,94189''

39 LINHA 10 Rural LINH Ativa 126 09º 17' 11,06346'' 63º 25' 12,04834''

40 LINHA 631-A Rural LINH Ativa 48 09º 12' 22,60368'' 63º 28' 40,11566''

41 LINHA 631-B Rural LINH Ativa 289 09º 23' 47,28882'' 63º 22' 16,73401''

42 LINHA 9 Rural LINH Ativa 46 09º 15' 22,83495'' 63º 38' 27,22919''

43 LINHA P-7 Rural LINH Ativa 13 09º 19' 57,29747'' 63º 25' 06,99525''

44 LINHA P-8 Rural LINH Ativa 12 09º 20' 32,93535'' 63º 23' 23,10903''

45 LINHA P-9 Rural LINH Ativa 28 09º 23' 55,46207'' 63º 25' 22,47667''

46 RAMAL 631-A Rural RAM Ativa 146 09º 22' 25,39261'' 63º 31' 36,84448''

47 TRAVESSAO II Rural SIT Ativa 235 09º 18' 38,97812'' 63º 27' 29,44611''

48 TRAVESSAO III Rural SIT Ativa 198 09º 23' 09,95590'' 63º 27' 39,95178''

49 TRIUNFO Rural VILA Ativa 1.761 09º 16' 48,71315'' 63º 28' 04,50623''

50 POSTO NOVO Rural ALD Ativa 20 09º 14' 50,13290'' 63º 45' 47,29614''

51 PARAISO DAS ACACIAS Rural ACAM Cad. Inválido 340 08º 46' 42,61230'' 63º 36' 32,44537''

52 LINHA 27 (TRIUNFO) Rural LINH Ativa 61 09º 08' 45,55592'' 63º 44' 53,36014''

53 NOVA SAMUEL Rural VILA Ativa 112 08º 39' 26,88423'' 63º 24' 52,21802''

54 LINHA 45 A Rural LINH Ativa 103 08º 34' 20,33478'' 63º 22' 46,80908''

55 LINHA 45 B Rural LINH Ativa 9 08º 35' 09,53979'' 63º 20' 16,65344''

56 LP 30 - ESQUERDA - KM 5 1/2 Rural LINH Ativa 18 08º 41' 06,97842'' 63º 27' 11,50712''

57 LP 30 - DIREITA - KM 5 1/2 Rural LINH Ativa 36 08º 42' 32,90867'' 63º 21' 53,22167''

58 LP 35 - ESQUERDA - KM 9 1/2 Rural LINH Ativa 93 08º 37' 27,30250'' 63º 28' 11,79445''

59 LP 35 - DIREITA - KM 9 1/2 Rural LINH Ativa 61 08º 40' 59,78795'' 63º 20' 29,00188''

60 LP 40 - DIREITA - KM 12 1/2 Rural LINH Ativa 132 08º 38' 16,80778'' 63º 18' 54,99943''

61 LP 45 - DIREITA - KM 17 1/2 Rural LINH Ativa 32 08º 34' 37,31977'' 63º 14' 22,39749''

62 BAIRRO SANTA LETICIA Urbana BAIR Ativa 650 08º 47' 19,10408'' 63º 41' 23,59680''

63 LINHA 64 Rural PAD Ativa 196 08º 47' 36,75087'' 63º 38' 41,64459''

64 FLOR DO CANDEIAS Rural NUCL Ativa 190 08º 47' 35,45220'' 63º 36' 00,16479''

65 LINHA 64 A ESQUERDA Rural PAD Ativa 60 08º 50' 03,23296'' 63º 32' 34,15192''

66 LINHA 55 A DIREITA Rural SIT Ativa 60 08º 49' 22,53722'' 63º 35' 56,90708''

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Anexo 1 (continuação). Coordenadas geográficas obtidas no presente estudo das localidades do município

de Candeias do Jamari, e algumas variáveis disponíveis no SIVEP-Malária. UF: RO. Município: CANDEIAS DO JAMARI. Código: 110080.

SIVEP Nome da Localidade Zona Categoria Status Habitantes Latitude (Sul) Longitude (Oeste)

67 LINHA 1 Rural SIT Ativa 60 08º 47' 45,16199'' 63º 36' 35,03493''

68 LINHA 2 Rural SIT Ativa 60 08º 47' 57,09522'' 63º 36' 08,43081''

69 LINHA 3 Rural SIT Ativa 60 08º 48' 14,94146'' 63º 36' 22,91100''

70 BR 364 LADO ESQ. Urbana PAD Ativa 64 08º 47' 04,44420'' 63º 37' 11,13098''

71 ESTRADA DO RUFFATO Rural PAD Ativa 40 08º 47' 00,80154'' 63º 36' 41,64642''

72 ESTRADA DO BASILIO Rural PAD Ativa 36 08º 46' 58,07213'' 63º 36' 19,49524''

73 EST.DO CHAGUINHA Rural PAD Ativa 32 08º 46' 44,96407'' 63º 36' 14,85352''

74 LINHÃO ELETRONORTE Rural SIT Ativa 148 08º 45' 51,08299'' 63º 35' 31,26526''

75 LINHA DO BICUDO Rural SIT Ativa 184 08º 46' 27,85286'' 63º 36' 18,24554''

76 LINHA JOÃO PRESTES Rural SIT Ativa 88 08º 46' 07,83028'' 63º 36' 09,85474''

77 FLOR DA AMAZONAS 03 Rural PROJ Ativa 234 08º 56' 01,14006'' 63º 38' 23,07770''

78 FLOR DA AMAZONAS 01 Rural PROJ Ativa 272 09º 06' 27,84142'' 63º 33' 24,42810''

79 FLOR DO AMAZONAS 02 Rural PROJ Ativa 142 08º 56' 11,18225'' 63º 36' 13,19183''

80 RAMAL CAJU Rural PAD Ativa 164 08º 45 42,74025'' 63º 42' 00,93658''

81 LINHA 21 Rural PAD Ativa 267 08º 44' 24,00135'' 63º 00' 01,86182''

82 LINHA 36 Rural PAD Ativa 11 08º 40' 23,91779'' 62º 57' 40,95097''

83 LINHA 24 Rural PAD Ativa 11 08º 46' 58,44397'' 62º 53' 59,52226''

84 CANTEIRO DE OBRAS TOCHIBA Rural ACAM Ativa 150 08º 16' 18,29475'' 62º 27' 54,93439''

TOTAL 84 21.293

Nota: as linhas em destaque cinza indicam os bairros da área urbana de Candeias do Jamari. A localiade BR 364 lado ESQ (SIVEP 70) é uma área rural. Cad. Inválido: cadastro inválido.

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Anexo 2. Incidência parasitária anual (IPA) dos municípios de Rondônia, nos anos de 2008 a

2010. Fonte: SIVEP-Malária (BRASIL, 2014c). 2008

IPA 2009

IPA 2010

IPA Cidade Cidade Cidade

CANDEIAS DO JAMARI 255,7 RIO CRESPO 219,5 CANDEIAS DO JAMARI 211,2

RIO CRESPO 202,1 CANDEIAS DO JAMARI 215,2 RIO CRESPO 197,5

CUJUBIM 147,2 CUJUBIM 170,5 CUJUBIM 122,5

ITAPUA DO OESTE 132,1 MACHADINHO D'OESTE 93,7 MACHADINHO D'OESTE 97,2

CAMPO NOVO DE RONDONIA 130,0 ITAPUA DO OESTE 83,6 ITAPUA DO OESTE 86,9

ALTO PARAISO 99,2 VALE DO ANARI 76,3 ALTO PARAISO 66,4

MACHADINHO D'OESTE 95,0 ALTO PARAISO 66,1 PORTO VELHO 54,7

VALE DO ANARI 91,6 CAMPO NOVO DE RONDONIA 65,7 NOVA MAMORE 45,9

NOVA MAMORE 82,8 PORTO VELHO 52,7 GUAJARA-MIRIM 40,5

PORTO VELHO 58,7 ESPIGAO D'OESTE 36,2 VALE DO ANARI 34,1

BURITIS 36,3 NOVA MAMORE 32,1 CAMPO NOVO DE RONDONIA 33,6

THEOBROMA 31,8 MONTE NEGRO 31,4 ESPIGAO D'OESTE 33,3

ESPIGAO D'OESTE 29,9 GUAJARA-MIRIM 17,0 COSTA MARQUES 28,5

GUAJARA-MIRIM 28,4 BURITIS 16,6 PIMENTEIRAS DO OESTE 28,1

MONTE NEGRO 27,5 COSTA MARQUES 15,6 BURITIS 15,4

COSTA MARQUES 20,9 GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA 13,4 ARIQUEMES 13,8

GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA 20,4 THEOBROMA 13,4 MONTE NEGRO 12,1

PIMENTEIRAS DO OESTE 14,0 ARIQUEMES 12,5 SAO MIGUEL DO GUAPORE 7,1

ARIQUEMES 13,4 CACAULANDIA 12,4 CASTANHEIRAS 6,7

CACAULANDIA 13,1 PIMENTEIRAS DO OESTE 6,2 THEOBROMA 5,0

SAO FRANCISCO DO GUAPORE 12,2 ALVORADA DO OESTE 5,0 CACAULANDIA 4,9

ALTA FLORESTA DO OESTE 8,4 SAO FRANCISCO DO GUAPORE 4,9 NOVA BRASILANDIA D'OESTE 3,8

CASTANHEIRAS 7,0 NOVA BRASILANDIA D'OESTE 3,6 ALVORADA DO OESTE 2,7

SERINGUEIRAS 6,9 ALTA FLORESTA DO OESTE 3,2 NOVA UNIAO 2,5

ALVORADA DO OESTE 6,6 PIMENTA BUENO 3,0 SAO FRANCISCO DO GUAPORE 2,2

SAO MIGUEL DO GUAPORE 2,8 SAO MIGUEL DO GUAPORE 2,7 PRESIDENTE MEDICI 1,9

CHUPINGUAIA 2,4 CASTANHEIRAS 2,4 ALTA FLORESTA DO OESTE 1,7

VALE DO PARAISO 2,4 SERINGUEIRAS 2,1 GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA 1,5

NOVA UNIAO 1,9 CHUPINGUAIA 1,9 MIRANTE DA SERRA 1,4

NOVA BRASILANDIA D'OESTE 1,5 NOVA UNIAO 1,4 SERINGUEIRAS 1,1

MIRANTE DA SERRA 1,4 JARU 0,9 PIMENTA BUENO 1,1

JARU 1,3 PRESIDENTE MEDICI 0,9 CABIXI 1,0

PRIMAVERA DE RONDONIA 1,3 URUPA 0,8 CHUPINGUAIA 0,8

PRESIDENTE MEDICI 1,0 MIRANTE DA SERRA 0,7 ALTA ALEGRE DOS PARECIS 0,8

URUPA 0,7 VILHENA 0,6 TEIXEIROPOLIS 0,8

PIMENTA BUENO 0,7 VALE DO PARAISO 0,6 JI-PARANA 0,8

OURO PRETO DO OESTE 0,7 PARECIS 0,6 JARU 0,6

JI-PARANA 0,5 JI-PARANA 0,4 PRIMAVERA DE RONDONIA 0,6

PARECIS 0,4 CACOAL 0,3 VILHENA 0,5

CACOAL 0,4 PRIMAVERA DE RONDONIA 0,3 CORUMBIARA 0,5

NOVO HORIZONTE DO OESTE 0,3 CABIXI 0,3 PARECIS 0,4

CORUMBIARA 0,2 ROLIM DE MOURA 0,2 CACOAL 0,3

MINISTRO ANDREAZZA 0,2 SAO FELIPE D'OESTE 0,2 OURO PRETO DO OESTE 0,3

ROLIM DE MOURA 0,2 CORUMBIARA 0,2 SAO FELIPE D'OESTE 0,2

ALTA ALEGRE DOS PARECIS 0,2 OURO PRETO DO OESTE 0,2 URUPA 0,2

COLORADO DO OESTE 0,2 NOVO HORIZONTE DO OESTE 0,2 MINISTRO ANDREAZZA 0,2

SAO FELIPE D'OESTE 0,2 SANTA LUZIA DO OESTE 0,1 ROLIM DE MOURA 0,1

VILHENA 0,2 TEIXEIROPOLIS - VALE DO PARAISO 0,1

CEREJEIRAS 0,2 COLORADO DO OESTE - CEREJEIRAS 0,1

SANTA LUZIA DO OESTE 0,1 MINISTRO ANDREAZZA - COLORADO DO OESTE 0,1

TEIXEIROPOLIS - ALTA ALEGRE DOS PARECIS - NOVO HORIZONTE DO OESTE 0,1

CABIXI - CEREJEIRAS - SANTA LUZIA DO OESTE -

Nota: (-): valor numérico igual a zero, não resultante de arredondamento. Indica que não houve caso registrado de malária.

61

Anexo 3. Incidência parasitária anual (IPA) dos municípios de Rondônia, nos anos de 2011 a

2013. Fonte: SIVEP-Malária (BRASIL, 2014c). 2011

IPA 2012

IPA 2013

IPA Cidade Cidade Cidade

CANDEIAS DO JAMARI 269,8 CANDEIAS DO JAMARI 143,7 CANDEIAS DO JAMARI 82,3

CUJUBIM 104,5 MACHADINHO D'OESTE 42,9 CUJUBIM 30,0

MACHADINHO D'OESTE 86,6 PORTO VELHO 35,3 VALE DO ANARI 27,3

RIO CRESPO 63,6 CUJUBIM 32,5 MACHADINHO D'OESTE 23,0

ITAPUA DO OESTE 51,0 ITAPUA DO OESTE 32,4 RIO CRESPO 22,2

PORTO VELHO 42,9 RIO CRESPO 25,7 PORTO VELHO 19,7

NOVA MAMORE 38,8 NOVA MAMORE 19,0 ITAPUA DO OESTE 17,0

CAMPO NOVO DE RONDONIA 36,8 CAMPO NOVO DE RONDONIA 18,7 GUAJARA-MIRIM 11,4

ALTO PARAISO 35,0 VALE DO ANARI 17,7 NOVA MAMORE 8,4

PIMENTEIRAS DO OESTE 25,1 COSTA MARQUES 14,0 COSTA MARQUES 7,7

GUAJARA-MIRIM 20,7 GUAJARA-MIRIM 13,6 CAMPO NOVO DE RONDONIA 6,2

VALE DO ANARI 20,2 ALTO PARAISO 7,6 MONTE NEGRO 5,4

COSTA MARQUES 14,4 MONTE NEGRO 7,5 BURITIS 4,8

BURITIS 12,8 PIMENTEIRAS DO OESTE 7,0 PIMENTEIRAS DO OESTE 4,4

MONTE NEGRO 11,1 BURITIS 5,5 ALTA FLORESTA DO OESTE 3,0

ARIQUEMES 5,9 ARIQUEMES 2,2 ALTO PARAISO 2,4

CACAULANDIA 5,1 ALVORADA DO OESTE 1,9 SAO FRANCISCO DO GUAPORE 2,3

SAO MIGUEL DO GUAPORE 4,2 CACAULANDIA 1,9 ARIQUEMES 1,8

THEOBROMA 3,3 ALTA FLORESTA DO OESTE 1,4 THEOBROMA 1,1

SERINGUEIRAS 2,7 SAO FRANCISCO DO GUAPORE 1,4 ALVORADA DO OESTE 1,0

ALVORADA DO OESTE 2,1 SERINGUEIRAS 1,1 GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA 0,9

PRIMAVERA DE RONDONIA 1,4 THEOBROMA 0,8 CACAULANDIA 0,9

NOVA UNIAO 1,1 GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA 0,7 TEIXEIROPOLIS 0,6

SAO FRANCISCO DO GUAPORE 1,1 MIRANTE DA SERRA 0,7 SERINGUEIRAS 0,6

NOVA BRASILANDIA D'OESTE 1,0 SAO MIGUEL DO GUAPORE 0,7 CHUPINGUAIA 0,5

CASTANHEIRAS 0,8 CASTANHEIRAS 0,6 ALTA ALEGRE DOS PARECIS 0,5

URUPA 0,8 ALTA ALEGRE DOS PARECIS 0,5 URUPA 0,4

CHUPINGUAIA 0,7 ESPIGAO D'OESTE 0,5 CASTANHEIRAS 0,3

PRESIDENTE MEDICI 0,7 JARU 0,3 MIRANTE DA SERRA 0,3

ALTA FLORESTA DO OESTE 0,7 OURO PRETO DO OESTE 0,3 NOVA BRASILANDIA D'OESTE 0,3

ESPIGAO D'OESTE 0,7 JI-PARANA 0,3 PRIMAVERA DE RONDONIA 0,3

JARU 0,6 PIMENTA BUENO 0,3 SAO MIGUEL DO GUAPORE 0,3

VALE DO PARAISO 0,6 URUPA 0,2 JARU 0,3

JI-PARANA 0,5 CACOAL 0,2 SAO FELIPE D'OESTE 0,3

PIMENTA BUENO 0,5 VALE DO PARAISO 0,2 CABIXI 0,2

GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA 0,4 NOVA BRASILANDIA D'OESTE 0,1 OURO PRETO DO OESTE 0,2

MIRANTE DA SERRA 0,3 CHUPINGUAIA 0,1 JI-PARANA 0,2

OURO PRETO DO OESTE 0,3 PRESIDENTE MEDICI 0,1 ESPIGAO D'OESTE 0,1

CABIXI 0,2 ROLIM DE MOURA 0,1 MINISTRO ANDREAZZA 0,1

SAO FELIPE D'OESTE 0,2 VILHENA 0,1 NOVA UNIAO 0,1

TEIXEIROPOLIS 0,2 CEREJEIRAS 0,1 PIMENTA BUENO 0,1

ALTA ALEGRE DOS PARECIS 0,2 COLORADO DO OESTE 0,1 PRESIDENTE MEDICI 0,1

VILHENA 0,1 CORUMBIARA 0,1 ROLIM DE MOURA 0,1

COLORADO DO OESTE 0,1 SANTA LUZIA DO OESTE 0,1 VILHENA 0,1

CORUMBIARA 0,1 TEIXEIROPOLIS - CACOAL 0,1

NOVO HORIZONTE DO OESTE 0,1 PRIMAVERA DE RONDONIA - COLORADO DO OESTE 0,1

CEREJEIRAS 0,1 CABIXI - SANTA LUZIA DO OESTE 0,1

ROLIM DE MOURA 0,1 SAO FELIPE D'OESTE - CEREJEIRAS -

SANTA LUZIA DO OESTE 0,1 MINISTRO ANDREAZZA - CORUMBIARA -

CACOAL 0,1 NOVA UNIAO - NOVO HORIZONTE DO OESTE -

PARECIS - NOVO HORIZONTE DO OESTE - PARECIS -

MINISTRO ANDREAZZA - PARECIS - VALE DO PARAISO -

Nota: (-): valor numérico igual a zero, não resultante de arredondamento. Indica que não houve caso registrado de malária.

62

Anexo 4. Casos de malária e incidência parasitária anual, registrados no município de Candeias

do Jamari, no período de 2008 a 2013. Fonte: SIVEP-Malária.

SIVEP Nome da Localidade

ANO

2008 2009 2010 2011 2012 2013

N IPA N IPA N IPA N IPA N IPA N IPA

1 BAIRRO DAS FLORES 21 56,1 18 48,1 30 80,2 26 69,5 25 66,8 17 45,5

2 BAIRRO NOVO HORIZONTE 78 62,7 48 38,6 56 45,0 56 45,0 59 47,4 22 17,7

3 BOM JESUS 71 972,6 58 794,5 108 1.479,5 98 1.342,5 129 1767,1 66 904,1

4 BAIRRO PALHEIRAL 187 84,5 179 80,9 268 121,2 288 130,2 384 173,6 177 80,0

5 BAIRRO SANTA IZABEL 62 174,2 56 157,3 67 188,2 93 261,2 98 275,3 30 84,3

6 BAIRRO SATELITE 337 127,2 308 116,3 548 206,9 715 269,9 504 190,3 244 92,1

7 BAIRRO UNIAO 243 64,8 179 47,8 294 78,4 419 111,8 319 85,1 179 47,8

8 SANTA IZABEL 26 141,3 22 119,6 13 70,7 11 59,8 4 21,7 5 27,2

9 ILHINHA 20 444,4 52 1.155,6 13 288,9 21 466,7 10 222,2 9 200,0

10 NOSSA SRA. APARECIDA 5 128,2 - - 1 25,6 2 51,3 2 51,3 - -

11 PARAISO - RIO CANDEIAS 12 545,5 17 772,7 15 681,8 17 772,7 6 272,7 7 318,2

12 PEDRA DE SANTANA 29 568,6 12 235,3 17 333,3 22 431,4 7 137,3 16 313,7

13 PIRAPITINGA - RIO CANDEIAS 12 2.000,0 3 500,0 4 666,7 5 833,3 2 333,3 3 500,0

14 PIRAPORA - RIO CANDEIAS 8 1.333,3 5 833,3 1 166,7 7 1.166,7 - - 1 166,7

15 PRAIA DAS ANTAS 1 34,5 1 34,5 1 34,5 2 69,0 2 69,0 - -

16 SACRIFICIO - - 1 41,7 - 1 41,7 1 41,7 1 41,7

17 SANTA CARMEM 3 136,4 1 45,5 2 90,9 2 90,9 - - - -

18 BOA ESPERANCA 55 210,7 32 122,6 49 187,7 53 203,1 35 134,1 20 76,6

19 CACHOEIRA DO SAMUEL 34 232,9 18 123,3 20 137,0 35 239,7 18 123,3 20 137,0

20 LINHA 43-A 94 470,0 99 495,0 102 510,0 87 435,0 60 300,0 24 120,0

21 LINHA 45 70 157,7 56 126,1 65 146,4 84 189,2 28 63,1 26 58,6

22 LINHA 54 26 132,7 10 51,0 2 10,2 4 20,4 1 5,1 1 5,1

23 LINHA 59-A 5 111,1 6 133,3 7 155,6 1 22,2 2 44,4 1 22,2

24 MARAVILHA 190 896,2 138 650,9 159 750,0 172 811,3 103 485,8 45 212,3

25 SUPERMAMA 11 268,3 9 219,5 9 219,5 27 658,5 11 268,3 6 146,3

26 TAPAGEM 514 5.775,3 299 3.359,6 65 730,3 69 775,3 45 505,6 19 213,5

27 TRAVESSAO 6-A 10 97,1 12 116,5 4 38,8 11 106,8 10 97,1 - -

28 COLINA - MZ 159-A 53 438,0 29 239,7 25 206,6 17 140,5 17 140,5 10 82,6

29 LINHA 632 26 245,3 9 84,9 36 339,6 13 122,6 3 28,3 3 28,3

30 LINHA 637 8 250,0 4 125,0 8 250,0 1 31,3 3 93,8 2 62,5

31 LINHA 639 18 129,5 14 100,7 14 100,7 6 43,2 5 36,0 1 7,2

32 LINHA 643 21 164,1 11 85,9 3 23,4 3 23,4 10 78,1 4 31,3

33 LINHA 647 49 371,2 27 204,5 22 166,7 19 143,9 8 60,6 1 7,6

34 LINHA 651 49 270,7 8 44,2 5 27,6 4 22,1 8 44,2 1 5,5

35 LINHA 655 42 213,2 15 76,1 10 50,8 16 81,2 16 81,2 8 40,6

36 LINHA 659 21 154,4 4 29,4 1 7,4 7 51,5 7 51,5 1 7,4

37 NOSSA SRA. DE FATIMA 36 191,5 31 164,9 13 69,1 35 186,2 42 223,4 13 69,1

38 RAMAL SAO PEDRO 17 1.214,3 7 500,0 13 928,6 11 785,7 4 285,7 6 428,6

39 LINHA 10 10 79,4 6 47,6 9 71,4 4 31,7 7 55,6 8 63,5

40 LINHA 631-A 38 791,7 26 541,7 24 500,0 11 229,2 12 250,0 10 208,3

41 LINHA 631-B 12 41,5 20 69,2 5 17,3 4 13,8 3 10,4 - -

42 LINHA 9 15 326,1 20 434,8 23 500,0 12 260,9 8 173,9 4 87,0

43 LINHA P-7 4 307,7 1 76,9 1 76,9 - - 1 76,9 - -

44 LINHA P-8 5 416,7 - - 2 166,7 3 250,0 3 250,0 1 83,3

45 LINHA P-9 4 142,9 2 71,4 3 107,1 4 142,9 - 2 71,4

46 RAMAL 631-A 6 41,1 5 34,2 - - 1 6,8 1 6,8 2 13,7

47 TRAVESSAO II 33 140,4 27 114,9 20 85,1 15 63,8 4 17,0 3 12,8

48 TRAVESSAO III 23 116,2 61 308,1 26 131,3 6 30,3 - -

49 TRIUNFO 339 192,5 253 143,7 239 135,7 219 124,4 88 50,0 36 20,4

50 POSTO NOVO - - - - - - 3 150,0 - - 1 50,0

51 PARAISO DAS ACACIAS 223 655,9 1 2,9 - - - - - - - -

52 LINHA 27 (TRIUNFO) 17 278,7 27 442,6 33 541,0 26 426,2 13 213,1 12 196,7

63

53 NOVA SAMUEL 62 553,6 39 348,2 45 401,8 63 562,5 34 303,6 14 125,0

54 LINHA 45 A 30 291,3 30 291,3 47 456,3 69 669,9 45 436,9 26 252,4

55 LINHA 45 B 26 2.888,9 16 1.777,8 14 1.555,6 13 1.444,4 5 555,6 3 333,3

56 LP 30 - ESQUERDA - KM 5 1/2 3 166,7 4 222,2 3 166,7 2 111,1 6 333,3 - -

57 LP 30 - DIREITA - KM 5 1/2 10 277,8 3 83,3 24 666,7 63 1750,0 44 1222,2 6 166,7

58 LP 35 - ESQUERDA - KM 9 1/2 13 139,8 8 86,0 79 849,5 29 311,8 9 96,8 1 10,8

59 LP 35 - DIREITA - KM 9 1/2 216 3.541,0 143 2.344,3 138 2.262,3 268 4.393,4 52 852,5 46 754,1

60 LP 40 - DIREITA - KM 12 1/2 14 106,1 5 37,9 37 280,3 136 1.030,3 36 272,7 68 515,2

61 LP 45 - DIREITA - KM 17 1/2 3 93,8 5 156,3 4 125,0 13 406,3 11 343,8 29 906,3

62 BAIRRO SANTA LETICIA 61 93,8 61 93,8 77 118,5 132 203,1 122 187,7 44 67,7

63 LINHA 64 46 234,7 7 35,7 10 51,0 10 51,0 8 40,8 4 20,4

64 FLOR DO CANDEIAS 7 36,8 11 57,9 5 26,3 15 78,9 2 10,5 2 10,5

65 LINHA 64 A ESQUERDA 5 83,3 28 466,7 34 566,7 36 600,0 18 300,0 1 16,7

66 LINHA 55 A DIREITA 8 133,3 14 233,3 21 350,0 15 250,0 18 300,0 4 66,7

67 LINHA 1 4 66,7 29 483,3 22 366,7 22 366,7 8 133,3 4 66,7

68 LINHA 2 14 233,3 47 783,3 13 216,7 18 300,0 8 133,3 2 33,3

69 LINHA 3 4 66,7 13 216,7 17 283,3 29 483,3 6 100,0 4 66,7

70 BR 364 LADO ESQ. 14 218,8 24 375,0 32 500,0 34 531,3 8 125,0 9 140,6

71 ESTRADA DO RUFFATO 11 275,0 5 125,0 14 350,0 30 750,0 4 100,0 2 50,0

72 ESTRADA DO BASILIO 24 666,7 33 916,7 20 555,6 16 444,4 4 111,1 5 138,9

73 EST.DO CHAGUINHA 13 406,3 15 468,8 25 781,3 33 1.031,3 21 656,3 - -

74 LINHÃO ELETRONORTE 26 175,7 39 263,5 29 195,9 57 385,1 14 94,6 7 47,3

75 LINHA DO BICUDO 40 217,4 33 179,3 36 195,7 96 521,7 14 76,1 4 21,7

76 LINHA JOÃO PRESTES 7 79,5 12 136,4 16 181,8 29 329,5 8 90,9 - -

77 FLOR DA AMAZONAS 03 - - 150 641,0 144 615,4 101 431,6 42 179,5 12 51,3

78 FLOR DA AMAZONAS 01 - - 191 702,2 159 584,6 229 841,9 89 327,2 24 88,2

79 FLOR DO AMAZONAS 02 - - 136 957,7 109 767,6 200 1.408,5 79 556,3 26 183,1

80 RAMAL CAJU - - - - - - 62 378,0 67 408,5 50 304,9

81 LINHA 21 - - - - - - 70 262,2 10 37,5 19 71,2

82 LINHA 36 - - - - - - 3 272,7 - - 2 181,8

83 LINHA 24 - - - - - - 3 272,7 - - - -

84 CANTEIRO DE OBRAS TOCHIBA - - - - - - - - - - - -

0 LOCALIDADE NÃO INFORMADA 531 428 548 - 671 405 225

TOTAL 4.385 205,9 3.776 177,3 4.177 196,2 5.335 250,6 3.325 156,2 1.711 80,4

Nota: as linhas em destaque cinza indicam os bairros da área urbana de Candeias do Jamari. N: casos de malária; IPA: incidência parasitária anual; (-): valor numérico igual a zero, não resultante de arredondamento. Indica que não houve caso registrado de malária.